AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA
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AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 1045
GENERALIDADES
O aço GGD 1045 é um aço para beneficiamento com temperabilidade baixa, ou seja,
baixa penetração de dureza na seção transversal, não se recomendando seu uso para
seções superiores a 60 mm. Possui uma boa relação entre resistência mecânica e
resistência à fratura. É utilizado em geral com durezas de 180 a 300 HB. Para grandes
seções utilizar o tratamento térmico de normalização.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 260HB
APLICAÇÕES
É utilizado na fabricação de componentes de uso geral onde seja necessária
uma resistência mecânica superior a dos aços de baixo carbono convencionais.
Aplicado principalmente em eixos em geral, pinos, cilindros, ferrolho, parafusos,
grampos, braçadeiras, pinças, cilindros, pregos, colunas, entre outros.
FORJAMENTO
O aço GGD 1045 deve ser realizado na temperatura mínima de 870ºC e máxima de
1240ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 800 – 850ºC por
no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar lentamente no forno.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 880 – 900ºC por
no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Têmpera: Austenitizar em temperatura entre 820 – 850ºC. Aquecer por 1 hora para
cada 25 mm de espessura. Resfriar em água ou polímero. Para resfriamento em óleo
(seções menores do que 10 mm) temperar a partir de 840 – 860ºC.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. A temperatura de revenimento deve ser
selecionada de acordo com a dureza especificada para o componente. Para isto
utilizar a curva de revenimento orientativa. Manter na temperatura de revenimento por
no mínimo 1 hora para cada 25 mm de espessura e utilizar no mínimo por duas horas.
Resfriar em ar calmo.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. A dureza máxima depende da condição prévia de
tratamento térmico. Nitretar com Camada Branca, Componentes beneficiados antes da
nitretação terão melhor característica de endurecimento atingindo dureza máxima
próxima de 600 HV. Recomenda-se profundidade de endurecimento entre 0,30 e 0,60
mm.
Têmpera Superficial: Aquecer rapidamente até a temperatura de 820 – 860ºC e
resfriar em água ou óleo. As condições de tratamento dependem do tamanho e
geometria da peça, bem como da dureza desejada e das características do
equipamento.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 1020
GENERALIDADE
O aço GGD 1020 é um dos aços ao carbono mais comum utilizado como aço para
cementação com excelente relação custo benefício comparado com aços mais ligados
para o mesmo propósito. Possui excelente plasticidade e soldabilidade. Após
cementação é beneficiado, mas possui menor capacidade de
endurecimento, comparado com o GGD 8620, por exemplo.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 260 HB.
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes mecânicos de uso como engrenagens,
eixos, virabrequins, eixos-comando, pinos guia, anéis de engrenagem, colunas,
catracas, capas.
FORJAMENTO
O aço GGD 1020 deve ser realizado na temperatura mínima de 900ºC e máxima de
1260ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura entre 850 – 870ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar lentamente no forno.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 920 – 950ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Cementação: Podem ser utilizados os processos de cementação em caixa, a gás ou
em banho de sal. A temperatura deve estar entre 900 – 925ºC. O tempo de
cementação deve ser controlado em função do potencial de carbono e
da profundidade de endurecimento especificados. A cementação deve ser seguida
pelo beneficiamento.
Têmpera: A têmpera pode ser realizada diretamente após a cementação, bastando
para isto diminuir a temperatura até 840 – 850ºC, manter pelo tempo necessário para
homogeneizar a temperatura na seção transversal e resfriar em água. A têmpera pode
ser realizada também após a cementação com resfriamento do componente até a
temperatura ambiente. Neste caso, utilizar o mesmo procedimento descrito.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. O revenimento é realizado em temperaturas entre
150 – 200ºC. No revenimento não há queda significativa da dureza, mas se garante
uma melhor resistência à fratura e a formação de trincas superficiais na retífica.
Nitretação:0 Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. Para a nitretação o componente deve ser no estado
recozido. A nitretação poder ser por processo gasoso ou de plasma. A presença da
Camada Branca é imprescindível, com uma espessura superior a 12 μm.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 4140
GENERALIDADES
O aço GGD 4140 é um aço para beneficiamento com temperabilidade média, ligado ao
cromo e molibdênio, utilizado na fabricação de diferentes componentes mecânicos
onde se deseja uma boa combinação de resistência mecânica média e resistência à
fratura. Também possui elevada resistência à fadiga.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 340 HB. Fornecido
no estado temperado e revenido sob consulta prévia.
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes para sistemas mecânicos de uso geral onde o uso do aço
SAE 1045 não se aplica por conseqüência de sua melhor capacidade
de endurecimento em maiores seções transversais, resistência à fadiga e à
fratura. Utilizado em rolamentos, cilindros, engrenagens, eixos hidráulicos, eixos
furados, anéis, porcas e parafusos, tirantes, etc.
