ACADÉMICO 183

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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 183 / ANO 9 / SÉRIE 4 SEGUNDA-FEIRA, 04.MAR.13 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico GNRation já abriu portas Em exclusivo ao ACADÉMICO... As entrevistas aos candidatos a representantes dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho KAISER CHIEFS no Enterro da Gata! Alfredo Cunha Estudantes minhotos tentam a sorte no FantasPorto campus Página 04 O amanhã de David Bowie é já hoje cultura Página 17 Consideras correto a AAUM apostar na ação social como prioridade de mandato? inquérito Página 12 Carlos Videira Carlos Silva Alexandre Carneiro

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JORNALACADEMICO183

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA183 / ANO 9 / SÉRIE 4SEGUNDA-FEIRA, 04.MAR.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

GNRation já abriu portas

Em exclusivo ao ACADÉMICO...

As entrevistas aos candidatos a representantes dos estudantes no Conselho Geral da Universidade do Minho

KAISER CHIEFS no Enterro da Gata!

Alfredo Cunha

Estudantes minhotos tentam a sorte no FantasPorto

campus

Página 04

O amanhã de David Bowie é já hoje

cultura

Página 17

Consideras correto a AAUM apostar na ação social como prioridade de mandato?

inquérito

Página 12

Carlos Videira Carlos Silva Alexandre Carneiro

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FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // segunda-feira, 04 Março 2013 / N183 / Ano 9 / Série 4 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // Chefes de redacção: Cláudia fernandes e Rita Magalhães // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana filipa Gaspar, ana Pinheiro, Bárbara martins, Bruna Ribeiro, Bruno Fernandes, Carla Serra, Catarina Moura, Catarina silva, Cátia Alves, Cátia Silva, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Lemos, Filipa Barros, Filipa Sousa Santos, Isabel Ramos, Joana Martins, Joana Valinhas, Joana Videira, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Soares, Raquel Miranda, Rita Magalhães e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

Kaiser Chiefs no Enterro da GataUma banda com nome, mas mui-to mais do que isso. Oriundos de Leeds, estes britânicos transpiram vida em cima do palco. À memó-ria chegam-nos rapidamente mo-mentos únicos protagonizados, ainda no ano passado, aquando do Festival Marés Vivas, em Gaia. A banda soube pegar no público e deu um dos melhores concer-tos do ano. A julgar pelo nome de avanço, espera-se um Enterro da Gata com fulgor e empolgante.

Estudantes no Conselho GeralBasta ler as entrevistas para per-ceber as ideias, vontade e mis-são com que cada candidato se sujeita a sufrágio. O Conselho Geral merece mais respeito por parte de alguns estudantes que continuam a olhar para o acto de informar os colegas como uma “chatice” que vem acorrentada ao manifesto. O “barrete” vai en-caixar perfeitamente naquele(s) que não se estreiam nestas lides por esta altura. Assim não!

GNRationÉ, sem sombra de dúvida, um es-paço de eleição. A cidade tem de o saber absorver mas, sobretudo, tem de haver vontade e determi-nação de todos os agentes para fazer deste local uma montra cul-tural e criativa da cidade. Espero, sinceramente, daqui a cerca de dois anos, poder dizer que estava errado quando me arrisquei na “futurologia” ao tentar adivinhar o que será o espaço e qual a sua influência na vida ativa da cidade.

O primeiro avanço

Tal como se pode conferir esta semana no ACADÉMICO, a AAUM garantiu um nome de peso para o Enterro da Gata 2013, a banda britânica Kaiser Chiefs, provavelmente elevada a ‘cabeça de cartaz’ do evento estu-dantil. Fazê-lo com esta antecedência significa que a AAUM está a trabalhar com o tempo a seu favor e isso é fundamental para montar com êxito a atividade de maior envergadura da Academia. Num ano difícil para todos, onde, para a grande maioria dos estudantes, quase todos os recursos são canalizados para o essen-cial, é importante que o Enterro da Gata seja desenhado com muito critério, equacionando eventualmente apostas do passado recente que não terão tido o efeito desejado.Nesta edição abre-se espaço às eleições para o Conselho Geral da Universidade do Minho que terão lugar no próximo dia 13. O órgão máximo da Universidade completa quatro anos e verá o colégio ser remodelado totalmente, pela primeira vez. Esta semana, o ACADÉMICO entrevistou os três cabeças-de-lista represen-tantes dos estudantes, ficando para a próxima edição a publicação das ideias das listas candidatas do corpo docente e dos funcionários da Universidade do Minho. O nível de desconhecimento que a Academia tem de-monstrado relativamente ao tema justifica, só por si, que a campanha eleitoral seja intensa e esclarecedora, e que até ao dia 11 consiga consciencializar a comunidade académica para a importância deste ato eleitoral.Voltaremos a este assunto nas próximas edições.

EDITO

RIA

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SCO

LEÃO

// vasco.leao@rum

.pt

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LOCAL“a política tem que apoiar e acarinhar, de futuro, um projeto como este”

josé reis

[email protected]

Para alguém que não co-nhece, de todo, este projeto, como o apresentarias, em linhas gerais? Posso dizer que é um espa-ço de encontro e um encon-tro que se quer provocador. Provocar tensões criativas, assente em três eixos de ação: empreendedorismo, artístico e digital. Todos es-tes eixos irão gerar projetos e serviços com uma identi-dade e uma fábrica de cria-ção que irá criar e marcar uma geração. Será um espa-ço altamente produtivo e irá contaminar a cidade.

Vamos colocar-nos agora, hipoteticamente, no GNRa-tion [a entrevista foi feita nos estúdios da Rádio Universi-tária do Minho]: o que pode-mos ver se lá formos hoje? Neste momento, o mais im-portante é deixar as pesso-as refletir e encaixar o que será este espaço. Esta é uma obra incrível e que merece ser preenchida. Arquitetoni-camente foi feita uma obra do outro mundo. Vamos dar espaço agora a que as pes-soas identifiquem o local,

conheçam os diferentes pi-sos. Recordo que ainda es-tão abertas as candidaturas para os espaços comerciais, temos seis lojas disponíveis e até ao dia 8 os interessados podem enviar as suas pro-postas. Depois de termina-do o concurso avançaremos com uma nova fase, instala-remos as pessoas e poderá começar a funcionar, como planeado.

Arquitetonicamente este é um espaço inegavelmente belo... É um espaço quase divino (risos). Não haverá palavras para descrever e deixo o con-vite para que as pessoas pas-sem pelo local e conheçam o espaço e as suas potencia-lidades.

Espaço “exótico” de articu-lação

No discurso de abertura do local [no passado dia 1 de março], disseste que este era um espaço “urgência”. O que quiseste dizer com isto? Eu acho que vivemos uma fase em que tanto se fala de indústrias criativas e em sermos competitivos. Per-cebemos que estamos num momento SOS. Estamos

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num momento de mudar de paradigma e, sem va-lores ou cultura, não con-seguimos ir a lado algum. Precisamos de uma cidade com conteúdo, inteligente e com mentes criativas. E este novo espaço precisa cobrir essa urgência.

Mas espaços culturais na cidade já existem. Qual será a mais valia da existência de mais um novo espaço? Este espaço, a que eu cha-mo “exótico”, vai permitir articular o que já existe na cidade, não será um corpo estranho à própria cidade. Vai articular a Universida-de do Minho com o centro histórico, vai articular o local, o regional e o inter-nacional, vai articular o moderno com o setor mais tradicional. E terá uma rela-ção constante com a música. Aliás, a música será nuclear neste projeto.

Com eleições autárquicas marcadas para outubro, não temes pelo futuro do projeto com a chegada de um novo executivo municipal? Eu acho que um projeto ambicioso como este não é questionado por qualquer política. Até porque a fór-

que projetar o futuro e não chorar pelo leite derramado. Abre agora e continua a ser um projeto de futuro.

E quanto à programação, o que podemos esperar? Haverá três dias da sema-na que serão os mais for-tes: quinta, sexta e sábado. Haverá uma programação marcante nestes três dias. Os restantes serão ocupa-dos por uma programação de acolhimento, com pro-jetos que a cidade mostra e faz. Mas março será o mês em que tudo vai ressurgir e a programação irá refletir as novas dinâmicas, vamos apostar muito no serviço educativo. Uma das missões é educar gente. É uma estra-tégia bastante clara. E, no fundo, estamos na expec-tativa que a cidade acolha o projeto.

mula e missão do local são tão claras que penso que nenhuma política vai in-terferir. A política tem que apoiar e acarinhar um pro-jeto como este. Três dias fortes de progra-mação O GNRation foi uma das bandeiras da equipa que organizou a Braga 2012 Ca-pital Europeia da Juventude mas a sua abertura foi adia-da sucessivamente. Como seria este espaço se a aber-tura tivesse ocorrido no ano passado? Teria sido um auge, porque a CEJ desejava um espaço para mostrar a sua força e vivacidade. Isso não aconte-ceu, mas naturalmente que algum dinamismo decor-rente da CEJ vai surgir refle-tida neste espaço. Mas Bra-ga é mais do que 2012. Há

Abriu no final da passada semana um dos projetos mais emblemáticos dos últimos meses: o GNRation. A requalificação do antigo quartel da GNR, junto ao Campo da Vinha, foi um dos pilares da Capital Europeia da Juventude Braga 2012, mas a sua abertura foi sendo sucessivamente adiada.

