Aços_Moldes
-
Upload
vanderson-soares-de-araujo -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
Transcript of Aços_Moldes
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 1/32
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 2/32
O M undo da Usinagem 2
Índice.................................................................................................
Aços-Ferramenta - Usinabilidade
Alternativas-Fluidos de Corte
HSM - Reportagem
Pesquisa - Reportagem
SEÇÕES
A grande evolução na linha de plásticos, usados para umsem número de peças. .......................................................................................4
O fluido de corte solúvel exerce um papel fundamental noatendimento aos atuais objetivos de controle.
...............................................................................12
A Arno encontrou forte aliado para vencer o desafio de
executar moldes e matrizes com mais rapidez, qualidadee custos menores
...........................................16
Motor a álcool, projetos de aviões da Embraer, aço300 M... Sabe o que existe em comum entre estesimportantes desenvolvimentos brasileiros? ................................................18
Página do Diretor ABEPRO
Artigo
Ponto de Vista
Notas & Novas
Titex
Destaques
Entre em Contato
Movimento
.................................................................................................03
..................................................................................................................06
.....................................................................................................................07
.....................................................................................................21
......................................................................................................22
.......................................................................................................................26
............................................................................................................29
................................................................................................30
............................................................................................................30
O ano de 2002 começou reticente, ainda assustado com a destrui-
ção recente do World Trade Center, data que os historiadores jáapon-
tam como a marca da virada de uma era. No Brasil, jáassoberbados
por outros problemas, quase nos perguntávamos o que 2002 nos reservava. Mas, ao invés disso, resolvemos mostrar a 2002 o que
tínhamos para dar: trabalho, confiança, vontade de criar, certeza de
construir melhorias. Este último número da O Mundo da Usinagem de
2002 concretiza todo um esforço, não para ficarmos àtona mas para
nos superarmos. Nossa contribuição, sem dúvida modesta, mas per-
sistente, foi a de nos transformarmos em um forum de debates para
as questões do dia-a-dia das atividades da usinagem. Assim foi que
introduzimos novas seções, como Usinabilidade e Fluidos de Corte,
além de continuarmos a trazer, para nosso leitor, pesquisas recentes,
notícias do mundo ciência/ escola e os importantes exemplos de em-
presas que confiam em si próprias, em sua capacidade de aceitar desafios, de inovar e de crescer. A liderança desponta como resultado
da auto-confiança, principal combustível de quem ousa sonhar. A
competitividade, de fato, pode estar bem mais próxima do que se
imagina, tratando-se, muitas vezes, apenas de uma questão de
reaprender a ver o mundo. Éo que desejamos a todos os nossos
leitores para o ano de 2003: muita confiança na capacidade de cada
um em rever o próprio mundo e de melhorá-lo! Feliz Ano Novo!
Competitividademais próxima do queseimagina...Competitividademais próxima do queseimagina...
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 3/32
Sand vik Coroman t do Brasil 3
O Mundo da UsinagemPublicação trimestral da Divisão Coromant da
Sandvik do Brasil S.A. - ISSN 1518-6091
RG.BN 217.147
e-mail:[email protected]
SANDVIK DO BRASILPresidente: José Viudes Parra
DIVISÃO COROMANTDiretor-Coromant:Claudio José Camacho
Gerente de Marketing e Treinamento:Francisco Carlos Marcondes
Coordenadora de Marketing:Heloisa Helena Pais Giraldes
Assistente de Marketing:Cibele Aparecida Rodrigues dos Santos
Conselho Editorial:Niv ald o L . C oppi ni, Adriano Ventura, José
Carlos Maciel, Roberto Saruls, AntonioBorges Netto, Francisco C. Marcondes,
Marlene Suanno, Tadeu B. Lins, Heloisa
H. P. Giraldes, Ary oldo Mach ado , José
Edson Bernini e Fernando G. de Oliveira
Coordenadora da publicação:Vera Lúcia Natale
Editoria:Depto. de Marketing da Divisão Coromant.
Responsável: Francisco C. Marcondes
Reportagem: De Fato Comunicações
Fotografias: Izilda França Moreira
Criação, Editoração Eletrônica: Arte Gráfica
Fotolito: Digigraphic
Gráfica: SSRG
Tiragem: 7.600 exemplares
Jornalista responsável:Heloisa Helena Pais Giraldes MTB 33846
CORPO TÉCNICO(DIVISÃO COROMANT)
Gerente do Departamento Técnico:José Roberto Gamarra
Especialista em Fresamento:Marcos Antonio Oliveira
Especialista em Capto & CoroCut:Francisco de Assis Cavichiolli
Especialista em Torneamento:Domenico Carmino Landi
Antonio José Giovanetti
Especialista em Furação:
Dorival Silveira
Especialista em Die & Mould:Sílvio Antonio Bauco
SAC (Departamento Comercial):(11) 5696-5604
Atendimento ao cliente:0800 55 9698
Claudio José CamachoDiretor - Coromant
Mais uma vez, estamos chegand o ao final de um ano
cheio d e turbulências e de d if iculdades onde a c r iat ividade, a
persever ança e, pr inci palmente, a sereni dade, foram o s fatores decis ivos para o sucesso pessoal e prof iss ional de cada um de
nós, bem c omo das empresas que representamos.
Um ano sem os trágicos acidentes de 2001, mas com
constantes ameaças que não nos deram tréguas um momento sequer,
exigindo assim uma dose enorme de esforços adic ionais, tanto no
planejamento quanto na execução de nossas atividades.
Pois bem, échegada a hora de fazermos a já tradic ional
reflexão sobre o saldo que fica deste di fícil ano que estamos terminando
e fazer os devidos p lanejamentos, prev isões e promessas para o ano
que se inicia.
De nossa parte, acreditamos que o saldo do ano que se encerra
éextremamente positivo, pois além de nos deixar mais experientes e
fortalec idos, nos traz também a esperança de termos um ano novo
cheio de novas perspectivas e possibilidades.
Sem dúvida, o desenro lar das últimas eleições, bem como os
seus resultados, foram os grandes destaques deste ano, por via do
excelente exemplo de democracia que o B rasil deu para todo o
mundo, como também pelo fato impar de estarmos agora c om um
novo perfi l de adm inist rador para o nosso país. Este fato, por sísó,
já tr az uma enorme carga de esperança no que tange a mudanças e
oportunidades, advindas do fato de termos de enfrentar o “Novo ”.Sabemos das enormes dificuldades e problemas que todos
temos que enfrentar e que, portanto , nada acontecerá da noite para o
dia, pois as soluções para os grandes problemas requerem dedicação,
união, persis tência, tranqüilidade e muita firmeza nas decisões,
requisitos estes abundantes no espírito de cada brasileiro.
Gostaria aqui de agradecer nossos clientes, fornecedores e
colaboradores, por terem nos proporcionado mais um ano cheio de
sucesso e aprendizado, e também por nos permi tir que trabalhemos
com a previsão de termos um ano de 2003 muito melhor que 2002.
A família Sandvik C oromant lhes deseja mui ta paz, saúde e
prosperidade no novo ano que se inicia.
Av. Das Nações Unidas, 21.732
Santo Amaro - São Paulo - SP
CEP 04795-914
Serenidade e Perseverança
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 4/32
O M undo da Usinagem 4
Aços-Ferramenta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A grande evoluçãona linha deplásticos, usados paraumsemnúmerodepeças, obrigouos fabricantesmundiais deaços a criaremnovos produtos, cada umdeles buscandodar uma melhor qualidade aoprodutoplásticopara satisfazer oinjetor e oconsumidor final.
oje, as empresas fabrican-
tes de autopeças em plástico,
como parachoques, faróis, lanter-
nas, painéis, etc., os fabricantes
de eletrodomésticos em geral, os
de embalagens, de caixas para
microcomputadores, impresso-
ras, telefones, brinquedos, apa-
relhos de som, etc., necessitam de
moldes com alta qualidade de
usinabilidade, polibilidade, sol-dabilidade, estabilidade dimen-
sional, dureza, condutividade
térmica, resistência à corrosão, à
fadiga térmica e ao desgaste,
reprodutibilidade e condições
de texturização.
Cada uma dessas propriedades
dos aços para moldes implica na
adição, retirada, ou substituição
de elementos químicos na sua com-
posição que, juntamente com tra-tamentos térmicos adequados, con-
ferem essas qualidades especiais.
A us inab i l idade garante um
acabamento excelente nas gravu-
ras, ajudada hoje pelos processos
de alta velocidade (HSM ), reduzin-
do os lead time de fabricação.
A polibilidade é garantida pela
combinação de elementos colocados
nos aços, como o cromo e o níquel,
em porcentagens adequadas, e pe-
los processos de fabricação como
ESR ( Eletro Slag Refining ) que é a
refusão com refino (purificação) do
aço, o que lhe garante uma unifor-
midade estrutural em todas as di-
reções (isotropia). A polibilidade é
conhecida também como espe-lhamento de uma superfície que
permite que o produto em plástico
a ser injetado, tenha um brilho e
transparência que garantem o vi-
sual ao produto final. Os copos de
liquidificador, por exemplo, se não
tiverem uma boa transparência,
perdem seu valor. Os faróis e lan-
ternas automotivos em geral preci-sam dessa transparência, fundamen-
tal para a iluminação e brilho. As
gavetas de geladeiras, com sua
transparência, garantem uma segu-
rança de limpeza e higiene. Isso
ocorre com uma infinidade de ou-
tros produtos, bastando verificar-
mos ao nosso redor.
A soldabilidade é a possibilida-
de de se colocar uma solda na su-
perfície de um molde, muitas ve-
zes
para correção de uma gravuracujo projeto precisou ser alterado
ou para um conserto decorrente,
por exemplo, de algum acidente
durante a usinagem ou operação
do molde. A soldagem na gravura
deve ser sempre evitada, mas mui-
tas vezes isso não é possível. Ao JoséCarlos MacielAssessor Técnico, VillaresMetalsS/A, GrupoSidenor
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 5/32
Sand vik Coroman t do Brasil 5
colocar a solda numa gravura, essa
solda esfria e endurece a região
alterada mais que o restante da
superfície do molde. Essa diferen-
ça de dureza é que provoca man-
chas na superfície do plástico inje-
tado, impedindo-o de ser usado.
Quando há necessidade de se
fazer grandes reparos, o ideal é
que o molde seja pré-aquecido
para evitar choques térmicos en-
tre a superfície fria do molde e a
solda. No esfriamento, deve-se
proteger o molde, cobrindo-o com
amianto ou manta térmica para
que esfrie lentamente, evitando o
endurecimento dos pontos solda-
dos. Outra maneira de se diminuir
a dureza na região soldada é fazerum revenimento, ou seja, um
reaquecimento lento até aproxi-
madamente 500ºC, por um míni-
mo de duas horas, e resfriamento
lento dentro do forno. Com isso a
camada endurecida amolece e, no
polimento, não forma região
com manchas.
A estabilidade dimensional des-
sas peças injetadas em plástico é
garantida pelo aço, que não per-
mite que elas sejam produzidas com
diferenças dimensionais, assegu-
rando dessa forma a reprodução
do mesmo formato e tamanho e
gerando, assim, um produto fi-
nal com alta qualidade e sem
apresentar rebarbas.
A dureza do molde é importan-
te para evitar seu desgaste pelo
atrito com as peças injetadas. Essa
dureza é sempre conseguida por
tratamentos térmicos.
Os aços para moldes devem ter
sempre uma boa condutividade
térmica, o que ajuda na extração
do calor, permitindo o rápido
esfriamento e desmolde das peçasinjetadas, aumentado assim sua
qualidade e produtividade.
Alguns plásticos são corrosivos
pela sua própria composição. Para
se evitar tal corrosão, há necessi-
dade de se usar um aço inoxidável
martensítico, temperado e reveni-
do, com dureza na faixa de 46 a
50 HRC. Esses aços inoxidáveis são
fornecidos ao mercado já no esta-
do beneficiado, com dureza de 30a 34 HRC. Tais aços podem ser
aplicados,por exemplo, na fabrica-
ção de moldes de sopro, assim cha-
mados pois sua injeção e conforma-
ção se dão pela injeção de um
gás inerte (nitrogênio) num mol-
de onde é injetado o plástico aque-
cido que preenche o molde dando
formato ao produto. Estes moldes
são usados, por exemplo, na pro-
dução de garrafas de refrigeran-
tes, frascos para remédios líquidos,cosméticos, colas, etc.
A textu r i zação é uma reação
foto-química na superfície do aço
já com a gravura acabada e com
sua superfície polida, onde esse
ataque produz, por corrosão, um
desenho que, ao ser injetado o
plástico, estampa o desenho em
sua superfície. Assim ocorre com
os painéis dos carros e as laterais
de suas portas, imitando couro.
Sempre que houver necessidade de
um produto apresentar uma rugo-
sidade, seja ela funcional ou esté-
tica, esse é o processo utilizado.