FORJAMENTO
O aço GGD 4140 deve ser realizado na temperatura mínima de 925ºC e máxima de
1220ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 850ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar lentamente no forno.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 870 – 900ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Têmpera: Austenitizar em temperatura entre 840 – 870ºC. Aquecer por 1 hora para
cada 25 mm de espessura e adicionar 1 hora para cada 25 mm adicionais. Resfriar em
óleo ou polímero. O resfriamento em polímero conduz a menor variação dimensional e
maior homogeneidade microestrutural.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir ~ 70ºC. A temperatura de revenimento deve ser selecionada de
acordo com a dureza especificada no componente. Para isto utilizar a curva de
revenimento. Manter na temperatura de revenimento por no mínimo 1 hora para cada
25 mm de espessura e utilizar no mínimo por duas horas. Não revenir entre 230-370ºC
por causa da fragilidade ao revenido.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. A dureza máxima depende da condição prévia de
tratamento térmico. Componentes beneficiados antes da nitretação terão melhor
característica de endurecimento atingindo dureza máxima próxima de 800 HV.
Recomenda-se profundidade de endurecimento entre 0,30 e 0,60 mm.
Têmpera Superficial: Pode ser realizada por processo de chama ou indução para
durezas superiores a 55 HRC.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 4320
GENERALIDADES
O aço GGD 4320 é um aço para beneficiamento ligado ao cromo, níquel e molibdênio
e com baixo teor de carbono para facilitar a soldagem. O baixo teor de carbono
permite o uso de cementação para elevar a resistência ao desgaste. Possui
temperabilidade média com combinação de resistência mecânica média e resistência
à fratura.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 260 HB.
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes para sistemas mecânicos onde se necessita
uma homogeneidade de dureza ao longo da seção transversal em pequenas ou
grandes seções. Por seu menor teor de carbono as durezas são menores se
comparadas a dos aços com 0.40%. Suas principais aplicações são; eixos,
engrenagens, capas de rolamento, engrenagens planetárias, pinhões, colunas, coroas,
mangas e cilindros.
FORJAMENTO
O aço GGD 4320 deve ser realizado na temperatura mínima de 870ºC e máxima de
1240ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 870ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar no forno. Usualmente usado no estado
esferoidizado, para isso reaquecer a 680 – 700ºC, manter por 8 horas, resfriar no forno
até 300ºC e depois ao ar.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 920 – 930ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Cementação: Podem ser utilizados os processos de cementação em caixa, a gás ou
em banho de sal. A temperatura deve estar entre 900 – 925ºC. O tempo de
cementação deve ser controlado em função do potencial de carbono e
da profundidade de endurecimento especificados.
Têmpera: A têmpera pode ser realizada diretamente após a cementação, bastando
para isto diminuir a temperatura até 840 – 850ºC, manter pelo tempo necessário para
homogeneizar a temperatura na seção transversal e resfriar em óleo. A têmpera pode
ser realizada também após a cementação com resfriamento do componente até a
temperatura ambiente. Neste caso, utilizar o mesmo procedimento descrito.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. O revenimento é realizado em temperaturas entre
150 – 200ºC. No revenimento não há queda significativa da dureza, mas se garante
uma melhor resistência à fratura e a formação de trincas superficiais na retífica.Curva
de TemperabilidadeAs informações contidas neste catálogo são orientativas,
dependendo da característica da matéria prima e das condições de teste.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. A dureza máxima depende da condição prévia de
tratamento térmico. Componentes beneficiados antes da nitretação terão melhor
característica de endurecimento atingindo dureza máxima próxima de 800 HV.
Recomenda-se profundidade de endurecimento entre 0,30 e 0,60 mm e Camada
Branca não inferior a 10 mm.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 4340
GENERALIDADES
O aço GGD 4340 é um aço para beneficiamento com elevada temperabilidade, ligado
ao cromo-níquel-molibdênio, utilizado na fabricação de diferentes componentes
mecânicos, inclusive com seções espessas, quando se deseja uma combinação de
resistência mecânica média e resistência à fratura. Também possui elevada
resistência à fadiga.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 260 HB. Fornecido
no estado temperado e revenido sob consulta prévia.
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes para sistemas mecânicos, principalmente
estruturais, onde se necessita uma homogeneidade de dureza ao longo da seção
transversal em pequenas ou grandes seções. Suas principais aplicações são; eixos,
engrenagens, engrenagens planetárias, colunas, mangas e cilindros.
