Ada stewart -_amando_em_silencio

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Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx? cmm=18008059 _________________________________________________________________________________ ______________ Amando em Silêncio Ada Stewart Traduzido mecanicamente e formatado por Romance com Tema Sobrenatural (faltando revisão): http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 Resumem : Jamie Conley queria saber quem era seus verdadeiros pais. Por isso começou a fazer perguntas que sua mãe adotiva, Lexi, não podia responder. Perguntas que sua irmã não lhe permitia responder. O menino se distraiu temporalmente quando Lexi “raptou” a seu ídolo, o campeão de rodeios Jake Thorn. Ela necessitava ao Jake para dirigir o rancho, mas só até que seu pai se recuperasse de sua operação. Jamie, é obvio, esperava que ficasse para sempre. O que Lexi não podia explicar-se é que Jake era o último homem que queria ter perto ... e o único homem ao que habia amado ... Capítulo 1 Ao LEXANDRA Conley abriu a porta e saiu à sombra do alpendre. Olhou para a poeirenta estrada, para ver se chegava seu pai. Mas não viu nada. Lexi suspirou impaciente. 1

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Ada Stewart – Amando em SilêncioTraduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059

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Amando em Silêncio

Ada Stewart

Traduzido mecanicamente e formatado por Romance com Tema Sobrenatural (faltando revisão):

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059

Resumem : Jamie Conley queria saber quem era seus verdadeiros pais. Por isso começou a fazer perguntas que sua mãe adotiva, Lexi, não podia responder. Perguntas que sua irmã não lhe permitia responder. O menino se distraiu temporalmente quando Lexi “raptou” a seu ídolo, o campeão de rodeios Jake Thorn. Ela necessitava ao Jake para dirigir o rancho, mas só até que seu pai se recuperasse de sua operação. Jamie, é obvio, esperava que ficasse para sempre.

O que Lexi não podia explicar-se é que Jake era o último homem que queria ter perto ... e o único homem ao que habia amado ...

Capítulo 1

Ao LEXANDRA Conley abriu a porta e saiu à sombra do alpendre. Olhou para a poeirenta estrada, para ver se chegava seu pai. Mas não viu nada. Lexi suspirou impaciente.

Deveria ter ido com ele em vez de haver ficado no rancho, suportando intermináveis horas de espera e de preocupação. Mas ele não o permitiria. Havia-lhe dito que seria melhor que ficasse em casa, melhor que estivesse aí para fazer o jantar quando chegasse Jamie do colégio.

Mas a verdadeira razão tinha sido que seu pai não queria que ouvisse o diagnóstico do médico. Não queria que se preocupasse nem que tampouco lhe obrigasse a fazer o que os médicos lhe mandassem.

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Lexi pensou que ao melhor essa vez era diferente. Ao melhor essa vez faziam ficar. Inclusive nesse momento seu pai poderia estar convexo em uma cama do hospital esperando a que lhe operassem pela manhã. Oxalá fora assim.

Olhando uma vez mais ao horizonte, voltou-se e entrou na casa.

-Jamie, o jantar está preparado! -gritou do vestíbulo-. Não tem sentido esperar ao avô. Poderemos começar sem ele. Jamie?

Lexi esperou ouvir o som de passos no piso de acima, mas não foi assim. Percorreu o corredor e se deteve o chegar à porta fechada do que tinha sido uma vez um despacho, e se tinha convertido no dormitório de seu pai doente. Frank Conley sempre tinha sido a rocha de sua vida, sólido e eterno. E nesse momento estava muito fraco para subir as escadas a seu antigo dormitório.

antes de que o coração começasse a lhe falhar, ela nunca se deteve a pensar que algum dia algo lhe passaria. Mas ultimamente, Lexi não pensava em outra coisa. Em menos de um ano, os ombros largos que uma vez tinham podido suportar o peso do mundo, encurvaram-se. A voz forte capaz de ordenar e consolar com igual facilidade, voltava-se ofegante ao mais mínimo esforço.

Seu pai estava debilitando-se pouco a pouco, e sua própria cabezonería era o que mais rapidamente lhe estava matando. A dor se voltou ressentimento, logo fúria, e Lexi deu uma patada ao marco da porta.

-Maldito Frank Conley -sussurrou com um nó na garganta . O que tem que nós? O que faremos sem ti? pensaste nisso?

Quase imediatamente, a fúria desapareceu.

Olhou as marcas que tinha feito no marco da porta com a bota e suspirou.

-por que não posso te dizer isto quando está aqui? -disse em voz alta, partindo devagar para os pés da escada.

Com a mão no corrimão, olhou para cima.

Jamie, o jantar está preparado!

O débil chiado de moles de cama oxidados chamou sua atenção.

-Estou aqui embaixo, mamãe.

Lexi fechou os olhos. Então, girando-se, ficou diante de outra porta fechada. A habitação dos convidados, ou a habitação do Jake como quase todos a chamavam, converteu-se com os anos em uma espécie de quarto trastero.

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Jake... Inclusive com o passo dos anos, Lexi não podia entrar na habitação sem sentir um tombo no estômago. Endireitando-se, girou o pomo e entrou. Dentro, seu filho de dez anos estava jogado de barriga para baixo na velha cama dobro, com as botas blusões agitando-se no ar enquanto passava as páginas velhas e muito manuseadas de um álbum de recortes.

-Olá, filho. O que faz? -perguntou brandamente.

Jamie a olhou com seus olhos cor avelã. Seu espesso cabelo castanho estava talhado a capas exceto por uma mecha que lhe chegava do centro da nuca até os ombros. Um cenho pensativo enrugava sua frente enquanto girava o álbum para que ela pudesse vê-lo.

-Jake era realmente extraordinário, verdade? -a mão do Jamie acariciou o artigo amarelado do periódico com reverência.

-Sim -disse ela com o orgulho antigo e familiar-. Quando Jake estava na flor da vida, era um dos melhores.

O álbum era dela, criado com a efusividad do culto a um herói quando não tinha sido maior que Jamie.

-Crie que voltará alguma vez, mamãe? -perguntou Jamie sentando-se-. Estou seguro de que eu adoraria conhecê-lo. Crie que gosta dos meninos?

O entusiasmo no rosto de seu filho provocou um sorriso automático no rosto do Lexi enquanto se sentava em uma cadeira.

-Gostava de você quando foi pequena, verdade? -insistiu Jamie.

Ela e Jamie tinham conversações similares muito freqüentemente, e Jamie sempre encontrava formas novas de lhe fazer as mesmas perguntas, novos modos de obter mais informação.

Sim, acredito que se. Eu devia ter uns dois anos quando o pai do Jake deveu trabalhar a nossa granja e sua mãe trabalhava como nossa cozinheira.

-Como faz Twyla agora -comentou Jamie,disfrutando da história, embora virtualmente sabia de cor.

Lexi assentiu e sorriu de novo, perguntando-se o que pensaria Jake se soubesse alguma vez que se converteu em uma lenda nessa casa.

-Isso. Jake devia ter quase treze anos quando chegaram. Estava acostumado a me cuidar algumas vezes depois do colégio... Quando eu estava em primeiro, foi Jake quem me ensinou a montar em bicicleta sem ruedecitas laterais. Eu estava louca por ele -suspirou-. Logo mamãe e papai se divorciaram e eu passei um ano em Miami com mamãe. Quando -

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voltei aqui para viver com papai, Jake se dedicava aos rodeios e não o víamos durante temporadas muito largas.

-Quanto passou antes de que Jake ganhasse seu primeiro campeonato? Que anos tinha você?

-Eu era um pouco maior que você, mas pouco depois de seu triunfo, feriu-se e voltou para recuperar-se.

-E aí foi quando se casou com a tia Dolores, certo?

Ao Lexi lhe pôs um nó no estômago.

-Não, isso foi depois de que comprasse a velha casa dos Johnson aqui ao lado, esperando que seus pais se retirassem e vivessem ali. O ano seguinte, Jake estava a ponto de obter o quarto título quando...

de repente se calou, sem querer reviver o horrível acidente que esteve a ponto de lhe custar a vida.

-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo macabro. Lexi o olhou com dureza.

-Jamie...

-Isso foi o que aconteceu, verdade?

-Sim -disse ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.

-Não estou contente -defendeu-se o menino-.

Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?

Lexi assentiu e continuou.

-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.

Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou.

-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua mulher a Florida

-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo macabro. Lexi o olhou com dureza.

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-Jamie...

-Isso foi o que aconteceu, verdade?

-Fui-dijo ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.

-Não estou contente -defendeu-se o menino-.

Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?

Lexi assentiu e continuou.

-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.

Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou.

-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua mulher a Florida

-Porque não podiam suportar à tia Dolores?

-Bom, basicamente sim --admitiu sentindo-se culpado ao momento . Mas acredito que ao melhor os pais do Jake só queriam lhe dar a ele e a sua mulher uma oportunidade de estar sozinhos –corrigiu tentando ser generosa-. Todos os recém casados necessitam um tempo para ajustar-se. Você tia Dolores se esforçou muito ao princípio. Mas nunca tinha aprendido a cozinhar, e nunca tinha tido que ocupar-se de uma casa, e passado um tempo, começou a sentir falta da emoção de fazer filmes em Califórnia.

-eu gosto disto.

O cenho do menino provocou outro sorriso em sua mãe.

-Sei, coração, e a mim também. E a sua tia Dolores quando era mais jovem, mas quando cresceu, preferiu a grande cidade. Por isso a vemos tão pouco.

Tentando não mostrar as emoções que estavam lhe retorcendo o coração, Lexi continuou.

-Isso não significa que não nos queira. Sei que lhe importamos muito. Mas normalmente está muito ocupada.

O se encolheu de ombros.

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-Não me importa. Não a necessitamos. E não nunca irei a grande cidade -disse Jamie com ênfase . vou ser um vaqueiro de rodeios, igual a Jake.

Normalmente, Lexi tivesse saído em defesa de sua irmã, mas estava muito surpreendida pela última frase do Jamie. Além de sua breve ambição de ser bombeiro, só tinha falado de converter-se em granjeiro, como seu avô. Ela não sabia por que sua última preferência devia incomodá-la, exceto lhe parecia de algum modo uma traição a seu avô em um momento em que era muito vulnerável.

-Quer ser um vaqueiro de rodeios? -perguntou com deliberada suavidade-. Quando o decidiste?

Jamie baixou o olhar ao chão. -Não sei.

-Hoje Ontem?

Jamie se encolheu de ombros. -Ao melhor.

Dando-se conta de que sua reação era exagerada, Lexi respirou profundamente e se forçou a acalmar-se.

-Já sabe que Jake trabalhou em seu próprio rancho desde que era um adolescente. E quando seu pai se retirou, fez-se capataz aqui e dirigia de uma vez este rancho e o seu. Ele e seu avô trabalharam ombro com ombro durante os três anos que Jake e Dolores estiveram casados.

Jamie assentiu, levantou o queixo e a olhou.

-E o que?

Lexi não sabia que dizer. Não estava acostumada a esse desafio nos olhos de seu filho. E não queria que o menino trocasse sua lealdade de seu avô ao Jake... não nesse momento.

Então, com uma profunda intuição feminina recordou sua própria dor, frustração e a traição que havia sentido quando tinha pensado em que seu pai estava morrendo e deixando-a só com um rancho e com um menino. E pensou nas largas horas que Jamie tinha passado ultimamente na habitação do Jake, olhando os álbuns com uma nova intensidade.

-Tem medo? -perguntou com infinita doçura.

-Do que? -perguntou Jamie sobressaltando-se.

-Por seu avô.

Jamie se encolheu de ombros e voltou a olhar para o chão.

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-Não sei. Ao melhor.

Tornando-se para diante, Lexi seguiu falando em um sussurro.

Oxalá pudesse te dizer que não há nada que temer. Oxalá pudesse te prometer que ele ficará bem. Mas não posso, porque não sei.

-O que tem mau? -perguntou o menino preocupado.

-É seu coração. Não sei muito mais. Talvez saberemos mais quando voltar do hospital... Oxalá não fora tão cabezota. Não quer ingressar no hospital, e não há muito que possam fazer os médicos se não o fizer

-vai morrer?

Lexi viu o terror nos olhos de seu filho.

-Espero que não. Mas não está fazendo o que lhe dizem os médicos, e terá que fazê-lo se quer ficar bem.

-Se Jake voltasse e fora de novo o capataz, o avô poderia entrar no hospital e ficar bem.

-Jamie, de onde tiraste essa idéia? Já temos um capataz.

-Mas o avô disse...

Jamie se calou de repente.

-O avô disse o que? -exigiu Lexi, sem obter resposta . me Responda, hombrecito -disse muito séria-. O que disse seu avô?

-Ouvi-lhe falar por telefone com alguém. Estava perguntando se podiam lhe ajudar a encontrar ao Jake. Disse que lhe necessitava desesperadamente.

-Foi isso tudo o que disse?

-Não sei --murmurou Jamie baixando a cabeça- . Você me chamou e tive que deixar de escutar.

-Deveria te dar vergonha, James Franklin Conley. Hei-te dito que não se devem escutar as conversações de outras pessoas. Agora tem a idéia equivocada de que Jake Thorn vai dever salvar a situação, e isso não vai passar.

Jamie levantou a cabeça, e a esperança brilhou em seus olhos.

-Ao melhor sim. Se o avô o encontrar, Jake virá.

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-OH, Jamie, carinho, não conte com isso. Este rancho é o último lugar da terra onde Jake quereria estar. partiu daqui faz onze anos, e não tornou após. Não tenho idéia de onde está, e tampouco seu avô, e é muito difícil encontrar a um homem que não quer ser encontrado.

Pela tia Dolores?

-Suponho que sua tia Dolores foi parte disso -admitiu Lexi-. Mas o mundo do Jake se fez pedacinhos. Há muitos lembranças aqui.

-Pois eu gostaria de conhecê-lo.

-Não conte com isso, de acordo? -disse Lexi ficando de pé-. O jantar se está esfriando. por que não guarda essas coisas e vem à cozinha?

-Sim, mamãe.

Levantando-se, Jamie começou a recolher os álbuns. Com a cabeça inclinada, era a pura imagem da decepção.

Ao Lexi lhe partiu o coração, sabendo que ela tinha causado sua dor. abrandou-se e falou com um pouco de ânimo.

-É obvio, Jake ainda é o dono da granja vizinha. Talvez vem algum dia, embora só seja de visita.

A ansiedade apareceu nos olhos do menino. -Crie-o a sério? -Poderia ser. Nunca se sabe.

-Arrumado a que se alguém pode encontrá-lo, esse é o avô.

Por muito que odiasse pensar nisso, Lexi teve que estar de acordo.

-Sim, pode ter razão nisso.

Sonriendo, Jamie começou a ordenar o quarto e Lexi se foi à cozinha a reaquecer o jantar. Só esperou que não se equivocou permitindo que Jamie tivesse alguma esperança.

E quanto a ela, não sabia como se sentiria se Jake retornasse. Era algo no que não se permitiu pensar durante muito tempo. De menina, tinha-o adorado. De mulher, tinha-o amado. E o dia depois de que ele tivesse feito realidade seus sonhos, Jake se tinha partido sem uma palavra.

Lexi tinha passado anos tratando de superá-lo, anos aceitando que nunca voltaria a vê-lo, e quando seu coração finalmente tinha cicatrizado, tinha guardado suas lembranças e tinha fechado a porta. Estivesse onde estivesse Jake, lhe desejava o melhor, mas ele estava fora de sua vida, e assim seguiriam as coisas.

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Lexi recolheu a mesa da cozinha e enviou ao Jamie a fazer seus deveres. Estava esfregando os pratos quando ouviu abri-la porta. Saiu correndo da cozinha a tempo de ver entrar em seu pai e ao trabalhador do rancho que lhe tinha levado.

-Olá -saudou Lexi-comeste?

-Sim -grunhiu seu pai.

Apoiando-se pesadamente no braço do Manuel Ortega, Frank Conley se dirigiu ao cômoda poltrona do salão que havia junto à janela e onde ultimamente passada a maior parte das horas.

-O senhor Frank tinha fome- explicou-lhe Manuel sonriendo a modo de desculpa-, assim paramos antes de sair da cidade.

-Pode me preparar uma bebida se quer-disse o avô com a voz ofegante que assinalava seu cansaço.

Lexi o ignorou. O doutor lhe tinha proibido estritamente o uísque e quão puros eram o ritual noturno de seu avô. E Frank só o pedia nesse momento para incomodá-la.

-Parece-te bem que enquanto Manuel esteja aqui lhe levemos a cama? -sugeriu Lexi.

-Não -Frank se sentou, apoiou a cabeça no respaldo e suspirou, olhando com dureza a sua filha-. Temos que falar -dirigiu-se ao Manuel-. Obrigado, Manuel. Já pode ir.

-Se, senhor Frank. Chamará-me se me necessita?

-Sim, Manuel. E obrigado.

Apesar de suas maneiras resmungões, os homens que trabalhavam para lhe eram tremendamente leais, e Lexi se sentia agradecida de saber que sua lealdade também se estendia a ela.

-Será melhor que se sente -disse Frank, quando ficou a sós com sua filha.

Ela sentiu que lhe tremiam as pernas enquanto se sentava na cadeira frente a ele. Sentiu vontades de chorar. Queria que seu pai estivesse são e fora capitalista como tinha sido antes, e sabia que os médicos não lhe haviam dito nada bom. Tinha-o sabido assim que tinha visto seu pai com os ombros afundados e a mandíbula apertada.

-Solta-o -disse ela com o tom valente que sabia que ele estava esperando.

-Não te vai gostar.

-Papai, não alargue isto.

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-Não me estou morrendo. Ao menos, ainda não.

Lexi soltou a respiração que tinha estado agüentando e fechou os olhos um momento para dar as obrigado em silêncio. Seu pai ia viver.

-Então. qual é o problema?

-Bom, tenho duas opções. Posso ficar aqui sentado como um inválido e seguir vivendo até que finalmente me desabe e me mora de aborrecimento.

-ficará melhor se fizer isso? -perguntou Lexi esperançada.

-Não. De fato possivelmente me ponha pior, até que um dia, meu coração se renda.

Bom, isso não é a solução.

-Minha outra opção é me operar. Com a cirurgia possivelmente fique como novo. A maioria das pessoas sobrevivem. E as oportunidades de que eu também o faça são muito grandes. Embora é obvio, ao melhor não. Não me podem garantir isso. O doutor diz que a decisão é minha.

Lexi tragou saliva. Não sabia por que seu pai estava vacilando. O Frank Conley que ela sempre tinha conhecido não tivesse vivido um minuto mais como inválido se houvesse outra alternativa, inclusive embora significasse arriscar-se. O fato de que seu pai não estivesse nesse momento no hospital esperando a ser operado significava que havia algo mais que ela não sabia.

-O problema é -continuou Frank devagar-, quem vai ocupar se do rancho enquanto eu esteja no hospital? Estarei ali um par de semanas antes de que me permitam voltar para casa. E depois, ainda passarão semanas antes de que possa fazer algo.

-Bom, papai, isso não é problema. Tem um capataz que leva aqui três anos. E sabe que eu posso me ocupar da contabilidade e as papeladas disse Lexi.

-Durante quanto tempo, filha?

-Durante um mês? -perguntou encolhendo-se de ombros- -. Seis semanas? Quanto tempo pode fazer falta?

-Esse é a questão -disse Frank devagar.

A suave tristeza em seus olhos e a paciência de sua voz começaram a preocupá-la.

-Lexi, há uma possibilidade de que surjam complicações na operação. É difícil, mas existem, e inclusive pode que não o consiga. Inclusive se sobreviver, minha recuperação será lenta. Temos que entrar nisto preparados para qualquer eventualidade, e eu tenho que

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me assegurar de que este rancho vai estar bem. Por seu futuro e pelo do Jamie. Tenho que estar seguro, Lexi. Entende-o?

Lexi começou a assentir com a cabeça e então se deu conta de que na verdade não tinha idéia de que estava dizendo seu pai. Parecia que queria operar-se e logo estava dizendo todas as razões pelas que não podia.

-Sinto muito, papai. Mas não o entendo. Não entendo qual é o problema. Eu posso me ocupar do rancho.

-Lexi, não ponho em dúvida sua habilidade.

-Então qual é o problema? Porque para te dizer a verdade, estou confundida. Pode te operar e eu me ocuparei do rancho. Quando estiver melhor, voltará a te encarregar você. Não me parece tão complicado.

-Lexi, vou trazer para o Jake.

O que? -exclamou ela sem poder acreditar o que estava ouvindo.

Jake vai voltar a ocupar do rancho enquanto eu esteja no hospital.

O que seu pai dizia não tinha sentido. Jake não voltaria. Em onze anos não tinha enviado nenhuma postal.

-por que? por que pensaste nisso? -Tenho minhas razões.

-Bom, pois eu quero as saber.

Sou um velho doente. me dê esse capricho. -OH, papai... falaste com o Jake? Está ele de acordo?

-Não. Mas sei onde está. Ao menos sei onde estará amanhã de noite.

-Mas do que serve isso? Você não pode ir.

O olhou diretamente a seus olhos marrons como se queria chegar a sua alma.

-Mas você sim -disse brandamente.

-Não! -Lexi ficou de pé, golpeando a parede com a cadeira no processo-. Definitivamente não!

-Tem que fazê-lo -insistiu seu pai.

-Não, não tenho que fazê-lo.

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Voltando-se, Lexi começou a partir. Mas deu só dois passos antes de ver o Jamie junto à porta, escutando.

-por que não, mamãe? - perguntou o menino com ansiedade em seu olhar enquanto corria para ela-. Viria. Se pudesse ajudar ao avô, sabe que Jake viria.

-É possível - disse Frank a suas costas.

Sentindo-se apanhada, Lexi se voltou para olhá-lo. Tinha as mãos fechadas em punhos.

-Não, não viria.

Olhou suplicante a seu pai. Jamie só era um menino. Não sabia o que estava pedindo. Mas Frank Conley sim.

O pai moveu a cabeça devagar e a olhou com decisão.

-Viria. Jake quis vir a muito tempo tempo. Mas não sabe.

-Papai -rogou-lhe Lexi-. Sabia o que estava fazendo quando partiu. Se tivesse querido voltar, teria encontrado uma desculpa muito antes.

Não me operarei menos que Jake esteja aqui para ocupar do rancho, Alexandra. Ficarei sentado nesta cadeira e morrerei esperando se tiver que fazê-lo. Assim pode ir pedir lhe que se ocupe do rancho agora ou pode lhe convidar a meu funeral mais adiante. Você escolhe.

-Diz-o a sério, verdade? -perguntou Lexi se desesperada.

Nunca te menti.

-Posso ir contigo, mamãe? -perguntou Jamie saltando de alegria-. Por favor.

-Não -disse Lexi abraçando a seu filho-. Não, Jamie. Isto é algo que tenho que fazer sozinha.

Capítulo 2

E L suor dos homens e as bestas enchia o ar da tarde, mesclando-se com o pó levantado por seus inquietos cascos. O balido impaciente do gado competia com os relinchos dos cavalos. Na atmosfera familiar, Lexi sabia que deveria sentir-se como em casa, mas não era assim. sentia-se como uma intrusa.

-te relaxe -murmurou-. O que é quão pior pode passar? Tudo o que pode fazer quer dizer que não.

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esfregou-se as Palmas suarentas contra sua saia vaqueira. O coração lhe pulsava com força, e deixou de pretender que o que temia era uma negativa. Ver o Jake de novo era o que lhe dava medo.

Viu um grupo de jeans e se dirigiu para eles. Estava ali para encontrar ao Jake Thorn, e tinha que começar por algum sítio.

Ao chegar ao grupo de homens, respirou profundamente para armar-se de coragem e lhe deu um golpe no ombro ao que estava mais perto.

-Perdoe.

Todos os homens se voltaram para ela, refletindo em seus rostos prazenteira surpresa pela inesperada interrupção, e Lexi começou a relaxar-se. Inclusive conseguiu sorrir.

O vaqueiro cujo ombro tinha golpeado, um jovem com uma cicatriz na bochecha, tirou-se o chapéu e lhe devolveu o sorriso com entusiasmo.

-Posso ajudá-la em algo, senhorita?

-Sim, ao menos isso espero. Estou procurando o Jake Thorn. Hão-me dito que estaria aqui esta noite.

O sorriso do jovem se desvaneceu ligeiramente, e ela sentiu que seus companheiros se esticaram.

-Bom, sim --respondeu o vaqueiro devagar, escolhendo as palavras com cuidado-. Acredito que está aqui, em alguma parte. De fato me pareceu vê-lo faz um momento. E vós? -perguntou voltando-se para outros-. Alguém viu para onde ia Jake?

Os homens se encolheram de ombros, negaram com a cabeça e baixaram o olhar, e Lexi soube que não devia insistir. Jake era um dos seus, e ela uma estranha fazendo perguntas. Soubessem o que soubessem esses homens, não foram dizer se o sem ter antes a aprovação do Jake.

-Poderia olhar ao outro lado do arena -disse-lhe um dos homens mais maiores.

Com os ombros afundados, Lexi se afastou do grupo de homens.

O último lugar da terra onde quereria estar

era ali, e a última coisa que quereria fazer era procurar o Jake Thorn, mas o encontraria, com ou sem ajuda. Então, forçou-se a endireitar os ombros e levantar o queixo, e começou a caminhar na direção que os homens lhe haviam dito. Embora acreditasse que Jake não estaria ali, não passaria nada por olhar.

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- Né, senhorita, se virmos o Jake quer que lhe digamos quem lhe está procurando? -gritou-lhe um dos homens.

Sabendo que se Jake sabia que ela estava ali, nunca conseguiria aproximar-se dele, Lexi se voltou e forçou um sorriso.

- Não será necessário. Mas obrigado de todos os modos. Darei uma volta até que lhe encontre.

girou-se e continuou seu caminho. E enquanto procurava entre todos os jeans que passavam, ao outro lado do arena viu uma bonita moça loira que parecia muito jovem para recordar os dias de glória do Jake Thorn. Mas talvez tinha ouvido falar dele.

Sonriendo, Lexi se deteve e a loira lhe sorriu também.

-Tem um cavalo precioso -disse Lexi com sinceridade-. É um pura raça?

-Obrigado. Sim, é-o -disse a jovem acariciando o nariz do animal com orgulho- . Tenho-o desde ano passado.

O genuíno interesse do Lexi pelos cavalos lhe fez esquecer sua busca, embora fora por um momento.

Que tal é?

-OH, Jackpot é fabuloso. Temos muitas possibilidades de ganhar esta noite.

O cavalo relinchou e levantou a cabeça, como se soubesse que estavam falando dele. Lexi não pôde evitar rir.

-Bom, desejo-te boa sorte. Como te chama? Esta noite tentarei verte.

-Susie Picket. Não te vi antes por aqui, verdade?

Não ---disse Lexi recordando de repente o que devia fazer-. Estou aqui procurando um velho amigo. Ao melhor o conhece. chama-se Jake Thorn.

-Jake? OH, claro.

-Viu-o por aqui esta noite?

-Sim, está por aqui. Poderia tentar lhe buscar nas caravanas -disse a garota calando-se de repente e avermelhando-. Conhece... muito ao Jake?

Ao Lexi faltou muito pouco para dizer um palavrão. O rubor da jovem e seu repentino silêncio, disse-lhe claramente o que o grupo de homens também lhe tinha indicado.

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Estivesse onde estivesse Jake, estava com uma mulher. OH, não! Isso já era bastante terrível sem ter que tirar o Jake da cama de alguma mulher só para falar com ele.

-Não se preocupe --disse cansada, sentindo um ciúmes repentinos que não tinha nenhum dere

cho a sentir-. Não sou uma antiga noiva dela, nenhuma nova noiva nem nada parecido. Sou uma amiga, ponto.

-OH, bem -a jovem suspirou aliviada-. Bom, nesse caso, talvez está na caravana do Louanne Byers. Ultimamente se têm feito muito... amigos... já sabe ao que me refiro. Não pode te confundir. Leva o nome pintado no flanco com grandes letras moradas.

-Muito obrigado. foste que muita ajuda -disse Lexi retrocedendo e com mais informação da que teria desejado.

Com o estômago revolto se dirigiu para as caravanas, passando junto aos jeans e seus cavalos que se treinavam.

Quando escapou do pó e a tensão do arena, o ar da tarde era suave, fresco e relaxante. Lexi suspirou e se esfregou as mãos úmidas contra a saia. Seu pai lhe tinha enviado a procurar o Jake, não a lhe tirar dos braços de outra mulher.

Então se deteve, trocando repentinamente de idéia. Girou às cegas, começou a caminhar em direção contrária e ao momento se chocou com o corpo duro de um vaqueiro alto.

Lexi se cambaleou como uma boneca de trapo, e ele a agarrou dos ombros para sujeitá-la.

-Né, está bem?

Ela assentiu, e com os olhos entrecerrados viu um rosto que lhe era vagamente familiar.

-Não te vi antes em alguma parte? -perguntou o vaqueiro.

Lexi assentiu de novo e se soltou de suas mãos. Aaron. Esse era seu nome, e ele tinha ido ao rancho um fim de semana com o Jake.

Lexi estendeu a mão para lhe saudar.

-Sou Lexi. a filha do Frank Conley. Você veio a nosso rancho para jantar um domingo com o Jake Thorn.

-E fiquei até na terça-feira -disse Aaron rendo-se ao recordar-. Lembro-me. Mas você foi uma menina.

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-Tinha quatorze anos -disse Lexi um pouco ofendida.

Aos quatorze anos, tinha estado locamente apaixonada pelo Jake. Esse mesmo ano, tinha cometido o engano de confessar-lhe O vergonhoso intento do Jake de defraudá-la facilmente era uma lembrança que ainda lhe doía.

-Bom, já é toda uma mulher -disse Aaron - . vieste com seu pai?

-Não, não veio, mas me pediu que procurasse o Jake por ele.

-OH... Viu já A... um... ao Jake?

-Ia buscá-lo quando choquei contigo --disse ela decidida a continuar e terminar de uma vez- . Hão-me dito que poderia lhe encontrar na caravana do Louanne Byers. Não saberá por acaso onde está estacionada, verdade?

O sorriso amável do Aaron se voltou pícara, e se esfregou as mãos.

-O velho Jake vai estar muito surpreso ao verte. Vêem comigo, rapariga -disse agarrando-a do braço e girando--. Eu te levarei.

Aaron a levou entre os carros e os veículos e caravanas.

- Quanto faz que não vê o Jake?

-Onze anos.

-Ah, do divórcio.

-Sim -Lexi se perguntou quanto lhe teria contado Jake.

-Era sua irmã maior, verdade? Como se chamava?... Dolores?

Isso.

-ouvi que agora é atriz. Usa o nome Conley ou Thorn?

-Nenhum. Usa o nome de seu pai, Davies.

-Então não têm o mesmo pai? -Aaron pareceu surpreso.

-Não, nossa mãe esteve casada antes.

-Dolores Davies repetiu Aaron pensativo-. Sim, acredito que ouvi falar dela. É loira, verdade? Fez um papel em uma série de televisão faz uns anos? Saía quase sempre em biquíni.

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-Sim, essa é Dolores -disse Lexi mais relaxada.

-Então ela é a ex do Jake, né? O mundo é pequeno, verdade? A quem lhe está amargurando a vida agora Dolores?

-De momento está casada com um produtor chamado Harvey Maxwell.

-Caray! -exclamou Aaron detendo-se e soltando-a do braço-. Bom, aqui é.

Levantando o punho, Aaron golpeou a porta da caravana branca com as letras moradas. Depois de um momento, abriu-se a porta e apareceu uma mulher com um complicado penteado em seus cachos castanhos e camisa e malhas brancas muito ajustadas.

-OH. olá, Aaron. Está procurando o Jake?

-Olá, Louanne. Está por aqui?

Ela se girou para o interior.

-Jake, Aaron está aqui.

Lexi fechou os olhos e contou até dez enquanto os joelhos começaram a lhe tremer e o coração lhe acelerou incontrolado.

-Entra, amigo -disse uma voz rouca e familiar.

-Bom, não sou eu o que te busca --respondeu Aaron pondo um braço nos ombros do Lexi e fazendo-a aparecer- . É esta damita.

-Quem dia... ? -sua voz se desvaneceu e seu rosto registrou incredulidade-. Lexi!

Jake?

Seus olhos se encontraram, e o coração lhe disse que era Jake, embora o homem ao que estava olhando poderia ser qualquer.

Estava vestido com a roupa larga e andrajosa de um palhaço de rodeio, seu rosto escondido depois da pintura branca, e só seus olhos e sua voz lhe disseram que estava realmente em presença do James Jackson Thorn.

-Não será melhor que vá já para o arena, Louanne? -sugeriu Aaron com total falta de tato.

Plantando as mãos nos quadris, Louanne não se moveu.

-Quem é ela, Jake? -exigiu com tom estridente.

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-Tudo vai bem, Louanne -Jake fez um gesto de despedida com a mão sem deixar de olhar ao Lexi-. Pode ir.

-Quem é? -exigiu Louanne de novo.

Meu nome é Alexandra Conlcy -disse Lexi subindo os três degraus até o interior e estendendo tranqüilamente a mão-. Meu pai, Frank Conley é o dono do rancho vizinho ao do Jake.

Louanne estreitou a mão do Lexi com rapidez e debilidade.

por que está aqui?

-Acredito que isso é algo entre o Lexi e eu -disse Jake, levantando do tamborete onde tinha estado sentado com potes de maquiagem na barra diante dele.

Mas, Jake...

-Vete -disse Jake em tom amável que não admitia discussões-. vais chegar tarde, e isto não tem nada que ver contigo. Fecharei a porta quando me partir.

Com um olhar final venenoso ao Jake e ao Lexi, Louanne partiu.

-Espero que não te importe que lhe tenha ensinado o caminho ao Lexi -disse Aaron desde fora-. Alguém já lhe havia dito onde estava. -Logo falaremos, amigo.

Sonriendo, Aaron piscou os olhos o olho ao Lexi. --Espero que esta visita seja importante. Sei o

pouco que gostam ao Jake as surpresas.

-Adeus, Aaron -disse Jake sem tão bom humor olhando à porta até que se fechou, e então, voltou-se para o Lexi-. Importa-te se terminar de me preparar? Tenho que trabalhar dentro de um momento.

-Não, nada.

Lexi se sentou em uma poltrona.

-Estava por acaso nesta zona? -perguntou Jake, tornando-se pintura negra em cada sobrancelha. -Não.

-Então não vieste a recordar o passado?

- Não.

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Bom, realmente eu gostaria de ter tempo para falar contigo -disse abrindo outro pote-. Mas por desgraça não o tenho. Pilhaste-me em uma noite de muito trabalho.

Mas Lexi não tinha a intenção de ser despedida tão logo.

-OH, não é problema, ficarei um momento.

Espero não ter criado... problemas aparecendo assim.

-Refere ao Louanne? É só uma amiga.

-O há dito a ela?

Jake continuou com sua tarefa.

-Nunca me pareceu necessário. Quando trabalhamos no mesmo rodeio, estamos juntos -encolheu-se de ombros e começou a ordenar os potes e as broxas-. Alguma vez a vi comportar-se assim antes -disse girando no tamborete e olhando ao Lexi-. Bom, o que te parece?

Jake estendeu os braços para indicar seu aspecto. Silenciando as milhares de perguntas que tinha, Lexi lhe olhou maravilhada.

-Isso sim que é uma vestimenta.

-Seguro que nunca me teria reconhecido -disse ele sonriendo.

-Não sei. Algumas costure não trocam --Lexi se fixou em seus olhos, os mesmos tons verdes e faiscantes.

-Você sim. É toda uma mulher -observou ele com suavidade.

Ao Lexi deu um tombo o coração pelo inesperado calor e a tom sensual. preparou-se para enfrentar-se à ira que saberia provocaria sua visita. Mas não se preparou para a possibilidade de que surgissem outras emoções.

E de repente, Jake ficou de pé.

-Bom, tenho que sair já.

-Esperarei-te fora.

Lexi se levantou da cadeira e partiu.

Uma vez fora, respirou profundamente o ar fresco e tratou de acalmar os batimentos do coração de seu coração.

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Nenhum homem tinha direito a estar tão sexy... especialmente com esse disfarce.

Dentro, Jake se atou os cordões das sapatilhas de esporte que usava para trabalhar. passou-se uma mão pelo cabelo enquanto se com a outra se dava uma massagem no nó que lhe estava formando no estômago. Não podia acreditar que ela estivesse aí.

Lexi Conley... Tinha tido dezenove anos tenros e trementes a última vez que ele a tinha visto, tão doce e tentadoramente maravilhosa que quase lhe rompia o coração olhá-la. Com seu corpo de menina e sardenta inocência, tinha devotado salvação a sua alma faminta, e ele tinha fugido dela.

Agarrou sua caixa de maquiagem e a meteu em sua bolsa, fechou a cremalheira e a pendurou ao ombro. Apagou a luz e ficou às escuras no interior, olhando-a, de pé fora sob a suave luz do anoitecer. O corpo de menina tinha desaparecido, substituído por suaves e voluptuosas curvas, mas ficava algo da sardenta inocência.

Seu cabelo negro, liso e comprido, brilhava radiante. Seus olhos, um marrom exótico e quente. olhavam à distância, como se estivesse perdida em seus pensamentos. E seu lábio inferior... Não, não podia pensar em seus lábios. Tinham sido sua perdição a última vez.

Saindo e fechando a porta da caravana, Jake se baixou o chapéu sobre os olhos.

-Bom, espero que desfrute de do rodeio -disse passando ao lado do Lexi-. Crie que pode voltar sozinha aos degraus?

-Bom, sim, mas...

-Sinto muito, mas sou um trabalhador e chego tarde.

Lexi lhe seguiu obstinada.

-Esperarei-te até que acabe.

Ele negou a cabeça e caminhou mais depressa.

-Saio para a seguinte cidade assim que termine.

-Seguirei-te se tiver que fazê-lo -disse ela com decisão.

Dando-se conta de que não ia render se, Jake se deteve.

-O que é tão importante, Lexi?

-É papai. Está doente.

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A frase foi como um murro para o Jake. Frank Conley era um homem muito duro. Não o tipo de pessoa que reconhecesse facilmente uma enfermidade. Mas Jake não queria mostrar o muito que lhe tinha impactado a notícia.

-Bom, sinto ouvir isso, Lexi. lhe diga ao Frank que lhe terei presente em minhas orações.

Quando Jake seguiu caminhando, Lexi lhe agarrou do braço e atirou dele com surpreendente determinação.

-Ele quer algo mais que isso, Jake.

Em seus olhos cor canela, ele viu medo.

-Sinto muito, Lexi -repetiu Jake brandamente-.Sinto-o de verdade, mas não posso lhe oferecer nada mais.

-Não me rendo tão facilmente -advertiu-lhe. -Está perdendo o tempo. Sabe. Sabia inclusive antes de vir.

Maldito seja, Jake Thorn -disse Lexi fechando o punho sobre sua camisa e lhe bloqueando o caminho-. Meu pai não vai morrer por sua culpa.

A fúria feroz de sua voz era surpreendente, mas foi a lágrima que escapou pela extremidade do olho o que quase foi a perdição do Jake.

- Ah, Lexi -murmurou suspirando e lhe tirando a lágrima com um dedo-. Não me faça isto. Já sabe o que quero a esse homem.

-Então, lhe ajude -suplicou-lhe-. Tudo o que te pede é que te ocupe de seu rancho durante uns meses enquanto lhe operam.

-Ele não me necessita. Há outros homens que podem fazê-lo.

-claro que sim, mas já conhece meu pai -insistiu Lexi com desespero-. Não quer a ninguém mais. Quer a ti, Jake.

-Jurei que nunca voltaria.

-Quer dizer que deixará a papai morrer antes de voltar por um estúpido juramento do que não se preocupa ninguém mas que você? -perguntou furiosa.

-É mais que isso, e você sabe. Frank se operará e ficará bem -sentiu-se debilitar, e se separou dela, arrancando um botão da camisa no processo--. E eu não estarei ali -disse por cima do ombro enquanto partia antes de que trocasse de opinião.

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-Não te terminado contigo, Jake Thorn.

Ele se girou para olhá-la.

-Bem -gritou-. Mas por agora sobe aos degraus. por aqui vai passar agora todo o gado, e ficará apanhada se não te aparta.

Com isso, Jake girou e partiu.

Uma hora depois, Lexi seguia furiosa, consigo mesma e com ele. Não tinha esperado que Jake fora mais receptivo do que o tinha sido. mas não tinha que ser tão cabezota. Se tivesse sido algo mais sensato, ela nunca teria perdido a calma e se pôs a gritar.

Mortificada pela lembrança, cobriu-se a cara com as mãos e desejou poder retroceder no tempo. Nunca deveu ter ido a essa caravana. Aí foi quando tudo foi mau. Deveria ter esperado até que Jake tivesse estado sozinho e ter apelado A...

Ter apelado a que? A sua bondade? Deveria estar agradecida de que não queria voltar com ela ao rancho. Exceto por um velho teimoso, ninguém queria ao Jake no rancho.

Lexi ficou de pé ao ver dois palhaços detrás das barreiras junto às rampas. Esperando que um fora Jake. começou a descer dos degraus para fazer uma súplica mais.

Ao descender, estudou ao grupo de homem detrás das barreiras, dois deles vestidos de palhaços e o resto com jeans e botas. Como os atletas antes de qualquer competição, começaram a estirar-se, a esquentar e Lexi pensou no estranho de que Jake, um cavaleiro que tinha colhido muito troféus, converteu-se em palhaço de rodeio.

Deixando a um lado esses pensamentos, desejou

lhe haver emprestado mais atenção ao lhe haver visto antes, já que os dois homens tinham a mesma maquiagem e roupa, e ela não podia saber qual era Jake.

Detendo-se na base das escadas, Lexi olhou aos homens mais atentamente. As pernas largas do Jake, seus movimentos fluídos e seus largos ombros, eram inconfundíveis.

Com os anos, seu corpo alto e magro se tornou musculoso, mas o tempo não lhe tinha feito perder seus movimentos felinos, igual ao tempo tampouco parecia ter apaziguado o nervosismo que ela sentia ao vê-lo. Mas não. Era impossível que seguisse querendo-o.

Passaram minutos enquanto lutava por controlar suas lembranças. Respirando profundamente, aproximou-se um pouco mais, sentindo os joelhos de borracha.

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A uns metros, levantou a vista e viu o Jake olhando-a. Não parecia feliz com a idéia de uma segunda discussão, mas tampouco parecia que fora a escapar. Lexi não estava segura de que fora a lhe sair a voz quando chegasse, mas ia dizer o que tinha ido dizer, embora tivesse que usar a linguagem das mãos. Com decisão chegou ao bordo da barricada e Jake deixou os outros para aproximar-se dela.

-Tem uns minutos? -perguntou ela em voz tão baixa que apenas se ouviu-. Eu gostaria de falar contigo.

-Lexi...

-Sinto muito -interrompeu-lhe-. Estava furiosa e hei dito algumas costure que não devi, e não disse nada do que queria dizer.

Jake seguiu sem olhá-la.

-Não, Lexi...

-Por favor... por favor --repetiu Lexi, recordando que seu pai era a única razão de que ela estivesse ali.

-De acordo - disse Jake-. O que?

Lexi olhou detrás dele, e encontrou a todos os jeans olhando de esguelha.

-Em privado -sussurrou.

-Tenho que estar preparado dentro de uns minutos-Que tal logo?

Ela tinha que seguir adiante enquanto ainda tivesse coragem. Jake não o ia fazer mais fácil depois.

-Só vêem comigo a alguma parte onde não esteja olhando ninguém -rogou-lhe.

Jake franziu o cenho.

-Vamos.

Jake a agarrou do braço com mais suavidade da que ela tinha esperado e a levou até o estacionamento. Então a soltou e a olhou.

-Está bem aqui? -perguntou abruptamente.

-Se ela tentou não intimidar-se pela dureza de seu tom.

-Bom, fala -ordenou-lhe.

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-Poderia ser um pouco mais simpático.

Jake suspirou e olhou aos focos brancos piscando contra o céu negro.

-Isso não nos faria isto mais fácil para nenhum, Lexi.

-Não sei por que isto é tão duro -disse ela frustrada . Uma vez fomos amigos.

-Fomos muito mais que amigos uma vez.

A repentina suavidade de sua voz levantou um montão de emoções no Lexi. Tudo o que tinha querido evitar se estava dando procuração dela.

-Só uma vez --disse ela brandamente-. Não estava segura de que você o recordasse.

-OH, sim que o recordo. Às vezes penso em fragmentos dessa noite - ao falar seu dedo se enrolou em uma mecha de seu cabelo--. de vez em quando -o reverso de sua mão roçou seus peitos e continuou descendo por seu cabelo que terminava justo sobre sua cintura- . Nos momentos e nos lugares mais inoportunos... Como agora -levantou-lhe o queixo-. É estranho os truques que joga a mente.

Enfeitiçada e com os joelhos como pudins, Lexi evitou cair entre seus braços com grande esforço.

-Jake...

-Mas não é disso do que vieste a falar, verdade?

-Não.

Jake apartou a mão, rompendo o feitiço.

- Bom, do que vieste a falar? Lexi respirou profundamente.

-De papai.

-Já falamos que ele.

- Não me perguntaste o que lhe passa.

-De acordo, o que lhe passa?

Sentindo como se estivesse golpeando-a cabeça com um muro, Lexi continuou. -Precisa operar do coração.

-Sinto muito ouvir isso.

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-Necessita-te, Jake! -exclamou, incapaz de acreditar a frieza que ouvia em sua voz.

-Está seguro de que é ele quem me necessita. Lexi? - perguntou Jake.

-O que... o que quer dizer? --balbuciou Lexi. -Sinto muito. Pensei que estava muito claro. O que quero dizer é se for Frank quem me necessita tão desesperadamente, por que te enviou? E realmente te enviou ele?

O tom insolente do Jake não fez nada poi acalmar a fúria que crescia dentro do Lexi.

Olhe, se estiver sugiriendo que vim por mim.. -Estou sugiriendo que é possível disse trocando seu tom de aborrecimento a sedução-. Igual a é possível que eu não seja o único que pense nessa noite de vez em quando. Ao melhor você também pensa nela. Ao melhor...

Lexi apartou a mão que acariciou seu queixo.

-Olhe, Jake. Pedi-te que viesse para poder me desculpar por ter perdido o controle antes. Mas se me toca... -apartou-se e levantou um dedo ameaçador-, não vou desculpar me pelo que faça depois.

O tom rouco da risada do Jake lhe sentou muito mal, como uma bofetada.

--Né, tranqüila -disse ainda com tom divertido-. Só estava especulando. E aparentemente me equivoquei.

Lexi estava confundida, entre furiosa e decepcionada, e não sabia o que dizer.

