ACADÉMICO 199

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Liftoff celebra três anos a empreender

campus

O que farias se fosses presidente da AAUM por um dia?

inquérito

Domingos Bragança quer aumentar o número de estudantes no pólo de Azurém

especial

CARLOS SILVAADMINISTRADOR

DOS SASUM EM EXCLUSIVO AO

ACADÉMICO

“SÓ FAZ SENTIDO QUE O GOVERNO

OLHE PARA A RECOMENDAÇÃO

DO PROVEDOR DE JUSTIÇA E A APLIQUE DE

IMEDIATO”

ACADÉMICO EM PDF

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA199 / ANO 9 / SÉRIE 5

QUARTA-FEIRA, 20.NOV.13

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico

twitter.com/jornalacademico

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20.N

OV.13 // A

CA

DÉM

ICO

BA

METR

O

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

RepositoriUMPoucos sabem, mas no Minho, há um serviço de documentação digital ao nível dos melhores do Mundo. Uma referência que me-rece ser destacada, ainda para mais, quando se cumprem 10 anos de exemplares serviços em torno do conhecimento acadé-mico. Parabéns sentidos a toda a equipa dos SDUM.

Desinvestimento na ação socialCarlos Silva critica, e bem, o de-sinvestimento dos governos na Ação Social. “Deve-se alargar a malha e não apertá-la” pode ler-se na entrevista desta sema-na. Penso ser lamentável que os cortes se sucedam nas áreas mais críticas. E que se continue a fazer “ouvidos moucos” à so-ciedade civil. Triste a situação!

Liftoff de parabénsNão só pelo terceiro aniversário, mas por tudo o que tem feito pelo empreendedorismo na UMinho. O Liftoff só pode estar de para-béns, isto apesar de tudo o que teimam em não lhe dar e pior... Teimam em tirar. Este gabinete precisa, cada vez mais, de um apoio consistente por parte das estruturas envolventes.

FICH

A TÉC

NIC

A

SEGU

ND

A

PÁG

INA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Quarta-feira, 20 Novembro 2013 / N199 / Ano 09 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

VENCEDOR DO CONCURSO UM AO QUADRADO: PAULO ARAÚJO - MIECOM

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LOCAL

dinis gomes

[email protected]

Quem foi aos últimos dois concerto do Guimarães Jazz percebeu porque é que este festival é tão bem recebido pela crítica, pelo público e pelos artistas, sendo uma referência no panorama in-ternacional. Era uma sexta-feira gélida e o Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor estava cheio. Afinal era o quinteto de David Sanchez, juntamente com o pianista Kenny Werner, responsável pelo concerto do dia 15.As expetativas eram altas e o concerto não desiludiu: o protagonista da noite, David

do melhor que se faz mun-dialmente no panorama ja-zzístico apresentando-se à cidade berço de Portugal.E fê-lo muito bem acompa-nhada: em palco estiveram igualmente presentes o gui-tarrista John Abercrombrie e o compositor Jim McNee-ly. Com um auditório cheio preparado para finalizar as hostes, foi dado um concer-to da mais altíssima quali-dade.Foram mais de duas horas de composições de Aber-crombie magistralmente interpretadas pelo próprio e pela competentíssima HR Big Band. O público foi agraciado e agradeceu com uma ovação de pé. Um es-pectáculo, portanto.

Sanchez, juntamente com o brilhantismo e rigor que caraterizam Kenny Werner, deram um concerto de cerca de duas horas onde deixa-ram o público siderado com um espectáculo a estrear de veia experimental.Mesmo que com o ritmo ca-racterístico do jazz, este con-certo marcou pela sucessão de tempos díspares entre os vários elementos da banda e a sua brilhante execução.O vanguardismo foi, assim, a palavra da noite.No último dia o festival foi, como nas edições anterio-res, marcado pela actuação de uma big band. Este ano coube a honra à HR Big Band, originária de Frank-furt, acabar duas semanas

DR

sucesso marca últimos dias do guimarães jazz

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liftoff faz três anos a empreendercátia silva

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No próximo dia 20, o Lif-toff – o Gabinete do Em-preendedor da Associação Académica da Universidade do Minho comemora o seu terceiro aniversário, feitos no passado dia nove.Com duas atividades: um whorkshop de gestão de projetos totalmente gratui-to e destinado aos alunos, a decorrer entre as 14h00 e as 17h00, no campus de Gualtar, e ao final do dia uma comemoração mais fe-chada aos empreendedores, onde estarão presentes as spinoffs e start ups saídas da universidade, com des-taque aquelas que passaram por este gabinete. “O dia do empreendedor”, assim é chamado por eles, pretende fomentar o espírito empre-endedor nos alunos e ana-lisar as principais dificul-dades daqueles que já são empreendedores.Joana Barbosa, uma das téc-nicas deste gabinete, situ-ado no campus de Gualtar, retrata esta existência pela

necessidade encontrada de fomentar o espírito empre-endedor. “Como todos sa-bem, o empreendedorismo é visto cada vez mais como uma fuga ao desemprego e como uma tentativa de in-serção no mercado de traba-lho. E mesmo que não seja numa tentativa de criarmos a nossa própria empresa, es-tas competências que tenta-mos desenvolver com ativi-dades de sensibilização são muito importantes. Compe-tências como a de gestão, de criatividade e de capacidade

de decisão”, destacou a fun-cionária.A adesão, bem como os re-sultados e o feedback têm sido positivos e, por isso, a técnica diz justificar-se totalmente a criação deste gabinete. “Todos os dias te-mos cada vez mais alunos com vontade de empreender e de dar os seus passos para entrar no mercado de traba-lho”. No entanto, existe uma grande diferença notada dos alunos chegados a quando da criação do gabinete, dos de agora. “No início havia

CAMPUS

aquela ideia de que “eu te-nho de criar uma empresa”, e chegavam aqui e diziam “o que é que eu faço?” En-quanto agora vêm porque se sentem mais obrigados a empreender, são já mais formados, têm uma ideia estruturada, só precisam de alguém que os oriente e lhes coloque algumas ques-tões”, sustenta.Uma das atividades princi-pais deste gabinete é o even-to anual Start Point, que durante dois dias tem ativi-dades a decorrer em simul-

tâneo, bem como oradores de renome. O seu destaque dá-se pela quantidade de pessoas que consegue atrair e pelas oportunidades gera-das.Para o futuro, Joana Barbosa fala numa vontade por parte do Gabinete em reformular a estratégia, com uma ten-tativa de chegar mais perto dos alunos e de repensar o seu campo de atuação.No entanto, garante que “o foco será sempre retirar as maiores vantagens para a comunidade”.

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dinis gomes

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Foi no passado dia 11 que o Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI) iniciou a primeira série de tertúlias a decorrer este ano letivo, com a pri-meira subordinada às di-nâmicas de poder internas e externas que explicam o conflito sírio. Para o deba-ter, o auditório cheio que acolheu este evento ouviu as intervenções da especialista em Estudos Islâmicos e Mé-dio Oriente, Maria do Céu Pinto, do jornalista Tiago Carrasco e dos estudantes sírios Tarek Sarhan e Oma-rAl-Awa.Maria do Céu Pinto fez, na sua apresentação, um apanhado geral dos vários

ana PinHeiRo

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A passerelle do University Fashion voltou a brilhar, este ano no hall da Escola de Engenharia da UMinho, em Guimarães, na última quarta-feira. Este concurso, organizado pela Associação Académica da Universidade do Minho, pôs a concurso cinco rapari-gas e cinco rapazes finalis-tas, vindos de variados cur-sos da Universidade.A gala teve como tema “Su-perstitious” e foi apresenta-da pela modelo internacio-nal Carine Zanatta e por Alexandra Biggote de Al-meida, vencedora do AAUM VJ Casting. O evento come-çou com a apresentação ví-deo dos Best Moments do AAUMTV VJ Castings e o desfile dos concorrentes

contou com a presença de marcas como Micaela Oli-veira, Boneca, Fuxia e co-ordenados produzidos por alunos de Design e Marke-ting de Moda.O cabeleireiro ficou entre-gue à equipa de Nuno Pe-reira Hair Studio e a ma-quilhagem a Ana Cunha, maquilhadora profissional.A Afonsina, banda “The Lovers Project” e a banda Grooway, uma banda cons-tituída apenas por alunos de música da Uminho, anima-ram esta glamorosa noite.O júri contou com repre-sentantes da agência OPor-to Models & Events, MVM TV, da Ritmos e Temas, da Joarca, da Universidade do Minho, da AAUM e com o vencedor da edição anterior.Os grandes vencedores da noite foram Sara Cardoso de Engenharia Mecânica e João Ferreira de Programa Doutoral em Engenharia de

Sistemas. A vencedora do melhor coordenado do des-file foi a Daniela Miranda de Design e Marketing de Moda que receberá tecidos da empresa Joarca para pro-duzir um próximo trabalho.Daniel Oliveira, Vice Presi-dente do Departamento das Saídas Profissionais e Em-preendedorismo da AAUM afirma que, “apesar do atra-so do começo do evento, a Gala Final correu bem e foi um bom momento para to-dos os presentes. Os vence-dores terão agora um longo caminho a percorrer mas que agora se tornou mais fa-cilitado pela OPorto Models & Events que os premiou com o agenciamento. Para além de que receberam um Ritual de Relaxamento da Touch Clinic e irão desfi-lar na ArteModaFamalicão 2013 o que será já um bom começo para o seu percur-so”.

o conflito sírio em debate na uminho

luta por um melhor futuro no seu país. Foram explica-das quais as verdadeiras ra-zões que desembocaram o conflito e porque é que esta revolução já não pertence ao povo que a iniciou.