FORJAMENTO
O aço GGD 4340 deve ser realizado na temperatura mínima de 900ºC e máxima de
1220ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 850ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar lentamente no forno.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 860 – 880ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Têmpera: Austenitizar em temperatura entre 840 – 870ºC. Aquecer por 1 hora para
cada 25 mm de espessura e adicionar 1 hora para cada 25 mm adicionais. Resfriar em
óleo ou polímero. O resfriamento em polímero conduz a menor variação dimensional e
maior homogeneidade microestrutural.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. A temperatura de revenimento deve ser
selecionada de acordo com a dureza especificada para o componente. Para isto
utilizar a curva de revenimento orientativa. Manter na temperatura de revenimento por
no mínimo 1 hora para cada 25 mm de espessura e utilizar no mínimo por duas horas.
Não revenir no intervalo de temperatura entre 230-370ºC por causa da possibilidade
de induzir à fragilidade ao revenido.Curva de TemperabilidadeAs informações contidas
neste catálogo são orientativas, dependendo da característica da matéria prima e das
condições de teste.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. A dureza máxima depende da condição prévia de
tratamento térmico. Componentes beneficiados antes da nitretação terão melhor
característica de endurecimento atingindo dureza máxima próxima de 800 HV.
Recomenda-se profundidade de endurecimento entre 0,30 e 0,60 mm.
Têmpera Superficial: Pode ser realizada por processo de chama ou indução para
durezas superiores a 55 HRC.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA - SAE 8620
GENERALIDADES
O aço GGD 8620 é um aço para cementação e posterior beneficiamento ligado ao
níquel, cromo, e molibdênio o que lhe confere melhor temperabilidade. A cementação
é utilizada para aumentar a resistência ao desgaste em um núcleo de boa resistência
mecânica e à fratura. Após cementação a dureza superficial pode atingir 62 HRC.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecimento com dureza máxima de 260HB
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes mecânicos de uso como; pinos guia, anéis
de engrenagem, colunas, cruzetas, catracas, capas, eixos, coroas, virabrequins,
eixoscomando, pinos, guia, pinhões, engrenagens em geral.
FORJAMENTO
O aço GGD 8620 deve ser realizado na temperatura de mínima de 900ºC e máxima de
1240ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura entre 820 – 840ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar no forno.Normalização: O tratamento deve
ser feito na temperatura próxima de 910 – 930ºC por no mínimo 1 hora para cada 25
mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se utilizar ar forçado.
Cementação: Podem ser utilizados os processos de cementação em caixa, a gás ou
em banho de sal. A temperatura deve estar entre 900 – 925ºC. O tempo de
cementação deve ser controlado em função do potencial de carbono e
da profundidade de endurecimento especificados. A cementação deve ser seguida
pelo beneficiamento.
Têmpera: A têmpera quando realizada diretamente após a cementação, diminuir a
temperatura até 840 – 860ºC, manter pelo tempo necessário para homogeneizar a
temperatura na seção transversal e resfriar em óleo ou água dependendo da seção
e geometria. Para têmpera convencional utilizar a temperatura de 840 – 870ºC com o
mesmo procedimento descrito.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. O revenimento é realizado em temperaturas entre
150 – 200ºC. No revenimento não há queda significativa da dureza, mas se garante
uma melhor resistência à fratura e a formação de trincas superficiais na retífica. As
informações contidas neste catálogo são orientativas, dependendo da característica da
matéria prima e das condições de teste.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. Para a nitretação o componente deve ser apenas
temperado e revenido ou recozido. É indispensável a presença da camada branca
com espessura superior a 12 mm.
Têmpera Superficial: Este aço não responde satisfatoriamente, pois possui teor de
carbono muito baixo.
AÇO CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 8640
GENERALIDADES
O aço GGD 8640 é um dos aços de médio carbono e baixa liga mais utilizados. É um
aço para beneficiamento com temperabilidade média. É utilizado na fabricação de
diferentes componentes mecânicos combinando elevada resistência
mecânica combinada com resistência à fratura. Pode ser nitretado para elevar a
resistência ao desgaste.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 340 HB.
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes para sistemas mecânicos de uso geral onde o uso do aço
SAE 1045 não se aplica por conseqüência de sua melhor capacidade
de endurecimento em seções transversais, resistência à fadiga e à fratura.
Destinado à fabricação de rolamentos, buchas, cilindros, engrenagens, eixos
hidráulicos, eixos furados, etc.