-Suponho que seu pai estaria muito doente para vir até aqui -sugeriu Jake gentil no que foi um intento de desculpar-se.

-Logo que pode valer-lhe sozinho - -disse Lexi com tristeza-. Esta manhã tentou ir caminhando até o celeiro, e um par de ajudantes lhe encontraram sentado a um lado da estrada, a ponto de deprimir-se. Levaram-lhe de novo à casa.

Embora o tentava, Lexi não podia parar o tremor em sua voz.

-Estou muito assustada de que possa morrer, Jake. Não sei o que faria.

Ela não pretendeu soar débil. Não tinha ido ali a pedir esmola, mas isso era o que parecia estar fazendo... uma e outra vez.

Então, os braços fortes do Jake a rodearam e ela descansou a cabeça contra seu peito.

-Deus, Lexi... O que passa é que me traz lembranças.

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Seus dedos passaram entre seu cabelo, acariciando, acalmando. A mão em suas costas sujeitou com mais força da que devesse. E repentinamente, soltou-a.

-Sinto muito, Lexi. Faria algo pelo Frank se pudesse, mas não posso fazer o que me está pedindo. Não posso voltar.

Sem deixá-la tempo para responder, Jake girou e partiu para o arena com grandes pernadas, mais e mais longe dela.

Lexi lhe viu partir, com a tristeza apoderando-se dela, recordando que ela e Jake tinham sido uma vez os melhores amigos e que ela tinha sido a que tinha trocado isso. Mas ele se equivocava em uma coisa. Lexi não pensava naquela noite. Tinha mantido a lembrança a raia durante muitos anos, e ele havia o tornado a recordar com todo detalhe.

Capítulo 3

QUÉ faz aqui tão sozinha? -perguntou Aaron detrás dela.

Soltando um grito, Lexi se deu a volta. -iAaron, assustaste-me!

Ele sorriu.

-Sinto muito. Bom, conseguiste algo desse cabezota?

-O que?

-Está tentando que Jake volte contigo para rancho, não?

Lexi ficou pasmada. -Como sabe?

-Aqui somos uma pequena comunidade com grandes brinca.

-E aparentemente uma boca maior ainda. -E um grande coração também. Jake tem muitos amigos aqui.

-Não lhe estou pedindo que faça nada que possa lhe fazer danifico --defendeu-se Lexi.

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-OH, estou de acordo. E se lhe importar algo minha opinião, eu lhe animarei a que vá contigo.

-De verdade?

-Claro. Dolores já não vive ali. Não sei qual é o problema então.

-Bom, suponho que teria que faltar ao trabalho. Ao melhor não quer fazê-lo.

-Pois os médicos levam os últimos meses tentando que o deixe.

-Sério?

-Sim. Tem o ombro mau e não melhora. Não deixam de lhe dizer que terá que operar-se se não descansar e se cura.

-Então, por que não o deixa?

-Oxalá soubesse -encolheu-se de ombros-. O único que me ocorre é o dinheiro. Jake não quer nem ouvir falar do tema. Se eu o mencionar, enfurece-se e parte.

Minutos antes, Lexi se tinha resignado a entrar em seu carro e partir, mas nesse momento sabia que não podia fazê-lo. Ainda não. Jake necessitava o trato que lhe estava oferecendo seu avô tanto como seu avô necessitava que Jake o aceitasse.

-Aaron, pode me levar até onde está Jake?

-Posso te levar perto, mas agora está em meio da areia dando a volta com um touro.

Lexi franziu o cenho preocupada, ouvindo na distância os gritos e Palmas do público.

-Não se preocupe -assegurou-lhe Aaron ao vê-la-. Jake é um veterano. Sabe o que faz.

-Sei -disse Lexi, não tão segura.

Tinha estado em muitos rodeios para saber que só um dos palhaços era o gracioso, que ficava fora enquanto o touro estava no arena. Os outros dois, eram os que ficavam entre o touro e o cavaleiro quando o vaqueiro caía.

Para os jeans dos rodeios, esses dois palhaços eram Santos, e não lhes chamava toureiros por nada. Supunham a diferença às vezes entre a vida e a morte.

-Vamos? - perguntou Lexi, ansiosa por ver o Jake a salvo com seus próprios olhos. -Claro.

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Agarrando-a do braço, Aaron a guiou rapidamente entre a multidão até que chegaram às barricadas a um lado do arena.

Com o coração na garganta, Lexi observou o panorama.

O vaqueiro estava a ponto de sair, agarrando-se ao touro só com uma mão enluvada sujeita fortemente a uma corda atada do lombo do animal, dando um par de voltas na mão com a corda restante, e apertando os joelhos também para sujeitar-se. Com o coração acelerado, Lexi olhou ao outro lado do arena e viu o Jake. Tinha os pés separados, as pernas flexionadas, a postura de um guerreiro a ponto de saltar.

Imediatamente seguinte, o vaqueiro fez um gesto com a cabeça, assinalando assim estava preparado para sair. A porta se abriu, e ele apareceu galopando sobre uma massa musculosa e raivosa. Pela primeira vez em sua vida, Lexi não agüentou a respiração pelo vaqueiro, mas sim pelo palhaço disposto a arriscar seu próprio pescoço por ele.

Apenas se deu conta quando o vaqueiro saiu disparado para diante e aterrissou sobre a areia. O touro continuou bufando e correndo. O vaqueiro conseguiu ficar de pé e pôr-se a correr para refugiar-se, com o touro detrás, preparado para investir.

Então, quando o touro baixou a cabeça e apontou com um corno para as costas do cavaleiro, um chapéu chegou voando pelo ar e lhe caiu ao animal na cara, lhe fazendo girar bem a tempo para que cl vaqueiro saísse do arena e ficasse a salvo.

Sem chapéu, Jake ficou a correr diante do touro, lhe levando para o centro do arena. antes de que o animal pudesse lhe alcançar, o outro palhaço lhe atirou um boneco de trapo.

O animal o agarrou entre os chifres e o jogou várias vezes no ar, entrando assim docilmente pela porta, que se fechou atrás dele. O público assentiu entusiasmado e os palhaços fizeram uma reverência.

Enquanto isso outro vaqueiro se estava preparando, comprovando bem as cordas e assegurando-se ao touro. Fez um gesto com a cabeça e se abriu a porta.

O touro, cinza e negro e maior que o anterior, saltou para frente, sem parar de saltar. Antecipando o final, os dois palhaços se aproximaram. Então o animal começou a girar e a girar.

Lexi estava apertando sem dar-se conta o braço do Aaron.

Não se preocupe, Lexi, estará bem. Faz isto cada noite, Y... OH, não!

-O que? -gritou Lexi histérica.

Vendo que Jake estava a salvo, olhou ao touro. E então viu o que acontecia.

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O vaqueiro tinha deixado de estar sentado sobre o touro e pendurava de um braço da corda atada ao lombo do animal. Seus pés se arrastavam pela areia e sua cabeça se golpeava com os ombros do touro.

-por que não pode soltar-se? -perguntou Lexi. -Lhe enredou a corda. - Isso já sei. Mas por que? Aaron se encolheu de ombros impaciente.

A atou mau, muito forte, deu muitas voltas. Quem sabe?

E o que passa se não se solta?

- Não pergunte isso lhe disse Aaron muito sério.Enquanto o touro girava, os dois palhaços se aproximaram pelo lado oposto de onde pendurava ovaqueiro para tentar lhe soltar, mas não puderam.

O touro seguia dando voltas, mais e mais rápidas, e todo o peso do homem pendurava de seu braço. Enquanto suas botas se arrastavam pela areia, suas pernas se meteram sob o estômago do animal, diretamente diante de seus pezuñas.

O homem, vapuleado como um boneco de trapo, parecia mais e mais fraco a cada momento, e os palhaços seguiam sem poder lhe liberar.

Quase com medo de olhar, Lexi se forçou a fixar-se no desesperado vaqueiro e nos homens lutando por lhe liberar. Jake deu um passo atrás e separou as pernas, preparado para saltar. Saltou no ar justo quando a cabeça do touro girou diante dele.

Lexi gritou quando seu corpo aterrissou plano no estreito espaço entre os largos chifres do touro. Com um movimento perfeito, seus largos braços se agarraram a suas curvas mortais. Enquanto empurrava para baixo com todo seu peso, suas sapatilhas se cravavam na areia freando para deter o furioso animal.

No mesmo instante, o segundo palhaço se tornou sobre o flanco do touro, tentando desenredar a corda da luva. Então os dois palhaços foram lançados à areia, e seus corpos rodaram pela força do golpe. Imediatamente ficaram de pé e se prepararam para tentá-lo de novo.

Jake saltou mais alto a segunda vez, agarrando-se com mais força dos chifres enquanto de novo usava seu corpo como freio para deter o touro.

Com uma resistência incrível, o vaqueiro ficou de pé justo o tempo necessário para trabalhar com seu braço livre na corda junto com o segundo palhaço.

Lexi rezou para que essa vez o conseguissem. Então o vaqueiro escorregou de novo e suas pernas se meteram sob a tripa do touro.

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E nesse momento, de novo os dois palhaços saíram voando pelo ar, e Jake caiu ao chão com um grande golpe e ficou aí jogado uma milésima de segundo antes de ficar de pé antes de que a cabeça do touro passasse de novo junto a ele.

Lexi quase pôde ouvir o rangido das costelas do Jake quando seu corpo se golpeou de novo na estreita abertura entre os chifres. Cravando os talões, ficou assim com o que ficava de força.

Essa vez o vaqueiro conseguiu ficar de pé durante duas largas pernadas. E sem o peso do homem atirando da corda, o outro palhaço pôde dar um puxão forte. A corda caiu à areia, e o vaqueiro a seu lado.

Então, com o instinto de sobrevivência que tinha feito viver a mais de um vaqueiro, reuniu forças para rodar três vezes e aproximar-se da cerca. Todo mundo aplaudiu frenético e meia dúzia de jeans saltaram para lhe tirar do arena e ficar a salvo.

Lexi apenas os viu. Estava muito ocupada olhando ao Jake. Soltando os chifres do touro, aterrissou de pé e se tornou para trás. Até que o vaqueiro estivesse a salvo e o touro de volta ao toril, o trabalho dos toureiros não tinha terminado, e esse touro ainda queria briga.

O animal se deteve, baixou os chifres e chutou o chão. Sua pesada cabeça girou de um lado a outro, sem saber a qual investir primeiro. O segundo palhaço olhou ao Jake que não parecia muito firme e tirou um lenço vermelho do bolso, agitando-o em sua direção e lhe gritando.

O animal deu um passo atrás, ainda inseguro. Sentindo que a primeira fúria do touro estava esfriando-se e que a gente necessitava uma distração depois do susto, Jake tirou outro lenço vermelho e se uniu a seu companheiro.

Soltando um bufido final de desgosto, o touro de repente dócil, girou e trotou pela porta aberta detrás dele enquanto o público ficava de pé e aplaudia emocionado. Jake e seu companheiro se guardaram os lenços e fizeram uma reverência. Embora Jake estava muito rígido e apenas se dobrou.

Enquanto a gente seguia aplaudindo, Jake se aproximou devagar a recolher seu sombreio. inclinou-se para agarrá-lo e então se desabou.

-ficará bem -assegurou-lhe Aaron enquanto levava ao Lexi até a caravana do médico-. Possivelmente será seu ombro.

-Está seguro de que me deixarão entrar em vê-lo? -perguntou Lexi sem fôlego pelo esforço de lhe seguir.

-OH, sim. Direi-lhes que é sua irmã.

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-0h, Aaron -gemeu Lexi revivendo o horror que acabava de presenciar-. Poderia ter morrido.

-E se não tivesse sido pelo Jake e Pete, isso teria acontecido certamente. Mas para isso estão os palhaços, para salvar aos jeans... -disse olhando-a zombador --. OH, mas não estava perguntando pelo pobre Billy, verdade?

Não -Lexi se sentia envergonhada por não haver nem pensado nesse pobre moço-. Mas como está Billy? Sabe?

Parecia um pouco conmocionado, mas nada grave. Os jeans são duros. Em um par de dias estará trabalhando de novo.

-por que o fazem?

-O que.

-Isto! -Lexi abriu os braços fazendo um gesto a tudo o que lhe rodeava-. Não há dinheiro nisto. Um contável meio ganha mais. Não há fama. Inclusive embora seja um campeão como foi Jake, ninguém te conhece fora dos rodeios. E em quando ao glamour... só há aroma de cavalo e pó.

-Bom... embora todo isso se verdade -disse Aaron brandamente-. Jake o ama e você o ama a ele.

-Não! -protestou Lexi.

-OH, sim -lhe agarrou a mão e lhe deu um tapinha-. por que crie que te recordo tão bem depois de tantos anos? por que pensa que te levei com o Jake sem te fazer nenhuma pergunta? Porque, querida Lexi, a primeira vez que te vi olhar ao Jake, disse-me que se alguma vez alguém me olhava com esse amor em seus olhos, poderia morrer feliz.

-Isso foi faz muito tempo -defendeu-se Lexi sem olhá-lo.

-Sim, foi. Por isso é muito mais comovedor ver que o amor segue aí.

-Não! -Lexi apartou a emana--. Importa-me Jake, mas não o amo. Há uma grande diferencia.

-Né, tranqüila, Lexi. Não queria te incomodar.

E nesse momento, abriu-se uma porta detrás dela, e se ouviram vozes.

-Por isso a mim respeita pode ir ao inferno! -gritou uma mulher.

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A porta se fechou de novo e se ouviram passos partindo pelo cascalho. Lexi cheirou o forte perfume antes de girar-se e ver o Louanne Byers passar a seu lado.

-Louanne, como está Jake? -perguntou-lhe Aaron.

A mulher lhe respondeu sem deter-se.

-Como uma serpente. Espero que se remoa.

Deveria fazer que me examinassem a cabeça poi me haver importado que estivesse vivo ou morto. Juro-te que não vi nunca a ninguém tão podre.

E suas palavras se desvaneceram enquanto desaparecia na escuridão sem olhar atrás.

-Parece que está bem -disse Aaron-. Bom, acredito que esperarei fora para que possa falar com ele.

-Covarde.

-me permita.

Aaron lhe abriu a porta, e lhe deu um suave empurrão para ajudá-la a entrar. Lexi se encontrou cara a cara com um Jake furioso e um médico surpreso enquanto a porta se fechava atrás dela.

-OH, perdão -disse olhando ao doutor-. Só devia ver como estava.

-Você é...? -perguntou o doutor com uma seringa de injeção na mão.

-Sou... uma velha amiga -balbuciou-, de... da família. De fato quase sou um familiar. Sou seu... cunhada. Bom, era-o -terminou, envergonhada por explicar-se tão mal.

Não havia nada simples em sua relação com o Jake.

Tudo o que havia dito era certo, mas... O doutor se girou para olhar ao Jake. -Conhece esta mulher?

-um pouco.

-Quer que fique?

Os olhos verdes do Jake olharam ao Lexi com frieza.

-Não me importa. De momento.

-Bem. Voltarei em seguida. Quero ver esses

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raios X -disse o doutor deixando a seringa de injeção em uma bandeja de metal detrás dele e dirigindo-se ao Lexi-. Há alguém que possa lhe ajudar a ir a sua caravana quando eu tenha terminado?

Há um amigo esperando fora.

-Bem -o doutor olhou ao Jake-. Enquanto isso, não se mova.

Com isso, o doutor entrou por uma cortina ao fundo da habitação, deixando-os sozinhos.

Lexi ficou aí de pé, incômoda e desconjurado, desejando não ter ido. Queria lhe dizer ao Jake quão impressionada estava pelo que ele tinha feito. Nunca tinha visto ninguém fazer algo tão valoroso nem aterrador.

-Suponho que soei bastante estúpida faz um momento -disse em seu lugar.

-Ora... Uma das coisas que sempre admirei que ti é que não sabe mentir.

-Não menti.

-Não, mas você gostaria.

-Bom, sim --admitiu Lexi-. Até que te ouvi lhe gritar ao Louanne, esperava que seguisse inconsciente. Planejava lhe dizer ao médico que era sua irmã para que me deixasse ficar -sentiu-se avermelhar de novo-. Mas por desgraça estava acordado. E me olhando. Dava-me conta muito tarde que não me tinha preparado para isso.

-por que está aqui, Lexi? -perguntou Jake brandamente.

Ela deixou de olhar ao chão e se fixou nele. Sustirantes penduravam um a cada lado da maca. Sua camisa parecia um novelo no chão, suas enormes calças desabotoadas e baixados até os quadris, expondo um moratón no osso do quadril.

-Queria ver como estava -respondeu devagar.

Seu olhar se posou na atadura que rodeava suas costelas e o tipóia azul que sujeitava seu braço direito.

-Qual é sua opinião?

-Parece bastante feito pó.

-Sinto-me feito pó -disse irônico-. Alguma outra observação?

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Lexi baixou o olhar a uma feia ferida que aparecia entre os suaves cachos de seu peito e aos cachos castanhos que baixavam até a atadura rodeando a costelas e saíam de novo mais abaixo sobre seu umbigo.

Assinalou a atadura.

-Te vai doer quando lhe tirarem isso.

-Isso não o tinha pensado --disse ele olhando-aMas possivelmente tenha razão -levantou a cabeça de novo e a olhou com dureza-. Algo mais?

Lexi desejou não ter aberto a boca. Tinha visto o Jake sofrer antes, e sabia que não era inteligente lhe oferecer compreensão nem converter-se no branco de sua fúria.

-Não.

-Bom, senhor Thorn -disse o médico aparecendo-. Parece-me que é você um homem afortunado -mostrou-lhe uma radiografia- . Só umas poucas costelas fraturadas, e o resto machucadas. O esterno se golpeou, mas se curará antes que as costelas. E também doerá menos. Além disso, seu ombro direito está muito pior que antes, mas se tomar cuidado, ainda pode evitar a operação.

-Isso é sorte? -perguntou Lexi devagar.

-Estupendo -grunhiu Jake-. Quando posso voltar a trabalhar?

-OH, eu diria que dentro de dois meses como mínimo. Pode que três.

-O que... ?

Ao meio falar, Jake ficou quieto. O ar saiu dele em um suspiro comprido e doloroso. Estendeu os dedos, jogou a cabeça para trás, mas não podia endireitar-se, tombar-se nem mover-se.

O doutor deixou a radiografia na mesa e agarrou a seringa de injeção que tinha cheio. Olhou ao Lexi.

É muito grande seu amigo?

-Enorme.

O doutor sorriu.

Bem -limpou com um algodão uma zona no braço do Jake- . Não deve fazer movimentos bruscos em duas ou três semanas como mínimo. Essas costelas vão ser

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implacáveis ao princípio -cravou a agulha- . Sentirá-se melhor com isto. Quer tentar tombar-se enquanto lhe faz efeito?.

-Não poderia me mover embora tivesse que fazê-lo -ofegou Jake.

Lexi teve que forçar-se a ficar quieta. Não podia ajudar. Ele estava ferido em tantos lugares que não havia nenhuma zona que ela pudesse tocar sem lhe causar mais dor.

-Poderíamos lhe ajudar a tombar-se se quiser --disse o doutor--. Embora tenha que lhe advertir que voltar a levantar-se não será agradável inclusive

com o analgésico.

-Não posso ficar assim durante dois meses--grunhiu Jake com os dentes apertados.

- Não tem outra opção, filho. Tem sorte de que não lhe hospitalize. Mas estou seguro de que se o fizesse não ficaria.

-Não se equivoca --grunhiu Jake.

Sonriéndole e sem sentir-se intimidado, o médico se voltou e escreveu uma receita.

-Estes dois medicamentos tomará até que se terminem. Assim que esteja instalado em algum lugar, quero que vá a outro médico, a semana que vem como muito tarde. vai necessitar que alguém fiscalize sua recuperação.

-Diabos, doutor! --exclamou Jake com toda a fúria que pôde-. O que vou fazer assim?

-Cheirar as rosas, ler um livro, ver crescer a erva... O que tem que você, jovencita? Tem alguma influência nele?

-Não que eu saiba -Lexi se aproximou um pouco, pensando rapidamente-. Poderia ocupar-se de papelada relacionada com o controle de um rancho? Já sabe, ser o encarregado sempre que houvesse um capataz para levar a cabo suas ordens.

-Não vejo nenhum problema -disse o doutor lhe dando ao Lexi a receita-. Ocupe-se de que segue minhas indicações. E não quero que suba em um cavalo ao menos durante seis semanas.

-Eu não vou com ela -Jake estendeu a mão esquerda para o Lexi-. Me dê essa receita.

-Não -Lexi se meteu o papel no bolso-. E virá comigo. É a solução perfeita para todos. Poderá substituir a papai enquanto os dois lhes recuperam. Terá uma casa, um salário e gente que te cuidará até que esteja melhor.

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-por cima de meu cadáver. Não vou voltar -baixou a mão e a voz de repente-. O que me passa? -umedeceu-se os lábios-. Não me sinto muito bem.

Preocupada, Lexi olhou ao médico.

- É a injeção. Dormirá tranqüilamente toda a noite.

Jake olhou ao médico.

-Quer dizer que me deixou fora de combate? -perguntou em um sussurro.

Temendo que Jake se deprimisse antes de que pudessem lhe mover, Lexi correu à porta e a abriu.

-Aaron? -suspirou aliviada quando apareceu de entre as sombras com outros dois jeans -Pode levar ao Jake a meu carro?

-Claro -disse ele subindo à caravana-. Não posso acreditar que tenha acessado.

Jake moveu cambaleante a cabeça para a porta, com fúria no olhar.

-Estou sendo seqüestrado -murmurou com voz sonolenta e cansada.

-O que? -perguntou Aaron agarrando com cuidado ao Jake entre seus braços.

-Está sendo seqüestrado -repetiu Lexi-. Sabe onde estão o resto das coisas do Jake?

Olhou a camisa do chão e decidiu deixá-la. Não era mais que um farrapo.

-Estão em meu caminhão. Estávamos viajando juntos -disse Aaron baixando as escadas detrás do Lexi e seguido dos outros jeans.

-Bem. Eu as recolherei quando lhe tivermos metido no carro -disse ela caminhando para o estacionamento- . Menos mal que não tenho o carro muito longe.

-O que lhe passa?

-Costelas, esterno e ombro. Fraturas, contusões e o ombro pior que antes, mas pode que não faça falta operar. Mais múltiplos feridas e rasgões que o doutor nem comentou.

- Bastante mal, né? Quanto tempo demorará para ficar bem?

-Dois ou três meses.

-Vá, arrumado a que Jake rugiu.

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-Tentou-o, mas lhe doía muito. Chegaram ao carro, ela abriu a porta do copi

lótus e jogou o assento para trás tudo o que pôde. Aaron e os outros jeans colocaram ao Jake brandamente e lhe puseram o cinturão. Jake gemeu mas não despertou enquanto Lexi fechava a porta e se dirigia a seu assento.

Aaron a seguiu.

-Assim Jake não acessou a te acompanhar, verdade?

-Não Lexi abriu a porta e olhou ao homem dormido-. Mas me levo isso.

Será um inseto com más pulgas quando despertar pela manhã.

-Eu lhe cuidarei bem, Aaron.

-Sei. Se não pensasse que isto é o melhor para ele, não te estaria ajudando. Passasse o que acontecesse o rancho faz tantos anos, seja o que seja do que ele esteve fugindo após, precisa voltar e enfrentar-se a isso.

Eu só necessito que ele se ocupe de tudo durante uma temporada -disse Lexi sem querer remover o passado.

-Só espero que não vivamos para nos arrepender de lhe forçar a ir. Bom, vemo-nos em meu caminhão. É aquele velho negro estacionado aí em frente.

Lexi arrancou e se aproximou devagar ao caminhão. Enquanto Aaron jogava as coisas do Jake ao porta-malas, Lexi se disse que nunca deveu ir buscá-lo, e quando ele declinou sua oferta, ela não deveu ter insistido. Durante onze anos se havia dito que ele nunca voltaria para rancho, que ela não queria que o fizesse. Lexi era feliz. E apesar do que seu pai pensasse, o último no mundo que ela precisava era a presença do Jake agitando as águas.

E nesse momento o ia levar pela força, drogado e seqüestrado. Teria sorte se Jake não a denunciava.

Quando Aaron terminou, deu-lhe adeus e partiu. Só na intimidade de seu carro, Lexi se inclinou para o Jake e respirou profundamente, aspirando aromas que faziam difícil ignorar sua presença; uma suave colônia mesclada com o aroma nada desagradável do suor, terra, e calor corporal que criavam um aroma poderoso e único.

Com a palma da mão, acariciou seu braço, sentindo a força dos músculos. Incapaz de resistir, acariciou os duros contornos de seu peito. Sob a mão, podia sentir os batimentos do coração fortes e regulares de seu coração, um coração que a odiaria à manhã seguinte.

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Ela o tinha amado uma vez, e durante um momento, Lexi se permitiu recordar aqueles dias quando ele o tinha sido tudo para ela. Seus lábios roçaram seus ombros, saboreando o gosto salgado do suor, e lágrimas amargas encheram seus olhos.

-Jake, sinto muito -sussurrou--. Isto nunca deveria ter passado. Eu nunca devi fazer isto. Mas não pude evitá-lo.

Dando-se conta de que estava falando sozinha, endireitou-se e respirou profundamente. Estava desculpando-se, e Jake não era precisamente um santo, e além disso, ele o devia. Devia-lhe onze anos de especular. Devia-lhe "a manhã depois" que Lexi nunca teve. E essa vez, ele não partiria até que saldasse sua dívida de algum modo.

Capítulo 4

C UIDADO com ele -disse Lexi aos três homens que levavam o corpo do Jake enquanto entravam na casa . Especialmente com suas costelas e ombros.

Na entrada estava seu pai. -A que dormitório?

-Aqui embaixo -disse Frank Conley de pé na

que sempre tinha sido a habitação do Jake-. Tenho aberto a cama.

Quando chegaram a seu lado, ele soltou um assobio. -meu deus, filha. Tão difícil foi lhe convencer?

-Papai -disse Lexi com tom duro, mostrando que tinha tido um dia duro e comprido e não estava de humor para brincadeiras.

-Sério - insistiu Frank ficará bem? O que lhe passou?

Ocupando-se de que os homens deixassem com cuidado ao Jake na cama, Lexi se esfregou os olhos.

OH, um vaqueiro se enredou na corda do touro. Jake esteve... fantástico -disse avermelhando.

Para ocultar seu rubor, entrou na habitação e se dirigiu aos ajudantes.

-Terá que lhe tirar a roupa enquanto siga inconsciente. Podem lhe tirar as calças? São largos, assim não será muito difícil.

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Enquanto os homens lhe baixavam as calças, Lexi lhe desatou as sapatilhas e as tirou.

-Minhas chaves seguem no contato do carro, John. Por favor, poderia tirar também as coisas do Jake do porta-malas e as deixar no vestíbulo?

-Sim, senhorita Lexi -murmurou John enquanto lhe dava as enormes calças.

-Obrigado.

Lexi estudou as calças, manchados de sangue, terra e mil coisas mais, antes de dobrá-los e pô-los em cima dos sapatos. Então, quando só ficava fechar a porta e tirar-se o Jake da cabeça até a manhã seguinte, uniu-se a seu pai na porta.

-O que tem? -perguntou Frank-. Costelas fraturadas?

Ela assentiu.

-E muitas coisas mais.

Com a mão no pomo, levantou a cabeça e encontrou ao Jamie olhando do alto da escada, com o rosto ansioso como o de um menino o dia de natal.

-É ele? -sussurrou.

-Sim -respondeu Lexi levando um dedo aos lábios--. Ssh. Não desperte, por favor. Não estaria bem.

-Quais são as outras coisas? -perguntou-lhe seu pai.

-OH, a ver -seguiu enquanto seu filho descia pelas escadas-. Esterno machucado. Ombro saído... o do tipóia. E muitas feridas e contusões.

-Poderá fazer algo?

Jamie chegou.

-me deixe vê-lo.

-Não -disse Lexi respondendo a seu pai e ausentemente pondo um braço no ombro de seu filho-. Mas de todos os modos não tem que fazer nada além de sentar-se em uma mesa, tomar decisões e dar ordens.

A desolação apareceu na voz do Jamie.

-É esse Jake? O que é isso? -perguntou assinalando à pintura suja e corrida no rosto do homem dormido.

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Lexi passou os dedos pelo cabelo de seu filho, apartando-se o da frente e os olhos enquanto seu pai reprimia a risada.

-É sua maquiagem explicou em um sussurro, esperando que Jamie não estivesse decepcionado de seu herói-. Jake é um palhaço agora, coração.

-Um palhaço?

Ouviu a tristeza na voz do Jamie, mas simplesmente assentiu.

-Já sabe, um palhaço de rodeio. Não houve tiem

correio de tirar a maquiagem antes de que fôssemos ontem à noite.

-Maldição! -exclamou Jamie de coração.

Jamie!

Liberando-se da mão de sua mãe, girou furioso e entrou no dormitório.

-Jake não pode ser um palhaço. Ele era um campeão!

-Baixa a voz --ordenou-lhe Lexi lhe seguindo e lhe agarrando do braço e lhe girando-. Agora me escute, jovencito -sussurrou com firmeza-. Jake salvou a vida de um vaqueiro ontem à noite no arena. Fez algo muito valoroso, e poderia ter morrido fazendo-o.

Pela primeira vez desde que lhe tinha deitado, ela se permitiu olhá-lo, tentando ser objetiva, tentando ver com os olhos de um menino ansioso por ver uma lenda feita realidade. No peito do Jake e nos braços começavam a formar-se novos moratones.

-Você foste a rodeios suficientes vezes para saber que os palhaços trabalham tão duro como qualquer -disse enquanto voltava para seu filho para que olhasse ao Jake--. Eles arriscam suas vidas noite detrás noite sem pena nem glória e por muito pouco dinheiro. Jake está orgulhoso do que faz e você também deveria está-lo.

-O que passou a suas calças? -perguntou Jamie. com a curiosidade substituindo à decepção ao ver as cueca vermelhas do Jake que lhe cobriam da cintura até os tornozelos.

-Os tiramos para que esteja mais cômodo.

-Está muito mal de verdade?

-Não vai poder mover-se muito durante uma temporada -respondeu Lexi.

-Posso tocá-lo? perguntou Jamie aproximando-se da cama.

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-Esta noite não. Melhor manhã. Não queremos que desperte antes de tempo.

-Parece-me que Jake não está muito contente de ter tornado -observou Frank enquanto Lexi tirava o Jamie da habitação.

-Não exatamente.

Agradecida pela interrupção, Lexi soltou ao Jamie e correu para a porta quando os homens entraram com sua bagagem.

-Aí mesmo --disse assinalando um rincão.

-OH, e Tonio... -disse tirando-a receita do bolso-. Pode ir à farmácia assim que abram e que lhe dêem isto? Pelo bem de todos acredito que o melhor é que Jake comece a tomá-lo assim que desperte.

Sonriendo, Tonio se guardou a receita.

-Sim, senhorita Alexandra. E não se preocupe, lembrança o gênio do Jake como se fora ontem. Necessita algo mais?

Nada. E obrigado Lexi sorriu aos três homens . Muito obrigado. Sinto muito haver despertado em meio da noite.

-Não foi nada -disse outro fazendo um gesto com a mão--. Será estupendo ter ao Jake de novo.

E despedindo-se, o trio partiu nas pontas dos pés.

-Alexandra? disse Frank Conley com autoridade.

-Sim?

-Temos que falar.

-Agora? -Lexi olhou para o corredor-. Onde está Jamie?

- Mandei-lhe à cama. E sim, agora.

-OH, papai...

Lexi estava muito esgotada para pensar. Olhou aos olhos de seu pai e soube que ele estava mais cansado inclusive que ela. Seu rosto estava pálido e tinha olheiras.

-É muito tarde... Não podemos falar pela manhã?

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-O que queria dizer com «não exatamente»? -perguntou Frank como se não a tivesse ouvido, agarrando-a do braço e levando-a ao salão.

-OH, não sei... -disse esfregando-os olhos-. Estou tão cansada que me dói a cabeça. Quando o disse?

-Perguntei-te se Jake estava contente de ter tornado, e você disse que «não exatamente». O que significa isso?

-Só significa que não estava muito iludido por vir aqui.

Esse tema não queria discuti-lo essa noite. Essa tarde suas ações lhe tinham parecido lógicas, mas nesse momento, não tinha idéia de como justificar o que tinha feito.

Frank a soltou do braço e se aproximou da chaminé antes de girar e olhá-la.

-por que acessou a voltar contigo?

Bom, papai. lhe olhe... está ferido. Não pode trabalhar e não tem onde ir -Lexi se sentou em uma cadeira antes de que suas pernas trementes lhe dobrassem. Não lhe dava bem mentir.

-Crie que estará mais contente quando se tiver instalado? -perguntou Frank começando a caminhar de um lado a outro-. Quero que esteja feliz. Quero que fique.

Vendo seu pai caminhar, Lexi se sentiu mais e mais irritável.

-Bom, não acredito que possa fazer nada a respeito, papai. Jake não é muito feliz vindo aqui, ponto. Nem aqui nem em nenhuma parte. E não há nada que possamos faz para evitá-lo.

-Mas ao menos acessou a vir -com um suspiro, Frank se sentou-. A verdade é que não estava seguro de que pudesse consegui-lo.

-OH, isso não foi tão difícil. O doutor lhe injetou um calmante -disse ficando de pé incapaz de olhar a seu pai-. Jake se deprimiu, e eu fiz que o levassem a meu carro. O mais difícil será fazer que fique assim que desperte.

-Parece como se lhe tivesse raptado - brincou Frank.

Lexi deixou de caminhar.

-Eu não gosto de chamá-lo assim.

A expressão de seu pai passou de esperançada a surpreendida.

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-Lexi!

Papai, não Montes animo --disse voltando para a cadeira de balanço-. Estou esgotada, e Jake não atendia a razões. Não me deixou outra opção. De todos os modos não pode voltar a trabalhar em dois ou três meses. Isso é bastante tempo para que você te recupere.

-Raptaste-lhe? - perguntou Frank incrédulo.

-Ajudaram-me. Todo mundo esteve de acordo em que era por seu bem.

-Certamente quando te propõe algo, não o deixa pela metade.

-Sou sua filha, recorda? Você não é exatamente um modelo de moderação. Além disso. não o fiz a propósito. Aconteceu.

Frank sorriu com um brilho juvenil e pícaro em seus olhos.

-Bom, ao menos está aqui -o sorriso passou a uma risita-. OH, Jake vai estar furioso quando despertar pela manhã.

Muito cansada para encontrar humor na idéia, Lexi assentiu.

-Isso espero. Você me deixe que eu me dele ocupe, de acordo? Eu me meti nisto e eu sozinha sairei.

- O que você diga -Frank se levantou, deu-lhe um beijo na bochecha e partiu para a porta-. Suponho que por esta noite já temos feito todo o dano que podemos. Até manhã, filha.

-Papai?

Frank se deteve e a olhou.

-por que não me avisou?

-te avisar? Do que?

-Do Jake. Disse-me onde lhe encontrar, mas não te incomodou em me dizer o que estava fazendo.

-E o que ia dizer te? Que Jake não é o homem que estava acostumado a ser, mas que não deixasse que sua pena aparecesse em lhe ver? -Frank se encolheu de

ombros . Algumas costure é melhor não as dizer. Figurei-me que você o averiguaria logo.

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-Eu não sinto pena por ele.

-Mas haveria sentido. Se o tivesse sabido, tivesse-o mostrado em sua cara, preparada e esperando. Não poderia havê-lo oculto, e Jake se merece mais que isso.

-Sabe o que passou? -insistiu Lexi-. por que deixou de montar e se fez... toureiro? -disse escolhendo a outra alternativa.

Frank se encolheu de ombros.

-Suponho que era muito velho. Muitas feridas. Mas o rodeio é tudo o que ele conhece. É tudo o que tem.

-Não, não o é. Tem um rancho aqui perto. Não necessitaria tanto dinheiro para ocupar-se dele de novo.

-Não sei -Frank se acariciou a ponte do nariz, um gesto de fadiga--. Não me pergunte . lhe pergunte a ele... Ele é quem tem as respostas. Não eu.

Frank girou e partiu. Lexi escutou seus passos até que levou a seu dormitório provisório e fechou a porta.

-boa noite, papai -sussurrou Lexi, sentindo-se muito sozinha.

Normalmente, ela podia falar livremente com seu pai, mas nesse ele tema se mostrava resistente. Ele via a presença do Jake no rancho como uma solução simples e direta a um problema, enquanto que ela via a chegada do Jake como uma enorme dor de cabeça. Mas de momento, seu pai teria o que quisesse, sem discussões. E até que retornasse do hospital e ficasse bem, assim seria.

Frank Conley sempre tinha sido e sempre seria um teimoso, cabezota e teimoso, mas também era generoso, amoroso e honorável, e Lexi não era única pessoa que faria algo no mundo por ele. Jake Thorn havia sentido o mesmo anos atrás.

Saindo de seus pensamentos, Lexi começou a dirigir-se a seu dormitório. Na porta do Jake, parou-se. Não queria despertar; não havia nada mais que ela pudesse fazer por ele. Mas ainda assim, pôs a mão no pomo, girou-o devagar e abriu a porta.

Dentro, ele estava quieto, e sobre a vendagem de suas costelas, seu largo peito subia e baixava ao ritmo de um sonho profundo. Um pé com meia três-quartos saía por debaixo da manta que ela não recordava ter jogado sobre ele. Lexi entrou e se aproximou devagar à cama.

Seus dedos acariciaram o cabelo de seu braço enquanto seu nome ressonava em sua cabeça. James Jackson Thorn. Inclusive com o rosto oculto, seu corpo espancado e seu

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espírito ferido, seguia sendo o homem mais magnífico que ela nunca tinha conhecido. Lembranças tenras dele passaram ante ela. A primeira noite que se beijaram. A noite que...

Sem fôlego, fechou os olhos e se separou do pensamento e dele. Ao tropeçar com a cadeira que havia na esquina, chocou-se com algo suave. girou-se, e um pé com bota lhe golpeou o joelho.

-Ow -queixou-se Jamie.

Lexi ficou olhando ao menino na enorme poltrona. Com a mão, esfregou-se um olho.

-Mamãe? -balbuciou olhando com o outro olho médio aberto.

-Ssh, coração -sussurrou Lexi enquanto lhe ajudava a ficar de pé.

Levou-lhe para a porta, lhe suportando o melhor que podia e recordando os dias em que lhe tinha pego entre seus braços e tinha subido as escadas.

-Sinto muito. Tenho-te feito mal?

-Hmmm -grunhiu dormido.

Quando chegaram ao alto das escadas, ao Lexi doíam os braços de lhe manter reto e a perna de se haver-se chocado com as botas que Jamie levava com seu pijama. Agradecida de chegar a sua cama, tirou-lhe as botas e lhe colocou sob os lençóis. Então, incapaz de lhe deixar, estirou-se junto a seu filho e o abraçou.

O que tinha estado fazendo na habitação do Jake? Lexi se acurrucó contra as costas do Jamie, preocupada de que sua emoção se voltasse decepção quando um Jake furioso despertasse pela manhã. Abraçou-lhe mais forte enquanto respirava profundamente o aroma de menino de seu filho, que durante dez anos tinha sido sua razão principal de viver.

Nada ia fazer lhe danifico. Nada e ninguém. Ele era sua vida.

-Mamãe? -Sim, filho?

-Está-me esmagando. Lexi afrouxou os braços.

-Perdoa.

-Quero-te, mamãe -sussurrou com voz de sonho. -E eu te quero, Jamie.

Com cuidado de não abraçá-lo com muita força, se acurrucó de novo a ele e dormiu.

-Lexi! -rugiu Jake.

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Sobressaltada enquanto fazia a cama de seu filho, Lexi deu um bote e se golpeou a cabeça com o beliche de acima.

-Ouch!

Apartando-se da cama com a manta ainda na mão, cruzou a habitação esfregando-a cabeça. -Lexi! -gritou Jake outra vez, o dobro de alto que antes.

-Um momento! -Lexi viu a manta em sua mão.

-Lexi, maldita mulher! Onde está?

Lexi retornou a deixar a manta enquanto a dor em sua cabeça diminuía.

-Lexi!

O som de cristal rompendo-se sobre a parede no piso de abaixo, fez-a sair correndo da habitação com a cama ao meio fazer.

-Jake! --gritou do alto da escada-. Deixa agora mesmo de fazer isso!

Descendo de dois em dois os degraus, abriu a porta de seu dormitório e lhe encontrou médio sentado na cama e com o meio corpo fora. Um braço estava apoiado detrás dele e um pé no chão. A outra perna estava enredada entre os lençóis.

Os olhos de dor do Jake se cravaram nela acusadores.

-Onde estiveste?

- Vamos. O que é tão importante?

-Tenho que ir ao quarto de banho -disse olhando-a furioso.

Arrependida imediatamente, Lexi lhe assinalou a porta a dois metros de sua cama.

-Necessita ajuda?

-Crie que poderia desenredar este lençol?-perguntou-lhe ainda como se cuspisse cada palavra-. Eu não posso.

-Claro.

Lexi se aproximou dele com cuidado, como se fora um tigre enjaulado. inclinou-se a poucos centímetros de seu peito nu e começou a apartar o lençol retorcido. Com cada roce de seus dedos contra o tecido suave de sua cueca largas, sentia um sutil

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estremecimento de suas pernas. E se sentiu aliviada quando ao final liberou o lençol, arrastando um meia três-quartos no processo.

Jake grunhiu e tirou a perna.

-Obrigado, acredito que já poderei me valer sozinho.

Com esforço, apoiou-se nos pés, gritou e caiu de costas sobre a cama. Rígido de dor, ficou quieto, gemendo brandamente.

Lexi se inclinou, sentindo-se igual de impotente que a noite anterior.

-O doutor disse nada de movimentos repentinos -recordou-lhe docemente.

-Pode partir, por favor? -perguntou Jake com os dentes apertados olhando ao teto. -Não vais necessitar me?

-Se te necessitar, saberá.

Lexi deu um passo atrás, para a porta. -Estarei aqui ao lado.

-Vete. Chamarei-te se te necessito. -Mas como vai A... ?

-Engatinharei se tiver que fazê-lo -disse com secura-. Agora vete.

-Bem. O que você diga -Lexi se girou e partiu para a porta-. Mas não acredito que vás encontrar engatinhar mais fácil que caminhar, e ainda tem que te baixar dessa cama antes de fazer uma das duas coisas.

Sem voltar a olhá-lo, fechou a porta de repente e subiu as escadas furiosa. Acabava de terminar de fazer a cama do Jamie quando soou o telefone. Correu a seu dormitório e o agarrou.

-me diga?

-Lexi, querida. É você?

-MA... mamãe.

Lexi se sentou na cama antes de que suas pernas a fizessem cair. Cordelia Davies Conley Lorton Smith Ridley riu, a risada estridente que utilizava quando estava frente a um pouco ligeiramente incômodo.

-Bom, não tem que te surpreender tanto.

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Sinto muito, mas normalmente você chama uma ou duas vezes ao ano -disse Lexi, muito surpreendida para ter tato-. Esta é a segunda vez que chamaste este mês. E não estamos perto de natal.

-Lexi, querida, sabe que estou preocupada com seu pai. Como vai?

Lexi se perguntou brevemente se sua mãe ainda teria um seguro de vida de seu ex-marido, mas imediatamente se envergonhou de si mesmo.

-As coisas não trocaram muito da última vez que falamos. Precisa operar-se, e está lhe dando larga ao assunto.

-Isso é próprio dele. É o homem mais cabezota que conheci -suspirou Cordelia--. Que aspecto tem?

-Está mais pálido que de costume. E se cansa facilmente.

Lexi escolheu as palavras com cuidado, já que Cordelia o exagerava tudo.

-Segue sendo atrativo? A primeira vez que o vi, pensei que Frank Conley era o homem mais atrativo que nunca tinha visto. E ainda o penso --disse Cordelia com seu dramatismo que lhe tinha passado a sua filha maior, Dolores-. Não acredito que nunca ame a outro homem como amei a seu pai.

Em toda sua vida, Lexi nunca tinha ouvido sua mãe dizer tantas coisas amáveis sobre seu ex-marido seguidas. Mas em vez de sentir-se comovida, Lexi se estava voltando mais e mais suspicaz a cada segundo que acontecia.

-Bom, se o queria tanto -perguntou Lexi, finalmente dando voz a uma pergunta que a tinha obcecado durante anos-, por que lhe deixou?

-Lexi, querida. Pensei que sabia disse Cordelia soando mais surpreendida que ofendida-. Frank não tinha dinheiro.

-Diz-o a sério, verdade?

Lexi desejou não ter respondido ao telefone. As conversações com sua mãe sempre a deixavam deprimida e confusa. Simplesmente não a entendia.

-Claro, querida. Não tenho razão para te mentir nisso. Por certo, Dolores lhes manda lembranças.

Lexi ficou tensa assim que ouviu o nome de sua irmã.

-Sabe o de papai?

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-claro que sim, querida -disse Cordelia brandamente-. E está muito preocupada. Mas acaba de fazer as provas para um papel muito importante e agora mesmo não pode abandonar a cidade.

-Abandonar a cidade? OH, não! -com o Jake ali não queria nem que Dolores chamasse por telefone, e muito menos aparecer--. Quero dizer que entendo que não possa vir --arrumou-o.

-Bom, iria se pudesse.

-OH, não. Entendo-o perfeitamente.

-Mas me disse que te dissesse que vai chamar por telefone ao Jamie assim que possa. Sabe que você tem razão ao querer que ela o conheça melhor.

Lexi começou a protestar de novo, mas então se deu conta de que não era necessário. Hahía ouvido a mesma promessa de sua irmã dúzias de vezes, e não tinham significado nada.

Se a Dolores alguma vez tinha importado alguém que não fora ela mesma, tinha-o oculto muito bem, mas o mesmo podia dizer-se da Cordelia. Cordelia e Dolores eram muito parecidas; belas, vaidosas, excitantes e desesperadores, e uma vez entre um milhão, só o suficiente para as fazer totalmente imprevisíveis, podiam ser muito amáveis e generosas.

-Obrigado por chamar, mamãe -disse Lexi desejando terminar-. foi agradável ver que se preocupa.

-Não me dê as obrigado, Lexi -replicou sua mãe devagar-. Ainda o quero. lhe cuide muito, ouve? E me chame se algo trocar.

-Descuida.

Lexi pendurou e foi a sua cômoda a escovar-se, totalmente confundida. Não sentia saudades que o matrimônio do Jake com a Dolores não tivesse durado. Como podia durar o matrimônio em uma família onde o amor não contava nada? Possivelmente, o melhor que tinha feito Cordelia por sua filha menor tinha sido lhe devolver a custódia a seu pai um ano depois do divórcio. Ao melhor para a Cordelia tinha sido um ato de amor, mas em seu momento não lhe tinha parecido isso ao Lexi.

