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tribunadoplanalto.com.br/escola ANO 10 - NÚ ME RO 743 – GO IÂNIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste Vista com desconfiança por trabalhadores e especialmente sindicalistas, a chegada das Organizações Sociais (OSs) na educação estadual terá a missão de garantir qualidade na gestão pública de ensino, já que deve trazer mais agilidade administrativa às escolas. Diretrizes e orientação pedagógica continuarão sob comando da Secretaria de Educação. Págs. 4 e 5 OSs vêm dar choque de gestão em escolas Professores Inscrições para seleção de professores do Pronatec estão abertas até esta segunda-feira, dia 30 de novembro. P ág. 2 Rede estadual Pais podem solicitar vagas Começou na quinta-feira passada e se estende até 28 de dezembro o período de solicitação de vagas para novos alunos que pretendem estudar nas escolas estaduais. Pág. 3 Inclusão escolar Móveis adaptados Prefeitura de Goiânia investe na aquisição de mobiliário adaptado para garantir melhores condições de aprendizagem aos educandos com necessidades especiais. P á gs. 6 e 7 Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação: “As OSs, ao final, vêm para beneficiar professores e alunos” UEG faz seleção para o Pronatec

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tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

ANO 10 - NÚ ME RO 743 – GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

Vista com desconfiança por

trabalhadores e especialmente

sindicalistas, a chegada das

Organizações Sociais (OSs)

na educação estadual terá a

missão de garantir qualidade

na gestão pública de ensino, já

que deve trazer mais agilidade

administrativa às escolas.

Diretrizes e orientação

pedagógica continuarão sob

comando da Secretaria de

Educação. Págs. 4 e 5

OSs vêm dar choque de gestão em escolas

Professores

Inscrições para seleção de professores do

Pronatec estão abertas até esta segunda-feira,

dia 30 de novembro. Pág. 2

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 20158

Rede estadualPais podemsolicitar vagas

Começou na quinta-feirapassada e se estende até 28de dezembro o período desolicitação de vagas paranovos alunos que pretendemestudar nas escolasestaduais. Pág. 3

Inclusão escolarMóveisadaptados

Prefeitura de Goiânia investe naaquisição de mobiliárioadaptado para garantir melhorescondições de aprendizagem aoseducandos com necessidadesespeciais. Págs. 6 e 7

TEATRO PARA ADULTOS

Nos dias 10, 11 e 12 de dezembro oGrupo Sutil Ato, de Brasília/DF, apre-senta em Goiânia (Centro CulturalUFG) o espetáculo Autópsia, Atos I(19h) e II (21h), com direção deJonathan Andrade. A obra foi conside-rada o melhor espetáculo teatralBrasiliense de 2014, pela imprensa e crí-tica especializada, e tem classificaçãoindicativa para maiores de 18 anos.As apresentações em Goiânia con-

tam com o patrocínio da Secretaria deCultura do DF, por meio do Fundo deApoio à Cultura, e com o apoio daUniversidade Federal de Goiás – Escolade Músicas e Artes Cênicas, por meiodo FUGA – Festival Universitário deArtes Cênicas de Goiás.Oito corpos em cena. Oito persona-

gens nus. Despidos de pudor ou morali-dade. Um espetáculo sobre violência,opressão e liberdade. Autópsia é umaadaptação de cinco clássicos do drama-turgo brasileiro Plínio Marcos, um dosmais importantes nomes da escrita tea-tral brasileira. O título revela o desejode abrir e esmiuçar os aspectos maisviscerais e brutais do comportamentohumano, assim como era a obra dePlínio.Dividido em 2 atos, que são apre-

sentados em horários diferentes em ummesmo dia, Autópsia recria o universomarginal esmiuçado pelo autor maldito,e coloca em cena a carne e o sangue dosatores, que se entregam vorazmente aos

Grupo teatral do DistritoFederal apresenta emGoiânia obrareconhecida pela críticaespecializada comomelhor espetáculobrasiliense de 2014

Pela primeira vez em Goiânia, o Grupo Sutil Ato (DF) traz o espetáculoAutópsia Ato I e Ato II, obra com textos de Plínio Marcos, que ressalta asmazelas do mundo e do homem contemporâneo

Raquel Teixeira,secretária estadual deEducação: “As OSs, aofinal, vêm parabeneficiar professores ealunos”

Autor é considerado “maldito”

Plínio Marcos fazautópsia em cena

seus papeis, criando uma catarse estra-nhamente afetuosa com o espectador,que pode enxergar humanidade, mesmoao revelar temas brutais, como prosti-tuição, morte e violência.Em 2014, Autópsia realizou tempo-

rada por 4 cidades do Distrito Federal,tendo sido assistido por aproximada-mente 2.500 pessoas. No mesmo ano foiselecionado para se apresentar noFestival Internacional de Brasília CenaContemporânea, um dos mais impor-tantes festivais do país, sendo conside-rado pelo público e crítica do jornalCorreio Braziliense como o melhorespetáculo brasiliense, com uma dasmelhores direções da mostra.Autópsia busca na força da obra de

Plínio Marcos a complexa e densa reali-dade ética, política e econômica dealgumas paisagens humanas desolado-ras, onde seres humanos persistem einsistem em sua sobrevivência. Solidão,amor, esperança, poder, sonhos, memó-rias, opressão, violência, desejos e liber-dade. Os textos usados na montagemforam: Navalha na Carne, Abajur Lilás,Dois Perdidos Numa Noite Suja, Querô– Uma reportagem maldita e Quando asMáquinas Param.

SUTIL ATOO Grupo Sutil Ato surgiu em 2002,

no Departamento de Artes Cênicas daUniversidade de Brasília. Sua propostainicial passava pelo trabalho de pesqui-sa visando a criação de espetáculosautorais a partir da investigação dematerialidades poéticas da cena. A dire-ção dos espetáculos passava tanto pelofrescor do trabalho de JonathanAndrade e Catarina Melo, quanto pelaexperiência de diretores como HugoRodas.A partir de 2006 o Sutil Ato se con-

solida como trabalho de grupo, passan-do pela experiência da profissionaliza-ção e da atuação de forma independen-te. Desde então somam-se 5 espetáculosmontados, e a contemplação em prê-mios e editais nacionais, com circulaçãode trabalhos em diversos eventos brasi-leiros.Nesses 9 anos de pesquisa continua-

da, o Sutil Ato busca formas de intera-ção com outros núcleos como modo deconstrução de uma obra dialógica eretroalimentada pelos estudos correntes.Com este propósito, a temporada em

Goiânia é feita em parceria com alunose professores da Escola de Música eArtes Cênicas da Universidade Federalde Goiás, que se tornaram os anfitriõesde Autópsia na capital goiana, por meiodo Festival Universitário de ArtesCênicas – Fuga.

