Abra Os Meus Olhos Senhor - Gary Oates e Robert Paul Lamb

80

Transcript of Abra Os Meus Olhos Senhor - Gary Oates e Robert Paul Lamb

Abra Os Meus Olhos, SenhorUm Guia Prtico Para Visitaes Angelicais e Experincias Celestiais

GARY OATEScom

Robert Paul Lamb

Ttulo original: Open My Eyes, Lord Copyright 2004 by Gary R. Oates Traduo: Anita Ventura F. de Souza Reviso: Vera Lcia Ventura C. Frazillio Foram utilizadas as seguintes verses do evangelho: "Almeida, Corrigida e Fiel - ACF" e "2 ed. Almeida, Revista e Atualizada". 1 Edio no Brasil - 2006 Casa de Davi Publicaes 011a Oates, Gary Abra os meus olhos, senhor: um guia prtico para visitaes angelicais e experincias celestiais/Gary Oates com Robert Poul Lamb. - Londrina: Midiograf, 2004. - 140p. ISBN: 85-99986-01-5 1. Experincia espiritual. 2. Missionrios - Relatos. 3. Oates, Gary. I. Lamb, Robert Paul. II. Ttulo. CDD - 289.95092 Digitalizado por:

Dedicatria minha linda esposa, Kathi, que j passou por "altos e baixos" comigo, minha companheira, ajudadora e melhor amiga. Aos meus pais, Harmon e Ruby Oates, que foram recolhidos para estarem com o Senhor... Por todos os anos de encorajamento, apoio e, em especial, pelas incessantes oraes.

E orou Eliseu, e disse: SENHOR, peo-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moo, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. 2 Reis 6:17

ndiceCrditos.................................................................................................................5 Comentrios..........................................................................................................5 Prefcio.................................................................................................................8 Prlogo................................................................................................................11 Introduo...........................................................................................................13 Captulo 1............................................................................................................15 A ORAO.........................................................................................................15 Captulo 2............................................................................................................18 "PARA CIMA MELHOR..."...............................................................................18 Captulo 3............................................................................................................24 "DEUS, EU QUERO MAIS DE TI..."...................................................................24 Captulo 4............................................................................................................29 ANJOS NO RIO E EM ATLANTA.......................................................................29 Captulo 5............................................................................................................39 A MINISTRAO DOS ANJOS..........................................................................39Interveno Angelical..............................................................................................................39 Nmeros de Anjos..................................................................................................................40 Uma Ministrao de Conforto e Fora.....................................................................................41 Os Anjos e a Cura...................................................................................................................43 As Asas dos Anjos..................................................................................................................45 Os Anjos e o Fogo de Deus....................................................................................................46 Uma Experincia no Brasil......................................................................................................46 Vises de Anjos na Bblia.......................................................................................................47 Exemplos do Novo Testamento..............................................................................................49 Sinais, Maravilhas & Anjos......................................................................................................51

Viajando com Anjos................................................................................................................52 Perguntas e Respostas...........................................................................................................52

Captulo 6............................................................................................................54 VERDADEIRA INTIMIDADE COM DEUS..........................................................54Uma Palavra do Cu...............................................................................................................56 Elias & Eliseu..........................................................................................................................57 Jac & o Anjo..........................................................................................................................58 Jesus & os Discpulos.............................................................................................................58 Um Obstculo contra a Intimidade..........................................................................................59 Outros Obstculos..................................................................................................................61 Examine-se.............................................................................................................................62 Salmos 46:10..........................................................................................................................63 O 'Clube da Marta'..................................................................................................................64 Um Pedido de Intimidade........................................................................................................65

Captulo 7............................................................................................................66 A ORAO DE ROMANOS 6:13.......................................................................66Entendendo Romanos 6:13.....................................................................................................67 Orando Romanos 6:13............................................................................................................69 Orao Pelos Nossos Olhos...................................................................................................69 Orao Pelos Nossos Ouvidos................................................................................................70 Orao Pela Nossa Boca........................................................................................................70 Orao Pelo Nosso Nariz........................................................................................................71 Orao Pelas Nossas Mos....................................................................................................72 Orao Pelos Nossos Ps......................................................................................................72 Orao Pelo Nosso Corao...................................................................................................73 Orao Pela Nossa Mente......................................................................................................74 Orao Por Todo o Nosso Ser................................................................................................75 Uma Observao Pessoal.......................................................................................................75

Captulo 8............................................................................................................76 ORAO DE TRANSFERNCIA DE UNO!..................................................76A Orao................................................................................................................................76 Um Pedido..............................................................................................................................77 ORAO DE SALVAO......................................................................................................78 SOBRE O CO-AUTOR............................................................................................................79

CrditosRandy Clark - por acreditar em mim e dar-me a oportunidade de tocar as naes da Terra e, tambm, pelas muitas oraes de transferncia de uno. Heidi Baker - por me inspirar a tornar-me um amante apaixonado por Deus. Henry Madava - por permitir que o Esprito Santo trabalhasse atravs dele, impactando minha vida poderosamente. Mike Shea - por seu ensinamento sobre Romanos 6:13, versculo chave para todos os eventos marcantes que ocorreram em minha vida. Davi Silva - por ser um pioneiro nessa dimenso espiritual de encontros celestiais e pela transferncia de uno que recebi dele. Robert Paul Lamb - meu amigo de longa data que me ajudou tanto, em vrios momentos, a fazer com que esse livro se tornasse realidade. Obrigado por sua habilidade com a escrita e, em especial, por buscar diligentemente a Deus durante todo o processo.

ComentriosO novo livro de Gary Oates, Abra Os Meus Olhos, Senhor, , literalmente, cativante. Alm de ser teologicamente confivel, tambm encantador. Esta uma histria que no se contenta em permanecer nas pginas de um livro. Ela contm o prprio corao de Deus, incendiando tudo o que toca. De certa forma, os encontros de Gary com o Senhor afetaram a minha fome por mais de Deus. Leitor, ateno! Essa busca contagiosa!Bill Johnson, Pastor Igreja Bethel Califrnia, EUA. Autor de "Quando O Cu Invade A Terra"

Recomendo o livro de Gary sobre seu arrebatamento, ministrio e funo dos anjos. Creio que, durante sua leitura, voc receber uma transferncia de uno tremenda para ver no Esprito. Deus abrir seus olhos como abriu os olhos do servo de Elias para ver o reino do Esprito. Uma sede sobrenatural de ir mais fundo nas coisas espirituais ser gerada.Todd Bentley Presidente do Ministrio Fresh Fire Conferencista Internacional

No conseguia largar este livro incrvel! Ria e chorava, enquanto o Esprito Santo me tocava atravs destas histrias ungidas. Se quiser uma vida mais profunda no Esprito, esse livro para voc! As histrias de encontros angelicais iro gerar um anseio por suas prprias experincias e voc ser abenoado.Heidi Gayle Baker, Ph.D. Diretora do Ministrio ris Co-autora de There's Always Enough (H sempre o suficiente)

Uma cpia deste livro veio parar em minhas mos numa tarde de domingo, quando voltava para minha casa na Flrida. Prometi a Gary que tentaria dar uma olhada no livro dentro de alguns dias. Comecei a l-lo durante meu momento de descanso, naquela noite. Fui to cativado pelas pginas, que cheguei pgina sessenta e cinco antes de ir para cama. Terminei a leitura no dia seguinte. Muitos fatores foram uma bno para mim, mas o estudo bblico a respeito do ministrio angelical fez-me chorar. No era tudo novidade, mas, em meio dor de ter perdido minha esposa h menos de noventa dias, havia me esquecido da preciosa ministrao dos anjos. Naquela noite, por causa de um simples reconhecimento da disponibilidade deles, recebi o conforto da presena angelical. Obrigado, Gary, por nos deixar fazer parte de suas experincias constantes no mundo normalmente invisvel!Jack R. Taylor Presidente do Ministrio Dimensions Flrida, EUA.

Se voc est procurando um livro que o conduza Presena de Deus, acaba de encontr-lo! "Abra os Meus Olhos, Senhor" revela a paixo e a experincia de Gary Oates, que v o mundo invisvel. Isso resultou num viver "sobrenatural" natural. Quando leio um livro, procuro a vida do Senhor na experincia e na expresso do autor. O testemunho de Gary Oates fez-me cair de joelhos com um clamor desesperado, "Abra os Meus Olhos, Senhor".Leif Hetland Presidente da Global Mission Awareness Conferencista Internacional

Desde os tempos de Apocalipse 4:1 (quando o Senhor disse ao apstolo Joo, "Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer...'), a Igreja recebe o convite para subir cada vez mais alto e

ir cada vez mais fundo no mundo espiritual. Gary Oates est abrindo o caminho neste livro para que muitos faam exatamente isso. "Abra os Meus Olhos, Senhor" foi uma leitura empolgante que me fez ansiar por mais do mundo espiritual. Deus est verdadeiramente abrindo nossos olhos em nossos dias. Obrigado, Gary, por estar disposto a sair de sua zona de conforto e chegar at as aventuras desconhecidas do reino espiritual.Michael Ellis Ministrio Nehemiah Gergia, EUA.

Este livro abre, surpreendentemente, os olhos e os ouvidos de um verdadeiro filho de Deus. Ao mesmo tempo em que cativa o leitor, leva-o a sentir a grandeza de Deus. Tambm gera ousadia na presena do sobrenatural. O resultado uma maior sede de Deus. Recomendo a leitura deste livro a lderes e leigos.Henry Madava Pastor da Victory Church Kiev, Ucrnia

Conhecemos Gary e Kathi na viagem do ministrio Global Awakening a Volta Redonda, mencionada no livro. Foi uma grande alegria ver como o Esprito Santo "abriu seus olhos" para ver a realidade invisvel sobre a qual falamos tanto. O testemunho simples e franco de Gary revigorante para aquele que ministra. Gostaramos de encoraj-lo: permita que esse testemunho edifique sua f. No s estamos com eles desde sua experincia transformadora, vendo seus bons frutos, como tambm temos visto o mesmo trabalhar do Esprito Santo na vida de outros. Na verdade, estamos nos aproximando de um tempo no qual teremos muitos "videntes" (*) dentro da Igreja. Oramos para que o Senhor abra seus olhos, tambm!Michael Shea & Davi Silva Casa de Davi Londrina, Brasil

*

Aqueles que vem as coisas espirituais.