Agora, o espaço abre portas, disposto a provocar uma revolução cultural e criativa na cidade.O ACADÉMICO falou com Ângela Ferreira, a diretora artística do local.

Ângela Ferreira, a diretora artística do GNRation, em entrevista na RUM

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CAMPUSalunos minhotos tentam a sorte no fantasportoANA PiNHeiro

[email protected]

A 33ª edição do Fantaspor-to contará, este ano, com a participação de cinco filmes realizados por alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho UM). Os cinco filmes em compe-tição são “A Escolha” (João Vilares), “Dare to Believe” (André Vilar, Bruno Ferrei-ra, Eliana Silva, Joana Vale, Sara Nogueira), “Man in Bag” (Chiara Brancadoro, Giulia Coen, Matteo Fer-raris, Cora Fornovi, Chia-ra Zanetti), “A Quebra do Verniz” (Leandra Gomes, Ricardo Grilo, Sara Duarte) e “Natimorfo” (Luís Lobato Costa, Bruno Cavalcanti). Irão concorrer juntamente com outras universidades ao prémio de melhor fil-me – cinema português e prémio de melhor escola de cinema. Todas estas produ-ções da UM contaram com o acompanhamento de do-centes da especialidade de Audiovisual e Multimédia do Departamento de Ciên-

cias da Comunicação, orien-tados pelo docente Martin Dale. O ACADÉMICO esteve à conversa com o grupo de produção do filme “Dare to Believe” que confessou: “as expectativas não eram mui-to elevadas, principalmente porque estávamos limitados a nível técnico e económico, mas acima de tudo foi uma experiência muito enrique-cedora.” Levantaram um pouco o véu e contaram que o filme “é um drama sobre-natural que conta a história de um grupo de amigos e da misteriosa morte de um deles. O que aparentemente não passou de um assalto, acaba por envolver estes jo-vens numa teia de mistério.” Em relação ao Fantasporto referem que já é uma hon-ra poderem participar neste festival e sabem que estão a “concorrer contra outros trabalhos muito bons.” Con-cluem dizendo que “esta curta pretende mostrar que nem tudo é o que parece ser e que, por vezes, a verdade pode ser surpreendente.” Já o grupo de produção do filme “A Quebra do Verniz” explica que foi a primeira

lhor e mais recente cinema nacional. Tem a mais-valia de não rejeitar o cinema de baixos orçamentos, de produção independente ou experimental. É uma porta aberta para todos aqueles que pretendem mostrar o seu trabalho na indústria cinematográfica.O Festival decorre até ao dia 10 de março, no Teatro Rivo-li, no Porto. A exibição dos filmes da UM está agenda-da para o dia para 7 de mar-ço, quinta-feira, das 12.30h às 17h45h.

vez que se lançou num pro-jeto como este. “O trabalho final agradou-nos bastante. Sem todas as dificuldades, não teríamos tanto orgulho no produto final”, confes-sam.Definem a curta como sen-do “um melodrama, uma vez que se trata de uma relação trágica, mais pre-cisamente um triângulo amoroso. Esta passa-se nos anos 80 e designa a cons-piração de dois amantes apaixonados que se juntam para assassinar o marido de

mulher e ficar com a sua fortuna.”Relativamente ao Fantas-porto, não esperam a con-sagração, porque admitem ser “muito inexperientes no campo do audiovisual e multimédia”, e sabem, tam-bém, que “a maior parte da concorrência tem os conhe-cimentos necessários para vencer”.Recorde-se que o Fantas-porto, um dos mais presti-giados festivais de cinema a nível mundial, assume-se como uma montra do me-

DR

Cena retirada da curta “Dare to Believe”

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CAMPUSPÁGINA 05 // 04.MAR.13 // ACADÉMICO

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guimarães recebeu mostra de grupos culturais

ADriANA CoUTo

[email protected]

O Largo da Oliveira, em Guimarães, recebeu a I Mostra de Grupos Culturais da Universidade do Minho numa noite em que o frio afastou os estudantes do evento. Organizado pelas tunas Tun’Obebes - Tuna Femina de Engenharia da Universi-dade do Minho e Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho, em parceria com a Associação Académica da Universida-de do Minho, a I Mostra de Grupos Culturais nasceu no âmbito da candidatura do projeto Guimarães Aca-démica ao Programa Asso-ciativo - Tempos Cruzados, no âmbito da Capital Euro-

A Opum Dei, acabaria por ser o grupo eleito pelo pú-blico como o mais divertido, arrancando-lhes inúme-ras gargalhadas. Para este grupo, a importância deste evento em Guimarães foi evidente: “Foi algo que per-mitiu aos nossos colegas de Guimarães terem um contacto com grupos que normalmente lhes estão ve-dados por estarem sediados em Braga. “Conhecidos pe-las suas sátiras em relação às políticas praticadas den-tro dos campi da Univer-sidade do Minho, a Opum Dei não deixou as críticas de lado: “Acreditamos que as instituições com poder na academia, principalmente a AAUM, poderiam fazer mais por fazer chegar os grupos culturais a ambos os campi. Afinal, os alunos de Guimarães pagam a mesma anuidade para a Associação que os de Braga.”Num evento muito elogiado pelos membros dos grupos culturais, a Tun’Obebes e a Afonsina não escondem o desejo de organizarem uma nova edição: “Por nossa von-tade haverá uma segunda edição, mas é uma ativida-de que não depende apenas da nossa vontade, existem mais grupos/associações das quais depende a existên-cia da II Mostra de Grupos Culturais da Universidade do Minho. Mas esperamos que hajam muitas edições nos próximos anos.”

para quem esteve presente). Deste modo, para além dos grupos culturais darem a conhecer o seu trabalho, a Mostra de Grupos Culturais foi a forma encontrada para levar um pouco da UM para a cidade e, assim reforçar os laços entre a universidade e a cidade.” Apesar de notória ausência de alguns grupos culturais, a maioria rumou a Gui-marães e, por três horas, fez com que o frio desapa-recesse. Começando pela percussão dos Bomboémia, passando pela música da Gatuna – Tuna Feminina Universitária do Minho, Afonsina, Coro Académico da Universidade do Minho, Tun’Obebes, Tuna de Me-dicina da Universidade do Minho, Opum Dei e ter-minando ao som das gaitas de foles e da percussão da iPUM – Percussão Univer-sitária do Minho, o público dançou e aplaudiu os estu-dantes minhotos.

primeira edição de sucesso, mas os vimaranenses e os estudantes da academia minhota do campus de Azurém, não se fizeram sentir no conhecido Largo da Oliveira. Com certa de meia centena de pessoas a assistir, os grupos cul-turais da Universidade do Minho mostraram o que de melhor fazem, levando o espírito académico e a mú-sica às ruas de Guimarães. Para a Tun’Obebes e para a Afonsina, era importante transmitir, com esta mostra de grupos culturais, “que a vida dos alunos da uni-versidade não se resume apenas a livros e estudo. Assim, decidiu-se mostrar que existe toda uma panó-plia de ritmos, cores e mú-sica que preenchem a vida daqueles que durante o seu percurso académico (e não só) dedicam parte do seu tempo a um grupo cultural, e que o resultado pode ser muito bom (como foi visível

peia da Cultura 2012. Para a organização,”sendo o nome do projeto Guimarães Aca-démica, fazia todo o sentido levar o espírito académico ao coração da cidade atra-vés do domínio cultural e tradições de vários grupos da academia minhota, logo, nada melhor do que a rea-lização de uma Mostra de Grupos Culturais. Além do projeto, já existia há algum tempo a vontade de trazer uma atividade deste género para Guimarães, uma vez que a Universidade do Mi-nho é Guimarães e Braga e todos os anos é realizado em Braga uma mostra se-melhante para os novos alu-nos e nunca o tinha sido em Guimarães.” O evento, bastante divulga-do nas redes sociais, mos-trava ter tudo para ter uma

José Bran

dão e Carlos C

adeias

José Brandão e Carlos Cadeias

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CáTiA silvA

[email protected]

