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A demência é uma doença crónica de pro-gressão lenta que causa uma perda de me-mória e uma diminuição extrema de todosos aspetos da função mental. É uma deca-dência progressiva da capacidade mentalem que a memória, a reflexão, o juízo, aconcentração e a capacidade de aprendiza-gem estão diminuídos e pode produzir-seuma deterioração da personalidade. A de-mência habitualmente desenvolve-se deforma lenta e afecta as pessoas com maisde 60 anos. Apesar de tudo, a demêncianão faz parte do processo normal de enve-lhecimento. À medida que a pessoa enve-lhece, as alterações no cérebro causam umacerta perda de memória, especialmente ade factos recentes, e uma deterioração nacapacidade de aprendizagem, mas estas al-terações não afetam as funções normais. Ademência é uma deterioração da capaci-dade mental que piora com o tempo e queafeta as funções da pessoa, pois as pessoasque sofrem de demência podem chegar aesquecer por completo os acontecimentosrecentes e não conhecerem as pessoas pró-ximas nem onde estão por exemplo.Uma das causas mais frequentes de de-mência é a doença de Alzheimer. Outrascausas frequentes da demência são a de-mência multienfarte e a doença de Parkin-son.As pessoas com demência perdem a noçãodo tempo e de reconhecer as pessoas, os lu-gares e os objetos. Têm dificuldade em en-contrar a palavra apropriada e pensar noabstrato (como trabalhar com números).As alterações de personalidade são tam-bém frequentes e são menos capazes decontrolar o seu comportamento. Têm ex-plosões de cólera e alterações de humor etendem a divagar. Com a evolução dadoença torna-se difícil seguir uma con-versa e podem perder a fala. A manutençãode um ambiente familiar ajuda a pessoacom demência a conservar a sua orienta-ção. A mudança de casa ou de cidade, omudar os móveis de sítio ou outras altera-ções na rotina podem provocar uma per-turbação. É importante o estabelecimentode uma rotina sistemática para dar à pes-soa uma sensação de estabilidade. Tambémé importante estimular a pessoa tanto fí-sica como psicologicamente. O apoio dosprofissionais de saúde do centro de saúdeé primordial pois acompanham e orientame apoiam em relação à doença.

Enfermeira AnA CArvAlHo

DEMÊNCIA

O Portal para Familiares e Cuidadores deDoentes de Alzheimer http://cuidadores-alz-heimer.web.ua.pt/actividades.html foi criadopela Universidade de Aveiro e tem como prin-cipais objetivos:

• Disponibilizar informação, cientifica-mente válida, sobre a doença de Alzheimer etodas as implicações que esta tem no quoti-diano do doente, cuidador e familiares;

• Apresentar soluções ou formas de mini-mizar as principais dificuldades e limitaçõesdecorrentes da doença;

• Disponibilizar a informação em portu-guês, de forma simples e clara, acessível a todaa população.

Dos vários temas/assuntos que o portal abor -da sobre a doença escolhemos os seguintestemas para abordar nesta edição: Sinais deAlerta e Diagnóstico.

Sinais de AlertaO propósito desta lista é alertar para os sinais da

DA (Doença de Alzheimer). O facto de um indiví-duo apresentar vários destes sintomas não significaque tenha a doença. É importante ter em mente quemuitos dos sinais e sintomas da DA são comuns aoutras demências e podem até ser facilmente con-fundidos com sinais do processo de envelhecimentonormal. É recomendável consultar um médico es-pecialista como um neurologista ou psiquiatra.