Com a casa cheia, esta ter-túlia acabou com um cur-to debate entre oradores e audiência e um desejo que mais tertúlias com este ní-vel sejam realizadas na Uni-versidade do Minho.

atores que protagonizam a guerra civil síria qua já dura há dois anos, alertando para a progressiva politização, nomeadamente por forças islâmicas fundamentalistas ligadas a grupos terroristas, dum conflito inicialmente pacífico.A especialista no Médio Oriente alertou também para a influência de atores externos e rivais que têm interesses geopolíticos e geoeconómicos no território sírio e que podem explicar a longa duração e intensidade com que este conflito é leva-do a cabo.O jornalista Tiago Carrasco, autor do livro e documen-tário “A Estrada da Revolu-ção”, pautou a sua apresen-tação com as impressões vividas no território sírio durante o desenrolar do conflito, realçando a brutal violência com que este era

conduzido pelas duas fações e o desastre humanitário em crescendo que provoca. Para finalizar, a atenta au-diência ouviu o relato sobre dois estudantes sírios que viveram e protagonizaram a

fashion volta a brilhar

Dicas

Acerca da vencedora Da-niela Miranda de Design e Marketing de Moda, Da-niel Oliveira espera que “o prémio da Joarca seja uma mais-valia na sua próxima criação, e uma motivação

para continuar com o seu trabalho”. Durante todo o evento a ESN Minho (Eras-mus Student Network) re-colheu peças de roupa para serem entregues a uma ins-tituição social.

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claRa feRReiRa

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Realizou-se na passada quarta feira, dia 13, o Jura-mento e Batismo dos ca-loiros dos cursos do pólo de Gualtar. Neste ritual académico os alunos foram submetidos a uma praxe da Centuria, uma ‘’confraria’’ que visa manter as tradições da praxe, assim como o Ca-bido de Cardeais. Esta atividade teve como principal objetivo admitir os alunos como “caloiros”.

inÊs caRRola

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Nos dias 22 e 23 de novem-bro, a Associação de Estu-dantes da Escola Superior de Enfermagem de Escola Calouste Gulbenkian da Universidade do Minho irá promover, no Auditório do Instituto Português do des-porto e juventude, em Bra-ga, as IX Jornadas de Enfer-magem no âmbito do tema “Complementariedades en-tre Enfermagem e terapias não convencionais”. Este prestigiado evento con-ta como público alvo os es-tudantes de Enfermagem e profissionais a nível nacio-nal, tal como qualquer pes-soa que demonstre interesse e curiosidade pela tema des-

te ano. No dia 22, as sessões irão começar a partir das 8h e ao longo do dia serão abor-dadas temáticas tais como: Acupuntura e Medicina chinesa na Gestão do Stress, Dor Cervical: Etiologia e Tratamento Osteopático, Enfermagem Holística e Nutrição Ortomolecular, “As histórias que os pés po-dem contar”, Auriculotera-pia e o Cuidar Criativo com Toque Terapêutico. Já no dia 23, irão ser reali-zados três workshops dis-tintos: Chi Kung, Shiatsu e Yoga. Durante todo o evento, será também promovido um concurso de “comuni-cações orais” com o intuito de “premiar e reconhecer as boas práticas, projetos

sociais e de investigação em diferentes áreas da te-mática”. As Comunicações serão organizadas em torno dos seguintes temas: Enfer-magem, Saúde Materna e Infantil, Reabilitação, Dor e Gestão de Stress, Bioética, Cuidados Paliativos e, por fim, Saúde Mental e Quali-dade de vida. As jornadas, programa de reconhecido valor cientí-fico, pretendem ser uma excelente oferta, tanto para os alunos como para profis-sionais das diferentes áreas da saúde, representando um motor para o desenvol-vimento crítico de cada um e a partilha de conhecimen-tos de modo a melhorar e desenvolver cada vez mais a excelência e qualidade dos cuidados de enfermagem.

juramento e batismo marcam “fim” das praxes na uminho

bem, dentro das horas que estavam atribuídas para tal e com a total colaboração das autoridades. Foi um mo-mento marcante para todos os caloiros que alia a tradi-ção à diversão.”Maria Canelas abordou, uma vez mais, a questão da praxe na academia: “Cada academia tem as suas tra-dições académicas e pra-xísticas. Não nos cabe falar das tradições ou decisões de cada uma delas indivi-dualmente. Na nossa aca-demia acreditamos que a praxe deve acompanhar o

ano letivo do caloiro, desde o início no ato da matrícula até às Monumentais Festas do Enterro da Gata. Nunca é nossa intenção interferir com o desempenho acadé-mico dos caloiros, muito pelo contrário. Muitas vezes os pais tem uma ideia erra-da das praxes, que tentamos sempre modificar de forma construtiva. A praxe será sempre uma forma de inte-gração na vida universitária através de atividades assen-tes na tradição da Academia e regulamentadas no Códi-go da Praxe”, sublinha.

Iniciou-se com a dádiva de uma oferenda à entidade máxima da praxe, Maria Canelas, a ‘’papa’’ desta Universidade. Depois do ju-ramento, os caloiros foram batizados pelos cardeais do Cabido de Cardeais. Esta cerimónia teve lugar nos parques da Rodovia em Braga, espaço decorado para o efeito. Para segurança dos caloiros foi também efetu-ada uma pequena rede de segurança policial ao longo do trajeto.O ACADÉMICO falou com alguns “caloiros” que pas-

saram por esta experiên-cia. Um deles, que preferiu manter o anonimato, cara-terizou esta atividade como “aborrecida”.Opinião contrária dada por Cláudio Magalhães, caloiro de Direito, que se referiu à atividade como “divertida”, admitindo que será um “momento para recordar no futuro, uma vez que são essas praxes que marcam o ano como caloiros”Maria Canelas, “papa da academia”, sublinhou o ba-lanço positivo da atividade: “A atividade correu muito

enfermagem debate terapias não convencionais

CAMPUSPÁGINA 06 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

Lista concorre para os três

órgãos do GACCUM

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CAMPUSPÁGINA 07 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

máRcia PeReiRa

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O repositório da Universi-dade do Minho celebra o seu décimo aniversário e o ACADÉMICO quis saber mais sobre este serviço e o balanço destes dez anos.“Tendo sido apresentado, em 2003, com apenas 280 documentos. o Repositó-riUM atingiu as 1.000 pu-blicações em 2005, ultra-passou as 10.000 em 2010 e em Novembro de 2013 conta com cerca de 24.500 do-cumentos” é o que nos diz Eloy Rodrigues, diretor dos Serviços de Documentação da UM.Segundo o diretor, o balanço do RepositóriUM é “muito

positivo” uma vez que este serviço “cresceu, consoli-dou-se como um importan-te serviço da Universidade e ganhou muita visibilidade interna e externa”.No que diz respeito à utiliza-ção deste serviço por parte dos docentes, investigadores de todo o mundo e estudan-tes, Eloy adianta que “tem vindo a registar um cresci-mento contínuo e acentua-do, passando de cerca de 40 mil downloads no primeiro ano de existência, para os mais de 2 milhões que se irão verificar em 2013”.O diretor adianta ainda que desde a sua criação, o Repo-sitóriUM (que tem ocupado o primeiro lugar entre os repositórios portugueses, “situando-se entre os 10 e os 20 primeiros lugares dos

repositórios europeus e en-tre os primeiros 40 a nível mundial” no Ranking Web of Repositories) já registou mais de “10 milhões de do-wnloads, originados a partir de 235 países e territórios de todo o mundo”.O mesmo responsável afir-ma que, numa fase ini-cial do repositório da UM, depararam-se com alguns entraves de implementação, maioritariamente “relacio-nados com a “novidade” dos conceitos de Acesso Aber-

to e RepositóriUM para a maioria dos membros da UMinho” e com alguma “inércia” por parte dos mes-mos.No entanto, e apesar dos en-traves iniciais, há um gran-de reconhecimento “interno e externo” e uma “generali-zada valorização positiva do RepositóriUM pela comuni-dade académica da universi-dade”.Eloy antecipa ainda que os “Serviços de Documenta-ção da UMinho apoiaram a

criação do repositório SA-BER, que recolhe a produ-ção científica e académica de várias instituições de Moçambique” e que a UM “desenvolveu e mantém em funcionamento o Portal de Conhecimento de Cabo Verde, uma iniciativa do Mi-nistério da Ciência daquele país”.Sendo um serviço com tan-to reconhecimento, segun-do o diretor “novos desafios estão já no horizonte ime-diato” e num futuro pró-ximo será disponibilizada “uma versão atualizada do RepositóriUM, que propor-cionará diversas funciona-lidades, que acrescentarão novos serviços e facilitarão a utilização do mesmo, em especial do depósito de pu-blicações”.

