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Abordagens metodolgicas do ensino da Educao Fsica escolar*Licenciado em Educao Fsica - ESEF-Mxico; Mestre e Doutor em Educao: Currculo pela PUC-So Paulo. **Licenciado em Educao Fsica - FAEFI-UFU; Especialista em Educao Infantil - FCU. (Brasil)

Gabriel Humberto Muoz Palafox*[email protected]

Juliano Nazari**[email protected]

Resumo O objetivo deste trabalho descrever e analisar as recentes abordagens de ensino da Educao Fsica Escolar, buscando compreender, em parte, a sua trajetria histrica, suas possibilidades e limites, bem como descrever parte da sistemtica de Planeja mento Coletivo do Trabalho Pedaggico - PCTP desenvolvida pelo Ncleo de Estudos em Planejamento e Metodologias do Ensino da Cultura Corporal, da Universidade Federal de Uberlndia - NEPECC/UFU num processo dialgico de formao continuada de professores d as redes pblicas de ensino. Unitermos: Planejamento educacional. Educao Fsica escolar. Metodologia do ensino. Resumen El objetivo de este trabajo es describir y analisar las recientes abordajes de la enseanza de la Educacin Fsica Escolar, buscando compreender, en parte, su trajectoria histrica, sus posibilidades y lmites, asi como describir parte de la sistemtica de Planeacin Colectiva del Trabajo Pedaggico - PCTP desarrollada por el Ncleo de Estudios em Planeacin y Metodologias de la Enseanza de la Cultura Corporal, de la Universidad Federal de Uberlandia, Brasil - NEPECC/UFU en el interior de procesos de formacin continua de profesores de los sistemas pblicos de educacin. Palabras clave: Planeamiento educativo. Educacin Fsica escolar. Metodologa de Enseanza. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ao 12 - N 112 - Septiembre de 2007 1/1

IntroduoA finalidade deste artigo contribuir na aproximao do sentido/significado que poderia ter a anlise histrico-crtica1 das mais recentes abordagens pedaggicas para o professor de Educao Fsica e sua prtica cotidiana. A descoberta e sistematizao das diversas formas sobre o porqu e como a Educao Fsica caracteriza a suas prticas pedaggicas importante para reconhecer, compreender e avaliar quais princpios filosficos, diretrizes e motivaes ideolgicas que fundamentam as suas bases ontolgicas e epistemolgicas. A importncia de reconhecer essas bases filosficas reside no fato de que a partir do advento da modernidade e da transformao do "logos" (razo) numa forma de racionalidade orientada quase que fundamentalmente pela lgica do trato do conhecimento cientfico (bases epistemolgicas), se perderam de vista, em grande parte, questes bsicas que j fizeram parte importante do estudo da Filosofia no contexto da formao humana, e que nos remetem, historicamente, tentativa de compreender a essncia do conhecimento, suas contradies, limites e possibilidades. A questo fundamental da Filosofia nos remete necessariamente a duas perguntas centrais na histria da humanidade. Uma de natureza ontolgica, isto aquela relacionada com a necessidade de estudar a origem, a essncia, a causa primeira do cosmos, da vida, do pensamento, assim como a relao entre o ser e o pensamento (somos alma, esprito, idia imutvel ou somos fruto do desenvolvimento e aprimoramento da matria, dinmica e

mutvel?) Outra, a epistemolgica, relacionada com a necessidade de conhecer a essncia e a validade do conhecimento cientfico, enquanto propriedade dos organismos vivos. No processo de conhecimento participam os sentidos, a razo, e a intuio. Nesse sentido, pergunta-se: qual deles a origem, a fonte a base principal do conhecimento humano? Na questo de saber o lugar e a importncia deles no conhecimento da verdade h divergncia de opinies. Na histria da Filosofia apareceram diferentes doutrinas ao respeito (BASARIAN, 1988, p. 99), tais como o Empirismo, Racionalismo, Intuicionismo e o Materialismo Dialtico. Para a Ontologia, a noo "o ser", um conceito utilizado para designar todas as coisas materiais: a matria, a natureza, o mundo exterior, a realidade e todos os objetos, fatos e fenmenos materiais que existem "fora" do pensamento. Ao ser, de natureza material, contrape-se o pensamento, a idia, isto , a natureza imaterial, ideal ou espiritual. O "pensamento" outro conceito filosfico que designa a conscincia do sujeito, a mente, o esprito, a alma e todos os fenmenos ideais e espirituais, ou seja, os conhecimentos considerados sensveis e racionais tais como as sensaes, as percepes, as representaes, os sentimentos, as emoes, as idias etc. A importncia da ontologia e da epistemologia reside no fato, ainda que grande parte dos professores no saiba disso, de que a partir dessas fontes de conhecimento so construdas as vises de mundo Idealista e Materialista de mundo como um todo. Concepes que, em essncia, caracterizam e sustentam grande parte das idias ou representaes que construmos ao longo das nossas vidas pessoais e profissionais. A partir da ontologia estuda-se, assim, a essncia, das coisas e indaga-se o que primeiro o ser ou o esprito, a idia, a alma? A epistemologia estuda a essncia do conhecimento e a relao cognitiva que o sujeito estabelece com os objetos ou fenmenos naturais e sociais. Indaga, por exemplo, qual o fator primrio e determinante do conhecimento humano: o objeto ou o sujeito? Tal como poder ser verificado neste trabalho, conforme a resposta dada s questes ontolgicas e epistemolgicas colocadas pela Filosofia, ser possvel perceber de que forma se materializam na realidade social as duas grandes correntes ou doutrinas filosficas predominantes no mundo contemporneo, o Idealismo e o Materialismo. Se a resposta for que o pensamento, a idia, a conscincia o sujeito primrio e determina o ser, a matria, a realidade, teremos o idealismo filosfico com suas inmeras variantes. Se, ao contrrio, a resposta for que o ser, a matria, a realidade, o objeto, primrio e determina o pensamento, a idia, a conscincia, o sujeito, teremos o materialismo filosfico e suas diferentes variantes (BAZARIAN, 1988, p. 53)2. Dessa forma, o objetivo deste trabalho descrever as principais abordagens de ensino da Educao Fsica da Histria na Educao Fsica, buscando compreender, em parte, a sua trajetria histrica, suas possibilidades e limites, bem como apresentar parte da sistemtica de Planejamento Coletivo do Trabalho Pedaggico desenvolvido pelo Ncleo de Estudos em Planejamento e Metodologias do Ensino da Cultura Corporal da Universidade Federal de Uberlndia - NEPECC/UFU em processos de formao continuada de professores das redes pblicas de ensino.

Abordagens no propositivas e propositivas do ensino da Educao Fsica luz das correntes epistemolgicas do conhecimento cientfico, vrias foram as abordagens constitudas na Educao Fsica ao longo da sua histria. No quadro 1, abaixo, so apresentadas as abordagens de ensino surgidas a partir dos anos 1980 no Brasil, as quais continuam refletindo, social e politicamente, a pluralidade de entendimentos a respeito de

quais "devem ser" as funes sociais e quais as bases metodolgicas do ensino da Educao Fsica.

