A VERSATILIDADE DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS · 2019-12-18 · A globalização e o...

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Produção de Revista institucional UFMA Ano XXVI n° 45 1° Semestre de 2019 A VERSATILIDADE DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ISSN 2175-2974 Entrevista com Cicilia Peruzzo Atualização do PPC do curso de Relações Públicas da UFMA Comunicação Inclusiva: a Importância de proporcionar a acessibilidade digital a todos os públicos

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Produção de Revista institucional UFMA Ano XXVI n° 45 1° Semestre de 2019

A VERSATILIDADE DO PROFISSIONALDE RELAÇÕES PÚBLICAS

ISSN

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Entrevista comCicilia Peruzzo

Atualização do PPC docurso de Relações Públicas

da UFMA

Comunicação Inclusiva: aImportância de proporcionar

a acessibilidade digital atodos os públicos

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Ana Oliveira Paula Oliveira Hariadnna Martins

Yanne Sousa Maria Cristina Torres

Jannifer Silva Jainara Coelho Luany Pestana

Lucas Nunes Thiago Diniz

Anna Nunes

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VERSATILIDADE DO PROFISSIONALDE RELAÇÕES PÚBLICAS NAATUALIDADE

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BELIIVE - UM EXEMPLO DEAPRENDIZADO A PARTIR DATROCA DE EXPERIÊNCIAS

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RESUMO TCCs (2018.2)

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ATLÉTICAS ACADÊMICAS -INTEGRAÇÃO, ESPORTE E

MUITA DIVERSÃO!

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FOTOGRAFIA E RELAÇÕESPÚBLICAS - CONSTRUÇÃO DE

IMAGENS E VERSATILIDADE

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CRÔNICA

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RESENHAS VERBO MULHER - PROJETO BUSCAEMPODERAMENTO FEMININOATRAVÉS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOAO VASTO MUNDO DAGASTRONOMIA

APÓS 12 ANOS, CURSO DERELAÇÕES PÚBLICAS DA UFMAATUALIZA O PROJETOPEDAGÓGICO

GRUPOS DE PESQUISA VINCULADOSAO DEPARTAMENTO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFMA

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LOOK IN

RD Summit

O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que está em sua 42º edição com o tema "Fluxos comunicacionais e crise da democracia", acontecerá na Universidade Federal do Pará - UFPA, no período de 2 a 7 de setembro de 2019. O evento reúne alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e prossionais da área e, nele, são discutidos assuntos relevantes a diversas áreas da comunicação, além de políticas públicas de Comunicação e aqueles referentes aos conteúdos criados para as mídias digitais.

42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

A quarta Conferência Internacional sobre Comunicação e Estudos de Mídia será na University of Bonne, na Alemanha, de 26 a 28 de setembro de 2019, e debaterá o futuro da democracia na Era Digital. Dentre os assuntos conferenciados na ocasião, ressaltam-se “A teoria e as culturas de mídia”, “A tecnologia e os processos de mídia”, dentre outros.

Conferência on Comunicacion & Media Studies

O primeiro RD Summit aconteceu em 2013, e, desde então, ele se tornou o maior e mais completo evento sobre marketing digital e vendas de toda a América Latina, por isso os amantes do tema e interessados pelos insights e pelas oportunidades que permeiam o mercado da comunicação não podem perder a oportunidade. Durante a programação, cases de sucesso são apresentados no intuito de fomentar e impulsionar novos negócios e tópicos - como gestão estratégica e desenvolvimento, são abordados. Neste ano o evento será em Florianópolis, nos dias 6, 7 e 8 de novembro.

EDITORIAL"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Essa icônica frase,

elaborada pelo químico francês Lavoisier, impacta não só no campo cientíco como também no âmbito social. A globalização e o advento de novas tecnologias alteraram a forma como as pessoas se comunicam, como trabalham e como se divertem. Dessa forma, a sistemática de trabalho também acompanha essas alterações, modicando padrões ultrapassados, explorando novas áreas de atuação e abraçando a diversidade. E com as Relações Públicas o cenário não é diferente.

Na 45ª edição da RP Alternativo vamos mergulhar na versatilidade do prossional de Relações Públicas na atualidade, com suas múltiplas possibilidades de atuação no mercado moderno e em áreas não convencionais. Os quadros "Prata da Casa" e "Conhecendo o Mestre" trazem prossionais do campo da Comunicação Social contando um pouco sobre suas trajetórias. A entrevistada desta edição é a professora Cecilia Peruzzo, abordando a temática da Comunicação Comunitária.

A RP Alternativo também apresenta matérias sobre: as Atléticas Universitárias; um olhar diferenciado para a Comunicação Inclusiva; os Grupos de Pesquisa do Departamento de Comunicação Social (UFMA) e as curiosidades sobre a Universidade Integrada da Terceira Idade (UNITI - UFMA). Traz, ainda, temas pertinentes às Relações Públicas, como o elo entre RP e Fotograa, a Atuação de um Prossional Autônomo como Relaçõés Públicas e a Nova Grade Curricular do Curso de Relações Públicas da UFMA.

Agradecemos o apoio e a colaboração de todos que se dedicaram à produção desta edição. A equipe da 45ª edição da RP Alternativo parabeniza os envolvidos pelo resultado nal. Aos nossos leitores, desejamos uma ótima leitura!

Lucas NunesEditor da 45ª edição da RP Alternativo

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afinal, o que é?

Omni signica “tudo” e channel signica

“canal”. A união dessas duas palavras gerou o

termo omnichannel, o qual diz respeito à oferta

de um atendimento de excelência unicado e

baseado em estratégias ecazes, presentes em

todos os canais da empresa. A estratégia da

Comunicação Omnichannel

Customer Experience, em português,

Experiência do Cliente ou CX, surgiu no

momento que as organizações passaram a

perceber que a relação de compra e venda ia,

muito além, da troca de um produto ou serviço

pelo capital e trata-se de como o cliente percebe

a organização, exatamente após sua expe-

riência. O CX deve ser visto como uma

estratégia, de resultados em longo prazo,

visando o fortalecimento da relação organi-

zação e cliente e da imagem da empresa, que

deve ser reconhecida e defendida, inicialmente,

pelos seus públicos internos, proporcionando

aos consumidores as melhores experiências,

superando suas expectativas. Corresponder e

ultrapassar os anseios do cliente, signica

conhecê-lo profundamente e personicar as

interações para criar relações pautadas na

lealdade e conança sendo, esse, o desao

atual das empresas.

Customer Experience

Cibridismo

O termo cibridismo é oriundo da junção de

ciber e hibridismo e designa o cruzamento entre

os mundos on e ofine, representando a

conexão entre eles, tornando cada vez mais

difícil, ou praticamente impossível, portanto,

dissociá-los. O dia a dia, off, está cada vez mais

interpenetrado pelo mundo on. Antes de fechar-

mos uma compra, avaliamos um produto na

internet; ao escolhermos, realizamos o pa-

gamento pelo meio digital e o recebemos pelo

ofine; antes de sairmos de casa, nos

conectamos para ver como está o trânsito; até a

decisão sobre qual roupa vestir, por exemplo,

tem sido tomada a partir das informações

obtidas no mundo on. Assim, não somos mais

ON, somos c íbr idos, e as tendências

comunicacionais também foram contagiadas

por essa integração.

Comunicação OmniChannel busca construir a

imagem da organização e comunicá-la de

maneira simultânea, integrada em todos os

canais, eliminando as diferenças existentes

entre o mundo on e ofine e melhorando a

satisfação dos clientes com relação aos serviços.

Neuromarketing

Inbound PR

Inbound PR é um método que correlaciona os

propósitos do negócio com RP, marketing e

vendas e trabalha a comunicação com as quatro

mídias – própria, social, paga e espontânea –

integradas. Prima por uma abordagem

planejada e direcionada ao interesse e às

necessidades dos clientes, utilizando a mídia

correta, no momento adequado, para o público

apropriado, sendo precisa em suas ações. Por

isso, para esta metodologia, tão importante

quanto saber o que falar é para quem,

dialogando de modo individualizado e com

cada consumidor. Para uma interlocução hábil

entre a organização e seus stakeholders, o

Inbound PR ancora as ações do marketing e da

comunicação em dados concretos e tem o

suporte de prossionais que atuam como

verdadeiros embaixadores da marca.

Neuromarketing, considerada a ciência do

comportamento do consumidor, explora as

reações do cérebro humano que acontecem de

modo irracional e no inconsciente do indivíduo

no ato de uma compra, envolvendo desde o

início do processo de escolha até a tomada de

decisão pelo produto X ou Y. As pesquisas

desenvolvidas pelo estudo monitoram o cérebro

a diferentes estímulos de imagem, cheiros e

mensagens e, por meio da análise das reações

motivadas por eles, as empresas podem

compreender melhor o perl dos seus

consumidores, traçar as personas destes, criar

estratégias mais coerentes com eles e, conse-

quentemente, ser bem mais assertiva em suas

ações, alcançando seus objetivos.

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prata da casaRAYSSA GONÇALVES MENDES FREIREPor: Paula Oliveira

ormada em Relações

FPúbl icas pela Uni-versidade Federal do

Maranhão (UFMA), Rayssa Gonçalves Mendes Freire, atualmente, é a Relações Públicas (RP) do Serviço Social do Comércio do Estado do Maranhão (SESC-MA). Questionada sobre o interesse pela prossão, Rayssa conta que pensava, primeiramente, em cursar História ou Ciências Sociais. Depois de visitar diversas faculdades de São Luís, conheceu a s Re lações Públicas através de um teste vocacional e, após diversaspesquisas, entusiasmou-se

pelo curso e prestou o vesti-bular para Comunicação Social em 2005. Durante a graduação, a RP realizou

estágio extracurricular na Empresa B ras i l e i ra de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) por 1 ano, onde atuava na área da comu-

Foto: Ana Oliveira.

‘’Você deve ter coragem, garra e

determinação. O mercado não

está fácil para ninguém, mas

você precisa ter certeza de que é

aquela área que você quer

seguir na sua vida e sempre

buscar fazer o melhor”.

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nicação e trabalhava com atendimento. Devido à mudança de horários do estágio, que entravam em conito com os horários da UFMA, Rayssa precisou deixar a organização. Tam-bém realizou estágio curri-cular no núcleo de comuni-cação e marketing da facul-dade Santa Terezinha, tendo seu primeiro contato com o mercado de trabalho na área das Relações Públicas. Por ironia do destino, durante a gradua-ção, Rayssa tentou realizar estágio no SESC, porém, devido a problemas na documentação, não foi a-provada no processo sele-tivo.

Graduada, deu início ao MBA em gestão empresarial. Seu primeiro emprego após a graduação foi na empresa MPX no Maranhão, onde atuou durante 2 meses como recepcionista até ser promo-

Rayssa sal ienta que, infelizmente, não aproveitou sua trajetória acadêmica ao máximo, tanto de forma acadêmica quanto pessoal, mas destaca que os estágios foram experiências que a auxiliaram no desenvol-vimento de responsabili-dade, cumprimento de tempo, além da obtenção de novos conhecimentos. Ainda na graduação, realizou o processo se le t ivo para Relações Públicas do SESC MA, o que ela acredita-va ser apenas uma prova para adquirir experiência. No entanto, Rayssa foi aprovada em segundo lugar. Contudo, o processo , que t inha validade de 5 anos, possuía apenas uma vaga e foi preenchida pelo candidato aprovado em primeiro lugar.

Atualmente, Rayssa faz parte da diretoria da Asso-

vida à assessoria da presi-dência, local em que traba-lhou até o encerramento das atividades da empresa em São Luís. Rayssa optou pelo desligamento da organiza-ção e, logo após, foi con-tratada pela Empresa Mara-nhense de Administração Portuária (EMAP) para traba-lhar na assessoria de comu-nicação de uma das dire-torias da empresa. Durante a sua estadia na EMAP, Rayssa foi contactada pelo SESC para assumir o cargo de Relações Públicas que exerce até os dias atuais.

ciação Brasileira de Relações Públicas – Seção Maranhão. É apaixonada pelo curso de História e sonha em realizar essa graduação. A RP ainda faz recomendações para os novos pross iona is do mercado de comunicação: “Você deve ter coragem, garra e determinação. O mercado não está fácil para ninguém, mas você precisa ter certeza de que é aquela área que você quer seguir na sua vida e sempre buscar fazer o melhor”, armou.

Foto: Arquivo pessoal.

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prata da casaDÉBORA ANDRÉA SOUZA

Por: Luany Pestana

ébora Andréa Souza

Dtem 32 anos, nasceu e foi criada na cidade

de São Luís do Maranhão. Formou-se em Relações Públicas pela Universidade Fede ra l do Ma ranhão (UFMA) no ano de 2011. É pós-graduanda em Asses-soria de Comunicação pela Faculdade Estácio de Sá e, atualmente, trabalha no setor de comunicação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) atuando, principalmente, na parte de gerenciamento das mídias sociais e produção de mate-riais institucionais.

