A Valorização Da Mulher

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“Dizem que a mulher é um sexo frágil, mas que mentira absurda”, canta Erasmo Carlos tão acertadamente. Essas e outras mentiras têm sido cantadas por aí. Erasmo Carlos no seu tempo combate uma idéia tão hegemônica na sociedade de que a mulher é segundo o pensamento popular, sexo frágil. É verdade que com essa e outras afirmações muito do pensamento com relação a mulher tem mudado significativamente contribuindo para uma reflexão e reelaboração do discurso sobre a mulher. Mais hoje em dia o que mais nos assusta é que o discurso cantado, eu diria não somente sobre a mulher mais como do ser humano em geral, tem mudado vergonhosamente, Vemos hoje uma desvalorização muito forte nas falácias do cotidiano. O que se é cantado é puramente a reprodução do que se é pensado, e a musica, segundo o meu ver, é o principal veículo na divulgação hoje em dia dos discursos que vão se formando no nosso cotidiano. Aprendemos e internalizamos os poemas e composições musicais e uma vez internalizadas as reproduzimos no nosso dia a dia. Diz o proverbista Salomão que, “como imagina na sua alma assim ele é” (Prov. 23.7). Portanto faz-se necessário uma reflexão sobre o que estamos ingerindo quando ouvimos e cantamos canções de um modo em geral seja em que espaço for secular ou religioso. De que discurso estamos compartilhando? A musica baiana tem sido um veiculo muito forte na divulgação de uma imagem pejorativa da mulher, desenhado-a nas musicas como ser que não merece respeito. Por isso compartilho do projeto da deputada Luiza maia sobre vetar as bandas que contribuem para tal desvalorização, mas também sou a favor não só projetos como esse sejam levados a frente como haja de verdade uma disposição política em mudar a educação em nosso país fazendo investimentos na área da educação para que também a partir disso possamos ver nossos novos compositores que vão surgindo possam refletir sobre a vida e cantar a valorização da vida.

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“Dizem que a mulher é um sexo frágil, mas que mentira absurda”, canta Erasmo

Carlos tão acertadamente.

Essas e outras mentiras têm sido cantadas por aí. Erasmo Carlos no seu tempo combate

uma idéia tão hegemônica na sociedade de que a mulher é segundo o pensamento

popular, sexo frágil. É verdade que com essa e outras afirmações muito do pensamento

com relação a mulher tem mudado significativamente contribuindo para uma reflexão e

reelaboração do discurso sobre a mulher.

Mais hoje em dia o que mais nos assusta é que o discurso cantado, eu diria não somente

sobre a mulher mais como do ser humano em geral, tem mudado vergonhosamente,

Vemos hoje uma desvalorização muito forte nas falácias do cotidiano. O que se é

cantado é puramente a reprodução do que se é pensado, e a musica, segundo o meu ver,

é o principal veículo na divulgação hoje em dia dos discursos que vão se formando no

nosso cotidiano. Aprendemos e internalizamos os poemas e composições musicais e

uma vez internalizadas as reproduzimos no nosso dia a dia. Diz o proverbista Salomão

que, “como imagina na sua alma assim ele é” (Prov. 23.7). Portanto faz-se necessário

uma reflexão sobre o que estamos ingerindo quando ouvimos e cantamos canções de um

modo em geral seja em que espaço for secular ou religioso. De que discurso estamos

compartilhando?

A musica baiana tem sido um veiculo muito forte na divulgação de uma imagem

pejorativa da mulher, desenhado-a nas musicas como ser que não merece respeito. Por

isso compartilho do projeto da deputada Luiza maia sobre vetar as bandas que

contribuem para tal desvalorização, mas também sou a favor não só projetos como esse

sejam levados a frente como haja de verdade uma disposição política em mudar a

educação em nosso país fazendo investimentos na área da educação para que também a

partir disso possamos ver nossos novos compositores que vão surgindo possam refletir

sobre a vida e cantar a valorização da vida.