Acondicionamento de cargas em veículos de transporte CE

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AcondicionAmento dA cArgA nos transportes rodoviriosorientaes relativas s melhores prticas europeiasComisso europeiaKo-76-06-419-pt-CAcondicionamento da carga nos transportes rodovirios orientaes relativas s melhores prticas europeiasISBN 92-79-03394-8Como obter publicaes comunitrias?As publicaes para venda produzidas pelo Servio da Publicaes esto disponveis na EU Bookshop http://bookshop.europa.eu/, podendo encomend-las atravs do agente de vendas da sua preferncia.Tambmpodesolicitarumalistadanossaredemundialdeagentesdevendasatravsdofax (352) 2929 42758.Acondicionamento da carga nos transportes rodoviriosOrientaes relativas s melhores prticas europeiasComisso Europeia Direco-Geral da Energia e dos TransportesEurope Direct um servio que o/a ajuda a encontrar respostas s suas perguntas sobre a Unio Europeia Nmero verde nico (*):00 800 6 7 8 9 10 11(*)Alguns operadores de telecomunicaes mveis no autorizam o acesso a nmeros 00 800 ou podero sujeitar estas chamadas telefnicas a pagamentoEncontram-se disponveis numerosas outras informaes sobre a Unio Europeia na rede Internet, via servidor Europa (http://europa.eu)Uma fcha bibliogrfca fgura no fm desta publicaoLuxemburgo: Servio das Publicaes Ofciais das Comunidades Europeias, 2008ISBN 92-79-03394-8 Comunidades Europeias, 2008 Reproduo autorizada mediante indicao da fontePrinted in ItalyImpresso em papel branqueado sem cloro31.Aspresentesorientaesrelativassmelhoresprticastmvindoaserelaboradasporum Grupo de Peritos criado pela Direco-Geral da Energia e dos Transportes e que inclui peritos designados pelos Estados-Membros e pelo sector dos transportes. O documento foi apresenta-do ao Grupo de Alto Nvel sobre Segurana Rodoviria, o qual deu um parecer positivo quan-to ao seu contedo e mbito de aplicao.2.As presentes orientaes relativas s melhores prticas podem constituir uma referncia para todas as partes pblicas ou privadas directa ou indirectamente interessadas na questo do acon-dicionamento da carga. Este documento deve ser lido e utilizado como ajuda para a aplicao de prticas seguras e experimentadas nesta rea. 3.O documento no tem carcter vinculativo na acepo de um acto jurdico adoptado pela Co-munidade. Apenas apresenta o conhecimento acumulado de peritos europeus neste domnio. Foi elaborado com o acordo de peritos governamentais dos Estados-Membros e outras partes interessadaserecebeuasuaaprovao. Aspresentesorientaesdestinam-seafacilitaras operaesdetransportetransfronteirionoquerespeitaaoacondicionamentodacarga.Os princpios e sistemas descritos nas presentes orientaes devem ser reconhecidos pelas autori-dades competentes para a aplicao da legislao como permitindo nveis de segurana ade-quados execuo de operaes de transporte internacional. Aquando da utilizao das pre-sentes orientaes, necessrio verifcar se os sistemas utilizados so adequados para a situa-o em causa e, se aplicvel, adoptar medidas adicionais. 4. importante ter em considerao que os Estados-Membros podem ter requisitos especfcos relativos ao acondicionamento da carga no abrangidos pelas presentes orientaes. Por este motivo, sempre necessrio consultar as autoridades envolvidas para indagar sobre a existn-cia de eventuais requisitos especfcos. 5.O presente documento est disponvel para consulta pblica. Pode ser transferido gratuitamen-te do Web site da Comisso Europeia.1 6.Inevitavelmente, como consequncia da experincia adicional e do desenvolvimento contnuo das tcnicas e dos sistemas de acondicionamento da carga, as presentes orientaes necessita-rodeserrevistasealteradasperiodicamente,conformenecessrio.Nopossvel,neste momento, disponibilizar um calendrio para este processo de reviso. O leitor deve consultar o Web site da Comisso Europeia para obter informaes sobre a ltima edio disponvel do Guia As sugestes para melhorar ou complementar o seu contedo so bem-vindas e devem ser enviadas para o endereo indicado na nota de rodap2. As questes gerais relativas s pre-sentes orientaes devem ser enviadas para o mesmo endereo. 1Hiperligao: http://ec.europa.eu/transport/roadsafety/index_en.htm2Comisso Europeia, Direco-Geral da Energia e dos Transportes, Unidade de Segurana Rodoviria, 200 rue de la Loi, BE-1049 Bruxelas. Endereo de correio electrnico: [email protected] breve: dez regras essenciais para o acondicionamento adequado da carga111.Generalidades131.1.Introduo131.2.Objectivo das orientaes141.3.Necessidade de acondicionamento da carga141.3.1.Massa e peso151.3.2.Centro de gravidade161.3.3.Foras de acelerao exercidas pela carga171.3.4.Deslizamento181.3.5.Inclinao e queda181.3.6.Rigidez da carga181.3.7.Distribuio da carga181.3.8.Seleco e carregamento do veculo191.3.9.Operaes de transporte multimodal191.3.10.Formao sobre acondicionamento da carga212.Carroaria do veculo e equipamento adequado para travamento em veculos232.1.Painel de proteco da cabina232.2.Painis laterais242.3.Painis traseiros242.4.Carroaria tipo caixa242.5.Reboque com abertura lateral (reboques com cobertura rgida/no rgida ou reboque de lona)252.6.Veculos com cortinas laterais252.7.Escoras262.8.Pontos de amarrao272.9.Contentores ISO (ISO 1496-1)272.9.1.Taipais traseiros282.9.2.Taipais laterais282.9.3.Pontos de ligao e de amarrao282.10.Caixas mveis28ndice63.Sistemas de reteno293.1.Travamento ou bloqueio293.1.1.Travamento com material de enchimento293.1.2.Travamento em altura e travamento com painel313.1.3.Travamento entre as camadas de uma secode carga323.1.4.Travessas de madeira cravadas na plataforma de carga333.1.5.Calos e calos de apoio333.2.Amarrao343.2.1.Amarrao de topo343.2.2.Amarrao em lao353.2.3.Amarrao com lanantes363.2.4.Amarrao envolvente373.2.5.Amarrao directa383.2.6.Equipamento de amarrao383.2.7.Sistemas de cintas393.2.8.Amarrao com correntes413.2.9.Amarrao com cabo de ao 413.2.10.Esticadores423.2.11.Redes ou toldos com amarraes433.2.12.Cordas443.2.13.Cintas de ao443.2.14.Fixar calhas para dispositivos e amarraes em taipais laterais443.2.15.Painis de travamentos intermdios443.3.Travamento453.4.Combinao de sistemas de reteno463.5.Equipamento de apoio463.5.1.Materiais de atrito463.5.2.Divisrias de carga463.5.3.Esteiras de madeira473.5.4.Pelcula extensvel e pelcula retrctil473.5.5.Cintas de ao ou de plstico483.5.6.Vigas de bordadura483.5.7.Protectores antidesgaste para cintas de fbra sinttica493.5.8.Protectores de extremidades para evitar danos na carga e no equipamento de amarrao503.5.9.Separadores de proteco503.5.10.Anilhas dentadas 5074.Clculo do nmero de dispositivos de amarrao535.Inspeco durante o percurso / operaes multiponto556.Cargas normalizadas ou semi-normalizadas(formas geomtricas)576.1.Rolos, tambores ou cargas cilndricas576.2.Rolos de papel576.3.Tambores586.4.Caixas596.5.Sacos, fardos e sacas 596.6.Paletes e paletes com rodas616.6.1.Euro palete616.6.2.Palete com rodas626.7.Chapas metlicas planas626.8.Seces longas636.9.Vigas646.10.Bobinas656.11.Fios metlicos em bobinas, hastes ou barras686.12.Unidades de grande porte e peas vazadas696.13.Cargas suspensas726.14.Cargas lquidas a granel737.Requisitos para cargas especfcas757.1.Carga geral757.2.Cargas de madeira757.2.1.Madeira de serrao767.2.2.Toros de madeira777.2.3.Troncos inteiros797.3.Contentores de grandes dimenses ou volumes pesados e grandes807.4.Caixas mveis sem sistemas de travamento de contentores827.5.Contentores amovveis827.6.Estiva de mercadorias em contentores847.7.Cargas a granel soltas8587.8.Painis estivados numa plataforma com cavaletes tipo A867.9.Mquinas de estaleiro / Equipamentos de construo / mquinas mveis867.10.Veculos897.11.Transporte de automveis, furges e pequenos reboques907.12. Transporte de placas de vidro com vrias dimenses at s dimenses mximas autorizadas937.13. Transporte de pequenas quantidades de placas de vidro, estruturas, etc.937.14.Mercadorias perigosas947.15.Equipamento dos veculos948.Anexos978.1.Orientaes relativas distribuio de carga 978.1.1.Objectivos e condies978.1.2.Utilizao do plano de distribuio de carga978.2.Tabelas de atrito1008.2.1. Tabela relativa ao atrito esttico1008.2.2. Tabela relativa ao atrito dinmico Coefcientes de atrito dinmico de algumas mercadoras comuns D1008.3.Fora mxima de fecho por prego e carga autorizada para anilhas dentadas1038.3.1.Fora mxima de fecho por prego1038.3.2.Carga autorizada para anilhas dentadas1038.4.Capacidade de amarrao de correntes1048.5.Capacidade de amarrao (CA) de cabos de ao1048.6.GUIA BREVE SOBRE AMARRAES com base na Directiva OMI/OIT/CEE-ONU1068.6.1.GUIA BREVE SOBRE AMARRAES1068.6.2Exemplo de utilizao do Guia breve sobre Amarraes para Transportes Rodovirio/Martimo rea A da OMI.1178.7.GUIA BREVE SOBRE AMARRAES com base na NORMA EN12195-11298.8.Travamento da carga contra superstrutura rgida ou no rgida1418.9.Acondicionamento de produtos siderrgicos e de embalagens de produtos qumicos1428.9.1.Produtos siderrgicos1428.9.2.Alguns exemplos de estiva e fxao de volumes mais utilizados para produtos qumicosem transportes rodovirios carregamento total (FTL - full truck load)15498.10.Planeamento 1628.10.1Seleco dos itinerrios e do meio de transporte 1628.10.2Planeamento do transporte de carga 1638.10.3.Seleco da unidade de transporte de carga (CTU)1638.10.4. Utilizao do volume e da capacidade de peso da unidade de transporte de carga1648.10.5. Manual sobre acondicionamento de carga nas UTC1648.10.6. Requisitos do destinatrio da carga relativos ao acondicionamento da carga1648.10.7Inspeco das UTC.41658.11.Foras de acelerao e desacelerao1698.12Lista de abreviaturas e acrnimos 1698.13Bibliografa e Referncias1708.14Formao sobre acondicionamento da carga1718.15Agradecimentos17311 apresentada, em seguida, uma breve lista de regras bsicas que so sempre vlidas neste domnio, independentemente da carga transportada, e que devem ser recordadas ou observadas durante uma operao de transporte. Esta lista no autnoma. Deve ser complementada por explicaes mais detalhadas que podem ser encontradas no contedo do presente documento. necessrio ter presente que se uma carga no for acondicionada de forma adequada, constituir umperigoparaaspessoasenvolvidasnasoperaesdetransporteeparaterceiros. Acargamal acondicionada pode tombar do veculo, provocar congestionamento de trfego e a morte ou leses a terceiros. A carga mal acondicionada pode provocar a morte ou leses aos ocupantes do veculo aquando de uma travagem de emergncia ou de uma coliso. A mudana de direco de um veculo pode ser afectada pela forma como a carga se encontra distribuda e/ou acondicionada, difcultando o controlo do veculo. Algumas das seguintes dez regras so essencialmente dirigidas ao condutor, na medida em que este transporta fsicamente a carga at ao seu destino e, deste modo, se encontra directamente exposto aos riscos que envolvem a operao de transporte: Antesdecarregaroveculo,verifcarseaplataformadecarga,acarroariaeoequipamentodefxao da carga se encontram em boas condies de funcionamento. Acargadeveseracondicionadademodoaquenopossamover-se,rolar,oscilardevidoavi-braes, cair do veculo ou fazer com que este se volte. Determinaro(s)sistema(s)deacondicionamentoquemelhorseadapte(m)scaractersticasdacarga(travamentooubloqueio,amarraodirecta,amarraodetopoouumacombinao