A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 30

PEZÃO DESAPROPRIA TERRENOPARA UPA DE RIO DAS PEDRAS

I N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I AANO II - N0 30 - RIO DE JANEIRO, 23 DE SETEMBRO DE 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

As emoções doscampeonatos do Solazere Amador têm tudo a vercom dois personagensque não podem faltar aosespetáculos: Camila(Martelão) e Marquinhos(Terceiro Campo). Elesorganizam súmulas,fazem anotações, como substituições, cartões,recebem as cotas dos times para pagamento deárbitros e gandulas e monitoram os tempos dosjogos. Enquanto esse trabalho é realizado, osjogadores se esforçam em campo em busca davitória. Como aconteceu domingo passado, em que,mesmo debaixo de muita chuva, a rivalidade foi a tônica.

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A famíliaNóbrega, queuniu o amor pelosanimais com aoportunidade deabrir e expandir opróprio negócio,revela uma facecada vez maiscomum em nossacomunidade.

FOTO DIVULGAÇÃO

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Ruço fazia as ligações elétricas noAreal/Areinha, mas com o Light Legal, pode sededicar apenas à família e ao trabalho.

FOTO DE LAERTE GOMES

CAMILA E MARQUINHOS, OS CRAQUES QUE NÃO ENTRAM EM CAMPO

FOCO NO CIDADÃO EAÇÃO INTEGRADA SÃOCAMINHOS PARA ORDEMEM RIO DAS PEDRASUma operação rotineira da Polícia Militar nos revelauma técnica importada da polícia de Nova York(Estados Unidos) e a extrema preocupação social dacorporação com as pessoas, como deixou claro ocapitão Daniel (foto), comandante da 2a Companhiado 180 Batalhão, em conversa com a equipe dereportagem do nosso jornal.

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FOTOS DE LAERTE GOMES

FOTO DE LAERTE GOMES

FOTOS DE FERNANDO MAIA/DIVULGAÇÃO

Em campanha na nossacomunidade, o governador ecandidato à reeleição LuizFernando Pezão tirou do papela construção da Unidade dePronto Atendimento queprometera em recenteentrevista ao nosso jornal eanunciou que, com adragagem das lagoas da Barrada Tijuca e Jacarepaguá, nossomorador vai poder ir de balsaou de barca até a estaçãoJardim Oceânico do metrô.

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FOTO

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Cabeça (encoberto), do J. Areinha,entra de carrinho e faz 1 a 0 noJuventude (foto acima); na foto aolado, disputa de bola no empate em 0 a 0 entre Nova Esperança (de verde)e Caranguejo; no Terceiro Campo,expectativa antes da cobrança decórner contra o Siri, que venceu por 2 a 1 o Rua Larga (de branco)

ANTONIO RENATO CARDOSO *

RIO, 23 DE SETEMBRO DE 2014

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A VOZ DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

Regina Moraes [A1] enviou a seguintemensagem: “Primeiramente, queroparabenizar toda a equipe do jornal AVOZDE RIO DAS PEDRASpelo maravilhosotrabalho. Enviei sugestão para construçãode um ponto de ônibus decente próximoao supermercado Supermarket, ondevárias linhas têm o seu trajeto final (734,556, 557, 860 e 863). Quando chove,ficamos na lama e sem abrigo e há muitomosquito em dias de sol. Os rodoviáriosnão têm um banheiro decente edependem do mercado para as suasnecessidades fisiológicas. Quando chega odomingo, a bagunça fica maior e atrapalhao trânsito na Avenida Engenheiro SouzaFilho com os ônibus que terminam seustrajetos nessa região. Há espaço para arealização da obra. O que falta é interesseda prefeitura, pois Rio das Pedras é umacomunidade que só serve para políticosdemagogos pedirem votos. Li váriassugestões de moradores solicitando algumserviço que seria uma obrigação daprefeitura e algumas foram atendidas.Aproveito a ocasião para solicitar tambémum asfalto novo para a Rua Nova, porqueas ondulações e buracos na pista estãocausando acidentes.”

� Nota da Redação: Todas assugestões encaminhadas a esta seção sãorepassadas às autoridades competentes,antes mesmo de serem publicadas. Temosobtido êxito, pois a maioria é atendida. Nocaso do terminal rodoviário, enviamos asugestão à Secretaria municipal deTransportes (SMTr) e às subprefeitura daBarra de Jacarepaguá. A Assessoria deImprensa da SMTr informou que estáestudando o projeto. No caso do asfalto daRua Nova, o assunto já foi objeto de duasreportagens nossa, relatando o serviçomalfeito que é feito no recapeamentoasfáltico da rua. Vamos voltar ao assunto. Aturma da manutenção joga um asfalto nosburacos e, no dia seguinte, o buraco já estáaberto de novo. Além disso, o serviço érealizado em dia de semana e no horáriode maior movimento, dando um nó notrânsito para não resolver coisa alguma.

UFRJ faz pesquisa sobre a comunidadePamela Martinsenviou-nos a seguinte

mensagem: “Sou aluna da UFRJ, estoufazendo um trabalho da faculdade que éuma proposta de urbanização para umaárea junto ao Rio das Pedras. Peço ajudado jornal e da comunidade: respondamminha pesquisa para que o projeto atendaàs necessidades da região. 1 – Quantidadede transporte é suficiente? O que temmais: ônibus ou van? 2 – Há alguma feirasemanal? Quando e onde? 3 – Tem escola eposto de saúde suficiente? 4 – Há algumlugar onde as pessoas costumam se reunircomo ponto de encontro? 5 – Como é feitaa coleta de lixo? Há lixeiras suficientes? 6 –Há manutenção de objetos públicos,como postes, bancos de praça, lixeiras eetc.? 7 – A iluminação das ruas é boa? 8 –Como é a segurança? 9 – O que você achadas calçadas? 10 - Como é o saneamentobásico? Há algum tratamento de esgoto?11 – O comércio é suficiente? O que falta?12 – O que você acha da largura das ruas?13 – Sente falta de mais árvores? 14 – O quevocê gostaria que melhorasse aqui?

� Nota da Redação: Pedimos aosleitores que aproveitem esta oportunidadepara divulgar as maiores necessidades danossa comunidade e traçar um perfil dosproblemas. Podem enviar as respostaspara o nosso e-mail([email protected]) ouFacebook (A Voz de Rio das Pedras)que agente repassa para a aluna da UFRJ.

Anúncio em poste causa poluição visualIsrael Barbosa escreveu: “Com um

veículo de comunicação tão importanteem nossa comunidade, será que não éhora de acabarmos com tanta poluiçãovisual? Os postes estão tombando com opeso dos cartazes do tipo: alugo kitnet,shows e eventos. A continuar desse jeito,corremos o risco de esta prática virarcultura ou até como no caso dos porcospichadores.

