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V.A. PARDO e A.G. FERREIRA
Revista Brasileira de Sementes, vol. 28, n 2, p.92-98, 2006
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1Submetido em 16/09/2004. Aceito para publicao em 28/03/2005. Parteda tese de doutorado apresentada para o Programa de Ps-graduao emBotnica/UFRGS, pelo primeiro autor;
2 Eng. Agrnomo, doutora. Professora substituta do Departamento de
ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE ORQUDEAS1
VERONICA ALVAREZ-PARDO2, ALFREDO GUI FERREIRA3
RESUMO - Sementes de dezesseis espcies de orqudeas foram armazenadas a 5o
C por at 42meses, sendo verificada a viabilidade pelo teste de tetrazlio e de germinao. Houve perda daviabilidade conforme incremento no perodo de armazenamento. Por doze meses, a maioria dasespcies estocadas a 5C, em dessecador com umidade relativa de + 6% de contedo de gua,conservou a viabilidade prxima aos 100%, com exceo da Cattleya labiataque apresentouqueda de cerca de 50% da viabilidade inicial. Cattleya intermedia, Encyclia pygmaea, E.odorantissima, Grobya sp., Oncidium flexuosum, Oncidium pumilume um hbrido natural,Laeliocattleyaconservaram, em geladeira, a viabilidade das sementes acima de 90%, por at 24meses. Para Cattleya intermdia, realizou-se armazenamento de sementes em tubos de polipropilenoa 5, -18 e a 25C, em dessecador ou condies ambientais sem controle de umidade. Em condiesde laboratrio houve perda quase total da viabilidade das sementes. A estocagem em geladeira a5C ou em freezer a 18C fornece condies adequadas para conservar a viabilidade de sementesde orqudeas. Com essa mesma espcie, as sementes foram armazenadas a -18C durante 24 semanas,sendo testada semanalmente sua viabilidade. Para tais avaliaes, as sementes eram transferidasdiretamente de -18C para temperatura ambiente de laboratrio (25C) ou indiretamente, por umahora a 5C, depois para temperatura ambiente por uma hora. A transferncia indireta foi maiseficiente na conservao da viabilidade.
Termos para indexao: conservao, tetrazlio, germinao, viabilidade.
ORCHID SEED STORAGE
ABSTRACT - Orchid seeds of sixteen Brazilian Southern species were stored at 5C up to 42
months, when the viability was tested by the tetrazolium or germination performance. There wasloss of viability when storage was extended. For one year, the viability of the majority of the seedsstored at 5C in a dessecator with 6% of water content was preserved near to 100%, except forCattleya labiadawhich lost around 50% of its seeds viability. Cattleya intermedia, Encycliapigmaea, E. odorantissima, Grobya sp.,Oncidium flexuosum, O. pumilum and one natural hybridofLaeliocattleyamaintained seed viability of over 90% to 24 months at 5C. Cattleya intermediaseeds were stored in polipropylene tubes at 5C or -18C and either 25C in a dessecator or in openflasks under laboratory environmental conditions. Most the seeds of this species died underlaboratory conditions in one year. Storage at 5C or in a freezer (-18C) were the best conditions tomaintain the orchid seed viability. With this same species the seeds were stored at -18C for 24weeks, and the viability tested weekly.. The seeds were transferred directly from this temperature
to 25C or indirectly, for one hour at 5C, and then to the environmental temperature in the laboratory(25C). The indirect transfer preserved viability more efficiently.
Index terms: conservation, tetrazolium, germination, viability
Botnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);3Professor titular do Departamento de Botnica da UFRGS e bolsista do
CNPq. Caixa postal 15015, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP 91501-970,[email protected]
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SEMENTES DE ORQUDEAS
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INTRODUO
O procedimento de armazenamento utilizado naconservao de sementes tem sido escassamente abordadopara armazenamento de sementes de orqudeas (Seaton eHailes, 1989; Jesup, 1996).
Sugere-se que as sementes de orqudeas apresentamcomportamento semelhante aos das sementes ortodoxas(Pritchard e Seaton, 1993; Pritchard et al., 1999). E, comotais, so fisiologicamente afetadas pelas condies dearmazenamento, incluindo as de criopreservao (Pritchard ePrendergast, 1989).