repositóriUM faz 10 anos!

laRa antunes

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Os novos órgãos sociais do Grupo de Alunos de Ciências da Universidade do Minho (GACCUM) to-maram posse na segunda--feira, numa cerimónia que decorreu no Instituto de Ci-ências Sociais e que contou com a presença de Silvana

Mota-Ribeiro, docente do Departamento de Ciências da Comunicação e uma das fundadoras do então Grupo de Alunos de Comunicação Social da UM (GACSUM) e de Sandra Marinho, direto-ra do curso de Ciências da Comunicação. “Inovação e mudança” são as palavras de ordem neste novo man-dato presidido por Bárbara

Martins, que se mostrou cheia de vontade para co-meçar a trabalhar. “Os pro-jetos e ideias já são muitos e começam a ganhar forma, mas o primeiro projeto vai centrar-se na promoção da divulgação do curso junto da comunidade universitá-ria e dos estudantes eras-mus”, revelou a presidente ao ACADÉMICO. A falta de

sócios e de apoios financei-ros também preocupa Bár-bara Martins que, a curto prazo, quer envolver de for-ma mais ativa e integrada os alunos e o departamento do ICS, de forma a garantir es-ses mesmos apoios. A longo prazo, Bárbara Martins não quis desvendar projetos fu-turos, mas assegurou que a organização de visitas de

estudo, workshops e ações sociais relacionadas com o curso das Ciências da Co-municação são para conti-nuar, tal como as Jornadas de Comunicação. “Talvez este ano as Jornadas apre-sentem actividades diferen-tes. Mas logo se vê”, revelou ao ACADÉMICO Bárbara Martins, nova presidente do GACCUM.

bárbara martins assume presidência do gaccum

Lara Antunes

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CAMPUSPÁGINA 08 // 20.NOV.13 //ACADÉMICO

báRbaRa maRtins

[email protected]

No próximo dia 30 de no-vembro, pelas 21:30h, reali-zar-se-á no Theatro Circo a atividade “1º de dezembro”, organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). A réci-ta do primeiro dia do mês de dezembro contará com

a atuação dos grupos cul-turais da Universidade do Minho (UM).Segundo o facebook oficial do evento, esta celebração tem como objetivo “reavi-var a memória de uma data marcante para os estudan-tes bracarenses”. “A adoção desta velha tradição pelos estudantes da Universidade do Minho tem um signifi-cado especial: representa o assumir de uma identidade, cultura e tradições próprias

que nos diferencia de outras academias e uma aproxima-ção genuína a um marco histórico da cidade de Bra-ga“, lê-se ainda. Gil Cunha, vice-presidente do Departa-mento Cultural e Tradições Académicas da AAUM, re-forçou esta ideia.“De momento estamos a contar com a presença de to-dos os grupos culturais que tem presença no plenário de grupos culturais da UM”, afirmou Gil Cunha. No en-

tanto, “este ano a celebração contará com mais dois gru-pos culturais da UM, nome-adamente a Augustuna e a Tuna de Medicina da UM”, acrescentou.Este evento é uma atividade que já faz parte do plano de atividades do departamento há vários anos, tendo vindo a ser melhorada ao longo dos tempos. Contudo, os alunos parecem não aderir muito a este evento. “Infelizmen-te esta é uma atividade um

pouco abandonada pelos es-tudantes da academia”, rela-tou o vice-presidente.A celebração “1º de Dezem-bro” será aberta ao público em geral, tendo o bilhete o custo de 3 euros por pes-soa. Toda a comunidade académica da Universidade do Minho está convidada a marcar presença neste even-to que procura homenagear as personagens históricas que marcaram o dia 1 de de-zembro, em 1640.

1º de dezembro regressa na tentativa de se voltar a aproximar dos estudantes

fRancisco gonçalves

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No passado dia 15 de no-vembro foi apresentado o programa oficial dos XXVII Jogos Galaico-Durienses que se realizarão nos dias 19 e 20 de Novembro nos con-celhos fronteiriços de Vila Nova de Cerveira (Portugal) e Tomiño (Espanha). Este evento, organizado pela Fundação Centro de Estu-dos Euro-regionais Galiza--Norte de Portugal (FCEER), com a parceria do Agrupa-mento Europeu de Coope-ração Territorial (AECT), ambas entidades dedicadas à cooperação transfronteiri-ça entre a região portuguesa e a comunidade espanhola, contará, durante dois dias, com a presença das seis universidades públicas que compõe esta euro-região - A Coruña, Santiago de Com-

postela, Vigo, Trás-os-Mon-tes e Alto Douro, Minho e Porto - e irá contar com duzentos atletas e técnicos. As modalidades abrangidas por este evento são o bas-quetebol, o futsal e o xadrez.Para além da alcaidessa de Tomiño, Sandra González, do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Noguei-ra, do diretor da FCEER,

Rúben Lois e do diretor do AECT, Juán Lirón, a ses-são de apresentação con-tou, ainda, com a presença dos representantes das seis academias, inclusivamente o diretor do Departamen-to Desportivo e Cultural da UM, Fernando Paren-te, que, em entrevista ao ACADÉMICO, realçou a importância desta competi-ção interuniversitária “num contexto de relação e convi-vência entre os membros das várias universidades”. Afirmou também que este “é mais um momento de competição, muito impor-tante para a motivação dos atletas”.As várias comitivas univer-sitárias serão compostas por 33 elementos. A delega-ção minhota, chefiada por Carlos Silva, administrador dos Serviços de Ação Social, será composta por quatro

jogadores de xadrez, uma equipa mista de basquete-bol e duas equipas de futsal, uma masculina e outra fe-minina, que no final verão os seus resultados agrega-dos num só.Estes jogos, que tiveram a sua primeira edição em No-vembro de 1993, na Univer-sidade da Corunha, serão abertos com um seminário subordinado ao tema “O desporto universitário na euro-região Galiza-Norte de Portugal. Linhas estratégi-cas, orientações e principais

desafios à volta da Estraté-gia Europa 2020”, modera-do pelo pró-reitor do despor-to da Universidade do Porto, Manuel Janeira.A equipa minhota de bas-quetebol será a primeira a entrar em campo contra a equipa da Universidade do Porto, num jogo que se iniciará às 15.00h do dia 19 de Novembro no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Cerveira. Os resultados das competições serão atualiza-dos na página oficial do fa-cebook da UMDicas.

tudo a postos para os j gos galaico-durienses

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INQUÉRITO

Alexandre Carneiro encara o associativismo estudan-til com bastante seriedade. Este entende que “as pri-meiras medidas deviam ser nas pontas soltas que exis-tem há muito na associação, como os passes dos autocar-ros, haver realmente uma bibliotecas 24h, resolver o problema de acessos a pes-soas com mobilidade espe-cial e acessos as residências de Guimarães.”Alexandre Carneiro tam-bém se iria debruçar sobre “a divulgação e importância das RGA”.Mostrando-se claramente crítico com a direcção actual da AAUM, este afirmou que um dos projectos com que gostaria de romper era “sem sombra de dúvidas” a do ga-binete do empreendedor. “O empreendorismo é muitas vezes pensado erradamente como sendo iniciativa em-presarial, mas não passa de uma ideologia utópica que faz acreditar por processos de motivação. Isto retira a realidade factual que as em-presas estão interligadas e que existe um mercado, le-vando muitas pessoas a acu-mulação de dívida”, concluí.

Ricardo Martins recorda a sua experiência nos núcleos associativos dos quais fez parte, encarando o associa-tivismo estudantil como “um movimento que cons-trói ou modifica políticas de educação. Que luta por uma realidade estudantil dife-rente, que contamina atores para que juntos caminhem na promoção da cidadania ativa”.Quando interrogado sobre que medidas gostaria de implementar, Ricardo Mar-tins refere a “criação de um programa de “aluno colabo-rador” intra-UMinho”. Este teria como propósito “com-pensar o trabalho que o alu-no desenvolvesse junto dos váridos departamentos da instituição. O finalista também focaria a sua atenção numa “nego-ciação junto da Reitoria pelo alargamento do horário das bibliotecas após as 13 horas aos sábados”.