destas). Verifcarseasrecomendaesdofabricanterelativasaoveculoeaomaterialdetravamentosoobservadas. Verifcarseoequipamentodefxaodacargaproporcionalscondiesdaviagem.Astra-vagens de emergncia, as viragens bruscas para evitar obstculos, as estradas em ms condies ou as condies meteorolgicas adversas so situaes que devem ser consideradas como cir-cunstncias normais que podem ocorrer durante os percursos. O equipamento de fxao deve ser capaz de suportar estas condies. Semprequeumacargaforcarregada/descarregadaouredistribuda,necessrioinspeccionara carga e verifcar se existe excesso de carga e/ou se o peso da carga est mal distribudo antes de iniciar o transporte. Certifcar-se de que a carga est bem distribuda, de modo a que o cen-tro de gravidade da totalidade da carga assente o mais perto possvel do eixo longitudinal e seja mantidoomaisbaixopossvel:asmercadoriasmaispesadasporbaixoeasmaislevespor cima. Semprequepossvel,verifcarperiodicamenteoacondicionamentodacargaduranteopercur-so. A primeira inspeco deve ser feita, de preferncia, depois de percorridos alguns quilme-tros, num local de paragem seguro. Alm disso, o acondicionamento da carga deve ser inspec-Referncia breve: dez regras essenciais para o acondicionamento ade-quado da cargacionadoapsumatravagemdeemergnciaouqualqueroutrasituaoanormalqueocorra durante o percurso. Semprequepossvel,utilizarequipamentoquefaciliteoacondicionamentodacarga,porexem-plo, materiais de atrito, divisrias de carga, correias ou cintas, cantoneiras, etc. Certifcar-sedequeosdispositivosdeacondicionamentonodanifcamasmercadoriastrans-portadas. Conduzirsuavemente,ouseja,adaptaravelocidadescircunstnciasdemodoaevitaraltera-es bruscas de direco e travagens de emergncia. Se esta recomendao for seguida, as for-as exercidas pela carga manter-se-o baixas e no devem ocorrer problemas.131.1.IntroduoOs requisitos legais e o senso comum exigem que todas as cargas transportadas em veculos sejam devidamente acondicionadas, independentemente do tipo de percurso. Este acondicionamento per-mite proteger as pessoas envolvidas nas operaes de carga, descarga e conduo do veculo, em conjunto com outros utentes da estrada, pees, a prpria carga e o veculo. Asoperaesdecargaedescargadevemserconduzidasporpessoascomformaoespecfcae conscientes dos riscos envolvidos. Os condutores devem ter conscincia do risco adicional que re-presenta a deslocao da carga, ou partes da mesma, durante a conduo do veculo. Esta condio aplicvel a todos os veculos e a todos os tipos de carga. De um ponto de vista jurdico, a responsabilidade das operaes de carga/descarga deve ser assumi-da pelo condutor, no mbito das suas responsabilidades, e pelas pessoas que as efectuam. Na prti-ca, o condutor frequentemente obrigado a acoplar a um reboque j carregado ou a recolher um contentor j carregado e selado. Outra situao frequente surge quando a operao de carga efec-tuada por funcionrios do expedidor, situao em que muitas vezes o condutor obrigado a aguar-dar noutro local at que o carregamento do veculo seja concludo. Poressemotivo,todasaspartesenvolvidasdevemestarconscientesdassuasresponsabilidades. No possvel afrmar que, em todas as circunstncias, o condutor o nico responsvel pela carga transportada no seu veculo. Em alguns Estados-Membros, as obrigaes legais dos outros participantes envolvidos na cadeia de transporte j so abrangidas pelos respectivos regulamentos nacionais.Aspresentesorientaesvisamdisponibilizarinstrueseconselhosprticosbsicosatodasas pessoasenvolvidasnasoperaesdecarga/descargaeacondicionamentodacarganosveculos, incluindo transportadores e expedidores. Tambm sero teis para os organismos responsveis pela aplicao da legislao e para os tribunais, podendo igualmente servir de base aos Estados-Mem-bros quando estes adoptarem as medidas necessrias para aplicar a legislao respeitante forma-o dos condutores, em conformidade com a Directiva 2003/59/CE relativa qualifcao inicial e formao contnua dos motoristas de determinados veculos rodovirios afectos ao transporte de mercadorias e de passageiros. Pretendem ainda fornecer um guia para o acondicionamento adequa-do da carga em todas as situaes que possam ocorrer em situaes normais de trnsito. O leitor deve tambm ter em considerao que existem requisitos legais especfcos adicionais em alguns Estados-Membros. As orientaes serviro igualmente como base para a aplicao prtica da legis-lao relativa ao acondicionamento da carga.Sero disponibilizadas informaes mais detalhadas na Directiva OMI/OIT/CEE-ONU sobre o car-regamento das mercadorias nos equipamentos de transporte e no Curso modelo 3.18 da OMI, bem como na norma EN12195 Sistemas de reteno da carga nos veculos rodovirios, parte 1: Cl-culo das foras dos dispositivos de amarrao, parte 2: Cintas e correias de amarrao de fbra sinttica, parte 3: Correntes de amarrao e parte 4: Cabos de amarrao em ao. A informa-o sobre estes dispositivos de amarrao parte integral das presentes orientaes: ver Seces 1, 2 e 3.1.Generalidades14Na sua grande maioria, o Grupo de Peritos considera que os sistemas estabelecidos nas directivas OMI/OIT/CEE-ONU ou CEN devem ser aceites como os sistemas que permitem nveis de seguran-a adequados para o acondicionamento da carga nas operaes transfronteirias, devendo ambos os sistemas ser reconhecidos pelas autoridades de controlo para os transportes internacionais, deixan-do a escolha do sistema a aplicar transportadora ou ao carregador. Alguns Estados-Membros po-deriam, no entanto, impor um dos dois sistemas ou regras especfcas para o transporte nas suas vias rodovirias. As orientaes no se referem apenas carga transportada no veculo: abrangem igualmente qual-quer equipamento do veculo, incluindo equipamento de carga e dispositivos transportados ou mon-tados no veculo, tais como gruas, ps de fxao (patolas), portas traseiras, etc. Todos estes elemen-tos devem ser estivados e fxados de acordo com as instrues do fabricante, de modo a no consti-turem um perigo para o condutor, os passageiros, as pessoas que manuseiam os elementos, outros utentes da estrada, pees ou a prpria carga.Oplaneamentoessencialparaobterumtransportedacargaefcaz,fveleseguro.Maisvale prevenirdoqueremediarporoutraspalavras,planearbemasoperaesamelhorformade evitar muitas surpresas desagradveis. possvel obter economias importantes se existir um plane-amento adequado da estiva e da fxao da carga. Aescolha dotipo correcto de porta-cargase o acondicionamento da carga, tendo em conta as foras a que ser sujeita durante o transporte, so de extrema importncia. sempre necessrio conhecer o modo como a carga ser transportada, os meios de transporte que seroutilizados,seserumaoperaodetransportecombinadoounoesentoseleccionaro porta-cargas adequado carga e aos meios de transporte utilizados durante o itinerrio completo. (Mais informaes sobre planeamento no Anexo 8.10) 1.2.Objectivo das orientaesAmaioriadosEstados-Membrosexigequeacargasejacolocadanoveculodemodoaqueno possa lesionar pessoas, danifcar mercadorias, deslocar-se ou cair do veculo. Todos os anos ocor-rem acidentes e incidentes rodovirios na UE devido a cargas mal estivadas e/ou fxadas. Embora existam regras abrangentes sobre o acondicionamento da carga em alguns Estados-Membros, estas podem diferir no contedo e no mbito, o que difculta a tarefa dos transportadores internacionais em determinar os diferentes requisitos nacionais aplicveis.Em relao ao transporte rodovirio de mercadorias perigosas, os requisitos legais internacionais estabelecidosnoacordo ADRtornamobrigatriooacondicionamentoadequadodemercadorias perigosas. 1.3.Necessidade de acondicionamento da cargaO princpio fsico bsico subjacente s foras exercidas pela carga no seu ambiente consiste na ideia de que um objecto em movimento, se no forem exercidas foras, continuar a deslocar-se numa linha recta mesma velocidade. A velocidade de um objecto pode ser representada por uma seta: o comprimento da seta propor-cional velocidade do objecto; a direco da seta indica a linha recta que o objecto seguiria se no fossem exercidas quaisquer foras. 15Alterar a velocidade do objecto, isto , alterar o comprimento e/ou a direco da seta que o repre-senta, gerar foras. Por outras palavras, a nica situao em que uma carga no exerce qualquer fora no seu ambiente (excepto pelo seu peso, evidentemente) aquela em que a conduo efectuada numa linha recta a uma velocidade constante. Quantomaisestasituaoforalterada(porexemplo,travagemdeemergncia,forteacelerao, viragem difcil num cruzamento, mudana rpida de faixa, etc.), mais fortes sero as foras que a cargaexercenoseuambiente.Nocasodotransporterodovirio,estasforassoprincipalmente horizontais. Nestas situaes, o atrito raramente sufciente para evitar o deslizamento de uma car-ga mal acondicionada. Seria incorrecto assumir que o peso da carga ser sufciente para a manter em posio. Durante uma travagem de emergncia, por exemplo, a fora exercida pela carga em direc-opartedianteiradoveculopodesermuitoelevadaepraticamenteigualaopesodamesma. Deste modo, durante uma travagem de emergncia, uma carga com 1 tonelada empurrar na di-reco da parte da frente do veculo com uma fora aproximada de 1000 daN (isto , 1 tonelada em linguagem corrente; ver a seco seguinte para mais explicaes sobre massa e peso) No entanto, podem ser encontradas foras maiores se o veculo, por exemplo, for envolvido num acidente. Os princpios relativos ao acondicionamento da carga devem, deste modo, ser considerados como re-quisitos essenciais.Em resumo, se um veculo travar, a carga continuar a deslocar-se na direco original. Quanto mais forte for a travagem, maior ser a fora com que a carga empurrar para a frente. Se a carga no estiver adequadamente acondicionada (ver Captulo 3), continuar a deslocar-se para a frente, inde-pendentemente da direco do veculo! Arecomendaogeralconsisteem:acondicionarsempreacargadeformaadequadaeconduzir suavemente, isto , qualquer desvio a uma situao de linha recta/velocidade constante deve ser efectuado lentamente. Se esta recomendao for seguida, as foras exercidas pela carga manter-se-o baixas e no devem ocorrer problemas.1.3.1.Massa e pesoMesmo que sejam frequentemente confundidos, a massa e o peso tm naturezas diferentes. im-portante perceber a diferena, a fm de compreender os princpios aplicveis ao acondicionamento da carga. A massa uma propriedade da matria. Qualquer objecto (uma pena, um toro, um tijolo, um ca-mio,etc.)temumamassa,aqualestintrinsecamenteligadaquantidadedematriaqueeste contm (isto , a sua densidade). A massa de um objecto no depende do seu ambiente; a mesma na Terra, na Lua ou no espao exteriorO peso uma fora devida gravidade. A gravidade a propriedade pela qual todas as massas se atraem mutuamente. Por exemplo, a Terra e a Lua atraem-se mutuamente devido gravidade e f-cam, deste modo, a gravitar em torno uma da outra. A fora da gravidade que provoca a atraco mtua dos objectos proporcional s suas massas e diminui com a distncia que os separa (na ver-dade, com o quadrado da distncia: a fora de atraco entre dois objectos separados pelo dobro da distncia diminui atravs de um factor de 4, etc.). Assim, devido gravidade, a Terra atrai os objec-tos na sua proximidade, incluindo, evidentemente, os objectos sua superfcie, que