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ABORDAGEM À ENERGIA LIMPA E COMO ENSINAR NA ESCOLA

ACERCA DE FONTES ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS DE

ENERGIA

Marta Maria Rech1

Eliane Strack Schimin2

RESUMO - A intervenção pedagógica teve como linha de estudo os Fundamentos e encaminhamentos metodológicos para o ensino de Ciências na temática sobre energia limpa e fontes renováveis. A motivação para o projeto teve como questionamento a forma pela qual podem ser aplicadas metodologias de ensino e aprendizagem por meio de um projeto de intervenção pedagógica sobre energia limpa a 26 alunos do 9° Ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Padre Henrique Vicenzi – EFM, de Vitorino, Paraná, visando à adoção prática em seu cotidiano. Em sua aplicação, o projeto aprimorou metodologias visando melhorar as formas de proporcionar um processo de ensino e aprendizagem mais eficaz quanto à sensibilização do aluno em valorizar as energias, renováveis, colocando em prática na sua vida cotidiana o conhecimento que foi adquirido em sala de aula. Para tanto, demonstrou aos alunos as diferentes energias presentes na natureza, classificou os benefícios e os malefícios do uso de energia e mostrou a energia limpa e a possibilidade de adoção na prática cotidiana. A intervenção foi realizada em 32 (trinta e duas) aulas realizadas nos meses de fevereiro a junho de 2017. Os resultados confirmam o interesse dos alunos para o tema de estudo, desenvolveram a pesquisa para conhecer este e os demais tipos de energia utilizados pelo homem, e compreenderam a importância da energia limpa como uma alternativa. O estudo conclui que o aluno se tornou um pesquisador sobre o assunto, possibilitando-lhe melhor desenvolvimento na aprendizagem sobre a energia limpa, elaborando seus próprios questionamentos e opiniões. Palavras-chave: Ciências. Energia. Fontes renováveis. Aprendizagem. Alunos.

1 INTRODUÇÃO

A linha de estudo escolhida para a proposta de aplicação de projeto de

intervenção pedagógica a 26 alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental do Colégio

Estadual Padre Henrique Vicenzi – EFM, de Vitorino, Paraná, no ano de 2017

consistiu nos Fundamentos e Encaminhamentos Metodológicos para o ensino de

Ciências. O enfoque do conteúdo contemplou os tipos de energia, especialmente em

razão de a energia ter se tornado tema de preocupação por parte dos governos do

mundo e assunto de discussões em todo o planeta e ainda, levando-se em

1 Especialista em Ciências Educação Ambiental. Licenciada em Ciências Biológicas – Habitação Plena em Biologia. Professora Colégio Estadual Padre Henrique Vicenzi – EFM, de Vitorino, PR. Professora Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), Secretaria de Estado da Educação, SEED – PR, 2016-2017. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Educação. Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), Secretaria de Estado da Educação, SEED – PR. Professora do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Centro-Oeste – UNICENTRO, Campus CEDETEG, Guarapuava, PR. E-mail: [email protected]

consideração que o desenvolvimento do ser humano está intrinsicamente ligado aos

tipos de energias a que teve acesso ao longo do tempo.

O tema selecionado foi a energia limpa e fontes renováveis sendo que a

energia, como um dos assuntos da Ciência, tem sido analisada em suas várias

alternativas de produção e utilização, visando a preservação e a manutenção dos

recursos naturais e a minimização dos desgastes sociais, econômicos e culturais

que a devastação da natureza ocasiona.

No levantamento do problema para a pesquisa observou-se que, em pleno

século XXI, no qual são exaustivos os apelos sociais para o controle ao uso dos

recursos naturais e, concomitantemente, a convocação ao uso de recursos

renováveis com ênfase nas diversas energias, algumas questões não são olhadas

com maior atenção pelos responsáveis das nações no mundo.

As obras recentes de Walisiewicz (2008) tratam da força motriz dos ventos,

em uso pelas civilizações milenares, em moinhos de vento e barco a velas; o

homem veio se utilizando de sua energia cinética na execução de tarefas,

locomoção, conquista de novas terras e para desbravar continentes.

Faz-se necessário considerar outras formas de energia em substituição as

energias não renováveis. Nesses tempos de dificuldade econômica e pressões da

sociedade por uma vida mais saudável, com o mundo cada vez mais preocupado

com as consequências dos combustíveis fósseis sobre o clima, mais do que nunca é

necessário adotar fontes de energia renováveis.

