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Academia Volkswagen - Pós-Vendas Apostila autodidática 336 Filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico Desenho e funcionamento

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Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Apostila autodidática 336

Filtro de partículas Dieselcom recobrimento catalíticoDesenho e funcionamento

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Apresentação

1Academia Volkswagen - Pós-Vendas

S336_231

A redução das emissões de partículas representa hoje em dia um grande desafio para o controle das emissões em veículos com motor Diesel.

Adicionalmente às medidas aplicadas ao motor, o filtro de partículas tem uma importância especial com respeito ao tratamento dos gases de escape.

O filtro de partículas representa um componente eficaz para eliminar as partículas de hollín contidas nos gases de escape dos motores Diesel, devido às características específicas do sistema.

Os sistemas de filtração mais utilizados constam de um catalisador de oxidação e o próprio filtro de partículas. No caso do filtro de partículas com recobrimento catalítico da Volkswagen foi combinado o catalisador e o filtro de partículas em uma peça. Assim é possível queimar, de forma continua, as partículas, sem ter que adicionar um aditivo ao combustível, graças ao desenho específico e a montagem do componente bem próximo ao motor.

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Índice

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Introdução .................................................................................................................................3

Aspectos gerais.....................................................................................................................3

Gases de escape ...................................................................................................................4

Origens dos contaminantes no ciclo da combustão..........................................................5

Partículas ...............................................................................................................................7

Partículas de hollín ...............................................................................................................7

Medidas para reduzir as emissões de partículas ...............................................................9

Desenho e funcionamento .......................................................................................................11

Sistema do filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico.................................11

Filtro de partículas ................................................................................................................12

Fase de regeneração ............................................................................................................14

Saturação de hollín no filtro de partículas..........................................................................19

Ciclo de pós-injeção na fase de desaceleração..................................................................20

Cames de injeção..................................................................................................................21

Estrutura do sistema ................................................................................................................22

Sensores e atuadores ...............................................................................................................23

Sensor de pressão 1 para gases de escape G450..............................................................23

Sensor de temperatura antes do filtro de partículas G506 ...............................................25

Sensor de temperatura depois do filtro de partículas G527 .............................................26

Sensor de temperatura antes do turbocompressor G507.................................................27

Sonda lambda G39 ...............................................................................................................28

Medidor de massa de ar G70...............................................................................................29

Luz indicadora de excesso de contaminação K83 (MIL)....................................................29

Luz indicadora para filtro de partículas Diesel K231..........................................................30

Esquema de funções.................................................................................................................31

Esquema de funções ............................................................................................................31

Limites do sistema....................................................................................................................32

Percursos em trajetos curtos ...............................................................................................32

Considerações sobre o combustível e o óleo lubrificante do motor................................32

Emissões ...............................................................................................................................33

Teste seus conhecimentos.......................................................................................................34

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Introdução

3Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Aspectos gerais

Na combustão do óleo Diesel se produz resíduos dos mais diversos tipos. Os componentes diretamente perceptíveis que compõe os gases de escape, quando o motor funciona a frio, são hidrocarbonetos não oxidados ou parcialmente oxidados, existentes em forma de gotículas que se apresentam como uma fumaça branca e são aldeídos um com forte odor.

Nos motores Diesel, além dos contaminantes gasosos também são emitidos sólidos particulados nos gases de escape que, sob o conceito genérico de «partículas», vêm sendo tratados nas discussões atuais sobre as substâncias nocivas para a sáude e o meio ambiente.

A Volkswagen busca uma estratégia a longo prazo no que diz respeito a redução das emissões de contaminantes nos gases de escape – não só das partículas Diesel, mas também dos outros componentes dos gases de escape, tais como hidrocarbonetos e óxidos nítricos. Há anos que a Volkswagen vêm se esforçando para otimizar os processos da combustão e reduzir as emissões de hollín em seus motores Diesel e com êxito: por exemplo, em 1999 quando lançou o Lupo 3L TDI, um veículo que na época cumpria a severa Norma Euro 4 sobre as emissões contaminantes, seis anos antes desta entrar em vigor no ano 2005 na Europa.

A Volkswagen sempre buscou, de forma determinada, o desenvolvimento do motor Diesel limpo e, com isso, demonstra sua responsabilidade pela proteção do meio ambiente. Exemplos disso é a tecnologia TDI, caracterizada por uma maior eficiência, menor consumo de combustível e índices mínimos de ruído. A Volkswagen seguirá melhorando a combustão dos motores, para reduzir ainda mais o consumo de combustível e as emissões de contaminantes diretamente na fonte de sua geração.

S336_233

Filtro de partículas Diesel

com recobrimento

catalítico

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Gases de escape

Normativas sobre os gases de escape

Na Alemanha, na Europa e em nível mundial vêm sendo tomadas determinações e ditadas Normas legais, com o objetivo de reduzir as emissões de contaminantes no ar. Atualmente existe a Norma européia sobre emissões de contaminantes EU1 até EU6, que especificam, para a indústria automotiva, os limites das emissões contaminantes para a homologação de novos modelos de veículos.

Normas EU

As Normas EU regem os limites sobre as emissões de escape na Europa.

Quanto mais recente o nível da Norma mais severos e abrangentes são os limites sobre as emissões, ou seja, a Norma EU4 é mais severa que a EU3, assim como a EU5 é mais severa que a EU4 e assim por diante.

No Brasil, a Norma que rege os limites de emissões contaminantes de veículos automotores é o Proconve que segue o mesmo nível de exigência das Normas EU. No entanto, os limites determinados e os contaminantes que são controlados podem divergir entre essas Normas.

Previsão para o futuro

Para o futuro uma coisa é certa: as Normativas serão cada vez mais severas, ou seja, os limites admissíveis de emissões de gases contaminantes serão cada vez menores, assim como o limite de emissões de partículas de hollín para veículos movidos a Diesel. Por esse motivo, é necessário que todos os veículos com motor Diesel sejam equipados com um filtro de partículas.