A vitalidade dessas sementes pode ser favorecida com aadequao do perodo de coleta dos frutos e com as reduesdo teor de gua das sementes, da temperatura e da presso deoxignio na atmosfera de armazenamento (Seaton e Pritchard,1990, Thornhill e Koopowitz, 1992, Mello, 2000).
O uso de bancos de sementes, para conservao ex situde germoplasmas de orqudeas depende de disponibilidade deconhecimentos, capazes de permitir a definio detemperaturas e graus de umidade ao armazenamento (Pritcharde Seaton, 1993; Koopowitz, 1996).
O objetivo deste estudo foi verificar o comportamentogerminativo e de viabilidade de sementes de orqudeas nativasdurante o armazenamento.
MATERIAL E MTODOS
Os experimentos foram conduzidos no Laboratrio de
Fisiologia Vegetal do Departamento de Botnica da deUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS - PortoAlegre, RS).
Frutos com sementes de Bifrenaria inodora Lindl.,Cattleya bicolorLindl.,Cattleya intermediaR.Grah(misturas),Cattleya intermedia var. pallida Lindl., Cattleya labiataLindl.,Encyclia pygmaea(Hook.) Dressler, Encyclia odorantissimaSchltr.,Epidendrum fulgens A. Brongn., Grobya sp. Lindl.,Laelia purpurata Lindl.Paxt.,Laeliocattleya Rolfe, Maxillariapicta Hook., Oncidium enderianum Hort., Oncidiumflexsuosum Sims, Oncidium pumilum Lindl.Pleurothallisglumacea Lindl. foram coletados nas regies leste e litoralnorte do Rio Grande do Sul (Tabela 1).
As superfcies dos frutos (cpsulas fechadas pr-deiscentes) foram lavadas com gua e detergente neutro,recebendo posteriormente, limpeza com lcool (70%). A seguir,as cpsulas foram colocadas em dessecadores com slica gelat a deiscncia. Aps, as sementes foram isoladas e colocadasem envelopes de papel Kraft, mantidas nos dessecadorescontendo cloreto de clcio hexahidratado, durante 10 dias(Thompson, 1980; Seaton e Pritchard, 1990).
A viabilidade foi avaliada pelos testes de tetrazlio e testede germinao. No teste de tetrazlio, as sementes previamenteembebidas durante 24 horas em gua destilada, foram imersasem soluo aquosa (1%) de sal de tetrazlio (cloreto de 2,3,5trifenil tetrazlio) e mantidas na ausncia de luz a 30oC, durante24 horas (Singh, 1981; Jordo et al., 1988). A contagem foi
realizada ao microscpio estereoscpico, considerando-seviveis as sementes portadoras de embries coloridos de
Espcies Procednciasa pocas de coleta dos frutosb
Bifrenaria inodora Lindl. Terra de Areia Maio/99
Cattleya bicolorLindl. Terra de Areia Fevereiro/99
Cattleya intermedia var. pallida Lindl. Terra de Areia Abril/99
Cattleya intermedia R. Grah. Montenegro Maio/00
Cattleya labiata Lindl. Terra de Areia Fevereiro/99
Encyclia odorantissima Hook Terra de Areia Agosto/99
Encyclia pygmaea Hook. Terra de Areia Maro/99
Epidendrum fulgens A. Brongn Viamo Agosto/00
Grobya sp. R. Br. So Leopoldo Novembro/99
Laelia purpurata Lidl. Paxt Terra de Areia, Montenegro Agosto-Outubro/99; Abril/00
Laeliocattleya Rolfe Terra de Areia Outubro/98
Maxillaria picta Hook. Viamo Agosto/99
Oncidium pumilum Lindl. Terra de Areia Maro/99
Oncidium enderianum Hort Terra de Areia Agosto/99
Oncidium flexuosum Sims Terra de Areia Abril/00
Pleurothallis glumacea Lindl. Viamo Maro/00
TABELA 1. Procedncias e pocas de coleta dos frutos das orqudeas estudadas
a Municpios na Depresso Central ou Litoral-norte do Estado de Rio Grande do Sulb (-) Testes no efetuados.
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vermelho (Lauzer et al., 1994).O teste de germinao foi realizado em meio Knudson C
(Knudson, 1946) adicionado de micronutrientes (Arditti etal., 1982) e suplementado com de tiamina (0,05mg.L -1), decido nicotnico (0,05mg.L-1), de sacarose (20g.L-1) e de agar(6g.L-1) com o pH do meio com NaOH para 5,7. O substrato,
recoberto com filme de alumnio em camada dupla, foiautoclavado a 120C por 20 minutos e colocado em tubos deensaio (10mL por tubo de 20x1,5cm) que foram inclinados,ainda quentes, permitindo incrementar a superfcie desemeadura.