Por isso, optou-se pelo tema em questão pela importância do mesmo, o qual

parece não ser valorizado pela maioria dos alunos, isso porque quando este

conteúdo é trabalhado em sala de aula, ao final do processo de ensino verifica-se o

não alcance dos objetivos pretendidos pelo professor na aprendizagem dos alunos.

Considera-se a preocupação do mundo como um apelo ao educador no

sentido de trazer para a sala de aula conteúdos e informações que mostrem ao

aluno as inúmeras possibilidades para a adoção de práticas sustentáveis de

produção e desenvolvimento, em sua vida futura.

Ainda, entende-se que o papel da Ciência na contemporaneidade implica em

prevenir a continuidade de ações de devastação, diante da oportunidade de informar

os alunos sobre as energias não renováveis, que degradam o ambiente e as opções

de escolha para o uso de uma energia limpa que preserve os recursos naturais,

tendo como consequência direta a qualidade de vida e as respostas sociais.

Com esta argumentação apresentou-se como problema para a realização do

estudo a identificação que de os alunos que passaram do 8º para o 9º Ano do

Ensino Fundamental conhecem muito pouco sobre a energia e sobre a energia

limpa, de modo que se propõe como enunciado da investigação, o seguinte: De que

forma podem ser aplicadas metodologias de ensino e aprendizagem por meio de um

projeto de intervenção pedagógica sobre energia limpa a alunos do 9º Ano do

Ensino Fundamental visando à adoção prática em seu cotidiano?

Visando a obtenção de respostas a este questionamento, o objetivo principal

do estudo foi aprimorar de metodologias que visem melhores formas de proporcionar

um processo de ensino e aprendizagem mais eficaz quanto à sensibilização do

aluno em valorizar as energias, renováveis, colocando em prática na sua vida

cotidiana o conhecimento que foi adquirido em sala de aula.

De modo específico, os objetivos buscaram demonstrar as diferentes energias

presentes na natureza, classificar os benefícios e os malefícios do uso de energia e

mostrar a energia limpa e a possibilidade de adoção na prática cotidiana.

Os resultados obtidos com esta intervenção pedagógica são apresentados

neste artigo como trabalho final do Programa de Desenvolvimento Educacional

(PDE).

2 EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E ENERGIAS: UMA ABORDAGEM SUCINTA

2.1 A energia

Os registros históricos sobre o conceito de energia indicam como primeira

análise o estudo do calor, até o momento em que “A antiga ideia de que um corpo

mais aquecido possui maior quantidade de ‘calórico’ foi sendo substituída pela ideia

de que esse corpo possui, realmente, maior quantidade de energia em seu interior”

(SCHIMIN, 1998, p.57).

No saber científico, a palavra energia tem origem no grego enérgeia e do

latim energia, referindo-se inicialmente a alguns fenômenos explicados nos termos

vis viva - a força viva - e calórico:

A palavra energia apareceu pela primeira vez em 1807, sugerida pelo médico e físico inglês Thomas Young. A opção de Young pelo termo energia está diretamente relacionada com a concepção que ele tinha de que

a energia informa a capacidade de um corpo realizar algum tipo de trabalho mecânico (BUCUSSI, 2006, p. 6).

Para a Física, a energia consiste em uma substância física, ou seja, que faz

parte da dimensão na qual vive o ser humano, podendo ser associada à matéria. A

energia é invisível, porém os processos de transformação da energia são visíveis,

citando como exemplo de manifestação da energia independente da matéria a

energia radiante do Sol, que chega até o homem através do espaço, no qual não há

matéria, e se manifesta na matéria ao chegar ao planeta Terra (BURATTINI, 2008).

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Ciências, do Estado do

Paraná, refutam a teoria do calórico pelas noções de energia e a concepção pela

ciência de uma das mais importantes leis: a lei da conservação da energia. A ciência

não define energia, de modo que o propósito no ensino sobre o tema, em sala de

aula, consiste em:

Provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra (PARANÁ, 2008, p. 66).