A escolha do curso de Relações Públicas deu-se pelo desejo de trabalhar em um órgão diplomático, mas, à época, Débora t inha consciência das diculdades e falta de incentivo. Então decidiu procurar algum curso que se aproximasse do seu objetivo, daí conheceu as Relações Públicas e se identicou principalmente pelo fato de não precisar trabalhar se expondo em telas de televisão como as outras habilitações da Co-municação Social, já que não tinha tanta facilidade em interagir com pessoas que não conhecia. Antes de cursar RP, Débora iniciou outros cursos que não foram concluídos. “Acabou que eu me encontrei nas Relações Públicas. Eu acho que a gente começa a se identicar

mesmo quando vai para o estágio, quando começa a praticar. Foi aí que eu per-cebi que realmente tinha a ver, que eu gostava disso e queria continuar com esse tipo de trabalho. Abandonei outras possíveis prossões e continuei nas Relações Pú-blicas”.

Dentro da universidade, é cada vez mais comum os alunos engajarem-se em projetos de extensão, grupos de pesquisa, ligas aca-dêmicas e ans. Débora conta que, durante sua jornada, ela criou laços inicialmente com estudantes de jornalismo, devido às cadeiras de tronco comum e, a partir daí, começou a ing res sa r em d i ve r sos trabalhos. Além disso, para Débora, os professores mais “durões” contribuíram positi-vamente para sua evolução prossional, assim como marcaram sua trajetória de vida. “Tem alguns profes-sores que você vai lembrar pra sempre. Tudo i sso contribui, mesmo algumas experiências ruins nos fazem querer desistir, mas, lá na frente, você sabe que valeu a pena”.

Os estágios são etapas essenciais para a formação acadêmica de um universi-tário. Além de proporcionar uma vivência real do traba-lho que os futuros prossio-nais vão desenvolver, eles também possibilitam uma

Durante o estágio no Senac, Débora teve uma ótima relação com sua chefa Melissa Faray, também Relações Públicas, fato que contribuiu bastante para o seu desenvolvimento pros-sional. Ao nal de sua gra-duação, Débora Andréa não teve pressa para engatar uma pós ou especialização, buscou primeiramente um emprego. Como todo re-cém-formado, ela sofreu com a diculdade de se inse-rir no mercado de trabalho. “Para todo prossional re-cém-formado não é muito

série de experiências que agregaram valor à vida prossional dos estudantes. Ainda na universidade, Débora teve a oportunidade de estagiar em duas organi-zações de diferentes setores, o que fez diferença em sua carreira prossional. “No meu estágio obrigatório, que foi no Tribunal de Justiça do MA, tive outra visão do setor público. Também estagiei no Senac, que é da iniciativa privada e tinha outro modo de fazer comunicação e aprendi muito sobre essas questões da comunicação, especicamente de assesso-ria de imprensa. Então as várias experiências acadê-micas e também os estágios vão solidicando a nossa carreira. Às vezes, errando em algumas coisas, acer-tando em outras, aí vamos nos encontrando”.

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fácil se inserir no mercado, às vezes a gente até pensa que não vai achar um lugar. E era uma época que poucas empresas queriam ter um setor de comunicação, não tinha essa importância que tem hoje”.

Com dois anos de for-mada, Débora conseguiu o primeiro emprego, que também foi o momento mais desaador da sua carreira. “Foi em uma empresa cha-mada Prover Marketing e Eventos , uma empresa pequena, familiar, que tinha uma RP como proprietária. Os serviços eram de assesso-ria de imprensa e também ações promocionais. A gente se envolveu com marketing, assessoria de imprensa e redes sociais. Trabalhamos até com grandes empresas de São Luís fazendo esse trabalho. Foi um período de muito aprendizado, pensei

Atualmente, Débora tra-balha no setor de comuni-cação da UEMA, cheado por Fábio Abreu e onde atua há quase cinco anos. “Um dos antigos gestores postava em comunidade de comu-nicação sobre vagas e eu me candidatei. Coloquei meu currículo, ele cou muito preocupado por eu não ser jornalista, ele queria um jornalista. E eu disse que eu sabia escrever, nos outros empregos era o que mais eu fazia e eu não teria proble-ma com isso. Ele conou em mim e não se arrependeu. Acredito que um RP tem que se preocupar com o portu-guês. Tem gente que quer ser RP e não se preocupa em ter uma boa escrita. Se não sabe, pratica até aprender. Aqui eu trabalho com geren-

'ou eu deixo a comunicação de vez, ou me abraço com ela'”.

c i a m e n t o d a s m í d i a s , escrevo matéria para a revista da Uema e do jornal institucional, atendo alguns setores especícos para faze r a cober tu ra dos eventos também. O bom é que você começa a se arriscar em outras áreas, eu aprendi isso aqui. Tem que ser versátil”.

Ao pensar em o que é ser Relações Públicas hoje, Débora arma acreditar que seja um prossional “diplo-mata da comunicação”, que faz uso das ferramentas que vão desde jornalismo ao marketing, com o objetivo de atingir todos os públicos de forma positiva. “Ser essa ponte, fortalecer relacio-namentos, fortalecer a ima-gem é o que a gente faz me-lhor, mesmo que, às vezes, a gente não se dê conta, mas eu acho que isso ca interna-lizado na gente, no nosso agir como prossional. Fazer as coisas pensando em: eu quero atingir todos os pú-blicos, eu quero trabalhar a mensagem para todas as pessoas e não ofender ninguém!”.

Ao olhar para o futuro, Débora Andréa pretende nalizar sua pós-graduação em Assessoria de Comu-nicação e continuar em bus-ca de mais conhecimento, já que está certa de nunca parar de estudar. “Um RP tem que se reciclar o tempo todo, aliás, todo prossional. Com esse crescimento das mídias sociais digitais e da evolução tecnológica, po-demos car ultrapassados se não buscarmos conheci-mento e novas estratégias para trabalhar”.

Foto: Arquivo pessoal Débora Souza.

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CONHECENDOO MESTRE

Por: Hariadnna Martins

PROFESSORA JANE MACIEL

e Cultura da Escola de Comunicação da Universi-dade Federal do Rio de Janeiro, na linha Tecnologias da Comunicação e Estética. Em 2013, iniciou seu douto-rado na mesma instituição.

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Em 2010, entrou para o mestrado em Comunicação

A professora começou sua trajetória prossional como estagiária na Assessoria de Comunicação do Instituto Federal do Maranhão – IFMA. Nesta época, pôde a p l i c a r n a p r á t i c a o s conhecimentos adquiridos em sala de aula, ter contato com pessoas que exerceram papéis essenciais na sua vida pessoal e prossional, e acesso a pro je tos que contribuíram para a sua compreensão do ensino público.

Jane Cleide de Sousa Maciel é Professora Adjunta do Departa-

mento de Comunicação So-cial e concluiu sua gradua-ção em Comunicação So-cial, com habilitação em Re-lações Públicas pela Uni-versidade Federal do Mara-nhão – UFMA, em 2009. M e s t r e e d o u t o r a e m Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, contribui ativa-mente para a pesquisa como membro-fundadora e pes-quisadora do Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem (NUPPI/IF-MA), que possui mais de 10 anos de atuação efetiva.

Neste contexto, participou ativamente como pesqui-sadora do Laboratório Foto-graa Imagem e Pensamen-to e do MediaLab – UFRJ.

Também em 2013, pres-tou concurso para professor

Foto: Arquivo pessoal Jane Maciel.

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Quando quest ionada acerca da sua escolha prossional, revelou: “Con-sidero que a decisão por qual curso universitário fazer foi muito delicada, se pen-sarmos a idade com a qual a tomamos. Não sabia o que era Relações Públicas exata-mente. No meu caso, sem-pre tive uma inclinação forte pela área da imagem, espe-

efetivo da Universidade Rural do Janeiro, onde foi aprovada na vaga de Foto-jornalismo. No ano seguinte, realizou o da UFMA, obten-do êxito e retornando ao E s t a d o d o M a r a n h ã o . Segundo ela, “voltar à UFMA como professora foi e con-tinua sendo uma grande alegria, um desao que renovo todos os dias na busca de sempre me apri-morar e compreender como minha área de atuação e pesquisa pode colaborar com nossos cursos de Comu-nicação”.

Ao longo do exercício do magistério já lecionou, para o curso de Comunicação, as disciplinas Relações Públicas Governamentais, Relações Públicas Empresariais, Teoria da Opinião Pública, Plane-jamento de Mídia, Comu-nicação Digital e seus Usos Institucionais, conduzindo hoje a cadeira de Estética e Mídia, a qual tem uma forte identicação, uma vez que esta tem relação direta com seu campo de estudo e prática. Além desta, também ministra aulas para outros cursos, como os de Design e Turismo, com as cadeiras de Teorias da Comunicação e Técnicas de Relações Públi-cas em Turismo, respecti-vamente.

cialmente pela fotograa, e da cultura também. Como não havia disciplinas nessa área, na grade curricular de RP, z algumas no jornalis-mo, como Fotojornalismo, e em outros departamentos, como Filosoa da Cultura, além de cursos e ocinas de curta duração”.

Como contou, apesar da grade curricular de RP não contemplar de modo integral disciplinas voltadas para algumas das suas áreas de interesse, escolheu o curso e, durante a sua formação, buscou outros meios de apri-morá-las. Tais experiências, em paralelo a vivência e o contato com diferentes con-textos acadêmicos, foram extremamente expressivos para a formação do olhar transdisciplinar que cons-truiu sobre a comunicação. Nessa circunstância, perce-be o cumprimento do seu ofício em harmonia com o seu modo de ser, visto que a afeição pelo magistério aliada à prática da pesquisa, à habilidade comunicativa e à propensão artística, se complementam e evoluem de modo conjunto.

Devido ao interesse pela imagem, fotograa e artes, também cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Desenvolve processos artís-ticos com a fotograa, em convergência com outras linguagens, como a música, vídeo, performance e poesia. Dentre eles, no início do ano participou da curadoria da exposição Imagina(r)Existên-cias, que também foi tema do IV Simpósio Nacional de Arte e Mídia, coordenado pela professora e realizado

em abril deste ano pelo NUPPI, com o apoio da FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Cientíco e Tecnológico do Mara-nhão, na UFMA.

Para a professora, o Simpósio reforçou a atuação do NUPPI na UFMA, forta-lecendo relações interinstitu-cionais na área de pesquisa da Imagem, a qual será ainda mais frutífera frente ao novo PPC (Projeto Pedagó-gico de Curso) de Relações Públicas: "Este evento é um marco da reaproximação do NUPPI com as atividades na UFMA, já que o núcleo sur-giu em seu princípio no curso de comunicação, mobilizado por mim, pela professora Carolina Libério e outros colegas. Além disso, mante-mos nossas atividades, como o grupo 'Estudos NUPPI' e ações como palestras, oci-nas, pesquisas etc. O curso de Relações Públicas, que em seu novo PPC terá disciplinas da área de fotograa e au-diovisual, já tem um am-biente reexivo para se a-profundar neste campo, jun-tamente aos demais cursos de comunicação, pensando sempre que as trocas e inter-câmbios são muito válidos", destacou.

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conhecendo o mestre

PROFESSOR MÁRCIO CARNEIROPor: Anna Nunes

Márcio Carnei-ro dos Santos é jornalista forma-do na turma de

1986 pela Universidade Fe-deral do Maranhão (UFMA) e possui uma trajetória di-versa e abrangente na área da comunicação. No entan-to a escolha pelo jornalismo não foi imediata, o professor conta que sua primeira op-ção era a Psicologia, mas o curso ainda não existia na UFMA, para não sair de São Luís e para agradar a família iniciou Agronomia e poste-riormente Engenharia Elé-trica, abandonando ambos.

“Fiquei naquele limbo, sem saber o que fazer direito”, diz

Márcio. Então para não ficar com tempo ocioso, o jorna-lista passou seis meses estu-dando Francês e Alemão no NCL da UFMA e lendo muita coisa sobre Literatura, An-tropologia Social e Filosofia. Atitudes que culminaram na escolha do jornalismo. O na época funcionário público federal diz que o jornalismo apareceu como uma porta para se reconectar com o lado direito do cérebro, com as Humanidades e as Ciên-cias Sociais, ri ao contar isso.

No começo de sua carrei-ra profissional atuou como professor horista no depar-tamento de comunicação so-cial da UFMA, logo após foi

para o mercado estagiando em jornal impresso. Em se-guida encontrou a forma-ção profissional na TV, tendo trabalhado na DIFUSORA, que na época era afiliada da rede Globo. Márcio conta que trabalhou em quase to-das as funções da redação, começou como pauteiro e chegou a diretor de jorna-lismo da TV. Quando o sinal mudou para o SBT, o jorna-lista optou pelo caminho do audiovisual, montou uma produtora de vídeo e, inicial-mente trabalhou com pro-dução independente usando horários arrendados na TV aberta. Depois focou a atua-ção no mercado publicitário e em vídeos para empresas.

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Foto: Anna Nunes

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“No início da década passada achei que pre-cisava recon-figurar minha

carreira e meus próprios conhe-

cimentos”.Na década de 2000 Már-

cio escolheu voltar para a academia, buscando se es-pecializar fez um MBA em Marketing pelo ISAN-FG-V-Rio e logo depois o Mes-trado em Comunicação na Anhembi Morumbi em São Paulo. O professor conta que redescobriu esse caminho por conta de um concurso em 2009, para a área de Jor-nalismo em Redes Digitais. “Eram 16 candidatos entre mestres e doutores. Achei que não conseguiria entrar porque só tinha mestrado. Mesmo assim fui aprovado e retornei ao Departamen-to de Comunicação Social. Fechei a produtora e mu-dei totalmente minha vida para poder retomar a carrei-ra de professor”, confessa.

