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João Pedro Tavares R. Pereira
A vozvozvozvoz do
PúblicoPúblicoPúblicoPúblico Os sites noticiosos enquanto espaços de discussão
- um estudo de caso
Faculdade de Letras Universidade de Coimbra
Setembro 2005
João Pedro Tavares R. Pereira
A voz do público Os sites noticiosos enquanto espaços de discussão
um estudo de caso
Trabalho apresentado no âmbito da disciplina de Seminário de Análise dos Media
Ano lectivo de 2004/2005
I
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 1
Parte I - O sonho da ágora electrónica global ................................................................... 5
1. Das relações sociais de base telemática ao fracasso da ciberdemocracia............. 5
2. A abertura do espaço jornalístico: a Internet como o media do público............... 9
3. Críticas e defesa de um jornalismo aberto .......................................................... 14
Parte II - A voz do público.............................................................................................. 19
1. Os mecanismos de interacção em sites noticiosos.............................................. 19
1.1 Da ciberliteracia à oferta de interacção: dois elementos necessários à
comunicação multidireccional ................................................................................ 19
1.2 O potencial interactivo dos sites da BBC e do Expresso .................................. 21
2. A discussão dos leitores do Expresso Online e da BBC News Online sobre o
Tratado Constitucional Europeu ............................................................................. 26
2.1 Corpus e metodologia ....................................................................................... 26
2.2 Os textos dos leitores ........................................................................................ 28
Conclusões ...................................................................................................................... 44
Bibliografia ..................................................................................................................... 48
Sites consultados............................................................................................................. 49
Anexos ............................................................................................................................ 50
João Pedro Pereira | A voz do público
1
Introdução
Há quem considere a Internet como a maior revolução desde a imprensa de
Gutemberg, há quem dê ao emergir do jornalismo online o mesmo estatuto
revolucionário que a penny press do século XIX, e há outros que, por seu lado, retiram a
este quarto modo de jornalismo as características distintivas que os primeiros lhe
conferem e consideram-no como jornalismo feito apenas num suporte diferente1, com a
desvantagem de estar no seio da informação difundida pela Internet (seja jornalística ou
não), esta situada no plano do boato, da circulação de factos e pseudo-factos que
convivem na harmonia da profusão de fontes informativas nem sempre dignas de
crédito, mas quase sempre acedidas por milhares de pessoas. Seja como for, o certo é
que as comunicações na Internet, e, dentro destas, o jornalismo na Internet,
revolucionaram. Os vários estudos e ensaios sobre o assunto são uma das provas disso,
mas é sobretudo na observação atenta das inovadoras (e discutíveis) formas de
jornalismo que surgiram nos últimos anos que se encontra a irrefutabilidade deste
carácter revolucionário. Não se trata apenas de transpor para um suporte digital
acessível através de uma rede de computadores a informação jornalística antes
disseminada por outros meios. Não são sequer os novos ciclos de trabalho impostos por
um órgão de comunicação social que está “no ar” 24 horas por dia, nem tampouco a
plataforma multi-meio que os sites noticiosos constituem e que tornam o antigo leitor,
ouvinte ou espectador num (potencial) leitor-ouvinte-espectador. É, antes, o surgimento
de uma novo elemento, que vem questionar a importância e, até, a necessidade dos
jornalistas profissionais. O retrato deste novo elemento foi desenhado com grande
clareza durante os atentados em Londres2: trata-se do cibernauta disposto a tirar uma
fotografia com o seu telemóvel ou máquina digital, escrever o seu relato do
acontecimento e publicá-lo num qualquer espaço da World Wide Web. Muitas vezes, de
forma mais rápida e conseguindo um efeito de maior proximidade do que qualquer
repórter.
1 O valor do jornalismo online, nomeadamente enquanto jornalismo interactivo, não é consensual. Vide Parte 1, ponto 3. 2 Vários artigos apontaram o atentado em Londres como uma das situações que melhor mostrou a força do jornalismo não profissional. A 17/07/05, o provedor dos leitores do Jornal de Notícias, num artigo intitulado “Um jornalismo mais participado pelos cidadãos”, escrevia: "Aquilo que, numa situação de (auto-)controlo informativo dos grandes media, é cada vez mais difícil de controlar é a multiplicação de vozes e de imagens através da Internet. Com os ataques ao metropolitano de Londres, entraram em acção as câmaras digitais e os telemóveis de terceira geração”.
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Foi sobretudo a partir da explosão da blogosfera que o cidadão não jornalista passou
a chamar a si algumas das rédeas da informação. Muitos blogs, sobretudo em situações
onde o trabalho do repórter é difícil (como o caso de uma guerra), anteciparam-se na
cobertura dos acontecimentos e chamaram a si milhares de visitantes de todo o mundo.
Mas já muito antes disso a Web tinha sido concebida como um espaço de troca
permanente de informação, sem hierarquização dos emissores: um espaço read/write,
como ainda hoje é chamada. É sintomático que o primeiro browser incorporasse
também a funcionalidade de criar páginas. Mais tarde, muitos órgãos de comunicação
com sites na Web viram as vantagens de “convidar” o seu público a participar, através
dos fóruns e dos comentários às notícias. Mas a desregulamentação da Web, oriunda de
uma cultura aberta, - uma cultura open source - de partilha de conhecimentos e
informação existente nos meios académicos das décadas de 70 onde a Internet ganhou
forma (Castells, 2004: 56-57), acabou por fazer com que muitas das experiências
pioneiras fossem mal sucedidas.
Actualmente, os blogs e os sites de citizen journalism constituem competidores à
altura dos órgãos de jornalismo profissional. Ainda mal habituados ao novo media, os
jornalistas viram-se de repente confrontados com a intromissão do antigo público num
espaço que consideravam seu por “feudo profissional”. A verdade é que o jornalismo é
uma profissão de acesso “em banda larga”. Não é requerida nenhuma formação
específica, adquirida por uma aprendizagem formal e prévia à entrada na redacção.
Bastará ao candidato a jornalista ter as qualidades que caem no saco da expressão antiga
de “faro jornalístico”. O público parece tê-lo percebido e, uma vez liberto do problema
de acesso ao meio de comunicação3 começou a praticar aquilo que alguns não hesitam
em chamar jornalismo.
Descrever o reposicionar de todos os elementos comunicativos provocado pela
sucessão de diferentes formas de comunicar e de informar na Internet, mesmo no campo
restrito do jornalismo, ultrapassa o âmbito deste trabalho. Em primeiro lugar, porque
são três os agentes afectados: os tradicionais produtores de notícias; o antigo público,
cada vez mais um co-produtor de notícias; e “os sectores da sociedade que estão
habituados a lidar com jornalistas e a servirem-lhes de fontes” (Gillmor, 2005: 59-60).
Em segundo, porque a velocidade a que as mutações ocorrem tornam esta uma tarefa
3 A World Wide Web, em geral, e, em particular, as recentes plataformas de publicação (como o famoso Blogger, responsável, entre alguns outros, pelos blogs com o domínio blogspot.com), deram a todos aqueles com acesso à Internet a possibilidade de se fazer ouvir de forma fácil, rápida e barata. Vide Parte 1, ponto 2, “A abertura do espaço jornalístico: a Internet como o media do público”.
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particularmente difícil. Escrever sobre informação na Internet é correr o risco de ficar
desactualizado em menos tempo do que aquele que se demorou a escrever. Para tal,
basta que surja uma nova tecnologia capaz de granjear adeptos suficientes para trazer
alterações significativas à comunicação na rede. E numa altura em que a literacia
informática se massifica, essas tecnologias demoram, por norma, apenas escassos meses
a implantar-se. À data de início deste trabalho, alguns dos conceitos aqui usados eram
imprecisos e não poucas vezes tidos como equivalentes. A reflexão levada a cabo por
inúmeros jornalistas e estudiosos, através de sites da especialidade ou dos seus blogs
pessoais, veio, apenas no tempo de escrita destas linhas, dar maior precisão a algumas
ideias, refutar ou alterar outras e lançar mais algumas luzes sobre o panorama
jornalístico na Web. Por outro lado, os próprios factos mudam a uma velocidade que
torna difícil a sua captação num formato impresso. Para descrever o jornalismo online,
seria preciso uma análise que se libertasse do marco cronológico da impressão e fosse
passível de ser constantemente actualizado; em suma, uma análise feito na web. Alguns
académicos têm-no feito, de forma algo informal e com bastante sucesso4.
O nosso objectivo passa, assim, por tentar perceber de que forma os jornalistas
responderam às exigências de interactividade e participação postas pelo público
cibernauta e qual a capacidade do jornalismo profissional online em instituir fóruns de
discussão, eventuais catalizadores de uma comunicação horizontal em que o modelo
hierarquizado e piramidal dos media tradicionais não faz tanto sentido, se é que faz
algum.
Numa primeira parte, procuramos sintetizar aquilo que tem vindo a ser o
pensamento sobre as comunicações na Internet e o jornalismo online: do retomar do
conceito de ágora (revestido, desta feita, por um carácter electrónico e global), ao
jornalismo simbiótico, feito por profissionais e não profissionais em colaboração,
passando pelos desafios de um jornalismo feito na Web, pelas suas particularidades
interactivas e pelas alterações que as especificidades do meio em questão trouxeram,
tanto para a produção como para a recepção da informação. Numa segunda parte,
analisamos dois sites, um nacional e um estrangeiro, tidos como sendo de referência - o
Expresso Online e a BBC News Online -, de forma a avaliar os mecanismos que um e
outro disponibilizam para dar voz aos seus públicos; seguidamente, tomamos como
exemplo o processo de discussão do Tratado Constitucional Europeu ao longo do ano de
4 Remetemos, a título de exemplo, para o Press Think, o blog de Jay Rosen < http://journalism.nyu.edu/pubzone/weblogs/pressthink/>.
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2004 e tentaremos perceber de que forma o público usou os mecanismos postos à sua
disposição para sustentar uma discussão sobre o tema. O propósito último é apenas o de
fornecer algumas pistas para a compreensão da relação que se tem vindo a estabelecer
entre jornalistas e o seu público, num espaço que é de ambos e no qual as funções de
uns e de outro (ou, pelo menos, algumas delas) tendem a esbater-se.
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Parte I - O sonho da ágora electrónica global
1. Das relações sociais de base telemática ao fracasso da ciberdemocracia
Ao longo das últimas quatro décadas, as redes sociais têm vindo a entrosar-se de
forma acelerada com as redes telemáticas. A possibilidade de contacto permanente com
todos ou com qualquer um em particular, a quase instantaneidade do acesso a
conteúdos, a massificação da comunicação multi-direccional originaram uma forma de
estar em sociedade que é simultaneamente uma forma de estar na rede, propícia a uma
interacção quase simbiótica com a máquina (projectada de forma exponencial no
imaginário ciberpunk da década de 80), e onde é sustentável a crença num cibermundo5.
É neste enquadramento que Bebiano diz surgir uma nova forma de cultura: a
cibercultura, fenómeno que se “amplia sem parar” num percurso iniciado pelas
primeiras redes dos ano 60 e cujo fim não está à vista; que se “adensa sempre” no seio
complexo das redes comunicacionais estabelecidas num espaço que “por ser virtual não
deixa de ser tocado pelos sentidos”; e que “flúi em movimento perpétuo”, numa
constante auto-redefinição que emana da criação, renovação e alargamento de
necessidades, expectativas e instrumentos (Bebiano, 2000: 115-116). É uma cultura
capaz de trazer consigo novas formas de socialização e troca de experiências6 e onde se
subvertem as dimensões do mundo palpável. O tradicional espaço-tempo deixa de fazer
sentido num mundo em que o espaço é simultaneamente infinito e quase inexistente: o
espaço de armazenamento de dados é, na prática, ilimitado, enquanto as distâncias
geográficas se anulam. Neste mundo onde o tempo é a dimensão essencial – o tempo de
acesso à informação, a velocidade de envio e recepção de uma mensagem –, as acções e
relações baseiam-se num binómio informático de 0/1: estar online/estar offline, estar na
rede/estar fora da rede.
5 Leone diz que até já podemos ter chegado a esse cibermundo. Vide LEONE, Carlos, “Contra Cyber”, LEONE, Carlos (org.), Rumo ao Cibermundo?, Celta Editora, Oeiras, 2000, p.3 6 Veja-se os sistemas de rede sociais que têm vindo a proliferar na Internet e que estão a operar transformações no campo das relações pessoais, das formas de conversação, da distribuição de conteúdos e, por inerência, das formas de fazer e entender o jornalismo. A título de exemplo, apontamos o Orkut <https://www.orkut.com> e o Hi5 <http://www.hi5.com>. A propósito do desaproveitamento destas redes sociais no campo do jornalismo, vide HANLUAIN, Daithí Ó, Social networks: All around the Net, but underused by news sites, <http://www.ojr.org/ojr/stories/050310ohanluain>.
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Nesta cibersociedade, aponta Bebiano, “reeditam-se os tipos humanos (…) e os
espaços tradicionais de sociabilidade” alguns daqueles agigantados em relação aos seus
homólogos do mundo não electrónico, por via da grande facilidade de anonimato trazida
pela máscara do virtual (Bebiano: 116).
As novas tecnologias, no expoente agregador da rede global de que a Internet é
apenas uma parte, lançam, hoje em dia, entre os entusiastas, a esperança de uma nova
forma de democracia directa, mais participada e abrangente. Bohman fala de um
“optimismo político” associado ao mundo tecnológico, pelo qual “uma ‘democracia
electrónica’ poderia substituir a democracia mass mediatizada do sound bite televisivo”
(Bohman, 2004: 131). De facto, os dispositivos de comunicação móvel, a World Wide
Web nas suas múltiplas facetas, as comunicações por protocolos de IRC, o correio
electrónico, os newsgroups, entre muitos outros, deram (e alguns ainda dão) o seu
contributo para uma transformação comunicativa, assumindo-se, pelo menos para certos
sectores da sociedade, como instrumentos ao serviço de uma democracia e de uma
cidadania evoluídas. Bebiano chama a este grupo de apologistas de uma democracia
electrónica “ciberentusiastas e visionários”, crentes na possibilidade de uma “Internet
way of life” (Bebiano: 126) e na viabilidade de um ressuscitar do conceito de ágora
ateniense, desta feita transposto para uma escala global, onde a figura do púlpito
material e do orador é substituída pelo nó que cada cidadão constitui na rede. Contudo,
não são apenas os cibercrentes a defender esta ágora moderna. Maldonado sublinha que
também as empresas multinacionais, na medida em que é favorável aos seus interesses
económicos a existência de uma rede libertária e sem supervisão (nomeadamente, sem
intervenção estatal), incentivam o pleno acesso às tecnologias interactivas que podem
mudar a maneira de entender e praticar democracia: “Este grandioso diseño es
favorecido, además, por fuerzas económicas a las que es difícil reconocer una actitud
receptiva en cuanto a la suerte de las instituciones democráticas” (Maldonado, 1998:
14).
Neste contexto, em que os interesses de sectores económicos e o entusiasmo de
muitos cidadãos comuns coabitam com o reconhecimento por parte dos governos da
importância um acesso democratizado aos meios de informação7, poder-se-ia pensar
7 Evidentemente, nem todos governos estão interessados no pleno acesso às tecnologias de comunicação. Recentemente, gerou alguma controvérsia a notícia de que a Microsoft tinha desenvolvido uma plataforma de blogs para o governo chinês, na qual algumas expressões – como “direitos humanos”, “liberdade”, “democracia” ou “Taywan independente” – eram censuradas. Vide notícia na BBC News Online de 14 de Junho de 2005 <http://news.bbc.co.uk/2/hi/technology/4088702.stm>
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estarem reunidas as condições para o estabelecimento de uma democracia feita na e pela
rede, de uma ágora global electrónica.
Um tal estado da democracia não parece, contudo, poder ser alcançado num futuro
próximo. É certo que o acesso aos meios de comunicação e informação está massificado
em muitas partes do globo, que estão montados sistemas de comunicação multi-
direccionais, que espaços como a Internet permitem dar voz pública a qualquer cidadão8
e manter discussões entre pessoas que nunca se viram e nem sequer se conhecem; mas
os entraves a uma discussão efectivamente global são ainda muitos. À cabeça surge o
problema da info-exclusão, na sua dupla vertente: por um lado, o grau de acesso à
informação acompanha (e acentua até) as divisões entre Primeiro e Terceiro Mundos;
por outro, a info-exclusão existe no interior dos países primeiro-mundistas. As
condições sócio-económicas ditam as formas de acesso à informação e as franjas da
sociedade constituem no seio dos países industrializados ilhéus de iliteracia
informática: entrar no ciberespaço social “pode ser mais ou menos difícil, (…)
dependendo da presença ou ausência de normas igualitárias e estilos de interacção
social” (Bohman: 135).
A utopia de uma ágora global reside precisamente na existência de uma fronteira
entre a possibilidade de livre acesso à informação e a probabilidade de todos os
cidadãos poderem dela fazer uso (Maldonado: 19). A rede tem uma das suas principais
manifestações de poder na capacidade de excluir, de alterar o grau de abertura do seu
espaço público e de criar áreas privadas, como as intranets (Bohman: 140). A liberdade
de acesso à rede é, por agora, mais uma liberdade em potência do que uma liberdade de
facto. Por outro lado, a liberdade dentro da rede está cada vez mais mitigada, em
consequência de uma necessária (e em vários casos controversa9) regulamentação, que
tem vindo a dar origem a normas progressivamente mais restritivas, decorrentes do
facto de o universo virtual ter uma existência indissociável do plano material onde se
desenrola a vida offline:
“A partir do momento em que alcançou proporções universais e se tornou para muita gente uma
experiência constante e trivial, a rede passou a sujeitar-se às mesmas condicionantes e pressões que as
8 Vide Ponto 2. 9 Nos Estados Unidos, o Telecommunications Act de 1996, que veio substituir o seu homólogo de 1934, impôs pela primeira vez restrições à apresentação de conteúdos na Internet, no que muitos consideraram ser um atentado aos direitos constitucionais de liberdade de expressão. Entre outras disposições, está a proibição de divulgação através de redes de computadores de conteúdos que possam ser ofensivos para menores (está aqui incluída a pornografia) e cujo visionamento por parte destes seja provável.
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sociedades ‘de facto’ (…) A ideia de um espaço inteiramente libertário na rede é quimérica e, de certa
maneira, impraticável, estando toda a espécie de informação ali transmitida sujeita ao mesmo tipo de
exame e de veredicto que se verificam nos meios de comunicação tradicionais. O ciberespaço encontra-se
aqui, não em Júpiter” (Bebiano: 129).
Uma democracia electrónica implicaria a existência de instrumentos de contacto
directo e informatizado entre os cidadãos e os seus governos, que tornasse possível a
prática de todos os actos de cidadania, desde o voto até à expressão de opinião sobre
uma determinada medida ou política governamental. No entanto, refere Bebiano, este
conceito apresenta uma contradição em si mesmo, na medida em que o uso da
ferramenta “é eminentemente individual e, como tal, contraditório com a vontade de
praticar colectivamente a cidadania” (Bebiano: 130). Na mesma linha, diz Bohman que
uma abordagem ao debate sobre a Internet enquanto elemento constitutivo de uma
esfera pública passa por demonstrar que “muitas das características estruturais de uma
comunicação mediada por computadores, como sejam o anonimato e as limitações de
acesso, são contrárias à ideia de uma esfera pública electrónica”, (Bohman: 132).
Estamos, de facto, longe de uma ágora global: a comunicação telemática alargada a
vários pontos do globo reconfigurou práticas quotidianas de acesso e partilha de
informação, mas não conseguiu substituir as estruturas representativas das actuais
democracias.
Goradas as expectativas dos mais entusiastas de uma verdadeira alteração das
instituições democráticas em geral, já no que diz respeito ao caso particular dos media e
do jornalismo, parecem as tecnologias de comunicação ter efectuado alterações de
fundo, num processo que se encontra ainda em curso e que nem os mais cibercépticos
podem ignorar.
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2. A abertura do espaço jornalístico: a Internet como o media do público
No âmago das vertiginosas alterações do mundo da informação, os meios de
comunicação social deparam-se agora com um estado de superação “de uma longa fase
de recepção meramente passiva, ou essencialmente passiva” (Bebiano: 115), que tem
vindo a trazer novos e gigantescos desafios aos profissionais da comunicação,
nomeadamente, aos jornalistas.
De entre os factores impulsionadores de novas práticas jornalísticas, a Internet, tanto
na condição de ferramenta como de suporte, surge como o principal catalizador de uma
nova forma de jornalismo. Da World Wide Web, a mais extensa das redes da Internet,
emergiu recentemente um quarto tipo de jornalismo – o jornalismo online, detentor de
potencialidades e especificidades ainda não inteiramente delineadas e centro de uma das
maiores revoluções da história do jornalismo. Segundo Pavlik, a hipertextualidade, o
conteúdo multimédia, os menores constrangimentos físicos de espaço, a interactividade,
a globalização e, simultaneamente, a personalização da informação10 contribuem para
que o jornalismo esteja a sofrer a mais profunda transformação desde a emergência da
penny-press, em meados do século XIX (Pavlik, 2001: xi). Para Pavlik, este potencial
de interacção poderá ser capaz de recuperar a confiança de uma “audiência alienada”
(idem). Todas as outras características do jornalismo online pedem a existência de novas
competências jornalísticas11 e oferecem ao público novas possibilidades de acção sobre
o suporte do conteúdo – a hiperligação é o mais cabal exemplo –, mas parece claro ser
na interactividade entre jornalistas e o seu público que os órgãos de comunicação social
baseados na Web mais potencial têm para diferir dos seu congéneres.
10 São cada vez mais populares os chamados sistemas de sindicância de conteúdos. Trata-se de uma tecnologia que dá ao utilizador a possibilidade de, num único espaço (seja uma página da Internet ou um telemóvel), receber constantemente actualizados os conteúdos de um qualquer número de fontes à sua escolha. Os conteúdos assim disponibilizados (chamados RSS feeds) são lidos através de software próprio ou de um dos muitos serviços do género existentes na Web. O sistema ganhou adeptos sobretudo depois da proliferação dos blogs, uma vez que é particularmente útil para monitorizar um grande número de fontes de informação frequentemente actualizadas. Para além dos blogs, são sobretudo os sites noticiosos que fornecem RSS Feeds. Em Portugal, os feeds estão a tornar-se regra. Por esta ordem, o Mais Futebol, Publico.pt, a TSF Online e o PortugalDiario são alguns exemplos de sites que disponibilizam os seus conteúdos (ou parte deles) em formato RSS (uma sigla que tem vários significados: Rich Site Summary e Real Simple Syndication são os mais correntes). Note-se, contudo, que, em 2001, quando Pavlik falava em personalização da informação, estaria provavelmente a referir-se a newsletters e à adaptação de conteúdos de um site mediante sistemas de registo e contas pessoais, uma vez que a tecnologia de sindicância, embora já existisse à data, praticamente não era utilizada. 11 A propósito das modernas exigências colocadas aos jornalistas, Miguel Gaspar, na sua coluna Zero de Audiência (Diário de Notícias, 20 de Março de 2005), classifica o “jornalista multimédia” como “uma das mais interessantes ficções mediáticas surgidas nos últimos anos”.
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Pavlik classifica a Internet como um “media activo”, em contraste com a
passividade dos media tradicionais (Pavlik: 20). O público dos jornais é diferente do das
rádios e televisões, mas na Web o próprio público faz parte do meio em que a notícia
(não o texto da notícia, mas os muitos textos que fazem a notícia) se enforma. A este
respeito, Bebiano sublinha que o jornalista tem ao seu dispor ferramentas capazes de
potenciar a interacção com o público:
“Agora é possível recorrer a tecnologias capazes de permitir o estabelecimento de uma grande
interactividade, que não só articula a informação entre si – através da hiperligação, que tende a excluir a
narrativa linear, abrindo-a com um simples clique de rato – mas lhe permite também, integrando a
possibilidade do debate ou comentário, interagir com um leitor que já não é, ou já não pode ser,
meramente passivo” (Bebiano: 125-126, itálico nosso).
Reside precisamente aqui a característica mais revolucionária do jornalismo online,
capaz de fazer com que se estabeleça pela primeira vez uma relação “directa e simples
com o grande público” (Michael Kinsley apud Castanheira, 2004: 101).
A progressiva massificação do acesso às novas tecnologias da rede leva à
emergência daquilo a que Bebiano chama um “novo jornalismo” (Bebiano: 125). Basta
um computador e um espaço na Internet para qualquer um poder comunicar e fazer
jornalismo por contraposição ao jornalismo mainstream dos media, num fenómeno que,
aponta Dan Gillmor, opera em duas vertentes uma transformação do público (e, em
consequência, do próprio jornalismo, do qual aquele passará a ser parte activa):
“Mero consumidor de notícias, em tempos, o público está a aprender a maneira de conseguir
melhores reportagens, quando mais lhe convém. Também está a aprender a integrar-se no processo
jornalístico, ajudando a alargar o debate de ideias e, em certos casos, a fazer melhor trabalho do que os
profissionais” (Gillmor: 16).
Também Pavlik defende que a Internet e o contexto de uma comunicação que
abandona o modelo vertical traz implicações profundas não apenas no campo da
recepção do produto jornalístico, mas igualmente no que diz respeito à prática da
profissão. Por um lado, o público cibernauta tem à sua disposição milhares de fontes de
notícias de todo o mundo (Pavlik: 31) e, por outro, o jornalista passa agora a ter que se
preocupar com uma audiência que não apenas dá a sua opinião sobre um determinado
assunto, como comenta a própria cobertura mediática:
João Pedro Pereira | A voz do público
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“Audiences are refusing to remain passive in their responses to what the media report. In contrast to
the world of analog journalism, the public in the digital age frequently seeks to publish it’s own views on
world events and how the media report on them. Internet technology enables audiences anywhere to
participate in a global dialogue about world events and issues” (Pavlik: 34, itálico nosso).
Este novo panorama do espaço mediático enraíza-se numa concepção tecno-
dependente. A voz do público tornou-se gradualmente mais audível à medida que as
tecnologias de comunicação foram evoluindo e se tornavam acessíveis a um grupo cada
vez maior. Embora a Internet represente o ponto de viragem, a participação das
audiências no trabalho jornalístico tem raízes mais antigas, lembra Gillmor. A rádio deu
grandes passos no sentido da interactividade, superando as formas algo incipientes a que
a imprensa escrita estava limitada. Para além dar voz a vários sectores da sociedade,
através de representantes, “o moderno debate radiofónico tinha uma outra característica
fundamental: a participação dos ouvintes” (Gillmor: 29).
Ainda assim, o controlo do meio estava então, essencialmente, do lado dos
profissionais, desempenhando o público o papel de convidados, cuja presença e
possibilidade de emitir opinião era pré-programada. O modelo foi plasmado mais tarde
pela televisão, que passou a incorporar tanto o público em estúdio, como o espectador
em casa. Mas a televisão, não obstante os programas de participação telefónica, a
entrevista in loco e o amplo recurso ao directo (aquilo a que Maldonado chama
“astúcias técnicas”) ou as várias vertentes da televisão interactiva (pay per view, vídeo
on demand) também não está à altura, neste campo, dos meios online, estes “menos
coercivos e mais aptos à participação dos utilizadores” (Maldonado: 16)12. Foi a Internet
– sobretudo após o aparecimento da Hyper Text Markup Language13, dos primeiros
browsers visuais e dos interfaces gráficos user-friendly, responsáveis pela crescente
facilidade de publicação na Web – que reposicionou o utilizador não profissional dos
media, tornando-se assim no “primeiro meio de informação de que o público é
proprietário, o primeiro meio que deu voz ao público” (Jeff Jarvis apud Gillmor: 121).
As “pessoas comuns” (e não apenas o meio académico onde se desenvolveram as
primeiras comunicações em rede) passavam a ter as “ferramentas necessárias para
12 Tradução livre 13 Normalmente designada apenas pela sigla HTML. Trata-se da linguagem (relativamente simples quando comparada com outras linguagens de programação informática) na qual são escritas as páginas Web.
João Pedro Pereira | A voz do público
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poderem entrar neste diálogo emergente” (Gillmor: 33). Esbate-se, assim, a fronteira
entre um grupo de emissores e um grupo de receptores:
“Pela primeira vez, a Internet permite-nos dispor de comunicações de muitos para muitos e de alguns
para alguns, o que tem vastas implicações para os antigos receptores e para os produtores de notícias, na
medida em que a diferença entre as duas categorias começa a tornar-se difícil de estabelecer” (Gillmor:
42).
Bebiano aponta o resultado desta mudança: “Escrever para os outros e fornecer
notícias são agora experiências tentadoras que se encontram acessíveis a qualquer um”
(Bebiano: 125).
Neste ponto, torna-se claro que mesmo os cépticos numa sociedade ciber-
democratizada14 sustentam a existência de um novo jornalismo que, mais do que novos
suportes e inovadoras formas de apresentação e acesso à informação, é caracterizado
por um reposicionar dos intervenientes no processo comunicativo, pautado por sua vez
por uma convergência papéis: o público passa a assumir de forma relevante funções
tipicamente jornalísticas (nomeadamente a de alertar para a notícia) e o jornalista
encontra no próprio público um complemento das suas tradicionais fontes de
informação15.
Não obstante, a profundidade que cada autor coloca na sua concepção de um novo
jornalismo online está longe de ser idêntica. Por um lado, temos o jornalismo dos
profissionais que têm agora que se preocupar com uma audiência activa, capaz até de
criticar e apontar falhas ao seu trabalho – seria um jornalismo interactivo, mas ainda
assim detido e controlado pelos tradicionais produtores de informação; parece ser esta a
ideia defendida por Bebiano. Por outro lado, apresenta-se o jornalismo feito sob a forma
de cooperação entre profissionais e público, este interessado em ter um papel que seja
mais do que o mero complementar das lacunas da cobertura mediática ou a produção de
notícias de importância marginal. Nesta concepção, preconizada por Gillmor, enforma-
14 Vide Ponto 1. 15 No que diz respeito à veiculação de informação fora dos media institucionalizados, ficou na história o “furo” de Matt Drudge sobre o caso “Bill Clinton – Monica Lewinsky”, publicado em 1998 no seu site Drudge Report <http://www.drudgereport.com>. Mais recentemente, a Guerra no Iraque deu o mote para que inúmeros blogs acompanhassem o desenrolar dos acontecimentos, relatando factos que por vezes escapavam aos media profissionais – indicamos, a título de exemplo, o famoso “Where is Raed?” <http://dear_raed.blogspot.com>. Por outro lado, um estudo conduzido pela Universidade de Columbia em parceria com a Euro RSCG Magnet, baseado em inquéritos a 1202 jornalistas norte-americanos, indica que 28 por cento dos profissionais inclui a leitura de blogs na sua rotina de trabalho. Destes, 53 por cento procura ideias de notícia/reportagem, enquanto um terço espera encontrar “breaking news”.
João Pedro Pereira | A voz do público
13
se o que tem vindo a ser designado por citizen journalism, uma prática onde o jornalista
não-profissional, o cidadão comum (o antigo público), tem desde a raiz do processo de
produção informativa tanta responsabilidade como o profissional16.
Neste campo de estudo, que carece ainda de adequadas balizas teóricas, os conceitos
são, contudo, deslizantes. É ténue a fronteira entre um jornalismo interactivo e o citizen
journalism (ou grassroots journalism17) de Gillmor. É, de resto, de uma área onde as
próprias designações abundam e se sobrepõem18.
16 Gillmor lançou recentemente o seu próprio projecto de citizen journalism, em que apela aos habitantes de S. Francisco a tratar os assuntos que foram ignorados ou pouco noticiados nos media profissionais <http://bayosphere.com>. 17 O termo, cunhado por Gillmor, constava do sub-título da versão original de “Nós, os Media”, mas, como aponta António Granado, terá sido retirado por dificuldades de tradução (suplemento Mil Folhas do jornal Público, 02/02/05). O termo deriva de grassroots democracy, um sistema político que rejeita as estruturas hierárquicas. Livremente, grassoroots journalism poderá traduzir-se por “jornalismo das bases”. 18 Trata-se de uma discussão que escapa ao âmbito deste trabalho, mas consideramos ser pertinente deixar aqui um breve apontamento sobre o assunto. Entre os termos usados para designar o jornalismo feito com o contributo de profissionais e não profissionais, destacam-se “jornalismo open source”, “grassroots journalism”, “jornalismo participativo” e “citizen journalism”. Embora nenhum se tenha assumido como o termo definitivo, este último parece ser aquele com maior aceitação. Afigura-se-nos, contudo, que uma tal designação remete para uma estranha figura de cidadão-jornalista (citizen journalist), o que leva à ideia de que o jornalista no sentido tradicional (pré-web e, sobretudo, pré-blogosfera) não é um cidadão. Já o grassroots tem, em nossa perspectiva, o problema de se referir somente às bases. Não se antevendo o fim do jornalismo enquanto profissão (vide Ponto 3), haverá sempre uma maior proximidade dos meios de comunicação por parte daqueles para quem isso faz parte da sua ocupação a tempo inteiro. Torna-se, assim, necessário incluir na designação do novo panorama mediático os jornalistas profissionais. Por fim, o jornalismo participativo (mais próximo da ideia de jornalismo interactivo) não indicia que o público tenha uma função jornalística completa, podendo este limitar-se a criticar e dar sugestões para o trabalho dos profissionais. A expressão poderia servir para designar a era pré-blogosfera e pós-sites notciosos, em que o público começou a interagir com os media através dos e-mails, espaços de fóruns e comentários às notícias. Em conclusão, parece-nos mais apropriada a expressão jornalismo open source, uma vez que 1) descreve, por analogia com o software homónimo, o processo em que a notícia pode ser “trabalhada” por todos os que possuam os requisitos técnicos; 2) se enquadra na própria filosofia da Internet, em cuja formação a cultura open source teve um papel determinante (a este respeito, Castells fala de uma “Internet Culture” e da importância dos hackers; vide CASTELLS, Manuel (2004). Para uma posição diferente a este respeito, vide NILES, Robert, Virtual roundtable: Grassroots journalism leaders discuss the nitty-gritty, 21 de Abril de 2005, <http://www.ojr.org/ojr/stories/050421roundtable>.
