Abinforma - agosto 2014

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS AGOSTO 2014 | Nº 277 | ANO XXIV Em voga desde setembro de 2009, o direito antidumping contra o calçado chinês volta à pauta da Abicalçados. O motivo é a renovação da sobretaxa de US$ 13,85 por par importado da China, a vencer em março de 2015. Conforme o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein, está em andamento a formatação de uma petição de revisão do processo com am- plo apoio das indústrias calçadistas. O documento deverá ser apresentado para MDIC até o mês de outubro. “Considerando as condições vigentes no mercado, onde é clara a existência de dumping por parte não somente dos chineses, mas dos asi- áticos, é grande a probabilidade da extensão do direito por mais cinco anos”, avalia Klein. Em julho tomou posse o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Heitor José Müller foi reeleito para um segundo mandato à frente da instituição. A elei- ção teve chapa única e contou com a participa- ção de 93 votantes entre 114 sindicatos filiados. Müller agradeceu aos sindicatos que participa- ram da eleição e confiaram nele para conduzir a gestão, que vai até 2017. “A mensagem que quero deixar é de união e uni- dade para a expansão da indústria. Onde existe indústria, há crescimento”, afirmou o presidente. Expectativa de negócios para os 12 meses ultrapassa US$ 40 milhões. Página 6 Feira calçadista apresentou coleções primavera-verão de 800 expositores dos principais polos brasileiros. Página 5 Foi apresentado durante a feira alemã GDS, que aconteceu entre os dias 30 de julho e 1º agosto, a edição 2014 do World Footwear Ye- arbook. Entre os números apresentados, está de que, no ano passado, foram produzidos 22 bilhões de pares de calçados. Ainda conforme a publicação, dois em cada três calçados pro- duzidos no mundo são provenientes da China. Na lista o Brasil não aparece na lista dos 15 principais exportadores de calçados do mundo. O ranking é liderado pela China, seguida pela Itália e Vietnã. ANTIDUMPING CONTRA CALÇADOS CHINESES GASTOS COM CALÇADOS VÃO MOVIMENTAR R$ 43 BILHÕES HEITOR MÜLLER É REELEITO NA FIERGS PRODUÇÃO MUNDIAL ATINGE 22 BILHÕES DE PARES DE CALÇADOS FRANCAL DÁ A LARGADA PARA AS VENDAS DO SEGUNDO SEMESTRE DA INDÚSTRIA PROJETO TROUXE COMPRADORES INTERNACIONAIS DURANTE A COPA Os brasileiros devem gastar R$ 43,4 bilhões com calçados em 2014, um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior, de acordo com estima- tivas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimen- sionamento de mercado do IBOPE Inteligência. Esse consumo representa um gasto por habi- tante de R$ 255,04. O Pyxis Consumo revela que a classe C possui maior potencial de consumo (R$ 18,5 bilhões), 43% do total do País. Segunda colocada, a classe B tem um potencial projetado em R$ 17,3 bilhões ou 40% dos gastos nacionais, e a classe A, R$ 3,9 bilhões (9% do consumo total do Brasil).

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Informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados - Abicalçados

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Page 1: Abinforma - agosto 2014

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSAGOSTO 2014 | Nº 277 | ANO XXIV

Em voga desde setembro de 2009, o direito antidumping contra o calçado chinês volta à pauta da Abicalçados. O motivo é a renovação da sobretaxa de US$ 13,85 por par importado da China, a vencer em março de 2015.

Conforme o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein, está em andamento a formatação de uma petição de revisão do processo com am-plo apoio das indústrias calçadistas. O documento deverá ser apresentado para MDIC até o mês de outubro. “Considerando as condições vigentes no mercado, onde é clara a existência de dumping por parte não somente dos chineses, mas dos asi-áticos, é grande a probabilidade da extensão do direito por mais cinco anos”, avalia Klein.

Em julho tomou posse o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Heitor José Müller foi reeleito para um segundo mandato à frente da instituição. A elei-ção teve chapa única e contou com a participa-ção de 93 votantes entre 114 sindicatos filiados. Müller agradeceu aos sindicatos que participa-ram da eleição e confiaram nele para conduzir a gestão, que vai até 2017.

“A mensagem que quero deixar é de união e uni-dade para a expansão da indústria. Onde existe indústria, há crescimento”, afirmou o presidente.

Expectativa de negócios para os 12 meses ultrapassa US$ 40 milhões. Página 6

Feira calçadista apresentou coleções primavera-verão de 800 expositores dos principais polos brasileiros. Página 5

Foi apresentado durante a feira alemã GDS, que aconteceu entre os dias 30 de julho e 1º agosto, a edição 2014 do World Footwear Ye-arbook. Entre os números apresentados, está de que, no ano passado, foram produzidos 22 bilhões de pares de calçados. Ainda conforme a publicação, dois em cada três calçados pro-duzidos no mundo são provenientes da China. Na lista o Brasil não aparece na lista dos 15 principais exportadores de calçados do mundo. O ranking é liderado pela China, seguida pela Itália e Vietnã.

ANTIDUMPING CONTRA CALÇADOS CHINESES

GASTOS COM CALÇADOS VÃO MOVIMENTAR R$ 43 BILHÕES

HEITOR MÜLLER É REELEITO NA FIERGS

PRODUÇÃO MUNDIAL ATINGE 22 BILHÕES DE PARES DE CALÇADOS

FRANCAL DÁ A LARGADA PARA AS VENDAS DO SEGUNDO SEMESTRE DA INDÚSTRIA

PROJETO TROUXE COMPRADORES INTERNACIONAIS DURANTE A COPA

Os brasileiros devem gastar R$ 43,4 bilhões com calçados em 2014, um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior, de acordo com estima-tivas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimen-sionamento de mercado do IBOPE Inteligência. Esse consumo representa um gasto por habi-tante de R$ 255,04.

O Pyxis Consumo revela que a classe C possui maior potencial de consumo (R$ 18,5 bilhões), 43% do total do País. Segunda colocada, a classe B tem um potencial projetado em R$ 17,3 bilhões ou 40% dos gastos nacionais, e a classe A, R$ 3,9 bilhões (9% do consumo total do Brasil).

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[...]Os indicadores oficiais das vendas e do nível de emprego na in-dústria vêm confirmando a percepção dos que acompanham o cotidiano do mercado. Este é um ano atípico, tanto pela ocor-rência da Copa do Mundo e, nos próximos meses, pela intensa movimentação em torno da campanha eleitoral, o que produz forte impacto tanto no movimento do varejo e no nível de ati-vidade da indústria como na economia como um todo.

Muito do que vai ocorrer no segundo semestre será conhecido nestes dias – de Francal – e determinado por um conjunto heterogêneo de fatores, alguns que dominamos, outros que in-dependem de nossa influência.

Os que independem, aqueles sobre os quais temos nenhuma ou pouca influência, estão no cotidiano da imprensa, atenta, poderosa e implacável narradora da realidade nacional e para os quais aqui foi cunhada uma expressão exclusivamente nossa, como se estes fenômenos só aqui ocorressem, o que não é verdade.

É o que chamamos de Custo Brasil, especialmente pelos efei-tos da carga tributária, dos encargos e da regulamentação

trabalhista, das deficiências da infraestrutura, da valorização da moeda, da insuficiente educação e capacitação da mão de obra etc.

Sobre estes fenômenos devemos estar atentos e organizados para aumentar nossa capacidade de influência e, principal-mente, exercer a nossa indelegável participação para, de for-ma pró-ativa, avançar na solução destes entraves.

A nossa participação compreende, também e principalmente, demonstrar eficiência na gestão empresarial, capacidade de inovar em processos de formar a cativar a demanda interna e internacional com produtos que satisfaçam o desejo dos con-sumidores a preços adequados.

A isto chamamos de competitividade, um bem maior, a um só tempo objetivo de gestão, requisito de qualidade e indicador de excelência.

E este processo não deve ser entendido como tarefa de competência exclusiva de governos, mas que se estende, além destes, à toda sociedade, instituições privadas, em-presários e trabalhadores.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

PARTE DO DISCURSO DO PRESIDENTE-EXECUTIVO DA ABICALÇADOS, HEITOR KLEIN, NA ABERTURA DA 46ª FRANCAL

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 277 Agosto | 2014 Ano XXIV

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

Cresce o interesse de vender para países do Oriente Médio O desejo das empresas nacionais de exportar seus produtos para os países do Oriente Médio não para de crescer. O grande po-tencial de consumo e a busca por bens de maior valor agregado são os dois principais fatores de atração para este mercado. [...] O segmento calçadista tam-bém voltou suas atenções ao mercado árabe. Dos sete países definidos como alvo para o pró-ximo biênio um é o Emirados Árabes Unidos. “Começamos a olhar com mais atenção para o Oriente Médio há cinco anos, quando detectamos oportunida-des, principalmente, em relação às sandálias”, afirma o presidente executivo da Abicalçados, Heitor Klein. De acordo com o execu-tivo, os negócios entre essas regiões continuarão crescendo em 2014.

Avanço chinês A participação dos calçados brasileiros nas importações argentinas ficou em cerca de 30% no primeiro semestre deste ano -antes, chegava a 70%. O espaço deixado pelo Brasil foi praticamente todo ocupado pela China, de acor-do com a Abicalçados. Com preços mais baixos, os pro-dutos orientais são vendidos com uma maior facilidade em um cenário de escassez de dólar. “O problema [de expor-tar para a Argentina] já tem uns dez anos, mas tivemos dois episódios que o acentu-aram”, diz o presidente-exe-cutivo da entidade, Heitor Klein. “O primeiro em agosto de 2013, com a imposição de mais barreiras. O segundo, no início deste ano, com a crise cambial”, acrescenta.