Atuação Científica

Fundou no seu segundo ano na UFMA o LABCOM - Laboratório de Conver-gência de Mídias junto com o professor Ferreira Júnior. Logo após fez doutorado no programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digi-tal da PUC-SP, defendeu a tese em 2014, sendo o pri-meiro doutor formado pelo programa.. Depois do dou-torado entrou em editais de pesquisa, fez o pós doc pelo Programa Nacional de

Pós Doutorado da Capes na UNB, realizou vários even-tos, publicou dois livros e, recentemente, foi contem-plado com um edital de Co-operação Internacional que vai conectar o LABCOM com a Inglaterra, ampliando os contatos internacionais, e que também já incluem o Canadá e Portugal. “O LAB-COM é minha forma de ope-rar no meio acadêmico tanto nas áreas de extensão e pes-quisa, bem como na forma-ção de recursos humanos, através da iniciação cien-tífica e agora também dos novos programas de Mes-trado em Comunicação que aprovamos. Profissional aqui em São Luís e acadêmico lá em Imperatriz. Por meio dele se fortalece também o foco na pesquisa aplicada, algo ainda muito restrito na Co-municação mas que já me rendeu em 2018 o prêmio Adelmo Genro Filho da cate-goria, uma distinção nacio-nal dada anualmente pela Sociedade Brasileira de Pes-quisadores em Jornalismo, a SBPJor” comenta o Márcio.

O professor observa que foi e está sendo necessário desenvolver soluções base-adas em novas tecnologias, percebeu as dificuldades das redações tradicionais em se adequar ao novo ce-nário digital. Por isso ele se dedica a duas áreas de atuação que buscam solu-ções na tecnologia. A pri-meira investiga o potencial de utilização de tecnologias emergentes como Realida-de Aumentada, Realidade Virtual, Internet das Coisas (IoT), Big Data e Inteligên-cia Artificial no processo de produção do jornalismo. A

outra é focada na difusão no Brasil de Métodos Digitais e da proposta epistemológica da Design Science. De acor-do com ele são dois tópicos pouco conhecidos na am-biente da Comunicação, no entanto “hoje fundamentais para que os pesquisadores da área possam enfrentar os desafios de estudar o am-biente digital e as profundas e velozes transformações do ecossistemas de mídias con-temporâneo. São aborda-gens interdisciplinares que nos conectam a outras áreas como a Ciência da Compu-tação , as Ciências Cogni-tivas e o Design”, comenta.

O mestreConhecer Márcio Carnei-

ro é ir além de sua forma-ção acadêmica, mas saber o que contribuiu para sua for-mação humana, o professor não esconde seu lado nerd e afirma que seus filmes pre-feridos são Star Wars (pri-meira trilogia) e Matrix, tem como hobby programar em PYTHON e a economia. O livro escolhido por ele foi O Artífice de Richard Sennett que fala sobre o desejo de fazer as coisas da melhor forma possível e sobre a in-satisfação, bem como os da-nos causados quando esse desejo é negado. Quando perguntado sobre uma frase que lhe defina, Márcio cita: “Uma coisa é conhecer o ca-minho, outra é atravessá-lo” - de Morpheus para Neo em Matrix. O mestre tem atra-vessado o caminho de ensi-nar e aprimorar a comunica-ção por meio da tecnologia, e continuará na sua trajetó-ria contribuindo para o de-senvolvimento da sociedade.

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A IMPORTÂNCIA DE PROPORCIONARA ACESSIBILIDADE DIGITAL A TODOS

OS PÚBLICOS

comUNICAÇÃOINCLUSIVA

Por: Luany Pestana

os dias atuais, a

Nchamada era digital, é comum às orga-

nizações utilizarem os meios digitais como ferramenta chave de comunicação com seus públicos, seja ele interno ou externo. Mesmo com todo o cuidado em desenvolver estratégias ecientes para alcançar o seu público como um todo, percebe-se, entretanto, um descuido por parte das organizações em incluir

Foi justamente nesse pon to que a Re lações Públicas Isadora Meirelles,

dentro do seu plano de comunicação as pessoas com deciência. Nesse contexto surge, então, a comunicação inclusiva que objetiva garantir o acesso à informação aos diversos público. No entanto, essa ainda é uma abordagem pouco explorada e utilizada na comunicação organi-zacional.

26 anos, voltou seu olhar de prossional de comunicação e passou a trabalhar com produção de conteúdo digital organizacional de maneira inclusiva. Isa, como é conhecida, se formou em Relações Públ icas pela Universidade de São Paulo, em 2016, e desde 2018 trabalha a comunicação inclusiva dentro das organi-zações. Em seu primeiro emprego, no banco Itaú, apesar de trabalhar fora da

Foto: Arquivo pessoal Isadora Meirelles.

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Nesse momento, a RP pensou: “nós somos comuni-cadores, somos formados para fazer gestão de co-municação dentro das orga-nizações e eu não tenho noção nenhuma, nem den-tro da faculdade, nem de qualquer outro espaço de como comunicar com essas pessoas”. Atualmente, ela trabalha com comunicação corporativa em uma startup chamada Resultados Digital, onde introduz a comuni-cação inclusiva dentro do seu trabalho. E como funcio-na essa produção? Todo o trabalho requer um estudo dos públicos e das plata-formas digitais utilizadas por eles, e a partir daí tem início a denição das ações de comunicação inclusiva. Por exemplo, quando se pensa em plataformas de comuni-cação inclusiva dentro da comunicação interna e

sua área de atuação - com produção de roteiros e atendimento - foi ali que Isa despertou para a comu-nicação.

Naquele ambiente ela tinha contato direto com uma funcionária com de-ciência auditiva. Isa perce-beu que a colega de trabalho cava deslocada de toda a comunicação interna e externa. Os posts nas redes sociais do banco não ofere-ciam legendas, as produções audiovisuais não eram aces-síveis, o que a excluía de toda a dinâmica comuni-cacional da empresa. Apesar de o banco disponibibizar intérpretes de libras, o processo contava com uma burocracia enorme, o que dicultava ainda mais a interação.

externa é preciso decidir em quais funcionalidades as pessoas com quem se quer comunicar teriam acesso - na empresa ou com o públi-co externo. Levando em conta que as deciências são diversas, é necessário pensar e m u m c o n t e ú d o q u e consiga abranger todas elas. No caso das pessoas com deciência visual, pensando no digital, é preciso que todas as peças de comuni-cação veiculadas em meio digital tenham acessibili-dade e possam ser acessa-das por meio da tecnologia assistiva, pelo celular ou notebook, e que possuam narração. Ao pensar nas pessoas com deciência auditiva, o conteúdo deve sempre conter legendas ou um intérprete de libras, já que o visual é o caminho mais acessível a elas.

Dada a grande diver-sidade dos públicos com deciência, pensar em conteúdos digitais para esses públicos requer abranger e considerar todas as alter-nativas possíveis dentro da plataforma digital. Atentar para as particularidades de cada um e desenvolver peças comunicacionais acessíveis a todos eles - mesmo que seja de maneira diferente - isto é comunicar e transmitir a informação de maneira to-tal, o que signica fazer comunicação inclus iva. Apesar dessa concepção de que o ideal é que a comu-nicação inclusiva deva ser tratada como prioridade no plano de comunicação das o rgan i zações , I sadora Meirelles arma que isto ainda é uma realidade muito d i s t a n t e e h á m u i t a s

barreiras a serem enfren-tadas.

A Re lações Púb l i cas acredita que cabe a nós, prossionais de comunica-ção, garantir essa priori-dade. “O nosso plano de comunicação precisa pensar nas pessoas com diversidade funcional. Tem que tá ali no pla-nejamento, porque vai se desdobrando para a comunicação interna, com a imprensa, para eventos, assessoria e demais ramos da comunicação organi-zacional. É por isso que tem que tá lá desde o princípio do planejamento de comuni-cação, quando se constrói isso ca bem mais fácil.”

Além desse trabalho, Isadora possui um blog, onde escreve textos sobre a comunicação inclusiva em meio digital. O blog leva o nome de Novas Narrativas, e está no ar desde 2018. Nele, a RP trata de várias temáticas voltadas para a acessibi-lidade digital, a inclusão digital e o empreendedo-rismo inclusivo. Paralela-mente, também na perspec-tiva da inclusão, Isa trabalha a moda inclusiva com outras quatro mulheres, Co-fun-dadoras do grupo Quem são Elas?, com o propósito de incluir pessoas com deciên-cia na moda através de debates e palestras abor-dando temas sobre moda, acess ib i l idade, empre-endedorismo e inovação. O coletivo trata questões sobre como empreender na moda inclusiva; a criação de mar-cas que desde o começo sejam inclusivas e como en-contrar formas e recursos de acessibilidade que sejam nanceiramente palpáveis.

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RELAÇÕES PÚBLICASCOMO PROFISSIONAL FREELANCER

Por: Cristina Torres

s diversas áreas de

Aatuação e expertises do prossional de

Relações Públicas abrem um leque de possibilidades no mercado de trabalho. Neste sentido, há três anos, a ludovicense Patrícia Câmara Ribeiro teve sua primeira

oportunidade de trabalhar com o home ofce, atuando como assistente da coach Caroline Caracas, e logo se tornou uma prossional autônoma.

Formada em Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão, a

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social media já atuou em diversas organizações, a exemplo do Núcleo Digital e de Atendimento ao cliente do Marketing do Shopping da Ilha e a Assessoria de Comunicação da Agência Estadual de Pesquisa e Extensão Rural (AGERP).

Foto: Arquivo pessoal Patrícia Ribeiro.

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Atualmente, Patrícia Ri-beiro exerce diversas ativida-des no campo da Comuni-cação Digital, incluindo pla-nejamento, produção de conteúdo, estudo dos públi-cos, personas, gestão de relacionamento, gestão de crises, avaliação de resul-tados, entre outras ativi-dades. A social media cuida de algumas marcas especí-cas, do relacionamento delas com seus públicos e cria oportunidades de enga-jamento e vendas. “Você vira uma verdadeira “eugência”, e precisa ser um prossional multifacetado, além de se aprofundar um pouco mais em outras áreas da comuni-cação como publicidade, por exemplo”, declara Patrícia.

Porém, atraída pela opor-tunidade de gerenciar seu próprio tempo e de ter seu esforço revertido para si, Patrícia começou a trabalhar c o m o s o c i a l m e d i a freelancer. Atualmente, em parceria com dois amigos, uma relações-públicas e um publicitário, divide alguns clientes paralelos, dese-nvolvendo o trabalho de for-ma independente.

O conhecimento obtido na academia é de extrema importância para o desen-volvimento de qualquer tra-balho, mas nem sempre é o suciente para a atuação no mercado de trabalho que é tão competitivo. Assim, o prossional deve comple-mentar sua formação com cursos, palestras, leituras e participação em eventos, principalmente se deseja trabalhar como freelancer. A troca de conhecimento entre prossionais, a experiência prática, o cotidiano do tra-

balho são determinantes pa-ra o preparo do prossional que pretende trabalhar por conta própria.

O “freela” é responsável por organizar sua rotina de trabalho e, por vezes, pode trabalhar mais horas que o necessário, se não houver uma rígida disciplina e planejamento. Esse tipo de prossional costuma ser o seu próprio chefe, possuindo uma agenda de trabalho mais exível e a comodidade e conforto de sua casa. Entretanto, também surgem algumas diculdades, sendo a instabilidade nanceira a mais importante, levando em conta que a remune-ração está ligada à quan-tidade do esforço e do traba-lho produzido. Além disso, o prossional ca mais susce-tível à procrastinação.

Empreender na área freelancer é pensar “fora da caixa”é exercitar a cria-tividade e fazer o melhor uso da sua rede de contatos. Todavia, nem sempre as oportunidades caem do céu, e então é necessário ser estratégico e organizado. “Não tenha medo de errar”, “esteja sempre atualizado e

acompanhando os grandes players do mercado”, “cone em si mesmo”, “exercite sua criatividade” são algumas dicas que a freelancer Patrícia Ribeiro enfatiza em seu discurso nal, sempre incentivando o futuro pro-ssional a acreditar em seu potencial e em sua capaci-dade.

Por m, é preciso também sair um pouco da “caixinha RP”, dos bastidores e come-çar a pensar a comunicação como um processo longo que se expande em diversas etapas. A vida de freelancer não dura para sempre. Em razão dessa brevidade é necessário pensar em evoluir para uma empresa e ter uma equipe. “Enquanto estava na faculdade, a maior parte dos estudantes - inclusive eu - pensava em fazer carreira em grandes empresas. Mas, há outros caminhos a seguir como relações públicas e co feliz de apresentar um de-les.”, naliza Patrícia.

“Enquanto estava na faculdade, a maior parte dos

estudantes - inclusive eu -

pensava em fazer carreira em

grandes empresas. Mas, há outros

caminhos a seguir como relações

públicas e co feliz de apresentar um

deles.”

