A vida como contrução uma obra de arte

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A vida como construção: uma obra de arte Profº Arlindo Picoli Campus Itapina

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A vida como construção: uma obra de arte

Profº Arlindo Picoli

Campus Itapina

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O filósofo segundo Deleuze

• “Ser das profundidades”:

pré-socráticos

– Natureza

• “Ser das alturas”: Sócrates e

Platão

– Contemplação das ideias

• “Ser das superfícies”:

cínicos e estoicos:

– Como viver melhor

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Os cínicos

• Não escreviam tratados

• Filosofia era uma prática cotidiana

• Humor, anedotas e piadas

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Antístenes

• Ensinava no Cinosarges

• Vida pautada na virtude

• Libertação dos desejos

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Diógenes

• Kunós (Cão) : filosofia do cão

• Pensamento como ação

• Pobreza absoluta

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Estoicismo

• Stoá (pórtico)

• Estudos:

– Física: natureza

• acontecimento

– Lógica: razão

– Ética: vida humana

• Ataraxia

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Períodos

• Antigo: Zenão de

Cicio

• Médio: Panécio de

Rodes

• Imperial: Sêneca,

Marco Aurélio e

Epiteto

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Exercícios espirituais

• Escrita:

– Diário,

hypomnemata,

cartas

• Meditação:

– Morte,

acontecimentos

ruins, fatos

acontecidos

durante o dia

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Epiteto

• O que depende

de nós

– Impulso

– Desejo

– Opiniões

• O que não

depende de nós

– Corpo

– Reputação

– Riqueza

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Epiteto

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Epicurismo

• A vida é um

prazer: hedonismo

• Só o prazer

racional pode levar

à ataraxia.

• A comunidade, o

jardim e a

amizade.

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A morte

• Atomismo

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Tetraphármacon

“Não há o que temer quanto aos deuses.

Não há nada a temer quanto à morte.

Pode-se alcançar a felicidade.

Pode-se suportar a dor.”

Inscrição da receita médica para a alma, gravada

por Diógenes em Enoanda, na Turquia

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A estética da existência

• Michel Foucault

• Quais são as relações entre verdade,

poder e si mesmo?

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Diagnóstico do presente

• Consumismo

• Hedonismo moderno

– Sensorial e imediatista

– Culto ao corpo

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O cuidado de si

• Construir a si mesmo como

um artista é sujeito de sua

obra.

• Práticas de liberdade

• Conhecimento e cuidado

• Cuidado de si e do outro

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Exercícios (askesis)

Espirituais

“[...] práticas que podem ser de

ordem física, como regime

alimentar; discursiva, como o

diálogo e a meditação; ou

intuitiva, como a

contemplação, mas que são

todas destinadas a operar

modificação e transformação

no sujeito que as pratica"

(HADOT, 1999, p. 21). 22

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Características do

‘cuidado de si’ (epiméleia

heautoû)

• atitude

• atenção interior

• ação transformadora.

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O que é o ‘si mesmo’?

• O Médico

• O Economista

• Os amantes

• O mestre da epiméleia heuatoû.

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O que é o ‘si’ com o qual é

preciso ocupar-se?

A alma.

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Ainda que dissermos que as pessoas

são as mesmas desde que nascem até

morrerem, na verdade uma nova criança

renasce em nós a cada momento (néos

aeì gignómenos). PLATÃO, O Banquete 207d-e

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“ A idade moderna das relações entre

sujeito e verdade começa no dia em que

postulamos que o sujeito, tal como ele é,

é capaz de verdade, mas que a verdade,

tal como ela é, não é capaz de salvar o

sujeito”

(FOUCAULT, 2004, p. 24).

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O sujeito se produz num determinado

momento histórico de duas formas bem

distintas: como conservação ou

transformação das maneiras de existir.

Sujeito

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“Eu devo”

Na medida em que aceita o que é dito

sobre e para si, sofre-se um

‘assujeitamento’, muitas vezes capaz de

tornar sua própria vontade equivalente ao

discurso externo.

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Práticas de liberdade

Mas quando você faz uma experiência de

si mesmo, possibilita uma resistência aos

mecanismos de dominação expressos

como verdade.

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Transformação

Na dimensão da subjetividade, não se trata

apenas de conhecer-se, mas de

desencadear todo um processo de

mudança, capaz de criar um sentido e um

significado auto-referente para si mesmo.

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REFERÊNCIAS

GALLO, Silvio. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo:

Scipione, 2013.

FOUCAULT, Michel. A Hermenêutica do Sujeito. São Paulo:

Martins Fontes. 2004.

_________________. Ditos e Escritos - Vol. IX - Genealogia da

Ética Subjetividade e Sexualidade Forense universitária. 2013.

HADOT, Pierre. O que é a filosofia antiga? São Paulo, Edições

Loyola. 1999.

PLATÃO. Fedro, Cartas e O primeiro Alcibíades. [Tradução Carlos

Alberto Nunes] Belém: EDUFPA, 2007.