Prefcio"Abra os Meus Olhos, Senhor", o novo livro de Gary Oates, um dos livros mais emocionantes que j li. um livro a respeito de santidade e intimidade com nosso Deus Trino; Pai, Filho e Esprito Santo. A busca de Gary por uma vida de santidade e intimidade com Deus foi repassada sua esposa, Kathi. No entanto, sua caminhada com Deus tomou um passo gigantesco frente depois de Gary ter sido arrebatado e ver o Senhor Jesus e ambos, ele e Kathi, terem seus olhos abertos para verem anjos. A histria de Gary bastante incomum e tenho certeza de que haver aqueles que tero dificuldades para aceit-la, mas eu estava l quando tudo aconteceu. Estava ao lado dele, em Volta Redonda, quando a experincia inicial ocorreu. Lembro-me de olhar para ele e pensar que algo diferente estava acontecendo. Estava em transe ou havia passado por algum tipo de experincia. Lembro-me de ver seu corpo voando para trs, derrubando muitas fileiras de assentos e quase derrubando um pastor, no momento em que o esprito de Gary voltou para o seu corpo. Lembro-me de v-lo deitado no cho, tremendo, com os olhos cheios de lgrimas. Posso confirmar essa histria. Sou uma testemunha daquilo que Gary escreveu e muito mais. Ele no contou todas as suas experincias de vises do mundo espiritual. Voc pode pensar que sou crdulo demais e que ns dois fomos enganados. Deixe-me dizer por que acredito na histria de Gary. Estvamos em Manaus, em 2003, ministrando na igreja do apstolo Ren Terra Nova uma congregao de 48.000 membros. O enorme templo comporta 10.000 pessoas. Quase uma semana depois, ainda usvamos o mesmo mtodo de ministrao, orando pelos enfermos e pedindo para os que sentiam, pelo menos 80% da cura, que acenassem com as duas mos. Entretanto, noventa por cento das pessoas afirmaram terem sido curadas durante a ltima noite de culto. O que fez a diferena naquela noite? Aquela foi a noite em que Gary me contou sobre suas vises de anjos de guerra. Tambm foi a noite em que Gary viu tufes de fogo entrarem no templo e ficarem sobre as cabeas das pessoas. A nica diferena que consigo estabelecer entre as 9.000 curas daquela noite e as provveis 500 curas das outras noites foi a anunciada presena dos anjos de guerra e de cura. Se Gary tivesse me contado o que vira e no tivesse havido nenhuma diferena significativa no nmero de curas, eu teria tido

dificuldade em acreditar no que ele pensava que estava vendo. Mas, nesse caso, Gary me contou a viso antes da exploso de curas. Logo, a explicao mais lgica, para mim, que ele realmente v o mundo espiritual. Talvez seja mais fcil para mim, aceitar a histria de Gary porque elas lembram minhas razes espirituais. Um dos eventos espirituais mais importantes na minha famlia foi quando o esprito de minha me foi tirado de seu corpo e levado at o cu. Isso ocorreu quando eu tinha por volta de seis anos de idade. Meu pai estava desviado naquela poca e minha me havia sido tocada de uma maneira to forte que, durante dias, ficou como se estivesse em transe, sussurrando pelos cantos, "Era to lindo, to calmo... No quero ficar aqui. Eu quero voltar." Aquilo mexeu com meu pai. Ele dizia a ela, "Voc no pode ir. Temos trs filhos pequenos e preciso de voc." Mas minha me s chorava, impressionada com a grandeza da glria da experincia que tivera; e se afastava, dizendo, "Eu quero voltar." Durante mais de quarenta anos, ela no conseguia descrever essa experincia sem chorar. Nasci em um lar batista, estudei em uma faculdade batista e, mais tarde, fiz o Seminrio Teolgico Batista Meridional. Apesar de ter tido uma educao batista, cria que evanglicos conservadores podem ter experincias muito sobrenaturais com Deus. Conheci vrios batistas que tiveram tais experincias, antes mesmo de conhecer um pentecostal ou um carismtico. Quando estava para me formar em religio, na faculdade batista, fiz uma pesquisa sobre experincias fora do corpo. Durante o processo, voltei minha cidade natal e entrevistei outras trs pessoas que haviam tido experincias parecidas com a de minha me. Um dos entrevistados era Carlton Brockett, dicono da General Baptist (Batista Geral), igreja da qual minha famlia fazia parte. Li a carta que enviou durante a Segunda Guerra Mundial sobre ter visto o cu se abrindo para ele. Esse homem era muito espiritual e tambm no conseguia falar a respeito de sua experincia mesmo depois de dcadas sem comear a chorar. Depois, foi a vez de sua irm, Hazel Phelps, que tambm era da General Baptist e foi arrebatada enquanto fazia tarefas domsticas. Em meio ao arrebatamento, foi-lhe dito que seu marido por quem orava h mais de 20 anos seria salvo. Sem comentar nada com ningum, ele foi igreja naquela noite e entregou sua vida a Jesus. Durante a pesquisa, conheci dois homens que viram minha me caindo no cho no momento em que foi arrebatada. Saa de uma casa, indo em direo a seu carro, quando foi arremessada at a calada. Os dois disseram que no achavam sua pulsao e ela no respirava. Tambm disseram que seu corpo ficou gelado e que ficou como morta por alguns minutos. Na poca em que os entrevistei, por volta de

dezesseis anos aps a experincia de minha me, eles j haviam se tornado ministros do evangelho. Agradeo a Deus por minha famlia ter tido suas prprias histrias sobre a realidade do mundo espiritual. Nosso cristianismo no estava relacionado somente s verdades de um passado distante. Pelo contrrio: era um cristianismo onde as realidades bblicas ainda eram possveis de acontecer em nossas vidas. Minha av ouviu a voz audvel de Deus dizer que se entrasse em um quarto, seria curada. Ela obedeceu, entrou no quarto, comeou a orar e um inchao enorme na sua tiride desapareceu. Quando ainda era menino, minha av contou que "foi como se uma mo quente tivesse descido pela minha garganta e o inchao desapareceu na hora". A histria de minha av, assim como o ocorrido com minha me, gerou em mim uma sede de conhecer a Deus pessoal e intimamente. Aquele tipo de herana espiritual gerou um desejo em mim de no apenas saber a respeito dEle, mas de ter uma experincia com Ele. Estou feliz por saber que situaes onde se pode senti-Lo, ser visitado por Ele e ouvir Sua voz no so experimentadas somente pelos Pentecostais ou pelos Carismticos, mas que so privilgios de todos os Seus filhos. Estou feliz porque o antigo corinho real: "Venho para o jardim sozinho, enquanto o orvalho ainda est sobre as rosas, e Ele caminha comigo e conversa comigo, e Ele me diz que sou Seu". No aceite conhec-Lo apenas superficialmente, quando temos o privilgio, como Seus filhos, de conhec-Lo mais a fundo. impossvel uma pessoa ler esse livro e no se sentir desesperado por uma experincia ou por um relacionamento mais ntimo com o Senhor. Sei que possuo cime santo da intimidade que Gary tem com Deus. No me satisfao mais em simplesmente sentir a presena dos anjos, quando se aproximam. Eu quero v-los! Quero ver o cumprimento da palavra que recebi h mais de dez anos, "quero que seus olhos sejam abertos para que vejam Meus recursos para ti nas regies celestiais, assim como Eliseu orou para que os olhos de seu servo fossem abertos". Peo-lhe que leia esse livro com seu corao e sua mente abertos. Se assim o fizer, gostaria que concordasse comigo nesta orao: "Abra os meus olhos, Senhor... Quero ver a Jesus... poder tocLo... dizer a Ele que o amo. Abra os meus olhos, Senhor... Eu quero ver. Quero ver Seus recursos celestiais para minha vida. Do mesmo modo que Eliseu orou pelo seu servo, para que seus olhos fossem abertos, peo que os olhos de cada leitor desse livro sejam abertos; assim como oro para que meus prprios olhos sejam abertos. "Em nome de Jesus. Amm".Randy Clark Ministrio Global Awakening Conferencista Internacional Autor de "Acendendo o Fogo"

PrlogoDurante um bom tempo, relutei contra a idia de escrever um livro. Pensava que o testemunho de minhas experincias realmente no seria necessrio e no queria chamar nenhuma ateno por conta de meus encontros celestiais. O foco deste livro no esse. Contudo, fui convencido por muitos do Corpo de Cristo que essa mensagem era necessria, sim. No seria apenas um livro acerca de minhas experincias, mas tambm uma ferramenta de ensino bblico completo, que iria desde uma simples transferncia at o caminhar no sobrenatural de Deus. Se me dissessem antes de junho de 2002 que eu e minha esposa Kathi ministraramos atravs do sobrenatural, ou at mesmo escreveramos um livro a respeito de tais experincias, diria, "vocs esto loucos". Porm, de acordo com tudo o que relembrei sobre minha vida juntamente com meu amigo e co-autor Robert Paul Lamb, uma pequena parte da revelao proftica de Deus sobre ns tem surgido, apontando para o dia em que tudo se tornaria realidade. Por exemplo, escrevi em meu dirio de orao, no dia 24 de abril de 1974, uma palavra recebida do Senhor que dizia: "Verei o mundo espiritual anjos e demnios e a ministrao dos anjos". No dia primeiro de dezembro de 1976, enquanto Kathi e eu visitvamos uma das igrejas que pastorevamos em Gatlinburg, no estado do Tennessee, E.U.A. o profeta sul-africano, Robert Thom, orou e profetizou: "Senhor, peo que lhes d um ministrio sobrenatural que alcanar as multides..." Em julho de 1981, durante um culto de ordenao, um ministro cheio da uno proftica entregou a seguinte palavra para mim: "Filho meu... ser convidado para viajar e ministrar e voc ir, com um grupo de ministros, a fim de ensinar o Corpo de Cristo, no apenas neste pas, mas em outras naes, onde h grande escassez..." Logo aps um jejum de 40 dias, que terminou no dia 20 de junho de 1997, escrevi em meu dirio de orao: "No tenho certeza, mas parece que Deus falou que viajaramos com maior freqncia. Sou introvertido e no sou um bom pregador itinerante, como outras pessoas. No tenho uma personalidade carismtica e, com certeza, no sou cativante e simptico. Mas o Senhor disse que seria mais para ministrar curas e milagres. Eu gostaria que isso acontecesse, mas no tenho certeza". Naquele ltimo dia do jejum, comeou a chover forte e repentinamente, enquanto fazia uma caminhada. Mais tarde, o Senhor disse para mim: "Virei de repente como a chuva. Voc no vai conseguir escapar e saber que sou Eu".

Mesmo depois de comearmos a ter experincias sobrenaturais em 2002 e um ministrio mundial ter sido aberto para ns, eu ainda sofria com meus sentimentos, por achar-me inadequado para uma tarefa to grandiosa. As igrejas de algumas centenas de pessoas que havamos pastoreado anteriormente, no chegavam aos ps das enormes tendas onde estvamos ministrando. Foi durante um tempo de orao no Brasil, com Kathi, Tom Ruotolo e Davi Silva, que fui levado Presena de Deus e Ele falou comigo. "Eu o chamei e Eu o farei", disse o Senhor, enfaticamente. A voz ressoava, forte e rica como nada que ouvira antes. Estremeceu-me at a espinha. Cada palavra parecia penetrar em meu ser. Que alvio! Toda presso foi retirada... toda luta... todos os meus esforos... toda performance imposta por mim mesmo, que a maioria de ns j experimentou. Tudo o que tinha de fazer era confiar em Deus e Ele faria o resto. Tinha, finalmente, resolvido aquele problema com Ele. Deus me chamou e Ele iria fazer o que fosse necessrio para completar aquele chamado. Sou um exemplo vivo de que Deus usa pessoas inadequadas para os desafios incrveis do ministrio. Mas, em minha fraqueza, Ele mostra Sua grande fora. Heidi Baker, que tem sido usada pelo Senhor com grande poder entre as naes, profetizou sobre Kathi e eu, no dia 16 de novembro de 2002: "Daqui exatamente um ano, vocs vero mais frutos do que vocs tm visto nos ltimos vinte anos de ministrio. Escreva isso. Acontecer". Na verdade, Heidi estava errada. No foi preciso esperar um ano. Demorou apenas seis meses! Louvado seja o Senhor! Ele to bom. Sou to grato e privilegiado por ser Seu servo nesta gerao e por testemunhar Suas maravilhas entre as naes da Terra. Estou mais apaixonado por Jesus, agora, do que nunca. Sou insacivel pela Sua Presena. Quanto mais tenho, mais quero. Peo ao Senhor que, a partir desse livro, seja gerado em voc esse mesmo amor por Ele... Que voc suba para um nvel mais alto em seu crescimento espiritual...Gary Oates Gergia, EUA.