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A UNIVERSIDADE INTEGRADA DATERCEIRA IDADE DA UFMA

conheça a uniti

Por: Lucas Nunes

projeto Uniti foi

Ocriado em 1995, por meio de uma par-

ceria entre as Universidades Federa l e Es tadual do Maranhão, do Serviço Social do Comércio e da Secretaria de Planejamento, Orça-mento e Gestão do Mara-nhão (hoje Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão - IPREV). Tem como objetivo oferecer à população idosa a prática de atividades que lhes proporcionem o forta-lecimento da participação social e política, melhora dos índices de saúde física e

A Uniti funciona como um curso de formação continua-da, com a duração de um ano e carga horária de 280 horas, distribuídas em 118 horas para as disciplinas básicas, 120 horas para ocinas e 42 horas para atividades extraclasse. O público-alvo do curso é formado por pessoas que tenham a partir de 50 anos de diversos segmentos da

mental, lidando com ques-tões relacionadas ao proces-so de envelhecimento e auxílio para o resgate da conança e autoestima na terceira idade.

Foto: Ana Oliveira.

sociedade e que sejam vinculadas aos programas e órgãos conveniados. Ao longo dos 22 anos de funcionamento, a Uniti - UFMA já atendeu mais de 3.000 alunos.

O Projeto possui parceria com os departamentos da UFMA, tornando-o campo de estágio para diversos alunos. Algumas das áreas beneciadas são: Educação Física; Medicina; Terapia Ocupacional; Farmácia; Enfermagem; Odontologia; Informática; Serviço Social; Letras; Pedagogia; Psicolo-gia. Esta última é responsá-

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ENTREVISTA CICILIA PERUZZO

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Por: Yanne de Cassia Franca Santos Sousa

Que interface caracteriza a interação das Relações Públicas com outras áreas?As Relações Públicas tanto enquanto uma subárea do conhecimento quanto profissão tem

suas especificidades, mas não se realizam de forma isolada. Por um lado, porque se situam no contexto da sociedade, que para ser compreendida em complexidade pressupõe o reco-nhecimento das múltiplas determinações que a constitui, da economia à política, do social ao jurídico, da cultura ao comunicacional e assim por diante, em sua historicidade. Portan-to, a compreensão e a geração de conhecimento sobre a sociedade e suas manifestações constitutivas e constituintes, para serem confiáveis, necessitam dar conta do emaranhado de fenômenos interligados que dão vida e a transformam constantemente. Assim sendo, Relações Públicas não se bastam a si mesmas, nem nos conceitos, nem nas suas práticas.

As constantes mudanças no mundo pedem, cada vez mais, que o pro-fissional de Relações Públicas (RP) seja capaz de se adequar às novas

demandas propostas tanto pelas institui-ções quanto pela própria sociedade. O per-fil de profissional que apenas pensa e exe-cuta as atividades para as quais foi treinado não se encaixa mais na perspectiva atual.Habilidades que vão além da formação técnica são essenciais para que a rela-ção entre profissional e instituição seja baseada em confiança e caminhe de for-ma alinhada. As Relações Públicas não existem de forma isolada, elas perpas-sam por diversos campos do conhecimen-to e é nisso que consiste sua versatilidade.

Conversamos com a Cicilia Peruzzo, umas das profissionais e estudiosas da área mais importantes da história das Relações Públi-cas no Brasil. Ela respondeu alguns de nos-sos questionamentos sobre a postura versátil do profissional de RP e o que se espera dele a partir do atual cenário das Relações Públi-cas, tanto no mercado quanto na academia. Foto: Portal Intercom

Quais características o profissional de RP deve ter para se encaixar no mercado atual?Possuir uma formação sólida, ser competente na sua especialidade e bem informado/a so-

bre a conjuntura econômica, social e política. As habilidades ao diálogo e ao uso das novas potencialidades de relacionamento através das tecnologias interativas, além das tradicionais, claro, são importantes ingredientes para o exercício da profissão de Rela ções Públicas no momento atual.Mas, chamo a atenção para o diálogo porque não basta dominar a técnica, ou seja, ter competente domínio do manejo das mídias e redes sociais virtuais – para exem-

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plificar com um tema que está na ordem o dia – para colocá-las a serviço das or-ganizações. A sociedade brasileira atual necessita, mais do que nunca, do di-álogo, da real comunicação (que ultrapassa a informa-ção e a opinião unidimen-sional) entre pessoas e en-tre instituições-instituições e pessoas, para que preva-leçam consensos em torno de problemáticas relativas ao interesse público consti-tutivo do espírito civilizató-rio cívico, a favor da vida, da dignidade, da ecologia.

Como você enxer-ga o cenário brasileiro das relações públicas? O vejo como animador, desde que os profissionais – incluindo os professores e pesquisadores – e os estu-dantes percebam o mundo não apenas como mercado a ser explorado para o lucro privado extraído a qualquer custo, mas que este seja ge-rado num contexto de res-ponsabilidade pública e da ética da universalidade. Por outro lado, o setor públi-co e terceiro setor também são “mercados” em expan-são que, aliás, mereceriam mais atenção dos cursos de graduação e pós-gradua-ção em Relações Públicas.

Em sua opinião, a versatili-dade do profissional de RP é um fator positivo, consi-derando o contexto atual? Sim, é uma característica primordial diante de tantas transformações tecnológicas e profissionais e, ao mesmo tempo, de tantas convergên-cias em todos os âmbitos.

Dentre esses 105 anos

de existência da pro-fissão, quais as princi-pais mudanças na atu-ação você pontuaria? A principal mudança que vejo foi o rompimento de uma visão hegemônica cen-trada nas Relações Públicas a serviço do capital e das ins-tituições a seu serviço, para incluir a possibilidade teóri-co-prática de sua apropria-ção e reelaboração no nível dos movimentos populares, associações sem fins lucra-tivos, comunidades, ou seja, no conjunto do Terceiro Setor.

Considerando as di-versas áreas de atu-ação do RP, qual você vê como mais promis-sora em curto prazo?

A comunicação institu-cional e as relações com as comunidades, talvez, conti-nuem a despertar ou forta-lecer a visão da importância das Relações Públicas sérias nos relacionamentos com os públicos, tanto no setor pri-vado quanto no público. Haja vista o exemplo da empresa Vale, cujo “castelo de areia” desmorona a cada dia, “uma joia” literalmente ofuscada pelos antagonismos entre o discurso organizacional a que as relações públicas se prestaram e as práticas empresariais concretas. De acordo com o que foi dito na primeira resposta, este pode ser um exemplo de que o momento atual está dizen-do que a responsabilização pública precede o interesse pelo incomensurável lucro.

Como você definiria as di-vergências existentes en-tre o mundo acadêmico e o mercado, para o profissio-nal de Relações Públicas?

Normal, apesar de não levar a nenhum lugar. Um novo profissional também pode alterar esse “ente” todo poderoso chamado “merca-do”, isto é, desde que haja a percepção de que o pró-prio capital precisa atuali-zar-se se pretende perdurar.

Reconhecer que todos os âmbitos da sociedade estão em constante mudança é importante para que o pro-fissional de RP internalize todas essas diversas possi-bilidades de atuação e se empenhe em buscar conhe-cimentos além dos muros de sua própria área de co-nhecimento. O diálogo, bem como o uso de ferramentas que o potencializam e o oti-mizam, é o caminho princi-pal para alcançar, ou chegar o mais próximo possível, de uma comunicação assertiva.

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VERSATILIDADE

Por: Ana Lídia Sousa de Oliveira e Thiago Kalebe Lima Diniz

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O conceito de ver-satilidade pressu-põe a flexibilidade e a inconstância

e, estas, são palavras cada vez mais usadas para descre-ver o atual cenário mundial. Dentro de um mundo alta-mente globalizado e majori-tariamente capitalista, como inovar? Como atender a no-vas demandas e até mesmo prever aquelas que ainda nem estão totalmente claras para os outros? De acordo com um artigo publicado no blog Personal Branding, Ken Sundheim, CEO da KAS Pla-cement Sales and Marketing Recruiters, empresa especia-lizada em recrutamento e desenvolvimento de RH nas áreas de vendas e marketing, existem 13 características es-senciais no perfil profissional de alguém que quer ser bem sucedido dentro do merca-do atual: liderança orienta-da, resiliência, sinceridade, competitividade, controle, espírito amigável, ambição, capacidade de adaptação, criatividade, competência, paixão, confiança e poder de decisão. Então, como isso se aplica ao profissio-nal de Relações Públicas?

A atividade de Relações Públicas, que surgiu primei-ramente nos Estados Unidos e depois foi para a Europa, veio para o Brasil em 1914 com a criação de um depar-

tamento de comunicação na “The Light AMD Power Co. Ltda.”, a qual sentiu a ne-cessidade de um departa-mento para cuidar de seus relacionamentos com a im-prensa. Em 21 de julho de 1954 é criada a Associação Brasileira de Relações Públi-cas (ABRP) e em 16 de junho de 1966 é criado o primeiro curso universitário na Escola de Comunicação e Cultura da Universidade de São Pau-lo, que em 1969, passou a se chamar Escola de Comu-nicação e Artes (ECA-USP), além de ser uma profissão regulamentada Lei n° 5.377 de 11 de Dezembro de 1967 (regulamentada pelo Decreto n° 63.283, de 26 de Setembro de 1968). De acordo com a definição da ABRP, Relações Públicas é “a atividade e o esforço delibe-rado, planejado e contínuo para estabelecer e manter a compreensão mútua en-tre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja, direta ou indiretamente, ligada”.

Apesar deste histórico, a profissão de Relações Públi-cas já mudou muito desde a sua criação, assim como a sua atuação dentro do mercado da comunicação, o qual é amplo e diversificado. Para Giselle Collins, atual presidente da ABRP, o Rela-ções Públicas tem total capa-

cidade para se adaptar e li-dar com as novas mudanças de mercado: “Tanto o escopo da profissão de Relações Pú-blicas - RP quanto o mercado de trabalho demandam um perfil de profissional versá-til. O Relações Públicas pode atuar em múltiplos contextos e ter interface com diversos segmentos e públicos de in-teresse. No contexto organi-zacional, a Profa. Margarida Kunsch traz a perspectiva integrada de atuação na co-municação institucional, in-terna, administrativa e mer-cadológica. E o RP também pode atuar em segmentos como governamental, co-munitário, internacional e outros que ainda nem foram mapeados... Isso tudo requer do profissional preparação e atualização constantes para que possa aproveitar ao máximo da versatilidade que o escopo da profissão possibilita, aliando as fer-ramentas de comunicação com o planejamento. Assim como a demanda crescen-te do mercado por um pro-fissional flexível e disrupti-vo dentro desse cenário de avanços, complexidade, rup-turas e mudanças tecnológi-cas, sociais e profissionais”.

Atualmente, um dos maio-res problemas enfrentados pelos brasileiros é o desem-prego. De acordo com Insti-tuto Brasileiro de Geografia

PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS NA ATUALIDADE

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e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,7% no trimestre en-cerrado em março de 2019, atingindo 13,4 milhões de pessoas. Diante deste cená-rio, é necessário pesquisar diferentes formas de inovar naquilo que será oferecido enquanto serviço, gerindo demandas que, até então, poderiam parecer irrelevan-tes ou inexistentes. E é assim que vem se desenvolvendo o mercado profissional de Relações Públicas. Para a coordenadora do curso de Relações Públicas da Univer-sidade Federal do Maranhão - UFMA, Profa. Luiziane Sa-raiva, o profissional de RP carrega uma ideia de versa-tilidade que vem da forma-ção acadêmica, proporcio-nando uma visão ampla do mercado de trabalho e uma alta adaptação a qualquer ambiente profissional. “O que mais me chama atenção é que nós desenvolvemos uma visão não só frontal da situação, mas também, peri-férica formando um enten-dimento de colateralidade. Nós entendemos não só dos públicos e relacionamentos, o que ajuda na hora de ela-borarmos um planejamento, um plano de comunicação, pois compreendemos a con-textualização do nosso tra-balho junto a uma organiza-ção”. Luiziane ainda aponta uma capacidade muito par-ticular de um profissional de relações públicas: a ca-pacidade de detectar mer-cados emergentes. Nessa perspectiva a professora fundou o grupo de pesquisa “Relações Públicas Interna-cionais e Mercados Emer-gentes” (C3PR), ligado ao departamento de Comuni-

cação Social da UFMA, para detectar e compreender os diferentes tipos de novos mercados e como afetam a profissão, identificando o perfil mais adequado a ser seguido pelo profissional.