AÇOS PARA MOLDES DE INJEÇÃO
Para se definir o tipo de aço a
ser usado há necessidade de saber-
mos o produto que será injetado,
a dureza necessária, a qualidade
do polimento, etc. Hoje, os para-
choques para caminhão, por
exemplo, têm moldes que pesam
cerca de 18 toneladas cada um. A
escolha do aço é importante poiso volume envolvido é muito gran-
de. Assim, a parte frontal (fêmea)
do pára-choque, que requer um
acabamento bom para que se te-
nha um produto de qualidade, é
feito em VP20ISO e a parte de trás
(macho) é feita em VP20ISO F S
que, com a presença do enxofre
(S=0,07%), tem sua usinagem fa-
cilitada, o que reduz o custo do
molde. Esse enxofre, porém, reduz
a qualidade do polimento que,para a parte de trás do pára-cho-
que, não é necessária.
A alta qualidade do produto fi-
nal, portanto, depende não só da
seriedade com o que tratamos cada
um dos passos de sua fabricação
como, também, da boa escolha da
matéria-prima inicial.
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 6/32
O M undo da Usinagem 6
ABEPRO - Associação Brasileira de Engenharia de Produção - Universidade Metodista de Piracicaba
Faculdade de Engenharia Mecânica e de Produção - Programa de Pós-Graduação - Rod. Santa Bárbara
Iracemápolis - km 1 - Cep: 13450-000 - Santa Barbara d´Oeste - SP - site: www.abepro.org.br
Email: [email protected] - Tel: (0xx19) 3124-1767, 3124-1770.
No período de 23 a 25 de
outubro passado, t ivemos o
ENEGEP 2002 (Encontro Nacio-
nal de Engenharia de Produção)
sediado na Pontifícia Universida-
de Católica do Paraná (PUCPR),
em Curitiba. Desde 1981, este
evento, que reúne um expressi-
vo e crescente número de pes-
soas dedicadas à Engenharia de
Produção, vem sendo editado de
forma ininterrupta. A palavra
“crescente” não foi aposta de for-
ma simbólica. O seu emprego re-
presenta algo de muito expres-
sivo: de 1981 até o presente, o
ENEGEP tem sido cada vez mais
procurado e está consolidado
como principal fórum dos deba-
tes sobre EP no Brasil, passan-
do de cerca de uma centena de
participantes naquele ano, para
mais de 1750 participantes em
2002. Dos 1200 artigos subme-
tidos, 600 foram aprovados após
a avaliação dos consultores in-
dependentes que os julgaram.
Foram debatidos 300 artigos em
sessões temáticas e 300 foram
apresentados na forma de
poster . Além disso, foram reali-zados seminários, mini-cursos,
palestras e mesas-redondas com
apresentadores e deba-tedores
brasileiros e estrangeiros de
projeção internacional. Visitas
técnicas foram feitas a empre-
sas instaladas na região de
Curitiba permitindo, desta forma,
uma sinergia valiosa entre os
participantes e o setor empresa-
rial. Sem dúvida, a ABEPRO e as
Universidades parceiras (PUCPR,
Unimep, UFRGS e UFSC), que
organizaram o evento, sentiram-
se orgulhosas do sucesso do
mesmo e já iniciaram os prepa-
rativos para a nova edição do
ENEGEP, que será na cidade
histórica mineira de Ouro Preto.
Se o leitor ainda não teve a opor-
tunidade de participar, a ABEPRO
o convida a associar-se e a des-
frutar de seus produtos, sempre
em prol do crescimento da área
de EP no Brasil.
ENCEP 2003
A ABEPRO e a FEI (Centro Uni-
versitário da Fundação Educaci-
onal Inaciana até recentemente
conhecida como Faculdade de
Engenharia Industrial) convidam
as empresas interessadas em
Engenharia de Produção e as-
suntos correlatos a participarem
do ENCEP 2003 - 9º Encontro de
Coordenadores de Cursos de
Engenharia de Produção. Trata-
se de um evento no qual são de-
batidas a formação e a profissão
dos Engenheiros de Produção,
em termos de Graduação e Pós-
Graduação (lato e stricto sensu).
Pensamos que as empresas,
principais receptoras dos for-
mandos, devem estar presentes
para nos auxiliar no aperfeiçoa-
mento do processo ensino/apren-
dizagem, permitindo assim a
disponibilização de pessoal qua-
lificado na medida das necessi-
dades de nosso mercado de tra-
balho. Além deste aspecto, que
por si só já justificaria a presen-
ça do setor empresarial em nos-
so evento, estaremos neste ano
de 2003 realizando, paralela-
mente ao evento, uma feira de
produtos de informática de inte-resse de EP e um Workshop que
mostre algumas das experiênci-
as de relacionamento entre em-
presas e universidades, no sen-
tido de revelar formas de esta-
belecimento destes tipos de par-
cerias. O evento será realizado
nas dependências da FEI em São
Bernardo do Campo, de 14 a 17
de maio de 2003 e informações
poderão ser obtidas nos ende-
reços da ABEPRO, abaixo, ou
diretamente com o Prof. Alexandre
Augusto Massote;
e-mail:[email protected]
Participe!
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 7/32
Sand vik Coroman t do Brasil 7
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenvolvimento de Fornecedores
sta é a era da competitividade
e a necessidade de melhorar ou mo-
dificar processos e procedimentos
nunca foi tão urgente quanto agora.
Biehl (2000) afirma que, nos úl-
timos anos, tem crescido o enten-
dimento das relações existentes em
uma cadeia de fornecedores, e que
estas exigem gerenciamento ade-
quado. Atualmente, uma empresa
não pode ser competitiva de for-
ma isolada. Ela precisa entender
que pertence a uma cadeia produ-
tiva, onde todos devem agregar
valor ao produto, esforçando-se na
melhoria da qualidade e na redu-
ção de custos, de forma a tornar
toda a cadeia competitiva.
De acordo com Krause e Ellram
(1997a), devido à incerteza de
encontrar uma fonte melhor de
fornecimento e ao alto custo para
pesquisar e avaliar novos forne-
cedores, as empresas necessitam
trabalhar com os fornecedores atu-
ais para melhorar o seu desempe-
nho. Como conseqüência, afirmam
que é essencial desenvolver o rela-
cionamento entre as partes. O en-
volvimento e a parceria com os for-
necedores levam a uma entrega
de materiais com qualidade e no
tempo certo, podendo, inclusive, fa-
cilitar o desenvolvimento de novos
produtos (Crawford & Cox, 1991).
O relacionamento tradicional
entre empresas compradoras e seus
fornecedores tem sido caracteriza-
do como de disputa entre adver-
sários, baseada em fornecedores
múltiplos, oferta competitiva e
contratos de curto prazo. Entretan-
to, há duas forças que estão aumen-
tando o envolvimento dos compra-
dores com os fornecedores: o
aumento da taxa de novos produ-
tos e processos e a expansão do
mercado internacional. Muitas
empresas estão reconhecendo que
sua habilidade em se tornar com-
petidores de classe mundial está
baseada, em grande parte, na sua
habilidade em sedimentar altos
níveis de confiança e cooperação
com seus fornecedores, estabele-CarlaSimoneRuppenthal Neumann
JoséLuis DuarteRibeiro, Dr.Eng.SílvioCeroni daSilva, M.Eng.
LaboratóriodeOtimizaçãodeProdutos eProcessos
UniversidadeFederal doRioGrandedoSul
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 8/32
O M undo da Usinagem 8
cendo parcerias (Humphreys, Shiu
& Chan, 2001). Percebe-se uma
nova tendência nas relações entre
compradores e fornecedores, que
vai além do custo: o gerenciamento
de fornecedores geograficamente
dispersos, que formam uma rede,
e a valorização da qualidade e da
entrega a tempo (Keough, 1994 e
Mehta, 2000).
DESENVOLVIMENTO DE
FORNECEDORES
O desenvolvimento de fornece-
dores pode abranger desde esfor-
ços limitados, como avaliar super-
ficialmente o fornecedor e exigir
aumento de desempenho, quanto
esforços extensivos, como treina-
mento do pessoal do quadro fun-
cional do fornecedor e investimen-
to nas operações do mesmo. Exis-
tem muitos elementos críticos que
surgem ao longo dos esforços diri-
gidos ao desenvolvimento de um
fornecedor: a efetividade das duas
vias de comunicação, a avaliação
do fornecedor e o feedback , foco no
custo total (e não somente no pre-
ço) e a perspectiva de longa duração.
A habilidade de uma empresa
em produzir produtos de qualida-
de, a um preço razoável, no tem-
po certo, é um fator fortemente
influenciado pela capacidade dos
fornecedores. Conseqüentemente,
sem uma rede de fornecedores
competentes, a habilidade de uma
empresa em competir efetivamen-
te no mercado pode cair significa-
tivamente. Assim, quando um for-
necedor é incapaz de corresponder
às necessidades do comprador, o
comprador tem algumas alterna-
tivas: internalizar o item que esta-
va sendo produzido pelo fornece-
dor externo, mudar para um for-
necedor mais capaz, ajudar a me-
lhorar a capacidade dos fornece-
dores atuais ou realizar uma com-
binação destas três alternativas.
mundo cada vez mais globalizado
(Krause & Ellran, 1997a).
Este trabalho pretende expor o
método utilizado para desenvolvi-
mento de fornecedores, com aten-
ção centrada em um fornecedor,
utilizando a troca rápida de ferra-
mentas (TRF, ou sistema SMED),
inserida no ambiente de uma ca-
deia de fornecimento do setor de
máquinas agrícolas.
TROCA RÁPIDA DE
FERRAMENTAS (TRF)
Conforme Kannenberg (1994),
o tempo de preparação ou de setup
é o intervalo de tempo que se levadesde o término da última peça
boa do lote anterior até a saída da
primeira peça boa do lote seguin-
te. Em outras palavras, pode-se
dizer que é o tempo necessário pa-
ra preparar os operadores e os
equipamentos para a fabricação de
outro produto pertencente ao mix
global de produção.
Existem dois tipos de operação
de setup : o setup interno, onde as
operações podem ser executadas
somente quando a máquina está
parada, e o setup externo, cujas
operações devem ser concluídas
enquanto a máquina está funcio-
nando. Como exemplos de setup in-
terno, podemos citar a fixação e a
remoção de matrizes e como ope-
rações de setup externo, o trans-
porte de matrizes e sua montagem
(Shingo, 2000).
A TRF foi desenvolvida por
Shingo num período de 19 anos,
como resultado de análise detalha-
da de aspectos teóricos e práticos
de melhorias de setup e compreen-
de quatro estágios conceituais de
tal melhoria (Shingo, 1996a,
1996b e 2000).
“Os fornecedores geral- mente só produzem de acordo com o que lhes é exigido. Como conseqüên-
cia, as empresas compra- doras merecem o que elas recebem dos fornecedores,pois não exigiram mais.”
Os benefícios de um programa
de parceria precisam ser balancea-
dos, pois o cliente (comprador) re-
cebe muitos benefícios e o forne-
cedor poucos. O sucesso continua-
do e duradouro de uma aliança es-
tratégica com o fornecedor depen-
derá grandemente do fluxo de in-
formações técnicas trocado entre
o comprador e o fornecedor. Os
fornecedores geralmente só pro-
duzem de acordo com o que lhes é
exigido. Como conseqüência, as
empresas compradoras merecem o
que elas recebem dos fornecedo-
res, pois não exigiram mais. So-
mente esperando mais dos forne-
cedores, explicitando mais estas ex-
pectativas e sendo capazes de par-
ticipar nos esforços de desenvolvi-
mento do fornecedor, é que as
empresas compradoras podem es-
perar desenvolver sua base de for-
necimento para competir num
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 9/32
Sand vik Coroman t do Brasil 9
No estágio inicial (estágio
“zero”), as condições de setup in-
terno e externo não se distinguem,
se confundem. O que poderia ser
realizado externamente é realiza-
do internamente e, por isso, as
máquinas ficam paradas por lon-
gos períodos.
O primeiro estágio da TRF se-
para o setup interno do setup ex-
terno. Este é um dos passos mais
importantes da TRF, pois a prepa-
ração de componentes e a manu-
tenção não devem ser realizadas
com a máquina parada.
O segundo passo da TRF con-
verte o setup interno em externo.Este estágio envolve duas noções
muito importantes. Uma, é a de
reexaminar as operações para ve-
rificar se algum passo foi erronea-
mente tomado como interno. A
outra diz respeito a encontrar mei-
os (soluções tecnológicas) para
converter estes passos para setup
externo. O que se verifica é que as
operações que são realizadas atu-
almente como setup interno po-
dem, geralmente, ser convertidas
para setup externo, reexaminan-
do-se a sua real função.
O terceiro passo da TRF racio-
naliza todos os aspectos da opera-
ção de setup , levando em considera-
ção a eliminação de ajustes e a
linearização dos métodos de fixação.
A maneira mais rápida de trocar uma
ferramenta é não ter que trocá-la.