S336_026

0,2

0,6

0,4

0,8

g/km

HC + NOXCO PMNOX

EU3 EU4 EU3 EU4 EU3 EU4 EU3 EU4

0,64

0,50

0,56

0,30

0,50

0,25

0,05 0,025

Monóxido de carbono Hidrocarboneto e

óxidos nítricos

Óxidos nítricos Partículas de hollín

Limites de emissões de escape admitidos para motores Diesel (ex. segundo EU)

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Origens dos contaminantes no ciclo da combustão

A geração de contaminantes e, especialmente, as emissões de partículas de hollín, dependem do processo de combustão no motor Diesel. Este processo está sujeito, por sua vez, a múltiplos fatores de desenho, propriedades do combustível e fatores atmosféricos.

O quadro a seguir mostra os componentes de entrada e de saída do motor Diesel no ciclo da combustão.

aprox. 67%

CO2

H2ON2

aprox. 12%

aprox.

11%

HC

NOX

CO

O2

SO2

PM

aprox.

0,3%

aprox

.

10%

S336_108

Combustível injetado:

HC Hidrocarbonetos

S Enxofre

Ar aspirado:

O2 Oxigênio

N2 Nitrogênio

H2O Água

(Umidade do ar)Gases de escape:

O2Oxigênio

N2Nitrogênio

H2OÁgua

CO2Dióxido de carbono

COMonóxido de carbono

HCHidrocarbonetos

SO2Dióxido de enxofre

NOxÓxidos nítricos

PM Partículas de hollín(PM = inglês: particulate matter)

No que diz respeito ao efeito nocivo para o meio ambiente e para a saúde, os gases de escape do motor Diesel contém componentes que merecem uma análise diferenciada.

São catalogadas como substâncias inofensivas os componentes já existentes na atmosfera, que são o oxigênio, o nitrogênio e a água.

O dióxido de carbono, um gás natural contído na atmosfera, encontra-se dentro de uma margem limite com respeito a essa catalogação. Mesmo não sendo tóxico é considerado um dos causadores do efeito estufa em função do aumento e sua concentração.

São consideradas nocivas as substâncias como o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos, o dióxido de enxofre, os óxidos nítricos e as partículas de hollín.

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Substâncias nocivas nos gases de escape

O monóxido de carbono (CO) é produzido em função de uma combustão incompleta dos combustíveis que contém carbono, quando há uma combustão com falta de oxigênio. É um gás incolor, inodoro e insípido.

Se dá o nome de hidrocarboneto a uma grande quantidade de combinações diferentes (por exemplo C6H6, C8H18), que se produzem após uma combustão incompleta.

O dióxido de enxofre é gerado em virtude da combustão de um combustível contendo enxofre. É um gás incolor e com forte odor. O conteúdo de enxofre no combustível vêm sendo reduzido cada vez mais.

Os óxidos nítricos (por exemplo NO, NO2, ...) são produzidos devido a alta pressão, alta temperatura e excesso de oxigênio durante a combustão no motor.

Se falta oxigênio partículas são produzidas de hollín como consequência de uma combustão incompleta.

S336_014

CO

Monóxido de

carbono

S336_016

HC

Hidrocarbonetos

S336_018

SO2

Dióxido de enxofre

S336_020

NOx

Óxidos nítricos

S336_022

Partículas de hollín

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7Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Partículas

A palavra partícula é utilizada como terminologia genérica para todos os corpúsculos, sólidos ou líquidos, produzidos por abrasão, trituração, erosão, condensação, assim como por uma combustão incompleta. Estes processos geram partículas de diferentes formas, dimensões e estruturas.

As partículas são consideradas contaminantes, por serem tão pequenas, a ponto de poderem flutuar em gases prejudicando o organismo.

Partículas de hollínDurante o processo de combustão em um motor Diesel são produzidas partículas de hollín. São esferas microscópicas de carbono, com um diâmetro de aproximadamente 0,05 μm. Seu núcleo é de carbono puro e em torno deste núcleo se aderem diversas combinações de hidrocarbuonetos, óxidos metálicos e enxofre.

Certas combinações de hidrocarbonetos são catalogadas como críticas para a saúde.

A composição exata das partículas de hollín depende da tecnologia do motor, as condições de aplicação e o combustível utilizado.

Carbono

HidrocarbonetosSO4 (sulfato)

Enxofre e óxidos metálicos

H2O (água)

S336_182

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Origem das partículas de hollín

A geração das partículas de hollín no motor Diesel depende de diferentes fatores que intervém na combustão, tais como a alimentação de ar, a injeção e a propagação da chama.

A qualidade da combustão depende do modo como se forma a mistura do ar com o combustível.

A mistura pode resultar rica em certas zonas da câmara de combustão, por não haver oxigênio suficiente disponível. Neste caso, a combustão se torna incompleta e se produzem partículas de hollín.

A massa e a quantidade das partículas dependem, portanto, da qualidade obtida na combustão no motor. O sistema de injeção Common Rail estabelece uma combustão eficiente, graças a alta pressão da injeção e um desenvolvimento do ciclo de injeção, que se adapta às exigências impostas ao motor, reduzindo a geração de partículas de hollín durante o processo da combustão.

Contudo, a alta pressão de injeção e a refinada pulverização do combustível obtida como consequência não necessariamente se traduz em partículas menores.

Em medições efetuadas foi comprovado que o tamanho das partículas nos gases de escape é muito parecido, indiferentemente do princípio da combustão do motor, ou seja, com câmara de turbulência, sistema Common Rail ou injetor bomba.

Partícula de hollín típica, como a gerada durante a

combustão no motor Diesel

S336_013

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9Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Medidas para reduzir as emissões de partículas

A redução das emissões de escape do motor Diesel constitui um objetivo importante para que o mesmo possa continuar a ser utilizado nos veículos. Para a redução das emissões de escape existe uma série de soluções técnicas aplicáveis.