Então, e durante muito tempo depois, Lexi se havia sentido abandonada. Passaram anos antes de que se desse conta de que ela tinha sido a afortunada, e não Dolores, porque ela era a que tinha ao Frank Conley de pai e mãe. Ele não era sempre um homem fácil, mas em seu coração era amável, decente e carinhoso, e nunca a tinha mentido. Lexi desejava ser igual de boa mãe para o Jamie.

Deixou a escova, estirou seus braços cansados e se recolheu o cabelo com um passador.

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-Lexi! -gritou Jake.

Quase tentada a ignorá-lo, Lexi jogou um olhar irritado por cima de seu ombro para a porta aberta.

-Lexi! -chamou de novo, soando menos exigente e mais desesperado.

Recordando o copo que ele tinha quebrado antes e ainda tinha que recolher, começou a baixar as escadas.

-Vou!

Nas escadas, olhou para baixo e viu a mala do Jake aberta no vestíbulo. As roupas de seu interior estavam revoltas e caíam até o chão.

Camisas, meias três-quartos e cueca estavam pulverizados do vestíbulo até a porta aberta de seu dormitório. Em cl pé das escadas, Lexi recolheu um par de cueca, os pendurou do dedo indicador pelo elástico e entrou na habitação do Jake.

-Chamava-me? -perguntou docemente. -Onde está Frank?

Jake estava sentado na cama. Suas mãos sujeitavam o lençol lhe cobrindo da cintura até mais abaixo dos joelhos. Sua cueca vermelhas compridos estavam no chão.

-teve que ir-se à cidade.

-Quem mais há aqui?

-Twyla a cozinheira.

-Onde estão os trabalhadores?

-Suponho que no campo --olhou-lhe perplexa- . Exceto Tonio, que foi à farmácia a comprar seus remédios. E também está Mack que levou esta manhã a papai à cidade. por que me faz tantas perguntas?

Jake não a olhou.

-Necessito ajuda.

Lexi lhe mostrou as cueca.

-Espero que não com isto. É este seu modo imaginativo de desfazer as malas? --fez um gesto para a roupa pelo chão do vestíbulo.

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-Me começaram a cair, e quando me agachei para as recolher, recordei de modo bastante desagradável que não posso me agachar -disse com brutalidade.

Ela se sentiu envergonhada por sua falta de tato.

-Eu poderia ter desfeito a mala -sugeriu-lhe brandamente.

-Não quero as desfazer... Só quero me vestir e partir daqui.

-Bem... te vestir e partir. Mas não espere minha ajuda.

-Eu não pedi vir aqui.

-Sei!

Sentindo-se culpado, furiosa e frustrada, Lexi lhe atirou a roupa interior, voltou-se e saiu ao vestíbulo, pisoteando a roupa do chão no processo.

-De fato -gritou-lhe Jake--. Lembrança especificamente me haver negado a vir. Mas de algum modo, enquanto estava inconsciente...

Lexi, incapaz de não lhe responder, girou de novo, enganchando-a bota em uma camisa e entrando furiosa.

-... conseguiu me trazer aqui -terminou Jake em tom mais baixo.

Com a camisa pendurando de seu pé, Lexi lhe olhou. -Bom, tem uma idéia melhor? Porque se a tem, sugiro-te que a cuspa.

-Poderia me haver deixado onde estava! -Ninguém te queria ali! Louanne disse que podia ir ao inferno, e Aaron foi o que te levou a meu carro.

-Fez-o?

-Sim.

-Matarei-o.

-Não até que possa te vestir sozinho --disse lhe olhando com dureza.

-por que não te desata a camisa da bota e me a tiras? --perguntou de repente sem fúria. - -Não prefere uma poda?

Suavizando-se tão rapidamente como ele, Lexi se fixou de repente em seu corpo.

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Em todas partes onde olhava, a pele bronzeada se veria tersa sobre músculos fortes que flexionavam ao mínimo movimento. Apartou o olhar e agarrou a camisa.

-Essa vale, obrigado.

Lexi a atirou, mas caiu no chão a um metro da cama e do braço estendido do Jake. Em silêncio, os dois contemplaram a camisa como se fora uma serpente a ponto de atacar.

-Maldição -murmurou Lexi.

-Crie que poderia te aproximar um pouco e tentá-lo de novo? -perguntou Jake irônico.

-Sabe? Para um homem que não é capaz nem de vestir-se, poderia ser um pouco mais agradável -aproximou-se da camisa e a recolheu-. Como lhe vais pôr isso pelo ombro direito?

Posso fazê-lo.

-E o que tem que essa maquiagem? Pretende levá-lo até o Halloween?

-Ao melhor. Tem uma oferta melhor? Quer me ajudar a me tirar isso -A lo mejor, si me lo pidieras bien.

-Ao melhor, se me pedisse isso bem.

-Bom, e o que tem que um banho com esponja, Lexi? Também me viria bem --disse com tom grave e perigoso-. Daria-me um se lhe pedisse isso bem?

Seu tom sedutor deixou sem fôlego ao Lexi, embora sabia que só estava atormentando-a.

-Ao melhor.

- Não o faria -disse Jake, desafiando-a.

Bom, vais necessitar um antes ou depois, e não pode fazê-lo sozinho. Apenas te pode mover. -Lexi, estava brincando.

-Bem, pois eu não. Já começa a emprestar, e só aconteceu um dia.

-Você não vais banhar me.

-Prefere que o faça Twyla, ou um dos ajudantes?

- Não! -gritou indignado-. Sou perfeitamente capaz de tomar banho sozinho.

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-Não acredito que deva te molhar ainda essas ataduras das costelas. Não até que outro médico lhe possa pôr isso ou me ensinem como fazê-lo . A voz do Jake se suavizou.

-Lexi, está sonhando. Não vou ficar me aqui. Assim que esteja vestido e tenha recolhido minha roupa, partirei-me.

-Hoje?

-Sim, hoje. Esta manhã se puder.

- Bem, isso é fantástico -disse ela abrindo a mão e deixando cair a camisa ao chão-. De acordo, faz-o a seu modo -girou-se e se dirigiu para a porta-. Vístete. E depois de que o tenha feito, será um prazer te levar a ti e a suas malas ao aeroporto do Albuquerque.

Jake a olhou jogando fogo pelos olhos.

-Volta!

-por que? --perguntou ela com a mão no pomo, sem mover-se.

-Não posso agarrar a camisa.

-OH -exclamou Lexi-, que pena, verdade? Como lhe arrumará vivendo isso sozinho?

-Não pode me obrigar a ficar.

Pôs seus pés nus sobre a camisa e a aproximou de seu braço estendido, mas não o suficiente perto para agarrá-la sem inclinar-se.

-Não, não posso -continuou Lexi com o mesmo tom doce-. Mas então tampouco tenho que te ajudar, verdade? por que não vem a me buscar quando estiver preparado para partir ?Estarei na cozinha, ajudando a Twyla.

Capítulo 5

C ON um sorriso, Lexi partiu, passando cuidadosamente sobre sua roupa enquanto subia as escadas. Dentro, uma vocecita lhe dizia que lhe tinha abandonado quando estava indefeso, mas Lexi a ignorou. Com um homem tão teimoso e enervante como Jake, estava justificada. depois de tudo, o que ela fazia era por seu bem.

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-Lexi! -rugiu de novo Jake, ameaçando fazendo tremer as paredes-. Volta aqui e me traga um par de calças!

Lexi voltou e olhou a porta aberta da habitação do Jake.

-Puseste-te já a camisa? -Não!

E atrás de seu grito, Jake apareceu na porta. As veias de seu pescoço se marcavam com a força de sua ira e sua frustração. Levava unicamente o tipóia azul, enfaixa ao redor de suas costelas e um par de cueca azul marinho.

Incapaz de apartar o olhar, Lexi se fixou em suas coxas largas e perfeitas, seus joelhos, uma

perfeita. e a outra com uma cicatriz...

-Jake, operaste-te o joelho?

-Sim, e curiosamente, sobrevivi sem sua ajuda -assinalou a mala ao lado do Lexi- -. Pode me dar uns jeans?

Lhe olhou à cara. As veias em seu pescoço tinham voltado para a normalidade, mas com a pintura corrida e suja ainda tampando suas facções e a areia, o rosto do Jake estava convertendo-se em uma imitação de uma cara do Picasso.

-Suponho que a palavra «por favor», não está em seu vocabulário.

-Por favor -disse ele com frieza.

-OH. isso está muito melhor -murmurou Lexi inclinando-se para agarrar uns jeans--. Estamos progredindo.

Endireitando-se com as calças na mão, olhou-o.

Crie que poderíamos fazer algo com sua cara? Falar contigo assim é como falar com alguém que leve óculos de sol dentro de um sítio.

Jake assinalou a sua bagagem.

-Agarra a bolsa azul.

Então girou e desapareceu em sua habitação. -Sim, senhor -murmurou Lexi agarrando a bolsa de lona azul sob um montão de roupa-. Tem sorte de que seja uma pessoa paciente.

Com a bolsa em uma mão e os jeans na da porta fechada do quarto de banho. Quase imediatamente, ouviu-se o som da água do grifo.

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-Onde estão as toalhas? -perguntou Jake da porta fechada.

-No armarito à esquerda do lavabo. Jake saiu do banho, notando-se nos jeans em suas mãos.

Bom, suponho que não há outro modo... É impossível que eu me ponha esses jeans. Terá que me ajudar.

-te ajudar?

O calor acendeu seus as bochechas do Lexi e começou a discutir. Então se deu conta de que ele tinha razão. Nunca se poderia pôr sozinho essas calças. Graças a Deus seguia levando essa estúpida maquiagem. Ao menos não teria que ver sua cara enquanto lhe pusesse os jeans. Consolando-se de que não seria tão mau se não pensava nisso, Lexi deixou a bolsa de lona e o olhou.

De acordo -disse com fingida serenidade-. Começamos com os meias três-quartos?

-Só quero me pôr os jeans -respondeu Jake inexpressivo.

Sua estudada compostura disse ao Lexi que ele não se encontrava com essa situação mais cômodo que ela. lhe sabê-lo fez sentir-se um pouco melhor.

-É melhor que se sente.

Enquanto ele descia para o bordo da cama, Lexi se ajoelhou e lhe subiu as calças pelas pernas. Ao fazê-lo viu a cicatriz que ia da coxa à pantorrilha pela cara interna do joelho. A marca era estreita e branca, obviamente de vários anos de antigüidade.

A mão do Jake baixou para agarrar um lado dos jeans. Seus dedos roçaram os do Lexi, e ela apartou a mão de uma vez que ele se levantou e subiu as calças pelas coxas e pelo quadril direita. Lexi agarrou a parte direita e atirou até que se encontrou em uma posição muito incômoda.

Reprimindo um ofego, soltou as calças e se apartou. O calor lhe subiu à cara, enquanto rapidamente ficava de pé, só para encontrar ao Jake olhando-a tão aturdido como ela devia parecer.

-Acredito que já posso sozinho -disse ele com voz tensa.

-Claro -ela baixou o olhar.

-Pode que... -esclareceu-se garganta-. Poderia tirar a nata para a cara de minha bolsa azul?

-Sim.

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Girando, ela se fixou na bolsa e se aproximou aonde estava, nos pés da cama. Abriu a cremalheira e encontrou um jogo de barbeado.

-Isso não é -disse Jake.

Parecia dolorido, e Lexi se girou automaticamente. Estava de pé com o braço esquerdo detrás das costas, atirando dos jeans, cuja cintura parecia estar entupida em seus quadris.

Enquanto o olhava, Jake se retorceu devagar, sujeitando melhor a cintura com a ponta dos E logo deixaria a ele preocupar-se sobre o que fora a fazer a seguir.

Aproximando-se para ficar entre seus joelhos, inclinou-se para diante, e agarrou os dois lados da cintura e os juntou. Então, mantendo-a fechada, agarrou a cremalheira entre seus dedos, e fazendo caso omisso do abultamiento mais abaixo, subiu com firmeza.

-OH, obrigado disse Jake tentando apoiar-se em seu cotovelo.

-Quer que lhe grampeie isso?.

Não, obrigado -sentou-se-. O resto posso fazê-lo sozinho. Obrigado.

-Sinceramente o duvido -agarrou a cinta do cabelo-. Prova a te pôr isto com uma só mão.

A voz do Jake passou a um grunhido. Está desfrutando com isto, verdade?

Só tento ser realista, Jake. Não é um inválido, mas suas habilidades são limitadas. E possivelmente o serão durante um par de semanas. Se deixará de tentar fazer as malas e partir, eu... eu deixaria de lhe esfregar isso Tem dores?

-Sim.

-Muitos?

-Se.

-Tenho as pastilhas que o doutor te receitou. Sinto muito, devia havê-lo recordado antes.

-Não, pode que logo. Agora mesmo tomarei um par de aspirinas -assinalou sua bolsa e Lexi tirou a caixa que tinha visto antes.

-Está seguro? -perguntou tirando duas pastilhas-. O médico não lhe teria receitado isso se...

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-Eu não gosto das pastilhas. Uma simples aspirina e linimento de cavalo me curam quase tudo.

Lhe deu uma e agarrou um copo da água do quarto de banho.

-Falas como papai.

-Tomarei como um completo -Jake lhe devolveu o copo e assinalou a nata facial-. Suponho que vais insistir em me ajudar com isso.

-Bom, poderia te deixar só e voltar na hora do jantar a ver se tiver terminado.

-Muito graciosa.

Sem esperar a ter sua permissão, Lexi agarrou a cinta e a pôs de modo que lhe apartasse o cabelo da cara. Então estendeu nata por toda sua cara. lhe levantando a cabeça, ignorou os olhos desafiantes e começou a massagear a nata com a ponta dos dedos.

Quando o pior da pintura e sujeira se separou, agarrou um algodão e começou a lhe retirar a capa de nata e porcaria. Negando-se a olhar a cara que acabava de descobrir, começou a aplicar uma segunda capa de nata.

-O que está fazendo? -perguntou Jake apartando a cara de sua mão.

-Acredito que não te viu a cara -agarrou-lhe o queixo com uma mão e lhe manteve a cabeça quieta enquanto jogava a capa de nata -. Agora fica aquieto um momento, porque ainda não terminei.

Ela agarrou os algodões que tinha jogado ao chão e os meteu no cesto de papéis do quarto de banho. Ali umedeceu uma toallita em água quente e voltou para ficar a sobre a cara.

-Mmm -suspirou Jake- . Muito agradável.

Lexi não respondeu. Em seu lugar, apertou a toallita contra sua pele, começando por sua frente e baixando ao queixo. Massageando com os dedos através da malha, pensou nas mudanças que tinha provocado o passado do tempo.

O que tinha sido um corpo duro e sem graxa quando Jake era mais jovem, tornou-se mais definido, mais poderoso e inclusive mais masculino com a idade. Seu rosto tinha sido atrativo, saudável e juvenil, com bons ossos e uma mandíbula forte. O que lhe tinham feito especial tinham sido esses olhos verdes e seus lábios magros, expressivos e sensuais.

Inclusive sob a maquiagem, Lexi tinha visto que seus olhos e seus lábios não tinham trocado, embora seu impacto parecia ter aumentado com a maturidade. E quanto ao resto, não queria nem pensar nisso. Quando lhe tirou a toalha, voltou-se sem olhar os resultados.

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No quarto de banho, deixou a toallita no lavabo e se apoiou nele. Estava envergonhada de si mesmo, mas se houvesse uma saída, Lexi a haveria

tomado. Toda a manhã, Jake tinha estado tentando partir enquanto lhe tinha posto todos os obstáculos que lhe ocorria para fazer ficar. E nesse momento aí estava, escondida em quarto cl de banho, com medo de sair e olhar seu rosto.

Sabe? -disse Jake muito perto dela-. É difícil acreditar que depois de tudo o que passamos esta manhã, não possa me olhar sem minha cara de palhaço. Parece-me um pouco estranho, Alexandra, mas se você gostava mais antes, posso voltar a me maquiar

Lexi se girou para olhá-lo, mas seus olhos se posaram em seu peito.

-Não sei de que falas.

-me olhe, Lexi.

Ela subiu os olhos até seu pescoço e os cravou onde podia ver o pulso pulsar.

Eu estive te olhando desde ontem à noite -disse Jake muito devagar-. Agora, me olhe.

Jake lhe olhou fixamente.

-De acordo, estou olhando.

-Bem -seus lábios se separaram em suave convite-. Você não me quer aqui mais do que eu quero estar, certo?

Apanhada pela provocação em seus olhos verdes, Lexi se agarrou mais forte ao lavabo. Cedendo ao fim, apartou os olhos dos seus e se encontrou cativada por seu rosto.

-Posso partir hoje mesmo.

-Não.

Se ela nunca tivesse visto seu rosto antes, tivesse-o encontrado inesquecível. Uma vez havia

sido simplesmente atrativo, mas seu rosto era

mais forte, mais marcado. Suas linhas duras e sensuais emanavam caráter.

Sua boca se curvou em um sorriso zombador.

-Há gente que poderia me cuidar, Lexi. Louanne não é a única mulher que conheço.

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Esticando-se ao pensá-lo, Lexi se sentiu repentinamente ciumenta.

-Mas isso não resolveria o problema de meu pai.

-Crie sinceramente que isto vai funcionar?

-Não tem que funcionar durante muito tempo. Assim que papai esteja seguro de que te vais ficar, operará-se. E uma semana mais ou menos, poderá te pôr e te tirar as calças sem ajuda de ninguém.

Um sorriso genuíno, embora pequena, apareceu nos lábios do Jake.

Realmente maturaste, verdade?

-Acredito que seria melhor se não entrássemos em nada pessoal.

-vamos fingir que não passou nada entre nós?

-Fomos amigos. Deixa-o assim.

Jake a olhou com uma sinceridade que lhe fez estremecer-se.

-Seria muito mais fácil se não fosse tão bonita.

-Possivelmente simplesmente devesse pensar essas coisas e não as dizer em voz alta -- sugeriu Lexi em tom frio que em nenhum modo refletia a estado de sua alma.

quanto mais o olhava, mais queria que ele a tocasse. Mas nunca, nunca, permitiria-lhe saber os desejos que estava despertando nela. Ele já a tinha amado e a tinha deixado. Ela não acreditava poder suportar uma segunda vez.

-Bom --Lexi ficou diante da porta para sair- . Há algo mais que possa fazer por ti antes de que volte para meu trabalho?

Jake se apartou e a deixou sair.

-Uma camisa estaria bem. E suponho que melhor será que jogue uma olhada ao que tenho que fazer aqui.

-Papai chegará em qualquer momento.

Lexi agarrou a camisa que tinha deixado cair ao chão e voltou diante dele.

Seus olhos estavam justo diante de seu peito. Tinha-lhe mentido antes. O não cheirava mau. Cheirava a homem, quente e forte e ao melhor um pouco salgado. E nesse momento era um aroma muito atrativo.

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-Como vamos fazer isto? -Lexi assinalou o tipóia.

-Pois muito... brandamente.

Jake agüentou a respiração enquanto tirava o braço do tipóia e o sujeitava com sua mão esquerda. Soltou a respiração e pequenas gotas de suor se formaram em seus ombros e em seu peito.

-Assim -disse Lexi brandamente-. Muito bem.

-Coloca a manga por este braço -ofegou Jake.

E levantou cl braço direito enquanto seguia sujeitando-o com a mão esquerda.

Tão delicadamente como pôde, ela colocou a manga pela mão e a subiu pelo braço. Subindo a manga, olhou o rosto tenso do Jake, desejando que houvesse outro modo de fazer isso mais fácil. Quando finalmente terminou, Jake voltava a colocar o braço em cl tipóia.

-Onde há dito que estavam essas pastilhas? -perguntou Jake com voz débil.

- No vestíbulo. Em uma mesa. -Tomarei uma.

-Eu as trarei.

dirigiu-se rapidamente para a porta, mas não o suficiente rápido. A mão do Jake se fechou sobre seu braço, detendo-a.

-Lexi.

«Não, não, não!» gritava sua mente. Ter ao Jake de volta era pior do que ela tinha imaginado. Estava lhe voltando louca. E não deveria. Ela o tinha superado.

-Trarei-as eu -disse ele--. Se me ajudar com os botões...

- Botões? -ela se apartou.

-Temo-me que não sou um bom inválido. É um pouco humilhante ter que pedir ajuda das coisas mais pequenas.

-Como botões.

Sim. Por favor.

Agradecida de que ele não pudesse ler sua mente, Lexi se aproximou. O cabelo de seu peito acariciava seus nódulos.

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-Poderei fazer isto solo em poucos dias, uma semana como muito.

Finalizando, ela se apartou soltando um suspiro que foi mais audível do que pretendeu.

-Estarei na cozinha se me necessitar -e partiu para a porta antes de que ele pudesse pensar em alguma outra tarefa vergonhosa.

- A verdade é que tenho muita fome -ele a seguiu-. É muito tarde para tomar o café da manhã?

-Bom, Twyla possivelmente tenha já preparado a comida, mas tem que ficar algo desta manhã. Eu vou para lá, se quer vir.

-Não -Jake ficou na porta, como resistente a sair-. Estarei ali em seguida. Vê você diante.

Lexi vacilou, e então saiu ao vestíbulo para a outra parte da casa. Se a presença do Jake a turvava, sabia que voltar ali teria sido para ele o dobro de perturbador. Não lhe culpava por necessitar tempo a sós. Nada disso ia ser fácil para ninguém.

Jake a viu partir. Com sua mão esquerda, tocou a fileira de botões de sua camisa, recordando a sensação de suas mãos ao roçar sua pele.

Capítulo 6

C UANDO Jake entrou na cozinha, viu que Lexi não estava ali. Então, uma mulher gordinha junto ao mostrador apartou o punho do montão de massa que estava amassando e o olhou por cima do ombro.

Olá. Tem fome?

Seu rosto redondo lhe saudou com um sorriso alegre que ele não pôde evitar lhe devolver.

Muito.

-Bom, então teremos que lhe dar de comer -pôs um trapo sobre a massa-. por que não se sinta enquanto eu preparo algo? Meu nome é Twyla. Twyla Donaldson.

-Encantado Jake se sentou em uma cadeira frente à mesa de pinheiro-. Eu sou Jake Thorn.

-OH, já sei -disse ela tirando coisas do frigorífico-. Frank esteve muito nervoso durante meses esperando que chegasse.

-Durante meses?

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-OH, sim! Mas teve que esperar o momento apropriado para enviar ao Lexi para lhe buscar.

Enquanto falava, Twyla pôs a esquentar uma enorme parte de carne junto com uma generosa ração de caldo. Colocou-o tudo no forno que já estava quente.

-Eu estava começando a me assustar um pouco por medo de que ao Frank acontecesse algo antes de ir ao hospital, mas já está você aqui e tudo irá bem.

-Isso espero --disse Jake cheirando a comida esquentar-se no forno e com o estômago lhe rugindo de fome-. Embora ainda não estou seguro de que realmente me necessitem.

-claro que sim -os olhos redondos da Twyla lhe olharam com honestidade . Frank Conley pensa maravilhas de você, e não confia em ninguém para que se ocupe deste rancho. Não posso dizer o número de vezes que se sentou aí mesmo --fez um gesto à mesa-, e me há dito o muito que se arrependia de te haver deixado partir faz anos. Não o duvide por um minuto, senhor Thorn. Faz muita falta aqui.

um pouco afligido, Jake observou em silêncio enquanto lhe jogava a comida em um prato. Twyla sorriu enquanto lhe punha o prato diante dele.

-Sou uma velha e pode que fale muito. -OH, não, absolutamente. Eu... avaliação tudo o que há dito.

-O que bebe? Há chá gelado se gosta. -Estupendo.

Uma dúzia de perguntas enchiam sua cabeça enquanto lhe servia a bebida. Não era uma mulher tão maior. Não podia ainda ter chegado aos sessenta.

- Você e Frank parecem muito unidos -comentou Jake com cuidado enquanto agarrava o copo.

-Bom, eu levo viúva quase dez anos, e estive trabalhando aqui quase todo esse tempo. Assim suponho que os dois chegamos a nos conhecer muito.

Não disse mais, e Jake não insistiu, embora se perguntava como de unidos estariam realmente.

Agarrando uma terrina de feijões verdes, Twyla se sentou em frente do Jake e começou às partir.

-Bom, senhor Thorn, ouvi que seu pai foi o capataz aqui durante muitos anos.

Pego com a boca enche, Jake mastigou e tragou antes de responder.

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-Sim, desde que eu tinha treze anos. E quando se retirou, eu fiquei com o trabalho durante outros três anos.

-E sua mãe trabalho de cozinheira?

Jake assentiu.

-Durante uns seis anos. Quando eu comecei a ganhar dinheiro com os rodeios, convenci a mamãe para que deixasse o trabalho. Mas papai não quis, nem sequer quando eu comprei a granja vizinha. Vivia ali, mas seguia trabalhando para o Frank Conley, até que sua saúde lhe obrigou a retirar-se.

Twyla moveu a cabeça pensativa.

-Arrumado a que esteve muito orgulhoso de que você tomasse logo seu posto.

-Sim -Jake cravou uma batata-. Mas não ficou muito tempo para ver-me. depois de me casar, meus pais se mudaram a Florida.

-Sinto muito o de sua morte.

-Obrigado.

Era tudo o que ele disse, tudo o que lhe ocorreu dizer. Inclusive depois de cinco anos, a sensação de perda era entristecedora. Seus pais tinham morrido com seis meses de diferença um do outro. Tinham sido boas pessoas e bons amigos, e Jake os sentia falta de.

-Tivesse-me encantado conhecer sua mãe. Lexi fala dela freqüentemente -Twyla ficou de pé e agarrou a terrina--. Bom, deixarei-lhe terminar a comida em paz. Tenho que sair a trabalhar um pouco em meu jardim enquanto essa massa termina de crescer.

-OH, falando do Lexi. Sabe onde está? --Suponho que terá ido ao celeiro a procurar a

seu pai. É a hora de seu almoço.

-Deve ser mais tarde que o que pensei.

Jake procurou um relógio, mas não viu nenhum. O seu estava guardado na mala.

Twyla sorriu como se tivesse lido sua mente.

-É pouco mais de meio-dia. Pensamos que melhor seria deixar dormir esta manhã -pôs a terrina no mostrador-. Bom, foi um prazer lhe conhecer finalmente, senhor Thorn.

Ele se levantou.

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-me chame Jake, por favor. E o prazer foi meu. Sua comida é deliciosa. Acredito que minha mãe e você teriam sido muito boas amigas.

-Mas como isso não pode ser, talvez podemos ser amigos você e eu.

E com os olhos brilhantes, Twyla agarrou sua cesta e suas tesouras de podar e saiu ao jardim.

Jake se sentou de novo para terminar sua comida. Estava em casa na cômoda cozinha onde uma vez se sentou nessa mesma mesa vendo sua mãe preparar comida para um exército. Tinha esquecido o que era estar em casa.

Nunca o admitiria ao Lexi, mas era ter tornado, embora só por uma temporada Era como voltar para casa de novo.

-Olá, mamãe! -grito .Jamie enquanto a puerlha fechava isso atrás dele.

Sentada no escritório do salão, Lexi deu um bote e sua caneta fez um rayajo no cheque que estava escrevendo. Respirou profundamente e se acalmou antes de sorrir a seu filho despenteado e selvagem.

-Olá, coração. Hoje chegaste logo.

Jamie entrou e deixou sua mochila em uma cadeira.

-Onde está todo mundo?

-Seu avô está na cozinha com o Jake, e Twyla se foi a preparar o jantar aos trabalhadores -Lexi sorriu e moveu as pestanas com gesto inocente-. Mas suponho que estava perguntando pelo Jake, não?

-Sim. Quando poderei conhecê-lo?

-Acredito que ainda não me deste meu abraço de depois do colégio.

-De acordo.

A contra gosto, Jamie se aproximou. Dois anos antes, tinha evitado os beijos, avermelhando e enfurecendo-se se alguém lhe dava inclusive um só besito na bochecha. Mas ultimamente, tinha começado a mostrar-se tímido também com os abraços. Temendo forçar sua sorte, e agradecida de que ele tivesse deixado de insistir em que lhe chamassem James, Lexi lhe deu um rápido apertão e lhe soltou.

Jamie se apartou e a olhou fixamente. - Quando poderei conhecê-lo?

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-Bom, acredito que agora mesmo estão falando de negócios - vacilou, preocupada com a ansiedade do Jamie, já que não queria que se decepcionasse pelos maneiras às vezes volúveis do Jake-. Dá-te conta de que Jake vai se surpreender quando te conhecer?

-por que?

-Bom, ele não sabe que tenho um filho.

Um cenho de indignação apareceu no rosto do Jamie.

-Quer dizer que não lhe falaste que mim?

-Não tem idéia de como foi hoje o dia. Passamos toda a manhã discutindo sobre se ia se ficar ou não.

Jamie seguia indignado.

-Não lhe disse o muito que o necessitamos nem o muito que o queremos aqui?

-Não, acredito que não. Talvez devi te haver deixado que não fosse ao colégio e te tivesse ocupado você desse assunto.

-Sim, é possível -disse com seriedade.

Ela quis abraçá-lo com força. Às vezes era um pequeno hombrecito, disposto a tomar o mando. Mas seguia sendo só um menino, um menino tenro e vulnerável.

Controlando seus instintos protetores, lhe deu um suave golpecito no nariz com a ponta do dedo.

Meu hombrecito.

Ele enrugou a cara aborrecido.

-Mamãe.

Lexi riu.

-Quer conhecê-lo?

-Sim! -exclamou Jamie quase gritando.

Ela se levantou da cadeira. Pô-lhe o braço pelos ombros e lhe levou a cozinha, onde Jake e seu pai estavam sentados diante da velha mesa, falando. O murmúrio desço de suas vozes cessou quando ela e Jamie entraram.

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Jamie, tornaste logo -o rosto do Frank

animou-se ao vê-lo e lhe fez um gesto para que se aproximasse-. Vêem e dá a seu avô um grande abraço.

um pouco ciumenta, Lexi viu seu filho aproximar-se de seu avô sem vacilar. Ao melhor os abraços só eram vergonhosos quando procediam das mães. Seguia pensando nisso quando se fixou no Jake, que estava olhando-a a ela surpreso.

A contra gosto, Jake apartou os olhos do Lexi, conseguindo apagar a surpresa de seu rosto antes de olhar ao Jamie. Apoiado entre os braços de seu avô, o menino sorriu timidamente.

-Olá -disse Jamie simplesmente.

O orgulho maternal brotou do Lexi.

-Jake, apresento a meu filho, Jamie. Jamie, ele é Jake Thorn.

-Jamie -disse Jake brandamente, olhando ao menino de acima a abaixo-. Prazer em conhecê-lo

fez um gesto a seu braço direito-. Sinto não poder te estreitar a mão.

-OH, não passa nada -Jamie seguia apoiado em seu avô-. vais estar aqui uma temporada, verdade?

Lexi se acovardou, e seu pai franziu o cenho.

Jake ainda não se decidiu -disse Frank-. por que não nos deixam você e sua mãe um momento mais a sós para que terminemos de falar?

-Claro -disse Lexi estendendo a mão para o Jamie e evitando olhar ao Jake-. Eu só necessito a cozinha a tempo de preparar o jantar.

-por que não tomamos esta noite pizza? -sugeriu Frank-. Você e Jamie podem ir à cidade a por uma enquanto Jake e eu terminamos de discutir isto.

-Sim! -gritou Jamie entusiasmado--. É uma estupenda idéia. O que te parece, mamãe?

A idéia de uma viagem de dez quilômetros até a Santa Fé só para comprar uma pizza não parecia uma maravilha ao Lexi, mas sabia que seu pai devia ter uma razão para haver o pedido. Talvez queria estar uma hora só com o Jake e sabia que esse era um modo seguro de consegui-lo. Ou ao melhor Frank só queria uma última pizza antes de ingressar no hospital. De qualquer modo, Lexi não tinha muita opção.

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-E você, Jake? -perguntou Frank- . Parece-te bem uma pizza?

-Claro -Jake começou a levantar-se.-Vou a por minha carteira.

-OH, Por Deus, Jake, sente-se -exclamou Lexi-. Comida-las estão incluídas no trabalho.

-Eu não aceitei o trabalho -replicou Jake enquanto voltava a sentar-se.

-Ainda assim lhe daremos de comer. É o menos que podemos fazer.

-Muito obrigado -disse com secura.

Lexi partiu, atirando do Jamie.

Frank franziu o cenho ao Jake.

-Parece-me recordar que faz tempo os dois lhes levavam melhor.

-Deixa-o, Frank -- disse Jake cansado. Não podia evitar sentir-se irritável e brusco perto do Lexi-. O que me estava dizendo antes de que entrassem?

-Estava dizendo que há um problema. Não posso adivinhá-lo, mas sei que está aí. A economia está sendo dura ultimamente para todos, e este rancho não é uma exceção. Mas é mais que isso. O rancho perdeu dinheiro durante os dois anos passados, e não deveria. Há algo mal em alguma parte.

-Frank, se você não souber, como posso sabê-lo eu? É seu rancho.

-Não sei. Talvez estou muito perto para vê-lo com claridade. Ao melhor você pode examinar cuidadosamente as coisas e ver algo que me tenha passado.

-E Lexi? Tem alguma idéia?

-Não! -Frank virtualmente gritou-. Não sabe nada disto. E eu não quero que saiba nada.

Estupefato pela veemência do homem, Jake o olhou com o cenho franzido, notando-se pela primeira vez na palidez tão pouco saudável de seu velho amigo.

-por que?

-Ela tem muitos preocupações ocupando-se da casa e do Jamie e de um velho doente que não pode cuidar-se sozinho. Não precisa preocupar-se com o que vá passar lhes a ela e ao Jamie se eu perder este rancho.

-OH, vamos, Frank. Você sabe o que este lugar significa para ela. Não crie que tem direito ou seja se estiver em perigo?

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-Não. Com sua ajuda poderemos solucionar isto insistiu Frank teimoso--. Ela não tem que sabê-lo nunca.

-Bom, que conste que penso que te equivoca. Mas sei que tentar discutir contigo é perder o tempo. O que tem que seu capataz, McCauley? ele tem alguma idéia?

-Brad McCauley trabalhou aqui durante mais de três anos. É um bom capataz, e nunca tive nenhuma razão para suspeitar dele, mas...

Frank se deteve, Jake lhe animou.

-Mas?

Com um suspiro, Frank continuou.

Mas você é a única pessoa com a que falei que isto, e até que cheguemos ao fundo, assim quero que continue.

-Por isso estava tão empenhado em me trazer aqui?

-Confio em ti, Jake. Se fosse de meu próprio sangue e carne não poderia confiar mais em ti. E sei que se algo me passar, não deixará que Lexi perca este rancho.

-Deus é misericordioso, Frank. Não crie que me pede muito, considerando o modo no que arruinei minha vida?

-Você não arruinaste sua vida, Jake. Nós o temos feito. Dolores a arruinou, e eu não te ajudei muito em seu momento. E suspeito que Lcxi tampouco.

Jake não o olhou, e Frank continuou.

-Não tenho direito a te pedir' ajuda, mas de todos os modos lhe peço isso. Não tenho direito a esperar que o faça, mas te estaria eternamente agradecido se o fizesse. Necessito-te, Jake. me ajude, por favor.

Jake levantou a mão.

-De acordo. Para -disse tanto para não emocionar-se como para que deixasse de falar-. Para, vale?

ficou de pé com um esforço que lhe deixou dolorido. O dia tinha sido comprido e cansado, e embora estivesse molesto por sua debilidade, era o momento de tomar-se outro calmante se queria agüentar até o jantar.

Na porta, deteve-se e girou para a mesa. -Quando ingressa no hospital? -Espero poder postergá-lo até a semana que vem.

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Jake olhou ao Frank fixamente e notou que sua palidez tinha aumentado desde que tinham começado a falar.

-Começaremos pela manhã. Poderá me mostrar tudo o que tem, e eu te direi o que necessito que me explique.

-Obrigado, Jake.

-Não me dê as obrigado. Não seria um homem a não ser fizesse o que pudesse. Só espero poder ajudar.

Sei que pode.

Oxalá mereça sua fé. passaram muitos anos, Frank. E a gente troca.

Pela janela da cozinha, começava a anoitecer. Dentro, Lexi cantarolava com a rádio enquanto recolhia o último dos pratos e punha uma chaleira de feijões a esquentar. Quando se voltou, ficou surpreendida ao ver o Jake apoiado na porta.

-Pensei que íamos tomar pizza.

Isso é para amanhã disse fazendo um gesto para os feijões- . Eu faço o jantar enquanto Twyla dá de comer aos trabalhadores. A pizza está no frigorífico, assim se tiver fome, posso-a esquentar.

-Se não te importar. Toda esta inatividade me dá muito apetite -sentou-se em uma cadeira-. Onde estão todos?

-Papai está jogado. Jamie acima, fazendo os deveres.

-Parece que me perdi a festa.

Jamie queria despertar, mas eu pensei que ao melhor vinha bem descansar. Sei que não foi um dia fácil para ti -colocou o resto da pizza no microondas-. Quer uma cerveja?

-É obvio.

-Isso imaginei -sonriéndole, Lexi tirou uma garrafinha do frigorífico -. Suponho que não quererá um copo.

Jake negou com a cabeça.

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-O microondas apitou -disse ele, sonriendo.

Lexi tirou a pizza, tratando de não deixar-se deslumbrar por seu sorriso. Jake ia estar ali muito tempo, ao melhor meses. Ela não podia sentir os joelhos frouxos cada vez que estava perto dele. Talvez deveriam voltar para a antiga forma de comunicar-se, dizer-se coisas bruscas e discutir.

Bom -disse Lexi pondo um prato de pizza diante dele---. Aqui está o jantar.

-Vai jantar você?

-Já tomei antes -- olhou ao redor, procurando algo que fazer.

fixou-se na cozinha, na pilha limpa, no mostrador esfregado. Não lhe ofereciam nenhuma distração.

-por que não se sinta de todos os modos? -perguntou Jake.

Lexi o olhou.

-O que?

-Temos que falar.

-por que?

-Pode te sentar? Por favor?

Durante um instante, ela pensou em negar-se, então se deu conta de que não podia atuar como se tivesse dezessete anos só porque lhe fizesse às vezes sentir-se assim. Suspirando, sentou-se frente a ele.

-Se odiar tanto me ter aqui, por que te esforçou tanto em me trazer? -perguntou Jake com tranqüilidade.

Tinha medo do que papai pudesse fazer se você não estava aqui ao menos até depois de sua operação.

-Bom, ao menos é honesta.

Encolhendo-se de ombros, Jake levantou a cerveja e bebeu. Quando deixou a garrafinha, Lexi lhe viu lutar por agarrar um risco de pizza com uma mão.

Sentiu remorsos. Sua vida durante nas próximas semanas não seria fácil. O menos que ela podia fazer era preocupar-se menos de si mesmo e pensar um pouco nele.

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-Olhe, sinto muito -disse Lexi-. Sei que não é algo que você queria fazer, e te dou as obrigado por ter acessado. Tratarei de não te fazer as coisas mais difíceis do que são. A situação é molesta para todos.

Com a pizza na mão, Jake sorriu.

- Não. Só para ti e para mim. Seu pai está satisfeito.

-Suponho que papai tem lembranças distintas -Lexi se levantou e se aproximou do microondas-. Quer outra parte? -perguntou preparando-se um para ela ao final.

-Sim -fez um gesto ao frigorífico-. Você também te poderia agarrar uma cerveja.

Lexi o fez, lhe levando a ele uma mais, e de momento ao menos, a tensão entre eles cessou.

-Crie que vais poder ir amanhã à cidade? -perguntou Lexi comendo-. Ou confia em mim para que te encontre roupa que possa te pôr e te tirar sozinho?

-Inclui isso sapatos?

-Claro. Pode que algo simples que possa simplesmente te colocar.

-E um par de calças de moletom com cinturas elásticas? -perguntou mais entusiasmado. Ela assentiu.

-Isso também.

Levantou a cabeça da pizza e surpreendeu ao Jake lhe olhando muito sério. Sua mão se moveu para ela e se deteve.

-Parece que a cada minuto que passa me endivido mais contigo -a intensidade de sua voz disse mais que suas palavras.

-Não é problema -respondeu Lexi com o coração a todo gás-. Sério.

Esperando ocultar a velocidade de sua respiração, sorriu, agarrou o prato vazio e o levou a pilha. Tinha diante dela semanas vendo o Jake dia e noite, e simplesmente tinha que superar sua reação infantil a ele. Não era a garota do Jake. Nunca o tinha sido e nunca o seria. Dolores se tinha ocupado disso.

-Lexi, está casada?

O calor acendeu suas bochechas e lhe olhou a contra gosto.

-Não. por que o pergunta?

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-Tem um filho.

-Sim -apoiou-se no mostrador.

Jake adotou expressão pensativa, e ficou calado um momento antes de falar.

-Tem dez anos?

-Sim -disse ela de novo, esperando a pergunta que chegaria.

Jake falou com óbvio esforço.

-Lexi... -tragou saliva e o tentou de novo

Lexi -seu nome foi quase um sussurro-. É meu? Ela se deixou cair sobre o mostrador com todo seu peso. Isso não deveria ser tão duro.

-Lexi -perguntou de novo-é meu filho?

-Não.

O picor amargo do arrependimento a queimou por dentro. Houve um momento no que ela tinha desejado exatamente isso, um tempo no que tivesse dado algo por que Jamie tivesse sido realmente dele, dele e do Jake.

A horrível tensão no rosto do Jake se suavizou durante um instante, e então retornou.

-Então, Jamie é de outro homem? Ela negou com a cabeça.

-É... eu... Jamie não é meu. Não é meu de nascimento. É adotado.

Surpresa, alívio e então regozijo cruzaram o rosto do Jake em rápida sucessão. Finalmente riu.

-Adotado -passou-se os dedos pelo cabelo-. E eu estava pensando que me parti e te deixei grávida e nunca o tinha sabido.

Ferida por sua reação, Lexi quis chorar, lhe gritar, lhe atirar algo. O porco estava aliviado.

-Sinto te haver assustado -disse ela furiosa-. Suponho que deveria te haver dito ao te apresentar a meu filho que não se preocupasse porque era adotado.

Perplexo, Jake a olhou.

-meu deus, agora parece desgostada porque eu não te deixei grávida.

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-Não. Quão último eu quereria seria um filho com um homem que não o quer.

Ainda zangada, deu-lhe as costas e olhou pela janela para a noite, com suas emoções alteradas, embora não sabia por que. Tudo o que sabia era que queria que ele se preocupasse mais.

-Lexi -disse Jake brandamente -. Não tem sentido. Está me dizendo a verdade? Realmente não é tua ou esta história da adoção é só um álibi?

-Jamie não é realmente meu -disse apartando-se da pilha para pôr mais distancia entre eles-. Realmente é adotado. E não quero falar mais disto.

-Bem -Jake não insistiu-. É só que não te entendo, Lexi. por que adotaria a um menino quando poderia te haver casado e ter tido um próprio?

Lexi se voltou para olhá-lo.

-Como te atreve a me perguntar algo así?Jamie é o mais importante de minha vida, e eu não devo uma explicação de meu amor por ele nem a ti nem a ninguém.

Jake levantou uma mão.

-Sinto muito, sinto muito. É só que com sua idade...Bom, pensei...

-Hei-lhe isso dito. Não é teu. Assim deixa já o tema, de acordo?

me perdoe. Não voltarei a mencioná-lo.

-Obrigado.

Durante um comprido momento, ficaram olhando-se, congestionados de antiga dor. Então a fúria nos olhos do Jake se derreteu e moveu a cabeça com tristeza.

Sério, Lexi -disse suavizando-se-. Sinto muito. Parece um moço fantástico. Suponho que me conhecê-lo fez me pôr a pensar e, bom... minha cabeça me levou por caminhos nos que não tinha estado em muito tempo.

Lexi assentiu.

- Sei. Eu também estive percorrendo esses caminhos.

-Uma trégua?

Ela sorriu para ocultar a tristeza que se estava dando procuração dela.

-Claro. Ao menos até manhã.

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-Suponho que isso é o melhor que podemos esperar, não? Bem, boa noite.

-boa noite.

Jake se deu a volta e partiu. Uma vez teve desaparecido, Lexi saiu fora, à escuridão da noite, soluçou e deixou que toda a tristeza saísse.

Capítulo 7

À manhã seguinte, Lexi chegou aos pés da escada a tempo de ouvir um golpe seguido de um grito de dor e uma série de palavrões detrás da porta da habitação do Jake. Abriu a porta e entrou correndo.

-O que ocorre...?

Lexi se calou quando viu o Jake convexo sem mover-se bocarriba sobre a cama. Tinha os olhos fechados, a boca geada em um gesto de dor. Um par de jeans azuis sob seus pés nus, e só levava postos as mesmas cueca azuis do dia anterior.

-O que tem feito? -perguntou recolhendo seu jeans.

Jake abriu um pouco os olhos e a olhou sem responder.

Sem intimidar-se, ela continuou com a mesma suavidade.

-por que não me chamaste se queria te vestir?

O gesto em sua cara se voltou um cenho e o arco de suas costas se relaxou até que descansou todas as costas na cama.

-Queria fazê-lo sozinho -grunhiu entre dentes apertados.

-Mas não pode -levantou os jeans na mão-. Não com estes.

Jake se esticou e soltou outra sucessão de palavrões. Lexi abriu os olhos como pratos e deu um passo atrás.

-Ódio ter que pedir ajuda -terminou.

Lexi se aproximou da porta do dormitório e a fechou de repente, e então se aproximou dele furiosa. -Agradeceria-te que recordasse que nesta casa vive um menino. Não me importa como fale quando estiver com seus amigões do rodeio, mas nesta casa, senhor, cuida seu vocabulário.

Devagar, a fúria abandonou o rosto do Jake e quase sorriu.

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-Sim, senhora... Fiz-o sem pensar. Ouviu-me?

-Não, por sorte já se partiu ao colégio. Bom... -agarrou as calças-. Necessita ajuda ou não?

Sim, reconheço que sim -fechou os olhos e suspirou-. Mas me sinto como um bebê.

lhe colocando os jeans pelos pés, Lexi os subiu até os joelhos, e Jake seguiu. Enquanto ele os colocava, ela foi ao armário.

-Que camisa quer hoje?

Jake grunhiu.

-Melhor esperarei sem nada até que você volte da cidade. Crie que poderá me encontrar algo sem mangas que possa me pôr sobre o tipóia sem ter que mover muito o braço?