O trabalho de McIntosh, Culley
et alii (2000) faz críticas ao traba-
lho desenvolvido por Shingo. Afir-
mam esses autores que, na prática
da indústria, deve haver um certo
grau de flexibilidade no uso da
metodologia, pois certas técnicas
serão enfatizadas em detrimento
de outras, e alguns estágios indivi-
duais não serão utilizados na se-
qüência prescrita. Por outro lado,
sugerem que a metodologia con-
temple o projeto realizando, por
exemplo, mudanças de desenho
de equipamento de processo ou
mudanças no projeto de produtos
em manufatura.
De acordo com Shingo (2000),
as vantagens proporcionadas pela
implantação da TRF são: rapidez
e facilidade nas tarefas de setup e
troca de produtos com redução de
custos, aumento da capacidade
produtiva, aumento da taxa de
utilização das máquinas e redução
de tempos mortos, facilidade de
produção de mix variado de pro-
dutos em curto espaço de tempo,
flexibilidade e rapidez nas altera-
ções de produtos, trabalho com
lotes menores, diminuição do tem-
po de resposta, redução dos estoques
intermediários, redução do tempo
de atravessamento, uso mais raci-
onal e efetivo do espaço do chão
de fábrica, geração de ganhos em
qualidade, redução de custos pela
eliminação de retrabalho e desper-
dícios de materiais, entre outras.
ESTUDO DE CASO
O trabalho foi realizado junto
a uma Empresa de máquinas agrí-
colas e de quatro de seus fornece-
dores, abordando várias frentes de
trabalho. Foram realizadas me-
lhorias entre as partes: no fluxo de
informação, no sistema de avalia-
ção de fornecedores, na qualidade
dos processos, na melhoria da en-
genharia de algumas peças e nos
processos produtivos. Optou-se
por descrever neste trabalho as
melhorias no setor gargalo de um
dos fornecedores, com enfoque nas
melhorias de setup obtidas utilizan-
do conceitos de TRF.
A Empresa que foi objeto do es-
tudo atua no setor de máquinas
agrícolas no estado do Rio Gran-
de do Sul. No Brasil, possui duas
plantas: uma, que será chamada de
Planta A e que produz tratores e
retroescavadeiras; e outra, distan-
te 600 Km da primeira, que será
chamada de Planta B e que pro-
duz colheitadeiras. A produção da
Empresa reflete a sazonalidade da
agricultura do país, afetando tam-
bém seus fornecedores. A produ-
ção depende tanto dos incentivos
dados pelo governo ao setor agrí-
cola, quanto de fatores climáticos
e do preço dos produtos agrícolas.
Os objetivos da empresa ao reali-
zar o projeto foram: aumentar a
competitividade de seus produtos,
melhorar a sua cadeia produtiva e
alcançar redução de custo dos
componentes.
Os fornecedores foram escolhi-
dos levando-se em consideração a
parcela de faturamento junto à
Empresa, as dificuldades de rela-
cionamento com a Empresa e a
localização geográfica distante,
com conseqüente dificuldade de
acompanhamento. Todos os custos
do projeto foram subsidiados pela
Empresa, ao longo de três meses
de pesquisa. Após algumas reu-
niões prévias com o setor de Com-
pras da Empresa, os fornecedores
compareceram à reunião de apre-
sentação do projeto. Ao longo do
andamento do projeto, a Empresa
e os fornecedores foram reunidos
sempre que necessário.
O fornecedor escolhido para
este artigo tem um faturamento de
R$ 4,2 milhões por ano junto à
Empresa. Fornece cerca de 650
itens para a mesma, o que repre-
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 10/32
O M undo da Usinagem 10
senta 70% de sua produção. Possui
82 funcionários distribuídos entre
o chão-de-fábrica e o escritório. O
fornecedor é especializado no for-
necimento de conjuntos montados
à Empresa. A fábrica é organizada,
porém necessita atualizar parte dos
equipamentos. O setor que consti-
tui o gargalo da produção é a es-
tamparia, que é composto por 4
prensas excêntricas em bom esta-
do. As atividades deste fornecedor
se baseiam nos processos de corte,
dobra, estampagem, soldagem,
usinagem, pintura e montagem.
As máquinas estão dispostas
de acordo com o processamento,
ou seja, todas as prensas hidráu-
licas ficam juntas, assim como
todos as máquinas de soldar, to-
das as furadeiras, etc.
Inicialmente, foi realizado um
encontro de convencimento e es-
clarecimento do trabalho para a
alta gerência de cada fornecedor.
O enfoque do trabalho de redu-
ção dos tempos de setup ocorreu no
setor de estamparia. Para realizar
um diagnóstico da rotina e das ati-
vidades do setor, foram realizados
observação visual, acompanha-
mento dos tempos de setup anteri-
ores ao projeto e filmagem do
chão-de-fábrica do setor.
A observação visual foi utiliza-
da para gerar um diagnóstico rá-
pido, acelerando o encaminhamen-
to do trabalho. O acompanhamen-
to do tempo de setup foi escolhi-
do, pois os problemas de organi-
zação do setor, das ferramentas e
matrizes, alimentação da máquina
e movimentos desnecessários dos
trabalhadores poderiam ser anali-
sados conjuntamente no período.
A filmagem do chão-de-fábri-
ca foi realizada para servir de aná-
lise e construção da solução com
os próprios operadores.
Anteriormente à filmagem, os
operadores do setor foram reuni-
dos e ouviram uma breve expli-
cação sobre os objetivos da ação.
Pudemos observar que a pre-
sença da filmadora gerou uma certa
ansiedade e desconforto entre os
operadores.
De posse do diagnóstico obti-
do através da observação individu-
al e das filmagens, as pessoas en-
volvidas no processo e nas opera-
ções do setor foram reunidas para
discutir-se alguns conceitos que se-
riam necessários ao desenvolvi-
mento do trabalho.
Os conceitos teóricos foram re-
passados em uma reunião com du-
ração aproximada de três horas.
Em linhas gerais, foram aborda-
dos os seguintes assuntos: a dife-
rença entre processo e operação
tendo como base o sistema japo-
nês de produção, diferenciação
entre Just in Case e Just in T ime e
passos da metodologia de TRF.
Por intermédio da filmagem re-
alizada no chão-de-fábrica, foram
analisados os problemas de: ali-
mentação, desalimentação, perda
por movimentação e realização do
setup , identificando os tipos de
setup , além da distribuição das ta-
refas no tempo e sugestão de al-
ternativas de realização.
A falta de hábito de discussões
técnicas entre os operadores não
causou constrangimento no mo-
mento da exposição das idéias, ve-
rificando-se grande participação
para busca de soluções.
Finalizando este encontro, foi
designada uma pessoa responsá-
vel pela implantação das melhorias
no fornecedor, bem como pelos
prazos de execução das atividades.
Além da melhora visual, tam-
B) O tempo ganho por dimi-
nuir movimentações dos trabalha-
dores, alimentação e desali-mentação das máquinas, deso-
bstrução do setor, organização
dos desenhos e peças, que au-
mentou a produtividade e dimi-
nuiu o custo do setor.
De uma maneira geral, os pon-
tos positivos percebidos no setor
de estamparia dizem respeito a
melhorias no fluxo de peças.
Uma grande mesa central, que
estava situada no centro do espa-
ço entre as máquinas, contendo
muitas peças em espera, foi reti-
rada. Foram colocadas 2 mesas
pequenas com rodas ao lado de
cada máquina, uma para abaste-
cimento e outra para depositar as
peças prontas.
Observou-se diminuição do
movimento dos trabalhadores e
disposição das peças em
seqüenciamento adequado de pro-
dução. Foi contratada uma pessoa
em cada turno para abastecer e
desabastecer as mesas auxiliares.
Os ganhos estimados devido à
melhoria podem ser visualizados
ao lado. A tabela 1 mostra o tem-
po de setup antes e depois do pro-
A) O tempo ganho devido àdiminuição do tempo de setup (or-
ganização do setup, conversão do
setup interno em externo,
contratação de auxiliares, padro-
nização das alturas) que gerou um
tempo “extra” que poderá ser utili-
zado para o atendimento de novos
pedidos;
bém foi realizada uma estimativa
numérica alcançada com o traba-
lho de melhoria nos processos e
operações. Calcularam-se dois ti-
pos de ganho:
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 11/32
Sand vik Coroman t do Brasil 11
BIEHL, R. E., “Customer-Supplier
“Analysis in Education Change”, Quality
Management Journal, 7 (2):22-39, 2000.
CRAWFORD, K. M. e COX, J. F., “ Ad-
dressing manufacturing problems
through the implementation of Just-in-
time”, Production and Inventory Man-
agement Journal , 32(1):33-36, 1991.
HUMPHREYS, P.K, SHIU, W.K. eCHAN, F.T.S., “Collaborative Buyer-
Supplier Relationships in Hong Kong
Manufacturing Firms”, Supply Chain
Management: an International Journal ,
6(4):152-162, 2001.
KANNENBERG, G., Proposta de
Sistemática para Implantação de Tro-
ca Rápida de Ferramentas . Porto Ale-
MILEHAM A R e OWEN, G.W., “ A Criti-
cal Evaluation of Shingo’s SMED
(Single Minute Exchange of Die) Meth-
odology”, International Journal of Pro-
duction Research, 38(11):2377-2395,
2000.
MEHTA V. P., “Procurement Prac-
tices and Customer-Supplier Rela-
tionships”, 54 AQC- - Annual Qual ity Congress Proceedings, 2000, India-
napolis. Anais.
SHINGO, S., Sistema de Troca Rá-
pida de Ferramenta: uma Revolução
nos Sistemas Produtivos . Trad.
Eduardo Schaan e Cristina
Schumacher. Porto Alegre:
Bookmann, 2000.
jeto. O método deverá ser repli-
cado em outros setores do for-
necedor, de modo que o tempo
de setup seja cada vez menor.
Pode-se observar que o tempo
médio utilizado para setup foi re-
duzido em 480 minutos por dia.
Isso representa um aumento de
produtividade de aproximadamen-
te 15%. Em termos financeiros,
esse aumento de produtividade
corresponde a R$ 40.080,00/ano,
ou seja, 5% do lucro líquido anual
do fornecedor em estudo.
Esses ganhos foram obtidos
em um prazo de 60 dias. Neste
período, foi apenas iniciada a
mudança cultural que envolve
conscientizar os operadores da
importância de executarem as
suas tarefas da melhor maneira
possível, considerando o desem-
penho do setor como um todo.
Continuando as atividades ini-
ciadas, está sendo desenvolvido um
“preparador” para as máquinas.
Além disso, estão sendo melhora-
dos aspectos ligados à organização
das ferramentas, padronização das
alturas e criação de procedimentos
para executar o setup .
Devido à falta de organização no
balcão, ainda existe muito tempo
desperdiçado na procura de ferra-
mentas e punções adequadas.
Quanto à conversão do setup in-
terno em externo, de acordo com
o encarregado pelas melhorias, es-
tão sendo realizados estudos para
adquirir mesas auxiliares que po-
derão reduzir ainda mais os tem-
pos de setup , ampliando os ganhos
já consolidados.
O programa desenvolvido com
a Empresa prevê a replicação do
método em outros fornecedores de
sua cadeia. Ao longo de um ano, o
trabalho será aplicado em 12 for-
necedores e, assim, será possível ob-
gre, 1994, Dissertação de Mestrado em
Engenharia de Produção, Escola de
Engenharia da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
KEOUGH, M., “ Buying your way to the
top”, Director , 47(9): 72-77, 1994.
KRAUSE, D. e ELLRAM, L. M.,
“Critical elements of Supplier
Development”, European Journal of Purchasing and Supply Management,
3(1):21–31, 1997a.
KRAUSE, D. e ELLRAM, L. M., “Suc-
cess Factors in Supplier Development”,
International Journal of Physical Distri-
bution and Logistics Management,
27(1):39–52, 1997b.
McINTOSH, R.I., CULLEY, S.J.,
Bibliografia
servar efeitos que se propagam ao
longo de toda a cadeia produtiva.
CONCLUSÕES
O programa de desenvolvimen-
to de fornecedores aqui exposto
surgiu da necessidade de uma Em-
presa do setor de máquinas agrí-
colas em melhorar o desempenho
de seus fornecedores.
Os passos de aplicação da TRF
utilizados em um fornecedor fo-
ram descritos e, ao final foram es-
tabelecidos os ganhos obtidos, tan-
to sob o ponto de vista do forne-
cedor quanto da Empresa.
Acredita-se que o método pos-
sa ser repetido com outros forne-
cedores, consolidando ganhos para
a cadeia produtiva.
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 12/32
O M undo da Usinagem 12
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .HSM
AArno encontroufortealiado para vencer o desafio deexecutar moldes ematrizes commais rapidez,qualidadeecustos menores: a usinagemdealta velocidadeouhigh speed machining (HSM ).Desdejulhodocorrenteanoestá emoperaçãoocentrodeusinagemhigh speed VCP 710, da Mikron,ferramentadopela Sandvik Coromant, queestá proporcionandoreduções de50%nos tempos deusinagemesignificativa economia nos custos das ferramentas.
esde julho do corrente ano
está em operação, na ARNO, o
centro de usinagem high speed VCP
710, da Mikron, ferramentado
pela Sandvik Coromant, e que
vem proporcionando reduções
de 50% nos tempos de usinagem
e significativa economia nos cus-
tos das ferramentas.