Sinais da DA:1. Esquecer-se de eventos recentes, esque-

cendo-se de datas importantes por exemplo,mas lembrando-se com vivacidade de eventosde um passado distante;

2. Fazer sempre a mesma pergunta, repetira mesma história ou palavra;

3. Esquecer como se fazem determinadasatividades regulares no seu quotidiano (porexemplo, cozinhar ou jogar às cartas);

4. Perder a capacidade de gerir o dinheiro,pagar contas;

5. Perder-se em locais familiares ou colocarobjetos da casa em sítios errados;

6. Deixar de cuidar da sua imagem, recu-sando-se a tomar banho e vestindo sempre amesma roupa, afirmando que já tomou banhoe que roupa está limpa;

7. Deixar de confiar em alguém, como ocônjuge, para tomar decisões ou responder aperguntas que anteriormente teria sido ele alidar com essas questões;

8. Dificuldades a ler, calcular distâncias e al-teração de perceção, podendo ver-se ao espelhoe achar que é outra pessoa;

9. Afastamento da vida social, projetos detrabalho, desportos favoritos (p. ex. dificul-dade em assistir um jogo até ao fim) e hobbies;

10. Alterações de humor e personalidade,tornando-se confusos, desconfiados, deprimi-dos, com medo e ansiosos. Irritam-se com fa-cilidade em casa e no trabalho.

DiagnósticoExistem muitas causas para os sintomas de

demência, existindo até condições que provo-cam sintomas semelhantes aos da DA e quesão reversíveis. Desta forma, é extremamenteimportante consultar um médico o mais cedopossível para que seja efetuado o diagnóstico edefinida a estratégia terapêutica a adotar. Odiagnóstico precoce permite também que fa-miliares e amigos se preparem para a evoluçãoda doença e desenhem planos para o futuro.

O diagnóstico da DA envolve diferentestipos de avaliação e, em muitos casos, a con-sulta de um médico especialista (neurologista,psiquiatra, …) é necessária para além do mé-dico de família. A avaliação médica comum-mente realizada nestes casos inclui: históriaclínica, exame físico, testes neuro psicológicose métodos complementares de diagnóstico deimagem (ressonância magnética ou TAC).

História ClínicaO médico realiza um questionário para iden-

tificar problemas de saúde passados, avaliar asdificuldades nas atividades diárias e recolherinformação sobre medicação. Os familiares oupessoas próximas do paciente podem ser muitoimportantes nesta fase do diagnóstico, forne-cendo informação relevante ao médico, umavez que nem sempre o paciente se encontra emcondições de fornecer esse tipo de informação.Para o médico é também importante saber seexiste algum caso de DA, ou outros problemasde saúde relacionados, na família.

AlzheimerAlzheimer

OCabeleireiro ganhou um novo espaço nas últimas obras de re-

qualificação. Temos uma colaboradora destacada para este setor

a D. Esmeralda Caniço. O cabeleireiro funciona de segunda a sexta-

feira e os serviços estão distribuídos pelos dias da semana. Abrange

quer os utentes do Lar de Idosos como os utentes do Centro de Dia.

O principal objetivo deste setor é cuidar da imagem e bem estar

dos nossos utentes. Para isso realizam-se os seguintes serviços: Fazer

as barbas; manicure e pedicure, cortes de cabelo e depilações.

A colaboradora afirma que “Adoro muito o que faço. Gosto de todos os

serviços do cabeleireiro e ajudo também em outras tarefas que me pedem.

Estou aqui para trabalhar. Gosto muito do contato direto com os utentes e

além dos cuidados de imagem conversamos muito o que os ajuda e distrai.”

Receita do bolo de café da velha

BOLO DE REI Para assinalar o Dia de Reis realizou-seuma atividade ligada à culinária com a

confeção dos bolos-reis que foram servidos aolanche para os utentes e colaboradores.

IngreDIenteS:• Manteiga: 130 gr• Açúcar: 130 gr• Farinha: 500 gr• Fermento: 15 gr• Ovo: 3 • Leite: 2 dl• Vinho do Porto: 2 colheres de sopa• Aguardente velha: 2 colheres de sopa• Fruta cristalizada variada: q.b. • Amêndoa: q.b. • Noz: q.b. • Pinhão: q.b.