Plínio Marcos (Santos SP 1935 -São Paulo SP 1999) renovou ospadrões da dramaturgia brasileira,levando para os palcos, em plenaditadura militar, um realismo duro ecruel, feito de diálogos e situaçõesvividas pela população pobre e fave-lada, de um Brasil cheio de contras-tes econômicos, éticos e sociais.Visceral, mórbido e contundente,

Plínio não se rendeu às negociataspropostas aos artistas da época. Elenão reescreveu suas frases para quefossem liberadas, tampouco alteroucontextos, formas e personagens.Com isto, seu teatro despudorado efurioso levou à proibição de toda sua

obra. Plínio passa então a se autoproclamar "O autor maldito". De1960 a 1975 seu trabalho recebetodas as chancelas de proibiçãocabíveis.Artistas como Tônia Carrero e

Sérgio Mamberti foram amigos eintérpretes de seus textos. Segundoeles, a obra de Plínio arrancava dosatores os sentimentos mais visceraise os expunha inteiramente humanosem suas cenas. Em depoimentos elesdenotam toda admiração pelo cria-dor, que eles consideram, junto aNelson Rodrigues, o autor que ver-dadeiramente criou um teatro brasi-leiro.

UEG faz seleçãopara o Pronatec

E S C O L AE S C O L A

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Sons do Cerrado estreiaespetáculo itineranteO grupo Sons do Cerrado, do Centro

de Folclore e História Cultural doInstituto do Trópico Subúmido da PUCGoiás, estreiou este mês o espetáculoGerais: músicas e audiovisuais, que contacom apoio da Lei Goyazes de Incentivo àCultura. As apresentações têm cunho iti-nerante e ocorrem em diversas cidadesgoianas, começando por Jataí (25/11),logo depois, Itumbiara (27 ), Inhumas(1º/12), Pirenópolis (2/12) e encerra emGoiânia. Os espetáculos serão encenadossempre às 20 horas, com entrada franca.

Apresentação teatralbeneficienteNo dia 03 de dezembro, o Sesi

Ferreira Pacheco em Goiânia vai recebero espetáculo “Viver é hoje”, promovidopelo projeto social Espaço Cultural daFunerária Pax Domini. A apresentaçãotem cunho beneficente e a entrada é gra-tuita – sugere-se ao público que contri-bua com alimentos não-perecíveis, queserão doados à Associação de Portadoresde Câncer de Mama do Hospital dasClínicas. A apresentação começa às 20h,no teatro Sesi Ferreira Pacheco.

UEG seleciona professorespara atuarem no PronatecA Universidade Estadual de

Goiás (UEG), por meio de suaPró-Reitoria de Extensão, Culturae Assuntos Estudantis (PrE), di-vulgou o processo seletivo paraprofessores do Pronatec (Pro-grama Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego). Asinscrições podem ser feitas atéesta segunda-feira, 30 de novem-bro.Para se inscrever, os candidatos

devem preencher a ficha com osdados e encaminhá-la, junto comos demais documentos especifica-dos, para o [email protected]. Para se candi-datar, os interessados devem teridade mínima de 18 anos.O edital é aberto para a comu-

nidade em geral, ou seja, pra participar da se-leção não é necessário que o candidato sejaservidor da UEG. O edital completo pode seracessado no portal da UEG(http://www.ueg.br/).O edital vai selecionar bolsistas para atua-

rem como professores regentes no ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Em-prego. As cidades contempladas são: Anápo-lis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas,Formosa, Goianésia, Itapuranga, Itumbiara,Jaraguá, Abadiânia, Corumbá de Goiás,Campo Limpo de Goiás, Nerópolis, Petrolinade Goiás, Rubiatava, São Francisco de Goiás,Amaralina, Monte Alegre de Goiás, Teresinade Goiás, Matrinchã, Heitoraí, Itaguari,Guapó, Marzagão, Rio Quente, CachoeiraDourada e Paranaiguara.Os selecionados podem acumular fun-

ções, contando que não haja choque entre oshorários e locais das aulas. As 55 vagas paraprofessores são direcionadas para a disciplinade Empreendedorismo. As aulas são voltadasas mais diversas áreas de atuação do mer-cado, desde programador de sistemas, pas-sando recepcionista e cozinheiro e chegandoàs línguas estrangeiras.O valor pago por hora/aula aos professo-

res regentes com nível superior é R$ 36,00. Jáos candidatos sem nível superior mas comcom conhecimento prático na área receberãoR$ 25,00 pela hora/aula. A classificação doscandidatos será feita com base na análise decurrículo e o resultado final do processo se-letivo será divulgado no dia 07 de dezembrono site institucional da UEG.Para mais informações, telefone (62)3328-

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Celebração de centenário deescritores vai virar livro e DVD

Uma celebração da literatura goiana e brasileira teve palco no auditório LygiaRassi, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na noite do dia 20 de novembro.Quatro grandes escritores da atualidade deram voz a quatro grandes escritores queprojetaram Goiás para o mundo. Bariani Ortêncio falou de Eli Brasiliense, o maismetafórico e criativo dos escritores, sempre preocupado com as questões sociais.Em seguida, Lêda Selma apresentou ao público Carmo Bernardes, o escritor detantas faces: contista, romancista, cronista e muito mais. Miguel Jorge apresentoua vida e obra de Bernardo Élis, nome singular da literatura brasileira. As apresenta-ções foram encerradas por Gilberto Mendonça Teles, que falou sobre José J. Veiga,que renovou a literatura nacional. Durante a solenidade, a secretária RaquelTeixeira anunciou que os textos apresentados vão ganhar uma edição ampliada,com biografia dos autores, capa dura e DVD da celebração inclusos. Esse materialserá distribuído para todas as escolas públicas de Goiás.

Escola debate escasseze preservação da água Com o tema “Água: a última gota”,

a Escola Municipal Benedita Luíza daSilva de Miranda, localizada no SetorPedro Ludovico, em Goiânia, promoveude quarta-feira, 25, a sexta-feira, 27, o ICongresso Benedita Luíza Sustentável.O evento teve o objetivo de alertar alu-nos, servidores e pais sobre a importân-cia da preservação da água para o meioambiente e a sociedade.

Escolas têm dia Dia D paradiscutir Base Nacional No último dia 24 foi o Dia D para as

escolas ligadas à Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (SeduceGoiás) discutirem a Base NacionalComum Curricular (BNCC). Foi umaoportunidade especial para que toda acomunidade escolar opine sobre comodeve ser o currículo das escolas deEducação Básica do país.

Inscrições estão abertas até esta segunda-feira,dia 30 de novembro, via internet Secretária Raquel Teixeira deu a boa notícia aos escritores goianos

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Incentivo à permanência na escola

“CADA CRIANÇAÉ UM SERDE DIREITO”

Desde 2010 a SecretariaMunicipal de Educação eEsporte desenvolve projetoque inclui educandos comnecessidades especiais(NEE). A proposta visa dar

acesso e aampliação dapermanência doseducandos nainstituição edu-cacional.

M e d i d a sforam encami-nhadas pela SMEpara colaborar naconsolidação dosdireitos dos edu-candos comn e c e s s i d a d e sespeciais. Cercade 200 peças demobiliário adap-

tado foram adquiridas pelasecretaria com o objetivode atender a demanda darede municipal de educa-ção.

Neste ano, 37 educan-dos receberam carteiras ecadeiras adaptáveis daSME. Com esta ação, asinstituições educacionaistêm melhores condições dereceber os educandos comestas necessidades.

