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Ricardo Abramovay - Desenvolvimento e instituies: a importncia daexplicao histrica in - ARBIX, Glauco, ZILBOVICIUS, Mauro e ABRAMOVAY, Ricardo Razes efices do desenvolvimento UNESP/EDUSP - 2001Trs autores: (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).Segundo os autores o crescimento uma condio necessria para o combate pobreza. Entretanto nos anos 1990 h uma inverso desta questo, a indagao inovadora consiste em saber se a vitria sobre a pobreza pode ser um estmulo significativo para o prprio crescimento econmico. Assim, o fenmeno da desigualdade passa a ser um tema mais discutido no apenas no mbito exclusivamente da Socilogia, mas tambm no campo das cincias econmicas (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001). Foco na viso de Douglas North Quais os determinantes bsicos do fenmeno do desenvolvimento que so comuns no mundo Ocidental? O ponto de partida de North era a constatao de que um conjunto considervel de naes havia conseguido um padro de crescimento em que a pobreza se tornara inoritria em seus organismos sociais. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001). A razo deste desempenho que a organizao econmica eficiente constitui a chave para o crescimentoA organizao eficiente implica o estabelecimento de arranjos institucionais e direitos de propriedade que criam um incentivo para canalizar o esforo econmico individual para atividades que aproximam as taxas privadas e sociais de retorno (North e Thomas, 1973:1). O que explica o crescimento econmico sustentado destas naes no sua capacidade inovadora, a democratizao do ensino e a valorizao do conhecimento: inovao, economias de esla, educao, acumulao de capital, etc. no so causas do crescimento: eles so o crescimeo (North e Thomas. 1973:2). O que quer dizer organizao eficiente - A verdadeira causa do desenvolvimento - e por que a nfase na organizao representa uma virada to significativa na compreenso do desenvolvimento? O trabalho de Douglass North procura responder a esta pergunta promovendo uma trplice ruptura com o pensamento neoclssico. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).i. Desenvolvimento e coordenaoOs custos de uma economia so fatores determinados, em ltima anlise, pelas transaes. As Instituies teriam papel preponderante na reduo da incerteza dos indivduos, partindo do pressuposto que as aes humanas, embora reconhecidamente abstratas, sejam minimamante previsveis. Partindo dessa anlise, o pas estar num estgio de subdesenvolvimento implica num ambiente social eum que a cooperao humana inibe a inovao, apoiando-se na imobilidade hierrquica, bloqueando a ampliao do crculo em que se movem as pessoas. Assim o segredo do desenvovimento reside nas instituies, nas formas de coordenar a ao dos indivduos e dos grupos socais. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).O Subdesenvolvimento segundo North caractereizado por uma combinao de instituies que bloqueiam asinovaes. As Sociedades que conseguem superar essa fase do desenvolvimento so eficientes em inibir o surgimento dos potenciais produtivos dificultando as formas no hierrquicas de cooperao em que se pode fundamentar o prprio crescimento. A pobreza um desses empecilhos para o crescimento, assim uma condio bsica para o crescimento est ligado a valorizao das atividades dos mais pobres. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001). ii. Mercados e estruturas- A exigncia de uma abordagem histrica do processo de desenvolvimento conduz Douglass North a questionar o fundamento bsico da prpria cincia econmica. Num texto dedicado ao trabalho de Karl Polanyi ele observa o fato peculiar de que a literatura em economia contenha to pouca discusso sobre a instituio central subjacente economia neoclssica o Mmercado (North, 1977). A dimenso do conceito de Mercado como estruturas sociais, como props Adam Smith, foi sendo esquecida ao longo da histria da cincia econmica. O que procura mostrar Douglas North que no existe um mecanismo de ajuste dos preos, pois as operaes de mercado esto imersos num conjunto de de regras, normas e expectativas que no variveis em relao mudanas de ofertas e demanda. Logo, impossvel pensar o sistema econmico na sncia das instituies. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001). O importante para o estudo do desenvolvimento analisar como o processo histrico no a noo abstrata de regulador de preos mas entend-lo em seu processo histrico, que flete poder, estruturas, convices, normas e controles sociais.iii. O gradualismo das mudanas sociaisA principal concluso poltica do pensamento institucionalista que mudanas sociais resultam necessariamente de uma acumulao gradual e, na maior parte das vezes, lenta. As colnias escravistas no se apoiaram na separao entre trabalho e conhecimento. No se trata apenas de investir em educao nos centro do processo de desenvolvimento. Numa sociedade heterognea e nveis altos de desigualdade social, essa tarefa de generalizar o processo de educao se torna muito mais difcil, refletindo uma atitude difusa que transpira por todos os poros do organismo social (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).No h uma receita para o Desenvolvimento, tampouco um tempo determinado para que um pas supere o estgio de subdesenvolvimento. Douglas North, no entanto, prope que essa superao um processo gradual. A construo de uma nova sociedade reresenta muito mais a transormao que a ruptura com as organizaes existentes, essa pode ser uma explicao aceitvel para entendermos porque os regimes autoritrios no alcanaram os resultados esperados (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001). Assim retomando alumas ideias do filsofo italiano Antonio Gramsci " a mudana social corresponde a um processo de transformaes na cultura, no poder dos grupos sociais, na representao dos indivduos que os faz adotar modalidades organizativas desestimuladas at ento. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).ConclusoO dilema entre crescimento e desenvolvimento, deve antes de mais nada discutir o pensamento institucionalista. Uma sociedade que concentra extremamante a renda dificilmente conseguir transmitir a confiana a seus cidados, inviabilizando que se formem as estruturas capazes de valorizar de maneira generalizada as atividades produtivas. Existe uma vasta literatura que segundo a qual os pases que conseguiram superar a fase de subdesenvolvimento na segunda metade do sculo XX, foram os que apoiaram-se numa ampla redistribuio de renda, resultando num crescimento dinmico. (ABRAMOVAY; ARBIX; ZILBOVICIUS, 2001).