PrePArAção:Num pouco de leite frio dissolva o fermentoe adicione a farinha. Junte todos os ingredien-tes, excepto as frutas cristalizadas e os frutossecos, e amasse bem. Quando a massa come-çar a fazer bolhas, sinal de estar bem batida,juntam-se as frutas cristalizadas e os frutossecos. Tende-se a massa em forma de rosca,

colocando em recipiente com buraco nomeio, depois de bem untado com manteiga.Deixa-se descansar durante umas horas. Pin-cela-se com gema de ovo e colocam-se maisalgumas frutas cristalizadas por cima. Coze-se em forno médio até ficar dourado.A receita foi retirada no seguinte site:http://sabores.sapo.pt/receita/bolo-rei

IngreDIenteS:4 Ovos2 Chávena açúcar2 Chávena farinha1 Chávena café solúvel1 Colher de fermento

MoDo De Confeção:Bater bem as gemas com o açúcar e mais tardejuntar a chávena de café mais a farinha já como fermento. Entretanto bater as claras em cas-telo e reservar. Quando a massa estiver bembatida juntar as claras em castelo e envolverbem. Levar ao forno a cozer durante 40 minu-tos em forma untada com farinha e margarina.

Trabalhos manuais Este quadrimestre realizámos alguns traba-

lhos manuais para assinalar as datas festivas. Fi-zemos corações de cartolina decorados comtampas e com mensagens positivas para as salase corredores. Realizámos a lembrança do dia doidoso bem como a de natal, convites para a festae a decoração natalícia.

Jogo do BilroEste jogo tem envolvido cada vez mais uten-

tes dependentes que conseguem participar nojogo. Pode-se dizer que se trata de um jogo in-clusivo o que para nós é muito positivo. Atual-mente realiza-se semana sim semana não às ter-ças-feiras de manhã.

Zumba SéniorNo mês de Dezembro iniciou-se uma nova

atividade, as aulas de zumba sénior. A equipadesloca-se à instituição semana sim semana nãoàs terças-feiras de manhã (intercalando com ojogo do bilro). Os utentes têm mostrado inte-resse em participar e acredita-se que será umaatividade bem-sucedida.

Animais de estimação Para colmatar a falta de animais de estimação

compraram-se peixes e aquários para as váriassalas de estar. Os utentes ficaram responsáveispela limpeza dos aquários e pela alimentaçãodos peixes.

Reciclagem doscopos de plástico

Os utentes construíram caixas decoradas parao efeito para se reciclarem os copos de plásticoque são descartáveis nos vários pontos de águaespalhados pelas instalações. Desta forma cons-ciencializam-se as mentalidades quer dos uten-tes quer dos colaboradores para a importânciada reciclagem.

Treinar a escrita Semanalmente os utentes que mostrem essa

vontade treinam a escrita realizando fichas comexercícios de gramática, de caligrafia e realizamcópias e ditados. Os utentes que são tambémalunos das aulas de alfabetização da Universi-dade Sénior levam as fichas para mostrar à pro-fessora.

1 a 4 - Aulas de Alfabetizaçãono início do ano letivo de 2014/2015 umgrupo de utentes inscreveu-se nas aulas dealfabetização da Universidade Sénior tendoaulas na escola do Porto Alto. A aluna commais idade tem 92 anos. tem sido uma ex-periência muito boa para os utentes que sen-tem que ainda têm algo a aprender.

5 e 6 - Cartolinas com fotografiasfizeram-se várias cartolinas com fotografiasdos utentes a participar em diversas ativida-des ao longo do ano. As cartolinas estão ex-

postas nos corredores e nas salas de estar eservem para demonstrar a todos o que passamum pouco do que se faz na área da animação.