É na semana de 4 a 9 de março que se realiza a Se-mana da LEI na Universida-de do Minho (UM), em Bra-ga. A semana de atividades dedicada à licenciatura em Engenharia Informática foi novamente organizada pelo Cesium, o centro de estu-dantes de informática da UM. “Inclui em si várias ativi-dades que vão desde as pa-lestras e workshops, até aos torneios como os de karts ou de jogos eletrónicos. As palestras procuram por um lado transmitir conheci-mento e competências, mas também abrir espaço para a troca de ideias”, explica Ra-

fael Remondes, presidente do Cesium ao ACADÉMI-CO. Carlos Oliveira, ex-secretá-rio de estado do empreen-dedorismo, é o nome mais aguardado de todo o cartaz. Ele que foi o cofundador da MobiComp, mais tarde vendida à Microsoft e que é um produto da academia minhota. André Santos, aluno de LEI, mostrou o seu interesse em participar no painel Time Trial Talks e no torneio Ro-bocode. O primeiro trata-se de um painel onde o público vai ao palco apresentar um assunto do seu interesse e o segundo é um torneio de equipas em que programam um robot em duas horas. Daniel Araújo, tesoureiro

do Cesium, e participante no Time Trial Talks do ano passado, afirmou que os ob-jetivos desta semana são “o convívio, a continuação do espírito da tradição desta se-mana e o envolvimento dos alunos. Esta é uma atividade que concentra em si a parte do conhecimento e a parte do lazer, sendo exemplos disso a atividade de karts e o rally das tascas.” Uma das surpresas deste ano é a parceria com o pro-jeto ChangeATon, um even-to que alia a potencialidade das novas tecnologias mobi-le e web à resolução de pro-blemas sociais. “Irá ser uma maratona de 15 horas, com formação e competição à mistura, para que se criem soluções que façam do mundo um sítio melhor”,

comenta o presidente. Para este, a expectativa este ano é ter pessoas também de fora da UM a assistir.

está aí a semana de lei

Todo o programa em deta-lhe desta Semana de LEI já pode ser consultada no site do Cesium.

CATAriNA Hilário

[email protected]

Uma equipa de investiga-dores da Universidade do Minho desenvolveu um pa-vimento que muda de cor quando se forma gelo à su-perfície. O projeto foi apre-sentado numa conferência internacional, no passado dia 26 de fevereiro e poderá ajudar a prevenir acidentes, especialmente nos países com temperaturas mais bai-xas. Esta inovação mundial de-ve-se à introdução de nano-compósitos à base de óxido nos pavimentos tradicionais e não se limita a mudar de cor quando em contacto

com o gelo, mas, também, limpa o asfalto. As minús-culas partículas à base de óxidos reagem quimica-mente com o óleo libertado pelos veículos, degradando--o e transformando-o em dióxido de carbono e água. Joaquim Carneiro, do Cen-tro de Física da Escola de Ciências, é o responsável pelo projeto. Explicou ao ACADÉMICO que a reação resultante da congelação da água, leva o asfalto a adqui-rir a cor vermelha. “Os con-dutores conseguem, assim, visualizar as zonas encar-nadas em que se formam as placas de gelo e tomam as devidas precauções”, disse o investigador.

equipa da uminho cria pavimento que muda de cor quando se forma gelo à superfície

A pesquisa já despertou o interesse dos governos da Finlândia e Portugal, entre outros, e será testada em ambiente real. O local esco-lhido foi uma autoestrada da região centro do nosso país, onde as condições climáti-cas são as mais favoráveis. “Acreditamos que os testes vão ser positivos e a imple-mentação deste ‘asfalto inte-ligente’ será uma realidade a médio prazo, promoven-do a prevenção rodoviária e evitando acidentes em todo o mundo, em especial nas regiões frias e montanho-sas, como a Escandinávia, o Canadá, a Rússia ou os Andes”, sublinhou Joaquim Carneiro ao ACADÉMICO.

Rodrigo Cabrita

DR

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especial conselho gerallista acarlos videiraCATAriNA silvA

[email protected]

riTA mAgAlHães

[email protected]

Que motivações te levam a encabeçar esta lista?Em primeiro lugar, a consci-ência da importância deste órgão, saber que é, de facto, o órgão máximo da Uni-versidade do Minho, onde se decide um conjunto de medidas, posições, decisões que afectam diariamente e com grande impacto a vida dos estudantes. Em segun-do lugar, o facto de ter con-seguido juntar um conjunto de estudantes muito activos na UM e que são, sem dú-vida nenhuma, uma mais--valia e uma garantia de conhecimento e de respon-sabilidade para o cargo que se propõem assumir. Qual a missão que achas que os estudantes devem ver neste órgão?É uma missão difícil de ex-plicar por ser muito ampla, por ser, de facto, um órgão que decide tudo aquilo que diz respeito à universidade. Portanto, é importante que se tenha um pensamento transversal, quer sobre a universidade em si, quer sobre as questões mais ge-néricas ao nível do ensino superior em geral. Depois é necessário debatê-las e ex-pressar qual o ponto de vista dos estudantes num órgão que acaba por ter represen-tantes de outros corpos, no-meadamente dos docentes, funcionários e até mesmo de membros externos à uni-versidade. Quais as principais linhas de orientação que vais levar para o órgão caso sejas elei-to?A estratégia passa, clara-mente, e sempre, por defen-

der os interesses dos estu-dantes em todas as matérias que lhes disser respeito, no-meadamente em algumas linhas que possam merecer uma intervenção mais inci-siva e mais assertiva.Uma grande questão diz respeito à comparticipação dos estudantes no financia-mento das universidades, através dos valores de pro-pinas, em que afirmamos uma oposição total. Isto por-que entendemos que esta lei vai contra o princípio da gratuitidade de todos os ci-clos de ensino e acaba por ser um encargo demasiado para as famílias e estudan-tes, numa altura muito difí-cil para o nosso país. Além disso, perceber que nos dez anos de existência desta lei, o valor de propinas já au-mentou cerca de 200 euros. Isso permite-nos identificar que este é um caminho in-sustentável. Também defen-demos uma uniformização entre as propinas do 1º e 2ºciclos, por entender que o 2º ciclo acaba por ser cada vez mais importante na in-serção no mercado de traba-lho e que esta diferença de valores condiciona a liberda-de de escolha dos estudan-tes na altura de seguir para a oferta de pós-graduação.As matérias de acção so-cial são também importan-tes, principalmente com o surgimento de fenómenos crescentes como é o caso do abandono escolar. Primeiro, ao nível da acção social na-cional, actuaremos na sen-sibilização dos agentes desta matéria para a importância de uma resposta e de uma reivindicação integrada. Não apenas dos estudantes, mas das próprias instituições que acabam também por ser lesadas com o abandono do ensino superior. Segun-do, também para reivindi-car políticas de acção social na própria Universidade do

Minho, nomeadamente no acompanhamento do Fun-do Social de Emergência, que embora esteja sobre a abrangência do Conselho de Acção Social, será também um tema acerca do qual eu acho que o Conselho Geral se deve pronunciar.Por fim, a vertente pedagó-gica também é importante, no sentido de garantir uma oferta curricular adequada às necessidades dos alunos. É importante sensibilizar o Conselho Geral para a empregabilidade, para a necessidade do acompanha-mento dos diplomados da Universidade do Minho, no sentido de perceber quais são as mais-valias de um diplomado da UM e qual é o feedback do tecido empre-sarial, das autarquias, de todos aqueles que recebem os nossos diplomados, para perceber que melhorias po-dem ser feitas aos planos curriculares e a toda a oferta da academia ao nível da em-pregabilidade e até mesmo do empreendedorismo.

Recentemente o presidente do Conselho Geral afirmou que os estudantes poderiam ser mais proactivos no CG. Como reages a estas decla-rações?Não estou a par destas de-clarações, mas a ser ver-dade, penso que estamos a falar do segmento de re-presentantes no Conselho Geral que foi mais activo ao longo dos últimos qua-tro anos. Contudo, esta exi-gência relativamente aos estudantes é importante, quer dizer que existe uma expectativa relativamente àquilo que pode ser o papel deles dentro da universida-de. No entanto, acho que por parte dos outros corpos também tem que haver a predisposição para ouvir os estudantes e não apenas dizer que devemos ser mais

proactivos ou que devemos assumir uma posição mais reivindicativa. Certamente que há muito mais a fazer e é também neste sentido que surge esta candidatura, porque entendemos que, in-dependentemente do que se fez no passado, há sempre coisas a fazer, a manter e a melhorar. Nota-se algum afastamento do CG em relação à acade-mia. Como pode e deve ser combatida esta tendência?Não considero que tenha existido nos últimos anos um afastamento do Conse-lho Geral à Academia, en-tendo que sendo um órgão muito recente, não houve, isso sim, uma aproximação necessária à academia. Por-que, de facto, é um órgão novo, com o qual grande parte da comunidade aca-

démica não está familiari-zada. Foi uma primeira ex-periência e, como tal, houve processos que foram apre-endidos pela primeira vez e foi tudo uma descoberta. Agora é importante que o CG tenha um papel mais próximo da academia, na-quilo que é a publicitação da sua missão, naquilo que são as matérias que lhe dizem respeito, naquilo que é a co-municação das deliberações e das decisões que saem do CG, naquilo que também pode ser tentativa de auscul-tar os diversos órgãos e as diversas forças da academia, no sentido de perceber qual é a sua posição nas matérias que lá são tratadas e quais é que são as matérias que gostariam de ver lá tratadas. Isto deve ser algo a ser me-lhorado no próximo manda-to do CG.

