ACAPO Manual Acolhimento

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MANUAL DE ACOLHIMENTO DO UTENTE

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MANUAL DE ACOLHIMENTODOUTENTE

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MENSAGEM AO UTENTE

Seja Bem-Vindo!

A atitude de cada um de nós perante a diferença depende de todo um conjunto de valores Pessoais e Sociais.

Ao iniciar todo o processo de aceitação da diferença é fundamental a sua força interior, nós estamos cá para o apoiar.

Entendemos que se torna crucial um acolhimento eficaz, que lhe permita nas melhores condições, uma rápida integração na nossa Associação.

Este documento foi feito a pensar em si e nos seus familiares!

Pretendemos fornecer uma imagem o mais aproximada possível da nossa Instituição.

Estamos juntos e desejamos-lhe as maiores felicidades!

A Direcção Nacional

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APRESENTAÇÃO DA ACAPO

A ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos.

É a legítima representante dos deficientes visuais portugueses no Conselho Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.

De acordo com os estatutos tem como objectivo a defesa dos direitos e a promoção da integração sócio-profissional dos deficientes visuais.

É uma instituição de âmbito nacional, com sede em Lisboa e delegações em diversos pontos do país.

A DEFICIÊNCIA VISUAL

A deficiência visual consiste num dano global ou parcial no sistema visual, que se traduz numa redução ou mesmo perda de capacidade para realizar tarefas visuais.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) classifica a deficiência visual, tendo em conta a acuidade e campo de visão, em duas categorias:

1 – CegueiraIndivíduo que não possui potencial visual, mas que pode ter ou não percepção de luminosidade.

2 – Amblíopia ou Baixa VisãoIndivíduo com reduzida capacidade visual, que não pode melhorar através de correcção óptica. Tem dificuldades na apreensão do espaço, na deslocação, na realização das tarefas do dia-a-dia e na comunicação escrita.

A ACAPO apoia pessoas cegas e amblíopes com um grau de deficiência igual ou superior a 60%.

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BREVE HISTORIAL

No nosso país em prol dos direitos dos deficientes visuais, começaram por trabalhar em simultâneo algumas associações. Destacam-se das mais antigas e representativas a Associação de Cegos Luís Braille, a Associação de Cegos João de Deus e a Associação de Cegos do Norte de Portugal.

A 20 de Outubro de 1989, estas três principais instituições imbuídas num objectivo comum, fundiram-se, dando origem à ACAPO – Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal.Força única, de âmbito nacional, com sede em Lisboa, direcções regionais e delegações locais.

Os corpos sociais são constituídos integralmente por pessoas portadoras de deficiência visual.

A Direcção Nacional, o Conselho Fiscal, o Conselho de Jurisdição e a Assembleia de Representantes são órgãos de carácter nacional

Da vontade e empenhamento dos deficientes visuais, deparados com especificidades e valores do seu meio envolvente, surgem as seguintes delegações locais: Açores, Águeda, Braga, Castelo Branco / Covilhã, Guarda, Leiria, Algarve, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Funcionam três delegações regionais: DRC (Delegação Regional do Centro), DRN ( Delegação regional do Norte), DRSI ( Delegação Regional do Sul e Ilhas).

É objectivo primordial a existência de uma delegação em cada distrito do país, de forma a apoiar todos os deficientes visuais.

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A MISSÃO

Proporcionar qualidade de vida e garantir o direito à igualdade, em plena cidadania, a todos os portadores de deficiência visual.

A VISÃO

A ACAPO com provas dadas e frutos colhidos no apoio à deficiência visual em vários locais do país, define como visão: criar delegações em todos os distritos – “ ESTAR PRESENTE A QUEM SENTE”.

OS VALORES

A actuação da ACAPO, tem em linha de conta valores como: Excelência / Honestidade / Igualdade / Cidadania / Felicidade / Respeito / Realização / Equilíbrio / Desenvolvimento / Integração / Formação / Motivação / Saúde e Lazer / Higiene e Segurança e Meio Ambiente.

AS ACTIVIDADES

- Sinalização e enquadramento das pessoas com deficiência;

- Atendimento, orientação e encaminhamento;

- Apoio psicológico, psico-pedagógico e social;

- Estimulação Sensorial;

- Orientação e mobilidade;

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- Habilitação e apoio nas actividades da vida diária;

- Implementação de plano educativo individualizado;

- Elaboração e adaptação de material lúdico e pedagógico;

- Acções de sensibilização em Escolas, Centros de Saúde e Comunidade em Geral;

- Formação em diversas áreas – autonomia pessoal e profissional;

- Apoio no emprego;

- Ajudas técnicas – plena inclusão na vida em sociedade;

- Integração em sociedade e acompanhamento posterior;

- Desporto, cultura e lazer;

- Convívios entre sócios com alargamento à comunidade;

- Outras actividades associativas e recreativas;

MEIOS TÉCNICOS E FERRAMENTAS

Ser amblíope ou cego implica ver a vida com outros olhos.