7 a 10 - Comemorações Dia do Idosono dia 1 de outubro participámos no convívio in-terinstitucional realizado pelo Centro de Dia daBranca. foi um dia muito bem passado onde sereencontraram amigos e familiares. no dia seguinteassinalou-se o dia na instituição com uma home-nagem aos senhores e senhoras com mais idadequer do lar quer do Centro de Dia e com a atuaçãodo grupo etnográfico Samora e o Passado.

11 a 14 - Dia da Alimentaçãono Dia da Alimentação um grupo de senho-ras descascou os legumes para a confeção dasopa tendo gostado muito de participar nestatarefa. recebemos os meninos da sala 11 donosso Jardim de Infância e fizemos o jogodos sabores. Consistia em vendar os olhos eprovar frutas e adivinhar a fruta em questão.trabalhou-se ainda a roda dos alimentoscom a seleção dos alimentos “bons” e“menos” bons para a nossa saúde e, o maisimportante, trabalhou-se em equipa com osdois grupos etários.

15 a 20 - festas de natal do lar e do Jardim de Infânciano mês de Dezembro realizam-se as festasde natal dos idosos e das crianças. no dia 17de Dezembro realizou-se a festa do lar quecontou com a presença de familiares e ami-gos. As várias apresentações correram muitobem para satisfação de todos. no dia se-guinte fomos participar no Centro Culturalna festa do Jardim de Infância que tambémcorreu conforme ensaiado entre os meninose idosos.

21 e 22 - Sessão de esclarecimento da gnrno dia 13 de outubro contámos com a pre-sença de uma agente da gnr para nos es-clarecer e elucidar acerca dos roubos e bur-las sobre idosos. foram dados vários exem-plos e colocadas perguntas sobre o assuntoe a atividade agradou a todos os participan-tes.

23 e 24 - Peditório da liga Portuguesa Contra o CancroA pedido da Junta de freguesia envolveu-seo grupo de voluntariado para realizar o pedi-

tório a favor da lPCC na freguesia. Partici-param duas voluntárias e o resultado foimuito positivo tendo em conta a adesão dospopulares.

25 a 27 - São MartinhoPara assinalar o São Martinho os utentes re-talharam as castanhas e à tarde realizou-seum bailarico com a participação de 6 volun-tárias. no dia seguinte participámos no con-vívio realizado pelo Centro de Dia do Biscai-nho e de forma animada se realizou o últimoconvívio do ano de 2014.