FORJAMENTO
O aço GGD 8640 deve ser realizado na temperatura mínima de 900ºC e máxima de
1220ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 830ºC por no
mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar lentamente no forno até 300ºC e a seguir
em ar calmo.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 860 – 880ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Têmpera: Austenitizar em temperatura entre 840 – 860ºC. Aquecer por 1 hora para
cada 25 mm de espessura. Resfriar em óleo ou polímero de têmpera. O resfriamento
em polímero conduz a menor variação dimensional e maior homogeneidade
microestrutural.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. A temperatura de revenimento deve ser
selecionada de acordo com a dureza especificada para o componente. Para isto
utilizar a curva de revenimento orientativa abaixo. Manter na temperatura de
revenimento por no mínimo 1 hora para cada 25 mm de espessura e utilizar no mínimo
por duas horas. Não revenir no intervalo de temperatura entre 230-370ºC por causa da
possibilidade de induzir à fragilidade ao revenido. Curva de TemperabilidadeAs
informações contidas neste catálogo são orientativas, dependendo da característica da
matéria prima e das condições de teste.
Nitretação: Este aço pode ser nitretado para elevar a resistência ao desgaste pelo
endurecimento superficial. A dureza máxima depende da condição prévia de
tratamento térmico. Componentes beneficiados antes da nitretação terão melhor
característica de endurecimento atingindo dureza máxima próxima de 800 HV.
Recomenda-se profundidade de endurecimento entre 0,30 e 0,60 mm.
Têmpera Superficial: Pode ser realizada por processo de chama ou indução para
durezas superiores a 50 HRC.
AÇOS CONSTRUÇÃO MECÂNICA – SAE 52100
GENERALIDADES
O aço GGD 52100 é um aço de elevado teor de carbono, ligado ao cromo,
utilizado para beneficiamento quando se pretende atingir elevada dureza após a
têmpera, entre 62 – 66 HRC. É um aço temperável em óleo.
Composição Química
Condições de Fornecimento – Fornecido com dureza máxima de 250HB
APLICAÇÕES
É utilizado em componentes em geral nas indústrias de fabricação de rolamentos.
FORJAMENTO
O aço GGD 52100 deve ser realizado na temperatura mínima de 925ºC e máxima de
1150ºC.
TRATAMENTO TÉRMICO
Recozimento: Por seu elevado teor de carbono o aço GGD 52100 deve
sofrer recozimento de esferoidização para otimizar sua usinabilidade. A esferoidização
é realizada em torno de 750ºC por tempos variando entre 15 e 20 horas. Resfriar no
forno.
Normalização: O tratamento deve ser feito na temperatura próxima de 870 – 890ºC
por no mínimo 1 hora para cada 25 mm. Resfriar ao ar. Em casos especiais pode se
utilizar ar forçado.
Têmpera: A austenitização para a têmpera deve ser realizada entre 840 –
850ºC, manter pelo tempo necessário para homogeneizar a temperatura na
seção transversal e resfriar em óleo.
Revenimento: Deve ser realizado imediatamente após a têmpera quando a
temperatura atingir cerca de 70ºC. O revenimento é realizado em temperaturas entre
120 – 200ºC. A temperatura usual de revenimento é em torno de 150ºC. Nestas
condições não há queda significativa da dureza. No revenimento a cerca de 180ºC a
dureza pode cair de 1 a 2 pontos HRC. A variação da dureza em função da
temperatura de revenimento é mostrada na curva orientativa a seguir.
aço 1020 e 1045 são aços de baixo carbono segundo norma SAE
o 1020 tem 0,2 % de carbono
o 1045 tem 0,45% de carbono
ambos são de facil usinabilidade e alta tenacidade e baixa dureza.
São aplicados na mecanica em geral como peças comuns por ter baixo custo.
O aço 1045 pode ser temperado e beneficiado, porem o 1020 não aceita este tipo de
tratamento.
precisa ver oq vc realmente precisa.. pois a demoninação vai muito longe... eis aki
algumas outra especificações
Tipos de tratamento térmicos
Cementação
Ou Carbonitretação é o tratamento termoquímico que consiste em se introduzir
carbono ou nitrogênio na superfície do aço com o objetivo de se aumentar a dureza
superficial do material, depois de convenientemente temperado. Quando o ferro ou o
aço é rapidamente arrefecido por têmpera, o maior teor de carbono na superfície
exterior torna-se duro através da transformação da austenita em martensita, enquanto
que o núcleo permanece macio e resistente como uma microestrutura ferrítica e/ou
perlita.1
A cementação tem sido usada por um longo tempo. No entanto, este processo evoluiu
com os avanços nas técnicas de tratamento de calor que têm melhorado
a dureza e durabilidade dos produtos, como molas de arame de aço ao carbono e
forjadas com aço ao carbono. A parte do gás-carburado (nitreto de carbono) pode ser
dito a consistir de um material compósito, em que a superfície carburada é difícil, mas
o núcleo inalterado é mais macia e dúctil.2 O tratamento térmico é a aplicação
combinada de aquecimento e resfriamento, em determinado período de tempo, em
condições controladas, com a finalidade de dar ao material propriedades especiais.