IntroduoSe voc j teve a oportunidade de ouvir o testemunho de Gary Oates sobre visitaes angelicais, talvez tenha tido a impresso de que Gary teve uma vida privilegiada, cheia de experincias espirituais profundas e com poucos desafios, conflitos e problemas. Essa impresso estaria longe de ser verdadeira. Gary no foi simplesmente para o Brasil um dia e os anjos se manifestaram imediatamente, levando-o a novas alturas espirituais em seu relacionamento com o Senhor. No. Gary passou por um processo. Um processo longo e benfico que comeou h muito tempo e, recentemente, culminou nessas experincias angelicais no Brasil e, depois, nos EUA. Apesar de ter nascido num lar cristo, onde se seguia risca os ensinamentos bblicos, Gary Oates tinha medo de entregar seu corao para o Senhor. Foi ensinado em meio aos "duelos de espada" batistas competies nas quais o versculo bblico procurado o mais rpido possvel e sabia que o plano de Deus para a vida de um indivduo no era brincadeira. Gary temia que sua salvao viria acompanhada de um "chamado" para tornar-se um missionrio na frica e ele no queria nada daquilo. Por alguma razo, o "continente negro", como era conhecido na poca, era um lugar para onde Gary no queria ir. Portanto, no aceitou ao Senhor at os catorze anos de idade. Na noite de sua entrega, inclusive, prometeu a Jesus: "Estou disposto a ser um missionrio na frica, se o que Tu queres." Parece que desde o comeo Gary Oates tinha algo em seu corao ligado ministrao do Evangelho e viagens longnquas. Mas ele simplesmente no sabia que "algo" era aquele. Aps se casar com Kathi, contou a ela sobre seu desejo de ser missionrio e alcanar outras naes. Ela respondeu com educao, sem deixar de ser firme. Gary poderia viajar para o lugar que quisesse, mas ela no iria junto. Houve palavras profticas durante o incio do ministrio deles. Certa vez, em uma ordenao, um dos ministros profetizou que Gary "iria s naes". Ele achou aquilo estranho, por causa de sua situao com Kathi. Depois de implantarem igrejas em vrios Estados nos EUA, Gary caiu em desespero e frustrao, abandonando assim o ministrio por quase quatro anos. Nesse perodo, trabalhava como corretor de bolsa de valores. Com raiva de Deus, no se preocupava em orar ou ler a Bblia e s ia igreja por causa de suas duas filhas mais novas.

At que Deus comeou a intensificar o calor do chamado ministerial em seu corao. Gary havia enfrentado anos de questionamentos feitos por Satans, colocando seu chamado em dvida. Por fim, ele no tinha mais como escapar do Senhor. Era o comeo de um incrvel rompimento de barreiras que o traria de volta ao ministrio. Durante uma outra luta enquanto pastoreava uma igreja em Tallahassee, EUA comeou a pedir para que Deus abrisse seus olhos e lhe mostrasse as coisas do ponto de vista divino. Foi uma orao que possibilitou a Gary ver o mundo invisvel e mudar milhares de vidas por onde quer que fosse. E so os detalhes dessa histria que sero contados nas pginas a seguir. Uma observao final. Conheo e admiro Gary Oates h mais de vinte e cinco anos. J preguei na igreja que ele e Kathi implantaram em Gatlinburg, no Estado americano do Tennessee. Eu e minha esposa tambm freqentamos a igreja que eles fundaram em Roswell, no Estado da Gergia, durante muitos anos. Gary sempre foi um homem de integridade e graa excepcionais. Sempre o vi como um homem de Deus com o verdadeiro corao de pastor. Mas esse homem, que foi transformado por estes encontros celestiais, tornou-se um homem do Esprito. Ningum poderia ser o mesmo, depois de ser tocado como Gary foi tocado. Seu exemplo de "querer mais de Deus" em sua prpria vida serve de inspirao para todos ns que aspiramos ser usados pelo Senhor nesta gerao. Tenho sido desafiado e abenoado pelo simples fato de estarmos trabalhando juntos na montagem deste livro."Porque a nossa leve e momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente: No atentando ns nas coisas que se vem, mas nas que se no vem; porque as que se vem so temporais, e as que se no vem so eternas," (2 Corntios 4:17-18). Robert Paul Lamb Gergia, EUA

Captulo 1 A ORAO"A sede na alma de um homem tem de ser saciada. Deve ser saciada. uma lei de Deus; essa lei de Deus est nas profundezas do Esprito. Deus responder ao corao que clama. Deus responder alma que pede".- Trecho de um sermo sobre "Sede Espiritual" dado pelo grande missionrio e pregador John G. Lake em Oregon, Estados Unidos, em 11 de dezembro de 1924.

Primavera de 2002. Eu e minha esposa Kathi passvamos por um tempo muito difcil, aps trinta anos de pastoreio e implantao de cinco igrejas diferentes em diversos lugares Washington, Tennessee, Gergia e Flrida. Nossa igreja em Tallahassee, capital da Flrida, no era muito grande, talvez com pouco mais de 100 pessoas. Havamos comeado h oito anos, em nossasala de estar, com um estudo bblico que acabou se transformando em uma congregao firme com um salo alugado s para ela. Ento, oito famlias nos deram a notcia de que, por diferentes motivos relacionados a trabalho ou a questes familiares, estariam se mudando para outra cidade. Em uma das famlias havia seis filhos e, em uma outra, cinco. O resultado foi que nossa antiga igreja, cheia de filhos frutferos, estava vazia. As famlias eram todas dizimistas e nossas finanas tambm foram atingidas. Mais tarde, surgiu um problema com nosso lder de louvor e ele tambm partiu. Mais quatro famlias nos deixaram aps o ocorrido. Em menos de dois meses, doze famlias tinham deixado a igreja. Depois de anos de luta e trabalho o tipo de esforo que s um pastor poderia entender as pessoas se dirigiam sada. O resultado foi uma frustrao preocupante por dentro. Eu realmente no estava entendendo o que Deus estava fazendo. Ser que Deus tinha alguma coisa a ver com isso? Comecei a questionar a mim mesmo. Ser que eu estava fora do centro da vontade de Deus

em Tallahassee? Ser que meu ministrio pastoral j havia chegado ao fim? Ser que conseguiria agir certo novamente? O vero estava chegando. De qualquer forma, era sempre um tempo ocioso, para ns na igreja; as pessoas saam de frias, ou simplesmente desapareciam na praia (que fica a mais ou menos uma hora de Tallahassee) quando o clima era favorvel. J havamos feito planos para participarmos de uma srie de eventos no Brasil patrocinados pelo ministrio Global Awakening, de Randy Clark. Dois anos antes, havia feito minha primeira viagem pela Global ao Brasil. Aquela experincia foi como reviver o livro de Atos repetidamente. Vi todos os tipos de milagres acontecendo ao meu redor e a primeira pessoa por quem eu orei um aleijado saiu andando, curado! Logo em seguida, orei por outro homem com estado avanado de enfisema e tambm com um problema de audio. Deus curou seus pulmes instantaneamente e ele no precisava mais usar seu aparelho auditivo. Quando voltei para os Estados Unidos, estava muito empolgado com tudo o que o Senhor tinha feito. No entanto, com todas as dificuldades do pastoreio, a lembrana do que Deus havia feito na Amrica do Sul desapareceu. Em 2001, fiz outra viagem pela Global ao Brasil e, novamente, o Senhor me fez testemunhar milagres. Na verdade, essa viagem me fez entrar em um patamar completamente novo em Deus. Mas a mesma coisa aconteceu quando voltei para os Estados Unidos, tudo sumiu. Quando uma terceira viagem, programada para junho de 2002, se aproximava, consegui, finalmente, convencer Kathi a vir comigo. Ela concordou de forma relutante, mas, depois que conseguimos o dinheiro para sua passagem, aceitou a idia. Faltava apenas um ms para a viagem e h seis semanas no recebamos nossos salrios. Kathi se sentia culpada e queria usar o dinheiro de sua viagem para outras coisas. Em meio luta financeira e depois de todas as sadas da igreja entre abril e maio, eu mesmo no estava com muita vontade de ir. Como eu poderia ser beno, desanimado daquele jeito? Como eu poderia ajudar? "Senhor", eu comecei a orar, "eu preciso muito mais ser ministrado do que ministrar a outros. Como vou ser til nessa viagem?". Durante semanas, relutei contra essa viagem. Devo ir ou no? Que diferena eu poderia fazer na vida das pessoas? Como poderia ajudar algum se a minha necessidade era to grande? Foi ento que, inexplicavelmente, um desejo comeou a crescer em mim. Eu estava desesperado; com ou sem grande necessidade, eu tinha de ser tocado por Deus.

Num determinado momento, minha orao mudou. Eu no dizia mais a Deus como me sentia. Comecei a fazer um pedido. "Senhor, peo que o Senhor abra os meus olhos, nessa viagem, para que eu possa ver o que o Senhor est fazendo. Quero ter a sua perspectiva das coisas." Quando me lembro disso, tenho a certeza de que Deus direcionava essas oraes. Dizia, "Senhor, eu quero ver alm do natural... Quero ver anjos... Quero ver o reino do Esprito". Foi uma pequena orao de desespero, feita por um homem que no era nada sem Deus. Porm, estava destinada a mudar radicalmente a minha vida. Havia chegado ao fundo do poo e alguma coisa tinha que mudar. Nunca havia sentido tamanho desespero por Deus. Minha vida nunca mais seria a mesma. Eu nunca mais seria o mesmo para mim, para Kathi e para aqueles cujas vidas conseguimos tocar. Deus, em breve, entraria em nossas vidas poderosamente. Tudo a nosso respeito seria diferente para sempre.

Captulo 2 "PARA CIMA MELHOR...""Crentes, ergam a cabea tenham coragem. Os anjos esto mais prximos do que vocs pensam."- Billy Graham, trecho do livro Anjos: Agentes Secretos de Deus.