elISAPrIlHão10-09-192787 AnoS

lA SAleteAlveS16-09-193579 AnoS

rUICAnIço05-10-196252 AnoS

MAnUelfrADe11-09-194470 AnoS

leAnDroPerneS27-09-194272 AnoS

JoSé PorfírIoSoUSA10-09-192688 AnoS

vIrgínIABrAnDão19-10-1923 91 AnoS

IlDAolIveIrA26-10-193183 AnoS

eMílIASAntoS14-10-193381 AnoS

frAnCISCoPInHeIroDoS SAntoS02-10-1945 69 AnoS

AntónIoSAlvADor05-10-1942 72 AnoS

frAnCISCoCArvAlHo19-10-1934 80 AnoS

roSASerrAno18-09-192688 AnoS

Mª JoAqUInACotA08-09-193579 AnoS

ConCeIçãoSIlvA24-09-194569 AnoS

MAnUelPereIrA17-11-194173 AnoS

gUIlerMInASIlvA05-11-192292 AnoS

CânDIDAPereIrA30-11-1931 83 AnoS

JoSéJoAqUInA01-11-1932 82 AnoS

BAlBInASArAIvA19-11-1921 93 AnoS

evArIStoHenrIqUeS03-11-1946 68 AnoS

PerPétUASAlvADor12-11-1922 92 AnoS

MAnUelPAUlo27-11-1932 82 AnoS

MAnUelBoUCeIro21-11-1926 88 AnoS

orlInDACAStro16-11-1927 87 AnoS

AnASoUSA17-12-1923 91 AnoS

JoAqUIMSAntAnA01-12-1937 77 AnoS

SIlvInAreIS09-12-1933 81 AnoS

Mª AlBInASoAreS29-12-1922 92 AnoS

CArMelItAroDrIgUeS31-12-1937 77 AnoS

AlBertInAvArelA04-12-1937 77 AnoS

PAtroCínIAPIreS10-12-1927 87 AnoS

lUíSPAIS12-12-1931 83 AnoS

noMe: Joaquim Hipólito Santana DAtA De nASCIMento:01-12-1937eStADo CIvIl: viúvonAtUrAlIDADe: Samora Correia DAtA De entrADA nA InStItUIção: 17-03-2008

HIStórIA De vIDA:

Sr. Joaquim Santana nasceu em SamoraCorreia, não frequentou a escola devido a di-ficuldades da vida. Começou a trabalhar aos12 anos com o pai tendo sido o seu primeirotrabalho lidar com uma enfardadeira.

Ao longo da vida fez vários trabalhos naagricultura e acabou por trabalhar a dar ser-ventia de pedreiro na Câmara Municipal deBenavente durante 25 anos. Casou aos 18anos em Samora e teve 3 filhos.

exPerIênCIA nA InStItUIção:

Veio para o Centro de Dia por razões desaúde pois sofreu um A.V.C. Acha que virpara cá foi o melhor que os filhos fizeram,pois gosta de cá estar, é bem tratado por todose gosta da comida. Gosta de participar emmuitas das atividades, passeios, filmes, verexposições, ginástica, jogos, etc. É um senhormeigo, que tenta ajudar no que pode e tentaapoiar os colegas com mais dificuldades.

noMe: José Maria gomes Zeferino

DAtA De nASCIMento: 21-05-1940

eStADo CIvIl: viúvo

nAtUrAlIDADe: lisboa

DAtA De entrADA

nA InStItUIção: outubro de 2011

HIStórIA De vIDA:

O Sr. Zé nasceu numa família grande com 4 ir-mãos. Em pequeno a família morava em Almada.Aos 8 anos de idade mudaram-se para Alhandraonde terminou o seu percurso escolar.

Mais tarde trabalhou na área do comércio e tra-balhou na fábrica do Macedo Coelho e dali foipara uma outra fábrica de detergentes. Casou com20 anos e teve um menino e uma menina e aos 29anos emigrou com a família para Inglaterra. Látrabalhou numa casa particular e depois conse-guiu um trabalho no Hospital de Londres. Come-çou a trabalhar como cozinheiro e seis anos maistarde conseguiu vaga como maqueiro. Trabalhoulá até aos 56 anos e foi com essa idade que se re-formou e meses mais tarde regressou a Portugal.

exPerIênCIA nA InStItUIção:

O Sr. Zé procurou a instituição porque con-siderou que tinha muito tempo livre e comogostava muito desta área resolveu vir oferecer-se para o voluntariado. O tempo que aqui estáajuda os utentes a passar o tempo de forma maisanimada e a ele também o ajuda pois distrai-see abstrai-se da sua vida. Sente que faz algo deútil com o seu tempo e mostra-se disponívelpara tudo o que seja possível. Colabora com ca-rinho e sente-se parte integral da instituição.

noMe: Joaquina MariaDAtA De nASCIMento: 16-03-1951eStADo CIvIl: CasadanAtUrAlIDADe: valdantaDAtA De entrADA nA InStItUIção: 01-11-2000

HIStórIA De vIDA

A D. Joaquina tem sete irmãos e frequentou

a escola até à 4ª classe. Após sair da escola ficou

em casa a ajudar nas lides domésticas. Com 18

anos foi para França com a irmã mais velha e o

cunhado. Lá trabalhou num Lar de Idosos,

numa fábrica de frutas e numa casa particular.