� Nota da Redação: Esse tipo depropaganda já foi objeto de reportagem donosso jornal. Estamos abertos paradivulgar a publicidade dos moradores, degraça. É só enviar. Quanto à publicidadenos postes e nas fachadas de prédios,tornou-se um hábito já incorporado aosusos e costumes da comunidade.

Oportunidades de empregoRosa Reis, da “Na Pressão Chopperia”,

enviou e-mail para divulgar vagas de:cozinheiro (c/experiência), ajudante decozinha (mesmo s/experiência), copeiro(mesmo s/experiência), auxiliar deserviços gerais, cumin (ajudante degarçom) e caixa para as lojas doShopping Downtown, Freguesia (Estradado Bananal) e Norte Shopping.Comparecer munido de todos osdocumentos à Avenida das Américas 500,Bl 06, loja 120/121, de segunda a sextadas 8h às 16h ou contatar Rosa pelo tel.2493-2060 ou celular 96965-5557.

Caic terá Festival de Novos TalentosNorma Magalhães, do Caic Euclides

da Cunha, manda avisar: “Em outubro,vamos realizar novamente o eventoFestival de Novos Talentos, categoriaMúsica e Dança, nos dias 23 e 24 deoutubro, às 15 horas. Este ano, commuito mais participantes. Alunos daescola e moradores da comunidade vãoconcorrer ao prêmio do 10, 20 e 30 lugares.Gostaríamos muitíssimo da participaçãode vocês para a cobertura do evento, que,para o aluno, é muito importante. Nossoobjetivo é incentivá-los numa carreiraartística.”

� Nota da Redação: A exemplo do anopassado, quando a cantora Lya Muniz, de16 anos, ganhou o tradicional concurso damaior escola pública de Rio das Pedras,este jornal estará presente para a coberturade mais esta edição dos Novos Talentos.

Ofertas para a nossa comunidadeGustavo Alecrimescreveu: “Projeto

Social – fisioterapia, acupuntura eauriculoterapia, todas as terças e quintas,das 9 às 15h, no Alto da Boa Vista, MataMachado, Associação de Moradores.Atendimento a preço popular. Moradoresde Rio das Pedras serão bem-vindos, assimcomo todos aqueles que de alguma formase interessarem pelo projeto e/ouquiserem ajudar, tornando-se parceiros oupadrinhos.

Pessoal do futebol está bem nas fotosRaphael Santospostou no Facebook:

“Me chamo Raphael, sou atleta do ColôniaAtlético Clube. Queria saber se vocêscolocarão, e onde, as fotos da partida entreRDP x Colônia, no campo do Martelão nodia 13/09/2014 (sábado). Também queroparabenizar o trabalho de todos que estãopor trás do jornal, do porteiro até opresidente.”

Edigleisson Lima também postou nonosso Facebook: “Sou o goleiro doColônia Atlético Clube. Sabe me dizeronde encontro as fotos do jogo RDP xColônia?

� Nota da Redação: As fotos forampostadas no nosso Facebook ecompartilhadas por Raphael eEdigleisson.Mas estão sendopublicadas, também, nesta edição.

PRÁTICAS EMPREENDEDORAS QUE PODEM MUDAR SUA HISTÓRIA

O Estado está buscando assegurar o que a Constituiçãogarante a todas as crianças: o direito das crianças aoreconhecimento de sua filiação, o de ser filho e ter um pai.”

O que faz o camelô David Mendonça Portes serdiferente dos demais é a visão empreendedora e ofato de não se contentar com o que já alcançou.”

CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

A VOZ DO DIREITO

DIREITO A UM PAI É FUNDAMENTAL A TODA CRIANÇA

A VOZ DO LEITOR

www.avozderiodaspedras.com.br

EXPEDIENTE

PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem:

20 mil exemplares DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105,loja 2. e -mails para [email protected]

Apartir de 1988, todas as criançase adolescentes passaram a ser re-conhecidos como sujeitos de di-reitos. A Constituição brasileirareconheceu a toda criança e ado-

lescente vários direitos considerados comofundamentais, dentre os quais, está o direito àfiliação, o direito à sua identidade. Ao nascer,as crianças devem ser registradas pelos pais. Noentanto, sabe-se que, nem sempre, o pai bioló-gico concorda em reconhecer a paternidade.Isto ocorre por vários motivos, tais como dú-vida quanto à paternidade, desavenças com agenitora ou seus familiares ou o desejo de nãoassumir as responsabilidades decorrentes dacondição de pai. Nestes casos, comparecendoa genitora ao cartório do registro civil com odocumento expedido pela maternidade, co-nhecido como Declaração de Nascido Vivo, elapoderá registrar a criança sozinha. Contudo, senão for casada com o pai da criança, somentepoderá registrá-la em seu nome. A criança fi-cará, pois, sem o nome do genitor. A partir de2002, em decorrência da Lei 8560, os cartóriosde registro civil passaram a ser obrigados a in-formar tal fato ao Poder Judiciário, a fim de queeste, juntamente com o Ministério Público,possa empreender esforços para compelir ogenitor ao reconhecimento da paternidade. Épor esta razão que, todas as vezes em que umacriança está sendo registrada apenas em nomeda mãe, o cartório que está fazendo o registrode nascimento passa a indagá-la sobre a filia-ção, tentando que a genitora aponte o nome eos dados qualificativos do suposto pai. Imedia-

tamente, o Cartório de Registro Civil informaráao Judiciário a ocorrência do registro dacriança apenas em nome da mãe e os dados dosuposto pai, a fim de que o Judiciário e o Mi-nistério Público convoquem tal homem paraverificar se o mesmo assume ou não a filiaçãoque lhe é atribuída. Caso o genitor não a as-suma espontaneamente, por ter dúvidas sobrea paternidade, poderá solicitar a realização deexame de DNA. Se, mesmo assim, o genitornão concordar em assumir a paternidade, oMinistério Público ajuizará ação de investiga-ção de paternidade buscando assegurar àcriança o direito a ter um pai. Como há váriascrianças que ainda não se beneficiaram dessenovo sistema de investigação quando do seunascimento, o Ministério Público vem em-preendendo esforços para assegurar às crian-ças, que ainda não possuem o nome do pai emseus registros de nascimentos, o seu direito àfiliação. Várias escolas estão sendo obrigadas ainformar ao Ministério Público o nome dessascrianças que não ostentam o nome de seuspais nos registros de nascimento. As mãesestão sendo chamadas para que informem onome e os dados dos supostos pais para que oMinistério Público inicie o processo de inves-tigação de paternidade. Com isto, o Estado estábuscando assegurar o que a Constituição ga-rante a todas as crianças: o direito ao reconhe-cimento de sua filiação, o direito a ser filho e ater um pai.