Ao analisar o impacto social da produo de conhecimento decorrente dessas abordagens, verifica-se que elas no se manifestam no cotidiano escolar de forma homognea ou consensual e sim sob diferentes lgicas de interveno scio-comunicativa nos contextos em que exercem sua influncia, que incluem os mecanismos e os processos de definio de perfis profissionais, bem como as matrizes curriculares definidas para os cursos de formao de professores (MUOZ PALAFOX, 2001). Longe de se concretizarem as prticas destas abordagens em espaos pluralistas e democrticos de socializao do conhecimento, orientado para a transformao objetiva da prtica do professor e da realidade escolar, pode-se observar que elas vm se materializando na realidade concreta de forma mais ou menos autnoma, como campos em disputa por uma hegemonia terico-instrumental que, em essncia, caracterizam a existncia diferenciada de projetos polticos de sociedade, educao e profisso docente, com suas respectivas lgicas de racionalidade terica e de interveno social (MUOZ PALAFOX, 1997 e 2001). Para Valter Bracht (2007) o quadro das propostas pedaggicas em Educao Fsica apresenta-se hoje bastante diversificado e, embora considere que a prtica pedaggica atual resista a mudanas4, ou seja, que a prtica esteja acontecendo influenciada pelo paradigma da aptido fsica e do esporte rendimento, reconhece que vrias abordagens pedaggicas foram gestadas nas ltimas duas dcadas, as quais se colocam hoje como alternativas para o ensino da Educao Fsica. Reforando estas questes, no Congresso Brasileiro de Cincias do Esporte, realizado em setembro de 1997 em Vitria/Esprito Santo, foi apresentado um relatrio por Castellani Filho e Taffarel dentro do qual identificaram a existncia de 3 grandes correntes de pensamento na Educao Fsica: a. Uma, com traos eminentemente positivistas, ainda impregnada do vis da neutralidade da cincia (relacionada com o modelo da Aptido Fsica e do Esporte Rendimento); b. outra de carter cientificista e historicista5 onde o contexto scio-histrico ou subestimado ou relativizado, e; c. em posio de minoria, a discusso da cincia e da Educao Fsica no mbito da dialtica materialista-histrica das suas relaes de produo, na atualidade, nas relaes capitalistas.

Contrariamente s abordagens anteriores esta perspectiva epistemolgica considera o trabalho humano e a prxis social fundamentos essenciais para a construo do crebro, dos processos de pensamento e da conscincia humana e, portanto, do carter social irredutivelmente histrico do seu produto: o conhecimento. Em outras palavras, para esta perspectiva a essncia humana alm de no ser fruto de uma abstrao criada pelos indivduos isolados , na realidade, fruto histrico do conjunto das nossas atividades humano sociais. Em resumo, a essncia humana - onde se localiza a ao cognitiva que nasce da prtica do ato de conhecer - a soma das foras de produo da vida, que todos enfrentamos e que esto historicamente construdas. A partir da utilizao da perspectiva epistemolgica "-c-", Castellani Filho (1999) identificou uma srie de propostas metodolgicas de ensino da Educao Fsica com suas respectivas concepes de educao e sociedade, tomando como referncia a literatura surgida no final dos anos 1980 e meados dos anos 1990. A partir da proposta de Castellani Filho (1999), Celi Taffarel (op. cit.) apresentou uma ampliao da mesma a partir do reconhecimento das principais contribuies tericas dos autores pesquisados, tal como apresentado no quadro 2, a seguir:

Para Taffarel6, as abordagens no propositivas e propositivas relacionam-se com a abrangncia das proposies tericas e metodolgicas que cada uma das abordagens existentes apresenta para o trato com o conhecimento e a sistematizao e organizao dos processos de trabalho pedaggicos, que incluem a avaliao, para viabilizar ou no, proposta concretas de s ensino-aprendizagem na Escola. Segundo a autora, um campo acadmico pode ser delimitado a partir de trs critrios de anlise utilizados para identificar metodologicamente as naturezas: filosfica, poltica e pedaggica do mesmo. Tais critrios foram identificados ao estudar a produo de conhecimento de grupos, ncleos e laboratrios de estudos e pesquisas da rea, publicaes em revistas, livros e propostas curriculares das secretarias estaduais e municipais de educao, assim como nos planos e programas de ensino dos Cursos de Licenciatura em Educao Fsica. O primeiro critrio diz respeito localizao de possibilidades explicativas histricas de proposies epistemolgicas que podem ser apreendidas a partir da considerao do que cincia, e o que Educao Fsica e seu objeto de estudo 7. O segundo critrio a direo poltica do processo de formao humana assumido no interior de cada abordagem de ensino e que pode ser apreendida na anlise das propostas

curriculares, tanto da formao inicial quanto na formao continuada, e suas relaes com um dado projeto Histrico de sociedade, subjacente a tais propostas. O terceiro critrio refere-se s categorias que fundamentam terico-metodologicamente cada uma das abordagens propostas, as quais podem ser identificadas e descritas por meio do estudo das prticas pedaggicas que propem: a) no processo de trabalho pedaggico institudo; b) nas formas de organizao e sistematizao dos saberes que defende e mi istra n com seus respectivos objetivos de ensino e, c) pela proposta de avaliao que defendem na sua estrutura curricular. A partir da anlise dessas indagaes ser possvel, ento, identificar e desvendar que fundamentos ontolgicos e epistemolgicos caracterizam os Projetos Histricos e seus respectivos Projetos Poltico-Pedaggicos explicita ou implicitamente descritos em cada uma das abordagens propostas no campo acadmico denominado Educao Fsica.

Abordagens recentes do ensino da Educao Fsica escolar Segundo Bssoli de Oliveira8, na atualidade podem ser encontradas as seguintes metodologias do Ensino da Educao Fsica, considerando que o ensino vem, historicamente, buscando organizar meios e formas metodolgicas que sejam colocadas em prtica para o atendimento das exigncias que permeiam o mesmo (OLIVEIRA, 1997). Estudos desenvolvidos pelo mesmo Oliveira (1988; 1992), Bracht (1989; 1992), Guilhermeti (1991), Kunz (1991; 1994) e outros, procuraram demonstrar que as denominadas Ten dncias Metodolgicas de Ensino da Educao Fsica so propostas que, em vrios casos, sucumbiram antes mesmo de serem testadas e colocadas efetivamente em prtica devido a vrios fatores dentre os quais podem ser encontrados: a falta de preparo dos professores para o enfrentamento de novas estratgias metodolgicas; a falta de interesse em estimular novas abordagens metodolgicas; a condio de refratrio do conhecimento que os docentes assumem no ensino; a estabilidade empregatcia que os docentes tm dentro do sistema educacional e do medo da instabilidade frente a novos contedos e estratgias metodolgicas (OLIVEIRA, 1997). Entretanto, mesmo frente a este quadro de dificuldades e incertezas na apresentao de propostas metodolgicas, a rea da Educao Fsica tem, nos ltimos anos, procurado criar estratgias e apresentar novas formas reflexivas do entendimento e aplicao da Educao Fsica na escola. Este esforo, mais uma vez, vemos que tem sido pequeno frente aos problemas gerais que a rea possui em relao ao entendimento de toda a comunidade sobre a Educao Fsica. Infelizmente, a Educao Fsica entendida como ativid ade dentro do processo educacional, resolvida como uma prtica sem interesse para a formao integral dos educandos e assim por diante (OLIVEIRA, 1997). Para esse mesmo autor, a Educao Fsica conta na atualidade com quatro propostas de destaque: as Metodologias do Ensino Aberta; Construtivista; Crtico-Superadora e Crtico-Emancipatoria. Os dados apresentados a seguir foram coletados e descritos por Oliveira (1997) a partir de uma srie de respostas oferecidas pelos prprios idealizadores ao autor.

