AÇÕES TRANSPARENTES - anabb.org.br · Cassi a respeito da adesão da Caixa à Resolução nº...

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AÇÕES TRANSPARENTES Nova Diretoria da ANABB apresenta as principais ações realizadas nos primeiros 180 dias de gestão APABB Entidade completa 25 anos de história em prol de pessoas com deficiência CIDADANIA Conheça o projeto Sonho de Liberdade e inspire-se para também entrar na corrente cidadã ANO XXVI | N O 214 | ABR-MAIO-JUN-JUL/2012 DIREITOS DOS ASSOCIADOS: posição da ANABB sobre temas que envolvem o funcionalismo do BB

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AÇÕES TRANSPARENTESNova Diretoria da ANABB apresenta as principais

ações realizadas nos primeiros 180 dias de gestão

APABBEntidade completa 25 anos de história em prol de pessoas com deficiência

CIDADANIAConheça o projeto Sonho de Liberdade e inspire-se para também entrar na corrente cidadã

ANO XXVI | NO 214 | ABR-MAIO-JUN-JUL/2012

DIREITOS DOS ASSOCIADOS: posição da ANABB sobre temas que envolvem o funcionalismo do BB

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ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442 9696 | Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] Supervisão: Tatiane Lopes | Redação: Priscila Mendes, Naitê Almeida, Josiane Borges e Elder Ferreira

Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza | Editoração: Zipo ComunicaçãoTiragem: 105 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfi ca Positiva

jornal AçãoDIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

SERGIO RIEDEPresidenteREINALDO FUJIMOTOVice-Presidente Administrativo e FinanceiroDOUGLAS SCORTEGAGNA Vice-Presidente de ComunicaçãoTEREZA GODOYVice-Presidente de Relações FuncionaisFERNANDO AMARALVice-Presidente de Relações Institucionais

João Botelho (Presidente)Ana Lúcia LandinAugusto CarvalhoCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoClaudio Nunes LahorgueDenise ViannaEmílio Santiago Ribas RodriguesGilberto Matos SantiagoGraça MachadoIlma Peres Causanilhas RodriguesIsa MusaJosé BranissoLuiz Antonio CareliLuiz Oswaldo Santiago Moreira de SouzaMaria Goretti Fassina Barone FalquetoMário Tatsuo MiyashiroMércia PimentelNilton BrunelliPaula Regina GotoWilliam Bento

CONSELHO FISCALVera Lúcia de Melo (Presidente)Maria do Céu Brito João Antonio Maia Filho Antonio José de Carvalho (suplente) Marco Antonio Leite dos Santos (suplente) Anaya Martins de Carvalho (suplente)

DIRETORES REGIONAISRegional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Ivan Pita de AraújoRegional AP-03 : Márcio André Araújo SilvaRegional AM-04: Ângelo Raphael Celani PereiraRegional BA-05: José Easton Matos NetoRegional BA-06: Jonas Sacramento CoutoRegional BA-07: Paulo Vital LeãoRegional BA-08: Maruse Dantas XavierRegional CE-09: Maria José Faheina de OliveiraRegional CE-10: Erivanda de Lima MedeirosRegional DF-11: Hélio Gregório da SilvaRegional DF-12: Marcos Maia BarbosaRegional DF-13: Francisco Mariquito CruzRegional DF-14: Carlos Nascimento MonteiroRegional DF-15: Messias Lima AzevedoRegional ES-16: Sebastião CeschimRegional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino Regional GO-18: José Carlos Teixeira de QueirozRegional MA-19: Camilo Gomes da Rocha FilhoRegional MT-20: Daniel Ambrosio FialkoskiRegional MS-21: Valdineir Ciro de SouzaRegional MG-22: Luiz Carlos FazzaRegional MG-23: Estáquio GuglielmelliRegional MG-24: Matheus Fraiha de Souza CoelhoRegional MG-25: Amir Além de AquinoRegional MG-26: Aníbal Moreira BorgesRegional MG-27: Maria Rosário Fátima DurãesRegional PA-28: Fábio Gian Braga PantojaRegional PB-29: Maria Aurinete Alves de OliveiraRegional PR-30: Aníbal RumiattoRegional PR-31: Luiz Carlos KappRegional PR-32: Moacir FinardiRegional PR-33: Carlos Ferreira KraviczRegional PE-34: Sérgio Dias César LoureiroRegional PE-35: José Alexandre da SilvaRegional PI-36: Francisco Carvalho MatosRegional RJ-37: Antônio Roberto VieiraRegional RJ-38: Alfredo Niceas MagalhãesRegional RJ-39: Carlos Fernando S. OliveiraRegional RJ-40: VagoRegional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da CruzRegional RJ-42: Eduardo Leite GuimarãesRegional RN-43: Hermínio SobrinhoRegional RS-44: Celson José MatteRegional RS-45: Santiere Fernandes RolimRegional RS-46: Edmundo Velho BrandãoRegional RS-47: Oraida Laroque MedeirosRegional RS-48: Enio Nelio Pfeifer FriedrichRegional RS-49: Saul Mário MatteiRegional RO-50: Sidnei Celso da SilvaRegional RO-51: VagoRegional SC-52: Carlos Francisco PamplonaRegional SC-53: Moacir FogolariRegional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira FilhoRegional SP-55: Rosângela Araújo Vieira SanchesRegional SP-56: Dirce Miuki MiyagakiRegional SP-57: VagoRegional SP-58: Reginaldo Fonseca da CostaRegional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: José Antônio da SilvaRegional SP-61: Edmilson ZucolottoRegional SP-62: José Antonio Galvão RosaRegional SP-63: Jaime BortolotiRegional SP-64: Juvenal Ferreira AntunesRegional SE-65: Almir Souza VieiraRegional TO-66: Pedro Carvalho Martins

A Gráfica e Editora Positiva é licenciada pelo IBRAM - Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF - sob o nº 072/2010.Todo o papel utilizado na impressão do Jornal Ação é oriunda de reflorestamento ecologicamente correto.

CARTAS À REDAÇÃO

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser

editadas e serão publicadas apenas as selecionadas pela ANABB. Envie comentários, sugestões e

reclamações para [email protected] ou para SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

VITÓRIA NA JUSTIÇAVenho comunicar-lhes que efetuei o saque da importância complementar referida em seu expediente ANABB/Viref – Ações/1251/2012. Aproveito a oportunidade para agradecer as provi-dências adotadas por essa estimada As-sociação, sendo esta a terceira vez que sou contemplado com ação favorável.Hélio Figueiredo MartinsCaratinga – MG

Muito obrigado. Chegou em boa hora – na hora-H. Os credores poderão, enfi m, sorrir um pouco, e eu, muito. Agradeço a todos da ANABB, principalmente à área jurídica, pelo empenho e pela perseve-rança, competência e dedicação.Jorge Washington Faria CamposSalvador – BA

Com grande satisfação, recebi o expe-diente ANABB/Viref – Ações/1485/2012, contendo a grata notícia a res-peito do depósito efetuado em minha conta vinculada ao FGTS, referente ao processo sobre “Taxa de juros do FGTS de 3% para 6%”. Quero expressar mais uma vez, a exemplo de outras oportuni-dades, meus sinceros agradecimentos a todos que colaboraram para o feliz desfecho de mais essa ação, com outra vitória que vem engrandecer ainda mais o valoroso e incansável trabalho dessa conceituada Associação. Fica aqui, en-tão, meu muito obrigado pelos grandio-sos serviços que essa Associação vem desenvolvendo para todos os seus asso-ciados ao longo desses anos.Elcio Cicílio AkiauMatão – SP

Quanto à carta ANABB/Viref – Ações/ 1439/2012, manifesto meu since-ro agradecimento pelas informações,

acompanhamento do processo e provi-dências adotadas por essa entidade e equipe funcional e jurídica, em benefí-cio de seus associados. Renovo, pois, minha satisfação pelos resultados e pela conquista que não foi somente in-dividual, mas da ANABB e dos colegas associados.Hélcio de Carvalho AlvimBrasília – DF

RECONHECIMENTO DA CASSIAgradecemos a remessa do conjunto de perguntas encaminhadas à ANABB, quando da realização do debate com os candidatos à Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, no início do mês de abril. Ana-lisamos detalhadamente as questões e pudemos observar que, embora algu-mas tratem de assuntos gerais, a maio-ria delas sinaliza pontos que nos pau-tam para a necessidade de esforço ou aprofundamento em nossas ações de comunicação. É muito importante con-tarmos com essa parceria. Um abraço.David Salviano de Albuquerque NetoPresidente da Cassi

DESABAFOHá mais de uma década, os aumentos anuais que a Previ concede aos apo-sentados são irrisórios – insignifi cantes. São tão ridículos quanto a diferença entre os aumentos anuais do salário mínimo, em comparação com os au-mentos anuais do Poder Judiciário. E, o que é pior, os dirigentes da nossa Cai-xa de Previdência continuam dizendo que os funcionários do BB – da ativa e aposentados – são os verdadeiros donos da Previ.Oscar MartinsPelotas – RS

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g) abertura de renegociação com todos os es-critórios de advogados que prestam serviços à ANABB, com o objetivo de garantir o melhor atendi-mento aos associados;h) levantamento de toda a documentação relativa à troca de seguradora e corretora que atendem à ANABB, ocorrida em 2011, ouvindo todas as partes envolvidas e contratando escritório especializado para defender, de maneira independente, os legíti-mos interesses da Entidade e de seus associados;i) criação da página Transparência em nosso site, dando publicidade aos atos mais importantes da Instituição; ej) repactuação do relacionamento da ANABB com a COOP-ANABB e com o ANABBprev, agora baseado na busca de autossustentabilidade das duas em-presas.No tocante aos serviços jurídicos que a ANABB ofe-

rece aos associados, vale registrar que será editado um jornal especial em breve, com esclarecimentos com-pletos sobre o estágio de todas as ações patrocinadas pela Entidade.