“Vale lembrar que cadacaso de uma criança comnecessidade tem sua espe-cificidade. Dentro dessecontexto, o projeto domobiliário possibilita oreconhecimento, por parteda escola, de que a criançaé um ser de direito”, con-cluiu Euder ArraisBarretos.

O processo de inclusão passapela formação de uma nova men-talidade das novas gerações, exigi-do participação de toda a socieda-de.

“Enquanto mãe e educadora,vejo que o processo de inclusãovem contribuir positivamente paratodos nós. A criança aprende a nãoter preconceito e sua convivênciacom as diferenças dos outros cole-gas só a faz crescer. É aí que a mobí-lia adaptada colabora com esta rea-lidade porque ela facilita o acesso epermanência, na escola, de educan-dos portadores de necessidades",pondera a diretora da EscolaMunicipal Prof. Moacir MonclearBrandão, Patrícia Caetano.

“Hoje com a carteira e cadeiranova é bem melhor porque é maisconfortável. Acho bom vir para a

escola. Faço tarefas, gosto de pintare brincar com as massinhas. Aquina escola também jogo bola e brin-co de boneca com meus colegas,que são muito legais”, ressaltaCarla Vitória Carvalho, 12 anos.

A professora Ana Lúcia Catúliode Jesus considera fundamental oacesso a este material.

“Eu vejo este equipamento, damobília adaptada, como uma con-tribuição importante para os edu-candos portadores de necessidadesespeciais. A Carla começou a fre-quentar mais a escola e a participarde forma mais efetiva das ativida-des. Para mim todo este processode inclusão é um avanço importan-tíssimo para toda sociedade”, afir-ma.

O acesso ao equipamento cola-bora também com a autoestima

dos educandos, a formação peda-gógica e a integração com osdemais colegas. É o caso do edu-cando Luiz Felipe de Sousa Lima.

“Eu gostei muito da carteira eda cadeira porque deu certo. Hojeescrevo e desenho melhor. Gostomuito de desenhar caminhão, por-que decidi que quando crescer vouser motorista de caminhão ou deônibus”, comenta.

“Com o uso da mesa e cadeiraadaptadas houve melhora emocio-nal por parte do Luiz. Isso influen-ciou no crescimento da sua apren-dizagem. Outro fator que colabo-rou muito com o bem-estar dele nasala de aula foi a colaboração doscolegas, que o ajudam quando eleprecisa”, destaca a professora daEscola Municipal Manuel José deOliveira, Flávia Almeida.

Depois dereceber amobília

adaptada, aeducanda

Kettlin Loiceirotem melhoradoseu rendimento

escolar

Com a carteiraadaptável,Rony Batista deOliveira Silva,consegueinteragirmelhor dentroda sala deaula

Luiz Felipe e colegas em atividadede desenho e pintura

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Começou na quinta-feira passada,26/11, o período de solicitação devagas para novos alunos que preten-dem estudar nas escolas estaduaisligadas à Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce).Estudantes de outras redes de ensino,vindos de outros estados ou que nãoconseguiram renovar a matrícula notempo devido poderão participar.

A solicitação deve ser feita pelaCentral de Atendimento da Seduce,por meio do telefone 0800 645 6556 ouacessando o site www.matricula.go.gov.br. O prazo vai até o dia 28 dedezembro. Não participam do proces-so as escolas conveniadas e os colégiosmilitares.

Antes de acessar o site da matrículaou ligar para o 0800, o interessadodeve definir três opções de escolas desua preferência e ter em mãos os docu-mentos. Para a solicitação da vaga,será necessário fornecer o nome com-pleto e data de nascimento do aluno, onome completo e o CPF da mãe (ouresponsável), curso, ano e turno dese-jados, além do telefone e e-mail paracontato.

O sistema não leva em conta a dataem que foi feita a solicitação, mas a

sequência de escolas informada no atodo pedido e a disponibilidade devagas em cada unidade. Embora nãoseja garantida ao aluno a vaga na pri-meira opção, o histórico da matrículana rede pública estadual de ensinomostra que de 94% a 97% dos alunossão alocados na primeira opção apre-sentada, conforme, ainda, outros fato-res, como a proximidade da residênciaou a presença de irmãos na escola, quetambém priorizam a disponibilidadeda vaga.

O aluno Márcio Costa Siqueira, doColégio Estadual Felismina CardosoBatista, de Campos Belos, cidade daregião Nordeste do Estado, participouentre os dias 16 e 20 de novembro dasolenidade de posse do ProgramaJovem Senador, em Brasília. O estu-dante ficou em primeiro lugar emGoiás no concurso de redação doSenado Federal.

Para participar do concurso, osestudantes interessados elaboraramredações com o tema “Participaçãopolítica: no parlamento, nas ruas e nasredes sociais”. Intitulada “LiçãoGrega”, a redação de Márcio ganhoudestaque e será publicada no livretoda 8ª edição do concurso.

O programa Jovem Senador temcomo principal objetivo proporcionar

aos estudantes do Ensino Médioconhecimento acerca da estrutura e

do funcionamento do PoderLegislativo no Brasil, bem como esti-

mular o relacionamento permanentedos jovens cidadãos com o SenadoFederal.

Fernando Felisberto, do CEPIProfessor Alcides Jubé, ficou emsegundo lugar em nível estadual como tema “A juventude quer transforma-ção”. O terceiro colocado foi LigiaMoreira, do Colégio Estadual Silviode Castro Ribeiro, com a redação “Seo povo quer, o povo pode!”.

Márcio participou do evento acom-panhado da professora AndraMartins Ribeiro. O superintendentede Ensino Médio, Wisley Pereira,representou a secretária de Educação,Cultura e Esporte, Raquel Teixeira.Também marcaram presença algunsparlamentares, como EduardoAmorim e Fátima Bezerra.

Estudantes representando cada Estado brasileiro participaram de eventos no DF

Aluno de Campos Belos representa Goiás como jovem senador

Solicitação de vagas podeser feita por novos alunosque, incluindo estudantesde outras redes de ensino,vindos de outros estados

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

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Aberto período de solicitaçãode vagas na rede estadual

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Pedido de matrícula deve ser feito por meio do telefone 0800 645 6556 ou pela internet

Luiz Fernando Nunes Hidalgo

Mobiliário adaptado temgarantido melhores condições deaprendizagem para educandoscom necessidades especiais. NaEscola Municipal Deputado JamelCecílio a educanda KettlinLoiceiro de Souza Godoi, 8 anos,recebeu cadeira e carteira compa-tíveis com suas necessidades. Ainiciativa da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) deGoiânia visa garantir o acesso e apermanência de educandos porta-dores de necessidades especiaisnas instituições educacionais.

Depois que teve acesso aoequipamento, a educanda melho-rou em rendimento escolar e estámais motivada.

“Achei muito confortável tantoa carteira quanto a cadeira. Agorame sinto melhor e mais descansa-da. O pessoal veio aqui e reguloudireitinho para mim”, ressaltou.

