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O M undo da Usinagem 2

Índice.................................................................................................

Aços-Ferramenta - Usinabilidade

Alternativas-Fluidos de Corte

HSM  - Reportagem

Pesquisa - Reportagem

SEÇÕES

A grande evolução na linha de plásticos, usados para umsem número de peças. .......................................................................................4

O fluido de corte solúvel exerce um papel fundamental noatendimento aos atuais objetivos de controle.

...............................................................................12

A Arno encontrou forte aliado para vencer o desafio de

executar moldes e matrizes com mais rapidez, qualidadee custos menores

...........................................16

Motor a álcool, projetos de aviões da Embraer, aço300 M... Sabe o que existe em comum entre estesimportantes desenvolvimentos brasileiros? ................................................18

Página do Diretor ABEPRO

Artigo

Ponto de Vista

Notas & Novas

Titex

Destaques

Entre em Contato

Movimento

.................................................................................................03

..................................................................................................................06

.....................................................................................................................07

 .....................................................................................................21

......................................................................................................22

.......................................................................................................................26

............................................................................................................29

................................................................................................30

............................................................................................................30

O ano de 2002 começou reticente, ainda assustado com a destrui- 

ção recente do World Trade Center, data que os historiadores jáapon- 

tam como a marca da virada de uma era. No Brasil, jáassoberbados 

por outros problemas, quase nos perguntávamos o que 2002 nos reservava. Mas, ao invés disso, resolvemos mostrar a 2002 o que 

tínhamos para dar: trabalho, confiança, vontade de criar, certeza de 

construir melhorias. Este último número da O Mundo da Usinagem de 

2002 concretiza todo um esforço, não para ficarmos àtona mas para 

nos superarmos. Nossa contribuição, sem dúvida modesta, mas per- 

sistente, foi a de nos transformarmos em um forum de debates para 

as questões do dia-a-dia das atividades da usinagem. Assim foi que 

introduzimos novas seções, como Usinabilidade e Fluidos de Corte,

além de continuarmos a trazer, para nosso leitor, pesquisas recentes,

notícias do mundo ciência/ escola e os importantes exemplos de em- 

presas que confiam em si próprias, em sua capacidade de aceitar desafios, de inovar e de crescer. A liderança desponta como resultado 

da auto-confiança, principal combustível de quem ousa sonhar. A

competitividade, de fato, pode estar bem mais próxima do que se 

imagina, tratando-se, muitas vezes, apenas de uma questão de 

reaprender a ver o mundo. Éo que desejamos a todos os nossos 

leitores para o ano de 2003: muita confiança na capacidade de cada 

um em rever o próprio mundo e de melhorá-lo! Feliz Ano Novo! 

Competitividademais próxima do queseimagina...Competitividademais próxima do queseimagina...

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Sand vik Coroman t do Brasil   3

O Mundo da  UsinagemPublicação trimestral da Divisão Coromant da

Sandvik do Brasil S.A. - ISSN 1518-6091

RG.BN 217.147

e-mail:[email protected]

SANDVIK DO BRASILPresidente:  José Viudes Parra

DIVISÃO COROMANTDiretor-Coromant:Claudio José Camacho

Gerente de Marketing e Treinamento:Francisco Carlos Marcondes

Coordenadora de Marketing:Heloisa Helena Pais Giraldes

Assistente de Marketing:Cibele Aparecida Rodrigues dos Santos

Conselho Editorial:Niv ald o L . C oppi ni, Adriano Ventura, José

Carlos Maciel, Roberto Saruls, AntonioBorges Netto, Francisco C. Marcondes,

Marlene Suanno, Tadeu B. Lins, Heloisa

H. P. Giraldes, Ary oldo Mach ado , José

Edson Bernini e Fernando G. de Oliveira

Coordenadora da publicação:Vera Lúcia Natale

Editoria:Depto. de Marketing da Divisão Coromant.

Responsável:  Francisco C. Marcondes

Reportagem: De Fato Comunicações

Fotografias: Izilda França Moreira

Criação, Editoração Eletrônica: Arte Gráfica

Fotolito: Digigraphic

Gráfica: SSRG

Tiragem: 7.600 exemplares

Jornalista responsável:Heloisa Helena Pais Giraldes MTB 33846

CORPO TÉCNICO(DIVISÃO COROMANT)

Gerente do Departamento Técnico:José Roberto Gamarra

Especialista em Fresamento:Marcos Antonio Oliveira

Especialista em Capto & CoroCut:Francisco de Assis Cavichiolli

Especialista em Torneamento:Domenico Carmino Landi

 Antonio José Giovanetti

Especialista em Furação:

Dorival Silveira

Especialista em Die & Mould:Sílvio Antonio Bauco

SAC (Departamento Comercial):(11) 5696-5604

Atendimento ao cliente:0800 55 9698

Claudio José CamachoDiretor - Coromant

Mais uma vez, estamos chegand o ao final de um ano 

cheio d e turbulências e de d if iculdades onde a c r iat ividade, a 

persever ança e, pr inci palmente, a sereni dade, foram o s fatores decis ivos para o sucesso pessoal e prof iss ional de cada um de 

nós, bem c omo das empresas que representamos.

Um ano sem os trágicos acidentes de 2001, mas com 

constantes ameaças que não nos deram tréguas um momento sequer,

exigindo assim uma dose enorme de esforços adic ionais, tanto no 

planejamento quanto na execução de nossas atividades.

Pois bem, échegada a hora de fazermos a já tradic ional 

reflexão sobre o saldo que fica deste di fícil ano que estamos terminando 

e fazer os devidos p lanejamentos, prev isões e promessas para o ano 

que se inicia.

De nossa parte, acreditamos que o saldo do ano que se encerra 

éextremamente positivo, pois além de nos deixar mais experientes e 

fortalec idos, nos traz também a esperança de termos um ano novo 

cheio de novas perspectivas e possibilidades.

Sem dúvida, o desenro lar das últimas eleições, bem como os 

seus resultados, foram os grandes destaques deste ano, por via do 

excelente exemplo de democracia que o B rasil deu para todo o 

mundo, como também pelo fato impar de estarmos agora c om um 

novo perfi l de adm inist rador para o nosso país. Este fato, por sísó,

 já tr az uma enorme carga de esperança no que tange a mudanças e 

oportunidades, advindas do fato de termos de enfrentar o “Novo ”.Sabemos das enormes dificuldades e problemas que todos 

temos que enfrentar e que, portanto , nada acontecerá da noite para o 

dia, pois as soluções para os grandes problemas requerem dedicação,

união, persis tência, tranqüilidade e muita firmeza nas decisões,

requisitos estes abundantes no espírito de cada brasileiro.

Gostaria aqui de agradecer nossos clientes, fornecedores e 

colaboradores, por terem nos proporcionado mais um ano cheio de 

sucesso e aprendizado, e também por nos permi tir que trabalhemos 

com a previsão de termos um ano de 2003 muito melhor que 2002.

A família Sandvik C oromant lhes deseja mui ta paz, saúde e 

prosperidade no novo ano que se inicia.

 Av. Das Nações Unidas, 21.732

Santo Amaro - São Paulo - SP

CEP 04795-914

Serenidade e Perseverança 

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O M undo da Usinagem 4

Aços-Ferramenta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

A grande evoluçãona linha deplásticos, usados paraumsemnúmerodepeças, obrigouos fabricantesmundiais deaços a criaremnovos produtos, cada umdeles buscandodar uma melhor qualidade aoprodutoplásticopara satisfazer oinjetor e oconsumidor final.

  oje, as empresas fabrican-

tes de autopeças em plástico,

como parachoques, faróis, lanter-

nas, painéis, etc., os fabricantes

de eletrodomésticos em geral, os

de embalagens, de caixas para

microcomputadores, impresso-

ras, telefones, brinquedos, apa-

relhos de som, etc., necessitam de

moldes com alta qualidade de

usinabilidade, polibilidade, sol-dabilidade, estabilidade dimen-

sional, dureza, condutividade

térmica, resistência à corrosão, à

fadiga térmica e ao desgaste,

reprodutibilidade e condições

de texturização.

Cada uma dessas propriedades

dos aços para moldes implica na

adição, retirada, ou substituição

de elementos químicos na sua com-

posição que, juntamente com tra-tamentos térmicos adequados, con-

ferem essas qualidades especiais.

A us inab i l idade    garante um

acabamento excelente nas gravu-

ras, ajudada hoje pelos processos

de alta velocidade (HSM ), reduzin-

do os lead time  de fabricação.

A polibilidade  é garantida pela

combinação de elementos colocados

nos aços, como o cromo e o níquel,

em porcentagens adequadas, e pe-

los processos de fabricação como

ESR  ( Eletro Slag Refining ) que é a

refusão com refino (purificação) do

aço, o que lhe garante uma unifor-

midade estrutural em todas as di-

reções (isotropia). A polibilidade é

conhecida também como espe-lhamento de uma superfície que

permite que o produto em plástico

a ser injetado, tenha um brilho e

transparência que garantem o vi-

sual ao produto final. Os copos de

liquidificador, por exemplo, se não

tiverem uma boa transparência,

perdem seu valor. Os faróis e lan-

ternas automotivos em geral preci-sam dessa transparência, fundamen-

tal para a iluminação e brilho. As

gavetas de geladeiras, com sua

transparência, garantem uma segu-

rança de limpeza e higiene. Isso

ocorre com uma infinidade de ou-

tros produtos, bastando verificar-

mos ao nosso redor.

A soldabilidade  é a possibilida-

de de se colocar uma solda na su-

perfície de um molde, muitas ve-

zes 

para correção de uma gravuracujo projeto precisou ser alterado

ou para um conserto decorrente,

por exemplo, de algum acidente

durante a usinagem ou operação

do molde. A soldagem na gravura

deve ser sempre evitada, mas mui-

tas vezes isso não é possível. Ao JoséCarlos MacielAssessor Técnico, VillaresMetalsS/A, GrupoSidenor

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colocar a solda numa gravura, essa

solda esfria e endurece a região

alterada mais que o restante da

superfície do molde. Essa diferen-

ça de dureza é que provoca man-

chas na superfície do plástico inje-

tado, impedindo-o de ser usado.

Quando há necessidade de se

fazer grandes reparos, o ideal é

que o molde seja pré-aquecido

para evitar choques térmicos en-

tre a superfície fria do molde e a

solda. No esfriamento, deve-se

proteger o molde, cobrindo-o com

amianto ou manta térmica para

que esfrie lentamente, evitando o

endurecimento dos pontos solda-

dos. Outra maneira de se diminuir

a dureza na região soldada é fazerum revenimento, ou seja, um

reaquecimento lento até aproxi-

madamente 500ºC, por um míni-

mo de duas horas, e resfriamento

lento dentro do forno. Com isso a

camada endurecida amolece e, no

polimento, não forma região

com manchas.

A estabilidade dimensional des-

sas peças injetadas em plástico é

garantida pelo aço, que não per-

mite que elas sejam produzidas com

diferenças dimensionais, assegu-

rando dessa forma a reprodução

do mesmo formato e tamanho e

gerando, assim, um produto fi-

nal com alta qualidade e sem

apresentar rebarbas.

A dureza do molde é importan-

te para evitar seu desgaste pelo

atrito com as peças injetadas. Essa

dureza é sempre conseguida por

tratamentos térmicos.

Os aços para moldes devem ter

sempre uma boa condutividade

térmica, o que ajuda na extração

do calor, permitindo o rápido

esfriamento e desmolde das peçasinjetadas, aumentado assim sua

qualidade e produtividade.

Alguns plásticos são corrosivos

pela sua própria composição. Para

se evitar tal corrosão, há necessi-

dade de se usar um aço inoxidável

martensítico, temperado e reveni-

do, com dureza na faixa de 46 a

50 HRC. Esses aços inoxidáveis são

fornecidos ao mercado já no esta-

do beneficiado, com dureza de 30a 34 HRC. Tais aços podem ser

aplicados,por exemplo, na fabrica-

ção de moldes de sopro, assim cha-

mados pois sua injeção e conforma-

ção se dão pela injeção de um

gás inerte (nitrogênio) num mol-

de onde é injetado o plástico aque-

cido que preenche o molde dando

formato ao produto. Estes moldes

são usados, por exemplo, na pro-

dução de garrafas de refrigeran-

tes, frascos para remédios líquidos,cosméticos, colas, etc.

A  textu r i zação  é uma reação

foto-química na superfície do aço

 já com a gravura acabada e com

sua superfície polida, onde esse

ataque produz, por corrosão, um

desenho que, ao ser injetado o

plástico, estampa o desenho em

sua superfície. Assim ocorre com

os painéis dos carros e as laterais

de suas portas, imitando couro.