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª Vara Cível doMéier

Um sujeito simples, com ensinofundamental incompleto, éconsiderado um dos grandesexemplos de que práticas em-preendedoras não dependem

de conhecimentos teóricos. David MendonçaPortes é camelô no Centro do Rio e conseguiutransformar sua banca de venda de doces emum dos mais conhecidos pontos de venda dacidade. Com 45 anos, extremamente bem hu-morado e simpático, afirma que é o segundoambulante mais conhecido do Brasil, per-dendo apenas para Silvio Santos. AtualmenteDavid viaja pelo Brasil dando palestras paraempresários, estudantes de pós-graduação, co-brando o valor de R$ 5.000,00. Realizando emmédia 15 palestras por mês. Na visão do am-bulante o segredo do seu sucesso está na trans-parência, em agradar o freguês e nooferecimento de vantagens. Estratégias demarketing são utilizadas com muita criativi-dade, como permitir que o cliente cadastradopossa no dia do seu aniversário escolher umdoce de presente, sorteio, descontos etc. O am-bulante oferece ainda tele-entrega e vende pelainternet.Em uma das suas mais marcantes ações de

marketing, o ambulante realizou um sorteio deuma bicicleta ergométrica sob o slogan “A

banca do David engorda, mas depois ema-grece. Compre doces e concorra a uma bici-cleta ergométrica”. A ação ganhou a atenção damídia, fato que o motivou a não parar mais deinventar ações promocionais. O mais impres-sionante é que as grandes empresas brasileirasestão sempre alegando que custa muito caroestabelecer campanhas de relacionamentocom os clientes. Enquanto isso, um camelôganha as páginas dos principais jornais do País.David sonha em terminar seus estudos em

um supletivo, escrever um livro, fazer um cursosuperior e ter um programa de televisão. O queo faz ser diferente dos demais é a visão em-preendedora e o fato de não se contentar como que já alcançou. Aí eu pergunto para você,comerciante de Rio das Pedras: o que vem mo-tivando seu coração, suas vendas, seu desejo deinvestir em seu negócio? Histórias como estademonstram que é sim possível, com peque-nas ações, mudar o rumo dos seus negócios,captar novos clientes, sonhar e ter novas pers-pectivas. Não perca tempo, crie, recrie, inove enão se esqueça, quem é visto é sempre lem-brado.

*Antonio Renato Cardoso da Cunha é professor e pesquisadorvinculado ao Núcleo de Pesquisa e Cidadania de Rio das Pedras.Contato: [email protected]

AOS LEITORESA despeito de nossos esforços e insistência,

não conseguimos entrevistar os candidatosAnthony Garotinho, que alegou problemas deagenda, e Marcelo Crivella, que não deu re-torno às mensagens enviadas à sua assessoria.O governador Luiz Fernando Pezão – que umavez como secretário de Obras e, recentemente,em campanha como candidato, esteve nanossa comunidade – foi receptivo aos nossospedidos e imediatamente deu retorno às nossas

solicitações de entrevista, como a que vai pu-blicada nesta edição. Conforme o resultado daseleições, vamos voltar a campo para ouvir aspropostas que o vencedor, ou vencedores paraum eventual segundo turno, têm para apresen-tar como forma de melhorar a qualidade devida dos nossos moradores. Era nosso propósitoouvir os três candidatos mais bem posiciona-dos nas pesquisas. Não foi possível, pelas ra-zões aqui apresentadas.

Uma publicação da Livraria eEditora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5 Rua Jardim Botânico 710, CEP22.460-000 para a AssociaçãoComercial do Rio das Pedras (emorganização). Rua Nova 105 – Loja,Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

FOTOGRAFIA

Fábio [email protected]


3Aqui é uma grande cidade. E hoje publicamos um decretode desapropriação do terreno onde vamos construir estaUPA, de Nível III, que é a maior.”

Quem imaginaria que um dia Rio das Pedras teria umcentro médico deste tipo? Sinal de que estão olhandopara a gente com carinho e atenção.”

Em caminhada pela nossa comunidade,segunda-feira, dia 15 último, o candidatoà reeleição ao governo do Rio de Janeiro,Luiz Fernando Pezão, cumpriu a pro-messa que fizera na entrevista que con-

cedera ao nosso jornal na edição que começou acircular dia 29 de julho. Ele deu o passo inicial para aconstrução de uma Unidade de Pronto Atendimento(UPA) em Rio das Pedras, com a publicação do de-creto de desapropriação de um terreno de 1.500 m²,assinado de comum acordo com a Caixa EconômicaFederal (CEF). Segundo Pezão, a UPA 24h terá umaunidade de cuidados intensivos e unidades semi-in-tensivas adulta e infantil, e serão 250 funcionáriospara o atendimento.

— O grande sonho aqui, onde a gente está fa-zendo todo esse trabalho de urbanização, drena-gem e tratamento de esgoto em Areal/Areinha, erater uma UPA, que atendesse a esta população. Aquié uma grande cidade. E hoje a gente está publi-cando um decreto de desapropriação do terreno.Vamos construir rapidamente esta Unidade dePronto Atendimento, de Nível III, que é a maiorUPA. Vamos trazer médicos, dentistas e pediatras.Fazer todo o atendimento à saúde — garantiuPezão.

O centro médico terá ainda duas salas de obser-vação individual, com um leito cada uma, para quepacientes com doenças infectocontagiosas, como tu-berculose e meningite, possam receber os primeiroscuidados até serem transferidos para um hospital.Além disso, haverá cinco consultórios, sendo três declínica médica e dois de pediatria.

— Quem imaginaria que um dia Rio das Pedrasteria um centro médico deste tipo? Sinal que estãoolhando para a gente com carinho. Isso aqui estácrescendo muito e precisa cada vez mais de carinhodo governo. Acho que vamos ver muita coisa aindapor aqui no futuro —comemorou o comerciante JoséNeto.

URBANIZAÇÃO NO AREAL/AREINHA É O COMEÇO

Durante a caminhada, Pezão também falousobre as obras de drenagem pluvial, pavimentação,

dragagem do canal de Rio das Pedras e instalaçãode sistema de esgotamento sanitário nas localida-des Areal e Areinha (objeto de ampla reportagemaqui publicada na edição anterior), um investi-mento de R$ 64,7 milhões que já tem 55 ruas con-cluídas.

— Iniciamos os processos de urbanização. Co-meçamos aqui na Areinha e vamos levar agora parao Areal. Nós pedimos um PAC ao governo federalpara toda essa região. Estamos desenvolvendo pro-jetos. Fizemos drenagem, duas estações de trata-mento de esgoto, passarela... Mas ainda tem muitopara fazer. Vamos continuar a investir aqui juntocom a prefeitura e com o governo federal. Tem adragagem das Lagoas da Barra e de Jacarepaguá,que vai beneficiar muito esse entorno —afirmouPezão.