a questo que mais nos interessa neste caso. 16O peso de um objecto a fora com que a Terra atrai esse objecto. Actualmente,nomodernosistemainternacionaldeunidades(osistemamtrico),asmassasso medidas em gramas (abreviatura: g) ou nos seus (sub)mltiplos, por exemplo, o quilograma (kg) ou a tonelada (t). As foras, como o peso, so medidas em Newton (abreviatura: N). O peso de uma massa de 1 kg de cerca de 9,18 N ao nvel do mar, o qual, para efeitos prticos, pode ser arredon-dado para 10 N ou 1 deca-Newton (abreviatura: daN). Deste modo, simplifcado para efeitos de acondicionamento da carga:O peso de 1 kg de massa de 1 daN. MassaPesoFigura 1: Massa versus pesoConforme afrmado anteriormente, o peso de um objecto proporcional sua massa, por isso o peso de 1 tonelada (1000 kg) de massa de 1000 daN, de 2 toneladas de massa de 2000 daN, etc.1.3.2.Centro de gravidadeO centro de gravidade de um objecto a mdia da distribuio da massa no objecto. Se a massa de um objecto estiver distribuda uniformemente, o centro de gravidade do objecto ser idntico ao seu centro geomtrico (por exemplo, o centro de gravidade de um cubo ou de uma esfe-ra homogneos seria o centro desse cubo ou dessa esfera). Se a massa de um objecto no estiver distribuda uniformemente, o seu centro de gravidade aproxi-mar-se- do ponto em que o objecto for mais pesado. Para apresentar um exemplo extremo, se um objecto fosse feito de uma parte em ao colada a uma parte em carto, o seu centro de gravidade seriacertamentelocalizadonaparteemao,dadoqueserianessapartequeasuamassaestaria concentrada. O centro de gravidade de um objecto no se encontra necessariamente no objecto. Por exemplo, um objecto em forma de boomerang teria um centro de gravidade localizado num ponto a meia dis-tncia entre as extremidades do boomerang, fora do objecto. 17 WH HWH H Centro de gravidadeCentro de gravidadeFigura 2: Centro de gravidadeImportncia para o acondicionamento da carga:Quanto mais elevado for o centro de gravidade de uma carga, mais esta tender a voltar-se quando sujeita a foras horizontais. Se o centro de gravidade de uma carga se situar verticalmente fora do centro relativo da projeco no solo (footprint) da carga, esta tender a voltar-se sobre a direco em que o centro de gravidade est mais prximo dos limites dessa projeco. Para uma carga muito pesada, a posio do centro de gravidade pode ser importante para um posicionamento e acondicio-namento correctos dessa carga no veculo, de modo a garantir a sua adequada distribuio.Quantomaiselevadoforocentrodegravidadedoconjuntoveculo/cargaconsideradocomoum todo, maior ser a probabilidade de o conjunto capotar.1.3.3.Foras de acelerao exercidas pela carga Figura 3: As setas indicam as foras principais que o acondicionamento da carga deve suportar181.3.4.DeslizamentoO atrito no pode ser a nica fora responsvel por evitar o deslizamento da carga mal acondicio-nada. Quando o veculo est em circulao, os movimentos verticais provocados pelas pancadas e vibraes da estrada reduziro a fora de reteno provocada pelo atrito. O atrito pode mesmo ser reduzido a zero se a carga abandonar momentaneamente a plataforma do camio. Os disposi-tivosdeamarraosuperiorououtrossistemasdereteno,almdoatrito,contribuemparao acondicionamentoadequadodacarga. Asforasdeatritodependemdascaractersticasmtuas das superfcies em contacto da carga e da plataforma do camio (ver tabela de atrito no Anexo 8.2). 1.3.5.Inclinao e quedaMesmo que a carga esteja impedida de deslizar atravs de dispositivos de travamento, podem ser necessrios sistemas de reteno adicionais para evitar inclinaes. O risco de inclinao depende da altura do centro de gravidade e das dimenses da seco de carga (ver Anexo 8.6).Para o clculo do risco de queda, utiliza-se a altura (A), a largura (L) e o comprimento (C) (fgura 4 supra). necessrio verifcar se o centro de gravidade no se encontra no centro.1.3.6.Rigidez da cargaA rigidez da carga tem uma grande infuncia nos sistemas que devem ser seleccionados para o seu acondicionamento. Se for transportada numa plataforma plana, a carga deve ser to rgida quanto possvel. Se a carga no for considerada sufcientemente rgida (sacas ou sacos grandes, por exem-plo) para aplicar de forma adequada dispositivos de amarrao, a rigidez pode ser melhorada atra-vs da utilizao de material de enchimento, cartes, divisrias de carga e protectores de extremi-dades. A quantidade de material necessria para o travamento/suporte da carga depende da rigidez das mercadorias. 1.3.7.Distribuio da cargaQuando colocada uma carga num veculo, as dimenses, eixos e pesos brutos mximos autoriza-dosnodevemserexcedidos(ver Anexo8.1:Orientaesrelativasdistribuiodecarga). As cargas mnimas por eixo devem ser igualmente consideradas para garantir estabilidade, viragem e travagem adequadas. As difculdades com a distribuio da carga no veculo ocorrem se este for parcialmente carregado oudescarregadoduranteopercurso.Oefeitonopesobruto,nascargasporeixoindividuais,no acondicionamentoenaestabilidadedacarganodevesernegligenciado.Emboraaremoode parte da carga reduza o peso bruto do veculo, a alterao na distribuio do peso pode sobrecarre-gar os eixos individuais (conhecido como o efeito de diminuio da carga). O centro de gravidade da carga e do conjunto veculo/carga ser alterado em conformidade, devendo ser considerados to-dos os aspectos aquando do carregamento do veculo.O capotamento do veculo um dos acidentes mais frequentes provocados por uma incorrecta dis-tribuio da carga. possvel obter orientaes mais detalhadas sobre a distribuio da carga no Anexo 8.1.191.3.8.Seleco e carregamento do veculoA concepo e a construo do veculo e da sua carroaria devem ser adequadas s cargas que o mesmo suposto transportar, em particular no que respeita s caractersticas e resistncia dos ma-teriais utilizados.Antes de carregar o veculo, necessrio verifcar se a plataforma de carga, a carroaria e o equipa-mentodefxaodacargaseencontramemboascondiesdefuncionamento.Recomenda-sea verifcao dos seguintes aspectos necessrio verifcar sea plataforma de carga est limpa e seca;asuperfciedaplataformaestemboascondies,sempainispartidos,pregossalientesou algo que possa danifcar o equipamento de fxao ou a carga;o painel de proteco da cabina est em boas condies de funcionamento;o suporte das cortinas laterais est em boas condies de funcionamento, com todas as ripas na posio correcta;no caso de contentores ou caixas mveis, todos os fechos e acessrios esto intactos e em boas condies de funcionamento;o equipamento de fxao est intacto, limpo e em condies de funcionamento TENHA EM ATENO que qualquer desgaste e corroso dos pontos de fxao devem ser alvo de especial ateno;existem sufcientes pontos de fxao disponveis no veculo para a carga a transportar. 1.3.9.Operaes de transporte multimodalSe um veculo for igualmente destinado a transporte martimo ou ferrovirio, um sistema de reten-o adequado para a estrada no ser necessariamente adequado para o percurso martimo ou ferro-virio devido s diferentes foras encontradas. Assim,oscdigos de boas prticas internacionais relativos aos transportes ferrovirios (UIC Unio Internacional dos Caminhos-de-Ferro, Anexo 2) emartimos(DirectivaOMI/OIT/CEE-ONUsobreocarregamentodasmercadoriasnosequipa-mentos de transporte) devem igualmente ser considerados.Para efeitos das presentes orientaes, entende-se por UTC (unidade de transporte de carga) qual-quer veculo de carga rodovirio, contentor, veculo cisterna rodovirio ou caixa mvel. O transporte multimodal consiste no transporte de uma unidade de transporte de carga (UTC) atra-vs de diferentes modos de transporte na cadeia de transporte. Os modos de transporte multimodal/combinado mais frequentes so: rodovirio, ferrovirio, navegao em guas interiores ou marti-mo.As unidades de transporte de carga transportadas atravs de diferentes modos de transporte sero sujeitas a foras de magnitudes diferentes, dependendo do modo utilizado.Notransporterodovirio,asmaioresforasocorremduranteastravagensdeemergnciaestas foras so direccionadas para a parte dianteira do veculo.20No transporte ferrovirio, podem ocorrer foras extremamente elevadas na direco longitudinal do vago. As maiores foras ocorrem durante as manobras, quando os vages chocam uns com os ou-tros depois de terem sido retirados de vias laterais para formar novas composies. No mar, as foras podem ocorrer em qualquer direco. As maiores foras so normalmente perpen-diculares ao eixo longitudinal do navio; quando este balanceia, por exemplo. Essas foras so direc-cionadasalternadamente paracadaladodonavioeocorremregularmente, muitasvezes,durante longos perodos de tempo. O navio pode igualmente balanar da popa at proa em mar encrespa-do, o que provocar foras verticais extremamente elevadas. Por conseguinte, sempre importante determinar a forma como a carga ser transportada para escolher o tipo de UTC adequado.Devem ser tomadas as seguintes precaues de manuseamento/estiva/acondicionamento durante as operaes de carga/descarga de uma UTC multimodal/combinada: AUTCdeveestarprotegidacontraqueda.SeumaUTCautnomanumchassisforcarregada/descarregada atravs de uma empilhadora de garfo, a UTC deve ser apoiada (atravs da coloca-o de apoios nas extremidades, por exemplo). Figura 4: A UTC deve estar protegida contra queda No interior da UTC, a carga deve ser acondicionada de modo a que no possa deslizar nemvoltar-se. Nocarregarcargaspesadassobrecargasleves.Semprequepossvel,ocentrodegravidadedocontentor carregado deve estar abaixo do ponto mdio da sua altura; Comumacargadeformaetamanhoregulares,deveprocurar-seumacondicionamentocont-nuo de taipal a taipal; Se existirem espaos vazios (ver Seco 3.1), a carga deve ser acondicionada com recurso amadeiras de estiva, carto dobrado ou outros meios adequados; Acargadeveserdistribudauniformemente(comoregrageralparacontentores,nodeveexis-tir mais do que 60% da massa total da carga numa das metades do contentor, longitudinal ou lateralmente); Devem ser tomadas medidas para garantir que a carga e as madeiras de estiva no tombemquando as portas forem abertas;21 Existemdisposiesespecfcasrelativasestivademercadoriasperigosas.Para obter informaes sobre os valores mximos das foras exercidas durante os diferentes modos de transporte, consultar o Anexo 8.11. 