Sempre que houver necessidade de

um produto apresentar uma rugo-

sidade, seja ela funcional ou esté-

tica, esse é o processo utilizado.

AÇOS PARA MOLDES DE  INJEÇÃO

Para se definir o tipo de aço a

ser usado há necessidade de saber-

mos o produto que será injetado,

a dureza necessária, a qualidade

do polimento, etc. Hoje, os para-

choques para caminhão, por

exemplo, têm moldes que pesam

cerca de 18 toneladas cada um. A

escolha do aço é importante poiso volume envolvido é muito gran-

de. Assim, a parte frontal (fêmea)

do pára-choque, que requer um

acabamento bom para que se te-

nha um produto de qualidade, é

feito em VP20ISO e a parte de trás

(macho) é feita em VP20ISO F S

que, com a presença do enxofre

(S=0,07%), tem sua usinagem fa-

cilitada, o que reduz o custo do

molde. Esse enxofre, porém, reduz

a qualidade do polimento que,para a parte de trás do pára-cho-

que, não é necessária.

A alta qualidade do produto fi-

nal, portanto, depende não só da

seriedade com o que tratamos cada

um dos passos de sua fabricação

como, também, da boa escolha da

matéria-prima inicial.

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ABEPRO  - Associação Brasileira de Engenharia de Produção - Universidade Metodista de Piracicaba

Faculdade de Engenharia Mecânica e de Produção - Programa de Pós-Graduação - Rod. Santa Bárbara

Iracemápolis - km 1 - Cep: 13450-000 - Santa Barbara d´Oeste - SP - site: www.abepro.org.br 

Email: [email protected] - Tel: (0xx19) 3124-1767, 3124-1770.

No período de 23 a 25 de

outubro passado, t ivemos o

ENEGEP 2002 (Encontro Nacio-

nal de Engenharia de Produção)

sediado na Pontifícia Universida-

de Católica do Paraná (PUCPR),

em Curitiba. Desde 1981, este

evento, que reúne um expressi-

vo e crescente número de pes-

soas dedicadas à Engenharia de

Produção, vem sendo editado de

forma ininterrupta. A palavra

“crescente” não foi aposta de for-

ma simbólica. O seu emprego re-

presenta algo de muito expres-

sivo: de 1981 até o presente, o

ENEGEP tem sido cada vez mais

procurado e está consolidado

como principal fórum dos deba-

tes sobre EP no Brasil, passan-

do de cerca de uma centena de

participantes naquele ano, para

mais de 1750 participantes em

2002. Dos 1200 artigos subme-

tidos, 600 foram aprovados após

a avaliação dos consultores in-

dependentes que os julgaram.

Foram debatidos 300 artigos em

sessões temáticas e 300 foram

apresentados na forma de

 poster . Além disso, foram reali-zados seminários, mini-cursos,

palestras e mesas-redondas com

apresentadores e deba-tedores

brasileiros e estrangeiros de

projeção internacional. Visitas

técnicas foram feitas a empre-

sas instaladas na região de

Curitiba permitindo, desta forma,

uma sinergia valiosa entre os

participantes e o setor empresa-

rial. Sem dúvida, a ABEPRO e as

Universidades parceiras (PUCPR,

Unimep, UFRGS e UFSC), que

organizaram o evento, sentiram-

se orgulhosas do sucesso do

mesmo e já iniciaram os prepa-

rativos para a nova edição do

ENEGEP, que será na cidade

histórica mineira de Ouro Preto.

Se o leitor ainda não teve a opor-

tunidade de participar, a ABEPRO

o convida a associar-se e a des-

frutar de seus produtos, sempre

em prol do crescimento da área

de EP no Brasil.

ENCEP 2003

 A ABEPRO e a FEI (Centro Uni-

versitário da Fundação Educaci-

onal Inaciana  até recentemente

conhecida como Faculdade de

Engenharia Industrial) convidam

as empresas interessadas em

Engenharia de Produção e as-

suntos correlatos a participarem

do ENCEP 2003 - 9º Encontro de

Coordenadores de Cursos de

Engenharia de Produção. Trata-

se de um evento no qual são de-

batidas a formação e a profissão

dos Engenheiros de Produção,

em termos de Graduação e Pós-

Graduação (lato e stricto sensu).

Pensamos que as empresas,

principais receptoras dos for-

mandos, devem estar presentes

para nos auxiliar no aperfeiçoa-

mento do processo ensino/apren-

dizagem, permitindo assim a

disponibilização de pessoal qua-

lificado na medida das necessi-

dades de nosso mercado de tra-

balho. Além deste aspecto, que

por si só já justificaria a presen-

ça do setor empresarial em nos-

so evento, estaremos neste ano

de 2003 realizando, paralela-

mente ao evento, uma feira de

produtos de informática de inte-resse de EP e um Workshop que

mostre algumas das experiênci-

as de relacionamento entre em-

presas e universidades, no sen-

tido de revelar formas de esta-

belecimento destes tipos de par-

cerias. O evento será realizado

nas dependências da FEI em São

Bernardo do Campo, de 14 a 17

de maio de 2003 e informações

poderão ser obtidas nos ende-

reços da ABEPRO, abaixo, ou

diretamente com o Prof. Alexandre

 Augusto Massote;

e-mail:[email protected] 

Participe!

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Sand vik Coroman t do Brasil  7

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenvolvimento de Fornecedores

  sta é a era da competitividade

e a necessidade de melhorar ou mo-

dificar processos e procedimentos

nunca foi tão urgente quanto agora.

Biehl (2000) afirma que, nos úl-

timos anos, tem crescido o enten-

dimento das relações existentes em

uma cadeia de fornecedores, e que

estas exigem gerenciamento ade-

quado. Atualmente, uma empresa

não pode ser competitiva de for-

ma isolada. Ela precisa entender

que pertence a uma cadeia produ-

tiva, onde todos devem agregar

valor ao produto, esforçando-se na

melhoria da qualidade e na redu-

ção de custos, de forma a tornar

toda a cadeia competitiva.

De acordo com Krause e Ellram

(1997a), devido à incerteza de

encontrar uma fonte melhor de

fornecimento e ao alto custo para

pesquisar e avaliar novos forne-

cedores, as empresas necessitam

trabalhar com os fornecedores atu-

ais para melhorar o seu desempe-

nho. Como conseqüência, afirmam

que é essencial desenvolver o rela-

cionamento entre as partes. O en-

volvimento e a parceria com os for-

necedores levam a uma entrega

de materiais com qualidade e no

tempo certo, podendo, inclusive, fa-

cilitar o desenvolvimento de novos

produtos (Crawford & Cox, 1991).

O relacionamento tradicional

entre empresas compradoras e seus

fornecedores tem sido caracteriza-

do como de disputa entre adver-

sários, baseada em fornecedores

múltiplos, oferta competitiva e

contratos de curto prazo. Entretan-

to, há duas forças que estão aumen-

tando o envolvimento dos compra-

dores com os fornecedores: o

aumento da taxa de novos produ-

tos e processos e a expansão do

mercado internacional. Muitas

empresas estão reconhecendo que

sua habilidade em se tornar com-

petidores de classe mundial está

baseada, em grande parte, na sua

habilidade em sedimentar altos

níveis de confiança e cooperação

com seus fornecedores, estabele-CarlaSimoneRuppenthal Neumann

 JoséLuis DuarteRibeiro, Dr.Eng.SílvioCeroni daSilva, M.Eng.

LaboratóriodeOtimizaçãodeProdutos eProcessos

UniversidadeFederal doRioGrandedoSul

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O M undo da Usinagem 8

cendo parcerias (Humphreys, Shiu

& Chan, 2001). Percebe-se uma

nova tendência nas relações entre

compradores e fornecedores, que

vai além do custo: o gerenciamento

de fornecedores geograficamente

dispersos, que formam uma rede,

e a valorização da qualidade e da

entrega a tempo (Keough, 1994 e

Mehta, 2000).

DESENVOLVIMENTO DE

FORNECEDORES

O desenvolvimento de fornece-

dores pode abranger desde esfor-

ços limitados, como avaliar super-

ficialmente o fornecedor e exigir

aumento de desempenho, quanto

esforços extensivos, como treina-

mento do pessoal do quadro fun-

cional do fornecedor e investimen-

to nas operações do mesmo. Exis-

tem muitos elementos críticos que

surgem ao longo dos esforços diri-

gidos ao desenvolvimento de um

fornecedor: a efetividade das duas

vias de comunicação, a avaliação

do fornecedor e o feedback , foco no

custo total (e não somente no pre-

ço) e a perspectiva de longa duração.

A habilidade de uma empresa

em produzir produtos de qualida-

de, a um preço razoável, no tem-

po certo, é um fator fortemente

influenciado pela capacidade dos

fornecedores. Conseqüentemente,

sem uma rede de fornecedores

competentes, a habilidade de uma

empresa em competir efetivamen-

te no mercado pode cair significa-

tivamente. Assim, quando um for-

necedor é incapaz de corresponder

às necessidades do comprador, o

comprador tem algumas alterna-

tivas: internalizar o item que esta-

va sendo produzido pelo fornece-

dor externo, mudar para um for-

necedor mais capaz, ajudar a me-

lhorar a capacidade dos fornece-

dores atuais ou realizar uma com-

binação destas três alternativas.

mundo cada vez mais globalizado

(Krause & Ellran, 1997a).

Este trabalho pretende expor o

método utilizado para desenvolvi-

mento de fornecedores, com aten-

ção centrada em um fornecedor,

utilizando a troca rápida de ferra-

mentas (TRF, ou sistema SMED),

inserida no ambiente de uma ca-

deia de fornecimento do setor de

máquinas agrícolas.

 TROCA  RÁPIDA  DE

FERRAMENTAS (TRF)

Conforme Kannenberg (1994),

o tempo de preparação ou de setup 

é o intervalo de tempo que se levadesde o término da última peça

boa do lote anterior até a saída da

primeira peça boa do lote seguin-

te. Em outras palavras, pode-se

dizer que é o tempo necessário pa-

ra preparar os operadores e os

equipamentos para a fabricação de

outro produto pertencente ao mix 

global de produção.

Existem dois tipos de operação

de setup : o setup   interno, onde as

operações podem ser executadas

somente quando a máquina está

parada, e o setup   externo, cujas

operações devem ser concluídas

enquanto a máquina está funcio-

nando. Como exemplos de setup  in-

terno, podemos citar a fixação e a

remoção de matrizes e como ope-

rações de setup   externo, o trans-

porte de matrizes e sua montagem

(Shingo, 2000).

A TRF foi desenvolvida por

Shingo num período de 19 anos,

como resultado de análise detalha-

da de aspectos teóricos e práticos

de melhorias de setup e compreen-

de quatro estágios conceituais de

tal melhoria (Shingo, 1996a,

1996b e 2000).

“Os fornecedores geral- mente só produzem de acordo com o que lhes é exigido. Como conseqüên- 

cia, as empresas compra- doras merecem o que elas recebem dos fornecedores,pois não exigiram mais.” 

Os benefícios de um programa

de parceria precisam ser balancea-

dos, pois o cliente (comprador) re-

cebe muitos benefícios e o forne-

cedor poucos. O sucesso continua-

do e duradouro de uma aliança es-

tratégica com o fornecedor depen-

derá grandemente do fluxo de in-

formações técnicas trocado entre

o comprador e o fornecedor. Os

fornecedores geralmente só pro-

duzem de acordo com o que lhes é

exigido. Como conseqüência, as

empresas compradoras merecem o

que elas recebem dos fornecedo-

res, pois não exigiram mais. So-

mente esperando mais dos forne-

cedores, explicitando mais estas ex-

pectativas e sendo capazes de par-

ticipar nos esforços de desenvolvi-

mento do fornecedor, é que as

empresas compradoras podem es-

perar desenvolver sua base de for-

necimento para competir num

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No estágio inicial (estágio

“zero”), as condições de setup   in-

terno e externo não se distinguem,

se confundem. O que poderia ser

realizado externamente é realiza-

do internamente e, por isso, as

máquinas ficam paradas por lon-

gos períodos.

O primeiro estágio da TRF se-

para o setup  interno do setup  ex-

terno. Este é um dos passos mais

importantes da TRF, pois a prepa-

ração de componentes e a manu-

tenção não devem ser realizadas

com a máquina parada.

O segundo passo da TRF con-

verte o setup   interno em externo.Este estágio envolve duas noções

muito importantes. Uma, é a de

reexaminar as operações para ve-

rificar se algum passo foi erronea-

mente tomado como interno. A

outra diz respeito a encontrar mei-

os (soluções tecnológicas) para

converter estes passos para setup 

externo. O que se verifica é que as

operações que são realizadas atu-

almente como setup   interno po-

dem, geralmente, ser convertidas

para setup   externo, reexaminan-

do-se a sua real função.