João Pedro Pereira | A voz do público
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3. Críticas e defesa de um jornalismo aberto
A proliferação de blogs e dos auto-denominados sites de citizen journalism e o
significado deste fenómeno enquanto elemento estruturante de uma nova forma de fazer
jornalismo tem sido recebida com alguma cautela por parte de profissionais e
estudiosos. As resistências à mudança, por um lado, e as falhas de um esquema
comunicativo multi-direccional baseado na Web quando o que se pretende é um
tratamento rigoroso e isento dos factos, por outro, são apontadas como obstáculos à
concretização de um jornalismo “por todos e para todos”.
Pavlik aponta alguns problemas do jornalismo online interactivo19, embora
rapidamente demonstre que, a curto prazo, são precisamente essas as características
onde reside a força desta forma de fazer informação. Diz Pavlik haver quem considere
que o jornalismo em tempo real, como o praticado na Web, implica um menor tempo
para a verificação dos factos e um consequente maior número de falhas, num fenómeno
que poderia acabar por deteriorar a relação de confiança entre jornalista e o público,
quando era precisamente no jornalismo online o campo de onde esta deveria sair
reforçada20. (Pavlik: 126). Contudo, para o autor, três argumentos poderão desmentir
esta tese:
1) o jornalismo online está ainda numa fase imatura, sendo necessário que os
profissionais se adaptem e aprendam a tirar proveito deste novo meio – já antes da
Internet, algumas rádios e agências noticiosas trabalhavam em ciclos noticiosos de 24
horas, pelo que não há razão para que os sites noticiosos também não o consigam fazer
com rigor e sucesso; mais, o facto de o jornalismo online ser relativamente recente leva
a alguma desconfiança por parte do público, que, contudo, se dissipará à medida que
alguns órgãos forem provando ser dignos de confiança e se estabeleçam como fontes
credíveis;
2) a possibilidade de feedback por parte do público leva a que estes possam
avisar o jornalista, de uma forma quase instantânea, sobre eventuais erros cometidos:
“esta relação íntima com a audiência coloca a tónica na exactidão”21;
19 Pavlik não falava de um verdadeiro jornalismo aberto, uma realidade que em 2001 estava ainda longe de poder ser esboçada com sustentabilidade factual. Vide anotação 18. 20 Vide Ponto 2. 21 Tradução livre.
João Pedro Pereira | A voz do público
15
3) as potencialidades do conteúdo hipertextual e multimédia permitem uma
maior contextualização da notícia, dando ao receptor oportunidade de aceder a mais
pormenores, opiniões e diferentes perspectivas sobre o mesmo assunto (Pavlik: 126-
129).
Por seu lado, Maldonado lembra que toda a concepção de um jornalismo interactivo
se baseia na suposição de que a mera existência das tecnologias cria no público o desejo
de as utilizar. Não se coloca já aqui a questão de restrições no acesso22, mas antes a
hipótese de que o acesso a determinados meios de comunicação nem sempre seja
acompanhado da motivação necessária para deles fazer uso. A tónica da questão da
interactividade das audiências não deve, para o autor, residir no dispositivo técnico:
deve ser abandonado o “determinismo tecnológico” no que diz respeito aos factores
capazes de conduzir a uma postura de passividade ou actividade por parte do público,
recentrando-se a questão em torno de contextos histórico-sociais (Maldonado: 18). Esta
é uma questão que parece escapar a Gillmor, que também não vê uma grande ameaça ao
ideal de intereacção no facto, enfatizado por Castanheira, de que muitos dos próprios
profissionais não estão receptivos a um jornalismo feito com o público, sobretudo
quando ainda não assimilaram completamente as especificidades do jornalismo online
(Castanheira: 102-106).
Através do estudo dos comentários online feitos aos artigos sobre a Fundação Jorge
Álvares em Macau, publicados em 2000 pelo Expresso, Castanheira demonstra que o
ideal de interactividade encontra obstáculos vários, tanto no que diz respeito ao
comportamento dos leitores, como no que concerne à atitude dos jornalistas face a esta
forma de comunicação.
Um dos primeiros problemas passa pela criação nos leitores de um sentido de
propriedade sobre o espaço do comentário, que faz com que estes abordem “os temas
que muito bem entendem, por vezes às margens das notícias que era suposto
comentarem” (Castanheira: 95). Fundando-se na concepção de uma Web sem restrições,
os leitores tornam-se avessos a qualquer tipo de mediação ou controlo: “O espaço passa
a ser autogerido pelos leitores. (…) Visto como um espaço de total liberdade de
expressão, desconfiam de quem o tente regulamentar – mesmo no plano técnico”
(idem). A total liberdade destes espaços, associada à protecção oferecida pela
22 Vide Ponto 1.
João Pedro Pereira | A voz do público
16
possibilidade de não identificação (um escudo quase sempre presente na Internet) leva a
que facilmente os comentários – que Castanheira verificou no seu estudo serem
frequentemente assinados com nomes falsos ou de outras pessoas – deslizem para o
insulto e a difamação. Mas, ainda assim, a máscara do anonimato é “aceite pela
generalidade dos cibernautas” e “chega mesmo a ser justificada e até defendida como
um direito” (Castanheira: 170), em intervenções que têm “um pendor acentuadamente
crítico”, num escrutínio a que o próprio jornal não escapa: “À margem da opinião, os
leitores estão igualmente atentos à posição do jornal perante o tema abordado e a forma
como ele é noticiado” (Castanheira: 172).
Do lado do público, coloca-se ainda um outro problema: o da representatividade:
“Teoricamente, a interactividade parece perfeita para conhecer a opinião do público sobre um
qualquer problema da sociedade. O problema – e nada despiciendo – é que os internautas não representam
o conjunto da sociedade e acabam por constituir um público muito particular”. (Castanheira: 103)
Também do lado dos profissionais, a ideia de um jornalismo interactivo encontra
entraves, fundados essencialmente numa resistência à alteração das práticas de trabalho,
numa falta de habituação aos dispositivos de comunicação online e num descrédito
generalizado face a este quarto tipo de jornalismo (Castanheira: 102). Logo à partida,
avança Castanheira, colocam-se questões que se prendem com o impacto que pode ter,
ao nível da produtividade, a comunicação jornalista-leitor: “Qual o comportamento dos
jornalistas? Qual a sua disponibilidade física, temporal, psicológica, para responder aos
e-mails, por vezes muito numerosos e longos? (…) Quanto tempo podem ou devem os
jornalistas gastar, ao reagir a um e-mail razoável de um leitor?” (idem). A resposta dada
pelo autor parece apontar para um meio-termo: “Se é indiscutível que o diálogo com os
leitores pode trazer mais informação aos jornais, também é certo que uma eventual
interacção excessiva pode causar constrangimentos ao repórter, impedindo-o de fazer o
seu verdadeiro trabalho” (Castanheira: 102-103). Também Gillmor refere problemas na
relação de interacção/colaboração entre público e jornalistas, afirmando que a postura
de watchdog dos media levanta algumas questões pertinentes:
1) o observador é auto-nomeado e não é necessariamente um entendido na
matéria;
João Pedro Pereira | A voz do público
17
2) os jornalistas (em muito menor número do que o seu público) poderão não ter
tempo para participar num debate efectivo, mas apenas para responder aos comentários
feitos ao seu trabalho;
3) ao crítico do jornalista é muitas vezes dada maior credibilidade do que ao
próprio jornalista, sem que esta esteja sustentada em factos (Gillmor: 75).
É essencialmente por toda esta série de razões que Castanheira se mostra céptico
quanto a um jornalismo open source, sublinhando, ainda, o travão que constitui o
enraizamento, no seio das redacções, de um esquema vertical e quase unidireccional de
comunicação, acabando por concluir, contra as ideias avançadas por todos os outros
autores aqui referidos, “o escasso valor do online como veículo de interactividade”
(Castanheira: 106)23.
Em suma, e embora não negue as potencialidades da Internet no campo do
jornalismo, Castanheira acaba por relegar o jornalismo interactivo para o plano de um
ideal distante, ao passo que todos os outros, com o optimismo tecnocêntrico de Gillmor
na linha da frente, vêem no potencial de interactividade do jornalismo online o elemento
fundador de uma nova relação de maior confiança entre jornalista e audiência, até
porque todo o processo de construção noticiosa passa a estar agora mais próximo do
domínio público: “a tendência para a transparência dos meios de comunicação é
inevitável”, na medida em que o debate alargado ajudará a “compreender um processo
que tem andado escondido” (Gillmor: 76). Na mesma linha – embora referindo-se
apenas ao caso específico da blogosfera –, Granado e Barbosa argumentam:
“Os weblogs podem ser utilizados por meios de comunicação social e jornalistas, como forma de se
aproximarem do seu público e estabelecerem com estes uma relação de fidelidade e confiança,
indispensável num universo onde as fontes de informação que chegam directamente ao público são cada
vez mais diversificadas” (Granado e Barbosa, 2004: 53).
Se bem que ninguém duvide da força da Web enquanto suporte de inovadoras
formas de apresentar conteúdo jornalístico, parece subsistir a dúvida sobre se um
jornalismo aberto e participativo se encontra mais próximo do pólo da utopia ou do
23 Dos doze jornalistas do expresso cujos artigos sobre a Fundação Jorge Álvares foram alvo de comentários, nenhum respondeu. Castanheira explica que os motivos apresentados prendem-se com três ordens de razões: 1) a Internet é considerada um instrumento dispensável; 2) pelo seu conteúdo, os comentários não merecem resposta; 3) os espaços de comentário/fórum são destinados aos leitores e não aos jornalistas (Castanheira: 104-105).
João Pedro Pereira | A voz do público
18
ideal distante, ou se mais perto daquele onde esta forma de informar surge como um
processo inevitável e renovador da relação entre o jornalista e o seu público.
João Pedro Pereira | A voz do público
19
Parte II - A voz do público
1. Os mecanismos de interacção em sites noticiosos
1.1 Da ciberliteracia à oferta de interacção: dois elementos necessários à comunicação multidireccional
Os sites noticiosos, em maior ou menor grau, dão ao cibernauta mecanismos de
interacção que lhe permitem participar num processo de debate sobre os temas
mediatizados. Contudo, a mera existência desses dispositivos não implica, por si só, que
os sites noticiosos se constituam como fóruns online, suporte de novas formas de
conversação das quais resultaria uma opinião pública estabelecida nos fluxos de
comunicação permitidos pelo jornalismo na Web. Torna-se necessário um público que
saiba e queira utilizar as ferramentas que lhe são dadas, que se aperceba do seu
potencial e, igualmente importante, que esteja disposto a usar estas ferramentas para os
fins para que foram concebidas – em suma, um público dotado de ciberliteracia, na
acepção abrangente do termo que é dada por Gurak:
“A critical tecnhology literacy, one that includes performance [a capacidade de utilizar um
computador] but also relies heavily on people’s hability to understand, criticize, and make judgements
about a techonlogy’s interaction with, and effects on, culture”. (Gurak, 2001: 13)
A autora sublinha que para um uso “consciente” da Internet não basta o domínio
técnico do dispositivo de comunicação. É preciso a assimilação de uma forma cultural
onde esta comunicação se faz essencialmente através de textos que “não são
exactamente escritos ou falados”24. A “necessidade de rapidez” provocada pela
habituação ao envio e recepção quase instantâneos de informação leva, diz Gurak, a que
sejam incluídas nas mensagens que circulam via Internet formas típicas da oralidade,
que não são apenas mais rápidas do que as convencionais formas da escrita, mas
apresentam ainda a vantagem de abdicarem da formalidade inerente a outros meios
(Gurak: 30-31). Este fenómeno é bem visível nos comentários de leitores escolhidos
como objecto de análise deste trabalho, particularmente dos leitores do Expresso
24 Por textos “falados” (spoken) Gurak refere-se não a suportes audíveis, mas a textos escritos onde abundam as marcas de oralidade. Tradução livre.
João Pedro Pereira | A voz do público
20
Online, cujos textos não foram alvo de qualquer tipo de edição e que se pautam pela
abundância de interjeições, pelas interpelações, pelo desrespeito por normas gramaticais
e pelas falhas de ortografia25.
De nada serve, no entanto, um público ciberliterato se este não dispuser das
ferramentas e do espaço necessários ao uso dessa ciberliteracia. É possível argumentar
que nos últimos três ou quatro anos esses elementos estão ao dispor de qualquer um de
forma simples e gratuita e que, na ausência de espaços públicos online onde pudesse ter
liberdade de expressão, o cibernauta poderia simplesmente criar o seu próprio espaço,
que na maioria das vezes acabaria por ser um blog. Mas, antes da explosão da
blogosfera, era necessário que os profissionais da Web (jornalistas ou não) dessem
espaços de fácil utilização aos cibernautas comuns, aqueles que eram desprovidos dos
conhecimentos técnicos para criarem as suas próprias páginas ou newsgroups, numa
altura em que o termo weblog não fazia ainda parte do quotidiano da Internet; espaços
que seriam, aliás, indispensáveis à formação da cibercultura e da ciberliteracia de que
temos vindo a falar. Poderia ainda dizer-se que, findo esse papel pedagógico inicial de
que os sites noticiosos foram também protagonistas, estes sites poderiam voltar a
fechar-se: já não seria necessário oferecerem aos seus públicos espaços de interacção,
uma vez que estes seriam capazes de os criar recorrendo a aplicações de Internet
comuns. Isto pouparia ao órgão online os riscos de uso abusivo (o site TSF Online, por
exemplo, depois de uma período de total abertura, viu-se forçado a seleccionar os
comentários dos leitores antes da sua publicação, devido a mensagens de teor racista e
xenófobo), facilitaria (e, provavelmente, tornaria mais barata) a construção da
plataforma técnica e agilizaria o trabalho dos jornalistas online que, como Castanheira
dá conta, não estão ainda familiarizados ou mesmo conscientes das implicações de um
jornalismo interactivo (Castanheira, 2004). No entanto, em maior ou menor grau, os
mecanismos de interacção existem ainda nos sites noticiosos actuais e são já alguns os
que incorporaram as mais recentes formas de expressão e interactividade na web, como
os blogs ou as salas de chat. É precisamente pelo recurso a estes dispositivos que o
jornalismo online pode realizar o potencial que lhe reconhecem mesmo os menos
entusiastas:
25 Vide Ponto 2
João Pedro Pereira | A voz do público
21
“A Internet oferece um leque vasto de recursos, nos campos da interactividade e do multimédia (…).
É através destes instrumentos que o jornalismo online realiza a sua mais revolucionária e distintiva faceta,
que consiste no estabelecer de uma nova relação entre o leitor e o jornalista.” (Castanheira: 87-88)
1.2 O potencial interactivo dos sites da BBC e do Expresso
1.2.1 Metodologia de análise Nesta altura, afigura-se-nos como fundamental avaliar o potencial de interacção
(constituído pelos dispositivos técnicos postos à disposição do público) dos dois sites
cujos textos dos leitores servirão adiante como objecto de análise. Socorremo-nos, para
tal, do estudo de Schultz26, no qual foi analisado o potencial de interacção de 100
jornais online norte-americanos. Schultz elaborou uma lista de mecanismos de
interacção e atribuiu a cada um valor de acordo com o que considerou ser a sua
“sofisticação” e valor para o estabelecimento de uma comunicação interactiva (anexo
N1). A pesquisa de Schultz remonta ao Verão de 1998, portanto, sensivelmente a meio
do que é agora a história da World Wide Web27. Desde então, muitas foram as mutações
que a Web sofreu e consideramos necessário actualizar a tabela de dispositivos
originalmente usada por Schultz. Na nossa abordagem (Tabela 1), optámos ainda por
valorizar a colocação e o design de cada elemento, uma preocupação que não era tão
pertinente em 1998, quando o design dos sites era substancialmente mais simples.
A nossa grelha de análise compreende assim quatro tipos de dispositivos de
interacção, cada um podendo apresentar variantes:
E-mail/formulário de contacto: actuam basicamente da mesma forma, sendo que o
primeiro é apenas um endereço que deverá depois ser usado num programa ou serviço
Web próprio e o segundo, uma página integrada no site, com campos a serem
preenchidos pelo leitor. O site poderá apresentar apenas um contacto genérico,
diferentes contactos para diferentes grupos de jornalistas (membros da direcção,
editores, provedor do leitor, etc.) ou um e-mail para cada um dos jornalistas.
26 Interactive Options in Online Journalism: A Content Analysis of 100 U.S. Newspapers, 1998, <http://jcmc.indiana.edu/vol5/issue1/schultz.html> 27 Tim Berner-Lee foi o responsável pela Web tal como a conhecemos hoje. No final da década de 80 lançou a ideia de incorporar o conceito de hipertexto na Internet e é o inventor do URL (Universal Resource Locator), usado para chegar a qualquer recurso na Web, e da HTML (Hypertext Markup Language), na qual que todas as páginas Web são feitas. Em Novembro de 1990, Berner-Lee elaborou formalmente o projecto de uma World Wide Web e criou a primeira página web. Já no final desse ano, concebeu o primeiro navegador (web browser), que era também capaz de criar páginas.
João Pedro Pereira | A voz do público
22
Fóruns de discussão: funcionam como espaços onde os leitores podem discutir um
ou mais temas que lhes sejam apresentados. Diferem das salas de chat por não
requererem a co-presença dos participantes. Estes fóruns podem ou não ser mediados
por jornalistas, responsáveis, entre outras funções, por manter a discussão dentro do(s)
tema(s) lançado(s) e por evitar situações de insulto ou outras que possam afectar o
funcionamento do espaço. Aos fóruns mediados corresponde uma pontuação mais
elevada, porque implicam maior proximidade entre jornalistas e público (ainda que não
impliquem necessariamente o diálogo entre estes, pelo menos pressupõem que os
profissionais estão atentos ao que os leitores expressam, o que, como já vimos, nem
sempre sucede). A participação dos leitores num fórum mediado sobre a Constituição
Europeia constituirá no ponto seguinte a parte do corpus relativa à BBC News Online.
Comentários aos artigos: dão aos leitores a opção de comentarem cada um dos
artigos do site. A gerar-se discussão nestes espaços, o tema deverá ser, evidentemente, o
tema do artigo ou temas que lhe são próximos. É a forma mais fácil para os leitores
criticarem publicamente o trabalho do jornalista, uma vez que as críticas feitas por e-
mail não são, por norma, tornadas publicas. Os comentários às notícias sobre a
Constituição Europeia publicadas em 2004 constituirão, no ponto seguinte, a parte do
corpus relativa ao Expresso Online.
Inquérito: tratam-se de pequenas votações/sondagens e, embora tenham a vantagem
de permitir uma rápida visualização do que são as opiniões dos visitantes do site (ou,
pelo menos, de uma parte deles28), é o dispositivo que requer a acção menos elaborada
por parte do utilizador: basta a selecção de uma das opções apresentadas. Os inquéritos
podem ser simples (uma pergunta seguida de várias opções de resposta) ou mais
complexos (estarem associados a artigos ou a conteúdos de contextualização).
Uma quinta categoria – Outros mecanismos de interacção – agrupa os dispositivos
menos comuns em sites noticiosos, como salas de chat ou sistemas de mensagens
enviadas por telemóvel29.
28 Vide Ponto 2.2.2 29 Como exemplo de um site noticioso que incorpora os mecanismos menos comuns referidos, veja-se o Mais Futebol <http://www.maisfutebol.iol.pt>
João Pedro Pereira | A voz do público
23
A análise aqui adoptada integra ainda variáveis de bonificação e de penalização:
Bonificação
O elemento surge no primeiro ecrã: isto significa que pelo menos parte do
dispositivo figura na parcela do site mostrada num monitor com resolução standard
(1024 x 768 pixels) no Internet Explorer, o browser mais popular30.
O elemento possui destaque gráfico: isto significa que o dispositivo ou ligação
para o dispositivo foi realçado de alguma forma: recurso a imagens, tamanho de letra
acima do normal, cores diferentes, etc.
Penalização
Obrigatoriedade de registo: A necessidade de registo para o uso de qualquer um
dos mecanismos implica uma penalização (aplicada uma vez e não cumulativamente
para cada um dos mecanismos), que é agravada no caso de ser necessário pagamento.
Este tipo de sistemas, embora permita alguma responsabilização do cibernauta (o registo
requer, na maior parte das vezes, a indicação de um endereço de e-mail válido) atrasa a
participação do leitor, podendo constituir um elemento desencorajador.
E-mail/formulário de contacto genérico 1 pt OU E-mails/formulários de contacto de um número restrito de jornalistas
2 pt
OU E-mail/formulário de contacto de cada jornalista 3 pt
Fóruns de discussão 2 pt OU Fóruns de discussão mediados por jornalistas 3 pt
Comentários aos artigos 2 pt OU Comentários aos artigos mediados/editados por jornalistas
3 pt
Inquérito simples 1 pt OU Inquérito associado a outros elementos 3 pt
Outros mecanismos 3 pt
Bónus por cada elemento no primeiro ecrã 1 pt Bónus por cada elemento com destaque gráfico 1 pt
Penalização por registo gratuito -1 pt Penalização por registo pago -3 pt
Tabela 1 – Elementos de análise do grau de interacção de sites noticiosos
30 Informação retirada de <http://www.w3schools.com/browsers/browsers_stats.asp>
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24
1.2.2 Os sites do Expresso e da BBC
Da parte da BBC News Online, o único espaço que permite ao público debater os
temas abordados pelo site são os fóruns intitulados Have your say. A ligação para este
espaço está colocada na barra lateral esquerda, sem qualquer tipo de destaque, e surge
também nos artigos cujo assunto esteja relacionado com os temas abertos no fórum. As
mensagens deixadas pelos leitores, através de um formulário, podem, de acordo com um
aviso no próprio site, ser editadas ou mesmo excluídas. No que diz respeito a contactos
com os jornalistas, o site possui, no fundo da página, uma discreta ligação para diversos
formulários, que o utilizador deverá escolher em função daquilo que pretende.
Já no caso do site do Expresso, todos os artigos podem ser comentados, embora para
isso seja necessário um registo gratuito. Uma ligação para os comentários aos artigos
surge logo na primeira página, a acompanhar o lead de cada artigo. Estes comentários
não são sujeitos a qualquer edição ou selecção, aparecendo na página logo depois da sua
submissão, embora junto a cada comentário exista a possibilidade de qualquer leitor
registado alertar os responsáveis pelo site para alguma irregularidade.
O site do Expresso possui ainda um espaço designado Leitor com Opinião,
destinado a receber textos dos leitores (que podem também ser comentados por todos os
visitantes registados) sobre qualquer tema. A ligação encontra-se na barra lateral
esquerda, visível no primeiro ecrã, e os títulos dos dois últimos textos aparecem quase
no fundo da página, num espaço próprio. Os textos deverão ser enviados para um
endereço de e-mail, estão sujeitos a selecção e é evidente a preocupação do Expresso
em assegurar a confirmação da autoria: o texto deve ser acompanhado pelo nome,
número do bilhete de identidade, profissão, morada e contacto telefónico. De resto, o
site indica apenas um e-mail genérico de contacto.
A análise dos dois sites em questão atribui a ambos uma pontuação muito próxima:
seis pontos para a BBC News Online e cinco para o Expresso Online, de um total de 20
pontos possíveis. Na mesma escala, o NY Times on the Web e o Publico.pt obtiveram,
respectivamente, cinco e sete pontos, valores que ficam muito distantes do desportivo
Mais Futebol, que atingiu os 12 pontos (vide anexo N3).
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25
Expresso Online BBC News Online Melhor possível Pontuação Bónus Pontuação Bónus Pontuação Bónus E-mail/formulário de contacto Sim Sim Sim genérico 1 0 de um número restrito de jornalistas 2 0 de cada jornalista 3 1 Fóruns de discussão Não Sim Sim não mediados mediados 3 1 3 1 Comentários aos artigos Sim Não Sim não mediados 2 1 mediados 3 1 Inquérito Não Não Sim simples associado a outros elementos 3 1 Outros mecanismos Sim Não Sim 1 1 3 1 Penalização -1 0 0 Sub-totais 3 2 5 1 15 5 Totais 5 6 20
Tabela 2 – Análise dos mecanismos interactivos nos sites da BBC e do Expresso
(observações feitas em Abril de 2005)
É de salientar que estes valores não traduzem linearmente o sucesso de
interactividade dos sites. Para além da mera existência de mecanismos de interacção,
outros elementos contribuem para uma maior ou menor dinâmica destes espaços.
Factores como os temas dos fóruns, as políticas editoriais e a receptividade que os
jornalistas mostram relativamente ao feedback dos seus leitores são elementos que têm
também um peso importante na construção de um jornalismo interactivo. O NY Times
on the Web, apesar da pontuação baixa que aqui obteve, possui várias dezenas de fóruns
dinâmicos, agrupados em 18 categorias, sendo que alguns deles contam com dezenas de
milhar de entradas, tratando-se, portanto, de um caso em que o bom aproveitamento de
único dispositivo parece ser suficiente para satisfazer as necessidades de expressão dos
leitores.
O sucesso do jornalismo online interactivo depende de duas variáveis. Por um lado,
o empenho da classe jornalística em dotar os seus órgãos de opções de interacção; por
outro, a já acima referida disposição do público para usar adequadamente as ferramentas
que lhe são disponibilizadas. É sobre esta segunda variável que nos debruçaremos de
seguida.
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26
2. A discussão dos leitores do Expresso Online e da BBC News Online sobre o Tratado Constitucional Europeu
2.1 Corpus e metodologia
Nesta parte, é nosso objectivo avaliar o uso que o público faz dos instrumentos que
os dois sites noticiosos em análise lhe oferecem, procurando descobrir se – e com que
profundidade – se efectiva nestes espaços o duplo potencial de participação desenhado
sobretudo por Pavlik e Gillmor31, que compreende tanto a vertente em que o público
pode desempenhar um papel de relevo na divulgação de elementos informativos, como
aquela que será constituída pelo olhar crítico e vigilante lançado sobre o trabalho dos
jornalistas: o fenómeno watchdog dos media.
Assim, optámos por abordar um tema não consensual na opinião pública e ver até
que ponto os leitores fizeram uso dos mecanismos de interacção dos dois sites, ditos de
referência, para debater o assunto. A escolha recaiu na questão do Tratado
Constitucional Europeu (TCE).
O ano de 2004, sobre o qual se debruça este trabalho, foi um ano fundamental no
processo de discussão e tentativa de implementação das bases de uma constituição para
a Europa dos 25. Foi um ano de optimismo para os integracionistas, que não tinham
sido ainda atingidos com o desaire que representou a rejeição do TCE, por via de
referendo, dos cidadãos franceses e, depois, dos holandeses (neste último caso, o
referendo revestia-se de um carácter de consulta popular, sem poder vinculativo, mas o
governo holandês optou pela não ratificação).
O Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa, normalmente referido
apenas como Tratado Constitucional Europeu ou simplesmente Constituição Europeia
(muito embora se destine apenas à União Europeia (UE) e não à Europa em sentido
geográfico), surgiu da necessidade, assumida em 2001, em Nice, pelos então 15
estados-membros, de rever os dispositivos constitucionais da UE em virtude, sobretudo,
da adesão de dez novos países que se viria a verificar em 2004. A proposta final para o
Tratado foi apresentada a 18 de Julho de 2003, durante a Convenção para o Futuro da
Europa. O texto estava, contudo, longe de ser isento de polémicas. Entre os pontos de
discórdia figuravam a não inclusão de uma referência à tradição cristã europeia
(criticada por vários países, entre os quais Portugal), a possível perda parcial de
31 Vide Parte 1
João Pedro Pereira | A voz do público
27
soberania dos estados32, a composição da Constituição Europeia ou o método de
votação em Conselho Europeu.
A proposta inicial foi, assim, alvo de algumas alterações, acabando por ser aprovada
em Conselho Europeu a 18 de Junho de 2004, em Bruxelas. O Tratado foi assinado a 29
de Outubro seguinte, em Roma. Era agora necessária a ratificação de todos os estados-
membros para que o diploma pudesse entrar em vigor. Previa-se que, não surgindo
obstáculos, o processo demorasse cerca de dois anos. O primeiro país a aprovar o TCE
foi a Lituânia, cujo parlamento, sem consulta popular, deu, a 11 de Novembro de 2004,
luz verde ao projecto de constituição. Seguiram-se, também por aprovação em
parlamento, a Hungria (20 de Dezembro de 2004) e a Eslovénia (1 de Fevereiro de
2005). Em Portugal, o referendo estava previsto para Outubro de 2005, mas depois das
rejeições francesa e holandesa, e à semelhança do que aconteceu noutros países, este
acabou por ser adiado para uma data ainda indefinida, numa decisão em que terá
também pesado o “chumbo” do Tribunal Constitucional à pergunta prevista para o
referendo, que foi descrita como tendo “falta de clareza”.
A forma como estes dois sites abriram o debate sobre esta questão aos seus públicos
foi muito diferente, fruto essencialmente dos dispositivos técnicos que cada um integra
e que foram já analisados em pormenor no ponto anterior. A BBC News Online lançou
um fórum mediado subordinado à questão “Will EU constitution make a difference?”
(“A Contituição Europeia vai fazer alguma diferença?”). Seguia-se um pequeno texto
introdutório e três perguntas, uma das quais dirigida aos leitores britânicos: “Do you
support the constitution? Do you think the treaty is right for Britain? Is it the right
blueprint for Europe?” (“Apoia a constituição? Acha que o tratado é bom para a Grã-
Bretanha? É o plano certo para a Europa?”). Já o Expresso Online, como é prática do
site, não dedicou nenhum espaço específico ao assunto, mas todos os textos sobre o
assunto podiam ser comentados livremente por qualquer leitor, desde que registado.
O estudo de dois tipos de mecanismos permitirá, para além de uma maior
diversidade do objecto de análise, estabelecer uma comparação entre modelos de
interactividade distintos: o modelo em que os jornalistas detêm o poder de edição e o
modelo mais livre, onde essa possibilidade existe, mas para ser usada apenas em casos
de excepção.
32 Uma notícia do Expresso Online de 6 de Abril de 2004 dá conta de que o então presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, solicitava a colaboração dos seus homólogos estrangeiros para “evitar que a futura Constituição europeia reduza em termos inaceitáveis os poderes dos parlamentos nacionais” (anexo J).
João Pedro Pereira | A voz do público
28
Os textos dos leitores na página (já encerrada) da BBC News Online não estão
datados. De acordo com dados fornecidos por Mark Savage, senior producer do Talking
Point (programa radiofónico e televisivo da BBC que se ocupa também dos fóruns
online), a página esteve aberta para comentários entre 23 de Setembro e 8 de Outubro de
2004. De seguida, esses comentários foram apagados e o fórum reabriu entre 15 e 31 de
Dezembro. A nossa análise incidirá sobre este último período, num total de 56
comentários que constituem a selecção apresentada pela equipa da BBC.
No caso do Expresso Online, o estudo incide sobre os comentários dos leitores
feitos a todas as notícias publicadas em 2004 sobre o Tratado Constitucional ou sobre
eventos motivados pelo processo de discussão do documento. A pesquisa nos arquivos
do site revelou 21 notícias pertencentes a esta categoria, das quais apenas 11 foram
comentadas, num total de 205 comentários. Destes foram excluídos quatro, dois dos
quais por serem uma repetição exacta de um outro comentário (provocada,
provavelmente, por cliques involuntários no botão de submissão do formulário [A26 e
A27, réplicas de A25]) e dois por serem apenas por uma correcção feita pelo próprio
autor relativamente a um erro ortográfico num comentário anterior (A15 e L7).
As opiniões expressas no fórum da BBC News Online são constituídas por um texto
e pela identificação do autor, formada pelo nome e local de origem. São possíveis
comentários anónimos. Os comentários às notícias do Expresso Online incluem um
título (opcional), texto, identificação do autor (nome ou pseudónimo e e-mail, este
opcional) e data. Não são permitidos comentários totalmente anónimos, embora a regra
seja o recurso a nicknames.
Os comentários do Expresso Online são assinalados com uma letra correspondente à
notícia a que se referem e numerados pela ordem em que se apresentam no site, ou seja,
por ordem cronológica inversa.
2.2 Os textos dos leitores
2.2.1 A extensão
Tanto nos comentários às notícias do Expresso Online como no fórum da BBC News
Online, não há qualquer padrão para a extensão dos textos produzidos pelos leitores.
Nem mesmo no caso do site britânico, em que os textos são editados, parece ter havido
um grande esforço de homogeneização do número de caracteres.
João Pedro Pereira | A voz do público
29
Sendo o nosso objectivo avaliar o empenho dos leitores em utilizar as ferramentas
de interacção, contabilizamos para efeito de determinação da extensão apenas o texto
efectivamente escrito pelo seu autor, excluindo passagens copiadas da notícia
comentada ou de qualquer outra fonte, o que inclui comentários anteriores. Também os
títulos dos comentários do site do Expresso (quando os há) não foram tidos em
consideração.