Previamente semeadura, as sementes foramdesinfestadas com gs formol por uma hora (Alvarez-Pardoet al., 2001), em cmara de fluxo laminar. Depois, o materialfoi transferido para sala de crescimento temperatura de25+5C com fotoperodo de 16 horas (luz branca de30mol.m-2.s -1), por 30 dias. Aps, as sementes foramexaminadas ao microscpio estereoscpico e aquelas queapresentavam embries expandidos e massa celular decolorao verde (estgio 1) foram consideradas germinadas,segundo as definies de Seaton e Hailes (1989) e Milaneze(1997).
Ensaio 1. Armazenamento de sementes a 5C.As sementes das 16 espcies de orqudeas foram
armazenadas at 42 meses com um teor de gua prximo de6% (Pritchard e Seaton, 1993), em tubos de polipropileno(capacidade 1,5mL) contendo fibras de algodo no espao
no ocupado pelas sementes. Os tubos foram colocadosdentro de frascos hermticos de vidro (20mL) e mantidos a5+1C.
A viabilidade expressada em percentagem foi verificadasemestralmente, empregando-se os testes de tetrazlio egerminao, ambos realizados com quatro repeties de 10mgde sementes por espcie. Estudo de Correlao foramrealizados com as mdias das repeties entre os testes de
viabilidade, usando-se o programa estatstico SSPS-10.Ensaio 2. Condies de armazenamento das
sementes de Cattleya intermediaAs sementes de Cattleya intermedia,obtidas pela reunio
de amostras provenientes de duas regies do estado do RioGrande do Sul, apresentaram teor de gua inicial de 6%,
segundo a metodologia descrita por Pritchard e Seaton (1993).As sementes armazenadas durante 24 meses, nas
condies indicadas na Tabela 2, foram semestralmenteavaliadas pelos testes de tetrazlio e de germinao, ambosrealizados com trs repeties e expressos em percentagem.Foi utilizado delineamento inteiramente casualisado emesquema fatorial de 6 x 5 (condies de armazenamento xperodos de armazenamento). Os dados em percentagemforam transformados em arcsen(x + 10)1/2, submetidos anlise de varincia e realizado o teste de comparao de mdiaspor Tukey (p 5), com o programa estatstico SSPS-10.
Ensaio 3. Curtas interrupes nas condies dearmazenamento.
Foram utilizadas sementes de Cattleya intermedia,queapresentaram viabilidade inicial de 99 1% pelo teste detetrazlio, armazenadas a -18C durante 24 semanas, o qualfoi semanalmente interrompido pela transferncia das sementespara ambiente de laboratrio (25 + 5C), utilizando-se osseguintes procedimentos:
Tratamento A (indireto): transferncia das sementespara 5C por uma hora, seguida de permanncia a 25 5C
por uma hora e imediato retorno a condio de 18C;Tratamento B (direto):transferncia para ambiente a25 5C por uma hora e imediato retorno condio inicialde 18C.
As subamostras retiradas semanalmente eram avaliadaspelos testes de germinao e de tetrazlio, com trs repetiese expressos em porcentagem. Foi utilizado delineamentointeiramente casualizado em fatorial 2 x 20 (tratamentos x
Tratamntos Acondicionamento Temperatura(C)
T1 tubos de polipropileno hermticos, contendo fibras de algodo no espao noocupado pelas sementes.
5+1
T2 tubos de polipropileno hermticos, contendo fibras de algodo no espao no
ocupado pelas sementes.
-18
T3 tubos de polipropileno hermtico, contendo fibra de algodo no espao noocupado pelas sementes e mantidos no interior de um desseca dor.
25+5
T4 tubos de polipropileno hermticos, contendo fibras de algodo no espao noocupado pelas sementes.
25+5
T5 Em envelopes de papel de seda 25+5
T6 Em envelopes de papel de seda no interior de um dessecador. 25+5
TABELA 2. Armazenamento de sementes de Cattleya intermedia em diferentes condies por 24 meses
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momentos de transferncia). Os dados em percentagem foramtransformados em arcsen(x + 10)1/2, submetidos anlise devarincia, seguido de anlise de regresso (programa SSPS-10).