Nesse aspecto diferenciam-se entre medidas internas e externas nos motores.

Medidas internas

Mediante medidas internas se torna possível alcançar uma redução das emissões.

Uma otimização eficaz da combustão contribui para que substâncias contaminantes não sejam produzidas.

Pertencem às medidas internas:

• o desenho dos dutos de admissão e de escape, para estabelecer ótimas condições de fluxo.

• altas pressões de injeção, por exemplo, com a tecnologia Common Rail.

• o desenho da câmara de combustão, por exemplo, reduzindo o espaço nocivo e otimizando a geometria da câmara na cabeça do pistão.

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Medidas externas

Através de medidas externas pode-se evitar a emissão das partículas de hollín que são geradas por causa da combustão. A redução das partículas de hollín é possível em função de um sistema de filtração.

Neste aspecto se distinguem dois sistemas - o filtro de partículas Diesel com aditivo e o filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico. Nas páginas seguintes será explicado exclusivamente a arquitetura e o funcionamento do filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico, o qual é utilizado nos veículos Volkswagen.

Sistema com aditivo

Este sistema é utilizado em veículos com o filtro de partículas instalado longe do motor. Devido ao longo trajeto dos gases de escape entre o motor e o filtro de partículas, a temperatura de combustão necessária para a combustão das partículas somente pode ser atingida adicionando-se um aditivo.

S336_142

750 °C

620 °C 500 °C

Catalisador de

oxidação Fíltro de partículas

Temperatura dos gases de

escape na fase de regeneração

Sistema com recobrimento catalítico

Este sistema é utilizado nos veículos com filtro de partículas instalado próximo ao motor. Devido a curta distância percorrida pelos gases de escape entre o motor e o filtro de partículas, a temperatura dos gases de escape já é suficiente para a combustão das partículas.

S336_144

750 °C

620 °C

Filtro de partículas com catalisador

de oxidação integrado

Temperatura dos gases de

escape na fase de regeneração

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Desenho e funcionamento

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Sistema do filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico

O quadro geral abaixo representa os componentes do sistema de filtração de partículas Diesel.

1 2

4

5

8

6

S336_030

79

10

11

12

3

1 Unidade de Controle do instrumento combinado J285

2 Unidade de Controle do motor

3 Medidor de massa de ar

4 Motor Diesel

5 Sensor de temperatura antes do turbocompressor G507

6 Turbocompressor

7 Sensor de temperatura antes do filtro de partículas G506

8 Sonda lambda G39

9 Filtro de partículas

10 Sensor de pressão 1 para gases de escape G450

11 Sensor de temperatura depois do filtro de partículas G527

12 Silenciador

O quadro mostra um sistema com escape simples. Nos sistemas de escape múltiplos, os

filtros de partículas e os sensores são instalados respectivamente em cada ramal dos

gases de escape.

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Filtro de partículas

O filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico está situado na tubulação de escape, logo após o turbocompressor.

São combinados dois componentes em uma unidade compartilhada: o catalisador de oxidação e o filtro de partículas, o que o caracteriza como filtro de partículas com recobrimento catalítico.

Filtro de partículas

Diesel com

recobrimento catalítico

S336_039

Em sua função como filtro de partículas Diesel se encarrega de reter partículas de hollín contidas nos gases de escape. Em sua função de catalisador de oxidação se encarrega de depurar os gases de escape contaminantes hidrocarbonetos (HC) e monóxido de carbono (CO), transformando-os em água (H2O) e dióxido de carbono (CO2).

A informação detalhada sobre o tema catalisador de oxidação pode ser consultada na

apostila autodidática SSP007BR Sistemas de gerenciamento de motores aspirados.

Catalisador de

oxidaçãoFiltro de partículas

Filtro de partículas Diesel

com recobrimento catalítico

Catalisador de oxidação Filtro de partículas

Filtro de partículas Diesel

com recobrimento catalítico

S336_212

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Estrutura

13Academia Volkswagen - Pós-Vendas

O filtro de partículas Diesel consta de um corpo cerâmico alveolar de carboneto de sílicio, alojado em uma carcaça de metal. O corpo de cerâmica está dividido em uma grande quantidade de pequenos condutos paralelos, fechados de forma alternada. Disso resultam condutos de entrada e de saída separados pelas paredes filtrantes.

S336_038

Corpo cerâmico alveolar

S336_154

As paredes filtrantes de carboneto de silício são porosas.

O corpo de carboneto de silício está recoberto com uma combinação de óxido de alumínio e óxido de cério.

Esta combinação é utilizada como substrato para o catalisador. O substrato está recoberto com platina, um metal nobre, que faz a função de catalisador.

Um catalisador é uma substância que promove ou inibe uma reação química, sem participar da mesma e sem sofrer nenhuma modificação por esse motivo.

S336_204

Carcaça de metal

Conduto de

saída

Conduto de

entrada

Parede filtrante

Corpo de

carboneto de

silício

Substrato

(óxido de alumínio

/ óxido de cério)

Catalisador

de platina

Partícula de

hollín

Funcionamento

Devido aos condutos estarem fechados, alternadamente, em direções de entrada e saída, os gases de escape com cargas de hollín tem que passar pelas paredes filtrantes porosas de carboneto de silício.

Em contraste com os componentes gasosos, as partículas de hollín são retidas nos condutos de entrada.

Partícula de hollín

no conduto de

entrada

Conduto de

saída

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Fase de regeneraçãoO filtro de partículas Diesel tem que ser descarregado de forma sistemática das partículas de hollín, para evitar que seja afetada sua capacidade de funcionamento. Durante o ciclo de regeneração se procede a queimar (oxidar) as partículas retidas no filtro. No caso da regeneração do filtro de partículas com recobrimento catalítico existe a regeneração passiva e a regeneração ativa. O ciclo de regeneração ocorre sem que o condutor o perceba.