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especial conselho gerallista bcarlos silvaCATAriNA silvA

[email protected]

riTA mAgAlHães

[email protected]

Que motivações te levam a encabeçar esta lista?

Primeiramente, nós can-didatamo-nos a represen-tantes dos estudantes neste órgão em nome do grupo Agir, com vista a lutar por um ensino superior públi-co, democrático, universal e de qualidade. Insurgimo--nos contra o facto de serem os representantes externos a ter as funções mais im-portantes no Conselho Ge-ral, pois consideramos que dentro da nossa autonomia há indivíduos mais do que capazes de representar es-tas funções, como também há formas mais eficazes de organizar este órgão. Esses mesmos membros externos não têm relação direta com a universidade, o que suge-re que não estão a par das necessidades da instituição e dos estudantes e, por isso, cria um desfasamento entre a realidade universitária e a realidade político-institucio-nal. O grande problema é que as decisões vitais para esta universidade não estão a ser tomadas dentro do es-paço académico. Queremos mostrar que há vozes dis-sonantes e assim sendo há soluções racionais e razoá-veis prontas para servir na prática.

Qual a missão que achas que os estudantes devem ter neste órgão?

Somos contra este órgão, como este está organizado

neste momento. No entan-to, o Conselho Geral desem-penha funções de grande importância no meio aca-démico que não devem ser esquecidas, como a aprova-ção do mandato do reitor, a aprovação de contas anuais ou a aprovação de ativida-des da universidade. Os es-tudantes devem acreditar que nós, enquanto possíveis representantes, podemos tratar de um modo conciso e estruturado todas as ques-tões do Conselho Geral..Quais as principais linhas de orientação que vais levar para o órgão caso sejas elei-to?

Erguemos o nosso pensa-mento político essencial-mente sob três questões: a questão fundacional, a questão das propinas e a questão pedagógica.Naturalmente, somos con-tra qualquer tentativa de privatização parcial, integral ou dissimulada da Univer-sidade do Minho. Na nossa opinião, o regime fundacio-nal não é a melhor maneira de gerir recursos, no entan-to, os representantes dos estudantes do anterior CG, ligados todos de alguma for-ma à AAUM, votaram favo-ravelmente para que este re-gime fundacional fosse para a frente, ato que considera-mos repugnante na altura.Consideramos também que, até hoje, nada foi feito para dar a conhecer aos es-tudantes as reais funções do CG, sendo que muitos deles nem se quer sabem o que é ou que funções lhe são atribuídas. Não me admiro, portanto, que haja tanta abs-tenção nas eleições dos dife-rentes órgãos representati-vos dos estudantes, não por

desinteresse dos mesmo, mas por falta de informação e de vinculação dos órgãos para com os alunos.Quanto à questão das pro-pinas, não é aceitável que tenhamos um dos valores mais elevados da União Eu-ropeia, o que faz com que, associado também ao facto do valor insuficiente das bolsas, haja cada vez mais alunos a desistirem do ensi-no superior. O valor estabe-lecido para as propinas de-pende diretamente do CG e é por isso que pretendemos estabelecer o valor mínimo legislado de 630,50 euros.. Para além de baixar o valor das propinas, reivindicamos um maior investimento nas universidades públicas por-tuguesas.Por último, a questão peda-gógica. Primeiro de tudo, somos contra a abolição do curso de História que, na nossa opinião é essencial para a formação humanís-tica, pelo que até deveria ser um curso que, tal como filosofia, deveria compreen-der mais do que 3 anos de licenciatura. Este é apenas um dos casos de que discor-damos porque, de uma for-ma geral, somos contra todo o processo de Bolonha. É da nossa preocupação a forma-ção de técnicos qualificados, mas também de cidadãos intelectuais.

Recentemente, o presidente do CG afirmou que os estu-dantes poderiam ser mais-proativos neste órgão. Como reages a estas declarações?

Os estudantes não podem ser chamados a esses órgãos quando não há uma vin-culação dos alunos a essas entidades. Apesar dos estu-

dantes poderem votar nos seus representantes, estes últimos não estabelecem uma relação com os seus eleitores. Se os estudantes não são mais proativos não é porque haja desinteresse por parte dos mesmos, mas sim por culpa da reitoria, da direção da AAUM e dos representantes do CG que não têm interesse em criar uma vinculação com os es-tudantes.De forma sucinta, os estu-dantes não foram proativos porque não foram chama-dos para o serem.

Nota-se algum afastamento do CG em relação à acade-mia. Como pode e deve ser combatida esta tendência?

Primeiro, pela rejeição para a revogação do RJIES, de-pois pela reorganização or-gânica e estrutural do CG. Queremos uma imediata mudança para Senado Aca-démico e uma verdadeira democratização dos órgãos e da cultura da universida-de. No nosso ponto de vista, o CG, neste momento, não atua enquanto órgão acadé-mico.

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especial conselho gerallista calexandre carneiroCATAriNA silvA

[email protected]

riTA mAgAlHães

[email protected]

Que motivações te levam a encabeçar esta lista?As motivações desta lista partem de um grupo de pessoas que sentiu que ti-nha vários pontos de vista em comum, nomeadamen-te ao nível do contrato de fundação, do novo Código de Ética, da subida de pro-pinas e da sua disparidade entre o 1º e o 2º ciclos mas, principalmente, ao nível da separação da universidade com a cidade. Considera-mos que a universidade, as cidades de Braga e Guima-rães e a região devem entrar em interacção. Não deve haver uma diferença entre a cidade dos bracarenses e a cidade dos universitários, a parte cultural deve entrar dentro da universidade e a universidade deve sair para a sociedade. E, nesse sen-tido, achamos que se deve apostar em novas políticas que podem influenciar muito o modo como a uni-versidade vai crescer. Qual a missão que achas que os estudantes devem ter neste órgão?O Conselho Geral é, por si só, o órgão mais importan-te que a universidade tem. As pessoas ligam muitas vezes este órgão à Associa-ção, não tem nada a ver, como não tem nada a ver com a mesa da RGA ou com o Conselho Fiscal e Jurisdi-cional. É um órgão próprio, que tem representantes dos professores, funcionários, exteriores e alunos. É onde se tomam decisões. Nós consideramos que é com o conhecimento do que se

passa com os alunos, assim como com os professores e funcionários que podemos decidir o que vai ser bom para a nossa universidade. Por isso, a nossa lista tem uma percentagem de repre-sentação proporcional entre alunos de licenciatura, de mestrado e de doutoramen-to. Isto porque quando co-meçamos a expor o que é o Conselho Geral aos nossos colegas percebemos que se interessam e até gostam de participar. Quais as principais linhas de orientação que vais levar para o órgão caso sejas elei-to?Antes de mais, pretende-mos lutar contra a subida de propinas, inclusivamente somos contra as propinas e a disparidade que existe en-tre o 1º e o 2º ciclos. Somos contra o Código de Ética, que não dá liberdade às pes-soas. Somos também contra a passagem da universidade a fundação. Somos, ainda, a favor de incentivos à cul-tura e cidadania, com uma integração da universidade dentro da sociedade, como da sociedade dentro da uni-versidade. Somos contra a precarização da investiga-ção e pretendemos, inclusi-ve, incentivar a investigação lutando por políticas com mais divulgação e maior preponderância dentro da universidade. Somos contra este sistema de transforma-rem a universidade numa empresa. Nós achamos que a saída dos alunos deve fa-zer-se faseadamente e não simplesmente desta forma: ‘Agora têm um diploma, fa-çam-se à vida!’. Deve haver um acompanhamento na saída da universidade, como deve haver um acompanha-mento na sua entrada.Relativamente à acção so-

cial, esta é uma questão fundamental, principal-mente nesta altura de crise. Estamos a falar de cerca de 4 mil alunos que estão a dever propinas neste mo-mento, enquanto são cerca de 600, os que desistiram. Há uma grande discrepân-cia relativamente aos anos anteriores, que mostra que os alunos não estão a conse-guir ir para a universidade, porque não conseguem su-portar as despesas. Tem de haver, por isso, uma maior facilidade, uma maior sen-sibilidade por parte da uni-versidade para com estes alunos.Outros pontos dizem res-peito aos acessos físicos à universidade, à não exis-tência deuma biblioteca 24 horas por dia, ou até mesmo ao aumento da inseguran-ça nos campi. Concluindo, é preciso uma estrutura-ção das políticas, porque o problema aqui não são os alunos. Não há uma políti-ca de acompanhamento, de monotorização, de incentivo aos alunos. E a universidade deve ter a sensibilidade de perceber esses aspectos. Recentemente o presidente do Conselho Geral afirmou que os estudantes poderiam ser mais proactivos no CG. Como reages a estas decla-rações?Eu penso que está tudo re-lacionado com as políticas que são adoptadas para tra-zer as pessoas. Podemos dizer que os alunos não se interessam, mas o que eu acho que acontece é o total desconhecimento. E isto está directamente relaciona-do com o processo de inte-gração, que não pode passar simplesmente pelas festas, o aluno tem de conhecer a universidade, deve conhe-cer as suas políticas, os seus

órgãos. Este processo tem de partir não só dos alunos, mas também da própria universidade. Já se percebeu que a informação via e-mail não está a funcionar, e pare-ce que há falta de sensibili-dade e autocrítica para se perceber que há aqui algum problema. Neste sentido, devem procurar-se soluções, como por exemplo, apostar numa política de divulgação de proximidade. Uma ideia minha é desenvolver este processo imediatamente na fase de integração dos estu-dantes, ou seja, explicar-lhes também a parte política li-gada à academia. Nota-se algum afastamento do CG em relação à acade-mia. Como pode e deve ser combatida esta tendência?