Durante aquela viagem ao Brasil, ramos transportados, na maioria das vezes, em nibus, de uma cidade a outra. Foi num desses dias, enquanto viajvamos em uma estrada brasileira movimentada, de Petrpolis Volta Redonda, que percebi que Randy Clark estava entrevistando Davi Silva, um lder de louvor do ministrio Casa de Davi, que estava conosco. Davi foi curado de Sndrome de Down quando tinha seis anos e j foi levado para diante do trono de Deus em oito ocasies diferentes. Recebe visitaes angelicais regularmente e Randy estava fazendo todos os tipos de perguntas sobre essas visitaes. Fiquei "colado" na conversa. Como estava sentado ao lado de Davi, dei um tapinha em seu ombro, quando a conversa terminou, e disse " isso que eu quero", apontando para os meus olhos. Davi no fala ingls, mas pareceu ter captado o que eu dissera. Ele esticou o brao e colocou sua mo esquerda sobre minha mo direita. Quando fez isso, comecei a ter uma sensao estranha de formigamento na minha mo. Deixou sua mo ali por um bom tempo, sem dizer uma palavra. Apesar de sentir que era uma transferncia de uno, no tinha certeza do que estava acontecendo, no entendi muito bem. Nosso nibus chegou ao seu destino e fiquei em p para sair. Davi estava em p, tambm, ento nos abraamos. Quando o abracei, o Esprito de Deus veio sobre mim e senti meus joelhos fraquejarem e as lgrimas comearam a cair. Quando sa do nibus para almoar, naquele dia, percebi que estava andando ao lado de Mike Shea, lder da equipe de ministrao/adorao proftica da Casa de Davi. um americano que mora no Brasil h mais de vinte anos como missionrio; Mike um timo msico e ministro do Evangelho.

"Mike, voc j teve experincias como as que Davi teve?", perguntei, enquanto caminhvamos na direo do restaurante. "Um pouquinho," ele sorriu, "mas no chega nem perto do que o Davi j experimentou". "Me diz uma coisa," insisti. "Como isso pode ser ativado? O que eu posso fazer?" "Romanos 6:13," ele respondeu. "Romanos 6:13?" "Isso." "E o que diz?", eu perguntei. "Que no devemos apresentar os membros dos nossos corpos como instrumentos de pecado e iniqidade e devemos sim, apresentar os membros dos nossos corpos como instrumentos de santidade", respondeu. Fiquei confuso. Pensei, "O que isso tem a ver?". Quando viu minha expresso, Mike explicou: "Quando se diz Vossos membros', pensemos nos cinco sentidos nossos olhos e nossa viso espiritual para ver essas coisas. Tambm nossos ouvidos, nossa boca, nosso nariz e nossas mos. uma questo de entreg-los ao Senhor". Comecei a entender. Percebi que nossos cinco sentidos so os pontos de entrada e os pontos de acesso para todas as influncias demonacas contra quem lutamos todos os dias. Tambm atravs desses locais que o Esprito Santo e o poder de Deus so liberados em ns. O problema que ns usamos nossos cinco sentidos nas reas erradas e no as rendemos ao Senhor. Naquela mesma tarde antes do culto onde tive minha primeira visitao angelical peguei minha Bblia e li Romanos 6:13. "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justia". Depois disso, entreguei verbalmente, e de maneira pausada, meus cinco sentidos ao Senhor. "Entrego meus olhos para que eu tenha a Sua perspectiva... "Senhor, entrego meus ouvidos para que eu oua a Sua voz de uma forma mais clara... "Senhor, entrego minha boca para que eu possa falar Suas palavras... "Deus, entrego meu nariz para que possa sentir o cheiro da Sua doce fragrncia...

"Deus, entrego minhas mos para que elas possam ser usadas a Seu servio... "Entrego-me a Ti por inteiro esprito, alma e corpo. Deus, entrego todo o meu ser. No reterei nada. Tudo que tenho Seu. Tudo que sou Seu. Entrego tudo a Ti. Entrego minha vida no altar diante do Senhor. Rendo-me total e completamente a Ti... "Senhor, entrego-me a Ti por inteiro." Senti uma forte Presena do Senhor no quarto, deitado ali na cama. De alguma forma, senti que havia me conectado com o corao de Deus. Mais tarde, naquela noite, nos juntamos para irmos a um culto em uma tenda enorme, onde cabia por volta de 3.000 pessoas. A adorao foi simplesmente incrvel. o que chamaria de "fora de srie". O lugar estava eltrico, cheio da Presena do Senhor. Foi enquanto eu estava adorando com minhas mos levantadas e adorando a Deus, que Ele comeou a falar comigo. "Tire seus sapatos," Ele instruiu. "Voc est pisando em solo santo." Minha primeira reao foi negativa. Era um cho empoeirado e sujo. Eu no estava muito a fim de tirar meus sapatos. Continuei adorando. Alguns minutos mais tarde, o Senhor falou novamente. "Tire seus sapatos." "Espere a," pensei comigo mesmo. " o Senhor. Melhor obedecer." Na mesma hora, abaixei e tirei meus sapatos. Foi um pequeno ato de obedincia obedincia a algo aparentemente sem importncia que preparou o ambiente para o que estava por vir. Deus requer obedincia nas pequenas coisas antes de nos confiar coisas maiores. Eu realmente creio que, o que ocorreu em seguida, no teria acontecido se eu no tivesse obedecido ao Senhor e tirado os meus sapatos. Quando olhei o grupo de adorao, o Senhor abriu meus olhos e vi duas danarinas brasileiras com trs anjos danando ao redor delas. "O que aquilo?", pensei. Bem atrs delas havia mais duas danarinas e trs anjos ao redor delas. Do outro lado, havia alguns danarinos e sobre cada um deles havia um grande anjo inclinado. O anjo acompanhava cada movimento deles. "Senhor, o enlouquecendo?" que est acontecendo?", pensei. "Estou

Foi ento que me dei conta. "Isso o que tenho pedido a Deus, mas bvio que eu no estava esperando. Com certeza, no tinha a menor idia de como seria."

Era como se eu pudesse enxergar atravs dos anjos. Eles apareceram em uma cor branca transparente. Conseguia ver suas formas e o que estavam fazendo. A aparncia deles era muito brilhante e notei que todos tinham asas. Num reflexo espontneo, olhei para o alto da plataforma. Ela estava simplesmente repleta de anjos que adoravam ao Senhor. Uma luz danava e girava no meio deles. Deveria haver centenas desses anjos adoradores. Estavam cantando, tocando instrumentos e danando. A adorao estava alando um nvel de intensidade que eu nunca havia experimentado antes e a Presena de Deus comeou a encher aquele lugar. Estava ali em p com minhas mos erguidas e, de repente, comecei a me sentir como se estivesse expandindo ficando maior e mais alto. Sentia-me um gigante. Cheguei a olhar para baixo para ver o povo adorando ao Senhor. "Uau, isso muito legal", pensei. Ento, comecei a subir, deixando o cho e meu corpo fsico para trs. No sentia meu corpo fsico nem nenhuma limitao fsica. Era como se meu corpo fsico nem existisse. Subi cada vez mais alto at chegar no pico da tenda. Estava flutuando no alto da tenda, olhando para baixo, vendo os adoradores. O medo tomou conta do meu ser. "Deus, isso j est indo longe demais," resmunguei. Eu estava resistindo ao que Deus queria fazer e imediatamente comecei a descer. Quando percebi o que havia feito, clamei, "No, Senhor, perdo, perdo... Para cima melhor... Para cima melhor!". Na mesma hora, a direo se inverteu e comecei a subir rapidamente, atravessando o topo da tenda (como o super-homem) e adentrando os cus. O tecido da tenda no foi obstculo algum, quando passei por ele. Olhava para baixo e via parte da cidade e vi que havia um brilho sobre a tenda por causa da Presena de Deus. No sentia as limitaes de um corpo fsico. Parecia que vivia num estado sem limites ou fronteiras. Tinha a sensao de no haver nem tempo, nem espao. Era como se nada fosse impossvel. Na verdade, no h palavras adequadas para descrever como foi, de fato. Eu tinha uma viso com zoom e conseguia enxergar o lado de dentro da tenda. O topo da tenda irradiava com a Presena de Deus. Um grande buraco se abriu em seu teto e pude ver as pessoas adorando ao Senhor e a glria de Deus sendo derramada naquele lugar. Mas o medo me sobreveio, mais uma vez. "Cara, estou totalmente fora de controle", pensei. Sempre fui daqueles que gostam de ter tudo sob controle. Tenho tudo organizado e no gosto de sair da minha toca. S que agora eu estava bem longe da minha toca longe da minha zona de conforto.

Estava resistindo ao que Deus estava fazendo, novamente, e tornei a descer. Percebi que o Senhor me levaria at onde eu permitisse que Ele fizesse. Coloquei os freios. Eu era quem determinava at que ponto iria com Ele. Por causa da insegurana, ou do medo do sobrenatural, acabei limitando o trabalhar do Senhor. Voltei at entrar na tenda, novamente. Minha cabea tocava o topo da tenda. Fui, ento, tomado pelo arrependimento. Tenho certeza de que, se no tivesse resistido, poderia ter sido levado at a sala do trono de Deus. Foi bem parecido com a experincia que o profeta Ezequiel teve, de ir apenas at a metade do caminho, "... o Esprito me levantou entre a terra e o cu...", (Ezequiel 8:3). Ele no foi at o fim... nem eu. Ento, levantei meus braos num ato de entrega. Parecia que eles tinham mais de um quilmetro de comprimento quando os ergui, atravessaram a tenda e subiram pelo cu at perd-los de vista. Comecei a clamar ao Senhor. Pedi, "Deus, eu quero mais de Ti. Eu quero mais de Ti". Quando olhei para cima, vi Jesus distante, descendo na minha direo. Ele era majestoso e usava um manto. Minhas mos estavam erguidas e as dEle estavam estendidas na minha direo. Pegou minhas mos e as segurou apertado como se dissesse: "No vou lhe soltar". Ele tinha uma Presena to poderosa... No conseguia tirar os olhos de Sua face. Fiquei vidrado nela. Mesmo assim, seus traos pareciam estar escondidos no brilho de Sua glria. Pegou minha mo esquerda com fora. Ela comeou a queimar em um pontinho e foi crescendo, crescendo, at que toda a palma da mo estava pegando fogo. No sabia se agentaria por muito mais tempo, tamanho era o poder e a Presena de Deus operando em mim. Naquele momento, Ele me soltou e voltei para o meu corpo. Aps estar na Presena do Senhor, explodi quando voltei para o meu corpo fsico. Parecia que meu corpo no conseguia conter meu esprito, depois daquela experincia to divina. A volta para o meu corpo foi to impactante que me arremessou para trs como num mergulho de costas. Atropelei trs fileiras de cadeiras e ca no cho. Ningum conseguiu me pegar. Mas foi como se tivesse cado sobre uma cama de penas. No senti nada. Durante mais ou menos uma hora, fiquei deitado no cho. No conseguia mexer um dedo. No tinha entendimento algum do que acabara de acontecer comigo. Eu me senti to pequeno e insignificante na presena de um Deus to Santo. Mais uma vez, comecei a clamar ao Senhor, "Eu quero mais de Ti, Senhor... Eu s quero mais de Ti... Quero mais de Ti". Finalmente, consegui me levantar, me arrastar at uma cadeira e colocar meus sapatos. Mal conseguia falar. Se tivesse falado, bem provvel que ningum teria me entendido. Ainda estava tentando

entender o que havia acontecido. Sentia-me fisicamente fraco e emocionalmente apagado. O profeta Isaas se descreveu como "perdido" e "impuro" aps ter visto o Senhor (Isaas 6:5). Tais palavras refletem bem o que senti. Kathi estava confusa com o que havia acontecido comigo. Fomos at uma sala para pegar refrescos aps o culto, mas eu mal podia falar. As pessoas no paravam de me fazer perguntas. Eu chorava, no falava nada com nada e ainda estava abalado com a experincia. No sabia se conseguiria encontrar as palavras certas para explicar o que havia acontecido. Na manh seguinte, me arrastava como se estivesse de ressaca por ter bebido a noite toda. As pessoas precisavam pegar a minha mo e me levar para o lugar certo. Uma das mulheres da equipe veio, me encarou e perguntou: "Gary, voc est bem? Voc est bem fisicamente?" "No, fisicamente eu completamente derrubado." estou um caco," respondi. "Estou

"Voc est bem espiritualmente?", perguntou. "Bom", respondi com uma piscadela, "espiritualmente estou at atravessando o teto!".

