A VIDA NOVA -...
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Mas, nos últimos dias ele anda muito triste, só fica choran-
do sentadinho. Isso porque um outro feijãozinho, seu irmão
e amigo, que nasceu na mesma vagem que Fefê, morreu e foi
enterrado.
Estela, uma estrelinha amiga de Fefê, que ficava observando
tudo lá do céu, viu a tristeza dele e ficou pensando sobre o
que poderia ter acontecido para que o amiguinho, sempre tão
alegre, de repente tivesse ficado tão triste. Então, procurou
chamar a atenção dele e perguntou:
- Fefê, por que você está tão triste? Está até chorando?
Fefê, sem levantar a cabeça, respondeu: – Porque meu ir-
mão foi enterrado, ele morreu e nunca mais eu vou poder
brincar com ele. Agora fiquei sozinho.
Estela ficou sentida e disse: – Oh! É mesmo muito triste per-
der um irmão, mas, veja, eu estou aqui e seu irmão tam-
bém. Fefê ficou muito espantado e disse: – Onde? Eu só estou
vendo só você! Onde está o meu irmãozinho???
Com muito amor, Estela explica:
– Você não pode vê-lo, mas ele está bem perto de você. O
ciclo da vida é assim, a gente nasce, vive e depois morre;
e então, nasce para uma vida muito melhor, cheia de luz.
Fefê dá um pulo e diz: – Obaaa! Quer dizer que meu irmão
vai nascer de novo? Quando? Vou poder brincar com ele
novamente???
Estela fica admirada com a mudança de Fefê, pois ele bem
depressa ficou muito alegre.
- Calma Fefê, diz Estela, não é bem assim. Ele não vai nascer de
novo ai , como um feijãozinho. Ele terá uma vida nova, diferente.
Você não vai vê-lo, porque ele não será mais um feijãozinho.
Muito confuso, Fefê diz: – Eu não estou entendendo mais nada.
- Se ele vai viver de novo, por que ele não continuou vivo? Não
podia ficar como antes? Isso tudo é muito complicado. Pra que
ter uma vida diferente? Aqui não estava bom????
- Veja Fefê, a vida como feijãozinho é temporária, a gente
nasce e vai vivendo aqui, cumprindo uma missão. Até que
um dia, a nossa missão se completa e então, agente morre
aqui porque vai nascer para uma vida nova, a vida plena,
eterna.
-Quer dizer que eu não vou ser um feijãozinho para sempre?
Que quando eu for enterrado será porque eu morri para essa
vidinha, mas vou nascer para uma vida nova, cheia de ale-
gria?
- É isso mesmo! Responde Estelinha.
- Mas se é assim, por que não posso ir junto com ele? Eu
também quero ser feliz. E aqui sozinho ficarei com muitas
saudades. Diz Fefê
- Fefê, cada um tem o seu tempo, ninguém escolhe a sua hora
de ir. Ela chega no momento certo, quando já se está pronto
para a outra vida. Estela explica e continua:
- Quando você sentir saudades, faça uma oração bonita para
o Pai do Céu, pois seu irmão ouvirá e você se sentirá melhor.
- Eu vou fazer isso agora mesmo! Diz Fefê já se colocando de
joelhos.
E assim, Fefê voltou a sorrir e a viver contente, pois tinha a
certeza de que um dia ele também vai passar para a vida
eterna e reencontrar o seu irmão. As saudades ele guardava
em seu coração, certo de que aonde seu irmão estivesse, es-
tava sempre bem pertinho dele.
(Esta obra não pode ser reproduzida sem a autorização da autora
Todos os direitos estão reservados.)