Segundo a aplicação, classificam-se em: Normalização,
Recozimento, Têmpera e Revenido.
Recozimento
é um Tratamento térmico que tem por finalidade eliminar a dureza de uma peça
temperada ou normalizar materiais com tensões internas resultantes do forjamento, da
laminação, trefilação. No aquecimento de aços de baixo carbono (0,030%) ocorrem
formações de partículas ultrafinas de austenita à medida que atingem, e ultrapassam,
a menor temperatura crítica (Ac1). À medida que a temperatura sobe, o excesso
de ferrita continua a se dissolver, finalmente desaparecendo no ponto crítico superior
(Ac3).2
A estrutura resultante do recozimento é a normal ou seja: ferrita mais perlita, se o aço
for hipoeutetóide, perlita mais cementita, se o aço for hipereutetóide e somente
perlita,se for eutetóide.
Definição
No aquecimento para o recozimento, a temperatura deve situar-se a mais ou menos
50°C acima do limite superior da zona crítica . Para os aços hipoeutetóide, acima do
limite inferior da zona crítica (linha A3). Para os aços hipereutetóides, Acima da (linha
A1). Nestes últimos aços, procura-se não ultrapassar a linha A3, porque no
resfriamento lento, caso de recozimentos de aço-carbono, pode ocorrer a formação,
nos contornos de grãos da austenita, de um invólucro contínuo e frágil de carbonetos,
tornando os aços frágeis.
Para evitar o tempo muito longo exigido pelo recozimento, pode-se substituir o
recozimento comum pelo recozimento isotérmico, em que o aquecimento é feito
normalmente, mas o esfriamento é dividido em duas partes. Esfriamento rápido até
uma temperatura situada na parte superior do diagrama de transformação isotérmica,
onde fica até que a austenita se transforme nos produtos normais de transformação; a
segunda etapa consiste no esfriamento até a temperatura ambiente, depois de
completada a transformação da primeira etapa.
Outro tipo de recozimento é o de alívio de tensões, em que o aquecimento é feito a
temperaturas abaixo da zona crítica. Seu objetivo é apenas aliviar as tensões
originadas em processos de conformação mecânica, soldagem, corte por chama,
endireitamento, usinagem, etc.
Existe ainda uma forma de recozimento que se aplica a tiras e chapas de aço
laminados a frio. Em que as peças são colocadas em recipientes vedados no interior
de um forno com temperatura entre 600° e 700°C. Esse tipo de processo se chama
recozimento em caixa.
O revenimento em ferro fundido branco reduz as tensões e melhora as propriedades
mecanicas. O processo de aquecimento é muito longo e atinge temperaturas acimas
da linha A1, chegando a 800°C. Esse processo torna os carbonetos livres mais finos,
eliminando a estrutura típica de ferro fundido.
No ferro fundido, o recozimento tende a aliviar as tensões causadas no resfriamento
das peças. Outra propriedade importante é a melhora da usinabilidade mecânica do
material. As temperaturas usadas para alívio de tensões sâo: -sem elementos de liga -
500° a 565°C -sem baixo teor em ligas - 565° a 600°C -de baixo teor em ligas - 600° a
650°C
Para diminuir a dureza, melhorar a usinabilidade do ferro fundido cinzento, a
temperatura de aquecimento deve situar-se sempre acima da linha A1 e será maior
quanto mais ligado o ferro fundido. O tempo à temperatura deve-se de no mínimo
15min por cm de secção transversal. O resfriamento deve ser muito lento.
Têmpera (metalurgia)
A têmpera refere-se a um resfriamento brusco. Na química de polímeros e na ciência
dos materiais, o processo de têmpera é usado para evitar processos que se dão em
temperaturas mais baixas, tais como transformações de fase, disponibilizando apenas
uma pequena janela de tempo em que a reacção é termodinamicamente favorável e
cineticamente acessivel. Por exemplo, pode reduzir a cristalinidade e por
consequência aumentar a rigidez de ligas e plásticos (produzidos através
de polimerização).
Em metalurgia, é mais frequentemente usado no endurecimento de aço ao introduzir
martensita, submetendo o aço a um arrefecimento brusco e obrigando-o a passar pelo
seu ponto eutetóide, a temperatura onde a austenita se encontra instável. Em ligas de
aço com outros metais, tais como o niquel e o manganês, a temperatura eutectóide
torna-se mais baixa, mas as barreiras cinéticas à transformação de fase são iguais.