Estima-se que o custo do investi-
mento para adquirir o centro de
usinagem será amortizado em onze
meses. “Nesta previsão não há muito
otimismo embutido”, afirma o geren-
te de Administração-Ferramentaria
da Arno, Nelson Doratioto. “Se ti-
vermos trabalho para 24 horas por
dia, amortizaremos a máquina em
menos tempo”, comenta, frisando
que a semana de trabalho normal de
sua empresa é de cinco dias e meio.
Doratioto diz que a decisão de
compra do centro de usinagem foi
tomada após vários estudos. “Che-
gamos à conclusão que, para o
nosso caso, o equipamento da
Mikron oferecia a melhor relação
custo-benefício”, justifica.
Já a Sandvik Coromant é par-
ceira da Arno há mais de 20 anos.
“Evidentemente continuamos a
pesquisar outros fornecedores de
ferramentas de corte, mas foi aSandvik quem nos deu apoio to-
tal. Neste trabalho para a instala-
ção do sistema de usinagem de alta
velocidade, tivemos pronto aten-
dimento. E os resultados com as
ferramentas foram muito bons”,
avalia o gerente. “Por isso, as fer-
ramentas de corte com as quais
trabalhamos são da Sandvik”.
Os trabalhos para implantar o
conceito de usinagem em alta ve-locidade tiveram início há dois
anos. “Discutimos com os profis-
sionais da Sandvik e começamos a
colocar o conceito de usinagemhigh
speed tanto nas nossas máquinas,
como na programação”, diz o
supervisor da Arno, Pedro Peredelski. Alça de ferro de passar e respectivo molde
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 13/32
Sand vik Coroman t do Brasil 13
Conforme Peredelski, as má-
quinas disponíveis trabalhavam
com rotações de até 6000 rpm.
Apesar da limitação dos equipa-
mentos, decidiu-se trabalhar com
o conceito hi gh speed . “Antiga-
mente a profundidade de corteera de 2 a 3 mm de material por
passe, hoje tiramos cinco décimos,
mas aumentamos a velocidade de
avanço e a rotação do fuso”. A
mudança na maneira de usinar
trouxe ganhos de produtividade,
embora não significativos. “J á o
acabamento das peças melhorou
bastante”, avalia.
Além dos ganhos no acabamen-
to, a introdução do conceito high
speed em máquinas convencionais
permitiu aos profissionais da fer-
ramentaria da Arno adaptarem-se
rapidamente ao novo processo.
“Os funcionários já estavam
aculturados quando a máquina
chegou”, lembra Doratioto, fri-
sando que o treinamento ofere-
cido pela Sandvik foi importan-
te. “As pessoas ligadas ao proces-so de produção de moldes e ma-
trizes foram treinadas no nosso
Centro de Treinamento”, afirma
o vendedor técnico da Sandvik do
Brasil, Agnaldo Ribessi.
Segundo Silvio Bauco, especi-
alista em moldes e matrizes da
Sandvik Coromant do Brasil, esta
empresa oferece treinamento de
28 horas envolvendo teoria e prá-
tica, abordando todos os tópicosreferentes à usinagem HSM : estra-
tégia de usinagem, parâmetros de
corte e seleção adequada das fer-
ramentas de corte.
Além disso, a Mikron dispunha
de uma máquina similar, que foi
utilizada no treinamento da equi-
pe da Arno. “Quando o nosso equi-
pamento foi instalado, já estáva-
mos praticamente aptos a operá-
lo”, afirma Doratioto. A máqui-
na chegou numa segunda-feira e
já começamos a trabalhar”, re-
corda Peredelski. “A Mikron co-
locou um profissional à nossa dis-
posição para tirar algumas dúvi-
das e isso foi o suficiente”.
Processo – Para se beneficiardas vantagens que a usinagem de
alta velocidade proporciona, a
Arno alterou o seu processo. “Ti-
vemos de mudar porque a se-
qüência de operações é outra”,
informa Doratioto. “No proces-
so anterior não possuíamos uma
máquina para usinar material
temperado. Com o centro de
usinagem hi gh speed é perfeita-
mente possível fazê-lo”, explica.De acordo com Doratioto, no
processo hi gh speed se executa “a
cubicagem (esquadrejamento) da
ferramenta, macho e matriz, o
pré-desbaste, a têmpera e se co-
loca o material a ser usinado dire-
tamente no centro de usinagem.
O molde sai quase que totalmen-
te pronto, sobrando apenas os can-
tos vivos, que são feitos por
eletroerosão”.
Trabalhar com material previ-
amente temperado possibilita gan-
hos de tempo e de material, por-
que se eliminam operações de
eletroerosão, o que significa sub-
trair a programação e a execução
dos eletrodos. “Para fazer aeletroerosão precisávamos com-
prar um cobre específico para a
construção dos eletrodos; na
usinagem de alta velocidade, não
há mais tal necessidade”, afirma
Doratioto. “Ganhamos no tempo
de programação e no de eletro-
erosão além do custo da matéria-
prima do eletrodo. Na usinagem
high speed , entramos direto com a
ferramenta Coromant e termina-mos a peça com uma vantagem: a
última operação, o polimento ou
espelhamento, é facilitada, porque
o acabamento superficial melhora
e muito”, elucida.
Quando se executa um molde
por eletroerosão, o acabamento é
Nelson Doratioto, gerente de administração-ferramentaria da Arno
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 14/32
O M undo da Usinagem 14
A Arno é a única unidade dogrupo SEB a ter ferramentaria pró-
pria. As outras unidades terceirizama produção de moldes e matrizes.Tal diferencial tem viabilizado a co-
locação de novos produtos no mer-cado com mais agilidade. A Arno tem como meta fazer
da concepção ao lançamento deproduto em 15 meses, o que sig-
nifica que a ferramentaria dispõede cerca de quatro meses paraexecutar o molde e colocá-lo emfuncionamento. “A ferramentaria équase final da linha”, explica Nel-
son Doratioto, gerente de Admi-nistração-Ferramentaria.
Para Doratioto, sem a usinagem
high speed , dificilmente se conse-guiria atingir a meta. “São 120dias para executar a ferramenta,
fazer o try out e colocá-la parafuncionar”, diz.
Na opinião de Doratioto, ausinagem high speed proporciona
mais competitividade não só pelarapidez. “O processo nos permiteatender melhor as exigências dodesign”. “Podemos fazer moldese matrizes com perfeição, que
permitem a fabricação de produ-tos com geometria e linhas de de-finição de produtos perfeitas, queevidenciam a qualidade do nosso
produto e chamam a atenção doconsumidor”, completa.
FFERRAMENTERRAMENTARIAARIA PRÓPRIAPRÓPRIA FFAZAZ AA DIFERENÇADIFERENÇAde menor qualidade. Além disso,
a operação endurece a superfície
da peça, formando a chamada ca-
mada branca. “Na usinagem high
speed terminamos a ferramenta
com o acabamento melhor e com
o material tratado termicamentenormal, sem a camada branca, o
que facilita bastante”, explica
Peredelski, destacando que o tem-
po de trabalho do ferramenteiro
foi reduzido em até 60%.
A diferença na qualidade do
molde executado pelo processo de
usinagem HSM pode ser entendi-
da pela declaração de Doratioto:
“moldes para peças que não têm
superfície exposta podem sair damáquina diretamente para a inje-
ção de material”.
Fixação - No contexto da
usinagem de alta velocidade,
além da máquina e da ferra-
menta, há um elemento de ex-
trema importância: o sistema de
fixação, que precisa oferecer
segurança e estabilidade.
No caso da Arno, optou-se pe-
lo sistema de fixação CoroGrip. “O
importante é o balanceamento daferramenta e do suporte de fixa-
ção”, observa Doratioto. “Verifica-
mos outros sistemas, inclusive um
por interferência térmica, que des-
cartamos após observá-lo numa
montadora. Notamos que o Coro-
Grip atendia melhor as nossas ex-
pectativas”. Segundo Doratioto, a
Arno utiliza dois sistemas: o Coro-
Grip e o Hydro-Grip, os quais tra-
balham com pinças paralelas de alta
precisão, sendo que o sistemaHydro-Grip é aplicado na usinagem
de camadas profundas.
Exemplo – Nos quatro meses de
experiência com a usinagem high
speed , a Arno encontrou na execu-
ção da matriz do molde para a alça
do ferro de passar um dos melhores
resultados. “Conseguimos reduzir
em mais de 50% o número de horas
de usinagem, com significativa re-
dução de custos”, afirma Doratioto.
O molde é executado no cen-
tro de usinagem VCP 710, com
sistema de fixação CoroGrip (Hy-
dro-Grip para cavidades mais pro-
fundas) e fresas de metal duro da
família CoroMill Plura. Trabalha-se
com rotação de 10.000 rpm, velo-
cidade de corte de 380 m/min e
avanço de 4.000 mm/min. A dure-
za do material é de 48 a 53 HRc.Para se ter uma idéia de como
foi possível reduzir os custos de pro-
dução, basta observar alguns da-
dos comparativos: no processo an-
terior (centro de usinagem CNC),
se consumiam 23 horas para se re-
alizar o desbaste da cavidade, en-
Nelson Doratioto, Arno, Agnaldo Ribessi, Sandvik, PedroPeredelski, Arno e Silvio Bauco, Sandvik.
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 15/32
Sand vik Coroman t do Brasil 15
Com participação expressivano processo de industrializaçãodo País, a Arno é conhecida nosegmento de eletrodomésticosportáteis pela forte presença da
marca no mercado. Porém, acontribuição da companhia émais ampla.
Ao longo de seus 62 anos,
teve participação marcante emoutros segmentos, como o demotores elétricos industriais,chegando a produzir modelos de
alta potência, de até 2000 HP.Participou do segmento auto-motivo, fabricando alternadores,limpadores de pára-brisas e ou-tros componentes sob licença da
Delco Remy. Sob licença da Aseaproduziu motores de grande po-tência para Furnas, Itaipu,Petrobras e outros. Um dos
ícones das donas de casa, nadécada de 70, as geladeiras damarca Frigidaire eram equipadascom motores elétricos Arno.
Em 1997, a Arno iniciou novafase em sua história. O controleda empresa foi adquirido pelo gru-po francês SEB, que detém, alémda Arno, as marcas Calor, Krups,
Moulinex, Tefal e SEB. “A aquisi-
ção da Arno pela SEB trouxe bene-fícios para o mercado, especialmen-te pelo permanente intercâmbio en-
tre a Europa e o Brasil”, afirma ogerente de Administração-Ferramen-taria, Nelson Doratioto.
Tal intercâmbio possibilitou à Arno alcançar níveis de compe-
titividade internacionais. Do volu-
me de produção anual de sete mi-lhões de unidades, 8% são expor-tados. Mercados exigentes como
o alemão, italiano e espanhol acei-tam produtos Arno. Produtos daempresa são comercializados emtodos os países da América do Sul.México e Estados Unidos também
são mercados que se abastecemcom produtos de fabricação Arno,assim como Austrália e NovaZelândia. No Oriente, produtos da
empresa são encontrados na Chi-
na, Tailândia e Cingapura. O liqüi-dificador modelo Magiclean é ven-dido em todos os continentes.
Atualmente, a Arno produz liqüi-dificadores, processadores de ali-mentos, batedeiras de bolo, cafetei-ras, espremedores, ventiladores, as-piradores de pó, ferros elétricos, la-
vadoras e centrifugadoras de roupas,além de sanduicheiras e panelas.
quanto que na usinagem high speed
são necessárias 8 horas. Para reali-zar a programação para o acaba-mento, no processo HSM se empre-
gam 5 horas, enquanto a fresagempropriamente dita exige 24 horas.
É verdade que, no processo an-
terior, as operações de programa-ção e fresagem não existiam. Po-
rém, a construção dos eletrodosexigia 60 horas e a operação de
eletroerosão outras 60 horas. Ou-tra redução significativa é na ope-ração de polimento, que no pro-cesso anterior gastava 60 horas e
no processo HSM apenas 20 ho-ras. Como resultado final do pro-cesso completo desta matriz, obti-
vemos uma redução de 250 para114 horas, informa Doratioto.“Conseguimos estes resultadoscom dois meses de experiência em
usinagem de alta velocidade. Acre-dito que conseguiremos perfor-mances ainda melhores, pois àmedida em que formos conhecen-
do melhor o processo, poderemosajustá-lo para ser mais produtivos”,
encerra o gerente.