Zonas de recobrimento no filtro de partículas Diesel

O filtro de partículas Diesel deve ter um comprimento específico para contar com uma grande capacidade de retenção de hollín. Da mesma forma, tem que ser recoberto com uma camada de platina para conseguir o efeito catalítico desejado.

O recobrimento catalítico do filtro de partículas Diesel está dividido por zonas sobre a extensão do filtro.

Na zona anterior há uma grande quantidade de platina, enquanto na zona posterior a quantidade de platina é pequena. O recobrimento diferenciado por zonas traz as seguintes vantagens:

• Ao funcionar o motor em condições Normais, o filtro de partículas Diesel se aquece rapidamente na zona anterior. Devido a alta concentração de platina, como material catalisador, nessa zona anterior, o filtro promove uma ação catalítica rápida.

• Na fase de regeneração, a parte posterior do filtro de partículas Diesel alcança altas temperaturas em razão da combustão das partículas de hollín. Estas altas temperaturas provocam um ataque a longo prazo da platina. Por esse motivo evita-se aplicar na zona posterior um recobrimento espesso com platina, a qual possui um custo elevado.

• Outro motivo pelo qual coloca-se menor quantidade de platina na zona posterior é devido ao envelhecimento do filtro de partículas Diesel.Durante seu período de vida útil é cada vez maior a quantidade de resíduos da combustão depositados na parte posterior, afetando assim o efeito catalítico da platina.

S336_010Zona anterior Zona

posterior

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15Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Regeneração passiva

No ciclo de regeneração passiva as partículas de hollín se queimam de forma contínua, sem intervenção por parte da gestão do motor. A localização do filtro de partículas próximo ao motor permite que, por exemplo, os gases de escape alcancem temperaturas de 350-500 °C ao circular por autoestradas. As partículas de hollín são transformadas, por meio de uma reação com dióxido nítrico, em dióxido de carbono. Esta operação gradual se desenvolve de forma lenta e contínua através do recobrimento de platina, que exerce a função de material catalisador.

A partir dos óxidos nítricos (NOX) e o oxígêno (O2) contidos nos gases de escape é gerado o dióxido nítrico (NO2), com ajuda do recobrimento de platina.NOX + O2 reage produzindo NO2

O dióxido nítrico (NO2) reage com o carbono (C) da partícula de hollín, gerando monóxido de carbono (CO) e monóxido de nitrogênio (NO).NO2 + C reacciona produciendo CO + NO

O monóxido de carbono (CO) e o monóxido de nitrogênio (NO) se combinam com o oxigênio (O2), produzindo dióxido nítrico (NO2) e dióxido de carbono (CO2).CO + NO + O2 reage produzindo NO2 + CO2

Funcionamento

Conduto

de saída

Conduto de

entrada

Parede filtrante

Corpo de

carboneto de

silicio

Substrato

(óxido de

aluminio / óxido

de cério)

Platina

S336_184

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Regeneração ativa

O propósito da regeneração ativa também é queimar as partículas de hollín. Para isso, a gestão do motor se encarrega de produzir um aumento específico da temperatura dos gases de escape. Ao circular por cidade em baixa carga do motor, a temperatura dos gases de escape são demasiadamente baixas para poder realizar um ciclo de regeneração passiva no filtro de partículas.

Como não é possível queimar as partículas de hollín, ocorre uma saturação no filtro. Quando se alcança uma saturação específica de hollín no filtro, a gestão do motor coloca em vigor um ciclo de regeneração ativa, a qual dura cerca de 10 minutos.

As partículas de hollín se queimam, produzindo dióxido de carbono, a partir de una temperatura dos gases de escape de aproximadamente 600°C.

No caso da regeneração ativa as partículas de hollín são queimadas com a ajuda da alta temperatura dos gases de escape. O carbono das partículas de hollín é submetido a oxidação com o oxígênio, transformando-se em dióxido de carbono.C + O2 reage transformando-se em CO2

Funcionamento

Conduto de

saída

Conduto de

entrada

Parede filtrante

Corpo de carboneto

de silícioSubstrato

(óxido de

aluminio / óxido

de cério)

Platina

S336_186

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17Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Funcionamento da regeneração ativa

As partículas de hollín são retidas nos condutos de entrada. A Unidade de Controle do motor pode detectar o nível de saturação do filtro de partículas Diesel com base na análise dos sinais procedentes do medidor de massa de ar, dos sensores de temperatura antes e depois do filtro de partículas, assim como do sensor de pressão 1 para os gases de escape.

Filtro de partículas vazio = baixa resistência ao fluxo

Sensor de pressão 1 para

gases de escape G450

Sinais para a unidade de

controle do motor

S336_042

Sensor de temperatura

antes do filtro de

partículas G506

Medidor de massa

de ar G70

Filtro de partículas vazio

S336_044

Filtro de partículas saturado = alta resistência ao fluxo

Sensor de pressão 1 para

gases de escape G450Sensor de temperatura

antes do filtro de partículas

G506

Medidor de massa

de ar G70

Sinais para a unidade de

controle do motor

Filtro de partículas saturado

Se a saturação de hollín alcança um limite específico, determinado pela gestão do motor, esta coloca em vigor um ciclo de regeneração ativa.

Sensor de temperatura

depois do filtro de

partículas G527

Sensor de temperatura

depois do filtro de

partículas G527

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Gestão do motor durante a execução da regeneração ativa

A Unidade de Controle do motor calcula o estado de saturação do filtro analisando a sua resistência ao fluxo. Uma alta resistência ao fluxo supõe que o filtro tende a se obstruir. Desta forma, a Unidade de Controle do motor coloca em vigor o ciclo de regeneração ativa, tomando as seguintes providências:

• desativa a recirculação dos gases de escape, para subir a temperatura da combustão,

S336_124

• após uma injeção principal com dosagem reduzida, aplica um ciclo de pós-injeção, aos 35° da árvore de manivelas depois do ponto-morto superior do pistão, para subir a temperatura dos gases de escape,

S336_126

• regula a alimentação de ar de admissão através da válvula borboleta elétrica,

S336_120

• adapta a pressão de sobrealimentação, com objetivo de que o torque do motor não se altere, de forma perceptível para o condutor, durante o ciclo de regeneração.