Os mercados emergentes nos quais o Relações Públi-cas atua, principalmente no exterior, são diversos e até mesmo pouco convencio-nais, como é o caso do Rela-ções Públicas de Moda, que se insere em uma indústria gigante com o intuito de desfilar os princípios (pes-quisa, planejamento, exe-cução, avaliação) em uma passarela tão longa e ins-tável como a mercado. “O mercado mudou. A forma de consumo e experiência da informação também. A indústria 4.0 por exemplo é uma realidade e diversas profissões, que ainda nem existem e que vão requerer novas expertises, estão sur-gindo. É preciso estar aberto ao novo, ao aprendizado, ao compartilhamento, à inova-ção e a uma nova lógica de acompanhamento e aber-tura às tendências”, afirma Giselle. E é por conta desta perspectiva de se preparar para as novas demandas que Stefany Rego, gradu-anda do curso de Relações Públicas na UFMA, escolheu esse caminho “A escolha por cursar relações públicas foi bem curiosa porque o meu real interesse sempre foi em moda. Então, por que Rela-ções Públicas? [...] eu queria trabalhar com moda, mas não com a produção de ves-tuário ou acessórios, por isso comecei a buscar outras pos-sibilidades; e foi pesquisan-do mais sobre o curso que eu encontrei um leque mui-

to amplo delas. Dentro das diversas atividades possíveis de serem desempenhadas pelo profissional de Rela-ções Públicas a de Fashion PR com certeza é a que mais me atrai; essa é uma fun-ção que, à medida em que vem sendo reconhecida, tem construído um mercado com demandas próprias. Isso só é possível devido à versatili-dade que o campo de atu-ação e arcabouço teórico oferecem ao estudante ou profissional. É para essa ver-satilidade que minhas expec-tativas estão voltadas. Busco além de explorar a ativida-de do fashion PR, construir na conexão entre o vestuá-rio, seu consumo e proces-sos de vinculação social que constituem essas transações, lugares de atuação diferen-ciados de forma a atender as necessidades que emergem no universo da moda e que são tão pouco exploradas.”

O perfil do profissional de Relações Públicas, como vis-to, traz uma ideia de mudan-ça e adaptação muito ne-cessária nos tempos atuais. Sendo assim, os mercados emergentes, ainda pouco compreendidos pelos pro-fissionais e graduandos da área, se desenvolvem como uma alternativa para com-bater o desemprego e inovar perante a ideia de tradição da profissão. “Todo mun-do precisa de um RP, assim como todo mundo precisa de um médico, de um advo-gado, de um construtor. Nós ajustamos o ambiente de trabalho em nível de comu-nicação, nós fortalecemos laços, elos e os relaciona-mentos em sua totalidade.”

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FILME - NADA A ESCONDER

resenha

Mas, o que acontece quando este controle é perdido? Essa é parte da premissa do lme Nada a Esconder (Le jeu), produção original da Netix (2018). O longa aborda uma situação

No mundo contempo-râneo a informação se torna essencial, ainda mais se esta é pessoal. Vivemos em um contexto social altamente tecnológico. O smartphone se tornou uma extensão de nossa iden t idade , e a exposição por meio de diversas redes sociais é constante. Apesar de tudo, existem certos limites. Ainda é possível ter momentos privados em meio a tanta exposição, e é possível selecionar o que pode ser exposto.

casual, um jantar entre sete amigos. Porém, aquilo que parecia um simples encontro amistoso, logo se torna em um momento de virada na vida desses personagens. Um jogo é proposto, e todos jogam. A regras são claras: cada um deve colocar seu celular sobre a mesa, e todos irão ler em voz alta as men-sagens que receberem. Daí em diante, umas série de tragédias cômicas se de-senrola, permeada pela exposição de segredos e mentiras, e a imagem que cada um projetava de si mesmo vai sendo descons-truída a cada revelação.

Nada a Esconder se mos-tra como uma grande comé-dia que critica aquilo em que nos tornamos para manter

em sigilo aquilo que pode comprometer a imagem que queremos manter diante de outros. Queremos ser expos-tos, mas da nossa maneira. Essa relação contraditória pode gerar situações como a abordada no lme, em que um simples jantar pode virar um grande (e constrange-zdor) desastre.

Por: Thiago Diniz

Foto: Netix.

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LIVRO - ECONOMIA DA CONFIANÇA

resenha

A temática central da obra consiste em mostrar ao leitor que por meio do processo de vinculação social (enten-dendo a comunicação como uma forma de produzir sentido), é possível perceber a proximidade que há entre a economia e a comuni-cação. Portanto, a obra não trata de um estudo econô-mico, mas propõe uma discussão acerca da produ-ção e consumo de bens e serviços por meio da troca e compartilhamento; como também uma análise da possibilidade de mudança, de construção e de regula-ção dos vínculos sociais que constituímos como socie-dade.

O que o autor denomina

“Economia da Conança: Comunicação, Tecnologia e Vinculação Soc ia l” , de Ramon Bezerra Costa, é uma obra derivada da tese de doutorado do autor. O livro traz uma reexão crítica sobre mudanças nas esferas econômica, cultural e social que têm sido motivadas pelas tecnologias digitais de comunicação. Ramon é Doutor em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, professor d o D e p a r t a m e n t o d e Comunicação Social da U F M A d e s d e 2 0 1 6 , e c o o r d e n a o g r u p o d e pesquisa em comunicação, tecnologia e economia – ETC.

No capítulo três é res-saltado o papel da conança nas relações sociais, a forma como ela é construída e as mudanças que sofreu ao longo do tempo e exposição do indivíduo a experiências sociais. O quarto e último capítulo é uma contestação à

de “Economia da Conança” é, na verdade, o que se pode c h a m a r d e “ m o d e l o econômico emergente” que tem recebido diferentes nomenclaturas, dentre as quais: economia do compar-tilhamento ou colaborativa, e consumo colaborativo. O livro, embora seja resultado de pesquisa cientíca, é fruto, também, da descrição de diferentes experiências vividas pelo autor que as utiliza como argumento para sustentar seu ponto de vista, de modo a facilitar a com-preensão do leitor.

A obra é dividida em quatro capítulos. Iniciando por breves reexões sobre mudanças socioeconômicas e tecnológicas, para então, dar início à delineação do conceito de Economia da Conança e suas áreas de abrangência, ilustrando-as com vivências e exemplos, como Uber e Catarse. Em seguida, no capítulo dois, o autor sugere pensar a dinâmica entre pares e os mecanismos que ampliaram as formas não só de se comunicar, mas do acesso a bens e serviços.

ideia econômica de escas-sez, no que diz respeito ao consumo de bens e serviços, e, propõe pensar a Econo-mia da Conança a partir da dinâmica da abundância, onde o acesso é priorizado em detrimento da posse.

A abordagem e os argu-mentos utilizados pelo autor oferecem ao leitor uma observação mais atenta para as demandas do mercado. Portanto, a leitura do livro se mostra relevante tanto para prossionais da área de comunicação quanto para estudantes, uma vez que ressalta dinâmicas de mer-cado que estão emergindo e uma perspectiva diferente para compreendê-las.

Por: Jannifer Silva

Foto: Arquivo pessoal Ramon Bezerra.

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PROJETO BUSCA EMPODERAMENTOFEMININO ATRAVÉS DAS

RELAÇÕES PÚBLICAS

verbo mulher

Por: Paula Oliveira

egundo o estudo pro-

Sduzido pela Unidade de Gestão Estratégica

do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Nacional, no Brasil, existem 27,4 milhões donos de negócio (indivíduos que estão à frente de um negócio – formal ou informal – como Empregador ou por Conta Próp r i a ) . A s mu lhe re s correspondem a 34% deste valor. São 9,3 milhões de mulheres donas de negócio. Além disso, 47,6% dos Microempreendedores no país são mulheres e estão envolvidas predominan-temente em at iv idades relacionadas à beleza, moda e alimentação.

Insere-se, nesse contexto, a necessidade da gestão estratégica da comunicação de pequenas, médias e grandes empresas. É através da comunicação que estas empresas estabelecem o relacionamento com os seus diversos públicos. Nesse cenário, buscando o desen-volvimento prossional e pessoal, além do empon-deramento feminino e a sororidade entre mulheres, o projeto Verbo Mulher desen-volve palestras, cursos, ocinas e networking para mulheres do ABC Paulista

O projeto Verbo Mulher também é responsável pela Casa do Empreendedorismo Cabe na Verba, que visa ampliar o leque de ativida-des e o público a ser aten-dido pelo projeto. A Casa oferece uma variedade maior de atividades, em dias e horários variados, abrindo oportunidades para todos os interessados. Tanto o projeto

(composto pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul no estado de São Paulo). O projeto é desenvolvido em par ce r ia com o C IESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo do Campo, a partir de encontros mensais que apresentam conteúdo técni-co e comportamental.

quanto a casa do empre-endedorismo seguem prin-cípios de sustentabilidade, responsabilidade social, pro-teção ambiental e viabi-l i d a d e e c o n ô m i c a .

O projeto é desenvolvido por Ana Manssour que cur-sou a faculdade de Relações Púb l i cas na Esco la de Comun icação , A r te s e Des ign (FAMECOS) da Pont i f íc ia Univers idade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). A RP realizou estágio na Diretoria de Comunicação do Banco do Estado do Rio Grande do Sul – Banrisul , onde, após graduada, criou a primeira Área de Comunicação Social da empresa, que coordenou por três anos e onde era responsável pela comuni-

Foto: Arquivo pessoal Verbo Mulher.

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nicação interna e pela asses-soria de imprensa. Ana cursou o Mestrado em Admi-nistração, com ênfase em Organizações, na Univer-sidade Federal do Rio Gran-de do Sul – UFRGS e lecionou por cinco anos nos cursos de Administração e Gestão no Rio Grande do Sul e em Relações Públicas e Jornalis-mo, na Universidade Meto-dista, em São Paulo. Lecio-nou por dois anos em cursos de pós -g raduação em Minhas Gerais e São Paulo, sempre na área de Comuni-cação Empresarial. A RP voltou a trabalhar como pross ional autônoma, compondo equipes para atender projetos de au-ditoria de comunicação e prevenção de riscos e gestão de crises em grandes empre-sas nacionais e multina-cionais.

Ana explica que as Rela-ções Públicas estão pre-sentes em todas as etapas do projeto. “A base do Verbo Mulher é o relacionamento sustentável entre as mulhe-res, ou seja, o estabele-cimento de relações verda-deiras e mutuamente vanta-josas em vários níveis, de maneira que as partes man-tenham umas às outras mes-mo quando atravessando períodos de crise. As Re-lações Públicas sempre são apontadas como de resul-tados não tangíveis, quando, na verdade, o que acontece é que apostamos no forta-lecimento das relações para que sejam alicerces fortes para as parcerias de negó-cios, o que traz resultados quase sempre em médio e longo prazo em vez de imediatos”, destacou.

Em relação aos benefícios gerados através do trabalho dos prossionais de comu-nicação nas comunidades para promoção de uma co-municação mais transforma-dora da sociedade, a RP explicitou que “A comuni-cação é um meio de edu-cação. Sendo assim, os pro-ssionais de comunicação também são educadores e facilitadores que levam informação para a popu-lação. Acredito que está mais do que na hora de as

A integração entre Rela-ções Públicas e empreende-dorismo é um bom exemplo da versatilidade do RP, que pode utilizar os seus conhe-cimentos em gestão estraté-gica na gestão de empresas. É por isso que, para o êxito das empresas, é necessário que os gestores de peque-nas, médias e grandes empresas pe r cebam a importância da comunicação na gestão das organizações.

pessoas se darem conta que estamos vivendo um mo-mento de mudança muito importante na história da humanidade e que não podemos ser apenas espec-tadores e sim agentes que ajudam numa transforma-ção para melhor. E as Relações Públicas, como um meio de educação, têm um papel relevante nessa etapa de transformação social e econômica”.

Foto: Arquivo pessoal Verbo Mulher.

‘’A comunicação é um meio de

educação. Sendo assim, os

prossionais de comunicação também são educadores e

facilitadores que levam informação

para a população’’.

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INTEGRAÇÃO, ESPORTE EMUITA DIVERSÃO!

ATLÉTICASACADÊMICAS

Por: Jainara Coelho

Nesse contexto, é impor-tante frisar quando se deu o surgimento das A.A.A e por qual razão. As primeiras disputas em jogos univer-sitários ocorreram no início do séc. XIX , mais pre-cisamente em 1916. Tais disputas estavam concen-tradas no eixo RIO-SP, onde foram realizadas as primei-ras competições entre uni-versitários cariocas e paulis-tas, conforme estudos reali-zados pelo Centro de Estu-dos e Memória da Juventude (CEMJ), em parceria com o Ministério do Esporte.

s A.A.A (Associação

AAtlética Acadêmica), resumidamente, são

organizações estudantis que promovem a prática de atividades esportivas, inte-gração e ações com o intuito de corroborar com o bem-estar social. Estão inseridas no contexto de grande parte das Universidades e InstI-tutos Federais por todo o Brasil. Promovendo campeo-natos e muitas festas, as Atléticas têm conquistado cada vez mais adeptos no meio acadêmico, visto que são uma “fuga” da rotina de aulas, artigos, seminários etc.

Ainda segundo a CEMJ, no século XX, surgiram as p r ime i ra s a s soc i a ções universitárias, bem como diversos estados passaram a fazer parte das competições, sendo eles: Minas Gerais, Paraná, Bahia e Guanabara, onde disputaram a 1ª Olim-píada Universitária Brasi-leira, promovida em São Paulo no ano de 1935.

Então, a partir do engaja-mento de diversos estados em campeonatos/eventos universitários, sentiu-se a necessidade de criar uma entidade que regulamen-tasse e organizasse o des-porto universitário, logo, em 1939, fora criada a Confe-deração Brasileira de Des-

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porto Universitário (CBDU), que passou a scalizar e ocializar as atividades esportivas universitárias por todo Brasil.