O operário sumiu A crise de 2008 deixou como um de seus saldos mais impor-tantes uma lição aos empre-sários da indústria no Brasil: é preciso ter cautela antes de dis-pensar trabalhadores diante de dificuldades na economia. Demi-tir custa caro e recontratar mão de obra qualificada, também. [..] Nos últimos anos, o setor vi-nha lutando para evitar a repe-tição da mesma história, mas, com a projeção de mais um resultado negativo neste ano, os empresários jogaram a toalha. “Isso tem um limite, e esse limite chegou”, diz Heitor Klein, presi-dente da Abicalçados. Até agora, o segmento de calçados e couro registra uma das piores quedas no emprego industrial neste ano, de 7,7%, só superada pela do se-tor de petróleo e coque (-8,2%).

Sem fôlego, indústria enxuga [...]. Mais sensíveis à crise, os empresários de metalurgia, mecânica, material de trans-porte, mobiliário, química, têxtil e vestuário e calçados afirmam que as demissões já ocorrem, ainda que lentamente. Para o próximo semestre, as perspec-tivas são de manutenção no corte de vagas. “Desde o fim de novembro de 2013, a crise no setor calçadista se acirrou.As demissõesjá vêm ocorren-do e, a cada mês, cada uni-dade fabril demite 1% de seu quadro de pessoal, algo em torno de 3 mil profissionais”, afirma Heitor Klein, presiden-te executivo da Abicalçados.

Indústria acende o sinal amarelo TOMBO DE 20% na produ-ção de veículos impacta se-tor, que enfrenta queda pelo terceiro mês seguido. Ações adotadas pelo governo ainda não reverteram a situação, e presidente da Fiergs diz que não é possível esperar para sempre pela retomada [...] Presidente da Associa-ção Brasileira de Indústrias de Calçados, Heitor Klein diz que o setor teve recuo de 5% a 6% no país no primeiro semestre e que o ritmo lento já tem gerado demissões. – No Brasil, já são quase 3,5 mil. É quase 1% de toda a força de trabalho emprega-da – relata.

Cultura brasileira pauta editorial com blogueiros internacionais Imagine apresentar o Brasil com todas as suas crenças, ra-ízes, culturas e costumes. Este é o objetivo do Projeto Fashion Blogger, uma iniciativa do Brazilian Footwear, realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abi-calçados) com apoio da Agên-cia Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos (Apex-Brasil), entre os dias 26 e 30 de maio. Pela terceira vez, dois blogueiros internacionais foram convidados a mergulhar no universo verde-amarelo: neste ano, a italiana Alessia Milanese, do The Chili Cool, e o colombiano Gerson Aguilar Rojas, do Maximo Official, em-barcaram em uma aventura única e viraram os próprios produtores de um editorial de moda conceitual.

abi na mídia

IGP-M registra deflação em julho

Ocenário negativopara o emprego naindústria deve seaprofundar. Comas eleições, amargemdemanobra paralançarmão demedidasa fim demelhorar oambiente é bemmenor”

O ÍndiceGeral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou deflação de0,50%naprimeira prévia de julho, após cair 0,64%nomesmoperíodode junho, informou aFundaçãoGetulioVargas ontem.OIGP-Mhavia encerrado junho comdeflação de0,74%.O Índice dePreços aoProdutor Amplo (IPA), que corresponde a60%do índicegeral, teve recuode0,87%naprimeira prévia de julho.Reuters

AloisioCampeloEconomista do Ibre/FGV

Emmaio, a produção industrialcaiu nametade dos locaispesquisados pelo InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), emcomparação a abril.Sete das 14 áreas abrangidaspela pesquisa apresentaramretração. Asmaiores quedasde produção do setor foramobservadas noAmazonas,onde caiu 9,7%, na Bahia, comretração de6,8%, e noNordeste, onde a contração foide 4,5%.

Tambémapresentaramqueda de produçãoRio deJaneiro, (–1,6%), Espírito Santo(–1,4%), Rio Grande do Sul(–1,%) e Pernambuco (–0,2%).

Tiveram aumento deprodução as indústrias do Pará(4,2%), de Goiás (2,1%), doCeará (1,2%), do Paraná (1,1%),de São Paulo (1%), deMinasGerais (0,5%) e de SantaCatarina (0,3%).

No acumulado de janeiro amaio, o cenário também épouco animador, secomparado aomesmo períododo ano passado.

Segundo avaliação doInstituto de Estudos para oDesenvolvimento Industrial(Iedi), nos três principaisparques industriais do país —São Paulo, Rio de Janeiro eMinasGerais —, a produçãoestá negativa atémaio.

EmSão Paulo, a atividadeindustrial acumula retração de4,7%. NoRio de Janeiro, aqueda chega a4,3%e, emMinas Gerais, estápraticamente estagnada, comcrescimento de apenas 0,2%.

No Espírito Santo, no RioGrande do Sul, no Paraná e naBahia, estados compesosimportantes na atividadeindustrial brasileira, aprodução do setor tambémcaiu no período de janeiro amaio deste ano. No EspíritoSanto, a indústria apresentouqueda na produção de 3,3%.NoRio Grande do Sul, acontração foi de 2,5%. NoParaná, a perda de ritmo naprodução chegou a 1,7%. NaBahia, a queda foi de 2,8%.

“Os números regionaistrazemmais subsídios paraentender os fatores queajudam a explicar omomentoadverso pelo qual vempassando a indústria nacional:ritmo oscilante, fraco e,quandomais robusto, reflexode uma recuperaçãode umpassado de quedasmais severas”, afirmao boletim do Iedi.

SeverinoSilva

O cenário sombrio que abala a in-dústria nacional, com perda de1,6% na produção até maio, segun-do o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), e a redu-ção de mais de 28 mil postos de tra-balho só em maio, conforme o Ca-ged (Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados do Ministé-rio do Trabalho), tende a piorarnos próximos meses.

Mais sensíveis à crise, os em-presários de metalurgia, mecâni-ca, material de transporte, mobi-liário, química, têxtil e vestuário ecalçados afirmam que as demis-sões já ocorrem, ainda que lenta-mente. Para o próximo semestre,as perspectivas são de manuten-ção no corte de vagas.

“Desde o fim de novembro de2013, a crise no setor calçadista seacirrou. As demissões já vêm ocor-rendo e, a cada mês, cada unidadefabril demite 1% de seu quadro depessoal, algo em torno de 3 milprofissionais”, afirma HeitorKlein, presidente executivo da As-sociação Brasileira da Indústria deCalçados (Abicalçados).

De acordo com o executivo, aconcorrência internacional comos produtos asiáticos, o encolhi-mento do mercado doméstico e aCopa do Mundo têm abalado o se-tor, que não está muito otimistacom o futuro.

“Nas nossas duas frentes demercado, doméstico e interna-cional, estamos com problemasde formar preços competitivos.Não há pessimismo, e sim incer-tezas. Observamos que não hánovos investimentos no setor,eles acontecem de forma esporá-dica. E não há abertura de va-gas”, completa Klein.

Termômetro da indústria na-cional, o segmento de máquinase equipamentos é um dos quemais sofrem com a perda de fôle-go da atividade industrial e como baixo ímpeto dos empresáriosem investir. Os reflexos reverbe-ram em toda a cadeia produtiva li-gada ao segmento.

“Por termos um alto enca-deamento, as consequência

desfavoráveis não ficam ape-nas conosco. Logo, a cada em-prego aberto de forma direta,mais seis são gerados indireta-mente. Assim, quando os nos-sos caem, caem também os doaço, do plástico e dos eletrôni-cos, por exemplo”, afirma Ma-rio Bernardini, diretor de com-petitividade da Associação Bra-sileira de Máquinas e Equipa-mentos (Abimaq).

Segundo Bernardini, como osetor costuma investir pesado naformação e na qualificação pro-fissional, os empresários ten-dem a evitar as demissões ao má-ximo. Ainda assim, o executivoafirma que nos primeiros cincomeses deste ano, cerca de 5,2mil postos de trabalho já foramfechados na indústria.

“Há de se considerar que demi-tir no Brasil é muito custoso. O em-presário não vem tendo margempara ter esse gasto adicional”, ob-serva Bernardini.

Para o economista do InstitutoBrasileiro de Economia da Funda-ção Getúlio Vargas (FGV/Ibre),Aloisio Campelo, as perspectivasmostram que os próximos mesesdo ano serão de novos ajustes noquadro de funcionários na indús-tria de transformação. Segundo oespecialista, a próxima pesquisamensal de emprego industrial, dejunho, deve confirmar esse ciclonegativo nos empregos.

Campelo destaca ainda que o in-dicador de emprego previsto parajunho e medido pela Sondagem daIndústria de Transformação da

FGV/Ibre, ficou em 94,8 pontos.Foi o pior resultado desde maio de2009, quando atingiu 94,3 pontos.

“A Sondagem mostra que o ce-nário negativo para o emprego naindústria deve se aprofundar.Com as eleições, a margem de ma-nobra na área fiscal e monetáriapara lançar mão de medidas a fimde melhorar o ambiente é bem me-nor. Até a desoneração da folha,que já foi dada, acaba tendo quecompetir com os juros mais al-tos”, completa.