LINHA HIDROVIÁRIA ATÉ ESTAÇÃO DO METRÔ

O governador destacou ainda a rede de integraçãode transportes, que será ampliada para atender todaa área, a partir da inauguração da Linha 4 do metrô esua extensão até o Recreio, da ampliação dos BRTs edo uso do transporte hidroviário nas lagoas da região.

— O metrô vai chegar na Barra no início de 2016.Com a dragagem das lagoas, facilita muito circular debalsa e barco até a estação do metrô (no Jardim Oceâ-nico). A gente está vendo junto com o BRT, junto como transporte alternativo legalizado, com as linhas deônibus, ver o que a gente pode fazer de parcerias juntocom a prefeitura. Tem de fazer essa integração cadavez melhor — garantiu Pezão.

Uma das reivindicações dos nossos moradorestambém foi abordada pelo governador. Ele infor-mou que já existem estudos para que o morador deJacarepaguá possa chegar de barca até as futurasestações de metrô. Esse transporte hidroviário serápossível assim que forem concluídas as obras derecuperação ambiental do sistema lagunar daBarra da Tijuca e de Jacarepaguá, ação integrantedo compromisso olímpico dos Jogos Rio 2016.

— Tenho certeza de que nessa área vai melhorartoda a mobilidade. Foram muitos anos sem inves-timento, em que não se olhou para a mobilidade.A gente está tirando do papel. É uma luta árdua —concluiu Pezão.

UPA DE RIO DAS PEDRAS SAI DO PAPEL NO DIA DA CAMINHADA PELA

COMUNIDADE, PEZÃO ASSINOU DECRETODESAPROPRIANDO O TERRENO

Durante acaminhadapelas ruas da nossacomunidade,Pezãocumprimentouosmoradores,posou parafotos comalguns deles e abriu umpacote de boas notícias

FOTOS DE FERNANDO MAIA/DIVULGAÇÃO


4Não deixe seu bichinho de estimação nas mãos de que qualquer pessoa. A tosa só deve ser feita por um profissional da área.

Eu poderia ter me formado em veterinária, mas amotanto os animais que não conseguiria vê-los sofrendo.Por isso preferi ser tosadora.”

Claudia Nóbrega daCosta entrou no ramode pet shop por acaso.Já tinha experiência nocomércio, trabalhava

em bar, quando soube da loja doAreal. Foi ver com o marido e logo fe-chou negócio. Hoje, além da loja RP5na Leonel Brizola, nº 3, tem outra naRua Velha, nº 536-Lj B, e também fazentrega em domicílio pelo telefone3415-0531. Quem entra no pet shopno Areal, logo se depara com uma fa-mília canina que vivia num beco eque era alimentada por um senhorque faleceu. Sem protetor, os animaisforam enxotados dali e a cadela mãeenvenenada. Pai e filhotes buscaramrefúgio e acabaram sendo acolhidospela pet shop. A família canina, degrande porte, é formada pelo paiUlisses, um mestiço de pastor, Boli-nha, uma vira-lata caramelo, e Preta,bem gorducha, a maior de todos.Dois gatos também convivem ali namaior harmonia. Em casa, a comer-ciante ainda tem mais quatro cães.Claudia se alegra por ter clientes

que, como ela, se preocupam comseus animais de estimação. A maiorparte da clientela compra rações deboa qualidade, brinquedos e acessó-rios. Ela desabafa:

A IMPORTÂNCIA DA TOSA

Não deixe seu bichinho nasmãos de que qualquer pessoa. Atosa só deve ser feita por umprofissional da área. Visite oestabelecimento, confira ascondições de higiene e como sãotratados os animais. Não é tãoincomum a transmissão dezoonoses e maus tratos em algunsestabelecimentos. O pelo tem afunção de evitar que o animal percaou absorva calor em excesso, atuacomo um isolante térmico. Ointervalo de tempo entre uma tosae outra varia de acordo com cadaanimal. O ideal é conversar com oveterinário para saber a frequênciae os intervalos corretos das tosas,que podem ser:

HIGIÊNICA — Como o próprionome diz, contribui para manter ahigiene do animal. O serviçoengloba depilação e limpeza dosouvidos, tosa das patinhas ealmofadinhas (para evitarescorregões e sujeira), tosa daregião genital (para que fezes nãofiquem grudadas no pelo) e dabarriguinha (para a pelagem nãoembolar), além de corte elixamento das unhas, limpeza daregião dos olhos conforme o gostodo proprietário e alguns detalhesinerentes a cada raça na tosa daorelha, arredondamento e acertodo topete.

COMPLETA — A tosacompleta, além da higiene, cuidada estética, da saúde e bem estardo animal, ajuda na transpiração,prevenindo problemas de pele ealergias devido ao calor. Há doistipos de tosa canina: grooming etrimming. A primeira é a tosahabitual feita em pet shop, em queo pelo pode ser aparado comtesoura ou cortador. A outra é maisespecífica, feita para eventosimportantes como feiras eexposições, em que serãoanalisados itens de estética.

COMEÇOU NA CLÍNICA DA FAMÍLIA A 2a FASE DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV

“Cada menina éde um jeito,mas todas pre-cisam de pro-teção” diz um

cartaz do SUS afixado dentro da salade imunização da Clínica da FamíliaOtto Alves de Carvalho, na nossa co-munidade, anunciando a 2ª fase davacinação contra o HPV (PapilomaVírus Humano). Nela, as enfermeirasVânia Oliveira e Monique Santos re-cebem o público-alvo, meninas de 11a 13 anos que, em março deste ano,receberam a primeira dose, na oca-sião administrada naquela unidadepelas enfermeiras Tainara Sampaio eAline Lopes.Apesar de algumas notícias

sobre reações adversas à aplicaçãoda vacina, Vânia e Monique garan-tem que tal não aconteceu na co-munidade.

— Aquinão ocorreuum só caso.Está indotudo muitobem. Todasas meninasque fizerama primeiradose estãovoltando ese mos-t r a n d omuito inte-ressadas —afirmaram.Elas disseram que a vacinação

contra o HPV já entrou no calendárioda clínica e mesmo as meninas quenão tomaram a 1ª dose podem com-parecer, das 8h às 20h, que serãoatendidas. A imunização é essencialpara que fiquem protegidas de con-

trair câncerno colo doútero, o ter-ceiro maisf r e qu en t eentre as bra-sileiras e que,segundo oInstituto Na-cional doCâncer, deveregistrar 15mil novoscasos este

ano e provocar 4,8 mil mortes.— A aplicação é simples. A gente

dá uma orientação antes. Aplicamosa dose, a menina fica esperando al-guns minutos para ver se há algumareação e, se tudo estiver bem, é libe-rada e orientada para a próximadose. A 3ª só será aplicada daqui acinco anos — explicaram.