O processo de aceitação ou adaptação à deficiência pode ser facilitado se obtiver o apoio e um leque de informações adequados ao seu problema em concreto. A ACAPO alerta-o para alguns meios de que se pode socorrer: bengala branca / cães-guia / máquina de Braille / software de ampliação de caracteres / software com sincronizador de voz / lupas TV / relógios com braille ou som / publicações em braille, áudio e digitais, etc.

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Á ACAPO compete informá-lo, orientá-lo e apoiá-lo na adaptação e acompanhar todo o processo individual, assim como, habilitá-lo a utilizar pequenos truques que são fundamentais na realização das tarefas no dia-a-dia.

Não se acanhe, pergunte tudo o que achar necessário.

Saiba que há ao seu dispor Ajudas Técnicas. Lute sempre pelos seus direitos, não desista!

O DIREITO AO TRABALHO

Existe um elevado número de profissões que o deficiente visual pode exercer com a mesma eficiência de qualquer normovisual. É óbvio que se terá de munir dos instrumentos e da formação adequados ao exercício dessa função.

Algumas profissões devido ao seu carácter específico, exigem visão normal, logo, estão por natureza interditas.

Existe uma cota obrigatória de ingressão na Função Pública, fixada no 5%, relativamente aos concursos externos para lugares inferiores a dez vagas. Será dada preferência ao candidato deficiente em caso de igualdade de classificação. O grau de deficiência terá que ser igual ou superior a 60%.

A FORMAÇÃO

A sociedade está cada vez mais competitiva. O trabalho é um bem raro. A relação oferta / procura está muito desequilibrada. Temos de nos munir das máximas aptidões.

As organizações são sistemas abertos, em constante mudança. É necessário a formação contínua dos indivíduos.

O conhecimento não ocupa espaço, no entanto, temos de ser criteriosos de forma a

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optarmos por áreas que nos tragam mais valias.

A formação desenvolvida pela ACAPO engloba várias áreas, podemos classificá-la em dois grandes grupos:

1. Geral – abrange toda a população deficiente visual que precise de a aplicar nas actividades diárias e não especificamente profissionais (orientação, mobilidade, autonomia, braille, assinatura a negro, etc).

2. Formação Profissional – destinada a uma rápida integração do indivíduo no mercado de trabalho, permite a aquisição de competências profissionais.

O Departamento de Apoio ao Emprego e Formação Profissional, estabelece o plano anual de formação, abre as candidaturas, recruta e selecciona.

A formação pode ser direccionada para desenvolvimento de competências sócio-profissionais, integração sócio-profissional, formação em posto de trabalho, formação de activos, etc.

Os técnicos da ACAPO recebem periodicamente formação intensiva.

CULTURA E LAZER

Somos seres sociais, vivemos em sociedade, interagimos com os outros, temos sede de conhecimento, necessidade de nos realizarmos a nível pessoal e eliminarmos ou diminuirmos os danos causados pelo stress.

O desporto é para muitos deficientes visuais a base do seu equilíbrio psicológico. Constitui um excelente meio de condução à reabilitação. Temos profissionais do desporto, vejamos os nossos atletas dos Paralímpicos. Os desportos mais praticados são: atletismo, ciclismo tandem, goalball e futebol de cinco.

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A leitura é sem dúvida, uma das formas de nos mantermos actualizados (notícias) e de alimentarmos a alma (poesia, prosa, etc). Existem várias obras em braille que podem ser requisitadas nas nossas bibliotecas, assim como em muitas outras. Há ainda ao seu dispor revistas e jornais com publicação mensal.

A Internet coloca-nos na aldeia global, promovendo a intercultura. O culto da boa música e a ida a espectáculos é sempre uma boa opção.

Existem museus e salas de cultura com exposições adaptadas à deficiência visual, algumas peças são réplicas que podem ser tocadas.

Alguns jogos utilizados por normovisuais têm versão adaptada à deficiência visual.

Cabe-nos a nós enriquecer a nossa vida, fazer as opções que mais nos realizam.

Colabore em todas as actividades lúdicas, recreativas e culturais da ACAPO e traga os seus familiares e amigos.

OS PROTOCOLOS

Temos os nossos objectivos individuais mas não nos podemos esquecer que vivemos em sociedade. Na prossecução dos nossos objectivos temos que ter em conta o meio que nos rodeia. Se houver um grupo de pessoas com objectivos em comum, conseguimos atingi-los mais rapidamente.

