Active Design & Projetos Urbanos: diagnóstico na região do Jaraguá

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Diagnóstico – Região do Jaraguá Relatório

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Diagnóstico – Região do Jaraguá

Relatório

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FIAMFAAM – Centro universitário

Cidade Ativa

DIAGNÓSTICO

JARAGUÁ

Alunos:

Ligia Frediani da SilvaKristie Yuka YokoyamaRenan F. Ribeiro ZupelliWagner Godoy

Análise e diagnóstico da Avenida Deputado Cantídio Sampaio junto à intersecção com a Avenida Fernando Mendes de Almeida, bairro do Jaraguá na cidade de São Paulo, apresentado ao Escritório Modelo do curso de Arquitetura e Urbanismo d FIAM-FAAM Centro Universitário. Orientação: Profa. Dra. Helena Napoleon Degreas

SÃO PAULO

2016

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ÍNDICE

1. Introdução_______________ 4

2. Metodologia _______ 6

2.1 Seleção dos pontos de medição 6

2.1.1 Pontos de medição 7

2.2 Levantamento geométrico __ 9

2.3 Medições 10

2.4 Entrevistas 11

2.5 Análises dos 7 critérios 15

3. Jaraguá 16

3.1 Análise inicial 16

3.2 Pontos de medição 20

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A área selecionada para ser elaborado o diagnóstico e propostas de melhoria pertence ao distrito do Jaraguá, situado na zona noroeste, região periférica da cidade de São Paulo.

Para o levantamento e diagnóstico foram utilizados os instrumentos de pesquisa e o método de trabalho criado pela organização social cidade Ativa inspirado pelo método Active Design e Observação urbana de Jahn Gehl. São também objetivos desse trabalho:

Levantar dados qualitativos e quantitativos de vias e intersecções selecionadas dentro da área indicada através de levantamentos geométricos, medições de fluxos e permanência, contagens e entrevistas;

Sintetizar informações obtidas em gráficos e desenhos.

O local selecionado é de uso predominantemente comercial e apresenta um intenso fluxo de veículos e de pessoas que compartilham o uso do local em completa situação de insegurança física.

1. INTRODUÇÃOINICIATIVA GLOBAL PARA A SEGURANÇA VIÁRIA

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As equipes do escritório modelo do curso de arquitetura e urbanismo do FIAM-FAAM Centro Universitário adotaram os instrumentos de levantamento urbanístico bem como a metodologia adotada pelo Cidade Ativa para realizar o diagnóstico do local estudado.

A primeira etapa do trabalho desenvolvido pela equipe realizou diagnóstico da área selecionada. Os levantamentos realizados nesta fase inicial a elaboração do diagnóstico bem como das propostas projetuais criadas pelo grupo..

O diagnóstico considerou infraestrutura de mobilidade, uso do solo, principais referências (equipamentos, estações de transporte, parques, etc.). A equipe realizou visitas de campo com o objetivo de averiguar as dinâmicas locais (vias com principais fluxos de veículos e pedestres, intersecções problemáticas, principais pontos de atração que servem como origem e destino de deslocamentos de usuários e automóveis).

Uma leitura inicial mostrou a falta de infraestrutura e organização dos espaços públicos, calçadas e o viário da região. Por conta disso, a seleção de medição se concentrou na área mais larga da Avenida Deputado Cantídio Sampaio e na intersecção desta rua com a Avenida Fernando Mendes de Almeida. Foram então aplicados os instrumentos de análise indicados.

São eles: aplicação de questionários, Safari Urbano, LevantamentoFotográfico.

A seguir são apresentados o perímetro e ponto de medição definido para a área.