S336_122

Estas medidas contribuem para um aumento específico e breve da temperatura dos gases de escape para mais de 600°C. Nesta faixa de temperatura, o hollín depositado se oxida, transformando-se em dióxido de carbono. Após esta regeneração ativa, o filtro de partículas volta a estar disposto a reter o hollín dos gases de escape.

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19Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Saturação de hollín no filtro de partículas

A saturação de hollín no filtro de partículas é um aspecto que a Unidade de Controle do motor vigia continuamente para calcular a resistência ao fluxo no filtro. Para determinar a resistência ao fluxo se relaciona a vazão volumétrica dos gases de escape antes do filtro de partículas com a diferença de pressão antes e depois do filtro de partículas.

Diferença de pressão

A diferença de pressão do fluxo de gases de escape antes e depois do filtro de partículas é determinado com o sensor de pressão 1 para gases de escape.

Fluxo volumétrico dos gases de escape

O fluxo volumétrico dos gases de escape é calculado pela Unidade de Controle do motor, tomando como base a corrente de massas de gases no coletor de escape e a temperatura dos gases de escape antes do filtro de partículas. A corrente de massas de gases de escape equivale aproximadamente à corrente de massa de ar do coletor de admissão, a qual se determina por meio do medidor de massa de ar. A massa dos gases de escape depende de sua temperatura. Esta temperatura é determinada pelos termosensores implantados antes e depois do filtro de partículas.Tendo em conta a temperatura dos gases de escape, a Unidade de Controle do motor pode calcular o fluxo volumétrico dos gases de escape, tomando como base a corrente de massas do gás de escape.

Resistência ao fluxo no filtro de partículas

0 100 200 300 400 500 600 700

0

50

100

150

200

250

300

Fluxo volumétrico (m3/h)

Dif

ere

nça d

e p

ressão

Δp

(m

bar)

Filtro de partículas Diesel:

saturado

vazio

avariado

S336_156

A Unidade de Controle do motor relaciona a diferença de pressão com o fluxo volumétrico dos gases de escape e obtém, com isso, a resistência ao fluxo no filtro de partículas. Com a informação da resistência ao fluxo a Unidade de Controle do motor detecta o grau de saturação de hollín.

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20

Ciclo de pós-injeção na fase de desaceleração

Ao circular em tráfego urbano lento, com cargas do motor intensamente alternantes e uma alta porcentagem de fases de desaceleração é preciso aplicar medidas especiais para a limpeza do filtro.

Em virtude de que Normalmente se deixa de injetar combustível durante a fase de desaceleração, os gases de escape não alcançam a temperatura necessária para a regeneração do filtro de partículas.

Na fase de desaceleração é injetada uma pequena quantidade de combustível, a cerca dos 35° da árvore de manivelas depois do ponto-morto superior do pistão.

S336_128

Devido ao fato de que a pós-injeção é realizada depois do ponto-morto superior do pistão, o combustível não se queima no cilindro, e sim se evapora.

Estes vapores de combustível se queimam no filtro de partículas. O calor gerado, por esse motivo, faz com que os gases de escape alcancem a temperatura necessária para a regeneração do filtro de partículas.

S336_130

O sensor de temperatura depois do filtro de partículas vigia, durante essa operação, a temperatura dos gases de escape na saída do filtro de partículas. Dessa forma, se regula a dosagem do ciclo de pós-injeção na fase de desaceleração.

S336_202

S336_200

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21Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Cames de injeção

Nos motores Diesel com injetor bomba e filtro de partículas foi desenhado um came de injeção com contorno específico para o ciclo de pós-injeção.

Em comparação com o motor sem filtro de partículas, o came de injeção é desenhado de modo que o movimento descendente do êmbolo da bomba finalize mais tarde. Deste modo, em um lapso de tempo posterior existe suficiente curso disponível para o ciclo de pós-injeção.

Procure levar em conta as especificações contidas no Manual de Reparações para a

montagem do injetor bomba.

Contorno do came em motores Diesel com injetor bomba, sem filtro de partículas

Contorno do came em motores Diesel com injetor bomba, com filtro de partículas

Came de

injeção

Mola do

êmbolo

Êmbolo de

bomba

Parafuso de

cabeça esférica

Balancim

roletado

S336_216

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Estrutura do sistema

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Sensor de temperatura antes do

filtro de partículas G506

Sensor de pressão 1 para gases

de escape G450

Sonda lambda G39

Unidade de Controle para

sistema de injeção direta

Diesel J248

Unidade de Controle do

instrumento combinado J285

Luz indicadora para

filtro de partículas Diesel K231

Conector para

diagnósticos

CAN-Bus de dados

Aquecimento para sonda lambda

Z19

Sensor de temperatura antes do

turbo-compressor G507

S336_106

Medidor de massa de ar G70

Sensor para indicador do nível de

combustível G

Luz indicadora para tempo

de pré-aquecimento K29

Válvulas injetoras

N240-N243

Bloco de válvulas eletromagnéticas com:

válvula para recirculação de gases de

escape N18,eletroválvula para limitação da pressão

de sobrealimentação N75

Motor para borboleta no coletor

de admissão V157

Sensor de temperatura depois

do filtro de partículas G527

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Sensores e atuadores

23Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Sensor de pressão 1 para gases de escape G450

Aplicações do sinal

O sensor de pressão 1 para gases de escape se encarrega de medir a diferença de pressão da corrente de gases de escape antes e depois do filtro de partículas. Os sinais do sensor de pressão para gases de escape, os sinais dos sensores de temperatura antes e depois do filtro de partículas, assim como o sinal do medidor de massa de ar, formam um conjunto indivisível para a determinação do estado de saturação no filtro de partículas.

