U N IVER S IDADE FEDER A L DO R IO GR AN DE DO S U L Faculdade de Biblioteconom ia e Com unicação

Com unicação S ocial – P ublicidade e P ropaganda Disciplina: M ídia P rof.: André Iribure

Cam ila Casarotto M artins

A W EB CO M O M ÍDIA P A R A A T ER CEIR A IDADE

P orto Alegre, junho de 2009

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1 IN T R O DU ÇÃO Há tem pos que já não se pode m ais dizer que a Internet é algo novo. A partir dos

anos 90, com a explosão da Internet, em presas e pessoas com uns já com eçaram a utilizar as ferram entas, inserindo-se na nova rede que se form ava. Intensificando o conceito de rede já presente nos outros m eios de telecom unicação, com o o rádio, a televisão e até m esm o o telefone, surge, em 1991, a W orld W ide W eb, com o nos conta P inho (2000a). Em bora seja apenas um m odo de organização da inform ação e dos arquivos na rede, a W eb é tratada hoje com o sinônim o de Internet, por ser efetivam ente a parte usada da Internet pela m aioria das pessoas. Ainda retom ando o histórico, outro fato im portante ocorrido em 1991 foi a suspensão da proibição ao uso com ercial da Internet, o que abriu cam inho para o com ércio eletrônico e, m ais recentem ente, para a publicidade na W eb. P ortanto, não se pode ignorá-la com o um m eio de com unicação com o público, haja vista a enorm e e crescente audiência.

É preciso, tam bém , entender com o se deu a evolução do conteúdo na Internet. A cham ada W eb 1.0 caracterizava-se pela atitude passiva do usuário, restringindo-se a apenas receber inform ações, e não contribuir. Essa foi a prim eira fase, em que os sites e portais estáticos surgiam com o fonte de inform ação, e os sites de busca auxiliavam na procura desses dados. Acrescentando, então, um a nova form a de utilizar a internet, surgiu a W eb 2.0, em que a palavra-chave é a interação: o usuário não só obtém inform ações, m as tam bém contribui, participa, interage com os outros usuários, não sendo m ais visto apenas com o espectador, m as tam bém com o um aliado. O sím bolo dessa geração da W eb é a W ikipedia, que funciona com o um a enciclopédia em que o conteúdo é elaborado pelo próprio internauta. Além disso, as redes sociais, com o O rkut e Facebook, tam bém se inserem na W eb 2.0, por valorizarem a interação entre os usuários, m antendo com unidades e perfis em contato. As m udanças em relação à W eb podem ser percebidas com o na publicidade: o público, antes visto com o um alvo, m udou de papel, passando a ser visto tam bém pelos publicitários com o um aliado. Ativo na recepção dos anúncios, o consum idor elabora a m ensagem que recebe da publicidade e participa da vida social a partir dela, além de fornecer inform ações para a própria produção da publicidade; ou seja, o cam inho da publicidade é cíclico, e não um a via de m ão única.

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N esse contexto de m udanças de perspectiva, vem os tam bém a inserção dos idosos no m undo da inform ática. A posição do idoso perante a sociedade tem m udado m uito, tanto no sentido estatístico, com o envelhecim ento da população brasileira e m undial, com o no sentido com portam ental, já que a visão de “inutilidade” do idoso já está em defasagem . A terceira idade, atualm ente, é um grupo ativo socialm ente, que busca alternativas para participar da sociedade, e a Internet é um m eio para isso.

M uito se tem falado sobre o potencial e os hábitos de consum o da terceira idade, m as pouco se tem pesquisado sobre com o a publicidade deve com unicar-se com esse público quando falam os de Internet. P or isso, a intenção desse trabalho é alertar para as possibilidades que existem na W eb para estabelecer um a relação com esse público, seja pelas redes sociais, em que a relação do consumidor com as m arcas pode ser fortalecida pela interação, ou pelos sites e portais segm entados ou de interesse desse grupo, em que a publicidade pode ser vista m ais facilm ente pelos idosos.

“[...] a publicidade online poderá se transform ar em um a valiosa ferram enta de com unicação persuasiva interativa e ainda possível de ser dirigida, de m odo personalizado e individualizado, para os consum idores e prospects de produtos, serviços e m arcas” (P IN HO , 2000b, p. 101).