Certamente, ainda há muito por fazer. Esperamos que todas as semanas possamos anunciar novas medi-das que transformem em prática os nossos compromis-sos de campanha eleitoral.

Boa leitura!

Estes primeiros seis meses de trabalho da nova Diretoria da ANABB foram bastante complexos. Primeiro, porque havia e há muito a apren-der sobre o funcionamento desta verdadeira máquina, com mais de 100 mil associados.

Segundo, porque foram meses bastante turbulentos: passamos por eleições na Cassi e na Previ, houve renúncias de diretores da Entidade, embates signifi cativos nas reuniões do Conselho Deliberativo, eleições no ANABBprev, discussões sobre o voto dos representantes do BB na Cassi a respeito da adesão da Caixa à Resolução nº 254, da Agência Nacional de Saúde, apreensão generalizada entre os participantes da Previ por conta de uma nova Resolução que vai tratar da possibilidade de retirada de patrocínio, além de inúmeros outros acontecimentos que afetam diretamente a gestão da ANABB.

Mas, como vocês poderão ver ao longo deste número do jornal Ação, muitas coisas foram feitas. Nas eleições da Cassi e da Previ, por exemplo, a ANABB adotou uma política totalmente diferente dos últimos pleitos. Em vez de apoiar uma única chapa, inclusive indicando candidatos, a ANABB resolveu apoiar o debate democrático e abriu es-paço para todas as chapas divulgarem suas propostas, oferecendo um importante serviço de esclarecimento aos eleitores.

Entre outras decisões tomadas pela direção da entidade, podemos destacar:

a) elaboração e aprovação de um novo Código de Ética e a eleição dos membros da Comissão de Ética;b) elaboração e aprovação do Planejamento Estratégico para 2012, do Modelo de Gestão e do novo Plano de Cargos e Funções da Entidade;c) elaboração de critérios e escolha de nomes para compor os no-vos Grupos de Assessoramento Temático, importante órgão de as-sessoria da Diretoria Executiva da ANABB;d) colocação à venda de carro que estava disponível para uso exclu-sivo da Presidência da Diretoria Executiva;e) renúncia de todos os atuais componentes da Diretoria Executi-va a receber abono salarial da Entidade, que nos últimos períodos equivalia a três salários por semestre;f) articulação com várias entidades representativas do funcionalis-mo, com órgãos públicos, como a Previc, e com diversos ministé-rios para evitar que a nova resolução sobre retirada de patrocínio possa causar prejuízos aos participantes de fundos de pensão, como a Previ; Sergio Riede - Presidente da ANABB

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CARTA DO PRESIDENTE

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TRANSPARÊNCIA EM 180 DIAS DE REALIZAÇÕES Para mostrar as ações desenvolvidas nos primeiros seis meses de trabalho, a Diretoria Executiva da ANABB comunica o que vem fazendo para dar mais trans-parência à entidade

Por Josiane Borges / Ilustrações: Cibele Santos Um dos compromissos assumidos pela nova Diretoria

Executiva da ANABB foi o de estimular a gestão transparen-te na Associação e informar os associados sobre o que de fato acontece no dia a dia da entidade. A divulgação das ações aos milhares de associados fortifi ca o vínculo de con-fi ança e responsabilidade da ANABB e ajuda a criar nova postura aos futuros representantes da Associação.

Tendo em vista que a nova Diretoria da ANABB completou 180 dias de gestão, chegou a hora de mostrar um pouco do que está acontecendo. Ao longo desses seis meses, os dirigentes analisaram profundamente os mecanismos de funcionamento da ANABB. Também conheceram cada se-

tor, seus funcionários, a forma de trabalho e perceberam a grandiosidade da estrutura desta entidade. “Os associados realmente precisam muito da ANABB. Nossa Associação dá grande suporte a várias questões de interesse do funciona-lismo do BB”, destaca o presidente da ANABB, Sergio Riede.

Semanalmente, a Diretoria Executiva se reúne para debater sobre novos temas que podem trazer benefícios para a Entidade. Também discute o posicionamento da Associação em questões que afetam o funcionalismo do BB. É o caso, por exemplo, das notícias que deram conta de eventual parceria do Banco com a Amil. A ANABB en-viou carta ao presidente do BB solicitando uma resposta.

CAPA

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Em nota, o BB afi rmou não ter qualquer intenção de mudar os pressupostos de atuação da Cassi. Em outra ação, duran-te o processo de discussão de resolução do Conselho Nacio-nal de Previdência Complementar (CNPC), a Entidade enviou um pedido formal de adiamento da decisão que trata sobre a possibilidade de retirada de patrocínio por parte de em-presas aos fundos de pensão. As reuniões decisivas sobre o assunto foram adiadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) sem previsão de nova data. A ANABB também acompanhou de perto as decisões a respeito da Resolução Normativa nº 254, da Agência Nacio-nal de Saúde (ANS), e a adesão da Cassi a esta (leia matéria na página 12).

Uma das novidades aprovadas pela Diretoria Executiva foi a criação da página Transparência, disponível no site da ANABB. Os associados passarão a ter acesso a documentos importantes da Entidade, como relatórios, atas de reuniões, balanços etc. Para acessá-la, basta ser associado e entrar na seção “Autoatendimento”, com as respectivas senhas.

Nas próximas páginas, a Diretoria da ANABB compartilha com os associados os principais assuntos debatidos nos úl-timos meses.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA ANABB 2012Uma grande conquista para ANABB e para seus funcio-

nários foi a elaboração de um Planejamento Estratégico para a Entidade. O material reúne as principais ações da ANABB para 2012, defi ne as atividades de cada área e muda a nomenclatura dos cargos atuais. Além de abordar questões relacionadas ao comportamento organizacional, o Planejamento Estratégico 2012 inclui gerenciamento das informações, criação de soluções para as demandas dos

associados, parcerias que promovam o bem- estar e a qualidade de vida do corpo social, eventos voltados ao voluntariado e à cida-dania, atuação da as-sessoria parlamentar, entre outros. O docu-mento também defi -ne a missão, o papel e os valores da ANABB com objetivos voltados para aprimorar o atendimento aos associados. Até o fi m do ano, a Di-retoria Executiva pretende realizar o Planejamento Estratégico para os próximos três anos da Entidade, processo que terá participação de diretores, conselheiros e colabora-dores da ANABB.

AUDITORIA EXTERNAA Diretoria Executiva iniciou um processo de prestação

de contas para dar mais transparência às ações da Entida-de. Para isso, forneceu as informações necessárias para o trabalho da auditoria externa, que começou no fi m do ano passado. Uma empresa foi contratada para fazer a revisão das informações, emitir um parecer sobre as demonstra-ções contábeis e fi scais da ANABB, avaliar os aspectos téc-nicos de gerenciamento dos contratos fi rmados, bem como proceder a uma auditoria acerca de processos judiciais e pagamentos das apólices de seguros de vida.

As doações de recursos pelo associado Oswaldo Gleber à ANABB também passaram pela auditoria. O trabalho foi fi na-lizado e, nesse momento, o conteúdo fi nal está sendo anali-sado pelos conselheiros deliberativos e fi scais e pelos dire-tores regionais. Posteriormente, o resultado será publicado para conhecimento dos associados no link “Transparência”.

VENDA DE CARRO E IMÓVEISA Diretoria da ANABB decidiu sobre a venda de dois apar-

tamentos no condomínio Parque Bela Vista, em Salvador, na Bahia, que pertenciam à Cooperativa Habitacional ANA-

BB (COOP-ANABB) à época e foram comprados, em 2010, pela Associação com o objetivo de alavan-car recursos para o fl uxo de caixa da Cooperativa. A proposta de venda foi realizada de acordo com o valor de mercado, garantindo preço mí-nimo de retorno total do investimento à ANABB.

Da mesma maneira, foi aprovada a venda de um dos carros que serviam aos diretores execu-

tivos da ANABB.

ne a missão, o papel e os valores da ANABB com objetivos voltados para aprimorar o atendimento aos associados. Até o fi m do ano, a Di-retoria Executiva pretende realizar o Planejamento Estratégico para os próximos três anos da Entidade, processo que terá participação de diretores, conselheiros e colabora-

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REGULARIZAÇÃO DE ESCRITÓRIOS CONTRATADOSSe o momento é de renegociação, os membros da Dire-

toria também decidiram inserir nesse processo a regulariza-ção dos contratos de ocupação de espaço e de valor com os escritórios jurídicos que prestam serviços à entidade nos casos de revogação de procurações.

DESATIVAÇÃO DAS ANTIGAS DIRETORIAS ESTADUAISUm extenso trabalho de análise de despesas e custos foi

realizado com o objetivo de reduzir a despesa da ANABB. As sedes das antigas Diretorias Estaduais foram desativa-das, e os materiais, como móveis e utensílios, foram doados para comitês e instituições de caridade vinculadas aos fun-cionários do BB.

SEGUROS ANABBOutro tema bastante discutido pela Diretoria são os Segu-

ros ANABB. Todos os dados sobre os processos de mudança de seguradoras e de corretora que foram objeto de denún-cias durante o processo eleitoral estão sendo levantados. Representantes das corretoras e das seguradoras já foram ouvidos. A ANABB contratou um escritório de advocacia para representá-la nos processos que sofre, ajuizados pela antiga corretora na Justiça, na Superintendência de Seguros Priva-dos (Susep) e no Ministério Público. Também foi contratada empresa de consultoria especializada em seguros para a análise das pendências e das demandas dos associados.

REDES SOCIAISA Associação deu início ao projeto de entrada e interação

com os associados por meio da rede social Twitter. E, apro-veitando as novas tecnologias, passou a oferecer a opção do recebimento do jornal Ação em formato eletrônico. Centenas

de associados fi zeram sua escolha, entre recebimento do jornal em formato impresso ou digital, pelo link “Autoatendi-mento” no site da ANABB.