Concordo a 100% de que há um afastamento, agravado pela diminuição dos repre-sentantes dos estudantes, de cinco para quatro no CG. Já de si, este órgão dá mais poder à reitoria e retira-nos a nossa motivação de vir participar. Afasta os alunos. Isto não pode acontecer, como também não pode existir uma oposição extre-ma, deve haver um trabalho conjunto. Para haver um maior incentivo, as pessoas têm de ser motivadas. As pessoas gostam de partici-par, toda a gente gosta de dar ideias, de opinar. Por-tanto, é preciso identificar o problema, descobrir o cerne da questão, e depois tentar chamar os alunos. Este é um problema de política e não dos estudantes.

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que “tudo foi pensado num orçamento global e foi feito um esforço dentro de um quadro de sustentabilidade do evento”. Recorde-se que as Monu-mentais Festas do Enterro da Gata começam no dia 10 de maio, com o tradicional Velório da gata e as Serena-tas. As noites de concertos acontecem até dia 17 no Ga-tódromo. No dia 18 fecha--se a festa com o tradicional “Santoinho”.

pensada, mas sabemos que o risco existe sempre. O ob-jetivo é fecharmos o Enterro da Gata em grande”. Os ingleses irão, neste ano, atuar apenas para os es-tudantes do Minho, ainda que tenham já um concerto agendado em Portugal para o Festival SuperBock Super-Rock. Carlos Videira explica que ter esta banda no enterro da Gata “implica investi-mento maior”, mas garante

ENTERRO DA GATA

DANiel vieirA DA silvA

[email protected]

Kaiser Chiefs. São eles os nomes maiores do Enterro da Gata 2013. A banda for-mada em Leeds há já dez anos vem a Braga fechar as noites de concertos no Gatódromo. É um nome so-nante e assume-se como a primeira confirmação para o cartaz do evento dos estu-dantes minhotos.

Carlos Videira, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, em exclusivo ao ACADÉMI-CO, assume que “a banda era um desejo antigo e é com satisfaçao que conse-guimos trazê-los ao Enterro da Gata”. O presidente da AAUM sublinha ainda que esta é uma banda “com es-tilo muito forte em palco” e recorda “os vários concertos do passado, sempre com muito sucesso a marcar as

atuações”. “As pessoas apre-ciam esta banda de nível internbacional e estou certo que será uma noite memo-rável para os estudantes da academia minhota”, reforça Carlos Videira. Também contactado pelo ACADÉMICO, o responsá-vel pela atividade, Eurico Peixoto, o vice-presidente do departamento recreativo da AAUM, nota: “Tivemos algum tempo para deci-dir. Trata-se de uma aposta

kaiser chiefs confirmados no gatódromo

Ingleses regressam a Portugal para tocar em apenas uma festa académica. AAUM assume o “desejo antigo”, mas reafirma a satisfação por conseguir trazer a banda ao Gatódromo.

AAUMDR

DR

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 04.MAR.13 // ACADÉMICO

INQUÉRITOO finalista da licenciatura em Relações Internacionais quando confrontado com a aposta da AAUM, salien-tou a sua opinião de forma vincada e clara “Penso que isso foi uma boa decisão re-lativamente aos tempos que correm e como estratégia de eleição”, acrescentando ain-da que as dificuldades estão em todo o lado e que portan-to “essa tentativa será muito difícil de alcançar”. Paulo Silva não deixa de fri-sar a sua opinião relativa a um hipotético baixar do pre-ço das propinas: “baixar as propinas era uma das solu-ções ótimas para alguns es-tudantes, visto que a UM é a universidade pública com as propinas mais elevadas do país”. De qualquer modo, Paulo Silva remata-nos o seu ponto de vista com um elogio ao trabalho realizado pela AAUM “admiro e tiro o chapéu a certas medidas tomadas, como a redução da senha de almoço, trans-portes e demais. Já que a AAUM quer tanto baixar os preços de certas coisas, deveria baixar então o preço da anualidade ou mesmo do enterro da gata (risos)”, comenta o aluno em tom de brincadeira.

Na opinião de Pedro Cos-ta são muitas as áreas que devem ser abordadas pela AAUM com a finalidade de ajudar os alunos da Acade-mia, sendo que a ação social desempenha um papel fun-damental “obviamente que a prioridade de qualquer Associação Académica deve passar sempre pela ação so-cial e pela preocupação que os estudantes da Academia representam, para que to-dos consigam aceder de igual forma a todos os servi-ços da Universidade”.Relativamente à diminuição do preço das propinas, Pe-dro afirma “não diria ape-nas que baixar as propinas seria uma boa solução, diria sim que o preço das propi-nas deveria ser em confor-midade com os rendimen-tos do agregado familiar”, embora admita “com toda a certeza ajudaria muitos dos estudantes”.Concluindo a ideia de Pedro Costa, “a AAUM tem neste momento uma tarefa árdua, tarefa essa que é garantir que todos os estudantes te-nham acesso aos serviços básicos, necessários ao per-curso e conclusão de qual-quer curso superior.”

O aluno de Música real-ça a posição positiva que a AAUM está a ter relativa-mente à escolha das suas prioridades. “Penso que a AAUM está a incidir corre-tamente na prioridade dada à ação social, pois nos tem-pos que correm as dificul-dades monetárias são uma ameaça à vida estudantil desta universidade”. O es-tudante fala numa atitude “bastante nobre”, facilitando a vida dos estudantes mais carenciados e com maiores dificuldades em manter-se dentro da academia.“A AAUM deveria incidir mais nas atividades pedagó-gicas, uma vez que no ensi-no superior o que mais de-veríamos defender é o lado pedagógico da instituição para criar mais e melhores licenciados e mestres para o mundo do trabalho”., acres-centou o aluno.“Baixar as propinas é uma solução que poderia ajudar muitos jovens deste país”, refere ainda o estudante que sugere ainda uma redução do preço de alguns serviços da AAUM que, a acontecer, “seriam uma ajuda extra para os alunos”.

PEDRO COSTA2º ANO// MEST. ENG.E GESTÃO

SISTEMAS INFORMAçÃO

jOÃO TIAGO CUNHA2º ANO//MúSICA

bárbArA ArAújo

[email protected]

Atendendo às atuais circunstâncias em que o ensino superior se encontra, a AAUM não descura as suas promessas efetuadas em época eleitoral, procurando debruçar-se numa ação social mais justa e ponderada, que permita aos estudantes da Universidade do Minho uma vida académica menos contingente.

O ACADÉMICO procurou a opinião dos alunos da academia com o intuito de compreender se esta prioridade constitui efetivamente um dos elementos fundamentais no que concerne a este mesmo assunto.

PAULO CARVALHO DA SILVA3º ANO //

RELAçõES INTERNACIONAIS

consideras correto a aaum apostar na ação social como sendo a sua prioridade de mandato?

A estudante de Direito concorda com a escolha da AAUM no que diz respeito à incidência na ação social durante o seu mandato, de-clarando “numa situação económica tão difícil, a as-sociação de estudantes deve ter cada vez mais um papel ativo na defesa dos interes-ses dos mesmos”. Questio-nada sobre quais as possí-veis áreas a incidir após a área social, a aluna faz uma sugestão: “A AAUM deveria criar uma linha telefónica de apoio aos alunos mais carenciados, pois nem sem-pre é fácil pedir ajuda. Des-te modo o anonimato seria mais garantido”, aprovei-tando para acrescentar “já que os alunos universitários necessitam constantemente de tirar fotocópias, criar par-cerias com as demais repro-grafias existentes na univer-sidade também poderia ser uma medida a equacionar”. Todavia, Margarida não des-cura o trabalho, até então, realizado pela AAUM.A aluna tece, assim, um elo-gio às medidas implementa-das até aqui. “AAUM está de parabéns”, concluiu.