Metodologia do Ensino Aberto Idealizadores: Reiner Hildebrandt & Ralf Laging (Alemanha) e Grupo de Trabalho Pedaggico (Brasil).

Referencial Terico y y y Teoria Sociolgica do Interacionismo Simblico (Mead/Blumer). Teoria Libertadora (Paulo Freire). Interacionismo Simblico (Blumer).

a. O atributo simblico justificado pela premissa de que os homens agem baseados nos significados em relao a coisas e pessoas; b. Estes significados so adquiridos em interaes sociais; c. Estes significados podem ser modificados atravs de processos interpretativos. Berger e Luckman (1985, p. 98) ao falarem dos significados/smbolos afirmam: Os significados institucionais devem ser impressos poderosa e inesquecivelmente na conscincia do indivduo. Como os seres humanos so freqentemente preguiosos e esquecidos, deve tambm haver procedimentos mediante os quais estes significados possam ser reimpressos e rememorizados, se necessrio, por meios coercitivos geralmente desagradveis. Alm disto, como os seres humanos so freqentemente estpidos, os significados institucionais tendem a ser simplificados no processo de transmisso, de modo que uma determinada coleo de "frmulas" institucionais possa ser facilmente aprendida e guardada na memria pelas geraes sucessivas. O carter de "frmula" dos significados institucionais assegura sua possibilidade de memorizao. Objeto de Estudo: O mundo do movimento e suas implicaes sociais. Objetivos Gerais: Trabalhar o mundo do movimento em sua amplitude e complexidade com a inteno de proporcionar, aos participantes, autonomia para as capacidades de ao. Seriao Escolar: Pode ser trabalhada dentro da atual estrutura curricular escolar. Preocupa-se mais em como trabalhar, acessar e tornar significativo os contedos aos participantes. Contedos Bsicos: O mundo do movimento e suas relaes com os outros e as coisas. Enfoque Metodolgico: y y Os contedos so construdos por meio da definio de Temas Geradores e so desenvolvidos promovendo-se aes problematizadoras; As aes metodolgicas so organizadas de forma a conduzir a um aumento no nvel de complexidade dos temas tratados e realiza-se em uma ao participativa, onde professor e alunos interagem na resoluo de problemas e na definio dos temas geradores; O ensino aberto exprime-se pelo estmulo "subjetividade" dos participantes. Aqui entram as intenes do professor e os objetivos de ao dos alunos.

y

O Grupo de Trabalho Pedaggico defende uma aula de Educao Fsica que: a. procura uma ligao do aprender escolar com a vida de movimento dos alunos; b. no olha para o esporte s como rendimento; c. considera as necessidades e interesses, medos e aflies dos alunos, e que no os reduz a condies prvias de aprendizagem motora; d. mantm o carter de brincadeira no movimento e na forma natural dos alunos, isto , que faa com que isso se desenvolva na discusso social; e. considera a relao entre movimento, percepo e realizao; f. possibilite aos alunos a participao em todas as etapas do processo ensinoaprendizagem.

Relao Professor-Aluno: Estabelece-se dentro de uma ao co-participativa que se amplia conforme o amadurecimento e responsabilidade assumida pelos integrantes do grupo. O engajamento, competncia e responsabilidade docente so fatores fundamentais para a efetivao e ampliao das aes pedaggicas no ensino aberto. Avaliao: Privilegia a avaliao do processo ensino-aprendizagem. Livros que tratam do assunto y y y Concepes Abertas no ensino da Educao Fsica (Hildebrandt & Laging, 1986). Viso Didtica da Educao Fsica (Grupo de Trabalho Pedaggico, 1991). Criatividade nas aulas de Educao Fsica (Taffarel, 1985).

Metodologia Construtivista Apesar de o trabalho no ser considerado totalmente construtivista, pelo prprio autor que no gosta de classificao, denominou-se o mesmo como tal por apresentar, dentro da rea da Educao Fsica, a ligao mais prxima a esta metodologia educacional. A pessoa que iniciou esta tendncia foi Emilia Ferreiro, seguida por Ana Teberosky. Hoje, vrios grupos de educadores esto trabalhando nesta tendncia com o propsito de redirecion e aperfeio-la la. Na educao j se trabalha com a linha denominada de scioconstrutivismo, um avano, segundo os educadores, do construtivismo original. Idealizador: Joo Batista Freire (na Educao Fsica). Referencial Terico: Piaget, especialmente com as obras "O nascimento da inteligncia na criana" e "O possvel e o necessrio, fazer e compreender". Tendncia Educacional: Construtivista (com tendncia ao scio-interacionismo socioconstrutivismo). Objeto de Estudo: Motricidade Humana, entendida como o conjunto de habilidades que permitem ao homem produzir conhecimento e se expressar. Objetivos Gerais: Ensinar as pessoas a se saberem corpo. Ou seja, terem conscincia de que so corpo. Mais especificamente seria ensinar as habilidades que permitem as expresses no mundo. Seriao Escolar: Pode ser adaptada ao currculo atual, mas aponta, para alteraes no currculo, inclusive na seriao. Contedos Bsicos: Trabalhar, inicialmente, com a cultura dos prprios participantes, de modo a tornar, o conhecimento significativo. Trabalhar com a educao dos sentidos, educao da motricidade, educao do smbolo. Enfoque metodolgico: Trabalha com a metodologia do conflito. A partir do que o sujeito sabe, sugerir mudanas no contedo, criando o conflito entre o que se sabe e o que preciso ser aprendido. Do conflito viria a conscincia do fazer. Relao Professor-Aluno: Todos participam do processo de construo do conhecimento. Avaliao: Este aspecto necessita ser ainda melhor trabalhado. O autor da proposta no se sente vontade para falar do tema, o que no quer dizer que no o domine, apenas ressalta

que para uma tomada de posio seria necessrio uma dedicao especial ao estudo do mesmo. Livro que trata do assunto y Educao de corpo inteiro (FREIRE, 1989).