[email protected]

Sem fôlego,indústria enxuga

HenriqueManreza

Cenário negativo tem levado os setores demetalurgia,mecânica,material de transporte,mobiliário, química, têxtil, vestuário e calçados a congelar vagas e abrirmão de pessoal

Produçãocai nametadedasáreaspesquisadas

INFLAÇÃO

Associaçãodas IndústriasdeCalçadosestimaque3milprofissionaisforamdemitidosacadamês

Nospróximosmeses,vários setoresda indústria detransformaçãodeverãoter ajustes:metalurgia,mecânica,material detransporte,mobiliário,química, têxtil evestuário e calçados

Sexta-feira e fim de semana, 11, 12 e 13 de julho de 2014 Brasil Econômico 5

01/07/2014 DCI | Indústria | Pág. 7

07/07/2014 Exclusivo | Geral | Pág. 9

23/07/2014IstoÉ Dinheiro | Economia | Pág. 32

03/07/2014 Zero Hora | Pág. 14

11/07/2014 Brasil Econômico | Brasil | Pág. 5

27/07/2014Folha de S. Paulo | Mercado Aberto | Pág. 2

DCI Te rç a - f e i ra , 1 de julho de 2014 | I N D Ú S T R I A A7

Fonte:Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

EmbarquesAvanço das exportações no primeiro trimestre de 2014 ante igual período do ano passado. Em %

Alimentos Calçados Têxtil

1,61

50,00

20,00

BENS DE CONSUMO

Cresce o interesse de venderpara países do Oriente MédioA procura por novosdestinos está levandodiversos segmentos,como o calçadista e otêxtil, a eleger cada vezmais nações árabescomo mercados-alvo

são pauloO desejo das empresas nacionaisde exportar seusprodutos para ospaísesdo OrienteMédio nãoparade crescer. O grande potencial deconsumo e a busca por bens demaior valor agregado são os doisprincipaisfatores deatraçãoparaeste mercado. Entre os setoresque reforçam esse discurso e queelegeram para os próximos anosnações árabes como alvo estão odecalçadoseo detêxteis.Aindús-tria de alimentos também enxer-ga a região com bons olhos.

No primeiro trimestre de 2014,a exportação de alimentos para oOriente Médio atingiu um índicerecorde. Apesar de crescer apenas1,61% em volume ante o mesmoperíodo de2013, asvendas paraaregião somaram quase quatromilhõesdetoneladas. “O setor dealimentos é o mais beneficiadoatualmente pelo comércio entreBrasil eOriente Médio”,diz oCEOe diretor-geral da Câmara de Co-mércio Árabe-Brasileira, MichelAlaby, em entrevista ao DCI.

De acordo com ele, os itens quemais atraem aatenção dos árabessãocarnes defrangoprocessadase pratos congelados. A demandaexplicao interesseda giganteBRFem ampliar sua atuação no local.

No ano passado, a companhialançou a pedra fundamental dasua primeira fábrica construídafora do Brasil, em Abu Dhabi, nosEmirados Árabes Unidos. Foraminvestidos US$ 120 milhões paraerguer a unidade. No local serãoproduzidos empanados, pizzas,hambúrgueres, industrializadose marinados, segundo a empresa.

O Oriente Médio já respondepor 32% das exportaçõesda BRF edeve ampliaresse índiceao longodos próximos anos. “É possívelestender a nossa liderança e anossa presença neste mercadoh a l a l”, disse o diretor-presidenteda BRF,Cláudio Galeazzi,durantea conferência de resultados doprimeiro trimestre de 2014. Halaléumacertificação queatestaqueos alimentos são produzidos deacordo com a lei islâmica.

“A estratégia desenhada para omercado externo estabelece co-

mo prioridade aumentar cadavez mais as vendas de itens demaior valor agregado”, finalizou.

Ca l ç a d o sO segmento calçadista tambémvoltou suas atenções ao mercadoárabe. Dos sete países definidoscomo alvo para o próximo biênioum é o Emirados Árabes Unidos.“Começamos a olhar com maisatenção para o Oriente Médio hácinco anos, quando detectamosoportunidades, principalmente,emrelaçãoàs sandálias”, afirma opresidente executivo da Associa -ção Brasileira das Indústrias deCa l ç a d o s (Abicalçados), HeitorKlein.Deacordo comoexecutivo,os negócios entre essas regiõescontinuarão crescendo em 2014.

Entre janeiro emaio deste ano,a exportação de calçados para oOriente Médiocresceu 26,3%,emvalor ante o mesmo período de2013, atingindo R$ 32,5 milhões.Por outrolado, o volumede paresvendidos aumentou42,5% anteoacumulado nos primeiros cincomesesdo anopassado,chegandoà casa dos 3,86 milhões de pares.

A brasileiraTa rg e t , responsávelpela exportação dos calçados damarca P i c c a d i l l y, projeta uma altade 35% nas embarcações para oOriente Médio em 2014. “Nós jáexportamospara ospaísesárabeshá 14anos. É ummercado abertopara tudo e o imposto é baixo”,afirma o representante de expor-tações da Piccadilly e diretor daTarget, Felippe Tiago Fleck.

Ele ainda acrescentaque o fatode alguns países árabes, como oCatar, atraírem cada vez mais umcontingente maior de turistas

ampliará o consumo na região.

Têx t i lHá quatro anos,as marcas têxteistambém começaram a voltar suaatenção para o mercado árabe. Ointeresse do público da região poritens de maior valor agregado foi ogrande impulsionador da aposta.

“Após a crise mundial de 2008,percebemos que era importantebuscar novos mercados-alvo, e oOriente Médio virou uma grandeaposta, até mesmo pelo fato denão ser um destino tradicional”,diz o presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria Têxtil e deCo n f e c ç ã o (Abit), Rafael Cervone.A entidadedisponibilizou paraosseus associados uma consultoriaespecializada no mundo árabepara facilitar os seus processos.

Nos primeirostrês mesesdesteano, os embarques do setor têxtilpara os países do Oriente Médiocresceram em torno de 20%, deacordo com a Câmara Árabe.

bruna kfouri

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BENS DE CONSUMO

www.dci.com.br

k E ST R AT É G I A

«Após a crise mundialde 2008, eraimportante buscarmosnovos mercados-alvo,e o Oriente Médiovirou uma aposta»RAFAEL CERVONEPRESIDENTE DA ABIT

CO S M É T I CO S

L’Occitane Au Brésil jáexporta para ondegrupo está presente

são pauloUm dosmaiores gruposfrance-ses do ramo da beleza vemapostando alto noBrasil. A L’Oc -citane possui um estruturadoplano para expandir o selo AuBrésil, lançado há pouco maisde um ano. “Criar uma marcacom produtos fabricados local-mente e exportá-los para os paí-ses em que estamos presentesconsolida ainda mais a impor-tância do País para a compa-nhia. Para o grupo, o mercadobrasileirorepresenta umaenor-me oportunidade de expansão”,afirmou aoDCI agerente deco-municação corporativa da em-presa, Marialice Rocha.

De acordo com a executiva,as operações do grupo no Paísforamasque maiscresceramnomundo, em 2013. “O aumentofoi de 20,8% em relação ao anofiscal anterior”, destacaMariali-ce. E a marca Au Brésil contri-buiu muito para o resultado. “Éa primeira vez que a L’Oc c i t a n ecompartilha a produção doscosméticosfora desua únicafá-brica,localizada emManosque,no sul da França”, destaca.

Inicialmente, a marca Au Bré-sil era comercializada com ex-clusividade no País. “Po r é m ,desdeabrildeste ano,osprodu-tos começaram a ser vendidosem mercados onde estamospresentes com o selo L’Oc c i t a n een Provence, ou seja, em quase1,5 mil lojas em todo o mundo”,informa a executiva.

Marialice explica que a AuBrésil tem a proposta de produ-tos fabricadoscom ingredientespresentes nos biomas brasilei-

ros, que nunca tinham sido uti-lizados na indústria cosmética.“Até o momento, já descobri-mos ingredientes ricos na Caa-tinga, Cerrado, Mata das Arau-cárias, Mata Atlântica, Pantanale Amazônia”, diz. Ela garanteaindaque cadauma destasma-térias-primas, como jenipapo emandacaru, por exemplo, sãocultivadasde maneirasustentá-vel por produtores regionais.

Marialice afirma que, comapenas um ano de existência, oselo brasileiro já mostrou o seupotencial. “A previsão é chegar-mos a 100 pontos de venda, en-tre lojas e minimercados, até ofim deste ano”, diz. Para os pró-ximos cinco anos, a expectativaé manter o ritmo de crescimen-to. “Devemoschegar a400fran-quias em todo o País”, destaca.

Ela diz ainda queos planos deexpansão devem contemplarcidades com grande potencialde consumo, como Belo Hori-zonte (MG) e Goiânia (GO).“Hoje, os produtos da L’Occita -ne Au Brésil estão presentes emmais de 30 pontos de venda, in-cluindo franquias”, completa.

juliana estigarríbia

k BOLA DA VEZ

«Exportar para ospaíses onde o grupoestá presenteconsolida ainda maisa importância do Paíspara a companhia»MARIALICE ROCHAGER. COMUNIC. - L’O C C I TA N E

PAPEL E CELULOSE

Venda de papelãocai 1,48% em maioface há um ano

são pauloAvendade caixas,acessóriosechapas de papelão onduladosomou 289.007 toneladas emmaio deste ano, queda de1,48% em relação a igual mêsde 2013. Na comparação comabril de 2014, houve cresci-mento de 4,72% em volume.Com ajuste sazonal, porém, oresultadoem relaçãoa abrilfoi0,66% inferior, informou on-tem a Associação Brasileira doPapelão Ondulado (ABPO).

O resultado ficou próximoda prévia divulgada pela enti-dade no início de junho. O le-vantamento preliminar esti-mava queda de 1,51% emmaio, na comparação com omesmo mêsdo anopassado, ealta de 4,69% contra abril.

No acumulado do ano, dejaneiroa maio,a expediçãodosetor foi de 1.391.408 tonela-das, com variação positiva de0,35%. O papelão ondulado éconsiderado um importantetermômetro da atividade eco-nômica, por indicar o apetitede compras da indústria debens de consumo nacional.

Também nesta segun-da-feira (30), a ABPO infor-mou que o executivo RodrigoPanico foinomeado presiden-te da entidade para o biênio2014-2016. Antes deassumir ocargo, Panico, representanteda MWV Rigesa, era vice-pre-sidente da associação setorial.