Lanuz Loiceiro Godoi, mãe daaluna, reconheceu que com essaintervenção o processo de inclu-

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Projeto da Rede Municipalde Educação favorece aqualidade de ensino aogarantir a inclusão

Atividades pedagógicas estimulam desenvolvimento doeducando Isaac Nunes Teixeira Lima

Antoniel Santos tem carteira que facilita na visualizaçãoda leitura e escrita

são ficou mais evidente.“Com a chegada desse equipa-

mento percebi que minha filhaficou mais feliz. Isto tudo ajuda noprocesso de inclusão, porque éimportante para formação dela.Ela se sente mais segura e confian-te para relacionar-se com as pes-soas”, afirmou.

“Hoje se sabe, se formos citarum exemplo, que o ato de apren-der requer do educando posturafísica adequada que favoreça suarespiração. Com o mobiliário

adaptado, esta condição é amplia-da e o educando se sente maisseguro na sala de aula”, afirmaEuder Arrais Barretos, gerente deInclusão, Diversidade e Cidadania.

EspecificidadesOs aspectos mais importantes a

serem observados na identificaçãodos educandos com necessidadesespeciais são dificuldades na res-piração, problemas no momentoda alimentação, desconforto nacadeira e carteira tradicional, altu-

ra e largura do equipamento,assim como posição da cabeça.

“As carteiras e cadeiras tradi-cionais não possibilitam aos edu-candos com necessidades espe-ciais uma aprendizagem significa-tiva. Com esse equipamento édiferente, porque a criança temmelhores condições para desem-penhar o que é proposto pelosprofessores”, ressaltou Denise deSouza, professora do CentroMunicipal de Apoio a Inclusão(Cmai) Maria Thomé Neto.

Inclusão fazbem à educação

Educanda Carla Vitória (à esquerda) participa das ações pedagógicas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 201554

FOTOS: PAULO JOSÉ

Fabiola Rodriguese Manoel Messias

A gestão das escolas estaduais passarápor importantes mudanças a partir do anoque vem com a implantação dasOrganizações Sociais (OSs), que assumi-rão funções de gerenciamento administra-tivo de unidades escolares. Visto com des-confiança por trabalhadores e especial-mente sindicalistas, a mudança, segundo oGoverno estadual, visa garantir qualidadena gestão pública de ensino, já que vai darmais agilidade administrativa às escolas.

O Governo estadual já divulgou que30% das escolas estaduais passarão paraas mãos das OSs já no começo do anoque vem. O chamamento das OSs estásendo preparado e, até o dia 31 de dezem-bro, à Secretaria de Educação deve divul-gar os nomes das organizações seleciona-das.

Segundo a secretária de Educação,Cultura e Esportes (Seduce), RaquelTeixeira, as mudanças não vão afetar acarreira dos professores e as OSs, aofinal, vêm para beneficiar professores ealunos.

“A OS vai melhorar a gestão pública,eu não tenho dúvida, para os alunos e aeducação como um todo. Em relação aosprofessores, podem ficar tranquilos,

nenhum professor efetivo vai perder odireito adquirido, ele vai continuar rece-bendo pela Secretaria de Educação atéaposentar. Não há o menor risco da perdade direitos”, garante a secretária.

De acordo com Raquel Teixeira, asOSs seguirão as determinações e diretri-zes da Secretaria de Educação. A mudan-ça também não afetará a natureza do ser-viço prestado pelas escolas estaduais, queevidentemente continuarão oferecendoensino público e gratuito, acessível atodos.

“Para trazer mais agilidade adminis-trativa e melhorar a qualidade do ensino,estamos convidando a sociedade civil,representada através das OrganizaçõesSociais, áreas do terceiro setor movidaspor causas, por ações, por sonhos, paracontribuir na melhoria do ensino públicoestadual”, destaca Raquel Teixeira.

As Organizações Sociais, ou simples-mente OSs, são entidades sem fim lucrati-vos e vão receber do governo verba paraadministrar a gestão das escolas. Comonão são parte do Estado, se livrarão doexcesso de burocracia e desperdício detempo e dinheiro próprios do serviçopúblico. Por exemplo, não precisarão defazer todo um processo licitatório, geral-mente demorado para reforma de umaunidade escolar. As OSs também terão

A nova forma de administrar as esco-las em Goiás, através de organizaçõessociais, foi inspirado em um modelo degestão que acontece nos Estados Unidos,onde a terceirização está dando certocom as chamadas Charter Schools, quesurgiram em 1991, no estado deMinessota e hoje estão presentes em mui-tos estados norte-americanos. Na espe-riência norte-americana, o departamentoestadual ou municipal de educação assi-na um contrato de gestão entre o poderpúblico e uma organização civil sem finslucrativos, de base comunitária, quepassa a administrar a escola.

Nesse contrato são estabelecidosmetas e parâmetros básicos de gestão,mas a escola tem total liberdade paracontratar e demitir professores e gestorese também possui total autonomia sobreos recursos recebidos. Nesse sistema,cabe ao governo, em conjunto com umauniversidade parceira, monitorar o funcio-namento da escola e dos alunos.

Na prática, as Charter Schools nãose diferem muito dos colégios particula-res no Brasil, oferecendo atividades emdois turnos e utilizam de metodologiasinovadoras para dar melhor condição deensino.

Educação

Modelo é baseado emexperiência norte-americana

Professor terá como foco a aprendizagem

Estados Unidos adotaram o modelo compartilhado de gestão de escolas públicas

Bia de Lima: terceirização vai afetardrasticamente a carreira de professor

Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação, Cultura e Esportes: mais agilidade administrativa e qualidade de ensino

Concursospúblicosdiminuirãosensivelmente

A secretária Raquel Teixeira acredi-ta que, com as Organização Sociais, adiretoria da escola vai ter tempo paraadministrar a parte pedagógica commaior atenção, liberando os educado-res para que se preocupem com o

acompanhamento do processo deaprendizagem dos alunos. RaquelTeixeira reafirma que, conforme previ-são legal, a orientação pedagógicacontinuará vindo da Secretaria daEducação.

“Esclareço que as práticas pedagó-gicas são nossas. Todas as orientaçõespedagógicas não vão mudar, vai vir daSecretaria de Educação. A responsabi-lidade de melhorar educação é nossa,e vamos acompanhar sempre”, frisa.

Sobre a real ização de concursopúblico para professor, com a implan-tação das OSs, a tendência é que dimi-nuirão consideravelmente, já que acontratação de professor será pelaCLT, através das OSs. Raquel Teixeiraconsidera prematuro prever o queacontecerá, já que a realização de con-curso perpassa por uma decisão degoverno.

“Com relação aos concursos e pro-fessores concursados, a decisão nãopassa por mim, ela é do governo, mas senada mudar na legislação em algummomento vai precisar de concursopúblico. Até que isso não aconteça acontratação passa pela CLT, com garan-tia do piso profissional. É uma situaçãomuito melhor para os professores tem-porários”, diz.

Com a implantação das OSs, osprofessores com contrato temporárionas escolas com gestão terceirizadaterão significativas melhorias em rela-ção aos professores de contrato tempo-rários das demais escolas que não pas-saram para as OSs, já que os contratosregidos pela (CLT) asseguram aos pro-fessores todos os diretos e condiçõesde trabalho e salarial previstas para otrabalhador da iniciativa privada.