A desfrutar do ano de Eras-mus em Manchester, Joana Videira afirma que se “foca-ria mais na parte social, em projetos desenhados pelos alunos e para eles, no âmbi-to de temas atuais, e que le-vassem a uma maior coesão entre os alunos, algo que por vezes falha um pouco”.Interrogada sobre que pro-jetos daria mais atenção, a estudante defende a criação de “mais projetos a nível so-cial e de ajuda à comunida-de, como recolhas de bens, angariações de fundos”. A nível cultural, procuraria promover mais “exposições, concertos patrocinados pela AAUM, cinema na Uni-versidade, festas temáticas, entre outros”. Esta ainda en-tende que “existem alguns de momento, mas não são difundidos o suficiente para atrair a participação de mui-tos estudantes, tais como o PsiCinema”.

Encontrando-se no segundo ano do curso de Ciências da Comunicação, Bernar-do Limas acha pertinente a criação de “um espaço da AAUM onde fosse possível trabalhar em prol dos estu-dantes, onde os estudantes pudessem trabalhar e con-viver com os seus pares, e onde colaborassem com os membros da AAUM”, para promover uma maior pro-ximidade do órgão aos estu-dantes.Questionado sobre que projetos gostaria de ver im-plementados, responde: “Muitos. Faltam sobretudo projetos específicos para cada curso e projetos que liguem, estrategicamente alguns cursos. Precisamos de trabalhar mais numa perspetiva de cooperação. Redes de cooperação den-tro da universidade, onde se formam grupos estratégicos dentro da academia para depois saírem grupos com sucesso a implementar no mercado de trabalho”.

RICARDO MARTINS5º ANO - MESTRADO GEOG. –

PLAN. GESTãO DO TERRITóRIO

jOANA VIDEIRA2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

bERNARDO LIMAS2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

aleXandRe vale

[email protected]

A menos de um mês para as eleições da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) – marcadas para o dia 3 de dezembro - , o ACADÉMICO decidiu perguntar a alguns estudantes o que fariam se pudessem ser o presidente da AAUM por um dia. Procuramos saber, entre algumas questões, que medidas tentariam implementar, assim como em que áreas interviriam mais. Deixamos aqui então o parecer estudantil.

ALExANDRE CARNEIRO5º ANO//

ENG. CIVIL

o que farias se fosses presidente da aaum por um dia?

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PÁGINA 10 // 20.OUT.13 // ACADÉMICO

acabassem por não ter bolsa.

As dívidas de familiares que afetam o cálculo tem dado que falar, ainda para mais agora, depois do parecer do Provedor de Justiça, que deu razão às questões levantadas pela AAUM...... Não é novo porque, nos últimos anos, temos vindo a alertar para esta e outras situações que afastam in-devidamente estudantes da ação social. Em relação a essa matéria, nos últimos dois anos, os números di-zem que 5 mil estudantes foram excluídos da ação so-cial por este critério, embo-ra o Governo afirme que são menos.

E na UMinho?Tivemos poucos casos. Cer-ca de 50 ou 60 casos. Mas este ano o número será li-geiramente superior. Não

número de bolseiros face às regras que foram definidas. É um aspeto preocupante: o número de bolseiros tem vindo a diminuir nos últi-mos anos, quando deveria subir. Isto leva a que alguns dos estudantes não tenham capacidade de estudar. Isto é, efectivamente uma pre-ocupação, porque deveria-mos estar a alargar a malha de alunos a beneficiar da ação social e não a apertá-la.

Acha que o culpado é o regi-me de atribuição de bolsas?A questão política é a culpa-da. Não tenho dúvidas que, pelo facto de termos altera-do o limites de capitação, o facto de não considerarmos os rendimentos ilíquidos e passarmos a considerar ren-dimentos líquidos, fez com que milhares de estudantes que estavam no limiar, “sal-tassem fora” do sistema e

ENTREVISTA

daniel vieiRa da silva

[email protected]

nuno ceRQueiRa

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Dez anos enquanto admi-nistrador dos SASUM. Que diferenças encontra desde o dia em que entrou pela pri-meira vez na porta do gabi-nete do administrador?É um percurso longo. Tem sido um trabalho interes-sante, embora os SASUM estejam muito diferentes em relação a 2003. Embo-ra a equipa de recursos hu-manos seja a mesma, tudo o que faz parte do plano estratégico tem vindo a ser concretizado. Tudo o que diz respeito à gestão e ao re-sultado e oferta de serviços, foi alvo de bastante evolu-ção. Houve um salto muito grande entre 2003 e 2013 e os SASUM são uma das es-

truturas ímpares no nosso país no que diz respeito à ação social.

Acha que há um cunho pes-soal nesta gestão?Não. Não com a força que as pessoas querem transmitir. Este é um projeto que tem muitas caras. Eu represento os SASUM, mas a base são os trabalhadores e todos es-tão embebidos do nosso es-pírito. É lógico que há sem-pre um cunho pessoal, mas na coordenação e gestão de equipa. Recebo qualquer trabalhador, tanto a nível pessoal como profissional, e consigo dialogar com qual-quer pessoa da estrutura. Isso faz parte de uma gestão participada e isso ajuda na gestão dos SASUM. Em ter-mos de resultado, esse não é meu, é fruto do trabalho de uma equipa. Todos nós temos embuido o espírito

da qualidade, da responsa-bilidade e isso é importante numa estrutura como esta com centenas de trabalha-dores que prestam serviços.

E vê-se neste cargo por mais dez anos?Há uma limitação de man-dato. Este Reitor irá tomar posse, irá escolher uma equipa e, se eu fizer parte dela, tenho um mandato máximo de seis anos.

Há dois anos, na última entrevista, afirmou que a austeridade não iria afetar significativamente o bolo da ação social. Ainda mantém a mesma opinião?A austeridade não afeta os princípios da ação social. Lo-gicamente, há uma respon-sabilização do Estado nesta matéria. E o Estado tem vin-do a desresponsabilizar-se. Houve uma diminuição do

Carlos Silva mostrou-se muito crítico face às políticas governamentais junto da Ação Social no ensino superior

CARLOS SILVA

“SÓ FAZ SENTIDO QUE O GOVERNO OLHE PARA A RECOMENDAÇÃO DO PROVEDOR DE JUSTIÇA E A APLIQUE DE IMEDIATO”

Arlindo Rego

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porque é uma questão de justiça. Se temos famílias a ganhar menos, com menos capacidade financeira, logi-camente que deveria haver uma tradução desta redução no sistema de bolsas. Mas acontece ao contrário, ou seja, reduzem-se salários e reduz-se o sistema de bol-sas. Não faz sentido.

Com o sistema mais aper-tado, entra aqui o Fundo Social de Emergência (FSE) que poderá colmatar algu-mas deficiências do sistema de ação social. Que papel está reservado aos SASUM neste fundo?No último ano foi criado um regulamento que rege este fundo. Fundo esse que visa um apoio aos estudantes que não entrem na malha da ação social. Quisemos [SASUM, reitoria, AAUM e Provedor do Estudante] criar um processo de finan-ciamento aos estudantes para que estes não deixem de estudar. No ano anterior, em cerca de 60 candidatos conseguimos apoiar cerca de 50, um investimento na ordem dos 31 mil euros.

Na sua tomada de posse, Carlos Videira, afirmou que esperava que os SASUM adiantassem uma verba para o FSE...... Nós fazemos parte de um grupo que é a Univer-sidade do Minho. Aqui é o investimento global... É o

faz sentido que o estudante seja penalizado por haver algum elemento do seu agregado familiar que tem dívidas. O estudante acaba por ser penalizado por algo que não tem culpa. Não faz sentido!Em relação ao parecer do Provedor de Justiça, verifi-camos que em todos os as-petos o Provedor deu razão à AAUM. Neste momento só faz sentido que o Gover-no olhe para esta recomen-dação e a aplique de imedia-to.

Mas espera que a aplique entretanto?Espero que a aplique em toda a linha. Temos nota-do que o Governo pode ter boas intenções, mas na prá-tica nunca as aplica. E de boas intenções está o Mun-do cheio. Não faz sentido que seja considerado para efeitos de bolsa o rendimen-to que as famílias não tem. Há uma diferença grande na ordem dos 35% entre aquilo que são os rendimen-tos ilíquidos e aquilo que deveriam ser considerados os rendimentos líquidos.

Deduzo então, pelas suas palavras, que ainda falte muito para um sistema de ação social justo?O sistema que esteve a vigo-rar até 2010 era mais justo, porque estas questões não estavam implícitas no regu-lamento. Todas estas ques-

tões referidas pelo Provedor são aquilo que considera-mos injusto e inconstitucio-nal neste despacho. As uni-versidades, os estudantes, os serviços de ação social, tem transmitido estas reco-mendações quer ao minis-tro, quer à Assembleia da República e não faz sentido que em Portugal continue-mos com um sistema des-tes. Os rendimentos das so-ciedades também deveriam ser considerados para a bolsa de estudos, porque no momento em que o forem, aí sim, teremos um sistema de atribuição de bolsas per-feito. Até porque, em Portu-gal, deveremos ter cerca de 1% de estudantes que, mo-ralmente, não deveriam ter acesso à bolsa de estudo.