CENTRO DE
USINAGEM HSM
CENTRO DE
USINAGEM CONVENCIONAL
A PA PRESENÇARESENÇA DADA AARNORNO
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 16/32
O M undo da Usinagem 16
Alternativas
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
FlávioG. Martinez– Gte. deAssistênciaTécnicadaCastrol Brasil Ltda
RobertoSaruls– Gte. deMKT&TecnologiadaCastrol Brasil Ltda
função específica do fluido decorte solúvel no processo de usina-gem é a de proporcionar lubrifica-ção e refrigeração que minimizem ocalor produzido entre a superfície da
peça e a ferramenta, prolongando eauxiliando na eliminação dos cava-cos. Ao se abrir mão do uso destesfluidos, a sua influência positiva nausinagem também perde o efeito. Asua redução drástica ou até a com-pleta eliminação, certamente poderãoocasionar um aumento de tempera-tura nos processos, queda de rendi-mento da ferramenta de corte, perdade precisão dimensional e geometriadas peças, aumento do teor de par-ticulados na atmosfera, cavacos aque-cidos com maior dificuldade de ad-quirir formato adequado, maior riscode soldagem e variações no compor-tamento térmico da máquina. Casosmais extremos podem prever o entu-pimento de canais internos de ferra-mentas e dificuldade no auxilio dotransporte dos cavacos em sistemas fe-chados de difícil acesso.
A usinagem sem refrigeração co-
meçou a ser discutida no momentoem que as empresas notaram que oscustos de parada para troca e descar-te podem representar de 2 até 17 %do custo total para produzir uma peça.Além deste fator, o crescente rigor das
legislações ambientais e a maior cons-ciência ecológica dos usuários e em-presas são apontados como outrosmotivos para discussão deste tema.Além disso, muitos estudos de usina-
gem sem refrigeração vem sendo re-alizados pelos fabricantes de ferra-mentas visando aperfeiçoar seus pro-dutos, embora o objetivo principalneste caso seja apenas eliminar a in-fluência do fluido solúvel na usina-gem e concentrar-se apenas no efeitoda ferramenta sobre o material.
Estes princípios indicam que ain-da não dispomos, hoje, de uma com-binação de processos de usinagem queatenda a todos os seus requisitos paraoperar sem fluido solúvel. É possível
prever que a constante evolução daEngenharia de Materiais, bem comoo desenvolvimento constante de fer-ramentas de corte mais modernas,permitam, no futuro, uma redução douso dos fluidos de corte. No entantoé pouco provável que seja possível al-cançar esta prática em operações maisseveras, ou de baixíssimas tolerânci-as, em materiais como aços e alumí-nio, onde a presença do fluido de cor-te solúvel exerce papel importante.
Outro limitante para usinagem semrefrigeração é a tendência de se traba-lhar com peças acabadas usando ma-teriais temperados e com menor volu-me de sobremetal, cujo processo geraconsiderável quantidade de calor.
Uma alternativa para a usinagemtotalmente sem refrigeração é a téc-nica de mínima quantidade de lu-brificação (MQL). No caso destausinagem, quase a seco, uma quanti-
dade mínima de fluido é dirigida porum jato de ar ao ponto onde está sen-do executada a usinagem. O volumede fluido pode variar em função dovolume de cavacos e do processo deusinagem. Os produtos lubrificantesusados devem ser ecologicamente cor-retos (isento de solventes e materiaisfluorados) e com altíssima taxa de re-
Ofluidodecortesolúvel exerceumpapel fundamental noatendimentoaos atuais objetivos decontrole, cada vez maisrigoroso, dos custos deprodução, nãoagressãoaomeio-ambienteeà norma ISO14000.
Desenvolvimento de ferramentas com
coberturas especiais visando torná-las
mais resistentes ao calor gerado na
usinagem sem refrigeração;
Emprego mais freqüente de materiais de
fácil usinabilidade e menor geração de
calor, como por exemplo o ferro fundido;
Desenvolvimento de novos materiais,
com composição diferenciada, que
melhorem a usinabilidade sem causar
alterações dimensionais na peça final;
Construção de máquinas com materiais
de sensíveis alterações nas característi-
cas térmicas visando auxiliar na elimi-
nação mais rápida das fontes de calor;
Al teração nos parâmetros de corte,
como nas operações HSM (High Speed
Machining).
A realidade é que alguns princípios
são necessários para que a
usinagem sem refrigeração seja
viável, tais como:
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 17/32
Sand vik Coroman t do Brasil 17
moção de calor. A mínima quantida-de de óleo deve ser suficiente para re-duzir o atrito da ferramenta e aindaevitar a aderência dos materiais.
No entanto, estudos apontam queexistem ainda muitas operações, comofurações profundas, peças de geome-
tria de cavidades complexas ou ros-cas, etc., onde não é garantida aumidificação ótima da ferramenta.MQL necessita de investimentos emequipamentos de dosagem, estaçãomisturadora e sistema de alimentaçãopor bicos ejetores. Estudos por partede fabricantes de máquinas continu-am em andamento buscando a viabi-lidade econômica desta tecnologia.
Por tudo isso, verificamos no Mer-
cado (brasileiro e mundial), que as em-presas de grande porte têm desenvol-vido processos utilizando a combina-ção de centros de usinagem altamentedinâmicos com máquinas e ferramen-tas especiais, definindo sistemas de pro-dução de alta confiabilidade e utilizan-do-se de grandes centrais de fluidos so-lúveis de alta tecnologia e rendimento.
Nestas centrais são exigidas altaqualidade do fluido solúvel, a fimde proporcionar melhores condiçõesde trabalho na questão ocupacional,máquinas limpas, alto desempenho eperformance operacional e longa vidaútil do fluido solúvel visando mi-nimizar os custos de descarte.
Por esta razão, acreditamos que ofluido de corte solúvel deve ser me-lhor gerenciado. Terminou a épocaem que era considerado como umitem barato do processo e sua esco-lha não deve ser feita unicamente com
base em seu custo inicial por litro. Sãonecessários estudos de custo-benefíciodo processo para justificar a melhorescolha, em função das tecnologiasdisponíveis. Em um processo não po-demos esquecer que, na somatória dovolume da emulsão, temos cerca de90% de água (cuja qualidade é funda-
mental), em media mais10% do óleo solúvel con-centrado dependendoda operação, e óleoscontaminantes(tr amp oil ) da or-dem de 2% ou
mais. Acrescente-se a isso os resí-duos dos metaisdas ferramentas epeças usinadas,detergentes de lim-peza da máquina echão-de-fábrica, solventes eoutros resíduos orgânicos da fábrica.Sendo assim, o fluido solúvel precisaser constantemente monitorado em
suas propriedades e possuir caracte-rísticas que propiciem o melhor ren-dimento das ferramentas, melhor aca-bamento das peças e durabilidade dasmáquinas e equipamentos.
Logicamente os grandes fabrican-tes de lubrificantes têm se empenha-do muito no esforço de melhorar acada dia a qualidade de seus produ-tos e dos seus serviços de atendimen-to técnico em todo o Brasil, visandoevitar trocas desnecessárias e custos dedescarte das emulsões.
O compromisso com a ISO 14000é a redução dos resíduos gerados porestas trocas. O uso de fluidos à basede polímeros sintéticos permite mai-or bioestabilidade e maior resistênciaa contaminantes (tecnologia limpa)tornando assim viável prolongar porvários anos seu uso em sistemas cen-tralizados modernos (equipados comseparadores de cavacos, centrífugas e
outros mecanismos de manutenção).Produtos à base de esteres sintéti-
cos propiciam superior lubricação esão mais estáveis à oxidação e degra-dação biológica que os esteres natu-rais de base vegetal como, por exem-plo, a mamona. Mesmo os óleos debase mineral de petróleo, tão comba-
tidos no Brasil por restrições le-gais, de saúde e segurança, ainda en-contram largo emprego em diversospaíses do mundo, inclusive Europa eUSA. Evidentemente, existe um rigor
cada vez maior na seleção do tipo deóleo mineral empregado e dos níveisde carbonos poliaromáticos presentes.Atualmente procura-se combinar osefeitos positivos na usinagem dosesteres sintéticos com menores taxasde óleos minerais visando obter flui-dos semi-sintéticos de alta estabilida-de, baixa toxidez e alto desempenho.
Portanto, opções tecnológicas é quenão faltam. A escolha pela usinagem
a seco, MQL ou com fluidos de basespolímeros, esteres sintéticos, mineralou combinação entre os mesmos, de-pende de vários fatores operacionaiscomo: nível de acabamento, precisãodimensional, material da peça, taxade remoção de calor, características damáquina, durabilidade da ferramen-ta, meio-ambiente, etc.
Pela complexidade do tema, o usode fluido solúvel ainda deverá perdu-rar como principal opção por bastan-
te tempo. No futuro é provável quecoexistam harmonicamente todas es-tas tecnologias, pois é difícil imagi-nar uma única atendendo a todas asnecessidades. Afinal, não existetecnologia nova ou velha, o que existeé tecnologia que atenda as necessida-des específicas do CLIENTE.
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 18/32
O M undo da Usinagem 18
Pesquisa
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Motor a álcool, projetos deaviões da Embraer, aço300 M... Sabeoqueexisteemcomumentreestes importantes desenvolvimentos brasileiros? Ofatodeteremsidoiniciados erealizados peloCTA- CentroTecnológicoda Aeronáutica, deSãoJosédosCampos (SP).
riado na década de 50, o
CTA é a concretização de idéia ex-
pressa por Santos Dumont há mais
de 30 anos. Ligado ao Comando
da Aeronáutica, o Centro possui
quatro Institutos e tem objeti-
vos tecno-científicos, atuando nas
áreas de ensino (ITA - I nst ituto
Tecnológico da Aeronáutica ) e pesquisa
(IEA - I nsti tu to de Estudos Avança-
dos ). O IFI - I nstituto de Fomento e
Coordenação I ndustr i al , atua em
programas de apoio e de infra-es-
trutura industrial para a melhoria
da qualidade e capacitação da
indústria aeroespacial brasileira.
As atividades ligadas à aeronáu-
tica e espaço cabem ao IAE - I nsti-
tu to de Aeronáuti ca e Espaço . Respon-
sável pelo bem-sucedido programa
brasileiro de veículos de sondagem
(foguetes), com mais de 200 son-
das já lançadas, o IAE trabalha atu-
almente no desenvolvimento do
VLS-1 - Veículo Lançador de Saté-
lites. Os dois primeiros testes de vôo
(de quatro previstos) já foram
realizados e o terceiro deve acon-
tecer no início de 2003.
Com sete propulsores distribuí-
dos em quatro estágios, o VLS-1
tem capacidade para transportar
satélites de até 380 kg a 1.200 km
de altitude. Todos os motores do
veículo têm 1 m de diâmetro, sendo
que para o 1º e 2º estágio possuem
7 m de comprimento, para o 3º es-
tágio 5 m de comprimento, o 4º
estágio tem 1,2 m de comprimen-
to e é fabricado por bobinagem
filamentar de fibra de kevlar e re-
sina epoxi. “O VLS-1 colocará o
Brasil no seleto grupo de países
que dominam esta tecnologia”,
afirma Adriano Gonçalves, coorde-
nador T écnico do Projeto VLS.
Este time hoje é formado por me-
nos de uma dezena de países.
Para chegar ao estágio atual, o
IAE precisou envolver-se na pes-
quisa de inúmeros produtos não
disponíveis no mercado nacional,
como, por exemplo, combustíveis,
motores-foguetes, materiais e sis-
temas de controle de vôo. Em par-
te, estes desenvolvimentos foram
realizados nas próprias instalações
do instituto, em suas divisões de
Mecânica, Química, Eletrônica,
Projetos e Ensaios. Tais instalações
comportam, ao todo, 49 laborató-
rios, nos quais trabalham 700 pes-
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 19/32
Sand vik Coroman t do Brasil 19
soas, entre civis e militares.
Alguns desenvolvimentos foram
realizados em parceria com indús-
trias nacionais. “A tecnologia desen-
volvida no escopo destes projetos,
por definição, tem de ser muito
precisa e de alta confiabilidade”, diz
Gonçalves, acrescentando que “a
filosofia do Instituto é a de que
todos os desenvolvimentos sejam
repassados para a sociedade”.
Além do fato dessas sondas e
foguetes representarem economia
de divisas ao País (inclusive algu-
mas já foram exportadas), o IAE
tem gerado tecnologia que acaba
sendo transferida para a indústria.
Em 1965, por exemplo, para o
desenvolvimento do primeiro
foguete de sondagem meteoroló-
gica, foi desenvolvida - em parce-
ria com a Termomecânica São Pau-
lo - a tecnologia de tubos sem cos-
tura em ligas de alumínio de alta
resistência.
Em 1974, em conjunto com a
Eletrometal, desenvolveu a liga
metálica de ultra-alta-resistência
300 M, para utilizar no motor do
Sonda IV. Com esta mesma empre-
sa instalou, na Villares Metals, um
dos maiores fornos na posição
vertical do hemisfério Sul, para
tratamento térmico de metais em
atmosfera controlada.
A esses somam-se inúmeros
outros, como ligas de titânio,
materiais cerâmicos e carbonosos;
estruturas compostas de fios não-
metálicos (kevlar, vidro e carbono).