-Uma camiseta de suspensórios ou algo assim? serrou o armário-. É um pouco fora de temporada, mas talvez poderei encontrar algo nas ofertas. -Bem. Algo que possa usar durante o seguinte par de semanas até que isto comece a se curar erijo massageando-os músculos do braço sobre o cotovelo, aproximando-se tudo o que podia ao cotovelo ferido.

-Estão-lhe ajudando algo essas pastilhas? -Hoje não tomei nenhuma. -Talvez deveria. Ele negou com teimosia. -Não quero depender de algo assim.

-Jake, a única razão pela que não está no hospital é porque o doutor sabia que não ficaria. Pelo amor de Deus, tome as pastilhas. -Não me incomode mais!

Profundamente irritada, Lcxi levantou os braços no ar.

-Faz o que queira. É sua vida. -Obrigado, é muito agradável recordar isso.

Ela o olhou com o cenho franzido. Ele estava provocando-a a propósito e ela sabia, mas ainda assim não podia evitar reagir.

-Quando estiver preparado para tomar o café da manhã, Twyla está na cozinha.

Com isso, Lexi partiu. Tinha chegado à porta e resistia a olhar por cima de seu ombro quando ouviu a voz do Jake. -Lexi.

Ela se parou, mas não se voltou. -O que?

-Necessito-te.

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O coração lhe deu um tombo, e se girou muito devagar. Ele estava de pé olhando-a, com os jeans sem grampear pendurando dos quadris enquanto abria e fechava os punhos em seus flancos.

- O que? -perguntou Lexi quase sem voz.

Jake fez um gesto à braguilha aberta. Seguindo o movimento de sua mão, seu olhar desceu dos músculos planos e duros de seu estômago à zona erótica mais abaixo, que por sorte estava oculta por velhas cueca.

-O que? -perguntou de novo ela, sem estar nem sequer segura de haver dito a palavra em voz alta.

-Não posso fazer isto sozinho --disse ele indicando a cremalheira-. E não posso estar assim todo o dia.

A cremalheira. É obvio. Recordando a prova dura de na manhã anterior, Lexi fechou os olhos. Queria que lhe subisse a cremalheira. Devagar abriu os olhos, olhando a parede justo detrás dele.

-Quer te tombar? -perguntou.

-Não se posso evitá-lo. Não tem idéia do que dói só levantar-se da cama.

Ela respirou profundamente.

-De acordo.

Era certo que não tinha idéia do muito que lhe doíam os movimentos mais simples, mas tinha visto as linhas de sofrimento em seu rosto.

ficou diante dele, e agarrou os dois lados da braguilha juntos com a mão esquerda até que pilhou a cremalheira com a mão direita. Então, com um forte puxão, subiu-a e se pilhou o dedo.

-Ouch! -levou-se o dedo indicador à boca e se chupou o dedo.

-O que passou? -perguntou Jake preocupado.

Ela se apartou o dedo da boca e moveu a mão.

-Cravei-me a cremalheira. Pica-me... E a cremalheira se entupiu.

Jake lhe agarrou a mão e lhe girou a palma na sua. Uma raia vermelha cruzava o dedo indicador, mas a pele não estava rota.

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-Já me sinto melhor -disse Lexi rapidamente-. Não me dói quase nada.

Jake sorriu.

Seguro que não quer que o de um beijo para curá-lo?

Ao Lexi lhe revolveu o estômago.

-Bom, ainda necessito que me suba a cremalheira -disse olhando-a com intensidade.

Ignorando o tremor em suas mãos, Lexi agarrou a cremalheira de novo. Enquanto atirava, os nódulos de sua mão roçaram um vulto sob o tecido das cueca.

O gemido afogado do Jake não fez nada para acalmar seu coração, e sua resistência com a cremalheira aumentou, igual à pressão de seus nódulos sobre seu membro inferior cada vez mais volumoso. Ele tentou apartar-se, mas Lexi agarrou com mais força.

-Fica aquieto -ordenou-lhe.

-Olhe, está bem. Pode...

-Escuta, você queria que te subisse a cremalheira e o farei --continuou atirando para desentupi-la-. Agora, fica aquieto.

-OH, poderia te dar pressa?

-Isto foi tua idéia -bufou Lexi-. Não sei por que não pudeste te pôr um pijama de meu pai ou uma bata dela até que eu chegasse de comprar.

-Não me ocorreu.

Ela atirou com todas suas forças, e a cremalheira finalmente cedeu justo quando os dedos do Jake lhe acariciaram o cabelo.

-Lexi -sussurrou agarrando-a do braço com suavidade-. Lexi...

Ela deu um passo atrás, apartando-se de sua mão. Seus olhos brilhavam, sua mão estava estendida. Jake a seguiu, avançando um passo por cada um que dava ela até que Lexi tocou a parede com as costas.

Olhou a um lado e viu a porta aberta, e se deslizou pela parede para sua via de escapamento.

Mas ele fechou a porta, e apertou a palma da mão na parede junto a sua cabeça.

-Temos que falar.

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Lhe olhou o peito, sem querer lhe olhar aos olhos.

-Do que?

-De nós.

-Não há nós.

-Sim, certo -aproximou-se até que sua coxa roçou o seu-. Por isso tinha que te perguntar se eu era o pai do menino --roçou suas bochechas com o polegar, e sua voz era uma carícia-. Porque não há nós.

-De acordo, uma vez houve algo entre nós -disse apartando a cara.

O lhe agarrou o queixo na mão e lhe levantou a cara para ele.

- me olhe. Hei dito que me olhe -repetiu quando ela resistiu.

-Deixe ir ! -gritou ela com os dentes apertados lhe olhando ao (in e jogando fogo pelos olhos.

Está saindo com alguém?

-Isso não é teu assunto!

-Há muitas coisas de ti que parecem não ser meu assunto. Você sabe tudo de mim --disse tranqüilo-. Seguro que eu tenho ao menos o direito de saber algo de ti.

-Sente saudades que te encontrar na caravana do Louanne Bvers seja sabê-lo tudo sobre ti.

-Ao menos sabe que me deitei com outras mulheres. Deitaste-te você com outros homens?

-Como te atreve a me perguntar algo assim?

-Admito que não tenho direito a perguntá-lo, mas enquanto você estava ocupada com minha cremalheira, isso se converteu para mim em uma pergunta crucial.

-Bom, lhe pode seguir perguntando isso disse ela lhe apartando o braço-. Agora me deixe antes de que me veja obrigada a te dar um golpe nas costelas.

Ele baixou a mão e se apartou.

-Está-te deitando com alguém, verdade? -Esteja fazendo-o ou não, nunca será teu assunto

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-deslizou-se para a porta e agarrou o pomo. -Está ele aqui, no rancho? -insistiu Jake. -por que? -Lexi girou o pomo e abriu um pouco-. por que te importa?

-Não sei -admitiu encolhendo-se de ombros e parecendo perplexo por suas próprias ações-. Ao melhor porque eu fui o primeiro.

-Bom, esquece-o. Seja o que seja, esquece-o. Não te traga aqui para que pudéssemos continuar onde o deixamos.

-Sei.

-O que passou entre nós foi faz muito tempo. Agora não somos as mesmas pessoas.

-Também sei. Mas algumas vezes, em meio da noite -sussurrou-, quando há lua enche e está sozinha, não pensa naquela noite? Não te pergunta alguma vez como seria agora? Os dois juntos, uma vez mais?

Lexi abriu a porta, girou-se e correu. Inclusive depois de estar no carro caminho à cidade pela suja estrada, seguia correndo. Não deixou de correr até que esteve a meio caminho da Santa Fé.

-Ah, Brad -Frank se levantou e fez um gesto a seu capataz para que entrasse no salão-Me alegra que esteja aqui. Ontem à noite lhe estava falando com o Jake de ti, e sei que a ti não tenho que te dizer quem é Jake Thorn.

Brad McCauley olhou do Frank ao Jake e de novo ao Frank.

-Jake'? Não acredito que haja...

-Ah, eu sei que sim ouviste falar do Jake -disse Frank Seu pai foi meu capataz durante quase quinze anos. Quinze anos estupendos -apoiou uma mão no ombro do Jake--. E Jake também foi durante um tempo. É um velho meu amigo e meu ex-genro.

-OH, sim -disse Brad estendendo a mão até que viu o tipóia e a retirou-. ouvi que era o dono do rancho vizinho, não?

-Ainda o é. Eu tinha um aluguel de dez anos, mas já terminou -Frank olhou ao Jake-. Eu sigo pagando o aluguel até que Jake dita voltar.

-Então, bom...-Brad olhou do Frank ao Jake . Suponho que estou vivendo em sua casa, senhor Thorn. Não me tinha dado conta.

Jake se encolheu de ombros.

-Melhor ter a alguém vivendo na casa que tê-la vazia. De momento não tenho nenhum plano para o rancho.

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-OH, então só está de visita?

-Não exatamente -respondeu Frank-. Jake dirigirá meu rancho enquanto eu esteja no hospital. -Dirigir o rancho? Não... não o tinha ouvido. Frank sorriu, parecendo satisfeito consigo mesmo.

-Às vezes as coisas acontecem depressa.

-Mas eu pensei que Lexi se ocuparia de tudo --disse Brad com sorriso forçado.

-Você e Lexi estivestes fazendo planos para meu, verdade? -perguntou Frank, devagar.

-OH, não! Simplesmente especulamos -Brad levantou as mãos em gesto de inocência-. Isso é tudo. Só pensamos em voz alta. Estou seguro de que isto funcionará bem. muito melhor. Teria sido muito para ela, tendo também que ocupar-se da casa e do Jamie.

-Mas se tivesse tido que ser assim, estou seguro de que você tivesse feito todo o possível por ajudá-la -disse Jake com fria educação.

-OH, claro! Avaliação muito ao Lexi. Já disse a ela que faria tudo o que pudesse.

-Bom, alegra-me ouvir isso, Brad - Frank ficou de pé-. Estou seguro de que terá o mesmo espírito de cooperação ajudando ao Jake enquanto eu não estou.

-OH, sim, é obvio.

Brad assentiu e se dirigiu para a porta, dando-se conta de que lhe estavam jogando.

Jake se aproximou do Frank.

-Alegra-me lhe haver conhecido, Brad. Em um par de dias nos reuniremos para conversar atentamente.

Brad ficou o chapéu.

-Estou desejando-o. bom dia.

Girou e partiu. Jake ficou olhando a porta fechada, sentindo o estômago revolto.

-Sou eu ou esse homem é uma serpente lisonjeadora?

-Às vezes dá essa impressão, verdade? Mas parece eficiente em seu trabalho.

Jake olhou ao Frank.

-O que era todo isso sobre o Lexi? Há algo entre eles?

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Frank se encolheu de ombros.

-saíram um par de vezes juntos, mas não chegará a nada mais se eu posso evitá-lo.

-Isto teria sido perfeito para ele, verdade? Você no hospital, e ele trabalhando ombro com ombro com o Lexi durante semanas ou inclusive meses. Arrumado a que agora está que joga faíscas, já que eu apareci e lhe arruinado tudo.

Frank sorriu com malícia.

-Sabe? Às vezes penso que me os memore isso.

Inspirada pelo pensamento de outro encontro como o daquela manhã, Lexi tinha adotado uma atitude missionária na tarefa de selecionar roupa nova para o Jake. Nunca mais teria que subir a cremalheira dos jeans ajustados. Nunca mais teria que sentir o roce do cabelo de seu peito contra seus dedos ao lhe grampear a camisa. Nunca mais teria que reprimir suas reações por semelhante intimidade.

Pagou sua compra e levou as bolsas a seu carro. dentro das bolsas havia uma variedade multicolorido de calças de algodão que se podiam pôr facilmente com uma mão e camisetas sem mangas com grandes buracos para os braços.

As camisetas não lhe cobririam muito, mas fariam mais fácil que Jake se vestisse sozinho. A última compra tinha sido um par de mocasines para que levasse pela casa. Com essas coisas, Lexi recuperaria sua liberdade e, com sorte, sua paz mental. Com seu pai no hospital, ao melhor inclusive poderia evitar ao Jake durante dias. E depois sua estadia ali terminaria e estaria fora de sua vida, essa vez para sempre.

Lexi tinha esperado sentir-se alegre por isso, mas não foi assim. Em seu lugar, tinha sentido tristeza ao pensar que nunca mais veria seus olhos verdes nem ouviria sua voz rouca quando estava dormido, zangado, zombador... ou excitado.

De volta a casa, tinha tentado tirar-se o Jake da cabeça. Mas não o tinha conseguido. Recordou aquela manhã em que ele tinha exigido respostas a perguntas que não tinha tido direito a perguntar. E ela, furiosa porque queria invadir sua intimidade, mas também alegre de que lhe importasse.

Claro que tinha tido amantes depois dele. Nem muitos nem muito freqüentemente, e nada sério nem o suficiente duradouro para casar-se, mas Lexi tinha contínuo com sua vida. Que ele a tivesse feito o amor uma vez e logo onze anos depois lhe perguntasse se tinha havido outros, indicava uma profunda arrogância.

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Além disso, não era assunto dele, e a verdade era que ela não queria lhe falar dos outros porque então pudesse sentir-se tentada a deixar cair que nunca tinha havido outro como ele. Nunca ninguém tinha cheio seu coração e sua alma, nem tinha aparecido em seus sonhos, nem a tinha deixado, ao partir, com um grande vazio.

Ao final, Lexi tinha deixado de procurar a alguém para encher esse vazio. Tinham passado anos desde que só tinha tido alguma entrevista casual com alguém. Essa era a verdade de sua vida, uma verdade que nunca lhe contaria.

Aliviada de estar em casa e não mais a sós com seus pensamentos, Lexi estacionou justo quando Brad McCauley saía das sombras do portal. Ao vê-la, saudou-a e caminhou para ela enquanto Lexi agarrava as bolsas do porta-malas.

-O que está fazendo aqui, Brad? -perguntou Lexi deixando a maior no chão-. falaste já com meu pai?

-E com meu novo chefe, Jake Thorn. O que sabe dele?

- Vamos, Brad, seguro que ouviste falar do Jake disse olhando-o surpreendida.

-Sim, embora nunca o admitiria diante dele. Participa de rodeios e esteve casado com alguém de sua família, mas não sei por que isso lhe capacita para dirigir este rancho melhor que a mim.

- OH, meu pai não pensa isso, Brad -disse Lexi acalmando o orgulho ferido que sabia que Brad tinha oculto a seu pai--. É só que Jake tem muito que ver com este rancho. Seu pai foi nosso capataz quando eu era uma menina e sua mãe foi nossa cozinheira. Inclusive depois de que Jake comprasse o velho rancho do Johnson e se casasse com minha irmã maior, trabalhou como nosso capataz um tempo depois de que seu pai se retirasse.

Brad franziu o cenho.

-Mas disso faz muito tempo. O que esteve fazendo após? Lexi se encolheu de ombros.

-Não tenho nem idéia -e embora a tivesse, não era assunto do Brad-. Mas sei que papai leva muito tempo tentando que volte -pô-lhe a mão no braço-. Não lhe dê importância. Jake não estará aqui muito tempo. Ele não quer estar aqui mais do que você quer que esteja.

A expressão do Brad se relaxou.

-É tão óbvio?

Lexi sorriu.

-Bom, faz um momento não tinha precisamente cabelos na língua.

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Brad riu.

-Tentarei ter mais cuidado no futuro -ajustou-se o chapéu e ficou olhando-os pés-. Tem já casal para o baile da colheita?

-Não, ainda não. Mas não sei se irei. Depende de como esteja papai.

-Bom, ainda faltam várias semanas. Talvez poderemos falar de novo quando ficar menos.

-Parece-me uma boa idéia.

Lexi sorriu, aliviada de não ter que tomar uma decisão ainda. Tinha saído com o Brad um par de vezes, mas deliberadamente tinha mantido uma relação informal.

Brad assinalou as bolsas do chão.

-Necessita ajuda?

-OH, não. Não é muito.

-Bom, então me parto. Tenho trabalho e não quero começar mal com o novo chefe.

-Não deixe que te tire o sonho.

-OH, não acredito que ocorra isso. Eu estava aqui antes de que ele chegasse, e imagino que seguirei quando se tiver partido.

Com isso, Brad subiu a seu caminhão e partiu.

Das sombras do portal, Jake olhava com olhos entrecerrados e boca apertada. Não lhe tinha gostado de nada Brad McCauley do mesmo mo

memoro em que o tinha visto, atuando como se ele fora o dono desse lugar.

McCauley havia dito e feito as coisas apropriadas, mas não tinham sido suficientes para convencer ao Jake de que Frank Conlcy não era outra coisa que um velho débil aos olhos do Brad, possivelmente um homem moribundo com uma bonita filha solteira. E nada do que tinha visto lhe tinha convencido do contrário.

Quando Lexi tinha posto a mão no braço do McCauley e o tinha cuidadoso com esses enormes olhos marrons, só o saber que em sua presente condição até um menino de cinco anos poderia lhe derrubar, evitou que se aproximasse deles e arrancasse o pele ao Brad McCauley.

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Fechando o porta-malas, Lexi agarrou uma bolsa em cada mão e caminhou para a casa. Jake a viu aproximar-se fixando-se em cada detalhe, do pescoço da camisa branca que se estendia sobre seus peitos altos e generosos até a cintura dos jeans desbotados que lhe marcavam os quadris redondos e as pernas largas e magras.

Os saltos de suas botas se cravavam o cascalho do caminho enquanto se aproximava, e o olhar do Jake deixou o couro negro de suas botas para subir por suas largas pernas uma vez mais, passando o sedutor rebolado de seus quadris. posou-se nos peitos que se moviam sob o algodão da camisa com cada passo, e subiu até seu rosto e a seus lábios rosas e grossos que apareciam em seus sonhos desde fazia mais tempo de que podia recordar.

Os saltos deixaram o cascalho e pisaram nos ladrilhos do alpendre. Lexi tinha chegado à porta quando Jake apareceu de entre as sombras.

É isso para meu?

Assustada, Lexi deixou cair a bolsa maior e deu um passo atrás ficando-a mão no coração.

-Não volte a fazer isso --disse tentando ainda respirar.

-Não pretendia te assustar

-Quanto tempo leva iquí?

-Se referir a se te vi olhar embevecida ao capataz, sim te vi.

-Não referia a isso absolutamente. E eu não gosto que me espiem.

O se encolheu de ombros.

-Seu pai foi tornar se um momento, e eu saí a respirar um pouco de ar fresco. O resto só foi uma feliz coincidência.

Feliz para ti disse ela, agarrando a bolsa para entrar.

-Jamie veio e se partiu a agarrou do braço-. Frank está em sua habitação. Sente-se um momento comigo -disse fazendo um gesto para as cadeiras atrás dele-. Twyla vai trazer chá gelado assim que o faça.

Lexi deixou que ele agarrasse as bolsas e as deixasse junto à porta.

-Segue aqui Twyla? A esta hora normalmente já se foi.

-Decidiu ficar até que você retornasse,

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só em caso de que um dos inválidos necessitasse algo.

-Você não é um inválido.

-Ela sabe, mas acredito que é muito maternal. E é muito agradável ser atendido, só um pouco. Eu não desfruto normalmente disso.

-Quer dizer que Louanne não era maternal?

-Pode deixar de me incomodar com o Louanne? Só fomos amigos, nada mais. Assim que o rodeio terminava, ela partia em uma direção e eu na outra.

-E suponho que haveria outra Louanne te esperando na seguinte parada -Lexi o olhou sem ocultar sua irritação.

-Possivelmente. Diabos, Lexi, sou solteiro. Estou na estrada quase todo o ano, e um homem se sente sozinho.

-Não parece que você o estivesse.

-Só ter ao lado na cama um corpo quente não significa não estar sozinho. Uma cama pode ser muito fria, inclusive com companhia.

-por que está me contando isto?

-Você o perguntaste.

-Como ia ou seja que me contaria a verdade?

Ele a olhou e soube imediatamente que tinha sido um engano. Seus olhos se cravaram em sua boca. Seus suaves lábios rosas se separaram devagar e sua respiração saiu em um suspiro. Seu lábio inferior, muito grosso e saliente, brilhava molhado. Esses lábios estavam feitos para ser beijados, mordidos, chupados, acariciados e devorados.

Quando sua boca se posou sobre a dela, o coração do Jake se acelerou com dolorosa fúria. Sua mão lhe sujeitou a cabeça enquanto sua boca esmagava a sua, saboreando e pedindo mais. Quando finalmente teve que apartar-se para respirar, a ponta da língua continuou acariciando o suave contorno de sua deliciosa boca.

Capturou seu lábio inferior de novo, mordiscando-o, apertando-o brandamente entre seus dentes. Sua mão seguia em sua cabeça, sujeitando-a cativa enquanto seu beijo aprofundava. Ela gemeu, arqueou as costas, apertando seus peitos contra o do Jake em um doce agonia de dor.

Aproximando-se mais, ele desfrutou de seus mamilos duros e quentes contra ele, enquanto ignorava a profunda dor que lhe cravava como uma flecha no centro de seu peito.

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Selvagem por sua dor interna, Jake agarrou seu lábio uma vez mais e o meteu na boca, chupando-o com ternura, e então soltando-o para cobrir seus lábios com os sua com ansiedade, lhe queimando com os fogos que ela acendia em seu interior. As palpitações em suas costas cresceram e se estenderam por todo seu peito.

Ele a abraçou mais, girando enquanto apertava seu corpo ao dele. Lexi lhe rodeou o corpo com os braços e se entregou a ele com desejo. Então, a dor do Jake se fez insuportável.

Estirou o braço em gesto de agonia. Procurou ar que não chegava enquanto um torno gigante lhe oprimia o peito e cem navalhas lhe cortavam por dentro.

Surdo, mudo e cego de dor, nem sequer se tinha dado conta de que tinha gritado até que Lexi esteve de pé a seu lado, com o rosto branco como uma parede.

-Jake! --gritou-. Meu deus, o que tenho feito? Está bem? Dava algo.

-OH, Deus, meu -gemeu ele..

-O que é? O que? -perguntou desesperada.

Tão rapidamente como tinha chegado, a agonia começou a diminuir, e ele começou a respirar de novo.

Dói.

Ela estirou a mão e lhe acariciou o rosto empapado em suor.

-O que tenho feito?

-Nada. Estarei bem em seguida.

Seguia enjoado, mas os dores fortes tinham cessado.

-O que passou?

-Minhas costelas... Suponho que os abraços não são uma boa idéia até que estejam melhor.

-Levo-te a hospital? Necessita um médico?

Jake negou com a cabeça e sorriu fracamente. Lexi era incrivelmente sexy, suave e doce e mimosa em um momento e selvagem como uma tormenta ao seguinte.

-por que sorri? -perguntou ela molesta.

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-Suponho que não quererá voltar para momento quando eu fui tão bruscamente interrompido, né?

-Como pode perguntá-lo? -apartou-se horrorizada-. Pensei que te tinha matado.

-Sinto muito.

-Está seguro de que está bem?

-Sim -ficou de pé para demonstrar-lhe ignorando as palpitações em seu tronco-. Não queria te assustar.

-É terrível! Devi ter perdido a cabeça. No que estava pensando?

-Não acredito que nenhum dos dois estivesse pensando muito faz uns minutos.

Jake viu que realmente a tinha assustado. Lexi ficou a mão na frente, confundida.

-De todas formas, como passou? Nem sequer lembrança do que estávamos falando.

-Eu tampouco. Possivelmente não era algo muito importante.

-Bom... vou.

Ele fez um gesto para as bolsas. -São todas para mim?

Lexi olhou para as bolsas como se nunca as tivesse visto antes.

-Todas. Espero que você goste do que escolhi.

-OH, estou seguro de que sim, exceto... bom estava começando a desfrutar de que vestisse pelas manhãs.

-Jake -disse ela franzindo o cenho-, isso nunca voltará a acontecer -levantou-se-. E tampouco o que aconteceu faz uns minutos.

Jake sorriu; sabia que uma coisa era falar e a outra atuar.

-«Nunca» é muito tempo, Lexi.

-Ninguém sabe isso melhor que eu. mas até que meu pai esteja bem e haja tornado do hospital, não tenho intenção de fazer nada do que pudesse me arrepender.

Ela o disse totalmente séria, e mais que isso, tinha razão. Jake assentiu.

-Poderei viver com isso.

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-Sim? -perguntou Lexi sem poder ocultar sua surpresa e possivelmente um pouco decepcionada.

-Claro. Tenho muito trabalho aqui, e você tem que preocupar-se do Frank e que cuidar do Jamie.

Os dois vamos ter as mãos ocupadas. Além disso acrescentou sonriendo . como acabamos de demonstrar graficamente, eu estou muito obstaculizado para fazer nada.

Ela riu.

-É certo, verdade?

-Sim -Jake lhe abriu a porta-. Assim discuti

remos de novo dentro de um par de semanas. Lexi o olhou cética. -Já veremos.

-É obvio.

Capítulo 8

Ao GOTADA, Lexi parou e apagou o motor. Quase marcada, descansou a cabeça contra o volante e fechou os olhos. Da janela aberta, ouviu os sons familiares da noite, os mugidos do gado, o suave relincho de um cavalo, o som seco do vento.

alegrava-se de estar em casa. Depois de quase uma semana de acampar na sala de espera da unidade de cardiologia do hospital, estava desejando tomar comida caseira e descansar em sua própria cama.

Estava feliz sabendo que seu pai se estava recuperando rapidamente de sua operação e seria transladado a uma habitação normal em qualquer momento. um pouco mais, e sua vida voltaria para a normalidade. um pouco mais...

-Lexi? Lexi, está bem?

Uma mão lhe moveu o ombro, e Lexi lutou por sair da neblina cinza do cansaço que a rodeava.

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-O que? Estou aqui! ocorreu ao...?

Então, pestanejando, deu-se conta de que não estava no hospital. Estava sentada no assento de seu carro na escuridão, agarrando o volante com dedos intumescidos.

-O que? --perguntou de novo.

Devagar, girou o pescoço para o guichê aberto a seu lado. Seus olhos cansados se fixaram na cintura elástica de umas calças de algodão.

Sobre a cintura estreita e nua havia uma vendagem larga e nova e um inconfundível tipóia sujeitando o braço direito.

-Jake, estiveste no médico.

Lexi se sentiu culpado. supunha-se que ela deveu lhe haver levado, e se tinha esquecido inclusive de chamar.

-Levaram-me, não foi problema -abriu-lhe a porta-. Estava dormida?

-Isso acredito -disse saindo com esforço-. Que horas são?

-Pouco mais das dez. Quanto tempo leva aqui?

-Uma hora mais ou menos.

Agarrou do carro sua bolsa, mas Jake a tirou e a girou para a casa.

-Leva aqui dormida todo esse tempo? -perguntou Jake fechando a porta do carro e seguindo-a-. Deve estar esgotada. Pensei que viria a casa ontem.

-Isso queria, mas decidi ficar um dia mais, só para me assegurar de que papai estaria bem sozinho. Prometi-lhe que levaria ao Jamie a vê-lo uma destas noites.

-Ao Frank gostará de muito, e sei que Jamie está morrendo por ver por si mesmo que seu avô está bem. Talvez vou contigo, bom, se não molesto.

-OH, não. Está bem. Estou segura de que papai quererá saber como vão as coisas -disse chegando à porta-. Enquanto não lhe excite nem lhe preocupe com nada. Mas já sabe que não deve fazê-lo.

Jake deixou a bolsa e agarrou a boneca do Lexi. -Lexi, poderíamos falar um momento antes de entrar?

-Estou muito cansada, Jake -disse olhando-o suplicante.

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-Não demorarei muito --não lhe soltou a boneca-. Hoje aconteceu algo.

Como dando-se logo de conta de que a estava agarrando, Lexi apartou a boneca e deu um passo atrás.

-Não é nada grave.

-O que passou? É Jamie? -perguntou alarmada e assustada.

Jake lhe agarrou automaticamente da mão e a aproximou.

-Não, não. Não é nada disso. Jamie está bem.

Twyla se ficou dormindo aqui estes dias, e os trabalhadores sempre estiveram perto. Jamie está bem -repetiu.

Jake apoiou a cabeça contra seu peito, aliviada.

Jake a rodeou com seus braços e esfregou sua bochecha contra seu cabelo enquanto sussurrava.

-Sinto muito. Não queria te assustar.

-Não é tua culpa. Sou eu. Estou muito nervosa. Não estive separada do Jamie desde que nasceu, e foi muito duro estar se separada dele esta semana passada.

Lexi levantou os olhos aos do Jake, procurando compreensão.

-Mas tinha que estar com meu pai. No caso de. Até que soubesse que estaria bem.

Jake a olhou, compassivo e sem palavras. E lhe ofereceu a única resposta que pôde conseguir, um abraço.

-Claro.

Um sorriso apareceu em seus lábios. Fazia ao Lexi sentir-se melhor, e isso era o que importava.

-Obrigado... Bom, o que queria me dizer? -Dolores chamou hoje. Lexi deu um passo atrás e o olhou.

-Eu agarrei o telefone -acrescentou Jake-. Perguntou primeiro por ti. Eu lhe disse que estava no hospital. Assim perguntou pelo Jamie, e eu lhe chamei e me parti.

-Você... ela...?-balbuciou Lexi olhando-o enquanto sua mente se enchia de perguntas que não conseguia fazer.

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-Eu reconheci sua voz, mas não disse nada. Não sei se ela me reconheceu ou não.

Uma leve esperança cobrou vida, e então Lexi recordou que ela tinha reconhecido imediatamente a voz do Jake na caravana do Louanne.

-Reconheceu-te -disse Lexi perdendo a esperança-. Sua voz é muito peculiar. E se tivesse alguma dúvida, lhe teria perguntado ao Jamie e lhe teria contado tudo o que queria saber.

-Sim, isso teria feito, verdade?

Lexi o olhou suspicaz.

-O que quer dizer?

Com inocência, Jake se encolheu de ombros.

-Só estou de acordo contigo.

Ela sabia que havia algo mais, mas não ia insistir. Então se deu conta de que durante todo o tempo que tinha estado fora, Jamie tinha passado cada momento livre com o Jake, lhe fazendo perguntas e de uma vez respondendo às do Jake. Só de pensá-lo, Lexi se estremeceu.

-Tem frio? -perguntou Jake.

-Sim -estremeceu-se de novo, involuntariamente. Era tarde, estava cansada e tinha tido muitos emoções para um dia-. Suponho que Jamie não te disse o que queria Dolores?

-Não lhe perguntei, e por uma vez, Jamie tampouco o disse.

-Ao melhor lhe disse que não o fizesse. -Diz-o com um tom estranho.

-Sim? -grunhiu Lexi-. Sabia que tinha que ter tornado antes.

Lhe pôs a mão no ombro.

-O fato está. Não perca tempo pensando nisso.

-Pêra se eu tivesse estado aqui para agarrar o telefone... -começou Lexi.

O que? Ao melhor eu devia ter falado com ela. Talvez devia lhe haver dito: Olá, Dolores. Sou eu, Jake. Sabe o que? terminei contigo. Não estou zangado, não estou doído. E não pensei em ti há anos. Bom, que tal vai?

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Mas não é certo.

-claro que sim. Qualquer amor que eu haja sentido alguma vez pela Dolores terminou muito antes de que ela partisse. Demorei mais em superar a fúria, porque a nenhum homem gosta de ver seu ego pisoteado assim. Mas inclusive isso terminou faz muito tempo.

-Bom, tem-me confundida. Se não seguia zangado com a Dolores, por que te mostrou tão resistente a voltar aqui?

Jake deu um passo para o Lexi e lhe agarrou o queixo na mão enquanto a acariciava com seu polegar.

- Dolores foi o mais pequeno do que me passou aqui -disse brandamente.

Lexi abriu a boca para perguntar do que estava falando e então se reprimiu. O olhar em seus olhos lhe deteve. Mas ele não podia referir-se a ela. Havia uma dúzia de coisas às que podia referir-se. Não podia falar do que seu estúpido coração acelerado queria que falasse.

Muito devagar, lhe soltou o queixo.

Melhor será que entre já. Verei-te pela manhã?

Ela assentiu. Estava tão cansada que tinha vontades de chorar. E nesse momento lhe desejou tão desesperadamente que estava em perigo de comportar-se como uma parva se se movia um só centímetro.

Mas era impossível que seguisse amando-o. Era simplesmente impossível.

Maldição! Lexi atirou o vestido com cabide e tudo ao chão. Apertou as mãos em punhos e se olhou o reflexo no espelho de corpo inteiro.

Uma mulher simples lhe devolveu o olhar... uma mulher respeitável, vestida do modo em que se vestiu quase todos os dias de sua vida. O comprido corto negro estava recolhido em uma rabo-de-cavalo que lhe caía mais abaixo dos ombros. A camisa a quadros caía por cima dos jeans azuis, que com os anos se esclareceram e suavizado e se tornaram muito cômodos. E as botas blusões de couro negro velhas e desgastadas, eram muito funcionais.

Olhou o vestido, que parecia um montão de flores enrugadas no chão, como se fora uma serpente lhe sussurrando palavras de tentação.

«me leve. Vamos, Lexi, sabe que fica muito bem. lhe mostre ao Jake o bom aspecto que pode ter. Uns poucos cachos no cabelo, um pouco de maquiagem, saltos e este vestido. Cairá rendido a seus pés».

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Lexi fechou os olhos e apertou mais os punhos. Não ia perder seu tempo tentando impressionar ao Jake só porque tivesse uma oportunidade para levar algo que não fossem jeans.

Abrindo os olhos, olhou-se outra vez ao espelho e decidiu que poderia arrumar-se por seu pai, ao menos um pouco. Não havia necessidade de ir ao hospital com o aspecto de acabar de terminar de fazer seu trabalho e não ter tido tempo de trocar-se.

Satisfeita com a decisão, agarrou o vestido e o pendurou de novo no armário. Então tirou uma saia com vôo de veludo cotelê verde escuro, encontrou um cinturão a jogo e botas de pele suave e escolheu uma singela camisa branca com o punhos de encaixe.

Vestindo-se rapidamente, tirou-se o acréscimo e se deixou o cabelo solto. jogou-se um mínimo de maquiagem. Deu um passo atrás e examinou os resultados. O aspecto era singelo, com classe e respeitável. Não queria exagerar e assim não podia não ser considerada sedutora.

Lexi fechou os olhos e respirou profundamente enquanto tentava acalmar seu coração. Tinha muito bom aspecto e o sábia. Pode que não tão impressionante como teria ficado com o vestido de flores, mas bem. Sorriu e saiu da habitação.

Baixou as escadas. Jake e Jamie esperavam na porta da rua. Jamie a viu primeiro, e seus olhos se abriram como pratos.

-OH, mamãe! -gritou--. Está fabulosa!

O sorriso do Lexi se fez maior, mas baixou os olhos, incapaz de olhar ao Jake.

-Pode que tenha passado muito tempo desde que me punha uma saia.

-Fica muito bem -observou Jake. Atrevendo-se a olhar em sua direção, Lexi avermelhou levemente.

-Obrigado.

Jake abriu a porta e ficou a um lado. -Sua limusine espera.

Jamie fez uma careta e pôs os olhos em branco.

De repente contente de ter a seu filho de carabina, Lexi riu e então soou o telefone.

-OH, me esperem no carro. Agora volto. voltou-se e correu ao salão.

-me diga?

-Como te atreve? -rugiu uma furiosa voz feminina.

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Aliviada de que não fora do hospital e segura de que tinha sido alguém que se confundiu de número, Lexi falou com educação.

-A que número chama?

-Estou-te chamando a ti, Alexandra. E exijo saber o que crie estar fazendo.

Ao Lexi quase lhe dobraram os joelhos ao reconhecer a voz superexcitada de sua irmã. sentou-se em uma cadeira.

-Dolores?

-Suponho que te crie muito lista, verdade?

-Estava a ponto de partir ao hospital, Dolores. Crie que isto pode esperar até mais tarde?

Lexi respirou profundamente e se forçou a controlar o pânico que estava deixando seu corpo gelado.

-Não, não pode. Tive que esperar todo o dia a que Harvey partisse e poder fazer esta chamada. E você vais ficar te aí até que termine se souber o que te convém. Agora, importaria-te me explicar que diabos está fazendo Jake Thorn aí?

-Papai lhe contratou. Jake só estará aqui umas poucas semanas até que papai se recupere de sua operação. Por certo, está muito bem.

-Sei --cuspiu Dolores-. Chamei o hospital esta manhã. Embora só seja meu padrasto, preocupo-me.

-te relaxe, Dolores. Terminará logo, e tudo voltará para a normalidade. Não há razão para que te desgoste.

-Não! Você o prometeu. Foi parte de nosso acordo que Jake nunca estivesse perto do Jamie -gritou Dolores-. Não o tolerarei. Ouve-me? Não o tolerarei!

-Não me diga o que tolerará ou não –replicou Lexi-. Você renunciou a seus direitos faz muito tempo. Pelo amor de Deus, Dolores, virtualmente tenho que te suplicar para chame o Jamie e fale com ele. Sabe que é adotado. Está começando a fazer perguntas. Como crie que me sinto?

-meu deus. Não o haverá dito, verdade? -Não, não o hei dito. Mas eu gostaria. Algum dia.

-Não pode.

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-Sim, posso. E algum dia o farei. Mas não agora, não quando posso lhe fazer muito dano. Quando o averigúe quem é sua mãe natural, quero que...

-Né, mami -chamou-lhe Jamie da porta-. Estamo-lhe esperando.

-Tenho que ir -sussurrou Lexi ao telefone. -Libra lhe do Jake -insistiu Dolores-. Não me importa como o faça, mas libra lhe dele.

Lexi lhe deu as costas à porta onde estava Jamie e baixou a voz.

-O que te incomoda tanto? Disse-me que Jake não tinha nada que ver com isto.

-Não quero que se forme idéias estranhas, isso é tudo.

-por que ia fazer o? Há algo que não me haja dito?

-Não!

Lexi quis gritar de frustração. Tentar obter uma resposta direta da Dolores era quase impossível.

-Não tenho tempo agora, mas não te terminado contigo. Y... Dolores...

-Sim?

-Não volte a me ameaçar de novo. Jamie é meu, e eu decidirei o que aconteça com sua vida.

-Não esteja tão segura, hermanita. Pode que não saiba tudo o que crie saber.

Com essa última frase, Dolores pendurou.

-Mamãe? -insistiu Jamie entrando na casa-. Vamos?

-Claro, coração. Sinto muito -disse olhando seu relógio.

Tinha perdido mais tempo de que tinha acreditado falando, e estaria irritável e distraída todo o caminho. O que tinha esperado Dolores conseguir com essa chamada?

Depois de fechar a porta, Lexi seguiu ao Jamie ao carro, onde Jake esperava. Com as pernas cruzadas à altura dos tornozelos, estava apoiado contra a porta do condutor, olhando para o horizonte.

A meio caminho para o carro, Lexi se girou e seguiu seu olhar até o céu rosa e arroxeado.

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-Jake e eu vimos juntos as postas de sol -disse Jamie Ele diz que normalmente não as vê porque sempre está trabalhando. Assim estivemos vendo juntos as postas de sol desde que o avô foi ao hospital. Esta noite foi muito bonita. Eu gritei, mas você não me ouviste.

Lexi deixou de olhar o horizonte e se fixou em seu filho. Estava surpreendida pelo repentino ressentimento que sentiu. Sempre lhe tinha animado para que passasse tempo com seu avô e os trabalhadores. Sem pai, necessitava companhia masculina, e Lexi nunca tinha invejado o tempo que passava com o Manuel, Tonio ou qualquer dos outros. Assim não havia razão para que estivesse ciumenta da amizade entre o Jamie e Jake. E tampouco havia razão para que se sentisse ameaçada por isso.

-Só recorda, filho -disse brandamente-, que Jake só vai estar aqui uma temporada. -Sei.

Um cenho enrugou a suave pele da frente do Jamie, e apartou a mão que lhe pôs no ombro.

- Não quero que sofra quando ele parta. -Não sofrerei.

Sabendo que não deveu haver dito nada, Lexi lhe viu girar e caminhar para o carro. Só tinha dez anos. Não sabia proteger seu coração ou evitar que se rompesse. Não entendia por que terei que fazê-lo. A amizade do Jake era um presente, e a alegria do Jamie era pura e simples, como devia ser.

-Jamie.

Quando ele se voltou, lhe fez um gesto para que se aproximasse. Ele obedeceu, mas a expressão de seu rosto foi uma mescla de aborrecimento e de

saprobación. Dissesse o que dissesse Lexi teria que estar muito bem para que ele escutasse.

-Suponho que pensa que sou uma desmancha-prazeres, verdade?

Ele pensou um momento e logo afirmou com a cabeça.

Lexi sorriu. Inclusive quando ela e Jamie estavam brigados, ela o queria tanto que não podia suportá-lo. Um das dificuldades maiores da maternidade tinha sido evitar lhe mimar de forma irremediável.

-As mães se preocupam -disse Lexi encolhendo-se de ombros-. É lei de vida.

Jamie deixou de olhar ao chão.

-Já não sou um menino, mamãe. Não vou começar a chorar quando Jake parta ou alguma estupidez assim.

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-Mas poderia. E eu também. Essas coisas passam às vezes -agarrou-lhe o queixo e a girou para ela-. O assunto é que sei que há vezes que intento te proteger muito. E esta foi uma dessas vezes nas que você tinha razão e eu não. De acordo?

-De acordo -separou-se dela-. Mas não tinha que te desculpar, mamãe. Eu o teria superado.

Lexi riu.

-Sei, mas não queria esperar tanto. Amigos?

-Claro -Jamie lhe agarrou da mão e caminharam assim para o carro.

-Vamos já? -perguntou Jake.

Vestido com os mocasines que Lexi lhe tinha comprado e um par de calças de moletom azul marinho com uma camiseta de suspensórios a jogo e uma camisa vaqueira aberta, lhe via deliciosamente atrativo com um estilo desalinhado e depravado.

-Sim -disse Lexi abrindo a porta do condutor.

Jake ficou a seu lado.

-Pensei que eu conduziria.

-É meu carro, e você tem só um braço bom. -Posso conduzir com um braço. -É isto machismo?

-Não, é que prefiro conduzir eu.

-Olhe, Jake --Lexi se aproximou consciente de que Jamie estava perto escutando cada palavra--. Na última meia hora, briguei-me com todo mundo com quem falei. Estou cansada. Estou tensa. E eu conduzo -disse com tranqüilidade-. Agora pode ir a seu lado e te sentar?

-Não há nada que possa dizer para te fazer trocar de opinião?

-Agora mesmo não.

Jake levantou a mão boa em gesto de rendição.

-De acordo, você ganha. Mas tenta não passar por cima de muitos buracos, de acordo?

- OH, pelo amor de Deus, Jake. Se você me ensinou a conduzir.

-Sei.

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As duas palavras ficaram suspensas no ar enquanto ele dava a volta até seu lado. Lexi recordou as horas que tinha passado a seu lado na cabine da velha caminhonete que ele tinha usado para lhe ensinar a conduzir. Horas passadas conduzindo pelas estradas do rancho. Horas durante as quais ela tinha estado muito pendente dele para emprestar muita atenção à condução.

depois de ter entrado e de que Jamie lhe tivesse fechado a porta ao Jake, Lexi girou em seu assento para ajudar ao Jake com o cinturão. Sua mão se fechou sobre a dele e a guiou.

lhe olhando, ela se encontrou cara a cara com ele, quase o bastante perto para beijar-se.

-melhorei desde que tinha quinze anos -disse, refiriéndose a seu modo de conduzir.

O se fixou em seus lábios.

-Notei-o.

Lexi se colocou bem e arrancou com uma mão tremente. Sem prévio aviso, Jake estirou o braço esquerdo e agarrou o cinturão que ela não havia meio doido. Sua mão roçava seus peitos enquanto o punha.

Seus mamilos se endureceram com seu roce. Sentiu calor e o olhou.

-Esqueceu te pôr o cinturão -disse enquanto ele esperava que ela guiasse sua mão de novo.

-Eu já me pus isso -anunciou Jamie do assento traseiro.

-OH.

Saindo do feitiço, Lexi pôs a mão sobre a do Jake e se ajustou o cinturão.

-Obrigado -disse, tentando fingir que tudo era normal enquanto o coração lhe pulsava com força. -Posso escolher eu a música? -perguntou Jamie. Lexi levantou a cabeça.

-Deixarei-lhes isso aos dois -disse arrancando e entrando na estrada que lhes levaria a auto-estrada. Tinha um comprido viaje por diante e uma viagem mais comprido ainda à realidade.

Tinha visto o desejo nos olhos do Jake e havia sentido sua própria resposta. Estivesse o que estivesse passando entre eles, tinha que parar. Suas histórias estavam muito emaranhadas e seus futuros eram muito incertos para que se desenvolvesse algo duradouro. Além disso, ela tinha que pensar no Jamie. e Jake era um culo de mau assento que só queria ir à deriva de um sítio a outro. Não era o tipo de homem no que uma mulher pudesse apoiar-se, ao menos não durante muito tempo. E Lexi não era o tipo de mulher que pudesse distanciar-se facilmente.

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A diferença de seu filho, ela protegia com zelo seu coração, porque quando ela amava, amava com todo seu ser. Lexi só tinha amado assim uma vez, e quando Jake partiu a primeira vez, seu mundo se desmoronou. Não podia arriscar-se de novo. Não estava segura de ter a força para suportar lhe perder uma segunda vez.

Capítulo 9

D I M E quando -disse Lexi emprestando atenção a seu pai e ao botão que estava apertando para levantar a cabeça da cama do hospital.

-Aí! Justo aí! -Frank, sentado, fez um gesto aos pés da cama-. Agora tem que levantar isso um pouco porque se não me escorregarei.

Obediente, Lexi provou outro botão até que ele esteve satisfeito e disposto para conversar. depois de dar um passeio desde sua habitação até a sala de espera e volta a sua habitação com seu neto, seu pai parecia mais que desejando terminar a visita da cama.

-Bom -disse relaxando-se contra o travesseiro--. Está muito bonita esta noite.

-Pensei que seria uma mudança agradável depois de quase uma semana dormindo em uma cadeira na sala de espera. Tinha um aspecto desastroso quando me parti o outro dia.

-Não devia estar tão mal -disse seu pai-. Esse médico ruivo que vem cada tarde me perguntou se estava casada.

-Anda, não diga mentiras -protestou Lexi avermelhando.

-É certo -insistiu seu pai-. E pareceu muito decepcionado de não verte ontem.

-Não vais preparar me uma entrevista com ele, verdade?

-Seria melhor partida que Brad McCauley. -OH, papai. saí com o Brad exatamente três vezes.

-Bom, está bem como capataz, mas eu não gostaria como genro.

-Eu nunca considerei me casar.

-Com quem consideraste te casar? -interveio Jake entrando na habitação.