1.3.10.Formao sobre acondicionamento da cargaA Directiva 2000/56/CE relativa carta de conduo e a Directiva 2003/59/CE relativa formao de condutores profssionais estabelecem disposies para a formao dos condutores em matria de acondicionamento da carga, mas essas disposies so aplicveis apenas a uma minoria do nmero actual de condutores de camies e no so aplicveis s pessoas envolvidas nas operaes de carga e descarga dos veculos ou que planeiam o transporte. Deste modo, recomenda-se vivamente que sejam adoptadas medidas adicionais, na forma de qualifcaes iniciais ou na forma de um sistema deformaocontnua,afmdemelhorarosconhecimentosdaspessoasacimamencionadasem matria de acondicionamento da carga.Recomenda-se que as empresas introduzam medidas de formao ou que sejam criadas disposies no quadro das legislaes nacionais para defnir um sistema de formao inicial e de formao con-tnuaparatodasaspessoasenvolvidasnasoperaesdecarga,descargaeacondicionamentoda carganacadeiadetransporterodovirio. Almdisso,aconselha-sequeosEstados-Membroste-nham,nosseusorganismosdefscalizao,pessoascomformaoespecfcaparaverifcarema aplicaocorrectadasnormasrelativasaoacondicionamentodacargaafmdemelhorar,desse modo, a segurana rodoviria.Recomenda-se, por ltimo, que sejam estabelecidas disposies no que respeita qualifcao dos formadores em matria de acondicionamento da carga, por exemplo, as suas habilitaes acadmi-cas, verifcao das respectivas qualifcaes, formao contnua, gesto de qualidade para forma-o e formadores e actualizao contnua dos programas pedaggicos utilizados.Na maioria dos casos, no necessrio que todas as pessoas dominem todos os aspectos relativos ao acondicionamento da carga, pelo que se torna aconselhvel a existncia de um curso de introdu-o comum, complementado por cursos especializados adicionais que teriam em conta, por exem-plo, o sector, os tipos de veculos utilizados, as funes dos formandos e o tipo de carga transporta-da. O curso de introduo comum deve fornecer orientaes sobre legislaorelativaaoacondicionamentodacarga,responsabilidadeseregrastcnicas, normastcnicasnacionaiseinternacionaisrelativasaoacondicionamentodacarga, outrasfontesdeinformao, princpiosfsicos,pesoseforas, utilizaodeequipamentodefxao, princpiosesistemasbsicosdeacondicionamentodacargae materialdereteno.Todos os cursos de formao devem incluir uma componente prtica signifcativa.Pessoas com formao adequada constituem a nica base fvel para proteger os condutores, os outros utentes da estrada, o veculo e a carga dos perigos colocados por uma carga mal acondicionada.Para obter informaes mais detalhadas, consultar o Anexo 8.14.23As caractersticas tcnicas dos veculos e do equipamento de travamento devem ser objecto de ateno. Existem normas europeias que abrangem estas reas, mas os veculos e o equipamento detravamentonemsempresoconstrudosemconformidadecomessasnormas.importante verifcar se o veculo e os componentes cumprem os requisitos das normas essenciais. A confor-midade com as normas essenciais deve ser um factor fundamental ao seleccionar o veculo e os equipamentos de travamento. Devem ser tomadas precaues extremas se a conformidade com as normasnopuderserverifcada.Osdocumentosqueatestamaconformidadecomasnormas (declarao do fabricante, certifcado de conformidade emitido por um organismo notifcado) devem acompanhar permanentemente o veculo. O condutor deve examinar as caractersticas do veculo antes de ser iniciada a operao de carga, devendo igualmente serem seguidas as recomendaes do fabricante do veculo e do equipamento de travamento. Ostaipaistraseiroselateraisinstaladosnosveculos,seconstrudosadequadamente,permitem conter o deslocamento da carga. A resistncia da carroaria de um veculo deve ser baseada na nor-ma EN12642 ou em requisitos equivalentes. O requisito relativo s caixas mveis encontra-se na norma EN283. As normas (para o travamento) especifcam os requisitos mnimos para garantir a capacidade da carroaria em matria de acondicionamento da carga se no for utilizado equipamen-to de amarrao. importante verifcar as caractersticas dos veculos e se cumprem os requisitos necessrios para o acondicionamento adequado da carga. importante que as foras exercidas pela cargasejamdistribudasdeformatouniformequantopossvelsobreamenorpartepossvelde qualquer dispositivo de travamento. Devem ser evitadas cargas elevadas, isto , foras concentradas em partes relativamente pequenas da estrutura. 2.1.Painel de proteco da cabinaO painel de proteco da cabina dos camies e reboques com um peso bruto superior a 3,5 toneladas deve,nomnimo,serconcebidoemconformidadecomanormaEN12642ouequivalentesefor utilizado para acondicionamento da carga (ver ilustrao infra).Este requisito de segurana obriga a que o painel de proteco da cabina seja capaz de suportar uma fora equivalente a 40% do peso mximo da carga, mas no superior a 5.000 daN, direccionada para a frente e uniformemente distri-buda ao longo do painel, sem deformao residual excessiva. Se a carga for imobilizada contra o painel de proteco da cabina, a capacidade deste deve ser tida em considerao ao calcular o n-mero de dispositivos de amarrao. Conformemencionadosupra,estasregrasnosignifcamqueumveculosejacapazdesuportar estas foras, foras inferiores ou mesmo superiores. As caractersticas efectivas do veculo, no que respeita a esta questo e a todas as questes seguintes, devem ser inspeccionadas antes da carga ser acondicionada ou mesmo antes do carregamento do veculo. en 1264240%da carga til 5 tFigura 5: Requisitos de resistncia do painel de proteco da cabina2.Carroaria do veculo e equipamento adequado para travamento em veculos242.2.Painis lateraisOs painis laterais dos camies e reboques com um peso bruto superior a 3,5 toneladas devem, no mnimo, ser concebidos em conformidade com a norma EN12642 ou equivalente se forem utiliza-dos para acondicionamento da carga. Este requisito de segurana obriga a que o painel lateral seja capaz de suportar uma fora equivalente a 30% do peso mximo da carga, direccionada lateralmen-te e distribuda uniformemente ao longo do painel, sem deformao residual excessiva. Se a carga for imobilizada contra o painel lateral, a capacidade deste deve ser tida em considerao ao calcular o nmero de dispositivos de amarrao. Este requisito igualmente aplicvel aos modelos com cobertura rgida/no rgida com painis laterais. en 1264230%da carga tilFigura 6: Requisitos de resistncia dos painis laterais2.3.Painis traseirosO painel traseiro deve, no mnimo, ser concebido em conformidade com a norma EN12642 ou equivalente se for utilizado para acondicionamento da carga. Este requisito de segurana obriga a que o painel traseiro seja capaz de suportar uma fora equivalente a 25% do peso mximo da carga, mas no superior a 3,100 daN, direccionada para trs e uniformemente distribuda ao longo do painel, sem deformao residual excessiva. Se a carga for imobilizada contra o painel traseiro, a capacidade deste deve ser tida em considerao ao calcular o nmero de dispositivos de amar-rao. en 1264225%da carga til 3,1 tFigura 7: Requisitos de resistncia dos painis traseiros2.4.Carroaria tipo caixaOs taipais laterais das carroarias tipo caixa devem, de preferncia, ser concebidos em conformida-de com a norma EN12642. Este requisito de segurana obriga a que o taipal lateral seja capaz de suportarumaforauniformementedistribudaequivalentea30%dopesomximodacargasem deformao residual excessiva. Se a carga for imobilizada contra o taipal lateral, a capacidade des-te deve ser tida em considerao ao calcular o nmero de dispositivos de amarrao. 25 en 1264230%da carga tilFigura 8: Requisitos de resistncia dos taipais laterais das carroarias tipo caixa2.5.Reboque com abertura lateral (reboques com cobertura rgida/no rgida ou reboque de lona)Os taipais laterais dos reboques com cobertura rgida/no rgida ou reboque de lona podem, at certo ponto, ser utilizados para acondicionamento de carga. Os taipais laterais destas carroarias devem ser capazes de suportar uma fora horizontal interna equivalente a 30% do peso mximo da carga. A fora distribuda uniformemente na horizontal, com 24% do peso mximo da carga concentrado na parte rgida do taipal lateral e 6% na parte fexvel (norma EN12642). Se a carga for imobilizada contra o taipal lateral, a capacidade deste deve ser tida em considerao ao calcular o nmero de dispositivos de amarrao. en 126426%da carga til24%da carga tilFigura 9: Requisitos de resistncia dos taipais laterais dos tipos de reboques com cobertura rgida/no rgida ou reboques de lona2.6.Veculos com cortinas lateraisGeralmente, as mercadorias transportadas em veculos com cortinas laterais devem ser acondicio-nadas tal como se fossem transportadas num veculo de caixa aberta. Se a confgurao da carga ou o seu acondicionamento provocarem problemas se for utilizado um veculo de caixa aberta, ento a carga deve ser igualmente considerada inadequada para um veculo com cortinas laterais. 26As cortinas dos veculos com cortinas laterais NO DEVEM ser consideradas parte integrante de qual-quer sistema de reteno da carga, excepto se tiverem sido especifcamente concebidas em conformida-de com a norma EN12642-XL. Se as cortinas tiverem sido concebidas como um sistema de reteno, a capacidade de carga deve estar claramente assinalada no veculo se no for visvel qualquer marcao, deve considerar-se que a cortina NO tem funes de suporte de carga. De modo idntico, se estiverem instaladascortinasverticaisinterioresnoconcebidasespecifcamenteparaumadeterminadacarga, NO DEVEM igualmente ser consideradas parte integrante do sistema de reteno da carga. As corti-nas e as cortinas verticais interiores devem ser consideradas apenas como um meio de manter no inte-rior do veculo artigos pequenos e isolados eventualmente soltos durante o percurso.A norma europeia EN283 indica que os dispositivos de fxao da carga so obrigatrios em caixas mveis com cortinas laterais. No se aconselha a utilizao de uma cortina para fns de reteno da carga. en 126420%da carga tilFigura 10: Requisitos de resistncia dos taipais laterais dos veculos com cortinas laterais2.7.EscorasAs escoras para cargas de tipo cilndrico devem proporcionar um travamento transversal s foras exercidas pelas embalagens cilndricas. Devem ser concebidas de modo a que, em conjunto, possam suportar uma fora lateral equivalente a 50% do peso mximo da carga a meio da altura desta (A/2), acima da base da plataforma do veculo rodovirio. As escoras para cargas de tipo no cilndrico devem ser concebidas de modo a que, em conjunto, possam suportar uma fora lateral equivalente a 30% do peso mximo da carga a meio da altura desta (A/2), acima da base da plataforma do veculo rodovirio. P=0,5 carga mximaFigura 11: Escoras para cargas cilndricas272.8.Pontos de amarraoOs pontos de amarrao nos transportes de carga devem ser colocados em pares, opostos uns aos outros, ao longo das paredes laterais, com um espaamento longitudinal de 0,7 a 1,2 m e a um m-ximo de 0,25 metros do bordo exterior. prefervel utilizar barras com pontos de amarrao conse-cutivos. Cada ponto de amarrao deve, em conformidade com a norma EN12640, suportar, pelo menos, as seguintes foras de amarrao: Peso total do veculo em toneladas Resistncia do ponto de amarrao em daN3,5 a 7,5 8007,5 a 12,0 1 000 mais de 12,0 2 000* *(normalmente, recomenda-se 4.000 daN)Na fgura seguinte, so apresentados dispositivos de amarrao com a forma de tensionador fxo, bem como ganchos instalados no porta-cargas.DUO-EYELETPLAT-FORM BEDEDGEFRAMESIDEBOARD