Assis e Teixeira (2003), contudo, afirmam que o princípio da conservação da

energia é introduzido no ensino de um modo vago, sem considerar as dificuldades

dos alunos, e sem mostrar que se trata de um princípio de toda a Física, de modo

que continuam sendo utilizadas as noções iniciais, sem compreender a

conservação, transformação e transferência da energia.

Pozo e Crespo (2009) afirmam que a ciência consiste em um processo, e é

preciso levar aos alunos o caráter dinâmico e perene dos saberes científicos, de

modo que percebam a transitoriedade e a natureza histórica e cultural, para

compreender as relações entre o desenvolvimento da ciência, a produção

tecnológica e a organização social.

2.2 Diferentes energias

O domínio sobre o fogo foi o primeiro grande passo para a humanidade. No

século X, iniciou-se o uso em escala do gás natural. Ele tomou espaço do carvão

nas termoelétricas, tornando-se o energético que mais cresce em utilização no

mundo (FERNANDES; SANTOS, 2004).

Informa Walisiewicz (2008, p. 6), em razão das demandas globais “hoje

usamos energia equivalente a 10 bilhões de toneladas de petróleo todos os anos”,

um consumo com tendência a aumento em torno de 50% até o ano de 2020.

Outro combustível do século XX é o nuclear, inicialmente como fonte de

energia para a bomba atômica, depois teve sua utilização como combustível em

Usinas Termonucleares. Muitos países utilizam essa forma de energia como os

EUA, França e Alemanha. Hoje, seu uso está sendo repensado (FERNANDES;

SANTOS, 2004).

Os estudos sobre a energia foram facilitados com a sua catalogação realizada

por cientistas; assim, são citados alguns tipos de energia:

- energia química: aquela contida nas ligações químicas entre átomos e

moléculas de uma substância ou elemento químico;

- energia eletromagnética: aquela que se propaga como onda

eletromagnética;

- energia cinética ou mecânica: aquela que confere movimento aos objetos;

- energia térmica: é a energia cinética interna de um material, contida na

agitação das suas partículas; o calor é a energia térmica em trânsito;

- energia potencial: aquela que possibilitará movimento aos objetos;

- energia gravitacional: aquela associada à interação gravitacional dos corpos

com massa;

- energia elétrica: associada às cargas elétricas em movimento;

- energia nuclear: contida na constituição das partículas no núcleo do átomo

(BURATTINI, 2008);

- energia solar: o Sol funciona como um reator que promove permanente

fusão termonuclear, fundindo átomos de hidrogênio e produzindo hélio (ALVES

FILHO, 2003);

- energia das marés: é feita através do represamento da água oceânica que,

liberada por meio de turbinas produz energia elétrica (MIYAO, 1997);

- energia eólica: contida nas massas de ar, os ventos, seu aproveitamento

ocorre através do processo de conversão de energia cinética de translação, em

energia cinética de rotação, através de aerogeradores, que geram eletricidade

(DIONÍSIO et al., 2013).

Com relação às termelétricas, consiste a base das fontes de energia na

maioria dos países industrializados, sendo que as instalações eficientes queimam

gás e convertem 50% de sua energia química em eletricidade (WALISIEWICZ,

2008).

2.3 Benefícios e malefícios

Relativo à energia quanto aos benefícios e malefícios que confere ao ser

humano, ao ambiente, de modo geral, Reis e Santos (2014) afirmam que dentre os

diferentes componentes da infraestrutura do desenvolvimento se encontra a energia,

como aquele que mais impactos apresenta ao meio ambiente, desde a geração até

o consumo, passando pelos sistemas de transmissão e distribuição.

A energia elétrica é considerada essencial ao desenvolvimento

socioeconômico de uma nação ou região, presente de algum modo na cadeia de

produção, distribuição e uso final de bens e de serviços, revelando a sua importância

também na tecnologia do desenvolvimento equilibrado e sustentável em setores

diversos da economia (POMPERMAYER, 2009).

Em seus benefícios são citadas as áreas de inserção:

A energia elétrica é consumida pelas bombas dos sistemas de esgoto, irrigação e abastecimento de água; a geração hidrelétrica; a produção de energia elétrica a partir de resíduos (lixo, por exemplo); a energia (também elétrica) utilizada no setor de transportes; a importância da eletricidade para viabilizar os sistemas de telecomunicação (REIS; SANTOS, 2014, s.p.).