RESULTADOS E DISCUSSO
Obter frutos com sementes com boa qualidade fisiolgicarequer cuidados e ateno, no podem ser coletados muitoverdes, pois as sementes podem no ter atingindo amaturidade, nem colocadas em condies inadequadas comosacos plsticos fechados. Altas temperaturas ps-coleta(30C) podem prejudicar a viabilidade das sementes, assimcomo coletas em casa de vegetao, onde pode haverprevalncia de sementes sem embries pela falta do polinizador
natural. As cpsulas, em geral, apresentam uma coloraoamarelada antes da abertura das fendas de maturao.Entretanto, em expedies de coleta a campo, esta operaose torna difcil (Mello, 2000), preferindo-se realizar coletasunicamente de cpsulas no incio da deiscncia (Thompson,1980; Pritchard e Seaton, 1993). Para completar a maturao,
deve-se colocar os frutos em dessecadores com slica gel oucloreto de clcio, at que ocorra uma abertura completa. imprescindvel diminuir o teor de gua das sementes paradepois armazen-las (Seaton e Pritchard, 1990; Pritchard etal., 1999).
Houve perda da viabilidade das sementes (Ensaio 1) como avano de perodo de armazenamento em todas espciesestudadas (Tabela 3), detectadas tanto pelo teste de germinaocomo de tetrazlio, que apresentaram alta correlao. Por
Testes MesesEspcies
% 0 6 12 18 24 30 36 42 Valores de R a
Epidendrum fulgens TZ 83 84 83 57 52 -b
- - 0,896
G 89 80 68 57 43 - - -
Grobya sp. TZ 94 86 83 72 73 - - - 0,876
G 92 90 71 66 48 - - -
Cattleya Intermedia TZ 99 99 96 96 92 - - - 0,850
G 99 98 96 95 95 - - -
Oncidium flexsuosum TZ 94 93 91 88 90 - - - 0,852
G 95 96 92 89 87 - - -
Pleurothallis glumacea TZ 100 98 48 35 36 - - - 0,982
G 99 99 55 22 34 - - -Oncidium enderianum TZ 100 97 91 75 63 34 - - 0,998
G 100 98 95 71 56 21 - -
Maxillaria picta TZ 98 98 91 88 73 1 - - 0,975
G 94 94 82 81 49 0 - -
Laelia purpurata TZ 95 94 93 77 63 41 - - 0,994
G 95 93 90 76 56 40 - -
Bifrenaria inodora TZ 98 92 91 69 54 19 9 - 0,997
G 100 99 92 64 49 3 0 -
Encyclia pygmaea TZ 100 99 96 91 91 89 84 - 0,995
G 100 99 95 86 86 84 78 -
Oncidium pumilum TZ 99 94 88 86 86 89 75 - 0,929
G 97 86 90 83 81 83 63 -
Cattleya iIntermedia pallida TZ 99 100 100 99 94 69 54 - 0,992G 100 100 99 100 99 70 48 -
Cattleya bicolor TZ 100 99 84 68 52 41 14 - 0,972
G 99 99 79 68 61 20 6 -
Cattleya labiata TZ 63 58 29 14 9 2 0 - 0,996
G 61 61 24 14 6 1 0 -
Encyclia odorantissima TZ 100 99 99 93 92 84 74 - 0,989
G 99 99 97 91 94 82 70 -
Laeliocattleya TZ 100 100 100 98 100 74 72 43 0,990
G 100 99 100 97 98 67 57 35
TABELA 3. Ensaio 1: dados obtidos nos testes de tetrazlio (TZ) e de germinao (G) de sementes de orqudeas armazenadas a 5C
durante 42 meses
aValores de correlao entre os dados dos testes de tetrazlio e de germinao.b (-) Testes no efetuados.
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insuficincia de material, em algumas espcies os testes foramefetuados at 24 ou 30 meses. Em outras espcies, comoMaxillaria picta e Cattleya labiata, que em 30 meses,perderam quase completamente a viabilidade.