“São produtos estratégicos que
antes constavam da pauta de
importação do Brasil”, frisa Gon-
çalves. Além disso, o CTA possui
um túnel de vento, utilizado por
indústrias nacionais para testes e,
em breve, contará com um túnel
transsônico.
Engenheiro mecânico com
especialização em técnicas aeroes-
paciais e há 20 anos no CTA,
Gonçalves considera de extrema
importância para o País as pesqui-
sas e desenvolvimentos realizados
pelo IAE. “O Brasil é um país con-
tinental. O VLS-1 vai possibilitar
que sejam colocados em órbita
satélites para o rastreamento e a
coleta de dados de todo o ter-
ritório nacional”, diz. Além disso,
o Brasil é privilegiado pela proxi-
Coifa Ejetável do VLS-1, com maquete de satélite
Da esquerda para direita: Yoshio Yamada, chefe da seção de planejamento de fabrição do
IAE, Adriano Gonçalves, coordenador técnico do projeto VLS e Wilton Fernandes Alves,
chefe da sub-divisão de programação e controle de fabricação do IAE.
Veículo lançador de satelites VLS1
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 20/32
O M undo da Usinagem 20
DUAS DÉCADAS DECOLABORAÇÃO
midade da Base de Lançamento(Alcântara – MA) com a linha do
Equador, que favorece o lançamen-
to de foguetes (aproveitamento da
velocidade de rotação da Terra),
proporcionando economia de
combustível.
Para o engenheiro mecânico
Wilton Fernandes Alves, chefe da
Sub-Divisão de Programação e
Controle de Fabricação do IAE, o
CTA é de suma importância parao Brasil. “Um exemplo clássico é a
Embraer, hoje uma das maiores
empresas de aviação do mundo, que
iniciou-se no CTA, com o desenvol-
vimento de um protótipo de avião,
o Bandeirantes”, frisa. A Embraer,
que emprega hoje mais de 5 mil
pessoas, nos últimos três anos foi a
principal exportadora do Brasil.
Entre os desenvolvimentos do
CTA, Alves - que também é coor-
denador do projeto VS-40, veícu-
lo de sondagem com vôo previsto
para 2003 - inclui o processo desoldagem a plasma para o aço
300M. “Os norte-americanos
tinham dificuldade para soldar este
aço. Aqui, nós conseguimos e
repassamos o processo para a
Confab Industrial S.A”.
Há 16 anos no CTA, o chefe da
Secção de Planejamento de Fabri-
cação do IAE Yoshio Yamada con-
sidera que o estágio de desenvol-
vimento de um instituto de pes-quisa depende em grande parte do
investimento que a nação faz.
“Se o investimento é pequeno, o
retorno também será”, avalia. Para
Yamada, deve-se ressaltar, ainda,
os investimentos na formação de
recursos humanos feitos pelo CTA.
Como lembrou Francisco
Marcondes, gerente de Marketing
da Sandvik, durante a palestra
“Criatividade e Competitividade
na Indústria”, apresentada para
cerca de 200 pessoas no CTA: “Para
falar da importância de contarmos
com uma indústria competitiva no
Brasil, Osires Silva costuma dizer
que, no mercado internacional,
uma tonelada de soja equivale a
um quilo de avião”.
A Sandvik Coromant mantém
estreita colaboração com o CTA,
mais especificamente desde
1983, quando contribuiu para o
desenvolvimento dos processos
de furação e fresamento do aço
300M, aço de alta resistência
mecânica a altas temperaturas.
Mais recentemente, a Titex
Plus - empresa do grupo Sandvik
- foi requisitada a auxiliar no
desenvolvimento do processo de
furação do envelope motor doVLS-1. O material da peça a ser
usinada é uma liga metálica,
300M EFR, temperada e reveni-
da, com dureza entre 45 e 63 HRC.
Segundo o gerente da Titex
Plus/ Brasil, Marcos Soto, trata-
se “de uma liga de aço de ultra-
alta-resistência, de difícil usina-
gem”. Nela serão realizados fu-
ros com 8,5 mm de diâmetro e
10 mm de profundidade. O tra-
balho está em fase inicial.
Os serviços de usinagem são
realizados na Indústria Mecânica
Abril, de Santo André (SP). Com
esta empresa, desenvolve-se o
processo com ferramentas con-
vencionais. Em paralelo, a Titex
Plus participa das pesquisas
desenvolvidas pelo engenheiro
do CTA, Wilton Fernandes Alves,
realizadas na ITA e na Unicamp,
para a utilização de ferramen-
tas mais modernas e a conse-
qüente agilização do processo.
Foguetes de Sondagem Sonda III e Sonda IV e cargas úteis recuperadas
R
e
p
r
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 21/32
Sand vik Coroman t do Brasil 21
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Qual éopapel da área deControladoria dentrodeumcenárioeconômicoe
políticotãoconturbadoeincertopeloqual passa nãoapenas nossopaís comotodoomundo?
Na gestão empresarial, em mo-
mentos de dificuldade econômica, o
primeiro sinal de alerta determina
que se gaste apenas o absolutamente
necessário, para termos fôlego para
superar mais uma crise, evitando cor-
tes naquilo que temos de mais preci-
oso, o nosso pessoal. Como fazê-lo?
A função do Controller foi muda-da e significativamente ampliada
em relação aos últimos 20 anos.
Hoje, o Controller deve fazer o pa-
pel de facilitador entre as divisões
de Negócios e as divisões de resul-
tados e economia.Tanto deve levar
as informações e necessidades às di-
visões de negócios como traduzir,
para a Contabilidade e Economia,
as operações comerciais e as neces-
sidades delas decorrentes. Ou seja,
a função precípua do Controller ,aquela que justifica sua existência,
é a de agente facilitador. Cabe-lhe,
portanto, manter todos os níveis de
sua Divisão informados, de forma
trasparente, sobre o significado dos
números que representam o resul-
tado de nosso negócio, para que
cada funcionário tenha a condição
de sentir-se parte integrante desse
processo e seja capaz de identificar
onde e como cada um participa epode “fazer a diferença”.
Desta forma, o comprometimen-
to acontece de forma natural e es-
pontânea, a criatividade surge como
solução cabível e extremamente ne-
cessária naquele determinado mo-
mento, a integração ocorre entre as
pessoas e o sucesso do negócio sur-
ge como decorrência natural.
A área de Controladoria dentro
da Divisão Coromant foi criada em
agosto de 2001. Neste mesmo pe-
ríodo, tivemos o racionamento de
energia elétrica, que nos levou à
racionalização de seu uso, eliminan-
do em definitivo desperdícios per-
feitamente evitáveis e criando uma
nova visão de utilização e necessi-
dade. Na realidade, os custos hoje
significam pontos que demonstram
nossas necessidades e, ao colocá-los
sob nosso total controle, eles dei-
xam de figurar como conta negati-
va dentro de um demonstrativo de
lucros e perdas. Assim sendo, nosso
departamento é o multiplicador deinformações sobre o andamento de
nosso negócio e sobre quais as me-
didas necessárias para atingirmos os
objetivos traçados a cada final de
ano, determinando as estratégias
básicas a serem seguidas para que
eles sejam alcançados.
Nesse contexto, a participação
das várias áreas como produção, ven-
das, marketing , logística, torna-se
ponto importante, pois assim esta-remos todos sintonizados, caminhan-
do em uma mesma direção, juntan-
do todas as experiências, falando em
uma única voz, tornando-nos cada
vez mais competitivos. Consideran-
do- se a dinâmica do mercado atual,
cada vez mais intensa, tais mecanis-
mos nos tornam mais habilitados
para lidar com situações adversas.
A circulação e divulgação das
informações, portanto, deve ser
completa e imediata, para garantir
à toda a empresa o conhecimento
dos resultados do trabalho de to-dos. De fato, a possibilidade de po-
der ver-se no conjunto facilita a
busca da produtividade, da quali-
dade de nossos produtos e serviços,
e se reflete de maneira positiva no
volume de nossas vendas.
O Controller , portanto, não “con-
trola” as ações mas sim oferece con-
dições para melhor gerenciamento
e desempenho de cada divisão e,
por meio de reuniões periódicas
mensais, este departamento infor-ma todo nosso pessoal(gerentes,
vendas externas, e serviços de
atendimento ao cliente) em três
reuniões respectivas, sobre os re-
sultados obtidos no final de cada
período, nossos resultados de ven-
das, custos, despesas, lucros, contas
a receber, níveis de estoque, enfim,
todo um cenário direcionado aos
objetivos e às ações imediatas e fu-
turas. Dar ciência para que todostenham elementos comuns de ação
e que todos os passos possam se ba-
sear em levantamentos que nos ofe-
recem pistas sólidas e controladas
com as quais nortear nosso movi-
mento: o controller é fundamental
para a desejável prática da trans-
parência administrativa.
SandraPascuti – GerentedeControladoriadaSandvikCoromant doBrasil
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 22/32
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 23/32
Sand vik Coroman t do Brasil 23
as novas pastilhas de cerâmica na classeCC 6080 para usinagem de ligas re-sistentes ao calor.
Além dos tradicionais produtos Titex Plus, como brocas de metalduro, machos e ferramentas para
fresamento de roscas, foramapresentados os lançamentos debrocas Alpha 4RC, machos de metalduro RC e brocas Alpha 4 plus.
Esta 11ª. MERCOPAR contou com 39
expositores estrangeiros (20 argentinos,13 holandeses e 6 uruguaios) e 365
brasileiros, dos quais 71% do RioGrande do Sul. Os expositores re-presentavam os setores metal-me-cânico, eletroeletrônico, automa-
ção industrial, plásticos, borrachase serviços industriais.Cerca de 4400 pessoas visitaram
o stand da Sandvik, representandoquase 20% do total dos visitantes da Feira.
Cerca de 200 profissionais par-
ticiparam do 7º Seminário Inter-nacional de Alta Tecnologia pro-movido pelo SCPM – Laborató-rio de Sistemas de Computaçãopara Projeto e Manufatura daUNIMEP. Realizado a 10 de ou-tubro, no Teatro UNIMEP emPiracicaba (SP), o evento tevecomo foco o tema “Inovações
Tecnológicas no Desenvolvimen-to do Produto”.
O professor Klaus Schutzer, da
UNIMEP, organizador do even-
to, explica que a cada ano o se-
minário reveza a temática en-
tre dois assuntos: nos anos ím-
pares, o assunto é Manufatura;
nos pares, Desenvolvimento de
Produto. “Em 2003, portanto,
estaremos abordando as inova-
ções na área de manufatura”,
diz, ressaltando que a data já
está marcada: 18 de setembro.O professor lembra que o se-
minário é voltado para o setorindustrial. Tanto que, dos 200inscritos, 160 eram ligados a in-dústrias. “Aliás, este é um dosmotivos do evento concentrar aspalestras num único dia”, afirma.
Outra característica do evento, se-
gundo o organizador, está naapresentação de inovações tecno-lógicas desenvolvidas em parceriaentre universidades e empresasbem-sucedidas.
Neste ano, a programação ma-tutina reuniu trabalhos acadêmicos.Dois deles abordaram a gestão doconhecimento: “A Contribuição daGestão do Conhecimento para oSucesso da Empresa”, pesquisa iné-dita realizada pelo PTW, deDarmstadt - Alemanha, e a con-sultoria McKinsey; e “Gestão doConhecimento numa Comunidadede Interesse em Desenvolvimentode Produtos”, do prof. HenriqueRozenfeld, da Escola de Engenha-ria de São Carlos. As outras apre-sentações versaram sobre a influ-ência dos aspectos ambientais nodesenvolvimento do produto e ummodelo virtual que envolve não só
o produto mas também o proces-so, simulação, etc.
No período da tarde foi a vezdos trabalhos com origem na in-dústria. A Daimler-Chrysler fezapresentação sobre o desenvolvi-mento de caminhões; a Opel (GM,da Alemanha) falou sobre o desen-
volvimento virtual de automó-
veis. O prof. Schutzer fez a pales-tra “OpenDesc – Ferramentas Ino-vadoras para a Conversão de Da-dos Geométricos”.
A Siemens abordou a reduçãodo ciclo de desenvolvimento demáquinas-ferramentas, a partir daavaliação dos componentes eletro-eletrônicos, do CNC ao aciona-mento, itens que podem alterar oprojeto mecânico.
Já a Index, da Alemanha, mos-trou o case de desenvolvimento docentro de torneamento verticalV100 com sistema de cinemáticaparalela. A princípio concebidocomo exploração científica, oV100 se transformou num produ-to comercial.
“Conseguimos reunir este anoum dos melhores grupos depalestrantes dos nossos eventos”,avalia Schutzer. A conjuntura na-
cional e mundial, porém, afetou onúmero de inscrições, que ficou30% abaixo da expectativa inicial.
O 7° Seminário Internacionalde Alta Tecnologia teve patrocínioda Sandvik Coromant, Embraer,Romi, Siemens, Mikron, Máquinase Metais e GE Fanuc.
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 24/32
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 25/32
Sand vik Coroman t do Brasil 25
ção de novas tecnologias visandoo melhor custo benefício.