Olhal duplOplaTaFORMaCanTOneiRapainel laTeRalFigura 12: Olhal de amarrao2.9.Contentores ISO (ISO 1496-1) 1234567891011Piso Apoio da base Soleira da porta Pilar de canto Tejadilho Lambril do taipal Caixilho superior da porta Porta traseira Taipal traseiro Apoio do tejadilho Pala de reforoFigura 13: Vista explodida do desenho e construo do contentor282.9.1.Taipais traseirosEm conformidade com a norma ISO, os taipais frontais e os taipais traseiros (portas da retaguarda) devem suportar uma carga interna (fora) equivalente a 40% do peso mximo da carga, distribuda uniformemente ao longo de toda a superfcie do taipal traseiro (superfcie da porta). 2.9.2.Taipais lateraisOs taipais laterais devem suportar uma carga interna (fora) equivalente a 30% do peso mximo da carga, distribuda uniformemente ao longo de toda a parede.2.9.3.Pontos de ligao e de amarraoOspontosdeligaodevemserconcebidoseinstaladosemconformidadecomanorma EN12195-2, ou ISO1496-1, que estabelece que cada ponto de ligao deve fornecer uma carga mnima de 1.000 daN aplicada em qualquer direco. Os pontos de amarrao devem ser con-cebidos e instalados de modo a fornecer uma carga mnima de 500 daN aplicada em qualquer direco.2.10.Caixas mveis Figura 14: Caixa mvel assente sobre ps de fxao (patolas)Os valores da fora de carga relativos s caixas mveis so estabelecidos na norma EN283. Os va-lores so equivalentes aos de uma carroaria padro para camies especifcados na norma EN12642 (ver captulos 2.1 a 2.6 supra).29Os principais sistemas de reteno so os seguintes: travamento, bloqueio, amarraodirecta, amarraodetopoe combinaesdestessistemas emconjuntocomoatrito. Os sistemas de reteno utilizados devem ser capazes de suportar as diferentes condies climticas (temperatura, humidade) que podero ser encontradas durante a viagem. 3.1.Travamento ou bloqueio Fila ou camada de cargaSeco de cargaFigura 15Travamento ou contraventamento signifca que a carga acondicionada nivelada contra estruturas fxasouelementosdoporta-cargas.Estespodemteraformadepainisdeprotecodacabina, painis laterais, taipais laterais ou escoras. A carga pode ser acondicionada directa ou indirectamen-te(utilizandomaterialdeenchimento)contraosdispositivosdetravamentofxosinstaladosno porta-cargas, de modo a evitar o seu deslocamento horizontal. Em termos prticos, difcil conse-guir que a carga fque frme contra os dispositivos de travamento, permanecendo geralmente uma pequenafolga. Asfolgasdevemsermnimas,especialmenteasquedizemrespeitoaopainelde protecodacabina. Acargadeveserimobilizadadirectamentecontraopaineldeprotecoda cabina ou atravs da colocao de material de enchimento entre esta e o painel. necessrio ter em ateno que os volumes devem ser igualmente acondicionados no veculo. Se as superstruturas do veculo cumprirem os requisitos da norma EN12642 e a carga tiver sido unifor-mementedistribuda,asfolgaslateraisnodevemsersuperioresa80mmparaqueosvolumes possam ser considerados como adequadamente imobilizados entre os painis laterais. Devem ser evitadas as folgas com cargas muito concentradas. Os volumes imobilizados de forma inadequada necessitam de meios adicionais de fxao ao veculo. 3.1.1.Travamento com material de enchimentoUm acondicionamento efcaz da carga atravs de um sistema de travamento obriga a uma arruma-o compacta dos volumes contra os dispositivos de travamento do porta-cargas e entre os volumes individuais. Se a carga no ocupar os espaos entre os painis traseiros e laterais e no for fxada de 3.Sistemas de reteno30outromodo,asfolgasdevemserpreenchidascommaterialdeenchimentoafmdecriarforas compressivas que proporcionem uma imobilizao satisfatria da carga. Essas foras compressivas devem ser proporcionais ao peso total da carga. Figura 16: Material de enchimento entre as camadas de cargaSo indicados, a seguir, alguns materiais de enchimento. PaletesdecargaAs paletes de carga constituem frequentemente uma forma adequada de material de enchimento. Se o espao livre junto dos dispositivos de travamento for superior altura de uma Euro palete (cerca de 15 cm), ento a folga pode ser preenchida com, por exemplo, este tipo de paletes colocadas na parte posterior, de modo a que a carga fque adequadamente imobilizada. Se o espao livre junto aos painis laterais de qualquer lado da seco de carga for inferior altura de uma EURO palete, ento a folga do painel lateral pode ser preenchida com material de enchimento adequado, por exemplo, pranchas de madeira. AlmofadasdearAs almofadas de ar insufveis esto disponveis como artigos descartveis ou produtos reciclveis. As almofadas so fceis de instalar e so insufveis com ar comprimido, muitas vezes, atravs de um orifcio no sistema de ar comprimido do camio. Os fornecedores de almofadas de ar devem disponibilizar as instrues e as recomendaes relativas capacidade de carga e presso de ar adequadas. importante evitar danos nas almofadas de ar devido ao desgaste e a eventuais rasgos. As almofadas de ar nunca devem ser utilizadas como material de enchimento contra portas ou su-perfcies ou partes no rgidas. Picture 8: Air cushion in a semi trailer CROSS BATTEN SPACER BATTEN Figura 17: Almofadas de ar num semi-reboque31Travessas de travamentoSe existirem folgas muito grandes entre a carga e os dispositivos de travamento, e foras de contraven-tamento elevadas, , muitas vezes, adequado utilizar travessas de travamento equipadas com separa-dores de madeira sufcientemente forte. importante que as travessas de travamento sejam instaladas de modo a que os separadores fquem sempre perpendiculares carga que est a ser calada. Deste modo, as travessas de travamento so mais efcazes a resistir s foras exercidas pela carga. Picture 8: Air cushion in a semi trailer CROSS BATTEN SPACER BATTEN TRaVeSSa TRanSVeRSal TRaVeSSa de eSpaaMenTOFigura 18: Travessas de travamento TravessasdiagonaisetransversaisO travamento longitudinal por meio de travessas diagonais ou transversais constitui um sistema de travamento directo adequado especifcamente aos contentores, cujas vigas de canto rgidas e verti-cais so utilizadas como apoio.As travessas de travamento so utilizadas para travamento longitudinal na base da carga, mas po-dem ser igualmente utilizadas como material de enchimento. DIAGONAL BATTENCROSS BATTENBLOCKING BRACE TRaV. TRanSVeRSal TRaVeSSa diaGOnalTRaV. TRaVaMenTO Figura 19: Travessas diagonais e transversais3.1.2.Travamento em altura e travamento com painelSe existir uma diferena de altura entre vrias camadas, possvel utilizar um sistema de travamen-toemalturaoudetravamentocompainel,paratravarabasedacamadamaiselevadadacarga contra a camada mais baixa.32Ao utilizar um tipo de material de suporte como, por exemplo, paletes de carga, a seco de carga elevada de modo a formar uma elevao e a camada mais elevada da carga fca imobilizada longi-tudinalmente na base. DIAGONAL BATTENCROSS BATTENBLOCKING BRACE Figura 20: Travamento em altura Se os volumes no forem sufcientemente rgidos e estveis para o travamento em altura, possvel conseguir um travamento idntico com painis que consistam em pranchas ou paletes de carga dispos-tas do modo abaixo indicado. Dependendo da rigidez dos volumes de carga, possvel criar uma es-trutura de travamento, de modo a proporcionar uma grande ou pequena superfcie de travamento. Figura 21: Travamento com painelSe for utilizado travamento em altura ou travamento com painel na retaguarda, no mnimo, duas seces da camada inferior devem situar-se atrs da seco de travamento.3.1.3.Travamento entre as camadas de uma seco de cargaOtravamentocruzadosobaformadeestruturas(a fgura mais pequena esquerda) utilizado para imo-bilizar lateralmente vrias camadas (conhecido como travamento entre camadas).Otravamentolateralemalturapodeserigualmente conseguido se os volumes possurem alturas diferentes ou se forem colocados painis entre as vrias camadas.O travamento das vrias camadas pode ser consegui-do atravs de esteiras, tal como demonstrado na fgu-ra superior do exemplo infra. TRaVaMenTO enTRe aS CaMadaSTRaVaMenTO CRuzadOFigura 22: Travamento cruzado e travamento entre as camadas333.1.4.Travessas de madeira cravadas na plataforma de cargaNosporta-cargasquepossuemplataformasdemadeirarobustas,otravamentonabasedacarga pode ser conseguido com travessas de madeira cravadas directamente no piso da plataforma. A for-a mxima de fecho por cada prego pode ser consultada no Anexo 8.33.1.5.Calos e calos de apoioOs calos pontiagudos (aperto de cunha por ponto) e os calos de travamento (aperto de cunha por bloqueio) podem ser utilizados para evitar o deslocamento de objectos cilndricos ao longo da pla-taforma de carga (ver fgura abaixo). Os calos de travamento devem ter uma altura mnima de R/3 (um tero do raio do cilindro) se no exis-tir amarrao de topo. Se forem utilizados em conjunto com amarrao de topo, a altura mxima obriga-tria de 200 mm. O ngulo do calo deve ser de aproximadamente 45, como indicado abaixo. STANCHION BOARD eSCORapainelFigura 23: Calos pontiagudos e calos de travamentoSe os calos em madeira forem cravados no piso, necessrio verifcar se a sua fora no fcou re-duzida.Os calos pontiagudos, normalmente com um ngulo de 15, no possuem capacidade de fxao da carga e a sua principal funo a de manter as mercadorias com forma cilndrica imobilizadas durante as operaes de carga e de descarga. O pequeno ngulo do calo normalmente sufciente para travar o deslizamento.Os calos de travamento (aproximadamente 45) so utilizados como blocos para evitar o desloca-mento de colunas de mercadorias com forma cilndrica e devem ser, por sua vez, imobilizados contra dispositivos de travamento adequados do porta-cargas. Os cilindros devem ser igualmente amarrados na plataforma com uma cantoneira e necessria amarrao de topo nos rolos da retaguarda.Calo de apoioOs dois calos mais longos devem ser mantidos em posio atravs de um travamento cruzado re-gulvel, por exemplo, cavilhas ou correntes. O travamento cruzado deve ser efectuado de modo a conseguir um espao mnimo de 20 mm entre o cilindro e a plataforma, a fm de garantir que o cal-o de apoio no se desloca lateralmenteA altura dos calos deve ser de: nomnimo,R/3(terodoraiodocilindro)senoexistiramarraodetopoou nomximo,200mmemconjuntocomamarraodetopo.34 Figura 24: Mercadorias com forma cilndrica num calo de apoio(o ngulo de aproximadamente 37 deriva do tringulo rectangular egpcio, cujos lados esto na proporo de 3, 4 e 5) 3.2.AmarraoA amarrao consiste num dispositivo de reteno, por exemplo, cintas, correntes ou cabos de ao que amarram a carga ou mantm a carga em contacto com a plataforma ou qualquer outro disposi-tivo de travamento. As amarraes devem ser feitas de modo a fcarem exclusivamente em contacto com a carga a fxar e/ou com os pontos de fxao. No devem ser efectuadas por cima de elementos fexveis, portas laterais, etc.3.2.1.Amarrao de topoA amarrao de topo consiste num sistema de fxao em que as amarraes so posicionadas por cima da parte superior das mercadorias a fm de evitar o deslizamento ou a inclinao da carga. Se no existir qualquer tipo de travamento lateral na parte inferior, a amarrao de topo pode ser utili-zada, por exemplo, para pressionar a carga contra a plataforma. Contrariamente ao travamento, a amarrao de topo fora a carga contra a plataforma de carga. Mesmo que o atrito evite o deslizamento da carga, as vibraes e os choques durante o transporte podem provocar o seu deslocamento. Esta situao torna a amarrao de topo necessria mesmo quando o atrito elevado. Figura 25: Amarrao de topo35 Figura 26: Amarrao de topo3.2.2.Amarrao em laoA amarrao em lao uma forma de amarrao da carga com linga a um dos lados da carroaria do veculo, a fm de evitar o deslizamento da carga para o lado oposto. De modo a conseguir uma amarrao com dupla aco, os laos de amarrao devem ser utilizados aos pares, o que tambm evita a queda da carga. So necessrios dois pares de laos de amarrao para evitar a toro longi-tudinal da carga. A capacidade do lao de amarrao para suportar a traco necessria depende da resistncia dos pontos de amarrao, entre outros aspectos. Figura 27: Amarrao em laoParaevitarodeslocamentodacarganadirecolongitudinal,oslaosdeamarraodevemser utilizados em conjunto com o travamento na base. O lao apenas proporciona uma reteno lateral, isto , na direco lateral. 