A partir do ano que vem qualquerprofessor de contrato temporário vai serdesligado e terá a oportunidade de pas-sar por um processo de seleção. Sendoaprovado, começará um contrato atra-vés da CLT. Isso acontecerá com profes-sores temporários de escolas da redeestadual de ensino geridas pelas OSs.

Após anos sem significativa evolução na qualidade do ensino,parte das escolas estaduais passam a ser administradas pororganizações sociais a partir do próximo ano letivo

autonomia para contratar professores nãoefetivos, de forma mais ágil e com contra-tos não vinculados ao poder público.Hoje, ainda parte significativa de profes-sores da rede estadual é composta de pro-fessores que trabalham em regime de con-trato especial, não concursados.

Contrária à entrada das OSs na edu-cação, a presidente do Sindicato dosTrabalhadores em Educação do Estadode Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmaque a terceirização vai afetar negativa-mente toda a carreira de professor. A sin-dicalista alega falta de transparência noprocesso de implantação das OSs. Paraela o que vai ocorrer não será terceiriza-ção, mas privatização das escolas.

“Essas OSs vão acabar com nossacarreira. O professor luta por seus diretos,como sempre lutou, mas vejo que paranos beneficiar de verdade nada está sendofeito. Para mim isso não é melhorar a ges-

tão. Entendo que o governo quer repassaruma responsabilidade dele para empre-sas. Eu entendo isso como privatização”,afirma a sindicalista.

Em resposta às críticas, RaquelTeixeira diz estar muito otimista com oprojeto, que, ao final, segundo ela, vaibeneficiar o professor efetivo e melhoraras condições dos professores temporá-rios.

“Não vamos mexer no plano de car-reira dos professores efetivos. Elespodem descansar quanto a isso. Já osprofessores de contrato temporáriosserão contratados pelas OSs, através daConsolidação das Leis do Trabalho(CLT), e terão todos os diretos trabalhis-tas garantidos. E com garantia do pisoproporcional também. Portanto será umasituação trabalhista legal, funcional,muito melhor do que a qual se tem hoje”,explica a secretária.

OSs chegampara sacudira educação

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 201554

FOTOS: PAULO JOSÉ

Fabiola Rodriguese Manoel Messias

A gestão das escolas estaduais passarápor importantes mudanças a partir do anoque vem com a implantação dasOrganizações Sociais (OSs), que assumi-rão funções de gerenciamento administra-tivo de unidades escolares. Visto com des-confiança por trabalhadores e especial-mente sindicalistas, a mudança, segundo oGoverno estadual, visa garantir qualidadena gestão pública de ensino, já que vai darmais agilidade administrativa às escolas.

O Governo estadual já divulgou que30% das escolas estaduais passarão paraas mãos das OSs já no começo do anoque vem. O chamamento das OSs estásendo preparado e, até o dia 31 de dezem-bro, à Secretaria de Educação deve divul-gar os nomes das organizações seleciona-das.

Segundo a secretária de Educação,Cultura e Esportes (Seduce), RaquelTeixeira, as mudanças não vão afetar acarreira dos professores e as OSs, aofinal, vêm para beneficiar professores ealunos.

“A OS vai melhorar a gestão pública,eu não tenho dúvida, para os alunos e aeducação como um todo. Em relação aosprofessores, podem ficar tranquilos,

nenhum professor efetivo vai perder odireito adquirido, ele vai continuar rece-bendo pela Secretaria de Educação atéaposentar. Não há o menor risco da perdade direitos”, garante a secretária.

De acordo com Raquel Teixeira, asOSs seguirão as determinações e diretri-zes da Secretaria de Educação. A mudan-ça também não afetará a natureza do ser-viço prestado pelas escolas estaduais, queevidentemente continuarão oferecendoensino público e gratuito, acessível atodos.

“Para trazer mais agilidade adminis-trativa e melhorar a qualidade do ensino,estamos convidando a sociedade civil,representada através das OrganizaçõesSociais, áreas do terceiro setor movidaspor causas, por ações, por sonhos, paracontribuir na melhoria do ensino públicoestadual”, destaca Raquel Teixeira.

As Organizações Sociais, ou simples-mente OSs, são entidades sem fim lucrati-vos e vão receber do governo verba paraadministrar a gestão das escolas. Comonão são parte do Estado, se livrarão doexcesso de burocracia e desperdício detempo e dinheiro próprios do serviçopúblico. Por exemplo, não precisarão defazer todo um processo licitatório, geral-mente demorado para reforma de umaunidade escolar. As OSs também terão

A nova forma de administrar as esco-las em Goiás, através de organizaçõessociais, foi inspirado em um modelo degestão que acontece nos Estados Unidos,onde a terceirização está dando certocom as chamadas Charter Schools, quesurgiram em 1991, no estado deMinessota e hoje estão presentes em mui-tos estados norte-americanos. Na espe-riência norte-americana, o departamentoestadual ou municipal de educação assi-na um contrato de gestão entre o poderpúblico e uma organização civil sem finslucrativos, de base comunitária, quepassa a administrar a escola.

Nesse contrato são estabelecidosmetas e parâmetros básicos de gestão,mas a escola tem total liberdade paracontratar e demitir professores e gestorese também possui total autonomia sobreos recursos recebidos. Nesse sistema,cabe ao governo, em conjunto com umauniversidade parceira, monitorar o funcio-namento da escola e dos alunos.

Na prática, as Charter Schools nãose diferem muito dos colégios particula-res no Brasil, oferecendo atividades emdois turnos e utilizam de metodologiasinovadoras para dar melhor condição deensino.

Educação

Modelo é baseado emexperiência norte-americana

Professor terá como foco a aprendizagem

Estados Unidos adotaram o modelo compartilhado de gestão de escolas públicas

Bia de Lima: terceirização vai afetardrasticamente a carreira de professor

Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação, Cultura e Esportes: mais agilidade administrativa e qualidade de ensino

Concursospúblicosdiminuirãosensivelmente

A secretária Raquel Teixeira acredi-ta que, com as Organização Sociais, adiretoria da escola vai ter tempo paraadministrar a parte pedagógica commaior atenção, liberando os educado-res para que se preocupem com o

acompanhamento do processo deaprendizagem dos alunos. RaquelTeixeira reafirma que, conforme previ-são legal, a orientação pedagógicacontinuará vindo da Secretaria daEducação.

“Esclareço que as práticas pedagó-gicas são nossas. Todas as orientaçõespedagógicas não vão mudar, vai vir daSecretaria de Educação. A responsabi-lidade de melhorar educação é nossa,e vamos acompanhar sempre”, frisa.

Sobre a real ização de concursopúblico para professor, com a implan-tação das OSs, a tendência é que dimi-nuirão consideravelmente, já que acontratação de professor será pelaCLT, através das OSs. Raquel Teixeiraconsidera prematuro prever o queacontecerá, já que a realização de con-curso perpassa por uma decisão degoverno.