Com relação a ocia-lização das A.A.A, é neces-sário que todas elas sigam alguns passos para que as atlét icas sejam regula-rizadas:

1. Convocar uma assem-bleia de constituição com a presença de todos os associados para a de-nição e aprovação do Estatuto e eleição do conse lho d i r e to r da atlética;2. Registro em cartório de pessoas jurídicas portan-

Foto: Arquivo pessoal.

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MARANHÃO

tando: ata de fundação, 2 vias do Estatuto, lista de membros fundadores e diretoria eleita e ofício encaminhado para o cartório;3. Providenciar Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) através da Receita Fe-deral, pois a partir dele poderão ser feitas tran-sações nanceiras, con-tratos, convênios, patro-cínios e etc. É de extrema importância

que tais tramites sejam rea-lizados, pois possibilitam que as atléticas trabalhem de forma segura e respal-dadas legalmente.

Atualmente, existe uma vasta quantidade de Atlé-ticas em todo o Maranhão, compreendendo grande parte dos cursos em ins-titutos federais, univer-sidades públicas e parti-culares. Na Universidade Fe-deral do Maranhão - UFMA, por exemplo, somente na Cidade Universitária Dom Delgado, existem cerca de 30 atléticas registradas, sem contar os campi no interior

No Maranhão, a primeira A.A.A criada foi a A.A.AM UFMA, mais conhecida como A t l é t i ca Ma t ra ca , que representa o curso de Medi-cina (Cidade Universitária Dom Delgado), foi fundada em 26 de março de 2012, por alunos e professores do curso, sendo a precursora na área de desportos uni-versitários no Nordeste. A Matraca é reconhecida e respeitada por todo o país, uma vez que levou a cultura maranhense para além dos limites físicos do Estado.

do estado. O mesmo ocorre com a Universidade Esta-dual do Maranhão - UEMA; com o Centro Universitário do Maranhão - CEUMA; com o Instituto Federal do Ma-ranhão - IFMA e as demais faculdades parti-culares.

Em São Luís, particular-mente, há eventos cons-tantes e festas organizados pelas Atléticas e os campeo-natos são organizados pelas atléticas localizadas em cada cur-so/universidade, sendo eles: CAMA (Campeonato das Atléticas do Maranhão), InterCCSO (Campeonato das Atléticas do Centro de Ciências Sociais da UFMA c o m p e t e m ) , I n t e r E N G (Campeonato das Atléticas de Engenharia do Mara-

nhão), InterCT (Campeonato das Atléticas do Centro de Ciências Tecnológicas da UFMA), CAU (Campeonato das Atléticas da UEMA), Intermed (Campeonato das Atléticas de Medicina – aqui existem edições Norte e N o r d e s t e ) , I n t e r M í d i a (Campeonato das Atléticas de Comunicação Social de São Luís), InterJuris Nordeste (Campeonato das Atléticas de Direito do Nordeste).

Tais eventos fazem com que atinja-se o objetivo nal das atléticas que é integrar, competir e divertir milhares de universitários, fazendo que estes saiam da rotina maçante de estudos. As A.A.A trouxeram vida nova aos ambientes acadêmicos!

Foto: Arquivo pessoal.

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É PRECISO PENSAR RPFORA DO MUNDO CORPORATIVO

DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICoAO VASTO MUNDO DA GASTRONOMIA

Por: Jainara Coelho

A ideia de combinar relações públicas e gastro-nomia surgiu quando Bruno se sentiu saturado do mundo corporativo, da rotina do dia a dia e decidiu recomeçar entrando na faculdade de gastronomia, onde aliou a habilidade de se relacionar com a paixão de infância: cozinhar.

Assim, mediante a essa nova fase da sua vida, Bruno Bertozo decidiu criar uma plataforma na qual alunos, familiares e amigos pudes-sem encontrar informações

á pensou combinar

JRelações Públ icas e Gastronomia? Parece

até uma missão impossível combinar mundos - aparen-temente - tão diferentes e tão distantes, mas se ana-lisarmos, ambas as áreas precisam conhecer seus públicos e, desta maneira, promover um relaciona-mento baseado em credi-bilidade, conança e tornan-do-os duradouros. Assim, unindo os conhecimentos de relações públicas com o amor pela gastronomia, o gastrônomo e RP, Bruno Bertozo, criou um site que oferece treinamentos para a brigada de cozinha e empre-endedores gastronômicos, a lém de oc inas para crianças.

Além de ser uma plata-forma que auxilia novos cozinheiros, ou qualquer pessoa que tenha interesse por gastronomia, o “Socorro Chefe” oferta cursos e workshops que atendem desde as bases culinárias até reciclagem prossional, consultoria para bares e restaurantes, além dos seguintes serviços:

de qualidade e referência técnica sobre gastronomia, tirando suas dúvidas sobre o que deu errado na cozinha. Foi ai que então o “Socorro Chefe!”

Ÿ Engenharia e reenge-nharia de Menus;

Ÿ Criação e desenvolvimen-to de cardápios regionais para cada site de atuação (Brasil/Exterior);

Ÿ Gestão operacional para processos na produção de alimentos;

Ÿ Gestão em cadeia de su-primentos, planejamento de compras e estoques;

Ÿ Gestão em atendimento de salão com foco em excelência no serviço e metas de Vendas;

Ÿ Desenvo l v imen to de layout de cozinhas (Produ-ção / Finalização), esto-que e salão (Mobília, De-coração de Ambientes & Iluminação e Paisagismo) consoante conceito do evento, otimização dos e s p a ç o s ( f u n c i o n a -bilidade) e custos;

Ÿ Auxílio na denição de uniformes dos cargos e setores acordando com o

Ÿ Designer de produtos e criação (Food Stylist);

Foto: Arquivo pessoal Socorro Chef.

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Ÿ Desenvo l v imen to de estratégias de marketing e propaganda direcio-nada ao setor de A&B, bem como denição de tipos de mídia de acordo com conceito e custos; denição conceitual de l a y o u t s p a r a y e r s , displays, banners;

Ÿ Auxílio no processo de seleção de equipamentos e utensílios com repasse de banco de fornecedores

est i lo do evento e a hierarquia;

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Ÿ Auxílio no processo de seleção prossional.Desta forma, como pode-

se perceber, com o “Socorro Chefe!”, Bruno Bertozo consegue unir o seu lado relações públicas, traba-lhando para promover sua imagem e de sua empresa e desenvolver ações que otimizem/maximizem o seu relacionamento com os stakeholders, bem como auxiliando-os nas questões

atualizado para cotação e seleção;

gastronômicas. De acordo com Bertozo: “É de extrema importância, nos dias de hoje. Não basta ser um excelente cozinheiro, tem que sim, ser, mas você precisa monetizar suas ações e imagem”.

Foto: Arquivo pessoal Socorro Chef.

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CONSTRUÇÃO DE IMAGENSE VERSATILIDADE

FOTOGRAFIA E RELAÇÕES PÚBLICAS

Por: Ana Oliveira

século XXI está, ca-

Oda vez mais, marca-do pelas imagens.

Nunca se fotografou tanto, de diferentes formas. Esse tipo de comunicação possui uma importância funda-mental na relação entre organização e público. A necessidade de material imagético das organizações deve ser aliada à compre-ensão desse tipo de mídia como canal de comunicação institucional. Sendo assim, o papel do prossional de relações públicas, que já desenvolve esse entendi-

Além de serem poucas as matérias que estudam a relação da fotograa com a área de Relações Públicas, a designação do que seria uma disciplina voltada peara este tema também não é bem denida em muitas universidades do país. De-corre, dessa realidade, o fato de que essa área de estudo ainda não possui uma

mento institucional na sua formação acadêmica, se aliaria às noções técnicas da Fotograa para impactar direta e indiretamente na construção de imagens.

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denição concreta. Entre-tanto, no artigo apresen-tado, em 2018, na Associa-ção Brasileira de Pesqui-sadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas - A Fotograa em Relações Públicas - as au-toras, Ana Domitila Rosa Lemos Silva, bacharel em Comunicação Social com habilitação em RP pela Universidade Federal de Goiânia (UFG) e Gardene Leão, doutora em sociologia com pós-graduação em Assessoria de Comunicação apontam uma nova forma de

Foto: Ana Oliveira.

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nomeação especica para essa área: Fotograa para Relações Públicas ou Foto-RP. A proposta é baseada nos conceitos de público, do pesquisador Fábio França, aliados às noções básicas do Fotojornalismo.

O estudo analisa diversas m a n e i r a s p a r a q u e a empresa se comunique com os seus públicos através da narrativa construída pelas imagens, consequente-mente, a importância da representação dos públicos de forma efetiva também é debatida ao longo do artigo.Segundo uma pesquisa realizada pela PR Newswire, organização de serviços de inteligência em comuni-cação e monitoramento de notícias, onde foram anali-sados mais de 10.000 press realases de diferentes orga-nizações, a adesão de ima-gens aumenta em até 14% o

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Nessa perspectiva, é im-portante analisar a qualida-de técnica das imagens, item de extrema importância. “Fotograa é uma arte que exige conhecimento dos melhores ângulos, da me-lhor forma de aproveitar a luz e, muitas vezes, de alterar essas condições para r e s s a l t a r o s a s p e c t o s positivos do ambiente”, a r m a a e m p r e s a d e fotograa 3603D na matéria ‘’Por que fotos prossionais são importantes para que as empresas se destaquem?’’ Assim, é necessário investir em equ ipamentos que cumpram os requisitos da função das imagens, quais sejam: a compreensão dos

engajamento do público a esse material comunicacio-nal. Tal porcentagem é ainda maior quando adicionadas outras mídias, como vídeos e áudios.

tipos de câmeras e das lentes. Fatores essenciais para construir essa relação.

A versatilidade do pros-sional de Relações Públicas pode ser entendida como novas formas de relacio-namento entre organizações e públicos. Por conseguinte, cabe ao relações públicas buscar novas áreas de co-nhecimento que agreguem a ideia de gestão comunica-cional. A Fotograa, sendo u m a d e l a s , p o d e s e r responsável pelo tão so-nhado “diferencial” que os prossionais procuram, con-siderando que a associação desse conhecimento poderá trazer novas perspectivas de como pensar a prossão.

Foto: Ana Oliveira.

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APÓS 12 ANOS, CURSO DE RELAÇÕESPÚBLICAS DA UFMA ATUALIZA O

PROJETO PEDAGÓGICOPor: Anna Nunes

De acordo com a apresen-tação do novo documento do PPC de Relações Públicas,

curso de Comu-

On i ca ção So c i a l -Relações Públicas da

Universidade Federal do Maranhão (UFMA) iniciou o processo de mudança do Projeto Pedagógico (PPC) em 2014, sendo concluído e divulgado este ano, 2019. A reforma curricular foi idea-lizada pelos professores e estudantes do Curso, com o r i en tação das Novas Diretrizes Curriculares que entraram em vigor em 13 de outubro de 2013 – CNE/CES nº 2. O projeto não era atualizado desde 2007.

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sua reconguração vem atender à emergência de novos atores sociais, às exigências pol í t icas da sociedade e das organi-zações e ao surgimento de múltiplas formas de comu-nicação e interação digital. “É o PPC que dene estrutura curricular, carga horária de cada disciplina, ementa e bibliograa; eixos de atua-ção da disciplina, bem como traça o perl do egresso, faz análise do mercado de trabalho, informa a base legal do curso, análises administrativas e normas, que estão de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação”, diz a coorde-

nadora do curso, Luiziane Saraiva.

É ressaltada também uma formação que trabalhe os conhecimentos de maneira contextualizada histori-camente nos níveis interna-cional, nacional e local, buscando a formação de uma consciência cidadã de uma sociedade em perma-nente mudança, na qual, frequentemente, emergem novos desaos envolvendo os direitos humanos. Nesse sentido, Luiziane arma que é importante construir um curso com um olhar respei-toso para o passado, os pés no chão, no presente, mas um olhar pro futuro, sempre

Conra a nova grade curricular:

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Para Filipe Lago, estudan-te do curso e colaborador na elaboração do projeto: “É de suma importância a atuali-zação de Projetos Pedagó-gicos de Cursos, pois retra-tam uma demanda da socie-dade: mudança constante. À vista disso, o novo PPC do curso de Comunicação Social - Relações Públicas contextualiza novas deman-das da atuação do Relações Públicas como um pros-sional de visão estratégica ampliada e com a junção da comunicação integrada. Em suma, o novo PPC possibi-litará ao discente uma for-mação mais completa, 'con-versando' com as várias camadas da comunicação social”.

prospectando espaço para os egressos, tanto na parte cientica, quanto na merca-dológica.

O Projeto busca contem-plar os aspectos da dimen-são losóca, política, social, cultural e humana em cone-xão com a formação técnica e tecnológica, possibili-tando, por meio de ferra-mentas e processos comu-nicacionais, prossionais capazes de enfrentar os desaos que lhes impõem a sociedade atual. Para a comissão que elaborou o PPC, “As 'novas' tecnologias, o avanço das redes sociais digitais que criam públicos de interesse cada vez mais críticos e seletivos e, por isso, as sociabilidades engen-dradas por elas permearam as discussões levadas a cabo pela Comissão”.