Captulo 3 "DEUS, EU QUERO MAIS DE TI...""O segredo do sucesso espiritual aquela fome persistente... terrvel estar satisfeito com suas conquistas espirituais. Deus estava e est procurando pessoas famintas e sedentas."- Smith Wigglesworth, (1859 - 1947), o famoso Apstolo da F

Na noite seguinte, antes do culto comear, sentei-me na primeira fileira. Passados alguns instantes, Davi Silva veio e sentou-se ali perto. Sorriu para mim e imps a sua mo sobre o meu ombro esquerdo. Quando me tocou, fui fortemente tomado pelo poder de Deus e ca como morto sobre a cadeira que nos separava, prendendo meu brao entre meu peito e a cadeira. Vrios homens perceberam a posio incmoda em que me encontrava e retiraram a cadeira, deitando-me no cho. Mais uma vez, no conseguia me mexer. Parecia que meu corpo pesava dez toneladas. Sentia como se estivesse sendo apertado contra o cho. Enquanto isso, eu clamava, "Deus, quero mais de Ti... Quero mais de Ti... Quero mais de Ti". Neste momento, a adorao j tinha comeado e via o grupo ministrando sobre a plataforma. De repente, a cena mudou diante dos meus olhos; no via mais o grupo. Via um caminho dourado que passava pelo corredor e terminava em alguns degraus dourados que davam para uma plataforma dourada. Acima disso tudo, havia mais degraus dourados que davam para uma plataforma dourada mais alta. Em cima da ltima plataforma, vi um trono e Jesus estava sua direita, com um cetro na mo. O trono era uma cadeira grande ornamentada, mas no via ningum sentado ali. Entretanto, no era o cetro ou trono que chamavam a minha ateno. O Senhor era o meu foco e via todo o seu dorso. Ele no apareceu vestido com aquele manto que vira anteriormente; desta vez, parecia usar algum tipo de cala. Uma luz divina e radiante emanava desde a Sua cabea at a cintura. quase impossvel descrever o quo brilhante e penetrante a luz era. Era to forte que a claridade poderia lhe jogar na parede.

O brilho na aparncia do Senhor concorda completamente com as palavras de Marcos 9:3, "E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia branquear". A poucos metros de distncia do Senhor, em meio Sua luz, senti como se fosse morrer. Realmente, senti que seria o fim. No havia como sobreviver quilo. Para falar a verdade, cheguei at a pensar que havia morrido e ido para o cu, de to real que era. Naquele momento, volteiparao cho, agonizando. Kathi assustou-se com a expresso de terror no meu rosto. Eu me contorcia, agoniado, abraando meu abdmen. Minha boca estava aberta, tentando gritar, mas no saa som algum. Estava atormentado. Fui tomado pelo terror. "Faam alguma coisa", ela insistia com alguns homens que estavam ali perto, "ajudem-no". "Ele est bem", garantiu um deles. "Vire-se. Nem olhe para ele". Kathi e as pessoas ao meu redor estavam preocupadas comigo. Mal sabiam eles a razo do meu terror e agonia. Na Presena de um Deus Santo, soube exatamente o quo pecaminoso eu era. Vi a glria de Deus como nunca havia visto antes e comecei a clamar, "Deus, me perdoe... me perdoe. Senhor, eu s quero mais de Ti... mais de Ti". Sentia como se demorasse um sculo s para me levantar do cho. Perdi a noo total do tempo. Mais tarde, me disseram que fiquei ali durante duas horas. Como no conseguia andar, dois membros da equipe, Chuck Snekvik e Marcus Morris, me ajudaram e me levaram para fora, a fim de tomar um ar fresco. Estavam, literalmente, me carregando pelos cotovelos. Deram um tempo e me trouxeram para dentro, onde me sentei com Kathi na fileira do fundo. Randy Clark estava contando a respeito de quando sua me foi levada diante do Senhor. Enquanto ele pregava, sentia a Presena do Senhor fluindo como descargas eltricas passando pelo meu corpo. Tremia e chacoalhava tanto que no conseguia nem me sentar direito. Sentia que iria explodir a qualquer momento, dentro de mim, enquanto ele pregava. Comecei a reviver todas aquelas experincias que tinham acabado de acontecer comigo, ao ser levado Presena de Deus. "Voc vai ficar bem?", Kathi perguntou. "Voc est bem?" "Vou", sussurrei. "Bom, o que foi que aconteceu?", ela indagou. "O que aconteceu com voc?" "No d para contar," respondi. Fui to impactado com aquilo que acabara de ocorrer que parecia cedo demais para tocar no assunto. Precisava "processar" tudo antes de contar para qualquer pessoa at mesmo minha esposa.

Continuei tremendo na Presena do Senhor. Quando olhei para a plataforma, vi um anjo enorme ao lado de Randy, enquanto pregava. O anjo se agachava e sussurrava no ouvido de Randy e ele falava debaixo de uma grande uno. No restavam dvidas de que tudo o que Randy dizia vinha direto da boca de Deus. Cada palavra trazia consigo muito peso; cada palavra penetrava todo o meu ser. Novamente, tremia e chacoalhava de maneira intensa. Era como se ouvisse a voz de Deus atravs de Randy como nunca ouvira antes. Kathi comeou a perguntar novamente o que havia acontecido. Mal conseguia falar, mas finalmente disse, "Conto o que aconteceu, se me prometer que no contar a ningum." Ela concordou e contei tudo a ela da melhor forma que pude. Enfim, Randy pediu para que eu fosse at a plataforma para ajud-lo na hora da ministrao. Fiquei surpreso em ter conseguido andar aquela distncia, pois me sentia muito fraco e cansado. "Se o Senhor quer que eu faa isso, vai ter que me dar foras para ir at l", disse para o Senhor. "Caso contrrio, no vou conseguir." Mas, medida que a reunio foi prosseguindo, sentia minhas foras sendo renovadas aos poucos. Os mesmos homens, Chuck e Marcus, se ofereceram para me ajudar a chegar at a plataforma. Orei por um rapaz no meio do caminho e a Presena do Senhor veio sobre mim, novamente. Apesar do prdio estar lotado, meus colegas conseguiram arranjar um assento, para mim, na frente. "Agora, Gary Oates vir nos contar o que aconteceu com ele," Randy disse para o povo. Nessa altura dos acontecimentos, eu mal conseguia ficar sentado na minha cadeira; estava com os braos jogados para frente e as mos arrastando pelo cho. Tambm no conseguia falar direito. Era bvio que no estava em condies de fazer o que Randy havia pedido. "Peguem-no com a cadeira e tudo e tragam-no aqui," Randy pediu para meus dois ajudantes. Ainda tremia e chacoalhava, quando me levaram plataforma. Era uma condio completamente incontrolvel. Randy tentou fazer com que explicasse o que havia ocorrido, mas no conseguia falar. At que chamou Kathi, "Quero que a esposa do Gary venha at aqui para nos contar o que est acontecendo com ele.". Kathi pegou o microfone e, de repente, lembrou-se de que havia prometido no contar nada a ningum. Veio at mim e perguntou se poderia contar. Como chacoalhava demais, com minha cabea balanando para cima e para baixo, ela considerou aquilo um "sim".

Enquanto contava o ocorrido, o Esprito de Deus veio sobre aquele lugar. As pessoas gritavam; outras caam com o rosto no cho, em sinal de arrependimento. As lgrimas jorravam. Alguns eram curados. Deus estava trabalhando de um modo espontneo, porm milagroso, naquela igreja. Ento, Randy disse, "Quero que todos os pastores venham at aqui para que Gary Oates imponha suas mos e ore por eles.". "Como vou fazer isso?", imaginei. No conseguia levantar as mos do cho. No tinha fora alguma nas mos e no conseguia parar de chacoalhar. Estava todo inclinado, com o peito sobre os joelhos. No tinha foras nem para esticar o corpo. O fato era que no conseguiria fazer nada naquele momento. Randy instruiu meus dois ajudantes, Chuck e Marcus, para que levantassem minhas mos e colocassem-nas sobre a cabea de cada pastor. O primeiro pastor veio receber a orao. Vendo que estava inclinado para frente, agachou e engatinhou para perto de mim, para que minhas trmulas mos pudessem ser colocadas sobre sua cabea. Assim que minhas mos tocaram a cabea do pastor, ele foi levado pelo Esprito. Os obreiros arrastaram-no at o canto e trouxeram outro pastor. Novamente, a mesma coisa aconteceu. O pastor engatinhou para debaixo das minhas mos e foi levado. O mesmo ocorreu com cada pastor naquela fila. Sentia-me completamente ridculo. Um bobo. Dentro de mim, dizia para o Senhor, "O que isso? Sou introvertido... Um cara reservado e, aqui estou eu, parecendo um louco.". "Uso as coisas loucas para confundir os sbios," lembrou-me o Senhor. "Estou disposto a ser um louco por Ti, se o que Tu queres," respondi. "Pode me usar da maneira que quiseres. No entendo essas coisas, mas estou simplesmente rendendo-me a Ti. Quero que o Senhor faa o que for preciso ser feito." Sabia que estava totalmente fora de controle. Depois de cada pastor ter sido tocado, meus ajudantes foram orar por outras pessoas e acabei caindo da cadeira. Fiquei estirado no cho durante um tempo, quando ouvi a voz de Kathi, orando pelas pessoas. "Gary, ore por este beb," disse ela. "Coloque sua mo sobre esse beb." "No d," sussurrei. "D, sim," disse, "s estique o brao aqui para trs.". "No d... No consigo me mexer," resmunguei.