2. METODOLOGIA2.1 SELEÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

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2.1.1 PONTOS DE MEDIÇÃO

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Foram elaborados formulários para realizar o trabalho de levantamento geométrico dos trechos de via e intersecções, baseados nos instrumentos e método desenvolvidos pela Cidade Ativa e que buscam incorporar novos dados sobre as calçadas para refinar as pesquisas realizadas pela organização.Para o levantamento geométrico, foram desenvolvidos dois formulários: um específico para o trecho da via selecionados e outro para a intersecção.O formulário dos trechos de via foi realizado com o objetivo de confirmar as medidas da via (dimensões de calçadas, leito carroçável, incluindo usos das faixas), sua relação com o entorno imediato (uso do solo, tipo de edificação, etc.) e o posicionamento dos elementos construídos e temporários. Por meio de uma planta do local (mapa digital GEOSAMPA) e de secções do perfil tipo da via, foi possível localizar elementos que compõem os equipamentos e mobiliários urbanos e que se encontram implantados sobre as calçadas da região. À título de exemplo, é possível localizar pela aplicação dos instrumentos do “Safari Urbano” faixas verdes, canteiros e árvores, rampas, bancos, bancas de jornal, comercio ambulante, postes e outros. Os levantamentos incluem também a realização de desenhos (forma de croquis) desenvolvidos sobre uma malha quadriculada com escala definida pelo pesquisador, permitindo ampliar os conteúdos existentes no formulário para as diversas situações encontradas.No caso do formulário da intersecção, o levantamento é realizado sobre um desenho simplificado do cruzamento a partir da base cartográfica municipal (MDC – Mapa Digital da Cidade). A complexidade de algumas intersecções poderia complicar o trabalho em campo e, por isso, definiu-se utilizar essa base ao invés da malha quadriculada. Nesse caso, os mesmos elementos são localizados, com a diferença que aqui, o foco é entender os elementos que influem na travessia, como semáforos, faixa de pedestres e outros. A ferramenta de desenho permite uma melhor apreensão de todos os elementos que estão atuando no espaço e, por isso, não pode ser substituído por foto ou vídeo. As informações obtidas nestes levantamentos geométricos são digitalizadas e transformadas em diagramas que sintetizam as informações das vias.

2.2 LEVANTAMENTO GEOMÉTRICO

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SEGUNDA FEIRA MANHÃ MEDIÇÃO DE 5 MIN MANHÃ MEDIÇÃO DE 5 MIN MANHÃ MEDIÇÃO DE 5 MINONIBUS 4 2 6VEICULOS DE CARGA 2 4 2VEICULOS DE PASSEIO 15 10 31MOTOCICLETAS 10 12 15CICLISTAS 0 1 2PEDESTRES 28 25 31

SABADO MANHÃ MEDIÇÃO DE 5 MIN TARDE MEDIÇÃO DE 5 MIN NOITE MEDIÇÃO DE 5 MINONIBUS 4 4 5VEICULOS DE CARGA 0 2 0VEICULOS DE PASSEIO 10 12 22MOTOCICLETAS 4 13 12CICLISTAS 2 2 0PEDESTRES 15 36 21

Texto adaptado de:WRI Brasil – Cidades Sustentáveis. Relatório: Diagnóstico Áreas 40 - Brás, Lapa e Santana. São Paulo. Disponível: https://issuu.com/cidadeativa/docs/160324_ca_concursozonas40_relat__ri Acesso: 10 de outubro de 2016.

Um dos grandes objetivos do trabalho realizado é avaliar como as vias são utilizadas a partir da ótica da segurança viária. Para isso, foram realizadas medições de fluxo e permanência que relacionam contagens com informações espaciais. Além disso, foi estabelecida uma metodologia de contagem e anotação de resultados dentro de uma grade horária pré-estabelecida pela equipe, considerando dois diferentes momentos do dia: manhã e tarde.

FLUXOS

Neste item foi levantada a quantidade de pessoas que cruzam o trecho de via ou a intersecção, sendo discriminados: • Pedestres (homens, mulheres, idosos e crianças)• Ciclistas• Ônibus• Motocicletas• Veículos de passeio• Veículos de carga

2.3 MEDIÇÕES

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Para esta etapa foi utilizado o questionário desenvolvido pelo Cidade Ativa, Com base nas suas experiências na aplicação de entrevistas com os frequentadores dos espaços avaliados, o questionário não contempla apenas o perfil do entrevistado como também aspectos relacionados à percepção de segurança dos pedestres nos pontos de medição e suas opiniões quanto à redução da velocidade dos veículos. A primeira seção, chamada de perfil do entrevistado, aborda aspectos sobre gênero; idade; bairro de residência; local de origem e destino do caminhante; frequência de realização do trajeto relatado; forma de deslocamento principal e secundária; qual meio de transporte escolheria caso pudesse mudar a maneira como se locomove; uso da bicicleta como meio de transporte e fatores que motivaram o uso desta; e a opinião dos pedestres sobre infraestruturas cicloviárias e na garantia da segurança do ciclista. Além das questões, a pesquisa também contemplou mapas para traçar, junto com os entrevistados, seus trajetos – em uma tentativa de estimular a percepção dos espaços e criar reflexão sobre eles. Em seguida, na seção chamada percepção de segurança, buscou-se entender os aspectos referentes à percepção de segurança em si. Se o entrevistado acha que a via ou travessia que se encontra é segura para quem caminha e se seria adequado reduzir a velocidade dos veículos nas mesmas, ainda no que concebe a segurança dos pedestres. Foram ainda investigados os motivos para tais percepções e sugestões para tomar esses locais mais seguros.Assim, pode-se traçar um perfil das pessoas que usam os espaços supracitados (ou não usam) e seus hábitos de deslocamento intra e extra-perímetros enquanto pedestres, como percebem a segurança viária e as sugestões para melhoria dos lugares. O questionário foi testado em campo e revisado diversas vezes pela equipe do Cidade Ativa para garantir que o conceito de segurança viária, foco de pesquisa, ficasse claro para o entrevistado e que sua aplicação pudesse absorver de maneira mais fiel a opinião dos frequentadores dos locais.