P ortanto, o propósito do artigo é aliar dois assuntos atuais e proem inentes, m as que carecem de estudos: a publicidade na W eb e a nova terceira idade. P rim eiro, há um a análise das m udanças pelas quais estão passando os idosos e com o o com putador e a rede se incluem nesse contexto, com o m eio de participação social. Depois, falam os sobre algum as possibilidades de fazer publicidade na Internet, focando em redes sociais e analisando o exem plo da T ecnisa, em presa do setor im obiliário presente na W eb e que busca a com unicação com a terceira idade por esse m eio. A pesquisa foi realizada por m eio de consultas a pesquisas já realizadas e de recursos da Internet, especialm ente em sites de busca, portais de notícias e redes de relacionam ento, além de consultas a artigos e trabalhos acadêm icos sobre o assunto. 2 O P ER FIL DO IDO S O BR A S IL EIR O E S U A R EL A ÇÃO CO M A IN T ER N ET

A m udança de perfil da sociedade e do próprio idoso pode ser percebida de duas m aneiras: um a estatística e outra com portam ental. P rim eiram ente, os números do IBGE (2002) m ostram que a sociedade brasileira tende a envelhecer nos próxim os anos. Em censo

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realizado no país no ano de 1991, pessoas com m ais de 60 anos representavam 7,3% da população total, ou seja, aproxim adam ente 10,7 m ilhões de habitantes. Já em 2000, um novo censo foi realizado, constatando que esse número havia aum entado: a população idosa já representava 8,6% da população total, ou seja, m ais de 14,5 m ilhões de pessoas, apresentado ainda m aior crescim ento na faixa de 75 anos ou m ais.

A partir desses dados, pode-se inferir que além da m udança num érica, deve haver tam bém um a m udança de com portam ento, não só dos idosos, m as da sociedade em relação a esse público. O envelhecim ento e o aum ento da expectativa de vida da população ocasionam , nos idosos, um a m aior m otivação para desenvolver projetos futuros, inserir-se na sociedade e livrar-se do estigm a da solidão e do ostracism o a que estavam subm etidos há pouco tem po. N esse sentido, a palavra “velhice”, que passou a ter um a conotação negativa, deixou de ser usada, em detrim ento da expressão “terceira idade”, ou ainda, “m elhor idade”, evidenciando a m udança de perspectiva desse grupo.

O envelhecim ento biológico, no entanto, é inevitável. Decréscim o do poder de m em ória e declínios da visão e da audição, por exem plo, são fatos naturais nesse período da vida. Além disso, a saúde física tem influência tam bém na saúde psicológica: redução da auto-estim a, sentim ento de incapacidade e desm otivação para a vida são algum as decorrências com uns. N o entanto, esses fatores não devem servir de m otivo para um julgam ento precipitado sobre os idosos: em bora sofram de um a série de ocorrências derivadas da idade avançada, os idosos continuam sendo parte da sociedade. P or isso,

“é necessário com preender suas lim itações características a fim de identificar atividades desem penháveis e satisfatórias para os idosos e, assim , poder estipular m eios de reinserção desses indivíduos nas relações sociais contem porâneas” (GAR CIA, 2001 apud VER O N A, 2006, p. 190).

A partir dessa reflexão, podem os entender o com putador e a Internet com o atividades im portantes nesse processo de reinserção. N um prim eiro m om ento, novas tecnologias são m otivo de receio na terceira idade, por apresentarem um a linguagem diferente, m odos de usar diferentes dos seus hábitos, m as tam bém , por estarem associadas diretam ente à juventude. O u seja, m uitos idosos não se vêem capazes de adentrar nesse m undo. As dificuldades biológicas e psicológicas, então, são barreiras a serem transpostas. É preciso paciência para que o aprendizado seja efetivo, além da necessidade de estabelecer estratégias adequadas de aprendizagem do funcionam ento e da linguagem do com putador.

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O m anuseio do m ouse, a digitação no teclado e a visualização da tela são exem plos de dificuldades decorrentes da defasagem física. M as é preciso tam bém transpor a barreira psicológica, que inclui o sentim ento de incapacidade e de exclusão em relação à tecnologia. N ão por acaso, existem diversos cursos e projetos de ensino do uso do com putador e da Internet para os idosos, com o o P rogram a O ldN et1.