QUANDO O AMOR É A ALMA DO NEGÓCIOMÃE E FILHA

TOSADORA ADORAMANIMAIS E OS

CONSIDERAM COMOMEMBROS DA FAMÍLIA

A VOZ DOS ANIMAIS

FOTO DE CLAUDIA GONZAGA

As enfermeiras Monique Santos (à esquerda) e Vânia Oliveira na sala de imunização

— Não entra na minha cabeçapessoas que possam mudar de ende-reço e abandonar um ser, uma vidatotalmente dependente e indefesa,um membro da família. Ninguém fazisto com um filho!A paixão por animais foi compar-

tilhada com a filha Daiana Carla No-brega Cortes:

— Eu poderia ter me formado emveterinária, mas amo tanto os ani-mais que não conseguiria vê-los so-frendo. Por isso preferi ser tosadora— conta Daiana, que tem freguesiacerta e é exigente com os clientes ecom o trabalho. Ela exige que os ani-mais sejam bem cuidados e façammanutenção periódica:— Sou muito detalhista, gosto de

fazer tudo bem feito. Aqui o chão temmuita sujeira e lama, raspo com cri-tério as patinhas e faço controle depulgas e carrapatos. Não é porqueestou dentro de uma comunidadeque tenho que desvalorizar meu tra-balho, que cobrar barato e fazer oserviço de qualquer jeito.A tosadora atende na StetiCat, à

rua Vitória Régia, nº 41, e seus servi-ços podem ser agendados pelo celu-lar 99956-3646. A tosa higiênica custa

a partir de R$30,00 e, a com-pleta, a partir deR$ 45,00.Daiana mos-

tra a foto deBeethoven, umvira-lata de rua,adotado por umafamília, e quepula em cimadela toda vez quea vê. Ela encerraa entrevista paracuidar de Lola,uma pequeninamestiça deyorkshire e shihtzu, cliente ca-nina assídua.

Acima, a tosadoraDaina Nóbrega comBeethoven, um vira-lata adotado, umcliente especial quenão pode vê-la quepula em cima paratrocar chamego. Aolado, a pequeninaLola, antes e depoisda make

FOTOS DIVULGAÇÃO


5O sujeito vai pensar duas vezes em praticar um delitomaior porque sabe que a polícia combate qualquerdelito, por menor que seja."

"Rio das Pedras pode contar com o nosso apoio 24 horaspelos telefones do batalhão (2332-2593 e 2332-2606),pelo 190 da PM ou pelo Disque denúncia 22531177."

Oconceito é simples e foi passadocom clareza pelo capitão Daniel, àfrente da 2ª Companhia do 18º Ba-talhão de Polícia Militar de Jacare-paguá, que coordenava a ação na

Avenida Engenheiro Souza Filho, na manhã deterça, 16, quando foram apreendidas 15 motos. O18º é comandado pelo tenente-coronel ClaudioHalick, responsável pela nova linha de atuação daunidade.

– Combatendo os pequenos delitos inibe-se osgrandes, possibilitando um controle maior de pos-síveis ações criminosas, sejam elas em pequena ougrande escala – explica o capitão, muito atenciosocom a nossa equipe, para em seguida dar umexemplo prático:

– O sujeito vai pensar duas vezes em praticarum delito maior porque sabe que a polícia estáatenta para combatê-lo, por menor que seja – de-talha o militar de 30 anos, 11 de Polícia Militar e háseis meses à frente da unidade de Jacarepaguá.

Uma das imagens para a formulação da Teoriadas Janelas Quebradas soa muito familiar para anossa comunidade. Infelizmente. Vamos a ela.Imaginem um lugar que contém algum lixo acu-mulado. Depois, mais lixo se acumula e, conse-quentemente, mais pessoas começam a deixarsacos de lixo. Pois bem, em nosso caso, a "janela"está totalmente quebrada em todos os cômodos esó com muito esforço de consciência da nossa po-pulação e apoio das autoridades vai ser possívelreverter o grave quadro que afunda Rio das Pedrasno lixo.

Se as autoridades da área de saneamento, ha-bitação e ordem pública ainda deixam a desejar,na questão da segurança pública a PM tem mar-cado presença na nossa comunidade, aplicandona prática, e com sucesso, a teoria que fez de NovaYork um exemplo para o mundo desde que o pre-feito Rodolph Giuliani passou a usá-la além da se-gurança pública, o que acabou culminando nafamosa Tolerância Zero.

Segundo o capitão, essas operações são roti-neiras e visam reduzir o meio circulante demotos em condições irregulares, o que, segundoele, é comum aqui. Embora não tenha registrosde motos roubadas em Rio das Pedras, o nú-mero desses veículos em situação irregular éconsiderável, tendo em vista que nossa comu-nidade faz deles uso quase familiar, normal-

mente no transporte de duas pessoas.– As principais infrações são no que dizem res-

peito a EPI (Equipamento de Proteção Individual),como tênis inadequados e falta de capacete.Crianças na garupa (por lei só é permitido a partirde 12 anos), menores dirigindo a moto dos pais,documentação irregular como habilitação e docu-mentos de porte obrigatório – enumera o oficial,sempre atencioso, mesmo durante a operação.

Outro fato interessante é a forma como aequipe do capitão se comunica com os moradoresda nossa comunidade. Questionado sobre comoeles reagiam a esse tipo de abordagem, o capitãoDaniel afirmou sem hesitar:

– A comunidade recebe bem porque a gentenão chega, apreende o veículo e vai embora. Nósexplicamos didaticamente os motivos da apreen-são.

Em média são apreendidos 600 veículos (entrecarros e motos) por mês em Jacarepaguá.

O índice de metas da Secretaria de SegurançaPública para motos roubadas é de 28 unidades pormês e, em agosto, o 18º BPM alcançou a meta de23, ficando abaixo do índice, o que é raro, segundoo capitão.

– Dos 41 batalhões do estado, apenas cinco, nomáximo, conseguem atingir a meta e esse é umpadrão estabelecido a ser atingido para os JogosOlímpicos de 2016 – explica.

Para se ter ideia do alto nível de exigência paraalcançar as metas estabelecidas, o índice para ho-micídios é de sete por mês e o 18º batalhão ficouno limite de sete no mês de agosto, o que para o

capitão é uma meta muito difícil de ser cumprida,se for levado em conta a complexidade e o tama-nho da região coberta pelo batalhão de Jacarepa-guá.