“Com relação aos concursos e pro-fessores concursados, a decisão nãopassa por mim, ela é do governo, mas senada mudar na legislação em algummomento vai precisar de concursopúblico. Até que isso não aconteça acontratação passa pela CLT, com garan-tia do piso profissional. É uma situaçãomuito melhor para os professores tem-porários”, diz.

Com a implantação das OSs, osprofessores com contrato temporárionas escolas com gestão terceirizadaterão significativas melhorias em rela-ção aos professores de contrato tempo-rários das demais escolas que não pas-saram para as OSs, já que os contratosregidos pela (CLT) asseguram aos pro-fessores todos os diretos e condiçõesde trabalho e salarial previstas para otrabalhador da iniciativa privada.

A partir do ano que vem qualquerprofessor de contrato temporário vai serdesligado e terá a oportunidade de pas-sar por um processo de seleção. Sendoaprovado, começará um contrato atra-vés da CLT. Isso acontecerá com profes-sores temporários de escolas da redeestadual de ensino geridas pelas OSs.

Após anos sem significativa evolução na qualidade do ensino,parte das escolas estaduais passam a ser administradas pororganizações sociais a partir do próximo ano letivo

autonomia para contratar professores nãoefetivos, de forma mais ágil e com contra-tos não vinculados ao poder público.Hoje, ainda parte significativa de profes-sores da rede estadual é composta de pro-fessores que trabalham em regime de con-trato especial, não concursados.

Contrária à entrada das OSs na edu-cação, a presidente do Sindicato dosTrabalhadores em Educação do Estadode Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmaque a terceirização vai afetar negativa-mente toda a carreira de professor. A sin-dicalista alega falta de transparência noprocesso de implantação das OSs. Paraela o que vai ocorrer não será terceiriza-ção, mas privatização das escolas.

“Essas OSs vão acabar com nossacarreira. O professor luta por seus diretos,como sempre lutou, mas vejo que paranos beneficiar de verdade nada está sendofeito. Para mim isso não é melhorar a ges-

tão. Entendo que o governo quer repassaruma responsabilidade dele para empre-sas. Eu entendo isso como privatização”,afirma a sindicalista.

Em resposta às críticas, RaquelTeixeira diz estar muito otimista com oprojeto, que, ao final, segundo ela, vaibeneficiar o professor efetivo e melhoraras condições dos professores temporá-rios.

“Não vamos mexer no plano de car-reira dos professores efetivos. Elespodem descansar quanto a isso. Já osprofessores de contrato temporáriosserão contratados pelas OSs, através daConsolidação das Leis do Trabalho(CLT), e terão todos os diretos trabalhis-tas garantidos. E com garantia do pisoproporcional também. Portanto será umasituação trabalhista legal, funcional,muito melhor do que a qual se tem hoje”,explica a secretária.

OSs chegampara sacudira educação

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 201554

FOTOS: PAULO JOSÉ

Fabiola Rodriguese Manoel Messias

A gestão das escolas estaduais passarápor importantes mudanças a partir do anoque vem com a implantação dasOrganizações Sociais (OSs), que assumi-rão funções de gerenciamento administra-tivo de unidades escolares. Visto com des-confiança por trabalhadores e especial-mente sindicalistas, a mudança, segundo oGoverno estadual, visa garantir qualidadena gestão pública de ensino, já que vai darmais agilidade administrativa às escolas.

O Governo estadual já divulgou que30% das escolas estaduais passarão paraas mãos das OSs já no começo do anoque vem. O chamamento das OSs estásendo preparado e, até o dia 31 de dezem-bro, à Secretaria de Educação deve divul-gar os nomes das organizações seleciona-das.

Segundo a secretária de Educação,Cultura e Esportes (Seduce), RaquelTeixeira, as mudanças não vão afetar acarreira dos professores e as OSs, aofinal, vêm para beneficiar professores ealunos.

“A OS vai melhorar a gestão pública,eu não tenho dúvida, para os alunos e aeducação como um todo. Em relação aosprofessores, podem ficar tranquilos,

nenhum professor efetivo vai perder odireito adquirido, ele vai continuar rece-bendo pela Secretaria de Educação atéaposentar. Não há o menor risco da perdade direitos”, garante a secretária.

De acordo com Raquel Teixeira, asOSs seguirão as determinações e diretri-zes da Secretaria de Educação. A mudan-ça também não afetará a natureza do ser-viço prestado pelas escolas estaduais, queevidentemente continuarão oferecendoensino público e gratuito, acessível atodos.

“Para trazer mais agilidade adminis-trativa e melhorar a qualidade do ensino,estamos convidando a sociedade civil,representada através das OrganizaçõesSociais, áreas do terceiro setor movidaspor causas, por ações, por sonhos, paracontribuir na melhoria do ensino públicoestadual”, destaca Raquel Teixeira.

As Organizações Sociais, ou simples-mente OSs, são entidades sem fim lucrati-vos e vão receber do governo verba paraadministrar a gestão das escolas. Comonão são parte do Estado, se livrarão doexcesso de burocracia e desperdício detempo e dinheiro próprios do serviçopúblico. Por exemplo, não precisarão defazer todo um processo licitatório, geral-mente demorado para reforma de umaunidade escolar. As OSs também terão

A nova forma de administrar as esco-las em Goiás, através de organizaçõessociais, foi inspirado em um modelo degestão que acontece nos Estados Unidos,onde a terceirização está dando certocom as chamadas Charter Schools, quesurgiram em 1991, no estado deMinessota e hoje estão presentes em mui-tos estados norte-americanos. Na espe-riência norte-americana, o departamentoestadual ou municipal de educação assi-na um contrato de gestão entre o poderpúblico e uma organização civil sem finslucrativos, de base comunitária, quepassa a administrar a escola.

Nesse contrato são estabelecidosmetas e parâmetros básicos de gestão,mas a escola tem total liberdade paracontratar e demitir professores e gestorese também possui total autonomia sobreos recursos recebidos. Nesse sistema,cabe ao governo, em conjunto com umauniversidade parceira, monitorar o funcio-namento da escola e dos alunos.

Na prática, as Charter Schools nãose diferem muito dos colégios particula-res no Brasil, oferecendo atividades emdois turnos e utilizam de metodologiasinovadoras para dar melhor condição deensino.

Educação

Modelo é baseado emexperiência norte-americana

Professor terá como foco a aprendizagem

Estados Unidos adotaram o modelo compartilhado de gestão de escolas públicas

Bia de Lima: terceirização vai afetardrasticamente a carreira de professor

Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação, Cultura e Esportes: mais agilidade administrativa e qualidade de ensino

Concursospúblicosdiminuirãosensivelmente

A secretária Raquel Teixeira acredi-ta que, com as Organização Sociais, adiretoria da escola vai ter tempo paraadministrar a parte pedagógica commaior atenção, liberando os educado-res para que se preocupem com o

acompanhamento do processo deaprendizagem dos alunos. RaquelTeixeira reafirma que, conforme previ-são legal, a orientação pedagógicacontinuará vindo da Secretaria daEducação.

“Esclareço que as práticas pedagó-gicas são nossas. Todas as orientaçõespedagógicas não vão mudar, vai vir daSecretaria de Educação. A responsabi-lidade de melhorar educação é nossa,e vamos acompanhar sempre”, frisa.