O terceiro passo da TRF racio-

naliza todos os aspectos da opera-

ção de setup , levando em considera-

ção a eliminação de ajustes e a

linearização dos métodos de fixação.

A maneira mais rápida de trocar uma

ferramenta é não ter que trocá-la.

O trabalho de McIntosh, Culley

et alii (2000) faz críticas ao traba-

lho desenvolvido por Shingo. Afir-

mam esses autores que, na prática

da indústria, deve haver um certo

grau de flexibilidade no uso da

metodologia, pois certas técnicas

serão enfatizadas em detrimento

de outras, e alguns estágios indivi-

duais não serão utilizados na se-

qüência prescrita. Por outro lado,

sugerem que a metodologia con-

temple o projeto realizando, por

exemplo, mudanças de desenho

de equipamento de processo ou

mudanças no projeto de produtos

em manufatura.

De acordo com Shingo (2000),

as vantagens proporcionadas pela

implantação da TRF são: rapidez

e facilidade nas tarefas de setup   e

troca de produtos com redução de

custos, aumento da capacidade

produtiva, aumento da taxa de

utilização das máquinas e redução

de tempos mortos, facilidade de

produção de mix   variado de pro-

dutos em curto espaço de tempo,

flexibilidade e rapidez nas altera-

ções de produtos, trabalho com

lotes menores, diminuição do tem-

po de resposta, redução dos estoques

intermediários, redução do tempo

de atravessamento, uso mais raci-

onal e efetivo do espaço do chão

de fábrica, geração de ganhos em

qualidade, redução de custos pela

eliminação de retrabalho e desper-

dícios de materiais, entre outras.

ESTUDO DE CASO

O trabalho foi realizado junto

a uma Empresa de máquinas agrí-

colas e de quatro de seus fornece-

dores, abordando várias frentes de

trabalho. Foram realizadas me-

lhorias entre as partes: no fluxo de

informação, no sistema de avalia-

ção de fornecedores, na qualidade

dos processos, na melhoria da en-

genharia de algumas peças e nos

processos produtivos. Optou-se

por descrever neste trabalho as

melhorias no setor gargalo de um

dos fornecedores, com enfoque nas

melhorias de setup obtidas utilizan-

do conceitos de TRF.

A Empresa que foi objeto do es-

tudo atua no setor de máquinas

agrícolas no estado do Rio Gran-

de do Sul. No Brasil, possui duas

plantas: uma, que será chamada de

Planta A e que produz tratores e

retroescavadeiras; e outra, distan-

te 600 Km da primeira, que será

chamada de Planta B e que pro-

duz colheitadeiras. A produção da

Empresa reflete a sazonalidade da

agricultura do país, afetando tam-

bém seus fornecedores. A produ-

ção depende tanto dos incentivos

dados pelo governo ao setor agrí-

cola, quanto de fatores climáticos

e do preço dos produtos agrícolas.

Os objetivos da empresa ao reali-

zar o projeto foram: aumentar a

competitividade de seus produtos,

melhorar a sua cadeia produtiva e

alcançar redução de custo dos

componentes.

Os fornecedores foram escolhi-

dos levando-se em consideração a

parcela de faturamento junto à

Empresa, as dificuldades de rela-

cionamento com a Empresa e a

localização geográfica distante,

com conseqüente dificuldade de

acompanhamento. Todos os custos

do projeto foram subsidiados pela

Empresa, ao longo de três meses

de pesquisa. Após algumas reu-

niões prévias com o setor de Com-

pras da Empresa, os fornecedores

compareceram à reunião de apre-

sentação do projeto. Ao longo do

andamento do projeto, a Empresa

e os fornecedores foram reunidos

sempre que necessário.

O fornecedor escolhido para

este artigo tem um faturamento de

R$ 4,2 milhões por ano junto à

Empresa. Fornece cerca de 650

itens para a mesma, o que repre-

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O M undo da Usinagem 10

senta 70% de sua produção. Possui

82 funcionários distribuídos entre

o chão-de-fábrica e o escritório. O

fornecedor é especializado no for-

necimento de conjuntos montados

à Empresa. A fábrica é organizada,

porém necessita atualizar parte dos

equipamentos. O setor que consti-

tui o gargalo da produção é a es-

tamparia, que é composto por 4

prensas excêntricas em bom esta-

do. As atividades deste fornecedor

se baseiam nos processos de corte,

dobra, estampagem, soldagem,

usinagem, pintura e montagem.

As máquinas estão dispostas

de acordo com o processamento,

ou seja, todas as prensas hidráu-

licas ficam juntas, assim como

todos as máquinas de soldar, to-

das as furadeiras, etc.

Inicialmente, foi realizado um

encontro de convencimento e es-

clarecimento do trabalho para a

alta gerência de cada fornecedor.

O enfoque do trabalho de redu-

ção dos tempos de setup  ocorreu no

setor de estamparia. Para realizar

um diagnóstico da rotina e das ati-

vidades do setor, foram realizados

observação visual, acompanha-

mento dos tempos de setup  anteri-

ores ao projeto e filmagem do

chão-de-fábrica do setor.

A observação visual foi utiliza-

da para gerar um diagnóstico rá-

pido, acelerando o encaminhamen-

to do trabalho. O acompanhamen-

to do tempo de setup  foi escolhi-

do, pois os problemas de organi-

zação do setor, das ferramentas e

matrizes, alimentação da máquina

e movimentos desnecessários dos

trabalhadores poderiam ser anali-

sados conjuntamente no período.

A filmagem do chão-de-fábri-

ca foi realizada para servir de aná-

lise e construção da solução com

os próprios operadores.

Anteriormente à filmagem, os

operadores do setor foram reuni-

dos e ouviram uma breve expli-

cação sobre os objetivos da ação.

Pudemos observar que a pre-

sença da filmadora gerou uma certa

ansiedade e desconforto entre os

operadores.

De posse do diagnóstico obti-

do através da observação individu-

al e das filmagens, as pessoas en-

volvidas no processo e nas opera-

ções do setor foram reunidas para

discutir-se alguns conceitos que se-

riam necessários ao desenvolvi-

mento do trabalho.

Os conceitos teóricos foram re-

passados em uma reunião com du-

ração aproximada de três horas.

Em linhas gerais, foram aborda-

dos os seguintes assuntos: a dife-

rença entre processo e operação

tendo como base o sistema japo-

nês de produção, diferenciação

entre Just in Case e Just in T ime e

passos da metodologia de TRF.

Por intermédio da filmagem re-

alizada no chão-de-fábrica, foram

analisados os problemas de: ali-

mentação, desalimentação, perda

por movimentação e realização do

setup , identificando os tipos de

setup , além da distribuição das ta-

refas no tempo e sugestão de al-

ternativas de realização.

 A falta de hábito de discussões

técnicas entre os operadores não

causou constrangimento no mo-

mento da exposição das idéias, ve-

rificando-se grande participação

para busca de soluções.

Finalizando este encontro, foi

designada uma pessoa responsá-

vel pela implantação das melhorias

no fornecedor, bem como pelos

prazos de execução das atividades.

Além da melhora visual, tam-

B) O tempo ganho por dimi-

nuir movimentações dos trabalha-

dores, alimentação e desali-mentação das máquinas, deso-

bstrução do setor, organização

dos desenhos e peças, que au-

mentou a produtividade e dimi-

nuiu o custo do setor.

De uma maneira geral, os pon-

tos positivos percebidos no setor

de estamparia dizem respeito a

melhorias no fluxo de peças.

Uma grande mesa central, que

estava situada no centro do espa-

ço entre as máquinas, contendo

muitas peças em espera, foi reti-

rada. Foram colocadas 2 mesas

pequenas com rodas ao lado de

cada máquina, uma para abaste-

cimento e outra para depositar as

peças prontas.

Observou-se diminuição do

movimento dos trabalhadores e

disposição das peças em

seqüenciamento adequado de pro-

dução. Foi contratada uma pessoa

em cada turno para abastecer e

desabastecer as mesas auxiliares.

Os ganhos estimados devido à

melhoria podem ser visualizados

ao lado. A tabela 1 mostra o tem-

po de setup  antes e depois do pro-

 A) O tempo ganho devido àdiminuição do tempo de setup (or-

ganização do setup, conversão do

setup  interno em externo,

contratação de auxiliares, padro-

nização das alturas) que gerou um

tempo “extra” que poderá ser utili-

zado para o atendimento de novos

pedidos;

bém foi realizada uma estimativa

numérica alcançada com o traba-

lho de melhoria nos processos e

operações. Calcularam-se dois ti-

pos de ganho:

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7/26/2019 Aços_Moldes

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Bookmann, 2000.

 jeto. O método deverá ser repli-

cado em outros setores do for-

necedor, de modo que o tempo

de setup  seja cada vez menor.

Pode-se observar que o tempo

médio utilizado para setup   foi re-

duzido em 480 minutos por dia.

Isso representa um aumento de

produtividade de aproximadamen-

te 15%. Em termos financeiros,

esse aumento de produtividade

corresponde a R$ 40.080,00/ano,

ou seja, 5% do lucro líquido anual

do fornecedor em estudo.

Esses ganhos foram obtidos

em um prazo de 60 dias. Neste

período, foi apenas iniciada a

mudança cultural que envolve

conscientizar os operadores da

importância de executarem as

suas tarefas da melhor maneira

possível, considerando o desem-

penho do setor como um todo.

Continuando as atividades ini-

ciadas, está sendo desenvolvido um

“preparador” para as máquinas.

Além disso, estão sendo melhora-

dos aspectos ligados à organização

das ferramentas, padronização das

alturas e criação de procedimentos

para executar o setup .

Devido à falta de organização no

balcão, ainda existe muito tempo

desperdiçado na procura de ferra-

mentas e punções adequadas.

Quanto à conversão do setup  in-

terno em externo, de acordo com

o encarregado pelas melhorias, es-

tão sendo realizados estudos para

adquirir mesas auxiliares que po-

derão reduzir ainda mais os tem-

pos de setup , ampliando os ganhos

 já consolidados.

O programa desenvolvido com

a Empresa prevê a replicação do

método em outros fornecedores de

sua cadeia. Ao longo de um ano, o

trabalho será aplicado em 12 for-

necedores e, assim, será possível ob-

gre, 1994, Dissertação de Mestrado em

Engenharia de Produção, Escola de

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servar efeitos que se propagam ao

longo de toda a cadeia produtiva.

CONCLUSÕES

O programa de desenvolvimen-

to de fornecedores aqui exposto

surgiu da necessidade de uma Em-

presa do setor de máquinas agrí-

colas em melhorar o desempenho

de seus fornecedores.

Os passos de aplicação da TRF

utilizados em um fornecedor fo-

ram descritos e, ao final foram es-

tabelecidos os ganhos obtidos, tan-

to sob o ponto de vista do forne-

cedor quanto da Empresa.

Acredita-se que o método pos-

sa ser repetido com outros forne-

cedores, consolidando ganhos para

a cadeia produtiva.

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O M undo da Usinagem 12

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .HSM 

AArno encontroufortealiado para vencer o desafio deexecutar moldes ematrizes commais rapidez,qualidadeecustos menores: a usinagemdealta velocidadeouhigh speed machining  (HSM ).Desdejulhodocorrenteanoestá emoperaçãoocentrodeusinagemhigh speed   VCP 710, da Mikron,ferramentadopela Sandvik Coromant, queestá proporcionandoreduções de50%nos tempos deusinagemesignificativa economia nos custos das ferramentas.

  esde julho do corrente ano

está em operação, na ARNO, o

centro de usinagem high speed  VCP

710, da Mikron, ferramentado

pela Sandvik Coromant, e que

vem proporcionando reduções

de 50% nos tempos de usinagem

e significativa economia nos cus-

tos das ferramentas.

Estima-se que o custo do investi-

mento para adquirir o centro de

usinagem será amortizado em onze

meses. “Nesta previsão não há muito

otimismo embutido”, afirma o geren-

te de Administração-Ferramentaria

da Arno, Nelson Doratioto. “Se ti-

vermos trabalho para 24 horas por

dia, amortizaremos a máquina em

menos tempo”, comenta, frisando

que a semana de trabalho normal de

sua empresa é de cinco dias e meio.

Doratioto diz que a decisão de

compra do centro de usinagem foi

tomada após vários estudos. “Che-

gamos à conclusão que, para o

nosso caso, o equipamento da

Mikron oferecia a melhor relação

custo-benefício”, justifica.

 Já a Sandvik Coromant é par-

ceira da Arno há mais de 20 anos.

“Evidentemente continuamos a

pesquisar outros fornecedores de

ferramentas de corte, mas foi aSandvik quem nos deu apoio to-

tal. Neste trabalho para a instala-

ção do sistema de usinagem de alta

velocidade, tivemos pronto aten-

dimento. E os resultados com as

ferramentas foram muito bons”,

avalia o gerente. “Por isso, as fer-

ramentas de corte com as quais

trabalhamos são da Sandvik”.