Aproveitando que ele citou dados referente ahomicídios, perguntamos sobre os casos de estu-pros em nossa comunidade e capitão Danielmudou o tom da voz para disparar:

– Não adianta coibir o estupro se o terreno daCaixa não tem iluminação – diz em tom de recla-mação indignada que nos remete ao Seu Ari, avôde Pedro, aluno da escolinha do Terceiro Campo,que também falou que o local é ponto de consumode drogas e já registrou dois estupros, motivo deum protesto das moradoras do condomínio Mo-radas do Itanhangá. No dia 4 de maio, por volta das11h, um grupo numeroso de mulheres da comu-nidade fechou a Via Light num protesto contra aviolência e a impunidade no local, manifestaçãoregistrada em reportagem publicada no nosso jor-nal, na edição que começou a circular dia 13 dejunho.

O capitão também falou sobre o aumento doconsumo de drogas em Rio das Pedras e afirmouque não existe tráfico no Pinheiro, como infor-mado em reportagem de um jornal carioca. Disseque o que há, possivelmente, é uma migração depessoas de outras localidades que se deslocampara a nossa comunidade para consumir drogas.

– Historicamente o morador de Rio das Pedrasnão compactua com uso de drogas – afirma con-victo para endossar sua afirmação.

O capitão fez questão de deixar um recadopara a nossa comunidade pela qual demonstrouter grande conhecimento dos problemas, que ex-trapolam a questão da segurança pública, comopode ser conferido no box ao lado. Com a palavra,o capitão Daniel:

– A população pode contar com o nosso apoio24 horas por dia. Toda a desordem, sejam peque-nas irregularidades ou qualquer tipo de ilícito,pode ser denunciado porque os maiores prejudi-cados acabam sendo os próprios moradores. A co-munidade de Rio das Pedras pode fazer contatopelo próprio telefone do 18º Batalhão pelos núme-ros 2332-2593 e 2332-2606, pelo 190 da Polícia Mi-litar ou pelo Disque-denúncia 2253-1177 – concluio capitão, esperançoso de dias melhores para anossa comunidade que, segundo ele, só serão al-cançados através de um trabalho entre todos osórgãos dos governos estadual e municipal.

Essa também é a nossa esperança.

A VISÃO SOCIAL DE UM HUMANISTAFARDADO

Mostrando um nível deconsciência social acima damédia, capitão Daniel (foto),não se furtou a falar sobretemas que teoricamente nãotem a ver com segurança pú-

blica, masque, ao seremolhados emconjunto, for-mam umemaranhadode pequenasv io l ênc i a s ,que acabamculminandonuma maior,como a falta

de cidadania em um localpouco assistido pelo poderpúblico. Seria uma espécie deTeoria da Janela Quebrada aocontrário, onde o local que édesorganizado em sua totali-dade, supostamente permiteque haja todo tipo de irregula-ridade.

– Só é possível resolver osproblemas com uma açãomultidisciplinar, que envolva,além da nossa corporação, ór-gãos do executivo, subprefei-tura e todas as secretariasafins. Tem que envolver todosos órgãos – observa com pre-cisão o oficial, que embora re-conheça a ausência depolíticas públicas coordena-das, credita à nossa comuni-dade a responsabilidade pelafalta de cuidado com o pró-prio local que reside.

– O que a população pre-cisa entender é que políticapública é uma via de mãodupla. Não adianta ficar ape-nas reclamando do estado eesperando passivamente queele faça alguma coisa. A popu-lação precisa se organizar atépara poder cobrar – diz, numalinha de raciocínio que coin-cide com as observações feitaspelo biólogo Mário Moscatelli,em recente entrevista aonosso jornal.

Mostrando que a mençãoà multidisciplinaridade não émera retórica discursiva, capi-tão Daniel mostra uma per-cepção que vai muito além daquestão de segurança públicaquando aborda o problemado lixo, o que mais chama aatenção de qualquer pessoaem Rio das Pedras.

– A população tem que en-tender que o local mais limponão é o que mais se limpa esim o que menos se suja – filo-sofa adequadamente sobre omaior absurdo da nossa co-munidade para, em seguida,observar mais uma vez, que aação isolada é pouco eficaz. Eexplica:

– Não adianta só a PM agirporque a ausência de outrosórgãos acaba impactando ne-gativamente a ação da PM.

Perguntamos o que eleachava de Rio das Pedras setornar bairro e, mais uma vez,sem titubear respondeu:

– Integrar Rio das Pedras aJacarepaguá é fundamental.Rio das Pedras não pode ser sóRio das Pedras, tem que serparte de Jacarepaguá – sen-tenciou e, aproveitando a am-plitude da conversa, elogiou ainiciativa de a nossa comuni-dade contar com um jornallocal.

– É muito importante umjornal para a região, mas, maisdo que informar, esse jornaltem que ter um caráter educa-tivo – finalizou com a sabedo-ria de quem está alinhadocom a filosofia da nossa A VOZDE RIO DAS PEDRAS.

Como se vê, o modelo daTeoria da Janela Quebradadevia ser aplicado em nossacomunidade pelos governosestadual e municipal, talvezcom o nome de Teoria da CasaArrumada.

ESTRATÉGIA BASEADA NA POLÍTICA DE SEGURANÇA

DA MEGACIDADEAMERICANA, A TEORIA DASJANELAS QUEBRADAS É

APLICADA COM SUCESSO NA

NOSSA COMUNIDADE


Na operação foram apreendidas 15 motos e as principais infrações foram crianças na garupa, menores dirigindo a moto dos pais, documentação irregular como habilitação e documentos de porte obrigatório

Só com a ação integrada e multidisciplinar de órgãoscompetentes é possível resolver o problema histórico decompleta desordem e sujeira de Rio das Pedras

DE NOVA YORK A RIO DAS PEDRAS, PARA O BEM DA NOSSA POPULAÇÃO


6Para suprir uma carência de Rio dasPedras, o pedreiro Russo virou “gateiro”,puxando “gatos” na rede elétrica,

Já "aposentado" dessa atividade informal,Russo lembra que chegou a fazer mais de trêsligações por dia, às vezes até cinco.

Antônio Gomes Pinto, co-nhecido como Russo, com-pletou 49 anos no últimodia 3 e está em nossa comu-nidade há oito anos. Veio de

Fortaleza com a família (mulher e dois fi-lhos) para a visitar a sogra, Dona Vita, e,depois de três meses, resolveram que aviagem a passeio seria definitiva.

Bombeiro de formação – é certificadopela Michelin de Fortaleza –, Russo co-meçou a se virar em Rio das Pedras comopedreiro, especialidade de toda a sua fa-mília, mas outra necessidade de se virarnos trinta fez com que se tornasse o per-sonagem desta reportagem.

– Resolvi que não ia mais pagar aninguém para fazer as coisas em casa.Decidi mexer na parte elétrica e tomeio maior choque! – conta, achando graçado que, segundo ele, foi o maior sustoque tomou devido a intensidade dadescarga.