A ACAPO celebra protocolos com diversas entidades, designadas por parceiros, de forma a estabelecer uma relação de cooperação benéfica aos seus associados, utentes e à instituição. Os protocolos podem abranger diversas áreas: apoio à comunidade, orientação psicológica, formação profissional, adaptação de espaços à deficiência visual, etc. Podem-se estabelecer com autarquias, escolas, centros de explicações, fundações, universidades, hospitais e ainda outros organismos públicos ou privados, assim como com entidades estrangeiras ou internacionais que prossigam objectivos afins.

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SÓCIOS EFECTIVOS E COOPERANTES

As associações nascem da vontade de um determinado grupo de pessoas que se organiza para a prossecução de uma determinada missão.

A ACAPO presta os seus serviços ao maior número de pessoas possível dentro das suas capacidades técnicas, tecnológicas, financeiras e de recursos humanos. São inúmeros os utentes, com o decorrer do nosso apoio tornam-se associados. Temos os sócios efectivos, pessoas portadoras de deficiência visual, que usufruem dos nossos serviços personalizados, adequados às suas necessidades e que têm acesso a todas as actividades das delegações de forma gratuita ou a preços simbólicos. O sócio efectivo contribui anualmente com uma pequena cota.

Pode ainda tornar-se sócio cooperante, paga anualmente uma cota simbólica, colocando em regime de voluntariado os seus préstimos (formação, animação, apoio psicológico, contabilístico, de gestão, de cuidados de enfermagem, etc).

Não basta tornar-se sócio, é necessário que cumpra os seus deveres e nos dê as suas opiniões. Colabore e junte-se a nós.

HIGIENE, SEGURANÇA E MEIO-AMBIENTE

Depende de nós eliminarmos condições de insegurança no local de trabalho, nas nossas casas e no meio envolvente. Vamos juntos tentar eliminar ou pelo menos reduzir os riscos de acidente. Comece hoje mesmo a ter uma atitude preventiva, utilize com rigor todos os EPC’s (Equipamentos de Protecção Colectiva), EPI’s (Equipamentos de Protecção Individual), não use as mãos como ferramentas, disponha sempre de maneira segura os materiais que manuseia, adopte uma posição correcta quando sentado, use correctamente a bengala branca, coloque em sítio seguro as substâncias perigosas.

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Não se esqueça, somos uma alma forte com um corpo frágil, utilizando os devidos equipamentos proteja: os olhos, os ouvidos, a boca, o nariz, os pés, as mãos, o tronco e a cabeça. Não se esqueça do risco de queda em altura e ao mesmo nível.

Viver em cidadania é zelar pelos nossos direitos sem descurar as nossas obrigações. Temos de contribuir para a melhoria do nosso bem-estar protegendo o meio-ambiente. Comece hoje mesmo por separar os lixos. Coloque em sua casa 4 caixotes de lixo pela mesma ordem e com identificação que lhe seja acessível, destinados a:1 – Papel e cartão limpos;2 – Plástico limpo;3 – Vidro e metais;4 – Lixo doméstico;

Quando for a altura de colocar nos contentores públicos peça ajuda a um familiar ou amigo. Lembre-se ainda que as pilhas gastas em depósitos próprios.

AS DELEGAÇÕES

Sede Nacional – Lisboa Tel: 213 244 500Delegação Regional do Centro – Coimbra Tel: 239 792 180Delegação Regional do Norte – Porto Tel: 225 899 100Delegação Regional do Sul e Ilhas – Lisboa Tel: 213 182 910 Delegação dos Açores – Ponta Delgada Tel: 296 281 145Delegação de Águeda Tel: 234 644 070Delegação de Braga Tel: 253 267 766Delegação de Castelo Branco/Covilhã Tel. 272 321 380 Delegação do Algarve Tel: 289 806 693 Delegação da Guarda Tel: 271 223 609Delegação de Leiria Tel: 244 849 859Delegação de Viana do Castelo Tel: 258 813 597 Delegação de Vila Real Tel: - - - - - - - - - -Delegação de Viseu Tel: 232 419 750

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TELEFONES DE UTILIDADE PÚBLICA

SOS 112 ( Número Nacional de Socorro)Intoxicação 808 250 143Protecção Civil 214 165 100Linha Directa Cidadão / Deficiência 217 959 545SOS – Voz Amiga 800 202 669Comissão para a Igualdade e para osDireitos das Mulheres 800 202 148SOS Grávida 808 201 139SOS Criança 800 202 651Linha Vida – SOS Drogas 1414SOS – Sida 800 201 040Alcoólicos Anónimos 217 162 969Provedor de Justiça 808 200 084Loja do Cidadão 808 241 107

Elaborado por: Carla RibeiroDezembro 2005

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