Os trabalhos para implantar o

conceito de usinagem em alta ve-locidade tiveram início há dois

anos. “Discutimos com os profis-

sionais da Sandvik e começamos a

colocar o conceito de usinagemhigh 

speed   tanto nas nossas máquinas,

como na programação”, diz o

supervisor da Arno, Pedro Peredelski. Alça de ferro de passar e respectivo molde

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Sand vik Coroman t do Brasil  13

Conforme Peredelski, as má-

quinas disponíveis trabalhavam

com rotações de até 6000 rpm.

Apesar da limitação dos equipa-

mentos, decidiu-se trabalhar com

o conceito hi gh speed . “Antiga-

mente a profundidade de corteera de 2 a 3 mm de material por

passe, hoje tiramos cinco décimos,

mas aumentamos a velocidade de

avanço e a rotação do fuso”. A

mudança na maneira de usinar

trouxe ganhos de produtividade,

embora não significativos. “J á o

acabamento das peças melhorou

bastante”, avalia.

Além dos ganhos no acabamen-

to, a introdução do conceito high 

speed   em máquinas convencionais

permitiu aos profissionais da fer-

ramentaria da Arno adaptarem-se

rapidamente ao novo processo.

“Os funcionários já estavam

aculturados quando a máquina

chegou”, lembra Doratioto, fri-

sando que o treinamento ofere-

cido pela Sandvik foi importan-

te. “As pessoas ligadas ao proces-so de produção de moldes e ma-

trizes foram treinadas no nosso

Centro de Treinamento”, afirma

o vendedor técnico da Sandvik do

Brasil, Agnaldo Ribessi.

Segundo Silvio Bauco, especi-

alista em moldes e matrizes da

Sandvik Coromant do Brasil, esta

empresa oferece treinamento de

28 horas envolvendo teoria e prá-

tica, abordando todos os tópicosreferentes à usinagem HSM : estra-

tégia de usinagem, parâmetros de

corte e seleção adequada das fer-

ramentas de corte.

Além disso, a Mikron dispunha

de uma máquina similar, que foi

utilizada no treinamento da equi-

pe da Arno. “Quando o nosso equi-

pamento foi instalado, já estáva-

mos praticamente aptos a operá-

lo”, afirma Doratioto. A máqui-

na chegou numa segunda-feira e

 já começamos a trabalhar”, re-

corda Peredelski. “A Mikron co-

locou um profissional à nossa dis-

posição para tirar algumas dúvi-

das e isso foi o suficiente”.

Processo – Para se beneficiardas vantagens que a usinagem de

alta velocidade proporciona, a

Arno alterou o seu processo. “Ti-

vemos de mudar porque a se-

qüência de operações é outra”,

informa Doratioto. “No proces-

so anterior não possuíamos uma

máquina para usinar material

temperado. Com o centro de

usinagem hi gh speed   é perfeita-

mente possível fazê-lo”, explica.De acordo com Doratioto, no

processo hi gh speed   se executa “a

cubicagem (esquadrejamento) da

ferramenta, macho e matriz, o

pré-desbaste, a têmpera e se co-

loca o material a ser usinado dire-

tamente no centro de usinagem.

O molde sai quase que totalmen-

te pronto, sobrando apenas os can-

tos vivos, que são feitos por

eletroerosão”.

 Trabalhar com material previ-

amente temperado possibilita gan-

hos de tempo e de material, por-

que se eliminam operações de

eletroerosão, o que significa sub-

trair a programação e a execução

dos eletrodos. “Para fazer aeletroerosão precisávamos com-

prar um cobre específico para a

construção dos eletrodos; na

usinagem de alta velocidade, não

há mais tal necessidade”, afirma

Doratioto. “Ganhamos no tempo

de programação e no de eletro-

erosão além do custo da matéria-

prima do eletrodo. Na usinagem

high speed , entramos direto com a

ferramenta Coromant e termina-mos a peça com uma vantagem: a

última operação, o polimento ou

espelhamento, é facilitada, porque

o acabamento superficial melhora

e muito”, elucida.

Quando se executa um molde

por eletroerosão, o acabamento é

Nelson Doratioto, gerente de administração-ferramentaria da Arno

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O M undo da Usinagem 14

 A Arno é a única unidade dogrupo SEB a ter ferramentaria pró-

pria. As outras unidades terceirizama produção de moldes e matrizes.Tal diferencial tem viabilizado a co-

locação de novos produtos no mer-cado com mais agilidade. A Arno tem como meta fazer 

da concepção ao lançamento deproduto em 15 meses, o que sig-

nifica que a ferramentaria dispõede cerca de quatro meses paraexecutar o molde e colocá-lo emfuncionamento. “A ferramentaria équase final da linha”, explica Nel-

son Doratioto, gerente de Admi-nistração-Ferramentaria.

Para Doratioto, sem a usinagem

high speed , dificilmente se conse-guiria atingir a meta. “São 120dias para executar a ferramenta,

fazer o try out   e colocá-la parafuncionar”, diz.

Na opinião de Doratioto, ausinagem high speed  proporciona

mais competitividade não só pelarapidez. “O processo nos permiteatender melhor as exigências dodesign”. “Podemos fazer moldese matrizes com perfeição, que

permitem a fabricação de produ-tos com geometria e linhas de de-finição de produtos perfeitas, queevidenciam a qualidade do nosso

produto e chamam a atenção doconsumidor”, completa.

FFERRAMENTERRAMENTARIAARIA PRÓPRIAPRÓPRIA FFAZAZ AA DIFERENÇADIFERENÇAde menor qualidade. Além disso,

a operação endurece a superfície

da peça, formando a chamada ca-

mada branca. “Na usinagem high 

speed   terminamos a ferramenta

com o acabamento melhor e com

o material tratado termicamentenormal, sem a camada branca, o

que facilita bastante”, explica

Peredelski, destacando que o tem-

po de trabalho do ferramenteiro

foi reduzido em até 60%.

A diferença na qualidade do

molde executado pelo processo de

usinagem HSM   pode ser entendi-

da pela declaração de Doratioto:

“moldes para peças que não têm

superfície exposta podem sair damáquina diretamente para a inje-

ção de material”.

Fixação -  No contexto da

usinagem de alta velocidade,

além da máquina e da ferra-

menta, há um elemento de ex-

trema importância: o sistema de

fixação, que precisa oferecer

segurança e estabilidade.

No caso da Arno, optou-se pe-

lo sistema de fixação CoroGrip. “O

importante é o balanceamento daferramenta e do suporte de fixa-

ção”, observa Doratioto. “Verifica-

mos outros sistemas, inclusive um

por interferência térmica, que des-

cartamos após observá-lo numa

montadora. Notamos que o Coro-

Grip atendia melhor as nossas ex-

pectativas”. Segundo Doratioto, a

Arno utiliza dois sistemas: o Coro-

Grip e o Hydro-Grip, os quais tra-

balham com pinças paralelas de alta

precisão, sendo que o sistemaHydro-Grip é aplicado na usinagem

de camadas profundas.

Exemplo – Nos quatro meses de

experiência com a usinagem high 

speed , a Arno encontrou na execu-

ção da matriz do molde para a alça

do ferro de passar um dos melhores

resultados. “Conseguimos reduzir

em mais de 50% o número de horas

de usinagem, com significativa re-

dução de custos”, afirma Doratioto.

O molde é executado no cen-

tro de usinagem VCP 710, com

sistema de fixação CoroGrip (Hy-

dro-Grip para cavidades mais pro-

fundas) e fresas de metal duro da

família CoroMill Plura. Trabalha-se

com rotação de 10.000 rpm, velo-

cidade de corte de 380 m/min e

avanço de 4.000 mm/min. A dure-

za do material é de 48 a 53 HRc.Para se ter uma idéia de como

foi possível reduzir os custos de pro-

dução, basta observar alguns da-

dos comparativos: no processo an-

terior (centro de usinagem CNC),

se consumiam 23 horas para se re-

alizar o desbaste da cavidade, en-

Nelson Doratioto, Arno, Agnaldo Ribessi, Sandvik, PedroPeredelski, Arno e Silvio Bauco, Sandvik.

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Sand vik Coroman t do Brasil  15

Com participação expressivano processo de industrializaçãodo País, a Arno é conhecida nosegmento de eletrodomésticosportáteis pela forte presença da

marca no mercado. Porém, acontribuição da companhia émais ampla.

 Ao longo de seus 62 anos,

teve participação marcante emoutros segmentos, como o demotores elétricos industriais,chegando a produzir modelos de

alta potência, de até 2000 HP.Participou do segmento auto-motivo, fabricando alternadores,limpadores de pára-brisas e ou-tros componentes sob licença da

Delco Remy. Sob licença da Aseaproduziu motores de grande po-tência para Furnas, Itaipu,Petrobras e outros. Um dos

ícones das donas de casa, nadécada de 70, as geladeiras damarca Frigidaire eram equipadascom motores elétricos Arno.

Em 1997, a Arno iniciou novafase em sua história. O controleda empresa foi adquirido pelo gru-po francês SEB, que detém, alémda Arno, as marcas Calor, Krups,

Moulinex, Tefal e SEB. “A aquisi-

ção da Arno pela SEB trouxe bene-fícios para o mercado, especialmen-te pelo permanente intercâmbio en-

tre a Europa e o Brasil”, afirma ogerente de Administração-Ferramen-taria, Nelson Doratioto.

Tal intercâmbio possibilitou à Arno alcançar níveis de compe-

titividade internacionais. Do volu-

me de produção anual de sete mi-lhões de unidades, 8% são expor-tados. Mercados exigentes como

o alemão, italiano e espanhol acei-tam produtos Arno. Produtos daempresa são comercializados emtodos os países da América do Sul.México e Estados Unidos também

são mercados que se abastecemcom produtos de fabricação Arno,assim como Austrália e NovaZelândia. No Oriente, produtos da

empresa são encontrados na Chi-

na, Tailândia e Cingapura. O liqüi-dificador modelo Magiclean é ven-dido em todos os continentes.

 Atualmente, a Arno produz liqüi-dificadores, processadores de ali-mentos, batedeiras de bolo, cafetei-ras, espremedores, ventiladores, as-piradores de pó, ferros elétricos, la-

vadoras e centrifugadoras de roupas,além de sanduicheiras e panelas.

quanto que na usinagem high speed 

são necessárias 8 horas. Para reali-zar a programação para o acaba-mento, no processo HSM  se empre-

gam 5 horas, enquanto a fresagempropriamente dita exige 24 horas.

É verdade que, no processo an-

terior, as operações de programa-ção e fresagem não existiam. Po-

rém, a construção dos eletrodosexigia 60 horas e a operação de

eletroerosão outras 60 horas. Ou-tra redução significativa é na ope-ração de polimento, que no pro-cesso anterior gastava 60 horas e

no processo HSM   apenas 20 ho-ras. Como resultado final do pro-cesso completo desta matriz, obti-

vemos uma redução de 250 para114 horas, informa Doratioto.“Conseguimos estes resultadoscom dois meses de experiência em

usinagem de alta velocidade. Acre-dito que conseguiremos perfor-mances ainda melhores, pois àmedida em que formos conhecen-

do melhor o processo, poderemosajustá-lo para ser mais produtivos”,

encerra o gerente.

CENTRO DE

USINAGEM HSM

CENTRO DE

USINAGEM CONVENCIONAL

A PA PRESENÇARESENÇA DADA AARNORNO

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O M undo da Usinagem 16

Alternativas

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

FlávioG. Martinez– Gte. deAssistênciaTécnicadaCastrol Brasil Ltda

RobertoSaruls– Gte. deMKT&TecnologiadaCastrol Brasil Ltda

  função específica do fluido decorte solúvel no processo de usina-gem é a de proporcionar lubrifica-ção e refrigeração que minimizem ocalor produzido entre a superfície da

peça e a ferramenta, prolongando eauxiliando na eliminação dos cava-cos. Ao se abrir mão do uso destesfluidos, a sua influência positiva nausinagem também perde o efeito. Asua redução drástica ou até a com-pleta eliminação, certamente poderãoocasionar um aumento de tempera-tura nos processos, queda de rendi-mento da ferramenta de corte, perdade precisão dimensional e geometriadas peças, aumento do teor de par-ticulados na atmosfera, cavacos aque-cidos com maior dificuldade de ad-quirir formato adequado, maior riscode soldagem e variações no compor-tamento térmico da máquina. Casosmais extremos podem prever o entu-pimento de canais internos de ferra-mentas e dificuldade no auxilio dotransporte dos cavacos em sistemas fe-chados de difícil acesso.