Casou com 21 anos e o seu marido também es-

tava lá emigrado. Passado algum tempo nasceu

o primeiro filho e quando tinha 3 anos regres-

saram a Portugal.

Teve alguns anos como doméstica e aqui nas-

ceu uma menina. Quando as crianças já estavam

mais crescidas foi trabalhar para a Indelma no

refeitório. Trabalhou lá 5 anos mas depois a fá-

brica fechou e esteve no desemprego até que a

chamaram para trabalhar na instituição.

exPerIênCIA nA InStItUIção

Quando entrou na instituição foi trabalharpara o Centro de Dia antigo. Já são muitos anose diz gostar do que faz e principalmente de lidarcom os idosos pois sempre gostou de pessoasmais velhas.

“Agradeço ao Lar Padre Tobias os momentosbons que nos proporciona ao longo do ano prin-cipalmente no Natal que é a união da família edo Lar. Que representa toda uma família. De-sejo boas festas a todas as pessoas que participa-ram neste dia. O meu muito obrigado.”

“Foi uma festa ótima, é de louvar o trabalhode todos para um bem comum. Um bom natalpara todos e que esta energia continue.”

“A vida é feita de momentos de felicidade.Hoje é um momento desses. A todos os que par-tilham e cuidam o nosso muito obrigado com osvotos de um bom natal e que o próximo anoencha os nossos corações de amor, saúde e algumdinheiro.”

“Muitos parabéns por mais uma festa e por todo otrabalho realizado por todos vós. É muito gratificanteassistir a momentos como estes e saber que tudo e todosestão bem entregues nas vossas mãos. Obrigada, con-tinuação de um bom trabalho e boas festas.”

“Mais um ano que estou aqui presente, maisum ano que quero felicitar toda esta equipa peloexcelente trabalho levado a cabo para que todaesta “gente” tenha um dia especial.”

“A cada ano que passa, e já lá vão alguns, asfestas (convívios) tendem a melhorar, e esta supe-rou as minhas espectativas, pela colaboração detodos mas sobretudo por incluírem a participaçãodos idosos, numa festa que é deles e para eles. Pa-rabéns e continuem a surpreenderem-nos.”

FESTA DE NATALREALIZOU-SE NO DIA 17 de dezembroteSteMUnHoS DoS fAMIlIAreS

Kit publicitáriofundação Padre TobiasA fundação Padre Tobias elaborou um kit publicitário, que con-siste numa caneta, um calendário e um pin alusivos à instituiçãocom o logotipo. Este kit encontra-se à venda na secretaria da ins-tituição pelo valor de 1,00€ e tem como objetivos angariar fundose divulgar junto da comunidade a imagem da instituição. Os uten-tes, colaboradores e voluntários já adquiriram o kit. Contamoscom a sua ajuda nesta nova iniciativa.

Aos 101 anos, Rosa pôs uma peruca, vestiu o roupão e posou para o calendário do seu centro de diaIdosos vestiram a pele de estrelasde cinema num calendário. Maisdo que as fotos, o importante foio processo. A escolha dos fatos,vestidos, vernizes, maquilhagem,penteados, poses. A primeira edi-ção esgotou e as receitas vão di-reitinhas para uma carrinha quetransporta cadeira de rodas.

por SARA DIAS OLIvEIRA

Aquele dia seria especial. AlbertoSoqueiro, de 85 anos, sabia-o e

não pensou duas vezes. Do armário,tirou o fato que já não vestia há 15anos. Vestiu as calças, o casaco e ocolete à moda antiga, colocou a gra-vata e sentiu que poderia ser vaidosoà vontade. Olhou-se ao espelho egostou do que viu. À sua esperatinha uma sessão fotográfica para ocalendário que andava a ser engen-drado no centro de dia. “Vim pronti-nho de casa, do melhor que podia”, re-corda. Os colegas do centro de dia doMACUR – Movimento de Assistên-cia, Cultura, Urbanismo e Recreio,de Rio Meão, Santa Maria da Feira,riem-se da tirada numa tarde em querecordam peripécias e momentos.