-Com ninguém -disse Lexi olhando fixamente a seu pai.

-Com esse capataz -replicou seu pai olhando-a a ela também.

-Brad McCauley? A serpente?

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Ela se voltou para olhar ao Jake com as mãos nos quadris.

-Nem sequer o conhece, e iró a seu pai e falou em um sussurro-, você não deve te excitar. Brad e eu só somos amigos, ponto.

-Graças a Deus -grunhiu enquanto Lexi se inclinava para lhe beijar na frente.

Ele apertou sua mão e lhe piscou os olhos o olho enquanto ela se endireitava e lhe sorria.

-Agora te leve bem e te verei amanhã --disse ela lhe devolvendo a piscada.

-Se tiver a oportunidade de falar com esse agradável doutor ruivo, lhe pergunte quando poderei sair daqui.

Pondo os olhos em branco, Lexi lhe disse adeus. Jake a viu partir e então se girou para o Frank.

-Como está?

-Bem. Ainda me sinto melhor convexo que de pé.

Jake sorriu e aproximou uma cadeira.

-Eu também me sinto algo assim -disse sentando-se com cuidado-. Estava só brincando ou realmente você não gosta de Brad McCauley?

-Seja o que seja, McCauley não é o homem para o Lexi. Isso sei com segurança.

-Comprovou suas referências quando lhe contratou? Quanto sabia de seu passado?

Frank o olhou fixamente.

-por que? Está sobre algo?

-Nada específico. Há algumas costure que não encontrei, como recibos de compras que se supõe tem feito ele. Preços que parecem algo caros.

-Crie que me esteve roubando? Crie que...?

Jake levantou a mão para lhe interromper.

- Ainda não sei nada. Tenho muito que faz antes de me formar uma opinião.

-Mas está vendo o que eu vi. Há muito gastos e poucos ganhos.

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-Poderia ser simplesmente uma má contabilidade. O tipo pode ser um bom capataz, mas um desastre com os papéis.

-Ou poderia ser um estelionatário.

Jake assentiu.

-Ou poderia ser um estelionatário. Voltando para essas referências sobre o McCauley, comprovou-as bem?

-Não. O capataz que tive antes dele contratou ao Brad como vaqueiro. Tinha boa reputação com os cavalos, e tinha trabalhado de capataz algumas vezes para alguns ranchos do norte. Assim quando o outro capataz partiu sem prévio aviso, Brad se ocupou do posto até que eu pudesse encontrar a alguém. Isso foi faz quase quatro anos, e nunca cheguei a contratar a ninguém.

-Assim que ele poderia ter feito isto antes. Isso é se realmente tinha feito algo.

Durante um momento, Frank não disse nada. Simplesmente ficou olhando ao Jake com solenidade.

-Jake --disse ao fim-, aprecio o que está fazendo.

-Frank, não é nada.

-Sim, é-o --Frank ficou a olhar a parede-. Os dois sabemos que não podia lhe pedir a ninguém que fizesse isto.

-Ainda não tenho feito nada.

-Fará-o. E quando o fizer, confio em que seja justo.

-Não importa quem resulte ser?

-Não é Manuel nem Tonio. Apostaria minha vida. Mas poderia ser algum dos novos trabalhadores que logo que conheço.

-Jamie os conhece todos.

Frank sorriu.

-Sim, verdade? Há-me dito que te esteve ajudando. te falando do rancho e de quem faz cada coisa. É um hombrecito muito preparado, verdade?

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-Sem dúvida. Vai diretamente do colégio ao campo cada dia. Parece que trabalhou com todos os homens daqui, ajudando quando pode e observando e aprendendo o resto do tempo. E acredito que Jamie vê muito mais que algum dos trabalhadores.

-Jamie está planejando dirigir o rancho um destes dias - -disse Frank---. Pode ser só um menino, mas sabe que é seu rancho. Crie que ele poderia saber algo que pudesse te ajudar?

-Sei que não gosta de Brad McCauley. E há um tipo chamado Pepper que Jamie pensa que é algo furtivo.

-Pepper... OH, sim. Tinha trabalhado antes com o McCauley. Lhe contratou o ano passado. É bastante reservado.

-Suponho que isso não é mau -disse levantando-se e endireitando devagar seu corpo dolorido- . Bom, partirei-me e te deixarei descansar.

-Terá-me informado?

-Lexi me fez jurar que não falaria de trabalho contigo -disse sonriendo-. E não tenho feito outra coisa. por que não me deixa que te conte só se encontro algo definitivo? Enquanto isso poderá te dedicar a melhorar para voltar para casa.

Esgotado da tarde, Frank assentiu e Jake partiu. No corredor, Lexi estava de pé falando com um médico forte e ruivo com bata branca. ria por algo que o homem havia dito, e Jake sentiu de repente ganha de dar ao homem um murro em seu rosto sardento.

Interrompendo sua conversação, Jake olhou ao doutor e então se voltou para o Lexi. -Vamos já?

-Em seguida -disse girando-se sorridente ao Jake-. O doutor Kiley estava me dizendo o bem que se está recuperando meu pai. Não é maravilhoso?

fantástico --disse pondo um braço sobre os ombros do Lexi e olhando ao doutor-. Então, Frank ficará bem?

O doutor Kiley assentiu e adotou um ar mais profissional.

-O progresso do senhor Conley segue o curso correto. Estamos muito satisfeitos.

-Não posso agradecê-lo-o bastante, doutor -disse Lexi-. Significa muito saber que meu pai está em boas mãos.

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O sorriso do doutor foi cálida e pessoal.

-Se tiver alguma dúvida ou deseja me buscar, só deixe uma mensagem às enfermeiras -estendeu a mão e Lexi a estreitou-. Falaremos logo, e

terei um bate-papo com seu pai e com você antes de que parta a casa.

-Muito obrigado, doutor Kiley -disse Lexi de novo, ainda sujeitando sua mão.

-Mamãe, podemos ir ? --interrompeu Jamie aparecendo com uma lata em uma mão e uma bolsa de amendoins na outra-. Acredito que necessito uma pizza ou algo assim. Está-me entrando fome.

-Isso sonha bem -disse Jake-. Poderíamos comprar uma de caminho a casa.

-E poderei jogar com os vídeo jogos -disse Jamie metendo um punhado de amendoins na boca-. O que pensa, mamãe?

-Não fale com a boca enche, Jamie -disse Lexi enquanto o doutor partia.

Sentindo-se repentinamente generoso, Jake lhe sorriu. depois de tudo, parecia ser um bom doutor, e não lhe podia culpar por encontrar atrativa ao Lexi. Ao menos tinha tido o tato de apartar-se quando Jake tinha entrado em cena.

-Suponho que se sentirá muito orgulhoso de ti mesmo -disse Lexi interrompendo seus pensamentos.

Ele a olhou, ainda sujeitando a dos ombros. Seus enormes olhos canela brilhavam de modo inquietante.

-A que te refere?

Ela assinalou o braço que a tinha esmagada contra ele.

-Refiro a este gesto de homem das cavernas -girando os ombros se livrou dele-. Graças a ti, esse agradável doutor possivelmente nunca paquerará comigo de novo.

-Se realmente o quiser, posso ir buscá-lo.

-Não será necessário. Papai estará aqui uma ou duas semanas.

Com o Jamie diante, dirigiram-se aos elevadores.

-E então o que? Pensei que seu coração pertencia ao Brad McCauley.

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-Já ouvi tudo o que quero sobre o Brad esta noite. meu deus, quase sinto ter saído com esse homem.

-Pensei que foi ao baile da colheita com ele.

-Onde ouviste isso? -perguntou ela, olhando-o surpreendida.

-Eu o disse -disse Jamie.

-Onde o ouviste você? -exigiu Lexi.

Jamie se encolheu de ombros e entrou no elevador.

-Todos sabem. Suponho que Brad o disse. A que botão lhe dou, mami?

Ela entrou detrás dele e assinalou o da planta baixa. Jake entrou e as comporta se fecharam.

-Disse-lhe que me pensaria isso -disse Lexi irritada--, não que iria. Disse-lhe que dependeria de papai.

Jake manteve o olhar à frente.

-Acredito que esse homem se toma muitas liberdades.

-A que te refere?

-Atua como se fora o dono -comporta-as se abriram e saíram.

Enquanto Jamie corria diante deles para a saída, Jake continuou.

-Além disso, Lexi, eu não gosto do modo em que lhe olhe.

- Parece que não gosta do modo em que me olhe

nenhum homem -observou ela olhando-o furiosa. Jamie se deteve nas portas de saída, fez-lhes um gesto e então seguiu para o estacionamento. Lexi e Jake lhe seguiam, deixando a distância justa para manter sua conversação em privado.

-Bom, pode que eu saiba de homens um pouco mais que você -disse Jake.

- Parece meu pai -deteve-se e olhou indignada ao Jake-. Não sou Caperucita Vermelha, e não preciso ser salva do lobo mau. Posso me cuidar reveste muito bem, obrigado.

O a agarrou do braço.

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-Não tento ser seu pai, Lexi, nem seguisse seu irmão maior. Assim se isso é o que pensa, tira-lhe o da cabeça.

-Então, o que tenta fazer?

-Pode que só tente te manter separada de outros homens, maldita seja. Te ocorreu isso? -perguntou muito devagar.

-Mas, por que?

Realmente tem que perguntá-lo?

Ao Lexi o puseram os joelhos como pudins. -Quero te ouvir dizê-lo -sussurrou. -Quero-te para mim. De acordo? Hei-o dito.

E agora o que?

-Né, vós -gritou Jake do carro-. Tenho fome. Vamos.

-Agora suponho que tomaremos uma pizza -disse Lexi tentando acalmar seu coração.

Jake lhe agarrou da mão e começaram a caminhar.

-Graças a Deus que está escuro -murmurou Jake.

-por que?

-Porque tenho uma ereção enorme, e não posso fazer muito por ocultá-la.

-Jake!

-Você me perguntaste -disse apertando sua mão-. E não me diga que não sente o mesmo.

-Não acredito que pudesse, bom, já sabe... com suas costelas e o ombro e tudo -balbuciou com as bochechas ardendo-. Bom, logo que pode te vestir. Como foi A...?

-Possivelmente não poderia -disse Jake detendo-se e esfregando com o joelho sua coxa ao girar-se para olhá-la-. Mas isso não evita que queira tentá-lo.

-OH, Jake! Não sei.

Lexi moveu a cabeça confundida. Seu coração pulsava fortemente, seu corpo palpitava, sua cabeça dava voltas, e em tudo o que podia pensar era em

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aquela outra noite de anos atrás em que Jake lhe tinha ensinado o significado da palavra amor em seu sentido mais erótico. Em tudo o que podia pensar era no que daria de estar aí de novo.

lhe pondo o braço nas costas, Jake a olhou fixamente.

-Temos muito de que falar -disse.

Lexi assentiu. Seus lábios estavam tão perto que quase podiam tocar-se. Ela respirou profundamente e sentiu seus peitos esmagar-se contra suas costelas.

-Je faço mal?

-Não importa.

Com a mão livre, ela a colocou por sua camisa e acariciou brandamente as ataduras sob a camiseta.

-Insiste em viver perigosamente, verdade?

-Suponho.

-Quero que ponha bem.

-Quero te fazer o amor.

Lexi fechou os olhos, enjoada.

-Nem sequer podemos nos beijar sem que seu fique dobrado de dor.

-Isso foi faz muito. Agora estou melhor.

Ela sorriu e abriu os olhos.

-Foi faz duas semanas -corrigiu brandamente.

-Parece-me quase um ano... Sei que tem razão, mas isso não evita que te deseje. E não poder fazer nada só me põe pior.

Ela apartou a mão de suas costelas a sua bochecha.

-Precisamos falar.

-Não me diga que nunca vai acontecer.

-Né! -gritou Jamie caminhando para eles.-. Tenho fome!

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Sentindo-se culpados, Lexi e Jake se separaram, mas não antes de que Jamie inclinasse a cabeça com repentino interesse.

O que estão fazendo?

Sua mãe tropeçou -disse Jake . Eu a agarrei antes de que caísse.

Jamie os olhou, com os olhos do Jake ao Lexi e de novo ao Jake antes de que seu olhar se posasse em sua mãe com claro cepticismo.

vamos comer? -perguntou finalmente, deixando o outro tema.

-Claro, coração -Lexi caminhou para o carro, atirando do Jake com ela-. Vamos, Jake. vamos comprar uma pizza.

O caminho para a pizzería foi silencioso. Jake girou a cara para o guichê e pareceu dormir quase assim que o carro arrancou. Jamie estava no assento traseiro, dando claras amostras de estar carrancudo, e Lexi conduziu silenciosa cheia de dúvidas e remorsos.

Seu pai estava ainda no hospital recuperando-se de uma operação do coração. Seu filho estava enfrentando-se a muitas mudanças em seu mundo. Sua irmã estava acossando-a com coisas sobre as que Lexi não tinha controle. E os impulsos libidinosos do Jake tinham que ser o resultado do aborrecimento e o isolamento. Ela não podia acreditar que houvesse algo mais nisso.

Por sorte era algo discutível. Apesar do que os dois desejassem, Jake não era capaz de mais além de formar-se ilusões. E quando pudesse, já se teria partido. O pensamento devia alegrá-la, mas sentiu uma pena tão forte que nem sequer pôde tentar mentir-se a si mesmo.

Queria-o. O céu a ajudasse, inclusive se fosse só por uma noite, preferiria passar o resto de sua vida revivendo essa única noite que perguntando-se como teria sido se tivesse tido a coragem de dizer que sim.

-Né, mamãe, aí está! -gritou Jamie de detrás dela.

Um segundo mais tarde seu braço apareceu assinalando junto à cabeça do Lexi, lhe dando um susto terrível.

-OH, Jamie, não volte a fazer isso -disse assustada ficando-a mão sobre o coração.

-Que animação é este? -perguntou Jake, girando a cabeça.

-lhe foste passar isso gritou Jamie virtualmente em sua orelha.

-Não... -Lexi começou a negá-lo, mas sua consciência não o permitia; tinha estado sumida em seus pensamentos-. Bom, é possível. Mas não tinha que gritar.

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-Assustei-te?

Quase lhe pôde ver sorrir enquanto apartava

seu braço e voltava para seu assento.

-Sim -Lexi se aproximou da pizzería-. E que saiba que não é prudente chiar a sonâmbulos nem a condutores sonhadores.

-Nem a ursos dormidos -acrescentou Jake resmungão.

Jogou um olhar inquietante por cima de seu ombro ao assento traseiro, e então voltou a olhar o edifício diante deles. desabotoou-se o cinturão e abriu a porta.

-Está melhor de verdade? -perguntou Lexi pensando em futuras possibilidades.

-Está costelas me incomodarão até a próxima década -disse começando a sair--. Mas não me doem como antes.

Lexi esperou até que todos saíram para fechar as portas. E todos entraram.

Jake se dirigiu a uma mesa tranqüila ao final, onde as luzes eram mais suaves e as velas menos brilhantes sobre as toalhas de quadros vermelhos e brancos. Jamie se encaminhou para as máquinas de jogos junto à entrada. Depois de assegurar-se de que ficaria onde eles pudessem vê-lo, Lexi seguiu ao Jake.

Sós sob a lua, no céu aberto, as coisas que ela havia dito não lhe tinham parecido tão atrevidas. Mas dentro de um restaurante, rodeados de gente, estava envergonhada ao recordá-lo. Precisamos falar. Como podia haver dito algo assim? Como poderia ter acessado ele? Eles não tinham nada que falar além do fato que queriam fazer o amor e não podiam.

E isso não era precisamente algo que ela queria falar em público, nem sequer em privado, já que tinha tido a oportunidade de recuperar a razão.

-Tem o cenho franzido -disse Jake enquanto Lexi se sentava a seu lado.

-Sim? -passou-se uma mão pela frente para suavizá-la, mas só se aprofundou o cenho. -O que ocorre?

-Nada. Suponho que estou cansada.

-Eu poderia conduzir o resto do caminho a casa -ofereceu-se Jake.

Lexi sorriu e seu rosto se relaxou.

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-Ao melhor deixo. -Bom, o que tomamos?

-Ao Jamie gosta só de presunto.

-E a ti de pimiento e cebola. Lexi sorriu.

-Vá memória.

-Surpreenderia-te das coisas que lembrança-disse com voz rouca.

-Sim?-seu pôs tinta pelas lembranças eróticas que cruzaram sua cabeça.

-Metade e metade?

As palavras penetraram em seus sonhos e tiraram o Lexi deles de um puxão.

-O que?

-Metade de presunto e metade de pimiento e cebola-disse Jake olhando-a com curiosidade-. Estábien?

-OH, sim. De que tamanho?

O calor que subiu a sua cara nesse momento foi de pura vergonha.

-Considerando que temos um moço em idade de crescer e um homem faminto, eu diria uma grande.

-De acordo.

Jake se levantou para pedir. Lexi, ao ficar sozinha, sentiu que sua imaginação começava a transbordar-se de novo. Fechou os olhos e respirou profundamente.

Tinha que acabar com isso. Tinha deixado de ser uma adolescente, e Jake definitivamente não era o herói que ela se formou em suas fantasias virginais. Era um homem de carne e osso com falhas e debilidades, e era mais que capaz de romper seu coração e arruinar sua vida. Não o faria a propósito, mas o faria de todos os modos.

Ela era terra e ele fogo. E sabia que não havia modo de estar perto dele sem queimar-se com seu calor. Lexi ainda tinha as cicatrizes da última vez.

Jake se sentou frente a ela e lhe cobriu a mão com a sua.

- Parece pensativa.

um pouco.

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Os dedos fortes e ásperos do Jake acariciaram sua mão.

-Os dois queremos dizer coisas. Quem começa?

-Não estou segura de que este seja o momento

e o lugar -Lexi começou a separar a mão, mas os dedos do Jake se aferraram a sua boneca.

-por que não?

-Não acredito que Jamie esteja muito cômodo com a idéia de nós... você e eu, sendo algo mais que amigos.

-Jamie não está aqui agora mesmo -Jake apartou a mão e começou a brincar com o garfo-. Olhe, Lexi, isto tampouco é fácil para mim. estive confundido contigo a muito tempo tempo.

-Quanto?

-Da noite em que fez dezesseis anos, para ser exato.

A ela começou a lhe palpitar o coração com fúria. Ela nunca esqueceria aquela noite. Recordava o céu azul e o aroma de pinheiro no ar. Recordava cada palavra que Jake lhe havia dito e cada olhar que lhe havia dito mais que as palavras. havia-se sentido aquela noite como uma mulher, uma mulher apaixonada, e Jake lhe tinha feito sentir-se assim.

Jake apartou o garfo e descansou a mão sobre a mesa.

-Se você tivesse sido inclusive só um ano maior, tudo poderia ter sido diferente. Mas uma garota de dezesseis anos, não importa quão tentadora seja, é muito jovem para que um homem de vinte e sete anos pense nela.

Mas você pensava em mim.

-OH, sim, pensava em ti. A noite de sua festa, era muito difícil te ignorar com o cabelo solto e encaracolado, e agitando seus enormes olhos marrons a cada homem.

-Não o fiz.

-Sim -insistiu Jake sonriendo-. E levava esse vestido de festa rosa com o decote tão baixo que seu pai te seguia com um pulôver que não deixava de tentar que pusesse.

Lexi riu, recordando essa parte da festa pela primeira vez desde fazia anos. Pobre papai.

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-Pobre papai, sim. Sua menina estava crescendo justo diante de seus olhos. diante dos olhos de todos. E todo mundo se estava dando conta -disse Jake baixando a voz a um sussurro.

Um calor sensual, lento e delicioso se estendeu por ela ao som de sua voz.

-A mim não importava a gente. Só me importava você -disse Lexi olhando-o diretamente aos olhos.

É por isso que me seguiu fora da festa quando me parti?

Sim.

Como se estivesse acontecendo de novo, ela podia lhe ver girar-se ao som de sua voz, esperando até que ela chegou a seu lado. Com ninguém mais à vista, Lexi lhe tinha pedido um beijo de aniversário. Ele tinha vacilado, e ela se pôs nas pontas dos pés, logo que roçando seus lábios com os dele em uma

carícia. Quando ela se apartou, os braços do Jake a tinham rodeado, apertando-a contra ele.

Isso tinha sido tudo. Animada, ela tinha roçado seus lábios uma vez mais. Mas essa vez, ele tinha reagido, ao princípio resistente, e logo com uma intensidade que tinha tido em um completo contato de seus corpos, com ofegos sem fôlego.

Quão último ela recordava era o olhar horrorizado do Jake ao olhar para baixo, para ela e então girar-se e desaparecer na noite. Até esse momento, o beijo tinha sido tudo o que ela tinha sonhado que seria.

-por que te partiu assim? -perguntou ela ao recordar a dor que havia sentido.

-Porque me assustei -tocou sua mão e a acariciou com a ponta dos dedos-. Você foi muito jovem para saber o que estava fazendo, e eu era um homem adulto considerando seriamente costure que possivelmente eram inclusive ilegais e pervertidas.

-A gente o tem feito antes.

-me acredite, Lexi, foi muito tentador durante o par de minutos em que perdi completamente a cabeça. Então consegui recordar que foi uma menina. E saí daí enquanto ainda pude.

-Eu te queria muito.

-O sentimento era mútuo, me acredite, mas seu pai me teria matado, Lexi. E teria tido razão. Isso teria sido o mais estúpido que nenhum dos dois teria feito.

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-OH, sério? Mais estúpido que te casar com a Dolores três meses depois?

-Isso é outra história.

-Eu gostaria de ouvi-la --insistiu Lexi.

-Pode que em outro momento. Não é algo do que queira falar esta noite.

-E do que quer falar esta noite?

-Do muito que quero te fazer o amor. De repente, fraco pelo efeito de suas palavras, Lexi se levou a mão à frente para que deixasse de lhe dar voltas a cabeça.

-Jake...

-Sei. Acabamos de vir do hospital. Toda sua vida é um torvelinho agora mesmo e isto está algo desconjurado.

-Não é isso.

-Então, o que? -perguntou brandamente. -A última vez... bom, a única vez que fizemos o amor, você te partiu sem me dizer nem adeus.

Meu pai foi o que me disse que não foste voltar. -Está zangada.

-Não sei... Sei que estou assustada, assustada de que o faça de novo se te der a oportunidade.

-Nunca devia te haver feito o amor aquela noite.

Furiosa de repente, Lexi tentou apartar a mão dele, mas Jake não a deixou.

-me escute - insistiu Jake-. Não devi, mas houvesse tornado a fazê-lo se tivesse tido a oportunidade. O único modo em que podia evitá-lo era partindo.

-E o que tinha que mim? Eu fui quem te seduziu aquela noite.

O fantasma de um sorriso cruzou o rosto do Jake.

-Não recordo haver resistido muito -franziu o cenho-. À manhã seguinte pus os pés na terra, Lexi. Não tinha dinheiro, nem trabalho, nem futuro. Inclusive tinha alugado meu rancho por dez anos só para cumprir o acordo de divórcio com a Dolores.

- Bom, isso é muito nobre, mas o que trocou agora de faz dez anos?

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-Você já não tem dezesseis anos. E eu sou muito velho para ser nobre. Nem sequer posso dormir pelas noites pensando em ti... em todas as oportunidades perdidas -disse com paixão entrelaçando seus dedos com os dela-, no bem que te sinto entre meus braços.

A fúria do Lexi tinha desaparecido. Sabia que não lhe oferecia um futuro, mas estava lhe oferecendo muito mais do que ela tinha tido nunca com outro homem. Estava lhe oferecendo outra oportunidade para desfrutar da noite mais maravilhosa de sua vida.

-Eu também pensei coisas parecida --admitiu tragando saliva-. E agora, o que?

Ele se levou sua mão a seus lábios.

-Só queria que soubesse que vou seduzir te assim que possa

-Bom, graças-dijo Lexi enjoada ao pensá-lo-. Uma dama tem que estar acautelada.

-O prazer é meu, você o aseguto.

Capítulo 10

L EXI estava de pé junto à janela da cozinha que dava ao jardim, onde Jake e Jamie jogavam com um balão de beisebol sob o ar outonal, com sua camaradagem em pleno auge de novo. A tensão que tinha aparecido depois da viagem ao hospital uma semana antes se esqueceu, em grande parte para os esforços do Jake.

Enquanto olhava, Jamie jogou o balão ao Jake, que deu dois passos atrás, e o colheu com as duas mãos antes de que me chocasse com seu estômago. Girando a sua esquerda, lançou-o para o Jamie.

Jake ainda levava o tipóia, e suas costelas seguiam enfaixadas, mas detrás três semanas de repouso se estava curando. Ao pensá-lo, o coração lhe deu um bote. mordeu-se o lábio inferior para evitar sorrir, mas sua boca esboçou um sorriso de todos os modos. Logo Jake teria dois braços para sujeitá-la e um peito o bastante forte para suportar seu peso.

E logo o que? Pergunta-a ressonou em sua mente, alelando a alegria como fumaça no vento. Seriam uma ou duas noites suficientes para fazê-la suportar a dor de coração que seguiria? Porque fizessem ou não o amor, ele partiria assim que seu pai estivesse bem.

Jake lhe havia dito que a desejava, mas não havia dito que a amava. Havia dito que sonhava com ela, mas não que ficaria com ela. Lhe faria o amor e depois partiria.

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Lexi se agarrou com força à pilha e respirou profundamente. Quando levantou o olhar de novo, viu o Jake correndo para agarrar o balão. Seu rosto estava depravado e sorridente. Seus olhos verdes brilhavam risonhos enquanto agarrava o balão e se endireitava de novo. Aos quarenta e um anos, era uma versão mais curtida, amadurecida e atrativa do moço a quem ela tinha adorado e o homem ao que tinha chegado a amar.

A risada do Jamie soou quando Jake girou e lhe lançou o balão. Lexi viu seu filho correr para trás para recebê-lo. Seu rosto feliz e olhos risonhos eram tão similares aos que acabava de ver, que suas mãos apertaram tanto a pilha que seus nódulos ficaram brancos.

Inclinando-se para a janela, pestanejou, moveu a cabeça para esclarecer sua visão e olhou de novo. Com os anos, quão parecidos ela tinha visto os tinha atribuído ao produto de sua imaginação hiperactiva. Mas nesse momento, enquanto olhava, a velha suspeita cresceu. Não podia ser. Não podia ser. Mas e se o era?

Dolores lhe tinha jurado que não se deitou com o Jake durante meses antes de lhe deixar. Mas Dolores estava acostumada mentir. Se alguém sabia, seria sua mãe. depois de tudo, tinha sido idéia da Cordelia esconder o embaraço da Dolores depois da identidade do Lexi.

Inclusive depois de dez anos, a lembrança ainda doía. Nunca tinha sido um segredo que Dolores tinha sido a favorita de sua mãe, mas Lexi nunca se deu conta disso até o dia em que tinha visto a partida de nascimento do Jamie. Seu mundo se derrubou quando tinha lido seu nome. Alexandra Lorraine Conley, aparecia como a mãe do James Franklin Conley, o nome que ela tinha planejado dar a seu próprio filho quando tivesse um. E onde devia estar o nome do pai, só punha "desconhecido".

depois disso, as coisas tinham ido de mal em pior.

Deixando a lembrança atrás, Lexi correu ao telefone do salão. Sua mão tremia enquanto marcava o número de sua mãe. Ao quinto ring, suspirou aliviada para ouvir a criada. Enquanto ia procurar a sua mãe, Lexi tentou acalmar seu coração.

-Sim? -perguntou sua mãe docemente ao telefone.

-Mãe? -disse Lexi quase sem voz pelo nervosismo.

-Dolores? Está bem, querida?

-Não, sou eu. Lexi -disse sentando-se.

-Lexi? O que ocorre? Não parece você -alarmou-se-. É seu pai? ocorreu algo?

-Não, não. Está bem. Enviarão-lhe a casa dentro de uma semana ou algo assim.

Cordelia suspirou aliviada.

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-Me alegro. Dolores me disse que tinha falado contigo.

-Sim. Por isso chamo.

-Bom, solta-o, querida. Tenho convidados que devem jantar, e a florista chegará em qualquer momento. Há um milhão de coisas que devo fazer.

-Parece uma grande festa -disse Lexi, ganhando tempo para armar-se de valor.

-OH, não é nada, mas ao Lloyd gosta assim. É muito especial. Bom, o que é, Lexi? Tenho pressa.

-Bom, mãe... -respirou e soltou o ar devagar-. notaste algo no Jamie que fora... bom, familiar?

-Lexi, de que falas? É meu neto. Claro que é familiar.

-Não -disse Lexi impacientando-se tanto como sua mãe-. Não refiro a isso. Recorda a alguém? Nas fotos notaste que se pareça com alguém?

-Bom, não se parece nada a Dolores.

-Em suas visitas, fixaste-te alguma vez na

forma de mover-se e nas coisas que faz? -Bom, sim, e queria te falar disso, Lexi. Sei que vive em um rancho e está acostumado a muita liberdade, mas esse menino é muito revoltoso. Lloyd estava pensando que ao melhor uma escola militar pudesse ser uma boa idéia.

-OH, santo Deus! -exclamou Lexi-. Se Lloyd fora mais rígido lhe poderia dissecar. Para isso não te chamei.

-Lloyd pode ser um pouco rígido, mas é enormemente rico, querida, e espero que seja agradável com ele -replicou Cordelia-. Além disso, eu já lhe hei dito que você nunca estaria de acordo. OH, a florista está aqui, querida. Sério, tenho que ir.

-Mãe, espera!

-O que?

-Sei que Dolores o nega, mas...

-Jake não é o pai do Jamie -disse Cordelia como se pudesse ler a mente do Lexi.

-Quando lhes vejo juntos, isso é muito difícil de acreditar.

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-Sou sua mãe, Alexandra. Dúvidas de minha palavra?

Lexi pensou em todos os anos de decepções, enganos e rechaços. Suspirou cansada.

-Mãe, se tiver aprendido algo em toda minha vida, é que você não te deterá em nada para proteger a Dolores. Eu fui para ti um sacrifício a emano mais de uma vez.

- Dói-me te ouvir dizer isso, Lexi.

-Posso lhe perguntar ao Jake, mãe. Se averiguar que Dolores se deitou com ele justo antes de partir, se me inteirar de que me mentiu nisso, então saberei que Jake pôde ser o pai e possivelmente o seja.

-E então, o que fará? O dirá? Arriscará que possa te tirar ao Jamie? Porque sabe que poderia. Agora os pais têm direitos. É isso o que quer?

Era o tom de sua mãe mais que suas palavras o que doía, mas era uma dor que Lexi conhecia bem. Ela tinha aceito muito tempo antes que era uma enteada para sua própria mãe. E também tinha aprendido que ao final, tinha sido a afortunada.

-Se Jake for o pai -disse Lexi devagar tem direito ou seja o.

-É uma boba, Lexi. Para todo mundo você é a mãe do Jamie. Eu me ocupei disso. Eu, sua mãe. Eu o arrumei de modo que os médicos e o hospital pensassem que Dolores era Alexandra Conley. Eu o arrumei para que pudesse abandonar Califórnia com o Jamie como seu própria filho e ninguém soubesse nunca a verdade. E agora está ameaçando danificando-o tudo!

-Essa decisão terei que tomá-la eu, mãe. Ao melhor você apoiaste sua vida no engano, mas eu não descida vivê-la assim. Jamie sempre soube que era adotado, e quando for o bastante maior, penso lhe dizer quem é sua mãe natural.

-Não te atreverá! -gritou Cordelia.

-claro que sim --disse Lexi tranqüila -. E quando falar ao Jamie de sua mãe, não crie que fará perguntas sobre seu pai? Jamie tem dez anos, mãe. Já está começando a fazer perguntas. Quanto tempo mais crie que posso seguir lhe dando desculpas?

-Não pode dizer-lhe Prometeu não fazê-lo!

-Eu não tinha nem vinte anos. Foi um golpe duro quando averigüei o que tinha feito a minhas costas. Eu fui a Califórnia para ajudar a minha irmã a superar um divórcio traumático. Nem sequer sabia que estava grávida até que a vi. E nunca sonhei que a única razão pela que me queria ali era para me tender uma armadilha.

-Isso não supõe nenhuma diferença. Você aceitou o bebê. Acessou a isso.

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-Claro que acessei, depois de que Dolores ameaçasse dando-o em adoção se não o fazia -Lexi apertava o telefone com tanta força que os dedos lhe começavam a dar cãibras-. depois de que eu levasse lhe cuidando semanas. depois de que me tivesse apaixonado por bebê.

As lágrimas apareceram em sua voz ao recordá-lo, e o coração lhe partiu para pensar nesse bebê diminuto e perfeito afastado por uma mãe que nunca lhe tinha querido. Algumas pessoas nunca deveriam ser mães. Dolores era uma delas, e Cordelia possivelmente outra.

Como a própria Lexi, Jamie tinha sorte de ter sido rechaçado, sorte de ter sido recolhido pelos braços de sua nova mãe e levado a rancho nos subúrbios da Santa Fé onde ele, como ela, conheceria o que era crescer sendo realmente amado.

- Não fique emocional, Alexandra --ordenou-lhe sua mãe-. Sabe o que me desgostam as lágrimas.

Lexi respirou profundamente e se acalmou. O passado tinha ficado detrás. Jamie era dele, e não havia nada que ninguém pudesse fazer por trocar isso. Quando o momento chegasse, lhe diria tudo o que ele precisasse saber e não mais. Não havia razão para que tivesse que escutar todos os detalhes feios.

-Não se preocupe, mãe. Não farei nada ainda. houve muito dor. Não quero que ninguém sofra nunca mais por nada disto --fixo totalmente acalmada-. Dou-me conta de que isto também tem que ser decisão da Dolores.

-Ela nunca acessará.

-Eu acredito que sim, a seu tempo. Acredito que chegará o dia quando ela quererá que saiba. -perdeste a cabeça.

-Já veremos -como de costume, sempre que falava com sua mãe, Lexi estava desejando terminar com a conversação para poder recuperar sua paz mental--. Não está esperando a florista?

-Sim, bom, me prometa que o pensará, Alexandra. ('réu que se isto miras de um modo realista, será sensata.

-Que tenha uma agradável velada, mãe -disse Lexi tirando o auricular da orelha.

-Dá lembranças a seu pai, querida.

As palavras de despedida de sua mãe, logo que ouvidas, fizeram sorrir ao Lexi enquanto pendurava. A última vez que lhe tinha dado a seu pai a mensagem, ele tinha deixado claro que não queria ouvir nada mais dessa maldita mulher». Para ele, o passado era um livro fechado.

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Lexi se perguntou se não seria melhor que ela adotasse a mesma atitude. Ao melhor algo do que sua mãe havia dito era certo. Seria Jamie mais feliz conhecendo a verdade? Ou se sentiria como se sentiu Lexi quando sua mãe ficou com a Dolores e a enviou com seu pai?

Lexi tinha necessitado meia vida para dar-se conta de que a falha não tinha estado nela mesma, a não ser em sua mãe. Não queria que Jamie passasse por isso, mas não sabia como poderia evitá-lo uma vez lhe dissesse a verdade.

Doía-lhe a cabeça de todas as perguntas sem respostas enquanto ficava de pé. Melhor trataria esses problemas como fazia sempre; deixando-os para o dia seguinte, e rezando para poder encontrar uma resposta.

Lexi estacionou diante da casa justo antes do pôr-do-sol. Ela e seu pai tinham acontecido a manhã falando com os doutores, e estava feliz ao pensar que seu pai voltaria para casa depois do fim de semana. Ainda necessitaria muitos cuidados. mas com a Twyla e Manuel para ajudar, tinha podido assegurar aos doutores que não haveria problema.

Um sorriso acendeu seu rosto enquanto saía do carro. Mas em lugar de entrar na casa, sentou-se no bordo da fonte de pedra. Do alto, de onde uma vez tinha cansado a água, havia uma cascata de novelo. As delicadas flores rosas e brancas sobre as folhas verdes formavam um belo tapete a seu redor.

Seus dedos acariciaram as pequenas pétalas de uma rosa, e Lexi suspirou feliz. Seu pai viveria. Logo estaria em casa. O grau de seu alívio lhe indicou quão preocupada tinha estado. Ao melhor já poderia tranqüilizar-se e desfrutar de um pouco mais da vida.

Pelas perguntas que seu pai lhe tinha feito, Lexi sabia que seguia tendo a esperança de que Jake ficasse. Ela quase tinha começado a esperar o mesmo. Jamie ia diretamente a casa do colégio esses dias, e passava as tardes com o Jake em vez de com o Manuel ou outro dos trabalhadores. Inclusive Twyla parecia mais rosada que de costume quando Jake estava perto, e as comidas no rancho nunca tinham sabido melhor.

A porta da casa se abriu e se fechou de repente. Lexi levantou a cabeça esperando ver o Jake. Mas em seu lugar viu o Brad McCauley caminhando energicamente e diretamente para ela.

-Lexi -deteve-se diante dela e ficou os punhos nos quadris-. Por favor, pode me dizer o que está tentando fazer esse maníaco?

Como Lexi não estava interessada na última briga do Brad com o Jake, encolheu-se de ombros.

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-Possivelmente não. Jake está agora a cargo do rancho e eu estive fora todo o dia.

Bom, tem que lhe deter. Como vou poder fazer meu trabalho se tiver que estar subindo aqui todo o dia?

-A que te refere?

-Está revisando cada transação que eu tenho feito durante os dois últimos anos. Está-me fazendo procurar recibos de venda de gado e faturas de compras de mantimentos que estiveram guardadas durante anos e meio --explicou furioso-. Odiaria ter que incomodar ao Frank no hospital com isto, mas não vou agüentar muito mais.

-Não!-alarmada, Lexi ficou de pé-. Não faça isso! Eu me ocuparei. Seja qual seja o problema, eu o arrumarei. Mas não pode chamar a meu pai sob nenhuma circunstância. Não quero que pense, ouça ou sonhe com o trabalho durante ao menos outras seis semanas.

É obvio -disse Brad acalmando-se visivelmente--. Eu... eu não faria isso, Lexi. Nem sequer devi dizê-lo. Só estava furioso.

tirou-se o chapéu com uma mão e se passou os dedos da outra pelo cabelo. Sua expressão recordou ao Lexi a de um menino carrancudo. -O que acontece, Brad?

-Algo nesse homem me irrita.

ficou de novo o chapéu e se baixou a asa sobre os olhos.

-Isso é compreensível. Agora mesmo, Jake está fazendo um trabalho que você gostaria de ter. E você tem o trabalho que ele estava acostumado a fazer. Certo antagonismo entre os dois é natural.

-É mais que isso -disse Brad olhando-a-. Acredito que ele tem ciúmes de algo mais que do trabalho.

Lexi ficou nervosa.

- A que te refere? -perguntou, sabendo-o de antemão.

Brad baixou o olhar.

-A nada -olhou-a de novo, mais depravado-. Decidiste-te sobre o baile deste fim de semana? Ainda eu gostaria de te levar se você quer ir.

Lexi se surpreendeu.

-É este fim de semana?

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-Claro -sorriu-. Faria-te bem sair e te divertir um pouco. Deve estar esgotada depois de todas as horas que passaste nesse hospital.

-Estou-o -sentou-se de novo na fonte -. Pilhaste-me despreparada. Não sabia que fora tão logo.

-Só ficam duas noites -agarrou-lhe a mão . Te direi algo... pensa-o esta noite e me dê a resposta amanhã. Parece-te bem?

-Muito bem-Lexi sorriu enquanto apartava a mão-. Parece-me bem.

esfregou-se a mão contra a saia enquanto lhe via partir. Não necessitava uma noite para saber que não iria ao baile com o Brad. Necessitava uma noite para saber como o diria.

Então se abriu a porta de novo e uma figura alta e escura apareceu no retângulo amarelo da porta.

-vais entrar?

Ela não podia ver seu rosto claramente pelas sombras, mas sua voz não soava alegre.

-Pensei ficar aqui um momento para desfrutar de do ar fresco --respondeu Lexi brandamente.

Jake fechou a porta e avançou até o extremo do portal.

-estive esperando a que voltasse para casa.

Lexi se alarmou.

-Ocorre algo? Jamie...?

-Não, Jamie está bem. Está acima, fazendo os deveres.

-OH, então o que vai mau?

Jake baixou os degraus e se apoiou contra um dos pilares que suportavam o teto do alpendre.

-Hei dito que algo vá mau?

-Não, mas soava assim sua voz.

-Ao melhor simplesmente não gosta que lhe dê a mão a um ladrão como Brad McCauley.

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-Do que está falando? -perguntou de repente zangada--. E o que estava fazendo? Olhando da janela?

- A verdade é que sim -disse Jake devagar-. Não confio no McCauley, assim estava lhe vendo partir. E adivinha o que vi em seu lugar?

-O que viu foi que se queixou sobre ti. Sabe que pensava chamar papai ao hospital?

Jake se aproximou dela.

-Isso não seria boa idéia.

-Isso é o que lhe hei dito. Assim que lhe prometi que eu solucionaria tudo. Bom, qual é o problema?

-Por isso te estava dando a mão? Estava-te dando as obrigado por sair em seu resgate?

- Não é teu assunto, mas me estava pedindo que fora ao baile com ele na sábado.

Esse filho de puta sussurrou Jake.

-O que te passa? -perguntou Lexi ficando de pé com as mãos nos quadris-. Sei que foi capataz aqui, Jake, mas te enfrente aos fatos. Deixou o trabalho, e Brad é agora o capataz. Assim supera-o já.

-Superá-lo? Superá-lo? -quase gritou

-É isso o que há dito?

-Sim, isso é o que hei dito -Lexi levantou o queixo.

-Está fazendo o parvo com esta vendeta.

-Estou fazendo o parvo -repetiu brandamente com fúria no olhar -. Eu sou o parvo? Não me parece isso. Eu não sou o que permite a um ladrão que me fale docemente e me leve a cama.

Lívida de fúria, Lexi apertou as mãos em punhos.

-Tem sorte de que não te esbofeteie por isso.

-Vai com ele? -perguntou Jake ignorando sua ameaça.

-Ainda não me decidi.

-O que quer dizer isso? É uma decisão simples. Sim ou não?

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-Não sei.

Lexi tinha as costas contra a fonte. Não podia retroceder mais, mas Jake seguiu avançando. Suas coxas roçaram os seus. Seus dedos se meteram por seu cabelo na nuca.

-Sim ou não? -perguntou de novo.

Seu punho se fechou em seu cabelo e atirou brandamente, lhe jogando a cabeça para trás.

-Não -sussurrou ao fim, e ao ver o triunfo nos olhos do Jake. trocou rapidamente-. Sim.

-Qual das duas? - grunhiu Jake.

Sua respiração acariciava suas bochechas enquanto seus lábios baixaram tanto que quase roçaram os seus. Ao Lexi pulsava muito depressa o coração, mas não podia render-se a ele. Não podia lhe dizer que tinha ganho.

-Sim.

-Maldita seja.

Sua boca caiu sobre a seu em um beijo castigador e apaixonado. Sua coxa empurrou entre suas pernas, pressionando intimamente enquanto sua língua penetrava devagar no suave interior de sua boca.

Palpitando, Lexi se agarrou a ele, afundando-se no beijo que tinha deixado de ser furioso e se tornou profundo e selvagem. Seus peitos lhe formigaram, e desejava sentir o peso doce de seu corpo sobre o seu.

Estava cheia de desejo. Jake levantou a cabeça e ela ofegou quando a agarrou do quadril e a sujeitou enquanto sua coxa começava com uns empurrões rítmicos entre suas pernas.

Lexi gemeu e apertou a cara a seu pescoço.

-Não vai com ele, verdade? - perguntou com voz rouca junto a sua orelha.

Ela negou com a cabeça e gemeu de novo, incapaz de falar, incapaz inclusive de acreditar o que lhe estava passando.

-Vai comigo -Jake baixou a cabeça e falou junto a seus lábios-. Verdade? -Sim -murmurou Lexi.

Subiu seus lábios aos dele, e Lexi lhe ofereceu sua boca, seu corpo e sua alma. Era dela. Sempre o tinha sido. A boca do Jake se fechou sobre a sua, tomando o que lhe oferecia e dando ternura e paixão em troca.

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-Desejo-te tanto que não posso suportá-lo -sussurrou seductoramente Jake.

Ela podia sentir sua excitação, um abultamiento duro e quente pulsando contra seu estômago, e se sentiu culpado por ter permitido que a luxúria a cegasse e lhe deixar assim.

- Não devi...

-Sshh -Jake a abraçou com mais força-. Sei que estamos no meio do pátio, mas está muito escuro, e estamos sozinhos. E estive médio louco de pensar nisto.

-Isto?

-Isto -Jake se apertou contra seu estômago, sem deixar dúvida de sua excitação-. E isto -seu beijo foi rápido e duro e sua perna se deslizou entre as suas de novo--. E isto.

As terminações nervosas seguiam doendo e palpitando selvagens, enviando explosões pelo corpo do Lexi.

-OH, Jake, agora não. Aqui não. Outra vez não -suplicou Lexi, lutando contra a prazenteira dor em seu interior.

-Sei -Jake a soltou a contra gosto e se apartou, olhando-a aos olhos-. Mas logo. E quando ocorrer, será uma noite muito, muito larga.

Capítulo 1 1

E A está! -exclamou Jake pendurando o telefone-. Tenho-o!

Quando ia subir as escadas, Lexi se deteve o lhe ouvir e entrou em salão. Viu o Jake levantar-se da cadeira e levantar o punho triunfante.

-De que falas? -perguntou, contente de ter uma desculpa para lhe interromper.

Desde seu encontro na fonte a noite anterior, não tinham tido um momento a sós.

-Lexi, ia chamar te -fez um sinal ao sofá frente à chaminé-. por que não nos sentamos?

Perplexa, ela se sentou no sofá, e ele a seu lado, agarrando-a com seu braço bom. Jake a olhou atentamente.

- Te senti falta de.

Lexi sorriu.

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-Não sabia que tivesse pensado em mim. Estava trabalhando cada vez que passei por aqui.

-OH, sim que pensei em ti -disse brincando com seu cabelo e beijando-a brandamente-. Não tenho feito muito mais -sussurrou.

-Eu tampouco.

Jake sorriu já a beijou uma vez mais.

-Alegra-me ouvir isso, porque quero falar contigo e não quero que te desgoste.

Lexi se apartou para olhá-lo aos olhos.

-me desgostar? por que?

-Sobre umas coisas que averigüei desde que estou aqui. Coisas que seu pai me pediu que fizesse enquanto ele estava no hospital.

-Coisas? Que coisas? E por que não sei eu nada?

-OH, já conhece seu pai. Não queria preocupar-se.

-Sim, conheço-o. Sou uma mulher, assim não devo me preocupar com nada. Alguma vez trocará -encolheu-se de ombros-. Bom, o que é?

