Ações educativas do Bibliotecário
-
Upload
tatyanne-valdez -
Category
Education
-
view
173 -
download
1
description
Transcript of Ações educativas do Bibliotecário
Prática Educativa Bibliotecária : relato de experiência da Biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ
Eleonora Arroyo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIAPROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL – PET
DIRETÓRIO ACADÊMICO DA ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA – DAEB
VI SEMANA DE INTEGRAÇÃO DOS ESTUDANTES DE BIBLIOTECONOMIA
Mesa Redonda
“A função educativa do Bibliotecário”
Tatyanne ValdezBibliotecária e Contadora de histórias
Out./2014
Momento Deleite
Apresentação de ações educativas realizadas na biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ.
As práticas educativas constituem atividades desenvolvidas por bibliotecários junto aos discentes ou ações de planejamento pedagógico, representando o que tem sido chamado de papel educativo do bibliotecário (CAMPELLO,2009).
Finalidades da prática educativa (CAMPELLO, 2009, p. 110):
PROMOÇÃO DA BIBLIOTECA;
PROMOÇÃO DA LEITURA;
FORMAÇÃO DO LEITOR;
ORIENTAÇÃO DA PESQUISA ESCOLAR.
PROMOÇÃO DA BIBLIOTECA
Tornar o ambiente convidativo, agradável e cativante para atrair os usuários.
Jogo que enfatiza de maneira lúdica e pedagógica das regras de funcionamento da Biblioteca.
PROMOÇÃO DA BIBLIOTECAPara atrair os usuários “as bibliotecas disponibilizavam jogos, realizavam brincadeiras e competições, organizavam gincanas, ofereciam prêmios e ofereciam atividades manuais como oficina de origami e confecção de livro de pano e outras desenvolvidas ao redor das narrativas, com a finalidade de dinamizar a leitura”(CAMPELLO, 2010, p.194).
PROMOÇÃO DA LEITURA
Atividades que evidenciam o aspecto prazeroso da leitura e possibilitam atrair os usuários para biblioteca.
Semana da Biblioteca
Contação de história do livro “O mais fantástico ovo do mundo”com fantoches criados com materiais recicláveis.
PROMOÇÃO DA LEITURA
Semana da Biblioteca
Contação de histórias do livro “Antenor Tapir” com o Kamishibai, instrumento japonês que significa ‘teatro em papel’ e ilustração de uma aluna.
PROMOÇÃO DA LEITURA
“Se nenhuma receita garante que a criança lerá, a capacidade de estabelecer com os livros uma relação afetiva, emotiva e sensorial, e não simplesmente cognitiva, parece ser de fato decisiva...” (PETIT, 2009, p. 58).
Grupo Os TapetesContadores de
História
PROMOÇÃO DA LEITURA
[...] ninguém aprende a gostar de leitura apenas ouvindo, falar de livros ou vendo os de longe, trancafiados numa prateleira é necessário que se pegue e manipule o ingrediente “Livro”, leia o que está escrito dentro dele para sentir o gosto e para verificar se essa atitude tem ou poderá ter uma aplicação em seu contexto de vida (SILVA ,1991, apud GOMES, BORTOLIN, 2011, p. 161).
PROMOÇÃO DA LEITURA
Atividade proposta pela professora após a apresentação do livro para a turma do 4º ano.
PROMOÇÃO DA LEITURA
Contação de histórias e conversas sobre a diferença entre biblioteca, livraria e editora.
Livro ilustrado por meio do Kiriê, técnica artística japonesa.
PROMOÇÃO DA LEITURA
A leitura exige mediações e adesões, pois é por intermédio dela que a sociedade reproduz conhecimento e informação, e mais, com ela, os leitores podem duvidar do que parece evidente, podem investigar outras possibilidades de compreensão do mundo, podem atribuir sentidos diferentes a partir de suas vivências (CASTRO FILHO, 2013, p. 27).