Ento, Kathi pegou minha mo esquerda, colocou sobre a cabea da criana e orou. No que eu no queria orar. Se estava tendo dificuldades para pensar, imagine para orar. Minha mo direita estava estendida para fora. No conseguia mexer minha mo, mas sentia que as pessoas a estavam tocando e senti algo mido e oleoso sobre ela. Com todas as minhas foras, virei minha cabea para poder enxergar minha mo direita. Fiquei chocado com o que vi! Um homem derramou um vidro de leo de uno sobre minha mo direita, apoiou-se sobre suas mos e joelhos, plantou bananeira, enfiou a cabea na minha mo e esfregou sua cabea no leo. Quando ele terminou, outro homem se aproximou e fez o mesmo. Uma menina veio em seguida e parecia que havia uma fila de pessoas se formando atrs dela. No final das contas, percebi que no era por minha causa; era por causa do Senhor. Nunca vira tanta sede nos coraes das pessoas para que elas mesmas fizessem essas coisas ridculas. Entretanto, eu no passava de um ponto de contato, um canal para o que Deus estava fazendo. Passado um tempo, consegui ficar numa posio normal, no cho. Agarrei uma cadeira e, finalmente, me sentei. As pessoas me viram sentando e vieram pedir orao. Neste momento, j podia erguer os braos o suficiente para impor as mos e orar por elas. Ento, o Senhor me levou a ficar em p e a ministrar o povo. Resisti por uns momentos, mas uma energia divina veio sobre mim e fiquei em p. Comecei a orar pelas pessoas e uma fila enorme se formou. Quase todos por quem orei disseram que foram curados. Manifestavam a forte Presena de Deus quando caam na uno. Todo tipo de cura aconteceu sem nenhum esforo da minha parte. Sabia que era, verdadeiramente, uma ministrao do Esprito Santo.

Captulo 4 ANJOS NO RIO E EM ATLANTA"O reino invisvel superior ao natural. A realidade do invisvel domina o mundo natural em que vivemos... Positiva e negativamente..."- Pastor Bill Johnson, trecho do livro "Quando o Cu Invade a Terra".

Na noite seguinte, viajamos at uma igreja enorme do Rio de Janeiro. O local estava lotado de pessoas e, conseqentemente, os msicos tiveram que se sentar na grande plataforma. Enquanto adorvamos ao Senhor, Davi Silva fez um sinal para o baterista, Lcio de Paula, e ele comeou um solo de bateria tremendo. O som dos tambores ficava cada vez mais intenso. Senti arrepios por todo o corpo. Em meio quele som, o Senhor disse para mim: "batalha". Ento, Ele disse: "Abra seus olhos." Bem onde o teto e a parede se encontram, vi uma legio de anjos enchendo o lugar. Foi a primeira vez que os vi sem aquela transparncia "leitosa"; a aparncia deles era bem definida. Era quase como se estivesse vendo uma outra pessoa mas no era exatamente igual. Esses anjos eram de guerra. Vestiam armaduras metlicas e seguravam resplendorosas espadas de dois gumes. Os anjos possuam tamanhos diferentes alguns eram grandes, outras eram menores. Na verdade, eles no eram enormes como imaginei que os anjos de guerra fossem. Suas espadas reluzentes eram proporcionais ao tamanho dos anjos. Os anjos maiores possuam espadas maiores e os menores, espadas menores. Balanavam aquelas espadas, enquanto espalhavam-se pelo local. Parecia que o tamanho do anjo no tinha relao alguma com o poder que manifestava. Apesar dos anjos se moverem to rapidamente conseguia acompanh-los, os objetos de seu furor eram negras espalhadas pelo lugar. Os anjos acertavam aquelas com suas espadas e elas literalmente desapareciam. Era fossem bombardeiros, passando por ali e fazendo a limpeza. que mal manchas manchas como se

"Isso demais", pensei. "Tenho certeza de que estou ficando louco". Mais tarde, perguntei ao Davi o que havia acontecido durante o solo de bateria. "Foi uma batalha", explicou. "Havia um grupo de anjos guerreiros que entrou e limpou o lugar, tirando todos os demnios." Ele tinha visto exatamente a mesma coisa. No final das contas, eu no estava enlouquecendo, graas a Deus. Na noite seguinte, na mesma igreja, o Senhor me incitou a "virar para trs e olhar o corredor do meio". Quando olhei, um grupo de anjos adoradores, com uma aparncia totalmente diferente dos demais, entrou alegre, danando pelo corredor como se estivesse chamando a Presena do Senhor para o culto. Esses anjos adoradores iam at a metade do corredor, voavam girando at os fundos da igreja, onde se encontravam e entravam todos juntos, novamente. Em seguida, os anjos marcharam para trs de duas entradas no palco da igreja. S entendi o que os anjos estavam fazendo quando, mais tarde, houve uma apresentao teatral. Atrs das duas grandes entradas, estava o trono de Deus e os quatro seres viventes. Por alguma razo, esses adoradores celestiais congregavam ali. No dia seguinte, em outra igreja no Rio, Randy Clark pediu-me para orar por um homem com, mais ou menos, setenta anos de idade, que sofria de cncer no crebro. "Chame outros membros da equipe", disse Randy, "e v para o fundo da igreja com o pastor e ore por este homem". Quando formamos um crculo, o pastor brasileiro me disse, "este homem e sua esposa no conhecem ao Senhor. J sofreu uma cirurgia no crebro e os mdicos esto dizendo que ele no tem muito tempo de vida". Ao falar isso, o pastor me entregou um vidro com o leo de uno. Antigamente, acreditava que "uma gotinha" j era suficiente. Mas o Senhor mostrou que era para eu fazer uma "conchinha" com a mo direita e ench-la de leo. Coloquei minha mo cheia de leo sobre a cabea daquele homem. O leo espirrou e escorreu por todos os lados pela testa, pelos olhos e nariz, pelas orelhas e camisa. "Eu devo estar estragando tudo", pensei com meus botes. "Esse cara no conhece ao Senhor e, aqui estou eu, lambuzando-o com leo. Ele deve estar tentando entender o que est acontecendo". Para minha surpresa, minha abordagem no parecia incomod-lo. Uma pessoa da equipe pegou guardanapos de papel, tirou o excesso de leo e comecei a orar. Assim que a orao teve incio, vi duas asas, translcidas e brancas com uma suave cobertura prateada, sarem do nada e abraar o homem. Esse anjo deveria ser enorme porque as asas eram especialmente grandes, apesar de no cobrirem o homem por completo.

Foi uma cena emocionante. Podia ver o semblante do homem suavizar-se, mesmo sem saber o que estava acontecendo. Ficou claro que estava sentindo o conforto e a paz de Deus vindo sobre sua vida. Eu estava um pouco mais sua esquerda quando orava por ele. De repente, notei que havia um segundo anjo, menor, direita do outro anjo. Esse segundo anjo soprava fogo, como um maarico, no lado esquerdo da testa do homem. Quando vi o fogo, voltei a estranhar aquelas coisas. "Mas o que isso?", pensei. Nunca pensei que veria algo daquele tipo; olhei de novo para ter certeza. "Ai, meu Deus", sussurrei. "Voc est sentindo alguma coisa?", perguntei ao homem. "Estou, parece que minha cabea est pegando fogo... Est queimando", ele respondeu. "Estou curado... Sei que estou curado". "Bom, isso timo", disse, "mas quero que voc busque uma confirmao. Volte ao seu mdico e pea para que avalie a cura". "No, estou curado", ele disse. "Bom, eu tambm creio que voc est", respondi firmemente. "Mas, por favor... Busque uma confirmao". Ele, finalmente, concordou. Uma pessoa da equipe me lembrou: "Nem o homem nem sua esposa conhecem ao Senhor". "No so salvos". Foi ento que me lembrei do que o pastor da igreja havia dito. Com a ajuda de meu intrprete, explicamos rapidamente o plano de salvao e perguntamos, "Voc gostaria de convidar Jesus Cristo a entrar em seu corao, agora?" Olhou para mim e disse, "No". "Como ?", perguntei, perplexo. "No!" "No?", perguntei, novamente. Olhou para mim e disse "no". "Quer dizer que depois de tudo o que aconteceu, a sua cura..." comecei, "Voc tem certeza de que vai dizer 'no' para o Senhor? Por qu?". "Se eu for salvo nesta igreja, terei de congregar aqui", justificou. "No tem nada a ver com religio", expliquei. "Estamos falando de um relacionamento. Se for salvo aqui, voc poder ir igreja que quiser. importante que voc encontre uma boa igreja, que acredite na Bblia, e isso inclui crer em curas e milagres." O homem sorriu. "Ento, est bem. Quero ser salvo", disse entusiasmado. Ver o casal dar as mos e entregar suas vidas para o Senhor foi um momento precioso, que tocou nossos coraes. A maioria das pessoas da equipe tinha lgrimas nos olhos, quando terminamos a orao.

*****Um dia antes de ter sido arrebatado, a equipe de ministros reuniu-se para orar. Apesar de Kathi ter vindo relutantemente, ela havia me dito que estava sendo muito abenoada principalmente, depois do que acontecera comigo. Naquela tarde, estava determinada a receber oraes. Tnhamos almoado na lanchonete da igreja. Ento, Davi espontaneamente pegou seu violo e, em vez de brincar com ele, comeou a toc-lo num ritmo forte. Lcio (o baterista), ento, pegou umas caixas de isopor e comeou a batuc-las. As pessoas comearam a pular e danar na Presena do Senhor. Parecia que os anjos estavam se juntando a ns em meio ao som da percusso. Mike Shea comeou a tocar seu shofar sobre as pessoas. J estava no cho quando tocou o shofar na minha direo, fazendo vibrar um eco dentro do meu esprito. Alguns minutos depois, tocou o shofar sobre a Kathi. Ela "apagou", estava totalmente bbada no Esprito e no conseguia se mexer durante um bom tempo. Quando a onda de percusso terminou, Kathi viu Davi distncia e engatinhou at ele para pedir orao. Acabou escorregando pelas pernas dele trs vezes, sem conseguir se levantar! Depois daquela orao, teve de ser carregada at o nibus para voltarmos para o hotel. Durante vrias horas, nada do que dissesse fazia sentido. Ela me contou, depois, que quando estava no cho sob o poder do Esprito Santo, teve uma viso em que estava diante do trono de Deus, no cu. Na viso, o Senhor pedia a ela para esvaziar seus bolsos daquilo que ela pensava que eram objetos preciosos. Mas os objetos eram literalmente um monte de porcaria mecanismos de defesa, orgulho, julgamento. Estava deitada aos ps do Senhor, onde uma grande limpeza estava sendo feita. Ento o Senhor entregou uma moeda dourada a ela. "Pegue e coma", Ele disse. "O que isso, Senhor?", ela perguntou. " o ouro do reino", respondeu Ele. Ela O obedeceu. De alguma forma seja pelo toque do shofar de Mike, ou pela orao de Davi, ou pela sua viso do trono Kathi imediatamente deslanchou para um novo e poderoso nvel de palavras profticas afiadas e tambm comeou a ver anjos! A nova uno de Kathi comeou naquela mesma noite, em uma igreja Batista do Rio de Janeiro. Era uma multido de umas 700 pessoas espremidas em um prdio onde, normalmente, caberiam 500, e pelo menos, mais mil pessoas no estacionamento assistindo ao culto atravs de um telo. Quando nos chamaram e subimos naplataforma, Deus abriu os olhos de Kathi pela primeira vez para ver anjos.