A importância da energia elétrica repercute diretamente em benefícios para a

sociedade, quando o conhecimento e a tecnologia são agregados a um produto ou

serviço, melhorando seu valor de mercado, com geração de empregos qualificados,

melhoria na distribuição de renda e na qualidade de vida das pessoas, dinamizando

a economia do país (POMPERMAYER, 2009).

No contexto da energia, os malefícios ao seu uso também são relevantes,

considerando a escassez cada vez maior de fontes de energia, paralelamente ao

consumo também maior, com forte impacto ambiental e social resultante da

construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas (FREDERICO; KNIESS;

SILVEIRA, 2014).

Informações sobre o potencial instalado de energia no Brasil relacionam

quatro diferentes fontes (Figura 1).

Figura 1 - Potencial instalado de energia elétrica, capacidade instalada por fonte (em milhares de MW)

Fonte: Junges (2016, p.1)

O mundo observa o efeito estufa, resultado da emissão de gases na

atmosfera, com resultados diretos nas variações climáticas e perspectiva de

elevação de temperaturas médias da superfície global ao longo dos anos, bem como

mudanças nos padrões de precipitação, com aumento na ameaça de secas,

enchentes ou tempestades intensas em determinadas regiões, considerando que:

“Nos últimos anos, a concentração desses gases na atmosfera vem aumentando,

em virtude principalmente do maior uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o

petróleo, em atividades domésticas, industriais e de transporte” (FILIPETTO, 2007,

p. 11).

Especificamente quanto à energia hidráulica classifica-se como a segunda

maior fonte de geração de energia elétrica no mundo, com participação de

aproximadamente 18%, sendo que, no Brasil, sua participação é superior a 90%.

Com esta dimensão, estão também presentes os grandes impactos socioambientais

decorrentes de empreendimentos hidrelétricos, especialmente em Tucuruí e Balbina,

na Amazônia, e Sobradinho, no Nordeste do País (AGÊNCIA NACIONAL DE

ENERGIA ELÉTRICA, 2002).

Com relação à energia nuclear, segundo a Agência Nacional de Energia

Elétrica (2002, p. 102):

Embora seja a terceira maior fonte geradora de eletricidade no mundo, evitando a emissão de consideráveis quantidades de dióxido de carbono e outros poluentes, a energia nuclear tem sido vista mais como um perigo de autodestruição do que uma fonte ilimitada de energia, como esperado no início do seu desenvolvimento tecnológico.

Se as matrizes energéticas renováveis fazem uso de combustíveis fósseis ou

minerais, não renováveis, a exemplo do petróleo, carvão, gás natural e urânio para

produção de energia nuclear, é importante verificar que os efeitos decorrentes

desses padrões de produção levam as sociedades, empresas e governos a uma

mudança de pensamento quanto às questões energéticas e de sustentabilidade

(NASCIMENTO; MENDONÇA; CUNHA, 2012).

A busca de melhor qualidade no suprimento energético indica o acesso ao

desenvolvimento tecnológico e expansão do parque industrial, incentivos e subsídios

ao setor de modo a fixar a energia limpa no mercado mundial (TERCIOTE, 2002).

2.4 Energia limpa

Na busca de soluções para o fornecimento de energia elétrica a comunidade

mundial busca abrir espaço para o ingresso de energias renováveis, com ênfase

para a energia eólica (TERCIOTE, 2002), definida como a energia “contida nas

massas de ar em movimento (vento)”, sendo seu aproveitamento realizado pela

conversão da energia cinética em translação em energia cinética de rotação

(AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2002, p. 63).

Tais iniciativas, contudo, são limitadas quando considerado que:

Os países emergentes têm apresentado elevado potencial de produção de energia eólica, mas enfrentam barreiras decorrentes de falta de experiência, ausência de recursos, atrasos tecnológicos e métodos para seleção dos locais adequados para implantação das turbinas de captação e transformação de energia cinética em eletricidade (NASCIMENTO; MENDONÇA; CUNHA, 2012, p. 632).

Outra forma de energia limpa e inesgotável é a energia solar, utilizada por

países como a Alemanha, Japão e Estados Unidos, por meio do uso da placa solar

ou voltaica, que funciona com a ligação das suas extremidades por um fio condutor

elétrico, sendo que o movimento dos elétrons gera corrente elétrica (MASSA et al.,

2011).