PROJETO ANABB NAS ELEIÇÕES CASSI E PREVI 2012Entre os assuntos aprovados em reunião da Diretoria e,

posteriormente, pelo Conselho Deliberativo, está o posicio-namento da ANABB nos processos eleitorais das entidades do funcionalismo do BB, a começar pela Cassi e pela Previ. A primeira iniciativa foi a de que a ANABB não iria apoiar nem patrocinar nenhum dos candidatos aos pleitos.

A decisão fomentou a criação do projeto ANABB NAS ELEI-ÇÕES Cassi e Previ 2012, em que os candidatos aos cargos de diretores da Cassi e da Previ gravaram entrevistas e participaram de debates com transmissão ao vivo pela internet para todo o país. Os associados receberam o jornal Ação Especial com as propostas e os currículos dos candidatos de todas as chapas concorrentes, proporcionando oportunidades democráticas en-tre os grupos em disputa (leia matéria nas páginas 16 e 17).

CÓDIGO E COMISSÃO DE ÉTICANa reunião de 12 de junho do Conselho Deliberativo da

ANABB, um dos assuntos aprovados e, há tempos, esperado, foi a reformulação do Código de Ética e do Regimento Inter-no da Comissão de Ética, que já estão publicados no site da ANABB. Também foi aprovada a composição da Comissão de Ética, que é formada por oito integrantes, entre titulares e su-plentes, com mandato até dezembro de 2015. Todos eles são membros do Conselho Deliberativo da ANABB. A Comissão de Ética analisará casos sob demanda.

Os membros efetivos da Comissão de Ética são: Mário Tatsuo Miyashiro, Isa Musa, Ilma Peres, Cláudio Zucco e Emílio Rodrigues. Os suplentes são: Maria Goretti Barone, Mércia Pimentel e Ana Lúcia Landin.

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IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS DE EDUCAÇÃOA ANABB está analisando o ajuizamento de um mandado

de segurança para permitir o desconto integral de despe-sas com educação e instrução na declaração de Imposto de Renda dos associados e seus dependentes. Em breve, divul-garemos mais informações sobre o tema.

RENÚNCIAS AO ABONO SALARIAL No Acordo Coletivo da ANABB com seus empregados está

previsto o pagamento de abono salarial a todos os empre-gados, que corresponde ao aumento de arrecadação da Entidade no ano anterior. Os dirigentes da ANABB, que não são cedidos pelo Banco, no caso os aposentados, para o exercício dos mandatos, são contratados pela entidade como administradores e, portanto, também fariam direito a esse abono salarial. Parágrafo específi co dessa cláusula do Acordo Coletivo prevê que, para os administradores, o valor desse abono seria equivalente aos valores das PLRs que o Banco do Brasil paga a seus funcionários AP1 e AP2.

Os novos dirigentes decidiram, durante a vigência do atual Acordo Coletivo, renunciar ao direito de receber esse abono, seja qual for o valor, e doravante não mais estipu-lar abonos para os administradores da ANABB. A economia com essa decisão representa cerca de R$ 500 mil anuais.

ENCONTRO COM OS DIRETORES REGIONAIS (DIREGs)Buscando fortalecer o relacionamento da ANABB com

seus associados por meio dos 63 diretores regionais eleitos, o Vice-Presidente de Relações Institucionais, Fernando Ama-ral, neste primeiro semestre, já realizou reuniões com os

Diregs das cinco regiões do país para informar sobre as pre-missas de atuação que a ANABB deseja para esses dirigen-tes. Os Diretores Regionais também integraram os Grupos de Assessoramento Temático – GATs, cada um deles pelo perío-do de um ano. Dessa forma, a ANABB espera poder estreitar o contato da Diretoria Executiva com os Diregs para melhor perceber os anseios dos funcionários espalhados por todo o país, bem como garantir que os Diregs estejam bem informa-dos para atender as demandas locais.

SUSTENTABILIDADE DO ANABBPREV E DA COOP-ANABBMesmo reconhecendo que o Fundo de Pensão da ANABB

(ANABBPrev) e a COOP-ANABB estão ligadas à ANABB, a Di-retoria Executiva quer que os dois empreendimentos se fi r-mem como produtos autossustentáveis. Isso signifi ca que a Associação está auxiliando ambos a criarem seu próprio plano de negócios, em que os recursos por eles utilizados estejam contabilizados em balanços específi cos e que cada um tenha defi nidas as estratégias de atuação, independen-temente da ANABB. Seguindo essa direção, a COOP-ANABB já deu seus primeiros passos estratégicos e assinou, em abril, um contrato de fi nanciamento à produção com o BB para a construção do empreendimento imobiliário Jar-dim da Barra, no Rio de Janeiro. No caso do ANABBPrev, a nova Diretoria, que tomou posse no dia 2 de julho, sen-do formada por profi ssionais atuantes no mercado de pre-vidência complementar, já está ciente do direcionamento e pretende montar estratégias para crescimento e ampliação dos negócios.

MANUAL DE ALÇADAS E DE PROCEDIMENTOS DA ANABB A Diretoria da ANABB aprovou a criação do Manual de

Organização da ANABB e do Manual de Alçadas e de Proce-dimentos. Os manuais visam melhorar a governabilidade da ANABB, estabelecer normas gerais e processos operacionais, formalizar diretrizes, defi nir estrutura de responsabilidades, competências e delegação de poderes, e orientar a ação dos gestores de forma mais detalhada e objetiva. Uma empresa de consultoria especializada no assunto foi contratada para elaborar os materiais.

ATENDIMENTO AO ASSOCIADO

Oferecer um bom atendimento ao associado é uma das missões mais importantes da ANABB. Por isso, a Associação abre espaço para que a comunicação seja feita por várias vias: Central de Atendimento, cartas ou e-mails. De janeiro a junho deste ano, foram enviadas mais de 690 cartas aos associados sobre diferentes temas. No mesmo período, 11.321 questionamentos postados pelos associados no Fale Conosco foram respondidos, além das mensagens enviadas aos e-mails [email protected], [email protected] e [email protected] Central de Atendimento ao Associado (Call Center) da ANABB recebeu, no mesmo período, 21.322 ligações dos as-sociados. Entre os assuntos, os que mais se destacaram foram: andamento processual, nova composição da Diretoria Executiva, declaração do Imposto de Renda e eleições Cassi e Previ.

DISCUSSÕES PELOS DIREITOS DOS ASSOCIADOSTeto Remuneratório para Estatutários, BET, Resoluções CNPC e CGPC nº 26 estão em foco na ANABB

Por Naitê Almeida

A ANABB está atenta às discussões que envolvem os di-reitos do funcionalismo do Banco do Brasil. Temas como o Benefício Especial Temporário (BET), Resolução CNPC, que trata da retirada de patrocínio dos fundos de pensão fecha-dos, e a Resolução CGPC nº 26, que divide os eventuais su-perávits desses fundos meio a meio entre patrocinadores e participantes, estão relacionados e em debate. A ANABB está acompanhando, questionando e discutindo acordos que benefi ciem todos os seus associados e funcionários do Banco do Brasil.

Na edição nº 213 do jornal Ação, o BET e o Teto Remune-ratório começaram a ser explicados. Nesta edição, o jornal Ação retoma e aprofunda esses assuntos para que você, lei-tor, tenha conhecimento e possa participar das discussões por seus direitos com a ANABB.

TETO REMUNERATÓRIO PARA ESTATUTÁRIOS Em outras edições do jornal Ação, a ANABB se posicio-

nou com relação ao Teto Remuneratório para Estatutários. As discussões sobre o tema começaram em 2008. Até en-tão, no Banco do Brasil, não havia distinção entre os execu-tivos e os demais funcionários. Todos seguiam o regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, em relação aos salários, todos também estavam incluídos no Plano de Car-gos e Salários do Banco.

Em 2008, o Departamento de Coordenação e Governan-ça das Empresas Estatais (Dest), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), orientou que o Banco do Brasil se adequasse às regras da Lei das Socieda-des por Ações (S.A.) – Lei nº 6.404/1976 – no que se refere ao relacionamento da empresa com seus executivos. Tal lei considera que o empregado eleito para o cargo de Diretoria

tenha regime contratual diferenciado, para que não assuma o papel de empregado e empregador de si próprio. Para se-guir as recomendações do Dest, em 1º de abril de 2008, o Banco criou o regime estatutário para seus principais gesto-res. Desde então, os cargos de presidente, vice-presidente e diretor, que foram transformados em cargos estatutários, deixaram de ter a defi nição dos valores de seus salários pelo Banco e passaram a ter defi nição por parte do governo.

Esses gestores eram funcionários de carreira do Banco e contribuíam para a Previ com percentuais de seus salários para efeito do cálculo das aposentadorias. Como passaram a ser estatutários, sem mais direitos às verbas indiretas de-vidas aos funcionários, tiveram seus salários majorados em valor equivalente ao somatório dessas verbas indiretas que, por sua vez, não integram a base de cálculo para contribui-ção e benefício da Previ aos demais funcionários. Dessa for-ma, identifi cou-se a necessidade de defi nição de um teto de contribuição e de benefício para que esses gestores, agora estatutários, não tivessem prejuízo com relação ao direito que tinham até 31 de março de 2008 nem privilégios com relação aos demais funcionários a partir de 1º de abril de 2008. Essa questão continua inconclusa e requer defi nição urgente.

O Conselho Deliberativo da Previ, que tem a participação paritária de membros eleitos pelos participantes e indica-dos pelo patrocinador, aprovou teto de benefício no valor de uma NRF Especial (maior salário de funcionário a partir de 01/04/2008), que não foi homologado pela Previc, a pe-dido do Banco. O entendimento da Diretoria Executiva da ANABB é unânime:

• Deve existir um teto de contribuição e, consequente-mente, de benefício para as pessoas que exercem ou ve-

PREVI

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nham a exercer esses cargos estatutários.• Esse teto não deve restringir os direitos que existiam até 31 de março de 2008, para diretores, vice-presiden-tes e presidente, quando não existia teto e todos enten-diam que os salários defi nidos pela empresa, inclusive o de presidente, eram base justa para contribuição e gozo de benefício.• Esse teto também não deve permitir que os detentores dos cargos, ora estatutários, tenham benefícios privilegia-dos em relação aos demais participantes do Plano 1 da Previ.• Esse teto, portanto, deveria ser, para cada cargo estatu-tário – presidente, vice-presidente e diretor – a diferença entre cada um desses cargos e o NRF Especial, no dia 31 de março de 2012, último dia em que a relação entre os salários era tida como justa, por todos os funcionários do BB.