A usinagem sem refrigeração co-

meçou a ser discutida no momentoem que as empresas notaram que oscustos de parada para troca e descar-te podem representar de 2 até 17 %do custo total para produzir uma peça.Além deste fator, o crescente rigor das

legislações ambientais e a maior cons-ciência ecológica dos usuários e em-presas são apontados como outrosmotivos para discussão deste tema.Além disso, muitos estudos de usina-

gem sem refrigeração vem sendo re-alizados pelos fabricantes de ferra-mentas visando aperfeiçoar seus pro-dutos, embora o objetivo principalneste caso seja apenas eliminar a in-fluência do fluido solúvel na usina-gem e concentrar-se apenas no efeitoda ferramenta sobre o material.

Estes princípios indicam que ain-da não dispomos, hoje, de uma com-binação de processos de usinagem queatenda a todos os seus requisitos paraoperar sem fluido solúvel. É possível

prever que a constante evolução daEngenharia de Materiais, bem comoo desenvolvimento constante de fer-ramentas de corte mais modernas,permitam, no futuro, uma redução douso dos fluidos de corte. No entantoé pouco provável que seja possível al-cançar esta prática em operações maisseveras, ou de baixíssimas tolerânci-as, em materiais como aços e alumí-nio, onde a presença do fluido de cor-te solúvel exerce papel importante.

Outro limitante para usinagem semrefrigeração é a tendência de se traba-lhar com peças acabadas usando ma-teriais temperados e com menor volu-me de sobremetal, cujo processo geraconsiderável quantidade de calor.

Uma alternativa para a usinagemtotalmente sem refrigeração é a téc-nica de mínima quantidade de lu-brificação (MQL). No caso destausinagem, quase a seco, uma quanti-

dade mínima de fluido é dirigida porum jato de ar ao ponto onde está sen-do executada a usinagem. O volumede fluido pode variar em função dovolume de cavacos e do processo deusinagem. Os produtos lubrificantesusados devem ser ecologicamente cor-retos (isento de solventes e materiaisfluorados) e com altíssima taxa de re-

Ofluidodecortesolúvel exerceumpapel fundamental noatendimentoaos atuais objetivos decontrole, cada vez maisrigoroso, dos custos deprodução, nãoagressãoaomeio-ambienteeà norma ISO14000.

Desenvolvimento de ferramentas com

coberturas especiais visando torná-las

mais resistentes ao calor gerado na

usinagem sem refrigeração;

Emprego mais freqüente de materiais de

fácil usinabilidade e menor geração de

calor, como por exemplo o ferro fundido;

Desenvolvimento de novos materiais,

com composição diferenciada, que

melhorem a usinabilidade sem causar 

alterações dimensionais na peça final;

Construção de máquinas com materiais

de sensíveis alterações nas característi-

cas térmicas visando auxiliar na elimi-

nação mais rápida das fontes de calor;

 Al teração nos parâmetros de corte,

como nas operações HSM (High Speed 

Machining).

 A realidade é que alguns princípios

são necessários para que a

usinagem sem refrigeração seja

viável, tais como:

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Sand vik Coroman t do Brasil  17

moção de calor. A mínima quantida-de de óleo deve ser suficiente para re-duzir o atrito da ferramenta e aindaevitar a aderência dos materiais.

No entanto, estudos apontam queexistem ainda muitas operações, comofurações profundas, peças de geome-

tria de cavidades complexas ou ros-cas, etc., onde não é garantida aumidificação ótima da ferramenta.MQL necessita de investimentos emequipamentos de dosagem, estaçãomisturadora e sistema de alimentaçãopor bicos ejetores. Estudos por partede fabricantes de máquinas continu-am em andamento buscando a viabi-lidade econômica desta tecnologia.

Por tudo isso, verificamos no Mer-

cado (brasileiro e mundial), que as em-presas de grande porte têm desenvol-vido processos utilizando a combina-ção de centros de usinagem altamentedinâmicos com máquinas e ferramen-tas especiais, definindo sistemas de pro-dução de alta confiabilidade e utilizan-do-se de grandes centrais de fluidos so-lúveis de alta tecnologia e rendimento.

Nestas centrais são exigidas altaqualidade do fluido solúvel, a fimde proporcionar melhores condiçõesde trabalho na questão ocupacional,máquinas limpas, alto desempenho eperformance operacional e longa vidaútil do fluido solúvel visando mi-nimizar os custos de descarte.

Por esta razão, acreditamos que ofluido de corte solúvel deve ser me-lhor gerenciado. Terminou a épocaem que era considerado como umitem barato do processo e sua esco-lha não deve ser feita unicamente com

base em seu custo inicial por litro. Sãonecessários estudos de custo-benefíciodo processo para justificar a melhorescolha, em função das tecnologiasdisponíveis. Em um processo não po-demos esquecer que, na somatória dovolume da emulsão, temos cerca de90% de água (cuja qualidade é funda-

mental), em media mais10% do óleo solúvel con-centrado dependendoda operação, e óleoscontaminantes(tr amp oil ) da or-dem de 2% ou

mais. Acrescente-se a isso os resí-duos dos metaisdas ferramentas epeças usinadas,detergentes de lim-peza da máquina echão-de-fábrica, solventes eoutros resíduos orgânicos da fábrica.Sendo assim, o fluido solúvel precisaser constantemente monitorado em

suas propriedades e possuir caracte-rísticas que propiciem o melhor ren-dimento das ferramentas, melhor aca-bamento das peças e durabilidade dasmáquinas e equipamentos.

Logicamente os grandes fabrican-tes de lubrificantes têm se empenha-do muito no esforço de melhorar acada dia a qualidade de seus produ-tos e dos seus serviços de atendimen-to técnico em todo o Brasil, visandoevitar trocas desnecessárias e custos dedescarte das emulsões.

O compromisso com a ISO 14000é a redução dos resíduos gerados porestas trocas. O uso de fluidos à basede polímeros sintéticos permite mai-or bioestabilidade e maior resistênciaa contaminantes (tecnologia limpa)tornando assim viável prolongar porvários anos seu uso em sistemas cen-tralizados modernos (equipados comseparadores de cavacos, centrífugas e

outros mecanismos de manutenção).Produtos à base de esteres sintéti-

cos propiciam superior lubricação esão mais estáveis à oxidação e degra-dação biológica que os esteres natu-rais de base vegetal como, por exem-plo, a mamona. Mesmo os óleos debase mineral de petróleo, tão comba-

tidos no Brasil por restrições le-gais, de saúde e segurança, ainda en-contram largo emprego em diversospaíses do mundo, inclusive Europa eUSA. Evidentemente, existe um rigor

cada vez maior na seleção do tipo deóleo mineral empregado e dos níveisde carbonos poliaromáticos presentes.Atualmente procura-se combinar osefeitos positivos na usinagem dosesteres sintéticos com menores taxasde óleos minerais visando obter flui-dos semi-sintéticos de alta estabilida-de, baixa toxidez e alto desempenho.

Portanto, opções tecnológicas é quenão faltam. A escolha pela usinagem

a seco, MQL ou com fluidos de basespolímeros, esteres sintéticos, mineralou combinação entre os mesmos, de-pende de vários fatores operacionaiscomo: nível de acabamento, precisãodimensional, material da peça, taxade remoção de calor, características damáquina, durabilidade da ferramen-ta, meio-ambiente, etc.

Pela complexidade do tema, o usode fluido solúvel ainda deverá perdu-rar como principal opção por bastan-

te tempo. No futuro é provável quecoexistam harmonicamente todas es-tas tecnologias, pois é difícil imagi-nar uma única atendendo a todas asnecessidades. Afinal, não existetecnologia nova ou velha, o que existeé tecnologia que atenda as necessida-des específicas do CLIENTE.

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O M undo da Usinagem 18

Pesquisa

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Motor a álcool, projetos deaviões da Embraer, aço300 M... Sabeoqueexisteemcomumentreestes importantes desenvolvimentos brasileiros? Ofatodeteremsidoiniciados erealizados peloCTA- CentroTecnológicoda Aeronáutica, deSãoJosédosCampos (SP).

  riado na década de 50, o

CTA é a concretização de idéia ex-

pressa por Santos Dumont há mais

de 30 anos. Ligado ao Comando

da Aeronáutica, o Centro possui

quatro Institutos e tem objeti-

vos tecno-científicos, atuando nas

áreas de ensino (ITA - I nst ituto 

Tecnológico da Aeronáutica ) e pesquisa

(IEA - I nsti tu to de Estudos Avança- 

dos ). O IFI - I nstituto de Fomento e 

Coordenação I ndustr i al , atua em

programas de apoio e de infra-es-

trutura industrial para a melhoria

da qualidade e capacitação da

indústria aeroespacial brasileira.

As atividades ligadas à aeronáu-

tica e espaço cabem ao IAE - I nsti- 

tu to de Aeronáuti ca e Espaço . Respon-

sável pelo bem-sucedido programa

brasileiro de veículos de sondagem

(foguetes), com mais de 200 son-

das já lançadas, o IAE trabalha atu-

almente no desenvolvimento do

VLS-1 - Veículo Lançador de Saté-

lites. Os dois primeiros testes de vôo

(de quatro previstos) já foram

realizados e o terceiro deve acon-

tecer no início de 2003.

Com sete propulsores distribuí-

dos em quatro estágios, o VLS-1

tem capacidade para transportar

satélites de até 380 kg a 1.200 km

de altitude. Todos os motores do

veículo têm 1 m de diâmetro, sendo

que para o 1º e 2º estágio possuem

7 m de comprimento, para o 3º es-

tágio 5 m de comprimento, o 4º

estágio tem 1,2 m de comprimen-

to e é fabricado por bobinagem

filamentar de fibra de kevlar e re-

sina epoxi. “O VLS-1 colocará o

Brasil no seleto grupo de países

que dominam esta tecnologia”,

afirma Adriano Gonçalves, coorde-

nador T écnico do Projeto VLS.

Este time hoje é formado por me-

nos de uma dezena de países.

Para chegar ao estágio atual, o

IAE precisou envolver-se na pes-

quisa de inúmeros produtos não

disponíveis no mercado nacional,

como, por exemplo, combustíveis,

motores-foguetes, materiais e sis-

temas de controle de vôo. Em par-

te, estes desenvolvimentos foram

realizados nas próprias instalações

do instituto, em suas divisões de

Mecânica, Química, Eletrônica,

Projetos e Ensaios. Tais instalações

comportam, ao todo, 49 laborató-

rios, nos quais trabalham 700 pes-

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Sand vik Coroman t do Brasil  19

soas, entre civis e militares.

Alguns desenvolvimentos foram

realizados em parceria com indús-

trias nacionais. “A tecnologia desen-

volvida no escopo destes projetos,

por definição, tem de ser muito

precisa e de alta confiabilidade”, diz

Gonçalves, acrescentando que “a

filosofia do Instituto é a de que

todos os desenvolvimentos sejam

repassados para a sociedade”.

Além do fato dessas sondas e

foguetes representarem economia

de divisas ao País (inclusive algu-

mas já foram exportadas), o IAE

tem gerado tecnologia que acaba

sendo transferida para a indústria.

Em 1965, por exemplo, para o

desenvolvimento do primeiro

foguete de sondagem meteoroló-

gica, foi desenvolvida - em parce-

ria com a Termomecânica São Pau-

lo - a tecnologia de tubos sem cos-

tura em ligas de alumínio de alta

resistência.

Em 1974, em conjunto com a

Eletrometal, desenvolveu a liga

metálica de ultra-alta-resistência

300 M, para utilizar no motor do

Sonda IV. Com esta mesma empre-

sa instalou, na Villares Metals, um

dos maiores fornos na posição

vertical do hemisfério Sul, para

tratamento térmico de metais em

atmosfera controlada.

A esses somam-se inúmeros

outros, como ligas de titânio,

materiais cerâmicos e carbonosos;

estruturas compostas de fios não-

metálicos (kevlar, vidro e carbono).

“São produtos estratégicos que

antes constavam da pauta de

importação do Brasil”, frisa Gon-

çalves. Além disso, o CTA possui

um túnel de vento, utilizado por

indústrias nacionais para testes e,

em breve, contará com um túnel

transsônico.

Engenheiro mecânico com

especialização em técnicas aeroes-

paciais e há 20 anos no CTA,

Gonçalves considera de extrema

importância para o País as pesqui-

sas e desenvolvimentos realizados

pelo IAE. “O Brasil é um país con-

tinental. O VLS-1 vai possibilitar

que sejam colocados em órbita

satélites para o rastreamento e a

coleta de dados de todo o ter-

ritório nacional”, diz. Além disso,

o Brasil é privilegiado pela proxi-

Coifa Ejetável do VLS-1, com maquete de satélite

Da esquerda para direita: Yoshio Yamada, chefe da seção de planejamento de fabrição do

IAE, Adriano Gonçalves, coordenador técnico do projeto VLS e Wilton Fernandes Alves,

chefe da sub-divisão de programação e controle de fabricação do IAE.