Metodologia Crtico-Superadora Idealizadores: Coletivo de Autores (1992). Referencial Terico: Teoria do Materialismo Histrico-Dialtico denominada Crtico-Superadora porque tem a Concepo Histrico-Crtica como ponto de partida. Assim como ela, entende ser o conhecimento elemento de mediao entre o aluno e o seu apreender (no sentido de construir, demonstrar, compreender e explicar para poder intervir) da realidade social complexa em que vive. Porm, diferentemente dela, privilegia uma dinmica curricular que valoriza, na constituio do processo pedaggico, a inteno dos diversos elementos (trato do conhecimento, tempo e espao pedaggico...) e segmentos socia is (professores, funcionrios, alunos e seus pais, comunidade e rgos administrativos...). Objeto de Estudo: Temas inerentes Cultura Corporal do Homem e da Mulher brasileiros, entendendo-a como uma dimenso da cultura. Busca desenvolver a apreenso por parte do , aluno - da Cultura Corporal, como parte constitutiva da sua realidade social complexa. Objetivos Gerais: Desenvolver a apreenso, por parte do aluno, da sua Cultura Corporal, entendendo-a como parte constitutiva da sua realidade social complexa. Seriao Escolar: Prope a estruturao em ciclos de escolarizao: 1 2 3 4 Ciclo: Ciclo: Ciclo: Ciclo: (pr 3a. srie) - ciclo de organizao da identificao dos dados da realidade; (4a 6a srie) - ciclo de iniciao sistematizao do conhecimento; (7a 8a srie) - ciclo de aplicao da sistematizao do conhecimento; (2o grau) - ciclo de aprofundamento da sistematizao do conhecimento.

Contedos Bsicos: So os temas que, historicamente, compem a Cultura Corporal do Homem e da Mulher brasileiros: Jogo / Ginstica / Dana e Esportes. Enfoque Metodolgico: Prope olhar para as prticas constitutivas da Cultura Corporal, como "Prticas Sociais", vale dizer, produzidas pela ao (trabalho) humana com vistas a atender determinadas necessidades sociais. Dessa forma, as atividades corporais, esportivas ou no, componentes da nossa Cultura Corporal, so vivenciadas - tanto naquilo que possuem de "fazer" corporal, quanto na necessidade de se refletir sobre o significado/sentido desse mesmo "fazer". Relao Professor-Aluno: Defende o prevalecer da Diretividade Pedaggica (Snyders). Cabe ao professor explicar, a priori, a intencionalidade de suas aes pedaggicas, pois ela no neutra. Diagnstica (parte de uma leitura/interpretao da realidade, de uma determinada forma de estar no mundo), Judicativa (estabelece juzo de valor) e Teleolgica ( ensopada de intenes, metas, fins a alcanar). Tal ao pedaggica tem no conhecimento sobre a realidade, manifesta pelo aluno, o seu ponto de partida. Como seu horizonte de trabalho pedaggico, tem o de qualificar o conhecimento do aluno sobre aquela mesma realidade - no sentido de dot-lo de maior complexidade -, de tal forma que ela, realidade, a mesma... e diferente!

Avaliao: Privilegia a avaliao do processo Ensino-Aprendizagem. Livros que tratam do assunto y y Metodologia do ensino da Educao Fsica (Coletivo de Autores, 1992). Educao Fsica e Aprendizagem Social (BRACHT, 1992).

Metodologia Crtico-Emancipadora Idealizador: Elenor Kunz (1994). Referencial Terico: Teoria Sociolgica da Razo Comunicativa (Habermas). Objeto de Estudo: Movimento Humano - esporte e suas transformaes sociais. Objetivos Gerais: y y Conhecer e aplicar o movimento conscientemente, libertando-se de estruturas coercitivas; Refuncionalizar o movimento.

Seriao Escolar: No aponta e/ou trabalha alguma proposta neste sentido Contedos Bsicos: O movimento humano atravs do esporte, da dana e das atividades ldicas. Enfoque Metodolgico: Defende a idia de que necessrio que cada disciplina se torne um verdadeiro campo de estudos e de pesquisa. Tambm para a Educao Fsica. Afinal de contas os alunos visitam a escola para estudar e no para se divertir (embora o estudo possa se tornar algo divertido) ou para praticar esportes e jogos (embora esta prtica, tambm tenha a sua importncia). Assim, optou-se por uma estratgia didtica com as seguintes categorias de ao: trabalho, interao e linguagem. Uma aula deve ter como caminho a ser percorrido em seu desenvolvimento: 1. 2. 3. 4. Arranjo material; Transcendncia de limites pela experimentao; Transcendncia de limites pela aprendizagem; Transcendncia de limites, criando.

Relao Professor-Aluno: Fundamenta-se na ao comunicativa problematizadora, visando uma interao humana responsvel e produtiva. Avaliao: Privilegia a avaliao do processo Ensino-Aprendizagem. Livros que tratam do assunto y y Educao Fsica: ensino e mudanas (KUNZ, 1991). Transformao didtico-pedaggica do esporte (KUNZ, 1994).

Consideraes finais

Segundo KUNZ (1994:131) necessrio que cada disciplina se torne um verdadeiro campo de estudos e de pesquisa. Tambm, para a Educao Fsica. Afinal de contas os alunos visitam a escola para estudar e no se divertir (embora o estudo possa se tornar algo divertido) ou para praticar esportes e jogos (embora esta prtica tambm tenha a sua importncia). Nesse sentido, para Oliveira (1997), se desejamos que a Educao Fsica alcance um novo entendimento e aceitao junto a toda comunidade imprescindvel uma retomada de aes metodolgicas e de contedos significativos no contexto escolar. Por outro lado, no contexto das mais recentes Metodologias de Ensino apresentadas, pode ser observada a importncia do papel do professor no processo de organizao dos seus programas de ensino e das aes metodolgicas que dever implementar, as quais exigem conhecimento, compromisso, responsabilidade e competncia para promover o desenvolvimento de um processo ensino aprendizagem crtico e de qualidade. Oliveira (1997) faz questo de destacar no seu estudo que a importncia que o Coletivo de Autores (1992) assumiu ao apresentar na metodologia Crtico-Superadora, de Ensino, ao defender a construo de uma sociedade igualitria, dentro da perspectiva socialista. Tal compromisso scio-poltico est mais claro e explicitado na proposta citada do que nas demais. Contudo, pode-se tambm constatar junto aos demais idealizadores que mesmo sem esse compromisso explcito suas idias voltam-se construo de uma sociedade mais justa e humana. Entretanto, concordando com Oliveira, este nos alerta para o fato de que o professor dev e sempre estar precavido contra vises fantasiosas e ilusrias da realidade educacional, motivo pelo qual cita BETTI (1991:167), para quem: o discurso scio-poltico, que lidera o processo de transformao na Educao Fsica brasileira atual, prope um modelo de personalidade que desenha um homem crtico, criativo e consciente, e os instrumentos disponveis no processo ensino-aprendizagem para acionar tais propostas, so a polarizao em torno da ludicidade, controle interno, no-formalidade, cooperao, flexibilidade das regras, soluo de problemas e honestidade. Pode-se prever um esmorecimento deste discurso se no houver percepo suficiente para acionar esta operacionalizao.