Alberto aperaltou-se nesse dia.“Vesti um terno que lá tenho em casa hámuitos anos. Sabia o que tinha e o quesou e todos gostaram de me ver assim”.Mais risos na sala. Alberto fez umgostinho à vaidade como nos velhostempos. “Antigamente até para ir beberum copo de vinho à tasca, eu colocavaa gravata”, confidencia. Na sessão fo-tográfica, não teve tempo de ficarnervoso. “Disseram-me para ficar con-forme estava, nem ficar assim, nem ficaracolá, foi tudo ao natural, não se procu-rou posição para nada”. Quando afilha Paula viu o calendário gostouda espontaneidade. “A minha filhadisse-me que assim é que estava bem”.

Rosa Ferreira fez 101 anos em Se-tembro. No ano passado, no cente-nário, teve direito a festa rija no cen-tro de dia. Grande parte da famíliaveio propositadamente de Françapara o almoço de aniversário. Rosateve honras na televisão. Para aPraça da Alegria, da RTP, cantou ARibeira, a canção que aprendeu emmenina e que a ajudava a passar otempo em que cosia redes para ospescadores ou que abria buracos naterra com a enxada nas mãos. Umano passou e Rosa não imaginava aaventura que a esperava. Quando ex-plicaram a ideia das fotos, as poses deHollywood, o calendário que o cen-tro de dia estava a preparar para an-gariar fundos, aceitou participar. Enão recusou os adereços que lhe es-tavam destinados no improvisado ca-marim criado para recriar um am-biente de bastidores. Rosa saiu da ca-deira de rodas e sentou-se numa ca-deira. Colocaram-lhe uma cabeleiraloura, pintaram-lhe as unhas de ver-melho, passaram-lhe um MP3 paraas mãos. Rosa era a estrela, duas co-legas trataram-lhe as unhas dos pés eretocaram-lhe a maquilhagem. Éassim que aparece na fotografia. Rosaalinhou na proposta, mas avisou quenão iria encarar a câmara olhos nosolhos. A vontade foi cumprida.

Rosa voltou para a cadeira de ro -das. No centro de dia, gabam-lhe aflexibilidade que ainda tem nocorpo, por tirar as meias sem ajuda.Como correu a sessão fotográfica?“Correu muito bem. A idade já é muita,estou muito velha”, responde baixi-nho. O filho que cuida de si já com-prou um calendário e vários seguirãopara França. Marta Basílio, diretoratécnica das valências seniores da ins-tituição, reaviva a memória durantea conversa, partilha detalhes. “Adona Rosa disse logo que sim, que par-ticiparia, e na sessão dizia-nos que a pe-ruca lhe estava a fazer calor na cabeça”.

Marta Basílio recua às últimas se-manas. Na tarefa de arrecadar recei-tas, através da angariação de fundos,surgiu a ideia do calendário. Foiapresentada numa reunião e apro-vada sem reservas. “A equipa estásempre recetiva a coisas diferentes”,conta. Decidiu-se então que as pági-nas seriam preenchidas com os ido-sos, com aqueles que estivessem dis-poníveis entre 40 do centro de dia e22 do apoio domiciliário. “Este ca-lendário é uma homenagem aos nossosidosos que aparecem valorizados nasimagens e, ao mesmo tempo, um marcona história da instituição e uma formade angariação de fundos”, resume adiretora técnica.

Ideia aprovada, havia contactos afazer e o comércio da vila não fechouportas. A Casa Barra emprestou aroupa, a Óptica Nunes os óculos.