Veículo lançador de satelites VLS1

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O M undo da Usinagem 20

DUAS DÉCADAS DECOLABORAÇÃO

midade da Base de Lançamento(Alcântara – MA) com a linha do

Equador, que favorece o lançamen-

to de foguetes (aproveitamento da

velocidade de rotação da Terra),

proporcionando economia de

combustível.

Para o engenheiro mecânico

Wilton Fernandes Alves, chefe da

Sub-Divisão de Programação e

Controle de Fabricação do IAE, o

CTA é de suma importância parao Brasil. “Um exemplo clássico é a

Embraer, hoje uma das maiores

empresas de aviação do mundo, que

iniciou-se no CTA, com o desenvol-

vimento de um protótipo de avião,

o Bandeirantes”, frisa. A Embraer,

que emprega hoje mais de 5 mil

pessoas, nos últimos três anos foi a

principal exportadora do Brasil.

Entre os desenvolvimentos do

CTA, Alves - que também é coor-

denador do projeto VS-40, veícu-

lo de sondagem com vôo previsto

para 2003 - inclui o processo desoldagem a plasma para o aço

300M. “Os norte-americanos

tinham dificuldade para soldar este

aço. Aqui, nós conseguimos e

repassamos o processo para a

Confab Industrial S.A”.

Há 16 anos no CTA, o chefe da

Secção de Planejamento de Fabri-

cação do IAE Yoshio Yamada con-

sidera que o estágio de desenvol-

vimento de um instituto de pes-quisa depende em grande parte do

investimento que a nação faz.

“Se o investimento é pequeno, o

retorno também será”, avalia. Para

 Yamada, deve-se ressaltar, ainda,

os investimentos na formação de

recursos humanos feitos pelo CTA.

Como lembrou Francisco

Marcondes, gerente de Marketing

da Sandvik, durante a palestra

“Criatividade e Competitividade

na Indústria”, apresentada para

cerca de 200 pessoas no CTA: “Para

falar da importância de contarmos

com uma indústria competitiva no

Brasil, Osires Silva costuma dizer

que, no mercado internacional,

uma tonelada de soja equivale a

um quilo de avião”.

A Sandvik Coromant mantém

estreita colaboração com o CTA,

mais especificamente desde

1983, quando contribuiu para o

desenvolvimento dos processos

de furação e fresamento do aço

300M, aço de alta resistência

mecânica a altas temperaturas.

Mais recentemente, a Titex

Plus - empresa do grupo Sandvik

- foi requisitada a auxiliar no

desenvolvimento do processo de

furação do envelope motor doVLS-1. O material da peça a ser 

usinada é uma liga metálica,

300M EFR, temperada e reveni-

da, com dureza entre 45 e 63 HRC.

Segundo o gerente da Titex

Plus/ Brasil, Marcos Soto, trata-

se “de uma liga de aço de ultra-

alta-resistência, de difícil usina-

gem”. Nela serão realizados fu-

ros com 8,5 mm de diâmetro e

10 mm de profundidade. O tra-

balho está em fase inicial.

Os serviços de usinagem são

realizados na Indústria Mecânica

Abril, de Santo André (SP). Com

esta empresa, desenvolve-se o

processo com ferramentas con-

vencionais. Em paralelo, a Titex

Plus participa das pesquisas

desenvolvidas pelo engenheiro

do CTA, Wilton Fernandes Alves,

realizadas na ITA e na Unicamp,

para a utilização de ferramen-

tas mais modernas e a conse-

qüente agilização do processo.

Foguetes de Sondagem Sonda III e Sonda IV e cargas úteis recuperadas

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Sand vik Coroman t do Brasil  21

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Qual éopapel da área deControladoria dentrodeumcenárioeconômicoe

políticotãoconturbadoeincertopeloqual passa nãoapenas nossopaís comotodoomundo?

Na gestão empresarial, em mo-

mentos de dificuldade econômica, o

primeiro sinal de alerta determina

que se gaste apenas o absolutamente

necessário, para termos fôlego para

superar mais uma crise, evitando cor-

tes naquilo que temos de mais preci-

oso, o nosso pessoal. Como fazê-lo?

A função do Controller  foi muda-da e significativamente ampliada

em relação aos últimos 20 anos.

Hoje, o Controller  deve fazer o pa-

pel de facilitador entre as divisões

de Negócios e as divisões de resul-

tados e economia.Tanto deve levar

as informações e necessidades às di-

visões de negócios como traduzir,

para a Contabilidade e Economia,

as operações comerciais e as neces-

sidades delas decorrentes. Ou seja,

a função precípua do Controller ,aquela que justifica sua existência,

é a de agente facilitador. Cabe-lhe,

portanto, manter todos os níveis de

sua Divisão informados, de forma

trasparente, sobre o significado dos

números que representam o resul-

tado de nosso negócio, para que

cada funcionário tenha a condição

de sentir-se parte integrante desse

processo e seja capaz de identificar

onde e como cada um participa epode “fazer a diferença”.

Desta forma, o comprometimen-

to acontece de forma natural e es-

pontânea, a criatividade surge como

solução cabível e extremamente ne-

cessária naquele determinado mo-

mento, a integração ocorre entre as

pessoas e o sucesso do negócio sur-

ge como decorrência natural.

A área de Controladoria dentro

da Divisão Coromant foi criada em

agosto de 2001. Neste mesmo pe-

ríodo, tivemos o racionamento de

energia elétrica, que nos levou à

racionalização de seu uso, eliminan-

do em definitivo desperdícios per-

feitamente evitáveis e criando uma

nova visão de utilização e necessi-

dade. Na realidade, os custos hoje

significam pontos que demonstram

nossas necessidades e, ao colocá-los

sob nosso total controle, eles dei-

xam de figurar como conta negati-

va dentro de um demonstrativo de

lucros e perdas. Assim sendo, nosso

departamento é o multiplicador deinformações sobre o andamento de

nosso negócio e sobre quais as me-

didas necessárias para atingirmos os

objetivos traçados a cada final de

ano, determinando as estratégias

básicas a serem seguidas para que

eles sejam alcançados.

Nesse contexto, a participação

das várias áreas como produção, ven-

das, marketing , logística, torna-se

ponto importante, pois assim esta-remos todos sintonizados, caminhan-

do em uma mesma direção, juntan-

do todas as experiências, falando em

uma única voz, tornando-nos cada

vez mais competitivos. Consideran-

do- se a dinâmica do mercado atual,

cada vez mais intensa, tais mecanis-

mos nos tornam mais habilitados

para lidar com situações adversas.

A circulação e divulgação das

informações, portanto, deve ser

completa e imediata, para garantir

à toda a empresa o conhecimento

dos resultados do trabalho de to-dos. De fato, a possibilidade de po-

der ver-se no conjunto facilita a

busca da produtividade, da quali-

dade de nossos produtos e serviços,

e se reflete de maneira positiva no

volume de nossas vendas.

 O Controller , portanto, não “con-

trola” as ações mas sim oferece con-

dições para melhor gerenciamento

e desempenho de cada divisão e,

por meio de reuniões periódicas

mensais, este departamento infor-ma todo nosso pessoal(gerentes,

vendas externas, e serviços de

atendimento ao cliente) em três

reuniões respectivas, sobre os re-

sultados obtidos no final de cada

período, nossos resultados de ven-

das, custos, despesas, lucros, contas

a receber, níveis de estoque, enfim,

todo um cenário direcionado aos

objetivos e às ações imediatas e fu-

turas. Dar ciência para que todostenham elementos comuns de ação

e que todos os passos possam se ba-

sear em levantamentos que nos ofe-

recem pistas sólidas e controladas

com as quais nortear nosso movi-

mento: o controller   é fundamental

para a desejável prática da trans-

parência administrativa.

SandraPascuti – GerentedeControladoriadaSandvikCoromant doBrasil

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as novas pastilhas de cerâmica na classeCC 6080 para usinagem de ligas re-sistentes ao calor.

Além dos tradicionais produtos Titex Plus, como brocas de metalduro, machos e ferramentas para

fresamento de roscas, foramapresentados os lançamentos debrocas Alpha 4RC, machos de metalduro RC e brocas Alpha 4 plus.

Esta 11ª. MERCOPAR contou com 39

expositores estrangeiros (20 argentinos,13 holandeses e 6 uruguaios) e 365

brasileiros, dos quais 71% do RioGrande do Sul. Os expositores re-presentavam os setores metal-me-cânico, eletroeletrônico, automa-

ção industrial, plásticos, borrachase serviços industriais.Cerca de 4400 pessoas visitaram

o stand   da Sandvik, representandoquase 20% do total dos visitantes da Feira.

Cerca de 200 profissionais par-

ticiparam do 7º Seminário Inter-nacional de Alta Tecnologia pro-movido pelo SCPM  – Laborató-rio de Sistemas de Computaçãopara Projeto e Manufatura daUNIMEP. Realizado a 10 de ou-tubro, no Teatro UNIMEP emPiracicaba (SP), o evento tevecomo foco o tema “Inovações

 Tecnológicas no Desenvolvimen-to do Produto”.

O professor Klaus Schutzer, da

UNIMEP, organizador do even-

to, explica que a cada ano o se-

minário reveza a temática en-

tre dois assuntos: nos anos ím-

pares, o assunto é Manufatura;

nos pares, Desenvolvimento de

Produto. “Em 2003, portanto,

estaremos abordando as inova-

ções na área de manufatura”,

diz, ressaltando que a data já

está marcada: 18 de setembro.O professor lembra que o se-

minário é voltado para o setorindustrial. Tanto que, dos 200inscritos, 160 eram ligados a in-dústrias. “Aliás, este é um dosmotivos do evento concentrar aspalestras num único dia”, afirma.

Outra característica do evento, se-

gundo o organizador, está naapresentação de inovações tecno-lógicas desenvolvidas em parceriaentre universidades e empresasbem-sucedidas.

Neste ano, a programação ma-tutina reuniu trabalhos acadêmicos.Dois deles abordaram a gestão doconhecimento: “A Contribuição daGestão do Conhecimento para oSucesso da Empresa”, pesquisa iné-dita realizada pelo PTW, deDarmstadt - Alemanha, e a con-sultoria McKinsey; e “Gestão doConhecimento numa Comunidadede Interesse em Desenvolvimentode Produtos”, do prof. HenriqueRozenfeld, da Escola de Engenha-ria de São Carlos. As outras apre-sentações versaram sobre a influ-ência dos aspectos ambientais nodesenvolvimento do produto e ummodelo virtual que envolve não só

o produto mas também o proces-so, simulação, etc.

No período da tarde foi a vezdos trabalhos com origem na in-dústria. A Daimler-Chrysler fezapresentação sobre o desenvolvi-mento de caminhões; a Opel (GM,da Alemanha) falou sobre o desen-

volvimento virtual de automó-

veis. O prof. Schutzer fez a pales-tra “OpenDesc   – Ferramentas Ino-vadoras para a Conversão de Da-dos Geométricos”.

A Siemens abordou a reduçãodo ciclo de desenvolvimento demáquinas-ferramentas, a partir daavaliação dos componentes eletro-eletrônicos, do CNC ao aciona-mento, itens que podem alterar oprojeto mecânico.

 Já a Index, da Alemanha, mos-trou o case  de desenvolvimento docentro de torneamento verticalV100 com sistema de cinemáticaparalela. A princípio concebidocomo exploração científica, oV100 se transformou num produ-to comercial.

“Conseguimos reunir este anoum dos melhores grupos depalestrantes dos nossos eventos”,avalia Schutzer. A conjuntura na-

cional e mundial, porém, afetou onúmero de inscrições, que ficou30% abaixo da expectativa inicial.

O 7° Seminário Internacionalde Alta Tecnologia teve patrocínioda Sandvik Coromant, Embraer,Romi, Siemens, Mikron, Máquinase Metais e GE Fanuc.

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Sand vik Coroman t do Brasil    25

ção de novas tecnologias visandoo melhor custo benefício.

O engenheiro de Manufatura

da Cummins Latin America, CelsoOliveira, também participou doCoroPak, apresentando a Cummins

(grupo que opera 54 fábricas demotores e componentes no mun-do) e destacando a importância daparceria. “Parte do nosso suces-

so depende de nossos fornecedo-res, como é o caso da Sandvik”,disse o engenheiro.