As mudanças são signi-cativas e necessárias para o mundo globalizado no qual estamos vivendo. O estu-

dante e futuro prossional deve ter acesso ao ensino holístico, que busca a inte-gração entre humanidades e tecnologias, bem como a teoria e prática. O novo projeto pedagógico entra em vigor no 2º semestre de 2019 e será adotado, a priori, apenas para os alunos ingressantes deste semes-tre..

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GRUPOS DE PESQUISA VINCULADOS AODEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO

SOCIAL DA UFMAPor: Jannifer Silva

universidade Federal

Ado Maranhão tem como pilares estru-

turais o ensino, a pesquisa e a extensão. Tais dimensões podem ser facilmente compi-ladas em um grupo de pes-quisa, favorecendo, desta forma, uma ligação entre estes pilares. Os grupos de pesquisa parecem, assim, exercer uma atividade es-sencial no que diz respeito à construção da vida acadê-mica dos alunos que os integram. Atualmente, vin-culados ao Departamento de Comunicação Social, exis-tem 10 grupos de pesquisa em funcionamento e cadas-trados na plataforma do CNPq.

Sendo o primeiro grupo de pesquisa vinculado ao Departamento de Comuni-cação Social, a equipe de estudos Coordenada pela professora Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimo e pelo professor José Riba-mar Ferreira Junior, aborda a Comunicação Midiática e Institucional. Dividido em duas linhas de pesquisa: Imagem, Mensagem e Produtos Comunicacionais Institucionais e Produção, Circulação e Consumo de Produtos Midiáticos, as diretr izes são respect i-vamente: direcionar-se às investigações sobre a rela-ção entre o processo de

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O Núcleo de Estudos em Estratégias de Comunicação – NEEC, como pressupõe o nome, faz parte de uma rede de pesquisas sobre estra-tégias de comunicação vin-culada à UFRJ. O grupo, em questão, é coordenado pela professora Rosinete de Jesus Silva Ferreira e busca deba-ter em suas linhas de pesqui-sa sobre as tecnologias de comunicação e processos de vinculação so-cial; estraté-gias audiovisuais na conver-gênc ia ; míd ia , espaço público e sociabilidade e comunicação relacionada a movimentos sociais e polí-ticas públicas.

comunicação de instituições públicas ou privadas e a constituição de imagem pública na primeira linha de pesquisa; e na segunda busca-se fazer uma análise da produção, da circulação e do consumo de produtos midiáticos.

O grupo Tecnologias e Narrativas Digitais – TECND, coordenado pelo professor Márcio Carneiro dos Santos aborda em suas linhas de pesquisa a comunicação digital e as tecnologias da informação. Os estudos baseados em Data Science buscam maneiras de solu-cionar problemas e estabe-lecer um diálogo com a sociedade.

O OBEEC – Observatório

O grupo de pesquisa Comunicação Tecnologia e Economia – ETC, que é coordenado pelo professor Ramon Bezer ra Cos ta , desenvolve pesquisas que busquem entender tecno-logias e iniciativas no âmbito dos mercados emergentes de modo a reetir sobre dinâmicas singulares e o papel da tecnologia no funcionamento destas. Além disso, na linha de pesquisa que aborda processos e epistemologias de vincu-lação social, busca reunir estudos teóricos e meto-dológicos voltados para os processos de legitimação dos saberes constituídos a partir das dinâmicas estuda-das no âmbito da comuni-cação, tecnologia e econo-mia.

Coordenado pela profes-sora Li-Chang Shuen Silva, o Laboratório Integrado de Pesquisa e Prática Jornalís-ticas e Culturais, atua em três linhas de pesquisa: Mídia, Política e Poder; Multiculturalismo e proces-

de Experiências Expandidas em Comunicação, coorde-nado pelo professor Márcio Leonardo Monteiro Costa, desenvolve estudos sobre a comunicação e práticas culturais, narrativas expan-didas e a comunicação vin-culada ao poder e à cidada-nia.

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sos de Globalização; e So-ciedade Cultura a identidade Nacional. Na primeira, o objetivo é desenvolver es-tudos que estejam ligados à relação entre mídia, política e poder. Na segunda, busca-se reetir em como as so-ciedades nacionais tratam o multiculturalismo jurídico na conjuntura da globalização. Por m, porém não menos importante, na terceira linha de pesquisa procura reetir sobre produtos de mídia e sua relação com a cultura.

O Observatório da Mídia no Maranhão por sua vez, compreende como parti-cipantes quatro professores do departamento de Comu-nicação da UFMA: Carlos Agos t inho A lme ida de Macedo Couto, Larissa Leda Fonseca Rocha, Ed Wilson Ferreira Araújo e a profes-sora Melissa Silva Moreira Rabelo. O grupo compre-ende três linhas de pesquisa, sendo elas: Mídia: funda-mentos e história, como pressupõe a temática, busca reetir sobre a mídia e suas complexidades; em outra linha de pesquisa faz estudos sobre a Crítica e Mídia por meio de avaliações e pers-pectivas; e, na terceira, aborda pesquisas sobre ex-periências midiáticas con-temporâneas.

O DIVERSUS – Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagens, Interação e Estratégias de Comunicação desdobra-se em três linhas de pesquisa: Interações Sociais e Midiáticas, Cidada-nia e Direitos Humanos; Estratégias e práticas de comunicação das organiza-ções, das mídias e dos espaços sociais; e por m,

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O professor Sílvio Rogério Rocha de Castro é o coorde-nador no Grupo de Pesquisa Comunicação Institucional e Pública. Os estudos desen-volvidos pelo grupo têm en-foque em uma linha de pesquisa especíca: A comu-nicação Institucional. O objetivo é compreender as nuances da comunicação Institucional e desenvolver estudos que deem suporte para a temática.

discute as relações de poder, comunicação e discursos po l í t i cos . O grupo em questão é dirigido pela pro-fessora Josefa Melo Sousa Bentivi Andrade – Zenha Bentivi.

Com o aumento de gru-pos de pesquisa é possível dizer que a pesquisa cientí-ca parece ter avançado nos últimos anos tanto no âmbito da graduação com pós-graduação. Dessa forma, pode-se não só promover como fomentar tanto a pes-quisa cientica e tecnológica como também auxiliar na constituição de recursos humanos com elevada quali-cação para o campo das pesquisas, em diferentes áreas do conhecimento. Portanto, entende-se como

relevante a participação em grupos de pesquisa, uma vez que estes permitem ampliar as possibilidades de apren-dizado dentro das Univer-sidades.

Foto: CNPq.

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BELIIVEUM EXEMPLO DE APRENDIZADO A

PARTIR DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS!Por: Hariadnna Lacerda Martins

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Cada vez mais profissio-nais de diversas áreas têm se interessado e explorado o terceiro setor, descobrin-do possibilidades e diferen-tes nichos de atuação dentro dessa esfera. E com o pro-fissional de Relações Públi-cas não seria diferente! Este também está, aos poucos, se apropriando desse universo, atento e vigilante às oportu-nidades, e se aprofundando em termos como empreen-dedorismo social, por exem-plo. Mas afinal, você sabe claramente o que é o tercei-ro setor? Quem o constitui?

O terceiro corresponde às empresas que não visam o lucro financeiro, e sim social, como é o caso das Organi-zações Não Governamentais - ONG’s, associações sem fins lucrativos, fundações, entidades beneficentes, dentre outras, que se preo-cupam em fomentar práticas sociais que gerem benefícios à coletividade. Esse terceiro setor é oriundo da união do setor público e do privado, na busca de alcançar um equilíbrio e preencher as la-cunas sociais que o Estado não tem conseguido suprir.

O trabalhador deste âm-bito precisa ser qualificado e mostrar resultados assim como o que presta serviço para as empresas privadas e que, além da formação, precisa conhecer a realidade

social que vai intervir, pos-suir experiência na questão do ativismo, ser engajado socialmente, compartilhar de valores que fogem da ló-gica de mercado tradicional, ser flexível, ter capacidade de adaptação, empatia para lidar com as desigualdades, ser criativo para fazer mui-to, por vezes, com pouco e ser comunicativo, orga-nizado e bem humorado.

Todos esses novos requisi-tos exigidos do trabalhador do terceiro setor se justificam em razão dos altos investi-mentos que grandes corpo-rações têm realizado nesse ramo. Com eles, passou-se a cobrar mais das instituições que compõem o terceiro se-tor, demandando delas mais transparência no tocante a prestação de contas, fator que acentuou a precisão de pessoas mais preparadas. A Lei 13.019/14, considerada um Marco Regulatório do Terceiro Setor, a qual estabe-leceu diretrizes importantes, inclusive, de formas de con-cessão de recurso financeiro também foi extremamen-te importante para chamar atenção a essa necessidade de profissionais aptos para desempenhar as ações com maestria, usando os re-cursos de modo perspicaz.

Nesse contexto, o empre-endedorismo social tem ga-nhado cada vez mais voz e

vez e negócios baseados na economia colaborativa têm emergido com mais frequ-ência. A economia colabo-rativa despontou à medida que houve uma conscien-tização do consumo, da compreensão que a obsti-nação pelo lucro é prejudi-cial, principalmente quando paralelamente a ela não há uma preocupação acer-ca do impacto social que a organização está causando.

A Beliive surge como um exemplo desses novos negó-cios ancorados na economia colaborativa e nos modelos alternativos de consumo. A ideia trata-se de uma rede colaborativa de troca de tempo, criada em maio de 2013 pela advogada e rela-ções públicas, Lorrana Scar-pioni. Nela, é possível usar o tempo livre para partilhar talentos, adquirir novos co-nhecimentos e treinar ou aperfeiçoar habilidades com pessoas de todo o mundo. Ao se cadastrar, o usuário já recebe 5 be. credit, que equivale a 5 horas de algu-ma nova experiência. A cada aptidão compartilhada, o usuário pode ter uma hora daquela tão sonhada aula de violão ou de inglês que não tem dinheiro para arcar. A história dessa ferramenta começou ainda na infância da CEO Lorrana, natural de Esplanada, interior da Bahia.

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A baiana permaneceu em sua cidade natal até os 4 anos, quando então se mu-dou para o Paraná com seus pais, onde vivia uma rea-lidade bem diferente dos amigos e família de Espla-nada. Apesar de não resi-dir mais no interior, sempre passava férias e, ao se de-parar com a desigualdade e situação vulnerabilidade dos que moravam no local, sen-tia-se extremamente inco-modada e ficava pensando o porquê daquelas pessoas conviverem com oportuni-dades tão diferentes e no que ela poderia fazer para transformar esse cenário.

Como uma alternativa, no intuito de contribuir para um mundo melhor, a CEO da Be-liive se envolveu em diversos trabalhos voluntários reali-zados em Curitiba, inclusive, fazia parte de uma das maio-res organizações voluntárias do mundo, a AIESEC, conec-tando voluntários interna-cionais e ONG’s brasileiras, mas ainda assim voltava para casa com o sentimento que poderia fazer mais, que não estava agindo na raiz do problema, de forma a elimi-ná-lo. O trabalho na AIESEC e sua paixão por documen-tários lhe permitia conhecer diversas problemáticas e soluções alternativas, como a própria economia alterna-tiva e a colaboração online, e então inspiraram a Beliive.

A grande sacada e inova-ção da plataforma foi criar um banco de tempo on-line que solucionasse problemas reais e inventar uma nova moeda, o antigo TimeMo-ney, hoje equivalente ao be. credit, proporcionando uma outra forma das pes-soas praticarem transações

entre si, “pagando” ofere-cendo serviços em troca do seu tempo. Desse modo, a iniciativa mostra que as pes-soas valem mais que o valor monetário, mais que o quan-to elas possuem financeira-mente e que o valor real das coisas está na própria expe-riência, na troca e no apren-dizado que ela proporciona.

Inicialmente, o desafio foi encontrar pessoas da áreade programação e tecnologia . Após algumas parcerias sem sucesso com empresas de programação, ela resolveu juntar as economias que ti-nha com uma ajuda que re-cebeu dos pais e contratar um programador por conta própria, saindo então a pri-meira linha de código do site em dezembro de 2012. A partir daí, também firmou parceria com dois desig-ners e um professor de di-reito, que cuidava de toda a parte jurídica do projeto.

Em 2014, a ideia recebeu uma oportunidade muito im-portante ao ser aprovada no projeto Sirius, iniciativa do governo britânico que ofe-rece 50.000 libras para em-preendedores que desejem levar e desenvolver seu ne-gócio no Reino Unido. Além do incentivo financeiro, os projetos ainda ganham um

escritório e apoio técnico, foi assim que Lorrana e parte de sua equipe se mudaram para Glasgow, na Escócia, e trabalharam na expansão e rentabilidade da página vir-tual. Um ano após o seu lan-çamento, a Beliive já tinha atingido 60.000 usuários de 100 países. E, em 2015, já conectava mais de 100.00de cerca de 148 países. Também foi reconhecido com prêmios internacionais pela BBC, Forbes, por exemplo.