A preparação foi vivida com mui -ta intensidade. “Há muito trabalho debastidores que não se vê”, confirmaMarta. Roupa para escolher, roupapara experimentar, adereços paracombinar, reorganizar horários dostransportes para não interferir com asatividades da instituição. Contudo,por ali, não se pensava noutra coisa eo entusiasmo tomou conta dos dias.“O processo intensificou a relação e a pro-ximidade de todos eles”. Deles e dequem ali trabalha no cuidar, no fazerrir, na ajuda permanente para tudo oque é necessário. “E os familiares estãosuper felizes em ver os pais transformadosem estrelas de Hollywood”.

André Rocha, fotógrafo de moda,recebeu um telefonema de Marta eprontamente colocou à disposição asua arte e o seu pequeno estúdio emRio Meão, sem cobrar por qualquerserviço. Na conversa, percebeu queos modelos que teria à frente eramcompletamente diferentes daquelescom os quais lida habitualmente.Pensou no que poderia fazer, o maisfácil seria ir ao centro de dia foto-grafar os mais velhos no seu dia-a-dia. André resolveu sair fora do for-mato e sugerir uma abordagem di-ferente. Colocar os habitantes dainstituição social da vila onde moraem poses de artistas de Hollywood,em ambientes de “glamour”, em ce-nários de bastidores. “Propus ummomento diferente que ia chocar peladiferença. Não fotografá-los no quoti-diano normal, no jogo de cartas, masnum outro enquadramento”, explica.

http://www.publico.pt/portugal/noticia/aos-101-anos-rosa-pos-uma-peruca-vestiu-o-roupao-e-posou-para-o-calendario-do-seu-centro-de-dia-1680211

Papa pede que lares de idosos sejam casas e não prisõesOpapa Francisco pediu que os

lares de idosos sejam "realmentecasas e não prisões", durante o dis-curso que fez na Praça de São Pedropor ocasião da "Festa dos Avós". Pe-rante cerca de 40.000 idosos que e en-cheram a praça, o pontífice argentinodisse: "não podem existir centros onde osanciãos vivam esquecidos e escondidos"."As residências devem ser pulmões dahumanidade num país, num bairro ounuma paróquia. Devem ser santuáriosde humanidade onde quem é velho edébil é cuidado como um irmão maisvelho", acrescentou.

O pontífice argentino reiterou a suadenúncia à chamada "cultura do descarte"e assegurou que o abandono dos idososé como uma "eutanásia escondida".

Para o papa Francisco, "um povoque não protege os seus avós e não ostrata bem é um povo que não tem futuro.Não tem futuro porque perde a memóriae separa-se das suas raízes". "Uma dascoisas mais bonitas numa família é poderacariciar uma criança e deixar-se acari-ciar pelo avô ou pela avó", disse.

Durante a cerimónia, que foi ame-nizada por cantores como o tenorAndrea Bocello, Massimo Ranieri eClaudio Baglioni, tomaram a palavravárias famílias que relataram o seutestemunho.

Entre estas encontrava-se um casalde idosos cristãos oriundos de Erbil,no Curdistão iraquiano, ambos de 70anos e pais de dez filhos, que tiveramque fugir daquela região em agosto,

por causa da perseguição dos extre-mistas do Estado Islâmico. Refe-rindo-se a este casal, o pontífice asse-gurou que "a violência contra os idosos,tal como contra as crianças, é algo desu-mano". "A velhice é um tempo de graça,na qual o Senhor nos renova a sua cha-mada e nos diz que transmitamos a fé, erezemos e intercedamos por quem tem ne-cessidades", expressou.

O papa destacou que os idosos sãoquem tem que "transmitir a experiênciada vida, a história da família, da comu-nidade, de um povo e partilhar sabedo-ria". "Que sorte as famílias que têm osavós perto. Os avós são pais duas vezes",acrescentou.http://www.solidariedade.pt/site/deta-lhe/12067

SUDOKU SOPA DE LETRAS

PALAvRAS CRUZADAS PARTINDO DA PALAVRA NATAL, PREENCHA A GRELHA COM AS PALAVRAS DA LISTA: