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"Drama e emoção" dominam telejornais Ricardo Paz Barroso Mais de três milhões de pessoas consomem diariamente os telejornais da TVI, RTP1 e SIC, sendo para muitos desses espectadores a única fonte de informação a que acedem, se se atender aos baixos índices de leitura de jornais que Portugal regista. Ou seja, é com base nesses espaços noticiosos que milhões de portugueses formam uma ideia do país em que vivem e do mundo que os rodeia. Mas, afinal, que qualidade informativa têm tais blocos noticiosos? O que andam os portugueses a ver nos noticários? A resposta parece ser pouco abonatória, segundo o livro "Prime Time - do que nos falam as notícias dos telejornais", de Nuno Goulart Brandão, da Casa de Letras, lançado esta semana. Para o autor, os telejornais das estações de sinal aberto são na sua maioria "espectaculares, emotivos e dramáticos", havendo um claro predomínio das notícias ditas "negativas" e um excessivo protagonismo para o chamado "cidadão comum", em detrimento das instituições. Para complementar este quadro, acrescente-se que Goulart Brandão detecta uma tendência para um certo umbiguismo já que a grande maioria das notícias referem-se a Portugal, sendo dada pouca atenção às notícias de Internacional e menos ainda, por exemplo, a assuntos da esfera da União Europeia. Isto sem falar de temas como ambiente e cultura. ____________________________________________________________________ ___________ 1 CURSO EFA – NS Núcleo Gerador: Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) STC UC5– DR3/DR4 Critérios de Evidência: Actuar recorrendo aos meios de comunicação de massa, compreendendo os diversos actores e interesses envolvidos na sua produção e o poder da informação nas sociedades modernas; actuar na sociedade de informação, identificando novas oportunidades de participação, bem como mecanismos de desigualdade…redes sociais Actividade 6

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O FILME DA MINHA VIDA

"Drama e emoo" dominam telejornais

Ricardo Paz BarrosoMais de trs milhes de pessoas consomem diariamente os telejornais da TVI, RTP1 e SIC, sendo para muitos desses espectadores a nica fonte de informao a que acedem, se se atender aos baixos ndices de leitura de jornais que Portugal regista. Ou seja, com base nesses espaos noticiosos que milhes de portugueses formam uma ideia do pas em que vivem e do mundo que os rodeia. Mas, afinal, que qualidade informativa tm tais blocos noticiosos? O que andam os portugueses a ver nos noticrios?

A resposta parece ser pouco abonatria, segundo o livro "Prime Time - do que nos falam as notcias dos telejornais", de Nuno Goulart Brando, da Casa de Letras, lanado esta semana. Para o autor, os telejornais das estaes de sinal aberto so na sua maioria "espectaculares, emotivos e dramticos", havendo um claro predomnio das notcias ditas "negativas" e um excessivo protagonismo para o chamado "cidado comum", em detrimento das instituies.

Para complementar este quadro, acrescente-se que Goulart Brando detecta uma tendncia para um certo umbiguismo j que a grande maioria das notcias referem-se a Portugal, sendo dada pouca ateno s notcias de Internacional e menos ainda, por exemplo, a assuntos da esfera da Unio Europeia. Isto sem falar de temas como ambiente e cultura.

Nuno Goulart Brando conclui mesmo que "h uma lgica comercial associada aos telejornais", quer pela sua durao excessiva (mdia de 70 minutos contra os 30 a 45 minutos que se registam na Unio Europeia), quer pela hierarquizao e tipo de notcias exibidas.

O autor do livro - que toma como base reflexiva uma investigao da sua autoria onde analisou 180 telejornais das trs estaes, exibidos em 2003, o que se traduz em 6315 notcias em anlise, num total de 218 horas de notcias televisivas, noticiado pelo JN em Setembro - lembra ainda a tese, citando outros investigadores, de que o "'valor-notcia' crescentemente cede lugar ao 'valor-entretenimento'".

Francisco Pinto Balsemo, proprietrio da estao SIC e autor do prefcio de "Prime-Time", elogiou os benefcios deste estudo realizado por Goulart Brando, como sendo "um facto relevante num pas onde quase toda a gente fala e escreve sobre televiso sem ter uma base objectiva de apoio, o que origina disparates colossais e distores confrangedoras". Para o mais antigo patro de media portugus, a pouca ateno dada s notcias vindas do estrangeiro lembram o to criticado "orgulhosamente ss" atribudo ao ditador Salazar, mas que pelos vistos permanece. E, aps vrias interrogaes que o livro lhe provocou, Balsemo lanou o desafio de se continuar com este tipo de investigao.

