ACIDENTES ESTRUTURAIS

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  • ANHANGUERA UNIDERP

    ENGENHARIA CIVIL MATUTINO TURMA D30

    TARSIS DOS SANTOS GONZALES - RA 3923789157

    RESPONABILIDADE CIVIL

    ACIDENTES ESTRUTURAIS

    CAMPO GRANDE 2013

  • PALACE II

    Palace II foi um edifcio residencial construdo na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que foi implodido no dia 28 de fevereiro de 1998, a despeito de investigaes anteriores terem encontrado em registro como causa da tragdia um erro estrutural de clculo (assinado pelo engenheiro responsvel) nas vigas de sustentao.

    CONSTRUO O edifcio Palace II foi construdo pela Construtora Sersan de Srgio Naya em 1990, com previso de concluso para 1995, tendo havido no entanto um atraso na concluso da obra. Segundo os moradores, em 1996 o edifcio foi interditado pela Defesa Civil aps ter morrido um operrio ao cair no fosso do elevadorque apresentava defeito. A construtora j havia sido processada quatro vezes em virtude da m construo do prdio, que no havia recebido o habite-se daprefeitura.

    PRIMEIRO DESMORONAMENTO O primeiro desmoronamento ocorreu s 3 horas do dia 22 de fevereiro de 19982 , quando as colunas 1 e 2 do edifcio, onde havia 44 apartamentos, desabaram. Oito

  • pessoas morreram como resultado do incidente. Em 24 de fevereiro, a prefeitura anunciou que a imploso do edifcio ocorreria dentro de 5 dias.

    SEGUNDO DESMORONAMENTO O segundo desmoronamento ocorreu pouco antes das 13 horas do dia 27 de fevereiro de 1998. 30 minutos antes do desmoronamento, o laudo tcnico recomendava que os moradores voltassem ao edifcio para recuperar seus bens, quando uma inexplicvel coluna d'gua irrompe da cobertura do 23 andar com toneladas de gua. No foi assentado se havia ou no uma piscina nessa laje como mostra a foto, no entanto, assume-se que a caixa d'gua teria sido drenada por razes de segurana antes do ingresso de tcnicos na instalao dos explosivos para a imploso. Outra explicao para esse segundo desabamento que os tcnicos da imploso, preocupados em no incomodar os vizinhos, teriam pr-instalado uma grande quantidade de gua na laje das coberturas para que na hora da imploso liberasse o mnimo de material particulado na atmosfera. Essa providncia teria sobrecarregado o limite de resistncia da estrutura fazendo parte dela ruir antes mesmo da imploso, mas essa possibilidade foi logo descartada. 22 apartamentos foram destrudos nessa segunda queda.

    VITIMAS O acidente causou a morte de oito pessoas e deixou 130 famlias desabrigadas.

    IMPLOSO Ocorreu ao meio-dia de 28 de fevereiro de 19984 . A imploso foi feita pela empresa CDI Imploses, e transmitida ao vivo para todo o Brasil pela televiso. O edifcio havia sido erguido pela construtora Sersan, que pertencia ao ento deputado federal Srgio Naya.

    CAUSA De acordo com o Crea, o desabamento ocorreu devido a falhas no projeto de dois pilares e a uma suposta m execuo da obra. Segundo laudo do ICCE (Instituto de Criminalstica Carlos boli), 78% dos pilares do edifcio haviam sido construdos com coeficiente de segurana abaixo do estabelecido pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    Tambm foram encontrados em quatro pilares de sustentao pedaos de madeira, sacos de cimento, jornal e plstico misturados ao concreto. Em dezembro de 1999, Naya foi preso em Braslia, acusado de ser responsvel pelo desabamento, e transferido para a carceragem da Polinter, em Benfica (zona norte do Rio de Janeiro). O ex-deputado foi solto aps ficar 26 dias detido.

  • Aps o desabamento, Naya foi expulso do PPB -partido ao qual pertencia na poca-, cassado pela Cmara dos Deputados e proibido de exercer a profisso de engenheiro pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Estado do Rio de Janeiro. Tambm teve seus bens e os das empresas que dirigia embargados pela Justia. Em maio de 2001, Naya foi absolvido pela Justia, assim como o engenheiro de campo da obra, Srgio Murilo Domingues. Apenas Jos Roberto Chendes, que havia feito os clculos do projeto, foi condenado a prestar servios comunidade. No comeo deste ano, os advogados do ex-deputado e vtimas do Palace 2 firmaram acordo para o pagamento de indenizaes. Antes da tragdia, o Palace 2 j era objeto de processos judiciais por suposta m qualidade na construo. O prdio no havia recebido o Habite-se (autorizao de ocupao) da Prefeitura do Rio e tinha rachaduras e infiltraes.

    INDENIZAO Foi no final de 2008 que a Justia liberou a ltima parcela pela queda do prdio que matou oito pessoas na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em 22 de fevereiro de 1998, um sbado de carnaval. Os ressarcimentos totais a que os ex-moradores tm direito variam entre cerca de R$ 300 mil a mais de R$ 1,5 milho, segundo os advogados da Associao das Vtimas do Palace 2. Desde a tragdia, as famlias dos 120 apartamentos ocupados do total de 176 do prdio receberam, no mximo, 40% das indenizaes devidas pela construtora Sersan, responsvel pela obra, de acordo com Eduardo Lutz, um dos advogados que representa a associao. Segundo ele, cerca de 10% no receberam um tosto

  • nesse tempo todo. "A lista de credores foi formada em ainda em 1998 pela 4 Vara Empresarial do Rio de Janeiro, com as pessoas que ingressaram na Ao Civil Pblica. Dos moradores que preferiram aes individuais, ou entraram depois na lista, alguns ainda no tiveram nada". As indenizaes foram feitas a partir de leiles de imveis da construtora Sersan, que ergueu o Palace 2 com erro de clculo, como atestou o laudo pericial. Foram sete leiles at agora, com a primeira parcela liberada somente em 2004, seis anos aps o desabamento. Segundo Eduardo Lutz, cerca de R$ 38 milhes foram arrematados pela associao. Outros R$ 5,25 milhes, de um terreno da empreiteira no Distrito Federal, esto retidos no Banco do Brasil, aps serem arrematados no ltimo leilo da associao, realizado em 2009, pouco aps a morte do ex-deputado federal Srgio Naya, dono da Sersan, cujo inventrio ainda nem foi iniciado, segundo Lutz, que reclama de morosidade da Justia. "Cada juiz que assume a 4 Vara tem um entendimento diferente e isso atrapalha o andamento do processo. Por exemplo, por que, em vez de um prediozinho por vez, no nos deixam leiloar de uma vez toda a dvida da Sersan", questiona Lutz, que aponta em R$ 52 milhes o valor ainda devido pela construtora. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justia do Rio de Janeiro, que no retornou para responder sobre as acusaes de morosidade.

  • REFERENCIA BIBLIOGRFICA

    http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/02/queda-do-palace-2-completa-15-anos-com-indenizacoes-paradas.html

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-22/passados-15-anos-da-tragedia-do-edificio-palace-2-vitimas-ainda-esperam-por-indenizacao

    http://www.crea-rj.org.br/blog/globo-news-ouve-crea-rj-sobre-os-15-anos-do-desabamento-do-palace-ii/