É de notar que é significativo o número de mensagens constituídas quase
exclusivamente por texto não original, embora esta situação apenas se verifique no caso
do site português. Os exemplos mais flagrantes são aqueles em que o texto é quase na
totalidade um artigo copiado de outra fonte. A 9/10, por exemplo, o leitor “Vítor
Mango” coloca no site do expresso a notícia “UE lança plano para garantir criação de
Estado palestiniano” (anexo D5), sem referir a fonte e apenas com uma breve frase de
introdução: “uma noticia da Europa que passou ao lado do Expresso e que achei de
grande valia”.
Também o comentário de 5/11 do leitor “HomeEdition” (anexo A9) apresenta uma
extensa passagem em inglês: dos 938 caracteres que constituem o texto, apenas 226
terão sido escritos pelo autor do comentário. Já o leitor “Maltus” coloca, a 19/6 (anexo
F24), no Expresso Online, um comentário que difere neste campo dos exemplos
anteriores apenas por indicar a fonte da qual retirou uma passagem de tamanho
significativo (281 caracteres, num total de 502): um artigo publicado a 7/95 no jornal
“O Aveiro” 33.
O Expresso Online apresenta um número muito maior de pequenos comentários
(Gráfico 1) do que o site britânico: 67 textos (33,33 por cento do total de comentários
neste site) têm menos de 100 caracteres, contra apenas dois na BBC News Online (3,39
por cento). Esta é, aliás, a extensão mais comum no site do Expresso, seguida de perto
pelos comentários com 100 a 300 caracteres (63, 31,4 por cento do total). Já no caso da
BBC (Gráfico 2), a extensão mais frequente situa-se entre os 300 e os 500 caracteres (24
textos, 40,68 por cento), que reúne apenas mais dois comentários do que a categoria dos
100 a 300 caracteres, a segunda mais frequente. Por outro lado, é o Expresso Online que
tem o maior número de comentários extensos: 16 (7,96 por cento) possuem mais de
1000 caracteres e 17 (8,46 por cento) têm entre 700 e 1000 caracteres. Por seu lado, no
site da BBC apenas dois comentários se inserem neste último intervalo de valores e
33 Note-se que, em todos os casos, os comentários não estão directamente relacionados com o assunto das respectivas notícias. Abordamos esta questão em 2.2.6.
João Pedro Pereira | A voz do público
30
nenhum ultrapassa a fasquia dos 1000 caracteres. Desta ausência de artigos com mais de
1000 caracteres pode deduzir-se a existência de alguma norma editorial da BBC relativa
à extensão dos textos dos leitores, embora nenhuma indicação no site confirme essa
hipótese.
Extensão (em número de caracteres) dos textos dos leitores
Expresso Online
67 33,33% 63
31,34%
2311,44% 15
7,46%
178,46%
167,96%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
<100 100 a300
300 a500
500 a700
700 a1000
>1000
extensão
nº artigos
BBC News Online
0
23,39%
2237,29%
2440,68%
915,25%
23,39%
0
5
10
15
20
25
30
<100 100 a300
300 a500
500 a700
700 a1000
>1000
extensão
nº artigos
Gráfico 1 Gráfico 2
O facto de mais de metade dos comentários do Expresso Online terem menos de 300
caracteres dever-se-á à grande liberdade que pauta o dispositivo deste site e que leva a
que muitos leitores façam apenas pequenos apontamentos ao tema da notícia ou
respondam de forma concisa a outros leitores. A 25/5, o leitor “Taborda” (anexo H1)
responde laconicamente ao leitor “Caturo” (anexo H2) com a indicação de dois URL’s e
o conselho de que este se devia “informar melhor”. O assunto acerca do qual “Caturo”
se deveria informar melhor nem sequer é explicitado e pode ser deduzido apenas a partir
da leitura do comentário anterior:
Taborda 13:46 25 Maio 2004 (H1) Caro Caturo
Devia informar-se melhor...
http://www.conhecimentosgerais.com.br/historia-geral/
e tambem...
http://www.hystoria.hpg.ig.com.br/roma5.html
João Pedro Pereira | A voz do público
31
Caturo 12:01 25 Maio 2004 (H2)
Antiguidade
«Inclusivamente, os grandes momentos belicos e as mais importantes conquistas da
antiguidade, tiveram principios cristãos a motiva-los.»
???
As mais importantes conquistas da Antiguidade, nada tiveram a ver com o
Cristianismo. Esta religião, de proveniência não europeia, só chegou a este continente
no fim so referido período histórico.
Outra causa para a grande percentagem de comentários curtos prende-se também
com a situação de resposta a comentários anteriores, mas situa-se já num nível mais
elevado, em que esta evoluiu para uma situação quase de conversação em tempo real
(chat). Este fenómeno será abordado detalhadamente em 2.2.5, mas damos aqui o
exemplo dos comentários B20 a B8, uma “conversa” iniciada às 20h10 de 26/10 pelo
leitor “> asdrubal” e que terminou às 23h17, com um “durma bem” do leitor
“newZIPPIZ” dirigido a “> asdrubal”. Ao todo, participaram sete pessoas neste diálogo
online e apenas dois textos (ambos de “>asdrubal” e um deles o texto inicial)
ultrapassam os 300 caracteres. Aliás, há aqui uma concentração de textos muito curtos,
típicos de uma situação que emula a oralidade: B18, B14 e B13 têm, respectivamente,
apenas 18, 17 e 15 caracteres.
2.2.2 A (falta de) representatividade
Vimos já que Castanheira apontava a pouca representatividade do público que
participava em fóruns online como um dos factores responsáveis pelo escasso valor
interactivo do jornalismo praticado na Web.
De acordo com um estudo da Markteste realizado em Fevereiro de 2005, o Expresso
Online foi, nesse mês o segundo site noticioso nacional mais visitado. Por seu lado, a
BBC News Online é uma referência no panorama do jornalismo online, tendo recebido
um Online Journalism Award em 2004 para a categoria “General Excellence”. Ambos
contam com vários milhares de visitantes diários. É, por isso, significativo que o fórum
da BBC tenha apenas 59 comentários (embora se trate, aqui, de uma selecção feita pelos
jornalistas responsáveis) e que as 21 notícias do Expresso reúnam apenas 201
João Pedro Pereira | A voz do público
32
comentários (o que dá, em média, 9,6 comentários por artigo), sendo ainda de salientar
que dez notícias relativas ao tema do Tratado Constitucional Europeu não mereceram
qualquer comentário dos leitores.
O problema da representatividade agrava-se quando constatamos que, no caso do
Expresso Online, um grupo restrito de leitores comenta frequentemente as notícias,
assumindo a autoria de uma parte significativa dos textos. No caso da BBC, o leitor
identificado como “Jason Robinson, Dublin, Ireland” é o único responsável por mais do
que um comentário (anexos M3 e M46, vide anexo P2), mas, no site português, das 86
identificações únicas de autor, apenas 43 correspondem a um único comentário (vide
anexo P1). Dois leitores – “Tokarev” e “Albatroz” – escreveram mais de dez
comentários (16 e 14, respectivamente), sendo deles 15 por cento dos 201 textos. Acima
dos cinco comentários estão ainda seis outros leitores (“penaleve”, “surpreso”,
“Resistente”, “spanky”, “Vitor Mango” e “> asdrubal”). No total, estes oito autores
representam 35 por cento dos comentários às notícias aqui em análise (Tabela 2).
Identificação do autor
Número de comentários
Percentagem do total de comentários
> asdrubal 5 2,5 penaleve 5 2,5 surpreso 6 3,0 Resistente 7 3,5 spanky 8 4,0
Vitor Mango 9 4,5 Albatroz 14 7,0 Tokarev 16 8,0 Total 70 35,0
Total de comentários
201 100,0
Tabela 3 - Os oito leitores mais activos no site do Expresso
Saliente-se que falamos até agora de identificações únicas. A diversidade de autoria
torna-se ainda mais reduzida se pensarmos nos casos identificações muito semelhantes,
em que as diferenças estão apenas em algumas letras ou residem mesmo só no
espaçamento entre as palavras. São os casos de “> asdrubal” (cinco comentários),
“>>Asdrubal” (um) e “>Asdrúbal” (três) ou de “Zé Luís” (um comentário) e “ZéLuis”
(três), dois grupos de identificações que correspondem, provavelmente, às mesmas
pessoas.
João Pedro Pereira | A voz do público
33
2.2.3 A “máscara virtual” – do anonimato ao insulto
Desde sempre que uma das características distintivas das comunicações via Internet
foi o seu carácter anónimo, a possibilidade de ocultar a identidade e, talvez mais do que
isso, a possibilidade de assumir outras identidades que não a do mundo offline. Ficou
célebre um cartoon da New Yorker em que dois cães estão sentados em frente a um
computador. Na legenda lê-se “On the Internet, Nobody Knows You're a Dog”34. Esta
“máscara virtual” é aceite com naturalidade pelos cibernautas, constituindo a norma e
configurando-se como uma espécie de direito – a Internet é, de facto, o “reino do
anonimato” (Castanheira, 170).
Já salientámos que nenhum dos sites aqui em análise verifica a veracidade dos dados
de identificação fornecidos pelos leitores. As diferenças entre o site da BBC e o do
Expresso saltam, contudo, à vista. Enquanto no primeiro quase todas as identificações
são verosímeis (apenas um leitor é declaradamente anónimo, embora apresente o
suposto local de residência [anexo M21]), no site português a maioria dos textos está
assinada com “nicknames”.
A impunidade assegurada pelo anonimato dá aos cibernautas a segurança suficiente
para fazerem qualquer tipo de comentários e se na BBC News Online eventuais textos
insultuosos não terão chegado a ser publicados, no Expresso Online figuras públicas são
com alguma frequência alvo de insultos. Note-se, contudo, que o site do expresso possui
um filtro automático que elimina as mensagens que contenham um termo de uma lista
de expressões consideradas insultuosas ou obscenas (Castanheira, 106), mas este tipo de
sistema é muito fácil de contornar (basta, por exemplo, substituir uma das letras por
outra que não impeça a leitura da palavra por humanos, mas seja o suficiente para iludir
o programa de computador) e é incapaz de detectar qualquer tipo de insulto que não
recorra aos termos da lista. Surgem, assim, alguns textos que se cingem apenas a este
tipo de observações. A 26/10, o comentário de “Aguaviva” (anexo B6) à notícia
“Referendo sem revisão de lei” limita-se a duas frases: “Brrr!!! A fronha deste ministro
dá-me azia!!!”, referindo-se a Rui Gomes da Silva, um dos actores da notícia e cuja
fotografia surgia na página ao lado do texto. Já a 05/11 escreve “Samael” (anexo A8)
em relação a Jorge Sampaio: “já sabiamos que estava senil... agora o que não percebo é
como não há nenhuma instituição que o recolha de uma vez por todas...”. O autor do
texto não explicita as razões que o levam a fazer tal afirmação, podendo apenas deduzir-
34 “Na Internet, ninguém sabe que és um cão” < http://www.unc.edu/depts/jomc/academics/dri/idog.html>
João Pedro Pereira | A voz do público
34
se uma discordância relativamente ao desejo do presidente da República, citado na
notícia em causa, de que a Europa se tornasse uma confederação ou uma federação de
estados. Os insultos não são, contudo, sempre dirigidos a um indivíduo específico. A
06/04, “quovadis” diagnostica “o mal deste país”: “alimentar chulecos de politicos,
assessores,gestores ,administradores e consultores!”.
O anonimato permite que os leitores digam nestes fóruns o que dificilmente
ousariam dizer se tivessem que se identificar, quanto mais não fosse pelo risco de
possíveis procedimentos penais. Este é, sem dúvida, um dos factores pelos quais a
comunicação na Internet carece da credibilidade que se regista noutros meios e, no
campo específico jornalismo online participativo, é um entrave ao estabelecimento de
uma relação entre jornalistas e público. Castanheira aponta que uma das razões pelas
quais os jornalistas do Expresso não respondem às mensagens dos leitores é por
considerarem que estas não merecem resposta. No inquérito que levou a cabo, duas das
cinco opções dadas como possíveis justificações para esse facto eram precisamente “o
carácter anónimo da maioria [das mensagens]” e “o tom insultuoso de muitas delas”35
(Castanheira: 186), factores que consideramos serem indissociáveis e praticamente
endémicos na Internet.
2.2.4 A (pouca) argumentação
Mecanismos interactivos como os fóruns e os comentários a artigos, que exigem dos
seus utilizadores um grau complexo de participação – como, à partida, o é a escrita de
um texto – são meios passíveis de fomentar discussões públicas como poucos outros o
conseguem fazer, dada a sua capacidade de se constituírem como pequenas ágoras
electrónicas, com todas as vantagens inerentes a esse modelo – a ausência de limites
geográficos, o facto de não ser necessária a co-presença dos participantes –,
enquadradas no ambiente regulador que é o órgão de comunicação online – que
determina os temas da discussão, impõe regras, evita abusos – e que contrasta com a
desregulação de outros meios de interacção na Internet, de que as salas de chat serão o
melhor exemplo. No entanto, estes espaços parecem ser propícios a discussões
desprovidas de uma base argumentativa sólida. Antes de passarmos à análise da
profundidade da discussão sobre o TCE levada a cabo pelos leitores do Expresso Online
e da BBC News Online, é necessário estabelecer aquela que consideramos ser a
35 As outras são: “falta de tempo”, “nunca responde a comentários de leitores” e “outras razões”.
João Pedro Pereira | A voz do público
35
diferença fundamental entre as discussões na Web e as suas homólogas que decorrem
offline, em situações de face-a-face. Na prática argumentativa gera-se uma “dinâmica”,
na qual, mais do que pela simples concepção de um argumento, o acto de argumentar
passa por comunicar, convencendo o outro “a partilhar uma opinião” (Breton, 1998:
44). É este “outro” que se altera radicalmente quando passamos das comunicações
offline para o mundo online, onde o contexto de recepção escapa ao argumentador, que
expõe uma opinião para um auditório indefinido, que, para mais, pode (e, na maior parte
das vezes, fá-lo) receber o conteúdo da comunicação argumentativa numa altura
diferente daquela em que ela é exposta. Este facto constitui uma limitação dos
instrumentos ao dispor do argumentador, como a adequação dos argumentos àqueles
que pretende convencer ou a possibilidade de jogar com a “ligação orador/auditório”,
através de estratégias de sedução ou de mecanismos retóricos de que a comunicação
política se socorre com frequência (Breton: 36-38). Por outro lado, as características da
comunicação online, assente nos princípios ciberculturais de rapidez e concisão, diferem
muito daquelas que enformam a exposição offline de uma tese. Breton fala do
“inconveniente das frases resumidas”, que podem transformar alguns argumentos “num
acto de imposição da verdade”. Ora, vimos já que a necessidade de rapidez pauta as
comunicações na web e as frases curtam são a norma da escrita online.
No estudo sobre as opiniões dos leitores do site do Expresso e da BBC não nos
interessa focar “o conteúdo do argumento, as opiniões em si” nem o “continente, o
«molde argumentativo» que vai dar a sua forma à tese proposta” (Breton, 44) – isso
permitiria determinar as inclinações dos leitores destes sites em relação ao tema da
Constituição Europeia e aos tópicos que lhe estão relacionados, o que não é objectivo
deste trabalho. O que procuramos é determinar a profundidade da discussão,
independentemente da opinião dos que nela intervêm.
O primeiro facto que ressalta da análise do corpus em questão é a grande quantidade
de textos do Expresso Online cujo autor não apresenta qualquer opinião relativa ao
assunto da notícia comentada ou a um assunto que lhe esteja directamente relacionado.
Quase metade dos comentários insere-se nesta categoria (Gráfico 3). Entre estes,
encontramos textos sobre outros temas (anexo A10, sobre futebol, por exemplo),
notícias retiradas de outros órgãos (anexo F2), alusões mais ou menos insultuosas a
personalidades políticas (anexo A34). Não quer isto dizer que todos os comentários não
opinativos sejam inúteis enquanto contributo para a discussão e para a formação de
opinião sobre o assunto. No comentário F3, por exemplo, o autor não manifesta opinião
João Pedro Pereira | A voz do público
36
nem faz qualquer análise sobre o TCE, mas apresenta um endereço Web para o
rascunho da Constituição Europeia. No que diz respeito à BBC, e mais que
provavelmente em resultado da selecção feita pelos jornalistas responsáveis, apenas dois
comentários não manifestam qualquer opinião em relação às perguntas colocadas no
fórum: é o caso do leitor “Brian Coughlan” (anexo M28), que responde a um outro
leitor que se queixava da falta de transparência dos políticos, e do leitor “Andrew
Davidson” (anexo 36) que interroga se o texto do TCE torna ilegal a prática de aborto.
O autor expressa uma opinião sobre o TCE ou assuntos relacionados?
63,39%
10451,74%
5396,61%
9748,26%
0
20
40
60
80
100
120
Expresso BBC
Sim
Não
Gráfico 3 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de autores de
comentários que apresentam argumentos que expressam uma opinião
Apresentar uma opinião é, contudo, diferente de a justificar e é aqui que entramos
no campo da argumentação, um elemento que difere substancialmente nos dois casos
em análise (Gráfico 4). Enquanto no fórum mediado da BBC são 83 por cento as
mensagens que integram um ou mais argumentos dados pelo autor para suportar a
posição por si assumida, no fórum livre do Expresso apenas 31 por cento dos
comentários apresentam esta característica: ao todo, são 138 os casos de textos no site
português em que o autor toma uma posição relativa ao TCE ou a assuntos relacionados
com as políticas integracionistas sem recorrer a qualquer tipo de justificação ou
argumento. Eis um exemplo, entre muitos possíveis, de um leitor com uma posição que,
embora clara, não é de forma alguma explicada:
João Pedro Pereira | A voz do público
37
Sir Gatafunhas 17:15 28 Março 2004 (L8)
a Europa é... o amior buraco por onde se vai meter Portugal...
O autor apresenta argumentosque suportem a sua opinião?
4983,05%
6331,34%
1016,95%
13868,66%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Expresso BBC
Sim
Não
Gráfico 4 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de autores de
comentários que apresentam argumentos que suportam uma opinião expressa
Se já são poucos os casos que tentam sustentar as suas opiniões, são ainda menos os
exemplos de leitores que se deram ao trabalho de aprofundar a argumentação,
procurando rebater argumentos contrários à sua opinião. Em cada um dos sites, apenas
seis leitores apresentam e tentam refutar posições opostas à sua (vide anexo Q3). É claro
que, em termos proporcionais, este número assume uma importância muito diferente:
10,17 por cento no caso da BBC News Online e apenas 2,99 por cento para o Expresso
Online. Vejamos alguns exemplos. O leitor “Albatroz”, a 11/10 (anexo D9), diz não ser
necessária uma Europa que seja uma grande potência mundial (é o argumento comum
de uma União Europeia como contra-peso ao poderio dos Estados Unidos), mas antes
uma Europa “para garantir os meios que lhes permitam desenvolver-se”. “Albatroz”
acaba por concluir que “como é óbvio” votará “Não” num eventual referendo ao TCE,
depois de ter dito não querer “uma Europa imperial, com sotaque franco-alemão”, dois
países que “já não têm peso específico suficiente para serem jogadores no tabuleiro
mundial, [e] querem servir-se do peso específico que constituem 450 milhões de
europeus, para continuarem a fazer a política da França e da Alemanha”. A tomada clara
de uma posição com base em alguma profundidade argumentativa feita por este leitor
João Pedro Pereira | A voz do público
38
do site do Expresso é uma rara excepção nos comentários analisados. Já no fórum da
BBC News Online, o leitor com a identificação “Godfrey Bartlett, Brentwood, England”
(anexo M17), numa postura que apenas implicitamente é desfavorável ao TCE,
apresenta uma contradição formal no argumento (segundo ele) apresentado por políticos
de que se trata de nações a partilhar a sua soberania.
2.2.5 Da resposta a outro leitor à situação de “chat”
O tipo de dispositivo do site português torna muito mais fácil que se estabeleçam
“conversas” entre os utilizadores, enquanto a mediação existente no fórum da BBC
News Online não permite que os leitores estabeleçam um diálogo em tempo real
(Gráfico 4). Ainda assim, verificam-se quatro casos em que há uma situação de resposta
a comentários anteriores, dos quais três respondem a um mesmo comentário: os autores
dos comentários M34, M37 e M51 fazem uma interpelação directa ao autor do
comentário M50; em dois deles o autor é referido pelo nome com que se identificou e
no outro a resposta é dada ao “Belgium reader who wants the UK to leave the EU”. Para
além disso, apenas o comentário M28 se poderá enquadrar nesta categoria de “resposta
a outros comentários”. Muito embora aqui a mensagem seja dirigida a um número
indefinido de leitores – “Oh for goodness sake quite you're whining! Anyone "in the
dark", confused or not informed is in that state entirely by choice” – a expressão “in the
dark” entre aspas mostra que o texto foi motivado pelo comentário do leitor “Simon,
Leeds, UK” (anexo M33), em que este afirma: “the politicians will do just fine, the
public will be kept in the dark...”.
As situações de resposta são muito mais fáceis de identificar no site português, pelo
costume adoptado por muitos leitores de colocarem como título do comentário a
referência (constituída pela identificação, hora e data) do comentário a que respondem.
Eis um comentário-resposta típico deste site, em que “cityshaper” responde a “Kostas
Kalimera”:
cityshaper 00:33 19 Junho 2004 (F27)
Kostas Kalimera 00:10 19 Junho 2004
Voce e' contra a constituicao ou e' a favor de um referendo?
Se se votar uma questao destas entao tambem se deveria ter referendar os acordos com
a OMC e FMI's que possuem o mesmo peso 'supranacional'.
João Pedro Pereira | A voz do público
39
A instantaneidade do mecanismo de comentário às notícias do Expresso Online faz
com que as situações de resposta abundem: são 54 comentários (26,87 por cento) os que
apresentam algum tipo de referência a comentários anteriores (Gráfico 5). Dentre estes,
é possível identificar algumas situações de “chat”, em que é evidente a simultaneidade
em frente ao computador dos intervenientes no “diálogo”. Uma dos exemplos mais
significativos são os já referidos comentários B20 a B8. Não se trata aqui de uma
situação completamente semelhante à de uma sala de “chat”. Em pouco mais de três
horas, sete leitores produziram apenas 13 textos. No entanto, são visíveis marcas de um
discurso oral: a interpelação (“asdrubal ... Vc é do contra !?”; “Ó caro Zippiz”), frases
curtas e incisivas, que constituem uma resposta directa (“não não concordo !”) e até a
despedida final (“E boa-noite a todos, que eu vou tentar dormir”, seguido de um “durma
bem”).
O autor responde a comentários anteriores?
46,78%
5426,87%
5393,22%
14773,13%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Expresso BBC
Sim
Não
Gráfico 5 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de leitores que
respondem a comentários de outros leitores
Convém neste ponto salientar que estas situações de resposta não significam
necessariamente que se tenha gerado uma discussão sobre o tema em questão. No site
do Expresso, muitos dos comentários nesta categoria são também comentários quase
“vazios”, em que o autor não discute o TCE ou qualquer tema relacionado, mas limita-
se, na melhor das hipóteses, a fazer um pequeno apontamento de concordância ou
discordância com algo que outro leitor tenha dito. Como alguns exemplos, veja-se os
João Pedro Pereira | A voz do público
40
comentários de “binmarder”, a 19/06, de “zippiz”, a 18/06, e de “Resistente”, a 25/05
(anexos F7, F29 e H4).
2.2.6 O desvio do tema
Num ponto, e sem dúvida devido à edição e selecção feito pelos jornalistas, o
conjunto de textos dos leitores da BBC News Online difere radicalmente do do Expresso
Online: nenhum se desvia do tema proposto para debate. Bem pelo contrário, no caso
português são muitos os leitores que aproveitaram um espaço sem supervisão para
fazerem observações dos mais diversos tipos ou para colocarem textos retirados de
outras fontes e que nada têm a ver com o TCE ou com a notícia a que o espaço de
comentário diz respeito. Castanheira refere que os leitores se sentem proprietários destes
espaços, entendendo que podem neles abordar aquilo que bem entenderem (Castanheira:
95). Entres as mensagens deixadas pelos visitantes do site do Expresso, encontramos
comentários que vão desde o estado das finanças do país (anexos B20 e B22) a
considerações sobre política nacional (anexo D1). Neste último caso, o leitor questiona
por que não se candidatou António Vitorino à liderança do PS e acusa-o de “pouca
acção”. O comentário, embora não diga directamente respeito à notícia a que está ligado
(que se debruça sobre as considerações de Vitorino sobre um a eventual rejeição do
Tratado), é concernente à principal figura da notícia. Mas, noutros casos, nem este tipo
de elos é possível encontrar. É o caso do leitor “TOURO” (anexo A10), que tece
considerações sobre duas equipas de futebol e chega mesmo a dar uma descrição de
parte de um jogo do Sporting. O autor, no entanto, justifica a inserção deste texto num
espaço onde evidentemente não pertence: “Como não há "artigo" para enfiar esta”.
A par dos comentários gratuitamente insultuosos e dos textos desprovidos de
conteúdo, estes desvios ao tema são um dos riscos com que os espaços de participação
livre, praticamente sem intromissão de jornalistas mediadores, parecem ter dificuldades
em lidar. Foi este conjunto de factores que levou já a que muitos dos responsáveis por
alguns projectos de livre expressão na Web associados a órgãos de comunicação social
tivessem que alterar os moldes dos dispositivos de interacção ou mesmo decidir pelo
seu encerramento.
2.2.7 “Cães de guarda” dos media
Uma das funções mais frequentemente atribuída aos cibernautas, em particular aos
bloggers, é a de representarem watchdogs dos media. Como já tivemos ocasião de
João Pedro Pereira | A voz do público
41
referir, esta postura por parte do público tem as vantagens de permitir a correcção de
erros de uma forma mais rápida do que em qualquer outro meio de comunicação e de
introduzir na informação diferentes pontos de vista ou factos novos, mas apresenta
também algumas desvantagens: por um lado, o jornalista deverá (ainda que, na maioria
dos casos, se não em todos, isso não tenha um carácter obrigatório) incorporar na sua
rotina de trabalho (já significativamente constrangida pelo factor tempo) a tarefa de
estar atento ao que o público diz e, eventualmente, responder a às questões colocadas
por esse público; por outro, aos comentários do público é dado um crédito muitas vezes
injustificado, pois não poucas vezes essas mensagens são da autoria de pessoas que
estão longe de ser uma autoridade no assunto e que não fizeram – como, a priori, o
jornalista deverá ter feito – uma investigação adequada. Para onde quer que penda a
balança, é inegavelmente meritório o trabalho desempenhado pelos blogs (alguns
exclusivamente dedicados a isso) que mantêm sob um olhar a atento o desempenho dos
profissionais dos media.
Por razões óbvias, esta é uma das características da “read/write web” que mais
poderá assustar os jornalistas profissionais, desempenhem eles a sua função no mundo
do online ou não, uma vez que os media tradicionais também não escapam ao escrutínio
destes “cães de guarda”. Mais do que nunca, é fácil apontar as falhas (ou supostas
falhas) do jornalista profissional, sem que a publicitação dessas “denúncias” passe pelo
crivo do editor das “cartas ao director” ou espaços semelhantes. Na Internet, o público
pode ser muito mais vasto. Qualquer jornal local que tenha uma edição na Web pode ser
lido por pessoas de fora da região, a qualquer hora – estes novos “cães de guarda” nunca
estão a dormir; ou, pelo menos, não todos ao mesmo tempo. É legítimo que qualquer
profissional se sinta, no mínimo, mais responsabilizado quando sabe que o seu trabalho
está a ser potencialmente observado e comentado 24 horas por dia por aqueles a que se
destina. Neste contexto, e embora não seja lícito estabelecer uma relação directa de
causalidade com processo de edição e selecção feito no fórum da BBC News Online,
não deixa de ser curioso observar que neste espaço nenhum dos textos inclua qualquer
comentário ao trabalho dos media. Já no caso do site do Expresso estes casos surgem,
em número reduzido, é certo (apenas nove comentários, o correspondente a 4,48 por
cento) mas de forma bastante directa. E não deixa de surpreender que apenas em nove
mensagenss seja possível identificar nada menos do que sete tipos diferentes de
observações feitas ao trabalho dos jornalistas. Vejamos excertos dos comentários
exemplificativos desta situação:
João Pedro Pereira | A voz do público
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Resistente 00:16 27 Outubro 2004 (B5)
(…) Mas já sabiamos ha muito tempo que quem pretender estar informado lê a
comunicação social estrangeira, nomeadamente na Internet...
electra 13:10 19 Junho 2004 (F16)
(…) alcançado não é com com h, "óh sôr" jornalista, emende lá isso.... "O acordo
histórico sobre a primeira Constituição europeia foi halcançado...." (linha 11) (…)
José Costa 11:50 19 Junho 2004 (F18)
(…) Gostaria de dar uma sugestão ao EXPRESSO!
Esta é uma discussão que vai demorar algum tempo, e o jornal pode ajudar os leitores
se disponibilizar:
1º) No on-line este projecto de constituição para consulta rápida pelos portuguêses!
2º)Na edição impressa, um folheto com o mesmo projecto para maior divulgação e
compreensão da constituição que no futuro, lhes vai servir de lei básica, porque todas
as constituições nacionais, não a podem contrariar!
Albatroz 09:34 18 Junho 2004 (G4)
Mas o "Público" e o seu lamentável director querem, à viva força, criar a impressão de
que está tudo no papo, numa tentativa para desmobilizar aqueles que, num possível
referendo, venham defender o "Não". José Manuel Fernandes, e quem puxa os
cordelinhos que o fazem mexer-se, decidiram que Portugal tem de desaparecer, e tudo
farão para manipular a opinião pública. Talvez fosse apropriado o "Público" mudar o
seu nome para "Diário da Manhã", dada a semelhança de métodos de intoxicação da
opinião pública. [este excerto é antecedido pela manchete da edição do Público em
questão e do primeiro parágrafo da notícia correspondente]
Albatroz 23:19 17 Junho 2004 (G13)
(…) Mas enquanto censores de meia tigela, como o José Manuel Fernandes do Público,
puderem impedir que estes temas sejam publicamente discutidos, vamos continuar a ser
vítimas da cabala do bloco central para dar cabo da nossa liberdade. (…)
João Pedro Pereira | A voz do público
43
PortugueseMan 17:25 26 Março 2004 (L18)
“Não sei se existe algum link em português que fale disto (…)” [segue-se um link para
uma notícia da BBC News Online e alguns comentários breves]
Escaravelho 16:11 26 Março 2004 (L23)
Em Taiwan há VIOLENTOS PROTESTOS, mas o Expresso continua de bico calado,
ignorando tais acontecimentos. (…)
É possível identificar aqui cinco tipos de comentários distintos à actuação dos media:
B5 – crítica aos meios de comunicação portugueses em geral
F16 – correcção ortográfica
F18 – sugestão para o que o leitor considera ser uma forma de o Expresso prestar um
serviço informativo ao seu público
G4 – crítica a um outro órgão de comunicação
G13 – crítica directa a um jornalista (que, sendo o director do jornal, pode entender-se
como uma crítica à publicação em causa). Note-se que o autor é o mesmo de G4
L18 – sugestão de leitura sobre um assunto não encontrado nos media portugueses
(difere de B5 por não haver um tom marcadamente crítico)
L23 – crítica ao Expresso por não cobertura de um evento (também D5 e F2, embora
estes em tom menos crítico, vide anexos respectivos)
Destes nove comentários, quatro (D5, F2, G4 e L18) remetem para informação
adicional (seja através de hiperligação ou de cópia de um artigo), embora apenas G4 o
faça em relação a conteúdos que dizem respeito ao TCE. Neste caso, contudo, o
objectivo do autor é criticar a notícia para a qual remete e não oferecer aos restantes
leitores fontes adicionais de informação sobre o assunto.
João Pedro Pereira | A voz do público
44
Conclusões
Na era da comunicação em rede, o trabalho dos profissionais da informação incorpora
vários novos desafios. Acima de todos está o de um novo público, mais activo, mais
participativo e – inovação da World Wide Web – com pleno acesso aos meios para se
fazer ouvir. O mundo do jornalismo online é, sobretudo por isso, substancialmente
diferente das outras formas de jornalismo, em que emissor e receptor têm bem
delimitadas as suas áreas de acção. Neste contexto, é natural que os órgãos de
comunicação com presença online tenham evoluído para espaços que disponibilizam
aos seus visitantes formas de discussão electrónica sobre os temas em agenda, um
fenómeno talvez mais impulsionado pelo receio de ver migrar o seu público para
espaços “mais abertos” do que pela crença nas potencialidades interactivas do
jornalismo na Internet. E há, com efeito, factos que permitem sustentar um descrédito
no sucesso dos sites noticiosos enquanto fóruns de discussão.
A contrastar com a informação hierarquizada e estruturada típica de um órgão de
comunicação, os espaços deixados exclusivamente a cargo do público – como acontece
no Expresso Online, em que a supervisão parece ser nula – apresentam-se de forma
desorganizada e mesmo caótica; são espaços auto-geridos pelos seus utilizadores, mas
que parecem não cumprir totalmente o objectivo de se constituírem como espaços de
debate; este tem, sem dúvida, lugar, mas ocupa apenas parte do espaço que lhe tinha
sido inicialmente destinado. Diz Castanheira que mesmo numa altura em que todos
podem fazer informação (e também por isso mesmo), continua a ser necessária a figura
do jornalista gatekeeper (Castanheira: 164-165). Acrescentamos que este gatekeeper
deverá agora passar a ser não apenas um gatekeeper de factos, mas também um
gatekeeper das mensagens trocadas nos fluxos de comunicação multidireccional que os
sites noticiosos permitem. O jornalista é necessário para manter a discussão dentro de
certos limites, para evitar os desvios ao tema que sejam nocivos para uma conversação
alargada, a qual parece não conseguir chegar a bom termo sem a existência de um
mediador.