RESOLUÇÃO CNPC A discussão sobre a Resolução CNPC, que trata da retira-

da de patrocínio dos fundos de pensão, tem causado preo-cupação e apreensão aos participantes, assistidos e pensio-nistas da Previ. No caso da Previ, o patrocinador é o Banco do Brasil. O Conselho Nacional de Previdência Complemen-tar (CNPC) está estudando, desde novembro de 2011, a edição da nova Resolução CNPC. A intenção é normatizar

e regular a possibilidade de retirada de patrocínios em fun-dos de pensão. Em junho deste ano, o presidente da ANABB, Sergio Riede, e o Vice-Presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, juntamente a Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (Faabb), Isa Musa de Noronha, e funcionários apo-sentados e da ativa do BB se reuniram com a direção da Previc para debater uma proposta de substitutivo à minuta de Resolução CNPC.

Ainda em junho, os dirigentes da ANABB se encontraram novamente com o diretor-superintendente da Previc, José Maria Rabelo, para entregar o pedido formal de adiamento da decisão que trata dessa possibilidade da retirada de pa-trocínio dos fundos de pensão. O pedido também foi encami-nhado a todos os integrantes do Grupo Temático do CNPC, efetivos e suplentes.

A solicitação da ANABB foi de adiamento por 90 dias, de forma a permitir-se um maior tempo para debates sobre as alternativas para garantia dos direitos de participantes e assistidos de fundos de pensão que porventura perdessem seus patrocínios. A reunião, então prevista para 25 de junho de 2012, foi adiada.

O diretor-superintendente da Previc, naquela ocasião, afi rmou que, na sua opinião, seria prudente o adiamento da reunião para deliberação sobre a redação fi nal da nova re-solução, por conta da forte repercussão quanto à divulgação

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Sergio Riede e Fernando Amaral reúnem-se com José Maria Rabelo, da Previc

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dos estudos para aperfeiçoamento das normas vigentes e à insegurança demonstrada pelos participantes de diversos fundos de pensão. Outro aspecto que também recebe espe-cial atenção da ANABB, nesse caso, é a situação dos funcio-nários do Besc e da Nossa Caixa, atualmente no Banco do Brasil, cujos processos não foram de retirada de patrocínio, mas sim de incorporação. Os dirigentes da ANABB deixaram registrado que preocupam-se com a redação do novo texto, uma vez que a resolução em vigor levou 24 anos para ser revista, passando por seis gestões de diferentes governan-tes e distintas composições do Poder Judiciário, a quem foi dado o poder de interpretar as leis e as normas ao longo de sua vigência. Segundo a ANABB, a nova redação deverá, na medida do possível, garantir direitos adquiridos sem mar-gens para futuras interpretações ambíguas.

Rabelo esclareceu que as questões que envolvem os fun-dos de pensão dos funcionários da Nossa Caixa e do Besc foram examinadas de acordo com a legislação vigente. Ra-belo disse também que, logo após a aprovação da redação da nova resolução sobre a retirada de patrocínios, o Grupo Temático do CNPC iniciará os debates sobre os casos de fusões, incorporações e cisões, que serão regulamentadas por outra resolução.

Vale registrar que a Resolução CGPC nº 6/1988 já trata da matéria. Entretanto, essa resolução foi feita à luz da le-gislação da época; portanto, não considera os institutos cria-dos a partir das Leis Complementares nº 108 e 109/2001, tais como as possibilidades de processos de fusão, incorpo-ração ou de cisão de empresas patrocinadoras, a portabili-

dade e a fi gura dos instituidores de planos.Diante disso, a ANABB entende que é preciso atualização

da norma. No entanto, está preocupada, principalmente, com os direitos adquiridos pelos participantes de fundos de pensão que ainda estão em atividade, pelos participantes assistidos, que estão recebendo o complemento de aposen-tadoria, e pelos pensionistas.

O Banco do Brasil, por sua vez, também se posicionou no dia 21 de junho sobre a discussão. De acordo com nota assi-nada pelo diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Neri, “o Banco do Brasil não participa nem interfere na discussão sobre a resolução e não tem qualquer debate ou pretensão de se utilizar dessa prerroga-tiva no que diz respeito à Previ, que, a exemplo da Cassi, é um dos maiores atributos de atração e retenção de talentos que temos”. O vice-presidente de Gestão de Pessoas e De-senvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Robson Ro-cha, em contato com o presidente da ANABB, Sergio Riede, foi categórico: “A Previ é parte fundamental da política de gestão de pessoas do BB. Portanto, a retirada de patrocínio à Previ está completamente fora de cogitação pela direção do Banco”.

RESOLUÇÃO CGPC Nº 26/2008A Resolução CGPC nº 26/2008 permite a destinação do

superávit dos fundos de previdência complementar para patrocinadores e participantes. A possibilidade de reversão de valores para o patrocinador surgiu com a criação dessa norma. Até 2008, a Lei Complementar nº 108/2001 previa

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Representantes de entidades e asso-ciados participam de encontro para alinhar ideias e soluçõesFo

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a utilização de 100% do superávit para redução de contribui-ções ou aumento de benefícios.

Segundo o Vice-Presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, “a ANABB entende que a CGPC nº 26 é inconstitucional, pois trata de algo que não está previsto na Lei Complementar, que diz que havendo superávit, você pode diminuir as contribuições ou aumentar os benefícios. Nós reduzimos a contribuição a zero. Então, a solução se-guinte é aumentar os benefícios, e não dividir o superávit entre patrocinador e participantes”, explica.

Com a Resolução CGPC nº 26, a partir do momento em que ocorre o superávit, o recurso pode ser dividido entre pa-trocinador e participantes. “Isso pode ser entendido por go-vernos futuros como um retorno de renda para essas partes, pondo em risco, assim, a imunidade tributária dos fundos de pensão e ainda torna inefi caz a possibilidade de aumento de benefício previsto na Lei Com-plementar”, explica Amaral. A ANABB defende que o superá-vit não deve ser dividido para o patrocinador e que o montante seja investido em melhoria de benefícios.

BETDesde o fi m de 2010, os participantes do Plano de Bene-

fícios 1 da Previ estão recebendo o Benefício Especial Tem-porário. Este é resultado do superávit registrado pela Previ. De acordo com a legislação, quando ocorre superávit, exis-tem duas soluções: ou o fundo de pensão reduz as contribui-ções a zero, ou aumenta o benefício. Na época do superávit da Previ, em vez de aumentar o benefício, a patrocinadora fez proposta aos participantes para que o superávit fosse dividido ao amparo da Resolução CGPC nº 26.

Segundo o acordo em que foram fi rmadas medidas para utilização dos recursos do superávit em 2010 – referente a 2007, 2008 e 2009 –, foi incluído o pagamento do BET, que representa 20% a mais, mensalmente, no orçamento dos participantes do plano. Na época, foi realizado um plebiscito e fechado um acordo que dizia que os recursos oriundos do superávit, primeiramente, deveriam ser divididos de acordo com a Resolução CGPC nº 26, ou seja, cada um, patrocina-dor e participantes, fi caria com 50% do superávit. A parte destinada aos participantes seria utilizada pela Previ para pagar aos participantes, durante cinco anos, o BET. Uma das

“A Previ é parte fundamental da política de gestão de

pessoas do BB. Portanto, a retirada de patrocínio à Previ está completamente fora de

cogitação pela direção do Banco.” Robson Rocha

premissas para o pagamento desse benefício é a existên-cia de recursos na conta de reserva especial. Ou seja, os recursos inicialmente teriam de ser separados em fundo es-pecial para que fossem pagos ao longo desses cinco anos. Por isso, o BET é considerado benefício temporário que tem destinação previamente contabilizada em um fundo especí-fi co, separado do fundo previdenciário.

Porém, em 2011, com as oscilações na Bolsa de Valores, que puxaram para baixo o retorno dos investimentos, a Previ informou que talvez não tivesse os recursos para o pagamen-to do BET aos participantes durante os cinco anos previstos inicialmente. O que a ANABB questiona é que esses recur-sos já deveriam ter sido separados, conforme o acordo. Se o não foram e continuaram a fazer parte do fundo previdenci-ário, é preciso explicações da Previ. Para Fernando Amaral,

“o que foi acordado entre patro-cinador e participantes deve ser cumprido. Se o BET foi criado para ser repartido durante cin-co anos, a Previ deve respeitar essa decisão, mesmo com as ressalvas de inconstitucionali-dade da Resolução CGPC nº 26. Até que essa inconstitucionali-dade seja declarada, o acordo tem de ser cumprido. Se o acor-

do foi que o recurso seria apartado e distribuído durante cin-co anos, isso tem de ocorrer”.

Outro ponto que preocupa a ANABB é o reembolso pelo Banco do Brasil para a Previ referente ao pagamento do BET aos funcionários pré-67. Assim como os demais funcioná-rios, esse grupamento recebeu o BET e a ANABB defende que eles o continuem recebendo. A questão está na res-ponsabilização por esse pagamento. Até 1997, o Banco do Brasil era o responsável pelo pagamento da aposentadoria integral dos funcionários pré-67. Depois desse ano, foi feito acordo que dizia que a Previ deveria ter uma conta de re-serva previdenciária para este grupo, de maneira que eles recebessem integralmente suas aposentadorias ordinárias. O acordo também previa que a responsabilidade pela dife-rença entre aquele valor total e qualquer aumento do com-promisso da Previ (por exemplo, por força de aumento da ex-pectativa de vida do grupo ou pelo pagamento de verbas não previstas) seria do Banco do Brasil. “O BET não é aposentadoria ordinária, mas sim extraordinária. Por isso, a responsabilidade pelo pagamento é do Banco, e não da Previ”, explica Amaral.