-Bem, alguém, com a ajuda de um ou dois sócios, esteve cuidadosamente ficando com os benefícios do rancho, há já vários anos. E à medida que Frank se há posto pior, parece que o têm feito mais descaradamente.

-Como? -alarmou-se, sem poder acreditar o que estava ouvindo--. Quem? Sabia papai?

-Suspeitava-o, mas não tinha nada concreto. Pensou que ao melhor como eu era de fora, poderia notar algo que a ele lhe tivesse passado.

-E foi assim?

-Ao final. Ao melhor não o crie, mas Jamie foi que grande ajuda. Todas essas horas que passava com os ajudantes depois do colégio lhe fizeram inteirar-se de muitas coisas. -Por isso esteve te ajudando?

-Sim, Jamie me ajudou com as crias das duas passadas primaveras. Tem uma boa cabeça para os números, e sendo um menino, realmente gosta dessas crias. Recorda exatamente quantas sobreviveram durante os dois anos passados. E nos números não encaixam com os que Brad McCauley deu a seu pai.

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Não?

Em primeiro lugar, ela não via por que ia mentir Brad, e em segundo, não via que algo assim importasse.

-Não -disse Jake com firmeza-. A conta que deu ao Frank ficava curta em dez crias o ano passado e quinze este ano.

-Olhe. Jake, quero a meu filho, mas se for acusar ao Brad de ladrão, terá que ter mais que isso.

-OH, tenho-o, Lexi. Tenho muito mais. Tenho uma caixa cheia de faturas de comida, venda de gado, faturas do veterinário, e não sei que mais costure onde ele trocou um pouco os números e se embolsou a diferença. É pouco, certo, mas todo soma.

Lexi se voltou para olhar sobre seu ombro o montão de caixas junto à mesa. Se queria evidências, aí havia muitas.

-É difícil de acreditar -disse devagar-. Sabe papai?

Mais que aturdida, tinha medo de qual pudesse ser a reação de seu pai. A ele podia não lhe gostar de muito Brad McCauley, mas tinha crédulo nele.

Falamos esta manhã -disse Jake-. Frank pensa que temos tudo o que necessitamos. Posso jogar ao MccCauley quando queira.

-Um momento -disse recordando a imagem apaixonada da noite anterior-. Sabia isto ontem à noite?

-Bom, não falei com seu pai até esta manhã, mas eu sabia o resto.

-foste deixar ir ao baile com esse, esse, esse...?-deteve-se-. Esse ladrão?

-Fiz o possível por evitá-lo -disse Jake meio sonriendo.

-me poderia haver isso dito! -gritou nada divertida, ficando de pé e caminhando de um lado a outro.

Cada vez que o tentava começava a lhe gritar recordou Jake.

O fato de que tivesse razão, só a irritou mais.

-Bem, agora me sinto como uma parva. Eu saí com esse homem e eu lhe defendi.

-Não sabia. Nem sequer Frank sabia que era Brad.

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Ela deixou de caminhar e o olhou.

-Não?

Jake se levantou e se uniu a ela.

-Não, e se eu não tivesse sido tão ciumento respeito ao Brad, estou seguro de que não teria pontudo para ele tão rapidamente.

Lexi suspirou e Jake lhe acariciou a mandíbula. -Ainda assim me tivesse gostado que me houvesse isso dito. Está comprometido alguém mais do rancho?

Lhe levantou o queixo.

-Um tipo chamado Pepper, estou seguro. E possivelmente um novo, Carver.

Ela soltou o ar que tinha agüentado. Ao menos não era ninguém que ela apreciasse. Nisso podia estar agradecida.

-McCauley tomava cuidado com quem metia no assunto. Esta manhã averigüei que não é a primeira vez que tem feito algo assim.

-vais jogar lhe simplesmente? -disse ela sentindo-se enfurecer-. Não quebrantou nenhuma lei? -Bom, é possível, mas nós só queremos nos liberar dele.

-Mas o que há do seguinte rancho ao que vá? Se tiver feito isto duas vezes, fará-o de novo.

-As notícias voam. Não lhe será tão fácil a próxima vez, e duvido seriamente que volte a trabalhar de capataz de novo.

Sem prévio aviso, a porta se abriu e Brad McCauley entrou como uma tormenta.

-Que diabos quer agora, Thorn? -gritou, e se deteve o ver o Lexi médio escondida detrás do Jake-. O que é isto, Lexi? Falou com ele como me disse?

-Temo-me que não tive a oportunidade, Brad -respondeu Lexi lutando por conter-se-. Jake me falou antes .

-Bom, pode que então possamos nos sentar todos -Brad fechou a porta atrás dele e entrou no salão-. Já é hora de que arrumemos algumas costure aqui -sentou-se na cadeira junto ao sofá e esperou a que eles lhe unissem.

Jake rodeou ao Lexi da cintura.

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-Possivelmente seja melhor que nos deixe sozinhos uns minutos, Lexi. Acredito que Brad preferirá fazer isto em privado.

-Não, absolutamente -disse Brad com confiança-. Quero que Lexi ouça tudo o que tem que dizer.

-Já o tem feito, Brad -Jake apertou a mão em sua cintura--. Lexi e eu falamos ontem à noite e de novo esta manhã. E por certo, não irá contigo ao baile. Irá comigo.

-O que? -bufou indignado levantando-se da cadeira.

-E outra coisa -acrescentou Jake-. Acredito que eu gostaria que me devolvesse minha casa. Crie que poderia estar fora amanhã? Pode usar o celeiro para guardar suas coisas até que encontre outro lugar.

De pé e cuspindo fogo, Brad gritou.

-Espera um momento. Essa casa é o aposento do capataz. Todo mundo sabe.

Jake negou devagar com a cabeça.

Não, essa casa é minha. O aluguel do Frank terminou, e eu decidi que quero minha casa. Se pode estar fora amanhã ao meio dia, enviarei a Twyla a limpá-la manhã pela tarde.

- Bom, e que diabos se supõe que farei então?

-Já chegamos a essa parte, Brad. Ainda quer que fique Lexi?

-Lexi -Brad a olhou suplicante Não pode

lhe deter? Não pode fazer algo? Sabe que isto não está bem.

Lexi levantou seu olhar para o Jake, perguntando-se quanto tempo mais alargaria o assunto. Pelo brilho frio em seus olhos, soube que não tinha pressa.

-A verdade é que Jake está em seu direito. Se quer ter sua casa, não há nada que possamos fazer -pôs sua mão sobre a que sujeitava a cintura-. E quanto ao resto, Jake tem minha total aprovação.

-É resto? -Brad se esticou e deu um passo atrás -. Que resto?

Com um movimento da cabeça, Jake lhe indicou as caixas e os papéis que havia sobre a mesa. -Bom, para começar, o que tem que esses recibos que estiveste procurando para mim estes dias?

- Não sei de que falas.

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-claro que sim, Brad. Pode te fazer o inocente. Pode te fazer o mudo. Pode te fazer o surdo e o cego, mas sabe o que fez. E eu também.

-Está-me tendendo uma armadilha. Lexi, não lhe escute!

Brad a olhou desesperado. Se ela não estivesse convencida de sua culpa, quase tivesse sentido pena por ele.

-te renda, Brad -disse Lexi devagar-. Ninguém te crie já. Roubou a meu pai, e tentou me usar. Tem sorte de que tudo o que vão fazer seja te jogar. Se por mim fora, iria ao cárcere.

-O senhor Conley te oferece generosamente duas semanas de indenização se desaparecer rápida e silenciosamente. Pode recolher o cheque amanhã ao meio dia. Suas obrigações como capataz terminaram.

estiveste desejando isto desde que chegou aqui -disse Brad com os dentes apertados-. Arrumado a que se sente muito bem agora.

Se estivesse em seu lugar, partiria-me antes de que se dissessem mais coisas -aconselhou-lhe Jake com voz fria como o gelo . Pode que eu não esteja totalmente curado, mas enfrentaria a ti quando queria tentá-lo.

Brad se aproximou um passo.

-eu adoraria!

-Estou segura disso! -Lexi se liberou do braço do Jake e ficou entre os dois homens . Você!-assinalou ao Brad com um dedo ao peito . Você serpente rasteira, sal daqui e começa a fazer as malas. Não quero ver sua cara até que recolha seu cheque amanhã, e se ouvir alguma ameaça mais de qualquer tipo, simplesmente chamarei o xerife para ver o que pensa ele deste assunto. Agora, te mova!

Com um olhar final na direção do Jake, Brad saiu da casa.

-Que diabos significava isso? --perguntou Jake -. Não necessito que você livres minhas batalhas.

-Não estava liberando sua batalha, a não ser a minha. O que se supõe que posso fazer se sair com ele e te lesa de novo? depois de tudo, você acaba de jogar ao único outro homem que me pediu que lhe acompanhe ao baile na sábado de noite.

Devagar, o fogo saiu dos olhos do Jake, e um suave sorriso apareceu em seus lábios.

-No que estaria pensando eu?

-Não sei, mas eu queria pará-lo antes de que chegasse mais longe.

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Sonriendo, ele a abraçou.

-Bom, dou-te as obrigado mais sinceras. -Um prazer.

Ele a estreitou.

-Estou desejando que chegue amanhã de noite.

Lexi sorriu devagar, surpreendida da sinceridade em sua voz.

- Eu também.

Ele a beijou, e a soltou devagar.

-Será melhor que voltemos para trabalho agora. Tenho que falar com o Manuel para que substitua ao McCauley até a semana que vem.

-O que passará a semana que vem?

-Suponho que para então eu poderei me ocupar de quase todas as obrigações de um capataz.

-Isso estaria bem. Significa isso que vais mudar a sua casa?

-Isso estava pensando. No caso de.

-No caso do que?

Jake fez uma careta.

-Não ia dizer nada, mas seu pai mencionou que Dolores o chamou ontem. Estava falando de vir de visita quando ele saísse do hospital.

-OH, não...

-Ao menos eu tenho onde me esconder.

-Pode que não estejamos sendo muito amáveis. Dolores realmente tem muito carinho a meu pai. depois de tudo, foi seu pai durante seis anos muito formativos, e sei que ele é seu único padrasto ao que chamou papai.

-Se tanto lhe preocupa, poderia ter vindo antes.

-Minha mãe disse que estava esperando a resposta de uma prova que tinha feito.

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Mas a desculpa soou tão fraco para o Lexi nesse momento como tinha divulgado quando sua mãe a havia dito.

O que significa que ela ou vem a recrear-se ou a curar suas feridas.

-Possivelmente. De todos os modos, eu sempre quis que passe mais tempo com o Jamie. depois de tudo, é a única tia que tem, e algumas vezes me preocupa que se sinta rechaçado.

Jake soltou uma risada.

-Com toda a atenção que Jamie recebe no rancho, não acredito que se sinta rechaçado. Além disso, não é igual a se ela tivesse parentesco de sangue.

-Eu não gosto de fazer essa distinção. A família é a família --disse Lexi cortante.

-me perdoe. Não queria te ofender.

-Não estou ofendida disse Lexi incapaz de ocultar sua moléstia, já que ele havia meio doido uma fibra sensível.

-Está muito à defensiva para não estar ofendida.

Lexi respirou profundamente e se forçou a acalmar-se. Oxalá não fora um momento tão mau para que sua irmã aparecesse.

Tem razão -disse ao fim-. Não sei o que me passou.

-Acredito que eu sim -Jake a agarrou da boneca e a aproximou dele-. Não estive casado com a Dolores nem um mês antes de me dar conta o grande engano que tinha cometido. Só em caso de que se preocupe, não ocorrerá de novo. De acordo?

Ele se tinha confundido no que acontecia com Lexi, mas ela estava muito aliviada de todos os modos pela seriedade de suas palavras. Sorriu.

De acordo.

-Algum dia não muito longínquo, contarei-te realmente tudo o que aconteceu -disse Jake.

Ela se apoiou nele.

-Conta-me o agora -sussurrou.

Jake sorriu brandamente.

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Mais tarde -beijou-a com suavidade antes de soltá-la -. Será melhor que volte a trabalhar agora. Pode que possamos falar mais no baile, amanhã.

Jake abriu a porta de seu rancho e esperou a que Lexi entrasse. Justo ao transpassar a porta, ela se deteve, sentindo-se extrañamente como se estivesse entrando em um sonho. A luz de uma lua enche entrava pela janela enchendo de um suave brilho a habitação vazia.

-Parece igual, verdade? -perguntou Jake, agarrando a da mão.

Ela assentiu, perdida em um sonho tão real que quase podia tocá-lo. Onze anos pareciam haver-se derretido. Uma vez mais, viu a lua daquela noite, brilhando grande em um céu sem nuvens, mesclando-se com a luz das velas na habitação quase vazia do rancho do Jake.

-Espero que não te tenha importado deixar logo o baile -Jake interrompeu seus pensamentos, devolvendo-a à presente.

-Não. De todos os modos me sentia um pouco coibida.

-Por meu?

-Não -Lexi fez um gesto a seu vestido curto e muito feminino-. Por isso.

Acompanhando suas palavras, ela se levantou um pouco a saia de vôo, que voltou a cair um pouco mais acima de seus joelhos. Debaixo, suas esbeltas pernas estavam cobertas de meias negras, e em

seus pés havia sapatos negros de salto nada apropriados para um baile em um celeiro.

Está maravilhosa.

-Obrigado -Lexi baixou o olhar envergonhado, já que tinha sucumbido à tentação e se vestiu só para ele-. Esse é o efeito que procurava.

Os dedos do Jake roçaram seu queixo, viajando de um lado a outro da mandíbula.

-Pois triunfaste. Tanto que tive que te tirar do baile para te ter para mim sozinho.

Jake baixou a mão e deu um passo atrás, esclarecendo-a garganta.

-Será melhor que acenda o fogo -assinalou à parede do salão-. Há um rádio fita cassete na esquina. por que não põe uma cinta que você goste?

Enquanto ele se ocupava com o fogo, Lexi procurou entre o pequeno montão de cintas até que encontrou uma romântica. Pô-la, e uma vez mais, lembranças daquela noite encheram sua cabeça.

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As mesmas emoções daquela noite de onze anos antes, sentia nesse momento. A única coisa que faltava essa vez era a idéia romântica de que essa noite seria o começo de uma nova vida para os dois.

Jake se levantou e estendeu a mão para ela. -Concede-me este baile? --eu adoraria.

Sonriendo, ela caminhou para seus braços abertos.

Enquanto a música lhes rodeava, ele vacilou, então se apartou e se tirou o tipóia do ombro.

-Acredito que posso prescindir disto o resto da noite.

-Crie que deve?

Porei-me isso mais tarde - disse voltando a abraçar ao Lexi-. De todos os modos, o médico me disse que possivelmente me tirará isso esta semana que vem. Mas só porque esteja me pondo melhor, não pense que te vais liberar de mim. Seu pai ainda necessita tempo para estar bem, e me falta muito para ir.

Lexi riu. Não podia recordar a última vez que tinha sido tão feliz. Então, rodeada pelos braços do Jake, movendo-se ao som de uma canção de amor, com apenas a luz pálida da lua entrando pelas janelas, foi transportada a aquela noite, a noite que tinha passado entre os braços do Jake...

A única luz procedia das brasas moribundas do fogo e a lua entrando pelas janelas. Lexi não tinha visitado o pequeno rancho do Jake da marcha da Dolores. Não havia móveis, nem abajures nem cortinas, e nem sequer um quadro em uma parede.

O que passou, Jake? -perguntou Lexi por cima de uma canção country que soava da caminhonete aberta estacionada diante da casa.

Jake abraçou ao Lexi sujeitando na mão uma garrafa de uísque.

-Refere aos móveis? Dolores. levou-se até as lâmpadas.

Sem soltá-la, Jake levantou a cabeça para dar um gole de uísque. Com a débil luz, ela não podia ver a fúria que sabia havia em seus olhos. Tampouco podia ver a dor, mas sabia que estava aí.

-Isso foi faz um mês, Jake -disse ela brandamente - . Não pudeste ao menos pôr lâmpadas?

Ele se girou e caminhou para a chaminé, deixando a garrafa médio vazia no suporte com um golpe.

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Lexi lhe viu ficar quieto olhando as brasas.

-Por isso te mudou à casa dos trabalhadores depois de que Dolores se fora? Pensei que era porque não podia estar aqui sem ela.

A risada do Jake foi um grunhido.

-Não exatamente.

-Mas você está zangado - insistiu Lexi recordando a razão pela que ela estava ali, a razão pela que tinha seguido ao Jake, primeiro quando ele tinha saído do rancho e logo quando se partiu do bar onde tinha ido a afogar suas penas.

Ela recordou os papéis do divórcio que tinham chegado esse dia, e nesse momento pareciam um montão no chão da caminhonete.

-Sim, estou zangado -grunhiu-. Essa bruxa consentida está tentando ficar com tudo o que não pôde levá-la primeira vez. Não está contente com a metade do que fica. Quê-lo tudo.

Desolada de lhe ver sofrer tanto por sua irmã, Lexi se aproximou dele.

-Jake, sinto muito.

-Não o sinta --abraçou-a-. Ao menos, livrei-me que ela.

Feliz entre os braços do Jake, Lexi se apertou a ele. Durante três anos, manteve-se à margem, lhe desejando enquanto ele pertencia a outra mulher. Durante três anos havia visto indefesa como Dolores tinha denegrido à pessoa que ela mais desejava.

-Que agradável é estar assim -sussurrou Jake junto a seu ouvido-. Como pude cometer semelhante engano? Como pude ter agüentado tanto tempo?

-Já terminou. É livre. Os dois o somos.

-Ah, Lexi -disse ele começando a apartar-se-. Não me tente. Não sabe quão débil sou.

Ela apertou os lábios a seu pescoço e sentiu seu pulso selvagem. Desejava-o tanto como ele a ela. Ela sabia, embora ele tratasse de negá-lo.

-estive te esperando, Jake.

-Não. É só uma menina. Sou muito major para ti.

-Tenho dezenove anos, Jake -subiu as mãos por seus ombros-. Já não sou uma menina.

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-Não sabe o que está fazendo --disse Jake fazendo um último e débil intento por dissuadi-la.

-Sabe que isso não é certo -Lexi esfregou sua bochecha contra seu ombro-. Me faça o amor, Jake -olhou-o com paixão-. Por favor.

Ele enterrou os dedos em seu cabelo.

-Espero que não te arrependa pela manhã.

-Tem minha solene palavra de que nunca me arrependerei disto enquanto viva.

-Lexi.

E com isso, ele se rendeu.

Lexi jogou a cabeça para trás e gemeu em voz baixa ao recordar aquela noite. Havia muitas perguntas sem responder, muitas coisas que nunca tinha entendido. Mas nada disso importava essa noite. Essa noite só queria reviver a magia que tinha conhecido só uma vez em sua vida.

Jake a abraçou mais e a beijou o pescoço. Lexi gemeu de novo.

-Lexi, te senti falta de -beijou o decote de seu vestido.

As palavras produziram estremecimentos de prazer por suas costas. Seus peitos desejavam seu tato. E seu corpo gritava ser meio doido.

-mostre-me isso

-Não quero me apressar.

-Por favor -sussurrou ela em uma agonia de desejo-. Se tiver um pouco de compaixão, date pressa.

-Está segura?

-Completamente.

-Agarraria-te em braços e te subiria à cama se pudesse.

-Cama? -abriu muito os olhos-. Tem uma cama?

-Trouxeram-me isso esta tarde. Vim depois de que estivesse Twyla limpando e a fiz -sorriu-. Pensava que ia seduzir te sobre o chão do salão?

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-Esperava que tivesse um tapete de pele de urso em alguma parte.

Ele sorriu mais.

-Pode que a próxima vez.

Agarrando a da mão, levou-a a seu dormitório. Ali, a lua também entrava pela janela, iluminando uma cama com dossel, completa com travesseiros amaciados e edredom.

Pela primeira vez, um brilho de verdadeira esperança nasceu no coração do Lexi. Essa não era a cama de um homem errante. Não era nem sequer uma cama que Jake tivesse eleito para ele. Ele tinha feito isso para ela, e só para ela.

Soltando a da mão, Jake se desabotoou a camisa sem esforço e a deixou cair ao chão. Seu peito e ombros bronzeados e musculosos eram inclusive mais impressionantes sob a luz da lua, apesar da banda de ataduras brancas que ainda protegiam suas costelas.

Ao ver seu olhar, Jake se tocou brandamente as ataduras.

-Oxalá me pudesse tirar isso Mas acredito que não devo me passar.

Com um sorriso, Lexi repetiu suas anteriores palavras.

- Pode que a próxima vez.

Lhe rodeou a cintura com os braços e a aproximou

-Pode que não. A próxima vez será muito pronsi eu posso escolher.

Uma vez mais, nasceu a esperança. E uma vez is, Lexi a afogou, quase com medo de acreditar nisso.

A mão do Jake subiu por suas costas. Quando egó ao alto de seu vestido, seus dedos agarraram a remallcra v a haiaron.

Lexi agüentou a respiração enquanto o ar fritou acariciava sua pele nua.

-É o justo -sussurrou ele-. Você me ajudou uma vez a me despir. Agora eu posso fazer o mesmo por ti.

Ele ficou detrás do Lexi e pôs as mãos sobre os ombros do vestido baixando-o e soltando-o para deixá-lo cair até seus pés. Estendeu a mão para ajudá-la a sair do objeto.

Suspirando, Jake a olhou devagar, de acima a abaixo. Então, meigamente, quase com reverência, agarrou seus peitos embainhados em seda em suas mãos e acariciou os mamilos que se endureceram ao momento.

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Quando foi desabotoar o fechamento, Lexi lhe agarrou a mão.

-Você primeiro e olhou os jeans que ainda lhe cobriam.

Jake sorriu enquanto desabotoava o botão metálico de sua cintura e baixava a cremalheira. Detendo-se, sentou-se no bordo da cama e estendeu seu pé com bota.

-Será melhor que antes me você ajude com isto.

lhe dando as costas, Lcxi atirou da bota estendida e a deixou cair ao chão com um golpe.

-Suponho que os mocasines não teriam valido para o baile -murmurou, dirigindo-se à segunda bota.

-Não acredito -disse acariciando os quadris do Lexi.

Deixando cair a segunda bota, Lexi se voltou para ele. Ele a agarrou dos quadris enquanto ela o olhava de acima a abaixo. Lexi não ofereceu resistência quando sua mão baixou a sua pantorrilha e brandamente lhe subiu a perna embainhada em meias, até que seu pé descansou em sua coxa. Suas respirações eram ofegantes, e ele roçou com seus nódulos a cara interna de sua coxa.

Muito devagar, lhe tirou as médias, até que ela ficou somente com braguitas e prendedor.

Jake ficou de pé, tão perto dela que seu peito roçou seus mamilos. Agarrou-a das mãos e as desceu por seus quadris, lhe tirando os jeans no processo. Ao liberar-se sua ereção e esfregar-se contra sua coxa, Lexi agüentou a respiração e se tornou para trás. Acabada a paciência, Jake se liberou rapidamente dos jeans. Jogou-os a um lado de uma patada, agarrou ao Lexi e a beijou com voracidade, derretendo seu corpo e sua alma. Quando ao final apartou os lábios, os dois ficaram ofegantes.

-Oxalá tivesse podido esperar -murmurou Jake colocando os dedos sob o encaixe de seus braguitas e acariciando seus quadris-. Ao menos até que minhas costelas estejam bem. Mas acredito que tivesse arrebentado de tanto descarte -baixou-lhe o objeto pelas pernas . Só espero não te decepcionar.

-Ssh -sussurrou Lexi--. O único modo em que poderia me decepcionar é parando.

-Não há perigo de que isso ocorra.

Com um movimento rápido de seus dedos, desabotoou-lhe o prendedor e o deixou cair sobre as braguitas.

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-Não importa o que ocorra -disse Jake agarrando a da mão e levando-a para a cama-. Prometo não gritar de dor.

Lexi sorriu brandamente enquanto ele apartava o edredom e ela se metia entre os lençóis.

-E não importa o muito que o deseje -murmurou ela--, não te abraçarei com exagero.

Jake se ajoelhou junto a ela enquanto seus olhos percorriam seu corpo maravilhados.

Tira-me a respiração.

Então ficou em cima dela, apertando seus peitos contra ele e cobrindo seu glorioso corpo com o seu enquanto a beijava com paixão e ternura. Logo se tombou a seu lado e baixou um dedo por seus peitos e por seu estômago.

Enquanto seu dedo seguia descendo para o suave bosque de cachos sobre suas coxas, sua boca acariciava seus peitos. um milhão de terminações nervosas no corpo do Lexi pediram mais.

Ela se girou para ele, e abriu as pernas convidando. Com um grunhido, Jake fechou a boca sobre seu peito e o chupou, enquanto seus dedos separavam a abertura úmida entre suas coxas e se metiam dentro.

Capítulo 12

C ON a cabeça descansando em seu ombro bom, Lexi apertou seu corpo contra o flanco do Jake. Sua perna estava sobre a dele e lhe acariciava o quadril.

-Como estão suas costelas? -perguntou brandamente acurrucándose e sentindo sua bochecha roçar o suor quente e úmido de sua axila.

Ele se moveu um pouco, desfrutando da deliciosa sensação de seus peitos e os cachos sedosos contra sua coxa.

-Amanhã ao melhor doem um pouco, mas sobreviverei -disse sonriendo.

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Nesse momento, ele poderia lhe oferecer o mundo. Mas sabia que depois de fazer o amor era muito fácil fazer promessas que não poderia cumprir. Jake seguia sendo um vaqueiro sem futuro e nada para oferecer a uma mulher que se merecia muito.

Mas a desejava. Para essa noite, para o dia seguinte, para o dia depois... Enquanto lhe aceitasse e ele pudesse suportar a dor de saber que não duraria, desejava-a.

Ela se apertou mais a ele, e Jake se sentiu endurecer. Lexi roçou sua coxa sobre ele, acariciando a pele suave e quente contra sua ereção, que se levantou alta e dura e exigindo atenção.

Lexi sorria feliz. Era a luz do sol e a risada e o escuro desejo. Essa brincalhona e doce e apaixonada. Era tudo o que ele tinha sonhado em uma mulher. E era dela.

Jake a tombou de costas e ficou sobre ela enquanto se metia entre suas pernas e se levantava e entrava nela com um limpo empurrão. Ela se fechou a seu redor como um punho, suave e quente.

Estremecendo com espasmo detrás espasmo, Jake apertou sua frente a ela e sussurrou seu nome, roçando com seus lábios os seus.

-Lexi.

Ela se arqueou para ele, com uma força além da paixão, mais à frente da dor.

-Jake, OH, Jake -seu nome era um som gutural ao ritmo de seus empurrões-. Sim, sim, sim...

Jake sentiu seu corpo explodir em mil pedaços. Com um grito. Lexi se arqueou mais e ficou tensa.

Então, devagar, ela começou a mover-se agarrando-se a ele enquanto gemia e ofegava. Agarrando-a até que caiu ao fim, Jake se reprimiu as palavras que desejava dizer; «amo-te».

O momento passaria. E embora não fora assim, ele não tinha direito a dizer essas palavras. Além disso, já as havia dito com seu corpo, de todos os modos nos que podia pensar, durante toda a noite. O sexo era uma coisa, rápida, com uma camisinha... OH, não!

Jake se apartou.

-O que ocorre, Jake?

Inclusive com as palpitações posteriores ao orgasmo, Lexi sentiu que algo ia mau. Quando ele simplesmente a olhou horrorizado e em silêncio, lhe pôs a mão no braço e lhe sacudiu brandamente.

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-Jake, o que acontece?

-Sinto muito. Esqueci-me...

-De que falas?

-Eu não... -fez um gesto ao chão.

Lexi olhou onde ele tinha atirado as camisinhas

que tinha usado ao princípio da noite.

-Eu nunca faço o amor desprotegido –dijoJake solenemente-. Nunca.

-Eu tampouco -assegurou-lhe Lexi.

-Pois agora acredito que temos um pequeno problema.

-Não tem que preocupar-se por isso. por que?

-Bom, porque... -procurou um modo de dizê-lo delicadamente-. Não o deixo ao homem.

-Quer dizer que tomadas a pílula? Ela assentiu com a cabeça.

-Nunca me teria ocorrido que usasse uma proteCCIOII tão constüntf

-Não é teu assunto, mas te direi que recentemente acabo de começar a tomá-la de novo -replicou, molesta de sentir a necessidade de lhe dar explicações.

Os olhos do Jake brilharam. -Como de recente?

-Recentemente. Isso é tudo o que precisa saber.

Ele se estirou a seu lado e lhe girou a cara para ele. --estiveste planejando te deitar comigo desde que cheguei, verdade?

-Não -negou Lexi acaloradamente.

-Mas estiveste pensando nisso. E no caso de, decidiu estar preparada.

-Isso não é diferente de um homem levando uma camisinha em seu bolso continuamente.

-Isso é certo -sorriu-. Não há nenhuma diferença.

- Não tem que parecer tão satisfeito.

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Seu sorriso se suavizou e agachou a cabeça para lhe roçar o nariz com a sua.

-É maravilhosa.

Lexi lhe agarrou pela cintura e fechou os olhos. -E você -sussurrou.

-Possivelmente devamos dormir algo agora. Logo amanhecerá, e amanhã será um dia duro.

Ela não queria pensar no manhã. Não queria dormir. Só queria estar acordada entre seus braços e desfrutar da magia dessa noite.

-Temos que ir já?.

-Não -Jake a estreitou- . Twyla passará a noite com o Jamie. Não acredito que nos espere.

-por que diz isso?

Com toda a comida que ela deixou na cozinha, poderíamos ficar aqui encerrados semanas. Além disso, ela me disse que ela e Jamie estariam bem durante um dia ou dois, e que pensa

que você deve descansar algo antes de que Frank volte para casa do hospital.

Lexi se levantou apoiada em um cotovelo e o olhou. -Um ou dois dias? Ela espera realmente que fique aqui contigo um ou dois dias?

Jake sorriu.

-Sim. É agradável, verdade?

-Não posso fazê-lo. eu adoraria, mas não posso. O que pensaria Jamie? O que pensaria meu pai?

-Talvez pensariam que é uma mulher adulta com necessidades de mulher adulta.

-Os meninos pequenos e os pais não pensam assim. Jamie já está mostrando signos de incomodar-se por ti.

-Tinha esperado estar vencendo isso.

OH, está-o fazendo -assegurou-lhe Lexi-. Mas embora Jamie valore muito sua amizade contigo, teve-me para ele sozinho durante muito tempo. E não gosta da idéia de me compartilhar, nem sequer contigo.

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Pode aprender. Com tempo se acostuma

-Com tempo?

-Sim... decidi ficar aqui um pouco mais. passou muito tempo desde que não tive um autêntico lar. E seu pai vai necessitar ajuda extra durante uma temporada, especialmente até que possamos arrumar a confusão que montou McCauley.

-É essa a única razão?

-Não, nem sequer é a razão principal -disse lhe beijando a cabeça-. Mas você já sabe, verdade?

Ela se apertou mais a ele.

-Tinha-o esperado.

-Não posso te fazer promessas, Lexi. Sou muito major para ti e não tenho nada que te dar. o melhor que poderia fazer seria partir e não voltar a verte.

-Não fale assim --beijou-lhe o ombro, desejando que houvesse um modo de lhe reter, mas sabendo que não o havia.

-É a verdade. Houve um momento no que poderia ter sido diferente. Seguia sendo muito major para ti, mas ao menos tinha um rancho e dinheiro.

-Então não estava interessado em mim -brincou segundo suas próprias palavras na pizzería-. Eu tinha dezesseis anos e você foi um homem maior que necessitava uma verdadeira mulher.

Já te expliquei que não era exatamente assim.

Lexi acariciou os cachos de seu peito.

-Sei. Só eu gosto de ouvir lhe dizer isso.

-De acordo, há algo que não te hei dito.

Deixei cedo essa festa por uma razão -tocou-lhe o nariz com a ponta do dedo-. Você. -Eu?

-Você -repetiu-. depois desse baile lento que baile contigo, não pude mais. Assim que separou de mim seu corpo sexy se dezesseis anos, fiquei pasmado à lombriga totalmente duro, já me entende.

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-Acredito que sim -sorriu Lexi recordando como tinha tentado lhe excitar e tinha pensado que não o tinha conseguido.

-Não te ria -disse Jake-. Sabe o depravado que me senti?

-Oxalá o tivesse sabido então -disse ela com tom arrependido-. Desejei-te tanto aquela noite. Acreditava morrer à manhã seguinte quando Dolores veio alardeando de ter acontecido a noite contigo.

Jake fez uma careta, obviamente ouvindo isso pela primeira vez.

-Não sabia o que fez isso. Sinto muito.

-Ela sabia o que eu sentia por ti. Ela sempre era boa encontrando o ponto débil em outros. Durante um momento, eu tinha pensado que seria para mim.

-Durante uns segundos quase foi assim. Por sorte eu recuperei o sentido, ou poderia haver-se voltado muito pior do que você estava procurando.

-Não acredito. Eu queria ir a casa contigo. Queria que me fizesse o amor. Queria-o tudo.

-Lexi, pelo amor de Deus. Tinha dezesseis anos. O que pensava que aconteceria depois de

isso?

-Tinha dezesseis anos - repetiu como se isso o explicasse tudo-. Pensava que depois viveríamos felizes para sempre.

-A vida não funciona assim.

-Sei. Em troca cheguei a ser a madrinha de noiva de minha irmã três meses mais tarde.

-Ela me disse que estava grávida.

Ele o disse tão baixo que Lexi não esteve segura de lhe haver ouvido bem, e embora assim fora, não podia acreditá-lo.

estirou-se para ele.

-O que?

-Eu sabia que tinha usado uma camisinha, mas ela disse que devia estar quebrado, porque estava grávida. Diabos, era a filha do Frank Conley! Era sua irmã. Não podia deixá-la grávida e abandoná-la. Ofereci-lhe lhe pagar o aborto, mas ela não quis.

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Lexi estava boquiaberta, como se estivesse voltando a reviver um pesadelo.

-O que lhe passou ao bebê?

-Não estava realmente grávida. Tentou de cirme que o tinha perdido, mas para então eu já sabia que era uma mentira. Nunca esteve grávida. Só queria casar-se -disse com voz inexpressiva-. Não sei a razão. Estivemos juntos três anos e nunca a entendi.

-Amava-a?

-Não. Tentei-o. E algumas vezes ela era tão doce que eu quase pensava que poderia funcionar. Então logo houve outros homens e as dívidas que acumulou e as faturas que me escondeu.

Jake moveu a cabeça, como se ainda não pudesse acreditá-lo.

-depois de que tudo acabasse, eu acabei com uma dívida que demorei dez anos em pagar. Se não tivesse sido por seu pai, teria tido que vender o rancho para cumprir ao acordo financeiro que ela me exigiu. E apesar disso, tudo mereceu a pena só por livrar-se dela.

depois de que ela partisse, a noite que me fez o amor, foi como a primeira vez que te deitou com ela? -perguntou Lexi sem podê-lo evitar-. Estava simplesmente furioso e eu resultei estar à mão?

-meu deus, Lexi -disse Jake incrédulo-. por que pensa algo assim?

- Não posso entender o modo em que te partiu à manhã seguinte, Jake, sem uma palavra, como se eu te desse igual.

Ele ficou calado um momento antes de falar. -Eu não tive direito a te fazer o amor, Lexi.

Você tinha dezenove anos, uma virgem. Um homem não toma o presente que você estava oferecendo quando não tem nada que oferecer em troca. O que fiz foi imperdoável.

Reprimindo sua fúria e sua frustração, ela se esticou e começou a girar-se, mas ele a deteve e a acurrucó contra seu peito.

-Esperei três anos para que fosse livre -disse Lexi só médio acalmada por seu abraço-. Eu sabia o que estava fazendo, e não estava pedindo nada em troca. Só queria a ti.

-Tenta entender. Quando meu matrimônio terminou, eu não era melhor que um animal ferido. Estava sofrendo e estava furioso. Sei que te fiz mal partindo desse modo, mas te tivesse feito muito mais se me tivesse ficado.

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-E o que tem que agora? vou despertar me uma manhã para averiguar que me tem feito outro favor e te foste sem dizer uma palavra?

-Não, não voltarei a fazê-lo. Não posso te prometer muito agora mesmo, mas posso te prometer isso.

Lexi descansou a cabeça em seu ombro e escutou o silêncio. Tudo o que realmente lhe tinha prometido era que se despediria antes de partir, mas inclusive isso o fazia sentir-se melhor.

-Esta vez quero mais que uma só noite -disse Lexi brandamente -. Pode me prometer isso também?

Ele enterrou o cabelo em sua cara, apertando-a com força.

-Sim -sussurrou-. Também posso te prometer isso. Posso te prometer muito mais que uma só noite.

Fizeram o amor de novo, com uma paixão que só parecia crescer mais com cada tento por aplacá-la.

O sol estava muito alto, e quanto mais se aproximava a caminhonete ao rancho, mais coibida se sentia Lexi com seu vestido curto de flores e seus saltos. Não se tinha penteado ao levantar-se e tinha toda a juba emaranhada. Sua maquiagem tinha desaparecido. E lhe estava custando muito trabalho controlar o sorriso que saía continuamente a seu rosto.

-Seguro que ninguém adivinhará o que estivemos fazendo -observou irônica soltando uma risita.

-Tinha planejado voltar antes de que ninguém se levantasse -desculpou-se-. Agora teremos sorte se chegarmos antes do almoço.

-Espero que Twyla não esteja zangada. no domingo é seu dia livre.

-Não há problema. Ela não nos esperava até na segunda-feira, recorda? Além disso, disse-me que queria preparar a casa para quando voltasse Frank.

-Sabe que Dolores virá qualquer dia desta semana?

-Sim. Parecia muito nervosa. lhe gostava da série de televisão que fez Dolores faz uns anos.

-Bom, parece muito despreocupado por tudo.

Despreocupado? por que?

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Pela Dolores e também pelo de ontem à noite. Ainda não sei o que vou dizer lhe ao Jamie quando perguntar onde estivemos.

-por que não lhe diz a verdade?

Porque não acredito que deva discutir minha vida sexual com meu filho de dez anos.

Jake riu por sua veemência.

Não, não refiro a isso. Só lhe diga que fomos a um baile e nos estávamos divertindo tanto que não queríamos voltar para casa.

-Não sei. Os meninos crescem muito depressa atualmente. Por isso eu sei, ele já se figurou por que não tornamos.

--Bom, você tem muita mais experiência com meninos que eu. Estou seguro de que encontrasse a resposta apropriada quando chegar o momento.

Jake estacionou junto ao carro do Lexi. O Bronco da Twyla também estava aí, e não se viam mais veículos.

-Tudo parece tranqüilo -disse Jake ajudando ao Lexi a descer do caminhão e lhe dando a mão até a porta-. Arrepende-te?

-Só de uma coisa. Sinto que tenha que terminar.

-Temos esta noite.

Lexi fechou os olhos e respirou profundamente.

-Não me tente. Não seria justo lhe pedir a Twyla que ficasse outra noite.

-Talvez encontraremos outro modo.

-Ao melhor... Tem alguma idéia?

-Não, mas ódio pensar em dormir separado de ti.

-Eu também -disse ela ficando nas pontas dos pés e lhe dando um beijo nos lábios-. Bom, será melhor que entremos já. Se alguém nos ouviu chegar, estará perguntando-se por que não entramos.

A contra gosto, ele abriu a porta e a deixou entrar primeiro. O aroma a comida chegou da cozinha e encheu o vestíbulo.

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-Hmm - Jake respirou profundamente-. Suponho que Jamie não pôde convencer a Twyla de ir comprar uma pizza.

Cheira como se estivesse preparando um banquete.

-Bem, bem, bem -ouviu-se uma voz suave do salão-. Estava começando a me perguntar se apareceriam alguma vez.

Sobressaltada, Lexi girou e se encontrou diante de uma elegante Dolores. Com um traje a medida, saltos de agulha e pérolas, parecia como Grace Kelly. As duas manchas vermelhas em suas bochechas eram o único indício de fúria que aparecia na superfície.

-Dolores -Lexi soou como débil gatinho e se esclareceu garganta-. Quando chegou?

- Ontem à noite. Foi ao baile para te buscar, mas alguém me disse que já te tinha ido. Imagina minha surpresa quando não chegou a casa - -Dolores sorriu e as manchas vermelhas se voltaram fúcsia -. Jamie parecia bastante zangado, e nada do que eu disse lhe tranqüilizou.

-Arrumado a que o tentou com empenho -grunhiu Jake olhando-a com dureza.

Dolores levantou o queixo.

-De fato, fiz-o. Mas não posso fazer milagres. Jamie sabia que sua mãe foi ao baile contigo, e quando ela não voltou... bom, o que podia dizer eu?

-te conhecendo pôde dizer algo

Jake deu um passo para ela--. O que disse?

-Acredito que tem a consciência culpado -disse Dolores fazendo uma careta.

Basta! -baixando a voz, Lexi assinalou com o dedo a sua irmã, que a olhou assustada- . Agora me escute. Minha vida privada está fora dos limites. E qualquer assunto sem terminar que tenha com o Jake, pode lhe esquecer agora mesmo. Não haverá tensão nesta casa. Entende? Nada. Amanhã papai volta para casa do hospital e não haverá aborrecimentos, amarguras nem discussões.

-Eu não comecei isto! --gritou Dolores-. Vim aqui a estar com minha família e para visitar único homem que foi como um verdadeiro pai para mim, e o que me encontro? Encontro a ti, minha própria irmã, te deitando com meu ex-marido. Como esperas que reaja?

-Bom, para começar, espero que não mescle ao Jamie nisto sussurrou Lexi com dureza, pondo ao mesmo um braço no ombro do Jake para deter a fúria que sentia crescer dentro dele.

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-Não o tenho feito -discutiu Dolores-. Você sim, tendo uma aventura diante de seus narizes. Ele é um menino inteligente e sensível. Pensava que não se daria conta?

-Não o agüento mais -grunhiu Jake, apartando a mão do Lexi.

ficou diante da Dolores.

Ninguém está tendo nada, idiota -grunhiu furioso-. Ontem à noite foi a primeira vez que inclusive estivemos a sós. E o que Lexi e eu façamos ou não, não é teu assunto. Você renunciou a seu direito de opinião faz onze anos.

-Não posso acreditar que me diga isso -o rosto da Dolores se desencaixou pelo esforço de agüenta as lágrimas.

-OH, Meu deus -exclamou Jake-. Deixa-o já, Dolores. Estive casado contigo durante três anos. Lexi te conheceu durante toda sua vida. Deixa esta atuação.

-Como sabe que não sou sincera?

-Dolores, o único momento em que é sincera é quando te está admirando no espelho.

Ela levantou as sobrancelhas perplexa, mas um sorriso apareceu em seus lábios.

-OH, Jake, que coisas diz.

-Não te ouço negá-lo.

-Para que? -encolheu-se de ombros . Me conhece muito bem.

-Bom -interveio Lexi-. Crie que há alguma possibilidade de que possamos nos levar bem durante nos próximos dias?

-OH, por que não? -respondeu Dolores-. Eu o tentarei. Você queria que viesse de visita,verdad, ?

Jake se girou e olhou ao Lexi surpreendida. Ela o olhou e apartou a vista. Ele nunca o entenderia a menos que lhe contasse tudo, e ainda não se encontrava preparada para fazê-lo.

-Sim, sim admitiu olhando a sua irmã-. Claro, isso foi faz vários meses, e as coisas eram mais simples então.

-Né! -ouviu-se a voz do Jamie do alto da escada seguida pelo som de suas botas-. Onde estivestes?

Apareceu na porta do salão com as mãos nos quadris.

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-estive muito preocupado -acrescentou o menino.

-Sinto muito, coração. Não havia telefone para chamar. Mas não tinha que preocupar-se. Jake não teria deixado que me passasse nada.

Jamie pôs gesto de desgosto e se aproximou. Quando chegou junto ao Jake, olhou-o com os olhos entrecerrados.

-Pensei que foi meu amigo -disse.

Com o rosto furioso, partiu correndo, desaparecendo para a cozinha antes de que ninguém pudesse reagir.

-OH, Meu deus -sussurrou Lexi desolada. -Disse-lhe isso -disse Dolores satisfeita. Lexi e Jake se dirigiram a ela de uma vez. -te cale!

Com o grito ainda ressonando no ar, Jake olhou ao Lexi.

-Devo ir detrás dele? Nem sequer sei o que lhe incomoda tanto.

-Eu tampouco -Lexi olhou pensativa para a cozinha-. Mas acredito que será melhor que eu fale com ele. Como disse antes, tenho mais experiência com isto.

-Há algo que eu possa fazer? -perguntou Dolores enquanto Lexi partia.

-Sim -replicou Jake-. Ponha roupa decente. Está-me pondo nervoso com esse traje. Aqui não vai jantar com a realeza.

O bufido de indignação da Dolores foi quão último Lexi ouviu antes de entrar na cozinha e encontrar-se com o olhar pormenorizado da Twyla.

-O jantar logo estará preparado -disse a mulher-. Se é que alguém tem apetite.

-Obrigado -Lexi se deteve na porta-. E obrigado pelo de ontem à noite.

-OH, não foi nada -Twyla deixou a um lado a colher de madeira que estava usando para remover uma panela e dirigiu toda sua atenção ao Lexi-. Merece-se um pouco de felicidade, senhora. teve muito pouca ultimamente.

-Agora sei a razão -disse Lexi tentando sorrir-. O preço pode ser muito alto.

-arrepende-se? -perguntou Twyla como se já soubesse a resposta.

-OH, não Lexi sorriu ao recordar a noite anterior-. Nem por um momento.

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-Bom, então vá procurar a seu filho -Twyla agarrou de novo a colher-. E não se preocupe. O entenderá.

-Isso espero -disse Lexi antes de partir.

Fora, o sol brilhava. Era uma perfeita tarde de outono. Procurou pelo jardim e não viu sinal do Jamie, mas soube que não lhe encontraria. Estaria a meio caminho da colina nesse momento, dirigindo-se ao velho pinheiro que tinha sido o refúgio favorito de gerações do Conley. Tinha sido ali onde ela tinha passado alguns dos melhores e piores momentos de sua vida, e ali era onde encontraria ao Jamie esperando-a.

L EXI estava sem fôlego quando chegou ao topo da colina. detrás dela tinha ficado o rancho. Diante tinha as montanhas, uma vista maravilhosa que sempre conseguia acalmá-la.

No alto da colina, encontrou ao Jamie onde supôs que estaria; sentado em um travesseiro de agulhas de pinheiro e olhando à distância.

Brandamente, Lexi falou como se estivesse falando para si mesmo.