O engenheiro de Manufatura
da Cummins Latin America, CelsoOliveira, também participou doCoroPak, apresentando a Cummins
(grupo que opera 54 fábricas demotores e componentes no mun-do) e destacando a importância daparceria. “Parte do nosso suces-
so depende de nossos fornecedo-res, como é o caso da Sandvik”,disse o engenheiro.
TORNEAMENTO
O gerente técnico José Roberto
Gamarra apresentou as novidadesem torneamento, destacando apastilha alisadora T -Max paradesbaste. Segundo Gamarra, o
foco da Sandvik hoje é a produti-vidade e após o sucesso alcançadocom as pastilhas Wiper para aca-
bamento, a empresa resolveu darrelevância à área de desbaste. Aferramenta permite avanços de até0,8 mm por rotação e profundi-
dades de corte até 6 mm, elimi-nando etapas intermediárias noprocesso de torneamento. Umdetalhe importante é que a WR
apresenta maior contato com asuperfície usinada.
Merecem registro, também, o
lançamento da VCEX 11, parapeças de pequeno porte (ou fer-ramentas suíças) para máquinasde cabeçote móvel; a pastilha CC
6080, em cerâmica (Sialon) para
materiais resistentes ao calor, dealta estabilidade química e resis-tência ao desgaste; e as barras
para mandrilar CoroTurn 111,agora a partir de diâmetro de 5,0mm, permitindo usinagem de fu-
ros de ∅ 6,5 mm e as respectivasbuchas “Easy Fix ”.
CORTE E CANAL
O especialista em torneamentoFrancisco Cavichiolli informou queo programa CoroCut foi acrescidode barras de mandrilar com hastede aço para aplicações internas esuportes para perfilamento e ranhu-ras para alumínio e não-ferrosos. Alinha inclui também barras parapastilhas de duas arestas. As barras
têm haste de 16 a 50 mm, para fu-ros de 25 a 60 mm e profundidadesde corte de 4,5 a 13 mm.
A linha de bedames passa acontar também com ferramentaspara peças pequenas, para máqui-nas de cabeçote móvel. Otimizadas,têm parafuso inclinado, o que pos-sibilita trocas de pastilha até cincovezes mais rápidas. Cavichiolliabordou, ainda, a fixação de fer-ramentas em usinagens de altasvelocidades, fazendo uma compa-ração entre os sistemas disponíveisno mercado para HSM . Para o es-pecialista, o sistema de fixaçãohidromecânico por contraçãoCoroGrip é o mais vantajoso, pois“em relação aos sistemas hidráuli-cos, oferece maior capacidade de
ferramentas, maior transmissãode torque e maior precisão emrelação ao nível de batimento e
pode também ser utilizado emmáquinas convencionais”.
O especialista de Produto em
Die M ould & M aking da SandvikCoromant, Sílvio Bauco, dedi-
cou-se ao tema competitividade.Para Bauco, as matrizarias quequerem manter-se fortes no mer-
cado precisam, hoje, contar comtrês pilares de sustentação: qua-
lidade, prazo e preço. “É precisoreduzir a quantidade de fornece-dores, estabelecer vínculos mais
firmes com estes e enxergar nofornecedor um colaborador com-
prometido com seus resultados”.A tônica deste CoroPak foi
lembrar que a competitividade
pode estar mais próxima do que
se imagina, tratando-se, muitasvezes, apenas de uma questão dereaprender a ver o mundo. As-sim, o tema de confraternização
do encontro foi “ volta àinfân-
cia”, para nos lembrarmos de nos-
sa inata criatividade e enormesede de inovar.
Balcão de distribuição da O Mundo da Usinagem
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 26/32
O M undo da Usinagem 26
Ausinagemderoscasinternaséumaaplicaçãodesafiadoradentrodatecnologiadecorte. Oprocessoexigealtos padrões deconfiabilidade, pois as peças são
caras ea quebra domachodeveser absolutamenteevitada.
As roscas devem sempre ser pro-duzidas conforme a medida estabe-lecida e respectiva tolerância, res-
saltando-se que a quebra da ferra-menta deve ser evitada ao máximo,a fim de não ser preciso retrabalhara peça ou ainda, a cara produção derefugos. Por outro lado, nos dias dehoje, os responsáveis pela produ-ção normalmente se confrontam coma tarefa de usinar diferentes materi-ais, com diferentes características decorte. Especialmente na área deusinagem de roscas, muitos machosdiferentes, com um desenho especi-
al, foram assim projetados para aten-der à tal demanda, sendo às vezesdestinados somente à usinagem deum único grupo de material.
Em clientes de médio e pequenoporte, que com freqüência são sub-con-tratados e portanto produzem peças di-ferentes, sem uma gama de produtosprópria, isso também ocorre, poismuitos materiais diferentes devem serusinados em lotes médios ou peque-
nos. Se esses clientes estocassem, paracada grupo de material, os seus res-pectivos machos para todos os diferen-tes tamanhos de roscas solicitados, elesteriam uma enorme variedade de ma-chos e seria um verdadeiro pesadeloracionalizarem o uso das ferramentas
e o próprio estoque. Além do investi-mento em ferramentas que ficariamociosas no estoque, haveria ainda a
possibilidade e o perigo de se mistu-rar os machos e usar o macho erradoem uma aplicação errada.
Considerando-se tais aspectos,pode-se ainda dizer que, certamente,sempre houve o desejo, por parte dopessoal de produção, de se usinarquase todos os materiais com um úni-co macho, sem perder a segurança doprocesso ou a produtividade.
A TITEX PLUS captou essa idéiae desenvolveu uma família universale produtiva de machos de altaperformance – a família SPRINT.
Esses machos de alta performancepermitem a usinagem de uma gama
extremamente ampla de materiais. Ageometria especial para aplicações uni-versais possibilita o processamento
dos materiais macios de difícil usina-gem mais comuns, proporcionandoum auxílio ativo na redução dos cus-tos com ferramentas e, finalmente,uma escolha de ferramentas signifi-cativamente simplificada. Aços de ca-vacos longos de baixa a alta tensão,aços-ferramenta com liga e aços ino-xidáveis, bem como materiais de ca-vacos curtos e ligas de silício/alumí-nio, podem ser usinados com os ma-chos SPRINT (figura 1). Especialmen-
te para usinagem de materiais de ca-vacos curtos em centros de usinagemcom refrigeração interna, o escoamen-to dos cavacos será otimizado com o
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Usinagem de Roscas
Dr. RolandHeiler, TitexAlemanha.
Figura 1:
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 27/32
Sand vik Coroman t do Brasil 27
uso de machos MegaSprint, que pos-suem canais para refrigeração.
DE QUE MATERIAL OSMACHOS SPRINT SÃO
FEITOS?
A abordagem quase universaldessa família de machos de altaperformance está baseada na conse-qüente otimização do material aço-ferramenta, da geometria e da co-bertura superficial. Os machos, sãofeitos de HSS-Co-PM. O aço-ferra-menta combina uma alta dureza,que é importante para alta resistên-cia ao desgaste, com uma tenacida-de muito boa do macho, o que porsua vez é importante para uma alta
segurança do processo. Os finosgrãos de que se compõem o HSS-Co-PM são muito regulares, dandouma homogêneidade dentro damicro- estrutura que torna possíveltais propriedades (veja a figura damicroestrutura). Em comparação aoHSS-Co padrão (tamanho do grão10 – 30 µm), o tamanho dos grãosde HSS-Co-PM é apenas de 1 – 3µm. Nos aços convencionais, há ain-
da uma tendência de se formaremlinhas durante a transformação doaço-ferramenta, com algumas pro-priedades unisotrópicas. A maiordureza do material da ferramenta éresultado do maior teor de elemen-tos de metal duro. O grande teor decobalto dentro do aço-ferramenta(8,5 % Co) aumenta a resistência atemperaturas mais elevadas (maiorresistência térmica em comparaçãoao HSS-Co padrão). Isso possiblita
aos machos SPRINT trabalharem emvelocidades de corte mais elevadas(Figura 2).
DESENHO DA FERRAMENTA
Os novos machos são produzidoscom dois desenhos principais e di-ferentes. Para furos passantes foram
produzidos machos nas séries B..48(código Titex) com ponta helicoidal(3,5 – 5 filetes no chanfro). Com essaponta helicoidal, os cavacos finossão enrolados juntos, indo em dire-ção ao centro do macho e sendo re-movidos para fora da rosca na dire-
ção do avanço ou seja, na direçãodo final do furo. Para a usinagemde furos cegos, os SPRINT nas sé-ries B.58 e B.57, ambos comchanfro tipo C de 2 a 3 filetas, fo-ram desenhados para um corteotimizado de roscas. O perfil espe-cial do canal helicoidal dos machosmelhora a formação e o escoamen-to dos cavacos mesmo na usinagemde materiais de cavacos longos,
como aços para construção de estru-turas convencionais (baixo carbono)ou ligas de aço inoxidável. Alémdisso, também foram otimizados operfil do canal e o robusto desenhoda alma, a geometria de corte prin-cipal do ângulo de saída e odetalonamento. Essa geometria decorte especial possibilita o uso des-ses machos em uma ampla gama demateriais diferentes. As forças decorte resultantes ficam em equilíbrio
e é possível usinar roscas com preci-são mesmo em materiais muito “ma-cios”, como aços baixo-carbono e li-gas de AlSi.
Em comparação aos machos con-vencionais, os SPRI NT foram de-senhados com um detalonamentomaior, a fim de reduzir o atrito e a
conseqüente temperatura resultantemesmo com velocidades de cortemais altas. Devido à geometria espe-cial, com eles é possível usinar roscasem máquinas convencionais, em apli-cações de rosqueamento tradicional,ou em modernos centros de usinagem
com fusos sincronizados ou, ainda, emadaptadores auto- reverso.
TRATAMENTO SUPERFICIAL DAFERRAMENTA
Para melhorar a resistência ao des-gaste, mesmo em velocidades decorte mais altas, os machos de altaperformance são revestidos. A cober-tura TIN (Nitreto de titânio, Durezade 2500 HV) é excelente para um uso
quase universal dos machos. Paracondições de corte mais difíceis emelhor resistência ao desgaste nausinagem de aços de alta liga ouferros fundidos, encontram-se dispo-níveis os machos SPRINT com re-vestimento TCN (Carbonitreto detitânio, Dureza de 3500 HV). Em com-paração ao TIN, essa cobertura TCNtem dureza bem maior, com umaestrutura e um coeficiente de atritosuperficial menor, o que dá uma van-
tagem no escoamento do cavaco.
ROSCAS MAIS PROFUNDASQUE 1,5 X DIÂMETRO
Uma exigência especial é ausinagem de roscas em furos cegos emprofundidades maiores que 1,5 x∅nos materiais de cavacos longos,
CCOMPOSIÇÃOOMPOSIÇÃO HSSHSS--COCO XX HSSHSS--CCOO -PM-PMCCONVENCIONALONVENCIONAL PM (MPM (METETALALURGIAURGIA DODO PPÓÓ ))
Ampliação 100x
Figura 2:
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 28/32
O M undo da Usinagem 28
Macho Standart coberto com TiN SPRINT 50 com cobertura TFT
Comparativo de torque entre TFT e TIN acima de 2xD
como os aços inoxidáveis ou aços debaixo carbono com machos conven-cionais com cobertura. A espessura dacobertura influencia o raio da arestade corte e a micro-rugosidade dasuperfície da ferramenta impede
(coeficiente de atrito) o transporteeficaz de cavacos. Ambos os fatorestêm uma influência negativa em todoo processo de rosqueamento, pois oscavacos, longos e finos, resultantesda operação são formados de modoinadequado e freqüentemente caó-tico, acabando por dificultar todo oprocesso de rosqueamento e provo-cando problemas com a tolerância eo acabamento da rosca. Até agora,
todos esses transtornos vem sendosolucionados com o uso dos machosconvencionais sem cobertura ou comsuperfície oxidada a vapor. Compa-rando-os aos machos com cobertura,vale ainda ressaltar que só erampossíveis velocidades de cortemoderadas ou baixas e que, alémdisso, era necessário óleo solúvel com
concentração mais elevada para sealcançar uma vida útil aceitável daferramenta.
Essa demanda também pôdeser atendida com o novo machoSPRINT 50 TFT (Figura 3). Esse
novo macho foi projetado parausinar roscas, principalmente maisprofundas que 1,5 x∅ e em materi-ais de cavacos longos. A comparaçãode torque entre o macho convencionalcom cobertura TIN e o novo machocom TFT na usinagem de açosinoxidáveis mostrou uma grandediferença (figura 4). Com o machoconvencional coberto com TIN, otorque aumentou enormemente
depois de se atingir uma profun-didade de 1,5 x ∅ devido ao malescoamento dos cavacos. Com a novahélice de 50° e o novo perfil doscanais helicoidais, o processo deformação dos cavacos melhorou (Fi-gura 5) e a estrutura muito suave danova cobertura TFT (TINAL Futura
Top) simplificou o transporte dos
cavacos. Em comparação às cober-turas convencionais à base de MoS
2
or WC:C, a nova cobertura TFT éuma cobertura multicamada à basede TiAlN (titânio-alumínio-nitreto)com alta dureza ( 3500 HV) e umaestrutura superficial especial, que é
tratada após o processo de reves-timento em si. Esse tratamentosuperficial especial garante um bomescoamento de cavacos, desde aprimeira rosca, e uma alta resistênciaao desgaste.