Em 2015, tendo em vista que as pessoas passam 8h do seu dia a dia no traba-lho e no quão o ambiente corporativo é competitivo, a equipe decidiu ampliar a Be-liive para as organizações, surgindo a Beliive Comuni-dades, uma plataforma de troca de tempo dedicado a empresas ou universidades.

Ideias como a da Lorrana, que vão tomando forma a partir da vontade de cola-borar com o social, gerando impacto direto na qualidade de vida das pessoas e con-tribuindo para a construção de um mundo mais igua-litário, encorajam outras e provam que há espaço para o RP no terceiro setor, que é possível ajudar o outro e ganhar dinheiro com isso.

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Lorrana, CEO BeliiveFoto: arquivo pessoal

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Por m, acho que a semana saiu melhor que o esperado. Na verdade, o feriadão cou pequeno perto da felicidade de uma garota com seu talento para apostas. Talvez na próxima deva tentar algo na loteria, vai que… Por enquanto, co satisfeita em fazer uma nova aposta e manter a tradição de acertos.

Ah, aquela fatídica manhã de segunda!

Como se não precisasse de mais motivos para manter a tangente animação (e não precisava), lá estou eu desvendando o duro teclado do computador quando o aparelho persona resolve despertar: UMA...DUAS...TRÊS...QUATRO vibrações, seguidas por segundos de diferença. Algum carteiro eletrônico distribuindo a mesma mensagem em todos os grupos disponíveis da terra. O movimento regular da física continua. Não é possível! Quem será o infeliz dessa vez?

Mas, essa semana era diferente. Uma tonalidade nova de rotina ameaçava surgir após longos meses. FERIADO PROLONGADO! SIM! (A respiração até arrisca mudar). Com menos dias de trabalhos e mais horas de sono, a segunda parece menos assustadora. Só uns três dias, e tudo acaba (... essa semana). Eu mentalizava.

Mas, como disse, nada pessoal, tudo prossional!

Para os mais perdidos (creio que todos), eis a justicativa para a minha reação. Algumas semanas atrás havia feito uma aposta - publicamente (ou seja, encrenca) - sobre qual seria a tríade sagrada do futebol em 2018. Essa era a 'prestação de contas'. Ou eu entendia um pouquinho que fosse de futebol e continuava na área ou abandonava tudo, porque eu era uma perdição no esporte. (Nunca fui de me pressionar muito, como você pode notar.)

Voltando ao script original: AAAAAAAH! Não acredito! MEU DEUS, MESSI TÁ FORA! QUÊ! (RISOS) ACHO QUE O JOGO VIROU, NÉ MESMO?!

A pequena e apertada sala da assessoria soa mais que familiar - anal, é lá que gasto, há mais de um ano, todas as manhãs da minha ofegante vida de estagiária. Alguns dias são mais produtivos que outros, outros mais surpreendentes que alguns. Mas, as segundas NÃO! Essas parecem não mudar, sempre o mesmo roteiro.

Juro solenemente diante de você, caro leitor, que a reação não tem nada a ver com questões de preferência e favoritismo da minha parte. Tudo prossional. Como uma boa admiradora do futebol, confesso, ver uma hegemonia monopolista ser quebrada e dar oportunidades para os novos talentos é bom, muito bom (principalmente, quando quem 'vazou' foi o baixinho argentino, e não o portuga vaidoso).

Abro o aplicativo tão amado por muitos e fortemente odiado pelos pais. A minha surpresa: inúmeras mensagens do meu querido e informado irmão mais novo que deveria estar na escola esse horário. (O que o moleque tem de anos mais jovem, tem também de 'metido a saber de tudo'). SAIU A LISTA! SAIU A LISTA! Diziam os primeiros recados. “Mas, que diabos de lista é essa?”, eu me obrigava a lembrar de algo importante que provavelmente tinha esquecido. Nada em mente... Ele envia uma imagem. Putz! A lista da FIFA!

UMA SORTE ESTRITAMENTEPROFISSIONAL

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RESUMO TCCs (2018.2)

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Tamires Cristina Pestana Cadete; Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimo

Laurilene Rego de Oliveira; Marcelo Pereira da Silva

A pesquisa exploratória teve o objetivo de realizar uma análise para compreender a que serve a página da prefeitura de São Luís no facebook, mostrando se a página serve apenas para publicidade política, por meio dos anúncios das ações da prefeitura, ou também como canal de expressão dos cidadãos, permitindo a construção de pontes entre a sociedade e a prefeitura. A fundamentação teórica se baseiou nos conceitos de: visibilidade mediada (THOMPSON, 2011), visibilidade governamental (WEBER, 2017) e de interação que constroem pontes (GRANOVETTER apud KAUFMAN, 2012). O resultado mostrou que a visibilidade presente na página é voltada para as ações que a prefeitura realiza na cidade e informações institucionais e, em relação a interação, mostra um grau muito pequeno com a sociedade civil.

O GUARANÁ JESUS NA REDE SOCIAL DIGITAL INSTAGRAM: uma análise de conteúdo da interatividade entre marca e usuários-mídia

A QUE SERVE A PÁGINA DA PREFEITURA DE SÃO LUÍS NO FACEBOOK? Uma análise sobre estratégias de visibilidade governamental e de interação governo-cidadão

O trabalho pretendeu investigar se as redes sociais virtuais podem auxiliar na construção de uma aproximação entre empresas e usuários-mídia, através de uma análise de conteúdo do perl no Instagram da empresa maranhense de refrigerantes Guaraná Jesus. Para a base teórica são trazidos conceitos de comunicação, comunicação estratégica, diferenciação entre redes sociais e mídias sociais, além de salientar o uso das redes sociais virtuais como estratégia para construção da reputação de organizações. Por m, são apresentados alguns fatores que contribuem para o sucesso da marca no fator interatividade com usuários-mídia, como: o uso de regionalidade para criar familiaridade, publicações que estimulam os usuários a interagirem e uma postura instigadora e acolhedora por parte da marca.

AS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PROGRAMA DE ECOPONTOS: Análise sobre o uso do Facebook como fator de engajamentoDaniel Augusto da Silva Santos; Gisela Maria Santos Ferreira de Sousa

O trabalho abordou as estratégias de comunicação digital do Programa de Ecopontos focalizadas a partir de uma análise sobreo uso do Facebook como fator de interação e engajamento. A m de entender como as estratégias de comunicação a partir desta rede social digital tem sido usada para gerar interação entre a Prefeitura de São Luís e os seguidores da sua página, a m de alcançar o engajamento necessário para a participação da comunidade de São Luís ao programa. Realizou-se uma pesquisa exploratória, usando a coleta de dados, a observação encoberta e não participativa (JOHNSON, 2010) junto à pagina do Facebook da PMSL, e, ainda, o Netvizz, aplicativo da própria rede social. Com base nos dados obtidos, observação e análise das postagens selecionadas, constatou-se que há um baixo nível de interação e participação dos seguidores da página, sendo necessária uma reformulação nas estratégias e práticas comunicacionais adotadas no programa de Ecopontos.

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Tal projeto experimental expôs a discussão sobre como ampliar a participação individual no projeto “Jovem Guardião”. A partir de discussões sobre: a relação entre capital social e engajamento (MATOS, 2009); diálogo (JERÔNIMO, 2016) e colaboração (GRAY, 1989); comunicação colaborativa (DEETZ e IRVIN, 2008) e laços sociais (GRANOVETTER, 1973), teve o objetivo de fomentar, por meio do processo de comunicação colaborativa, o engajamento individual voluntário, tentando superar as sensações e os sentimentos negativos que os dados e notícias produzem sobre o adolescente em cumprimento de medidas socioeducativas. Como estratégia de comunicação, utilizou-se o aplicativo móvel como ferramenta de difusão e interação, tendo em vista a acessibilidade, mobilidade, facilidade e quantidade de dispositivos móveis no meio social

PRÁTICAS DE LUGARIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO: O EVENTO "SAMBA NA FONTE" SOB A ÓTICA DAS RELAÇÕES PÚBLICASClariana Wolff Ribeiro Bezerra; Maria do Carmo Prazeres Silva

O estudo sobre processos e práticas de lugarização de espaços (logradouros) públicos sobre o evento “Samba na Fonte”, a m de compreender como as organizações do entorno da Fonte do Ribeirão se alinham ao evento e, consequentemente, ao espaço, como estratégia de lugarização e posicionamento competitivo. Como base teórica utilizou os conceitos de espaço e lugar retratados por Milton Santos, Michel de Certeau e Marc Augé para o entendimento das dimensões históricas (memória), identitárias e relacionais das práticas de lugarização. Ainda, apontou o papel da comunicação e das organizações na constituição da identidade e da memória dos espaços urbanos de São Luís, como estratégia relacional e de lugarização, destacando o papel das relações públicas e da prática de eventos.

COMUNICAÇÃO COLABORATIVA E ENGAJAMENTO INDIVIDUAL VOLUNTÁRIO: uma estratégia de relações públicas voltada ao projeto "Jovem Guardião»Beatriz Abrantes Lopes Sousa; Luciana Saraiva de Oliveira Jeronimo

“SAINDO DO ARMÁRIO”: um estudo de caso sobre a inserção da diversidade LGBT+ nas estratégias de comunicação do Magazine Luiza em redes sociais virtuais no período de 2015 a 2018 Adriana Moraes Pereira; Marcelo Pereira da Silva

Neste trabalho analisou-se a presença da diversidade LGBT+ nas estratégias de comunicação da empresa de varejo Magazine Luiza, nas redes sociais virtuais Facebook e Missão Digital Magazine Luiza. Discutindo em que medida a apropriação e a promoção da temática LGBT+ na comunicação da marca pode promover a inclusão social e o debate a respeito das diversidades. Apresentou-se a sociedade de consumidores e o perl do consumidor do século XXI, forjado em ambientes virtuais, além de relacionar o posicionamento das marcas diante das causas sociais, destacando a adoção do marketing de causas, ligado a valores mais humanos, levando a cabo um estudo de caso da marca Magazine Luiza, no período de 2015 a 2018.

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A comunicação nos ambientes digitais é fundamental para o estabelecimento de estratégias comunicacionais capazes de manter e criar relacionamentos entre uma organização e seus públicos. À vista disso, estre trabalho pretende apresentar a comunicação estabelecida pela Editora Galera Record com seus públicos no Facebook e a utilização dos Inuenciadores Digitais na promoção da série Corte de Espinhos e Rosas, de Sarah J. Maas. Por meio de um estudo exploratório alinhado a uma pesquisa bibliográca de acordo com Tatiana Engel Gerhardt & Denise Tolfo Silveira, se vericará a forma como a Editora Galera Record utiliza dos Inuenciadores Digitais para estimularem o consumo aos seus seguidores.

A DANÇA COMO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: um estudo de recepção da XI Semana Maranhense de Dança

AS CONTRIBUIÇÕES DO NEUROMARKETING PARA AS RELAÇÕES PÚBLICASJessika Suelly Magalhães de Farias; Ellida Neiva Guedes

O trabalho teve como objeto empírico o evento da XI Semana Maranhense de Dança, com o objetivo de compreender o processo de comunicação a partir da recepção das danças apresentadas na XI Semana Maranhense de Dança. Para tanto, utilizou-se a corrente teórica dos Estudos Culturais através da metodologia dos Estudos de Recepção, com ênfase no pensamento de Martín-Barbero (2008) sobre a Teoria das Mediações especialmente empregando as categorias de ritualidade e sociabilidade, já que são diretamente relacionadas ao consumo/recepção.

Dante da Silva Assunção; Leticia Conceição Martins Cardoso

O presente trabalho discorre acerca do Neuromarketing e suas possíveis contribuições às Relações Públicas, utilizando-se dos conhecimentos das neurociências, cognição humana e psicologia para compreender melhor a relação entre as organizações e seus públicos. O objetivo central deste trabalho é desvendar como a mente humana lida com determinados estímulos e como eles podem ser utilizados pelo prossional de Relações Públicas na construção de relacionamentos. Nesse sentido e apresentando os conceitos e técnicas pertencentes ao Neuromarketing, o Storytelling surge como aliado, favorecendo essa construção e identicação dos públicos para com a organização.

O MERCADO EDITORIAL BRASILEIRO E SUA INSERÇÃO NO MUNDO DIGITAL: Uma análise sobre o potencial dos inuenciadores digitais na promoção da série "Corte de Espinhos e Rosas" da editora Galera RecordKleomarlisson da Silva de Souza; Gisela Maria Santos Ferreira de Sousa

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obtenção da Nota Máxima (5) na avaliação do MEC

Arepresentou a união de esforços, o empenho e o comprometimento da IES, através da PI, PROEN,

Coordenação, Departamento, docentes, discentes e técnicos do curso de Relações Públicas da UFMA. É o reexo de um trabalho que vem sendo realizado há mais de cinco anos e que contempla o amadurecimento do curso, a sua atualização pedagógica e o envolvimento de toda a classe acadêmica! O desao e a responsabilidade, agora, é manter e ampliar a qualidade do nosso curso. #RPNotaMáxima

Luiziane SaraivaCoordenadora do Curso de Comunicação Social da UFMA

CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA UFMAÉ NOTA 5 NA AVALIAÇÃO DO MEC

COMUNICAÇÃO SOCIALRELAÇÕES PÚBLICAS

NOTAMÁXIMA

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