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CASSI

CASSI ADERE À RESOLUÇÃO Nº 254, DA ANSConselho Deliberativo aprova a adesão à resolução. Agora a discussão passa a ser a adaptação da Cassi

Por Naitê Almeida

A adesão da Cassi à Resolução Normativa nº 254, da Agência Nacional de Saúde, foi aprovada em junho por re-presentantes do BB em reunião do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência. De acordo com a diretora de Saúde e Rede de Atendimentos da Cassi, Graça Machado, o proces-so se desenrolava havia 11 meses. “Aguardávamos apenas a decisão judicial impetrada pela União Nacional das Insti-tuições de Autogestão em Saúde (Unidas). Enquanto isso, os conselheiros eleitos da ANABB que estavam na Cassi lutavam pela assinatura do acordo, com o apoio de outras entidades”, explica Graça.

Em julho do ano passado, a Diretoria da Cassi entendeu que deveria aderir à norma. No entanto, era preciso esperar a decisão judicial sobre a ação impetrada pela Unidas, en-tidade que congrega todos os planos de saúde de autoges-tão. A ação questionava a constitucionalidade da resolução. A justifi cativa seria a de que muitos planos, como a Cassi, são anteriores à norma e a adequação aos novos procedi-mentos poderia acarretar reajustes e atingir as reservas desses planos.

Para a Diretora de Saúde da Cassi, “a assinatura fi nal re-presenta uma vitória de todos os usuários da Cassi e dos funcionários do BB”. A resolução, que passou a vigorar em agosto de 2011, dispõe sobre a adaptação e a migração de contratos de planos de saúde celebrados até 1º de janeiro de 1999. Antes da Resolução nº 254, os contratos não eram obrigados a incorporar todos os procedimentos determina-dos pela ANS, embora a Cassi já tivesse um rol de proce-dimentos maior do que o exigido pela agência reguladora. Com a edição da resolução, os planos devem se adaptar por meio de um aditivo e fi cam obrigados a cumprir todos os procedimentos médicos defi nidos pela ANS.

Caso a Cassi não aceitasse a adaptação, assim como os outros planos, poderia continuar a existir, mas fi caria impe-dida de aceitar novos associados a partir de 1º de agosto deste ano. Ou seja, a Cassi teria de oferecer outro plano de

saúde aos novos associados dentro das normas da ANS e o plano antigo correria o risco de acabar, já que não teria novos ingressos de sócios.

Segundo o diretor de Relações com Funcionários e En-tidades Patrocinadas do Banco do Brasil, Carlos Neri, a não adesão à norma poderia acarretar outros problemas para os funcionários do Banco. “Poderia haver um dese-quilíbrio nas contas da Cassi e, além disso, teríamos fun-cionários com diferentes planos de saúde na empresa”, explica. “A Cassi, segundo pesquisas internas feitas pelo Banco, é o maior atrativo para ingresso e manutenção do funcionário no BB. Alguns valorizam mais a Cassi que o próprio salário e nós temos consciência disso. Nun-ca foi intenção do BB fechar o plano de saúde, mas sim preservá-lo”, conclui.

Para a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, que tomou posse no dia 1º de junho deste ano, a assinatura do acordo fortalece a entidade. “Se o BB não assinasse a adesão da Cassi à Re-solução nº 254, seria o mesmo que decretar o fi m do Plano de Associados em poucos anos. Por isso, é um grande alívio o Banco ter assinado o aditivo”, completou.

O processo de adaptação à resolução já está em discus-são na Cassi. Procurada pelo jornal Ação, a assessoria de imprensa da instituição informou que, como o debate está no início, ainda não há detalhamentos sobre como será rea-lizado esse processo.

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CONVERSA DE BASTIDOR

GATs DA ANABB COM NOVOS INTEGRANTES

O Conselho Deliberativo da ANABB aprovou a re-composição dos Grupos Assessores Temáticos. De acordo com critérios defi nidos anteriormente pelo conselho, novos nomes passam a compor os grupos. Os GATs contribuem para que as discussões sobre te-mas do funcionalismo do BB culminem em recomen-dações de caráter técnico relevantes para a tomada de decisão dos órgãos diretivos da ANABB.

Atualmente, há oito grupos temáticos. Participam dos grupos conselheiros deliberativos, conselheiros fi scais, diretores regionais e associados de notório saber em temas do funcionalismo, aprovados pelo Conselho Deliberativo. Conheça os novos integrantes pelo site www.anabb.org.br.

TEREZA GODOY É A NOVA VICE-PRESIDENTE DA ANABB

Na reunião do Con-selho Deliberativo, do dia 12 de junho, na sede da ANABB, em Brasília, Tereza Godoy foi eleita pelos conse-lheiros para assumir a Vice-Presidência de Relações Funcionais (Viref), que estava com o cargo vago. A nova Vice-Presiden-te tomou posse no dia 13 de junho.

“É um grande de-safi o que estou as-sumindo com muita disposição. Estou na ANABB há 12 anos e sei que a Vice-Presi-dência de Relações Funcionais é a porta de entrada do associado e o maior setor da ANABB. Por isso, assumo-a buscando fazer o melhor possível”, disse a nova Vice-Presidente.

Formada em Direito, Comunicação Social e pós-graduada em Direito do Consumidor, Tereza Godoy exercia o cargo de conselheira deliberativa da ANABB. Fundou o Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e região, em que foi presidente e tesoureira. Foi representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul na mesa de negociação do Acordo Coletivo do BB e representante da ANABB no conselho de usuários da Cassi/DF. Na ANABB foi conselheira delibera-tiva de 2000 a 2008 e conselheira fi scal de 2009 a 2011.

TWITTER DA ANABB CONQUISTA NOVOS SEGUIDORES A CADA DIA

No ar desde junho de 2012, o Twitter da ANABB já possui mais de 280 seguidores e vem se tornando importante canal de comunicação entre a entidade e seus associados e até mesmo entre os não sócios. A cada dia, a entidade conquista novos seguidores. O @anabbevoce está disponível para os associados compartilharem informações em tempo real e intera-girem com a entidade. O mais novo canal de comu-nicação entre a ANABB e seus associados disponibi-liza todos os dias notícias atualizadas, liquidação de ações, benefícios em ser sócio e produtos e serviços oferecidos pela Associação. Siga-nos e acompanhe to-das as novidades da ANABB no Twitter.

SITE DOMÍNIO PÚBLICO CONCENTRA GRANDE ACERVO DE OBRAS LITERÁRIAS

O portal Domínio Público é uma biblioteca digital com mais de 171 mil arquivos de texto, vídeo, som e imagem. São obras de domínio público e de direito reservado de grandes escritores do Brasil e do mundo para consulta e download. No ar desde 2004 e com média de um milhão de acessos mensais, o site tem-se tornado importante ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura. Vale a pena acessar: www.dominiopublico.gov.br.

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Sergio Riede em reunião com membros dos GATs

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A cada dia, a ANABB quer estar mais perto dos associados e busca caminhos para estreitar a relação entre a entidade e o corpo social. Por isso, a Associação almeja constantemen-te melhorar os canais de comunicação. A presença do dire-tor regional, nesse sentido, ganha mais importância, uma vez que ele representa a instituição nos estados brasileiros e é um elo para que as dúvidas dos associados cheguem à ANABB.

A entidade vem buscando fer-ramentas para ampliar e agilizar o contato entre os associados e os 63 diretores regionais espa-lhados por todo o Brasil. O diretor regional tem como atribuições encontrar alternativas para me-lhorar a qualidade de vida e ofe-recer o maior número de benefí-cios para os associados e seus familiares; solucionar interesses locais junto à ANABB; oferecer in-formações sobre produtos e serviços oferecidos pela entida-de; auxiliar e patrocinar a realização de eventos; aumentar a adesão aos convênios, entre outros assuntos institucionais.

“Estamos montando diretrizes para a atuação dos Diregs. Eles têm autonomia e são a ANABB na ponta. Temos de prestar assessoria a eles com informações sobre os pro-dutos e os serviços, para que possam agir em suas jurisdi-ções”, enfatiza o Vice-Presidente de Relações Institucionais da ANABB, Fernando Amaral.

Para otimizar o trabalho dos diretores regionais, a ANABB tem aperfeiçoado a comunicação. As demandas recebidas pelos diretores que requerem maior complexidade são re-passadas para a Vice-Presidência de Relações Institucionais (Virin), setor da ANABB responsável pela relação entre os Diregs e a Entidade. “Todos os diretores têm livre acesso à Virin, ao nosso e-mail e aos telefones. Centralizamos aqui

o contato da ANABB com ele. Procuramos as respostas das demandas recebidas de ma-neira imediata e repassamos as informações para eles. E o diretor regional assume esse papel de repassá-las para o associado, de levar a solução para o Estado que represen-ta”, explica Amaral.

O apoio da ANABB ao tra-balho dos diretores regionais tem rendido frutos. A cada dia,

a Associação recebe novas ideias e sugestões encaminha-das por estes, que contribuem para a criação de projetos e servem como inspiração a ser seguida por outros colegas. Um exemplo foi o trabalho realizado pela diretora regional de Minas Gerais (MG-27), Rose Durães. Ela procurou melhorar a qualidade de vida e obter benefícios para os associados por meio do Programa de Convênios da ANABB. Na região representada por Rose, foram fi rmados 126 convênios com hotéis, postos de gasolina, padarias, peixarias, drogarias.