Planejamento coletivo do trabalho pedaggico - PCTP: A experincia de Uberlndia no NEPECC/UFU Consideramos importante ressaltar aqui a existncia da sistemtica de interveno polticopedaggica denominada Planejamento Coletivo do Trabalho Pedaggico - PCTP do Nepecc/UFU, foi criada num contexto de assessoria docente e de organizao de programas de formao continuada, em conjunto com professores e professoras de Educao Fsica das redes pblicas de ensino, a partir do incio dos anos 1990 (MUOZ PALAFOX, 2002)9. A proposta PCTP, dotada de uma concepo e prtica metodolgica de planejamento e de interveno pedaggica cuja finalidade central contribuir para que os professores sejam capazes de formular, sistematizar e implementar propostas curriculares e programas de ensino, esta sendo utilizada nas redes pblicas de ensino e em cursos de licenciatura das cidades de Uberlndia (Minas Gerais) e Goinia (Gois), dentre outras. A professora e pesquisadora da Universidade Federal de Gois, Anegleyce Teodoro Rodrigues apresentou em 2003 durante o XIII Congresso Brasileiro de Cincias do Esporte na cidade de Caxambu (Minas Gerais), uma pesquisa onde, alm de citar que a sistemtica PCTP

transita entre as abordagens Crtico-Superadora (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e Crticoemancipatria (Elenor Kunz, 1994), serve como importante referncia terico-metodolgica para contribuir com o processo de planejamento do ensino; o estudo de necessidades e de problemas observados; a definio de princpios pedaggicos, objetivos, contedos e das metodologias de ensino, assim como da avaliao na rea de Educao Fsica Escolar10. Posteriormente, Hugo Leonardo Fonseca da Silva, no seu artigo Planejamento Escolar e legitimidade da Educao Fsica aps a regulamentao da profisso: profissional - indivduo ou professor da categoria? (2004), afirma que: Na Educao Fsica, h uma experincia significativa na perspectiva do planejamento coletivo/participativo (experincia de Uberlndia), cujo trabalho conjunto entre o NEPECC (Ncleo de Estudos e Metodologias do Ensino da Cultura Corporal) da UFU e Secretaria Municipal de Educao construiu e implementou a proposta do PCTP - Planejamento Coletivo do Trabalho Pedaggico. Essa experincia tem demandado um esforo coletivo na construo de uma proposta que atende concretamente os interesses e necessidades da rede em questo quanto ao ensino da Educao Fsica (SILVA, 2004, p. 79). Para esse autor, o PCTP, apresenta-se como uma perspectiva de planejamento escolar na/para Educao Fsica escolar, na qual a ao poltica, teleolgica, transformadora, teorizada a partir do concreto, so bases de sustentao para uma prtica pedaggica da rea com fins explicitamente democrticos e qualitativos, cuja ao de planejar torna-se uma prtica polticoeducativa (MUOZ PALAFOX e colaboradores, 2000) (SILVA, 2004, p. 79). Baseados numa abordagem crtica de Planejamento de Ensino (MUOZ PALAFOX, 2004), em 1993 foi iniciado um trabalho de pesquisa/assessoria pedaggica junto aos professores de Educao Fsica da Escola de Educao Bsica da Universidade Federal de Uberlndia ESEBA/UFU e da Rede Municipal de Ensino de Uberlndia - RME/UDI, Minas Gerais, em busca da elaborao de um projeto poltico-pedaggico coletivo fundamentado no princpio da formao continuada de educadores. A experincia desenvolvida nesse contexto de trabalho favoreceu o desenvolvimento conjunto de uma sistemtica de planejamento coletivo que, apesar das dificuldades advindas do cenrio poltico e do cotidiano escolar, possibilitou, alm da formao terica dos participantes, a construo de uma proposta curricular denominada Diretrizes Bsicas de Ensino da Educao Fsica para a Educao Bsica, bem como a busca de sua implementao, tanto na ESEBA/UFU, bem como na RME/UDI. Denominada Planejamento Coletivo do Trabalho Pedaggico - PCTP a sistemtica apresenta como princpio fundamental, o estabelecimento de uma relao dialtica entre a teoria e a prtica, tendo em vista a transformao poltico-pedaggica do processo de interveno dos professores de Educao Fsica no contexto escolar. Orientados pela discusso coletiva, no contexto do PCTP foi definido que o planejamento coletivo seria caracterizado como um ato de construo e reconstruo permanente daquilo que denominamos didaticamente de realidade intencionalizada no pensamento e na escrita, cuja finalidade fornecer subsdios tericos e prticos para agir estrategicamente na realidade vivida, tendo em vista a sua transformao (MUNOZ PALAFOX, 2001 p.176). No sendo nossa pretenso, neste momento, descrever e avaliar criticamente a experincia de trabalho coletivo junto aos professores de Educao Fsica Escolar do municpio, a qual pode ser encontrada nas teses de doutorado de Muoz Palafox (2001), Terra (2004) e na dissertaes de mestrado de Andrade (1999) e Amaral (2003), nosso objetivo limita-se, neste trabalho, a enunciar as principais diretrizes, conceitos e procedimentos sistematizados coletivamente no PCTP/EF a partir da reflexo crtica da realidade vivida e do estudo das bases

tericas que fundamentam a prtica do planejamento e da ao pedaggica crtica no contexto da Educao Fsica Escolar.