36 Figura 28: Amarrao em lao combinada com travamento na base3.2.3.Amarrao com lanantesA amarrao com lanantes pode ser utilizada para prevenir a inclinao e/ou o deslizamento para a frente e para trs. A utilizao da amarrao com lanantes combinada com o travamento na base para a frente ou para trs um sistema de reteno que consiste numa linga (amarra) ao longo do canto da camada da carga e duas amarras diagonais, a fm de evitar o deslizamento e a inclinao da camada de carga. A amar-rao com lanantes pode consistir tambm numa nica linga redonda, colocada ao longo da aresta da camada da carga e amarrada com uma amarrao diagonal em cada lado. O ngulo da superfcie da carga medido na direco longitudinal e recomenda-se que o ngulo no seja superior a 45. PaletesCintas de amarraoPlataforma de cargaOlhais de amarraoFigura 29: Exemplo de amarrao traseiraUma amarrao diagonal com cinta de canto deve ser calculada tendo em conta o ngulo, o atrito e a capacidade de amarrao (CA) indicada no rtulo das amarras, em conformidade com a norma EN12195. Dois pares opostos de amarras diagonais com cintas de canto podem ser igualmente uti-lizados como alternativa a uma amarrao envolvente. 37Max 450Max 450Figura 30: A amarrao com lanantes impede a queda da seco de carga3.2.4.Amarrao envolventeA amarrao envolvente constitui, combinada com outras formas de acondicionamento, um sistema para prender vrios volumes.Aamarraoenvolventehorizontaldacargaconsisteemprendervriosvolumesemsecesde carga para, deste modo, reduzir o risco de queda da carga. Figura 31: Amarrao envolvente horizontal das duas ltimas seces de carga. A amarrao envolvente vertical utilizada para prender vrios artigos a fm de estabilizar a seco de carga e aumentar a presso vertical entre as camadas. Deste modo, o risco de deslizamento inter-no reduzido.As cintas plsticas ou metlicas (ver 1.3.4.5) so geralmente utilizadas na amarrao envolvente. 38 Figura 32: Amarrao envolvente vertical da carga. 3.2.5.Amarrao directaSe a carga estiver equipada com olhais de amarrao compatveis com a resistncia da amarrao, possvel amarrar directamente entre os olhais de amarrao e os pontos de amarrao do veculo. Figura 333.2.6.Equipamento de amarraoA escolha dos melhores sistemas de acondicionamento de uma carga num veculo depender do tipo e da composio da carga a transportar. Os operadores devem equipar o veculo com equipamento de fxao adequado para os tipos de carga que geralmente transportam. Se for transportada carga geral, devem estar disponveis vrios tipos de equipamento de fxao. As cintas so utilizadas frequentemente para amarrao de topo (de atrito), mas tambm podem ser utilizadas para amarrao directa (especialmente quando so utilizadas amarraes de grandes di-menses).No caso de mercadorias com arestas pontiagudas e de mercadorias pesadas, tais como maquinaria, ao,beto,equipamentomilitar,etc.,podemserutilizadascorrentesdeamarrao. Ascorrentes devem, normalmente, ser utilizadas para amarrao directa.Oscabos deaosoadequadosparacargascomoamalhadeaoutilizada parareforarbeto e alguns tipos de cargas de madeira, por exemplo toros redondos empilhados longitudinalmente. 39No acondicionamento da carga, diferentes tipos de amarraes so utilizados com diferentes fns. As cintas de amarrao feitas de fbras sintticas (normalmente polister) (consultar norma EN12195-2),ascorrentesdeamarrao(consultarnormaEN12195-3)ouoscabosdeamarraoemao (consultarnormaEN12195-4)sonormalmente utilizadoscomodispositivosdeamarrao. Pos-suem um rtulo com a especifcao da Capacidade de Amarrao (CA) em deca-Newtons (daN: a unidade de fora ofcial em vez do quilograma) e a fora de tenso padro para a qual o equipamen-to foi concebido. A fora manual mxima que deve ser aplicada s amarraes de 50 daN. NOTA: No utilizar dispositivos mecnicos como, por exemplo, alavancas, trancas, etc., ex-cepto se o dispositivo de tensionamento for especifcamente concebido para ser utilizado com tais dispositivos. Apenas devem ser utilizados equipamentos de amarrao com marcaes e rtulos legveis.Os dispositivos de amarrao podem ser ligados em conjunto, mas as combinaes utilizadas em paralelo devem ter a mesma marcao. Podem ser ligados para formar combinaes envolventes ou ser dotados de acessrios terminais para fxao em dispositivos fxos do porta-cargas, tais como argolas, ganchos, entalhes, etc. No caso de amarraes de topo com cintas de fbra sinttica, o dis-positivo de tensionamento um roquete deve atingir uma fora de pr-tenso de, no mnimo, 10% da capacidade de amarrao (CA), com uma fora manual de 50 daN. A fora mxima de pr-tenso autorizada,paraumaforamanualde50daN,de50%dacapacidadedeamarrao(CA)para todos os equipamentos de amarrao. Figura 34: Cinta seriamente danifcada? Deite-a no caixote do lixo! Todos os equipamentos utilizados para acondicionamento de cargas devem ser inspeccionados pe-riodicamente no que respeita a desgaste ou danos. Os procedimentos de inspeco e de manuteno devem estar em conformidade com as instrues do fabricante. Deve ser prestada especial ateno a cabos e cintas para garantir que no existem defeitos visveis como, por exemplo, o desgaste dos fos. Estes dispositivos devem ser igualmente inspeccionados para garantir que no sofreram cortes ou danos resultantes de utilizao incorrecta. Consulte o fabricante ou os fornecedores dos disposi-tivos de amarrao se tiver dvidas quanto necessidade de reparao. 3.2.7.Sistemas de cintasOs sistemas de cintas so adequados para o acondicionamento de vrios tipos de cargas. So nor-malmente constitudos por uma cinta com acessrios terminais e possuem um dispositivo de tensio-namento incorporado. Recomenda-sevivamenteautilizaodesistemasmontadosemconformidadecomanorma EN12195-2 ou equivalente. 40As cintas simples no so abrangidas por nenhuma norma, sendo importante verifcar se possuem caractersticas idnticas s cintas normalizadas.A fora de tenso que pode ser atingida por uma fora manual de 50 daN deve ser indicada no rtu-lo como a fora de tenso padro do sistema de cintas (Capacidade de Amarrao CA, Fora Manu-al Padro FMP, Fora de Tenso Padro FTP) Figura 35: Roquete Figura 36: Rtulo em conformidade com a norma EN12195-2Esto disponveis cintas feitas em polister, poliamida ou polipropileno. O polister perde um pou-co de resistncia quando hmido e muito resistente a cidos moderados, mas pode ser danifcado por lcalis. A poliamida pode perder at 15% de resistncia quando hmida e muito resistente a lcalis, mas pode ser danifcada por cidos moderados. O polipropileno til quando necessria resistncia qumica. As cintas em polister esto disponveis em vrios tamanhos, devendo as suas propriedades estar claramente marcadas, em conformidade com a norma EN12195-2.Antesdautilizao,necessrioverifcarseaspartesmetlicasdoarnsnoestocorrodasou danifcadas, se a cinta no est cortada ou puda e se todas as costuras esto em boas condies. Se forem encontrados danos, o fabricante ou os fornecedores devem ser avisados. 41As cintas de polister reutilizveis de 50 mm de largura, com 2.000 daN CA, so normalmente uti-lizadas em veculos pesados. O alongamento mximo de 7% na CA. As cintas com CA at 20.000 daN so utilizadas no transporte de mquinas pesadas. 3.2.8.Amarrao com correntesA resistncia de uma corrente determinada por duas propriedades: a espessura dos elos e a quali-dade do metal utilizado. A norma EN12195-3 Sistemas de reteno da carga nos veculos rodovi-riosSegurana;Parte3:Correntesdeamarraoestabeleceosrequisitosparacorrentesde amarrao (ver detalhes no Anexo 8.4). As correntes utilizadas devem ser compatveis com os re-quisitos da carga transportada. Se necessrio, devem ser utilizadas embalagens rgidas ou seces oblquas nos cantos ou arestas pontiagudas, o que evita danos para as correntes e tambm para o raio em torno do qual se processa a inclinao, aumentando, deste modo, a resistncia efectiva. Figura 37: Escavadora amarrada diagonalmente com correntesNunca devem ser utilizadas correntes de amarrao com ns ou ligadas com uma cavilha ou pa-rafusos. As correntes de amarrao e as arestas das cargas devem ser protegidas contra abraso e danos,utilizandocapasprotectorase/ouprotectoresdecanto.Ascorrentesdeamarraoque apresentem sinais de danos devem ser substitudas ou devolvidas ao fabricante para reparao. Seguem-se alguns sinais de danos que requerem a substituio dos componentes defeituosos:nas correntes: fssuras superfciais, alongamento superior a 3%, desgaste superior a 10% do di-metro nominal, deformaes visveis;nos componentes de ligao e dispositivos de tensionamento: deformaes, fendas, sinais pro-nunciados de desgaste, sinais de corroso. As reparaes apenas devem ser efectuadas pelo fabricante ou pelos seus agentes. Aps a reparao, o fabricante deve garantir que o desempenho original das correntes de amarrao foi restaurado.Os elos de ligao das correntes devem ser inspeccionados antes de cada utilizao. As correntes apenas devem ser utilizadas em conjunto com tensionadores e esticadores adequados com uma car-ga til compatvel com a da corrente.3.2.9.Amarrao com cabo de aoOs cabos de ao so adequados para a amarrao da carga quando so utilizados de modo idntico s correntes.Nuncadevemserutilizadoscabosisoladosparaamarrao,umavezquenopossvel avaliar facilmente o seu bom funcionamento e qualquer falha implicar a falha total da reteno. 42A resistncia dos cabos diminui se forem dobrados sobre as arestas, em funo do dimetro de do-bragem. Para que um cabo mantenha toda a sua resistncia mecnica, o dimetro da dobragem deve ser, no mnimo, 6 vezes superior ao dimetro do cabo. Como regra prtica, para um dimetro de dobragem pequeno, a resistncia reduzida em 10% para cada unidade abaixo de 6 (por exemplo, se o dimetro de dobragem for igual ao qudruplo do dimetro do cabo, a resistncia do cabo re-duzida em 20%; assim, a resistncia residual representa 80% do valor nominal). Em qualquer caso, deve considerar-se que os cabos colocados sobre arestas pontiagudas mantm apenas 25% da sua resistncia normal. Alm disso, os olhais dos cabos devem estar apertados com, no mnimo, 4 ganchos. Com menos ganchos, a resistncia diminui proporcionalmente. O lado aberto do olhal deve fcar sempre oposto aos parafusos. Como regra prtica, o cabo deve estar apertado em metade do seu dimetro. Os fos e os cabos de ao, bem como todos os componentes de ligao, devem ser examinados re-gularmente por uma pessoa qualifcada. Alguns exemplos de sinais de danos:fracturas localizadas; reduo, por abraso, do dimetro da ponteira em mais do que 5%;danos numa ponteira ou numa juno;fracturas visveis do cabo em mais do que 4 flamentos num comprimento de 3d, mais do que 6 flamentos num comprimento de 6d ou mais do que 16 flamentos num comprimento de 30d; (d=dimetro do cabo);desgaste ou abraso notrios do cabo em mais do que 10% do dimetro nominal (valor mdio de duas medies em ngulos rectos);esmagamento do cabo em mais de 15%, falhas e dobras;nos componentes de ligao e dispositivos de tensionamento: deformaes, fendas, sinais pro-nunciados de desgaste, sinais de corroso;defeitos visveis nas