 TORNEAMENTO

O gerente técnico José Roberto

Gamarra apresentou as novidadesem torneamento, destacando apastilha alisadora T -Max paradesbaste. Segundo Gamarra, o

foco da Sandvik hoje é a produti-vidade e após o sucesso alcançadocom as pastilhas Wiper para aca-

bamento, a empresa resolveu darrelevância à área de desbaste. Aferramenta permite avanços de até0,8 mm por rotação e profundi-

dades de corte até 6 mm, elimi-nando etapas intermediárias noprocesso de torneamento. Umdetalhe importante é que a WR

apresenta maior contato com asuperfície usinada.

Merecem registro, também, o

lançamento da VCEX 11, parapeças de pequeno porte (ou fer-ramentas suíças) para máquinasde cabeçote móvel; a pastilha CC

6080, em cerâmica (Sialon) para

materiais resistentes ao calor, dealta estabilidade química e resis-tência ao desgaste; e as barras

para mandrilar CoroTurn 111,agora a partir de diâmetro de 5,0mm, permitindo usinagem de fu-

ros de ∅ 6,5 mm e as respectivasbuchas “Easy Fix ”.

CORTE E CANAL

O especialista em torneamentoFrancisco Cavichiolli informou queo programa CoroCut foi acrescidode barras de mandrilar com hastede aço para aplicações internas esuportes para perfilamento e ranhu-ras para alumínio e não-ferrosos. Alinha inclui também barras parapastilhas de duas arestas. As barras

têm haste de 16 a 50 mm, para fu-ros de 25 a 60 mm e profundidadesde corte de 4,5 a 13 mm.

A linha de bedames passa acontar também com ferramentaspara peças pequenas, para máqui-nas de cabeçote móvel. Otimizadas,têm parafuso inclinado, o que pos-sibilita trocas de pastilha até cincovezes mais rápidas. Cavichiolliabordou, ainda, a fixação de fer-ramentas em usinagens de altasvelocidades, fazendo uma compa-ração entre os sistemas disponíveisno mercado para HSM . Para o es-pecialista, o sistema de fixaçãohidromecânico por contraçãoCoroGrip é o mais vantajoso, pois“em relação aos sistemas hidráuli-cos, oferece maior capacidade de

ferramentas, maior transmissãode torque e maior precisão emrelação ao nível de batimento e

pode também ser utilizado emmáquinas convencionais”.

O especialista de Produto em

Die M ould & M aking  da SandvikCoromant, Sílvio Bauco, dedi-

cou-se ao tema competitividade.Para Bauco, as matrizarias quequerem manter-se fortes no mer-

cado precisam, hoje, contar comtrês pilares de sustentação: qua-

lidade, prazo e preço. “É precisoreduzir a quantidade de fornece-dores, estabelecer vínculos mais

firmes com estes e enxergar nofornecedor um colaborador com-

prometido com seus resultados”.A tônica deste CoroPak foi

lembrar que a competitividade

pode estar mais próxima do que

se imagina, tratando-se, muitasvezes, apenas de uma questão dereaprender a ver o mundo. As-sim, o tema de confraternização

do encontro foi “ volta àinfân- 

cia”, para nos lembrarmos de nos-

sa inata criatividade e enormesede de inovar.

Balcão de distribuição da O Mundo da Usinagem

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O M undo da Usinagem 26

Ausinagemderoscasinternaséumaaplicaçãodesafiadoradentrodatecnologiadecorte. Oprocessoexigealtos padrões deconfiabilidade, pois as peças são

caras ea quebra domachodeveser absolutamenteevitada.

As roscas devem sempre ser pro-duzidas conforme a medida estabe-lecida e respectiva tolerância, res-

saltando-se que a quebra da ferra-menta deve ser evitada ao máximo,a fim de não ser preciso retrabalhara peça ou ainda, a cara produção derefugos. Por outro lado, nos dias dehoje, os responsáveis pela produ-ção normalmente se confrontam coma tarefa de usinar diferentes materi-ais, com diferentes características decorte. Especialmente na área deusinagem de roscas, muitos machosdiferentes, com um desenho especi-

al, foram assim projetados para aten-der à tal demanda, sendo às vezesdestinados somente à usinagem deum único grupo de material.

Em clientes de médio e pequenoporte, que com freqüência são sub-con-tratados e portanto produzem peças di-ferentes, sem uma gama de produtosprópria, isso também ocorre, poismuitos materiais diferentes devem serusinados em lotes médios ou peque-

nos. Se esses clientes estocassem, paracada grupo de material, os seus res-pectivos machos para todos os diferen-tes tamanhos de roscas solicitados, elesteriam uma enorme variedade de ma-chos e seria um verdadeiro pesadeloracionalizarem o uso das ferramentas

e o próprio estoque. Além do investi-mento em ferramentas que ficariamociosas no estoque, haveria ainda a

possibilidade e o perigo de se mistu-rar os machos e usar o macho erradoem uma aplicação errada.

Considerando-se tais aspectos,pode-se ainda dizer que, certamente,sempre houve o desejo, por parte dopessoal de produção, de se usinarquase todos os materiais com um úni-co macho, sem perder a segurança doprocesso ou a produtividade.

A TITEX PLUS captou essa idéiae desenvolveu uma família universale produtiva de machos de altaperformance – a família SPRINT.

Esses machos de alta performancepermitem a usinagem de uma gama

extremamente ampla de materiais. Ageometria especial para aplicações uni-versais possibilita o processamento

dos materiais macios de difícil usina-gem mais comuns, proporcionandoum auxílio ativo na redução dos cus-tos com ferramentas e, finalmente,uma escolha de ferramentas signifi-cativamente simplificada. Aços de ca-vacos longos de baixa a alta tensão,aços-ferramenta com liga e aços ino-xidáveis, bem como materiais de ca-vacos curtos e ligas de silício/alumí-nio, podem ser usinados com os ma-chos SPRINT (figura 1). Especialmen-

te para usinagem de materiais de ca-vacos curtos em centros de usinagemcom refrigeração interna, o escoamen-to dos cavacos será otimizado com o

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Usinagem de Roscas

Dr. RolandHeiler, TitexAlemanha.

Figura 1:

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Sand vik Coroman t do Brasil  27

uso de machos MegaSprint, que pos-suem canais para refrigeração.

DE QUE MATERIAL OSMACHOS SPRINT SÃO

FEITOS?

A abordagem quase universaldessa família de machos de altaperformance está baseada na conse-qüente otimização do material aço-ferramenta, da geometria e da co-bertura superficial. Os machos, sãofeitos de HSS-Co-PM. O aço-ferra-menta combina uma alta dureza,que é importante para alta resistên-cia ao desgaste, com uma tenacida-de muito boa do macho, o que porsua vez é importante para uma alta

segurança do processo. Os finosgrãos de que se compõem o HSS-Co-PM são muito regulares, dandouma homogêneidade dentro damicro- estrutura que torna possíveltais propriedades (veja a figura damicroestrutura). Em comparação aoHSS-Co padrão (tamanho do grão10 – 30 µm), o tamanho dos grãosde HSS-Co-PM é apenas de 1 – 3µm. Nos aços convencionais, há ain-

da uma tendência de se formaremlinhas durante a transformação doaço-ferramenta, com algumas pro-priedades unisotrópicas. A maiordureza do material da ferramenta éresultado do maior teor de elemen-tos de metal duro. O grande teor decobalto dentro do aço-ferramenta(8,5 % Co) aumenta a resistência atemperaturas mais elevadas (maiorresistência térmica em comparaçãoao HSS-Co padrão). Isso possiblita

aos machos SPRINT trabalharem emvelocidades de corte mais elevadas(Figura 2).

DESENHO  DA FERRAMENTA

Os novos machos são produzidoscom dois desenhos principais e di-ferentes. Para furos passantes foram

produzidos machos nas séries B..48(código Titex) com ponta helicoidal(3,5 – 5 filetes no chanfro). Com essaponta helicoidal, os cavacos finossão enrolados juntos, indo em dire-ção ao centro do macho e sendo re-movidos para fora da rosca na dire-

ção do avanço ou seja, na direçãodo final do furo. Para a usinagemde furos cegos, os SPRINT nas sé-ries B.58 e B.57, ambos comchanfro tipo C de 2 a 3 filetas, fo-ram desenhados para um corteotimizado de roscas. O perfil espe-cial do canal helicoidal dos machosmelhora a formação e o escoamen-to dos cavacos mesmo na usinagemde materiais de cavacos longos,

como aços para construção de estru-turas convencionais (baixo carbono)ou ligas de aço inoxidável. Alémdisso, também foram otimizados operfil do canal e o robusto desenhoda alma, a geometria de corte prin-cipal do ângulo de saída e odetalonamento. Essa geometria decorte especial possibilita o uso des-ses machos em uma ampla gama demateriais diferentes. As forças decorte resultantes ficam em equilíbrio

e é possível usinar roscas com preci-são mesmo em materiais muito “ma-cios”, como aços baixo-carbono e li-gas de AlSi.

Em comparação aos machos con-vencionais, os SPRI NT foram de-senhados com um detalonamentomaior, a fim de reduzir o atrito e a

conseqüente temperatura resultantemesmo com velocidades de cortemais altas. Devido à geometria espe-cial, com eles é possível usinar roscasem máquinas convencionais, em apli-cações de rosqueamento tradicional,ou em modernos centros de usinagem

com fusos sincronizados ou, ainda, emadaptadores auto- reverso.

 TRATAMENTO  SUPERFICIAL DAFERRAMENTA

Para melhorar a resistência ao des-gaste, mesmo em velocidades decorte mais altas, os machos de altaperformance são revestidos. A cober-tura TIN (Nitreto de titânio, Durezade 2500 HV) é excelente para um uso

quase universal dos machos. Paracondições de corte mais difíceis emelhor resistência ao desgaste nausinagem de aços de alta liga ouferros fundidos, encontram-se dispo-níveis os machos SPRINT com re-vestimento TCN (Carbonitreto detitânio, Dureza de 3500 HV). Em com-paração ao TIN, essa cobertura TCNtem dureza bem maior, com umaestrutura e um coeficiente de atritosuperficial menor, o que dá uma van-

tagem no escoamento do cavaco.

ROSCAS MAIS PROFUNDASQUE 1,5 X DIÂMETRO

Uma exigência especial é ausinagem de roscas em furos cegos emprofundidades maiores que 1,5 x∅nos materiais de cavacos longos,

CCOMPOSIÇÃOOMPOSIÇÃO  HSSHSS--COCO XX HSSHSS--CCOO -PM-PMCCONVENCIONALONVENCIONAL PM (MPM (METETALALURGIAURGIA DODO  PPÓÓ ))

Ampliação 100x

Figura 2:

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O M undo da Usinagem 28

Macho Standart coberto com TiN SPRINT 50 com cobertura TFT

Comparativo de torque entre TFT e TIN acima de 2xD

como os aços inoxidáveis ou aços debaixo carbono com machos conven-cionais com cobertura. A espessura dacobertura influencia o raio da arestade corte e a micro-rugosidade dasuperfície da ferramenta impede

(coeficiente de atrito) o transporteeficaz de cavacos. Ambos os fatorestêm uma influência negativa em todoo processo de rosqueamento, pois oscavacos, longos e finos, resultantesda operação são formados de modoinadequado e freqüentemente caó-tico, acabando por dificultar todo oprocesso de rosqueamento e provo-cando problemas com a tolerância eo acabamento da rosca. Até agora,

todos esses transtornos vem sendosolucionados com o uso dos machosconvencionais sem cobertura ou comsuperfície oxidada a vapor. Compa-rando-os aos machos com cobertura,vale ainda ressaltar que só erampossíveis velocidades de cortemoderadas ou baixas e que, alémdisso, era necessário óleo solúvel com

concentração mais elevada para sealcançar uma vida útil aceitável daferramenta.

Essa demanda também pôdeser atendida com o novo machoSPRINT 50 TFT (Figura 3). Esse

novo macho foi projetado parausinar roscas, principalmente maisprofundas que 1,5 x∅ e em materi-ais de cavacos longos. A comparaçãode torque entre o macho convencionalcom cobertura TIN e o novo machocom TFT na usinagem de açosinoxidáveis mostrou uma grandediferença (figura 4). Com o machoconvencional coberto com TIN, otorque aumentou enormemente

depois de se atingir uma profun-didade de 1,5 x ∅ devido ao malescoamento dos cavacos. Com a novahélice de 50° e o novo perfil doscanais helicoidais, o processo deformação dos cavacos melhorou (Fi-gura 5) e a estrutura muito suave danova cobertura TFT (TINAL Futura

 Top) simplificou o transporte dos

cavacos. Em comparação às cober-turas convencionais à base de MoS

2

or WC:C, a nova cobertura TFT éuma cobertura multicamada à basede TiAlN (titânio-alumínio-nitreto)com alta dureza ( 3500 HV) e umaestrutura superficial especial, que é

tratada após o processo de reves-timento em si. Esse tratamentosuperficial especial garante um bomescoamento de cavacos, desde aprimeira rosca, e uma alta resistênciaao desgaste.