Diretrizes, conceitos e procedimentos utilizados no PCTP/EF As perspectivas antropolgicas contemporneas dependem de uma luta em dois nveis: primeiro, uma batalha estrutural de mais direta e intensa participao poltica no sentido de abrir caminho para todos e no s para alguns e, segundo, uma guerra de guerrilhas voltada para os atos pequenos e cotidianos de reeducao do homem (MORAIS, 1994, p.94). Antes de proceder apresentao das diretrizes do PCTP/EF, precisamos reafirmar, ainda que possa parecer bvio, que as mesmas devem ser criticamente analisadas com antecedncia, caso se pretenda utilizar essa estratgia de trabalho docente numa determinada realidade social. O motivo desse "alerta" devido ao de que as mesmas no foram pensadas numa perspectiva universalizante de sociedade. A sua construo vem sendo fruto de uma prtica social que, independentemente de refletir as condies e determinantes do pas, apresenta as suas prprias particularidades e peculiaridades geogrficas, polticas, sociais, econmicas e culturais. De acordo com os procedimentos metodolgicos adotados no PCTP, as principais diretrizes implementadas para viabilizar uma proposta curricular de Educao Fsica escolar so: 1. Constituir um espao interinstitucional de trabalho coletivo, mediante a promoo de parcerias entre os/as professores/as das redes de ensino pblico e a universidade, objetivando a construo de uma proposta curricular ampliada, respeitando-se as diferenas e particularidades de cada rede de ensino. 2. Estabelecer uma estrutura de assessoria e/ou orientao pedaggica externa, especializada em Currculo, capaz de contribuir para a elevao da conscincia crtica dos/as professor/as, e lidando com a sua organizao coletiva, uma vez que devemos estimular o pensamento ao entrar em jogo com os conflitos entre as diferentes formas de agir e agir interpretando o real, considerando o inevitvel "choque" com as tradies cristalizadas, as concepes subrepticiamente formadas e os inevitveis e incontrolveis "acordos tcitos" que caracterizam o currculo oculto (SAVIANI, 1995, p.20). 3. Criar espaos de reflexo permanente entre os/as educadores/as para estudar e avaliar tanto as conjunturas nacional e regional bem como dos problemas da cidade, para no restringir o planejamento coletivo ao estudo dos componentes tcnico-prticos, psicolgicos e scio-polticos da Educao. Isto, devido ao fato de que a prtica pedaggica uma totalidade abrangente, que deve integrar esses componentes e outros, como o conhecimento da realidade, a observao, a verificao e a reflexo epistemolgica para tratamento do conhecimento da Cultura, includas aqui, a Cincia e a Filosofia (SARUP, 1986; GIROUX, 1986). 4. Identificar problemas e dificuldades relacionados, direta e indiretamente, prtica pedaggica por meio da aplicao de diagnsticos de rea realizados periodicamente. 5. Criar calendrios anuais de eventos para a realizao de atividades de formao, contando com a participao de especialistas nas reas de Educao e Educao Fsica de outras localidades do pas, para refletirem e debaterem sobre o trabalho realizado no PCTP, contribuindo com subsdios terico-prticos durante o processo de construo e implementao da proposta curricular da rea.

6. Construir uma Proposta Curricular de Ensino, cuja funo reorientar os/as professores/as no que diz respeito s polticas cultural e identitria da rea. Em Uberlndia, essa proposta recebeu o nome de Diretrizes Curriculares de Ensino - DCE, por conter, dentre outros assuntos, um guia referencial sobre a realidade social e o saber escolar que pode ser trabalhado no cotidiano escolar, na perspectiva de ensino adotada11. 7. Construir coletivamente Estratgias de Ensino, orientadas para intervir e avaliar criticamente no cotidiano escolar. No que diz respeito a este procedimento, torna-se importante ressaltar que, durante o trabalho desenvolvido com os/as educadores/as envolvidos/as no processo entre 1996 e 1998 (MUOZ PALAFOX, 2001) tornou-se consensual a idia de admitir que, para alm dos diversos sentidos/significados atribudos na teoria palavra metodologia, esta tem significado, basicamente, o ato de identificar objetivos de ensino (geralmente estabelecidos12), seguidos da busca de alguma proposta de aula previamente estruturada numa sucesso de operaes/atividades para, em seguida, adequ-la e reproduzi-la na sala de aula. Isto, com a finalidade de alcanar o(s) objetivo(s) pretendido(s), independentemente da abordagem pedaggica que, na perspectiva do professor, encontra-se subjacente a sua prtica docente13 . Infelizmente, essa atitude habitual de planejar o ensino, reproduzindo objetivos e estruturas predeterminadas de aula, alm de continuar muito presente entre muitos/as professores/as, tem anulado, em grande parte, a sua capacidade de criao, uma vez que este potencial cerceado pela prdefinio dos rumos que apontam tais propostas de aulas, as quais que podem ser encontradas com certa facilidade na literatura especializada. Percebido esse "vis", a busca de sua superao tem implicado no PCTP/EF a necessidade de estabelecer alguns "acordos conceituais" entre os/as professores/as, como procedimento inicial necessrio para a construo, implementao e avaliao coletiva de Estratgias de Ensino: o Mtodo/Metodologia: Caminho a ser seguido num sentido amplo. Relacionado a um determinado pensamento lgico (indutivo/dedutivo) ou a uma corrente epistemolgica (positivista, dialtica, fenomenolgica, etc.); Estilo/Tcnica de Ensino: Sucesso de operaes/atividades seqencialmente estabelecidas para alcanar objetivos educacionais. Pela sua estrutura, um estilo/tcnica de ensino apresenta um carter de aplicao universalizante, uma vez que pode ser utilizado no tratamento de diferentes temas de ensino, dependendo de suas caractersticas e finalidades especficas. Estratgia de Ensino: Planejamento de um processo de ensino (onde, com que, quando e como), orientado para alcanar uma ou vrias competncias educacionais. Uma Estratgia de Ensino pode conter um ou mais Estilos/Tcnicas de Ensino para atingir os objetivos desejados.

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A sua realizao pressupe: d. Identificao dos materiais didticos e do nmero de aulas disponveis para se implementar a Estratgia de Ensino.

e. Identificao e estudo da zona de desenvolvimento potencial e real dos estudantes alvos da estratgia. f. Identificao de princpios pedaggicos relacionados /s teoria/s de aprendizagem subjacente/s Estratgia de Ensino utilizada.

g. Elaborao de um Seqenciador de Aulas (SA) e de uma Unidade de Avano Programtico (UAP) das aes propostas aula por aula, incluindo possibilidades de variantes14 . Torna-se importante destacar que o momento de orientao para sistematizar por escrito as aes previstas numa Estratgia de Ensino criada e vivenciada por um ou vrios professores, representa, em nossa opinio, uma das atividades mais interessantes do PCTP/EF. De acordo com o nvel de compreenso que cada professor alcana em relao s Diretrizes Bsicas de Ensino propostas, so observadas diferenas nos procedimentos adotados para elaborar e implementar Estratgias de Ensino. Por exemplo, h quem opta por registrar as aes da Estratgia, primeiro, para depois experiment-las. Outros/as preferem descrever os objetivos, seguido da construo de um esquema bsico de atividades. Por esses motivos, foi surgindo a idia da criao do SA e da UAP. Entretanto, quando se procede a sistematizar de forma escrita uma determinada Estratgia previamente vivenciada pelo professor ou no, foi percebida uma curiosa situao. Alguns dos professores que optam por escrever as aes da Estratgia encontram, freqentemente, dificuldades para associar as aes propostas aos objetivos de ensino inicialmente idealizados. Por outro lado, encontramos, tambm, vrios casos, entre aqueles professores que estabeleceram previamente os seus objetivos de ensino, onde foi apresentada dificuldade para traduzir por escrito as aes que executaram em sala de aula por no conseguir explicar, com detalhes, as atividades desenvolvidas na Estratgia luz dos objetivos inicialmente traados. Por estes motivos, dependendo da "lgica de pensamento" de cada professor, a orientao do processo de escrita de uma estratgia de ensino pode comear utilizando-se, tanto um SA quanto uma UAP. h. Para alm do planejamento, durante o processo de implementao de uma Estratgia de Ensino, elaborao e preenchimento de um Registro de Contingncias tendo em vista a sua utilizao como instrumento avaliativo para a modificao e/ou recriao coletiva da estratgia entre os professores que a experimentaram em seu prprio campo de vivncia docente. Contingncia entendida no PCTP/EF como sendo uma dificuldade que acontece de forma imprevista durante a vivncia de uma estratgia de ensino que exige, naquele momento, uma tomada de deciso imediata.