Ao que o JN apurou, est j em curso a anlise, com a mesma metodologia cientfica, dos telejornais anteriores e posteriores ao do ano estudado, 2003. Essa anlise est a ser realizada pelo CIMDE (Centro de Investigao Media e Democracia), do qual faz parte Goulart Brando.

Do estudo sobre 2003 verificou-se que as notcias de "Poltica nacional" e "Desporto" dominam a agenda dos telejornais. Ocupam cerca de 25% dos temas dados pelos "pivs". E, j agora, refira-se que mais de 50% das 6315 notcias analisadas se passam em Lisboa. O estudo divide tambm as notcias em "positivas", "neutras" e "negativas", sendo a TVI a que mais notcias "negativas" transmite, ao contrrio da RTP1, que est no plo oposto. No meio fica a SIC.Adaptado de Jornal de Notcias de 21/05/06Estenda o seu alcance a mercados mais distantesDevido ao sucesso da internet e a sua alta velocidade, os demais meios de comunicao (rdio, TV e jornal) esto a migrar para a internet. J possvel ouvir uma rdio local em qualquer parte do mundo atravs de seu site, ler as notcias de um jornal, e at mesmo assistir TV na web. A internet rene os outros trs grandes meios de comunicao em uma velocidade muito grande. E por isso que no pra de crescer

Anunciar em meios de grande difuso foi sempre privilgio das empresas de maior dimenso. Primeiro a Imprensa, depois a Rdio e mais tarde a Televiso, foram consecutivamente os mais populares meios de comunicao em massa a despertar a ateno dos anunciantes. Apesar de ainda subsistirem paralelamente foi a Televiso quem assumiu desde cedo protagonismo como o meio de maior audincia. Vocacionada principalmente para promover produtos de grande consumo, pois as suas audincias atravessavam transversalmente todos os sectores da sociedade, a Televiso viu recentemente surgir uma ameaa sua hegemonia com o surgimento, e veloz crescimento, das audincias do meio interactivo que a Internet.

Com custos de produo elevados e com preos de difuso proibitivos, a Televiso foi, e provavelmente ser sempre um meio de comunicao caro, ainda que com grandes audincias.

A Internet veio democratizar o acesso informao mas tambm o acesso divulgao comercial e corporativa. Anunciar na Internet hoje aceder a vastssimos mercados de forma fcil e econmica. A Internet, ao contrrio da Televiso e de outros mass-media, um media de extrema eficincia. No precisamos de pagar por uma audincia global para atingir apenas alvos parciais. um meio onde se podem estratificar, e procurar atingir, determinados segmentos de mercado. um meio onde podemos atrair os nossos mercados a nos procurar e a interagir connosco. Acima de tudo, cntimo por espectador til, muito barato. No entanto anunciar em canais (sites ou portais) de grande audincia, ainda representava investimentos avultados fora do alcance do pequeno comrcio e das outras pequenas empresas.21/08/09

Adaptado de: http://www.pct.com.pt/index.php/1-estrategia-empresarial/franchise-genio-das-compras/64-publicidade-na-internetCom base na leitura dos textos nos seus conhecimentos responda s seguintes questes:

1. Qual a importncia da forma como so produzidos os noticirios na opinio pblica portuguesa.

2. Porque razo(es) a populao portuguesa no l jornais?

3. Que tipo de programas deveriam ser apresentados pelos diferentes canais de televiso em Prime-Time? Justifique.

4. Dos exemplos de promoo publicitria de determinados produtos pelos media em funo de determinados problemas sociais de sade ou pblicos-alvo (Tabagismo, Obesidade, Medicamentos, Pblico infantil, Desporto) ou outro escolha, elabore um anncio publicitrio apelativo para colocar num jornal.5. Em relao Internet elabore um texto reflexivo individual onde deve incluir:

A identificao de diferenas da Internet relativamente aos outros meios de comunicao de massas

Relacionar a informao da Internet com as diversas entidades e actores que as produzem

Explorar a importncia da Internet como local de pesquisa de informao, grupos de discusso (blogues e chats), ou meramente entretenimento.

CURSO EFA NS

Ncleo Gerador: Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC)STC UC5 DR3/DR4

Critrios de Evidncia: Actuar recorrendo aos meios de comunicao de massa, compreendendo os diversos actores e interesses envolvidos na sua produo e o poder da informao nas sociedades modernas; actuar na sociedade de informao, identificando novas oportunidades de participao, bem como mecanismos de desigualdaderedes sociais

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