A partir daquele choque, esse cea-rense arretado percebeu outra necessi-dade da nossa comunidade, tãodesprovida dos serviços básicos provi-dos pelo Estado: o fornecimento regularde energia elétrica às residências. Parasuprir tal carência, pôs mãos à obra – oumelhor, aos fios – e se tornou um “ga-teiro”, isto é, um especialista no ofíciode realizar as ligações clandestinas deenergia, popularmente conhecidas com“gatos”. O hoje "aposentado" dessa ati-vidade informal, ele lembra que chegoua fazer mais de três ligações por dia, àsvezes até cinco.

– Custava cem reais o rolo de fio quea gente puxava na comunidade – conta,sem sentir saudades de um serviço quereconhece como ilegal, mas entendeque não seja imoral. O fato é que, na au-sência do poder público, outros atoresocupam os espaços e Russo ocupou oseu, consciente de estar prestando um"serviço" essencial à população, assimcomo outros “gateiros” espalhados porRio das Pedras.

Os desvios na rede elétrica, Russofazia em paralelo à atividade como pe-

dreiro, que ele nunca abandonou desdeque chegou à nossa comunidade.

– Trabalhava até 17h e, partir das18h, fazia “gatos” noite adentro – conta.

Com a chegada do Programa LightLegal ao Areal/Areinha, o "gateiro" vol-tou a viver apenas como pedreiro.Questionado se o fim da atividade teriacausado queda em sua renda, Russo dizque no início sim, mas depois se reequi-librou financeiramente e, junto com amulher Sandra, que também trabalha,as coisas ficaram tranquilas.

Para não dizer que Russo está apo-sentado, ele ainda faz as ligações elétri-cas na rede interna das casas dosmoradores, já que a Light só faz as ins-talações nas ruas. Ou seja, hoje ele é"parceiro" da concessionária e trabalhadentro da legalidade. Questionadosobre o que pensa do futuro, o evangé-lico Russo diz que "Deus conduz todasas coisas" e é com esse mandamentoque projeta o futuro dos filhos CesarFilho, de 17 anos, e Cauã, de oito, bemmais promissor que o dele.

– O de 17 está trabalhando comoMenor Aprendiz, tem curso de compu-tação, mas ainda não definiu a profissãoque vai seguir. Já o menor estuda e nãofica solto pela rua – afirma, orgulhosode poder dar aos filhos um futuro me-lhor, que é o sonho de todo pai. E con-tinua:

– Sou seguro em relação aos meusfilhos porque sei que é outra geração.

Russo se considera um bom pai defamília que tem como princípio ensinaro caminho do bem. De preferência, semtomar os choques que a vida lhe deu.

A VOZ DA NOSSA GENTE >> Russo, o “gateiro”FOTO DE LAERTE GOMES

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O Grupo B do Campeonato Amador Sub-20 da Capital é liderado pelo El Shaddai, com duas vitórias em dois jogos.

Na condição de campeão da Amarp, o Galáticos é visto agora como o time a ser batidona competição do Solazer.


Com gols de Brenner eMarcos Paulo, o Riodas Pedras ganhou por2 a 0 do Colônia e sereabilitou no Campeo-

nato Sub-20 Amador da Capital,competição oficial da Federação deFutebol do Estado do Rio de Janeiro(Ferj). O Rio das Pedras agora temtrês pontos ganhos no Grupo B,pois na rodada anterior (a primeirada competição) havia sido derro-tado por 2 a 0 pelo El Shaddai.

O Rio das Pedras levou ao delírioos torcedores presentes ao campodo Martelão, no sábado, dia 13, poisdesde o início dominou o adversá-rio, mostrando que a vitória seriaapenas uma questão de tempo. Nemmesmo o pênalti perdido porThiago, defendido pelo bom goleiroEdigleisson, foi capaz de tirar o en-tusiasmo da torcida e a tranquili-dade dos jogadores do time da casa,que mantiveram o controle da par-tida e garantiram os três pontos.

No próximo compromisso, dia28, no campo do Mamaô, em CampoGrande, o Rio das Pedras enfrentaráo Heips, derrotado por 1 a 0 pelo ElShaddai, também pela primeira ro-dada do Grupo B.

RIO DAS PEDRAS VENCE E SE REABILITA NO SUB-20

Para ficar na história deRio das Pedras. Assimpode ser definida a fa-çanha do Galáticos,domingo, dia 14. De

virada, e com dois jogadores amenos, venceu por 2 a 1 o Lixão econquistou o título do Campeo-nato da Amarp. A façanha ganhaproporções maiores porque no do-mingo anterior o Galáticos já haviaevitado que o adversário (vencedordo turno) desse a volta olímpica.Ao ganhar o jogo, o Galáticos con-quistou o segundo turno e garantiuo direito de decidir o título.

Cientes de que assistiriam a umgrande duelo, os torcedores compa-receram em grande número, lo-tando o estádio e seus arredores. Deonde o gramado podia ser visto,tinha gente para incentivar. Logo noinício, vibraram os torcedores doLixão, com o gol de Sidinei. Aindano primeiro tempo, Emanoel em-patou e foi a vez de a torcida do Ga-láticos fazer a festa.

Ânimos exaltados foradas quatro linhas e princi-palmente dentro delas: Ri-cardo fez 2 a 1 para oGaláticos e o jogo esquen-tou para valer. Tanto que oárbitro expulsou quatro jo-gadores, um apenas doLixão, que, com dois amais, partiu para tentarmudar o placar. A partir daíprevaleceram a garra doGaláticos e a excelenteatuação de André, que sim-plesmente fechou o gol,como se diz na gíria, e frus-trou as pretensões do atéentão favorito Lixão.

O time do Galáticos, o grandevencedor do Campeonato daAmarp (foto 1); Sidnei (àesquerda), mesmo com doisadversários tentando evitar suafinalização, faz 1 a 0 para o Lixão(foto 2); Emanoel, frente afrente com o goleiro, empatapara o Galáticos (foto 3);Ricardo faz o gol da vitória e dotítulo dos Galáticos e seuscompanheiros, e até torcedores,correm para abraçá-lo (foto 4);Sapão (à esquerda), comandanteda torcida do Lixão: muitaanimação e confiança antes do jogo (foto 5)

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A equipe sub-20 de Rio das Pedras: vitória por 2 a 0 sobre oColônia, de Curicica (foto 1); Marcos Paulo (10) faz o segundo gol(foto 2) e depois abre os braços para festejar (foto 3);Edigleisson voa para defender o pênalti cobrado por Thiago, deRio das Pedras (foto 4); No intervalo, os treinadores Sirlei e Jorgedão instruções aos jogadores do Rio das Pedras (foto 5); Otécnico Aldenir, do Colônia, também orienta seus comandados(foto 6): O árbitro Fabrício de Carvalho ladeado por seusauxiliares: Kenny Werneck (à esquerda) e Saulo Ribeiro (foto 7)

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VITÓRIA HISTÓRICA SOBRE O LIXÃO DÁ TÍTULO DA AMARP AO GALÁTICOS

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Domingo, no Martelão, torneio com aparticipação dos 24 times que disputam oCampeonato do Solazer. Festa imperdível!Teremos casa cheia, com certeza.