Sobre a real ização de concursopúblico para professor, com a implan-tação das OSs, a tendência é que dimi-nuirão consideravelmente, já que acontratação de professor será pelaCLT, através das OSs. Raquel Teixeiraconsidera prematuro prever o queacontecerá, já que a realização de con-curso perpassa por uma decisão degoverno.

“Com relação aos concursos e pro-fessores concursados, a decisão nãopassa por mim, ela é do governo, mas senada mudar na legislação em algummomento vai precisar de concursopúblico. Até que isso não aconteça acontratação passa pela CLT, com garan-tia do piso profissional. É uma situaçãomuito melhor para os professores tem-porários”, diz.

Com a implantação das OSs, osprofessores com contrato temporárionas escolas com gestão terceirizadaterão significativas melhorias em rela-ção aos professores de contrato tempo-rários das demais escolas que não pas-saram para as OSs, já que os contratosregidos pela (CLT) asseguram aos pro-fessores todos os diretos e condiçõesde trabalho e salarial previstas para otrabalhador da iniciativa privada.

A partir do ano que vem qualquerprofessor de contrato temporário vai serdesligado e terá a oportunidade de pas-sar por um processo de seleção. Sendoaprovado, começará um contrato atra-vés da CLT. Isso acontecerá com profes-sores temporários de escolas da redeestadual de ensino geridas pelas OSs.

Após anos sem significativa evolução na qualidade do ensino,parte das escolas estaduais passam a ser administradas pororganizações sociais a partir do próximo ano letivo

autonomia para contratar professores nãoefetivos, de forma mais ágil e com contra-tos não vinculados ao poder público.Hoje, ainda parte significativa de profes-sores da rede estadual é composta de pro-fessores que trabalham em regime de con-trato especial, não concursados.

Contrária à entrada das OSs na edu-cação, a presidente do Sindicato dosTrabalhadores em Educação do Estadode Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmaque a terceirização vai afetar negativa-mente toda a carreira de professor. A sin-dicalista alega falta de transparência noprocesso de implantação das OSs. Paraela o que vai ocorrer não será terceiriza-ção, mas privatização das escolas.

“Essas OSs vão acabar com nossacarreira. O professor luta por seus diretos,como sempre lutou, mas vejo que paranos beneficiar de verdade nada está sendofeito. Para mim isso não é melhorar a ges-

tão. Entendo que o governo quer repassaruma responsabilidade dele para empre-sas. Eu entendo isso como privatização”,afirma a sindicalista.

Em resposta às críticas, RaquelTeixeira diz estar muito otimista com oprojeto, que, ao final, segundo ela, vaibeneficiar o professor efetivo e melhoraras condições dos professores temporá-rios.

“Não vamos mexer no plano de car-reira dos professores efetivos. Elespodem descansar quanto a isso. Já osprofessores de contrato temporáriosserão contratados pelas OSs, através daConsolidação das Leis do Trabalho(CLT), e terão todos os diretos trabalhis-tas garantidos. E com garantia do pisoproporcional também. Portanto será umasituação trabalhista legal, funcional,muito melhor do que a qual se tem hoje”,explica a secretária.

OSs chegampara sacudira educação

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Sons do Cerrado estreiaespetáculo itineranteO grupo Sons do Cerrado, do Centro

de Folclore e História Cultural doInstituto do Trópico Subúmido da PUCGoiás, estreiou este mês o espetáculoGerais: músicas e audiovisuais, que contacom apoio da Lei Goyazes de Incentivo àCultura. As apresentações têm cunho iti-nerante e ocorrem em diversas cidadesgoianas, começando por Jataí (25/11),logo depois, Itumbiara (27 ), Inhumas(1º/12), Pirenópolis (2/12) e encerra emGoiânia. Os espetáculos serão encenadossempre às 20 horas, com entrada franca.

Apresentação teatralbeneficienteNo dia 03 de dezembro, o Sesi

Ferreira Pacheco em Goiânia vai recebero espetáculo “Viver é hoje”, promovidopelo projeto social Espaço Cultural daFunerária Pax Domini. A apresentaçãotem cunho beneficente e a entrada é gra-tuita – sugere-se ao público que contri-bua com alimentos não-perecíveis, queserão doados à Associação de Portadoresde Câncer de Mama do Hospital dasClínicas. A apresentação começa às 20h,no teatro Sesi Ferreira Pacheco.

UEG seleciona professorespara atuarem no PronatecA Universidade Estadual de

Goiás (UEG), por meio de suaPró-Reitoria de Extensão, Culturae Assuntos Estudantis (PrE), di-vulgou o processo seletivo paraprofessores do Pronatec (Pro-grama Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego). Asinscrições podem ser feitas atéesta segunda-feira, 30 de novem-bro.Para se inscrever, os candidatos

devem preencher a ficha com osdados e encaminhá-la, junto comos demais documentos especifica-dos, para o [email protected]. Para se candi-datar, os interessados devem teridade mínima de 18 anos.O edital é aberto para a comu-

nidade em geral, ou seja, pra participar da se-leção não é necessário que o candidato sejaservidor da UEG. O edital completo pode seracessado no portal da UEG(http://www.ueg.br/).O edital vai selecionar bolsistas para atua-

rem como professores regentes no ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Em-prego. As cidades contempladas são: Anápo-lis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas,Formosa, Goianésia, Itapuranga, Itumbiara,Jaraguá, Abadiânia, Corumbá de Goiás,Campo Limpo de Goiás, Nerópolis, Petrolinade Goiás, Rubiatava, São Francisco de Goiás,Amaralina, Monte Alegre de Goiás, Teresinade Goiás, Matrinchã, Heitoraí, Itaguari,Guapó, Marzagão, Rio Quente, CachoeiraDourada e Paranaiguara.Os selecionados podem acumular fun-

ções, contando que não haja choque entre oshorários e locais das aulas. As 55 vagas paraprofessores são direcionadas para a disciplinade Empreendedorismo. As aulas são voltadasas mais diversas áreas de atuação do mer-cado, desde programador de sistemas, pas-sando recepcionista e cozinheiro e chegandoàs línguas estrangeiras.O valor pago por hora/aula aos professo-

res regentes com nível superior é R$ 36,00. Jáos candidatos sem nível superior mas comcom conhecimento prático na área receberãoR$ 25,00 pela hora/aula. A classificação doscandidatos será feita com base na análise decurrículo e o resultado final do processo se-letivo será divulgado no dia 07 de dezembrono site institucional da UEG.Para mais informações, telefone (62)3328-

1429.

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GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 7

Celebração de centenário deescritores vai virar livro e DVD

Uma celebração da literatura goiana e brasileira teve palco no auditório LygiaRassi, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na noite do dia 20 de novembro.Quatro grandes escritores da atualidade deram voz a quatro grandes escritores queprojetaram Goiás para o mundo. Bariani Ortêncio falou de Eli Brasiliense, o maismetafórico e criativo dos escritores, sempre preocupado com as questões sociais.Em seguida, Lêda Selma apresentou ao público Carmo Bernardes, o escritor detantas faces: contista, romancista, cronista e muito mais. Miguel Jorge apresentoua vida e obra de Bernardo Élis, nome singular da literatura brasileira. As apresenta-ções foram encerradas por Gilberto Mendonça Teles, que falou sobre José J. Veiga,que renovou a literatura nacional. Durante a solenidade, a secretária RaquelTeixeira anunciou que os textos apresentados vão ganhar uma edição ampliada,com biografia dos autores, capa dura e DVD da celebração inclusos. Esse materialserá distribuído para todas as escolas públicas de Goiás.