maxilas da pol do cabo. Os cabos de ao com cordes partidos no devem ser utilizados. Os cabos de ao devem ser utiliza-dos apenas a temperaturas compreendidas entre -40C e +100C. Sob temperaturas inferiores a 0C, eliminar eventuais formaes de gelo no cabo de travagem e de traco dos elementos de tensiona-mento (guinchos, guindastes). Devem ser tomadas precaues para que os cabos de ao no sejam danifcados por possveis arestas pontiagudas da carga.3.2.10.EsticadoresOs esticadores so normalmente utilizados em correntes e em cabos de ao (ver norma EN12195-4) dotados de um dedal em cada olhal e um mnimo de trs ou quatro parafusos em U para aperto de cabosdeaodecadalado,emconformidadecomanormaEN13411-5.Devemestarprotegidos contra desprendimento e devem estar posicionados de modo a evitar inclinao. abertoFigura 38: Esticador com cabo curto para evitar sobrecargas superiores a 50 daN de fora manual (a tenso atingida no deve exceder 50% da CA).L - open L - aberto433.2.11.Redes ou toldos com amarraesAsredesutilizadasnoacondicionamentoouretenodedeterminadostiposdecargapodemser fabricadas com cintas ou cordas de fbra natural ou sinttica ou fo de ao. As redes de fxao so normalmente utilizadas como barreiras para dividir o espao de carga em compartimentos. As redes emcordaouemcordofnopodemserutilizadasparafxarcargasapaletesoudirectamenteao veculo como um sistema primrio de reteno. As redes mais leves podem ser utilizadas para cobrir veculos abertos e pequenos contentores quan-do o tipo de carga no requer um toldo. Devem ser adoptadas medidas para assegurar que as partes metlicas das redes no so corrodas ou danifcadas, que as cintas no esto cortadas e que todas as costuras esto em boas condies. As redes em corda ou cordo fno devem ser inspeccionadas para deteco de cortes ou outros danos nas fbras. Se necessrio, devem ser efectuadas reparaes por uma pessoa competente antes da utilizao da rede. O tamanho da malha da rede deve ser infe-rior ao da mais pequena parte da carga. Figura 39: Rede de fxao de cargaPode ser utilizado um toldo com dispositivos de amarrao em vez de uma rede. Figura 40: Toldo com dispositivos de amarrao443.2.12.CordasA utilizao de cordas como meio de acondicionamento da carga muito questionvel. Se forem utilizadas cordas para acondicionar uma carga, devem ser preferencialmente fabricadas em polipro-pileno ou em polister. As cordas de poliamida (nylon) no so adequadas, uma vez que tendem a esticar com o peso. As cordas de sisal ou de manila tambm no so adequadas, uma vez que a sua resistncia diminui por saturao de gua.Ascordasdevemserfeitascom3fosedevemterumdimetronominalmnimode10mm. As extremidades das cordas devem ser entranadas ou tratadas de qualquer outra forma para evitar o desgaste. As cordas devem ser seleccionadas tendo em conta a fora mxima que ser aplicada em cada amarrao. O fabricante deve indicar, num rtulo ou numa manga, a carga mxima autorizada para estas cordas. Ns e voltas apertadas diminuem a resistncia de uma corda. As cordas molhadas devem secar naturalmente.3.2.13.Cintas de aoNunca devem ser utilizadas cintas de ao para acondicionar cargas em plataformas de carga abertas. 3.2.14.Fixar calhas para dispositivos e amarraes em taipais lateraisOs taipais laterais podem ter calhas longitudinais com pontos de ancoragem, sendo cada ponto ge-ralmente concebido para suportar uma carga de 2 toneladas na direco longitudinal. As amarraes eosdispositivoscomterminaesadequadaspodemserfxadosrapidamenteeproporcionarum travamento efcaz. Este um mtodo extremamente efcaz para efectuar o travamento posterior das embalagens restantesapsumadescargaparcial, masnecessrioevitar aconcentrao depeso junto aos pontos de fxao. Figura 41 3.2.15.Painis de travamentos intermdiosOs painis de travamento intermdios so utilizados frequentemente para o acondicionamento da carga retaguarda, especialmente para acondicionar carga em veculos parcialmente carregados. Os painis de travamento intermdios devem ser montados em travessas longitudinais normais ou em painis pendentes de reboques com cortinas laterais ou com cobertura rgida/no rgida. A capaci-dade de carga mxima deve ser confrmada na informao do fabricante. Normalmente, os painis de travamento intermdios podem suportar cargas at um mximo de cerca de 350 daN se forem montados em travessas de madeira e de 220 daN em travessas de alumnio. 45 Figura 423.3.TravamentoOs contentores, tais como contentores ISO, caixas mveis, etc., com uma massa superior a 5,5 to-neladas, apenas devem ser transportados em veculos equipados com fechos rotativos. Desde que os fechos rotativos estejam totalmente engatados e travados na posio correcta, o contentor est acon-dicionado adequadamente e no sero necessrias retenes adicionais. Os fechos rotativos devem ser mantidos em boas condies de funcionamento e devem ser utilizados, no mnimo, quatro por cada contentor transportado (A norma ISO 1161 abrange a especifcao das peas de canto para contentores ISO da srie 1). Na maioria dos casos, os fechos rotativos so instalados nos veculos durante o fabrico mas, se fo-rem montados numa fase posterior, devem ser efectuadas modifcaes no chassis ou na estrutura, em conformidade com as recomendaes do fabricante do veculo. Os fechos rotativos devem ser inspeccionados com regularidade no que respeita a desgaste, danos e defeitos de funcionamento. Deve ser prestada especial ateno aos dispositivos de bloqueio destinados a impedir o movimento das alavancas durante a viagem. Fechos rotativosOs fechos rotativos podem ser mveis (baixados) ou fxos.Estrutura de um fecho rotativo Componentes individuais de um fecho rotativo Fecho rotativo retrctil e fecho rotativo no retrctilChapa posteriorretrctilno retrctilCasquilho exteriorCasquilho de guiaTrincoporca de apertoencaixepino de retenorea de apertoaltura de soldagemCavilha ou anel de apertoFigura 43: Fechos rotativos Figura 44: Fechos rotativos463.4.Combinao de sistemas de retenoA combinao de dois ou mais sistemas de reteno constitui normalmente a forma mais prtica e rentvel de acondicionar a carga de forma efcaz. Por exemplo, a amarrao superior pode ser com-binada com o travamento na base. Deveter-seemcontaofactodeasforasderetenodossistemascombinadosseremaplicadas simultaneamente e no uma a uma. Cada sistema de reteno pode ser insufciente para acondicio-nar a carga com segurana se actuar independentemente do(s) outro(s). 3.5.Equipamento de apoio3.5.1.Materiais de atritoOs materiais da base e os separadores feitos de materiais de atrito elevado podem ser utilizados para aumentar o atrito entre a base da plataforma e a carga, bem como entre as camadas da carga quando necessrio. Existem diferentes tipos de materiais de atrito elevado, por exemplo, carpetes, tapetes de borracha e folhas de papel (folhas de carto) cobertos com materiais de atrito. Estes materiais so utilizados em conjunto com outros sistemas de fxao. Os tapetes devem ter atrito, resistncia e espessuraemproporocomacarga(peso,superfcie,etc.).Devemterpropriedadesadequadas (tais como atrito, resistncia, espessura, granularidade, etc.) proporcionais carga (peso, superfcie, etc.) e s condies ambientais (temperatura, humidade, etc.) que podero ser encontradas durante a viagem. Estes aspectos devem ser confrmados junto do fabricante. Figura 45A utilizao de materiais antiderrapantes permite reduzir o nmero de amarraes necessrio (ver Anexos 8.6 e 8.7). Os materiais so frequentemente utilizados como peas quadradas cortadas em tiras de 5 a 20 m e 150, 200 ou 250 mm de largura. A espessura varia entre 3 e 10 mm. Se utilizadas cuidadosamente, estas peas podem ser reutilizadas at dez vezes, mas no podem desempenhar a sua funo se fcarem gordurosas. A carga deve ser baixada para a respectiva posio sobre estes materiais, uma vez que no possvel faz-la deslizar. 3.5.2.Divisrias de cargaOs painis separadores, tambm denominados divisrias de carga, so utilizados como estabiliza-dores para camadas de carga. So normalmente painis de contraplacado com aproximadamente 20 47mm de espessura, embora os restos de madeira serrada tambm sejam frequentemente utilizados. Os painis so colocados entre as vrias camadas da carga. Os painis separadores so particular-mente teis quando as flas verticais so carregadas em vrias camadas.Tamanhos e pesos comuns21 x 600 x 2400 mm, aproximadamente 20 daN21 x 1200 x 1200 mm, aproximadamente 20 daN21 x 1200 x 2400 mm, aproximadamente 40 daN Figura 463.5.3.Esteiras de madeiraAssecesdecargacommuitasflasecamadascomo,porexemplo,madeiraserrada,precisam frequentemente de ser estabilizadas por meio de contraventamento transversal. As esteiras de ma-deira de seco transversal quadrada no so adequadas, uma vez que tendem a rodar em funciona-mento. A relao largura/altura da seco transversal deve ser, no mnimo, 2:1. eSTeiRaS de MadeiRaFigura 47: Madeira serrada estabilizada com esteiras de madeira3.5.4.Pelcula extensvel e pelcula retrctil Figura 48: Embalagem com pelcula extensvel48As embalagens pequenas podem ser acondicionadas de modo simples e efcaz nas paletes de carga atravs de pelcula extensvel. As pelculas extensveis so fceis de aplicar e a rigidez de forma pre-tendida para toda a palete conseguida atravs da utilizao de um nmero adequado de voltas. Com pelcula retrctil, colocada uma cobertura de plstico sobre a carga da palete enrolada, que depois aquecida para provocar o encolhimento do plstico e, assim, tornar a carga mais rgida. A palete pode ser considerada como uma unidade de carga estvel se for capaz de suportar um ngulo de inclinao mnimo de 26 sem deformaes signifcativas. O enrolamento de pelcula retrctil e pelcula extensvel no geralmente adequado para cargas de paletes pesadas ou cargas com cantos pontiagudos, que podem danifcar a pelcula.3.5.5.Cintas de ao ou de plsticoAs cintas de ao ou de plstico so adequadas para fxar mercadorias pesadas e rgidas, tais como produtos de ferro e de ao, numa palete. Requerem tensionadores especiais e no podem ser reaper-tadas. Podem ser utilizadas cintas de ao descartveis (adequadas para uma utilizao, devido ao seunicofuncionamento)paraacondicionarcargasempaletes. Aspaleteseacargadevemser igualmente fxadas ao veculo, por travamento ou por amarrao. Estas cintas de utilizao nica no so adequadas para a fxao directa das cargas no veculo, uma vezquepodemcriar-setensesinternasnafxaoaoveculoenosvedantesduranteaviagem, tornando a remoo das cintas de ao numa operao perigosa. As cintas de ao de utilizao nica que tiverem sido cortadas e permaneam no cho representam um perigo cortante. Quando so uti-lizadas cintas de amarrao para fxar cargas ligadas com cintas de ao, necessrio confrmar com particular cuidado que as cintas de ao no podem cortar as cintas de amarrao. Figura 49Em veculos de carga abertos, a utilizao de cintas de ao causa frequente de leses, uma vez que as pontas soltas das cintas podem exceder os lados do veculo durante o transporte. 