MARGARIDA CARVALHO SILVA3º ANO //

DIREITO

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O convidado desta semana é um académico, embora não remeta de todo para aquela visão estereotipada do homem das letras, distante e desligado. Nélson Zagalo é aquilo que podemos considerar um docente em rede.Professor auxilar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Nélson Zagalo é especialista na área dos vídeojogos e realidade virtual. O seu trabalho incide, ainda, nas dimensões emocionais dentro dos ambientes virtuais, aliando igualmente a componente cinematográfica, a psicologia, a teoria da arte e a ciência computacional.É presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Vídeojogos e autor de diversos livros e artigos sobre a temática dos vídeojo-gos, realidade virtual e interactividade. Por fim, é igualmente, como poderão constatar, um melómano, virado sobretudo para as bandas sonoras.

Segunda: Tindersticks - Jism (Tindersticks I, 1993)“conheci os Tindersticks em 95 ou 96, numa altura em que estava em Coimbra. A partir daí, foi paixão à primeira audição! A voz foi o que me interessou logo, aliás, a música que ouço tem muito a ver com os vocalistas. gosto muito de vozes fortes, com alguma rugosidade. os Tinder-sticks têm também uma forte melancolia, que me atrai, bem como uma mezcla de sonoridades europeias, espanholas, com violinos...”

Terça: Goran Bregovic - Dreams (BSO Ari-zona Dream, 1993)“Na minha opinião o “Arizona Dream”, o “Underground” e o “gato Preto, gato branco” marcam o melhor período do Kusturica e penso que esta parceria com o goran bregovic resultou muito bem. este músico vai buscar estes cânticos

do leste da europa, que depois jogam muito bem com o universo do Kusturica.

Quarta: Tom Waits - Time (Raindogs, 1985)”o Tom Waits tem, provavelmente, das vozes mais graves e rasgadas da música e, ora apa-ixona tanta gente ora afasta tanta gente. Aqui não há uma lógica racional que explique esta relação com o Tom Waits. A primeira vez que o ouvi apaixonei-me de imediato, sem perceber de imediato as letras. Depois há toda a componente musical a que eu chamaria de “parafernália insturmental”, que joga muito bem com a voz dele. A propósito disso, penso que o Tom Waits será o melhor exemplo daquilo que representa o universo criativo: para além de não se subjugar a nenhuma espécie de convenções ou formalismos, é uma pessoa que consegue combinar muitas coi-sas diferentes: muitas melodias, muitas formas de cantar, muitos géneros”.

Quinta: Wim Mertens - Iris (Strategie de la Rupture, 1991)“é muito difícil ouvir Wim mertens sem estar a visualizar coisas. ele tem uma capacidade fora do comum para tornar o som visual. Não sei muito bem como cheguei a Wim mertens... ele faz parte de um conjunto de autores que eu sigo na área da música clássica contemporânea - michael Nyman, Philip glass. A minha escolha tem a ver com o facto do Wim mertens não ter o percurso internacional que têm os anteriores, que são duas personalidades mais conhecidas.

Sexta: Jóhann Jóhannsson - Karen Byr Til Engil - (Englabörn, 2002)“A islândia tem-nos presenteado com alguns autores e, se pensarmos que é um país com cerca de 300.000 habitantes, é impressionante como consegue produzir tanta coisa boa. Não digo que nós, por exemplo, não consigamos produzir porque conseguimos, até porque somos mais. Agora temos é dificuldade em chegar aos mer-cados, coisa que eles têm conseguido de alguma forma fazer. em relação ao jóhann jóhannsson, acho que ele consegue fazer muito bem o casa-mento entre o analógico e o digital, funcionando também muito bem como produtor. ele aqui consegue um trabalho magistral. ele tem acesso à tecnologia e consegue fazer isso com uma precisão impressionante. Por fim é um artista muito melodioso. é algo que dou valor, a capacidade da música me transportar para um outro estado de espírito.”

NÉLSON ZAGALO

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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ANA filiPA gAsPAr

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Madonna pode ficar sem conta no Instagram

A equipa do Instagram enviou uma mensagem a Madonna, na qual se afirma que a cantora vio-lou as “Community Guidelines” da rede social. Sem qualquer tipo de comentário, a rainha da pop publicou esta mensagem na sua conta, tendo recebido diversos comentários dos seus seguidores. Entre as 19 fotografias partil-hadas por Madonna, das quais fazem parte o decote da cantora

e fotografias de Frida Khalo, não se sabe precisamente quais foram motivo da mensagem. “É importante assinalar que a continuação da violação das regras pode resultar na desa-tivação da conta ou no acesso descontinuado ao Instagram, sem aviso prévio”, são as últi-mas palavras da missiva.

Venda de “tablets” em cresci-mento

Em 2012, foram vendidos 128,3 milhões de “tablets” em todo o mundo, o que se reflete num crescimento de 78,4%, relativa-mente ao ano de 2011, em que foram vendidos 72 milhões. Es-tes dados foram divulgados pela consultora tecnológica IDC. Após o primeiro lançamento deste segmento de mercado, em 2010 pela Apple, o iPad, os preços dos “tablets” já di-minuíram em 15%, o que, de acordo com a IDC, contribuiu para o aumento das vendas. O iPad é o líder das vendas, no entanto a concorrência está a

crescer progressivamente. Ai-nda assim, os “tablets” ocupam apenas 10,7% no mercado de aparelhos ligados à Internet. Fonte: jornal de Notícias

Ir ao cemitério ser sair de casa

Visitar alguém que se encon-tra sepultado num cemitério

longínquo está agora à distân-cia... De um clique. São 35 as freguesias que permitem a ho-menagem ou tributo a defuntos através da Internet. Nas páginas de cada cemité-rio é possível solicitar o envio de flores, velas, dedicatórias, ou fazer apenas o upload de textos ou fotografias. É ainda possível fazer a participação de falecimentos, consultar o nome e dados das pessoas que estão sepultados no cemitério real ou procurar dados estatísticos. Este serviço foi concebido por uma empresa portuguesa, a Ce-mitérios Online, que pretende já alargar o negócio a países como Espanha, Alemanha e Brasil.

twittadas

brUNo ferNANDes

[email protected]

O Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes, do Fórum Eco-nómico Mundial, elegeu os dez avanços tecnológicos mais promissores para este ano. Carros elétricos, wire-less ou impressoras que dão objetos a partir de uma or-dem de um computador es-tão perto de ser usados em larga escala. A primeira tecnologia da lista chama-se “OnLine Electric Vehicles – OLEV”: são carros elétricos que não necessitam de fios pois rece-bem energia de um campo eletromagnético, emitido por cabos instalados por

baixo do piso, recarregando, assim a bateria. Parece uma ideia tirada de um filme de ficção cientifica, mas já está a ser testada na Coreia do Sul. Em segundo lugar, surge a

dez tecnologias para 2013impressora de objetos que promete revolucionar a in-dústria da manufatura. A partir de uma ordem de um computador, a impressora cria um objeto 3D em qual-quer material, desde plásti-

co a ligas de metais. O Conselho também esco-lheu a criação de matérias que se autorregeneram como uma das tecnologias emergentes para 2013. Es-tes materiais reparam-se a si próprios sem necessida-de de intervenção humana, aumentando a durabilidade dos mesmos e a redução da procura de matérias-pri-mas. Também é destacada a for-ma de dessalinização da água de forma energica-mente eficiente. O Conse-lho refere que as pesquisas nesta área perspetivam que, em breve, será possível efetuar o mesmo processo poupando cerca de 50% de energia em relação aos gas-tos atuais.

A conversão de dióxido de carbono em combustí-veis, através de converso-res solares, proteínas a la carte, isto é, a ingestão das proteínas que realmente interessam, sensores apli-cados à medicina e aos automóveis,componentes eletrónicos orgânicos ou re-atores nucleares de quarta geração, capazes de produ-zir o seu próprio combustí-vel, são também outras das tecnologias referidas pelo Conselho. Esta lista pretende agru-par as tecnologias capazes de responder aos desafios mundiais e encontrar for-mas de financiamento para as tecnologias emergentes, divulgando-as junto do pú-blico.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 04.MAR.12 // ACADÉMICO

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O programa “Steps to”, in-serido no Connecting the Dots|2013, vai consistir em cinco sessões de orientação com cinco temas diferentes di-recionado para empreendedo-res, start up s e spin off s.

Estas sessões de orientação terão a duração de 120 mi-nutos. Serão sessões num ambiente relaxado mas totalmente focado, cujo objetivo principal é dotar os participantes com ferra-mentas práticas de trabalho de forma a construírem o seu projeto com os passos necessários para potenciar o seu sucesso. Os interessados poderão inscrever-se por sessão, op-tando assim por aquela que mais lhe interessa, ou pode-rão inscrever-se no progra-ma completo.As sessões terão um segui-mento lógico, o que pos-

sibilita a quem optar por frequentar o programa com-pleto, associar a cada sessão uma tarefa a ser realizada até a próxima sessão, com a intenção de que os parti-cipantes deem passos con-cretos no sentido dos seus objetivos. A inscrição no programa completo dá ain-da a compensação de uma sessão de Coaching em gru-po gratuita.