Na última sexta-feira (27), aIndústriaBrasileira deÁrvores(Ibá) divulgou quea produçãobrasileira de celulose, nos cin-co primeiros meses do ano, so-mou 6,5 milhões de toneladas,alta de5,6% emrelação a2013,refletindo o aumento da de-manda externae dacapacida-dede produçãodoPaís. Apro-dução de papel totalizou 4,3milhões de toneladas, comavanço de 0,7% ante 2013.

thais carrança

INDICADOR

É cedo para falarmos em recessão naindústria, diz economista da fgvO Índice de Confiança da Indústria(ICI) recuou 3,9% em junho antemaio, para 87,2 pontos

são paulo // O nível de confiança da indústria detransformação está similar ao desempenho obtidodurante períodos recentes de recessão da economiabrasileira, como oda crise de 2008 ouao cenário ne-gativo de 2001, por conta do racionamento de ener-gia.Aconstataçãofoi feitapelosuperintendentead-junto de Ciclos Econômicos da Fundação GetulioVargas (FGV), Aloísio Campelo, ao comentar o resul-tado do Índice de Confiança da Indústria (ICI), querecuou 3,9% em junho ante maio, passando de 90,7para 87,2 pontos. O resultado representa a sextaqueda seguida do indicador.

“Ainda é cedo para falarmos em recessão na in-dústria, pois o conceito de recessão envolve muitosfatores, comoo empregoe a renda,e mesmoque ha-jauma desaceleraçãoforte noritmo decontrataçõesainda estamos no terreno positivo”, ponderou.

Apesar de descartar uma recessão na indústria,Campelo pondera que no caso da confiança o níveldos indicadores está em um patamar muito baixo ecada vez mais distante da média histórica (105,4pontos), além de ser o pior dado desde maio de 2009(86,4 pontos).“O nívelde hoje émuito baixoem ter-

mos históricos”, reforçou nesta segunda-feira (30).Para ele,o cenárionão deveter alteraçãonum fu-

turo próximo, já que, em junho ante maio, o Índicede Expectativas (IE) também caiu 5,4%, para 84,4pontos. “A piorapersistentedas expectativasmostraque oempresariado industrial aindanão vêsinais demelhora no curto prazo”, disse.

Além disso, Campelo explica que o fato de 12 dos14 setores apresentarem queda nos índices de con-fiança também corrobora a ideia de que não há si-nais de melhora no curto prazo, uma vez que o graude difusãoentre gêneroscostuma anteciparas vira-das dos índices de confiança.

O economista diz ainda que as estimativas jáapontam que a produção na indústria de transfor-mação esseano deve ter umaqueda entre 1,5%e 2%.“O que os dados estão mostrando é que a indústriada transformação não tem sinais de recuperação eque o caminho, depois de crescer 3% no ano passa-do, é de queda”, afirmou.

Campelo acredita que a realização da Copa doMundo no Brasil criou uma situação “extraordiná -r ia”eque algunsfatores pontuaispodem tertido umimpacto na confiança de alguns setores em junho,como feriados, férias antecipadas,greves e temor demanifestações. “Tem um efeito que parece ser pon-tual, mas o resultado geral reflete uma continuidadeda queda de confiança”, ponderou.

ae

AU TO M OT I VA

Manutenção do ipipode ser insuficientesão pauloO anúncio de manutenção doImposto Sobre Produtos Indus-trializados (IPI) reduzido para aindústria automotiva, feito on-tem pelo ministro da Fazenda,Guido Mantega, trouxe a expec-tativa de retomada das vendas deveículos, que devem registrar no-va queda em julho.Porém, o setorse mantém receoso.

Já há algum tempo as marcastrabalham com perspectiva dequedapara 2014.“A performancedo setor vai depender do desem-penho daeconomia comoum to-do, mas não enxergo mudança

significativa para o ano”, afirmourecentemente o vice-presidenteda Fo rd para América do Sul, Ro-gélio Golfarb.

Oanalista dosetorautomotivoda Te n d ê n c i a s Consultoria, Ro-drigoBaggi,explica queestemer-cado estáem crise. “Háuma que-da da intenção de consumo. Oproblema mais relevante está dolado da demanda”, afirma.

Apesar da manutenção do IPIaté dezembro deste ano, o cená-rio ainda é de cautela. “Projeta -mos um mercado mais favorávelpara pesados e um pouco maispessimista para leves”, diz Baggi.

A projeção da Jato Dynamics,consultoria especializada no se-torautomotivo,é dequedaparaoano. Em 2014 a expectativa é de3,4 milhões de emplacamentos –entre leves e pesados –, um declí-nio de mais de 8% em relação aoano passado. Há alguns meses, opresidente da Associação Nacio-nal dos Fabricantes de VeículosAutomotores (Anfavea), LuizMoan, vinha afirmandoque o go-verno iria recompor o IPI.

Agora a expectativa é de que asvendas se mantenham em umritmo estável e não apresentemquedas ainda maiores. Em junhoos emplacamentos devem cair11% na comparação anual disse,ontem, uma fonte à Reuters.

k Leia mais na página A3

juliana estigarríbia

Notas

Energia Elétrica A carga de energia no Sistema InterligadoNacional registrou crescimento de 1,1% em junho nacomparação com o mesmo período do ano passado, mas recuou3% na comparação com maio, informou o Operador Nacional doSistema (ONS), nesta segunda-feira (30).

Plásticos O grupo petroquímico Ineos comprou a fatia de 50% daBasf na fabricante alemã de plásticos S t y ro l u t i o n por 1,1 bilhãode euros (US$ 1,5 bilhão) para assumir o controle completo daempresa. A Styrolution fabrica plásticos usados em gradesfrontais de carros, embalagens de alimentos e em brinquedos.

Televisores A Sony está confiante que sua divisão de TV vai lucrarneste exercício fiscal depois de uma década no vermelho, mesmoque fique abaixo de sua meta de volume de vendas. O negócio deTV, que se torna hoje uma subsidiária separada da Sony, deve veralta de 18,5% nas vendas este ano, para 16 milhões de unidades.

AVISO DE PRORROGAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL N.º 062/2014/SAD

ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

A Superintendência de Aquisições Governamentais/SAD vem a público informar que o Pregão Presencial nº. 062/2014/SAD, marcado para ser realizado no dia 30/06/2014 às 13h30m, cujo objeto é o “Registro de Preços para futura e eventual contratação de pessoa jurídica com a finalidade de prestação de serviços na realização de EVENTOS, sendo os serviços de locação de espaço físico, equipamentos e aparelhos, apoio logístico e estrutura; para atender a demanda dos Órgãos/Entidades do Poder Executivo Estadual, em Cuiabá/Várzea Grande,” foi PRORROGADO para o dia 11/07/2014 às 13h30m, sala 05 ,para análise técnica do Edital/Termo de Referência.

Cuiabá-MT, 30 de junho de 2014.Superintendência de Aquisições Governamentais/SAD

AVISO DE PRORROGAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL N.º 063/2014/SAD

ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

A Superintendência de Aquisições Governamentais/SAD vem a público informar que o Pregão Presencial nº. 063/2014/SAD, marcado para ser realizado no dia 04/07/2014 às 13h30m, cujo objeto é o “Registro de Preços para futura e eventual Aquisição de Materiais Permanentes, sendo implementos agrícolas - Trator agrícola, Distribuidora de calcário, Carreta Agrícola, Ensiladeira, Grade Aradora, Plantadeira 3 Linhas, Plaina, Pá Carregadeira, Retroescavadeira, Caminhão, conforme especificação técnica no Termo de Referência e no Edital, para atender a demanda da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar – SEDRAF/MT”, foi PRORROGADO para o dia 07/07/2014 às 13h30m, sala nº 05, por motivo de mudança de horário de expediente em virtude dos jogos da Copa e inclusão do 3º Termo de retificação.

Cuiabá-MT, 30 de junho de 2014.Superintendência de Aquisições Governamentais/SAD

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

AVISO DE REABERTURA DE LICITAÇÃOTOMADA DE PREÇOS - EDITAL Nº 003/2014.

A Secretaria de Estado de Educação torna público a reabertura da Tomada de Preços nº 003/2014, cujo objeto destina-se a Contratação de empresa especializada em execução de obra para reforma de acessibilidade – portões e rampa de acessos – serviço de reparo do elevador PNEE, instalações elétricas: iluminação de emergência, sistema de proteção contra descarga atmosférica, instalações de prevenção e combate a incêndio e pânico na EE Presidente Médici, localizada no município de Cuiabá/MT, no dia 16 de Julho de 2014 às 14:30 horas, no Auditório da SEDUC. O Edital e a Minuta de Contrato estão à disposição para consulta no site da Secretaria. A retirada do CD com os demais anexos deverá ser feita em até 72 horas antes da abertura do certame na Coordenadoria de Aquisições e Contratos desta pasta. Informações pelo telefone: (65) 3613-2523.

Cuiabá, 30 de junho de 2014.Rosa Neide Sandes de Almeida

Secretária de Estado de Educação

CONSELHO DELIBERATIVO

A ISTO CHAMAMOS DE COMPETITIVIDADE, UM BEM MAIOR, A UM SÓ TEMPO OBJETIVO DE GESTÃO, REQUISITO DE QUALIDADE E INDICADOR DE EXCELÊNCIA.

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agosto 2014 - abinforma 3

Atualmente se configurando como um dos maiores problemas para a indús-

tria calçadista, a qualificação da mão de obra se junta a outros gargalos correspon-dentes que somados formam o pesado fardo do Custo Brasil.