Isto permite que o processo de têmpera comece a uma temperatura mais baixa,
tornando o processo mais fácil. O aço rápido também possui tungstênio, que tem
como função o aumento das barreiras cinéticas e dar a ilusão que o material arrefeceu
mais rapidamente do que realmente foi. Até o arrefecimento de tais ligas ao ar
(processo de normalização) obtém muitos dos efeitos desejados do processo de
têmpera e so depois disso tudo que o aço pode ser entao comercializado.
A tempera tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que proporcione
propriedades de dureza e resistência mecânica elevadas. A peça a ser temperada é
aquecida à temperatura de austenitização e em seguida é submetida a um
resfriamento brusco, ocorrendo aumento de dureza. Durante o resfriamento, a queda
de temperatura promove transformações estruturais que acarretam o surgimento de
tensões residuais internas. Sempre após a têmpera, temos que realizar o revenimento,
para a transformação da martensita em martensita revenida.
Tipos
Têmpera por chama
Aquecimento provém de chama direcionada à peça, através de maçarico ou outro
instrumento, podendo assim ser parcialmente temperada.
O aquecimento é obtido por indução elétrica, seguida de um resfriamento brusco,
normalmente em água.
Têmpera superficialAquecimento somente da superfície através de indução ou chama
até a austenitização, seguida de um resfriamento rápido.
Têmpera total
Aquecimento total da peça até temperatura de austenitização seguida de resfriamento,
em meio pré-determinado
Normalização (metalurgia)
Tratamento térmico que consiste no aquecimento do aço a uma temperatura acima da
zona Crítica, seguido de resfriamento ao ar. O objetivo da normalização é refinar a
granulação grosseira de peças de aço fundido, laminado ou forjado. A normalização é
ainda usada como tratamento preliminar a têmpera e ao revenido, justamente para
produzir uma estrutura mais uniforme do que a obtida na laminação, por exemplo,
além de reduzir a tendência ao empenamento e facilita a solução de carbonetos e
elementos de liga.
Revenido
Revenimento é um tratamento térmico utilizado no aço para corrigir inconvenientes
decorrentes da têmpera, sendo, portanto, e sempre aplicado posteriormente a ela.
Processo de Revenimento
A têmpera tende a tornar o aço excessivamente rígido (pouca elasticidade) e frágil
(pouca resistência ao choque) e a criar tensões internas, o que é corrigido pelo
revenido, que consiste em reaquecer a peça temperada a uma temperatura muito
inferior à da têmpera (zona crítica-fase austenítica).
A temperatura de revenido e o tempo de manutenção desta temperatura influem
decisivamente nas propriedades finais obtidas no aço: quanto mais tempo e/ou maior
temperatura, mais dúctil se torna o aço. Os elementos de liga contidos no aço também
influem no revenido, mudando o comportamento do aço no processo (endurecimento
secundário).
A temperatura de revenido normalmente situa-se entre 150°C e 600°C, e o tempo de
duração entre 1h e 3h. Todavia, quanto maior a temperatura empregada, mais o
revenido tende a reduzir a dureza originalmente obtida na têmpera.
O revenido aumenta a ductilidade e a elasticidade do aço, e é usado especialmente na
fabricação de molas.
Nitretação
Nitretação é um tratamento termoquímico da metalurgia em que se promove
enriquecimento superficial com nitrogênio, usando-se de um ambiente nitrogenoso à
determinada temperatura, buscando o aumento da dureza do aço até certa
profundidade. O objetivo é difundir o nitrogênio, para isso, um cubico de corpo
centrado é melhor para a difusão, portanto, temperaturas abaixo de 720°C são ideais.
A nitretação tem menos empenamento em relação a cementação, porem, a camada é
muito mais fina, chega a 0,3µm a nitretação gasosa e a 0,15µm a nitretação a plasma.
Com a nitretação, a dureza pode chegar a 1400HV.
Classificação SAE
A classificação dos aços segundo as normas da SAE (Society of Automotive
Engineers - EUA) é a mais utilizada em todo o mundo para aços-carbono (aços sem
adição de elementos de liga, além dos que permanecem em sua composição no
processo de fabricação) e aços de baixa liga (aços com baixas porcentagens de
elementos de liga).
A classificação SAE é baseada na composição química do aço. A cada composição
normalizada pela SAE corresponde a uma numeração com 4 ou 5 dígitos.
A mesma classificação também é adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute-
EUA)
Um extrato contendo exemplos das classificações de alguns aços mais comuns é
apresentado na listagem a seguir.
No total são previstas muitas dezenas de classificações. Nelas, os 2 dígitos finais XX
indicam os centésimos da porcentagem de C (Carbono) contida no material, podendo
variar entre 05, que corresponde a 0,05% de C, a 95, que corresponde a 0,95% de C.
Se a porcentagem de C atinge ou ultrapassa 1,00%, então o final tem 3 dígitos (XXX)
e a classificação tem um total de 5 dígitos.