Pelo Carioca Amador Sub-20, o time de Rio dasPedras volta a campo domingo, dia 28, às 16h30m, para enfrentar o Heips, no campo do Mamaô, em Campo Grande.


FOTOS DE MARCOS POWER NET

ESTE ESPAÇO ESTAVA RESERVADO PARA A PUBLICAÇÃO DE ANÚNCIO POLÍTICO NÃO ENVIADO PELO CANDIDATO.

Domingo chuvoso, mas com tor-cida presente ao Martelão, in-centivando seus ídolos. Todosos olhos voltados para ocampo, para a bola, para os 22

jogadores que defendem com ardor seustimes, para o árbitro, sempre contestado, pro-vocado (com ou sem razão). Todos os olhos?Não. Dois estão vendo campo, bola, jogadores,árbitro e não apenas isso. Os dois olhos de Ca-mila estão fixados também na prancheta e nodinheiro que recebe pela taxa que libera paraa disputa de cada jogo no Campeonato do So-lazer.

No primeiro confronto de domingo pas-sado, no cruzamento entre times dos grupos Ce D, pouco trabalho para a mesária: 0 a 0 entreNova Esperança e Caranguejo. Já no segundo— Goleada de 9 a 0 do Grêmio sobre o SãoCaetano, prejudicado por ter começado comapenas seis jogadores, depois sete e chegandoao fim com nove, porque alguns faltaram. Car-tão amarelo para um, anotação de gol paraoutro, ou do nome do jogador que estará mcampo para o jogo seguinte. Nada escapa aosolhos e ouvidos atentos dessa cearense de boacepa.

Camila Cavalcanti de Araújo chegou deBarroquinha há um ano e meio, já casadacom Alex. De segunda-feira até sexta-feiraela dá expediente no Berçário Florescer. Aosdomingos, seu divertimento sempre foi o deassistir aos jogos no Martelão. Fernando eÍndio, dois dos responsáveis pela organiza-ção do campeonato, transformaram o diver-timento de Camila em responsabilidade,proporcionando-lhe mais um dinheirinhopara a manutenção da família, por enquantocomposta dela e do marido.

— Sempre gostei muito de futebol. Via osjogos por isso. Agora vejo, participo e sou pagapara isso. E ainda dá tempo para depois torcerpelo meu Flamengo — disse ela.

Enquanto conversava com a equipe de AVOZ DE RIO DAS PEDRAS,Camila continuavaanotando gols. Como os da vitória por 2 a 1 doJ. Areinha sobre o Juventude, e os do também 2a 1 do Mangueirinha sobre o Primos. União deCopa e Galáticos empataram em 0 a 0. Depois,ela foi "namorar" um pouquinho com Alex.

Próximos jogos (dia 5/10): Juventude xMangueirinha; Primos x Galáticos; Nova Espe-rança x São Caetano; RPS x Caranguejo; Uniãode Copa x Chelsea; e Grêmio x J. Areinha.

Responsável pelo Campeonato do Terceiro Campo, Marqui-nhos se desdobra para que tudo corra bem todos os do-mingos. Dia 21, sua tarefa foi dobrada. Sem seu auxiliarFábio, ausente por motivo de saúde, Marquinhos nãoparou para nada. Literalmente. Anotou os nomes dos jo-

gadores, tomou conta dos tempos dos jogos, atendeu com a presteza ha-bitual a equipe de reportagem de A VOZ... E ainda arranjou um tempinhopara "disfarçar" a fome com um espetinho de linguiça fatiada.

— Calma aí, meu camarada. Vamos resolver isso numa boa. Você dor-miu até agora, mas eu estou aqui desde as 7 horas --- dizia ele a um inte-grante mais exaltado de um time que entraria em campo, pela sextarodada do Grupo B, enquanto mordia mais uma fatia de linguiça.

— Desculpe, mas a chuva molhou um pouco as súmulas --- mostravaele toda sua atenção à equipe do A VOZ.

Marquinhos teve trabalho para atualizar as súmulas, tal a quantidadede gols, tantos eram os pingos d'água, os pedidos dos muitos jogadorespara que visse isso ou resolvesse aquilo. E tudo deu certo, apesar dos mui-tos contratempos, causados pela chuva e pela ausência de Fábio. Mar-quinhos, no entanto, terminou o dia como começara: sorrindo.

Resultados da rodada: Palmeiras 3 x 0 Águia; Rei do Areal 2 x 4 Sa-muel; Sport 3 x 2 Inter; Rua Larga 1 x 2 Siri; e Chaval 2 x 3 Bahia.

Jogos de domingo (28), pela sexta rodada do Grupo A: Nova Espe-rança x São Caetano; Juventude x A2; Bola de Fogo x Estrela; e Só no Pelox Elite.

Com 12 gols, Fernando, do Elite, é o artilheiro do Terceiro Campo.

MARQUINHOS, O FAZ-TUDO DO TERCEIRO CAMPOCLASSIFICAÇÃO DO AMADOR

DO TERCEIRO CAMPO

GRUPO A1o Elite ................................... 15 pontos ganhos2o Juventude .................................................... 93o Bola de Fogo ................................................ 94o Nova Esperança .......................................... 85o Só no Pelo .................................................... 76o São Caetano ................................................ 57o A2 ................................................................. 28o Estrela .......................................................... 1

GRUPO B1o Sport ........................................................... 142o Samuel ........................................................ 113o Bahia ........................................................... 104o Siri ................................................................ 95o Palmeirinha ................................................. 96o Rua Larga ..................................................... 87o Rei do Areal .................................................. 68o Inter .............................................................. 59o Chaval ........................................................... 410o Estrela ........................................................ 3

CAMILAÉ CRAQUE DO SOLAZER,MAS FORA DAS QUATROLINHAS

CAMILAÉ CRAQUE DO SOLAZER,MAS FORA DAS QUATROLINHAS

No sentido horário, Camilaatenta no seu posto detrabalho; lance de Juventude 1x 2 J. Areinha, com o gramadodo Martelão cheio de poçasd’água; Cabeça comemora seusegundo gol; e o Primos (devermelho e preto) faz oprimeiro gol no jogo contra oMangueirinha

Rei do Areal e Samuellutam um contra o outro etambém contra a chuva,com o campo cheio delama (foto acima); Inter eSport também tiveram omesmo problema noCampeonato Amador(foto ao lado)

A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 30

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