Efeitos em caso de ausência do sinal

Se o sinal do sensor de pressão para gases de escape falhar, a regeneração do filtro de partículas é realizada, inicialmente, de forma cíclica, de acordo com o percurso efetuado ou horas de serviço. Contudo, a longo prazo não é possível regenerar de forma confiável o filtro de partículas.

Depois de um número de ciclos definido se acende , primeiramente, a luz indicadora para filtro de partículas Diesel e, em seguida, pisca a luz indicadora para pré-aquecimento no instrumento combinado. Com isso, o condutor é alertado para levar o veículo a uma oficina.

Estrutura

O sensor de pressão 1 para gases de escape tem duas tomadas. Uma conduz um tubo de pressão até o fluxo dos gases de escape, antes do filtro de partículas, e o outro conduz um tubo até o fluxo dos gases de escape, depois do filtro de partículas.

No sensor existe um diafragma com elementos piezoelétricos, que reagem diante das pressões dos gases de escape.

S336_050

Sinal para a

Unidade de

Controle

Diafragma com elementos

piezoelétricos

Pressão antes

do filtro

Pressão depois

do filtro

S336_048

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Funcionamento:

Filtro de partículas vazio

Se o filtro tem uma carga muito baixa de partículas, a pressão é quase idêntica antes e depois do filtro.

O diafragma com os elementos piezoelétricos se encontra em posição de repouso.

S336_160

S336_090

Pressão antes do filtro =

pressão depois do filtro

Elementos

piezoelétricos

Filtro de partículas saturado

Se foi acumulado hollín no filtro de partículas, a pressão dos gases de escape antes do filtro aumenta em função do fluxo volumétrico disponível.

A pressão dos gases de escape depois do filtro se mantém quase invariável. O diafragma se deforma em função da diferença das pressões. Esta deformação modifica a resistência dos elementos piezoelétricos, que se encontram interconectados, formando uma ponte de medição.

A tensão de saída desta ponte de medição é tratada pela eletrônica do sensor, amplificada e transmitida em forma de sinal de tensão até a Unidade de Controle do motor.

Com ajuda deste sinal, a Unidade de Controle do motor determina o estado de saturação do filtro de partículas e põe em vigor um ciclo de regeneração para descarregar o filtro.

O estado de saturação do filtro de partículas pode ser consultada com o sistema de

diagnose, medição e informação de veículos VAS 5051, em um bloco de valores de

medição que o expressa como “coeficiente de saturação do filtro de partículas”.

S336_162

S336_092

pressão antes do filtro >

pressão depois do filtro

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25Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Sensor de temperatura antes do filtro de partículas G506

O sensor de temperatura antes do filtro de partículas é um sensor PTC. Em um sensor PTC (termistor de coeficiente de temperatura positivo) a resistência aumenta a medida que aumenta a temperatura.

Aplicações do sinal

Se o sinal do sensor de temperatura antes do filtro de partículas falhar, a regeneração do filtro é realizada primeiramente de forma cíclica, em função do percurso efetuado ou das horas em serviço.

A longo prazo, contudo, não é possível regenerar confiavelmente o filtro de partículas. Após uma quantidade de ciclos se acende, primeiramente, a luz indicadora para filtro de partículas Diesel e, em seguida, a luz indicadora para pré-aquecimento no instrumento combinado. Desta forma, o condutor é avisado para levar o veículo a uma oficina.

Com a ajuda do sinal procedente dos sensores de temperatura antes e depois do filtro de partículas, a Unidade de Controle do motor calcula o fluxo volumétrico dos gases de escape, para poder determinar o estado de saturação do filtro de partículas.

Os sinais dos sensores de temperatura antes e depois do filtro de partículas, o sinal do medidor de massa de ar, assim como o sinal do sensor de pressão 1 para gases de escape, constituem uma unidade indivisível para a determinação do estado de saturação no filtro de partículas.

Além disso, se utiliza o sinal para a proteção de componentes, neste caso, para proteger o filtro de partículas contra temperaturas excessivas dos gases de escape.

Efeitos em caso de ausência do sinal

S336_100

S336_187

Está localizado na tubulação de gases de escape, antes do filtro de partículas Diesel, e se encarrega de medir a temperatura dos gases de escape.

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26

Se o sinal do sensor de temperatura depois do filtro de partículas falhar, a regeneração do filtro é realizada primeiramente de forma cíclica, segundo o percurso efetuado ou horas de serviço.

A longo prazo, contudo, não é possível regenerar confiavelmente o filtro de partículas.

Após uma quantidade definida de ciclos primeiramente acende a luz indicadora para o filtro de partículas Diesel e, em seguida, pisca a luz indicadora para pré-aquecimento no instrumento combinado. Desta forma, o condutor é avisado para levar o veículo a uma oficina.

A Unidade de Controle do motor utiliza os sinais do sensor de temperatura, depois do filtro de partículas, para regular a dosagem de combustível para o ciclo de pós-injeção na fase de desaceleração.

Quanto maior é a temperatura dos gases de escape, depois do filtro de partículas, menor é a quantidade injetada.

Os sinais do sensor de temperatura depois, do filtro de partículas, são utilizados para a proteção dos componentes, ou seja, neste caso proteger o próprio filtro de partículas contra temperaturas excessivas dos gases de escape.

Sensor de temperatura depois do filtro de partículas G527

O sensor de temperatura depois do filtro de partículas é um sensor PTC.

Aplicações do sinal Efeitos em caso de ausência do sinal

S336_100

S336_189

Está localizado na tubulação de gases de escape depois do filtro de partículas Diesel e mede a temperatura dos gases de escape.