Resumindo, ressaltamos que afamília SPRINT de alta perfor-mance foi projetada para um usoquase universal em diferentesmateriais, em máquinas-ferramenta
convencionais bem como emcentros de usinagem para altasvelocidades.
É possível usar esses machos comdados de corte convencionais oucom velocidades de corte até 3 vezesmaiores em comparação àsvelocidades usadas com os machosconvencionais sem revestimento oucom superfície oxidada a vapor.Eles garantem uma alta segurançado processo de usinagem epossuem uma vida útil longa.
Além da ampla gama deaplicação, esses machos podemauxiliar na redução da quantidadede diferentes machos em estoque eportanto influenciar na tão almejadabusca por mais produtividade eredução de custos.
Comparação entre DetalonamentosFigura 3:
Figura 4:
Figura 5:
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 29/32
Sand vik Coroman t do Brasil 29
A nova broca Delta-C permite
avanços consideravelmente mais
altos, até 50% que o anteriormen-
te possível, e um aumento subs-
tancial nas velocidades de corte.
A classe de uso geral de colo-
ração bronze GC1220 oferece
excelente equilíbrio entre tena-cidade e resistência ao desgaste,
além de uma cobertura robusta
multi-camadas que contribui
para a segurança da aresta e uma
vida útil mais longa.
A broca Delta-C classe
GC1220 abrange uma área de
ASandvik Coromant introduziuaASandvik Coromant introduziuaCoroDrill Delta-Cmais rápida emais robustaCoroDrill Delta-Cmais rápida emais robustaaplicação muito ampla e pode
ser usada na maioria dos mate-
riais, tornando fácil a escolha,
além de manter baixo os custos
com estoque.
A geometria de
aresta de corte reta
torna a reafiação mais fácil,permitindo várias reafiações.
A CoroDrill Delta-C em com-
binação com os mandris de alta
precisão CoroGrip proporcio-
nam excepcional estabilidade e
um batimento radial mínimo na
usinagem de furos de precisão.
Fora o programa standard com
brocas nos diâmetros de 3 a 20 mm
para furos retos, escalonados e com
chanfro, há ainda o conceito tailor
made para atender necessidades es-
pecíficas quanto a dimensões .
Usinagem direta em materiais
pré-endurecidos com um único
setup reduzirá o número de eta-
pas do processo, bem como os tem-
pos de manufatura em até 50%.
A nova classe GC1610 é a pri-
meira linha dos novos conceitos de
alta tecnologia de classe desenvol-
vidos para as fresas de topo de
metal duro CoroMill Plura. Foi
desenhada para alta performance,especificamente no acabamento
de moldes e matrizes em aços mais
duros que 47 HRc.
A CoroMill Plura GC1610 pro-
porciona um acabamento super-
ficial muito bom com precisão
excepcional. A GC 1610 é uma
classe revestida pelo processo
PVD e com a qualidade Pluratech,
produzida com um substrato de
grãos extra-finos e uma cobertu-
ra TiAlN otimizada.
A CoroMill Plura é uma com-
binação de soluções de ferramen-
tas inteiriças de metal duro e
tecnologia de aplicação avança-
da para a melhor economia de
produção – tanto para a fabricaçãode moldes e matrizes, usinagem
de peças aeroespaciais, quanto
para fresamento de uso geral.
As fresas inteiriças de metal
duro CoroMill Plura estão dispo-
níveis em diâmetros standard de
0,4 a 25 mm.
Nova classepara acabamentoNova classepara acabamentoemaços endurecidosemaços endurecidos
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 30/32
O M undo da Usinagem 30
O leitor de O Mundo da
Us inagem pode entrar em contatocom a revista para apresentar su-
gestões e/ou críticas, além de fazer
consultas sobre eventuais proble-
mas técnicos de usinagem que vem
enfrentando em sua empresa para
que eles sejam avaliados e, se for o
caso, solucionados pe lo Corpo Téc-
nico da Sandvik Coromant. Para
isso, basta recorrer a:
Se preferir, o leitor também pode
se comunicar com a Sandvik
Coromant por telefone, entrando em
contato com:
Depar tamento Comerc ia l
(011)5696 5604
Atend imento ao Cl iente
0800 55 9698
ARNO- GRUPO SEBTel.(11) 6915 - 4161São Paulo - SP
CENTRO TÉCNICOAERO-ESPACIALINSTITUTO DEAERONÁUTICA E ESPAÇOSão José dos Campos - SPTel. (12) 3947- 4838
CASTROL BRASIL LTDABarueri - SP. Tel (11) 4133 - 7800Rio de Janeiro - RJTel (21) 2598 7222
VILLARES METALS-GRUPOSIDENORSão Paulo - SP(11) 6341- 7278 (fax)
Nos últimos meses, alguns grupos de alunos de universidades e escolas técnicas estiveram emvisita às instalações da Sandvik.* Dois grupos de alunos da Escola Profissionalizante Nossa Sra. de Fátima, de São Paulo.
* 40 alunos da Faculdade Anhembi-Morumbi.* 5 alunos da USP, realizando trabalho de Arqueologia Empresarial.* 40 alunos do curso de graduação em administração de empresas da FECAP.
* visita dos alunos da Faculdade Mackenzie – Departamento de Engenharia de Materiais.
* PUC – Belo Horizonte-MG.: Marcos Oliveira e José Roberto Gamarra.* Universidade Brás Cubas - Mogi das Cruzes - SP.: Marco Antonio Tahara, Marco AntonioOliveira, Francisco Carlos Marcondes, Ivan Spolaor.* UNI-ABC – Santo André-SP, Silvio Bauco
* UNIA – Santo André-SP, Silvio BaucoOs instrutores técnicos da Sandvik Coromant, Aldeci Vieira dos Santos e Carlos Ancelmo,apresentaram em várias escolas palestras sobre os temas: “Aplicação de Ferramentas naUsinagem” e “Tendências na Área de Usinagem e Aplicação de Ferramentas”.
* Universidade Mauá, em São Paulo SP.*Escola Técnica Primeiro de Maio, em Guarujá-SP.* Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), em Piracicaba-SP.* Escola Técnica Santos Dumont, em Jundiaí - SP.
* Senai Mariano Ferraz (Vila Leopoldina), São Paulo-SP.A Sandvik também esteve presente no eventoUsinagem 2002 , em São Paulo, oferecendo três
palestras: “Tecnologia HSM aplicada à fabricação de moldes e matrizes - diferentes estratégias para se ganhar em produtividade”, por Silvio Antonio Bauco; “Considerações sobre competitividadena elaboração de processos de usinagem”, por Francisco Carlos Marcondes e “Torneamento demateriais endurecidos de aço à alta velocidade de corte”, por Domenico Landi.
O gerente de Marketing, Francisco Marcondes, participou de vários eventos apresentando palestras, destacando-se:* 6 ª Semana da Engenharia da Unip - Universidade Paulista, em Campinas (SP), com a
palestra “Motivação para a Competi tividade”; * 25 ª Semana da Administração do Centro Regional Universitário de Espírito Santo doPinhal (SP), com a palestra “Motivação para a Competitividade”;* Semana da Engenharia da Uniminas, de Uberlândia (MG), apresentando a palestra “OEngenheiro de Produção no Atual Mercado de Trabalho”;
* 1 ª Sipat da Alstom, na planta do Jaguaré, em São Paulo, em 21 de outubro, com a palestra“Motivação para a Competitividade”;* ENEGEP- Encontro Nacional da Engenharia de Produção, organizado pela ABEPRO, emCuritiba (PR), apresentando a palestra “O Engenheiro de Produção no Atual Mercado de
Trabalho”.
Visitas à Sandvik
Palestras Técnicas
Participação em Eventos
ASandvikcontinuafazendodadivulgaçãodeconhecimentosumadesuasprincipaismetas. Todo
ocorpotécnicodaempresacumpretaisobjetivos, tantoorientandoasvisitasquerecebecomo,
também, deslocando-separaproferir palestras, aconvite, emUniversidades, Escolaseeventosdesuaáreadeatuação.
Agosto–Novembro de 2002 Agosto–Novembro de 2002
-
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 31/32
Sand vik Coroman t do Brasil 31
Ferramental FortalezaTel: (0xx85) 287 4669
Fax: (0xx85) 217 1558E-mail: [email protected]
Ceará CE
Espírito Santo ESHailtools Vila VelhaTel: (0xx27) 3349 0416Fax: (0xx27) 3239 3060E-mail: [email protected]
Kaimã Campo GrandeTel: (0xx67) 321 3593Fax: (0xx67) 383 2559E-mail: [email protected]
Mato Grosso do Sul MS
Escândia Belo HorizonteTel: (0xx31) 3295 7297Fax: (0xx31) 32953274E-mail: [email protected]
Sandi Belo HorizonteTel: (0xx31) 3295 5438Fax: (0xx31) 3295 2957E-mail: [email protected]
Tecnitools Belo HoizonteTel: (0xx31) 3295 2951Fax: (0xx31) 3295 2974E-mail: [email protected]
Tungsfer IpatingaTel: (0xx31) 3825 3637Fax: (0xx31) 3826 2738E-mail: [email protected]
Minas Gerais MG
GC JoaçabaTel: (0xx49) 522 0955Fax: (0xx49) 522 0955E-mail: [email protected]
Repatri CriciúmaTel: (0xx48) 433 4415
Fax: (0xx48) 433 6768E-mail: [email protected]
Thijan JoinvilleTel: (0xx47) 433 8368 / 433 3939Fax: (0xx47) 433 3939E-mail: [email protected]
Logtools JoinvilleTel: (0xx47) 422 1393Fax: (0xx47) 3026 5727E-mail: [email protected]
Santa Catarina SC
MCI ManausTel: (0xx92) 663 2544 / 663 1397
Fax: (0xx92) 613 2544E-mail: [email protected]
Amazonas AM
Jafer Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2270 4835Fax: (0xx21) 2270 4918E-mail: [email protected]
Machfer Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2560 0577Fax: (0xx21) 2560 0577E-mail: [email protected]
Toolset Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2290 6397Fax: (0xx21) 2280 7287E-mail: [email protected]
Trigon Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2270 4566Fax: (0xx21) 2270 4566E-mail: [email protected]
Rio De Janeiro RJ
Arwi Caxias do SulTel: (0xx54) 223 1388Fax: (0xx54) 223 1388E-mail: [email protected]
Consultec Porto AlegreTel: (0xx51) 3343 6666Fax: (0xx51) 3343 6844E-mail: [email protected]
F.S. Representações Porto AlegreTel: (0xx51) 3342 2366 / 3342 2463Fax: (0xx51) 3342 2784E-mail: [email protected]
Rio G. do Sul RS
Gale CuritibaTel: (0xx41) 339 2831
Fax: (0xx41) 339 1651E-mail: [email protected]
Oliklay CuritibaTel: (0xx41) 327 2718Fax: (0xx41) 248 8204E-mail: [email protected]
PS Ferramentas MaringáTel: (0xx41) 265 1600Fax: (0xx41) 265 1400E-mail: [email protected]
Paraná PR
Recife Tools RecifeTel: (0xx81) 3268 1491
Fax: (0xx81) 3441 1897E-mail: [email protected]
Pernambuco PE
Sinaferrmaq Lauro de FreitasTel: (0xx71) 379 5653Fax: (0xx71) 379 5653E-mail: [email protected]
Bahia BA
Atalanta São PauloTel: (0xx11) 3837 9106 / 3837 9946Fax: (0xx11) 3833 0153E-mail: [email protected]
Cofast Santo AndréTel: (0xx11) 4997 1255Fax: (0xx11) 4996 2816E-mail: [email protected]
Cofecort AraraquaraTel: (0xx16) 232 2031Fax: (0xx16) 232 2349E-mail: [email protected]
Comed GuarulhosTel: (0xx11) 6442 7780 / 209 1440Fax: (0xx11) 209 4126E-mail: [email protected]
Diretha São PauloTel: (0xx11) 6163 0004Fax: (0xx11) 6163 0096E-mail: [email protected]
Maxvale São José dos CamposTel: (0xx11) 3941 2902Fax: (0xx11) 3941 3013E-mail: [email protected]
Mega Tools CampinasTel: (0xx19) 3243 0422Fax: (0xx19) 3243 4541
E-mail: [email protected]
PS Ferramentas BauruTel: (0xx14) 234 4299Fax: (0xx14) 234 1594E-mail: [email protected]
Pérsico PiracicabaTel: (0xx19) 3413 2633Fax: (0xx19) 421 2832E-mail: [email protected]
São Paulo SP
7/26/2019 Aços_Moldes
http://slidepdf.com/reader/full/acosmoldes 32/32