Ela olhou para mim e disse, "Tem um anjo atrs daquela mulher". Apontou para uma mulher no balco, dizendo "Ela vai ser curada". Uma mulher que estava atrs de mim nos explicou: "Aquela senhora uma amiga minha e lder da intercesso dessa igreja". Fez um sinal para que a mulher descesse, apesar de Kathi sentir que a pessoa seria curada ali mesmo. Kathi passou pela multido e encontrou-se com a mulher atrs da plataforma. A uno era to forte que, no instante em que comeou a orar, a pessoa "apagou" e escorregou pela parede, caindo no cho. Kathi voltou ao auditrio e comeou a orar por cada pessoa que tivesse um anjo atrs de si. Os resultados foram impressionantes: curas da curvatura da espinha, problemas femininos, viso e audio. Era um mistrio. Toda vez que Kathi via um anjo atrs de algum, ela orava e as curas aconteciam. Em uma reunio na Flrida do Sul, Estados Unidos, uma mulher tinha sido tocada nos cultos, mas queria mais uma orao por sua coluna. Na mesma hora, Kathi viu um anjo atrs da mulher. Contou para a pessoa a respeito do anjo e comeou a orar. A mulher, que tinha por volta de 50 anos, de repente, comeou a contorcer-se, chacoalhar, rodar e inclinar-se para trs coisas que naturalmente teriam machucado a coluna de qualquer pessoa. A dor que sentia desapareceu completamente. Kathi e eu no ramos um apenas no casamento; tambm tnhamos tido encontros angelicais semelhantes. Randy Clark comentou milhares de vezes como raro haver casais com experincias parecidas assim. Mas ns tivemos!

*****Passados dois meses, Kathi e eu fomos a uma conferncia patrocinada pelo Ministrio Nehemiah (Neemias), em Atlanta. A conferncia, organizada por Michael Ellis, era sua Primeira Escola Internacional de Ministrao, onde alunos do mundo inteiro receberiam um treinamento intensivo de dois meses. Randy Clark, Heidi Baker, um missionrio de Moambique e Henry Madava, pastor da Segunda maior igreja da Ucrnia, estavam entre os palestrantes. Quando Randy ministrou, fui chamado para contar parte de meu testemunho. No dia seguinte, Henry Madava estava pregando. Durante a ministrao, o anjo que me acompanha me agarrou com seus braos e me abraou fortemente. Ele estava literalmente me apertando.

Esse anjo em particular tornou-se meu amigo e sei que, quando aparece, tudo est sob controle. O anjo nunca tinha feito aquilo antes e comecei a pensar: "O que ele est fazendo? Por que est fazendo isso?". Quando tive meus olhos abertos para ver anjos, no Brasil, Davi Silva havia comentado vrias vezes que vira meu anjo. De acordo com Davi, esse anjo era alto talvez uns trs metros de altura e, em diversas ocasies, viu-o em p atrs de mim ou ao meu lado. Ao considerar a possibilidade de ter um anjo, comecei a examinar a Palavra minuciosamente. Ento, encontrei Mateus 18:10, "...Vede, no desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos cus sempre vem a face de meu Pai que est nos cus". A palavra "seus" sugere uma ligao pessoal entre um indivduo e um anjo. Alguns livros teolgicos sugerem que "seus anjos" so provveis anjos da guarda de nvel superior, porque eles "sempre vem a face de meu Pai". Descobri, atravs de meus estudos, que Mateus 18:10 concorda totalmente com as palavras de Salmo 91:11. "Porque aos seus anjos dar ordem (especial) a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos (de obedincia e servio) Logo, comecei a aceitar que Deus havia enviado um anjo para meu beneficio e assistncia. Enquanto estava no Brasil, no o via. Mas ele apareceu em nosso primeiro culto quando voltamos para Tallahassee. Estava sentado na primeira fileira durante o louvor e, de repente, vi aquele anjo na plataforma. Imediatamente, soube que era o meu anjo. Vi esse anjo com um formato transparente esbranquiado, com suas asas estendidas para fora. Era essa a sua aparncia nas vezes em que fui escalado para pregar. Ficava em p junto ao grupo de louvor ou ao lado do plpito. Comecei a confiar no fluir divino de Deus em minha vida, quando vi aquele anjo. Mas naquele dia, em Atlanta, havia algo diferente nas aes do anjo. S no sabia o qu. "Se o Senhor est lhe tocando neste momento, por favor, venha para frente", instruiu o pastor Madava e fui para l o mais rpido possvel. Fiquei ali, esperando no Senhor, e meu anjo veio e me segurou de novo, como se estivesse me imobilizando s que desta vez, estava mais apertado. "O que ele est fazendo?", pensei, de novo. "Por que est fazendo isso?" De repente, decolou em direo ao cu. A nica coisa com que poderia comparar aquilo um foguete e seu propulsor. Eu era o foguete, ele o propulsor e ns simplesmente partimos.

Em um segundo, levou-me diretamente Presena de Deus. Vi umas nuvens escuras acinzentadas como em uma tempestade girando. Havia luzes piscando como relmpagos e tudo distncia parecia ser iluminado. Em um piscar de olhos, ns passamos por criaturas que se prostravam e adoravam a Deus. Naquele momento, cheguei a pensar que aqueles deveriam ser os quatro seres viventes. Quando olhei atravs das nuvens, fiquei maravilhado com o que vi. Olhos de fogo olhos penetrantes, bem vermelhos estavam se achegando a mim. Nada poderia se esconder daqueles olhos nem nos cus e nem na Terra. Fui tomado por um respeitoso temor do Deus vivo. Minha ateno foi, ento, desviada para o que havia acima dos olhos. Vi cabelos brancos, esvoaantes, ondulados e grossos surgirem atravs das nuvens. No vi nenhuma forma corprea, nem facial. Quando menos esperava, o anjo me ergueu e me colocou no colo do Senhor em uma posio quase fetal. O momento era simplesmente incrvel. Senti uma paz profunda e tive uma sensao de conforto que mal posso descrever. Parecia que o anjo queria mostrar mais coisas ou contar mais, mas isso no aconteceu. De repente, bum! Voltei para o meu corpo, em p no altar, com minhas mos levantadas a mesma posio que estava antes de minha experincia com o anjo. Voltei exatamente no mesmo momento em que o pastor Madava imps suas mos sobre mim. Ca e "apaguei" durante um bom tempo. Encharcado da Presena do Senhor, no parava de clamar, "Quero mais de Ti... Quero mais de Ti... Quero mais de Ti". s vezes, relutava dentro de mim contra as experincias maravilhosas que ocorreram comigo no Rio e em Atlanta. Durante um bom tempo, foi difcil falar a respeito dessas coisas. Acho que sou uma das pessoas com as menores chances de estar tendo esse tipo de experincia sobrenatural. Por causa de meu histrico batista, queria uma confirmao bblica de tudo aquilo que havia experimentado. O Senhor comeou a revelar os versculos para mim, enquanto estudava. S Ele sabia o quanto isso seria necessrio para aquietar meu corao com relao a essa nova dimenso do trabalhar poderoso de Seu Esprito em nossas vidas. Ele primeiramente me mostrou Salmos 97:1-5 (destaque do autor),O SENHOR reina; regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas.

Nuvens e escurido esto ao redor dele; justia e juzo so a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor. Os seus relmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeu. Os montes derretem como cera na presena do SENHOR, na presena do Senhor de toda a terra.

No havia entendido as nuvens e escurido ao redor do Senhor. No tinha a aparncia que imaginara. Mas, com certeza, condiz com a Palavra, incluindo Salmos 18:11-12,Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilho que o cercava era a escurido das guas e as nuvens dos cus. Ao resplendor da sua presena as nuvens se espalharam, e a saraiva e as brasas de fogo.

Quando me aprofundei, encontrei Apocalipse 1:14, que confirmou a aparncia do Senhor. "E a sua cabea e cabelos eram brancos como l branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo." Vi exatamente o que o apstolo Joo viu! Em Apocalipse 4:1-8 (destaque do autor), encontrei uma passagem inteira que descreve as atividades ao redor do trono de Deus:"DEPOIS destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no cu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado no Esprito, e eis que um trono estava posto no cu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparncia, semelhante pedra jaspe e sardnica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro ancios vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeas coroas de ouro. E do trono saam relmpagos, e troves, e vozes; e diante do trono ardiam sete lmpadas de fogo, as quais so os sete espritos de Deus.

E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrs. E o primeiro animal era semelhante a um leo, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma guia voando. E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e no descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que , e que h de vir".

No dia seguinte, naquela mesma conferncia em Atlanta, o pastor Henry Madava falava sobre o fogo de Deus. Ele leu Salmos 104:4, "Faz dos seus anjos espritos, dos seus ministros um fogo abrasador". Relacionou esse versculo ao Corpo de Cristo como servos do Senhor que devem ser "cheios do fogo de Deus". Vi um anjo com mais ou menos o dobro da altura do pastor Madava (por volta de quatro metros de altura) atrs dele. O anjo usava uma veste parecida com um manto e suas mos estavam estendidas. Era enorme, aparentava ser poderoso e de sua presena saa um brilho cintilante. O anjo acompanhava o pastor Madava para onde quer que ele fosse. O momento das pessoas se achegarem ao altar se aproximava e o pastor Madava comeou a convidar o poder de Deus a invadir o auditrio. "Que o seu F-O-G-O caia sobre este lugar", ele orava ardentemente. "Que cada pessoa nesse lugar seja cheia do fogo de Deus". Vi uma fileira de anjos acima da plataforma que cobriam o santurio com fogo. Era como um lenol ou cobertor gigante de fogo vindo e se transformando em chamas individuais de cores laranja e dourada. Aquelas chamas se transformaram em bolas de fogo que, de repente, comearam a cair sobre cada pessoa naquele lugar. "Preste ateno no que vai acontecer", o Senhor me disse. As bolas de fogo caam sobre aqueles que estavam abertos e famintos. Receberam na mesma hora. Outros estavam apenas sentados, observando o que estava acontecendo. As bolas de fogo balanavam acima de suas cabeas, mas no caam. Ento notei que seus semblantes foram mudando. Conforme se rendiam ao Esprito Santo, instantaneamente as bolas de fogo caam sobre eles. Mas havia outras pessoas sobre as quais as bolas de fogo pairavam por um tempo e acabavam indo embora e desaparecendo. Essas pessoas no receberam. "O que significa tudo isso?", pensei.

O Senhor comeou a me mostrar que havia trs grupos de pessoas. Aqueles que receberam instantaneamente haviam se entregado a Deus. O segundo grupo recebeu devagar, conforme foi se rendendo quilo que Deus estava fazendo e, s ento, as bolas caam sobre eles. Mas o ltimo grupo no recebeu nada. Perguntei ao Senhor por que no haviam recebido. Ele disse que foi por causa de reas como orgulho, dificuldade de controle e vcios em suas vidas que no haviam sido entregues a Ele. Esses obstculos no permitiam que recebessem aquela grande beno de Deus. Aquelas pessoas no receberam nada daquilo que estava disponvel para todos!