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior, no Brasil a matriz energética preponderante reside na energia hidrelétrica,

bem como no uso de biocombustíveis, referindo um padrão de desenvolvimento

industrial relativamente limpo, especialmente se comparado a países como a China

e a Índia. As vantagens comparativas são elencadas nas seguintes fontes:

Temos importantes vantagens comparativas para a realização de projetos de MDL3 de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, biocombustíveis (como o álcool e o biodiesel), gerenciamento de dejetos na criação de animais, manejo de resíduos sólidos, aproveitamento de biogás de aterros sanitários, melhoria da eficiência energética em diversos setores industriais (BRASIL, 2006, p. 5).

O Brasil promove incentivo à utilização de fontes alternativas de energia por

meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa),

criado pela Lei nº 10.438 de 26 de abril de 2002 e revisado pela Lei nº 10.762 de 11

de novembro de 2003, que “assegurou a participação de um maior número de

estados no programa, o incentivo à indústria nacional e a exclusão dos

consumidores de baixa renda do rateio da compra da nova energia” (BERMANN,

2008, p. 25).

Dentre os projetos acolhidos por esta Lei se encontram projetos de geração

de energia eólica, pequenas centrais hidrelétricas e bagaço de cana, casca de arroz,

cavaco de madeira e biogás de aterro sanitário, a biomassa (BERMANN, 2008).

Atualmente, a questão da energia e da energia limpa são assuntos de

discussão no país, segundo Junges (2016), de quanto a crise energética enfrentada

pelo Brasil tem exigido do setor elétrico nacional, no desafio de decidir qual a fonte

de energia competente para dar fôlego a um ciclo de expansão, sem acarretar

sobressaltos no abastecimento.

Na verdade, Walisiewicz menciona:

As forças políticas e econômicas irão determinar como será o uso dos combustíveis fosseis nas próximas décadas, mas a maior mudança nos padrões de uso de energia será provocada por uma preocupação mais urgente - os danos ao meio ambiente. (WALISIEWICZ, 2008, p. 16).

3 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

De fato: “Com a perda de protagonismo das hidrelétricas, o setor vai precisar

escolher se aposta nas fontes renováveis e caminha em direção a uma matriz mais

limpa, ou se opta pelas termelétricas, mais sujas” (JUNGES, 2016, p. 1).

Dentre as estimativas para o ingresso de novas opções energéticas e mesmo

na adoção de energia limpa, uma previsão mais otimista tende a prever o aumento

da oferta de energia limpa, com base em recursos renováveis (Figura 2).

Figura 2 - O que é produzido em energia no Brasil e a projeção futura Fonte: Junges (2016, p.1).

A década entre 2014 e 2024 tem como previsão um acréscimo de 74 mil MW

de potência instalada a fim de atender ao crescimento da demanda. Parte desta

necessidade já foi contratada e se encontra em fase de implantação, sendo o mais

importante a sua composição, de modo predominante, por fontes renováveis que

incluem a eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (JUNGES, 2016).

Diante dessas informações sobre as energias, constata-se que são buscadas

alternativas que possam potencializar as energias renováveis, de modo a atender as

necessidades humanas e minimizar os danos ao meio ambiente.

3 METODOLOGIA

A intervenção pedagógica foi realizada com 26 alunos do Alunos do 9° Ano do

Ensino Fundamental do Colégio Estadual Padre Henrique Vicenzi – Ensino

Fundamental e Médio, de Vitorino, Paraná, com implementação de estratégias de

ação em 32 (trinta e duas) aulas realizadas nos meses de fevereiro a junho de 2017.

No dia 17 de fevereiro de 2017, apresentou-se o projeto de Intervenção

Pedagógica aos alunos do 9° Ano, da escola selecionada. Em seguida, aplicou-se

um questionário (pré-teste) sobre o tema em questão, utilizando um questionário

elaborado pela Professora PDE, com 06 (seis) questões abertas e fechadas, com o

objetivo de identificar o conhecimento dos alunos sobre energia (Quadro 1).