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27Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Sensor de temperatura antes do turbocompressor G507

S336_096

S336_215

O sensor de temperatura antes do turbocompressor é um sensor PTC. Está localizado antes do turbocompressor e mede a temperatura dos gases de escape.

Aplicações do sinal

Se o sinal do sensor de temperatura antes do turbocompressor falhar, não será possível proteger o turbocompressor contra temperaturas inadmissívelmente altas. Neste caso, a regeneração do filtro de partículas deixa de ser realizada.

O sistema alerta o condutor para levar o veículo a uma oficina, acendendo a luz indicadora para pré-aquecimento.

Para reduzir as emissões de partículas de hollín a recirculação dos gases de escape é desativada.

A Unidade de Controle do motor necessita do sinal do sensor de temperatura antes do turbocompressor, para calcular o momento e a quantidade de combustível do ciclo de pós-injeção durante a fase de regeneração.

Desse modo, consegue-se o aumento necessário da temperatura dos gases de escape para a combustão das partículas de hollín.

Além disso, utiliza-se do sinal para proteger o turbocompressor contra temperaturas inadmissívelmente elevadas durante o ciclo de regeneração.

Efeitos em caso de ausência do sinal

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Sonda lambda G39

A sonda lambda é uma versão do tipo banda larga.

Está localizada na tubulação de escape entre o turbocompressor e o filtro de partículas com catalisador de oxidação.

Aplicações do sinal

A regeneração do filtro de partículas torna-se menos exata, mas continua sendo operativa.

A avaria da sonda lambda pode provocar maior emissão de óxidos nítricos.

Com a ajuda da sonda lambda é possível determinar a quantidade de oxigênio nos gases de escape, em uma extensa gama de medição.

Com relação ao sistema de filtração de partículas Diesel, a Unidade de Controle do motor utiliza o sinal da sonda lambda para poder calcular, com exatidão, a quantidade e o momento da pós-injeção para o ciclo de regeneração. Para contar com uma regeneração eficaz do filtro de partículas é necessário uma quantidade mínima de oxigênio nos gases de escape e uma alta temperatura uniforme dos gases. Esta regulação é possível recorrendo aos sinais da sonda lambda, em combinação com os sinais do sensor de temperatura antes do turbocompressor.

Efeitos em caso de ausência do sinal

S336_098

A informação detalhada sobre o funcionamento da sonda lambda de banda larga encontra-se

na apostila autodidática SSP004BR “Sistemas de gerenciamento de motores turbo”.

S336_191

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29Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Medidor de massa de ar G70

O medidor de massa de ar por filme quente (HFM) está localizado na tubulação de admissão de ar do motor. Com ajuda do medidor de massa de ar, a Unidade de Controle do motor determina a massa de ar efetivamente aspirada.

Aplicações do sinal

Se o sinal do medidor de massa de ar falhar, a regeneração do filtro de partículas é realizada primeiramente de forma cíclica, conforme o percurso efetuado ou horas de serviço.

A longo prazo, contudo, não é possível regenerar confiavelmente o filtro de partículas. Após uma quantidade definida de ciclos primeiramente acende a luz indicadora para o filtro de partículas Diesel e, em seguida, pisca a luz indicadora para pré-aquecimento no instrumento combinado. Desta forma, o condutor é avisado para levar o veículo a uma oficina.

Com relação ao sistema de filtração de partículas Diesel, o sinal é utilizado para calcular o fluxo volumétrico dos gases de escape, para poder determinar o estado de saturação do filtro de partículas.

O sinal do medidor de massa de ar, os sinais dos sensores de temperatura antes e depois do filtro de partículas, assim como o sinal do sensor de pressão 1 dos gases de escape constituem uma unidade indivisível para determinar o estado de saturação do filtro de partículas.

Efeitos em caso de ausência do sinal

S336_220

Luz indicadora de excesso de contaminação K83 (MIL)

Os componentes de relevância para a composição dos gases de escape no sistema do filtro de partículas Diesel são submetidos a vigilância conforme diretrizes da Eurodiagnose de bordo (EOBD), para captar possíveis avarias e funções anômalas.

A luz indicadora de excesso de contaminação (MIL = malfunction indicator light) sinaliza avarias detectadas pelo sistema EOBD.

S336_188

A informação detalhada sobre o funcio-namento do medidor de massa de ar por filme

quente (HFM) encontra-se na apostila autodidática SSP004BR “Sistemas de

gerenciamento de motores turbo”.

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Luz indicadora para filtro de partículas Diesel K231

A luz indicadora para filtro de partículas Diesel encontra-se no instrumento combinado. Se acende quando não é possível regenerar o filtro de partículas Diesel, devido a utilização do veículo em trajetos extremamente curtos.

Missão

Se o veículo é utilizado durante um tempo prolongado somente em trajetos curtos, a regeneração do filtro de partículas Diesel pode ser afetada, pelo fato de que os gases de escape não alcançam as temperaturas necessárias. Ao não ser possível realizar a regeneração podem ocorrer danos no filtro em função da excessiva saturação de hollín. Para evitar estes casos no instrumento combinado acende a luz indicadora para filtro de partículas Diesel se as cargas de hollín alcançaram um limite definido.

Com este sinal o condutor é alertado para que conduza o veículo durante um período de uns 15 minutos a uma velocidade o mais constante possível, superior aos 60 km/h. A depuração mais eficaz do filtro se consegue conduzindo o veículo em IV ou V marchas, com o motor a cerca de 2.000 rpm. A luz indicadora deve apagar depois desta medida.

Se a luz indicadora para filtro de partículas Diesel não se apagar, apesar desta medida, em seguida a luz acenderá indicadora para pré-aquecimento e, na tela do instrumento combinado, aparece o texto “Falha do motor, oficina”. Desta forma, o condutor é alertado para levar o veículo à oficina mais próxima.