Recente levantamento realizado pela Abi-calçados colocou a falta de mão de obra qualificada como o quarto principal proble-ma para o setor, atrás apenas da alta car-ga tributária, da instabilidade cambial e da legislação trabalhista. O apontamento é re-flexo de um problema sentido pela indústria brasileira. Conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 65% dos empresários ouvidos pela entidade revelaram problemas com a falta de qualifi-cação dos seus trabalhadores.

No setor calçadista, os principais gargalos estão nas áreas de pespontador de calça-dos, confeccionador de calçados e monta-dor de calçados. Já os polos mais carentes de mão de obra são o de Nova Serrana/MG, Bahia e Franca/SP. Os números estão em consulta realizada pela Abicalçados com seus associados.

Para o presidente-executivo da entidade calçadista, Heitor Klein, além da necessi-dade urgente de formação de mão de obra qualificada, é imperiosa a aprovação da fle-xibilização da jornada de trabalho já entre-gue ao Governo Federal. Uma das medidas previstas é permitir a redução da jornada de trabalho com a redução salarial equivalen-te. A diferença no ordenado seria paga pelo governo com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), portanto sem perda de renda para o trabalhador. “É uma solu-ção inteligente para as empresas e para o Governo, que, em tempos de urgentes ajus-tes nas contas públicas, iria economizar nas crescentes despesas seguro desemprego e também evitaria os constantes saques nas contas do FGTS”, avalia o dirigente. Já para as indústrias, o benefício estaria na ma-nutenção das equipes, já que em períodos de desaquecimento, como o atual, muitas precisam recorrer às demissões. “Depois o momento econômico melhora e precisamos recontratar. Aí, onde está o trabalhador? Foi para outro setor. A indústria acaba tendo que arcar com mais custos e tempo para a formação da mão de obra”, continua.

Segundo o dirigente, a indústria calçadista vem mantendo a média de 1% de queda nos postos de trabalho gerados nos últimos me-ses. De acordo com dados do IBGE, o em-prego no setor coureiro-calçadista encolheu 7,7% entre janeiro e maio deste ano. “Infeliz-mente, a tendência é a continuidade desse quadro até o final deste ano”, avisa o executivo.

RotatividadeKlein ressalta, ainda, que o setor calçadis-

ta, por ser intensivo em mão de obra, é um dos que mais sofre com a alta rotatividade dos trabalhadores brasileiros. Conforme o próprio governo, a cada ano 40% dos em-pregados com carteira assinada trocam de trabalho. “O seguro desemprego acaba servindo, inclusive, como um estímulo para a rotatividade e até para a informalidade”, comenta o executivo. Dados oficiais apon-tam que o total de benefícios pagos aos trabalhadores cresceu de R$ 6,4 bilhões para R$ 28,5 bilhões entre 2003 e 2013, um aumento de 345%.

Capacitação na práticaCom o atual contexto de alta rotatividade, que, segundo Klein, é ainda maior na in-dústria calçadista, cursos de qualificação e capacitação assumem importante papel na formação de novos trabalhadores.

No Rio Grande do Sul, mais especificamente em Novo Hamburgo/RS, o Centro Tecno-lógico do Calçado, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (CT Senai), tem a missão de formar trabalhadores para uma indústria que, somente no Estado, emprega mais de 110 mil pessoas.

Atualmente, o CT oferece cursos na área calçadista na matriz e em unidades do Senai de Estância Velha, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Canela, Sapiranga, Gravataí, Bento Gonçalves, Farroupilha, Igrejinha, Campo Bom e Venâncio Aires. O diretor regional do Senai-RS, José Zortéa, ex-plica que no primeiro semestre de 2014 estavam matriculados 7.354 alunos, sendo que no ano passado foram mais de 9 mil estudantes distribuídos nas diversas mo-dalidades de formação. Buscando a colo-cação dos alunos novos e antigos no mer-cado de trabalho, o Senai dispõe de um site (www.senairs.org.br/talentos) com um cadastro dos currículos dos interessa-dos. “O retorno a partir desta opção tem sido muito satisfatório, pois o percentual de pessoas da nossa comunidade escolar com colocação em sua área de formação está praticamente pleno”, conta Zortéa,

acrescentando que, após um ano do final dos cursos, 89,2% dos alunos já estão in-seridos no mercado de trabalho. Segundo Zorzéa, as áreas mais procuradas são mo-delagem, cronometragem e programação de produção. Além do Senai, sindicatos patronais como o de Três Coroas e o de Igrejinha, ambas cida-des gaúchas localizadas no Vale do Paranha-na, promovem parcerias para a formação de mão de obra. Em Três Coroas existe a Escola do Sapateiro, que desde 2009 recebe apor-tes do Sindicato das Indústrias de Calçados Três Coroas e é mantida em parceria com a prefeitura municipal, Senai e Faculdades In-tegradas de Taquara – Faccat. Atualmente, somando com os cursos de menor aprendiz, a Escola está com 185 alunos, que devem se formar até o final do ano.

EstímuloPara enfrentar a situação da falta de mão de obra qualificada, o Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha firmou uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação da cidade com o objetivo de despertar, ainda nas crianças, maior conhecimento e vonta-de de trabalhar no setor.

De acordo com o projeto, o setor calça-dista passará a ser trabalhado em sala de aula, em um grande concurso cultural. As crianças terão a oportunidade de conhecer o setor, suas práticas, e sua importância para a região. Além disso, exercitarão sua criatividade em trabalhos sobre quatro te-mas sugeridos: a indústria de calçados e os conceitos de sustentabilidade, a importân-cia do setor calçadista para a economia e a qualidade de vida da comunidade local, as oportunidades de trabalho no setor calça-dista e o paralelo entre a história e o futuro do setor calçadista na cidade.

“Queremos resgatar o valor do trabalho da indústria na comunidade, e que eles co-nheçam o setor calçadista e suas oportu-nidades”, explica o presidente do Sindicato, Renato Klein.

especial

A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA

Um dos grandes problemas que afligem a indústria calçadista nacional é a falta de mão de obra para as suas unidades industriais. Isto não é uma dificuldade só deste setor, mas considerando a característica de ser uma atividade econômica que emprega mão de obra intensiva, os reflexos são mais significativos. São várias as causas deste problema, que também atinge outros ramos da indústria, mas existe um fator que é muito específico das fábricas de calçados: a falta de conheci-mento e de interesse dos jovens em relação à atividade.

A imagem que o setor passa e que é a realidade da grande maioria das empresas, é a de locais de trabalho pouco atrativos, onde calor, ruído, cheiro de solvente e operações repetitivas são a tônica. Considerando que existem mais de oito mil indústrias calçadistas no País, onde 95% são micro e pequenas, e é exatamente nestas que as condições de trabalho são mais precárias, não é de todo descabida esta aversão.

Por outro lado, muitas empresas, em especial médias e grandes, evoluíram de forma fantástica, construindo plantas modernas onde os colaboradores têm possibili-dade de desenvolver suas atividades laborais em exce-lentes condições.

Para tentar amenizar esta falta de trabalhadores da área industrial, as empresas melhor capitalizadas têm buscado na tecnologia, através de equipamentos mais automatizados, e na racionalização de produtos e pro-cessos, uma menor dependência da força de trabalho humana. Tudo o que melhora a produtividade é estu-dado e buscado para compensar esta deficiência e, por consequência, baixar custos.

Para atrair mais pessoas para o setor, muitas empresas oferecem benefícios adicionais, que não são exigidos por lei. A gestão dos recursos humanos também tem evoluído, para tornar a atividade nas indústrias mais amparada e atrativa.

Existem outras iniciativas, como a do Sindicato das Indústrias de Calçados de Igrejinha/RS, que está de-senvolvendo projetos com a rede municipal de ensino para aproximar os jovens das empresas, mostrando esta nova realidade do ambiente fabril, bem como, as opor-tunidades profissionais existentes. Carreiras que não se limitam ao trilho ou célula de produção, mas também aos setores de engenharia de produto, engenharia de processos, recursos humanos, saúde e segurança, ad-ministrativo e financeiro, comercial e representação.

Outros dois fatores que exigem uma grande atenção são a modernização da legislação trabalhista e a fle-xibilização da jornada de trabalho. O primeiro ponto é uma atribuição dos legisladores e governantes, os quais precisam estar atentos à modernização do mercado. O segundo aspecto tem a ver com as relações entre sin-dicatos patronais e de trabalhadores. Não é admissível que um setor que possui uma alta sazonalidade como o nosso, não possa adotar o Banco de Horas para equili-brar esta situação. É imprescindível e inadiável a mu-dança de postura nestas relações. Para o bem do setor e da classe trabalhadora.

*Coelho Assessoria Empresarial

A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA Luís Coelho*

OLHAR DE ESPECIALISTA

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abinforma - agosto 20144

abinotícias

O 3º Fórum CICB de Sus-tentabilidade apresenta

a sua programação, reunindo uma diversidade inédita em experiência, solidez e inovação nas indústrias do couro, moda e design. A atividade propõe um dia inteiro de palestras e de-bates com alguns dos maiores líderes mundiais do setor em temas como luxo, meio am-biente e gestão, criando uma oportunidade para o compar-tilhamento de conhecimen-to, ideias e estratégias para o futuro da indústria. O evento,

promovido pelo Centro das In-dústrias de Curtumes do Bra-sil (CICB), ocorre no dia 21 de agosto, em Novo Hamburgo/RS, no Centro de Eventos da Fenac, em edição internacio-nal, com tradução simultânea inglês/português.

Conforme o CICB, a formação da programação do 3º fórum priorizou o diálogo entre o dia a dia das empresas e profissio-nais, as ideias inovadoras e as maiores experiências do mundo no campo da sustentabilidade.