N o entanto, segundo Carpanez (2007), apesar do m edo, cada vez m ais os idosos estão usando a Internet. A notícia apresenta os números do IBO P E//N etR atings2: em bora o valor percentual tenha se reduzido, o número de internautas com m ais de 65 anos subiu de 122 m il em 2003 para 265 m il em 2007. O gerente de análise de m ercado do Ibope Inteligência explica que “a quantidade de internautas com m ais de 65 anos está crescendo, m as proporcionalm ente se m antém estável [...] porque, apesar de estarem em número m uito m aior hoje do que há alguns anos, os idosos perdem espaço proporcional para os m ais jovens”. Ainda falando sobre dados do IBO P E//N etR atings, S chnoor (2008) aponta que os usuários com m ais de 65 anos já som avam 350 m il em abril de 2008, sendo que foram o grupo que m ais cresceu percentualm ente de fevereiro a m arço daquele ano (17% ).

U ltrapassada a barreira do m edo, os números dem onstram a vontade de participar desse m undo e dessas novas relações. Cabe, então, entender o que m otiva os idosos a usar a W eb, que sites acessam , o que procuram neles, etc. Com a constante em ergência de novas tecnologias, não saber usar o com putador e a Internet pode parecer, ao idoso, um a exclusão social. P ortanto, a m otivação principal para acessar a rede ou procurar turm as de aprendizagem de inform ática é a reinserção na sociedade e a interação.

Além desse m otivo, o idoso vê tam bém na W eb form as de se com unicar com fam iliares que estão distantes. P or esse m otivo, program as com o o M S N M essenger e o S kype são m uito utilizados. Esses program as perm item que se converse em tem po real com am igos e fam iliares, inclusive com som e im agem . Além desses, o e-m ail tam bém é utilizado para esse fim , sendo a ferram enta m ais usada entre os idosos, por ser de fácil utilização. S egundo dados obtidos no site da M icrosoft Advertising, os usuários com 55 anos ou m ais 1 O P rogram a O ldN et é uma iniciativa da AM D M undial e da O N G Cidade Escola Aprendiz para prom over o encontro entre gerações, a inclusão digital de idosos e a form ação de jovens voluntários. P ara saber m ais: http://w w w .oldnet.com .br/ 2 O IBO P E//N etR atings é um serviço de análises de audiência e m onitoram ento de publicidade na Internet.

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são 5,5% entre os que usam o M S N e 5% entre os que usam o Hotm ail, serviço de e-m ails da M icrosoft, representando um bom número de usuários.

N o entanto, quando a procura é por um site com conteúdo segm entado para o público da terceira idade, poucas respostas são encontradas. Algum as iniciativas foram tom adas nesse sentido, com o o P ortal T erceira Idade, iniciativa da Associação Cultural Cidadão Brasil, “com o objetivo de levar inform ação, cultura e interatividade para o público-alvo da terceira idade”. O portal traz seções de notícias de interesse da terceira idade, dicas de eventos, cursos e atividades, textos sobre esporte, saúde, sexualidade, entre outros, além de um espaço para os internautas publicarem os seus próprios textos e conversarem nas salas de bate-papo.

O utro fator que m otiva o uso é a facilidade de realizar pesquisas sobre qualquer assunto, encontrando rapidam ente os resultados desejados. N esse sentido, pensando em estratégias de publicidade na Internet, a prática de links patrocinados seria m uito útil para em presas que tem com o público-alvo os idosos, já que realizar pesquisas em sites de busca é um a atividade com um .

P odem os inferir, tam bém , que o blog é um m eio bastante procurado pela terceira idade, haja vista a m aior quantidade de tem po disponível para um a leitura m ais aprofundada. U m exem plo disso é o sucesso do Blog da Vovó N euza3, criação de um a m ulher de 79 anos, que conta suas histórias e im pressões sobre o m undo em diversos textos, e já foi citada em diversas reportagens na m ídia. O blog já teve um total de quase 33 m il visualizações e diversos com entários. Há ainda, outros blogs criados por idosos, com o o blog O N T EM & HO JE4, criado por um hom em de 85 anos, que tam bém conta suas histórias e lem branças. P or isso, é possível tam bém pensar em blogs corporativos que estabeleçam um a com unicação interessante com os idosos, objetivando um relacionam ento confiável entre público e em presa.