Existiu interao significativa entre as condies e osperodos de armazenamento das sementes de C. intermdia
1A
0
10
20
30
40
5060
70
80
90
100
0 6 12 18 24
Perodo de armazenamento (meses)
Tetrazlio
%
T1 T2 T3 T4 T5 T6
1B
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 6 12 18 24
Perodo de armazenamento (meses)
Germinao%
(Ensaio 2). Nas condies de baixa temperatura (T1=5C ou
T2=-18C), as sementes dessa espcie no alteraram a
viabilidade durante 24 meses de armazenamento (Figura 1A eB). At seis meses de armazenamento T
1,T
2,T
3e T
6,
mantiveram-se estatisticamente iguais (Figura 1A e B). Assementes armazenadas em condies ambientais fora do
FIGURA 1. Ensaio 2: dados obtidos nos testes de tetrazlio (1A) e de germinao (1B) para as condies de armazenamento adotadasdurante o armazenamento (T1=em tubos de polipropileno (1,5mL) a 5C; T2=em tubos a 18C; T3=em tubos emdessecador a 25C; T4=em tubos sem dessecador a 25C; T5=em envelope de papel de seda sem dessecador a 25C;T6=em envelope de papel com dessecador a 25C) de 24 meses das sementes de Cattleya intermedia.
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dessecador (T4= tubo de polipropileno e T
5= em papel de
seda) mostraram perda da viabilidade j aos seis meses deestocagem, perdendo completamente a viabilidade aos 18meses. Efeito similar foi observado por Limartha (1975) parasementes de Phalae nops is am ab il is e Dendrobiumphalaenopsis, que perderam 30% da viabilidade em 20 dias a
temperatura de 25 28C. Mello (2000) comprovou a perdada viabilidade de sementes de vrias espcies de orqudeas doCerrado brasileiro, armazenadas a 25oC. Assim, o controle da
temperatura e do teor de gua nas sementes interfere naconservao das sementes de vrias espcies de orqudeas.
Houve efeito significativo entre os perodos dearmazenamento e os procedimentos de transferncia (Ensaio3), indicando que o efeito dos tratamentos dos lotes A e Bestavam na dependncia dos ciclos de armazenamento das
sementes de Cattleya intermedia, a partir da quinta semanade avaliao com os mtodos direto e indireto (Figura 2)Segundo o teste de tetrazlio (Figura 2A), a perda da
2A
y Indireto= -0,0686x2 + 0,2221x + 95,509
R2 = 0,7456
y Direto = 0,0104x2 - 1,9384x + 100,91
R2 = 0,7656
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Perodo de armazenamento (semanas)
Tetrazlio(%)
Indireto
Direto
2B
y Direto= -0,1404x2 - 0,3529x + 88,504
R2 = 0,7648
y Indireto= 0,0729x2 - 3,7627x + 104,75
R2 = 0,8353
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Perodo de armazenamento (semanas)
Germinao(%)
Indireto
Direto
FIGURA 2. Ensaio 3: dados dos testes de tetrazlio (2A) e germinao (2B), obtidos para os tratamentos de lote direto (de 18C para25C) e lote indireto (de 18C; para 5C; para 25C), aplicados em sementes de Cattleya intermedia.
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viabilidade, aps os vinte ciclos avaliados, foi de 20% emambos os lotes (indireto e direto) e de acordo com o teste degerminao (Figura 2B), perdeu-se de 30 a 50%, para estesdois lotes. Sabe-se que quanto mais frio e maior a diferenade temperatura com ambiente, maior a condensao deumidade sobre o corpo resfriado. Assim, transferir as sementes
diretamente de -18C para a temperatura ambiente, devecondensar mais umidade sobre essas. Como foi ressaltadoanteriormente, o controle da umidade relativa e do teor degua nas sementes influi na viabilidade das mesmas, e istopode ter prejudicado na germinabilidade. No se mediu o graude absoro de gua pelas sementes aps as transferncias.Desta forma, se houver necessidade de vrias subamostrasde sementes ao longo do tempo, na estocagem inicial, deve-se dividir o material e as sobras no devem voltar para ascondies de baixas temperaturas de armazenamento (5Cou -18C).
CONCLUSES
H perda da viabilidade das sementes conforme aumentao perodo de armazenamento, nas dezesseis espciesestudadas.
A conservao de sementes de Cattleya intermedia favorecida por temperaturas ambientais de 5 e 18oC.
H perda de viabilidade com as mudanas de temperaturade 18oC para 25oC nos lotes A (indireto) e B (direto) desementes de C.intermedia, ao final dos vinte ciclos dearmazenamento. O mtodo indireto mostrou menor perda deviabilidade ao longo dos vinte ciclos analisados.
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