Sentem, por isso, que não estão a ser ouvidos?Costumo dizer que o Go-verno tem ouvidos moucos. Acaba por não ouvir a re-alidade do sistema. O que está em causa é não querer reforçar a verba da ação so-cial. Não tenho dúvidas que, por exemplo, se passasse o critério dos rendimentos ilíquidos a líquidos, isso te-ria um impato financeiro na ordem dos 20 milhões de euros. A questão das dí-vidas dos familiares, caso não fosse considerada, teria um impato de 5 milhões de euros. Mas isto deveria ser o investimento do Gover-no no sistema de bolsas,

investimento da universi-dade, independentemente da origem, porque também há fundos privados. A ques-tão do bolo é uma questão menor. Importante é que tenhamos a capacidade de ajudar os estudantes que têm dificuldade em fre-quentar o ensino superior. Não faz sentido tentar criar um sistema que seja parale-lo à ação social.

Ou seja, o papel dos SASUM não é tanto de financiamen-to, mas sim de detectar as dificuldades...Sim. Na parte do processo, o aluno faz a candidatura nos SASUM, a candidatura é analisada e enviada para a avaliação. Analisamos, juntamente com o Reitor, Provedor e AAUM. Estas entidades apoiaram 90% dos estudantes que se can-didataram. Agora penso é que deveríamos, acima de tudo, assitir a uma nova re-gulamentação do sistema nacional de bolsas que fosse ao encontro das recomenda-ções do Provedor de Justiça. Se estas forem implementa-das teremos um dos melhor sistemas de atribuição de bolsas dos últimos anos.

Entremos agora no desporto que tem estado em especial evidência. É uma aposta para continuar. De que for-ma?Esta é uma aposta que vem de longe.

Nós - AAUM e Universida-de do Minho - quisemos que o desporto fosse um veículo da imagem da pró-pria UMINHO. Queremos ser reconhecidos na Europa pelo investimento que fa-zemos no desporto. Tentá-mos, a partir de 2004, criar uma estratégia com ações definidas: aumentar os re-sultados a nível nacional; que a Universidade fosse reconhecida; trazer esse re-conhecimento para a UM através das candidaturas aos campeonato europeus universitários. E consegui-mos isso.Não temos o curso de des-porto, mas não é essa a nos-sa missão...

Mas não o vê como uma mais valia?O curso de desporto será uma mais valia se for in-tegrado numa lógica da universidade. Somos de-fensores de criar, numa linha pós-graduada, a área de desporto na UMinho. Não tenho dúvidas que isso fará sentido, tanto para me-lhorar os quadros da região e melhorar o desempenho nesta área, tanto na UMi-nho como nas entidades na região que são nossas parceiras - Sp. Braga, ABC/Uminho, Vitória SC, etc. Isso fará sentido porque temos, também, recursos humanos de excelência que nos permitem ter resulta-dos bastante positivos no desporto.

Mas tem havido, ultima-mente, algum desconten-tamento por parte desses mesmos recursos que fala...Não. Somos um estrutura de excelência. Temos objeti-vos bem definidos.Objectivos desportivos e de trabalho. Agora, quem não está contente só tem um ca-minho....Não temos um nível de satisfação nos nossos tra-balhadores de 100%, mas temos na ordem dos 96%. Logicamente que temos uma percentagem pequena de pessoas que não se re-vêm na estrutura.

E esses 4%...São da nossa estrutura de gestão. Estrutura financei-ra, alimentar e da estrutura desportiva.

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ENTREVISTAPÁGINA 12 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

altura quando os quadros o puderam financiar hou-ve um claro veto político. Foi uma opção do governo. Caso esse veto não existisse já teríamos a piscina pronta. Não será fácil desenvolver o projecto a não ser que haja fundos comunitários ou algum mecenas para o fi-nanciar. Acho que era bom investimento para os estu-dantes da Universidade do

Mas é conhecido algum des-contentamento por parte de técnicos e funcionários dos DDC. Como é que o admi-nistrador viu esta situação?Não chamo descontenta-mento. Chamo entropia. Temos objectivos e estra-tégia definida. As pessoas são contratadas para cum-prir esses objectivos. Se não cumprem... só tem um caminho. Quem não está bem, sai.

Como funciona a estrutura, por exemplo no DDC?Para nós, todos os colabo-radores tem uma função específica e balizada. Se não quiserem, vão embora e vem outro. Isto é gestão de recursos humanos. Há objectivos, caminhos que estão definidos por escri-to e em contrato, não por liberdade de ninguém. O nível de responsabilidade de cada pessoa está bem definido. Temos reuniões mensais nesta estrutura e aí avaliamos 52 rácios. Se algo não está bem vamos ten-tar perceber o porquê. Mas pode haver, realmente, de-siquilíbrios na organização. Mas isso acontece em todo o lado.

Mas confirma que houve algum tipo pressão sobre os trabalhadores que não cum-prem com esses objectivos?Há uma coisa clara aqui

nesta organização. Aqui não há pressões, há avaliações de desempenho. Nós não fazemos reuniões indivi-duais. Fazemos, isso sim, avaliações colectivas dentro de cada grupo. Aí faço pas-sar as mensagens de uma forma clara e colectiva para não deixar a dúvida em nin-guém.Se me perguntarem se há pessoas desmotivadas, é cla-ro que há.

No seu tempo de estudante era conhecido como “tropa”. Há aqui alguma tropa nesta gestão?Não. Tem mais a ver com a identificação dos níveis de responsabilidade. Toda a gente gosta, por vezes, de extravasar o seu nível de responsabilidade e isso já é indisciplina. Agora se veri-fico o grau de cumprimen-to dos objectivos dentro da estrutura? Sim, verifico! É a única forma de conhecer a estrutura. E quanto me-lhor a conheço, melhor ela funciona. É desta forma que trabalhamos.

A criação de um centro aquático e requalificação do campo do Gualtar como são vistos pelo administrador dos SASUM?Olho com bons olhos. O projecto do centro aquático é um projecto antigo, com financiamento difícil. Na

Minho.

Acha que com apoio autár-quico poderia ser mais fácil?Só depende dos apoios euro-peus! Desde 2004 já inves-timos cerca de 20 milhões de euros nas obras que fo-mos fazendo. Nunca houve comparticipação do estado, com exceção a uma obra em 2009 onde nos financiaram em 250 mil euros. De resto, em todos os investimentos feitos em bares, cantinas e residências, não houve um investimento do estado, mas sim da Universidade. Mas se houvesse, no caso das piscinas, um apoio eu-ropeu na ordem dos 70%, nós colocavamos o resto.

Quanto custaria este projec-to?Está estimado entre 4 a 6 milhões. Dependo dos ma-teriais e sua localização.

Já agora, qual a localização prevista?A localização do projecto apresentado em 2009 é de-baixo dos campos de relva sintética. A ideia é aprovei-tarmos a estrutura de base do pavilhão, criarmos o cen-tro aquático e criarmos uma dinâmica diferente com as novas salas de musculação e revitalizar o espaço.

E a ideia de o contruir ime-diatamente abaixo do campo de futebol de Gualtar?Logicamente que, seja qual for o local, há aspectos po-sitivos e negativos. Qual a vantagem de uma estrutura agregada à estrutura de fun-cionamento do pavilhão? É que assim o funciona-mento corrente ia ser feito pelas mesmas equipas. Se tivermos uma piscina fora, iremos recebê-la de bom grado, mas somos obriga-dos a deslocar uma equipa de recursos para aquele es-paço. Se me perguntarem se gostava de ter tudo cen-trado no mesmo espaço, não tenho dúvidas que sim. A poupança em termos de recursos era muito superior. Seja qual for o projecto nós estaremos, sempre, de cor-po e alma no mesmo. Agora preferimos um que, ao lon-go do tempo, minimizasse aquilo que são os custos de financiamento. Prefiro gastar mais um milhão ou mais 500 mil euros numa estrutura que saiba que vou poupar nos próximos anos.

Acha que esta estrutura po-deria ser uma alternativa para as famosas piscinas olímpicas que estão paradas na cidade de Braga e servir

Arlindo Rego

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ENTREVISTAPÁGINA 13 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

um local de convívio onde as pessoas criam laços. O preço que praticamos com estas variáveis todas acaba por ser baixo para o estu-dante.As residências estão bem direccionadas para aquilo que é 1º e parte do 2º ciclo, mas para o que é formação avançada ou 3º ciclo, nós não temos este tipo de infra--estruturas.

Mas há então necessidade de repensar a estratégia?Há e está a ser feita. Esta-mos a identificar determi-nados mercados emergen-

outro tipo de público?Em todas as infra-estrutu-ras, além de servirmos o estudante, há um período grande em que necessaria-mente temos uma baixa rentabilidade. A única for-ma de ganharmos algo com isto é envolver a comunida-de. Faz sentido, ao projectar um equipamento, olharmos para o nosso mercado, mas também para a envolvente. Não tenho dúvidas que com um centro aquático iríamos dar resposta a necessidades de escolas, de freguesias e conseguiríamos captar ou-tro tipo de classes, nome-adamente, neste caso, as mais idosas.