Quadro 1. Pré-teste e pós-teste sobre energia

1) Aluno: ___________________________________________ 2) Como você define energia? ___________________________________________________________________ 3) Relacione os tipos de energia que você conhece: _________________________ ___________________________________________________________________ 4) O que entende por energia limpa: ______________________________________ ___________________________________________________________________ 5) Relacione os tipos de energia com as figuras a seguir: a) Solar b) Eólica c) Mini hídricas d) Biomassa e) Geotérmica f) ondas

__________ ___________ ____________

___________ ___________ ___________ 6) Dos tipos de energia citados abaixo, indique quais são energias renováveis: [ ] solar [ ] termoelétrica [ ] eólica [ ] das marés [ ] biomassa [ ] nuclear [ ] geotérmica [ ] hidráulica Boa sorte!

Fonte: A autora (2017).

Em seguida, foram organizados materiais e a sequência de conteúdos a

serem trabalhados durante o processo de Implementação do projeto “Abordagem à

Energia Limpa e como Ensinar na Escola Acerca de Fontes alternativas e

Renováveis de Energia”.

Foram propostas as seguintes atividades:

Apresentação do “Filme Democracy”;

Trabalho em laboratório de informática/pesquisa de campo;

Visita às instalações da Copel;

Visita às usinas eólicas de Palmas;

Produção de texto sobre a energia limpa, fontes renováveis e a condição real

da energia no Brasil atualmente;

Apresentação do filme: “Power: o poder atrás da energia”;

Debate sobre os conteúdos aprendidos, as experiências de campo e de

laboratório, em grupos de alunos;

Pesquisa na própria família sobre as quantidades de consumo de energia

elétrica, gás e gasolina;

Análise dos os dados da pesquisa em conjunto na sala de aula com

apresentação dos resultados sobre o consumo total das famílias de energia

elétrica, gás e gasolina;

Apresentação do filme “Construindo o Futuro: Soluções Energéticas”;

Discussão sobre o aprendizado acerca da energia limpa e das fontes

renováveis;

Aplicação de um pós-teste para averiguação do conhecimento obtido com o

projeto aplicado; apresentar aos alunos os resultados do pós-teste

Encerramento da implementação do projeto de intervenção pedagógica no

Colégio Estadual Padre Henrique Vicenzi, Vitorino – PR.

Os dados coletados foram ordenados e são apresentados em forma de

gráficos e quadros, bem como descritas alguns textos e relatos dos alunos,

conservado a integralidade do registro. O alunos são denominados de A1, A2, ...An.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Resultados do pré-teste

O pré-teste foi aplicado a 26 alunos, que demonstraram interesse pelo

assunto, porém a maioria apresentou dificuldades em relação às questões

apresentadas. Nem todos conseguiram conceituar “Energia” e nem classificá-las em

renováveis e não renováveis.

Sobre o conceito de energia, selecionam-se algumas respostas dos alunos,

conforme segue:

- “Uma fonte de sobrevivência porque ela é muito útil para nós, todo os dias

precisamos dela”. (A3);

- “Defino como algumas renováveis e outras não, e também que precisamos

de energia para viver”. (A13);

- “Energia é matéria produzida para fins humanos, que é produzida com

materiais oferecidos da natureza”. (A15).

Bocussi (2006, p.19), lembra que “O conceito de energia é muito abstrato e

como já se disse, bastante difícil de definir com precisão”, porque não é imutável,

estático, mas evolui e passa por reelaborações que devem ser contextualizadas

historicamente.

A questão seguinte solicitou aos alunos que selecionassem o tipo de energia

que conheciam. Dos resultados, a frequência é apresentada no Quadro 2.

Quadro 2. Tipos de energia conhecidos pelos 26 alunos no pré-teste

Tipo de energia Solar Nuclear Elétrica Eólica Ondas Biomassa Frequência 19 4 13 12 2 2

Fonte: A autora (2017).

Quanto ao que o aluno entende por energia limpa, são exemplos de

respostas:

- “Que não polui o meio ambiente, como solar”. (A1);

- “Uma energia pronta para usar, que não polui, solar, eólica, ondas” (A8);

- “Energia produzida sem causar danos ao meio ambiente” (A15).

Na questão final são apresentadas alternativas de energia, sendo solicitado

que o aluno assinale as energias renováveis. Os dados são mostrados na Figura 3.

Figura 3 - Conhecimento dos 26 alunos do 9º Ano sobre energia limpa no pré-teste

Fonte: A autora (2017).