A história do software open source, aponta Gillmor, dá o exemplo de como um espaço
sem regras pode oferecer condições ideais para que uma comunidade construa um
melhor produto: “uma filosofia de código aberto poderá produzir melhor jornalismo, só
por ser aplicada” (Gillmor: 36). Acreditamos, contudo, que entre o caso do software
João Pedro Pereira | A voz do público
45
open source e o deste jornalismo open source há uma diferença fundamental, que não
permite esta correlação directa: a facilidade de acesso à comunidade. Enquanto no
primeiro caso é necessária uma significativa bagagem de conhecimentos técnicos, no
segundo basta um domínio mínimo da língua e de alguns dispostivos de comunicação –
o que se poderá chamar uma ciberliteracia básica. Ora, a aprendizagem dos
conhecimentos técnicos pressupõe a existência de um interesse em desenvolver software
que não encontra paralelo no caso das discussões online em sites noticiosos. Depois da
análise aqui efectuada, tornou-se claro que muitas das mensagens deixadas pelos
leitores num espaço sem mediadores não mostravam um interesse do seu autor em
debater factos inerentes ao Tratado Constitucional Europeu. Pelo contrário, a leitura dos
textos no espaço mediado da BBC News Online permite a rápida assimilação de
opiniões diversas sobre aspectos também diversos, algo que no caso do site português
só é possível depois de uma leitura exaustiva de um muito maior número de
comentários.
O mundo online é construído com agentes que têm as suas vidas offline. Não, pode, por
isso, ser um espaço desregulamentado e encarado como um universo à parte. É
sintomático que mesmo os sites de citizen journalism, embora muito mais abertos no
que diz respeito ao acesso por parte daqueles que querem integrar as bases, não se
tenham dispensado de adoptar a estrutura, designadamente através da existência de
editores, dos órgãos profissionais. Os espaços para a participação do público precisam
de regras e, num universo em que o anonimato impera como direito adquirido, essas
regras têm que ser definidas e mantidas por elementos exteriores a esse público. Essa
será uma das novas tarefas do jornalista online.
Se é certo que os debates conduzidos pelo público em sites noticiosos são “alargados”
no que diz respeito aos moldes, ao prolongamento no tempo e à possibilidade de
participação, é igualmente um facto que se apresentam como muito restritos no que diz
respeito ao número de intervenientes. É expressivo que ao longo de um ano de notícias
no Expresso Online apenas se encontram 86 identificações diferentes de leitores que
comentaram o tema do TCE, o que, como foi explicado36, corresponderá a um número
ainda mais reduzido de autores de “carne e osso”; e que haja quase um monopólio da
discussão, pertencente a um número reduzido desses leitores. A intenção expressa pelos
36 Vide Parte2, ponto 2.2.2
João Pedro Pereira | A voz do público
46
jornalistas da BBC de apresentar, através de selecção, um balanço das opiniões
recebidas permite algum equilíbrio e, até certo ponto, contornar este problema de falta
de representatividade.
Em nosso entender, esta é uma questão que radica em várias causas. Por um lado, o
próprio desinteresse de alguns jornalistas por esta forma de conversação, demonstrado
por Castanheira e bem visível no facto de não haver intervenção visível dos jornalistas
do Expresso Online no espaço de comentários do site, mesmo quando esta intervenção
se afigura como mais do que justificada. Por outro lado, é provável que os tradicionais
esquemas de comunicação associados aos órgãos de informação – caracterizados por
uma estrutura hierárquica, vertical e por fluxos unidireccionais de comunicação –
estejam ainda suficientemente enraizados tanto nos jornalistas como no público. Por
fim, não é de desprezar a concorrência de outras formas de expressão online, como os
blogs, com capacidade para se instituírem como espaços mais pessoais e onde o
utilizador tem total controlo, e que podem ter o efeito de relegar para segundo plano os
mecanismos de interacção oferecidos pelos sites noticiosos.
Já há algum tempo que os meios offline perderam o exclusivo da grande informação.
Mais recentemente, foram os próprios jornalistas a perder o domínio nesse campo. Isso
não quer dizer que os novos media suplantem os antigos, nem que a nova figura do
público-jornalista (uma expressão que nos parece mais apropriada do que cidadão
jornalista) torne obsoleto o papel do jornalista profissional. A coexistência destes dois
pares de realidades é o cenário mais que provável para os próximos anos. O que neste
trabalho notamos é que os sites noticiosos têm dificuldades em lidar com um público
participativo. De um lado, os problemas dos espaços não mediados provocam
demasiado “ruído” nos fóruns online e são entraves sérios a um debate produtivo, para
além de que são terreno fértil para a profusão de asserções não fundamentadas. Do
outro, a mediação pode retirar a vivacidade argumentativa das discussões e inibir muitas
situações de resposta e contra-resposta. E, em ambos os casos, o empenho do público –
ou melhor, dos escassos elementos do público que participaram nos fóruns de discussão
– em comentar e dar sugestões para um melhor trabalho dos profissionais está longe de
corresponder às expectativas dos optimistas.
O jornalismo aberto veio para ficar. É uma forma de jornalismo menos regrada e até
algo confusa, mas o certo é que tanto profissionais como não profissionais estão neste
momento a fazer informação. Não sendo plausível o regresso a sites “fechados”, em que
João Pedro Pereira | A voz do público
47
a notícia percorre o caminho entre jornalista e leitor sem que este tenha possibilidade de
feedback, os jornalistas têm que aprender rapidamente a lidar com as novas ferramentas
e a estar à altura das exigências que lhes são feitas. O papel do jornalista numa Web em
que proliferam as fontes de informação não deverá ser periférico. Vimos aqui que os
espaços sem intervenção dos jornalistas, deixados à auto-gestão do público, se pautam
por uma discussão de pouca profundidade argumentativa e recheada de elementos
perturbadores. Do sucesso neste campo depende, pensamos que a curto prazo, a
sobrevivência dos órgãos online enquanto fontes fidedignas e de referência e,
simultaneamente, enquanto espaços ajustados à realidade read/write e à cultura aberta
que caracterizam a Internet.
João Pedro Pereira | A voz do público
48
Bibliografia
BRETON, Philippe (1998) Argumentação na comunicação, Lisboa, Publicações Dom
Quixote
MALDONADO, Tomás (1998) Crítica de la razón informática, Ediciones Paidós
Ibérica, S.A., Barcelona
BEBIANO, Rui (2000) “Cibercultura e Novas Fronteiras da Comunicação Social”, in
LEONE, Carlos (org.), Rumo ao Cibermundo?, Oeiras, Celta Editora,
CASTELLS, Manuel (2004). A Galáxia internet: reflexões sobre internet, negócios e
sociedade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian
GURAK, Laura J. (2001) Cyberliteracy: navigating the Internet with Awareness. New
Haven, Yale University Press
PAVLIK, John V. (2001) Journalism and New Media, Nova Iorque, Columbia
University Press
BARBOSA, Elisabete e GRANADO, António (2004) Weblogs – Diário de Bordo,
Porto, Porto Editora
BOHMAN, James (2004) “Expanding Dialogue: the Internet, the public sphere and
prospects for transnational democracy” in CROSSLEY, Nick e ROBERTS, John
Michael (org.), After Habermas - new perspectives on the pubic sphere, The Editorial
Board of Sociological Reviews
CASTANHEIRA, José Pedro (2004) No Reino do Anonimato – estudo sobre o
jornalismo online, Edições MinervaCoimbra, Coimbra
GILLMOR, Dan (2005) Nós, os Media, Editorial Presença, Lisboa, 2005
João Pedro Pereira | A voz do público
49
Sites consultados Cyberjournalist.net - http://www.cyberjournalist.net Dan Gillmor's blog - http://bayosphere.com/blog/dangillmor Interactive Options in Online Journalism: A Content Analysis of 100 U.S. Newspapers - http://jcmc.indiana.edu/vol5/issue1/schultz.html Online Journalism Review - http://www.ojr.org Poynter online - http://www.poynter.org Press Think - http://journalism.nyu.edu/pubzone/weblogs/pressthink Read/Write Web - http://www.readwriteweb.com
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
50
Anexos A - Sim à Europa federal ................................................................................................ 51
B - Referendo sem revisão de lei .................................................................................... 61
C - PR defende aproximação dos cidadãos à EU............................................................ 68
D - Risco de «crise profunda» ........................................................................................ 70
E - Barroso desaconselha «politiquices» ........................................................................ 75
F - Acordo sobre Constituição ........................................................................................ 76
G - Sedes quer debate nacional....................................................................................... 86
H - Espanha contra inclusão cristã.................................................................................. 95
I - Constituição Europeia em Bruxelas ......................................................................... 106
J- Mota Amaral receia menos poderes.......................................................................... 108
L - Constituição Europeia é possível ............................................................................ 110
M - Textos do Fórum da BBC News Online ................................................................. 117
N1 – “Index of feedback options” usado por Shultz .................................................... 126
N2 – Elementos de análise do grau de interacção de sites noticiosos (actualização da
tabela de Shultz)............................................................................................................ 126
N3 – Análise do grau de interacção dos sites Expresso Online, BBC News Online,
Publico.pt, Mais Futebol e NY Times on the Web ........................................................ 126
O1 – Gráfico: Extensão (em número de caracters) dos textos do Expresso Online ..... 128
O2 – Gráfico: Extensão (em número de caracters) dos textos da BBC News Online ... 128
P1 – Lista de autores dos comentários do Expresso Online ......................................... 129
P2 - Lista de autores dos comentários da BBC News Online........................................ 129
Q1 – Gráfico: Número de leitores que expressa opinião sobre o TCE......................... 131
Q2 – Gráfico: Número de leitores que apresentam argumentos que suportam uma opinião
expressa ......................................................................................................................... 131
Q3 – Gráfico: Número de leitores que tentam rebater argumentos contrários .............. 1312
R1 – Gráfico: Número de leitores que respondem a comentários de outros leitores ........ 133
S1 – Gráfico: Número de leitores que comentam/criticam o trabalho dos media.......... 134
S2 – Gráfico: Comportamento dos leitores que comentam o trabalho dos media .......... 134
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
51
A
Sim à Europa federal O Presidente da República admitiu a hipótese de uma Europa federal a médio prazo, solução que encara com agrado, considerando-a «um grande desafio». «Ficaria muito feliz por ver uma confederação, ou talvez mesmo uma federação de Estados-nação», afirmou Jorge Sampaio, «o que acontecerá provavelmente - espero - num prazo de 10 a 20 anos». No âmbito do fórum «Viver a Europa», a decorrer no Centro de Congressos de Lisboa, Jorge Sampaio pediu ainda que não se dramatize o referendo relacionado com o Tratado Constitucional da UE, que deverá realizar-se em Portugal em Abril do próximo ano, só porque os cidadãos não conhecem o documento em pormenor. «Espero que o referendo abra uma oportunidade para discutir o futuro de Portugal na Europa», acrescentou. O Presidente austríaco, Heinz Fischer, que termina sexta-feira uma visita de Estado de três dias a Portugal e também participa no debate, mostrou-se mais céptico relativamente à realização de referendos nos vários países sobre a Constituição Europeia em diferentes datas. Fischer deixou implícita a sua preferência por um referendo comum aos 25 Estados-membros, a realizar na mesma data, já que a solução encontrada poderá criar problemas, se alguns países 'chumbarem' a aprovação do Tratado muito depois de outros já o terem ratificado. No decorrer do debate, Jorge Sampaio voltou a apoiar a possibilidade de adesão da Turquia à União Europeia, rejeitando que a questão religiosa possa significar um entrave para o governo de Ancara. Expresso Online 16:43 4 Novembro 2004
Comentários
A1- Dunca 16:53 5 Novembro 2004
Barato 16:27 5 Novembro 2004 Afinal o que somos? Será que somos? Somos o quê?
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
52
A2- Barato 16:27 5 Novembro 2004
ZéLuiz 00:07 5 Novembro 2004 O que somos e não somos e o que queremos e não queremos... . Pois é, pois é, mas com umas boas lavagens ao cérebro aplicadas a preceito, todos nós somos e queremos aquilo que os políticos quiserem. . Essa é que é essa!
A3- Dunca 16:20 5 Novembro 2004
ZenOsol 15:24 5 Novembro 2004 E que diarréia... Porra...
A4- Barato 16:14 5 Novembro 2004
Cheira mal... Esta gente só pensa em coisas fedorentas: Confederação Federação Fedorentação Que fedor...
A5- ZenOsol 15:24 5 Novembro 2004
Sim à Europa federal Uma regionalização à escala Europeia. Nós no referendo Nacional votamos não, e esta agora, será que vamos votar sim para a "Federação"? Por mim voto sim(lá se vai o voto secreto), também votei sim no anterior. Desde que seja para por Portugal a funcionar. Por mim que sejam os Alemães a governar pois eles sairam de duas guerras mundiais como vencedores. Vencedores? perguntam vocês...Pois já são o motor da europa novamente, é que eles sabem por as coisas a funcionar. Nós sabemos copiar, mas copiamos mal. É que cá com os meus botões, Portugal está com uma grande diarreia. Portugal tem mesmo que ir ao médico antes que se torne crónico.
A6- ZéLuiz 10:10 5 Novembro 2004
Caro Albatroz:
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
53
A História prova muito poucas coisas, mas se há alguma coisa que ela prova é que o factor mais poderoso para promover a unidade e construir a identidade é a existência de um inimigo externo. Um lituano e um grego já percebem, hoje, que há muito menos diferenças entre eles (em termos de civilização, de interesses económicos, de tradição, e até de história) do que entre qualquer deles e um saudita, um texano ou um chinês. Ainda não é a unidade. Mas já é o princípio da unidade. Você diz que o processo é lento. Será. Mas muito do que acontece na América e no Mundo está a contribuir para o acelerar.
A7- Albatroz 08:47 5 Novembro 2004
Caro Zé Luis "Wishful thinking". Os europeus não têm - nem terão nas décadas mais próximas - nem os mesmos interesses nem a mesma percepção do mundo. Só pela força os conseguiríamos unir, o que me parece não ser o que tem em mente. Veja o caso da Jugoslávia: enquanto teve um ditador (Tito) existiu e funcionou. E até há quem diga que não funcionou muito mal. Assim que desapareceu o patrão foi o que se viu. Regressaram todos ao desporto preferido nos Balcãs, que é o de se matarem uns aos outros com grande exuberância. Mais de 70 anos de união política (desde 1918) de nada serviram face aos instintos nacionalistas. Mas, se nunca tivessem criado a Jugoslávia, nunca teríamos tido a mortandade há poucos anos ocorrida, e que recomeçará no dia em que as tropas da NATO de lá sairem. Sonhar não faz mal, mas cuidado com as tentações de criar seres anti-natura. A paz na Europa nao depende de se criar a Federação Europeia. Depende de a não criarmos. Veja o caso de Espanha e do País Basco.
A8- Samael 03:48 5 Novembro 2004
sampaio já sabiamos que estava senil... agora o que não percebo é como não há nenhuma instituiçao que o recolha de uma vez por todas... PS: TOURO... vá a Paris..nesta altura é linda..o pauleta dá-lhe um "giro"...
A9- HomeEdition 01:07 5 Novembro 2004
A MENSAGEM DO 2 DE NOVEMBRO ACERCA DAS QUESTÕES MORAIS NA CAMPANHA ELEITORAL DOS EUA It is the hard, grinding reality of American life in the liberal dystopia that makes the "moral issues" so important to voters. Partial-birth abortion and same-sex marriage became critical issues not because evangelical voters are bigots. On the contrary, parents become evangelicals precisely in order to draw a line between their families and the adversary culture. This far, and no more, a majority of Americans said on November 2 on the subject of social experimentation. Unlike the Europeans, whose demoralization has led to depopulation, Americans still are fighting against the forces of decay that threaten - but do not yet ensure - the ultimate fall of American power. That is the message of November 2.
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
54
ISSO MESMO. A AMÉRICA AINDA NÃO DESISTIU DE LUTAR CONTRA A SUA DECADÊNCIA. E CONTINUA TER TODAS AS CONDIÇÕES PARA APLICAR A CONSEQUÊNCIA LÓGICA DO PLANO MARSHALL - AO DOMÍNIO ECONÓMICO DA EUROPA, SEGUIR-SE-Á O DOMÍNIO POLÍTICO.
A10- TOURO 00:30 5 Novembro 2004
Como não há "artigo" para enfiar esta "pá" Tilazinha... Ah! «Gandas» Clubes da 2ª Circular! O Estrela Vermelha de Benfica, é esmagado por uma equipa que até só perdeu os três últimos jogos! Foram só 3 – 0! Não foram mais, porque aquela equipa é de facto muito fraquinha. Falharam golos que nem o Cascalheira futebol Clube falhava… ……. Quanto ao Sporting, lá tivemos o tal «SISTEMA» a funcionar em pleno: Só vi a segunda parte do jogo, contra essa terrível equipa grega, que nem sei o nome, mas o que vi foi o seguinte: 51 minutos – golo MAL anulado aos gregos, como aliás o locutor da TV chamou a atenção!... 54 minutos – Palhaçada do palhaço Liedson, a atirar-se para a banheira, sem direito a qualquer cartão amarelo!... 58 minutos – quando um grego se isolava para marcar golo, o árbitro auxiliar arranca um fora de jogo inexistent!... 63 minutos – penalti nítido contra o Sporting, como mais uma vez foi dito pelo locutor!... Depois, não pude continuar a ver o jogo. Se calhar houve mais alguma coisa… ……………. Estou com muito receio que agora o «brilhante» PRESIDENTE DO SPORTING - DIAS DA CUNHA, entre em contacto com a UEFA, e requisite este árbitro para o FCP – Sporting.
A11- HomeEdition 00:22 5 Novembro 2004
PLANO MARSHALL - FASE II O Chirac já lhe deve ter telefonado, é o que é! Antes de vir a ser preso por corrupção, o Chirac jurou que conseguiria meter a Europa no bolso com essa ideia peregrina da superpotência europeia, contra os EUA... Quem se ri, porém, com as megalomanias francesas são os americanos: nem a França nem a Alemanha têm força suficiente para controlar os dois grandes partidos europeus (PSE e PPE), que são os partidos quem ficaria a mandar em tal Europa. E esses partidos, a comandar a Europa, quem é que os conseguiria controlar? Seriam subsidiados por quem? Quem é que controla os recursos e o sistema financeiro mundial? É preciso fazer um desenho?... É claro que quem tem capacidade para alimentar / subsidiar e controlar os partidos europeus, não são a França e a Alemanha, mesmo que juntos. Pois é. Nenhum país, a não ser os EUA, tem capacidade financeira para sustentar tais máquinas partidárias.
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O projecto da superpotência europeia não passa de gato escondido com o rabo de fora - são os EUA quem vai controlar a Europa, e por intermédio do PARLAMENTO EUROPEU.
A12- D. Coelho 00:21 5 Novembro 2004
Sampaio é o homem público mais lúcido de Portugal A Europa quer ser mesmo uma federação precisa de um senado federal. Montesquie, até hoje é o pricipal pensador político do mundo ocidental, e ele diz que a razão principal para uma federação é o seu caráter defensivo. Ora a União é para evitar a Guerra Civil permanente que persegue a Europa desde a queda do Império Romano e também preparar a Europa para sua defesa sem os EUA. A tibieza política dos EUA não é de hoje, os déficits gêmeos também não e agora que os EUA entraram em guerras simultâneas no Oriente Médio (Irã) e Extremo Oriente (Coréia do Norte). Isso leva qualquer país no mínimo à decadência. Além do mais, sem um senado em que os 25 tenham o mesmo peso e representação França e Alemanha seriam sempre hegemônicos em suas opiniões pelo seu peso demográfico e econômico. Um Senado Federal Europeu em que cada Estado tenha 3 eurosenadores teria 75 representantes que elegeriam um Chanceler Supremo que poderia dar corpo a uma política externa comum, evitando o jogete dos EUA a cada momento com esse ou aquele interesse pontual de poloneses, espanhóis, britânicos etc.
A13- xatoo 00:19 5 Novembro 2004
ai a dupla Sampaio- Flopes quer "Referendo"??? ai querem? é preciso ter lata! então não fomos consultados para termos este subproduto do jet-set como 1ºministro, e agora querem perguntar-nos o quê, em relação á "Europa"?? (uma mera zona de Mercado onde temos uma posição percentualmente cagativa) espera aí que eu já lá vou votar!,,,
A14- ZéLuiz 00:07 5 Novembro 2004
Caro Albatroz: No dia em que «os europeus saibam todos quais são os seus interesses, e que esses interesses sejam os mesmos para todos os europeus», a federação existirá por natureza; qual será então o mal se lhe dermos expressão legal e política? Para sabermos quem somos e o que queremos temos que saber primeiro quem não somos e o que não queremos. E é isto que nós, europeus, estamos a aprender. Não queremos ser cristãos evangélicos fundamentalistas, não queremos que as nossas mulheres sejam obrigadas a andar de véu, não queremos relações laborais como se praticam na Ásia. Não somos americanos, não somos africanos ou árabes, não somos chineses. Podemos agradecer ao Bush, ao Bin-Laden e aos exploradores de mão de obra escrava na Ásia o curso acelerado que nos estão a dar sobre a nossa própria identidade.
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A15- atchim 23:50 4 Novembro 2004
República e não "Républica"... As minhas desculpas...
A16- ZéLuiz 23:50 4 Novembro 2004
Estados Unidos da Europa? Só poderá haver EUE quando um finlandês e um grego se sentirem tão europeus como um judeu nova-iorquino e um «cajun» da Luisiana se sentem americanos. Ainda não estamos aí. Mas de futuro, quem sabe? As mentalidades também mudam, e as identidades constroem-se. No início da guerra dos cem anos, a «França» estava para a Inglaterra um pouco como está hoje a Europa para os EUA. Os ingleses já tinham alguma noção de que eram ingleses, já tinham um esboço de nação; enquanto as identidades dos franceses se construiam sobre as relações feudais, as corporações, a Cristandade - mas não sobre a «França». Cem anos depois toda esta mentalidade tinha mudado. A guerra tinha dado aos franceses um inimigo comum, com um nome e uma identidade, Joana de Arc tinha-lhes dado um símbolo e um centro. Ninguém sabe como vai ser a história da Europa nos próximos 100 anos; mas começamos todos a compreender que, sejamos nós quem formos, somos muito diferentes dos americanos. Começamos a compreender que a diferença entre um finland~es e um grego não se compara à diferença entre qualquer deles e um cristão evangélico do Alabama. E se na América mandam cada vez menos os que são parecidos connosco e cada vez mais os extra-terrestres do «Bible Belt», poderemos dizer que os Estados Unidos da Europa estão a ser construídos numa América que não quer que eles existam - tal como a França foi em grande parte construída numa Inglaterra que a tentou submeter e destruír.
A17- atchim 23:49 4 Novembro 2004
Já sabíamos que o Presidente da Républica Portuguesa já tinha deixado de ser Presidente; que queira deixar que haja República Portuguesa é novidade...
A18- Tokarev 23:36 4 Novembro 2004
o presidente Sempaio tem vindo a ganhar juizo não todo o que devia ter porque o serviço nacional de saude já teve oportunidade de lhe retocar a arquitectura microscópica das artérias cerebrais e coronárias, são retoques que não perdoam e levam sempre a abreviar os sofrimentos seculares de quem é vítima deles, felizmente há um além que canta que o compensará das suas arrelias se se arrepender dos seus muitos pecados
A19- Palms 23:18 4 Novembro 2004
Ó Tokarev vc está a apoiar o Compaio?
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Hummmmm...
A20- Albatroz 23:04 4 Novembro 2004
A Europa pode defender os seus interesses sem qualquer espécie de federação. Para isso basta que os europeus saibam todos quais são os seus interesses, e que esses interesses sejam os mesmos para todos os europeus. Mas se a percepção de cada povo quanto aos seus interesses não for a mesma, não há federação que nos valha. Uma união política como Tokarev sonha só seria possível com uma Europa soviética. Se quisermos ser livres teremos de abandonar qualquer idéia federal. Se quisermos uma união política teremos de abandonar qualquer ideia de liberdade. Chato, não é?...
A21- Tokarev 22:35 4 Novembro 2004
a Europa federal é urgente a Europa tem de poder defender os seus interesses face aos EUA e à China, ou tornar-se-á satélite de uma dessas superpotências
A22- Albatroz 22:08 4 Novembro 2004
Sampaio está senil Só quem nunca parou um minutinho para pensar é que pode manifestar-se a favor de uma Europa federal. Uma federação pressupõe um sentido de identidade, uma comunidade de cultura, de interesses e de projectos. E, sobretudo, um enorme sentido de solidariedade. Nada disto existe na Europa, onde cada povo joga apenas no seu interesse particular. Os suecos estão-se nas tintas para os portugueses, os finlandeses despresam os italianos, os alemães acham-se superiores a todos os outros. A união económica serve apenas para que os mais competitivos chupem os tostões dos menos desenvolvidos, e a união política só serviria para pôr alemães e franceses a mandarem nos outros. Mas quando se fala de pobreza ou de exclusão social, o princípio da subsidariedade é invocado para deixar cada país tratar dos seus excluídos, recusando todo e qualquer dever de solidariedade. Cooperação a todos os níveis, sim. Federação, nunca.
A23- navolta 21:16 4 Novembro 2004
Aí Vempaio. Pra matar a fome ou para beber um copinho? A maluquice circunda-nos por todos os lados.
A24- Caparica Red Neck 19:56 4 Novembro 2004
"Fischer deixou implícita a sua preferência por um referendo comum aos 25 Estados-membros, a realizar na mesma data, já que a solução encontrada poderá criar problemas, se alguns países 'chumbarem' a aprovação do Tratado muito depois de outros já o terem ratificado." E porquê continua a Gra-bretanha fora do euro, commonwealth, tarari? "No decorrer do debate, Jorge Sampaio voltou a apoiar a possibilidade de adesão da Turquia à União Europeia, rejeitando que a questão religiosa possa significar um entrave para o governo de Ancara."
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Quer entao que os portugueses acreditem que o factor de preocupaçao preponderante seja a religiao?? Que 2 cromos, ainda falam do Bush!
A25- Caparica Red Neck 19:52 4 Novembro 2004
"Fischer deixou implícita a sua preferência por um referendo comum aos 25 Estados-membros, a realizar na mesma data, já que a solução encontrada poderá criar problemas, se alguns países 'chumbarem' a aprovação do Tratado muito depois de outros já o terem ratificado." No decorrer do debate, Jorge Sampaio voltou a apoiar a possibilidade de adesão da Turquia à União Europeia, rejeitando que a questão religiosa possa significar um entrave para o governo de Ancara."
A26- Caparica Red Neck 19:51 4 Novembro 2004
"Fischer deixou implícita a sua preferência por um referendo comum aos 25 Estados-membros, a realizar na mesma data, já que a solução encontrada poderá criar problemas, se alguns países 'chumbarem' a aprovação do Tratado muito depois de outros já o terem ratificado." E porquê continua a Gra-bretanha fora do euro, commonwealth, tarari? No decorrer do debate, Jorge Sampaio voltou a apoiar a possibilidade de adesão da Turquia à União Europeia, rejeitando que a questão religiosa possa significar um entrave para o governo de Ancara.
A27- penaleve 18:55 4 Novembro 2004
Utopia ou fatalidade estratégica? Estas coisitas que fazem soltar urros à primeira deixam depois ouvir apenas guinchos agudos passando dias ou meses ou anos depois passa-se à fase dos simples gemidos que primeiro de dor passam depois a coisas semelhantes a orgasmos felizes!... Estados Unidos da Europa, o quê, não acreditam?!... Assim estivessem Vossas Mercês livres de outras coisas bem piores (ser por exemplo anexados como "não sei quantésimo estado da União Imperial dos AMERICÃES!!!!!!! (E NÃO ESTAMOS NADA LIVRES DISSO!!!!!!!)
A28- - Átila - 18:50 4 Novembro 2004
Este Compaio está mesmo fora de prazo...
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A29- JBLXP 18:33 4 Novembro 2004
Outra vez Chiça e imaginem se fosse hoje tinhamos outra vez o Durão Barroso, perdão o sr Jose Manuel Barroso a governar-nos Bolas já chega Livra
A30- Bandarra 18:17 4 Novembro 2004
The satanic trilogy 3.October-2.November 2004 - the less obvious details The obvious about the the ultimate trilogy, celebrating the (false) victory of satan The first - Ultimate Satanic Celebration at St. Peter's Square, Vatican : (almost) perfect 04/10/03 http://www.abovetopsecret.com/forum/thread84759/pg1 The second - European UNION - constitution SEALED in Giulio Cesare hall, Rome : 04/10/29 http://www.abovetopsecret.com/forum/thread92803/pg1 The third US "Elections", with the climax in Washington : 04/11/02 http://www.abovetopsecret.com/forum/thread92348/pg1 Halloween 2004 - last hours before almost all Americans accept to carry the mark http://www.abovetopsecret.com/forum/thread93255/pg1 Some of the obvious details that were explained : - why the cerimony had to be staged now - how the illuminati made sure that there would be no excuses for the sheeple to pretend to have ignored that they were accepting the mark - why was there hardly any resistance to accept the mark - how both accepted the both sides of the mark (US sheeple accepted long ago the currency; EU sheeple accepted it during the last years) but both accepted officially enslavement in a period of five days (29. October - 2. November) Now, day 2 with all NATO sheeple carrying the mark of the beast, time to shed light in less obvious details about these cerimonies. For instance : - other reasons besides the obvious conotation as historic symbol of a satanic pope, for sealing the EU constitution under a sculpture of Innocent X - why two "personalities" perceived as idiots were officially the heads of state of the US (Bush) and the EU (Barroso) - why these personalities were a Bush family member and a portuguese - why the english queen was scheduled to visit the most populated country in the EU (Germany) with an almost 24-hour television coverage of both state TV channels, in spite of the fact that only a few dozen people showed any interest about it
A31- raupena 18:03 4 Novembro 2004
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Sim a uma Europa federal, superpotência económica, tecnológica e militar, rival e não satélite dos EUA. Como cidadão e como contribuinte estou disposto a pagar por isso.
A32- Barato 17:57 4 Novembro 2004
Aliás, já começou a lavagem ao cérebro dos portugueses.
A33- Barato 17:56 4 Novembro 2004
Referendo em Abril? Muito bem! Até lá, vamos ser submetidos a uma gigantesca lavagem ao cérebro, olá se vamos!!!
A34- Palms 17:47 4 Novembro 2004
pois, tá mesmo xéxé! parece o bochechas!
A35- >Asdrúbal 17:15 4 Novembro 2004
Ele nem lê a entrevista nem o que escreve - e reflecte - António Barreto, no «Público», a propósito deste Tratado e desta Europa. Querem ver que temos aqui um D. Afonso VI numa versão serôdia ? Olha que chatice ...
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B
Referendo sem revisão de lei O ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu hoje a hipótese de se realizar um referendo sobre matéria do tratado constitucional da União Europeia sem um processo de revisão extraordinária da Lei Fundamental portuguesa. Actualmente, a Constituição portuguesa impede que sejam referendados tratados internacionais. «O importante é que o referendo se faça o mais rapidamente possível. A questão da revisão constitucional [extraordinária] é secundária», declarou Rui Gomes da Silva, após uma reunião de cerca de uma hora e meia entre a nova direcção do PS e o Governo em São Bento. Pela parte do PS, deslocaram-se a São Bento o secretário-geral, José Sócrates, o presidente e o líder parlamentar do partido, respectivamente Almeida Santos e António José Seguro, e o secretário para as Relações Internacionais, Luís Amado. Pela parte do Governo, estiveram presentes o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Justiça, respectivamente António Monteiro e José Pedro Aguiar Branco, e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Mário David, para além de Gomes da Silva. No final da reunião, José Sócrates considerou «essencial a realização do referendo» sobre matéria europeia para que o projecto de construção da União Europeia «tenha dimensão» e para que «os portugueses o possam aprovar». José Sócrates reiterou depois que, nesse referendo, o PS «empenhar-se-á em defesa do sim» e que o seu partido quer realizar a consulta nacional aos portugueses «até ao final do primeiro trimestre do próximo ano». «É importante que o referendo esteja separado por vários meses das eleições autárquicas [previstas para Outubro de 2005] e que Portugal concretize a consulta rapidamente com uma vitória do sim, porque assim emitirá um bom sinal à União Europeia», argumentou o líder socialista. Sobre a proposta do Governo de que se faça primeiro uma revisão constitucional extraordinária de forma a questionar os portugueses sobre o próprio tratado constitucional europeu, Sócrates manteve fechada a porta do PS, partido indispensável para que se reúna os quatro quintos dos votos parlamentares necessários. «Pensamos que é possível fazer uma pergunta com clareza a partir do actual quadro constitucional», insistiu o secretário-geral do PS, que remeteu para o Governo a responsabilidade da apresentação da proposta de pergunta. Tal como o PS fez (quando assumiu responsabilidades governativas), deve agora o Governo apresentar uma proposta de pergunta, para que seja discutida e aprovada na Assembleia da República, sendo depois submetida à apreciação do Tribunal Constitucional. «Espero que o Governo e o PSD façam aquilo que têm a fazer, porque o tempo urge», frisou José Sócrates. Poucos minutos depois, o ministro dos Assuntos Parlamentares sublinhou que o Governo e o PS estão de acordo para que o referendo sobre matéria europeia se faça, «embora existam dois caminhos para o concretizar: um com revisão extraordinária da constituição, outro sem essa revisão, como entende o PS».