Além disso, podem os constatar com o assuntos de interesse dos idosos na Internet os sites sobre viagens e sobre qualidade de vida. N o setor do turism o, os idosos já consom em quase m etade dos pacotes de viagens, o que dem onstra o interesse desse público em obter

3 O Blog da Vovó N euza pode ser visualizado no endereço: http://vovoneuza.blogspot.com / 4 O blog O N T EM & HO JE pode ser visualizado no endereço: http://ontem -hoje.blogspot.com /

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novas experiências, aliado ao tem po livre que possuem . P or possuírem tam bém alto poder de consum o, várias em presas já estão investindo nesse nicho, com o no setor de turism o, no setor de cosm éticos, no setor bancário, e, com o verem os depois, no setor im obiliário, além de m uitos outros. Assim , seria interessante que esses setores pensassem em estratégias de com unicação com a terceira idade pela Internet, já que há o interesse por parte dos idosos de participar do m undo online e há o desejo de consum o.

P or esses m otivos, é necessário que esse grupo receba um a m aior atenção pela publicidade, desde o m om ento em que se pensa num a estratégia de cam panha, e não som ente com o um acessório. S abendo os interesses da terceira idade, espacialm ente o que procuram dentro da Internet, é m ais fácil pensar em com unicação com esse público. Cabe, então, pensar com o a publicidade pode encontrar a terceira idade na rede, buscando estabelecer um a relação, e não apenas atingi-lo. 3 P O S S IBIL IDADES DE M ÍDIA O N L IN E E O EX EM P L O DA T ECN IS A

N o Brasil, a utilização da publicidade online ainda é m uito restrita. P oucas em presas incluem ações na Internet em seus planejam entos, por desconhecerem as ferram entas disponíveis ou por estarem acom odados ao que é tradicional, ou seja, a m ídia off-line (outdoors, televisão, rádio, etc.). Em outros casos, ainda, ela é tratada apenas com o m ídia auxiliar, e em poucas situações, com o m ídia central. N o entanto, é preciso explorar e conhecer as possibilidades desse m undo para que possam os descobrir form as de fazer publicidade, evoluindo na divulgação de cam panhas e no relacionam ento com o público.

É fato, tam bém , que esse cenário já com eçou a m udar. A lgum as em presas, assum indo os riscos da inovação, já inseriram sua m ensagem publicitária na Internet. N o entanto, a Internet era vista apenas a partir do prism a dos resultados im ediatos, ou seja, o objetivo da publicidade na W eb era utilizar banners e links patrocinados, por exem plo, apenas para aum entar o número de cliques ou acessos num site. Em contrapartida, o Grupo de M ídia de S ão P aulo (2006) faz um a análise da situação da indústria da propaganda brasileira na Internet, indicando que m uitos anunciantes já resolveram incluí-la na estratégia global da em presa. Assim , ela passa a ser útil tam bém para estabelecer um a relação com o público, divulgando não só um produto ou um a cam panha em específico, m as principalm ente o posicionam ento desse anunciante, sua postura perante os consum idores,

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sua visão estratégica. Dessa form a, a Internet passa a ser incluída nos planos de com unicação desde o início do processo, possibilitando que não seja m ais apenas um a m ídia com plem entar.

É nesse contexto de utilização da W eb com o m eio publicitário essencial que a em presa T ecnisa5 está presente com sites, vídeos, fotos, perfis, blogs, etc. Atuando no m ercado im obiliário desde 1977, a em presa é conhecida por suas cam panhas de m arketing de relacionam ento, especialm ente na Internet. Com um site institucional no ar desde fevereiro de 2002, a T ecnisa sem pre se m anteve atualizada em relação às novidades da W eb, acom panhando inclusive o surgim ento da W eb 2.0. Criado ainda na geração da W eb 1.0, o site passou por reform ulações em 2005 para proporcionar a dinâm ica e a interatividade exigidas pelo “consum idor 2.0”, gerando um canal de vendas com diversas form as de atendim ento ao cliente (via chat, e-m ail, vídeo e telefone) e proporcionando que o leitor não só seja inform ado com o tam bém possa tirar suas dúvidas rapidam ente. Com inform ações do próprio site da em presa, podem os conhecer m elhor as ferram entas utilizadas.

