aço carbono
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1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. AÇO CARBONO
Para a produção de aço carbono é preciso processos de redução, que
consiste em colocar minério de ferro e fundentes sinterizados junto com o
coque (produto da destilação do carvão que aumenta o teor de carbono) em
um forno à aproximadamente 1500°C. Ar oxigênio é soprado no forno levando
à combustão do carbono, na qual reduz os óxidos de ferro e funde da carga
metálica. Os principais constituintes dessa “lava líquida” são ferro, carbono,
silício e manganês e tem como impurezas o enxofre e o fósforo.
A composição química do aço carbono irá determinar as suas propriedades
e segundo a norma ABNT NBR 15693:2013 é possível classifica-lo. O principal
constituinte é o ferro que possui diâmetro de aproximadamente 0,25
nanometros, no entanto, mesmo que o processo seja por fusão, os elementos
de liga são dissolvidos no ferro e não podem ter os seus átomos muito
diferentes que o do ferro. O teor dos constituintes também irá influenciar na
formação das redes cristalinas, onde teores baixos serão dissolvidos por
inserção e já os maiores por meio de combinação.
Os átomos de carbono são combinados com os do ferro depositando-se
por entre os contornos de grãos ou dentro dos grãos de ferrita. Porém, essa
combinação pode sofrer alteração conforme as condições impostas. Um
exemplo seria o aumento da temperatura que eleva a vibração dos átomos e
desloca-os da rede cristalina formada. Já com a diminuição da temperatura,
devido ao aumento da pressão nas ligações, são formadas novas
combinações. Com isso, o teor de carbono no aço depende de como é feito o
processo (Figura 1).
A Figura 1 representa o diagrama de equilíbrio ferro-carbono. Com ele, é
possível verificar que o teor máximo de carbono na rede cristalina do aço
carbono de 2% para temperaturas de até 1150°C. É possível classificar o aço
em relação ao seu teor de carbono e pode ser visto na Tabela 1.
Figura 1. Diagrama de equilíbrio ferro-carbono
Fonte: SCHEER, Leopold (1977) [4] pág17.
Tabela 1. Classificação do aço em relação ao seu teor de carbono.
Fonte: o autor [4][5].
O processo não requer elevadas temperaturas e elevado tempo cinético
da formação das redes cristalinas, isso torna o aço carbono um material de fácil
obtenção e baixo custo em relação aos outros metais. A sua empregabilidade
também leva em consideração os aspectos mecânicos como a sua boa
soldabilidade e fácil usinagem. Mas um dos principais problemas do aço
carbono é a baixa resistência a corrosão (com energia livre padrão de -742,2
kJ/mol) que possui tendência a se oxidar então, para garantir essa resistência,
utiliza-se tratamentos superficiais.
2.2. Aço Carbono 1008
A classificação dos aços é em relação a sua composição química e foi
estabelecido pela Society of Automotive Engineers (SAE). Com isso o aço
carbono 1008 possui até 0,10% de carbono. Dependendo do processo de
fabricação esse teor sofre variação.
As propriedades mecânicas do aço carbono encontram-se na Tabela 2.
O módulo de elasticidade (E) do aço carbono é de aproximadamente 196GPa e
significa a máxima tensão que ele suporta sem sofrer deformação permanente.
O limite de elasticidade (SLE) é de 207MPa e o limite de resistência (SLR) de
331MPa.
Tabela 2. Propriedades mecânicas do aço carbono SAE 1008
Fonte: MERLO, Tatiane Rossi et al (2012). [6]
Referências
1. LEYGRAF, Christofer; GRAEDEL, Thomas E.. Atmospheric: Corrosion.
New Jersey: Wiley, 2000. 354 p.
2. USIMINAS Ipatinga - Processo de Produção do Aço Carbono - Brazilian
Largest Steel Industry. 2014. (11 min.), P&B. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=5gt5w0g6Tz8>. Acesso em: 26 ago.
2015.
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
15693:2013: Ensaios não destrutivos — Teste por pontos —
Identificação de metais e ligas metálicas. 2013. 23 p. Disponível em:
<http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=196461>. Acesso em:
26 ago. 2015.
4. SCHEER, Leopold. O que é aço. São Paulo: Editora Pedagógica e
Universitária Ltda, 1977. 129 p. Atualizado por H. Berns.
5. SOUZA, Sérgio Augusto de. Composição Química dos Aços. São
Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1989. 134 p.
6. MERLO, Tatiane Rossi; DONATO, Gustavo Henrique Bolognesi.
PROPRIEDADES MONOTÔNICAS E CÍCLICAS (ε-N) DE AÇO SAE
1008 E ALUMÍNIO 1200 H14 UTILIZANDO ESPÉCIMES DE CHAPA
SUBMETIDOS A ENSAIOS UNIAXIAIS. São Paulo: Centro Universitário
da Fei, 2012. 1 p.