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Preparao e aplicao do instrumental de avaliao e auto-avaliao do ensino, por parte dos estudantes, incluindo consideraes/sugestes sobre o processo vivenciado.

Os instrumentos criados, para atender s necessidades da sistematizao das Estratgias de Ensino no PCTP/EF, tm como objetivo que os professores compartilhem suas experincias e reflitam a sua prtica, exercitando, dentre outros aspectos, o ato da escrita daquilo que vivenciado na sua realidade concreta. Por esse motivo, tais materiais receberam o nome de Instrumentos de Mediao Comunicativa (IMC). Pela funo atribuda aos IMC, esses instrumentos vm sendo criados, testados e reformulados continuamente at conseguir, pela via do acordo coletivo, a definio de formatos capazes de satisfazer as suas finalidades. Longe de serem considerados instrumentos burocrticos, geralmente utilizados para demonstrar ao supervisor pedaggico da escola que o professor realizou o planejamento do ensino, a funo dos IMC foi facilitar os processos coletivos de produo/troca de saberes, de reflexo crtica e de comunicao docente para: j. k. l. refletir e avaliar coletivamente as conseqncias das decises tomadas; analisar como reagem os/as alunos/as; ver se os contedos selecionados so factveis para um certo ciclo de ensino por meio da comparao das experincias; m. iluminar o processo de tomada de decises ou a reviso das decises j tomadas para reformular e/ou atualizar as Estratgias de Ensino experimentadas; n. obter subsdios da prtica pedaggica que, junto teoria, permitam a construo de novas Estratgias.

Construir, avaliar e reformular coletivamente os Planos Anuais de Educao Fsicos (PAEF's) desenvolvidos para implementar as Diretrizes Curriculares e o Plano de Ensino da rea, o qual deve estar vinculado tanto s Diretrizes Curriculares da Rede de Ensino, bem como ao Plano Anual da Escola, este ltimo, instrumento de implementao do Projeto Poltico-Pedaggico de cada recinto escolar. Seus objetivos so: Comunicar os problemas e dificuldades mais importantes, apresentando idias e/ou propostas para a sua superao, de acordo com a realidade escolar. a. Apresentar de forma sistematizada os princpios metodolgicos de ensino, as teorias de aprendizagem utilizadas e, principalmente, as Estratgias de Ensino desenvolvidas e sistematizadas pelos professores/as em seus prprios campos de vivncia docente. Em resumo, a construo coletiva de Estratgias de Ensino e de Planos Anuais de trabalho vem tornando-se uma dinmica de planejamento coletivo til para ajudar a ensaiar e comparar a colocao em prtica de um currculo j decidido (SACRISTN e GMES, 1998). .

Criao, nas unidades escolares, de Coordenaes de rea de Educao Fsica - (CAEF's) para organizar conjuntamente com os/as pedagogos/as, as aes de planejamento coletivo e da prtica pedaggica, quando a escola contasse com mais de trs professores/as de Educao Fsica. Criao de espaos alternativos de trabalho e estudo para promover a sistematizao das reflexes e das estratgias implementadas e avaliadas coletivamente entre os/as professores/as, vislumbrando a perspectiva objetiva de tornarem-se pesquisadores/as em ao. Nesse sentido, foi criado o Simpsio de Estratgias de Ensino em Educao/Educao Fsica Escolar devido, dentre outros aspectos, ao fato de que, desde 1996, apesar dos problemas encontrados no cotidiano escolar, vem sendo observado um aumento do interesse e envolvimento no campo da produo de conhecimento entre aqueles/as educadores/as que decidiram orientar seu trabalho docente para a pesquisa educacional. Na qualidade de atividade estratgica do PCTP, o Simpsio de Estratgias de Ensino em Educao/Educao Fsica Escolar, foi projetado para ser implementado em cinco grandes momentos interligados entre si: O primeiro momento do processo destina-se orientao dos professores interessados em sistematizar, durante o ano letivo, as suas Estratgias de Ensino, seguido da transformao em trabalhos escritos para serem avaliados e apresentados no Simpsio, conforme os seguintes eixos temticos: 1. 2. 3. 4. 5. Introduo Escola e Educao Fsica; Jogo, Aprendizagem Scio-Crtica e Multiculturalismo Crtico; Esporte, Indivduo e Sociedade (Teoria e Prtica); Expresso Corporal, Aprendizagem Scio-Crtica e Multiculturalismo Crtico; Exerccio, Lazer e Qualidade de Vida.

O segundo momento consta de reunies mensais com os grupos de professores/as das instituies envolvidas no PCTP, para definir a equipe coordenadora do evento e planejar, programar e divulgar o Simpsio, local e regionalmente. O terceiro momento corresponde realizao do Simpsio, com 2 ou 3 dias de durao, contando, aps a realizao das inscries dos participantes, de uma Solenidade de Abertura, de Oficinas Pedaggicas, de apresentaes das Estratgias de Ensino por parte dos professores envolvidos no PCTP/EF ou no, na forma de comunicaes orais ou relatos de experincia, assim como de 3 ou 4 conferncias magnas. O quarto momento destina-se avaliao do Simpsio, a partir das criticas e sugestes levantados pelos participantes. No quinto momento o coletivo de professores envolvido no processo, procede elaborao de uma Revista Especial de Educao Fsica, onde so apresentados, dentre outros, os artigos correspondentes s comunicaes orais e aos relatos de experincia apresentadas pelos professores da ESEBA/UFU, da RME/UDI. Fazem tambm parte da Revista os artigos das comunicaes orais apresentados por professores de outras instituies no vinculados experincia de Uberlndia. O sexto e ltimo momento do processo, consiste em atualizar o "sitio" do Ncleo de Estudos em Planejamento do Ensino e da Cultura Corporal - Nepecc/UFU, com as atividades e artigos apresentados durante o simpsio (www.faefi.ufu.br/nepecc). A finalidade divulgar as aes desenvolvidas procurando-se com isto, contribuir com o reconhecimento e a valorizao da Educao Fsica no contexto pblico escolar do municpio de Uberlndia e regio.

Como parte das suas atividades, o NEPECC/UFU est envolvido em processos de desenvolvimento de novas tecnologias para promover a formao continuada dos professores de Educao Fsica, assim como em processo de aprimoramento, ampliao e atualizao, constante dos fundamentos filosficos, pedaggicos e metodolgicos do PCTP.