A partir de estudos realizados em 2006, a T ecnisa constatou que blogs e podcasts já haviam deixado de ser m odism os dos adolescentes e poderiam ser utilizados com fins m ercadológicos. P rim eira em presa do ram o da construção civil a ter um blog corporativo, a T ecnisa passou a utilizá-lo com o m eio de relacionam ento com clientes e de visibilidade, transparência e m odernização da m arca. O blog e o portal tam bém são utilizados associados ao sistem a de links patrocinados, com a com pra (a um baixo custo) de palavras utilizadas em sites de busca, para que seus links apareçam em destaque nos resultados, gerando m aior número de visitas. Além disso, o podcast tam bém faz parte das ferram entas utilizadas, oferecendo gravações de áudio de conteúdos relevantes sobre a em presa ou sobre o m ercado, esclarecendo dúvidas tam bém pelos com entários gerados pelos clientes.

Com a consolidação do novo com portam ento dos internautas, agora interativos, a T ecnisa intensificou sua presença na Internet, em redes sociais que enfatizam a troca de inform ações, com unidades e relacionam ento. P or isso, a em presa entrou recentem ente no T w itter, sistem a de m ensagens curtas, pelo qual os usuários podem ser inform ados em

5 O site institucional da T ecnisa pode ser visualizado no endereço: http://w w w .tecnisa.com .br/

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tem po real sobre novidades e as m ensagens serem dissem inadas rapidam ente. O Flickr é utilizado para apresentar fotos de em preendim entos realizados pela T ecnisa, m ostrando a qualidade dos produtos. O S lideS hare perm ite disponibilizar apresentações institucionais e de negócios sobre a T ecnisa, am pliando o conhecim ento sobre a em presa. N o Youtube, site de com partilham ento de vídeos, a em presa vê um a ótim a oportunidade de interação com o público, divulgando cam panhas, anúncios e entrevistas, além de gerar diversos com entários. Além desses sites, é preciso destacar a presença no O rkut e no Facebook, os m ais conhecidos sites de com unidades e relacionam ento no Brasil, estando em contato e interagindo com um a grande audiência. 3.1 O P R O JET O DE CO N S CIÊN CIA GER O N T O L Ó GICA

Em 2009, a T ecnisa iniciou um projeto pioneiro na área da construção civil: o projeto Construindo com Consciência Gerontológica, a partir do qual os prédios e apartam entos serão concebidos pensando no bem -estar, segurança e conforto dos idosos. P ara divulgar a nova cam panha, além de m eios tradicionais, com o jornais e revistas, a Internet novam ente teve papel im portante. P or esse m eio, a T ecnisa consegue se com unicar com os idosos, atuando nos canais em que esse grupo está presente, m as tam bém com unica sua estratégia a outros segm entos, com o os jovens, form ando um a im agem positiva da m arca perante a sociedade.

E quando se fala em criar um a relação com os idosos pela Internet, é preciso retom ar os interesses desse grupo no m undo online. N esse sentido, percebe-se um a intersecção entre os objetivos da T ecnisa e os interesses da terceira idade: interação e consum o. Ao m esm o tem po em que a em presa quer estabelecer um a ligação com seu público-alvo, gerando um a relação interessante com a m arca, os idosos tam bém estão na Internet porque querem participar da vida social, inform ar-se sobre novidades, conectar-se com outras pessoas. N ão é por acaso, por exem plo, que um a pesquisa6 realizada pela N etpop R esearch nos Estados U nidos constatou que 14% das pessoas que participam de redes sociais

6 A pesquisa foi citada no blog S hannon P aul’s Very O fficial Blog, no dia 20 de dezem bro de 2008. O texto pode ser visualizado no endereço: http://veryofficialblog.com /2008/12/20/the-social-netw ork-challenge-m yspace-or-facebook-how -w ell-do-you-know -your-audience/

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possuem 50 anos ou m ais, um percentual alto, considerando que essas redes são ocupadas m ajoritariam ente por jovens.