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«Se for possível construir uma pergunta para o referendo sem recurso a uma revisão extraordinária da Constituição, caminharemos nesse sentido. É uma questão secundária, porque o importante é que o referendo se faça», adiantou o membro do Governo, salientando que «os calendários são apertados». «Admitimos que seja apresentada uma solução que sirva os interesses da maioria PSD/CDS-PP e do PS», acrescentou ainda Rui Gomes da Silva. Expresso Online 15:49 26 Outubro 2004
Comentários
B1- Albatroz 08:53 27 Outubro 2004
Essa coisa de "democracia" Alguns participantes neste "online" parecem pensar que os portugueses são demasiado ignorantes para poderem usufruir das liberdades democráticas. Para esses a democracia em Portugal teria de se limitar à escolha de tutores. Mas se somos assim tão ignorantes, como seríamos capazes de escolher os tutores adequados? Não correríamos o risco de escolher gente incapaz? Talvez o melhor fosse acabar com essa coisa da democracia, e deixar que os oligarcas, tudo gente educada, culta, rica, decidissem o que é bom para nós. Acabem com as eleições, que só serve para gastar dinheiro e confundir o bom povo que, afinal de contas, só quer saber do que se passa na Quinta das Celebridades... Ah, e já agora entreguem de vez o país aos espanhóis.
B2- so4h2 06:55 27 Outubro 2004
É um artista português !!! Para quê comentar se tal seria um chorrilho de lamentações? . Só não entendo para que existe a Constituição da República se esta pode ser violada por simples conveniência de momento. . Reconheço que sou uma pobre ignorante nestas matérias da política, mas o que eu sinto é que esta gente, que supostamente nos deveria representar no parlamento e que vive à custa dos nossos impostos, me vem desiludindo e preocupando cada vez mais. . Terei que repensar sériamente o meu voto nas próximas eleições ...
B3- Cabalas 02:51 27 Outubro 2004
Referendo Uma pergunta sobre a Constituição? Por mais inocente que seja, o que se está a perguntar é se se concorda ou não com a Constituição Europeia. A minha resposta é simples, NÃO, qualquer que seja a pergunta! Está chegada a altura de aplicarmos a autodeterminação para Portugal.
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B4- Resistente 00:27 27 Outubro 2004
aukistuxegô Para quem pretender se informar aqui têm o site com muitos jornais estrangeiros: -www.indekx.com
B5- Resistente 00:16 27 Outubro 2004
aukistuxegô Atenção a cabala contra o governo português já chegou à Federação Europeia de Jornalistas que aprovou uma moção contra o que se passa em Portugal no que respeita à liberdade de imprensa, numa altura em que este governo prepara mais uns taxos num Gabinete de cumunicação ou Central de propaganda, segundo diz o governo para tratamento da informação que entra. ehehehehe...Mas já sabiamos ha muito tempo que quem pretender estar informado lê a comunicação social estrangeira, nomeadamente na Internet...
B6- Aguaviva 23:34 26 Outubro 2004
Brrr!!! A fronha deste ministro dá-me azia!!!
B7- ALFACINHA 23:29 26 Outubro 2004
Referendumdum ZERO! -Nunca nos ligaram puto e agora querem umvoto em branco? Jamais! -Já nos levaram as pescas, a agricultura, a indústria, a colher de pau, e a boa fruta bichoca. Também querem o hino, a bandeira e a República em troca por um federalismo tipo EEUU? Ora toma!
B8- newZIPPIZ 23:17 26 Outubro 2004
asdrubal 23:05 26 Outubro 2004 durma bem , mas olhe que não há nada que chegue a uma boa anarquia ! eheheheh
B9- > asdrubal 23:05 26 Outubro 2004
Caro Zippiz Ó caro Zippiz, mas afinal de contas, qual é e o que é a «alternativa» ? Vc. é masoquista ou quê ? Porra, eu já me fartei disto até à medula. Vão mas é todos brincar com os brinquedos, que é o que eu também faço aqui : brincar com os brinquedos, e tentar manter-me vivo enquanto puder. E boa-noite a todos, que eu vou tentar dormir.
B10- - Átila - 23:00 26 Outubro 2004
Referendos Nets altura é uma boa ideia e vai ter grande sucesso, aí uns 14% de votantes. Ainda se fosse um referendo para adivinhar quanto tempo dura o Santanás e dessem um prémio
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decente (por exemplo, ofereciam o Gomes da Selva para mulher a dias) a malta ainda lá ia.
B11- xatoo 22:51 26 Outubro 2004
a pergunta: "Não gostaria que lhe perguntassem algo que Vc não se sentisse defraudado por ter de responder"?
B12- newZIPPIZ 22:26 26 Outubro 2004
asdrubal ... Vc é do contra !? ou é por governo estar entre aspas ?
B13- > asdrubal 21:56 26 Outubro 2004
Concordo. Absolutamente !
B14 newZIPPIZ 21:38 26 Outubro 2004
não não concordo !
B15- CaLoPeSi 21:36 26 Outubro 2004
A PERGUNTA PARA O REFERENDO: Concordam que este governo continue a "governar" o país???
B16- Resistente 20:54 26 Outubro 2004
aukistuxegô No Parlamento Europeu parece que o "parlapié" usado em Portugal não irá vingar. É que là ha pessoas com maior exigencia intelectual...Amanhã vamos aguardar pelo resultado da votação...
B17- > asdrubal 20:47 26 Outubro 2004
Zippiz Sempre digo que estamos muito mal pagos para uma dívida tão grande ...
B18- re-tombola 20:37 26 Outubro 2004
asdrubal 20:10 26 Outubro 2004 Hum... hum! :-)
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B19- newZIPPIZ 20:23 26 Outubro 2004
> asdrubal 20:10 26 Outubro 2004 com essa do (...) Hum ? (...) Vc já parecia aquele cromo no anuncio do MG : falam , falam , mas não dizem nada ...eheheeh
B20- > asdrubal 20:10 26 Outubro 2004
Hum ? Há pessoas que emitem de um «não-lugar». Parece incómodo mas não é verdade. O que incomoda, é : - Somos dez milhões (mais palmo, menos palmo) e cada um de nós deve à Banca Internacional seis mil contos. Mas como a distribuição republicana (os partidos, hoje em dia, são estrutural e éticamente republicanos) da riqueza nacional, resultou nesta esplendorosa desigualdade por todos vista e sentida, os insolventes não têm sequer para comer, quanto mais para pagar uma fortuna. O resultado é que devemos ser talvez uns dois ou três milhões de remediados (mais palmo, menos palmo), a dever dez ou doze mil contos, por cabeça, à Banca Internacional. Dividindo a «Coisa» por três ou quatro gerações vindouras, estabilizada a demografia e antecipados os resultados extraordinários das reformas da Educação, ainda lhes deixamos uma espoleta de vários milhares de contos de dívida até à quarta geração. Com este único, embora finissímo, neurónio, ligado à tripa cagueira, pergunto eu : O que é que nós, Portugueses, andamos aqui a fazer em Portugal ? Hum ?
B21- Dartacão 19:25 26 Outubro 2004
Também gosto deste país... ai gosto, gosto, que se prepara para referendar um tratado internacional passando por cima da Constituição, quando ela não o permite. No fundo, nem sei o que é pior; se referendar sem alterar a constituição, se alterar a Constituição só para poder referendar. A idéia que sobressai é que não interessam os meios para atingir os fins. Afinal, não tem sido este o lema do governo em todas as áreas de actuação?
B22- Resistente 19:10 26 Outubro 2004
aukistuxegô Ora vivemos entre duas concepções. Uns dizem que devemos respeitar o deficit outros dizem que não. Ao povo sõ resta rezar e esperar por um milagre...
B23- Fado Alexandrino 19:02 26 Outubro 2004
Concorda com a existência de uma Constituição Europeia que você nunca leu nem vai ler, e mesmo que lesse não percebia patavina, a qual lhe será explicada pelos ilustres constitucionalistas portugueses que nem sequer se conseguem por de acordo sobre a data em que o Presidente da República pode exonerar um governo ?
B24- re-tombola 19:00 26 Outubro 2004
Que país maravilhoso!!!!!!!! .
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Gosto deste país que se propõe alterar a Constituição só para referendar um tratado internacional... . Ai se gosto... . Estou até a ver a D. Margarida ali da tasquinha a ler os artiguitos todos do tratado internacional e a discutir, entre cervejolas e tremoços, os respectivos artigos com os clientes... . Omeu carteiro, que nunca toca sequer uma vez, já disse que se disporá a passar mais tempo no átrio do meu palacete caso a revisão constitucional lhe permita debruçar-se com mais afinco sobre o tratado internacional... . O que todos me dizem, no entanto, é que querem uma pergunta inteligente, tipo "Jorge Gabriel e o seu Quem Quer Ser Milionário": "Como se chama o salazar que hoje nos governa?" . Mas, acina de tudo, diz-me o Manel "Engraxador": . - "O importante é seja apresentada uma solução que sirva os interesses da maioria PSD/CDS-PP e do PS"... . O importante é que sirva ... interesses... pois...
B25- Resistente 18:15 26 Outubro 2004
aukistuxegô Então o Partido Socialista não concorda com uma nova revisão da Constituição como tem acontecido no passado e que tem contribuido para o afundamento do País e o enriquecimento dos grupos financeiros e a pobreza cada vez maior da população? Agora todos estavamos esperançados que com o saque e venda dos bens do Estado e a usurpação dos descontos dos fundos de pensões se conseguia o equilibrio do deficit, vem agora Bruxelas dizer que não é possivel. Portanto temos mas é que emigrar se não sacam-nos o que resta...Mas os politicos e seus assessores ganham milhares de euros por mês, dão as reformas que entendem a alguns "gestores2 que dizem que são muito competetes. No grupo BCP-Millenium também muitos individuos muito "competentes" a sacarem alguns milhares de euros de ordenado por mês enquanto esse Banco paga reformas de setecentos e novenenta e oito euros para alèm de segundo noticias nos jornais paga de imposto de IRC muito menos que a maioria das empresas...Quando é que se acaba com o trafico politico entre a Banca e as cadeiras dos ministerios?...
B26- Vitor Mango 18:05 26 Outubro 2004
Sou contra os referendos Totalmente Então a malta paga para decidir na AR o que faz ? Eles podem analisar cheirar verificar pontapeara abanar asso+prar e depois dicidir porque foram mandatados para isso Meter o POVO nisto onde a maioria nem escrever sabe como quando e onde vai meter a cruz para dizer sim ou sopas
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SE PSD CDS e PP estão de acordo porque vão chatear o BOM POVO Com 3\4 de votos podem fazer coisas novas Por favor não brinquem aos referendos dá sempre em ABORTO
B27- mosco 17:17 26 Outubro 2004
Outra pergunta ainda: Concorda com a Cabala Involuntária ou prefere uma verdade infundada ?
B28- mosco 17:16 26 Outubro 2004
Outra pergunta também sem revisão extraordinária: Concorda com a verdade subjectiva?
B29- mosco 17:14 26 Outubro 2004
Há uma pergunta que pode ser feita sem obrigar á revisão extraordinária: Gosta das alheiras de Mirandela ?
B30- Albatroz 17:04 26 Outubro 2004
Seja qual for a pergunta, a resposta é "NÃO"!
B31- surpreso 16:46 26 Outubro 2004
Sem revisão da Constituição é como quer o PS.Porque não? Basta perguntarem :"Querem receber mais uns cobres da Europa ,antes de abrirem falencia ?" .A resposta só pode ser positiva...
B32- >Asdrúbal 16:02 26 Outubro 2004
"Não digam nada ; não se mexam".
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C
PR defende aproximação dos cidadãos à EU O Presidente da República, Jorge Sampaio, sublinhou hoje, em Espanha, a importância de uma forte aposta nas políticas de comunicação da União Europeia, de forma a evitar o afastamento dos cidadãos em relação ao projecto europeu. Após receber, no Mosteiro de Yuste (Extremadura), o Prémio Carlos V, distinção obtida pela dedicação aos ideais europeus, Sampaio realçou a «persistente ineficácia das políticas de comunicação da União para informar os cidadãos sobre a bondade do projecto europeu e anular muitas caricaturas que prejudicam adesões e aprofundam distanciamentos pessoais». Na opinião do Presidente da República, «nem os governos, nem as instituições comunitárias, nem as forças políticas dos diversos Estados, nem os media têm sabido exercer um devido trabalho pedagógico para, através dele, quebrar o preocupante alheamento dos cidadãos, bem patente nas recentes eleições para o Parlamento Europeu». «E porque se volta durante o próximo ano a decidir o rumo europeu, agora ligado à ratificação do Tratado Constitucional, será útil recordar o extenso património de realizações, promovendo para isso um amplo processo de esclarecimento junto dos cidadãos, de modo a despertar neles uma cultura de responsabilidade participativa nas escolhas que irão influenciar amplamente o seu futuro», sustentou o Chefe de Estado. «Convém não nos iludirmos: a Europa, a braços com uma conjuntura política e económica desfavorável, atravessa um dos seus períodos de recorrente pessimismo e dúvida, que favorece uma maior visibilidade aos que, por razões de legítima convicção, ou por meras estratégias pessoais, criticam o desígnio da unidade europeia, por nele encontrarem excessos integracionistas ou, pelo contrário, omissões insuportáveis para as suas expectativas», defendeu. Sampaio considerou ainda que a constituição europeia é «uma resposta realista aos anseios de uns e aos temores de outros, num esforço de equilíbrio e compromisso que bastante deve ao método inédito e aberto à sociedade civil proporcionado pelos trabalhos da Convenção Europeia». O Presidente da República sucede ao antigo Presidente da União Soviética Mikhail Gorbachov como vencedor do Prémio Carlos V, da Academia Europeia de Yuste, visando distinguir figuras que tenham contribuído para o engrandecimento dos valores europeus. Em declarações aos jornalistas, Sampaio disse que guardará para si os cerca de 90 mil euros do prémio que lhe foi entregue pelas mãos do Rei de Espanha, Juan Carlos I. «O prémio, desta vez, vai ser para mim. Não vai haver associações de caridade. Os tempos vão maus», afirmou.
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Expresso Online 18:21 13 Outubro 2004
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C1- Anarkismus 20:33 13 Outubro 2004
a Europa "rosa" Informa a Europa Press que o ministro italiano Mirko Tremaglia expressou a sua oposição à recusa da nomeação pelo Parlamento Europeu de Rocco Buttiglione como comissário, assegurando que "a Europa está dominada pelos "culatoni" (maricas). . Também classificou de "distorção" a possibilidade de que os homosexuais possam casar-se e adoptar filhos. . Ainda vai havendo homens por esta Europa panasco-democrática!
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D
Risco de «crise profunda» O comissário europeu António Vitorino alertou hoje para o risco de uma eventual rejeição da constituição europeia «projectar a União Europeia numa crise profunda», com reflexos em especial nos interesses dos Estados membros «mais vulneráveis». Na opinião de António Vitorino, que intervinha na conferência «O futuro da Europa - A constituição europeia e a dimensão social», organizada pela central sindical UGT, a paralisação do processo de adopção da constituição - por efeito da vitória do «não» nos referendos já convocados sobre a questão - «seria um retrocesso muito negativo para o projecto europeu». O comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos, que cessa funções no final do mês, considera ainda «um precedente perigoso» a instrumentalização do «tema da constituição» ao serviço de «um puro debate de política nacional», a exemplo do que, em sua opinião, acontece em França. Da mesma forma, acrescentou Vitorino, «é difícil defender o voto 'sim'» nos referendos «se os Estados membros derem mostras de egoísmos nacionais», nomeadamente no momento em que forem definidas as perspectivas financeiras da União para o próximo período, de 2007 a 2013. Sobre o debate que precederá as consultas populares, o comissário português alertou para o «risco sério» de o debate em torno da constituição ser «absorvido por questões como o equilíbrio institucional, em detrimento do conteúdo das políticas». «É importante que nesse debate não nos deixemos enclausurar nas questões institucionais», afirmou, defendendo a necessidade de «ultrapassar a apatia, o cepticismo e a desconfiança» em relação à constituição europeia. Relativamente à articulação entre a constituição europeia e as constituições nacionais, Vitorino considerou não existir «qualquer alteração qualitativa» no âmbito da aplicação das duas legislações, pelo que esta «é uma questão que está a ser empolada artificialmente em países como Portugal, «dando origem a uma mitologia da soberania nacional». Na ocasião, o comissário de nacionalidade portuguesa lançou um apelo veemente à votação nos referendos sobre a constituição: «Os que ficarem em casa e se abstiverem votam contra a constituição e a favor de uma crise europeia», afirmou. Quanto à Turquia, Vitorino previu «um caminho longo e difícil» até que este país possa aderir à União, mas defendeu que é um processo que «vale a pena». A constituição europeia foi também um tema central na intervenção do secretário português dos Assuntos Europeus, Mário David, que defendeu a necessidade de em Portugal serem «criadas condições para um debate urgente sobre a Europa».
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«Só através de uma exaustiva política de informação é que o povo português poderá participar de forma activa e esclarecida numa decisão que marcará o futuro de Portugal e da Europa», afirmou, sustentando que esta «política de informação não depende apenas do Governo», mas envolve «a mobilização de todas as entidades, públicas e privadas». Além da adopção da constituição, Mário David destacou três outros «novos e complexos desafios» com que o projecto europeu está confrontado: a necessidade de «levar a bom porto a Estratégia de Lisboa», a concretização do alargamento da União e a «negociação das perspectivas financeiras». A propósito da definição das contribuições financeiras dos Estados membros para o período 2007-2013, Mário David defendeu uma negociação «sobre todos os elementos do quadro financeiro». «Devemos, pois, encarar esta negociação como um desafio centrado sobre todos os elementos do quadro financeiro e não, como ocorreu no passado, virada quase exclusivamente para os fundos estruturais e de coesão. E isto apesar de rejeitarmos liminarmente que estas políticas venham a ser a única variável de ajustamento dum exercício que alguns pretendem que seja apenas de restrição orçamental», disse. O secretário-geral da UGT abriu o ciclo de intervenções defendendo a necessidade de um «grande debate» sobre a constituição europeia e aludiu aos «problemas graves» que a Europa tem de enfrentar, nomeadamente o «elevado nível de desemprego», as«deslocalizações» de empresas ou o «combate à fraude e à fuga fiscal». John Monks, secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos, alertou, por seu turno, para a «crise muito difícil de resolver» em que entrará o projecto europeu em caso de rejeição da constituição por via referendária. Expresso Online 19:16 11 Outubro 2004
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D1- Escaravelho da batata 09:53 12 Outubro 2004
Não há ninguém que cale o António Vitorino ? Tanta verborreia e tão pouca acção ? Porque não se candidatou a líder do PS ? Medo de uma derrota retumbante ? Por favor, Sr. Rui Gomes da Silva, esteja atento ao Tó Vitó.
D2- Kostas Kalimera 00:07 12 Outubro 2004
Um muito mentiroso a falar! A lançar umas postas alarmistas, sem qualquer fundamentação. . Para esta amostra de democrata os entendimentos de alguns quantos "predistinados", por sinal muito bem pagos e fazendo sempre, mas sempre o que às multinacionais interessa que seja feito, é o melhor dos mundos.
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. Já uma decisão soberana dos povos que desagrade a essas multinacionais e, logo, aos seus Vitorinos é «projectar a União Europeia numa crise profunda»! . Para aqueles que ainda tivessem dúvidas para aqueles que ainda dão algum crédito a este Vitorino, apesar das mentiras com que se notabilizou, as coisas não podiam ser mais claras: . democracia, para estes sujeitos é o povo dizer amén ao que eles decidem, nos outros casos é a catástrofe que vem aí! . Democratas de meia tigela! Se, ao menos fossem isso já era muito bom, mas nem isso são!
D3- Ribalta 00:00 12 Outubro 2004
Li uma recente entrevista do senhor Prodi Presidente da U.E. alias ele prepara-se para tomar conta do governo Italiano. Ele fala da U.E. como tudo venha acontecer no Proximo seculo. Tudo a longo praso. Diz tambem ele que a europa falta lideres como foram Mitarran e KOHL. A Europa tem uma crise de liderança. uma crise de acarditar em si propria. Ao trazer a turquia para a europa antes de o referendo a constituição estar terminado, corre-se o risco em falta de informação de haver mais pessoas a votar contra? Com receios dos tempos modernos.
D4- Anarkismus 22:47 11 Outubro 2004
profunda como a divida do Vitorino Quanto de profunda? Chegará para encontrar a divida ás finanças que o Vitorino deixou por pagar quando se "pirou" para eurodeputado?
D5- Vitor Mango 21:31 11 Outubro 2004
uma noticia da Europa que passou ao lado do Expresso e que achei de grande valia «««««««UE lança plano para garantir criação de Estado palestiniano O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Ángel Moratinos, anunciou esta segunda-feira que a União Europeia (EU) vai lançar brevemente um plano de acção a curto e médio prazo para garantir a existência de um futuro Estado palestiniano, a primeira iniciativa que decorrerá à margem do Quarteto. Este plano de acção vai centrar-se na segurança dos territórios palestinianos, na necessidade da celebração de eleições e na reconstrução das zonas que se encontram sob ocupação israelita, explicou o responsável. Moratinos sublinhou que esta iniciativa demonstra que a Europa «não espera pelos outros», referindo-se aos três parceiros do Quarteto: Estados Unidos, ONU e Rússia.
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«Se não actuarmos nestes momentos, a preocupação é que o Estado palestiniano possa desaparecer», afirmou o ministro espanhol após uma reunião com os seus homólogos da UE.
D6- NORTHWIND 21:18 11 Outubro 2004
Cooperacao economica SIM! Integracao politica NAO ! Perda da Independencia Nacional, ou a pouca que ainda nos resta, NAO ! ! ! ! ! ! Este o meu parecer. Porque RAZAO os politicos e os que estao por detras deles querem um SUPER STATE se sempre que queremos fazer uma chamada telefonica para a ALEMANHA, por exemplo, pagamos um tarifario diferente do nacional ou se comprar-mos um carro na Belgica SOMOS OBRIGADOS a pagar imposto em cima de imposto ou porque razao um INGLES so pode trazer para a Gra - BRETANHA uma quantidade reduzida de productos que compra em FRANCA, caso contrario CONFISCAM-LHE tudo ? Porque ? Para que essa CONSTITUICAO EUROPEIA que so serve os politicos e quem por detras deles esta? Porque razao abrimos as fronteiras ao GLOBO e estamos a sofrer na pele, excepto pois claro uma certa elite que benefecia e muito com isso, em que as MAFIAS, CRIME ORGANIZADO, TERRORISTAS, TRAFICANTES DE DROGA E IMIGRACAO ILEGAL prosperam a olhos vistos ? Porque ? Quem foi que teve a GENIAL ideia de aderir a ZONA EURO sabendo perfeitamente que sendo um pais periferico ia-mos ser crucificado por ter ido na conversa fiada desses vendedores da banha de cobra que falam CHEIO DE CONFIANCA acerca de assuntos de que nada percebem ? E para acabar ............. quem foi o GENIAL comissario europeu que andou ao gritos por essa europa fora a dizer que precisavamos de mais 20 milhoes de imigrantes ( legais ou ilegais ) para satisfazer o apetite insaciavel dos capitaes da industria europeia por mao de obra barata? Deve ser para ajudar os 17 milhoes desempregados............ que temos ! E por ai adiante....... estamos nao so cansados, mas mais do isso SATURADOS de uma certa classe politica que so pensam numa coisa MMMMMMMMMMMMMMMMEEEEEEE FIRSSSSSTTTTTTT !!!!!!!!!!!!
D7- macmarq 20:46 11 Outubro 2004
Vitorino não tens tino Vai meter medo às criancinhas do Sudão.
D8- > asdrubal 19:58 11 Outubro 2004
Vitorino já está a ensaiar a estratégia do medo. Não colhe. A oligarquia fandanga não teve medo, até agora, de um processo de burocratas, sobretudo de enfeudamento a Espanha, sem genuína representação democrática. Que o referendo vos abane de cima a baixo, e que a República caia na Ribeira dos Milagres de Leiria, é o meu maior desejo !
D9- Albatroz 19:54 11 Outubro 2004
Não a esta Europa O problema da Europa não é tanto o do SIM ou NÃO à Europa, mas da espécie de Europa que se deseja. Ora a Europa que se desenha é uma Europa dominada efectivamente pela Alemanha e pela França, que apenas desejam instrumentalizar a Europa para a defesa das suas tradicionais políticas nacionais. Ou seja, reconhecendo
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que já não têm peso específico suficiente para serem jogadores no tabuleiro mundial, querem servir-se do peso específico que constituem 450 milhões de europeus, para continuarem a fazer a política da França e da Alemanha. Que isso lhes interesse, compreende-se, mas que nos peçam para nos entusiasmarmos com tal perspectiva, já me parece pouco razoável. Os países menos desenvolvidos da Europa não precisam da Europa para brincar às grandes potências, mas para garantir os meios que lhes permitam desenvolver-se. O que passa por uma política de redistribuição à escala europeia. Mas como é que tal é possível com um orçamento europeu de cerca de 1% do PIB conjunto? A abertura das fronteiras económicas e o mercado único permitem aos países mais desenvolvidos da Europa captarem uma parte da riqueza dos países menos desenvolvidos, que não conseguem equilibrar as suas contas externas. Seria da mais elementar justiça que, em contrapartida, a Europa canalizasse para esses países menos desenvolvidos os meios necessários ao seu desenvolvimento. Mas uma Europa imperial, com sotaque franco-alemão, e que ainda por cima agrava a dependência de Portugal e o torna progressivamente mais pobre, não nos pode interessar. Ou será que ainda se não reparou no facto de Portugal ter a quarta maior dívida externa do Mundo, correspondendo a mais de 160% do nosso PIB, e a mais de 6000 contos per capita? Produto da nossa incompetência mas também da forma como esta Europa funciona. Como é óbvio, votarei NÃO.
D10- Taskforce 19:38 11 Outubro 2004
PIOR DO QUE A QUE TEMOS? Falar sobre isto vai na realidade dar pano para mangas, e vamos lá ver os comentários dos nossos eruditos do Expresso Online dão um pouco de luz àqueles que vivem na escuridão
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E
Barroso desaconselha «politiquices» O referendo sobre Constituição Europeia deve servir de incentivo para lançar «um verdadeiro debate sobre a Europa», considerou hoje o ex-chefe de governo português e presidente designado da Comissão Europeia, Durão Barroso. «O que devíamos pedir é que os europeus examinem a Constituição e que não sejam influenciados pelos debates politiqueiros nacionais» disse aos jornalistas, em Paris, onde foi recebido pelo Presidente da República francês, Jacques Chirac. Para o presidente indigitado da Comissão, «é importante saber quem é contra ou a favor da Europa», cuja «credibilidade está em jogo». Durão Barroso entende que a questão da Constituição não deve ser confundida com os problemas políticos de cada país, como no caso de França, onde os socialistas estão divididos quanto o apoio ao tratado Constitucional. Sobre a questão de uma eventual antecipação da data do referendo, hoje admitida pelo ministro dos Assuntos Parlamentares português, Rui Gomes da Silva, Durão Barroso escusou-se a comentar, argumentando não ser da sua competência. «Não me compete a mim, mas às autoridades portuguesas», frisou. 19:51 22 Setembro 2004
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E1- Vitor Mango 10:19 23 Setembro 2004
Sobre a questão de uma eventual antecipação da data do referendo, hoje admitida pelo ministro dos Assuntos Parlamentares português, Rui Gomes da Silva, Durão Barroso escusou-se a comentar, argumentando não ser da sua competência. «Não me compete a mim, mas às autoridades portuguesas», frisou. Eu penso que O povo portuguez se vai cagar forte e feio para este tipo de brincadeiras Querem que eu diga a minha opinião ?~ Não brinquem aos referendos !!!!!!
E2- surpreso 23:49 22 Setembro 2004
Este remoque vem a propósito da pirueta de Laurant Fabius, um barão do PSF que quer candidatar-se a presidente da França.Tem sido bastante atacado,dentro do próprio PSF ,tanto mais que seria bizarro que os franceses negassem a Constituição e a Europa..
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F
Acordo sobre Constituição Os dirigentes da União Europeia adoptaram formalmente a Constituição Europeia hoje, em sessão plenária na cimeira de Bruxelas, anunciou um porta-voz da presidência irlandesa da UE. «O Conselho Europeu (cimeira) chegou a acordo sobre a Constituição», declarou. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Joschka Fischer, confirmou a informação, bem como diplomatas de várias delegações. Segundo fontes da comissão, a Polónia bateu-se até ao fim dos trabalhos da cimeira pela inclusão de uma referência às raízes cristãs da Europa no preâmbulo do tratado constitucional. O acordo histórico sobre a primeira Constituição europeia foi halcançado, em Bruxelas, em reuniões bilaterais entre a presidência irlandesa da União Europeia e cada um dos 25 Estados-membros, segundo fontes diplomáticas. Entretanto, os chefes de Estado e de Governo dos 25 países da União Europeia adiaram para 30 de Junho a escolha do próximo presidente da A Comissão Europeia, indicou hoje fonte diplomática. Na «corrida» estava, de forma mais explícita, o primeiro- ministro belga, Guy Vershofstadt, contra quem se manifestaram países como Portugal, Itália, Grécia, Polónia, Eslovénia, Reino Unido e os países bálticos. O nome do primeiro-ministro, Durão Barroso, circulou insistentemente nos corredores, mesmo depois do próprio ter desmentido ser candidato, ainda que tenha admitido ter sido contactado nesse sentido. Vários países manifestaram o seu apoio a uma candidatura de Barroso nas reuniões bilaterais que decorreram quinta-feira à noite entre cada Estado-membro e a presidência irlandesa da União Europeia (UE). Também o nome de António Vitorino circulou nos corredores, mas o único apoio que o comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos recebeu foi o de Portugal. Mesmo países liderados por socialistas, como Espanha, não apoiaram o comissário português. Expresso Online 20:10 18 Junho 2004
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F1- Vitor Mango 21:58 19 Junho 2004
binmarder 15:36 19 Junho 2004 Vitor Mango 09:28 19 Junho 2004 Às moscas ou p'às moscas?r Mango 09:28 19 Junho 2004 Às moscas ou p'às moscas? Eu mango diria mais VOO do moscardo Só kanamelembro quem colocou o moscardo a fazer musica Por acaso musica mutaboa
F2- Vitor Mango 18:56 19 Junho 2004
Como não há noticias no Expresso - aqui vai EXPRESSAMENTE para todos V. Exas noticias na BBC News EUA dizem que Al-Qaeda foi alvo em Faluja Imagens de TV mostram cratera deixada por ataque Um porta-voz das forças americanas no Iraque disse que o ataque aéreo contra a cidade de Faluja na manhã deste sábado teve como alvo militantes leais ao líder da Al-Qaeda Abu Mussab al-Zarqawi. O general americano Mark Kimmit disse que informações do serviço secreto indicavam que integrantes da rede comandada por al-Zarqawi estavam dentro do prédio, que foi alvo do ataque. O número de mortos ainda não foi confirmado. Informações dão conta de que o número de vítimas pode ficar entre 16 e 22 pessoas. Segundo testemunhas do ataque – que, inicialmente, não havia sido confirmado pelos americanos– um avião disparou contra o prédio, que fica no distrito de Jbail, soterrando vítimas e atingindo construções vizinhas. Imagens gravadas por uma rede de televisão mostram cenas de destruição na cidade onde centenas de iraquianos morreram vítimas de bombardeios americanos em abril. O ataque deste sábado é a primeira grande ofensiva contra Faluja desde que um acordo, no mês passado, interrompeu os intensos confrontos entre milícias iraquianas e forças americanas. O Exército americano ainda não se pronunciou sobre o incidente deste sábado. Representantes das forças americanas, no entanto, têm dito que a "pacificação" de Faluja é um passo importante para a transferência da soberania para os iraquianos, prevista para ocorrer no dia 30 de junho. Outras regiões do Iraque também foram palco de violência neste sábado.
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Pelo menos duas pessoas foram mortas em uma explosão perto da cidade de Basra, no sul de país. Um dos mortos era um segurança português que trabalhava em uma empresa de petróleo. Os dois foram vítimas de um ataque a bomba no acostamento da estrada em que viajavam no sudeste de Basra. No nordeste de Bagdá, um soldado americano foi morto em um ataque perto da cidade de Baquba na noite de sexta-feira.
F3- Tokarev 17:04 19 Junho 2004
Constituição da União Europeia, rascunho http://europa.eu.int/eur-lex/pri/en/oj/dat/2003/c_169/c_16920030718en00010105.pdf
F4- MELANIE 16:19 19 Junho 2004
Quem sabe o que significa a UE? Infelizmente a maioria dos portugueses e não só desconhecem completamente o significado de tal constituição.E os politicos não têm feito nada para melhorar a situação.
F5- Viper 001 16:13 19 Junho 2004
Não sei se a dita constituição é boa ou má. Mas sei que, se ela não for objecto de discussão, no País, e não for sujeita a referendo, terei que tirar uma conclusão única: PSD, PS e PP têm, nas suas direcções, a maior corja de traidores que existiu em Portugal desde a sua fundação. E, atenção: não sou comunista e fui filiado, até há pouco tempo, num dos dois maiores partidos. E sei do que a casa gasta. Muito mais do que se pode pensar.