Temas e principaisconteúdos das sessões

1. Cultura Organizacional2 de Abril“Cultura Organizacional é a parte que não se vê mas sente-se na forma de atuar de toda a equipa da organi-zação, que se traduz na for-ma de estar e nos proveitos da organização.”a. Líder Flexível + Líder Co-achb. Organizações Emocional-

mente Inteligentes

2. Gestão Estratégica Eficaz| 4 de Abril “Não se pode gerir o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gere.” W.E.Deminga. Business Model Genera-tion Canvasb. Centros de Performance

3. Marketing & Vendas9 de Abril“Marketing não é uma fun-ção, é todo o negócio visto na perspetiva do cliente” Pe-ter Druckera. Plano de Marketing Es-truturadob. Plano de Marketing In-terno

4. Organização de Processos 11 de Abril“Não adianta dizer que esta-mos a fazer o nosso melhor.

Programa “Steps to”Dinamizador

César Cerqueira – Diretor Geral do Energize.me e Bu-siness Developer do Projeto Create Success – “Adoro es-tar com pessoas e trabalhar com elas na procura de atin-girem todo o seu potencial. Ao longo dos anos de expe-riência a trabalhar nas áreas de Gestão e Liderança, nas áreas Comportamentais, ou como Consultor externo, percebi que as pessoas e em-presas têm em si o potencial para atingirem os seus obje-tivos precisando apenas de uma pequena orientação, assim como desenvolverem a capacidade de quebrar com velhos paradigmas criando novos que as poten-ciem.”

Mais informações em www.liftotff.aaum.pt

Temos de ter sucesso em fazer o que é necessário” Winston Churchilla. Atribuições de Responsa-bilidadesb. Planos operacionais

5. Alta performance cons-tante - 16 de Abril“Porque razão os Atletas de Alta Performance treinam regularmente? Porque ra-zão as Empresas não fazem o mesmo?”a. Plano de formaçãob. “Role plays”

Local: Liftoff, campus de Gualtar na Universidade do Minho

Preço por sessão:12,5 euros - Sócio AAUM, AAEUM, AFUM 18 euros - Não sócios

(IVA incluído)

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CULTURA

josé reis

[email protected]

Foi preciso esperar até ao fim da conversa para termos a síntese perfeita do que é, afinal, Cristina Branco. “Eu gosto que as pessoas sintam que eu sou gente, que tam-bém tenho uma família,

que sofro como eles. Preci-so da minha família para me manter coerente com o que sou. Acima de tudo, preciso de me sentir gente”. Desarmada, sem rodeios, sem vedetismos, sem meias palavras. Cristina Branco, a cantora que galgou frontei-ras há muito, que reconhece

cristina branco e a gente contestatária da nossa terra

o bom, o mau e django

ser mais reconhecida fora do seu país que no seu in-terior, regressa com o 13º disco. Um álbum editado há uma semana, um disco onde “a gente” é a caracte-rística principal. “Este disco [“Alegria”] fala de pessoas. Fala de cidadãos, fala das pessoas enquanto indivídu-os e de todos nós enquanto sociedade”, revela a cantora, em conversa com o ACADÉ-MICO. Ao longo das dife-rentes faixas, há uma nova personagem que aparece, um novo cidadão que des-ponta, uma nova voz que ganha espaço. “São pessoas que têm identidade própria. Eu pedi a vários autores que construíssem uma biogra-fia para diferentes persona-gens. Pedi ao Pedro da Sil-va Martins, dos ‘Deolinda’, pedi à Manuela de Freita, ao João Paulo Esteves da Silva, entre outros, que escreves-sem sobre uma pessoa, sem florear. Queria personagens o mais realistas possíveis”, desvenda Cristina Branco. E

daí surgem, agora em disco, “a Deolinda dos ‘Deolinda’, a personagem que dá nome ao projeto musical surge aqui de igual forma. Temos a Miriam, que é uma ‘que-que’ de Lisboa, mas que à noite se mascara e se torna uma espécie de Robin dos Bosques à portuguesa”, ri Cristina Branco. Duas das personagens, um tributo a Joni Mitchell e a Sérgio Go-dinho e mais não se conta, que a surpresa continua a ser o elixir de muitos.

Voz contestatária

“Alegria”, de seu nome, é um paradoxo. Cristina Branco assume-o: “sim, claro. Este é um disco com uma voz consciente muito forte, com um olhar para a realidade que nos rodeia. Há neste disco um lado declaradamente de alerta a uma realidade, há uma pre-ocupação social profunda. Se fala de pessoas e se olha para a nossa realidade, é cla-

ro que tem uma caracterís-tica contestatária”, resume a artista que, quando impeli-da pelo jornalista a olhar a realidade dos nossos dias e a avaliar o que nos rodeia, não tem meias palavras. “Eu acho que as coisas se complicaram muito. Havia já um anunciar da ruína que se instalou e estamos agora na fase de lamber as feridas, de olhar para o que temos e arranjar soluções. E todos já percebemos que a solução não está no poder”, admite. Para já, e com esta consciência social marca-damente presente, Cristina Branco parte em digressão para várias datas na Euro-pa. “A ‘tour’ começa a 20 de março, em Bruxelas, depois seguimos para a Escandiná-via e depois regressamosà Bélgica”. Portugal, apenas em abril. “A 5 no Teatro São Luiz, em Lisboa, e a 7 na Casa da Música, no Porto”. Até lá, haja “Alegria” – nos ouvidos, com Cristina Bran-co, e na vida.

SALA DE CINEMA

géneros cinematográficos, procura sim reinventar-se, passando por todos esses géneros. Ele próprio confi-dencia: “I steal from every movie ever made”. São in-contáveis as referências di-retas a filmes da década de 60 e 70, mais propriamente aos western spaghetti ita-lianos, e as manifestas in-fluências dos filmes série B - neste caso o blaxploitation já explorado em Jackie Bro-wn (1997) ressurgiu em jei-to de tributo ao período do faroeste. Ainda que bem mais ama-durecido, o trabalho de Quentin Tarantino continua a fazer-se através de moldes muito pouco formais. Por uma lado, a estilização da violência (sangue em abun-dância, música clássica em cenas de ação) traz à su-

perfície a memória de Sam Peckinpah, de quem o reali-zador é confesso admirador. Por outro lado, a vingança é uma vez mais o motor de impulsão de todo o universo ‘tarantiniano’. Em Django Libertado a es-cravatura é abordada sem o mínimo de interesse moral. O humor é negro, por ve-zes duvidoso, e a violência impõem-se de forma cari-catural. E é nesta caricatura que o filme falha. A exage-rada despretensão e escár-nio com que são abordados os temas – o filme chega a ridicularizar-se a si mesmo - compromete a credibili-dade da história. Longe do brilhantismo e louvor que apresentou em Pulp Fiction (1994), Quentin Tarantino parece agora mais apostado em descobrir-se a si mesmo

do que a consolidar-se como um cineasta consensual.

CésAr CArvAlHo

[email protected]

Em Tarantino há uma iden-tidade palpável difícil de igualar. Cada elemento que preenche o ecrã é tão iden-tificável quanto a sua falta de aptidão para interpretar personagens acessórias que, teimosamente, sempre in-clui nos seus filmes. Ainda assim, esse mérito, vigente desde Cães Danados (1992), foi perdendo alguma for-ça para dar lugar às novas conceções de “como entre-ter essa plebe sem perder o apreço de Peter Bradshaw (crítico do The Guardian e de enorme relevância na área)”. Em Django Libertado con-tinua o desfile de persona-gens excêntricas. Django (Jamie Foxx), o protagonis-

ta, é talvez a mais sensata dessas personagens. De-pois de ser comprado pelo Dr. Schultz (um admirável Christoph Waltz) e de uma jornada onde os dois se de-dicam a caçar foragidos em troca de recompensas, ele vai em busca da sua amada Broomhilda na herdade do riquíssimo Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). O ro-teiro é dos mais lineares da filmografia do realizador, e onde os diálogos, longos e aprimorados, se assumem como o atributo maior e que só vem confirmar o talento dos atores escolhidos, mais destacadamente Waltz, Di-Caprio e o habitual Samuel L. Jackson. A reciclagem dos estilos continua bem evidente. O realizador norte-americano não procura definir-se em

Realizador: Quentin Tarantino

Elenco: Jamie Foxx, Chris-toph Waltz, Leonardo

DiCaprio

Estreou em Portugal: 24/01/2013

Nacionalidade: Norte-americano

Pontuação: 3,5/5

DR

Cristina Branco lançou o seu 13º disco de originais

Cristina Branco regressa aos discos com “Alegria”, o 13º disco da cantora portuguesa. Um disco contestatário, com uma consciência social bem marcada e com personagens que podemos encontrar no nosso dia a dia.