-Eu tinha cinco anos a primeira vez que vim aqui. Trouxe-me meu pai. Sentamo-nos baixo esse pinheiro, olhando às montanhas, e ele me explicou o que era um divórcio e por que minha mãe ia se partir. Eu chorei quando me disse que ela me levaria com ela. Não queria partir daqui.

Jamie se moveu. tornou-se para diante, apoiando seus cotovelos nos joelhos, metendo-se mais em seu próprio mundo.

Lexi se agüentou um suspirou e deu um passo para ele.

-Um anos depois, ele me trouxe aqui de novo.

Tinha que me dizer que minha mãe voltava a enviar-me a viver aqui com ele e que ficaria a Dolores em Califórnia com ela. Essa vez não chorei. Doeu-me muito para chorar.

Lexi se sentou sobre uma rocha. -Está zangado comigo? -Sim.

-por que? -perguntou com muita suavidade. -Não o necessitamos.

-Refere ao Jake?

-Sim! -Jamie a olhou um segundo. -Pensei que você gostava de Jake.

-Já não. O avô estará em casa dentro de poucos dias e então tudo voltará a ser como antes. Você sempre dizia que então Jake partiria.

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Ela não sabia se seu tom era esperanzador, triste ou uma mescla de ambos. -É isso o que quer? -Sim.

-Então, por que está tão zangado? --Porque você não quer que parta. -Bom, nisso tem razão -encolheu-se de ombros-. Não quero que parta. Eu gosto

Jake. Eu gostaria que a ti também.

-Pois não! -gritou Jamie apertando suas mãos em punhos, e olhando-a com rosto furioso-. Odeio-o! Oxalá nunca tivesse vindo!

Mais que nada, Lexi queria agarrar a seu menino entre seus braços e abraçá-lo até que a fúria e o medo tivessem desaparecido. Mas já não era um menino pequeno. Era muito major para que os abraços e beijos curassem suas feridas. Seu menino pequeno estava fazendo um homem.

Talvez deveu ter deixado que Jake falasse antes com o Jamie. Ao melhor um homem saberia instintivamente as coisas corretas que dizer. Em sua situação, Lexi teria que valer-se com a verdade, pura e simples.

-Jamie disse brandamente-. Quero-te muito. Nunca quererei mais a ninguém. É a pessoa mais importante de minha vida e sempre o será.

-O que acontece ele?

-Quero ao Jake. Eu não era muito maior que você quando decidi que queria me casar com ele -disse perguntando-se se seu filho entenderia o que tentava lhe dizer-. Nunca aconteceu. Possivelmente nunca ocorrerá, mas não vou mentir te. Se Jake me pedisse isso, diria-lhe que sim.

-Não o fará --o tom do Jamie era mais triste que zangado, e as lágrimas apareceram em seus olhos-. vai partir. Você o há dito.

-E pode fazê-lo, Jamie, mas não podemos evitar isso. Você não lhe dá as costas ao amor só porque tenha medo de que não dure. Quando se oferece amor, toma. Porque é algo muito precioso, embora seja durante pouco tempo.

-Não me importa! -fazendo um novelo, Jamie aproximou os joelhos a seu queixo e se rodeou as pernas com os braços, afundando a cabeça--.

por que veio se for partir de novo? Odeio-o.

Lexi não pôde mais. Não podia deixar ao Jamie solo com sua tristeza. Havia vezes quando todo mundo, inclusive os meninos, necessitavam um abraço. Ela ficou de joelhos a seu lado e agarrou a seu filho protestón entre seus braços.

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-Ssh, coração - murmurou-. Tudo vai sair bem. Seu avô estará logo em casa, e estará conosco durante muito, muito tempo. E eu sempre estarei contigo.

-Não veio a casa -disse rodeando a da cintura e enterrando a cara nela.

-Sinto-o muito. Não queria ficar até tão tarde. É certo -disse terrivelmente arrependida e agüentando-as lágrimas-. Mas Twyla ficou contigo para que não estivesse sozinho. Não lhe disse isso?

-Sim -levantou a cabeça, soluçando--. Mas então chegou a tia Dolores, e estava muito zangada porque você não veio a casa e ela não podia te encontrar. E então eu me assustei.

Lexi suspirou e apartou com um dedo uma lágrima de sua bochecha.

-Você tia Dolores sempre monta muito alvoroço por tudo. Eu não sabia que chegaria tão logo. E o sinto muito. Não deveria te haver assustado assim por nada do mundo.

-Está bem -encolhendo-se de ombros com acanhamento, Jamie começou a separar-se de seus braços.

Dando-se conta de que o momento tinha finalizado, Lexi lhe soltou.

-Mas de todos os modos eu saí outras noites e você não te preocupaste assim. -Jake é diferente.

-O que pensava que ia fazer? -brincou Lexi-. Partir e me levar com ele?

Um cenho apareceu no rosto do Jamie em lugar do sorriso que ela tinha esperado, e Lexi se deu conta de que sem dar-se conta havia meio doido uma fibra sensível.

-Poderia -disse Jamie à defensiva.

-Não sem ti -respondeu-lhe Lexi com firmeza-. Nunca te abandonarei, e nunca te deixarei. Crie-me?

Ele assentiu e enterrou a cara contra ela de novo enquanto seus braços a apertavam com tanta força que Lexi logo que podia respirar. Ela o abraçou também até que ele afrouxou os braços.

- Bom -perguntou brandamente-, somos amigos já? Há algo mais que te desgoste ou do que queira falar?

Ele levantou a cara e fez uma careta. -por que veio?

-Você tia Dolores?

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Jake assentiu.

-Pensei que você gostava.

-Não a necessitamos aqui agora mesmo.

Lexi encontrou difícil não estar de acordo. Dolores sempre era inoportuna, e sempre tinha feito estragos em todos sítios onde ia.

-Eu gostaria que a conhecesse mais, Jamie. depois de tudo, é sua única tia, e acredito que é importante que os dois passem tempo juntos.

-por que? Não lhe importamos. Se fosse assim, viria mais freqüentemente.

-Agora está aqui.

-Isso é só pelo Jake. Assim que chegou ontem à noite começou a me perguntar por ele. Queria saber tudo o que temos feito juntos, tudo o que ele me há dito. Oxalá partisse.

Lexi ficou olhando às montanhas, tentando não perder o controle.

-Não se preocupe, coração. Não o fará de novo. Está já preparado para voltar?

-Sim -Jamie se separou do Lexi e ficou de joelhos -. Mamãe?

-Sim?

-Me alegro de que tenha voltado para casa.

Lhe deu a mão e a apertou brandamente enquanto retornavam.

-Eu também, Jamie.

Abatida, baixou a colina. As possibilidades de passar outra noite com o Jake tinham desaparecido. Com a Dolores no rancho e Jamie alerta, não teriam muitas oportunidades para estar sozinhos nos dias seguintes.

Mas de todos os modos, esse não era o momento para que Lexi pensasse em sua própria vida. Ao dia seguinte, seu pai retornaria do hospital e necessitaria muita atenção. E além disso, tinha que encontrar um modo de que Dolores e Jamie se levassem bem.

Na porta traseira, Jamie lhe pediu permissão para montar em sua bicicleta um momento antes de entrar em comer. Lexi acessou e entrou na cozinha, onde encontrou uma nota da Twyla dizendo que tudo estava preparado exceto o guisado do forno que estaria terminado quando soasse o timbre, e que voltaria pela manhã.

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Lexi olhou o relógio e viu que ainda ficavam quinze minutos. Deixou a cozinha, onde não havia nada que fazer e encontrou ao Jake sentado na mesa do salão.

Levantou a cabeça de seus papéis assim que ela entrou.

-Encontrou ao Jamie? Está bem?

-Sim -disse sentando-se em uma cadeira . Estava mais assustado que zangado.

-Não segue furioso comigo?

-Ao Jamie importa muito, Jake. Acredito que esse é parte do problema. Tem medo de tomar muito carinho e que te parta.

Jake se levantou e se sentou no sofá a seu lado. -E você? Disso tem medo também? -Às vezes -admitiu.

Ele agarrou sua mão e a olhou aos olhos.

-E se te digo que não acredito que isso vá passar?

-Eu diria que «pensar que não vá passar», não é muita garantia de segurança.

Ele sorriu.

-Não seguirá preocupada com a Dolores, verdade? Não depois de tudo o que te contei.

Lexi respirou profundamente.

-Agora mesmo estou preocupada com muitas coisas. Papai vem a casa. Dolores está causando problemas. E eu não estou muito segura de que Jamie me tenha contado tudo o que lhe está preocupando.

Jamie lhe acariciou a mão.

-Não parece que haja muito sítio em sua vida para mim -disse sem deixar de olhar sua mão.

-Eu farei sítio. Só que posso necessitar um pouco de tempo.

-O que tem que esta noite?

Ela notou de antemão a decepção em sua voz, e sabia que ele tinha adivinhado sua resposta.

-Não me atrevo a partir.

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-Isso não significa que não possa verte. Pode ao menos te reunir comigo fora quando todos se deitaram? Inclusive embora só falemos, quero passar um pouco de tempo a sós contigo.

Ela se mordeu o lábio inferior e se perdeu em seus olhos verdes.

-eu adoraria.

Desejando que a noite já tivesse chegado com apenas a lua, as estrelas e Jake por companhia, ela apartou a mão a contra gosto.

-Será melhor que vá procurar a Dolores. Tenho que lhe dizer umas quantas coisas. Sabe onde está?

-Acredito que acima, em sua habitação. Algo em sua voz chamou a atenção do Lexi. -Brigaste-lhes?

-Não. Acabamos de descobrir que já não temos nada que nos dizer.

Não muito convencida, ela deixou o tema, sabendo

que não conseguiria uma resposta dele.

-Bom, não demorarei -levantou-se-. Pode apagar o forno quando soar? E se Jamie voltar,

pode lhe dizer que é a hora de comer? -Está segura de que terá apetite depois

de falar com a Dolores?

Lexi sorriu.

-Bom, se não baixarmos, comecem sem nós. Possivelmente não lhes venha mal passar um momento juntos.

Ela tinha chegado à porta quando Jake se esclareceu garganta.

-Se por acaso sai o tema... quanto sabe de ontem à noite?

-Jake -disse ela com tom incrédulo-. Tem dez anos. Sabe que sua mãe partiu contigo a um baile e não retornou até o dia seguinte. O que passasse entre nós, espero que seja um mistério para ele.

-Pode que saiba mais do que você pensa, não falaste com ele ainda da vida? -Jake!

-É isso um não?

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-Pensando-o melhor, pode que não seja tão boa idéia lhes deixar sozinhos.

-te relaxe. Vete. Jogarei uma partida de xadrez se começar a me fazer perguntas sobre ânus

che.

-Prometido?

-Prepararei o tabuleiro, no caso de.

-De acordo -sorriu-. Baixarei o antes que possa.

No piso de acima, encontrou a Dolores no que estava acostumado a ser a habitação principal antes de que os problemas de coração do Frank lhe tivessem obrigado a mudar-se ao piso de abaixo. De pé na porta, Lexi observou a sua irmã, que estava de

pie diante da janela, olhando ao campo. Sempre esbelta, Dolores parecia inclusive mais magra que antes, embora sua figura era mais voluptuosa que nunca. Seu cabelo loiro natural estava branco e de aspecto quebradiço. Havia nela um ar de tensão que se mostrava na rigidez de seu corpo e o modo em que sua mão agarrava a cortina a seu lado.

Lexi esqueceu de momento o sermão que pensava lhe jogar, e em seu lugar falou docemente, para não sobressaltá-la.

-Está bem?

Dolores se girou, soltando a cortina que tinha enrugado em sua mão.

-Estava olhando ao Jamie. Está montando na bicicleta que lhe dei de presente por natal faz dois anos. Tinha-me estado perguntando se realmente lhe teria gostado.

-adorou. Subida continuamente. Jamie tentou te chamar depois de natal para te dar as obrigado, mas você estava rodando em alguma parte.

Dolores se encolheu de ombros.

Possivelmente a Itália ou Austrália. São os dois únicos sítios onde trabalho regularmente -sorriu, e o entusiasmo apareceu momentaneamente à superfície-. A primeiros de ano, vou filmar uma série de seis semanas. Farei de uma moça de vinte e cinco anos, se pode acreditá-lo. antes de fazer a prova, tirei-me um pouco daqui -tocou-se a extremidade do olho onde devia haver patas de galo-, e me pus aqui -assinalou seu impressionante busto.

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Lexi a olhou incrédula.

-Operaste-te para conseguir um papel?

-São coisas do trabalho. Além disso, funcionou, e agora vou fazer um papel de uma moça com cinco anos menos dos que tenho eu.

-Cinco? Dolores, eu tenho trinta. Você tem trinta e seis.

-Fecha a boca! -disse Dolores olhando ao redor como se alguém pudesse ouvi-lo-. Inclusive Harvey pensa que só tenho trinta e um.

-Dolores, está mentindo a seu marido sobre sua idade?

-É obvio. por que não? Nossa mãe

sempre mentiu a seus maridos sobre sua idade. Inclusive lhes mentiu sobre minha idade. E há um par de maridos que nem sequer souberam que você existia.

-O que?

- OH, já sabe, depois de que te enviasse aqui a viver. Você sabe por que o fez, verdade?

Não, realmente não escolho agarrando-se à cadeira de balanço para sujeitar-se-. Nunca se incomodou em explicar-lhe nem a papai nem a mim. Só me enviou.

Dolores riu, alheia à dor na voz do Lexi.

-Então teria que ter explicado quem foi você, boba. Assim que foi, tirou-se dez anos, acrescentou-me três e começou a lhe dizer a todo mundo que eu era sua irmã pequena. Pode acreditá-lo?

Dolores riu de novo, um som agudo que deveria ter sido encantador, mas em seu lugar soou ligeiramente histérico.

-Os seguintes dois maridos de mamãe depois do Frank, pensaram que eu era sua irmã e que ela me cuidava depois da morte de nossos pais.

Lexi se agarrou mais à cadeira de balanço enquanto sua cabeça dava voltas.

-Como pode rir ? -Lexi olhou aos olhos azul anil de sua irmã que estavam acostumados a ser azul celeste, embora certamente levaria lentes de contato de cor-. Você tinha doze anos e ela te fez fingir quinze? Roubou-te anos de sua vida.

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-Recuperei-os de novo -encolheu-se de hom bros-. Eu me casei com o Jake quando tinha vinte e dois, e quando me divorciei dele, tive vinte e dois de novo. E quando cumpri os vinte e cinco, fiquei aí durante os seguinte cinco anos.

-Assim agora está por minha idade.

-Sim -sorriu como se estivesse muito satisfeita-. Em outros dez anos possivelmente terei que me converter em sua irmã pequena.

Lexi não viu humor na situação.

Então, quantos anos se supõe que tem nossa mãe?

-OH, teve-nos quando era muito jovem. Quase era uma menina.

-minha mãe.

Lexi apoiou a cabeça na mão um momento.

Mais que nunca se dava conta da grande dívida de gratidão que tinha para seu pai. Lhe tinha dado uma vida normal e sã. Tinha-lhe dado segurança e amor. E tinha recebido ao Jamie sem fazer perguntas quando Lexi tinha retornado de sua visita de sete meses a Califórnia com o bebê de Dou

lores entre seus braços.

Sem a influência equilibrada e constante de seu pai, ela poderia ter aceito o engano como parte da vida, igual a faziam sua mãe e sua irmã.

Lexi saiu de seus pensamentos. -Dolores, temos que falar. -Pensei que estávamos fazendo-o. -Temos que falar do Jarcie.

-Porquê?

Lexi se sentou, aliviando suas pernas trementes.

-Jamie está começando a fazer perguntas sobre sua mãe natural. Bom, não realmente pergunta ainda. Só indiretas. Quase todos os meninos adotados ao final querem saber quem som seus pais de sangue.

-por que teve que lhe dizer que era adotado? -perguntou Dolores mal-humorada-. Supunha-se que você fingiria que era teu.

-Quem ia dizer lhe que era seu pai?

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-Qualquer que você quisesse. A quem lhe importa? Dolores, nervosa, começou a caminhar.

-Ao Jamie importa -disse Lexi paciente.

-É só um menino. Acreditaria algo que você lhe dissesse.

-Honestidade, decência, justiça. Significam algo essas palavras para ti?

-OH, sério, Lexi, às vezes é uma pesada

Dolores deixou de caminhar e olhou a sua irmã-. Se não deixar isto, vais danificar o tudo.

-Dolores, ele é seu filho. Não sente nada?

-claro que sim. claro que sim. O que crie que sou? Crie que não quis dizer-lhe levantou as mãos dramaticamente e começou a caminhar de novo-. Crie que não sonhei com como seria? Você crie que não desejei que me chamasse mamãe?

Ver a Dolores revoar pela habitação era positivamente enervante. E escutar seu perorata poética sobre a maternidade, inclusive pior.

-Então, por que não quer que o diga? -perguntou Lexi, sem permitir que a distraíra.

-Dá-me medo, de acordo? Simplesmente me dá medo. Não estou preparada.

-Do que tem medo?

-E se não gosta? E se me culpa por lhe haver abandonado? -a voz da Dolores, de repente se voltou muito doce--. tentei ficar grávida. Mas nada. Às vezes me pergunto se Deus me está castigando.

-OH, Dolores. Não acredito que Ele faça essas coisas -disse compassiva apesar de não querer.

-Mas estive me perguntando ultimamente sobre muitas coisas. Meu matrimônio não é o que estava acostumado a ser. Harvey quer realmente um filho. Às vezes penso que posso lhe perder se não lhe der logo um.

-Sempre poderia adotar --sugeriu Lexi, penando que era uma ironia.

-Não -Dolores moveu furiosa a cabeça, como ;i a idéia a assustasse, e então, seu seu olhar suavizou-. Mas acredito que gosta de Jamie. Harvey `ue o que escolheu a bicicleta. desfrutou de muito ás poucas vezes que Jamie veio que visita.

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-Bom, já vê -disse Lexi emocionando-se esse é o tipo de laço que eu gostaria que se órmara entre o Jamie e você. Assim quando ele averigúe lue você é sua mãe natural, será como se tivesse

uma segunda família. depois de tudo, já é sua tia. Nada tem que trocar, exceto ele saiba a verdade.

-vou ter que me acostumar à idéia -Dolores começou a caminhar de novo- . Mas é tão distinto. depois de que saiba quem é sua mãe, o que acontecerá se quer saber mais?

-Como o que?

-Como seu pai -sussurrou Dolores-. E se quer saber quem é?

-Todos queremos sabê-lo, Dolores. E é algo que definitivamente Jamie precisará saber.

-Não! Não!

-Foi Jake?

-Já te disse que não!

Dolores retrocedeu até a janela com olhar de horror em seu rosto.

-Mas ao princípio me disse que Jake foi o pai.

-Não o fiz! -negou acalorada.

-Sim -disse Lexi tranqüila- -. Quando Jamie nasceu e eu te disse que era muito jovem para me ocupar de um bebê e educá-lo sozinha. Você me disse que cl bebê era do Jake, e que se eu não o queria, daria-lhe em adoção, e o bebê do Jake seria criado por estranhos.

Dolores franziu o cenho e um olhar longínquo apareceu em seus olhos.

-OH, sim, suponho que o disse. Verdade?

Lexi sentiu um triunfo momentâneo ao obter finalmente de sua irmã um pouco parecido a uma resposta clara.

-Então, quando te deu conta que eu planejava encontrar ao Jake e dizer-lhe trocou a história -continuou Lexi recordando-o tudo perfeitamente-. Disse que tinha estado com muitos homens para estar segura de quem era o pai, mas que sabia que não podia ser Jake. Disse que já não te deitava com ele quando ficou grávida.

-Isso é certo. Não nos tínhamos deitado em meses.

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-Mas ocorre que quanto mais Miro ao Jake e ao Jamie juntos, mais parecidos vejo -insistiu Lexi-. Assim tenho que me perguntar se não estava me dizendo a verdade a primeira vez. Tenho que me perguntar se Jake não for realmente o pai do Jamie depois de tudo.

-Isso é ridículo -disse Dolores furiosa-. E se te atreve a dizer-lhe a ele, farei que o sinta enquanto vivas.

-Mas por que, Dolores? por que, depois de todos estes anos, importa quem seja seu pai? -Porque se Jake acreditar que ele é o pai, então vai ou seja que eu devo ser a mãe.

Lexi levantou o queixo desafiante. -Não necessariamente -disse devagar.

-O que quer dizer isso? Quem mais poderia ter sido? Eu podia estar saindo com outros homens, mas Jake foi totalmente fiel, e sei.

-Você foi com o Bobby Hooper duas semanas de férias ao Mani. E quando isso terminou te mudou com nossa mãe e pediu o divórcio -disse Jake indignada-. Acredito que para então Jake se considerou um homem livre... e eu também.

Um nervo se esticou nos olhos da Dolores e suas fossas nasais se abriram reprimindo sua raiva.

-O que está tentando me dizer, Alexandra? Está tentando me dizer que eu logo que tinha saído de sua cama antes de que você satisfizesse seus sonhos de adolescente e seduzira a meu marido?

-ex-marido -corrigiu Lexi.

-O divórcio não era definitivo.

-Você o tinha pedido.

-Não era definitivo!

Lexi a olhou incrédula.

-Tinha vendido todos os móveis, tinha esvaziado a conta bancária e só foi depois do único que ficava a ele... seu rancho! lhe pareceu bastante definitivo!

-Minha própria irmã -Dolores se cobriu a cara com as mãos e lhe deu as costas-. Como pôde me fazer isto? Como pôde me trair assim?

-Pelo amor de Deus, Dolores, estava te divorciando dele. Pensei que isso significava que tinha renunciado a seu direito.

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Dolores bufou indignada.

-E suponho que todo o tempo que estivemos casados, você estava simplesmente sentada como um abutre esperando que fora livre de novo.

-Não todo o tempo --disse Lexi incapaz de acreditar que estava realmente começando a sentir-se culpado--. Mas depois do primeiro ano, você me disse que estava te impacientando. Eu te queria, Dolores, mas queria também ao Jake. E você sabia. Sabia quando te casou com ele.

-Tinha só dezesseis anos!

-Mas tinha sentimentos. E se te traí, então você também me traiu . E você o fez antes.

--Sinto muito - Dolores soou genuinamente castigada . Nunca me dava conta de que o teu fora sério. Pensei que só era um amor de adolescente. Algo que te passaria.

-E a mim nunca me ocorreu que te importasse o que Jake fez quando lhe deixou.

-Suponho que ao melhor não deveria me importar -encolheu-se de ombros e pôs gesto valente- . Só me surpreendeu. Possivelmente mais porque foi contigo.

-E isso aonde nos leva? -perguntou Lexi-. Não podemos trocar o passado, mas podemos nos assegurar de que Jamie não sofra por ele.

-Não sei -Dolores franziu o cenho, mostrando sinais de abrandar-se--. O que é exatamente o que quer que eu faça?

-Que passe tempo com ele. Fala com ele. Conhece-o -disse Lexi com ansiedade.

-Para que possa lhe dizer que sou sua mãe? -riu nervosa-. Esse não foi nosso plano original, Lexi.

-Você e sua mãe nunca me consultaram quando fizeram este trato. Dolores. A única opção que eu tive foi ficar com o Jamie ou ver como o dava a um estranho.

-Era seu nomeie o que havia na partida de nascimento. Tudo o que tinha que fazer era lhe dizer que você foi sua mãe. Nós o arrumamos tudo para que parecesse assim.

-E logo, o que tinha que fazer eu, Dolores? Passar o resto de minha vida lhe mentindo ao Jamie e a papai? Quem ia dizer que era o pai?

-Bom, quem vais dizer que é agora?

-Ainda espero que você termine me dizendo a verdade.

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Dolores se passou a mão pela frente.

-Não sei. Tem-me confundida.

-É tão dura a verdade?

-Como poderia saber você como é? Você te criou aqui, com seu pai -disse dando as costas ao Lexi-. Você teve uma infância.

-Ao menos você teve uma mãe -replicou Lexi.

-OH, não é certo -Dolores a olhou com os olhos brilhantes-. depois de que te enviasse aqui, eu tive uma irmã maior, recorda? As duas perdemos a nossa mãe ao mesmo tempo, Lexi.

-Sinto muito, Dolores. Nunca soube isso até hoje.

- Não era algo do que eu gostasse de falar.

Sabendo que estava em caminhando sobre areia movediça, Lexi agarrou a mão da Dolores e a olhou aos olhos, tentando chegar ela.

-Então, não pode entender por que é tão importante para mim que Jamie conheça suas duas mães? Não quero que nunca se sinta enganado como nos sentimos. Por favor, Dolores, me ajude.

-me dê um pouco de tempo, hermanita. De acordo? -Dolores apartou a mão, tragando-as lágrimas-. Passarei algum tempo com o Jamie. Farei o que possa. E pensarei no que me há dito.

Sabendo que isso teria que valer, Lexi acessou e partiu.

Capítulo 14

L ÁS chama prenderam os troncos da chaminé, a única iluminação além de um abajur na habitação. De fundo, soava uma música triste.

-Dolores parecia um pouco deprimida esta noite --sussurrou Jake sentado junto ao Lexi e lhe rodeando os ombros com o braço-. devestes ter um bom bate-papo.

-Sabia que minha mãe estava acostumada lhe dizer às pessoas que Dolores era sua irmã em lugar de sua filha?

-Sim, ela me contou tudo sobre sua triste infância -disse acariciando seu braço ausente.

-Não soa muito pormenorizado.

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-Só o que entenda por que é tão retorcida não significa que possa esquecer as coisas que tem feito.

-Suponho que isso é razoável -Lexi apoiou a cabeça contra seu ombro, feliz de estar com ele-. Jamie parecia estar de muito bom humor esta tarde. Foi tudo bem com vós?

-OH, sim. Assim que lhe prometi que se você e eu nos fugíamos lhe levaríamos com ele, ficou contente.

-OH, Jake -riu Lexi lhe olhando aos olhos-. Não é certo.

-Sim, é-o. Isso é o que lhe preocupava, assim que lhe tranqüilizei.

-Não te perguntou nada de ontem à noite?

-Por sorte não. Suponho que você acalmou suas dúvidas disse chupando brandamente sua orelha.

Lexi sentiu estremecimentos de prazer e se retorceu.

Jake riu.

-Você gosta disso?

E o repetiu, mais devagar, e os calafrios se transmitiram a todo o corpo do Lexi. -Muito.

pensaste mais em nosso dilema? - sussurrou Jake ainda tão perto que ela podia sentir o calor de sua respiração em sua bochecha.

-OH, Jake, sinto muito, mas não vejo como podemos ir outra noite sem causar mais animação. Inclusive embora Jamie esteja bem agora, Dolores segue um pouco suscetível.

-supõe-se que tenho que organizar minha vida amorosa para satisfazer a Dolores? -perguntou Jake incrédulo - . O que me importa o que pense?

-A mim sim disse Lexi lhe olhando suplicante-. Necessito que ela me ajude com algo agora.

-Algo que é mais importante que nós?

-Um pouco muito importante.

Dando-se conta de que falava a sério, Jake franziu o cenho mas suavizou sua voz.

-Não quer falar disso?

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-Não de momento.

Olhou a modo de desculpa, mas não podia lhe dizer mais. Ao melhor em pouco tempo poderia lhe contar tudo, mas nesse momento, seu segredo teria que continuar sendo-o.

-Não estou seguro de que eu goste disso.

-Sinto muito. É algo pessoal que não tenho liberdade para discutir agora mesmo.

-Se se tratasse de outra mulher, Lexi, não acredito que aceitasse uma resposta assim. Mas por ti, deixarei o tema. De momento.

Ela suspirou aliviada e se acurrucó entre seus braços.

-Seja o que seja -grunhiu Jake brandamente-, deve ser muito importante.

É-o -asseguro-lhe Lexi girando-se para ele e lhe beijando no pescoço-. Me acredite. Eu não gosto disto mais que a ti.

-Oxalá esta habitação se pudesse fechar com chave -disse beijando-a de repente com paixão e levantando-se e atirando dela-. Vamos dar um passeio antes de que arrebente.

Deixando a casa pela porta da cozinha, saíram ao jardim. Da mão, sob a lua, começaram a subir pela colina que levava a velho pinheiro.

Jake encontrou um assento sobre as agulhas de pinheiro e atirou do Lexi a seu lado.

- Olhe que vista -exclamou assinalando às montanhas--. Você estava acostumado a vir muito aqui quando foi menina, verdade?

-Sim. Às vezes trazia um livro, tombava-me e passava toda a tarde lendo. Aqui vim o dia que me inteirei de que Dolores e você lhes casavam. Passei muito tempo aqui esse dia.

-E ficou muito nervosa. Surpreendeu-me. Mas agora sei a razão.

-Não sabe nem a metade. Piorou. Cada vez que discutíamos, ela me cuspia seu nome à cara, dizendo que ao melhor tinha casado com a irmã equivocada.

-E o que dizia você? -perguntou Lexi quase em um sussurro.

O que podia dizer? Levava muito tempo pensando no mesmo.

-Passou isso antes de que ela começasse a sair com outros homens?

-Sim.

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Lexi fechou os olhos e suspirou devagar. Encontrou difícil acreditar que houvesse tanto que nunca tivesse sabido nem o tivesse suspeitado.

Jake deixou a pedra e voltou com ela. Tirando o tipóia, abraçou-a e a beijou com ardor.

-Estou cansado de falar -disse quando se deteve para respirar.

-Eu também -disse Lexi estirando-se sobre as agulhas de pinheiro.

Jake se tornou sobre ela, procurando seus lábios. Ela se moveu contra ele, lhe incitando.

-Mas... Lexi. Aqui? Agora?

-Sim. Nada disso importa, e esta pode ser nossa última oportunidade durante um tempo.

Lhe apartou o cabelo da cara e sorriu.

Minha preciosa pagã. É realmente minha, Lexi?

-Para hoje. Para amanhã. Para todo o tempo que fique, sou tua.

Jake estacionou seu caminhão diante de seu rancho e saiu, saboreando sua nova liberdade. Essa manhã o médico lhe tinha tirado as ataduras e o tipóia. Girando a cintura, Jake se estirou devagar de lado a lado e se sentiu gratificado ao notar só uma ligeira pontada.

Estirou o braço direito e pôs gesto de dor que deteve seu movimento na metade. O médico lhe havia dito que o agarrotamiento lhe duraria um tempo, mas que o braço podia suportar algo de

peso. E montar a cavalo em uma semana.

Da volta do Frank do hospital três dias antes, Lexi tinha estado muito ocupada fazendo de enfermeira para seu pai enquanto que Jake se ocupou das obrigações do rancho. Velada-las as tinha dedicado a preparar sua própria casa, colocando os móveis de segunda mão que pouco a pouco estavam convertendo o lugar em um lar.

Quanto menos via o Lexi, mais fácil era ter as mãos se separadas dela até que pudessem ter algum tempo a sós. Por isso tinha decidido almoçar sozinho em sua casa do começo da semana.

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Abriu a porta, entrou e atirou seu chapéu e suas chaves sobre a pequena mesa junto à porta.

Entrou na cozinha e pôs uma lata de sopa a esquentar. Agarrando uma fatia de pão, margarina e queijo do frigorífico, deixou-o no mostrador e começou a preparar um sandwich.

-Há bastante para dois? -perguntou uma voz suave detrás dele.

Sobressaltado, Jake se voltou e encontrou a Dolores de pé na porta. Estava vestida com um pulôver com pescoço de pico e malhas. O decote era tão baixo que mostrava claramente que não levava prendedor. Jake não podia acreditar que se partiu da casa vestida assim. Se Frank a tivesse visto, lhe teria dado um ataque.

-Não te ouvi chegar -disse Jake.

-OH, levo aqui um momento. Estacionei atrás para te dar uma surpresa -estendeu os braços em bem-vinda e sorriu-. Surpresa!

-estiveste aqui sentada esperando?

-disse ainda sonriendo-. estive aí. -Onde?

-Em seu dormitório.

-Como entrou?

Ela riu, parecendo muito orgulhosa de si mesmo.

-Não trocaste a fechadura.

-Guardou a chave? Todos estes anos? Dolores se cruzou de braços sob os peitos e se

abraçou, um ato que mostrava o enorme de seus seios.

-Suponho que sou um pouco sentimental.

Impressionado pela magnitude da visão diante dele, Jake se sentiu mais incrédulo que tentado. Não sabia se ela estava tentando lhe seduzir ou lhe fazer sentir que já não tivesse direitos de marido.

Continuou com seu sandwich. Notando que a sopa tinha começado a ferver, foi à cozinha e apagou o fogo.

-Realmente não vieste aqui para tomar um sandwich, verdade, Dolores?

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-Não é óbvio para que vim?

Jake se girou devagar para olhá-la.

-Me ocorrem várias possibilidades. Mas acredito que prefiro que me o você diga.

Ainda abraçando-se, Dolores ficou de perfil a ele e apoiou suas costas contra o marco da porta.

-Oxalá tivesse entrado no dormitório quando entrou na casa. Isto teria sido muito mais fácil ali -olhou-lhe com decisão-. Quero que me faça o amor, Jake. Necessito que me faça o amor.

-Dolores -disse Jake com firmeza-, o que houve entre nós terminou faz muito. Está casada com outro homem agora, e francamente...

-Por favor, Jake -fechou os olhos e suplicou-.Por favor.

Seu tom era de súplica, não de sedução. Confundido e furioso, Jake franziu o cenho.

-É isto para recordar os velhos tempos? Ou há alguma razão especial pela que esteja fazendo isto?

Sem prévio aviso, Dolores agarrou a prega de seu pulôver com as duas mãos e o tirou pela cabeça. Com ele pendurando de seus dedos, ficou aí de pé, nua de cintura para acima, com saltos e malhas de encaixe branco que claramente mostravam a ausência de braguitas.

-por que não deixa de discutir e te aproxima um pouco? -sussurrou com voz rouca.

-Dolores, é uma mulher bela -Jake se passou a mão pelo cabelo -. E não sei por que está fazendo isto, mas realmente apreciaria que te voltasse a vestir.

-É pelo Lexi, verdade? -atirou o pulôver a seus pés e caminhou devagar para ele, rebolando os quadris a cada passo, e seus peitos movendo-se sedutores--. Não se preocupe pelo Lexi. Isto não tem nada que ver com ela. Ela nunca saberá. Não me diga que um homem como você nunca tem feito o amor por puro sexo.

-claro que sim.

-Então? -deteve-se diante dele e respirou profundamente--. Vamos, Jake. Ninguém saberá nunca. Só seremos você e eu, como antes. Como a última vez. Recorda a última vez, Jake?

Recordava-a, embora nnaquele tempo naquele tempo não tinha sabido que o seria. Os dois não tinham feito mais que discutir durante meses. Inclusive o

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sexo tinha chegado a não ser nada. O final estava perto e os dois sabiam,

Então, Dolores tinha ido fazer as pazes, a pedir uma noite tranqüila, os dois sozinhos, como os primeiros dias de seu matrimônio. Para celebrar a noite, ela tinha aberto uma garrafa de champanha, tinha posto outra em gelo e se pôs algo cômodo de roupa.

Quando ele se despertou à manhã seguinte, ela se tinha ido. Quando chegou a casa de trabalhar essa noite, tampouco estavam os móveis.

Claro que lembrança a última vez -disse apartando-a com firmeza-. E nunca me voltará a embebedar o bastante para fazê-lo de novo.

A pose sedutora da Dolores se desvaneceu, e ele se encontrou diante de uma mulher infeliz e se desesperada.

-Jake, por favor. Por favor, não o entende -agarrou-se a ele, lhe sacudindo.

Lhe apartou as mãos.

-Vístete.

Então saiu da cozinha e se foi ao salão.

Correndo detrás dele, Dolores agarrou seu pulôver e o pôs. Quando lhe alcançou no salão, agarrou-lhe do braço e lhe girou para olhá-la.

Escuta, tem que fazer isto. Por favor, é o único que pode, e meu matrimônio depende disso!

-De que diabos está falando?

-estive tentando ter um bebê, e não posso. E se não fico grávida logo, temo-me que Harvcy encontrará a outra mulher. Deseja desesperadamente um filho. É de tudo o que fala.

-O que tem isso que ver comigo?

-Quero que você me deixe grávida, Jake. Sei que pode fazê-lo, e ninguém saberá nunca que é teu e não do Harvcy.

-O que te faz pensar que eu posso te deixar grávida se esse Harvey não puder? -Sei que pode. Sei.

Disse-o com tanta intensidade que quase deu medo e Jake se deu conta de que Dolores não era uma mulher muito estável.

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-Bom, obrigado por seu voto de confiança -disse tão educadamente como pôde--, mas me temo que não poderei te ajudar com isto.

-Está-me rechaçando por alguma lealdade estúpida para o Lexi, verdade? --Dolores lhe seguiu apertando os punhos, avançando cada passo que ele retrocedia --. Bom, deixa que te diga algo sobre sua preciosa Lexi. Ela é tão capaz de mentir como o resto de nós. Tem-me feito isso e lhe está fazendo isso a ti.

Com isso, Jake se deteve.

-De que falas?

-OH, já sei como foi atrás de ti assim que eu saí de cena. E só demorou onze anos em me dizer isso finalmente. Não te pergunta que classe de secretos te está ocultando, Jake?

Ele suspirou aliviado, dando-se conta de que Dolores estava tentando lhe tender uma armadilha.

-Não me crie, verdade? -perguntou devagar-. Não crie que haja um segredo. Bom, me deixe te dizer, Jake... - sua voz baixou a um sussurro-. Perguntou-me como sabia que podia me deixar grávida? Porque já o tem feito, Jake. Tem-no feito.

Durante um segundo, Jake se esqueceu de respirar. Então a fúria explodiu em seu interior.

-te explique! -agarrou-a de um braço e a sacudiu- . De que diabos falas?

-A última vez que nos deitamos, a última vez que tinha tomado muito champanha, esqueceu algo muito importante. Esqueceu usar amparo. Quem teria imaginado que uma vez seria suficiente?

-Está mentindo.

-Tive um bebê. E você foi o pai -disse lhe olhando com frieza.

-Não te acredito! E se assim foi, como poderia saber que era meu? Eu não era precisamente seu único amante nesse momento.

-Com os outros me assegurei. Você foi o único que pôde. Além disso, ele se parece com ti. lhe pergunte ao Lexi se não me crie. Ela sabe. Soube-o sempre.

-Lexi? -logo que podia pensar. Dolores começou a sorrir e ver seu prazer aumentou sua fúria-. Não vou jogar às adivinhações contigo. Se tenta me dizer algo, diga-me isso maldição. O que tem que ver Lexi com isto?

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-É isso tudo o que te importa? Lexi? Não quer saber quem é seu filho? Não pode adivinhá-lo?

-Hei dito que não ia A...

A meia frase, ficou gelado ao dar-se conta com claridade. Jamie!

-Ah -exclamou Dolores satisfeita Vejo que já o adivinhaste.

Com o sangue palpitando na cabeça, mais zangado do que nunca recordava ter estado, Jake conseguiu apartar sua mente de sua fúria e centrar-se na mulher diante dele.

--Bruxa! O que te tenho feito para que me odeie tanto?

-Alguma vez me amou -disse jogando faíscas pelos olhos--. por que ia te dar um filho?

Ele procurou uma resposta. Mas então se deu conta de que não era a traição da Dolores o que lhe tinha parecido como uma faca no peito. Lexi era a que tinha criado a seu filho. Lexi era a que tinha guardado o segredo durante anos. Ela era a que seguia mentindo com seu silêncio embora lhe tivesse feito o amor com seu corpo. E era do Lexi de quem obteria as respostas.

Sem dizer mais, deu-se a volta e se dirigiu para a porta. Dolores lhe agarrou da manga e ele a apartou sem olhá-la.

-Volta aqui! -exigiu Dolores-. Não terminei contigo!

Ele se deteve, girou e a fez calar com o olhar.

-Ocuparei-me de ti mais tarde.

Ela deu um passo atrás e o olhou com olhos assustados.

-O que vais fazer?

Inseguro, Jake partiu sem responder. Só sabia que tinha que falar com o Lexi. Tinha que saber por que ela tinha feito isso.

Lcxi estava sentada no sofá do salão remendando um dos meias três-quartos do Jamie. Seu pai estava em sua poltrona diante da janela, bebendo sua vitamina favorita de cacau. Os dois tinham acontecido a última meia hora em agradável silêncio, desfrutando de do dia tranqüilo.

Dolores tinha ido à cidade de compras, Jamie chegaria logo do colégio e Twyla voltaria antes da hora de deitar-se para ajudar ao Lexi com seu pai. E antes de que acabasse o dia, Lexi esperava que Jake aparecesse. Não o tinha visto muito desde começos da semana,

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quando seu pai havia tornado do hospital. Sabia que queria deixar que a família estivesse a sós com o Frank, mas o sentia falta de terrivelmente. E também Jamie e Frank.

Era difícil acreditar que em um mês, Jake tivesse invadido sua vida tão completamente que um dia sem lhe parecesse vazio.

-Que diabos? --disse Frank desde seu assento junto à janela-. Quem conduz...?

calou-se, com o cenho franzido.

-O que? -perguntou Lexi levantando a cabeça e lhe vendo olhar atentamente pela janela-. O que está olhando?

-Estou esperando a ver... É Jake, conduzindo como um louco -separou-se da janela e olhou ao Lexi-. Também parece furioso. Brigaste-lhes?

Lexi franziu o cenho e deixou o meia três-quartos no cesto da costura.

-Papai, é muito perceptivo. E não, não nos brigamos.

Frank sorriu.

-Não terá que ser perceptivo. Todo o rancho fala disso. Twyla diz que os dois virtualmente estão comprometidos.

-Não te faça esperanças, papai. Quão único há dito Jake é que...

Nesse momento, abriu-se de repente a porta e Jake entrou com gesto feroz, os olhos frios e a boca apertada.

Lexi viu que algo ia mau. Muito mal.

-Jake? -deu um passo vacilante em sua direção.

Seu olhar se cravou nela.

-Quero falar contigo. Vamos fora.

-O que acontece?

Deu outro passo para ele, surpreendida de que suas pernas trementes suportassem seu peso. Estava assustada. Esse não era um aborrecimento pequeno.

- O que ocorre? -perguntou Frank levantando-se devagar da cadeira.

Jake fez um gesto para lhe deter.

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-Está bem, Frank. Só quero falar com ela -voltou a olhar ao Lexi-. Mas é algo entre nós dois. Ninguém mais precisa ouvi-lo.

-Não a toques -advertiu-lhe Frank.

-Antes me cortaria um braço -disse Jake lhe oferecendo ao Lexi a mão-. Vamos.

Lexi obedeceu, e lhe deu a mão. Não gostava que lhe dessem ordens, mas de algum modo sabia que esse não era um bom momento para discutir

isso. De momento, só queria saber por que estava tão zangado e solucionar o problema. O que fora, deveria ser um simples mal-entendido. Tinha que sê-lo.

Deixando a casa detrás, Jake atirou dela para a base da colina. Começou a escalar com o Lexi a seu lado, e suas furiosas pernadas eram tão rápidas que teve que diminuir a marcha quando os duas estiveram sem respiração.

-Obrigado -ofegou Lexi.

Quando ele a olhou por cima do homem, a expressão em seu rosto foi implacável. Mas pela primeira vez, entre a fúria, Lexi viu dor. Algo lhe estava fazendo muito dano.

No alto da colina, Jake se deteve de repente e se girou para olhá-la.

-De acordo, por que não começa pelo princípio e me conta tudo o que não me há dito do Jamie?

Jamie -Lexi lhe olhou aniquilada, sem entender como Jake podia estar tão zangado pelo Jamie.

-Sim, Jamie -disse com fogo nos olhos-. Meu filho!

Você...

Muito surpreendida para pensar com claridade, Lexi retrocedeu um passo.

Jake a agarrou dos dois braços e a aproximou dele. -me fale, Lexi -exigiu--. Me explique por que o fez.

Ela o olhou com os olhos como pratos, incapaz de acreditar que isso estivesse acontecendo.

-O que? Do que está falando?

-Nunca me disse que tinha um filho -sua mão apertou seus braços--. Inclusive quando te perguntei por ele, mentiu-me. Nunca me disse que era meu.

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-Não o é. Disse-lhe isso, Jamie não é meu. Eu...

-Basta, Lexi! -Jake a sacudiu-. Basta, ouve-me? apartou-a aborrecido-. Dolores me contou isso tudo!

Capítulo 15

D ESEQUILIBRADA quando Jake a soltou tão de repente, Lexi se cambaleou antes de endireitar-se.

-Ela me disse isso tudo --repetiu Jake com amargura.

-Dolores? -Lexi estava aturdida . Dolores te disse que você foi o pai? Quem te disse que era a mãe?

-Não jogue comigo, Lexi!

-Não o faço -disse lhe olhando aos olhos, quase aliviada de poder lhe dizer por fim a verdade-. Me acredite, não o faço. Disse-te que ela era a mãe do Jamie?

-Sim.

-E que você foi seu pai...

Disse as palavras brandamente, quase maravilhada. Oxalá fora certo.

-Não atue como se não soubesse!

-OH, Jake -Lexi se levou a mão à frente; tudo estava acontecendo muito depressa-. Não sei o que acreditar já. Cada vez que ela abre a boca, sai uma história diferente.

-A que te refere? -a fúria em sua voz soou mais insegura.

--Passei meia hora no domingo tentando lhe fazer admitir que você foi o pai do Jamie porque ele me recorda muito a ti. Mas ela me jurou que não podia sê-lo -baixou a mão e lhe olhou de novo -. Disse-me que não tinham feito o amor durante meses antes de que ela partisse, e que não podia ser o pai do Jamie.

-Então, mentiu-te.

-Quer dizer que te deitou com ela? Até o final?

A idéia lhe doeu.

Jake o negou impaciente.

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-Não. Tinham passado meses da última vez. Então uma noite cheguei a casa e a encontrei me esperando com velas e uma garrafa de champanha. Estava cansado, bebi muito e a natureza seguiu seu curso.

-Não... usou nada?

Ele se encolheu de ombros.

-Tinha usado minha última camisinha meses antes. Estávamos tão perto do divórcio que não planejava necessitar mais, ao menos não com ela.

-E assim foi? Só essa noite?

-Só essa noite. Ela partiu à manhã seguinte.

-Isso ainda não demonstra que seja teu –Lexi franziu o cenho --. Ela mentiu muitas vezes nisto.

Vendo uma pequena esperança, Jake a olhou. -Realmente não sabia nada disto?

Lexi negou com a cabeça, pensando em todas as dúvidas e confusões que tinha tido desde que nasceu Jamie.

-Será melhor que nos sentemos se for te contar minha versão da história. E pode ser um pocodifícil para ti acreditar que alguém pudesse ser tão crédula como eu fui então.