F6- Caturo 15:46 19 Junho 2004
E porque não a independência???... «Só fico feliz quando vir uma Europa Federarativa, desde o Atlântico até aos Urais, em que a nossa Cultura,» A nossa cultura? Temos tantas, na Europa... porquê diluí-las todas para criar uma salsada?...
F7- binmarder 15:36 19 Junho 2004
Vitor Mango 09:28 19 Junho 2004 Às moscas ou p'às moscas?
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F8- Vitor Mango 15:35 19 Junho 2004
Mas consguimos as nossas mais sentidas aspirações de ter lá uma referência à Nª Srª de Fátima ou não amigo aiaiaia Quanto a isso eu acho que ! mas faltar uma referencia sobre as qualidades divinas dum Bom Cartaxo isso ai aia ai amigo é keimperdoavel Imperdoavel
F9- cityshaper 15:26 19 Junho 2004
Kostas Kalimera 14:01 19 Junho 2004 Embora me pareca correcto o recurso ao referendo, receio pela falta de capacidade nos partidos nacionais em representar o nosso pais de forma eficaz se o resultado for contra esta constituicao. Na minha opiniao a europa tem sido bem sucedida nos objectivos a que se tem proposto, com objectivos concretos, actuais e procurando respostas 'sofisticadas' sem paralelo no resto do mundo.
F10- xatoo 15:13 19 Junho 2004
o melhor lacaio do ano! Durão Barroso indicado pelos seus aliados Bliar e Berlusconi do Gang de Washington na Europa, para sucessor de Prodi O melhor lacaio,, reconhecido pelos seus pares!
F11- aiaiai 14:28 19 Junho 2004
Desculpem a pergunta ! Mas consguimos as nossas mais sentidas aspirações de ter lá uma referência à Nª Srª de Fátima ou não ?
F12- Karlitos1 14:25 19 Junho 2004
Acordo sobre Constituição Só fico feliz quando vir uma Europa Federarativa, desde o Atlântico até aos Urais, em que a nossa Cultura, modo de ser e de estar, comum a todos os Povos Europeus, possa servir de referncial e exemplo a seguir por outros povos... Ser em primeiro lugar Homem, depois Europeu, e só por fim (the last but not the least...) Português...
F13- Kostas Kalimera 14:01 19 Junho 2004
cityshaper 00:33 19 Junho 2004 Todos os partidos, todos, se manifestaram pelo referendo sobre esta questão!
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Agora, que ela se pôe, a ver vamos se os partidos do governo cumprem com a sua palavra ou se, acompanhados pelo PS ou não, congeminam umas aldrabices quaisquer para fugirem ao que sempre disseram, ao referendo!
F14- Tokarev 14:00 19 Junho 2004
o PC nunca teve tão poucos votantes quase só votaram os militantes foi a mais dura derrota comunista de sempre
F15- Kostas Kalimera 13:33 19 Junho 2004
À cooperação europeia, sim! À submissão não! O Bloco central! O governo PSD/PP vai assinar e o PS já se congratulou!!! Isto mostra que, nas últimas eleições a grande maioria dos portugueses não terá tomado a decisão acertada. Mostraram, é certo, um grande descontentamento com a politica governamental e com a forma como seguem as coisas na Europa. Mas não foram capazes de encontrar soluções adequadas ou de, votar diferente do que sempre têm feito. Abstiveram-se ou, na sua maioria, limitaram-se a transferir o voto do PSD/PP para o outro parceiro nestas andanças, o PS! Como sempre tem sido feito ao longo dos últimos 28 anos. Do PSD para o PS e do PS para o PSD! Um verdadeiro resultado de soma nula! Aliás, logo no Domingo à noite, representantes do PSD afirmaram claramente que tinham ganho os partidos empenhados na construção europeia tal como ela está a ser feita: lá em cima, a favor dos grandes interesses e longe e contra os interesses dos povos. Por isso, os governos, todos, excepto dois, derrotados nas últimas eleições sentem-se encorajados a continuar a fazer o que vinham fazendo. Sabem que, se forem substituidos, o serão por partidos que, mais palavra menos palavra, farão o mesmo que eles estão a fazer agora. Deve ser um motivo para refexão dos eleitores. Mas, evidentemente, no caso concreto, a procissão prepara-se apenas para partir. Ainda nem sequer chegou ao adro. A ver vamos o que vaio acontecer e muito pode ser. À cooperação europeia sim!
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À submissão, não!
F16- electra 13:10 19 Junho 2004
Conclusões: 1- Parece que não há então apoio internacional ao Vitorino. De acordo com a notícia, "mesmo países liderados por socialistas, como Espanha, não apoiaram o comissário português".... 2- alcançado não é com com h, "óh sôr" jornalista, emende lá isso.... "O acordo histórico sobre a primeira Constituição europeia foi halcançado...." (linha 11) 3- a ver vamos... como diz o cego
F17- José Costa 12:39 19 Junho 2004
EUROPA-2. Titulo II-Liberdades. Artº II-14º-Direito á educação. 2) Este direito inclui a possibilidade de frequentar GRATUITAMENTE O ENSINO OBRIGATÒRIO. Este artº significa a democracia a funcionar. Significa igualdade para todos! SE alguém quiser,eu posso explicar porquê e establecer a relação com a constituição portuguesa e o que se passa no nosso ensino superior público, quando aqueles que não necessitam, exploram sem qualquer vergonha na cara, os mais pobres que por dificuldades económicas não podem aceder e frequentar o ensino superior público por várias razões em que a pricipal é a falta de condições económicas das famílias,mas são obrigados a pagar o curso daqueles que depois os vão explorar em todos os campos da sociedade! Este país está podre! Com democracia e coragem conseguiremos fazer avançar Portugal! Dêm-nos a democracia, dêm-nos a igualdade de poder competir entre iguais e com igualdade de condições e vão ver este país a criar riqueza e postos de trabalho!
F18- José Costa 11:50 19 Junho 2004
Europa-1 Nunes da Silva 09:11 19 junho 2004. No site da UE. poderá obter a resposta a algumas dúvidas que possa ter, pois o mesmo disponibiliza para consulta, e na sua versão integral, o PROJECTO do tratado que estabelece uma CONSTITUIÇÂO PARA A EUROPA.
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Para uma melhor compreenção da mesma, obtenham a Constituição Portuguêsa e comparem! Podem verificar a razão porque eu luto á anos pela democracia no nosso país! E ao lutar pela democracia, luto ao mesmo tempo pelo combate á pobreza, pela defesa dos mais desfavorecidos, porque com democracia, há mais igualdade de oportunidades que nos permitem lutar pela vida, contra iguais e não como agora, contra os protegidos do sistema, que tudo têm, pisando despudoradamente aqueles que não pertencem aos partidos. Com democracia, vencem os melhores e os mais aptos e não os mais amigos e filiados partidários! Sou a favor dos Estados Unidos da Europa, porque Portugal tem que fazer parte de qualquer projecto europeu que elimine a possibilidade de haver uma nova guerra na Europa! Quanto a mim, isso é conseguido com este projecto que ainda é imperfeito, mas é um princípio que nos deve orgulhar. Deve ser aberto um tempo de discussão pública, seguido pelo referendo! Não tentem fazer-nos passar por burros e mentecaptos, novamente! Para que os Portuguêses sintam que fazem plenamente parte deste projecto, é necessário que a partir de hoje todos comecem a discutir esta constituição e verificar o que não corresponde ás nossas expectativas, tentando dar soluções para a melhorar no futuro. Porque há alguns artigos e alíneas que precisam de ser modificados! O que foi aprovado não foi a constituição( porque não existe ainda uma nação), mas um PROJECTO! Gostaria de dar uma sugestão ao EXPRESSO! Esta é uma discussão que vai demorar algum tempo, e o jornal pode ajudar os leitores se disponibilizar: 1º) No on-line este projecto de constituição para consulta rápida pelos portuguêses! 2º)Na edição impressa, um folheto com o mesmo projecto para maior divulgação e compreensão da constituição que no futuro, lhes vai servir de lei básica, porque todas as constituições nacionais, não a podem contrariar! Bem hajam!
F19- Tokarev 10:30 19 Junho 2004
caro surpreso a relação normal nos partidos socialistas é como a do Vitorino com os seus amigos do Parlamento Europeu, onde só o Durão o apoia e por dever de ofício ou como os da peixeirada da lota de Matosinhos, Miranda e companhia ou como os do sotão do Guterres com o camarada Mario Soares...
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F20- Tokarev 10:26 19 Junho 2004
zippiz os fascistas são anti-europeus, e eu sou federalista convicto
F21- surpreso 10:24 19 Junho 2004
Foi uma demonstração da capaciadade de negociar,salvaguardando as posições dos paises membros.Uma uinião de estados e nações e (ainda) não uma federação.Quanto a Vitorino,quem tem amigos daqueles na Internacional Socialista não precisa de inimigos.A começar pelo Sapateiro, que é o maior mentiroso de todos...
F22- Vitor Mango 09:28 19 Junho 2004
Pois O que é que o amigo fazia se no seu restaurante o maitre lhe dissesse ; - Caro cliente aos sabados e Domingos só servimos comida de SEXTA-feira Assim proponho que o ON caRO ( OU BARATO ) META AQUI A SUA NOTICIAZINHA PARA A GENTE Ku-mentir Única forma das mesas não ficarem ás moscas Bye
F23- Nunes da Silva 09:11 19 Junho 2004
Não interessa o mero jogo de poleiros. O que interessa é saber se se aumenta ou não o poder de outros governos decidirem sobre nossas vidas e bens e em que casos e medida isso acontecerá. Porque nós, em caso algum, iremos interferir na escolha dos governantes desses países. Não respodem perante o povo português ou qualquer outro povo que não seja o próprio. Interessa também saber se tratado que se assine é ou não irreversível. Se um país poderá ficar sujeito a ocupação por forças estrangeiras para imposição da lei "europeia" ou sujeito a abafamento económico, caso os nossos filhos ou netos, no futuro, entendam ser melhor saír da Unão. Pelo que está vindo a lume, acho imperativo um referendo. Com disseminação prévia, INTEGRAL, do texto e chamada de atenção para as diferenças em relação à situação actual. E discussão ampla e PÚBLICA. Não apenas parlamentar.
F24- Maltus 08:48 19 Junho 2004
é urgente a mobilização dos espoliados do ultramar PALAVRAS DO DR. PAULO PORTAS A RESPEITO DA CAUSA DOS ESPOLIADOS ULTRAMARINOS -------------------------------------------------------------------------------- "O Estado é rápido a expropriar e lendo a pagar. O Estado rouba.
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Os Espoliados do ex-Ultramar Português não tiveram qualquer responsabilidade na descolonização, por isso o Estado não pode ser desonerado do seu dever de indemnizar. Tem de ser pessoa de bem e cumprir essa obrigação." O Aveiro 7/9/95
F25- JG. 03:59 19 Junho 2004
Presidência da Comissão Europeia Será que os líderes europeus já conhecem os resultados desta votação online?! http://www.graylingbrussels.com/Vote4CommissionPresident/ Antes da Europa dos Estados e das aristocracias, deve estar a Europa dos Povos e da Democracia!!!
F26- macmarq 03:07 19 Junho 2004
Esta Europa é uma fossa Para o Durão ser falado nos corredores, só pode ser para ser atirado lá para dentro. Sem colete, nem escafandro.
F27- cityshaper 00:33 19 Junho 2004
Kostas Kalimera 00:10 19 Junho 2004 Voce e' contra a constituicao ou e' a favor de um referendo? Se se votar uma questao destas entao tambem se deveria ter referendar os acordos com a OMC e FMI's que possuem o mesmo peso 'supranacional'.
F28- Kostas Kalimera 00:10 19 Junho 2004
Vamos ao referendo! Previsível e nada surpreendente a posição dos relações públicas dos gande interesses financeiros. Mas isso não é tudo e, talvez, nem seja o decisivo. Os portugueses têm de ser consultados em referendo sobre esta dita constituição antes da AR o ratificar. Vamos ao referendo!
F29- zippiz 23:39 18 Junho 2004
Tokarev 23:15 18 Junho 2004 fazia-o na reunião , de camisa azul e botas cardadas...
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F30- cityshaper 23:30 18 Junho 2004
Finalmente uma boa noticia a serio.
F31- Tokarev 23:15 18 Junho 2004
o que é bom para a Europa é bom para Portugal os velhos do Restelo mudar-se-ão encorajados pelos imigrantes que trouxeram de África
F32- Jean Cautin 22:04 18 Junho 2004
Daqui a dias, tendo em atenção o facto de Portugal ter dez milhões de constitucionalistas, vão pedir ao povo que aprove ou não esta constituição. Chama-se a isto gozar com a ignorância e passar a responsabilidade para o povão....que nada ganha nestas coisas, nem sequer um tachinho...
F33- Caturo 19:56 18 Junho 2004
É uma derrota para Portugal e para todos os outros países da Europa.
F34- Tokarev 19:52 18 Junho 2004
graças a Deus também é uma vitória para Portugal
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G
Sedes quer debate nacional A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) exige um «ampla e empenhada discussão» em Portugal sobre o Tratado Constitucional da União Europeia, cujo texto final poderá ser aprovado na cimeira de chefes de Estado e de Governo que amanhã termina em Bruxelas. Em conferência de imprensa realizada hoje em Lisboa, João Salgueiro, presidente da Sedes, recordou que os quatro maiores partidos políticos portugueses assumiram, durante a recente campanha eleitoral, o «compromisso» de realizar um referendo sobre a futura Constituição Europeia. É para esse período de ratificação que a Sedes convoca uma «campanha de esclarecimento verdadeiramente mobilizadora da sociedade civil, capaz de contribuir para a afirmação de Portugal no espaço europeu». Sobre o momento actual da integração europeia, a Sedes é muito crítica para as forças políticas nacionais e para as instâncias comunitárias. Para João Salgueiro, Portugal «perdeu uma excelente oportunidade» de debater o projecto de Constituição, pois o assunto esteve ausente do discurso dos candidatos ao Parlamento Europeu. Esta falha não é de agora, na opinião de outro dirigente da Sedes, João Ferreira do Amaral, que atribui responsabilidades ao Bloco Central. «O célebre consenso sobre assuntos europeus entre o PS e o PSD tem sido usado para colocar os portugueses à margem dos assuntos da UE», disse, recordando que estes dois partidos recusaram o referendo sobre a moeda única. A Sedes critica o recente processo de revisão constitucional (aprovado por PSD, PS e CDS), feito «à socapa dos portugueses», e que, «ao renunciar formalmente à soberania nacional, renega os fundamentos essenciais em que assenta a própria Constituição Portuguesa». Por fim, a versão de Tratado Constitucional que se encontra em cima da mesa suscita sérias reservas à Sedes, pois não «salvaguarda o equilíbrio entre pequenos e grandes Estados-membros». «O projecto de Constituição, na sua forma actual, arrisca-se a ser uma fonte de conflitos e de bloqueios» e, na prática, «encaminha a União para um directório de grandes países», disse João Salgueiro. Paulo Paixão Expresso Online 21:38 17 Junho 2004
Comentários
G1- Opinador 22:25 18 Junho 2004
Mas se a maioria dos portugueses não tem sequer o 9.º ano Nem sequer sabem o hino nacional ?
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G2- penaleve 16:33 18 Junho 2004
Qual é a coisa qual é ela que faz correr OS MODESTOS E SIMPLÓRIOS ADMINISTRADORES BANCÁRIOS "PORTUGUESES"???!!!... A "crème de la crème" da cidadania pensante e mandante deste país, os tais senhores que têm mais poder que os patetas dos ministros, que às vezes mal sabem em que gaveta é que estão arrumados os papéis os vitalícios, inamovíveis e entre si circulantes administradores bancários que NUNCA FORAM VOTADOS mas são ELEITOS para tudo o que lhes convém acordaram agora para um bruto dum referendum, uma geração depois do Marocas ter atrelado a gente ao opíparo coche europeu sem ter passado cartão a ninguém (nós a puxar a "carrose" e eles todos sentados a rir-se para as fotografias!...) E se os "alimões" e os "franciús" fizerem hoje à noite a barganha com os "biffes", e ficar "pronta" a constituição europeia? Isso de referendum vai elucidar mesmo a malta? E depois de aprendermos tudo a respeito, vamos votar todos em plena consciência? Então tantos anos depois da grande assinatura para a posteridade (parece que estou a ver o Marocas a impar que nem punha os pés no chão, e a ripar da caneta para tirar a fotografia do século...) Nós não estamos ainda esclarecidos? a sociedade civil não está ainda mobilizada? Portugal não está ainda afirmado no espaço.....?????!!!!!..... Parece-me que esse tal de referendum vai ser um êxito, e já terá sido por certo votado no ano em que Taywan for integrada na UE como 135º estado membro!....
G3- José Costa 09:43 18 Junho 2004
EUROPA! Hoje, salvo algum imprevisto, a Constituição Europeia É APROVADA com evidentes implicaçôes na nossa vida no futuro! MAIS UMA VEZ ESTA CLASSE POLÍTICA, NOS PASSOU UM ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA E ATRASO MENTAL! Ao não elucidar o povo e não referendar a Constituição Europeia, estão a chamar BURROS aos Portuguêses!
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Essa foi mais uma das razôes que tinha para não votar! Esta é mais uma das razôes que faz com que continue a lutar pela democracia, pela defesa dos doentes, pobres e dos mais desfavorecidos do meu país. Com a crise a agravar-se cada vez mais, o tempo está a jogar a meu favor, até o povo possa decidir por si próprio o seu destino, e não permita que trafulhas e vendedores de ilusões os obriguem a viver segundo normas que mais não são do que leis da mafia, porque foram feitas para benefício de uns quantos, submetendo a maioria a uma vida de autentica escravatura! Se não sabem distinguir isso, basta aceder ao projecto da Constituição Europeia e compará-la com a nossa constituição! O controle de um povo está expresso na forma como se contrla a justiça! Em Portugal, temos deputados que mais não são do que empregados dos partidos, que por sua vez designam os juízes do tribunal constitucional(10) e parte do conselho superior da magistratura (7), que por sua vez fazem aplicar as leis feitas e aprovadas pelos partidos, com a acção (caso necessário) das forças policiais. Tudo assente numa base de ilegalidade e abuso de poder, pois a Constituição da república não tem a nossa autorização (em referendo), as leis feitas na assembleia da república (e que assentam na base constitucional) não são legais porque este sistema de governo, que está escrito na constituição, não é legal. Quanto ao controle da acção do governo, como pode o povo controlar o mesmo se nas eleições legislativas, elege não representantes directos que lhe mereceriam mais confiança, mas puros associados partidários que estão sob as ordens do partido. Se é o partido que controla a assembleia,se é a assembleia que controla a polícia e a justiça, se não nos permitem, com democracia, ter uma palavra a dizer em actos que nos vão reger a nossa vida futura, O QUE É QUE NOS RESTA ALÉM DE TRABALHAR E SOFRER CADA VEZ MAIS, VIVENDO UMA VIDA QUE MAIS PARECE ESCRAVATURA. RESTA A CORAGEM DE UM DIA DIZER FRONTALMENTE CHEGA, E DEIXAR DE PAGAR IMPOSTOS? Basta ir ao Tribunal de Justiça Europeu, ao artº III-256, que nos diz como são eleitos os juízes para esse Tribunal, e comparem com a forma como são eleitos os juízes para o tribunal constitucional português. Mas há muitas mais disposições que nos deveriam merecer uma atenção redobrada porque colidem com disposições da nossa constituição. No meu país, estes políticos, ao arrepio da vontade dos portuguêses expressa nestas eleições,de mais democracia e direitos sociais, tem destruido e continuam a destruir a nação. Chamam-nos BURROS para continuarem no poder sem serem controlados pelo povo, porque se fossem democratas a governar portugal com a anuência da maioria do povo, teriam que submeter o governo a uma moção de confiança na assembleia da república e fazer um referendo em relação á constituição europeia!
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Bem hajam!
G4- Albatroz 09:34 18 Junho 2004
Liberdade de expressão O "Público" de hoje traz em grandes títulos na primeira página: "Primeira Constituição europeia aprovada hoje" Quem lesse isto ficava com a impressão de que o tratado constitucional já tinha sido aprovado. O que não é verdade, e nem sequer é certo. No primeiro parágrafo da notícia em si, pode-se ler: "Se não houver surpresas de última hora, já nada deverá impedir os líderes da UE de chegar hoje, em Bruxelas, a um compromisso em torno do texto final da primeira Constituição europeia." O que já está um pouquinho mais perto da verdade, mas não muito. Segundo o que li na imprensa, sobretudo inglesa, a não aprovação de um texto final nem sequer seria muito surpreendente. Mas o "Público" e o seu lamentável director querem, à viva força, criar a impressão de que está tudo no papo, numa tentativa para desmobilizar aqueles que, num possível referendo, venham defender o "Não". José Manuel Fernandes, e quem puxa os cordelinhos que o fazem mexer-se, decidiram que Portugal tem de desaparecer, e tudo farão para manipular a opinião pública. Talvez fosse apropriado o "Público" mudar o seu nome para "Diário da Manhã", dada a semelhança de métodos de intoxicação da opinião pública. O facto é que a Europa está à deriva, por culpa dos maximalistas, aqueles que querem criar um estado europeu impossível. Politicamente não há Europa, nem pode haver. O que não significa que os estados europeus não possam - e devam - cooperar em muitas áreas. Os grandes sucessos europeus chamam-se CERN, Agência Espacial Europeia, Observatório Astronómico do Hemisfério Sul, todos criados de forma cooperativa, sem centralização de decisões, sem compulsão. Aderiu quem quis, e os resultados são espectaculares. Agora querer fazer a Europa sob coacção, subordinada a um directório franco-alemão, e desprezando os interesses dos países mais fracos e menos desenvolvidos, é que não é aceitável. E se insistirem nesse disparate vão acabar por destruir qualquer ideal europeu. Por isso espero bem que, mesmo que o tratado constitucional venha a ser aprovado pelos governos, as populações dos países que fizerem referendos sobre o assunto venham a desfazer esse lamentável equívoco. Felizmente parece que pelo menos os ingleses e suecos não estão pelos ajustes de aceitar esta última aberração.
G5- ferrosanto 09:33 18 Junho 2004
SEDES Ilustríssimo Professor Doutor João Salgueiro. Excelência: Não faço ideia de qual foi a mosca que lhe mordeu para que ao fim de tantos anos de superabundância, navegando em iate de luxo tipo Abramovich, vir humilde e sereno popor à galopante pobreza
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portuguesa a tese do "referendum" sobre um facto consumado (quando Inês é morta), no preciso momento em que o deus FUTEBOL tomou conta da vida do nosso povo! Ainda se tivesse vindo ofererer-se para meter o golo da vitória contra a Espanha, vá que não vá, mas um referendo?... e, sobre quê? Olhe, desculpe, mas já me varreu da ideia a tese de Vexa. Há ocasiões em que o silêncio é de ouro e a voz é de caca. Dedique-se ao Futebol, senhor ministro, porque dinheiro e regalias já você tem tantas que até enjoa que tanto sofre...
G6- quovadis 08:44 18 Junho 2004
Mentes brilhantes! Coitadinhos!Vão perder influencia já estão a promover o debate!Andaram a chular os portugueses durante anos e anos o país está numa ***** e agora querem um debate?Lembram-se de um estudo da comissão europeia em que os quadros superiores em portugal ganhavam muito acima de media em relação aos outros paises, e muito mais ricos que nòs e a população em geral ganhava muito menos?Devo lembrar as estas mentes brilhantes que as populações desses paises vivem muito melhor que nós e com gestores a ganharem muito menos! Este social democrata hein!!!!!!
G7- LOPES CARLOS 06:36 18 Junho 2004
SEDES 1. Quer antes quer depois de 25 de Abril de 1974 , a SEDES foi um dos mais importantes e influentes "fora" deste País. 2. Neste momento preciso, já há muitos estudos em práticamente todas as áreas.Já se reflectiu muito. 3.Elementos da SEDES foram membros dos Orgãos de Soberania ou exerceram funções de poder durante décadas.Os resultados obtidos estão à vista. 4.É tempo de DECIDIR, ACTUAR e corrigir a rota. É uma questão de sobrevivencia nacional.
G8- voragem 06:18 18 Junho 2004
Sedes quer debate nacional? O Durão perdeu as eleições, a pressão económicca está a diminuir, os corvos já começam a grasnar. Querem limpar os restos mortais dos cadaveres e assumirem o comando enquanto o céu estiver limpo. Só desejam ensacar!!!!!!!!!!
G9- penaleve 23:48 17 Junho 2004
Albatroz 23:27 17 Junho meu caríssimo professor universitário, "I sincerely do not mean to be rude" mas nesta altura do campeonato, a respeito desta mandrângola toda já só me dá é vontade de rir...
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G10- penaleve 23:44 17 Junho 2004
Albatroz 23:19 17 Junho Então o meu caro é professor universitário, tem a liberdade académica, tem tentado publicar artigos de opinião sistematicamente recusados, acha que a Europa " é fundamentalista liberal mas não solidária e não democrática" e do que é que está à espera para ir às trombas ao bloco central "por estar a dar cabo da nossa liberdade"??!!!... Força nisso, Sôtôr, força nisso, senão perdemos todos os combóio!... Eu, tal como os pobrezitos, ingénuos, mal parados e singelos Administradores Bancários, também estou disposto, se não me ouvirem, a ir lá E PARTIR AQUILO TUDO!...
G11- Albatroz 23:27 17 Junho 2004
Citação A propósito deste tema não resisto a transcrever um pequeno texto do Dr. Paulo Teixeira Pinto, inicialmente publicado em Setembro de 2003: "LÁ FORA, CÁ DENTRO Por Paulo Teixeira Pinto A Suécia é um país atrasado. Em todos os domínios. Além de ter pouca cultura democrática, é pobre, como qualquer indicador sobre os seus padrões de qualidade de vida pode demonstrar à saciedade e com a maior simplicidade. Já todos o sabiam. O que permanecia ainda desconhecido era o ponto até onde poderia descer também o seu grau de ingratidão. Agora viu-se: é igual ao dos dinamarqueses, um pouco melhor do que os irlandeses e quase tão mau como o dos noruegueses. Expliquemo-nos melhor. Não chega sequer ao nível dos irlandeses porque estes, apesar de pouco discernidos, como se viu quando rejeitaram por referendo o Tratado de Nice, ao menos numa segunda oportunidade que lhes foi concedida – aliás, sem mérito próprio - lá acertaram no resultado correcto. De resto, até nem precisaram de nenhum referendo para adoptar o euro. Quanto aos suecos, nem mesmo disso há a certeza de vir a acontecer. Abra-se aqui um oportuno parênteses para reiterar os perigos e malefícios do referendo – é tudo muito bonito no papel, democracia, soberania popular, participação cívica, aproximação aos eleitores respeito pela cidadania e coisa e tal, mas depois, no fim de tudo, vai-se a ver e é isto: sai quase sempre asneira. E pensar que ainda há quem queira fazer um
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referendo em Portugal. Era bom, era. Bom, voltemos à espessura dos suecos. A verdade é que também não chegaram ao limite da indecência da Noruega, que em referendo (lá está, é sempre a mesma coisa…) rejeitou já por duas vezes pertencer à União Europeia – o que só demonstra que o seu povo, apesar de deter o mais elevado nível de vida em todo o mundo, não tem o mínimo dos mínimos respeitos por pessoas que são dignas da maior dedicação, justa admiração, sincero louvor, penhorada gratidão, eterno reconhecimento e merecida veneração. Quais são elas? Pois são de tal modo conhecidas de todos os verdadeiros bons europeus que bastaria dizer que nem um Jacques Santer os suecos mereciam, quanto mais sonharem em algum dia poderem vir a pertencer a uma Europa Unida presidida por um lenda viva da estirpe de um Valery Giscard. Mas a Política também pode ser um exercício de superioridade moral. Por isso, com base nesta autoridade, e apesar da tacanhez nunca suficientemente censurada do povo sueco, a Comissão Europeia já afirmou, numa prova de incrível generosidade - assim respondendo com insuperável magnanimidade ao insulto popular dos inqualificáveis suecos - que, apesar do resultado do referendo, aquele país «vai manter vivo o projecto do Euro». Por isso, para o ainda seu e nosso Presidente, o brilhante e amado Romano Prodi, o resultado do referendo foi mera consequência «do medo da novidade», do desconhecido que representa esta escolha, «que existe na opinião pública, em especial nos sectores mais simples». Diga-se só, em abono da verdade, que aqui houve um pequeno lapsus linguae (como bem comprovado está, estes lapsos só acontecem aos melhores de entre os melhores), pois que, sendo a simplicidade uma qualidade, o que Sua Excelência o Senhor Presidente da Comissão Europeia quis dizer era “nos sectores mais atrasados, ignorantes e estúpidos, que infelizmente são a maioria”. Quem o quiser ler na íntegra, está no seguinte endereço: http://www.jacarandas.blogspot.com/
G12- penaleve 23:22 17 Junho 2004
O QUÊ, OS SENHORES ADMINISTRADORES MANDANTES VITALÍCIOS TAMBÉM ESTÃO A SENTIR AS BARBAS A ARDER?... o que eu me havia de fartar de rir!... As soberbas tiradas de "surpreso" já "surpreenderam" onlines com fartura, e quem sou eu para comentá-lo?!... Desta vez estou quase "a contrario sensu" inteiramente de acordo com ele. De facto o que diabo é que tem a ver a "opinião pública" com isso tão "complexo" como a nova constituição europeia? Realmente não há nada como mandar para lá uns figurões comer as belas tapas que são servidas nos "coffe-breaks" dos magnos encontros europeus, intervalados por almoços muito confortáveis e coroados por explêndidas jantaradas, com direito a música... celestial!... Hotéis de cinco estrêlas para os meninos descansarem, viagens de avião com fartura (em primeiríssima!...) e umas ajuditas de custo para compensar o "bruto esforço" de defenderem os "nossos interesses"!...
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A canalha cá está para comentar depois os efeitos negativos (se aparecerem, como parece estar implícito neste "surpreendente" discurso deste já de si assumidamente "surpreso" comentador!...) Quem parece desta vez não estar de acordo são os figurões (que apesar de parecerem a Zeca2 "fantasmas, espectros, múmias e trogloditas", NÃO DEIXAM DE SER ELES QUE MANDAM NISTO TUDO, APESAR DE NUNCA TEREM SIDO ELEITOS) e que das suas porreiríssimas administrações bancárias vão agora mandar uns papos para ver se também metem a gadanha nisto de ser poderosos não só aqui, como na Europa. O que será que os pulhíticos fizeram que desta vez, que os senhores da banca se zangaram?... Será que não lhes pediram licença para assinar? Ou será que os bancos centrais europeus vão fazer aos administradores bancários portugueses o mesmo que têm feito ao resto da malta toda???? SERÁ QUE ESTÃO A SENTIR AS BARBAS A ARDER???? O QUE EU ME HAVIA DE FARTAR DE RIR!....
G13- Albatroz 23:19 17 Junho 2004
Eurocepticismo e democracia Há anos que sou eurocéptico e que tenho sido obrigado a saborear esse cepticismo sózinho. Se não fosse a liberdade académica de que usufruo como professor universitário, talvez até já tivesse morrido engasgado. Por várias vezes tentei publicar artigos de opinião em que tentava chamar a atenção para os perigos de uma Europa fundamentalista liberal mas não solidária e não democrática. Sistematicamente vi esses artigos recusados. Agora noto, com prazer, que a SEDES finalmente acordou para os problemas desta Europa. Mas enquanto censores de meia tigela, como o José Manuel Fernandes do Público, puderem impedir que estes temas sejam publicamente discutidos, vamos continuar a ser vítimas da cabala do bloco central para dar cabo da nossa liberdade. Mas desde já aviso: se houver referendo sobre o tratado constitucional lá terão o Albatroz a fazer campanha feroz pelo "Não".
G14- ALFACINHA 23:08 17 Junho 2004
referendum Se nunca sou responsabilizado por nada (vulgo UE, Nice, "constituição" etc), e os srs politicos resolvem tudo nas minhas costa,ninguém me pode criticar por ATIRAR COM A ALBARDA AO AR na primeira oportunidade que apanhar a geito. Depois não se queixem!!!! Zé Asno ( o tal do Bordalo Pinheiro)
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G15- conselho de ministros 22:54 17 Junho 2004
Vamos lá com esse referendo sobre a futura Constituição Europeia. Mas ou há uma ampla informação e discussão pévias ou acontece como de outras vezes. Ninguém sabe do que se passa e a verdade é que está em causa um instrumento jurídico FUNDAMENTAL para as próximas décadas, queiramos ou não. Se os países pequenos não conseguirem amaciar (já não digo travar) o directório do eixo franco-alemão, estamos bem coisados.
G16- surpreso 21:50 17 Junho 2004
A nova Constituição Europeia é assunto demasiado complexo para ser discutido pelas opiniões publicas,Estas o que têm de discutir são as suas consequencias negativas ,se aparecerem.Como é possivel negociar as opiniões de 25 paises diferentes ,sem ser através da responsabilidade dos seuis responsáveis politicos?.Por exemplo ,em Portugal não se referendam tratados internacionais.Como é lógico...
G17- Zeca2 21:48 17 Junho 2004
SEDES ? Mas o que é isto? Agora apareceu aqui um fantasma, um espectro, uma múmia, um troglodita? Quem o desenterrou?