É um projecto que facilmen-te era rentabilizado?Penso que sim. Não seria difícil, mesmo sem investi-mento, concretizar este pro-jeto, mesmo que se pagasse a 30 anos.

Teremos para o ano um campeonato europeu uni-versitário de andebol no Mi-nho. Em 2016 o mundial de karaté. O que se pode espe-rar destas provas?Temos feito um investimen-to forte em algumas áreas o que nos acaba por fortale-cer, tanto em termos de de-senvolvimento desportivo, como de resultados. Para nós, UMinho, é interessan-

te trazer centenas de jovens para participar nos euro-peus e mundiais.Gostava que fossemos, ao nível do andebol, campeões europeus e mundiais aqui na Universidade do Minho.Temos nestes eventos tudo o que há de melhor da uni-versidade e isto, a nível de imagem, é do melhor que se pode fazer.

Como se tem situado a taxa de ocupação das residên-cias?A taxa de ocupação, neste momento, é de 98,6%. A taxa de ocupação média do ano é maior de 95%.

Números superiores aos do ano passado?Não, idênticos. Felizmente, sempre que os alunos che-gam cá, procuram as resi-dências.

Como é que os SASUM se posicionam face ao mercado de arrendamento?Um estudante não conse-gue, cá fora, arranjar um quarto onde não paga luz, água, acesso a televisão por cabo. Há diferenças gran-des.Muitas pessoas procuram as residências exatamente por causa destes fatores que são valorizados.A residência é mais do que um espaço de quartos. É

tes para os próximos anos e criar infra-estruturas para responder aos mesmos.

Mas criar novas residências?E requalificar outros espa-ços.

Os edifícios contíguos ao Museu Nogueira da silva poderão ser uma solução?Poderá passar por aí a solu-ção. São soluções a ser es-tudadas, inclusive projetos que envolvam espaços nos centros das cidades de Bra-ga e Guimarães...

O edifício do Castelo pode-ria ser uma das solução?Aí teria de ser uma resi-dência de luxo, um hotel de charme, para um mercado diferente.

Sabemos que, paralelamen-te à atividade de administra-dor, tem-se dedicado à inves-tigação. Tem algum projeto específico?Sim e assume-se como um desafio pessoal. Quando al-guém não me consegue ex-plicar algo, não fico satisfei-to enquanto não conseguir a resposta. Tenho um desafio - que estou praticamente a terminar -, mas infelize-mente não é um problema fácil de resolver, porque este já tem milhares de anos e nunca ninguém conseguiu explicar.

Afigura-se como um desa-fio complicado esse que tem entre mãos?Nunca é complicado. De-

pende dos nossos níveis de motivação.

Mas quer adiantar a temáti-ca em que se insere?Trata-se de investigação em torno da energia.

Mas tem tido bons indica-dores?Sim, tenho. Bastante positi-vos, por sinal.

Estamos a falar de uma re-volução energética?Poderemos ter algumas re-voluções. Se eu dedicasse o mesmo tempo que as outras pessoas dedicam a este pro-blema, o mesmo já estava resolvido. Dedico 14 horas ao trabalho, dedico as mes-mas horas que dedicava à família e 3 a 4 horas por dia à investigação.

Mas qual é, afinal, o proble-ma que não consegue resol-ver?Tem a ver com as capacida-des da água. O que a água nos pode dar como fonte de energia, para além de solu-ções para se detetar e encon-trar água no solo.É um problema simples. Um hobby interessante.

Está já a pensar no dia em que sair da administração dos SASUM?Tudo depende dos resulta-dos. Se forem os que eu es-pero, irei continuar. Gosto de prestar serviço público. Se eu conseguir fazer um projeto que ajude os outros ficarei satisfeito.

Arlindo Rego

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

ana Rita magalHães

[email protected]

Agora já é possível!A Sony lançou em Portugal, no passado dia 12 de novem-bro, o Smartwatch, SW2, um relógio inteligente, per-

feito para oferecer como prenda no Natal.Este elegante relógio tem total compatibilidade com Android e tem capacidade para mais aplicações do que qualquer outro smartwatch, sendo que muitas delas não têm necessidade de recorrer ao smartphone. Algumas

queres um relógio inteligente no teu sapatinho de natal?

DR

dessas funcionalidades são tirar fotografias de forma remota utilizando a aplica-ção de câmara inteligente, ler mensagens de correio já descarregadas, selecionar e ajustar o volume de uma música, entre muitas ou-tras. O Smartwatch 2 tem novas

caraterísticas enquanto su-cessor lógico do atual Sony Smartwatch, como bateria smartwatch de maior dura-ção (com cabo micro USB para carregar a bateria), re-sistência à água e pó, ecrã com uma resolução maior (1,6’’, 220 x 176 pixéis), um ecrã brilhante (visível mes-

mo ao sol) e pode ser per-sonalizado com pulseiras amovíveis Sony ou qualquer pulseira padrão de 24 mm.O ACADÉMICO foi falar com alguns alunos para saber a sua opinião relati-vamente a este smartwatch. Para Sílvia Magalhães, alu-na do 4º ano de Direito, este novo dispositivo é bastante útil para quem faz exercício físico com regularidade e uma ótima prenda de Natal. No entanto, “eu não o com-praria, pois para mim não iria ter qualquer utilidade. Mas acho uma ideia muito interessante”. Ana Montei-ro, do 2º ano de Ciências da Comunicação, considera o produto interessante e a experimentar. No entanto, também não o compraria devido ao preço. “O preço não me agrada muito por-que um telemóvel custa o mesmo. Mas parece ser mais prático. Está no pulso e é só olhar”, conclui a estu-dante de Comunicação.

Rute PiRes

[email protected]

Sites noticiosos lidos no telemóvel por 13% dos utiliza-dores

De acordo com dados recolhi-dos por joão Canavilhas, profes-sor da Universidade da beira do Interior, o acesso a sites noti-ciosos através de dispositivos móveis em Portugal representa até 13% do total de visitas. O site da TSF é aquele em que a percentagem é maior, 13%. Segue-se o Público, onde a per-centagem é de 11%, o Correio da Manhã e o Diário da Notí-cias, ambos com 10%. Estes números poderão vir a duplicar em menos de dois anos tendo em conta a venda de dispositi-vos, a redução dos preços dos

pacotes e o aumento de zonas de internet gratuita.

Investigador português lança rede social para pessoas com doenças raras

A cura para uma doença rara pode não estar na investigação, mas na experiência de outros doentes, partilhada numa rede social que Pedro Oliveira, pro-

fessor na Universidade Católica e no Massachusetts Institute of Technology, quer lançar até ao final do ano. Esta rede pre-tende ligar “pacientes e cuida-dores com vontade de partilhar soluções que tenham funciona-do e ajudado a lidar com a sua condição de saúde”, adiantou, referindo que a investigação mostrou que muitos doentes crónicos acabam por encontrar

uma solução para o seu caso.

Facebook despede-se do pole-gar

No passado dia 7 de novembro, num comunicado oficial, o Face-book anunciou a despedida do seu polegar. O objetivo do novo design é promover e impul-sionar ainda mais a partilha. O botão ‘like’ passa a permitir que os utilizadores postem os links de que ‘gostaram’ apenas com um clique. já o botão ‘partilha’ permite que se possa adicionar uma mensagem. Além disso, os botões ficam dispostos de forma mais visível, passando a posicionar-se abaixo dos títulos dos artigos. Os novos botões vão estar ativos nas próximas semanas e a atualização será automática.