ANABB

DIRETORES REGIONAIS: A PONTE ENTRE A ANABB E OS ASSOCIADOSOs 63 diretores regionais espalhados por todo o Brasil são a ligação entre a ANABB e os associados nos estados. Entenda como tem sido feito esse trabalho e veja como os diretores podem aproximar os associados da entidade

Por Josiane Borges

A entidade vem buscando ferramentas para ampliar e agilizar o contato entre os

associados e os 63 diretores regionais espalhados por

todo o Brasil.

Jornal AÇÃO | Abr-Maio-Jun-Jul/2012 | 15

DIRETORES REGIONAIS: A PONTE ENTRE A ANABB E OS ASSOCIADOS

Os conveniados receberam certifi cado e placa indicando que naquele estabelecimento o associado da ANABB tem direito a descontos.

Em outros estados, os diretores estão buscando par-cerias para patrocínio de eventos que envolvam o funcio-nalismo do BB. Durante o primeiro semestre, mais de 20 eventos foram patrocinados pela ANABB por meio dos di-retores regionais.

Se você, associado, tem alguma sugestão, quer obter esclarecimentos e sugerir eventos, entre em contato com o diretor regional de seu estado. Dependendo da quanti-dade de associados por região, existem até mais diretores para atender as demandas. Os questionamentos são en-caminhados à ANABB, que adota providências para sanar qualquer problema. Em relação aos eventos da cidade, a ANABB analisa as propostas e encaminha as respostas aos diretores.

Para encontrar o Direg de cada estado ou de sua re-gião, acesse o site da ANABB, no link “Conheça a ANABB”. Em seguida, clique em “Quem é Quem”. Lá está publicada a relação de todos os diretores regionais e seus respecti-vos e-mails.

CENTRAL DE ATENDIMENTO

Diariamente, a Associação recebe inúmeros e-mails, car-tas e telefonemas dos associados solicitando diversas infor-mações e, principalmente, pedindo esclarecimentos sobre produtos e serviços oferecidos.

Para assuntos específi cos, como ações judiciais, que requerem consulta de todo o processo jurídico da ação, a recomendação é o contato com a Central de Atendimento da ANABB (Call Center), que é a principal via de recepção e atendimento de demandas dos associados. Todos os atendentes estão preparados para esclarecer dúvidas re-ferentes à Entidade e até mesmo questões pertinentes à área jurídica.

A central atende pelo telefone (61) 3442 9696 e pelo site da ANABB (www.anabb.org.br), na aba “Fale Conosco”. Nes-ta página, o associado encontrará uma lista com as pergun-tas mais frequentes sobre a Instituição, além de questões pertinentes ao funcionalismo do Banco do Brasil. O ideal é que, antes de enviar uma mensagem para a ANABB, o as-sociado consulte as informações disponíveis, pois lá muitas dúvidas podem ser rapidamente solucionadas.

Diretores regionais reunidos na ANABB

VITÓRIA DA DEMOCRACIAProjeto ANABB NAS ELEIÇÕES Cassi e Previ 2012 abriu espaço para maior parti-cipação dos associados, debate democrático de ideias e efetiva participação de todas as chapas concorrentes

Por Elder Ferreira, especial para o jornal Ação

A ANABB inovou mais uma vez. Nos processos eleitorais de duas entidades de extrema importância para o funcionalismo do BB, Cassi e Previ, a Associação decidiu não apoiar exclu-sivamente nenhuma das chapas inscritas. Em contrapartida, abriu as portas para que os candidatos apresentassem suas propostas e estimulou o debate democrático por meio de uma série de ações.

Os procedimentos adotados no projeto ANABB nas Elei-ções Cassi e Previ 2012 foram os mesmos para as duas enti-dades. Além de produzir um jornal de divulgação das chapas inscritas, a ANABB entrevistou os candidatos aos cargos de diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi e de Seguridade da Previ. A Associação também pro-moveu um debate ao vivo em que eles puderam responder aos questionamentos feitos pelos próprios associados. Con-siderados os dois debates, foram cadastradas no site mais de 430 perguntas.

Para o Vice-Presidente da ANABB, Fernando Amaral, que coordenou o projeto, a postura da Entidade foi importante nas duas disputas eleitorais, pois “o custo dessas ações foi me-nor do que se a ANABB tivesse patrocinado uma única chapa. O mais importante, no entanto, é que ajudamos a criar novo modelo para os processos eleitorais das entidades”, explica.

A mesma opinião é compartilhada pelo associado Armindo Vitor da Silva Filho. “Eu não me lembro de ter visto um proces-so assim tão transparente em que todos os candidatos tiveram a oportunidade de se pronunciar e de propagar suas ideias”. Segundo ele, trata-se do “fortalecimento da democracia. Em algumas situações, o maior poder econômico faz que os minori-tários não participem, ou disputem em condições de inferiorida-de, mas, ao abrir um canal como esse, a Entidade contribui para dar voz aos menos favorecidos”, destaca.

CHAPAS VENCEDORAS E CONFIANÇA DOS PARTICIPANTESNo processo eleitoral da Cassi, cinco chapas se inscreveram.

Já na Previ, houve a participação de seis. Todas elas deram des-taque à postura adotada pela ANABB de abrir espaço de divulga-ção de suas propostas aos associados, de forma transparente e igualitária. A chapa 1, Cuidando da Cassi, venceu as eleições na Caixa de Assistência. Na Caixa de Previdência, a chapa 6, Unida-de na Previ, saiu vencedora. Agora, no momento pós-eleição, a ANABB quer continuar cobrando atitudes dos dirigentes elei-tos. Por isso, conversou com Marcel Juviniano Barros e Mi-riam Fochi, eleitos respectivamente na Previ e na Cassi, para que destacassem as principais prioridades para o mandato de quatro anos.

ANABB NAS ELEIÇÕES

Candidatos no debate da Cassi Candidatos no debate da Previ

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Jornal AÇÃO | Abr-Maio-Jun-Jul/2012 | 17

ANABB: Quais as contribuições que o projeto ANABB nas Eleições Cassi e Previ 2012 trouxe para o funcionalismo do BB?

Considero que os debates representaram o mo-mento de consolidação do processo democrático que a entidade se dispôs a promover. Todos os candida-tos, frente a frente, respondendo as questões ao vivo. Os associados puderam avaliar e conhecer melhor os candidatos, suas propostas e o grau de conhecimento e comprometimento de cada um deles. A democra-cia é um processo de construção contínua e, com a iniciativa, a ANABB contribuiu de forma decisiva para que todo o funcionalismo participasse ativamente dessa construção.

ANABB: Qual o principal problema enfrentado atualmente na Previ e que merece atenção especial por parte da nova Diretoria?

Não considero que exista “um problema” principal a ser enfrentado na Previ. Na administração de recur-sos dos trabalhadores, é preciso estar sempre atento e manter o compromisso com a história, os interes-ses e os princípios da classe trabalhadora. Durante

o processo eleitoral, muitas questões foram apresentadas sem que necessariamente tivessem conexão com a realidade. Infelizmente foram “criados” problemas como mote de campanha de grupos. Questões relacionadas à legislação das entidades de previdência foram elencadas como específi cas da Previ, por exemplo. O que existe e continuará a existir por parte dos eleitos é o com-promisso de perseguir sempre o melhor para o asso-ciado. Administrar adequadamente os recursos de forma a garantir um benefício que permita usu-fruir com dignidade e tranquilidade o período de aposentadoria.

ANABB: O que você vai priorizar em seu mandato?

Como representante dos associados, uma das principais tarefas é garantir um nível de infor-mações que dê transparência à administração e tranquilidade ao associado quanto aos destinos de seus recursos. Algumas tare-fas são inerentes ao diretor eleito, como vigiar, fi scalizar, prestar contas, atender e sempre buscar algo a mais. A prioridade será sempre o atendimento ao associado.

Marcel Barros Diretor de Seguridade da Previ

Mirian FochiDiretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi

ANABB: Quais as contribuições que o projeto ANABB nas Eleições Cassi e Previ 2012 trouxe para o funciona-lismo do BB?

Quero parabenizar a ANABB por essa iniciativa. A princi-pal contribuição é ter permitido aos associados assistirem ao vivo as propostas de cada candidato. A mesma opor-

tunidade foi dada para todas as chapas e isso é muito importante. Todo o fun-

cionalismo do BB ganhou, pois foi uma oportunidade de conhecer os candidatos, as propostas, e a gente espera que o projeto con-tinue nas próximas eleições.

ANABB: Qual o principal problema enfrentado atual-

mente na Cassi e que merece atenção especial por parte da nova Diretoria?

O problema mais urgen-te era a assinatura da Re-solução nº 254, da ANS,

devido ao prazo que se esgotaria em agosto. Os indicados do Banco na Cassi precisavam, por meio do conselho, autorizar a assinatura de adesão a essa resolução; do contrário, o Plano de Associados seria fechado para a entrada de novas pesso-as. Existem muitas outras questões importantes e prioritárias que inclusive faziam parte de nossa pauta de campanha e que serão feitas concomitantemente. São medidas que vão levar alguns meses para que os associados comecem a sentir as mudanças.

ANABB: O que você vai priorizar em seu mandato?A melhoria da rede de credenciados e a implantação de

uma política de relacionamento tanto para os participantes quanto para os prestadores de serviço e, nesse caso, visando fi delizá-los. Outra questão é o plano odontológico, pois quere-mos fazer um estudo para conhecer a viabilidade de imple-mentá-lo. Também vamos trabalhar para trazer para o Plano de Associados os bancários dos bancos incorporados. Por fi m, queremos atuar junto aos parlamentares no Congresso e fa-zer um movimento para que a Agência Nacional de Saúde e os demais órgãos do governo tratem de forma diferenciada os planos de autogestão.