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H
Espanha contra inclusão cristã A Espanha opõe-se a que seja incluída uma referência à herança cristã da Europa na futura Constituição da União para respeitar o carácter laico do projecto, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Miguel Angel Moratinos. O novo Governo de José Luiz Zapatero (PS) - que tomou posse em Abril - defende uma linha diferente da do executivo anterior, liderado por José Maria Aznar (PP), que era de apoio à referência ao cristianismo. Portugal e seis outros Estados-membros (Itália, Lituânia, Malta, Polónia, República Checa e Eslováquia) endereçaram sexta-feira uma carta à presidência irlandesa da União defendendo a inscrição de uma referência à herança cristã da Europa no projecto de Constituição, elaborado no seio da Convenção sobre o futuro da Europa. A França, a Bélgica e outros países do norte da Europa têm-se oposto à inclusão no preâmbulo da Constituição de uma referência explícita ao cristianismo. Sobre este ponto, «o texto da Convenção é perfeito», declarou Moratinos à Radio France Internationale (RFI). «A Espanha é um país católico mas, simultaneamente, creio que, no que respeita a esta Constituição europeia, o nosso governo é fundamentalmente laico e, neste sentido, queremos respeitar o texto que já existe», disse. O ministro considerou ainda que os 25 Estados-membros estão «na boa direcção» com vista à obtenção de um acordo sobre uma Constituição. O projecto de Constituição propõe que, para serem adoptadas, as decisões comunitárias contem com o voto favorável de uma maioria simples de Estados, que representem no seu conjunto pelo menos 60% da população da União. Madrid reclama, no entanto, uma subida da fasquia da população para dois terços (66,6%) para impedir eventuais decisões contrárias aos seus interesses, cenário que a França recusa. Com o limiar colocado nos 60%, a Espanha deixa de representar uma «minoria de influência», como explica o ministro, preferindo este termo ao mais corrente, «minoria de bloqueio». Hoje decorre, em Bruxelas, uma nova reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25, que no princípio da semana passada se encontraram para reiniciar as negociações sobre a futura Constituição. Na sua última reunião, em Março, os líderes dos 25 fixaram como meta concluir as negociações sobre a futura Constituição a tempo de aprovar o novo tratado na cimeira que encerra a presidência irlandesa da União, a 17 e 18 de Junho. 17:10 24 Maio 2004
Comentários
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H1- Taborda 13:46 25 Maio 2004
Caro Caturo Devia informar-se melhor... http://www.conhecimentosgerais.com.br/historia-geral/ e tambem... http://www.hystoria.hpg.ig.com.br/roma5.html
H2- Caturo 12:01 25 Maio 2004
Antiguidade «Inclusivamente, os grandes momentos belicos e as mais importantes conquistas da antiguidade, tiveram principios cristãos a motiva-los.» ??? As mais importantes conquistas da Antiguidade, nada tiveram a ver com o Cristianismo. Esta religião, de proveniência não europeia, só chegou a este continente no fim so referido período histórico.
H3- Caturo 11:51 25 Maio 2004
O Lugar das Coisas Sou contra uma união europeia que destrua as identidades nacionais. Por esse motivo, considero a futura constituição europeia como nefasta. Independentemente disso, tenho a dizer que não é correcto dar-se tal destaque, numa constituição europeia, a uma religião que é de origem não europeia e que pela sua própria natureza é individual e, por assim dizer, a-étnica, isto é, universal. Com mais razão constaria dessa constituição as religiões de raiz indo-europeia, essas sim, etnicamente vinculadas aos povos da Europa. E, também, uma referência à raça branca, uma vez que um dos elementos comuns a todos os Europeus - mesmo aos que não são Indo-Europeus - é precisamente o facto de serem de raça caucasóide.
H4- Resistente 11:15 25 Maio 2004
Touro-10,39-25/5/2004 O meu amigo deve ter um qualquer problema, há muito que não deixa de ver gatos pretos no escuro...
H5- Dan 11:13 25 Maio 2004
A sociedade e a mania de classificações Se Cristo volta-se à terra acho que imigrava para as maldivas...
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H6- Iraupena 10:51 25 Maio 2004
aiaiai O nariz.
H7- TOURO 10:39 25 Maio 2004
Qual será a próxima ordem de Bin Laden? Bin Laden continua a dar ordens em Espanha. O Sr Zapatero, com medo de levar tau-tau, cumpre escrupulosamente todas as suas ordens! Deve ser o maior cobarde que alguma vez chefiou um governo europeu. Mete dó! Coitados dos espanholitos...
H8- Zé Luiz 09:50 25 Maio 2004
A religião da Europa é hoje o consumismo. Os templos desta religião são as lojas, as suas catedrais são os hipermercados e os «shopping centres», os seus deuses são as marcas e a sua liturgia é a publicidade. É esta a religião que é preciso combater com todas as armas do iluminismo. Quanto à inclusão das raízes culturais cristãs no preâmbulo da Constituição Europeia, confesso que não me choca - desde que se verifiquem, no articulado, algumas condições: separação rigorosa entre a Igreja e o Estado, não-descriminação de ninguém por seguir uma determinada religião ou de não seguir nenhuma, não-favorecimento de nenhuma organização religiosa em relação às outras ou em relação às outras organizações da sociedade civil. E desde que também sejam referidas, no próprio preâmbulo, as outras raízes culturais da Europa: As mitologias nórdica, céltica e grega, a filosofia grega, a invenção da «polis», o direito romano, o renascimento, os descobrimentos, o empiricismo, o iluminismo, o marxismo, o Estado social. Tenhamos orgulho daquilo que faz da Europa a Europa: mas de tudo, sem excepções. Se começamos a apagar umas coisas da fotografia e a só lá deixar ficar outras ficaremos com uma pobre e triste Europa nas mãos.
H9- Jagudi 09:43 25 Maio 2004
A referência à herança cristã da Europa não é tentativa de impor a religião aos povos europeus. Porém... Isso causa azia aos que têm um "laicismo" tão arreigado que acabam por fazer dele, laicismo, a sua religião. E, assim, temos os laicos das maçonaria e das "internacionais" nesta grande campanha de pretenderem negar o passado cristão da Europa que é um facto incontornável.
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H10- Albatroz 08:39 25 Maio 2004
Preocupações Em vez de se preocuparem com o preâmbulo de uma "constituição" europeia, seria melhor preocuparem-se com o seu conteúdo. Eu não sou um "federalista", mas tenho de reconhecer que a Europa que alguns (que não eu) pretendem só faria sentido num quadro federal aprofundado, em que o governo federal seria responsável pelo nivelamento das despesas per capita na educação, na saúde e na segurança social. E em que um sistema de transferências inter-estados permitisse aos países menos desenvolvidos da Europa recuperar do seu atraso. O que exigiria um orçamento europeu que correspondesse a 15% ou 20% do PIB conjunto. É ridículo defender uma Europa em que os países têm o direito de agir como predadores dos seus parceiros, por via das regras de concorrência, mas depois se podem recusar a partilhar o dinheiro dos seus impostos. Querer uma união política tendo como alicerce um orçamento que não exceda 1% do PIB conjunto, é uma farsa de mau gosto.
H11- LOPES CARLOS 06:55 25 Maio 2004
Raízes da Europa 1. A EUROPA é o resultado : - da herança grega ; - do legado romano ; - da tradição judaico-cristã ; - do movimento das luzes. 2. A EUROPA não tem motivos para se envergonhar das suas Raízes Plurais. 3. A Laicidade permite nos Estados Modernos a salutar convivência e cooperação entre diferentes Crenças e Ideologias. 3. Aqueles que passam a vida a denegrir a Europa e a apontar "modelos" externos ( modelo japonês, modelo americano, "tigres asiáticos",modelo soviético,modelo albanês,etc...), quando esses modelos falham redondamente, deixando atrás de si um rasto de sofrimento,deviam tentar extrair algumas lições para seu próprio benefício.
H12- Taborda 05:32 25 Maio 2004
Laicos só para os cegos So mesmo uma (es)spanky para afirmar um lacaismo existente na cultura ocidental. Se ela soubesse um pouco de história, saberia que a Europa foi desde sempre construida e impulsionada sobre principios cristãos. Para o bem, e para o mal. Goste-se ou não. Inclusivamente, os grandes momentos belicos e as mais importantes conquistas da antiguidade, tiveram principios cristãos a motiva-los. Ela, como pessoa de mediana cultura, devia saber que o Europa já foi religioso-dependente em tempos passados, da mesma maneira que os povos muculmanos o são hoje em dia. Mas enfim,não se pode ser bom em tudo...
H13- Xicão Amora 00:14 25 Maio 2004
DEMOCRACIAS E TEOLOGIAS
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A herança cristã na nossa civilização é por demais evidente. Para o bem e para o mal! Negá-lo será querer esconder a cabeça na areia! No Reino Unido o arcebispo da Cantuária e o de York mais 24 bispos de diversas dioceses têm assento na câmara dos Lords. Os bispos são nomeados pela rainha e pelo 1º ministro. As normas doutrinárias têm de ser sancionadas pela rainha! Isto passa-se na mais velha democracia da Europa!!!... Comentários para quê? O Papa têm sido a única referência moral e ética nesta Europa aviltada com tanta hipocrisia, cupidez e estupidez.
H14- spanky 23:53 24 Maio 2004
Só mesmo um Tarzan para ver correlação entre o 11 de Março e esta oposição (diria coerência aos princípios laicos que regem os estados Ocidentais) à inclusão do cristianismo no preâmbulo da Constituição.
H15- spanky 23:44 24 Maio 2004
Em relação ao tema Houve aqui nesta mesa de café uma discussão acesa em Julho do ano passado. Deixo o link: http://www.expresso.pt/opiniao/artigo.asp?id=24739279&wcomm=true#comentarios
H16- Taborda 23:39 24 Maio 2004
Inclusões perigosas A Espanha é coerente com a capitulação feita após o 11 de Março. As ordens que vieram do Médio Oriente foram nesse sentido. E a Espanha obedece. Ou vai ter mais corpos espalhados pelas gares dos comboios. Tudo o que for pro-ocidental e cristão deve ser banido ou evitado. Os espanhois têm de mostrar á Al-Qaeda que aprenderam a lição.
H17- Resistente 22:43 24 Maio 2004
Alerta Mais uma lição que os nossos vizinhos Espanhois dão a este País, dado que a Europa é um Continente de várias religiões seculares onde se deve conviver de uma forma civilizada com todas e não impôr qualquer uma delas. Isto é uma questão cultural e de elevação ética que os "nossos" governantes não entendem...
H18- >>Asdrubal 22:33 24 Maio 2004
Querido Zapatero Enquanto em Espanha se entretêm com o preâmbulo, em Portugal, é a própria «Constituição» - louvado seja o Senhor ! - que vos bafeja atrás do pescoço...
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H19- bigorna 22:23 24 Maio 2004
É mais que evidente Cá só Portas e M.Cascais!
H20- pasmado 22:16 24 Maio 2004
PS (post scriptum ): andam para ai´uns hitlerzinhos a falar em Europa "super potencia" qualquer dia "raça " superior ou "vanguarda" de qualquer esquizofrenia assente em purismos de sangue ou classes "trabalhadoras" e temos o século xxi a emburcar a mixórdia que foi a desgraça e desumanidade do século passado, com guerras infames que dizimaram dezenas de milhões de pessoas, campos de exterminio e fornos crematórios, gulagues e "sibérias", com a corja dos pides , Kgb(s) gestapos ,atiçados às liberdades e direitos dos cidadãos tudo em nome dos"mil anos de paz para a Europa" da "raça pura " ou da "classe" superior.Cuidado ! Todo o cuidado é pouco. O bicho homem tem taras que se não curam numa clara manhã de um ditoso "abril" qualquer.
H21- pasmado 21:56 24 Maio 2004
Felizmente para os Estados modernos e felizmente para a Igreja Catolica e outras há a separação que Cristo ,sabedor das coisas como Ele sabia , tão bem definiu com a frase " a Deus o que é de Deus a César o que de César. " Veja-se ao que tem levado os sistemas religiosos nos países arabes com o islamismo como sistema politico em especial o caso dos chiitas no Irão e Iraque . A convicção de trazer com os estados como "heroi" nacional Alah dão aos dirigentes islamicos uma arrogancia que aliada à ignorância gera uma mistura explosiva.Há dias voltei a ver o filme Laurence de Arabia, obra prima do cinema mas tambem uma lição de história.
H22- Vitor Mango 21:41 24 Maio 2004
Filho de pai incognito Dizem-me que no tempo do salazar havia bilhetes de identidade em que existia MESMO esta frase A gente olha 50 anos ou mais depois e nem acredita como um catolico apostolico e ceregeira Cª Lda a baterem com a mão no peito e ligados pela concordata a todo o que era cera e ratas de sacristia permitiam tamnha barbaridade Nas escolas havia a relegião e a moral obrigatorias . Na inauguração dum urinol a primeira mija era do padre bispo ou afins para ficar bem testada na protecção divina Amen S. Mijas seja convosco irmãos ! Portem-se bem e tirem a mão do nariz Vá o conego Mango escuta todos os vossos pecados
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Vá venha o primeiro ..... ..... Quecou? ............................ Roubou.... fanou.... mentiu . ????
H23- Palms 20:21 24 Maio 2004
se fosse para por o xuxalismo, até se matavam, se fosse preciso... xuxas do c.....
H24- ZPortuga 19:55 24 Maio 2004
Iraupena Grande Europa Cristã... Superpotência militar... Este Ir Ao Pena saiu-me cá um sonhador...
H25- Jean Cautin 19:43 24 Maio 2004
Touro Presumo que o Principe Felipe utilize a religião como ela o quer utilizar. Enquanto der jeito...senão fará como Napoleão na sua coroação. É o jogo do faz-de-conta para beatas verem.
H26- Enfadado 19:31 24 Maio 2004
Parabens espanhois! Ah ganda Zapatero! Con los cojones en su sitio! Grandes e negros, como manda a origem andaluza! Total separação do Estado e da Igreja! A Espanha a dar lições aos Guterres, Vera Jardim, Jaime Gama, Martins da Cruz, Teresa Gouveia e Chetrnes deste país safado, sem esperança e sem rigor! Tenho dito!
H27- aiaiai 18:51 24 Maio 2004
oH Iraupena!
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IrAoPena.... A Grande Europa..... A Grande super potência.... Tens um carro com muitos cavalos ? Há qualquer coisa que tu tens pequenino, não há ?
H28- spanky 18:50 24 Maio 2004
Caro Jaime Abraão :-))))))
H29- Iraupena 18:23 24 Maio 2004
Nem para a Turqui nem para os judeus-nazis de Israel.
H30- Iraupena 18:22 24 Maio 2004
A Grande Europa é cristã e nela não há lugar para a Turquia. A Grande Europa terá que ser uma superpotência militar e não um satélite americano.
H31- aiaiai 18:21 24 Maio 2004
Eu cá concordo com os espanhóis.... O paulito Portas é que ficou chateado coitado...
H32- Jaime Abraão 18:03 24 Maio 2004
adorável spanky é agnóstica?
H33- TOURO 18:01 24 Maio 2004
Jean Cautin E os actuais reis de Espanha? E o seu filhinho, não é Filipe, qualquer coisa da Santíssima Trindade, etc, etc.? Estes não são católicos? São de maneira diferente de Torquemada, e dos seus monarcas contemporâneos, que até os cognomizaram de «Católicos», mas se calhar não são tão fervorosos...
H34- ZPortuga 17:57 24 Maio 2004
Desta vez concordo com os espanhois.
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Separação Igreja/Estado . Já! (Onde é que eu já ouvi isto?)
H35- Jean Cautin 17:48 24 Maio 2004
E Troquemada e Ballaguer eram espanhois...
H36- spanky 17:31 24 Maio 2004
E finalmente A primeira pedra no edifício das democracias modernas é a separação da igreja do Estado. Apenas quando os governantes deixaram de o ser "em nome de Deus" (que não sabiam como consultar) e passaram a sê-lo em nome do povo (e embora nem sempre o consultem), se criaram as condições para o advento das democracias modernas. A actual obsessão do Vaticano e de alguns políticos conservadores com uma referência explícita, primeiro a "Deus", e agora ao "património cristão" no Preâmbulo da Constituição Europeia parece assim uma tentativa pitoresca de regressão ao tempo da monarquia por direito divino.
H37- spanky 17:27 24 Maio 2004
Mais do diário de uns ateus "Portugal, cuja Constituição é omissa em referências religiosas, não se resigna a alardear, por intermédio dos elementos do Opus Dei que integram o Governo, o desejo de alterar o laicismo da Constituição actual, nostálgicos da Constituição de 1933 onde se afirmava que «Portugal é um país tradicionalmente católico». O sonho maior de um beato é impor uma teocracia e este Governo recusa-se a ver o crepúsculo moral a que a sua aliança com o CDS o conduz. O desvario teocrático que grassa no mundo islâmico foi o sinal de alerta que levou os países europeus a resistir aos apelos fanáticos de JP2 de introduzir a referência ao cristianismo na futura Constituição europeia, fartos de lhe ouvirem exaltar a santidade e o martírio numa conduta equivalente à dos ayatollahs. Mas não consideremos a vitória adquirida. Não podemos consentir que a igreja se transforme no lupanar da liberdade, onde se prostitua a democracia com o incenso a servir de permanganato."
H38- Tirone 17:26 24 Maio 2004
Tenho que admitir, cada vez admiro mais dos espanhois ...
H39- spanky 17:22 24 Maio 2004
Sim à Laicidade, não à Concordata
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"Existem boas razões de princípio para se ser contra qualquer Concordata que comprometa a República de que somos cidadãos. 1) Os direitos necessários ao exercício da liberdade religiosa já são garantidos pela Constituição da República Portuguesa, nomeadamente a liberdade de consciência, a liberdade de culto, a liberdade de expressão e a liberdade de associação (ver os artigos 37, 41, 45 e 46). Os católicos exercem estes direitos diariamente e é legítimo que o continuem a fazer. A Concordata não é, portanto, necessária do ponto de vista da garantia das liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses. Só se compreende a sua existência como forma de impôr privilégios para a comunidade católica portuguesa, ou seja, para criar desigualdades entre os cidadãos. (Este aspecto será desenvolvido num texto futuro.) 2) Qualquer Concordata implica o reconhecimento por Portugal do estatuto estatal do Vaticano. Ora, a Santa Sé não governa um Estado, mas sim uma igreja. Não existe um povo do Vaticano, mas sim cerca de 400 pessoas que acumulam o passaporte da Santa Sé com a nacionalidade de outros Estados, e geralmente também com o estatuto eclesiástico. Além disso, o território administrado é o mais exíguo do mundo, e a Santa Sé não ratificou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, não sendo por essa razão um membro efectivo da ONU. Apenas um acordo de 1929, assinado por Mussolini, impede que a República italiana reclame a soberania total sobre os 0.44 km2 vaticânicos. Este pseudo-Estado, a última ditadura da Europa, tem usado o seu estatuto de "observador" na ONU para impôr concepções dogmáticas em matérias de planeamento familiar (e outras). A República não deve reconhecer igrejas, mas sim cidadãos livres e iguais. Reconhecer uma igreja como se fosse um Estado é portanto um insulto à laicidade." in http://www.ateismo.net/diario/
H40- spanky 17:20 24 Maio 2004
Enquanto por cá Se assinam novas Concordatas, há bispos& afins em tudo o que é inauguração de edifícios públicos, os ministros invocam a protecção divina contra a oposição, ou atribuem a essa protecção não termos sido atingidos pela ctástrofe do Prestige, etc...
H41- spanky 17:17 24 Maio 2004
Boa Zapatero Gostei :-)))
H42- Vitor Mango 17:13 24 Maio 2004
Eu mango digo mais A inclusão na cosntituição da palavra relegiosa Cartaxo Purissimo !
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H43- Aguaviva 17:10 24 Maio 2004
A Espanha é um país católico mas não é beato Como o nosso Burroso e o Portas que vão beijar as mãos ao papa e depois sancionam as matanças no Iraque. É o neo-cruzadismo em todo o seu esplendor!
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I
Constituição Europeia em Bruxelas Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia iniciam hoje, em Bruxelas, a recta final das negociações sobre a Constituição Europeia que os chefes de Estado e de governo deverão aprovar daqui a um mês. Os responsáveis pela diplomacia irão também abordar a política europeia de segurança e defesa, tendo nessa altura a seu lado os ministros da Defesa, como é habitual de seis em seis meses. É a primeira reunião ao nível de responsáveis dos Negócios Estrangeiros e da Defesa em que os dez países que aderiram em 1 de Maio último vão participar de pleno direito e haverá 50 ministros à volta da mesa quando as questões da defesa forem tratadas. A discussão sobre o «Tratado Constitucional», num impasse desde Dezembro de 2003, foi relançada depois de a Polónia e a Espanha terem flexibilizado a sua posição inicial de recusa de uma solução que iria enfraquecer o seu poder no seio das instituições europeias. No futuro, uma decisão será tomada no Conselho de Ministros da UE quando tiver o apoio de uma maioria de Estados membros que correspondam a uma maioria de população. O grande problema a resolver é o da definição das percentagens daquelas maiorias. Portugal, por exemplo, defende uma maioria de 50 por cento dos Estados membros,correspondente a uma maioria de 50 por cento da população, mas outros países pretendem aumentar essas percentagens. Uma questão que poderá resolver-se rapidamente é a da composição da Comissão Europeia. A presidência propõe que, a partir de 2014, os comissários europeus passem a ser 18, umnúmero menor do que o de Estados membros. Haveria uma rotação com todos os Estados membros em pé de igualdade no envio de um nacional para Bruxelas. 09:22 17 Maio 2004
Comentários
I1- Albatroz 16:51 17 Maio 2004
Caro Tokarev,
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Já alguma vez se lembrou de ligar o cérebro antes de participar nestas conversas? Francamente não me importo nada que discordem de mim, mas seria possível usar, de vez em quando, argumentos, em vez de slogans? É que isso permitiria responder...
I2- Tokarev 16:11 17 Maio 2004
saimos da Europa, Albatroz compramos submarinos e botes de borracha e vamos de novo à conquista da Guiné e do Brasil
I3- Albatroz 10:18 17 Maio 2004
As aparências iludem... Uma eventual votação favorável ao "Tratado Constitucional" parece uma vitória da Europa, não parece? Pois. Mas é provável que tal vitória seja seguida de votos contra em referendos na Inglaterra, e talvez também na Dinamarca e na Suécia (sem contar com mais alguma surpresa entre outros países). O que é que tal fará à idéia de Europa, e à sua construção? Fica tudo em águas de bacalhau? A Inglaterra e outros países que venham a votar contra, serão obrigados a sair da UE? Ficarão apenas com o estatuto de países associados? É isso uma vitória para a Europa? E daí, talvez seja, se permitir acabar com esta fantasia da união política da Europa, e nos permitir desenvolver uma união económica que permita o desenvolvimento harmónico do todo. E já agora, se a Inglaterra e os escandinavos decidirem passar a uma situação de associados da UE, era bom que lhes seguíssemos o exemplo, recuperando talvez a idéia da EFTA.
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J
Mota Amaral receia menos poderes O presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, pediu a colaboração dos seus homólogos dos países da União Europeia (UE) e candidatos ao alargamento, de forma a «evitar que a futura Constituição europeia reduza em termos inaceitáveis os poderes dos parlamentos nacionais». Apesar de reconhecer «inegáveis méritos» ao projecto de Tratado Constitucional, Mota Amaral receia que a futura Constituição da Europa retire competências aos parlamentos nacionais e salienta haver matérias no âmbito da cooperação intergovernamental - como a política externa e de defesa - que ficam de fora da competência do Parlamento Europeu. Mota Amaral sustenta que «seria razoável»» criar uma Conferência ou Assembleia Interparlamentar dos Parlamentos nacionais «que assegurasse um controlo democrático dessas matérias intergovernamentais», tal como já tinha proposto Portugal, sem sucesso, na convenção sobre a futura Constituição europeia. O presidente do Parlamento já transmitiu as suas preocupações ao Executivo português, que se comprometeu a estar atento. 10:03 6 Abril 2004
Comentários
J1- quovadis 16:40 6 Abril 2004
COITADINHOS!não deveriam ter algum!o mal deste país é esse mesmo alimentar chulecos de politicos, assessores,gestores ,administradores e consultores!
J2- Sanco 14:34 6 Abril 2004
E têm vocês muita sorte! Agora imaginem se vivessem num país que é do tamanho do Alentejo e tem 4 (quatro) parlamentos? E numa cidade com cerca 800.000 habitantes e tem 19 (dezanove) camaras municipais, todas com o seu grupinho de vereadores, presidente, policia, e etc e tal? Aí é que falavam de tachos. Esse país e essa cidade existem: a Bélgica e sua capital, Bruxelas. E, num entanto, os belges acham isto muito natural, "c'est la politique à la belge" :-)
J3- mosco 13:56 6 Abril 2004
Sir Gatafunhas 13.38 Caro Sir Gatafunhas. Na mesma linha não seria mal pensado um governo europeu. Para além da pasta que se poupava admito que se ganharia bastante em eficácia. E muitos
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políticos voltariam para moços de lavoura em vez de quererem inventar democracias orientais á força.
J4- Sir Gatafunhas 13:38 6 Abril 2004
eu acho até que... se poupava uma data de massa se só houvesse o parlamento europeu...
J5- surpreso 10:36 6 Abril 2004
O chato é ficarem com alguns poderes.Para o que lá fazem...
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L
Constituição Europeia é possível O primeiro-ministro, Durão Barroso, considera possível, embora arriscado, que a União Europeia chegue a acordo sobre a Constituição Europeia até Junho, como foi decidido na Cimeira da Primavera que terminou hoje, em Bruxelas. «Penso que vamos chegar a acordo mas esse acordo não está absolutamente garantido», o que é um «risco», disse Durão Barroso no final da reunião dos chefes de Estado e de governo da UE, em Bruxelas. O primeiro-ministro afirmou ainda que a data de um eventual referendo à Constituição Europeia só será definida após a aprovação do documento pelos líderes europeus. «Qualquer decisão sobre a data do referendo e da possibilidade dessa consulta só poderá ser tomada depois de termos a Constituição aprovada. Não vamos referendar uma coisa à qual não chegamos a acordo e não conhecemos ainda», disse. Os líderes europeus chegaram a um compromisso para adoptar o projecto de Constituição europeia até à próxima cimeira de chefes de Estado e de governo, em 17 e 18 de Junho, anunciou o presidente em exercício da União. «Temos agora um mandato para concluir durante a presidência irlandesa (...) Chegámos a acordo para o fazer o mais tardar no Conselho Europeu de Junho», disse o primeiro-ministro irlandês e presidente em exercício da UE, Bertie Ahern. Elaborado durante mais de um ano no seio de uma Convenção, o projecto de Constituição europeia foi submetido em Dezembro de 2003, em Bruxelas, à apreciação dos chefes de Estado e de governo. Descontentes com o facto de o sistema de voto proposto lhes retirar peso relativamente ao que tinham conquistado em Nice três anos antes, a Polónia e a Espanha impediram a adopção da nova Constituição, cujas negociações se mantêm desde então num impasse. Na opinião de Durão Barroso, a mudança de governo em Espanha não foi o elemento determinante para a saída do impasse nas negociações sobre o projecto de Constituição. O líder do PSOE e futuro chefe do governo do país vizinho, José Luís Rodriguez Zapatero, anunciou logo a seguir a ter vencido as eleições que Madrid não iria manter a sua oposição ao projecto. Durão Barroso reconhece, contudo, que esta posição cria uma «dinâmica mais positiva». A divisão do poder na futura UE não é a única questão que falta ultrapassar nas negociações que vão ser reabertas. Portugal, por exemplo, voltou a lembrar que pretende que o princípio da «igualdade entre os Estados membros» fique consagrado no futuro tratado constitucional. O chefe do Executivo português elegeu também como um dos dois temas mais importantes na Cimeira de Bruxelas a decisão sobre a nova estratégia da UE de luta anti-terrorista. Na quinta-feira, os líderes adoptaram um plano de acção europeu contra o terrorismo que prevê o reforço da cooperação a nível de informações e novas medidas de segurança
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e controlo. A coordenação da política anti-terrorista europeia - ficou também decidido quinta-feira - ficará a cargo do antigo secretário de Estado do Interior holandês Gis de Vries que, como sublinhou o alto representante europeu para a Política Externa, Javier Solana, «começará já a trabalhar segunda-feira». Finalmente, os chefes de Estado e de governo incumbiram a Comissão Europeia da criação de um «grupo de alto nível» encarregue de realizar uma avaliação da «Estratégia de Lisboa». A decisão é tomada numa altura em que a União Europeia constata o seu atraso na implementação das reformas estruturais necessárias para alcançar os níveis de desenvolvimento dos Estados Unidos e do Japão. A «Estratégia de Lisboa» prevê que a UE se transforme, até 2010, «no espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo, baseado no conhecimento e capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social». 15:32 26 Março 2004
Comentários
L1- >Asdrúbal 10:49 29 Março 2004
As Contradições da Alma ... ... Império da Luz : 21 (de 23) Regiões Francesas ganhas pelo partido socialista : "A new born christian"...
L2- Tokarev 21:46 28 Março 2004
a guerra total existe, ó Xatoo mas é a guerra do Islam contra a Cristandade, mais abrangentemente até a guerra das Trevas contra o Império da Luz
L3- xatoo 18:38 28 Março 2004
Iraque, Palestina, Afeganistão, Balcãs – uma só guerra global. A rivalidade Estados Unidos / Europa é a verdadeira chave do drama actual. Os soldados franceses são o alvo em Mitrovica. O ataque vem de Washington. No Iraque, Bush afunda-se cada vez mais e nem Chirac nem Schröder fazem o que quer que seja para o ajudar a sair do atoleiro. Para mais, o atentado de Madrid fragilizou as alianças europeias dos Estados Unidos. Eis, pois, as “represálias” da Casa Branca: luz verde aos terroristas do UCK. Mas o factor local também conta muito. O novo governo de Kostunica acaba de substituir um governo de capitulação nacional. O povo sérvio continua a manifestar a sua resistência, se bem que através de um voto confuso, à falta de uma alternativa à esquerda. Com este ataque, Washington pretende desestabilizar e submeter Kostunica
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Ao proteger e armar os terroristas do UCK, Washington reforça o ódio entre sérvios e albaneses. Como no Afeganistão (outro trajecto de um oleoduto!) e no Iraque, “dividir para reinar”. Conseguido? Balcãs: luta por uma zona estratégica Quais eram, então, os verdadeiros objectivos desta guerra? 1º - Liquidar a autogestão e os direitos sociais dos trabalhadores jugoslavos, com vista à privatização. A crise impõe às multinacionais que se conquistem continuamente novas “terras”, novos mercados. E pelas bombas, quando necessário. Espezinhados a Segurança Social e os direitos dos trabalhadores, a US Steel, por exemplo, pôde comprar por uma côdea de pão a Sartid, a maior fábrica siderúrgica dos Balcãs. Resultado: deslocalizações em perspectiva, tal como na Europa. As multinacionais julgaram ter ganho ao impor a Belgrado um governo do FMI, mas esse governo acabou de ser completamente repudiado nas recentes eleições. 2º - Controlar a via estratégica dos Balcãs. Berlim quer que a rota do petróleo passe pelo Danúbio (portanto, por Belgrado), para encaminhar o petróleo e o gás do Cáucaso e do Próximo-Oriente para Hamburgo e Roterdão, o que serviria também para os produtos das fábricas deslocalizadas para os Balcãs. Tentando enfraquecer e controlar a Europa, Washington quer um traçado mais a Sul, através dos seus Estados-marionetes: Bulgária, Macedónia, Albânia. Com este propósito, construiu no Kosovo uma gigantesca base militar, Camp Bondsteel Por que Washington utiliza terroristas? O instrumento dos Estados Unidos, para realizar este plano estratégico, é o UCK, movimento nacionalista degenerado que quis sempre criar uma “Grande Albânia”, etnicamente pura (Albânia + Kosovo + pedaços da Sérvia, da Macedónia, de Montenegro e da Grécia). Enquanto a Jugoslávia declarara o UCK “terrorista”, Washington comprou-o literalmente e rebaptizou-o com o nome de “combatentes da liberdade”. Objectivo? Estilhaçar esta Jugoslávia, então muito à esquerda, e criar um novo Israel nos Balcãs. Para quê? Vejam como Israel serve bem estes interesses no Próximo-Oriente! Um Estado-marionete, um super-exército financiado por Washington, um polícia que já agrediu todos os seus vizinhos, um foco de tensão permanente a avivar, sempre que se pretende debilitar a resistência dos povos da região. Criar nos Balcãs um novo Israel, igualmente fanatizado por uma doutrina de limpeza étnica e de segregação racial, é muito útil para Washington. Um Estado independente não porá em causa a enorme base militar estratégica e servirá para todas as manobras US que visem desestabilizar o continente europeu, nesta época de guerra económica intensa. http://www.resistir.info/europa/kosovo_port.html
L4- Albatroz 18:33 28 Março 2004
Tokarev 17:43 28 Março 2004 Acorde Tokarev! O que une um católico, um ortodoxo, um calvinista, um luterano, um presbeteriano e um adventista? Que amor fraterno em Cristo é que eles manifestam uns
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pelos outros? É o cristianismo que une sérvios e croatas? Ou irlandeses do norte e do sul? Estes idealistas cegos ainda vão dar cabo de nós!!!...