Captulo 5 A MINISTRAO DOS ANJOS"A Palavra deixa claro que Deus quer que ns saibamos da existncia de anjos e conheamos a natureza de suas aes. No devemos, portanto, deduzir que seu ensinamento sobre anjos no tem nada a ver com nossas vidas, hoje. Pelo contrrio, h vrias maneiras pelas quais nossas vidas crists sero enriquecidas pela cincia da existncia e ministrao de anjos no mundo, hoje."- Wayne Sistemtica". Grudem, trecho do livro "Teologia

A Bblia faz uma pergunta extraordinria em Hebreus 1:14 a respeito dos anjos. "No so porventura todos eles espritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que ho de herdar a salvao?" Os anjos esto aqui para dar assistncia aos herdeiros da salvao os crentes em suas tarefas na Terra dadas por Deus. Ao estudar a Palavra, uma pessoa pode concluir que eles foram criados como seres espirituais que podem se tornar visveis quando necessrio. Martinho Lutero, o grande reformador alemo, disse que "um anjo uma criatura espiritual sem um corpo, criado por Deus para servir ao Reino de Cristo e igreja.". Com relao a Hebreus 1:14, a Spirit Filled Life Bible (Bblia da Vida Cheia do Esprito) afirma: "Eles 'ministram' (do grego, diakonia); isto , fazem seu 'trabalho diligente, do assistncia'. So espritos ministradores, ou assistentes celestiais e continuam ativos at hoje..."

Interveno AngelicalAtos 12:6-17 um exemplo maravilhoso de um anjo sendo enviado pelo Senhor para resgatar Pedro da priso e de uma possvel execuo. Pedro foi preso durante a Pscoa, pouco depois da morte do apstolo Tiago (irmo de Joo). bvio que o rei Herodes Agripa esperou essa poca, porque havia mais judeus na cidade do que o normal durante a Pscoa e suas aes gerariam um grande temor naquele grupo de crentes que acabara de se formar. Mas as incessantes oraes (versculo 12) que

foram feitas por Pedro afetaram grandemente o desfecho desses eventos. Um anjo de Deus acordou Pedro e, logo depois, suas correntes caram. O anjo disse a ele, "... Levanta-te depressa. E caram-lhe das mos as cadeias. E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lana s costas a tua capa, e segueme." (versculos 7 e 8). Em seguida, as portas da priso iam se abrindo instantaneamente, conforme Pedro ia seguindo o anjo. O apstolo achava que estava tendo uma viso, mas finalmente se deu conta do que estava acontecendo (versculo 11). Quando Pedro chegou casa da me de Joo Marcos, onde as pessoas estavam reunidas para orar, a criada Rode atendeu a porta e ficou to contente... que voltou correndo para dentro da casa, anunciar sua chegada. Os crentes responderam de modo estranho. " o seu anjo", disseram a ela (versculo 15). Creio que manifestaes angelicais eram comuns no Primeiro Sculo. Esses primeiros cristos no pareciam estar muito surpresos com o fato de Pedro ter sido solto por meio de uma interveno angelical. Isso nos leva a crer que a apario de anjos era mais comum naqueles dias.

Nmeros de AnjosNa Palavra, h aproximadamente 300 referncias a anjos; interessante que h mais referncias a anjos no Novo Testamento (por volta de 165 ocasies) do que no Velho Testamento (onde h pouco mais de 100). A meno a anjos no existe em apenas alguns livros da Bblia, e sim em 34 deles; a comear pelo primeiro, Gnesis, at o ltimo, Apocalipse. A quantidade exata de anjos um ponto discutido por telogos desde os tempos bblicos. Em resposta a essa pergunta, o Rei Davi escreveu: "Os carros de Deus so vinte milhares, milhares de milhares..." (Salmos 68:17). Matthew Henry fez um comentrio sobre Salmos 68:17: "Os anjos so 'os carros de Deus'. So seus carros de guerra, que Ele usa contra Seus inimigos; so carros para transporte, que Ele envia para Seus amigos, como fez com Elias... So seus carros oficiais, em meio aos quais mostra Sua glria e poder". "So numerosos: Vinte mil'; chegam a ser 'milhares de milhares'". No importa o nmero exato, a hoste ou companhia angelical, sabemos que enorme o contingente. Hebreus 12:22 chama esse nmero de "muitos milhares de anjos". Em sua viso na Ilha de Patmos, que se tornou o livro de Apocalipse, o apstolo Joo registra uma cena de anjos adorando ao Senhor Jesus:

E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos ancios; e era o nmero deles milhes de milhes, e milhares de milhares, Que com grande voz diziam: Digno o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e fora, e honra, e glria, e aes de graas. (Apocalipse 5:11-12).

"Milhes de milhes, e milhares de milhares" a quantidade de anjos ao redor de Jesus no trono. Apesar das opinies teolgicas a respeito do nmero de anjos variarem, a Bblia no especfica no assunto. Apocalipse 19:14 afirma que "os exrcitos que h no cu" voltaro com o Senhor Jesus para a batalha de Armagedom.

Uma Ministrao de Conforto e ForaDiz-se que Salmos 103:20-21 explica os cinco tipos de ministrao dos anjos. "Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, vs que excedeis em fora, que guardais os seus mandamentos, obedecendo voz da sua palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exrcitos, vs ministros seus, que executais o seu beneplcito". Ao ler essa passagem, creio que esses versculos mostram o propsito de Deus para os anjos; eles existem para servi-Lo em cinco funes diferentes, alm de bendiz-Lo e ador-Lo. Os cinco propsitos listados aqui parecem estar diretamente ligados ao papel dos anjos enviados para servir aos crentes (Hebreus 1:14): (1) So cheios de fora; (2) cumprem os seus mandamentos; (3) obedecem voz da sua palavra; (4) ministram (servem) ao Senhor; e (5) executam a sua vontade. Em pelo menos dois lugares no Novo Testamento Mateus 4:11 e Lucas 22:43 a Bblia faz meno aos anjos que ministraram o nosso Salvador. Quando lemos essas passagens, fica claro que os anjos tinham um papel importante no ministrio de Jesus; ministrio esse que continua at os dias de hoje, atravs da vida dos ministros chamados por Deus e, logo, na vida de todos os crentes. Em Mateus 4, aps jejuar por 40 dias e noites, Jesus foi tentado pelo prprio Satans. Obviamente esgotado por causa do jejum e de seu encontro com o tentador, Jesus precisava ser ministrado pelos anjos. "Ento o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam," (versculo 11). Na Spirit Filled Life Bible (Bblia da Vida Cheia do Esprito) a palavra angelos destacada em Mateus 4:11. "Da palavra angello, 'entregar uma mensagem'; portanto, um mensageiro. No Novo

Testamento a palavra tem um sentido especial; refere-se a um importante ser espiritual celestial muito prximo de Deus, que opera como mensageiro do Senhor, enviado Terra para executar Seus propsitos e faz-los conhecidos entre os homens." Em Lucas 22, Jesus vai at o Monte das Oliveiras com seus discpulos para um tempo especial de orao antes de sua priso e crucificao. A Bblia descreve a agonia daquele momento: "... e o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam at ao cho", (versculo 44). O versculo 43 diz: "E apareceu-lhe um anjo do cu, que o fortalecia.". Se o prprio Senhor enfrentou batalhas nesta Terra que requisitaram a ministrao e o poder fortalecedor dos anjos, imagine o quanto ns no necessitaramos do mesmo tipo de ajuda e interveno! Deixe-me contar uma histria sobre minha famlia. Meu pai, Harmon Oates, causou um impacto profundo e duradouro sobre minha vida com o Senhor. Era um cristo devoto, sempre envolvido com sua igreja local e servindo em diversos eventos evangelsticos da comunidade para tocar as vidas dos necessitados. Tambm fez parte do ministrio carcerrio do ex-jogador de futebol americano Bill Glass e participou da liderana de outro ministrio carcerrio, baseado na Flrida, Estados Unidos. Aps um longo perodo com enfisema, meu pai faleceu. Antes de sua morte, ele me pediu para fazer o ofcio fnebre e eu sabia que teria uma difcil tarefa pela frente. Como um pastor encara o funeral de seu prprio pai sem passar mal? No tinha certeza alguma se iria conseguir. Depois de fazer a introduo, fui tomado pela emoo e no sabia se continuaria. Meu irmo, Charles, leu algumas passagens bblicas favoritas de meu pai, enquanto sentava e tentava me recompor. "No sei se conseguirei fazer isso, Senhor", orei. "Preciso de ajuda urgente." Ento, olhei para o corredor central e vi um anjo em p bem ali. Na verdade, ele parecia uma verso menor de um anjo que vira em Manaus, vrias vezes. Quando reparei, vi anjos lado a lado ao redor do recinto e todos seguravam espadas desembainhadas. Aquilo me transformou na mesma hora. Sabia que a Presena de Deus estava naquele lugar e que tudo daria certo. Aquele turbilho de emoes se aquietou ao sentir a paz de Deus invadindo meu ser. A fora veio no exato momento em que subi no plpito e comecei a ministrar no poder do Esprito de Deus a famlia de meu pai e amigos que ali estavam. S o Senhor sabia que precisava da fora e encorajamento de Seus anjos. Lembrei-me das palavras em Salmos 91:11-12, "Porque aos

seus anjos dar ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentaro nas suas mos, para que no tropeces com o teu p em pedra". Billy Graham, em seus estudos a respeito de Salmos 91:11-12, afirma que cada um de ns tem seus prprios anjos da guarda. Quando observa o plural em "anjos", no texto, conclui que cada crente deve ter pelo menos dois anjos cuja tarefa proteg-lo.

Os Anjos e a CuraEm Joo 5:1-4 h a histria sobre o tanque de Betesda em Jerusalm, onde o trabalhar de um anjo produz cura nos enfermos que entrassem na gua.Nestes jazia grande multido de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da gua. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a gua; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da gua, sarava de qualquer enfermidade que tivesse, (versculos 3-4).

Deus derramou da Sua glria em alguns cultos na cidade de Mau, na grande So Paulo, de uma forma parecida com o ocorrido em 1 Reis 8:11, onde "...os sacerdotes no podiam permanecer em p para ministrar, por causa da nuvem, porque a glria do SENHOR enchera a casa do SENHOR." Ningum conseguia ficar em p em Mau, tambm. Falava, naquele dia, sobre "A Glria de Deus" e, durante a pregao, Seu poder nos sobreveio. As pessoas comearam a chorar. Outras caam no cho. Minha intrprete caiu no cho com seus culos fora do lugar e seu microfone saiu rolando. O pastor da igreja veio at a frente e tentou reergu-la sem nenhum xito. Trouxeram outro intrprete e, enquanto isso, perguntava em silncio ao Senhor o que deveria fazer. "No faa nada", o Senhor respondeu. "Preste ateno no que farei." Veio mais uma onda naquele lugar, desta vez mais intensa que a primeira. A terceira onda que passou por ns era to forte e densa que no conseguia ficar em p. Fiquei meio que esticado com meus braos agarrados ao plpito, mas meus ps pareciam chumbo. No conseguia movimentar minhas pernas para evitar que casse e comecei a escorregar pelo plpito. Fiquei estirado no cho por mais de uma hora e meia.