Pintura artística no rosto relacionada ao tema da história.
PROMOÇÃO DA LEITURA
Ciranda Literária
As ações da biblioteca propiciaram o envolvimento do estudante não só em atividades de leitura, mas de outras que os aproximaram de manifestações culturais variadas, como teatro, dramatização, música, filmes, desenho, pintura, fantoches, espaços culturais (CAMPELLO, 2009, p. 122)
Folder de divulgação do evento
PROMOÇÃO DA LEITURA
Ciranda Literária
Estagiárias e bibliotecárias apresentando a temática “Leituras Misteriosas” para a turma do 7º ano.
PROMOÇÃO DA LEITURA
“Logo de cara gostaria de registrar o quanto os alunos ficaram envolvidos com a apresentação.
O recurso midiático utilizado por vocês ficou de primeiríssima qualidade e atingiu o objetivo: chamou a atenção dos alunos, instigando-os a procurarem pelos livros. Por fim, gostaria de registrar o comentário de um pai que na escola aberta veio me parabenizar pela iniciativa: uma aluna nossa, que não tinha o perfil de leitora, em um único dia devorou O caso dos dez negrinhos.
Aproveitando o estímulo, o pai, por conta própria, comprou outros da coleção para ela, que continuou as leituras. Tive o prazer em dizer que esse era um projeto coordenado pela biblioteca, no qual fui apenas um parceiro. Agradeço muito pela parceria! Para ano que vem, certamente daremos um gás ao projeto, colocando nossa ideia do blog em prática, que não pode ser realizada nesse trimestre.” André Uzeda, prof. de Língua Portuguesa – 7º ano
A importância do bibliotecário e professor: “é neles que os alunos vão encontrar o incentivo para utilizar o acervo e frequentar a biblioteca” (GOMES; BORTOLIN, 2011, p. 160).
PROMOÇÃO DA LEITURAA mediação da leitura é entendida como um ato de compartilhamento, ou seja, “não é apenas fazer circular textos de leitura, pelo contrário, o bibliotecário deve ser cúmplice efetivo e afetivo do leitor, se dispondo a discutir e trocar idéias a respeito do que lêem” (ALMEIDA JÚNIOR; BORTOLIN, 2007, p. 11).
Alunas do 8º ano recitando algumas poesias de Vinícius de Moraes e participação de um aluno do 2º expressando a sua arte no evento.
PROMOÇÃO DA LEITURA
Ciranda Literária
Gustavo Liuze, grafiteiro e artista plástico
PROMOÇÃO DA LEITURA
Autor Délcio Teobaldo no evento Ciranda Literária, com as turmas do 9º ano
PROMOÇÃO DA LEITURA
Kuhlthau (2004) destaca diversas atividades para a criança entender o significado do conto: conversas sobre a história; dramatização; desenho; recordar (crianças lembram eventos ou histórias ouvidas anteriormente); discussão (escolher um tema para ser debatido em grupo) dentre outros.
As práticas leitoras e informacionais de apropriação de conhecimento das variadas comunidades atendidas pelas unidades de informação modificam-se e produzem sentidos que desembocarão em outros textos, e outros, num processo infinito de releituras, numa polifonia de vozes e reflexos (NOBREGA, 2009, p. 97).
FORMAÇÃO DO LEITOR
Práticas que possibilita uma leitura livre de obrigações e uso de narrativas orais para estimular o gosto pela leitura.
FORMAÇÃO DO LEITOR
Seleção e leitura livre na biblioteca, além de orientação do uso do acervo e manuseio dos livros – turmas do 2º e 3º ano.
FORMAÇÃO DO LEITOR
O bibliotecário precisa conhecer seus usuários e acompanhar as preferências literárias de cada leitor, procurar estratégias para satisfazê-las e, assim, formar leitores, dispensando as leituras impostas, é preciso respeitar as opiniões e o gosto. Não se forma leitores com obrigações e cobranças. Sabe-se que esse tipo de atitude, pelo contrário, faz com que o sujeito se afaste ainda mais da leitura (ALMEIDA; COSTA; PINHEIRO, 2012, p. 477).