Livrarias podem receber comissão de venda de livros eletrónicos da Amazon

A Amazon, frequentemente

acusada de estar a destruir o negócio das livrarias tradicio-nais, anunciou um programa que permite às livrarias vend-erem os leitores de livros elec-trónicos e ficarem com uma comissão dos livros comprados através daqueles aparelhos. O programa, que já esta a decor-rer numa experiência piloto, tem um alcance limitado: só poderão aderir lojas de 24 es-tados dos EUA. As livrarias poderão vender os tablets da gama Kindle e ficar, durante dois anos, com 10% das receitas dos livros electrónicos comprados através daqueles aparelhos.

twittadas

DR

Page 15: ACADÉMICO 199

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 20.NOV.13 // ACADÉMICO

Ofertas de emprego

w w w. a a u m . p t /g i p [email protected]

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

promove...

espírito de iniciativa.A sessão decorrerá no Anfi-teatro A2 do CPI (Campus de Gualtar) com início às 14.30h. Durante 90 minu-tos serão abordados os va-lores que enformam uma Cultura Empreendedora, será definido o perfil do em-preendedor e apontadas as estratégias para o desenvol-vimento de ideias inovado-res. A sessão termina com a apresentação Programa Ju-

http://liftoff.aaum.pt/facebook.com/aaum.liftoff

O Roteiro do Empreendedo-rismo passará, a 26 de no-vembro, pela Universidade do Minho.Este programa, organizado pela Fundação da Juventu-de com o apoio e parceria da Agência Nacional para a Gestão do Programa Ju-ventude em Ação, pretende motivar os jovens, promover as suas competências em-preendedores e contribuir para o desenvolvimento do

Roteiro do Empreendedorismo JovemANa economia portuguesa despontam, além dos sólidos clusters tradicionais, alguns setores emergentes que têm revelado um promissor potencial de competitividade in-ternacional: são os protoclusters. Na Conferência “Proto-clusters em Português”, que se realiza a 26 de novembro no Hotel Melia, em Braga, estarão em debate os setores da Saúde e das Tecnologias da Informação, Comunicações e Eletrónica (TICE). Nesta iniciativa da Universidade do Mi-nho e da Caixa Geral de Depósitos (CGD), empresários e académicos de referência analisarão o presente e futuro destes protoclusters empresariais. Nas duas mesas redon-das, moderadas pelo subdiretor do JN Paulo Ferreira, in-cidir-se-á na respetiva competitividade, internacionalização e nas relações com as instituições de ciência e tecnologia. As intervenções contam com responsáveis da Brisa, Bosch Car Multimedia, Primavera BSS, Hospital de Braga, Bial, Health Cluster Portugal, entre outros.A sessão de abertura prevê as presenças do ministro da Eco-nomia, António Pires de Lima, do administrador da CGD, José Pedro Cabral dos Santos,do reitor da UMinho, António M. Cunha, e ainda do vice-reitor da UMinho e comissário da conferência, José F.G. Mendes. O programa inclui ainda uma intervenção da CGD, a apresentação de duas spin-offs da UMinho e a palestra de encerramento com oprofessor Augusto Mateus.

“Protoclusters em Português”

> 27 NOVEMBRO ‘13Elaboração de Projeções Financeiras – Edit Value Formação Empresarial

>> 26 de NOVEMBRO ‘13Roteiro do Empreendedorismojovem – Fundação da juventude

> 29 de NOVEMBRO ‘13Primavera Software | Módulo Inventário e Vendas Edit Value Formação Empresarial

ventude em Ação e do Eras-mus +. O Roteiro do Em-preendedorismo dirige-se a jovens com idades entre os 18 e os 30 anos, interessados no desenvolvimento do seu potencial empreendedor, estudantes universitários, recém-licenciados, desem-pregados, candidatos a pri-meiro emprego.A participação é livre mas sujeita a inscrição até dia 22 de novembro.

Educação/EnsinoM/F - Estágio emprego em Braga

Perfil:- Licenciatura na área da educa-ção/ensino, - Conhecimentos sólidos de línguas (preferencialmente, lín-gua inglesa),- Elegível para Estágio Em-prego/IEFP

Eng. Químico ou Têxtil M/F - Est. Profissional

- Licenciatura em Química, Engenharia Química ou Têxtil- Experiência profissional na área têxtil (preferencial)- Gosto pela área laboratorial - Elevada capacidade de orga-nização e metodologia- Capacidade crítica e de res-olução de problemas- Bom relacionamento inter-pessoal e espírito de equipa

Eng. Informático M/F - Est. Emprego

- Licenciatura em Engenharia Informática- Elegível para Estágio Em-prego /IEFP- Idade dos 18 aos 30 anos- Inscrito no Centro de Em-prego

Outras ofertas:

- Gestor de Acessórios M/F

- Junior DeveloperEstágio Emprego M/F

- Controlo de GestãoEstágio Emprego M/FGuimarães

Candidaturas em:www.aaum.pt/gip

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CULTURA

um bailado para as origens SALA DE CINEMA: the grandmaster (2013)

da própria água sobressai e onde o ballet dos corpos, em câmara mais lenta, cria uma dimensão única, reple-ta de simbolismo. Mesmo na lírica da obra, Kar-wai consegue assim grandeza também no tributo sincero às artes marciais e à filoso-fia de combate. O realizador consegue a proeza de uma biografia fiel

aos acontecimentos, paten-teando, ainda assim, o clima melancólico que vem sendo habitual nas suas obras. A típica história de amor sem consumação está presen-te - Zhang Ziyi não precisa de muito tempo em cena para recuperar o erotismo de “2046 “– e os habituais alicerces do criador consti-tuem um porto de abrigo

para este se destacar, ain-da mais, no seu ecletismo habitual e na constante ho-menagem à nouvelle vague dos anos 60. Tony Leung é mestre, como quase sem-pre, e na sua mestria está o semblante calmo de alguém que nada tem a provar: é dos grandes e ponto. Kar--wai nem precisou de abrir a boca para se desculpar.

cÉsaR caRvalHo

[email protected]

Foi em 2007 que o realiza-dor sediado em Hong Kong caiu no erro de conceber algo para tela fora de portas. Em “My Blueberry Nights” poucos dos seus vestígios se notaram: as cores enérgi-cas e reluzentes, um amor não correspondido, e quase nada mais. Como retificar o talento que fez de “Disponí-vel Para Amar” um dos fil-mes da década? Wong Kar--wai parece ter tomado isso em conta, a inquietação de redescobrir-se, e demorou seis anos a voltar às origens. Em boa hora o fez.O realizador pega nova-mente no género wuxia (em 1994, criou “As Cinzas do Tempo” mas com preocu-pações bem mais espiritu-ais) para construir um novo retrato da história de Yip Man, o tal mestre lendário que ensinou Bruce Lee. O tom prefere-se épico – os tambores marcam o passo vezes sem conta – num pe-ríodo importantíssimo para

a história das artes marciais e da própria China. A passa-gem de testemunho da posi-ção mais alta na Associação Chinesa de Artes Marciais, pertencente a Gong Yutian, chama pelo nome de Yip Man, e os seus conflitos aquando desta nomeação trazem ao registo uma lição de conduta, enquadrando-se as tão estimadas qualidades de disciplina, honra, leal-dade no estilo Wing Chun, um dos principais do Kung Fu e em que a personagem era mestre. No meio deste confronto emerge um ainda maior: o Japão invade a China e algumas personagens mu-dam de lado (os valores já mencionados voltam a fa-zer parte da aula). Yip Man mantém-se na sua subtileza poética, desgarrado da de-sordem urbana e das desa-venças políticas. Essa sub-tileza agradece ao trabalho de fotografia de Philippe Le Sourd, capaz de captar por-menores voluptuosos, prin-cipalmente nos combates à chuva, em que a textura

Realizador:Wong Kar-wai

Elenco: Tony Leung Chiu Wai, Zhang Ziyi, Jin

Zhang

Estreou em Portugal:12/12/2013

Nacionalidade: Hong Kong

Pontuação: 4/5

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4 - Na Senda de Fernão Mendes Pinto de joaquim Magalhães de Castro, Parsifal. O grande aventureiro do séc.xVI “vê” aqui repetida a sua odisseia por um viajante português. Um livro corajoso.

5 - O Senhor Pina de Álvaro Magalhães, Assírio e Alvim. Livro/homenagem ao poeta, cronista e homem de grande desassombro, que foi Manuel António Pina.

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RUM BOXTOP RUM - 46 / 201315 NOVEMbRO

1 ARCADE FIRE - Reflektor

2 PZ - Cara de chewbaca

3 NOISERVToday is the same as yesterday, but yesterday is not today

4 CAYUCAS - High school lover

5 AU REVOIR SIMONE Somebody who

6 LUÍSA SObRAL - Mom says

7 RHYE - The fall

8 PRIMAL SCREAMIt’s alright, it’s ok

9 LINDA MARTINI - Ratos

10 NOME COMUMNinguém fica só

11 PALMA VIOLETSbest of friends

12 CULTS - High road

13 jUNIP - Your life your call

14 NICK CAVE & THE bAD SEEDSWe no who u r

15 VAMPIRE WEEKENDDiane young

16 YEAH YEAH YEAHS Sacrilege

17 ARCTIC MONKEYSDo i wanna know

18 bLOOD ORANGEChamakay

19 jP SIMÕESGosto de me drogar

20 MÁRCIA - Menina

POST-IT18 novembro > 22 de novembro

jUbAMaria

DESTROYEREl Rito

FOREST FIREWaiting In The Night

sÉRgio XavieR

[email protected]

Bem-vindos ao deserto. É desta forma que somos in-troduzidos no novo disco de Howe Gelb. Um autor bem difícil de acompanhar, dada a pulsão frenética da sua veia criativa. Ao ritmo acelerado de edição junta-se a dispersão por diferentes projetos e editoras, e a pro-moção dos seus discos tam-bém deixa algo a desejar. Mas sobre a música, e é isso

que realmente interessa, há muito pouco a apontar. Há cerca de três décadas que Howe Gelb vem cami-nhando pelos terrenos da folk e da country, na frontei-ra de géneros como o rock e o blues e incursões (nem sempre bem compreendi-das) ao flamenco e à música gospel.Um território imenso que Howe Gelb percorre sem preconceitos e com uma visão muito própria. Longe dos holofotes mediáticos