Lhe deu a mão e a levou a um sítio cômodo.

Olhando as agulhas de pinheiro, Lexi recordou de repente quando fizeram o amor no domingo de noite aí mímico.

-Foi mais ou menos por aqui -disse Jake em seu ouvido enquanto se sentavam.

Quando lhe olhou surpreendida, ele sorriu. -Nisso estava pensando, verdade? --perguntou-lhe entrelaçando seus dedos nos dela. -Bom, sim -devolveu-lhe o sorriso e apartou o olhar antes de que seu rubor a delatasse mais-.

Bom, quer ouvir como terminei ficando com o Jamie?

-Seu nome é James, verdade? É por mim? -Sim. Por ti e por meu pai. James Franklin Conley.

-Quem lhe pôs o nome, você ou Dolores? -Era o nome que eu tinha eleito para o filho que teria algum dia. Dolores o pôs na partida de nascimento.

Sua mão apertou a do Lexi, mas não disse nada e ela seguiu com sua história.

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-Tudo começou uns três meses depois de que você te partisse. Ou seja, uns cinco meses depois de que Dolores se fora. De todos os modos, eu não tinha tido notícias tuas e estava começando a acreditar que meu pai tinha razão e que não voltaria.

Jake lhe agarrou o queixo e lhe girou a cara.

-Sinto-o muito -disse brandamente, e lhe deu um beijo tenro e doce nos lábios.

-Alegra-me que não siga zangado comigo.

-Estava mal informado. Segue com a história.

-Minha mãe me chamou e me convenceu de que Dolores estava desesperadamente só e necessitava minha companhia, e que seria bom para as duas passar de novo algum tempo juntas. Assim que me disse que fizesse as malas e fora a Califórnia para ficar uns seis meses. E o fiz.

Aí Lexi se parou para respirar e para esclarecê-la cabeça. Nesse ponto era onde a história começava a voltar-se confusa. O que passou depois não teria sido tão mau se ela não tivesse estado tão emocionada porque sua mãe queria tê-la perto, embora tivesse demorado dezenove anos em dizer-lhe

-Bom, assim que cheguei me dava conta de que Dolores estava grávida. Para então, é obvio, o divórcio era definitivo. Ela não estava

saindo com ninguém. De fato, parecia estar escondendo-se. Logo que abandonava o apartamento, e para quão único parecia me necessitar era para servi-la.

-Onde estava sua mãe?

-casou-se com o marido anterior ao Lloyd e vivia em outra parte da cidade. A única vez que veio foi levar a Dolores ao médico. Nunca me deixaram ir com elas. Inclusive quando Dolores finalmente foi ao hospital a dar a luz, tampouco me deixaram ir. Durante quatro meses, eu logo que saí do apartamento.

-por que não voltou?

Ela sorriu, recordando as vezes quando punha a mão no ventre volumoso da Dolores e sentia ao bebê dar patadas. As horas de compras e planos, quando Dolores não dava indícios de não ir-se ficar com seu filho.

-Não sabe como são as mulheres com os bebês, verdade? --perguntou com um sorriso sonhador-. Comprometemo-nos de modo muito pessoal. Eu estava desejando que o bebê nascesse para poder abraçá-lo e lhe dar de comer e lhe jogar talco.

-Não falaram sobre quem era o pai?

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-Não. Dolores não queria discuti-lo. Estava mal-humorada quase todo o tempo, assim quando não queria falar de algo, não falávamos.

-Pobre Lexi Jake conhecia o mau humor do Lexi-. Deveu ter sido um inferno. O que passou quando teve cl menino?

Lexi voltou a respirar profundamente, sabendo que ia entrar na pior parte da história. Inclusive odiava pensar nisso, mas Jake merecia saber a verdade. Se realmente era o pai, precisava saber como tinha sido o engano e por que Lexi tinha ao Jamie.

-Quando Dolores voltou para casa do hospital, minha mãe esteve perto mais tempo. Mas eu era quão única parecia emprestar atenção ao pequeno Jamie. Elas esperaram até que me apaixonei locamente do menino, e então me disseram que Dolores não podia ficar com ele. Não seria bom para sua imagem, e minha mãe não tinha intenção de ser uma avó.

-Assim que você ofereceu lhe adotar.

Lexi negou com a cabeça.

Eu tinha só dezenove anos. Era solteira. Como podia aceitar a responsabilidade do bebê? Nem sequer tinha um trabalho. Vivia em um rancho com meu pai, pelo amor de Deus. O que diria ele? Para então, levava eu fora tanto tempo que ele possivelmente pensaria que o bebê era meu.

-Então, não queria lhe adotar?

-Claro que queria. Mas não via como podia fazê-lo. Assim que elas me deram uma opção. Ou eu o adotava, ou Dolores o dava a uma agência de

adoção. Então Dolores me disse que o bebê era teu.

Jake se esticou.

-Então sim sabia.

-me deixe terminar -disse Lexi lhe apertando a mão-. depois de que Dolores ameaçasse dando o bebê a estranhos, eu comecei a chorar e a lhe suplicar que não o fizesse. Disse-lhe que me ficaria. Não me importava como afetaria a minha vida, mas não podia suportar dá-lo a outros. Isso já rompia meu coração, mas quando pensei que era teu, não pude suportá-lo.

-Então sabia que era meu -repetiu Jake.

-Eu pensei que era teu -corrigiu-. Então, depois de que eu já tivesse começado a considerar o Jamie como meu, disseram-me a verdadeira razão pela que me tinham feito ir a Califórnia.

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-Para que pudesse lhe adotar.

-Não. Isso o pensaram logo. Levaram-me para que ficasse porque minha mãe tinha dado a Dolores minha identidade para cobrir seu embaraço. O apartamento, informe-os do médico e do hospital, os certidãos de nascimento... tudo o que te ocorra, tudo estava a meu nome. Alexandra Lorraine Conley tinha dado a luz ao James Franklin Conley. Por isso não me deixaram conhecer médico nem ir ao hospital. Todo mundo pensava que eu era Dolores.

-por que fizeram isso?

-Para que quando Dolores fora famosa, sua irmã pequena, Alexandra. fora a que teve o bebê ilegítimo em um hospital de Los Angeles, e não Dolores.

- Mas ela estava casada comigo quando ficou grávida. Isso não teria sido um filho ilegítimo.

-Não, mas isso teria feito dela um bruxa sem coração o dar a seu filho em adoção só por não querê-lo. Ela não queria um filho, e não queria que ninguém soubesse que tinha tido um alguma vez. E as duas fizeram um estupendo trabalho cobrindo-o.

Pasmado, Jake olhava ao chão sem vê-lo.

-Santo Deus! -olhou-a de novo . O que passou então?

-depois de que me desse conta de que minha mãe tinha usado meu certidão de nascimento para proteger a Dolores sem ter nenhuma consideração ao que pudesse afetar a minha vida? -perguntou com amargura-. E depois que me explicassem que não teria que adotar ao Jamie porque em todos os documentos legais eu aparecia como sua mãe? -continuou com sarcasmo-. Simplesmente lhes dava as obrigado e me preparei para retornar com meu bebê a casa.

-Nesse momento, eu seguia sendo o pai? -perguntou vacilante.

-Até esse momento sim. Mas então, Dolores se deu conta de que eu poderia voltar para casa e lhe contar a meu pai a verdade, e que poderíamos

te buscar e lhe contar isso a ti. Assim assim que estiveram seguras de que eu me levaria ao Jamie, Dolores me disse que me tinha mentido porque ela sabia que nunca deixaria partir a seu bebê. Disse-me que tinha tido muitos amantes para saber exatamente quem era o pai, mas que estava segura que não foi você porque não tinha tido relações contigo durante meses antes de que Jamie fora concebido.

E a creíste?

Para então eu não sabia o que acreditar. E isso era exatamente o que ela queria. depois disso me disse que nunca dissesse ao Jamie nem a ninguém a verdade, que para todo

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mundo, eu era a mãe do Jamie. Também me disse que você nunca devia ter nenhum contato com o Jamie, e que se o fazia, eu lhe perderia. Disse-me que ela e minha mãe poderiam me levar a julgamento e demonstrar que Jamie não era meu.

-Poderiam fazê-lo realmente?

-Possivelmente. Fizeram fotografias no hospital, e Dolores e eu não nos parecemos nada. Estou seguro de que as provas poderiam demonstrar que ela foi a mãe natural. Mas nunca o fará. Passou por muitos problemas para livrar-se dele. Eu estava preocupada quando seu chegou, mas já não o estou.

-Então, sou seu pai? -Jake já estava tão confundido como Lexi.

-Isso acredito. Decididamente há um parecido. E não só por seu aspecto, mas também também suas expressões e o modo de mover-se.

-E o que passa agora?

Lexi se jogou o cabelo para trás. As mechas suaves roçaram seus braços. sentia-se livre pela primeira vez em dez anos.

-Não sei. Dolores é um terremoto. Cada vez que eu tenho um plano, ela vai e faz algo assim. De todos os modos, o que pretendia?

-Falemos primeiro de seu plano. O que esperava fazer?

-eu gostaria que ela passasse mais tempo com o Jamie. Quero que os dois sejam amigos antes de que lhe a diga verdade.

-Então, vais dizer se o ao Jamie?

-Decididamente. Já há estando soltando indiretas há um par de anos. Qualquer dia virá e me perguntará isso diretamente.

-Fez um estupendo trabalho com ele, Lexi. Qualquer homem estaria orgulhoso de ter um filho como Jamie.

-Incluído você?

-Incluído eu.

Lexi olhou para as montanhas.

-É curioso, mas essa não foi a impressão que me deu quando me perguntou a primeira vez se Jamie era teu.

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-Aí foi quando pensei que te tinha deixado grávida e me tinha partido te deixando sozinha. Foi culpa, pura e simples culpa --agarrou sua cara e a

girou a ele brandamente-. Mas sob a culpa, quase estava esperando que fora verdade. Porque eu não gostaria de nada mais que ter um bebê contigo, uma dúzia, toda uma vida de bebês.

-Quando passou isto?

-Sempre esteve aí. Só que finalmente tive a sensatez de deixar de lutar contra isso. Acredito que te amo, Alexandra Conley, e acredito que eu gostaria de muito se...

-Senhor Jake! -gritou uma voz do outro lado da colina-. Senhorita Alexandra, sou eu, Manuel! O senhor Frank me há dito que lhes chame e que venham depressa!

antes de que Jake pudesse reagir, Lexi já se levantou e estava correndo colina abaixo. A meio caminho estava Manuel agitando seu chapéu.

-O que é, Manuel? -pergunto Lexi ofegando e nervosa-. Aconteceu-lhe algo a papai?

-Não, está bem, mas diz que vá rápido. E também o senhor Jake.

Lexi se girou e viu o Jake correndo para alcançá-la. Seus olhos se encontraram e viu em seu olhar a mesma mescla de ansiedade e arrependimento que enchia suas vísceras.

Uns segundos mais e ele haveria dito algo que poderia ter trocado suas vidas. Ela só esperou que o momento não tivesse desaparecido para sempre.

Jake a alcançou, deu-lhe a mão e correram juntos, seguindo ao Manuel, que ia diante. Sem diminuir a marcha, Jake inclinou a cabeça para ela.

-Quero que te case comigo erijo sem respiração pela carreira.

Lexi se voltou e o olhou surpreendida. Queria parar, lhe perguntar se o dizia a sério, abraçá-lo e gritar de felicidade.

-É um comentário ou uma pergunta?

Na grade, ele se parou e a deteve ela enquanto os dois estavam ofegantes.

-Uma pergunta. Casará-te comigo?

Da porta da cozinha, Manuel lhes chamou. -Rápido!

-Sim -Lexi sorriu-. Sim.

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-Bem -agarrou-lhe a mão com força-. Agora acredito que será melhor que entremos e ver que é toda esta emergência.

-por que tenho a sensação de que Dolores possivelmente tenha algo que ver com isto?

-Porque possivelmente seja assim -inclinou-se e beijou ao Lexi na boca antes de seguir ao Manuel à casa.

-Senhor Frank! -gritou Manuel entrando na cozinha --. Já lhes trago!

Jake e Lexi entraram no salão seguindo ao Manuel. Frank estava sentado em sua cadeira junto à janela. Parecia tranqüilo, mas a dureza em seus olhos lhe disse que estava mais zangado do que parecia.

-Obrigado, Manuel. Agora pode voltar para a estrada e esperar ao Jamie? Se aparecer, lhe traga diretamente a casa.

Assentindo com a cabeça, Manuel partiu.

Lexi e Jake entraram no salão.

-Ocorre algo mau, papai?

-Espero que não.

-Não enviou ao Manuel para nos buscar para nada -disse Jake-. Algo passou.

-Bom, não necessariamente -Frank trocou de postura-. Sentem-se. Estão-me pondo nervoso de pé.

Lexi foi à poltrona que estava frente ao de seu pai. Jake agarrou uma cadeira e a pôs junto ao Lexi. Quando estiveram sentados, lhe agarrou a mão e dirigiu sua atenção ao Frank.

-Bom, o que passou?

-Bom, como hei dito, possivelmente não seja nada. Mas quando Jamie não apareceu depois do colégio, chamei um de seus amigos para ver se estava em sua casa e se esqueceu nos avisar.

-Ele não faria isso -disse Lexi-. Não contigo recém saído do hospital. Ainda está muito preocupado por ti.

Frank girou a cabeça para ocultar o sorriso e lhes olhou de novo.

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-Sim, bom... de todos os modos -esclareceu-se garganta-, esse amigo me disse que a tia do Jamie foi e lhe tirou do colégio no meio da tarde.

Lexi deu um bote.

-O que?

-Isso é o que disse eu. Mas esse menino diz que alguém do escritório do diretor estava com ela e que a tia do Jamie tinha uma nota da mãe do Jamie dizendo que estava bem que partisse do colégio com ela.

-Eu lhe pedi que passasse mais tempo com o Jamie -bufou Lexi-. Mas não lhe dava uma nota dizendo que podia lhe tirar do colégio.

-Já sabe que no colégio ela podia falsificar a letra de sua mãe -recordou-lhe Frank-. É um milagre que essa garota não se converteu em uma delinqüente juvenil. E não é graças a sua mãe que não ocorresse. Nunca estive tão feliz em minha vida como quando Cordelia te enviou para que vivesse comigo. Sentia-me morrer o anos que esteve ali só com essa mulher.

-Bom -disse Jake, voltando a represar a conversação -. Sabemos que Dolores recolheu ao Jamie no colégio este meio-dia e ainda não lhe trouxe para casa. E além de que não tivesse a permissão do Lexi, há alguma razão para preocupar-se por isso?

-Não sei -Lexi se encolheu de ombros- . Talvez lhe ajudar a saltá-las classes é sua idéia de uma experiência que possa lhes unir.

-Faria-me um favor, Lexi? -perguntou Frank devagar-. Pode subir à habitação da Dolores e ver se suas malas seguem ali?

- por que? -Lexi sentiu um calafrio e não pôde controlar o tremor de sua voz-. Que não nos contaste?

-Como hei dito antes, pode não ser nada -Frank não a olhou-. Só agrada a curiosidade de um velho e sobe a olhar, vale?

-Irei contigo erijo Jake.

Levantando-se da cadeira, manteve apertada a mão do Lexi. Enquanto subiam as escadas, ela falou com medo.

-Não pode haver o levado. O que ganharia? Aonde teria ido?

Jake ficou calado até que chegaram ao dormitório da Dolores.

-Pode notar se falta algo?

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-Eu a ajudei a desfazer as malas -Lexi abriu o armário, e imediatamente viu que o portatrajes tinha desaparecido, junto com suas roupas mais caras, incluindo um casaco de pele-. Jake, olhe debaixo da cama a ver se a mala grande segue aí.

Enquanto Jake olhava, ela foi à coquete e abriu as duas primeiras gavetas. Estavam vazios. Não havia nada.

-Não há nada aqui debaixo -disse Jake-. Que coisas faltam?

O mais necessário e caro.

Fechando os olhos, Lexi respirou profundamente, mas isso não serve para acalmar seu coração.

O medo bombeou adrenalina a suas veias hastaque sentiu que arrebentaria da necessidade de fazer algo, mas não havia nada que pudesse fazer, ninguém a quem gritar e nenhum sítio aonde correr. Sabendo o que deveria encontrar, foi ao dormitório

do Jamie e abriu as gavetas da cômoda para descobrir que faltavam algumas objetos. Foi ao armário e viu cabides vazios onde deveria haver roupa.

sentou-se na cama do Jamie, sujeitou sua cabeça

entre as mãos e desejou poder chorar ou gritar ou fazer algo que acalmasse o tortura de agonia que estava crescendo em seu interior. Mas não se podia mover.

-por que? --perguntou ao fim-. por que o tem feito? Nem sequer queria me dizer a verdade. por que o tem feito?

-Não sei -Jake se sentou a seu lado e a abraçou-. Mas sei uma coisa. Recuperaremo-lhe.

-Mas por que o quer, Jake? Está fazendo-o só para me fazer danifico?

-Não -disse balançando-a entre seus braços-. Não acredito que isto tenha nada que ver contigo. Já conhece a Dolores. Não pensa antes de fazer as coisas. Ela quer um bebê, e como eu não a ajudei, agarrou ao Jamie. Acredito que é tão simples como isso.

-Não entendo o que me diz -Lexi se endireitou e se apartou para lhe olhar aos olhos--. Sei que queria ficar grávida, mas o que tem isso que ver contigo?

-Estava me esperando em minha casa hoje quando cheguei do médico. Estava virtualmente histérica,

Lexi, dizendo coisas como que eu a deixei grávida uma vez e sabia que podia fazê-lo de novo. Queria que me deitasse com ela para salvar seu matrimônio. Uma loucura. Enfureci-me e vim a te buscar.

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-O que fez ela então?

-Não sei. Eu a deixei ali. Como ia ou seja que estava planejando fazer algo assim?

-OH, Jake, o que vou fazer? Ela é sua mãe. E se for a julgamento para tentar ficar o

-Nunca ocorrerá isso.

-Poderia. As provas demonstrariam que ela é a mãe. E se um juiz decide que Jamie deveria estar com ela?

-As provas também demonstrariam que eu sou o pai, e também tenho direitos. Ela não se arriscará, Lexi. Não está tão louca. E depois de que você e eu estejamos casados, nenhum juiz do mundo daria ao Jamie a ninguém exceto a nós, inclusive embora Dolores estivesse desejando chegar tão longe.

-OH, Jake. Quero-o. Quero-o comigo, já, esta noite. Não sei o que farei se ela realmente o levou.

-Lhe trará. Dolores está confundida e é muito dramática, mas não é um monstro. Jamie é muito inteligente para que lhe engane e muito grande para que force a algo. O nunca deixará o estado com ela de boa vontade, e nunca lhe ameaçará ou lhe fará mal. Você sabe. Ela é egoísta e mentirosa, mas não é má.

-Tem razão -Lexi apoiou a cabeça em seu ombro e se agüentou as lágrimas-. Sei que tem razão -ficou de pé-. Será melhor que baixemos com meu pai. Sei que também está preocupado.

No salão, Frank estava sentado onde lhe tinham deixado. Quando lhes ouviu retornar, endireitou-se como se queria levantar-se. Então viu seus rostos e voltou a afundar-se na cadeira, parecendo de repente muito velho e cansado.

-Tinha razão, verdade? -perguntou olhando para a janela.

-Sim, tinha razão -Lexi se sentou na cadeira frente a ele e lhe pôs a mão no joelho-. Como sabia?

-Seu marido chamou antes, Harvey, verdade? Disse que dissesse a Dolores que a veria no aeroporto esta noite. Disse também que se alegrava de ouvir que eu estava muito melhor.

-O que fazemos agora? -perguntou Jake da porta-. Se chamarmos à polícia, talvez podem detê-la antes de que chegue ao aeroporto.

-OH, não -Lexi se levantou e lhe olhou, horrorizando-se da idéia de chamar à polícia para procurar a sua própria irmã-. O que íamos dizer? Que lhe raptou?

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-Bom, tem-no feito, não?

Frank se levantou.

-Jake tem razão. Não podemos ficar sentados. Chamarei o aeroporto do Albuquerque

e verei se posso averiguar que vôo vão agarrar. -Talvez estamos tirando conclusões

precipitadas -disse Lexi fracamente-. Ao melhor ela só esteja acontecendo um pouco de tempo com ele antes de partir.

Jake agarrou ao Lexi dos ombros e a olhou com carinho.

-levou-se roupa do Jamie. Devia ter tido na cabeça todo o tempo que se as coisas hoje não saíam como ela queria, levaria-se ao Jamie com ela quando partisse.

-Mas o que vai pensar Jamie se a polícia lhes detiver e algemam a Dolores?

-O que vai pensar Jamie se lhe força a sair do estado? -perguntou Jake--. É um delito federal.

-Hmm, é curioso.

Para ouvir a voz do Frank, Jake e Lexi se giraram e olharam em sua direção a tempo de lhe ver pendurar o telefone. ficou aí de pé, movendo a cabeça distraído.

-O que? -perguntou Lexi.

Ele a olhou como se se sobressaltasse de descobrir que não estava sozinho.

-Né? OH, fez reservas, mas as cancelou. O que crie que significa isso?

-Vê? Trocou de opinião -disse Lexi-. Possivelmente voltarão em qualquer momento.

-Ou decidiu ir conduzindo até Califórnia -sugeriu Jake-. Seria muito mais fácil que levar-se a um moço à força em um avião.

-Possivelmente devamos chamar à polícia, Lexi, só para nos assegurar -Frank agarrou o telefone, esperando sua resposta.

-OH, de acordo. Ódio que tenha chegado a isto, mas se algo acontecesse com Jamie, não sei o que faria. lhes diga simplesmente que estamos preocupados, de acordo? lhes diga que tememos que tenha acontecido algo. Mas não mencione o rapto, vale? Ainda não.

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Aproximando-se da janela, Lexi viu que começava a obscurecer e sabia que uma vez fora de noite, seria mais difícil evitar o pânico, mais difícil dizer-se que Jamie estaria logo em casa e o pesadelo terminaria.

-Vou à cozinha a fazer chocolate quente -disse Lexi dando-se conta de que se não fazia algo se voltaria louca.

-Irei contigo -disse Jake.

-Não -sabendo que soou brusca, forçou um débil sorriso-. Sinto muito, mas preciso estar sozinha um momento. Pode tentar que meu pai se sente e se relaxe quando deixar de falar?

Ela olhou preocupada na direção de seu pai.

O que estaria pensando Dolores ao fazer algo assim, justo neste momento, quando sabe que não lhe podem dar desgostos?

Furiosa e a ponto de chorar, Lexi saiu da habitação rapidamente.

Uma vez na cozinha, permaneceu ocupada fazendo chocolate até que o som de um carro chegando a fez correr à porta. No vestíbulo, deteve o Jake na porta.

-Não. Se forem eles, quero me ocupar eu sozinha -pôs a palma no peito do Jake e o olhou aos olhos-. Por favor. O chocolate está servido e esperando em uma bandeja. Poderia trazê-lo? E aconteça o que acontecer -olhou a seu pai e logo a ele-, se Jamie não parece aborrecido, que não saiba quão preocupados estivemos. Tudo isto pode ter sido só produto de nossa imaginação.

-Duvido-o. Mas farei o que quer. vá ver quem é e eu trarei o chocolate.

-Obrigado.

Com isso, abriu a porta e saiu ao alpendre. Quando viu que o veículo era realmente o carro alugado da Dolores, Lexi diminuiu o passo e saudou com a mão para dissimular.

Jamie abriu a porta e saiu correndo para ela, com os braços carregados de caixas e bolsa.

-Né, mamãe! -gritou-. Olhe o que trago.

-O que é todo isso?

-Um bota de cano longo! -exclamou parando-se diante dela-. Bom, algumas costure são roupa, mas outras não.

-É estupendo. E o que estiveste fazendo todo este tempo? De compras?

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-Bom, durante um momento só estivemos conduzindo, e então paramos e falamos. E logo fomos às compras -sorriu, inclinou-se e falou em tom mais baixo-. Acredito que a tia Dolores está desgostada por algo, mas não me há isso dito. Ao melhor você pode animá-la.

-Não sei que posso fazer, mas falarei com ela -Lexi lhe deu um abraço desesperado mas não pôde evitá-lo e então se apartou- -. por que não sobe e pendura sua roupa nova? Eu estarei contigo em seguida, e poderá me ensinar tudo o que compraste hoje.

-Vale.

Com um salto enérgico, partiu. Lcxi esperou a que a porta da casa se fechou antes de aproximar-se do carro, onde esperava sua irmã.

-Olá -disse Dolores agarrando-se nervosa ao carro.

-Quer me contar o que aconteceu hoje? --perguntou Lexi usando todo seu controle para não perder a calma.

-Quer dizer com o Jake?

-Não, com o Jamie.

-Disse-me que passasse mais tempo com ele. -Harvey chamou antes, Dolores. Deixou a papai uma mensagem para ti.

-Que tipo de mensagem? -perguntou Dolores mais nervosa que nunca.

Lexi a seguiu, passo por passo.

-Harvey disse que te dissesse que te recolheria esta noite no aeroporto.

-Deve haver-se confundido de dia.

-Não acredito. De fato, se abrir o porta-malas deste carro, arrumado a que está cheio de malas. Malas enche. Arrumado a que inclusive há alguma roupa para o Jamie.

-OH, Meu deus -os joelhos lhe tremeram-. Nunca pensei que o averiguaria.

-Pois sim. E agora quero saber a razão. por que foste fazer o? Crie que lhe raptar é o modo de começar uma relação com o Jamie? Crie que tudo o que tem que fazer é mover uma varinha mágica e que dez anos de abandono foram desaparecer?

Lexi estava gritando, mas não podia parar.

-É meu filho. Jamie é meu. Ouve-me? Meu. E nunca me tirará isso.

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Dolores se acovardou enquanto Lexi se aproximava mais e baixou sua voz a um tom ameaçador.

-Ofereci compartilhá-lo contigo. Mas dentro de um limite, é obvio. Ou não entende o conceito de compartilhar? Como te atreve a me roubar a meu filho?

-Sinto muito -disse Dolores com lágrimas escorregando por suas bochechas-. Equivoquei-me e o sinto. Dava-me conta disso quando tentei dizer-lhe

-lhe dizer o que? -exigiu Lexi-. Deixa de choramingar e me fale.

Dolores respirou profundamente e se limpou as lagrimas.

-ia dizer lhe quem era eu -tragou-se mais a, ás-. Nunca lhe tivesse levado comigo se ele não tivesse querido vir. ia dizer se o primeiro, e então pensei que viria comigo porque eu era sua mãe.

-E o que te deteve?

-Parei o carro em um sítio entre a Santa Fé e Albuquerque e falamos -levantou a mão indefesa e soltou uma risada que soou histérica-. Eu ia preparar o terreno devagar. Então me dava conta de que ele me estava olhando como se eu fora uma estranha, uma autêntica estranha. OH, Lexi, acredito que tinha medo de mim.

Dolores chorou de novo. Reacia a seguir seu instinto e abraçá-la, Lexi não posso evitar sentir que as lágrimas eram genuínas. Vacilante, estendeu a mão e a pôs no ombro da Dolores.

-É só um menino, Dolores. Não seria difícil lhe confundir.

-Sei -tirou um lenço de seu bolso e se soou o nariz-. vou parecer um horror. Me está correndo a maquiagem?

-Nada. O que passou depois?

-Bom, dava-me conta de que estava atando tudo. Olhei aos olhos do Jamie e soube que não podia fazê-lo. Tivesse-lhe feito mal dizendo-lhe Ele teria pensado que eu era uma louca, e quem quer uma mulher louca como mãe?

Renda-se, Lexi lhe rodeou os ombros com o braço e lhe deu um rápido apertão.

-Bom, mulher louca. Acredito que avançaste um passo de gigante.

-De que falas?

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-Acredito que tem feito algo totalmente desinteressado. puseste as necessidades do Jamie por diante das tuas.

Dolores se limpou o nariz com o lenço. -É isso bom?

-É o tipo de coisas que faria uma mãe. -Sério? -sua expressão foi uma mescla de

prazer e surpresa.

-Sério -e rodeando a sua irmã da cintura, caminharam para a casa-. Suponho que ficará uns dias mais.

-Se não te importar... Eu gostaria de praticar mais esta coisa desinteressada. É novo para mim.

-Claro. Ao melhor eu poderei te dar alguns conselhos.

-Espero que não esteja brincando, porque realmente eu gostaria que o fizesse. Estive-te observando. Realmente é uma boa mãe. Eu quero sê-lo também, Lexi -passou-se uma mão por seu estômago plano-. Não só para o Jamie. Também quero ter um bebê. E quero ser uma mãe como você, não como era a nossa. OH!

Dolores se separou do Lexi e começou a correr para a casa.

-Tenho que chamar o Harvey antes de que saia para o aeroporto.

-por que não sobe e usa o telefone de acima? De acordo.

Desde vários metros detrás dela, Lexi viu a Dolores abrir a porta e entrar sorridente e lançando beijos. Jake ficou de pé calado e furioso, olhando incrédulo a Dolores, enquanto ela subia as escadas.

-Viu isto? --disse-lhe Frank ficando de pé quando Dolores desapareceu e Lexi entrou.

-Está bem -disse Lexi agarrando ao Jake do braço e aproximando-o de seu pai-. Contarei-lhes tudo o que sei e depois irei falar com o Jamie.

Quando a história terminou, Frank se tornou hajia atrás na cadeira.

Não sei o que fazer com essa garota. Seu pequeno zerebro deve rodar como um gude em sua cabeça

-Papai acrescentou Lexi mais feliz sabendo que seu filho estava a salvo--. Lhe trouxe, e isso é o que conta.

Ele grunhiu uma resposta e ficou de pé.

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Será melhor que volte a chamar à polícia.

- Eu vou ver o Jamie - -Lexi se levantou e se dirigiu para a porta, mas encontrou o caminho bloqueado pelo Jamie.

Com os braços cruzados, e o rosto sério, parecia feito de granito.

Não tão rápido. O que tem que mim?

Capítulo 16

T Ou? -perguntou Lexi esperando não parecer tão atordoada como se sentia.

Era possível que Jake lhe tivesse pedido em matrimônio fazia só umas horas? Parecia um sonho. Ao melhor o era.

-Sim -sua expressão se suavizou, e seus dedos acariciaram brandamente sua bochecha--. Eu. Não te esqueceste tão logo, verdade?

Com uma risada, ela soltou a respiração que tinha estado agüentando.

-Tinha medo de havê-lo simplesmente imaginado. Mas não, verdade?

-Não, não o imaginaste.

-Bom, já está -anunciou Frank junto ao telefone.

O que está? -perguntou Jake sem apartar os olhos do Lexi.

-A polícia -Frank se agarrou a uma cadeira-. Alegram-se de ouvir que todos estão a salvo em casa.

-Parece cansado, papai erijo Lexi preocupa dá de repente de que tivesse havido muita tensão para ele esse dia.

-Estou-o -disse seu pai movendo-se devagar para eles-. Acredito que irei jogar me um momento. Chamarão-me se ocorrerem mais emoções, verdade?

Jake riu.

-Não se preocupe, Frank. Não deixaremos que te perca nada.

-Bem. E por certo, querida -inclinou-se e deu ao Lexi um beijo na bochecha ao passar a seu lado-. Parabéns.

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-Parabéns? -Lexi olhou de seu pai sorridente que continuava seu caminho ao Jake-. por que?

Jake se esclareceu garganta.

-Eu... bom, tomei a liberdade de lhe contar as notícias.

-Sério? --perguntou Lexi vendo desaparecer a seu pai pelo corredor- . O que disse?

-Pinjente que já era hora -respondeu seu pai de longe.

Lexi riu e olhou ao Jake.

-Quando teve tempo de falar com ele? Jake a abraçou.

-Enquanto você estava fora com a Dolores -beijou-a-. Bom, espero que não esteja planejando um noivado comprido.

-Só o suficiente para que Jamie se faça à idéia.

OH, não acredito que isso seja um problema. Parece estar aceitando-o muito bem.

Lexi se apartou e o olhou suspicaz.

-De que falas?

-Jamie estava aqui quando eu falei com seu pai.

-O disse?

-Sim. Espero que não te importe. Era uma dessas coisas de homem a homem que pensava que devia fazer.

Lexi pôs os olhos em branco e suspirou. Umas poucas semanas antes seu filho só lhe tinha pertencido a ela. Mas parecia que teria que acostumar-se a compartilhá-lo.

Bom, você é seu pai -reconheceu-. O que disse?

Jake respondeu com cuidado.

-«Super», «fabuloso»... Não entendi o resto, mas parecia feliz com a idéia.

Renda-se, Lexi se relaxou contra ele.

-OH, Jake. Dá-te conta no que nos vamos colocar?

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-Teremos que ser pacientes. Conosco mesmos e o um com o outro. Eu não posso aprender a ser um pai da noite para o dia, nem tampouco um marido. Mas vou tentar o com todas minhas forças.

-OH, isso não me preocupa. Será estupendo -disse apartando-se a contra gosto . Bom, agora tenho que ir falar com o Jamie. Estou segura de que me está esperando.

-Quer que vá contigo?

-Ainda não. Mas fique perto.

-De acordo. Enquanto isso acredito que irei acender o grill. O que lhe parecem hambúrgueres para jantar?

-Delicioso. Morro de fome -ficou nas pontas dos pés e lhe beijou antes de ir-se.

Quando chegou à porta da habitação do Jamie, chamou brandamente e abriu um pouco a porta.

-Olá, interrompo-te?

-Não. Entra.

Lexi abriu a porta e viu seu filho ao outro lado da habitação, com os pés apoiados na mesa e olhando ao teto. Depois de um dia tão transcendental, não sabia o que estaria fazendo, mas não imaginou que fora isso.

Ela olhou também ao teto, esperando ver um bichito ou uma mancha, algo. Mas não havia nada mais que um teto branco.

-O que está olhando?

-Nada -disse sem mover a cabeça.

-OH -ela apartou seus livros a um lado e se sentou no bordo da mesa, lhe olhando-. Um dia estranho, né?

Jamie baixou devagar a cabeça até que seus olhos se encontraram. E assentiu com a cabeça. -Jake me há dito que falou contigo.

Lexi quase se surpreendeu para ouvir suas próprias palavras. Não tinha pensado tirar o tema tão logo. Tinha planejado esperar até que Jamie se abrisse e o mencionasse ele mesmo.

Jamie se encolheu de ombros. -Sim.

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-O que pensa? -Onde vamos viver?

Pergunta-a a surpreendeu.

-Não sei. Ainda não falamos que isso -franziu o cenho, pensando no pequeno rancho do Jake que tinha estado arrumando-. Ao melhor Jake quer que vamos a seu rancho.

Jamie enrugou o nariz.

-Não sei. Mas ódio deixar ao avô.

-Bom, às vezes poderia dormir aqui. depois de tudo, os ranchos estão juntos, e estiveram dirigindo-se como um só durante anos. Estou segura de que com o Jake como capataz, seguirão assim.

Lexi se deu conta de que ela e Jake não tinham discutido muito do futuro. Por isso ela sabia, ele inclusive podia estar planejando voltar para os rodeios. E a idéia era inquietante.

-vai ser meu pai agora?

-Jake? Sim. Você gosta disso, verdade?

Jamie assentiu.

-Eu gosto de Jake. Muito. Não queria que partisse --então franziu o cenho de novo-. Significa isso que ele agora vai mandar me? Lexi não pôde evitar sorrir.

-Bom, teoricamente sim. Mas não acredito que isso seja o que ele tenha em mente. Acredito que Jake só quer que sejamos uma família. Já sabe, passar tempo juntos, fazer coisas juntos. Agora mesmo está abaixo preparando hambúrgueres para jantar. Isso sonha como um bom começo, verdade?

Jamie riu.

-Sim. Só estava pensando no modo em que estava acostumado a me gritar quando chegou aqui.

-Bom, estava sofrendo muito. E além eu lhe raptei por assim dizê-lo. Assim estava um pouco zangado comigo. E tinha razões para está-lo.

-Refere-te ao modo em que a tia Dolores quase me raptou hoje?

Lexi ficou boquiaberta e olhou a seu filho perplexo.

Jamie pareceu inseguro.

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-Bom, mamãe, pensei que sabia.

-Saber? - repetiu ela-. Bom, sim, sabia. Mas não acreditava que você soubesse.

-Mamãe, não sou estúpido! -gritou Jamie parecendo insultado-. Ela me tirou do colégio e me levou de carro até o meio caminho do Albuquerque. E não parava de me dizer coisas como que não me preocupasse, que tudo estaria bem e que ela não me faria mal. Era tétrica.

Lexi estava horrorizada. Não tinha idéia de que Dolores tinha sido tão descarada.

-O que fez você? -perguntou tentando soar mais tranqüila do que se sentia.

Jamie sorriu, obviamente satisfeito consigo mesmo.

-Estive fantástico, mamãe. Só disse como com muita naturalidade que esperava que não estivéssemos fora muito tempo, porque não queria que o avô se preocupasse acabando de sair do hospital e da operação e todo isso.

Se Lexi não tivesse estado sentada, poderia haver-se desabado.

-OH, Jamie, não tinha nem idéia.

Acelerado, Jamie continuou com sua história.

-Então, quando paramos nessa área de descanso e ficamos sentados durante o que pareceram horas e ela seguia me dizendo que era um menino estupendo e o que gostaria de ter um filho como eu, e começou a me falar de quão grande era sua casa de Califórnia e todo o dinheiro que tinha seu marido. Y... OH mamãe! sabia que agora tinham uma piscina? Antes não, verdade?

-Acredito que não -respondeu Lexi vagamente, encontrando toda a conversação um pouco irreal-. Acredito que Harvey ganha agora mais dinheiro.

-Sim, bom, ao melhor então não estaria tão mal, já sabe, ir de visita alguma vez. A ela pareceu lhe gostar dessa idéia. depois de partir e voltar para a Santa Fé, comprou-me todas estas coisas.

-OH, Jamie -Lexi não pôde suportá-lo mais; o desejo de lhe abraçar era muito forte, e o fez-. Coração, estou tão contente de que esteja de novo comigo.

--Mamãe -a voz do Jamie saiu afogada contra

seu ombro-. Está doente a tia Dolores? -Doente? -Lexi lhe soltou e lhe olhou. Coma se tocou a cabeça.

-Já sabe, daqui acima.

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-Não --protestou ao dar-se conta de que estava duvidando do estado mental da Dolores-. Ela só... bom, é só muito sensível e nervosa. E

tem o costume de atuar primeiro e pensar depois.

-Mas, por que ia levar me a Califórnia com ela?

Lexi respirou profundamente para armar-se de coragem. Era muito logo para lhe contar tudo, mas talvez podia começar preparando o terreno. Falando devagar, e rezando para encontrar as palavras apropriadas, ela começou a responder a sua pergunta.

-Bom, você tia Dolores leva um tempo querendo ter um menino, mas não pode. Isso a põe muito triste, porque faz muito tempo, teve a possibilidade de ter seu próprio filho, mas renunciou a essa possibilidade.

-O que fez?

-Teve um bebê e o deu em adoção.

-por que?

-Era jovem. Pensou que o que estava fazendo era o melhor. Mas agora não está tão segura.

Jamie se aproximou da janela e olhou para a noite escura, com os dedos metidos em seus bolsos traseiros. Seu rosto se refletia contra a janela, e tinha o cenho franzido e a mandíbula firme.

Inclusive antes de que falasse, ela soube que o momento tinha chegado, e que ela não estava preparada.

-Era eu? -perguntou devagar-. Era eu o bebê?

Lexi sentiu um medo terrível. Não queria lhe ferir. Não queria lhe perder. Mas sabia que nos seguintes minutos, podiam passar as duas coisas.

-Como se sentiria se te dissesse que sim? -perguntou logo que atrevendo-se a respirar.

-Suponho que estranho -encolheu-se de ombros-. Pode que assustado -olhou-a por cima de seu ombro-. Ela não poderia me fazer voltar com ela, verdade?

-OH, não! Isso nunca passaria. Se você fosse alguma vez com a Dolores, seria porque quisesse... só de visita. Você é meu, e sempre o será.

O sorriso do Jamie foi um intento de humor.

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-Promete-me isso?

Lexi fez o sinal da cruz em seu coração.

-Com todo meu coração. Nunca te deixaria, Jamie. Quero-te muito.

Olhou-o. Estava de pé contra a janela, tão pequeno, tão vulnerável, tentando ser valente enquanto seu mundo se voltava do reverso. Desejou encontrar as palavras mágicas para que se sentisse bem, mas não havia nenhuma.

Durante dez anos, tinha esperado que chegasse esse dia, ensaiando o que lhe diria nesse momento. Mas nesse instante, nada lhe parecia adequado.

-Está bem? -perguntou sem saber o que outra coisa dizer.

-Você é ainda minha verdadeira mamãe, verdade?

-me acredite. Nada trocará em nossas vidas, exceto agora teremos ao Jake, e seremos mais uma família que antes.

-Bom, então suponho que está bem. Ela segue sendo minha tia, verdade?

-Depende de ti. Como você o sinta. Não tem que pensar nem atuar de outro modo para sua tia Dolores, se assim se sentir.

-De acordo -suspirou e a tensão desapareceu de sua postura--. Enquanto não tenha que chamá-la mamãe nem nada assim.

-Direi-te que isso me alivia muito -Lexi estendeu os braços---. Posso ter um grande abraço agora? Acredito que o necessito.

Ele caminhou para ela com um pouco de acanhamento ao princípio. Então, depois de uns passos, pôs-se a correr e se lançou a seus braços, enterrando a cara contra seu pescoço.

Lexi lhe apertou com força enquanto as lágrimas lhe queimavam os olhos.

-foi um dia comprido e duro, verdade? -perguntou com voz tremente.

Ele assentiu e se acurrucó mais. Então, parecendo recordar que era muito major para tais coisas, Jamie se separou dela e se sentou na cama.

-Bom, mamãe... -deteve-se e a olhou-, bom, se a tia Dolores era minha mãe... - deteve-se de novo-. Como é que não sabe quem era meu pai?

Ao Lexi deu um tombo o coração.

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-Bom, porque- esclareceu-se garganta e começou de novo-. Porque Dolores nunca o disse. Exceto...

Quando se deteve a seguinte vez, Jamie se tornou para diante.

-Exceto? -repetiu-. Exceto o que?

-Exceto hoje...

Lexi se deteve, perguntando-se se não seria muito, Quanto poderia suportar um menino em um dia?

-Hoje... -animou-lhe Jamie.

Sentindo-se como se cada palavra se fora arranco da alma, ela continuou.

-Hoje... Dolores... disse-lhe... ao Jake...

Jamie saltou e ficou de pé e levantou um braço triunfante ao ar, repetindo a operação várias vezes.

-Sim! Sim! Sim! Sim!

-Você gostaria que Jake resultasse ser seu pai? O braço subiu ao ar de novo. -Sim!

Lexi riu.

-Bom, é fabuloso.

-É-o? É meu pai?

-Acredito que sim.

Jamie gritou alegre e o sorriso do Lexi se estendeu até o ponto de que as lágrimas encheram seus olhos. Sabia como se sentia ele. Ela tinha estado assim de feliz quando Jake lhe tinha pedido que se casasse com ela, mas com todo o alvoroço, não tinha tido a oportunidade de celebrá-lo.

Voltando para a terra, Jamie ficou os punhos nos quadris e levantou seu peito orgulhoso.

-O avô vai estar muito contente.

-Pode que tenha chegado o momento de que baixemos e compartilhemos algo disto com o Jake

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-Lexi se levantou e estendeu a mão-. esteve um pouco preocupado por como tomaria as notícias.

Jamie lhe deu a mão e saíram da habitação.

-Tenho um papai, mamãe. Tenho um papai.

As luzes estavam apagadas. O fogo estava aceso. A casa estava silenciosa.

No sofá, com seu braço ao redor do Lexi, Jake disse o mesmo por décima vez.

-Parece haver tomado muito bem, verdade? -Não seja modesto. Jamie estava extasiado, e você sabe.

-Sim.

Lexi notou sua alegria e se acurrucó mais a ele. -É difícil acreditar todas as coisas que aconteceram hoje. Foi faz só cinco semanas quando lhe rap chá e te traga aqui?

-Alguma vez te dei as obrigado por isso, verdade?

Ela riu.

-Não.

-Realmente não estava zangado, sabe. -Não? Pois me tinha enganado muito bem. -Estava assustado. Ou melhor aterrorizado. -por que? -Lexi se apartou para lhe olhar aos olhos.

-Porque assim que te vi de novo, soube que tinha estado me enganando. Um olhar e te quis tanto como antes -acariciou-lhe o lábio com o dedo-. Se aquela noite não tivesse resultado ferido, e você te tivesse ficado até que tivesse terminado, fizesse todo o possível por te levar a cama.

- Pensei que te partiria assim que o rodeio terminasse.

-Menti-te. -Jake!

-Não sou um anjo. Nunca o fui -seguiu-lhe acariciando a bochecha com deliciosa ternura- Você já deve sabê-lo.

Ela cobriu sua mão com a sua.

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-É muito duro contigo mesmo. Eu sempre acreditei que é fantástico.

-Quero sê-lo. Para ti. de agora em diante. -Jake, não crie que te aborrecerá depois de um tempo e quererá voltar para rodeio? -perguntou recordando o que tinha falado com o Jamie.

-O rodeio? -pareceu surpreso-. Não acredito. me acredite, já sofri tudo o que queria. -Pensei que você gostava.

-Sim. Mas sou muito major para me dar todos esses golpes cada noite. A única razão pela que voltei foi porque tinha alugado meu rancho durante dez anos e não queria ser um vendedor de carros usados.

-Um vendedor de carros usados? -repetiu renda-se.

-O que outra opção tinha? Só entendo de ranchos e rodeios, Lexi.

Ela se sentiu feliz enquanto lhe acariciava o peito.

-Então, crie que será feliz aqui?

Ele sorriu e se tomou seu tempo em responder.

-Vejamos. Verei crescer a meu filho, ajudarei-lhe a converter-se em um homem. e lhe ouvirei me chamar papai -agarrou a mão do Lexi e lhe beijou cada dedo-. Serei sócio do Frank Conley e trabalharei a seu lado, um homem ao que quis e admirou durante toda minha vida... E terei que ir contigo à cama todas as noites durante o resto de minha vida. E despertar pela manhã e ver seu rosto sorridente junto ao meu. Sim, acredito que serei feliz. O que pensa você? --terminou sussurrando.Acredito que sonha com uma vida maravilhosa. Mais que maravilhosa.

Isso era tudo o que ela sempre tinha querido, e mais do que tinha sonhado possível.

Jake a abraçou com força.

-A melhor.

Fim

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