P ensando nisso, a T ecnisa inseriu o projeto de Consciência Gerontológica nas redes sociais em que participa e tam bém em sites segm entados. N o seu próprio site, há um a página específica para o projeto, que disponibiliza im agens, vídeos, apresentações e os links para o usuário participar das redes sociais com a T ecnisa. N o Youtube, há um vídeo com quase 2500 visualizações ressaltando o projeto e sua preocupação com o idoso, além de outro com 680 visualizações em que profissionais explicam o projeto e seus objetivos. N o S lideS hare, há duas apresentações sobre o projeto, que totalizam quase 1000 visualizações. Além desses m eios, o projeto tam bém é divulgado no Facebook e no O rkut, nas com unidades e perfis sobre a T ecnisa, m as tam bém participando de debates e com unidades sobre a terceira idade.

N o blog, um dos m ais im portantes canais de com unicação com os idosos, já que eles estão dispostos a ler m ais e têm m ais tem po disponível para isso, tam bém era preciso falar sobre o projeto. N esta ferram enta, é possível am pliar a discussão, m ostrar vários dados, apresentar a posição da em presa e m ostrar outros fatos decorrentes do projeto. N o Blog da T ecnisa, há 4 textos sobre o projeto: dois deles são explicações sobre o próprio projeto, um é sobre um a prom oção incentivando a participação dos internautas, e o outro é sobre um a entrevista dada a um a rádio acerca do projeto. Então, os textos resultaram em diversos com entários, inclusive de idosos, em sua m aioria exaltando a realização ou dem onstrando interesse no projeto.

T am bém , a em presa é parceira do P ortal T erceira Idade, já citado anteriorm ente no trabalho. N este portal, há reportagens sobre o projeto na parte de Cidadania, já inform ando sobre a realização, além de um banner, localizado na parte superior, em que três im agens vão se intercalando, convidando o internauta a conhecer m elhor o projeto. Clicando no banner, o usuário é direcionado para a página específica do projeto no site da T ecnisa, onde a pessoa pode se inform ar m elhor e conhecer as outras ferram entas utilizadas. Assim , o banner não só gera um m aior número de acessos ao site pelos idosos, inform ando sobre a em presa e o projeto, com o tam bém direciona os usuários para as redes sociais, iniciando assim o relacionam ento. P or isso, é preciso citar, tam bém , a im portância do encadeam ento entre os canais utilizados e entre diferentes m ídias, já que a em presa deve seguir a m esm a

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linha em todos os canais em que atua, não só na Internet, m as tam bém quando anuncia em jornais, revistas, etc., além de gerar grande m ídia espontânea quando a estratégia é bem realizada. A respeito do assunto, nos falam :

“O form ato e as form as de se anunciar na w eb transcendem o caráter cartesiano encontrado na m ídia tradicional. [...] Apesar de ainda ter-se um form ato determ inado para a exposição de anúncios, através do sistem a de links, o usuário pode clicá-lo e ser levado a outros form atos e m uitas outras inform ações relativas ao anúncio ou ao anunciante” (R AVAN EL L O ; S A N T O S , 2002, p. 34).

Atuando em diversas frentes, a T ecnisa consegue criar a identidade da sua m arca diante de diversos nichos. P ensando na terceira idade e procurando aproxim ar-se desse grupo, a em presa não só fortalece sua presença na m ente dos idosos, com o tam bém passa a ser bem vista por jovens e adultos que podem tam bém ser seus clientes. P or isso, a publicidade na Internet não deve ser vista apenas com o um a form a de gerar resultados im ediatos, visando apenas aum entar o número de acessos do site, por exem plo, m as deve sim ser vista com o um a form a de estabelecer um relacionam ento e de fortalecer a im agem da em presa perante os consum idores. Assim , é possível divulgar um a cam panha com m ais credibilidade em nichos específicos, com o é o caso do projeto de Consciência Gerontológica da T ecnisa. Com o a em presa já atuava de diversas form as na m ídia online, foi preciso apenas entender com o a terceira idade poderia ser inform ada sobre o assunto. 4 CO N CL U S ÃO

U m a nova geração de idosos está sendo form ada. N o futuro, a terceira idade já chegará adaptada à Internet, com um a nova visão sobre a sua função para a sociedade, que já está sendo reform ulada atualm ente. P or isso, é preciso atentar para as m udanças que estão ocorrendo em relação a este grupo, e não sim plesm ente ignorar os idosos, ou considerá-los inativos para a sociedade. N esse sentido, a publicidade tam bém precisa antever as m udanças sociológicas que irão ocorrer nos próxim os anos, considerando que a terceira idade é um público de alto poder de consum o e de grande interesse em participar das novidades, o que tende a crescer ainda m ais.