Analisando os resultados do pré-teste verifica-se o destaque para a energia,

eólica, solar e das marés; entretanto, verifica-se que os alunos citam também outras

energias, não renováveis, a exemplo da termoelétrica e a nuclear.

Entende-se que o aluno precisa associar os conhecimentos que adquire em

sala de aula com a realidade que vivencia em seu cotidiano, em uma compreensão

de que a criança não é um cidadão apenas do futuro, mas é cidadão hoje, de modo

que “conhecer a Ciência amplia a sua possibilidade presente de participação social”

(FABRI; SILVEIRA, 2013, p.84).

A partir do resultado do pré-teste foram trabalhados conteúdos referentes às

fontes primárias, secundárias, renováveis e não renováveis de energia, utilizando

leituras, imagens com explicações a respeito dos temas abordados com anotações

sintetizadas por parte dos alunos dos conceitos e classificações apresentadas.

Na sequência, os alunos assistiram ao filme “Democracy”, um comentário

sobre a construção de hidrelétricas, causando destruições ambientais e culturais.

Propôs-se um debate, no qual alunos expressaram suas opiniões, sobre o assunto

abordado no documentário.

Após, realizou-se um trabalho de pesquisa virtual, via celulares em sala de

aula, em grupos de quatro alunos, sobre fontes alternativas de energia elétrica, cada

grupo apresentou seu trabalho para os demais, em forma de seminário.

No dia 19 de maio de 2017, visitou-se o “Parque Eólico de Palmas”, onde foi

explicado o funcionamento da referida energia. Um relatório de cunho individual fora

escrito e apresentado em sala de aula em forma de painel.

Os alunos assistiram ao filme “Power, o poder atrás da energia”, na sala de

vídeo do Colégio, por meio do Data Show, a partir do qual os alunos fizeram uma

análise da questão financeira que influencia na opção de energia usada pela

população, opinando oralmente e de forma escrita (texto de opinião).

Propôs-se uma pesquisa a ser feita em casa pelos alunos, na qual constatou-

se o consumo de energia elétrica, gás e gasolina. Também do gasto gerado por

estes em cada família, após a compilação dos dados, foi possível verificar o quanto

é alto o gasto por família com estas formas de energia.

Em seguida, apresentou-se o documentário “Soluções Energéticas” da

Discovery Channel, o que gerou discussões sobre a viabilidade e inviabilidade de

algumas fontes de energia a serem adotadas em nosso dia a dia.

4.2 Resultados do pós-teste

Aplicou-se o pós-teste aos alunos, utilizando o mesmo questionário aplicado

no pré-teste. Deste teste, foi clara a percepção de que a maioria compreendeu o

conteúdo proposto, embora alguns ainda demonstrassem dificuldade na

compreensão das questões e talvez por isso, não conseguiram respondê-las

adequadamente.

A realidade da turma, na qual as atividades foram propostas é heterogênea, já

que há alunos inclusos avaliados (Sala de Recursos), com dificuldades de

aprendizagem e defasagem de conteúdos, além de serem extremamente inquietos,

não chegam a ser indisciplinados, mas não conseguem se concentrar durante as

atividades.

Dos dados coletados, a definição de energia elaborada pelos alunos pode ser

verificada em diferentes registros:

- “Energia pode ser de várias maneiras; energia pode ser adquirida por

alimentos, ou pela água, pelo sol, pelo vento etc. ela pode ser renovável ou não

renovável; pode ser limpa ou não”. (A03);

- “A energia ajuda muito na vida das pessoas e seres vivos em geral. A

energia está em tudo, até no copo e alimentos da gente”. (A10);

- “Energia é uma coisa muito importante em nossas vidas e tudo que é

material produz energia e existem vários tipos de energia as mais conhecidas ao:

eólica, hidrelétrica e solar”. (A18).

A exemplo do pré-teste foi solicitado que o aluno relacionasse os tipos de

energia que conhece. Os resultados são apresentados no Quadro 3.

Quadro 3. Tipos de energia conhecidos pelos 26 alunos do 9º Ano no pós-teste

Tipo de energia Solar Nuclear Hidrelétrica Eólica Mini hídrica Geotérmica Química Frequência 18 1 13 20 4 1 1

Fonte: A autora (2017).