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RUM BOXTOP RUM - 9 / 201301 MARçO

1 NICK CAVE & THE BAD SEEDSWe no who u r

2 ALLAH-LASDon’t you forget it

3 FOXYGEN - No destruction

4 MIRALDO - The ancient days

5 CAT POWER - Ruin

6 GRIZZLY BEAR - Yet again

7 B FACHADA - Carlos T

8 DIABO NA CRUZ - Luzia

9 PALMA VIOLETSBest of friends

10 ANARCHICKSRestraining order

11 BAT FOR LASHESAll your gold

12 OS SOBREVIVENTESQue força é essa

13 DjANGO DjANGOHail bop

14 LIARSNo. 1 against the rush

15 WE TRUST & BEST YOUTH Tell me something

16 ADAM GREEN & BINKI SHAPIROjust to make me feel good

17 ALABAMA SHAKESHold on

18 DEUS - Quatre mains

19 jULIA HOLTERIn the same room

20 WALKMEN, THE - Heaven

POST-IT

04 março > 08 março

ORLANDO SANTOSFor Real (Electric Mood)

HOW TO DESTROY ANGELS How Long

YEAH YEAH YEAHSSacrilege

josé reis

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Passaram 10 anos e David Bowie, o camaleão da pop, pouco deu nas vistas ao longo do tempo. Deu pou-cos concertos, lançou pou-cas novidades, deu poucos sinais de vida. Mas, de um momento para o outro, o mundo acordou para um facto: sem aviso prévio, sem se supor que isso fosse uma

realidade, David Bowie re-nascia e um novo disco es-tava a ser preparado para 2013. Numa altura em que a internet veio matar a su-presa dos novos discos, Bo-wie ainda conseguiu fugir à máquina trituradora das surpresas e conseguiu que o novo álbum ficasse no ano-nimato até perto da data de lançamento do disco. Um disco maduro, onde a voz inconfundível de David Bo-wie se evidencia por entre

CD RUM

os instrumentos usados. Um álbum de difícil catalo-gação, onde a pop, o rock e algumas baladas convivem com a voz, essa voz que aju-dou gerações a crescer e que prometia, há uns anos, sair de cena por tempo indeter-minado. Sim, 10 anos foram suficientes para essa ausên-cia, Bowie! Já estávamos com saudades da voz ine-briante de crooner e um re-belde com mais de 65 anos. O músico que sempre esteve

à frente da moda começou a fazer sucesso em 1960 e foi responsável por vários hits, como «Let’s Dance», «Chi-na Girl», «Fame» e «Dan-

cing In the Street». Agora, regressa com “The Next Day”. A fazer valer a ideia que o amanhã, o dia seguin-te, é sempre uma surpresa.

AGENDA CULTURALBRAGAFILMES4 de MarçoAs Bailarinas – Medeia FilmesTheatro Circo

MúSICA9 de MarçoRui Gama e Dora RodriguesTheatro Circo

EXPOSIçÃO23 de Fev. a 24 de Marçojoana Castelo – “ In the city of Ho Chi Minh”Museu da Imagem

GUIMARÃESMúSICA

9 de MarçoThe Gift – Primavera / Explode Mil Cores PossíveisCCVF

8 de MarçoAurea – Soul NotesAcústicoSão Mamede

9 de MarçoCapicua Café concerto do CCVF

FAMALICÃO

MúSICA9 de MarçoMiguel AngeloPrimeiroCasa das Artes

EXPOSIçÃO8 a 31 de MarçoExposição e Pintura Dores AguiarMulher Flor!Casa das Artes

LEITURA EM DIAA Paixão de Almeida Faria - Assírio & Alvim. A reedição de um dos mais importantes romances da Literatura portuguesa, uma obra poética e genial.

O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação de Luís Cardoso - Sextante. A luta do povo timorense pela independência pela mão, segura, de um romancista a descobrir. De leitura obrigatória

O Livro do Ano de Afonso Cruz - Alfaguara. Os exercícios criativo-literários de um dos valores mais seguros da moderna escrita portuguesa

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

A praia dos afogados de Domingo Villar - Sextante. Um excelente policial, uma boa surpresa, com cenário na vizinha Galiza, aqui tão próxima e a merecer esta “descoberta” literária.

Dentes de Leite de Ignacio Martínez de Pisón (Teorema) - mais um grande escritor da moderna literatura espanhola, num romance delicado e pungente

DR

o amanhã de david bowie é já hoje

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DESPORTO

fecho desta edição, estes em-blemas não tinham ainda en-trado em ação, pelo que não constam no corpo deste ba-lanço desportivo. Recorde-se que o Olhanenses e a Acadé-mica são, respetivamente, os oponentes dos bracarenses e dos vitorianos. Na próxima jornada: o conjunto de Pe-

filiPA sANTos soUsA

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O Gil Vicente e o Moreiren-se precisam de pontuar, isto se quiserem manter-se no principal campeonato nacio-nal de futebol. Os cónegos saíram-se melhor, os gilistas nem por isso. Na cidade de Barcelos, o Nacional bateu a equipa da casa, por 1-2. A pri-meira parte ficou marcada pela supremacia evidenciada pelos ‘galos’, que marcaram aos 15 minutos da partida. O Nacional ia fazendo o seu jogo, demonstrando-se um pouco desorientado e sem rumo. Assim, os barcelenses recolheram ao balneário na frente do marcador. Embora o Gil tenha domina-do os primeiros 45 minutos do duelo, no segundo tempo o panorama mudou comple-tamente de figura: o coletivo de Manuel Machado entrou revigorado em campo, com

intenções de mudar a sua pouca sorte. Os visitantes chegaram ao empate (55’), mas o grande balde de água fria ficou reservado para o fim – Manuel da Costa assi-nou o segundo golo dos insu-lares. O emblema de Moreira de Cónegos também enfrentou, nesta jornada, um clube ma-deirense, que é como quem diz, o Marítimo. Já se sabia que este não iria ser um en-contro fácil para os minho-tos, uma vez que os mariti-mistas vinham de uma série de três vitórias consecutivas. A formação de Pedro Mar-tins tem feito uma boa épo-ca, e no seu horizonte está o acesso às provas europeias. Na primeira parte, os verdes--rubros dominaram, quase por completo, o esférico. Houve pouca emoção. Os golos só chegaram após o in-tervalo; e em apenas dois mi-nutos tudo se resolveu: pri-meiro marcou o Moreirense, logo de seguida o Marítimo

‘galos’ e cónegos com sortes diferentes

chegou ao empate. O resul-tado final fixou-se num nulo, mais que justo para ambas as equipas. Desta forma, os cónegos conquistaram um ponto importante para a sua luta pela sobrevivência na Liga Zon Sagres. Quanto ao SC Braga e Vitó-ria de Guimarães, à hora do

Moreirense dividiu pontos com um Marítimo europeu

DR

seiro vai ao Estádio do Bar-reiros, visitar o Marítimo; o Moreirense desloca-se ao Al-garve para defrontar o Olha-nense; o Gil Vicente recebe o Benfica (líder da prova, após ter aproveitado o desaire do FC Porto diante do Sporting); por último, o Guimarães faz de anfitrião ao Setúbal.

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Foi um jogo entre duas equipas a atravessar um bom momento de forma e o bom futsal veio ao de cima, apesar de todo o pragmatismo tático que ambas as formações impunham no ter-reno de jogo. O Rio Ave esteve sempre em vantagem na partida e só mes-mo no fim (apesar do equilíbrio ser a nota dominante na par-tida) os guerreiros do minho estiveram perto do empate com um remate ao poste de Amilcar. Para a história ficam os registos dos golos. para os bracarenses

espaçoscbraga/aaumby DVS

Uma derrota que não trava as aspirações dos minhotos. O Sp.Braga/AAUM deslocou-se ao terreno do Rio Ave e, em campo, nada mais nada me-nos do que o 4º classificado a receber o 5º classificados do campeonato. O tónico para uma grande partida estava lan-çado e quem esteve em Vila do Conde não saiu defraudado.

marcaram Miguel Almeida, Amilcar, Nené e jefferson. Ao vencer por 5-4, o Rio Ave as-cendeu à terceira posição do Campeonato Nacional da 1ª Di-visão, ultrapassando o Fundão na tabela classificativa.Os bracarenses mantêm-se no quinto lugar do campeoanto.Na próxima jornada a formação comandada por Paulo Tavares recebe o SL. Olivais, equipa que ocupa o 9º lugar.A partida irá jogar-se no pavil-hão desportivo da Universidade do Minho, em Braga.

Equipa bateu-se forte em Vila do Conde frente ao Rio Ave

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