L5- Tokarev 17:43 28 Março 2004
pátria de milhões de cristãos farol da humanidade de Gibraltar ao cabo Norte das Flores à Finlândia e à Grécia
L6- Tokarev 17:38 28 Março 2004
antes a Europa que ser colónia de Angola ou do Brasil
L7- Sir Gatafunhas 17:16 28 Março 2004
em vez de "amior" leiam maior...
L8- Sir Gatafunhas 17:15 28 Março 2004
a Europa é... o amior buraco por onde se vai meter Portugal...
L9- Albatroz 11:57 28 Março 2004
Ficções É curioso como tanta gente se preocupa tanto com uma ficção. A Europa não existe. O que há de semelhante entre um grego e um finlandês? Ou entre um polaco e um irlandês? Para o bem e para o mal somos uma colecção de povos incompativeis que, no entanto, deve cooperar no que for possivel. Já temos uma zona de comércio livre que se chama Espaço Económico Europeu. Já temos organizações científicas, como o CERN e a ESA. Já temos um Conselho da Europa para dialogar. Precisamos talvez de uma aliança militar, que poderia basear-se na UEO. Para que raio é que precisamos de uma União Europeia, senão para voltar a criar cadeias de dependência, para voltar a ter servos e senhores? Não há projecto europeu, logo não pode haver Europa. É melhor acordar, antes que o sonho se torne em pesadelo.
L10- Tokarev 11:15 28 Março 2004
qualquer constituição europeia é melhor que a que temos
L11- Asdrúbal 16:13 27 Março 2004
anticonstitucionalissimamente : Tokarev
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L12- Tokarev 13:53 27 Março 2004
nacionalidade é empregos, coesão social e pensões vá-se catar
L13- Nunes da Silva 09:55 27 Março 2004
Mais empregos ? Está-se vendo. Mais coesão social ? Com um ataque feroz aos idosos, em TODAS as frentes ? Com um ministro das SS a dizer todo sorridente na TV que é "mais justa" um mudança da fórmula de cálculo de pensões que irá penalizar fortemente os futuros pensionistas ? É o "prémio" duma vida de trabalho ? Muda UM HOMEM, avança uma Constituição !!!! Vive-se em ditadura ou em democracia ? Um homem (ou meia dúzia) têm poderes para alterar a nacionalidade das pessoas? Quando é que aprendem que é por sermos tão "bons alunos" da UE que deixámos de ter interesse político para os grandes ? E económico, para vencerem resistências...
L14- Tokarev 21:16 26 Março 2004
corrupçaozinha ? A corrupção é sempre feia como a morte.
L15- Flor Silvestre 19:54 26 Março 2004
Olhem-me para este! Olhem para estes todos. São uns palhaços. Baboseiras. Um por todos e todos por um. Isso é que era bom. Estamos no tempo do salve-se quem puder. Nem mais. Bom fim de semana e pensamentos positivos. É dificil, mas vale a pena tentar. Mal por mal antes a nossa corrupçãozinha...
L16- Tokarev 19:53 26 Março 2004
a constituição europeia é imprescindível
L17- ideafix 19:24 26 Março 2004
Portugal no seu melhor "Prisões: provedor pede revisão do regime de visitas íntimas RECLUSOS DEVEM TER MAIS SEXO "
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Acho muito bem, podem até fazer um intercambio com as putas do intendente e os paneleiros do parque eduardo VII. Assim matamos dois coelhos duma cajadada, os presos têm mais sexo, as putas e os paneleiros deixam de andar a atormentar as crianças da casa pia. è só festa, as prisões podem também aproveitar e filmam uns filmes porno e assim rentabilizam as instalações e deixam de chular a malta que trabalha. Apoiado. bye
L18- PortugueseMan 17:25 26 Março 2004
Bush's Iraq WMDs joke backfires Não sei se existe algum link em português que fale disto http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/3570845.stm bush na brincadeira à procura das WMD é isto 1 presidente. a morrerem diáriamente soldados americanos e o presidente brinca com a situação. sem comentários.
L19- J.B.DLEGS* 17:19 26 Março 2004
Possibilidades e Impossibilidades Uma Constituição Europeia é impossível sem Europa. A Europa não existe sem a RÚSSIA nem sem a TURQUIA nem sem os países que entrarão já este ano. Admitir a possibilidade de fazer aprovar uma Constituição Europeia 30 dias depois as entradas de Maio é um quase-golpe de estado a nível quase europeu. Será a questão dos votos a pseudo-única que falta limar para concretizar essa enormidade? Não esqueça também o Sr. PMpt que, dos países da coesão, somos o único contribuinte líquido da UE... Pensem na realidade sff.
L20- surpreso 16:48 26 Março 2004
A Constituição só não foi assinada por acusa da Espanha e da Polónia.Agora que há a"velha Espanha"e a Polónia foi apalpada por Schroeder,à moda antiga,vai ficar pronta...
L21- luis de camões 16:36 26 Março 2004
geração rasca
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esta de líderes europeus que não dizem uma palavra mobilizadora, estimulante, a começar pelo aventesma que o mais que consegue articular é um é possível... coligado com o escumalha euro-calmo. ai europa europa
L22- ariosto 16:24 26 Março 2004
Todo es posible... Impossível é Deus pecar, quanto ao resto...
L23- Escaravelho 16:11 26 Março 2004
Em Taiwan há VIOLENTOS PROTESTOS, mas o Expresso continua de bico calado, ignorando tais acontecimentos. A constituição europeia não interessa nada. É retórica para distrair os votantes das mentiras dos seus governantes.
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M Will EU constitution make a difference? The Prime Minister has started a campaign to win support for the newly negotiated European constitution.
He says the deal, which protects Britain's rights to control taxes, defence and foreign policy, is an "historic success".
But opinion polls suggest that voters are becoming more sceptical of Europe despite Tony Blair's reassurance that Britain will only sign up to it after a referendum.
Shadow foreign secretary Michael Ancram called for an immediate referendum on the deal, calling it "a gateway to a country called Europe".
Do you support the constitution? Do you think the treaty is right for Britain? Is it the right blueprint for Europe?
The following comments reflect the balance of opinion we have received so far.
M1. We, as a country, have had the debate about whether we are the 51st state of the USA, or a member nation of Europe for several decades now. We have a historic opportunity within this constitution to be part of what is effectively the United States of Europe; however it is dressed for the public palette. In my view this is not only good for Britain and Europe but also the world. David Drane, Poole, Dorset M2. I am half Spanish and my company trades between the UK and the EU where I spend much time. I am afraid you will find that very many people like me who have long experience of the UK and EU do not want the UK to become like France, Germany etc. Overall the UK is a better place to live and if we change to the European way of doing things it will be a step backwards which will be hard to rectify. David, Ware, Essex M3. I find it quite ironic, that the 'poor cousin' of Britain, Ireland, has embraced the European Union, culminating in drafting this EU constitution, while Britain, the so called 'superpower', moans and whines about something they joined of their own will. All these 'eurosceptic' parties forming have no foundations other than one policy, and in effect, are huge hypocrites: get elected to the EU parliament to get out of it! Jason Robinson, Dublin, Ireland M4. This constitution makes the EU more democratic by giving the parliament more power, it secures our basic freedoms, makes the EU able to stand stronger on foreign policy issues, but at the same time retains the 'core' of our national sovereignty. This is not creating a supranational state, but strengthening the largely undemocratic EU we have today! Iselin, London, UK
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M5. It changes nothing. As we have seen last weekend we shall still be governed by a political elite that decides who does what. When there is a truly elected parliament and an elected commission then maybe a constitution would be acceptable. However this constitution should be understandable to the rank and file and not drafted purely for lawyers. Giovanni, Lugano, Switzerland M6. My complaint about the EU has always been that national governments use it to pass laws that they know to be unpopular. If the constitution can improve the democratic accountability of the EU institutions, and reduce the dominance of the secretive Council of Ministers, then it will be a great help. Those in the UK opposed to the EU ought to realise that many of its more interfering decisions were actually proposed by British ministers, both Tory and Labour, and that our politicians are hardly likely to revoke many of them if the UK were to leave the EU. Simon Middleton, Sheffield, UK M7. To all the European contributors who keep telling the people of the UK to either commit or get out we would love to but haven't had a referendum in years to show our views. I think it is a disgrace that Blair will hold off the referendum until 2006 in order to try and get the result he wants. On other hand he has to win the general election which is not going to be a that much of a certainty... Marc, Taiwan M8. Yes. It is the only, and perhaps the last, opportunity for the electorate to decisively affect the course of European politics. Rob, London, UK M9. People in World War II fought, and died so that Britain would be free from Europe! Would you disgrace their names now by giving up what they fought for, what they gave their lives for? Britain can stand on its own two feet, without the help of un-elected politicians at Brussels. This referendum should show people that. It isn't their emotion that drives their opinion; it's their common sense, as well as their dignity and pride for this nation! Tony Blair is a weak fool who is basically showing that he would sell out his own country, to get a good place in Brussels. He was ready to sacrifice Gibraltar to the Spanish for his own gains - do you think he will do anything less just to guarantee his own place in the sun? Think carefully when you say that this constitution is just a mere tidying up job of other treaties, its much more than that, it makes a mockery of democracy. Liam, Marske M10. If this country would actually take part fully in the EU people wouldn't think we were being ruled by France and Germany - we would have as much control over the EU as they do. Instead we wait for the rest of the EU to agree on something, then join in 10 years later and wonder why we didn't have a say on decisions. It wasn't that long ago that the UK didn't exist as a country, go back further and even England, Ireland, Scotland and Wales didn't exist - why can't we now be part of a united Europe, and in time a united world? It's a natural progression, just a pity the UK is always trying to wreck it. Kieron Green, Edinburgh, Scotland
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M11. The constitution is an attempt to create a dominant institute that by its very nature will weaken local power. Once power is established in a constitution we will not be able to subvert it locally and getting out will probably be nigh on impossible too. Whilst I'm generally sympathetic to a European trading bloc I'm not sure I want us to become even more ruled from outside. Pete, Birmingham, UK M12. It will make a difference in many ways for all signatory countries and its inhabitants. It will give legal rights to individuals that surpasses the nation state, and enhance the protection of minority groups within states (ethnic minorities, gays, women, gender etc). Also freedom of movement and the right to work in any member state is also a good thing that the constitution among other things will be able to offer and protect. Also it offers an alternative to the dollar and reduces however slight, the ever increasing US influence on global power politics. Ronald Elly Wanda, England M13. No I don't believe that it is right for Britain. It is said that the EU will become a legal entity. To me that says superstate! Sarah, Derby M14. As with home government, the new EU constitution will not benefit the ordinary person. W P Derbyshire, London M15. The blueprint is another step towards a Federal State which the British people do not want. We want to be in Europe as a trading community, not run be a Franco-German alliance. Their must be very clear indications that the Federal State will not happen or we must withdraw and join the North American trading alliance (no constitution required there!) John Karran, Merseyside, UK M16. Blair had become like Thatcher, both have gone too far and both won't back down on their beliefs. Signing the EU Constitution without the support of the majority of this country, Blair is becoming dangerous, he could become capable of anything soon, the EU constitution might as well be a declaration of surrender Lewis, Birmingham, UK M17. The politicians tell us its all about nation-states sharing sovereignty. This is a contradiction in terms - the point about sovereignty is that it is absolute and inviolate and by definition cannot be shared. Godfrey Bartlett, Brentwood, England M18. First point is that we don't actually know what the deal is that Blair has signed up for - so all highly speculative. If our government is so proud of this achievement then without delay they should send each household in the land a copy of this historic agreement, so that we can read it for ourselves, rather than relying on the bias and interpretations placed on it by the various vested interest groups and 'spinners'. Then Mr Blair should call the promised referendum without delay, and then and only then if there is a significant majority in favour should the constitution be signed into UK law. Phillip King, Market Harborough, UK
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M19. To all those who think of the UK as if it still were The British Empire of the 19th century: look at the world and see how small the United Kingdom is. Do you really believe that your country will have its say amongst super nations like the US, Russia and China? I didn't think so. There is something going on called globalization, and we Europeans need to anticipate to it, or else we will be lost in the crowd. The European Union is a dream come true, after centuries of wars between its member states. Reinout, Kortrijk, Belgium M20. I hear we are probably not going to have the referendum until after the next election. Why is it going to take so long? Without meaning to be cynical, it seems to me that this is just an excuse for the government to soften up the public with a long campaign of spin. We should have the referendum as soon as possible. Simon, London, England M21. If Britain leaves the EU, then what? The US is not a reliable ally, and if Europe is aggravated too much, why are they going to sign new trade agreements with us, when we are a small island in the middle of an Ocean and allied with no one? Before we write off the European Constitution, look at the alternatives, of which there are none beyond so-called "splendid isolation". This has only caused economic depression and political isolation when employed in the past. Does anyone seriously believe the French will allow us to safeguard our national interests in trade agreements if we can't use our position of a major power within the EU as leverage? Well done Mr. Blair and Ireland I say. Anon, Newcastle Upon Tyne M22. Living in Europe for a year taught me Europe has far too many little battles going on to ever unite. Unfortunately, 1946 might have been the only year this idea would have had the unity needed to make Europe work. James, UK M23. I can think of only three things the EU could be good for - consumer protection, environment protection and economic efficiency of the single market. Why does Europe need to be politically integrated to achieve these goals? All it requires is cooperation of nations, not a politically integrated organisation. UK Independence is on the horizon! Harry, UK M24. All that work and for what a few concessions on tax and benefits - what a waste of time and taxpayers' money. The people don't want the EU constitution no matter what concessions have been made, we want to be ruled by the UK for the UK not by Brussels for the good of the French and Germans. Paul Miler, Staffs, UK M25. Well done Ireland in getting this difficult agreement completed, with the same determination and sense of purpose perhaps. All the people of the European Union can now sign up and make the constitution work. William Bonner, Pleyben, France M26. I agree, the UK must leave the EU. The new constitution, unlike the former treaties, has an exit clause. So use it. Leave the union and stop whining. There is no
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honour in staying inside just to do some petty sabotaging to someone else's dream. Giovanni, Milan, Italy M27. EU constitution is a hopeless exercise. "United Europe" cannot exist since there is no real correlation among the member states that would serve as a bridge, such as: language, economics, customs, and historic backgrounds. When the United States was created the participating states had common language (English) and, of course, customs and economic goals. Elizabeth Bergner, Washington, DC M28. Oh for goodness sake quite you're whining! Anyone "in the dark", confused or not informed is in that state entirely by choice. Every piece of legislation, every document ever produced by the EU is online and available for inspection. If you are to lazy or apathetic to read it that's just fine, but stop blaming others for your inability to engage! Brian Coughlan, Alinsås Sweden M29. I don't believe in a new Europe! I don't believe it at all! L.S, Louisiana, U.S.A M30. Tony Blair is pushing for democracy in Iraq at the same time he is reducing our own democratic power. We should go no further with this integration! Steve Clark, Evesham, UK M31. We do not need a constitution to protect human rights, if any country within Europe does not comply with standard human rights then they should be removed from Europe, the only interest we should have with Europe is trade, and every state within Europe should keep there own affairs to themselves unless it effects others. John Gearing, St. Helens UK M32. Anything new is bound to be met with resistance. But one hopes that after the teething troubles, there will be a strong European Union in place. The whole world is looking forward to the EU, comprising a right-thinking group of nations, to counter the threat posed by America. Melanie Kumar, Bangalore, India M33. Who cares... the politicians will do just fine, the public will be kept in the dark... you shouldn't vote on these things, it just encourages them! Simon, Leeds, UK M34. The constitution is a farce, for an organisation that represents unelected state control over uninterested citizenry. There is no need or purpose to a united Europe, save to salve German guilt, and French insecurity and irrelevance. When it comes to a vote we'll bin it - lets leave the 'European ideal' to the economic basket cases and immature democracies of Old Europe (Ronald Rens take note) John, Liverpool, UK M35. How can we possibly know what difference the constitution will make or if it can be successfully put into practice, until we have final details of what EU leaders have
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decided? Anne Sadie, UK M36. The constitution would guarantee the right to life, human dignity, special protection of children and the prohibition of discrimination on grounds of age or disability. And it prohibits eugenic practises. So this means that abortion will become illegal, right? Do these fine words mean what they say or not? Andrew Davidson, London, UK M37. I agree that the term Constitution is perhaps too strong for the tastes of many. However, the EU does need a new set of decision-making processes and competencies now that it is enlarged. As for the Belgium reader who wants the UK to leave the EU, I would point out that in all great democracies, the dissenting voice is something to be cherished. It is not a question of being pro- or anti- Europe, that is simply a glib headline. It is about determining a legislative, regulatory and operative environment that is a "best fit" for all European Union members. Craig, Edinburgh, Scotland. M38. What an adventure to be in, peacefully and gradually inventing the Europe that we want!! There will be difficulties putting it to practice and it will need to be significantly amended in the years to come. Still, yet another major milestone in the road to a European Union worthy of its name. Christos Georgiadis, Athens, Greece M39. Like everything that happens at the moment within European politics it falls short of making any difference at all. It could have be brilliant a new federal superstate, which could restore a balance of power to the world but because of xenophobia from the British and new EU nations the US will still be allowed to bully anybody to do whatever they please, I'm outraged! Christopher Barton, Reading M40. I really cannot see what the fuss is all about - every properly run organisation has a constitution whether it be a social club or the European Union. Why do we always have to be so negative over attempts by the EU to operate properly? All the new constitution will mean is that one legal document will be required to determine the workings of the EU rather than having to refer back to several treaties dating back to the 1950s. Get a grip Britain, and don't believe all you read in the tabloids! Pauline Fothergill, Halifax, UK M41. This constitution is a disaster for democracy. The US constitution is a constitution, i.e. a statement of fundamental principles. The EU "constitution" is a cooked up treaty designed to expand the power of the state at the expense of freedom. Andrew Matthews, Seer Green M42. Until they can forge a document that the average European can understand, the answer will be no. The politicians can sign what ever they want, but the people will never endorse what they can't understand. Brent , Philadelphia, USA
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M43. It should not be called a "Constitution" which sends the wrong signals to Eurosceptics. Perhaps something like "Memorandum of Association" or Articles of Association of Member States" Maybe a bit cumbersome, but the EU is not yet a country in its own right. However, I do believe that a fudged version of the Constitution will be agreed. Duncan, Port Vila, Vanuatu (Brit is Pacific) M44. The constitution should be easily understood even by schoolchildren in civics class, much the same way the American constitution is. The convoluted nature of the European constitution mirrors the bureaucratic nightmare the whole EU is in it's current state. Miguel Gonzalez, California, USA M45. A sensible agreement which will allow the enlarged EU to function effectively as a trading bloc, while frustrating the more manic federalists. The only people in the UK who would want to block this by voting against it in the planned referendum are the self-proclaimed "wreckers". Chris, Paris (Brit in France) M46. I don't think there will be any real problems. Britain and some other countries may grumble, but all will most likely go along with it. And meanwhile, smaller countries like my own, will probably concede more power to the 'bigger', more 'important' nations. Jason Robinson, Dublin, Ireland M47. I am both optimistic and hopeful that a new EU constitution will be hammered out, in the end! It is in the interests of all member-states, old and new, to fashion a new constitution. The EU isn't a superstate, it's a trading bloc, and a loosely defined one at that! There are two EU states on the UN Security Council, France and the UK, both are free to exercise their own national interests! Peter Bolton, US M48. The European Union is ridiculous. The 'Parliament' will be increased to 750 politicians. Each has a budget of 200,000 for an assistant. And then X hundred Euros for each trip, much more than it costs. The bill is millions and millions. Yet if you looked at what the European Parliament has achieved in terms of improving anything in Europe (peace, economy, productivity, etc) it looks as if they have improved nothing !! Sure Europe gives money to say build a bridge, but perhaps 10% is added to the cost by the money going via Brussels. Europe is full of politicians, level after level of administration. Town council, parliament of 'country' (Scotland, Wales, Andalusia etc), then the government of overall country (Britain, Spain etc) and then another parliament in Brussels (and then of course the UN at global level for some things). Yet the administrations are ineffective and they don't talk to the people. People don't trust, or have faith in, the politicians. Mark, Madrid, Spain M49. This is all about control. The French will always want their selection to become President, or head of the EU financial institution. If the UK stays out of Europe, then it will only have it's own politicians to deal with. Why add another layer of government? This will only add to the tax burden. Unless of course, there is a plan to disband national
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governments eventually. Get out now, before it becomes too late. Dave, Rudyard, England M50. The UK should leave the EU. The British do have the right to disagree with almost everything that Europe stands for, they do have the right to refuse the euro, to follow slavishly the US, to try to boss it over the rest of Europe, and generally to be THE anti-Europeans. But please have the decency to leave. We can do without you, we don't need you, and we don't want you. It may come as a big surprise, but the British Empire doesn't exist any more. You're just another small country amongst other small countries. Finally, this rhetorical question : how many languages besides his own does the run-of-the-mill Englishman speak ? In my region the answer is : four. Ronald Rens, Brecht, Belgium M51. Reply to Ronald Rens, sorry to disappoint you but the EU needs the UK more than the UK needs to EU especially on the financial side as we are the second largest contributor. We have a seat on the UN security council, member of G8 group etc. We might be a small country physically but internationally our standing is high. Paul, Winchester, England M52. I find it hard to understand why the UK needs to be a part of the EU especially since countries like Korea, China and Japan seem to sell amazing amounts of product in Europe without being part of the EU. However, being British I am interested in the opinions of others, so if anyone actually knows why the UK is part of the EU I'd be interested to hear your explanations. Peter, Durham, UK M53. A transparent constitution will make issues, institutions and decisions clearer. That would remove the reasons that the British have been moaning about for decades and it is exactly that what bothers anti-Europeans in Britain. A good constitution would urge them to sicken their own government instead of the European Union. Frank, Luxembourg M54. I think the constitution isn't necessary for Europe. Poland had the first constitution in Europe (1791), but Great Britain has none till now. And GB is much stronger then Poland. Milosz, Warsaw, Poland M55. If it is not, and the UK's irrational "Europhobia" continues, my wife and I have already agreed a course of action - we shall move to another EU nation, ditch our worthless UK citizenship, and continue living in peace as Europeans, rather than be part of a nation of xenophobes and racists. Good riddance! Ian Lowe, Scotland, UK M56. Of course, there has to be agreement, we are talking about politicians and bureaucrats, all with an eye for the main chance. One of the biggest motley crowds of liars, poseurs and play actors ever gathered together in one place. Why is it so difficult to get rid of them? Dave Cusson, Houston USA
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M57. I think the constitution will be agreed upon eventually. As an American, I think it is wonderful another nation-state will be as powerful as us to act as a check to our power. Our corrupt politicians (aka Mr. Bush) need to get a reality check: the EU is coming out! Joey, Tionesta PA, USA M58. What a waste of our money. European politicians massaging their egos. If they can't agree who can be the "leader" without getting into school-yard fights what hope is there that they will do anything to benefit Europe? Phil, Hants, UK M59. What does the EU in disarray over a new head tell you? It tells you that whenever there is an opportunity for the expression of the views of the membership, the divergent views in the EU make it impossible to agree on anything. Irwin Bross, Amherst NY USA
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N N1 – “Index of Feedback Options” usado por Shultz
General e-mail address(es) to contact newsroom 1 pt
List of at least some editors’/writers’ e-mail (limited) 1 pt OR List of editors’/writers’ e-mail addresses (general pattern)
2 pt
E-mail links to at least some articles’ authors (limited)
1 pt
OR E-mail links to articles’ authors (general pattern) 2 pt
E-mail links to politicians/officials 1 pt
Discussion forum(s) 2 pt OR Discussion forum(s) obviously hosted/journalists participate
3 pt
Quick poll/user survey 1 pt OR Sophisticated” poll/survey 3 pt
Letters to the editor displayed online 3 pt MAXIMUM 15 pt (MINIMUM) 0 pt N2 - Elementos de análise do grau de interacção de sites noticiosos (actualização da tabela de Shultz)
E-mail/formulário de contacto genérico 1 pt OU E-mails/formulários de contacto de um número restrito de jornalistas
2 pt
OU E-mail/formulário de contacto de cada jornalista 3 pt
Fóruns de discussão 2 pt OU Fóruns de discussão mediados por jornalistas 3 pt
Comentários aos artigos 2 pt OU Comentários aos artigos mediados/editados por jornalistas
3 pt
Inquérito simples 1 pt OU Inquérito associado a outros elementos 3 pt
Outros mecanismos 3 pt
Bónus por cada elemento no primeiro ecrã 1 pt Bónus por cada elemento com destaque gráfico 1 pt
Penalização por registo gratuito -1 pt Penalização por registo pago -3 pt
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N3 – Análise dos mecanismos interactivos (observações feitas em Abril de 2005)
Expresso Online BBC News Online Publico.pt
NY Times on the Web
Mais Futebol Melhor possível
Pontuação Bónus Pontuação Bónus Pontuação Bónus Pontuação Bónus Pontuação Bónus Pontuação Bónus E-mail/formulário de contacto Sim Sim Sim Sim Sim Sim genérico 1 0 1 0 de um número restrito de jornalistas 2 0 2 0 de cada jornalista 3 0 3 1 Fóruns de discussão Não Sim Não Não Sim Sim não mediados mediados 3 1 3 0 3 1 Comentários aos artigos Sim Não Sim Sim Sim Sim não mediados 2 1 2 1 mediados 3 0 3 1 3 1 Inquérito Não Não Sim Sim Não Sim simples 1 0 1 0 associado a outros elementos 3 1 Outros mecanismos Sim Não Não Sim Sim 1 1 3 1 3 1 Penalização -1 0 -1 0 0 Sub-totais 3 2 5 1 7 0 4 1 10 2 15 5 Total 5 6 7 5 12 20
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128
O Extensão (em número de caracteres) dos textos dos leitores O1
Expresso Online
67 33,33% 63
31,34%
2311,44% 15
7,46%
178,46%
167,96%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
<100 100 a300
300 a500
500 a700
700 a1000
>1000
extensão
nº artigos
O2
BBC News Online
0
23,39%
2237,29%
2440,68%
915,25%
23,39%
0
5
10
15
20
25
30
<100 100 a300
300 a500
500 a700
700 a1000
>1000
extensão
nº artigos
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P P1 – Autores dos comentários, número de comentários por autor e percentagem, no Expresso Online
Identificação do autor
Número de comentários %
>>Asdrubal 1 0,5 ariosto 1 0,5 Asdrúbal 1 0,5 atchim 1 0,5 Bandarra 1 0,5 bigorna 1 0,5 binmarder 1 0,5 Cabalas 1 0,5 CaLoPeSi 1 0,5 Caparica Red Neck 1 0,5 conselho de ministros 1 0,5 D. Coelho 1 0,5 Dan 1 0,5 Dartacão 1 0,5 electra 1 0,5 Enfadado 1 0,5 Escaravelho 1 0,5 Escaravelho da batata 1 0,5 Fado Alexandrino 1 0,5 ferrosanto 1 0,5 Flor Silvestre 1 0,5 ideafix 1 0,5 J.B.DLEGS* 1 0,5 Jagudi 1 0,5 Jaime Abraão 1 0,5 JBLXP 1 0,5 JG. 1 0,5 Karlitos1 1 0,5 luis de camões 1 0,5 Maltus 1 0,5 MELANIE 1 0,5 navolta 1 0,5 NORTHWIND 1 0,5 Opinador 1 0,5 PortugueseMan 1 0,5 raupena 1 0,5 Ribalta 1 0,5 Samael 1 0,5 Sanco 1 0,5 so4h2 1 0,5 Taskforce 1 0,5 Tirone 1 0,5 Viper 001 1 0,5 voragem 1 0,5
Xicão Amora 1 0,5 Zé Luiz 1 0,5 Zeca2 1 0,5 ZenOsol 1 0,5 zippiz 1 0,5 - Átila - 2 1,0 Aguaviva 2 1,0 ALFACINHA 2 1,0 Anarkismus 2 1,0 Dunca 2 1,0 HomeEdition 2 1,0 LOPES CARLOS 2 1,0 macmarq 2 1,0 Nunes da Silva 2 1,0 pasmado 2 1,0 quovadis 2 1,0 re-tombola 2 1,0 Sir Gatafunhas 2 1,0 ZPortuga 2 1,0 >Asdrúbal 3 1,5 aiaiai 3 1,5 cityshaper 3 1,5 Iraupena 3 1,5 Jean Cautin 3 1,5 José Costa 3 1,5 Palms 3 1,5 Taborda 3 1,5 TOURO 3 1,5 ZéLuiz 3 1,5 Barato 4 2,0 Caturo 4 2,0 Kostas Kalimera 4 2,0 mosco 4 2,0 newZIPPIZ 4 2,0 xatoo 4 2,0 > asdrubal 5 2,5 penaleve 5 2,5 surpreso 6 3,0 Resistente 7 3,5 spanky 8 4,0 Vitor Mango 9 4,5 Albatroz 14 7,0 Tokarev 16 8,0 Total 201 100,0
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
130
P2 – Autores dos comentários, número de comentários por autor e percentagem, na BBC News Online
Identificação do autor Número de
comentários %
Andrew Davidson, London, UK
1 1,7
Andrew Matthews Seer Green
1 1,7
Anne Sadie, UK 1 1,7 Anon, Newcastle Upon Tyne
1 1,7
Brent , Philadelphia, USA
1 1,7
Brian Coughlan, Alinsås Sweden
1 1,7
Chris, Paris (Brit in France)
1 1,7
Christopher Barton, Reading
1 1,7
Christos Georgiadis Athens, Greece
1 1,7
Craig, Edinburgh, Scotland
1 1,7
Dave Cusson, Houston USA
1 1,7
Dave, Rudyard, England
1 1,7
David Drane, Poole, Dorset
1 1,7
David, Ware, Essex
1 1,7
Duncan, Port Vila, Vanuatu (Brit is Pacific)
1 1,7
Elizabeth Bergner, Washington, DC
1 1,7
Frank, Luxembourg
1 1,7
Giovanni, Lugano, Switzerland
1 1,7
Giovanni, Milan, Italy 1 1,7 Godfrey Bartlett, Brentwood, England
1 1,7
Harry, UK 1 1,7 Ian Lowe, Scotland, UK
1 1,7
Irwin Bross, Amherst NY USA
1 1,7
Iselin, London, UK
1 1,7
James, UK
1 1,7
Joey, Tionesta PA, USA
1 1,7
John Gearing, St. Helens UK
1 1,7
John Karran, Merseyside, UK
1 1,7
John, Liverpool, UK
1 1,7
Kieron Green, Edinburgh, Scotland
1 1,7
L.S, Louisiana, U.S.A
1 1,7
Lewis, Birmingham, UK
1 1,7
Liam, Marske 1 1,7
Marc, Taiwan 1 1,7 Mark, Madrid, Spain
1 1,7
Melanie Kumar Bangalore, India
1 1,7
Miguel Gonzalez, California, USA
1 1,7
Milosz, Warsaw, Poland
1 1,7
Paul Miler, Staffs, UK
1 1,7
Paul, Winchester, England
1 1,7
Pauline Fothergill, Halifax, UK
1 1,7
Pete, Birmingham, UK
1 1,7
Peter, Bolton, US
1 1,7
Peter, Durham, UK
1 1,7
Phil, Hants, UK 1 1,7 Phillip King, Market Harborough, UK
1 1,7
Reinout, Kortrijk, Belgium
1 1,7
Rob, London, UK 1 1,7 Ronald Elly Wanda, England
1 1,7
Ronald Rens, Brecht, Belgium
1 1,7
Sarah, Derby 1 1,7 Simon Middleton, Sheffield, UK
1 1,7
Simon, Leeds, UK
1 1,7
Simon London, England
1 1,7
Steve Clark, Evesham, UK
1 1,7
W P Derbyshire, London
1 1,7
William Bonner, Pleyben, France
1 1,7
Jason Robinson, Dublin, Ireland
2 3,4
Total 59 100,0
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
131
Q Q1 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de leitores que expressam opinião sobre o TCE ou assuntos relacionados
O autor apresenta argumentosque suportem a sua opinião?
5796,61%
10451,74%
23,39%
9748,26%
0
20
40
60
80
100
120
Expresso BBC
Sim
Não
Q2 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de autores de comentários que apresentam argumentos que suportam uma opinião expressa
O autor apresenta argumentosque suportem a sua opinião?
4983,05%
6331,34%
1016,95%
13868,66%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Expresso BBC
Sim
Não
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
132
Q Q3 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de leitores que aprofundam a argumentação, tentando rebater argumentos contrários à sua opinião
O autor tenta rebater argumentoscontrários à sua opinião?
610,17%
62,99%
5389,83%
19597,01%
0
50
100
150
200
250
Expresso BBC
Sim
Não
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
133
R R1 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de leitores que respondem a comentários de outros leitores
O autor responde a comentários anteriores?
46,78%
5426,87%
5393,22%
14773,13%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Expresso BBC
Sim
Não
João Pedro Pereira | A voz do público - Anexos
134
S S1 – Número e percentagem (relativa ao total de cada site) de leitores que comentam/criticam o trabalho dos media
O autor comenta/critica o trabalho dos media?
00%
94,48%
59100%
19295,52%
0
50
100
150
200
250
Expresso BBC
Sim
Não
S2 – Comportamento dos autores que comentam/criticam o trabalho dos media (apenas Expresso Online; não aplicável a BBC News Online)
Comportamento dos autores que comentam/criticam o trabalho dos media
1
35
Refere outras fontes deinformação (relacionadascom o tema)
Refere outras fontes deinformação (nãorelacionadas com otema)
Não refere outras fontesde informação