SAE 1XXX – aço-Carbono
SAE 10XX – aço-carbono simples (outros elementos em porcentagens desprezíveis,
teor de Mn de no máximo 1,0%)
SAE 11XX – aço-carbono com S (Enxofre)
SAE 12XX – aço-Carbono com S e P (Fósforo)
SAE 13XX – aço com 1,6% a 1,9% de Mn (Manganês) (aço-Manganês)
SAE 14XX – aço-Carbono com 0,10% de Nb (Nióbio)
SAE 15XX – aço-Carbono com teor de Mn de 1,0% a 1,65% (aço-Manganês)
SAE 2XXX – aço-Níquel
SAE 23XX – aço com Ni entre 3,25% e 3,75%
SAE 25XX – aço com Ni entre 4,75% e 5,25%
SAE 3XXX – aço-Níquel-Cromo
SAE 31XX – aço com Ni entre 1,10% e 1,40% e com Cr entre 0,55% e 0,90%
SAE 32XX – aço com Ni entre 1,50% e 2,00% e com Cr entre 0,90% e 1,25%
SAE 33XX – aço com Ni entre 3,25% e 3,75% e com Cr entre 1,40% e 1,75%
SAE 34XX – aço com Ni entre 2,75% e 3,25% e com Cr entre 0,60% e 0,95%
SAE 4XXX – aço-Molibdênio
SAE 40XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%
SAE 41XX – aço com Mo entre 0,08% e 0,25% e com Cr entre 0,40% e 1,20%
SAE 43XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%, com Cr entre 0,40% e 0,90% e com Ni
entre 1,65% e 2,00%
SAE 46XX – aço com Mo entre 0,15% e 0,30%, com Ni entre 1,40% e 2,00%
SAE 47XX – aço com Mo entre 0,30% e 0,40%, com Cr entre 0,35% e 0,55% e com Ni
entre 0,90% e 1,20%
SAE 48XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%, com Ni entre 3,25% e 3,75%
SAE 5XXX – aço-Cromo
SAE 51XX – aço com Cr entre 0,70% e 1,20%
SAE 6XXX – aço-Cromo-Vanádio
SAE 61XX – aço com Cr entre 0,70% e 1,00% e com 0,10% de V
SAE 7XXX – aço-Cromo-Tungstênio
SAE 8XXX – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio
SAE 81XX – aço com Ni entre 0,20% e 0,40%, com Cr entre 0,30% e 0,55% e com Mo
entre 0,08% e 0,15%
SAE 86XX – aço com Ni entre 0,30% e 0,70%, com Cr entre 0,40% e 0,85% e com Mo
entre 0,08% e 0,25%
SAE 87XX – aço com Ni entre 0,40% e 0,70%, com Cr entre 0,40% e 0,60% e com Mo
entre 0,20% e 0,30%
SAE 92XX – aço-Silício-Manganês
SAE 92XX – aço com Si entre 1,80% e 2,20% e com Mn entre 0,70% e 1,00%
SAE 93XX, 94XX, 97XX e 98XX – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio
SAE 93XX – aço com Ni entre 3,00% e 3,50%, com Cr entre 1,00% e 1,40% e com Mo
entre 0,08% e 0,15%
SAE 94XX – aço com Ni entre 0,30% e 0,60%, com Cr entre 0,30% e 0,50% e com Mo
entre 0,08% e 0,15%
SAE 97XX – aço com Ni entre 0,40% e 0,70%, com Cr entre 0,10% e 0,25% e com Mo
entre 0,15% e 0,25%
SAE 98XX – aço com Ni entre 0,85% e 1,15%, com Cr entre 0,70% e 0,90% e com Mo
entre 0,20% e 0,30%
Apesar da classificação SAE ser bastante extensa e completa, conforme mostrado no
extrato apresentado, muitos aços comumente usados não se enquadram nela, devido
aos elementos de suas ligas não estarem dentro das faixas previstas nesta
classificação.
I. Aços Carbono (mais usual em construção metálica)
Segundo a NBR 6215 aço carbono é aquele não contém elementos de liga isto é,
apenas teores residuais de Cr = 0,20%, Ni = 0,25% etc e no qual os teores de Si e Mn
não ultrapassem limites máximos de 0,60% e 1,65% respectivamente.
São classificados em função do teor de carbono.
a)Baixo Carbono: C £ 0,30%
Limite de resistência: 440 N/mm²
Características:
Boa tenacidade, conformabilidade e soldabilidade.
Baixa temperabilidade.
Aplicações:
Pontes, edifícios, navios, vagões, caldeiras, tubos gerais, estruturas mecânicas, etc.
b) Médio Carbono: 0,30% < C £ 0,50%
Limite de resistência: 440 a 590 N/mm²
Características:
Média conformalidade e soldabilidade.