[...] Quando lê, cada leitor faz reviver essa voz, que provém às vezes de muitos séculos atrás. Mas para as pessoas que cresceram longe dos suportes impressos, alguém tem que emprestar sua voz para que entendam aquela que o livro carrega (PETIT, 2009, p. 59).
Orientação da Pesquisa
Projeto que consiste na orientação da pesquisa escolar, realizado com a turma do 1º ano do ensino médio em conjunto com a professora de língua portuguesa, visando o auxílio da produção textual no que tange ao levantamento documental e bibliográfico, a orientação na busca e uso de informações, avaliação de fontes de informação confiáveis e normalização do trabalho escrito.
Orientação da Pesquisa
Sobre o trabalho conjunto entre bibliotecário e o pedagogo: Esta parceria é de suma importância no contexto educacional; portanto, medidas urgentes devem ser tomadas no sentido de demonstrar a precedência dessa ação educativa e informacional conjunta para o fortalecimento do processo de aprendizagem, do fomento à leitura e da aquisição de competências, pelos alunos, para o uso correto da informação (RUSSO; SOUZA, 2013, p.6).
Referências
ALMEIDA, Waldinéa Ribeiro; COSTA, Wilse Arena da; PINHEIRO, Mariza Inês da Silva. Bibliotecários Mirins e a mediação da leitura na biblioteca escolar. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.17, n.2, p.472-490, jul./dez., 2012. Disponível em: < http://revista.acbsc.org.br/racb/article/viewFile/812/pdf_1>. Acesso em: 15 fev. 2014.
ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco; BORTOLIN, Sueli. Mediação da Informação e da Leitura. In: SEMINÁRIO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 2., 2007, Londrina. Anais... Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2007.
CAMPELLO, Bernadete. Letramento informacional no Brasil: práticas educativas de bibliotecários em escolas de ensino básico. 2009. 208 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) –Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
______. Perspectivas de letramento informacional no Brasil: práticas educativas de bibliotecários em escolas de ensino básico. Encontros Bibli, Florianópolis, v. 15, p. 184-208, 2010.
ReferênciasCASTRO FILHO, Cláudio Marcondes de. Roger Chartier e práticas de leitura: uma abordagem para o campo da informação. In: SEGUNDO, José Eduardo Santarem; SILVA, Márcia Regina da; MOSTAFA, Solange Puntel (Orgs). Os pensadores e a Ciência da Informação. Rio de Janeiro: E-papers, 2012. p. 25-36.
GOMES, Luciano Ferreira; BORTOLIN, Sueli. Biblioteca escolar e mediação da leitura. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 2, p. 157-170, jul./dez. 2011.KUHLTHAU, Carol. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para o ensino fundamental. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NÓBREGA, Nanci Gonçalves da. No espelho, o trickster. In: SANTOS, Fabiano dos; MARQUES NETO, José Castilho; RÖSING, Tânia M. K. (Orgs.). Mediação de leitura: discussões e alternativas para a formação de leitores. São Paulo: Global, 2009. p. 95-112.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Ed. 34, 2009.
RUSSO, Mariza; SOUZA, Danyara de Jesus de. Biblioteca escolar brasileira na sociedade da informação: uma parceria proativa entre bibliotecário e pedagogo em prol da aprendizagem, da competência em informação e da quebra de paradigmas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 25., 2013, Florianópolis. Anais eletrônicos... Florianópolis: FEBAB, 2013. Disponível em: < http://portal.febab.org.br/anais/issue /view/4>. Acesso em: 11 maio 2014.
OBRIGADA!
Tatyanne [email protected]
http://bibliotecaearte.blogspot.comhttp://diariodabiblioteca.blogspot.com