Desta forma, os nomes convi-dados para compor as palestras e painéis criaram um conjunto de riqueza sem precedentes, reunindo empresários de cur-tumes (Carlos Obregon, da JBS Couros, e Cezar Müller, do curtume A.P. Müller), pesquisa-dores (Rosa Alegria, mestre em Estudos do Futuro, e Brigitte Wegner, doutora em química) e gestores de processos (David Fernandes, do curtume Co-ming, Bill Ambger, designer, e Guy Morgan, do Sustainable Luxury Working Group).

9h30min: Credenciamento

10h30min – 10h45min: Abertura

10h45min – 11h45min: Estratégias e de-

safios da indústria do couro, com Carlos

Obregon, vice-presidente do Conselho Di-

retor do CICB e diretor da JBS Couros, e

Cezar Müller, presidente ABQTIC e diretor

do curtume A.P. Müller

11h45min – 12h45min: Brunch

13h – 14h: Sustentabilidade: o futuro ur-

gente, com Rosa Alegria, mestre em Es-

tudos do Futuro pela Universidade de

Houston (EUA), especialista em Prospec-

tiva Estratégica. Responsável pelo núcleo

brasileiro do Projeto Millennium, rede de

pesquisadores que estudam o futuro de

vários temas e os 15 desafios globais

14h – 15h: Produzindo couro de forma

sustentável, com David Fernandes, bi-ólogo e supervisor de meio ambiente do curtume Coming

15h – 15h30min: Coffee Break

15h30min – 16h30min: A indústria química e o meio ambiente – Footprint Concept, com Brigitte Wegner, doutora em química do departamento de couros da Basf SE

16h30min – 17h30min: Couro: do design

ao mercado de luxo, com Bill Amberg,

designer inglês, presidente do Bill Am-

berg Design Studio – referência mundial

na criação de artigos em couro para os

segmentos premium de moda e arquite-

tura e Guy Morgan, diretor em Paris do

BSR, entidade que desenvolve e coorde-

na o Sustainable Luxury Working Group

– núcleo que reúne as mais influentes

marcas de luxo do mundo para ações em

sustentabilidade.

Uma das maiores feiras de calçados da América Latina, a Sapica – Exposição de Cal-çados e Acessórios de Couro, acontece entre os dias 27 e 30 de agosto, no Poliforum León, em León/Guanajuato, no México. Com dois mil ex-positores expondo suas co-

leções de primavera-verão, o encontro deve receber compradores dos Estados Unidos, França. Guatema-la, Itália, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Peru, Japão, entre outros.

As expectativas para o even-

to são fortes, especialmente levando em consideração a exposição do País, que irá receber a quinta edição do Congresso Mundial do Cal-çado, em novembro.

Mais informações em www.sapica.com.br.

A moda produzida na base da indústria esteve em evidência no Salão de Design e Inovação de Materiais – Inspiramais, evento que aconteceu nos dias 16 e 17 de julho, no Centro de Convenção do Shopping Frei Caneca, em São Paulo/SP.

Além da exposição de 600 lançamentos em ma-teriais para as indústrias de calçados, bolsas, ves-tuário, acessórios e móveis, o Salão contou com intensa programação de informação de moda, com espaços como o Movimento HotSpot, onde novos talentos da moda verde-amarela explica-ram aos convidados as técnicas e referências do projeto + Estampa, além das apresentações de renomados estilistas como Walter Rodrigues, Isa-bela Capeta e Jefferson Assis. O evento trouxe, ainda, o já tradicional Preview do Couro, que trouxe referências em peles para o Verão 2016. “Queremos incentivar a produção de uma moda genuinamente brasileira, agregando nossa cria-tividade à riqueza de elementos culturais e na-turais que temos em nosso país”, conta Walter

Rodrigues, designer responsável pelo Núcleo de Design da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Arte-fatos (Assintecal).

NegóciosO Inspiramais contou com rodadas de negócios nacional e internacional. As nacionais, realizadas pela Assintecal com o apoio do Sebrae, recebe-ram 200 compradores do Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul.

Já o Projeto Comprador, promovido pela Assinte-cal com o apoio da Apex-Brasil, promoveu rodadas de negócios com compradores internacionais e fornecedores de materiais brasileiros. Participaram importadores da França, Inglaterra, Coreia do Sul, Colômbia e Peru.

A próxima edição já tem data confirmada: 13 e 14 de janeiro de 2015, que apresentará o Verão 2016 e antecipará o inverno do mesmo ano.

O assessor-executivo da Abicalçados, Igor Hoelscher, esteve na sede da GS1 Brasil, no último dia 17 de julho, em São Paulo/SP. Acompanhado de representantes da Asso-ciação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac) e Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hambur-go, Campo Bom e Estância Velha (ACI), o executivo conheceu o Centro de Inovação e Tecnologia da GS1 Brasil, local que funciona como um laboratório das simulações práti-cas das tecnologias desenvolvidas nos pa-drões globais de identificação desenvolvidas pela multinacional.

SOLAA Abicalçados é gestora do Sistema de Ope-rações Logísticas Automatizadas (SOLA), que visa integrar a cadeia de fornecedores com as indústrias de calçados através dos padrões globais GS1 de identificação, codi-ficação e troca de mensagens EDI. Segundo Hoelscher, a ferramenta proporciona ganhos de competitividade com a automação dos processos logísticos e na relação comercial. O sistema, que permite que as empresas fornecedoras de matéria-prima e fabrican-tes tenham um ambiente comum – na web - para agilizar a logística, encerrou período de testes recentemente e agora parte para realizar ajustes técnicos identificados. “A previsão é de que o SOLA deve estar dispo-nibilizado para o mercado até o final deste ano”, afirma Hoelscher.

Segundo o executivo, o sistema viabilizará mais agilidade para a cadeia calçadista, uma condição essencial para o incremento da competitividade. “No contexto atual, onde a produtividade assume papel preponderante nas relações comerciais, a agilidade e pre-cisão são fundamentais, tanto na troca de informações como no fluxo físico das mer-cadorias. O SOLA, diante do desafio, pode contribuir em processos de expedição, ar-mazenagem e movimentação de maneira rápida e dinâmica, agilidade nas transações comerciais e, consequentemente, redução de custos”, comenta Hoelscher.

O SOLA é um projeto da Abicalçados com o apoio da Assintecal, Ablac e ACI, entidades que também irão viabilizar, no futuro, o aces-so ao sistema de integração logística. Mais informações no site www.sola.com.br.

GS1 A GS1 é uma organização global com atua-ção em mais de 150 países e escritórios em 111 deles. Conta com cerca de um milhão de membros e, no Brasil, cerca de 60 mil asso-ciados. Nesse contexto estão micro, peque-nas, médias e grandes indústrias de diversos setores da economia. O Sistema GS1 desen-volve padrões globais de identificação que possibilitam uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, além de promover a coope-ração entre parceiros comerciais para au-mentar a competitividade.

FÓRUM CICB DE SUSTENTABILIDADE ACONTECE EM AGOSTO

PROGRAMAÇÃO

INSPIRAMAIS APRESENTA 600 NOVOS MATERIAIS PARA A INDÚSTRIA DA MODAABICALÇADOS CONHECE

NOVO CIT DA GS1 BRASIL

FEIRA MEXICANA ACONTECE COM DOIS MIL EXPOSITORES

Edição 2014 do evento apresenta um conjunto único de experiências empresariais, pesquisa e inovação de grandes líderes mundiais da indústria

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agosto 2014 - abinforma 5

Odesempenho de vendas na 46ª Francal, diante das expectativas

pouco animadoras, acabou surpreen-dendo o setor calçadista. A avaliação da mostra realizada entre os dias 15 e 18 de julho, no Anhembi, em São Paulo/SP, é do presidente-executivo da Abicalça-dos, Heitor Klein. O dirigente reconhece que o momento não é bom para o setor, com desaquecimento das vendas no mercado interno e queda da produção, mas também que a feira serviu para melhorar a confiança nas vendas do segundo semestre. “Tendo em vista que viemos de um primeiro semestre fraco, com desaquecimento no varejo de cal-çados e queda na atividade industrial, a feira acabou, inclusive, superando as expectativas iniciais”, avalia. Para o executivo, a mostra, uma das maiores da América Latina, aponta para uma “melhora no humor do mercado”.

A avaliação é acompanhada pelo presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala, que destaca o reestabeleci-mento da confiança nos negócios para a temporada quente do ano. “Para o setor de calçados, o ano começou agora. A Francal é o primeiro evento depois da Copa e estamos felizes por termos superado as expectativas, que

não eram boas em função do primeiro semestre fraco. A feira serviu para re-vitalizar o relacionamento”, comenta. Como de praxe, a Abicalçados partici-pou do evento com ações de promo-ção comercial e de imagem, além de encontros para fomento da informa-ção de mercado. “Feiras deste porte são essenciais para a manutenção e o estreitamento do relacionamento com o mercado calçadista”, avalia Klein.

Na tradicional coletiva de imprensa, onde também foi lançado o relatório Brasil

Calçados 2014, do IEMI, o presidente--executivo da Abicalçados destacou a importância do combate às fraudes nas importações de calçados. Segundo ele, muitos produtos têm entrado no Brasil de forma ilegal, especialmente via Pa-raguai. “Nós não somos contra as im-portações, somos contra a concorrên-cia desleal. O fato, que já alertamos ao Governo, é que fraudes estão ocorrendo especialmente via Paraguai. Calçados chineses seguem entrando no país sem pagar a tarifa do antidumping através da falsificação dos certificados de ori-

gem. Pode-se imaginar, inclusive, que muitos entram já montados”, explicou. Segundo o executivo, as importações predatórias vêm tomando o mercado brasileiro, já em desaquecimento. “Nos-sos pleitos são no sentido de aperfeiço-ar os mecanismos de defesa comercial já existentes e que não levam em conta especificidades importantes como no-menclaturas dos produtos, o que deter-mina a origem do produto, entre outros temas”, contou Klein.