N esse contexto, é preciso tam bém entender que, com o inserção na sociedade, a utilização do com putador e da Internet tem um papel im portante na vida dos idosos. Além de ser um a atividade que ocupa m om entos ociosos, a W eb oferece tam bém um contato

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social, um sentim ento de pertencim ento à sociedade. P ara isso, os idosos realizam pesquisas, inform am -se sobre o m undo e sobre assuntos de seu interesse (viagens, saúde, bem -estar, etc.), e podem contatar fam iliares distantes, sem nem precisar sair de casa, o que gera um fascínio. A interatividade proposta pela W eb 2.0, então, encaixa-se perfeitam ente no desejo da terceira idade. Assim , a publicidade pode aproveitar-se desta dem anda para estabelecer um a com unicação com esse grupo, quando o interesse for m útuo, especialm ente através das redes sociais e das form as que internet oferece de interação com o usuário.

O s números ligados à Internet são extrem am ente dinâm icos, exigindo um a atualização constante, e superando facilm ente qualquer previsão que seja feita em um a publicação. Além disso, é preciso considerar que o tem a é tão vasto que não seria possível encerrá-lo neste artigo. P ortanto, longe de querer buscar respostas definitivas, este artigo busca apenas apontar cam inhos e possibilidades para um a reflexão sobre o tem a, já que a bibliografia e as pesquisas sobre a publicidade na Internet, especialm ente voltada para a terceira idade, ainda são incipientes.

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R EFER ÊN CIA S

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GL O S S ÁR IO BAN N ER – Anúncio em form a de im agem gráfica. Geralm ente levam a assinatura de um a cam panha, um a m ensagem e um estím ulo para clicar. P odem ser estáticos, anim ados ou interativos e levar o consum idor a outro site se for clicado.

B L O G – Abreviação de W eblog: W eb (rede, teia) e L og (registro). A palavra pode ser usada para quaisquer registros freqüentes de inform ações feitos no m eio online, ordenados cronologicam ente, abrangendo diários pessoais, sites com notícias ou opiniões, sites corporativos, entre outros.

FACEBO O K – S ite de relacionam ento social lançado em fevereiro de 2004 por M arc Zuckerberg, que perm ite fácil com partilham ento de m ensagens, vídeos e fotografias entre os perfis dos usuários.

FL ICKR – S ite de relacionam ento social focado em fotografia, que perm ite a criação de álbuns para arm azenam ento, contato com os outros usuários e participação em com unidades.

L IN K P A T R O CIN ADO – Anúncio publicitário em form ato de texto, contendo um título, um a descrição do produto ou serviço oferecido e o endereço do site. O s form atos m ais utilizados de link patrocinado são: por palavra-chave (quando o usuário digita as palavras em sites de busca) ou por assunto (quando o anúncio está relacionado ao tem a da página acessada pelo usuário).

M S N M ES S EN GER – P rogram a de m ensagens instantâneas desenvolvido pela M icrosoft Corporation. P erm ite que os usuários se com uniquem em tem po real. S ua versão atualizada é o W indow s L ive M essenger.

O R KU T – S ite de relacionam ento social criado em janeiro de 2004, com o objetivo de que seus m em bros criassem novas am izades e m anter relacionam entos. Atualm ente, o Brasil é o país com m aior número de usuários na rede social.

P O DCA S T – S érie de arquivos de m ídia digital publicados num site. O form ato m ais utilizado é o de áudio. O s arquivos podem ser transferidos para leitores portáteis.

S KYP E – P rogram a que perm ite com unicação de voz e vídeo grátis e com qualidade pela Internet.

S L IDES HA R E – S ite de relacionam ento social focado em apresentações, que perm ite arm azenam ento e com partilham ento de arquivos e contato com os outros usuários.

T W IT T ER – S ite de relacionam ento social que perm ite aos usuários que enviem m ensagens e leiam atualizações pessoais de seus contatos, em textos de até 140 caracteres.

W IKIP EDIA – Enciclopédia m ultilíngüe online, onde o conteúdo é elaborado, atualizado e am pliado pelos usuários.