Notas:1. 2. Para maior compreenso sobre o termo utilizado, leia -se o artigo de Dermeval Saviani "A pedagogia histrico-crtica e a Educao Escolar". In: Pensando a Educao, So Paulo, UNESP, p.23 -33, 1989. Na atualidade, alguns expositores da filosofia contempornea defendem a idia de no utilizar mais o referencial que oferece o estudo da realidade no contexto das correntes idealistas e materialistas da histria, por entender que este tipo de leitura, apresenta um carter dicotomizado associado lgica da racionalidade instrumental. Entretanto, consideramos que este tipo de anlise, reflete, no nosso entendimento, um forte desconhecimento sobre o sentido/atribudo a estas correntes por Marx e Engels, principalmente no que diz respeito s noes de idealismo e mat erialismo. Noes estas que, longe de serem antagnicas ou dicotomizadas, so dialeticamente complementares. Somente para ilustrar, ao tratar do que Marx e Engels consideram o problema cardeal de toda filosofia, estes fizeram uma diviso dos filsofos entre idealistas e materialistas, a partir da idia que Marx exps no Posfcio da segunda edio alem de O Capital: "Los filsofos se dividan en dos grandes campos, segn la contestacin que diesen a esta pregunta. Los que afirmaban el carcter primario do e spritu frente a la naturaleza, y por tanto admitan, en ltima instancia, una creacin del mundo bajo una u otra forma (y en muchos filsofos, por ejemplo en Hegel, la gnesis es bastante ms embrollada e imposible que en la religin cristiana), formaba en el campo del idealismo. Los otros, los que reputaban la naturaleza como lo primario, figuran en las diversas escuelas de materialismo" (Engels, F. Ludwig Feuerbach y el fin de la filosofia clasica alemana. . Acesso em 19/11/2004). Bracht et al (1992) representam um grupo de autores que, na rea da Educao Fsica, so mais conhecidos como "Coletivo de Autores". Geralmente essa terminologia a referncia utilizada para o livro "Metodologia do ensino da Educao Fsica" (Cortez: So Paulo, 1992). As razes so muitas e diversas. Vo desde a presso do contexto cultural e do imaginrio social da EF, que persiste e reforado pelos meios de comunicao de massa, at o fato de que a formao dos atuais professores de EF ocorreu em cursos de graduao cujo c urrculo ainda fora inspirado no referido paradigma, passando pelo fato de que as pedagogias progressistas em EF ainda esto em estgio inicial de desenvolvimento (BRACHT, 2007). Segundo a Epistemologia, uma abordagem cientificista e historicista enfatiza e busca assegura a noo de cientificidade de determinada teoria ou prtica social, tal como a Educao Fsica, ignorando a raiz, a gnese das suas origens. Isto descola do seu nascedouro as concepes, teorias elaboradas, argumentaes e proposies explicativas da das condies concretas da existncia humana, isto da prxis onde esta abordagem surgiu com suas respectivas contradies de classe social, gnero, raa, etnia, opes sexuais etc. Esta atitude, denominada nas cincias sociais com o nome de Reificao, ao provocar o deslocamento do sentido atribudo a determinadas prticas sociais, tais como a educao e a cincia, da esfera scio-histrica, traz como conseqncia a apreenso de uma viso de mundo carente de reflexibilidade histrica que reduz estas a um relativismo social que implica a emisso de juzos de valor descontextualizados da realidade social complexa. Prtica pedaggica e produo do conhecimento na formao profissional na rea de educao fsica & esporte no nordeste do Brasil: um estudo a partir da avaliao institucional na UFPE. http://www.educacaoonline.pro.br/pratica_pedagogica.asp?f_id_artigo=373. Acesso em 21/03/2007. A questo da identidade da Educao Fsica to ampla hoje, que podem ser encontrados na literatura inmeras denominaes com os seus respectivos princpios e fundamentos, tais como: Educao Fsica/Cincia do Movimento Humano; Cincia da Motricidade Humana; Cincia das Atividades Corporais; Cincia do Treino Corporal; Cincias do Esporte; Educao Fsica co mo Arte da Mediao; Educao Fsica como uma Filosofia das Atividades Corporais; Educao Fsica enquanto Pedagogia dentro de um Projeto Antropolgico; Educao Fsica enquanto Campo Acadmico e de Vivncias Sociais; Educao Fsica enquanto campo da Cultura Corporal cujo objeto de estudo no interior da escola a expresso corporal como linguagem etc. OLIVEIRA, Amauri A. B. de. Metodologias emergentes no ensino da Educao Fsica. Revista da Educao Fsica / UEM, Maring, Brasil, v.1, n.8, p. 21 -27, 1997. Para conhecer a proposta do Nepecc/UFU, consultar o item FUNDAMENTAO no portal do Ncleo: "http://www.nepecc.faefi.ufu.br". Rodrigues, Anegleyce Teodoro. Didtica e prtica de ensino no contexto da formao de Educao Fsica: a experincia da FEF/UFG. Anais do XIII CONBRACE (Recurso eletrnico): Caxambu, 2004 - (arquivo GTT5-co15.pdf). Estudando a parte da Teoria do Currculo, que trata do contedo de ensino, possvel identificar que os temas curriculares apresentam diferentes nveis de generalid ade. No sistema educativo abordam-se problemas curriculares gerais ou macrocurriculares, como dizem Tanner e Tanner (1980, p.162), referentes estrutura de todo o currculo no seu conjunto. So os problemas que tradicionalmente foram tratados desde a filosofia da educao, da sociologia e da didtica geral. Dentro dessas perspectivas globais se incluem problemas microcurriculares relacionados com cada matria ou disciplina em particular, que o que em nosso contexto deu contedo didtica especial (SACRI STN e GMES, 1998, p.123). Nesse trabalho, tambm percebemos que vrios/as professores/as apresentam dificuldades prticas para traduzir as suas intenes de ao ou as prticas de ensino vivenciadas na escola, na forma de objetivos escritos. Um exemplo dessa situao foi identificado em 1994, no momento em que foi utilizado, no contexto do PCTP/Uberlndia, o livro que trata da abordagem Crtico -Superadora da Educao Fsica (BRACHT et al,

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1992). Depois de analisar um determinado objetivo de ensino, a te ndncia dos/as professores/as era procurar viabiliz-lo, encaminhando-se a um captulo encontrado no final do livro, que prope como estruturar uma aula de Educao Fsica (p.87 -91). Depois de analisada criticamente essa proposta, observamos que a mesma ap resentava uma semelhana estrutural muito grande com a dinmica construtivista de ensino orientada para a estimulao do "conhecimento fsico" no contexto da Educao Infantil (KAMII e DEVRIES, 1985, p.63 -7). No Seqenciador de Aula esto contidos os objetivos gerais e especficos da Estratgia de Ensino, assim como uma descrio resumida das operaes que sero realizadas aula por aula.

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