Candidatos no debate da Previ

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APABB

UMA HISTÓRIA DE AMOR AO PRÓXIMOApabb completa 25 anos de existência dedicada à inclusão e à qualidade de vida das pessoas com defi ciência e de seus familiares

Por Elder Ferreira, especial para o jornal Ação

Eliana Dalva dos Santos Melo, servidora do Banco Central, tem um fi lho que é portador da síndrome de Klinefelter. Gui-lherme, de 16 anos, leva uma vida normal, segundo a mãe. Para ela, a presença de uma importante associação fez mui-ta diferença, principalmente em relação aos cuidados com Guilherme. “Descobri o trabalho da Apabb por meio de uma colega que também tem um fi lho especial. Nas atividades, meu fi lho fi ca muito feliz e dá para ver o carinho com que é tratado. A equipe trabalha por amor ao voluntariado e a re-compensa é o sorriso no rosto de cada um”, destaca.

Eliane está se referindo à Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Defi ciência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb). A entidade faz aniversá-rio em agosto e tem muitas vitórias para comemorar. Cria-da em 1987, por um grupo de funcionários do BB, pais de crianças com algum tipo de defi ciência, a associação está prestes a completar o Jubileu de Prata e comemora a his-tória de prestação de serviços aos cidadãos, com destaque para a importância do voluntariado para a construção de um mundo melhor.

A entidade desenvolve cinco programas de inclusão so-cial e melhoria da qualidade de vida de pessoas com defi -ciência: Atenção às Famílias e às Pessoas com Defi ciência; Capacitação e Qualifi cação Profi ssional; Lazer; Esporte; e Voluntariado. Cada um deles agrega uma diversidade de projetos sociais.

Os números relacionados a esses programas são gran-

diosos. Em 2011, por exemplo, a Apabb realizou 1.025 pro-jetos, vinculados aos cinco programas, que benefi ciaram 25.339 usuários em 73.745 atendimentos. Em relação ao número de pessoas atendidas, houve crescimento de 29%, comparado ao ano anterior. O aumento gradativo desses atendimentos se deve à abrangência da associação. Hoje, a Apabb conta com 14 núcleos regionais, espalhados em 13 Estados e no Distrito Federal.

SEGMENTO EM CRESCIMENTOA Apabb tem como missão realizar ações em prol das pes-

soas com defi ciência e de suas famílias, bem como traba-lhar na defesa de seus direitos, contribuindo para a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida.

O presidente da Apabb, Roberto Tiné, acredita que o seg-mento das pessoas com defi ciência no Brasil mudou graças à vontade da sociedade. “Vejo que cada vez mais pesso-as com defi ciência conquistam seu espaço na sociedade. As conquistas do segmento são fruto da inclusão.”

Tiné também revela um sonho para o futuro. “Sonho com o dia em que os direitos das pessoas com defi ciência este-jam garantidos. Não teremos mais necessidade de incluir a pessoa com defi ciência. Enquanto esse dia não chega, a Apabb continua trabalhando para mostrar que o mais impor-tante é ser feliz.”

Para conhecer mais sobre o trabalho da Apabb, acesse o site www.apabb.org.br.

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Jornal AÇÃO | Abr-Maio-Jun-Jul/2012 | 19

VOLUNTARIADO

UMA HISTÓRIA DE AMOR AO PRÓXIMO

A SUPERAÇÃO DE UM VOLUNTÁRIOAposentado do BB com experiência de duas décadas em voluntariado e autor de três livros mostra o segredo do sucesso

Por Elder Ferreira, especial para o jornal Ação

A história de vida do aposentado Willes da Silva daria um fi lme. Foi abandonado pelos pais ainda bebê, voltou ao con-vívio da mãe biológica aos 7 anos, sofreu abuso do padras-to na adolescência e morou em abrigos para menores até completar 18 anos. Apesar de um histórico de difi culdades

e tendo como sua maior professora a vida, o morador da cidade de Varginha (MG) deu a volta por cima: é palestrante motivacional, autor de três livros sobre autoestima e resgate da cidadania e, há duas décadas, se dedica ao voluntariado.

Quando o assunto é superação, Willes tira de letra. Ape-sar de ser uma pessoa muito simples, tinha como meta es-tudar em uma universidade. Persistiu e conseguiu realizar seu sonho. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atuou na área trabalhista e, mes-mo depois de aposentado, decidiu estudar psicanálise.

Willes emplacou três edições do livro Cidadania, o direito de ser feliz: iguais e desiguais, até quando? A primeira edi-ção foi lançada de forma independente e as outras duas por editoras. O aposentado está produzindo um quarto livro mo-tivacional, fruto de sua vivência com dependentes químicos em recuperação na Associação Comunitária de Recupera-ção Novo Caminho, em Varginha. O lançamento está previs-to para o segundo semestre deste ano. Para quem quer se envolver de verdade com o voluntariado, ele deixa o recado: “As pessoas precisam ser cidadãs por inteiro, e não apenas um número nas estatísticas. É possível alcançar a cidadania de verdade, com conhecimento e participação”.

MANTENHA SEU CADASTRO ATUALIZADO NA ANABBMuitas vezes, a ANABB tem de repassar uma informação importante,

seja sobre ações judicais, seja até mesmo algum benefício para os associados. Acesse o site www.anabb.org.br no link Autoatendimento e atualize seus dados.

O aposentado Willes da Silva é um exemplo de superação

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ANABBPREV

PLANEJAR PARA O FUTUROQuando se pensa em previdência, o primeiro signifi cado que vem à men-te é a aposentadoria. Só que a previdência complementar acrescentou novo sentido para quem pensa em planejar o futuro fi nanceiro

Por Priscila Mendes

No Brasil, são mais de 70 milhões de trabalhadores somen-te no mercado formal, segundo dados do Ministério do Traba-lho e Emprego (MTE). Aproximadamente 23% têm mais de 50 anos de idade. Estes estão mais próximos de se aposentar pela Previdência ofi cial, seja por idade, seja por tempo de con-tribuição. E é nessa hora que muitos começam a se preocupar sobre como fi carão as fi nanças quando deixarem o mercado de trabalho. O último levantamento do Ministério da Previdên-cia Social (MPS) mostrou que, em 2010, mais de 270 mil pes-soas se aposentaram após atingirem o tempo mínimo exigido pelo INSS. E a média de idade foi de 53 anos.

O brasileiro, de modo geral, não costuma se preocupar com o futuro. Fazer planejamento fi nanceiro em longo prazo, mui-tas vezes, não está entre seus planos. Uma das formas para conseguir equilibrar as fi nanças após a aposentadoria é inves-tir em um plano de previdência complementar, para garantir a manutenção do padrão de vida que tinha durante o período la-boral, mantendo a família mais segura e tranquila. E no país há duas modalidades: a aberta - oferecida por empresas de mer-cado; e a fechada - estruturada por empresas ou associações, mais conhecida como fundo de pensão.

Há pouco mais de três anos e meio, a ANABB instituiu o fun-do de pensão ANABBPrev para garantir mais um benefício aos associados e familiares até quarto grau. E, como associados da ANABB, estes parentes terão direito aos diversos produtos e benefícios que a Entidade dispõe para os seus sócios.

A nova Diretoria Executiva do ANABBPrev, que tomou pos-se em 2 de julho, já identifi cou o primeiro grande desafi o: promover a conscientização do público para o planejamento

fi nanceiro pensando na segurança da família após a aposentadoria. Os três profi ssionais que compõem a Diretoria Executiva fi zeram carreira no Banco do Brasil e têm experiência de mercado na área de previdência privada.

De acordo com a Diretora Presidente do ANABBPrev, Ilma Peres Causanilhas Rodrigues, a entidade tem um grande diferencial em relação aos planos de previdência aberta, pois é um fundo de pensão, sem fi ns lucrativos. “Desta forma, podemos oferecer taxas administrativas mais baixas e melhor rendimento aos participantes. Sem contar com a cre-dibilidade de ter a ANABB, uma associação com mais

de 100 mil sócios, como instituidora”, ressaltou. Quanto mais cedo o tra-balhador começar a con-tribuir para a previdência complementar, maior será a reserva fi nanceira para a tão esperada aposenta-doria, aumentando a renda mensal ou seu saldo acu-mulado, que pode ser res-gatado, após determinado prazo, para realizar um

sonho. A Diretora de Benefícios do ANABBPrev, Ana Lúcia Landin, acrescenta ainda que a adesão pode ser feita para fi lhos e netos desde pequenos e o be-nefício poderá ser usado para garantir a educação e/ou formação superior. “É uma forma de investimento que dá segurança e tranquilidade. Além do mais, não compromete o orçamento familiar”, afi rmou.

Diante do aumento da expectativa de vida do bra-sileiro e do crescimento da base de benefi ciários do INSS, o futuro da Previdência Social exigirá atenção

Quanto mais cedo o trabalhador começar a

contribuir para a previdência complementar, maior será a reserva financeira para a tão

esperada aposentadoria.

Jornal AÇÃO | Abr-Maio-Jun-Jul/2012 | 21

PLANEJAR PARA O FUTURO

especial da sociedade e dos governantes. “Dada a longevidade crescente da população, torna-se imprescindível a necessidade de mu-danças na Previdência ofi cial para que ela con-tinue a cumprir seu papel previdenciário”, argu-mentou o Diretor Administrativo e Financeiro do ANABBPrev, Eugênio Dias. “Em um futuro pró-ximo, existirão mais aposentados pelo INSS do que funcionários na ativa e, nesse contexto, há necessidade de se revisar o teto de remunera-ção e a idade mínima para concessão da tão al-mejada aposentadoria. Daí a importância de se garantir uma remuneração extra, associando-se a um plano de previdência complementar”, enfatizou.

ANABBPREV: CREDIBILIDADE E SEGURANÇAEm um plano de previdência complemen-

tar, como o ANABBPrev, é possível programar a data para começar a receber o benefício e saber com antecedência de quanto será a re-muneração ao fi m do período, com base nas contribuições mensais e nos aportes eventuais, de acordo com a disponibilidade de cada parti-cipante. O saldo acumulado poderá ser resgata-do integralmente ou recebido mensalmente em parcelas, como uma pensão ou aposentadoria tradicional. No site www.anabbprev.org.br, os interessados podem fazer uma simulação de cálculo e confi rmar os benefícios citados.