No pós-teste os alunos responderam o que entendem por energia limpa:

“Energia que não prejudica e utiliza recursos da natureza. Ex. solar, eólica,

geotérmica, ondas, etc” (A021). “Solar, eólica, dos mares, geotérmica, mini hídricas”

(A04). “Energia que não polui o meio ambiente, energias renováveis, como a eólica”

(A07). “Energia limpa é aquela que não libera, durante seu processo de produção ou

consumo, resíduos ou gases poluentes” (A17).

Na questão final foi solicitado que os alunos indicassem quais são as energias

renováveis. Os dados são mostrados na Figura 4.

Figura 4 - Conhecimento dos 26 alunos da 9º Ano sobre energia limpa no pós-teste.

Fonte: Pesquisa PDE (2017).

O tema em questão é fundamental, tanto na abordagem em sala de aula,

como também fora dela, e isso foi totalmente compreendido pelos alunos. Conforme

a análise dos resultados constata-se que os alunos indicaram com maior incidência

as energias limpas das marés, solar e eólica, incluindo a geotérmica e hidráulica.

Salienta Pompermayer (2009), é preciso compreender o papel da tecnologia

no ambiente da energia, como um novo ambiente de negócios que prevê a energia

renovável, adotando uma postura favorável aos novos conceitos e incorporando nas

atividades empresariais ou corporativas cotidianas.

Com base nesse estudo, novas propostas metodológicas precisam ser

desenvolvidas com o intuito de aguçar o interesse do educando em buscar mais

informações sobre o assunto em questão, sendo que tais experiências devem ser

divulgadas para que se tenham cada vez mais sugestões de trabalho que

proporcionem novas expectativas e perspectivas, pois do contrário, o processo de

ensino e de aprendizagem perderá a sua essência que é “o aprender pelo aprender”.

O Grupo de Trabalho em Rede (GTR), também contribuiu para os segmentos

da Implementação, já que ocorreu no mesmo período. Os alunos participantes

concordaram com as dificuldades apresentadas, as quais são comuns em suas

realidades. Houve uma grande aceitação quanto aos filmes, documentários,

pesquisas e viagem, pois, conforme eles, poderiam utilizá-los em suas aulas.

O material de estudo trabalhado no GTR, trouxe um grande conhecimento,

oportunizando-nos a aprimorar nossas práticas em sala de aula. O curso por meio

da EAD – GTR, permite conhecer e interagir com outras realidades e experiências, o

que só vêm a somar em nossa profissão.

Com certeza, compartilhar propostas, ações e principalmente reflexões

referentes ao nosso cotidiano escolar é sempre gratificante, pois sempre

aprendemos algo e também ensinamos.

Nessa perspectiva, o Programa de Desenvolvimento de Educação (PDE), só

veio a contribuir e renovar minha formação, conduzindo-me a uma nova prática

pedagógica, ensinando-me a planejá-la e estruturá-la a partir de fundamentos

teóricos mais aprofundados e coerentes ao atual contexto educacional.

4 Considerações finais

Ao longo da aplicação deste projeto de intervenção foi possível observar que

a utilização de uma metodologia de ensino e aprendizagem que associe a teoria à

prática permitiu que os alunos voltassem a sua atenção para o tema de estudo, a

energia limpa e passassem a desenvolver a pesquisa para conhecer este e os

demais tipos de energia que são utilizados pelo homem em suas atividades e para a

sua sobrevivência no mundo.

Com as observações realizadas, percebeu-se que os alunos passaram a

compreender a importância da energia limpa como uma alternativa das Ciências e

permitiu que o próprio aluno se tornasse um pesquisador sobre o assunto,

possibilitando-lhe melhor desenvolvimento na aprendizagem.

A conclusão desta intervenção indica que o projeto foi aplicado com sucesso,

especialmente porque os alunos participaram, buscaram aprender sobre a energia

limpa e conseguiram elaborar seus próprios questionamentos e opiniões. Com isto,

pressupõe-se que possam surgir novos interesses para as pesquisas da e para a

Ciência, tendo como base as fontes de energia renováveis.

Como professora PDE 2016/2017 a responsabilidade em trazer um tema novo

e levar os alunos a se interessarem, interagirem entre si e na realização de

pesquisas para conhecer a energia limpa e a sua utilização, permite concluir que foi

um excelente trabalho realizado.

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