Média temperalidade.
c) Aço de Alto Carbono:
Limite de resistência: 590 a 780 N/mm²
Características:
Má conformabilidade e soldabilidade. Altas temperaturas e resistência ao desgaste.
Aplicações:
Peças metálicas, parafusos especiais, implementos agrícolas, trilhos e rodas
ferroviárias, etc.
Os aços são ligas metálicas de ferro e carbono, com percentagens deste último
variáveis entre 0,008 e 2,11%. Distinguem-se dos ferros fundidos, que também são
ligas de ferro e carbono, mas com teor de carbono entre 2,06% e 6,67%.
A diferença fundamental entre ambos é que os aços, pela sua ductibilidade, são
facilmente deformáveis por forja, laminação e extrusão, enquanto que peças em ferros
fundidos são fabricadas pelo processo de fundição.
Classificação dos aços
Os aços podem ser classificados da seguinte maneira:
Quantidade de carbono
Composição química
Quanto à constituição microestrutural
Quanto à sua aplicação
A classificação mais comum é de acordo com a composição química, dentre os
sistemas de classificação química o SAE é o mais utilizado, e adota a notação ABXX,
onde AB se refere a elementos de liga adicionados intencionalmente, e XX ao
percentual em peso de carbono multiplicado por cem.
Além dos componentes principais indicados, os aços incorporam outros elementos
químicos, alguns prejudiciais, provenientes da sucata, do mineral ou do combustível
empregue no processo de fabricação, como o enxofre e o fósforo. Outros são
adicionados intencionalmente para melhorar algumas características do aço para
aumentar a sua resistência, ductibilidade,dureza ou outra, ou para facilitar algum
processo de fabrico, como usinabilidade, é o caso de elementos de liga como o níquel,
o cromo, o molibdênio e outros.
No aço comum o teor de impurezas (elementos além do Ferro e do Carbono) estará
sempre abaixo dos 2%. Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode considerado
aço de baixa-liga, acima de 5% é considerado de alta-liga. O Enxofre e o Fósforo são
elementos prejudicais ao aço pois acabam por intervir nas suas propriedades físicas
deixando o aço quebradiço. Dependendo das exigências cobradas, o controle sobre as
impurezas pode ser menos rigoroso ou então podem pedir o uso de um antisulfurante
como o magnésio e outros elementos de liga benéficos.
O aço inoxidável é um aço de alta-liga com teores de cromo e de níquel em altas
doses (ultrapassam 20%)
O aço é actualmente a mais importante liga metálica, sendo empregue de forma
intensiva em numerosas aplicações tais como máquinas, ferramentas, em construção,
etc . Entretanto, a sua utilização está condicionada a determinadas aplicações devido
a vantagens técnicas que oferecem outros materiais como o alumínio no transporte
por sua maior leveza e na construção por sua maior resistência a corrosão, o cimento
(mesmo combinado com o aço) pela sua maior resistência ao fogo, e os materiais
cerâmicos em aplicações que necessitem de elevadas temperaturas.
Ainda assim actualmente emprega-se o aço devido a sua nítida superioridade frente
às demais ligas considerando-se o seu preço. Já que:
Existem numerosas jazidas de minerais de ferro suficientemente ricas, puras e fáceis
de explorar, além da possibilidade de reciclar a sucata.
Os procedimentos de fabricação são relativamente simples e económicos, e são
chamados de aciaria. Os aços podem ser fabricados por processo de aciaria eléctrica,
onde se utiliza eléctrodos e processo de aciaria LD, onde se utiliza sopro de oxigénio
no metal líquido por meio de uma lança.
Apresentam uma interessante combinação de propriedades mecânicas que podem ser
modificados dentro de uma ampla faixa variando-se os componentes da liga e as suas
quantidades, mediante a aplicação de tratamentos.
A sua plasticidade permite obter peças de formas geométricas complexas com relativa
facilidade.
A experiência acumulada na sua utilização permite realizar previsões de seu
comportamento, reduzindo custos de projectos e prazos de colocação no mercado.
Tal é a importância industrial deste material que a sua metalurgia recebe a
denominação especial de siderurgia, e a sua influência no desenvolvimento humano
foi tão importante que uma parte da história da humanidade foi denominada Idade do
ferro, que se iniciou em 3500 a.C., e que, de certa forma, ainda perdura.
Propriedades
A propriedades médias de um aço com 0,2% de carbono em peso geram em torno
de:
Densidade média do aço': 7860kg/m³ (ou 7,86g/cm³)
Coeficiente de Expansão Térmica: 11,7 10-6 (C°)-1