Os participantes do ANABBPrev podem começar com uma parcela mínima men-sal de R$ 60,00. O débito pode ser feito em conta-corrente, que é um facilitador para o segurado, além de ser uma forma segura de manter-se em dia com as contribuições. O pla-no oferece benefícios previdenciários, como

aposentadoria programada, aposentadoria por invalidez e pensão por morte de participante ativo ou assistido, além de acumular recursos para resgate total.

Outro benefício que pode ser contratado com a aposentadoria é o seguro por morte, no valor mínimo de R$ 26,00, que será pago para o benefi ciário indicado na proposta de adesão do participante, e o segu-ro por invalidez total permanente, por R$ 16,00, em caso de acidente ou doença, que garante uma renda mensal, calculada de acordo com o valor do capital segurado e conforme prazo escolhido de pagamen-to.

E mais, os participantes que declaram Imposto de Renda no mode-lo completo podem deduzir do imposto a pagar as contribuições feitas para a previdência complementar até o limite de 12% da renda bruta anual. Para isso, é preciso ser contribuinte ou aposentado do INSS.

Para mais informações sobre o ANABBPrev, acesse www.anabbprev.org.br, ou ligue para (61) 3317 2600.

Diretoria da ANABBPrev

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CIDADANIA

SONHO DELIBERDADEApoiado pelo projeto Liberdade Responsável, que integra o programa ANABB CIDADANIA, o projeto oferece cursos de capacitação profi ssional que contribuem para a reinserção social de detentos do Rio Grande do Sul

Por Tatiane Lopes | Fotos: Maurício Pinzkoski

De dentro de uma cadeia, a vida pode parecer sem es-peranças. E, mesmo quando ganham a liberdade, muitos ex-detentos continuam carregando o sentimento de que as portas estão fechadas. Faltam oportunidades de trabalho, confi ança da sociedade e autoestima dos próprios presos. No entanto, o projeto Sonho de Liberdade, um dos contem-plados com recursos do Liberdade Responsável da ANABB, comprova que é possível oferecer um futuro melhor para as pessoas que estão prestes a sair da prisão.

Criado pela Fundação Maçônica Educacional de Porto Alegre (RS), o projeto visa reintegrar homens e mulheres que cumprem pena em regime fechado e que estão em

processo de desligamento do sistema prisional ao núcleo familiar e ao meio social, apoiando o indivíduo e intervindo em sua reabilitação. O projeto, cuja atuação está restrita ao estado gaúcho, nasceu da análise de que o sistema peniten-ciário atual não consegue contemplar ações para ajudar na reinserção social do egresso, fase esta fundamental para o processo de socialização.

O projeto oferece cursos de qualifi cação profi ssional nas áreas de pintura predial e confecção em malha, entre ou-tros. Cada um dos cursos tem carga horária de 240 horas com duração de oito semanas, incluindo aulas práticas e teóricas. Ao fi m, os detentos recebem um certifi cado, saem

Solenidade de formatura em Guaíba Douglas Scortegagna entrega certifi cado à formanda

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capacitados para o mercado de trabalho e podem trabalhar em empresas, cooperativas ou desenvolver atividades au-tônomas.

A primeira fase de desenvolvimento do projeto começou em março de 2012 com mulheres detentas dos Presídios Femininos Madre Pelletier e de Guaíba, ambos no Rio Gran-de do Sul. A cerimônia de formatura de apenadas do curso de pintura predial aconteceu no dia 6 de julho e contou com a participação de representantes do governo do Estado, da Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (Susepe), dos diretores dos respectivos presídios e da socie-dade civil. O projeto teve o acom-panhamento do Diretor Regional da ANABB no Rio Grande do Sul, Celson Matte.

O Vice-Presidente de Comuni-cação da ANABB, Douglas Scor-tegagna, participou do evento e mostrou satisfação com os resultados alcançados. “Proje-tos dessa natureza elevam a autoestima dos que cumprem pena por erros que cometeram e lhes oferecem nova expec-tativa de vida quando de seu retorno ao convívio da socie-dade, reduzindo, em muito, a possibilidade de voltarem a cometer os erros que os levaram a ferir a lei”, ressalta.

Para o presidente da Fundação Maçônica Educacional, José Nivaldo Brum, o projeto Sonho de Liberdade impulsiona a mudança de comportamento pessoal e profi ssional, ofe-recendo condições reais de trabalho e de dignidade fora da

prisão. “O projeto desenvolve a cidadania e a dignidade das mulheres que, por uma razão qualquer, tiverem problemas e pagaram a dívida com a sociedade. Nosso objetivo é ofe-recer educação e profi ssionalização e devolver a cidadania plena, em que o princípio é jamais voltar a cometer o erro”, destaca. Nessa primeira fase, 26 mulheres foram benefi cia-das. A adesão poderia ser maior; no entanto, muitas alunas abandonam os cursos por diversos motivos, entre eles, do-ença e transferência para outros presídios por solicitação

dos advogados. Ainda faltam três etapas para a conclusão do projeto, que incluem a atuação em outros presídios femininos e o atendimento à população carcerária masculi-na do Rio Grande do Sul. Tam-bém faz parte a criação de um documentário sobre a trajetó-ria de capacitação dos egres-sos na busca pela reinserção

social. O apoio da ANABB ao projeto Sonho de Liberdade foi possível graças às doações do parceiro e associado Oswaldo Guilherme Roberto Gebler, que destinou recursos para serem investidos em projetos que ofereçam cursos de ensino profi s-sionalizante. Assim, em 2008, foi lançado o projeto Liberdade Responsável, no âmbito do programa ANABB CIDADANIA, com o objetivo de contemplar ações sociais com foco na recupera-ção de jovens e adultos que estão cumprindo medidas socio-educativas em espaços alternativos, bem como daqueles que estão na rede convencional – penitenciárias, presídios etc.

O projeto Sonho de Liberdade, um dos contemplados com

recursos do Liberdade Responsável da ANABB, comprova que é possível

oferecer um futuro melhor para as pessoas que estão

prestes a sair da prisão.

Douglas Scortegagna entrega certifi cado à formanda Diretora do presídio de Guaíba fala aos presentes Formatura no presídio feminino Madre Pelletier

SHCS 507, Bloco A, Loja 15 | CEP: 70351-510 - Brasília/DF

PALAVRA DO DIRETOR

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Ocupar um cargo diretivo na ANABB é mais que simplesmente um trabalho. É representar mais de 100 mil associados que alimentam ex-pectativas em relação a uma Entidade que tem como principal função representá-los. Representar no sentido mais amplo da palavra, identi-fi cando direitos, oportunidades e necessidades. Representar também de forma personalizada, atendendo solicitações e dúvidas individuais e deixando o associado seguro de que estamos aqui ao lado dele para o que ele precisar.

Desde nossa posse em 13 de janeiro de 2012, tenho pensado em como corresponder a todas as expectativas, principalmente as geradas com a eleição desse grupo. Era importante prestar esclarecimentos com relação às apurações de denúncias, com relação aos contratos e litígios com os advogados, com relação à gestão plural a favor de TODOS os associados, com relação aos posicionamentos políticos da ANABB so-bre os temas latentes que envolvem o Banco do Brasil, a Cassi, a Previ e outros, bem como com relação à transparência dos atos de gestão.

Nestes primeiros seis meses de atuação, optamos por demonstrar a todos que nossa intenção é responder pelos compromissos assumi-dos e corresponder ao máximo às expectativas criadas em função de nossos discursos e de nossas histórias de vida à frente de instituições e instâncias representativas dos funcionários do Banco do Brasil.

As apurações sobre os “seguros” estão sendo feitas. Porém, por envolverem questões judiciais, além de questões éticas internas, estão sendo conduzidas com a devida cautela. Os antigos parceiros que ora têm relação de litígio com a Entidade já foram contatados e todos os fatos geradores dos confl itos estão sendo revistos e reavaliados. Em bre-ve, acreditamos, poderemos divulgar relatórios sobre esses fatos.

Além disso, neste período estamos sendo fortemente demandados por uma série de temas que dizem respeito diretamente à Previ e ao nosso futuro. São eles: o questionamento sobre a constitucionalidade da Resolução CGPC nº 26; o processo de elaboração da Resolução CNPC para regulamentar a possibilidade de retirada de patrocínio de fundos de pensão; a incerteza sobre a continuidade de pagamento do Benefício Especial Temporário, conforme acordado, em função de sua forma de contabilização e da decisão da Diretoria do Banco do Brasil de

SEMPRE A SEU LADO

não ressarcir à Previ os valores pagos aos funcionários pré-67; e o debate inconcluso sobre a implantação dos tetos de contribuição e de benefícios para os dirigentes estatu-tários do BB.

Alguns desses temas foram apresentados aqui no jor-nal Ação e serão debatidos com profundidade em evento a ser realizado pela ANABB para democratizar a informação, coletando opiniões, respondendo dúvidas e entendendo as ansiedades mais latentes de nossos associados, nos dias 4 e 5 de setembro de 2012.

OS SEMINÁRIOS ANABB – Previdência Complementar: Impasses e Soluções contará com a presença de funcio-nários da ativa e dos aposentados interessados. A ANABB também está convidando todas as entidades representa-tivas dos funcionários do BB, representantes da Previ e de outros fundos de pensão, além de representantes do go-verno e de entidades participantes do Comitê do Conselho Nacional de Previdência Complementar, para contribuírem com os debates.

Resgatar a credibilidade da ANABB, dar respostas às apurações, gerir com transparência e ser atuante politica-mente nos temas de interesse dos funcionários do Banco do Brasil não é tarefa fácil. O caminho a trilhar é longo. Mas a equipe é boa e tem garra. Tenho a certeza de que fare-mos da ANABB uma entidade cada vez mais plural e forte, com foco na representação dos direitos dos associados acima de tudo.

Participe dos eventos e fi lie-se à ANABB. Juntos somos mais fortes.

Fernando AmaralVice-Presidente de Relações Institucionais