Resumindo, ressaltamos que afamília SPRINT de alta perfor-mance foi projetada para um usoquase universal em diferentesmateriais, em máquinas-ferramenta

convencionais bem como emcentros de usinagem para altasvelocidades.

É possível usar esses machos comdados de corte convencionais oucom velocidades de corte até 3 vezesmaiores em comparação àsvelocidades usadas com os machosconvencionais sem revestimento oucom superfície oxidada a vapor.Eles garantem uma alta segurançado processo de usinagem epossuem uma vida útil longa.

Além da ampla gama deaplicação, esses machos podemauxiliar na redução da quantidadede diferentes machos em estoque eportanto influenciar na tão almejadabusca por mais produtividade eredução de custos.

Comparação entre DetalonamentosFigura 3:

Figura 4:

Figura 5:

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A nova broca Delta-C permite

avanços consideravelmente mais

altos, até 50% que o anteriormen-

te possível, e um aumento subs-

tancial nas velocidades de corte.

A classe de uso geral de colo-

ração bronze GC1220 oferece

excelente equilíbrio entre tena-cidade e resistência ao desgaste,

além de uma cobertura robusta

multi-camadas que contribui

para a segurança da aresta e uma

vida útil mais longa.

A broca Delta-C classe

GC1220 abrange uma área de

ASandvik Coromant introduziuaASandvik Coromant introduziuaCoroDrill Delta-Cmais rápida emais robustaCoroDrill Delta-Cmais rápida emais robustaaplicação muito ampla e pode

ser usada na maioria dos mate-

riais, tornando fácil a escolha,

além de manter baixo os custos

com estoque.

  A geometria de

aresta de corte reta

torna a reafiação mais fácil,permitindo várias reafiações.

A CoroDrill Delta-C em com-

binação com os mandris de alta

precisão CoroGrip proporcio-

nam excepcional estabilidade e

um batimento radial mínimo na

usinagem de furos de precisão.

Fora o programa standard   com

brocas nos diâmetros de 3 a 20 mm

para furos retos, escalonados e com

chanfro, há ainda o conceito tailor 

made  para atender necessidades es-

pecíficas quanto a dimensões .

Usinagem direta em materiais

pré-endurecidos com um único

setup   reduzirá o número de eta-

pas do processo, bem como os tem-

pos de manufatura em até 50%.

A nova classe GC1610 é a pri-

meira linha dos novos conceitos de

alta tecnologia de classe desenvol-

vidos para as fresas de topo de

metal duro CoroMill Plura. Foi

desenhada para alta performance,especificamente no acabamento

de moldes e matrizes em aços mais

duros que 47 HRc.

A CoroMill Plura GC1610 pro-

porciona um acabamento super-

ficial muito bom com precisão

excepcional. A GC 1610 é uma

classe revestida pelo processo

PVD e com a qualidade Pluratech,

produzida com um substrato de

grãos extra-finos e uma cobertu-

ra TiAlN otimizada.

A CoroMill Plura é uma com-

binação de soluções de ferramen-

tas inteiriças de metal duro e

tecnologia de aplicação avança-

da para a melhor economia de

produção – tanto para a fabricaçãode moldes e matrizes, usinagem

de peças aeroespaciais, quanto

para fresamento de uso geral.

As fresas inteiriças de metal

duro CoroMill Plura estão dispo-

níveis em diâmetros standard   de

0,4 a 25 mm.

Nova classepara acabamentoNova classepara acabamentoemaços endurecidosemaços endurecidos

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O M undo da Usinagem 30

O leitor de O Mundo da 

Us inagem  pode entrar em contatocom a revista para apresentar su-

gestões e/ou críticas, além de fazer 

consultas sobre eventuais proble-

mas técnicos de usinagem que vem

enfrentando em sua empresa para

que eles sejam avaliados e, se for o

caso, solucionados pe lo Corpo Téc-

nico da Sandvik Coromant. Para

isso, basta recorrer a:

[email protected] 

Se preferir, o leitor também pode

se comunicar com a  Sandvik

Coromant por  telefone, entrando em

contato com:

Depar tamento Comerc ia l 

(011)5696 5604

Atend imento ao Cl iente 

0800 55 9698

ARNO- GRUPO SEBTel.(11) 6915 - 4161São Paulo - SP

CENTRO TÉCNICOAERO-ESPACIALINSTITUTO DEAERONÁUTICA E ESPAÇOSão José dos Campos - SPTel. (12) 3947- 4838

CASTROL BRASIL LTDABarueri - SP. Tel (11) 4133 - 7800Rio de Janeiro - RJTel (21) 2598 7222

VILLARES METALS-GRUPOSIDENORSão Paulo - SP(11) 6341- 7278 (fax)

 Nos últimos meses, alguns grupos de alunos de universidades e escolas técnicas estiveram emvisita às instalações da Sandvik.* Dois grupos de alunos da Escola Profissionalizante Nossa Sra. de Fátima, de São Paulo.

* 40 alunos da Faculdade Anhembi-Morumbi.* 5 alunos da USP, realizando trabalho de Arqueologia Empresarial.* 40 alunos do curso de graduação em administração de empresas da FECAP.

* visita dos alunos da Faculdade Mackenzie – Departamento de Engenharia de Materiais.

* PUC – Belo Horizonte-MG.: Marcos Oliveira e José Roberto Gamarra.* Universidade Brás Cubas - Mogi das Cruzes - SP.: Marco Antonio Tahara, Marco AntonioOliveira, Francisco Carlos Marcondes, Ivan Spolaor.* UNI-ABC – Santo André-SP, Silvio Bauco

* UNIA – Santo André-SP, Silvio BaucoOs instrutores técnicos da Sandvik Coromant, Aldeci Vieira dos Santos e Carlos Ancelmo,apresentaram em várias escolas palestras sobre os temas: “Aplicação de Ferramentas naUsinagem” e “Tendências na Área de Usinagem e Aplicação de Ferramentas”.

* Universidade Mauá, em São Paulo SP.*Escola Técnica Primeiro de Maio, em Guarujá-SP.* Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), em Piracicaba-SP.* Escola Técnica Santos Dumont, em Jundiaí - SP.

* Senai Mariano Ferraz (Vila Leopoldina), São Paulo-SP.A Sandvik também esteve presente no eventoUsinagem 2002 , em São Paulo, oferecendo três

 palestras: “Tecnologia  HSM  aplicada à fabricação de moldes e matrizes - diferentes estratégias para se ganhar em produtividade”, por Silvio Antonio Bauco; “Considerações sobre competitividadena elaboração de processos de usinagem”, por Francisco Carlos Marcondes e “Torneamento demateriais endurecidos de aço à alta velocidade de corte”, por Domenico Landi.

O gerente de Marketing, Francisco Marcondes, participou de vários eventos apresentando palestras, destacando-se:* 6 ª Semana da Engenharia da Unip - Universidade Paulista, em Campinas (SP), com a

 palestra “Motivação para a Competi tividade”; * 25 ª Semana da Administração do Centro Regional Universitário de Espírito Santo doPinhal (SP), com a palestra “Motivação para a Competitividade”;* Semana da Engenharia da Uniminas, de Uberlândia (MG), apresentando a palestra “OEngenheiro de Produção no Atual Mercado de Trabalho”;

* 1 ª Sipat da Alstom, na planta do Jaguaré, em São Paulo, em 21 de outubro, com a palestra“Motivação para a Competitividade”;* ENEGEP- Encontro Nacional da Engenharia de Produção, organizado pela ABEPRO, emCuritiba (PR), apresentando a palestra “O Engenheiro de Produção no Atual Mercado de

Trabalho”.

Visitas à Sandvik 

Palestras Técnicas

Participação em Eventos

ASandvikcontinuafazendodadivulgaçãodeconhecimentosumadesuasprincipaismetas. Todo

ocorpotécnicodaempresacumpretaisobjetivos, tantoorientandoasvisitasquerecebecomo,

também, deslocando-separaproferir palestras, aconvite, emUniversidades, Escolaseeventosdesuaáreadeatuação.

Agosto–Novembro de 2002 Agosto–Novembro de 2002 

 -

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Sand vik Coroman t do Brasil  31

Ferramental FortalezaTel: (0xx85) 287 4669

Fax: (0xx85) 217 1558E-mail: [email protected] 

Ceará CE

Espírito Santo ESHailtools Vila VelhaTel: (0xx27) 3349 0416Fax: (0xx27) 3239 3060E-mail: [email protected] 

Kaimã Campo GrandeTel: (0xx67) 321 3593Fax: (0xx67) 383 2559E-mail: [email protected] 

Mato Grosso do Sul MS

Escândia Belo HorizonteTel: (0xx31) 3295 7297Fax: (0xx31) 32953274E-mail: [email protected] 

Sandi Belo HorizonteTel: (0xx31) 3295 5438Fax: (0xx31) 3295 2957E-mail: [email protected] 

Tecnitools Belo HoizonteTel: (0xx31) 3295 2951Fax: (0xx31) 3295 2974E-mail: [email protected] 

Tungsfer IpatingaTel: (0xx31) 3825 3637Fax: (0xx31) 3826 2738E-mail: [email protected] 

Minas Gerais MG

GC JoaçabaTel: (0xx49) 522 0955Fax: (0xx49) 522 0955E-mail: [email protected] 

Repatri CriciúmaTel: (0xx48) 433 4415

Fax: (0xx48) 433 6768E-mail: [email protected] 

Thijan JoinvilleTel: (0xx47) 433 8368 / 433 3939Fax: (0xx47) 433 3939E-mail: [email protected] 

Logtools JoinvilleTel: (0xx47) 422 1393Fax: (0xx47) 3026 5727E-mail: [email protected] 

Santa Catarina SC

MCI ManausTel: (0xx92) 663 2544 / 663 1397

Fax: (0xx92) 613 2544E-mail: [email protected] 

Amazonas AM

Jafer Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2270 4835Fax: (0xx21) 2270 4918E-mail: [email protected] 

Machfer Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2560 0577Fax: (0xx21) 2560 0577E-mail: [email protected] 

Toolset Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2290 6397Fax: (0xx21) 2280 7287E-mail: [email protected] 

Trigon Rio de JaneiroTel: (0xx21) 2270 4566Fax: (0xx21) 2270 4566E-mail: [email protected] 

Rio De Janeiro RJ

Arwi Caxias do SulTel: (0xx54) 223 1388Fax: (0xx54) 223 1388E-mail: [email protected] 

Consultec Porto AlegreTel: (0xx51) 3343 6666Fax: (0xx51) 3343 6844E-mail: [email protected] 

F.S. Representações Porto AlegreTel: (0xx51) 3342 2366 / 3342 2463Fax: (0xx51) 3342 2784E-mail: [email protected] 

Rio G. do Sul RS

Gale CuritibaTel: (0xx41) 339 2831

Fax: (0xx41) 339 1651E-mail: [email protected] 

Oliklay CuritibaTel: (0xx41) 327 2718Fax: (0xx41) 248 8204E-mail: [email protected]

PS Ferramentas MaringáTel: (0xx41) 265 1600Fax: (0xx41) 265 1400E-mail: [email protected] 

Paraná PR

Recife Tools RecifeTel: (0xx81) 3268 1491

Fax: (0xx81) 3441 1897E-mail: [email protected] 

Pernambuco PE

Sinaferrmaq Lauro de FreitasTel: (0xx71) 379 5653Fax: (0xx71) 379 5653E-mail: [email protected] 

Bahia BA

Atalanta São PauloTel: (0xx11) 3837 9106 / 3837 9946Fax: (0xx11) 3833 0153E-mail: [email protected] 

Cofast Santo AndréTel: (0xx11) 4997 1255Fax: (0xx11) 4996 2816E-mail: [email protected] 

Cofecort AraraquaraTel: (0xx16) 232 2031Fax: (0xx16) 232 2349E-mail: [email protected] 

Comed GuarulhosTel: (0xx11) 6442 7780 / 209 1440Fax: (0xx11) 209 4126E-mail: [email protected] 

Diretha São PauloTel: (0xx11) 6163 0004Fax: (0xx11) 6163 0096E-mail: [email protected] 

Maxvale São José dos CamposTel: (0xx11) 3941 2902Fax: (0xx11) 3941 3013E-mail: [email protected] 

Mega Tools CampinasTel: (0xx19) 3243 0422Fax: (0xx19) 3243 4541

E-mail: [email protected] 

PS Ferramentas BauruTel: (0xx14) 234 4299Fax: (0xx14) 234 1594E-mail: [email protected] 

Pérsico PiracicabaTel: (0xx19) 3413 2633Fax: (0xx19) 421 2832E-mail: [email protected] 

São Paulo SP

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