Rússia em pautaA programação da feira contou ain-da com um workshop para tratar do potencial do mercado russo para cal-çados brasileiros. Apresentado pelo Analista de Comércio Exterior e Inte-ligência da Apex-Brasil em Moscou, Diego de Sturdze, o encontro detalhou algumas das adaptações necessárias para que os calçadistas brasileiros cresçam naquele mercado.

Segundo o especialista, é preciso au-mentar a participação brasileira em missões e feiras locais. Neste ponto, Sturdze elogiou a ação da Abicalçados, que recentemente levou 19 marcas para uma missão comercial na Rússia. “É um passo importante e muito sig-

nificativo. Posso garantir que já teve efeito, sentido em conversas com em-presários russos que não participaram da missão”, contou.

Sturdze também detalhou as opor-tunidades no País, mesmo em meio a um desaquecimento da economia resultado de questões políticas. Se-gundo ele, os importados represen-tam 80% do mercado de calçados da Rússia. “Infelizmente, a pauta de exportações do Brasil para a Rússia é baseada em produtos primários. Hoje, quase 90% dos embarques brasileiros para lá são de produtos com nenhu-ma ou pouca industrialização”, des-tacou. O Analista ressaltou que, em 2013, os russos importaram mais de US$ 4,23 bilhões em calçados, sendo menos de 1% do Brasil. “Existe espaço muito grande para o crescimento da participação brasileira. Eles acham os calçados bonitos, de boa qualida-de, confortáveis e de preços justos”, concluiu o especialista.

O workshop foi realizado através do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil.

A Francal 2014 também foi palco para os projetos Com-prador e Imagem do Brazilian Footwear. Durante os quatro dias da mostra, os convidados cumpriram uma extensa agenda de visitas e negócios, que incluiu ainda showrooms e roteiros tu-rísticos pela cidade.

No Projeto Comprador partici-param sete importadores oriun-dos da Colômbia, Peru, Kuwait e Rússia. “Os compradores esti-mam fechar negócios na ordem de US$ 900 mil nos próximos 12 meses”, avalia Letícia Sperb Masselli, coordenadora da Uni-dade de Promoção Comercial da Abicalçados.

Acompanhando um grupo de russos, Diego Sturdze, do Cen-tro de Negócios da Apex-Brasil na Rússia, ressalta o sucesso das visitas na Francal. “Não consigo imaginar um cenário mais posi-tivo para os compradores russos que participaram do Projeto. A equipe encontrou parceiros de negócios e pretende voltar nas próximas oportunidades.”

Com uma cadeia de lojas na Colômbia, Carlos Humberto Hoyos Cocunubo, da Croydon, aproveitou para estreitar os

laços com empresas que já trabalha e conhecer novas marcas. “Em termos gerais foi uma boa feira. A Croydon já vem construindo relaciona-mento com as marcas brasilei-ras há três anos e agora temos ótimas parcerias. Isso é muito bom porque o conceito do cal-çado brasileiro na Colômbia está crescendo muito. Os pro-dutos são vistos com os dife-renciais de qualidade, conforto e desenho”, conta.

ImagemNão foram só as vendas que movimentaram a Francal. O investimento em imagem e comunicação ajudou os em-presários a promover os produ-tos verde-amarelos no mundo. Com a presença de jornalistas e formadores de opinião da Argentina, Colômbia, Espa-

nha, França, Itália, México e China, o Projeto Imagem aju-dou a mostrar para todos os continentes a moda brasileira. Para Jorge Cano, da imprensa do World Footwear Congress 2014, a vinda para o Brasil ajudou na aproximação com os empresários e também com a cultura nacional. “A indús-tria brasileira é uma das mais importantes e sólidas em nível mundial e queremos contar com a participação desse País tão importante durante o World Footwear Congress 2014, em novembro, no México”, destaca.

Ambos os projetos são realiza-dos através do Brazilian Foo-twear, programa de apoio às exportações mantido pela en-tidade calçadista com o apoio da Apex-Brasil.

Para driblar a crise no setor calçadista, a Abical-çados, além dos pleitos atuais, aposta num arma poderosa: a informação. E foi com o objetivo de informar o mercado sobre as principais tendên-cias em marketing no varejo, que a entidade pro-moveu mais uma edição do Talk Shoe. O evento, que aconteceu no dia 16, trouxe temas relaciona-dos à branding, varejo e marketing.

Na primeira palestra, o coordenador dos programa de mercado da pós-graduação da ESPM-Sul, Arthur Vasconcellos, falou sobre Brand Experience, destacando como gerir marcas através do marketing experiencial e sensorial. Vasconcellos explicou que a simila-ridade das empresas está culminando em uma sociedade de excessos. Dentro desse contex-to, explica ele, a saída é oferecer ao consu-midor algo único e diferenciado. “É preciso engajar o consumidor, oportunizando ações ancoradas na emoção e no afeto”, salientou o especialista, colocando que através do ape-lo sentimental é possível criar uma ponte até o consumidor. Vasconcellos apontou que, na prática, ações que envolvem os cinco senti-dos humanos são a grande aposta. “O cliente precisa ver, sentir e experimentar o produto de diversas maneiras”, especificou.

A emoção como fator fundamental para dia-logar com o consumidor também foi um dos pontos abordados na segunda palestra, “O Futuro do Varejo Calçadista”, ministrada pelo professor e sócio-diretor do Grupo S.I, Rubens Sant’Anna. O especialista indicou previsões para o setor nos próximos anos, alertando que o grande varejista pode brigar por preços me-

nores, pois tem poder de barganha, já o pe-queno lojista deve conquistar o seu espaço através da diferenciação. “Hoje o poder está com o cliente e ele precisa ser agradado”, es-clareceu. Sant’Anna explicou que o consumidor não é um robô, ele possui sonhos e aspirações que podem ser explorados no ponto de venda. “As pessoas vão às compras com uma baga-gem emocional que pode ser melhor aprovei-tada”, complementou.

Encerrando o ciclo de palestras, o especialista em Comportamento do Consumidor e Posicio-namento Estratégico, João Stringhini, ressaltou que, antes de gerenciar uma crise no varejo através de modificações no preço ou produto, é necessário entender o mercado. Segundo ele, é primordial desvendar o cliente e as suas necessi-dades, pois o mercado é composto de pessoas e, sendo assim, ouvir atentamente o consumidor é a melhor maneira de desenvolver o produto ideal e que tenha uma relação simbólica e duradoura com o público-alvo.

francal

FRANCAL ABRE SEGUNDO SEMESTRE DE VENDAS PARA CALÇADISTAS

PROJETOS TROUXERAM COMPRADORES E JORNALISTAS ESTRANGEIROS

TALK SHOE TRAZ INFORMAÇÃO PARA O SETOR

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Com a expectativa de mais de US$ 41 milhões em negócios

gerados para os próximos 12 meses, os calçadistas que participaram do Projeto Copa do Mundo, trazendo compradores da França, Emirados Árabes e África Sul, saíram satisfeitos. O balanço está sendo divulgado pelo Brazilian Footwear, programa de in-ternacionalização da Abicalçados, que participou, com os seus associados, da ação realizada pela Apex-Brasil. Parti-ciparam do Projeto, que teve agendas em São Paulo, Porto Alegre, Fortale-za e Belo Horizonte entre os dias 13 de junho e 9 de julho, compradores da Galeries Lafayette (França), Shoe Mart (Emirados Árabes) e Palazzo Pit-ti (África do Sul).

Unindo negócios e entretenimento, os estrangeiros assistiram partidas da Copa e visitaram unidades in-dustriais, showrooms e lojas de 29 marcas calçadistas: Amazonas, Ana Capri, Arezzo, ADG, Carrano, Car-tago, Carmen Steffens, Cristófoli, Democrata, Enrico Boaretto, Esdra, Havaianas, Ipanema, Guilhermina, Grendene, Grendha, Jorge Bischoff, Luiza Barcelos, Luz da Lua, Melis-sa, Paolo Sesto, Paquetá, Rider, Sa-rah Chofakian, Schutz, West Coast, Werner, Zaxy e Zeferino.

Segundo Patrícia Ledur, da Unidade de Promoção Comercial da Abicalça-dos, que acompanhou as agendas em Porto Alegre e Fortaleza com os com-

pradores da Galeries Lafayette e Shoe Mart, tanto os compradores quanto as marcas avaliaram o projeto positiva-mente. “Unir o Mundial com negócios foi uma forma eficiente de alavancar as exportações num momento com-plicado para a indústria brasileira de calçados”, avalia.

Os compradores da Galeries Lafayette tiveram uma agenda extensa. Assis-tiram o jogo entre França e Hondu-ras, em Porto Alegre, conheceram a unidade da Paquetá, em Sapiranga, a badalada rua Oscar Freire, em São Paulo, e encerraram o circuito em um showroom organizado na sede da Abi-calçados, em Novo Hamburgo/RS. “Foi uma experiência muito interessante”, avalia Jérome Raffy, comprador da rede francesa.

FortalezaPartindo de um extremo para outro do País, a Abicalçados acompanhou os compradores da Shoe Mart, em Fortaleza. Os importadores da ca-deia de 130 lojas espalhadas em 20 países árabes saíram satisfeitos. Para Bharat Melwani, a moda cal-çadista verde-amarela tem muito a oferecer ao mundo. “Entendemos

melhor a força do setor no Brasil. As visitas nos deram confiança para incrementar ainda mais os negócios com o País no futuro”, comenta o comprador, que também assistiu ao jogo entre Brasil e Colômbia.