2.4 ENTREVISTAS

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50%50%

SEXOMASCULINO FEMINO

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A avaliação dos pontos de medição leva em consideração critérios que permitem a análise do espaço em relação ao seu uso. Esta análise, chamada pelo Cidade Ativa de “Análise dos 7 Critérios” usou como referências trabalhos desenvolvidos pela equipe Gehl (GEHL, 2013) e Active Design Guidelines (NYC, 2013).Através dela é possível compreender se o local atende a conceitos essenciais que garantam o seu uso como passagem e espaço de estar. Após esta análise, podem ser levantadas as melhorias necessárias para requalificação destes espaços. Os parâmetros avaliados são distribuídos conforme abaixo:SEGURANÇAPROTEÇÃOACESSIBILIDADEDIVERSATILIDADE/VERSATILIDADEATRATIVIDADECONECTIVIDADERESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE A avaliação é realizada através de “faces” que demonstrem de felicidade à tristeza, conforme pode ser observado abaixo:

2.5 ANÁLISE DOS 7 CRITÉRIOS

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Para definir o local de medição, a equipe optou por uma intersecção de calçadas nas esquinas das avenidas Deputado Cantidio Sampaio e Fernando Mendes de Almeida. Local de fluxos variados tanto de pessoas como veículos, para serem analisados.

O local é uma área que centraliza várias atividades do bairro, com vários comércios próximos que são acessados pela Avenida Fernando Mendes de Almeida e edifícios educacionais na Avenida Cantidio Sampaio que movimentam esse local, contribuindo para que sempre existam muitas pessoas trafegando pelo local.

O ponto de medição é um calçadão e uma esquina entre essas duas avenidas. Pontos problemáticos devido ao mal-uso desses dois lugares.

As medições ocorreram em dois dias da semana no caso uma segunda feira e um sábado, divididos em três períodos diferentes: manhã, tarde e noite. Dessa forma foi possível fazer um levantamento mais preciso da dinâmica do local através de dez entrevistas em cada um desses dias.

O uso predominante é comercial, tratando-se de região que se caracteriza pela centralidade regional, seguido por serviços e educacionais, o uso residencial não é significativo no local.Por se tratar de um local com constante movimento, percebe-se certa carência de infraestrutura urbana. Encontram-se apenas dois eixos de transporte público no caso ônibus, um constante acúmulo de lixo, carros e materiais de construção ocupando o passeio público além da apropriação do espaço por parte de comerciantes ambulantes. Por se uma área periférica, a fiscalização por parte do poder público acaba sendo inexistente combinado com o a falta de conscientização da cidadania dos transeuntes agravam os problemas do local.

3. JARAGUÁ3.1 ANÁLISE INICIAL

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A intersecção das avenidas Deputado Cantidio Sampaio e Fernando Mendes de é de uma área com grande fluxo de pedestres e veículos incluindo ônibus e veículos de carga.

O levantamento geométrico da intersecção mostrou aspectos importantes da calçada, apesar de possuir uma faixa mínima no ponto mais estreito, abriga inúmeros comércios de ambulantes informais que conflitam com o alto fluxo de pedestres em trânsito e nos pontos em que a calçada alarga os carros dominam o espaço, tornando perigoso ao pedestre.

A analise dos 7 critérios aplicada em campo pela equipe indica teoricamente que o ponto medido está inadequado em todos os quesitos mensurados, sendo segurança, acessibilidade e conectividade com os piores resultados.

3.2 PONTOS DE MEDIÇÃO

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CONECTIVIDADE

RESILIÊNCIA

PROTEÇÃO

ACESSIBILIDADE

VERSATILIDADE

ATRATIVIDADE

SEGURANÇA

ANÁLISE DOS 7 CRÍTERIOS.