S336_152

As informações específicas sobre o comportamento dinâmico do veículo no

caso de acender a luz indicadora para filtro de partículas Diesel, devem ser

consultadas no manual de instruções do próprio veículo.

Em todos os casos, deve-se considerar as disposições legais sobre a

circulação e os limites de velocidade.

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Esquema de funções

31Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Kl. 30

G39

Z19

J533

K231

J285

J248

G70G527 G507 G506

S

J317

Kl. 15

S

G450

S336_034

N240 N241 N242 N243

S

V157N18 N75

Esquema de funções

G39 Sonda lambda

G70 Medidor de massa de ar

G450 Sensor de pressão 1 para gases de escape

G506 Sensor de temperatura antes do filtro de partículas

G527 Sensor de temperatura depois do filtro

de partículas

G507 Sensor de temperatura antes do turbocompressor

J248 Unidade de Controle para sistema de injeção Diesel

J285 Unidade de Controle do instrumento combinado

J317 Relé para alimentação de tensão borne 30

J533 Interface de diagnóstico para bus de dados

K231 Luz indicadora para filtro de partículas Diesel

N240-N243 Válvulas injetoras

N18 Válvula para recirculação de gases de escape

N75 Eletroválvula para limitação da pressão de

sobrealimentação

V135 Bomba para aditivo do filtro de partículas

V157 Motor para borboleta no coletor de admissão

Z19 Aquecimento para sonda lambda

Legenda de cores

= Sinal de entrada

= Sinal de saída

= Positivo

= Massa

= CAN-Bus de dados

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Limites do sistema

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Percursos em trajetos curtos

Para executar o processo de regeneração no filtro de partículas Diesel, inicia-se o aumento da temperatura dos gases de escape por meio de uma gestão específica do motor.

Se o veículo for submetido continuamente a trajetos curtos, não será possível elevar as temperaturas dos gases de escape o suficiente e a regeneração não poderá ser realizada com êxito. Os ciclos de regeneração posteriores, com cargas excessivas de hollín no filtro, podem gerar temperaturas excessivas dentro do filtro devido a combustão do hollín acumulado e, assim, causar danos no mesmo. Ou então, o filtro pode se obstruir por causa da saturação excessiva, o que pode acarretar a parada do motor.

Para evitar estes casos, a partir de um limite específico da saturação do filtro, ou então a partir de uma quantidade específica de ciclos de regeneração sem êxito, acende a luz indicadora para filtro de partículas Diesel no instrumento combinado.

Com isso, o condutor é alertado para que conduza o veículo por um curto período, a uma velocidade superior, com o objetivo de aumentar a temperatura necessária dos gases de escape para poder regenerar o filtro de partículas Diesel.

Considerações sobre o combustível e o óleo lubrificante do motor

É preciso ter em conta que o combustível utilizado atenda às Normas específicas no manual de instruções (S10 ou S50).

Se o combustível tiver um alto teor de enxofre, prejudicará o filtro de partículas e aumentará o consumo de combustível devido a maior quantidade de ciclos de regeneração.

Não se pode utilizar Biodiesel. No ciclo de pós-injeção, para fins de regeneração do filtro de partículas pode ocorrer que o combustível não queimado, aderido à parede do cilindro, entre em contato com o óleo do motor em virtude do movimento do pistão. O Diesel Normal consegue se separar novamente do óleo por efeito de evaporação durante o funcionamento Normal.

O Biodiesel, devido a sua maior temperatura de ebulição, não consegue evaporar por completo, provocando assim a diluição do óleo, o que pode prejudicar o motor.

O óleo lubrificante do motor também deve possuir propriedades específicas para que os resíduos da sua combustão também possam ser incinerados no filtro de partículas. É imprescindível que o motor com filtro de partículas seja abastecido com o óleo lubrificante recomendado pelo fabricante do veículo.

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33Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Emissões

No ciclo de condução destinado aos efeitos da regeneração, pode-se produzir maiores emissões.

Durante a regeneração se produz uma oxidação do hollín, transformando-o em dióxido de carbono (CO2).

Se não houver suficiente oxígênio disponível para este processo, também se produz monóxido de carbono (CO).

Com a desativação da recirculação dos gases de escape também se produzem emissões de óxidos nítricos ligeiramente mais altas.

Para determinar as emissões dos gases de escape é realizado um teste de emissões padrão, analisando-se os valores de um ciclo sem e com o processo de regeneração. O veículo tem que cumprir com a Norma de emissões de escape EU4 ou PL6 com a média destes valores.

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Teste seus conhecimentos

34

Soluções

1.) c; 2.) a; 3.) b

1. O que se entende sobre o conceito de “regeneração passiva” do filtro de partículas Diesel?

a) As partículas de hollín se acumulam no filtro de partículas Diesel e no próximo intervalo de serviço se realiza um procedimento específico para queimá-las por meio do VAS 5051.

b)A gestão do motor submete as partículas de hollín a combustão com o objetivo de elevar de forma controlada a temperatura dos gases de escape.

c) As partículas de hollín se queimam de forma continua, sem a intervenção da gestão do motor.

2. Qual missão assume o sensor de temperatura depois do filtro de partículas G527?

a) A Unidade de Controle do motor utiliza o sinal do sensor de temperatura depois do filtro de partículas para regular a quantidade da pós-injeção na fase de desaceleração.

b)Com ajuda do sinal do sensor de temperatura, a Unidade de Controle do motor calcula a diferença de pressão antes e depois do filtro de partículas.

c) O sinal do sensor de temperatura é utilizado pela Unidade de Controle do motor para determinar a taxa de recirculação de gases de escape.

3. Qual substância atua na combustão das partículas de hollín durante a regeneração passiva no

filtro de partículas Diesel com recobrimento catalítico?

a) Aditivo

b)Platina

c) Óxido de alumínio

d)Dióxido de enxofre

e) Carboneto de silício

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35Academia Volkswagen - Pós-Vendas

Anotações

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36

Anotações

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