Marcelo Jahns, trader da Grendene, empresa visitada pela Shoe Mart em Fortaleza, ressalta que os ne-gócios com a rede árabe devem ser impulsionados a partir do evento. “Já fornecemos nossos produtos à Shoe Mart através de nosso distribuidor

localizado em Dubai, porém após as visitas nas fábricas de Fortaleza e Sobral esperamos aumentar nossos negócios com este cliente”, projeta.

Belo HorizontePor fim, os compradores da Palazzo Pitti, da África do Sul, estiveram em Belo Horizonte, onde assistiram ao jogo entre Brasil e Alemanha, visita-ram a fábrica da Luiza Barcelos, os showrooms das marcas Jorge Bischoff e Luz da Lua, e se reuniram com re-presentantes da Paolo Sesto.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

Com antecipação de data e ações diferenciadas para atrair compradores, a theMicam, feira calçadista que acontece entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, em Milão, na Itália, recebe 52 marcas brasileiras. A expecta-tiva é que, com a recuperação da economia europeia, os negócios possam ser potencializados, inclusive ultrapas-sando os quase US$ 30 milhões em resultados da edição do ano passado. A participação das marcas brasileiras se dá através do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil.

Além da forte presença de compradores europeus, a mostra italiana tradicionalmente recebe visitantes da Ásia e Oriente Médio. “A expectativa é muito boa. Além da recuperação do mercado europeu, o que já pode ser sentido na Expo Riva – feira calçadista que aconteceu em junho, também na Itália -, já viajamos com uma agenda definida de visitas aos estandes bra-sileiros”, avalia a coordenadora da Unidade de Promo-ção Comercial da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli. Segundo ela, alguns dos compradores que participa-ram do Projeto Copa do Mundo já teriam agendado encontros para finalização de negócios alinhavados durante a visita ao Brasil.

Com a participação de mais de 1,5 mil expositores, sendo 600 estrangeiros, a feira italiana é considerada uma das mais importantes do mundo para o setor calçadista.

Na edição, que apresentará as coleções primavera-ve-rão, participam as marcas brasileiras: ADG Export, Ana-tomic & Co, Andacco, Boaonda, Capelli Rossi, Carrano, Cecconelo, Couromoda, Cristófoli, Democrata , Dumond, Capodarte, Enrico Boaretto, Freeway, Guilhermina, Hu-

berto S. Muller, Miucha, Itapuã, Itsandals, Itsandals Kids, New Face, Jorge Bischoff, Loucos e Santos, Kildare, Lilly’s Closet, Luiza Barcelos, Luz da Lua, Madeira Brasil, Paolo Sesto, Para Raio, Paradoxo, Raphaela Booz, Rider, Ipanema, Grendha, Zaxy, Sapatoterapia, Savelli, Sollu, Stéphanie Classic, Tabita,Tanara Brasil, Kolosh Brasil, Tradeffort, Nova Line, Usaflex, Vizzano, Beira Rio, Mole-ca, Molekinha, Modare e Werner.

Com o objetivo de incrementar as exportações brasileiras para os Es-tados Unidos, 20 marcas de calça-dos verde-amarelas participam da FN Platform, feira que acontece em Las Vegas entre 18 e 20 de agos-to. A participação nacional é fruto do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações mantido pela Abicalçados em parceria com a Apex-Brasil.

Segundo a coordenadora da Unidade de Promoção Comercial da Abicalça-dos, Letícia Sperb Masselli, embora as exportações para os Estados Unidos tenham caído em 2013, existe uma recuperação verificada no primeiro semestre deste ano, resultado jus-tamente do gradual aprimoramento da imagem do produto brasileiro na-quele mercado. Entre janeiro e junho de 2014 foram embarcados 5,76 mi-lhões de pares que geraram US$ 88 milhões, 2,6% mais do que no mesmo período do ano passado. O país norte--americano é o principal comprador dos calçados nacionais, mas existe po-tencial de crescimento maior e mais consistente. “A marca própria deve ser apresentada ao mercado norte--americano. O modelo de vendas pri-vate label está em queda. Neste senti-do, a participação brasileira em feiras calçadistas locais é fundamental e

tem gerado resultados importantes tanto em termos de negócios como de imagem”, comenta Letícia.

SeminárioNo dia que antecede a mostra, o Consultado do Brasil em Los Ange-les, em parceria com a Abicalçados, promove o seminário “Fashion retai-ling in the United States”, trazen-do aspectos importantes do varejo norte-americano de calçados. “O seminário proporciona o momento ideal para as empresas calçadistas discutirem suas estratégias no mer-cado, identificarem oportunidades e até tendências do varejo. O encontro se torna ainda mais importante nes-te momento de mudança de posicio-namento naquele mercado”, ressalta Letícia. Entre os temas que serão discutidos estão estratégias de pre-cificação, branding e marketing para o varejo estadunidense e o impacto da tecnologia para os consumidores do País, entre outros.

Participam da FN Platform as mar-cas: Rider, Grendha, Zaxy, Mel, Ipa-nema, Anatomic & Co, Bottero, Schutz, Pampili, Huberto S. Muller, Boaonda, Sapatoterapia, Amazonas, Stéphanie Classic, Carrano, Cristó-foli, Ferracini, Radamés, Dumond e Lily’s Closet.

FEIRA ITALIANA RECEBE 52 MARCAS DE CALÇADOS DO BRASIL

A “CARTADA CERTA” EM VEGAS

ABICALÇADOS DIVULGA BALANÇO DO PROJETO COPA DO MUNDO DA FIFATM

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agosto 2014 - abinforma 7

geral

balança comercial

EMBARQUES DE JUNHO GERARAM US$ 83,36 MILHÕES

O mês de junho registrou uma leve recuperação nas exportações de calçados. Depois de três quedas consecutivas, as receitas com

os embarques voltaram a crescer no mês seis, chegando a US$ 83,36 milhões. O crescimento de 3,5% na relação com o mesmo mês do ano passado, porém, não foi suficiente para reverter um quadro que vem se agravando desde o início do ano. Entre janeiro e junho foram embar-cados 63,7 milhões de pares que geraram US$ 522,36 milhões, número 6,2% superior em pares e 2,6% inferior em dólares no comparativo com o primeiro semestre de 2013.

As importações de junho também registraram incremento, de 31% com relação ao mês seis do ano passado, chegando a US$ 58 milhões. Nos seis primeiros meses as importações já somaram US$ 313 milhões, 9,3% mais do que no mesmo período de 2013. O resultado foi mais uma queda na balança comercial de calçados, de 15,1%.

Entre janeiro e junho deste ano o principal destino do calçado verde--amarelo foi os Estados Unidos, para onde foram enviados 5,76 milhões de pares que geraram US$ 88 milhões, 2,6% mais do que no mesmo período de 2013. Recuperando o segundo posto entre os destinos, a Argentina aparece com a compra de 2,23 milhões de pares por US$ 33 milhões, 39% menos do que no primeiro semestre do ano passado. A França vem na sequência, com a aquisição de 3,6 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 31,85 milhões, queda de 5,3%. A “invasão” do varejo brasileiroO calçado asiático, que já representa 95% do total importado pelo Brasil, segue sua “invasão” ao varejo nacional. Entre janeiro e junho, os varejis-tas brasileiros absorveram mais de 10 milhões de pares por US$ 185,25 milhões do Vietnã, um aumento de quase 21% com relação ao mesmo período do ano passado. Da Indonésia vieram 3,46 milhões de pares pe-los quais foram pagos US$ 57,13 milhões, um aumento de 26% ante o ano passado. No terceiro posto aparece a China, que embarcou 5,6 milhões de pares por US$ 32 milhões, 7,2% menos do que em 2013.

Em partes de calçados, a importação do semestre chegou a US$ 41,2 milhões, 13,3% menos do que no mesmo período do ano passado. As ori-gens seguem sendo China, Paraguai e Vietnã.

Depois de três quedas consecutivas, as receitas com os embarques voltaram a crescer

ABICALÇADOS LANÇA BOLETIM MENSAL VOLTADO PARA O EMPRESÁRIOVisando suprir uma demanda setorial de mais informações de mercado, a Abicalçados lança, no mês de agosto, o Info Market Shoe. “Trata--se de uma publicação digital mensal que traz o que há de novo e importante no setor cal-çadista brasileiro”, explica o coordenador da Unidade de Desenvolvimento da Abicalçados, Cristian Schlindwein.

A publicação, onde constarão análises eco-nômicas e projeções de curto prazo tanto em nível doméstico como internacional, é assinada pelo diretor da Faculdade de Ci-ências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Hélio Henkin, que também é Doutor em Economia. “O Info Market Shoe terá conteúdos apresentados

em um formato prático e objetivo, abordan-do questões macroeconômicas e análises específicas do setor calçadista”, continua Schlindwein.

O boletim empresarial será encaminhado por e-mail todo o primeiro dia útil de cada mês aos seus assinantes. O investimento semes-tral – 6 edições - será de R$ 170 para as-sociados da Abicalçados e R$ 340 para não associados. Já o pacote anual – 12 edições - sai por R$ 280 para associados e R$ 560 para demais interessados.

Mais informações com Maria Eduarda Müller pelo e-mail [email protected] ou telefone 51 3594 7011.

Publicação será enviada no primeiro dia útil de cada mês para assinantes

-Cenário macroeconômico: economias internacional e brasileira;-Produção de calçados;-Inflação;-Consumo Interno;-Comércio exterior;-Emprego.

Conteúdo

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social

O GRANDE ENCONTRO DO SETORFrancal reuniu lideranças setoriais, empresários, compradores e jornalistas da mídia especializada de grandes players calçadistas

O setor calçadista brasileiro esteve

reunido, em São Paulo/SP, entre os dias 15 e 18 de julho para mais uma edição da Francal. Mais do que gerar ne-gócios, a mostra cum-priu o papel de ser um grande ponto de en-contro do setor brasi-leiro e mundial. Confira algumas das fotos da feira calçadista.