CD RUM

vai-nos presenteando de for-ma regular com autênticas pérolas. Depois de ‘Tucson’, ópera rock-country edita-da no ano passado com os Giant Giant Sand, e de ‘Dust Bowl’, registo solitário e in-trospetivo lançado no início de 2013, ‘The Coincidenta-list’ é um novo capítulo do rico de percurso de Gelb. Um disco liricamente ins-pirado nas pequenas coin-cidências da vida e nos acidentes de percurso que têm a capacidade de nos

transformar. Uma noção de destino que o próprio Gelb identifica na sua formação musical.A sua mudança para Tuc-son, espaço geográfico e cultural onde desenvolveu a sua musicalidade, ficou a dever-se a uma grande inundação que destruiu a sua casa na Pensilvânia. De-vido ao desastre a sua famí-

lia mudou-se para o Arizona e aí recomeçou a sua vida. Co-produzido por Gelb e John Parish e com colabora-ções de altíssimo nível como as de Will Oldham (Bonnie Prince Billy), M. Ward, Ste-ve Shelley (Sonic Youth), Andrew Bird ou KT Tuns-tall, ‘The Coincidentalist’ mostra um Howe Gelb em estado de graça.

AGENDA CULTURALBRAGATEATRO 20 a 23 de NovembroCTb - OresteiaTheatro Circo

23 de NovembroForma – Teatro - Corpo - VozTheatro Circo

MÚSICA24 de NovembroSons do Conservatório – Conservatório de música de braga Calouste GulbenkianTheatro Circo

GUIMARÃES

TEATRO22 de NovembroLoucura dos 50São Mamede

23 de NovembroA Queda, a partir do Limbo – DEMOFábrica ASA // black box

MÚSICA23 de NovembroMarta RenCCVF/ Café Concerto

FAMALICÃO

TEATRO20, 21 e 22 de NovembroEis o Homem Estreia a partir Ecce Homo de NeitzscheCasa das Artes

20, 21 e 22 NovembroProjeto – Satélite – (Des)Humanidade – Projeto com os alunos do 3º ano do curso Profissional de Teatro do Extrenato Delfim FerreiraCasa das Artes

LEITURA EM DIAPara ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

DR

howe gelbthe coincidentalist

1 - O romper das cordas. Ascensão e queda de uma teoria e o futuro da física de Lee Smolin, Gradiva. Dimensões extras, universos múltiplos e as cordas, muito famosas, tornou a física teórica semelhante à conversa da treta.

2 - O Continente Perdido de Gavin Hewitt, bizâncio. A “tragédia” europeia analisada pelo olhar crítico e distanciado de um jornalista inglês

objectivo, apesar das alfinetadas e da jangada de Géricault.

3 - As lágrimas de Lúcifer de james Thompson, Porto Editora. Um bom policial finlandês, um inspector duro como o gelo envolvente e o passado obscuro de colaboradores nazis.

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DESPORTO

do um fosso de treze pontos para o quinto classificado, o Belenenses. O Modicus é agora o nono da tabela clas-

daniel vieiRa da silva

[email protected]

Na partida que serviu de en-cerramento da 11ª jornada da Liga Sport Zone de Futsal, o Sp. Braga/AAUM foi a San-dim bater o Modicus, por 2-4. Os donos da casa até saí-ram para o tempo de interva-lo em vantagem, mas foram incapazes de travar a reação dos minhotos no segundo tempo.A equipa do SC Braga/AAUM entrou em campo com Pli, André Machado, Tiago Brito, Paulinho e Mi-guel Almeida no seu cinco base.Um ínicio muito intenso re-sultou em dois golos nos pri-meiros dois minutos.A formação da casa entrou forte e no primeiro minu-to faz o primeiro golo da partida. Tiago Brito marca no minuto seguinte para o SC Braga/AAUM e repõe a igualdade. Os “guerreiros do minho” criavam ocasiões, mas é o Modicus quem mar-ca aos 12 minutos e sai para o intervalo a vencer.

Uma segunda metade de ní-vel superior

Na segunda parte o SC Bra-ga/AAUM entrou com inten-ção de controlar o jogo, con-seguindo dar a “cambalhota” no marcador. Primeiro, atra-vés do golo do empate apon-tado pelo capitão André Ma-chado, aos 29 minutos e aos

33 minutos com Tiago Brito a bisar no encontro.Não foi preciso esperar mui-to e, no minuto seguinte, e aproveitando o ascendente da equipa, Paulinho aumenta a vantagem para os guerreiros do Minho, colocando o pla-car em 2-4, resultado que se manteve até ao final.Uma importante vitória do SC Braga/AAUM, que reali-zou mais um feito único na competição (conquistou os três pontos, pela primeira vez, no terreno do Modicus), contando com a ajuda precio-sa do considerável número de apoiantes que se deslocou até Sandim e que foram inex-cedíveis no apoio aos guerrei-ros do Minho.Na próxima jornada a equipa bracarense irá receber o Fun-dão no Pavilhão desportivo da Universidade do Minho, em Gualtar.Os guerreiros do Minho con-tinuam a disputar os lugares cimeiros da tabela classifica-tiva. Neste momento, e com 11 jogos volvidos, o Sp. Bra-

sp.braga/aaum quebra enguiço e mantém-se na perseguição aos líderes

ga/AAUM mantém-se a um ponto de distância do trio da frente [Benfica, Sporting e Leões de Porto Salvo], cavan-

sificativa. Está assim confir-mada, jornada após jornada, a qualidade superior desta formação bracarense.

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Ricardo Fernandes

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trimestre de 2014. Quanto ao Teatro Jordão, o processo é mais complicado. Temos que conseguir recursos fi-nanceiros e vamos candi-datar estas obras ao próxi-mo quadro comunitário de apoio, na vertente cultural”, admite Domingos Bragan-ça.

Domingos Bragança. Ora, dois dos projetos que junta o município e a UM são a Casa da Memória (envol-vendo a Sociedade Martins Sarmento) e a reabilitação do Teatro Jordão. “Houve alguns atrasos no que diz respeito à Casa da Memória, mas ela abrirá no primeiro

JosÉ Reis

[email protected]

O novo presidente da Câma-ra Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, assu-me que quer cativar mais estudantes para o pólo de Azurém da Universidade do Minho. Em entrevista ao “Campus Verbal”, programa de grande entrevista da Rá-dio Universitária do Minho (RUM), o autarca socialista assegura que o desiquilíbrio de estudantes entre os dois pólos – Guimarães tem cer-ca de 30 por cento do total de alunos da Universidade – não é algo que o deixe dema-siado preocupado, apesar de assumir que gostava de ter mais alunos a frequentar o ensino superior na cidade. “Guimarães tem-se afir-mado em diferentes áreas, como engenharia e até na arquitetura e no design. É

importante aumentarmos o número de estudantes, mas não vivemos obcecados com isso”, assume o novo presidente do executivo. Em entrevista ao programa “Campus Verbal”, Domin-gos Bragança assume que a Universidade do Minho não é simplesmente uma parceira do município. “Ela faz parte do nosso projeto de cidade, está sempre pre-sente nas medidas que deli-neamos. E este é um projeto partilhado, porque não há cultura sem conhecimen-to, nem conhecimento sem cultura”, assume o novo presidente da Câmara Mu-nicipal de Guimarães aos microfones da RUM.

Casa da Memória e Teatro Jordão

Apesar das limitações fi-nanceiras impostas aos mu-nicípios portugueses, Bra-

gança assume que gostaria de tornar o município um concelho ainda mais assen-te “na ciência, de conheci-mento”, numa cooperação forte entre os municípios de Braga e Guimarães.“A Universidade do Minho permite essa cooperação nesta região. Quanto maior e mais qualidade tiver o nos-so ensino super, estaremos todos de parabéns”, diz. Para isso pode contribuir o novo reitor da Universidade do Minho; António Cunha já foi presidente da Escola de Engenharia e conhece bem o pólo de Azurém. “Não vou mentir: tenho uma grande consideração pelo trabalho assumido pelo atual reitor e por todo o trabalho desem-penhado na liderança da academia. Este tratamento que geralmente se aplica aos reitores, o de ‘maginífico reitor’, é um título ideal para António Cunha”, destaca

O tema Universidade do Minho foi alvo de conversa na entrevista do novo presidente à RUM

domingos bragança quer aumentar o número de estudantes no pólo de azurém

DR

ESPECIALDOMINGOSBRAGANÇA

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Em entrevista ao programa Campus Verbal, da Rádio Universitária do Minho, o novo autarca vima-ranense assume que a Universidade do Minho “faz parte” do projeto que tem para a cidade

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