3.5.6.Vigas de bordaduraAs vigas de bordadura de apoio so concebidas para serem estruturalmente rgidas (reforadas con-tra dobragem) e possuem um perfl perpendicular. So utilizadas para distribuir as foras das amar-49raes de topo para as seces da carga e podem ser feitas de madeira, alumnio ou material idnti-co com resistncia sufciente. Figura 50: Viga de bordadura feita de alumnio Figura 51: Viga de bordadura feita de tbuas de madeira3.5.7.Protectores antidesgaste para cintas de fbra sintticaOs protectores antidesgaste para cintas de fbra sinttica so aplicados entre a carga e as cintas de amar-rao quando existe risco das cintas fcarem danifcadas. Estes protectores podem ser feitos de materiais diferentes, por exemplo, polister e poliuretano, e funcionam como apoios para hastes ou grampos. Figura 52: Protector antidesgaste503.5.8.Protectores de extremidades para evitar danos na carga e no equipamento de amarraoOsprotectoresdeextremidadesfeitosdemadeira,plstico,ligademetalleveououtromaterial adequado so utilizados para distribuir a fora de amarrao de modo a impedir que as amarraes cortem a carga e tambm para unir pequenas extremidades. As vigas de bordadura proporcionam a mesma proteco ou uma proteco mais efcaz, mas possuem uma estrutura rgida e, por esse mo-tivo, distribuem a fora das amarraes. Para esse efeito, essencial que os protectores de extremi-dades tenham propriedades de atrito reduzidas na face de amarrao, de modo a que as cintas pos-sam deslizar facilmente e distribuir a fora de amarrao. Por outro lado, por vezes aconselhvel utilizar protectores de extremidades com muito atrito para reduzir o risco de inclinao. Figura 53: Protectores de extremidades3.5.9.Separadores de protecoSe a carga puder ser danifcada por arestas pontiagudas, necessrio utilizar um material de protec-o (ver tambm a Seco 3.1.1: Travamento com material de enchimento). Figura 54: Separadores de proteco3.5.10.Anilhas dentadas As anilhas dentadas de dupla face so adequadas para manter juntas vrias camadas de uma carga. O travamento das vrias camadas pode ser conseguido atravs de anilhas dentadas, em vez de estei-ras.Estodisponveisanilhasdentadasdediferentestamanhos.Estasanilhasapenasdevemser utilizadas com materiais macios (madeira, etc.) e devem penetrar completamente no material. 51NOTA:Umavezqueasanilhasdentadasnosovisveisquandosocobertaspelacarga,asua funo no controlvel. necessrio ter igualmente em ateno que as anilhas dentadas podem danifcarasuperfciedaplataformaeacarga.prefervelutilizarmateriaisdeatritoemvezde anilhas dentadas. As anilhas dentadas nunca devem ser utilizadas em conjunto com substncias perigosas. As anilhas dentadas possuem normalmente um formato redondo, com um dimetro de 48, 62 ou 75 mm (o dimetro de 95 mm raramente utilizado) (ver imagem abaixo). Figura 55: Anilha dentada redondaNo existe uma norma para as anilhas dentadas, mas so apresentados alguns valores prticos de referncia no Anexo 8.3. Devem ser utilizadas, no mnimo, duas anilhas dentadas. Para penetrar na madeira, necessria uma fora mnima de 180 daN em cada anilha dentada. No utilizar demasia-das anilhas dentadas! Os materiais de atrito (ver Captulo 3.5.1) podem constituir uma alternativa s anilhas dentadas.534.Clculo do nmero de dispositivos de amarraoSe forem utilizados dispositivos de amarrao para evitar o deslizamento e a queda, necessrio proceder do seguinte modo: Calcular separadamente o nmero de dispositivos necessrios para evitar o deslizamento e o nme-ro de dispositivos necessrios para evitar a queda. O valor mais alto ser o nmero mnimo de dis-positivos de amarrao necessrio. Se a carga for colocada contra o painel de proteco da cabina (ou malhal frontal), o peso da carga pode ser reduzido pela compensao do painel de proteco ao calcular o nmero de dispositivos de amarrao para evitar o deslizamento. Esto disponveis informaes mais detalhadas na Directiva OMI/OIT/CEE-ONU sobre o carrega-mento das mercadorias nos equipamentos de transporte e no Curso modelo 3.18 da OMI, bem como na norma EN12195 Sistemas de reteno da carga nos veculos rodovirios, parte 1: Clculo das forasdosdispositivosdeamarrao,parte2:Cintasoucorreiasdefbrasinttica,parte3: Correntesdeamarraoeparte4:Cabosdeamarraoemao. Ainformaosobreestes dispositivos de amarrao parte integral das presentes orientaes (ver Seces 1, 2 e 3). Na sua grande maioria, o Grupo de Peritos considera que os sistemas estabelecidos nas directivas OMI/OIT/CEE-ONU ou CEN devem ser aceites como os sistemas que permitem nveis de seguran-a adequados para o acondicionamento da carga nas operaes transfronteirias, devendo ambos os sistemas ser reconhecidos pelas autoridades de controlo para os transportes internacionais, deixan-do a escolha do sistema a aplicar transportadora ou ao carregador. Alguns Estados-Membros po-dem, no entanto, impor um dos dois sistemas ou regras especfcas para o transporte nas suas vias rodovirias. Os Anexos 8.6 e 8.7 fornecem guias breves para calcular o nmero de dispositivos de amarrao, com base na Directiva OMI/OIT/CEE-ONU e na norma EN12195- 1, respectivamente. 555.Inspeco durante o percurso / operaes multipontoSemprequepossvel,aconselhvelinspeccionarperiodicamenteoacondicionamentodacarga durante a viagem. A primeira inspeco deve ser feita, de preferncia, depois de percorridos alguns quilmetros, num local de paragem seguro. Alm disso, o acondicionamento da carga deve ser inspeccionado aps uma travagem de emergn-cia ou qualquer outra situao anormal que ocorra durante o percurso. Deve ser igualmente inspec-cionado aps qualquer operao de carga ou descarga adicional durante a viagem. Sempre que forem efectuadas operaes de carga e de descarga gerais, como acontece frequente-mente nos transportes de distribuio, necessrio repor o travamento das restantes mercadorias. Este travamento pode ser reposto atravs de dispositivos de amarrao ou por meio de barras de travamentoamovveis.necessrioterematenoqueonmerodebarrasdetravamentodeve corresponder carga a fxar.576.Cargas normalizadas ou semi-normalizadas (formas geomtricas)As seces seguintes apresentam exemplos de possveis formas de acondicionamento de vrios ti-pos de volumes e cargas. A variedade de cargas, veculos e condies de operao tornam imposs-vel abranger todas as situaes que possvel encontrar e, nesse sentido, as presentes orientaes no devem ser consideradas exaustivas ou exclusivas. Existem actualmente mtodos alternativos de acondicionamento da carga satisfatrios que proporcionam nveis de segurana equivalentes em matria de acondicionamento e outros sero desenvolvidos no futuro. No entanto, os princpios bsicosdescritosnaspresentesorientaescontinuaroaseraplicveis,independentementedo mtodo utilizado para acondicionar a carga. 6.1.Rolos, tambores ou cargas cilndricasRolos rgidos, tambores ou cargas cilndricas, com formas rgidas, podem ser estivados com o di-metro na horizontal ou na vertical. A posio com o dimetro na horizontal geralmente utilizada se for necessrio proteger e preservar a superfcie da capa e a forma cilndrica (por exemplo, rolos de papel).Os rolos ou volumes cilndricos com o dimetro na posio horizontal devem, preferencialmente, ser colocados com os respectivos eixos ao longo do veculo, de modo a que a tendncia de rolamen-to, geralmente evitada com a colocao de calos de travamento ou calos de apoio, seja direccio-nada para a frente ou para trs. O acondicionamento de volumes cilndricos deve ser efectuado de modo a que a carga possa ser descarregada de forma segura e controlada. A utilizao de calos pontiagudos permite obter condi-es de carga e descarga seguras e controladas. 6.2.Rolos de papelExemplo de rolos de papel dispostos em duas camadas e duas flas, com a camada superior incom-pleta, estivados numa plataforma plana equipada com painis laterais:A orientao para o clculo do nmero de dispositivos de amarrao necessrios pode ser consultada nos Anexos 8.6 ou 8.758 Figura 56: Rolos de papelCC Amarrao de topoC Material de enchimentoC Travamento com painelCProtectores de extremidadesA camada superior est protegida lateralmente contra o atrito e so utilizados dispositivos de trava-mento lateral frente e atrs C. Em alternativa, pode ser utilizado o travamento em altura. Acarganoocupatodaalarguradaplataforma. Onguloformadopelapartelateraldaamarraodetopoeabasedaplataformasuperiora60. Quandonecessrio,otravamentonaretaguardadeveserformadopormaterialdeenchimentoC. Paraumadistribuioefcazdasforasdeamarrao,soutilizadosprotectoresdeextremida-des C entre as seces da carga.6.3.TamboresViSTa FROnTalSeCO de CaRGa59C Mat. enchimentoC EnvolventeC Material da baseFigura 57: Exemplo de tambores de grandes dimenses dispostos em duas camadas e quatro flas longitudinais. A camada superior no est completa e a carga est estivada num contentor ou num veculo de tipo caixa. Acargaocupatodaalarguradocontentor. OsmateriaisdeenchimentoC ou as travessas de travamento proporcionam um travamento retaguarda. AamarraoenvolventehorizontalC utilizada para reduzir o risco de queda da carga. OmaterialdabaseC proporciona um travamento lateral frente e atrs da camada superior.Assistiu-se, nos ltimos anos, a um aumento signifcativo da utilizao de tambores e barris com os tamanhos e formas mais variados, fabricados em plstico em vez de metal. As superfcies plsticas, especialmente quando hmidas, so muito escorregadias, devendo ser tomadas precaues adicio-naisduranteocarregamento,descarregamentoeacobertura.particularmenteimportantesaber que o plstico pode deformar-se quando aplicada uma presso. A orientao para o clculo do nmero de dispositivos de amarrao necessrios pode ser consultada nos Anexos 8.6 ou 8.7 6.4.CaixasAs caixas, tais como outras mercadorias, devem ser carregadas de modo a evitar que se desloquem em qualquer direco. Sempre que possvel, devem estar interligadas e ser carregadas a uma altura uniforme em cada linha ao longo do veculo (seco de carga). Para calcular a quantidade de carga a acondicionar a fm de evitar o deslizamento e a queda, devem ser tidos em conta o tamanho e o peso de cada seco. Se a altura da carga exceder a altura dos painis laterais e no forem utilizadas vigas de bordadura, deve existir, no mnimo, um dispositivo de amarrao por cada seco.6.5.Sacos, fardos e sacasSacas e sacos As sacasnotmnormalmenteumaformargidaedevem,porisso,seramparadas. Estefacto particularmente verdadeiro nos casos em que o painel de proteco da cabina e os painis laterais e 60traseiros no possam ser utilizados para travamento. possvel utilizar materiais de enchimento, painis, divisrias de carga e protectores de extremidades para obter um efeito de travamento.CARGO SECTION CTravessas duplasCEscorasCPainisCEstruturas de apoio CMat. enchimentoFigura 58: Exemplo: sacas em paletes num contentor AcargaincluisacosempaletescomenchimentoC no centro. A carga ocupa toda a largura do contentor. AcargaesttravadaatrscomtravessasduplasCA orientao para o clculo do nmero de dispositivos de amarrao necessrios pode ser consultada nos Anexos 8.6 ou 8.7Fardos e sacas grandes O acondicionamento de fardos idntico ao acondicionamento das sacas. A diferena consiste em que, normalmente, o material a transportar em fardos (resduos de papel, forragem, roupas, etc.) pode no estar bem acondicionado na respectiva embalagem. Assim, se existirem possibilidades de qualquer parte da carga se libertar, esta deve ser totalmente coberta com um toldo depois de estar acondicionada. CARGO SECTION 2 CCAmarrao de topoCMat. enchimentoCCanto ou arestaC PainisC Divisrias de carga Prot. extremidadesFigura 59: Fardos em duas camadas e, no mximo, trs flas, com a ltima camada