Escola debate escasseze preservação da água Com o tema “Água: a última gota”,

a Escola Municipal Benedita Luíza daSilva de Miranda, localizada no SetorPedro Ludovico, em Goiânia, promoveude quarta-feira, 25, a sexta-feira, 27, o ICongresso Benedita Luíza Sustentável.O evento teve o objetivo de alertar alu-nos, servidores e pais sobre a importân-cia da preservação da água para o meioambiente e a sociedade.

Escolas têm dia Dia D paradiscutir Base Nacional No último dia 24 foi o Dia D para as

escolas ligadas à Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (SeduceGoiás) discutirem a Base NacionalComum Curricular (BNCC). Foi umaoportunidade especial para que toda acomunidade escolar opine sobre comodeve ser o currículo das escolas deEducação Básica do país.

Inscrições estão abertas até esta segunda-feira,dia 30 de novembro, via internet Secretária Raquel Teixeira deu a boa notícia aos escritores goianos

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Incentivo à permanência na escola

“CADA CRIANÇAÉ UM SERDE DIREITO”

Desde 2010 a SecretariaMunicipal de Educação eEsporte desenvolve projetoque inclui educandos comnecessidades especiais(NEE). A proposta visa dar

acesso e aampliação dapermanência doseducandos nainstituição edu-cacional.

M e d i d a sforam encami-nhadas pela SMEpara colaborar naconsolidação dosdireitos dos edu-candos comn e c e s s i d a d e sespeciais. Cercade 200 peças demobiliário adap-

tado foram adquiridas pelasecretaria com o objetivode atender a demanda darede municipal de educa-ção.

Neste ano, 37 educan-dos receberam carteiras ecadeiras adaptáveis daSME. Com esta ação, asinstituições educacionaistêm melhores condições dereceber os educandos comestas necessidades.

“Vale lembrar que cadacaso de uma criança comnecessidade tem sua espe-cificidade. Dentro dessecontexto, o projeto domobiliário possibilita oreconhecimento, por parteda escola, de que a criançaé um ser de direito”, con-cluiu Euder ArraisBarretos.

O processo de inclusão passapela formação de uma nova men-talidade das novas gerações, exigi-do participação de toda a socieda-de.

“Enquanto mãe e educadora,vejo que o processo de inclusãovem contribuir positivamente paratodos nós. A criança aprende a nãoter preconceito e sua convivênciacom as diferenças dos outros cole-gas só a faz crescer. É aí que a mobí-lia adaptada colabora com esta rea-lidade porque ela facilita o acesso epermanência, na escola, de educan-dos portadores de necessidades",pondera a diretora da EscolaMunicipal Prof. Moacir MonclearBrandão, Patrícia Caetano.

“Hoje com a carteira e cadeiranova é bem melhor porque é maisconfortável. Acho bom vir para a

escola. Faço tarefas, gosto de pintare brincar com as massinhas. Aquina escola também jogo bola e brin-co de boneca com meus colegas,que são muito legais”, ressaltaCarla Vitória Carvalho, 12 anos.

A professora Ana Lúcia Catúliode Jesus considera fundamental oacesso a este material.

“Eu vejo este equipamento, damobília adaptada, como uma con-tribuição importante para os edu-candos portadores de necessidadesespeciais. A Carla começou a fre-quentar mais a escola e a participarde forma mais efetiva das ativida-des. Para mim todo este processode inclusão é um avanço importan-tíssimo para toda sociedade”, afir-ma.

O acesso ao equipamento cola-bora também com a autoestima

dos educandos, a formação peda-gógica e a integração com osdemais colegas. É o caso do edu-cando Luiz Felipe de Sousa Lima.

“Eu gostei muito da carteira eda cadeira porque deu certo. Hojeescrevo e desenho melhor. Gostomuito de desenhar caminhão, por-que decidi que quando crescer vouser motorista de caminhão ou deônibus”, comenta.

“Com o uso da mesa e cadeiraadaptadas houve melhora emocio-nal por parte do Luiz. Isso influen-ciou no crescimento da sua apren-dizagem. Outro fator que colabo-rou muito com o bem-estar dele nasala de aula foi a colaboração doscolegas, que o ajudam quando eleprecisa”, destaca a professora daEscola Municipal Manuel José deOliveira, Flávia Almeida.

Depois dereceber amobília

adaptada, aeducanda

Kettlin Loiceirotem melhoradoseu rendimento

escolar

Com a carteiraadaptável,Rony Batista deOliveira Silva,consegueinteragirmelhor dentroda sala deaula

Luiz Felipe e colegas em atividadede desenho e pintura

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 3

Começou na quinta-feira passada,26/11, o período de solicitação devagas para novos alunos que preten-dem estudar nas escolas estaduaisligadas à Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce).Estudantes de outras redes de ensino,vindos de outros estados ou que nãoconseguiram renovar a matrícula notempo devido poderão participar.

A solicitação deve ser feita pelaCentral de Atendimento da Seduce,por meio do telefone 0800 645 6556 ouacessando o site www.matricula.go.gov.br. O prazo vai até o dia 28 dedezembro. Não participam do proces-so as escolas conveniadas e os colégiosmilitares.

Antes de acessar o site da matrículaou ligar para o 0800, o interessadodeve definir três opções de escolas desua preferência e ter em mãos os docu-mentos. Para a solicitação da vaga,será necessário fornecer o nome com-pleto e data de nascimento do aluno, onome completo e o CPF da mãe (ouresponsável), curso, ano e turno dese-jados, além do telefone e e-mail paracontato.

O sistema não leva em conta a dataem que foi feita a solicitação, mas a

sequência de escolas informada no atodo pedido e a disponibilidade devagas em cada unidade. Embora nãoseja garantida ao aluno a vaga na pri-meira opção, o histórico da matrículana rede pública estadual de ensinomostra que de 94% a 97% dos alunossão alocados na primeira opção apre-sentada, conforme, ainda, outros fato-res, como a proximidade da residênciaou a presença de irmãos na escola, quetambém priorizam a disponibilidadeda vaga.

O aluno Márcio Costa Siqueira, doColégio Estadual Felismina CardosoBatista, de Campos Belos, cidade daregião Nordeste do Estado, participouentre os dias 16 e 20 de novembro dasolenidade de posse do ProgramaJovem Senador, em Brasília. O estu-dante ficou em primeiro lugar emGoiás no concurso de redação doSenado Federal.

Para participar do concurso, osestudantes interessados elaboraramredações com o tema “Participaçãopolítica: no parlamento, nas ruas e nasredes sociais”. Intitulada “LiçãoGrega”, a redação de Márcio ganhoudestaque e será publicada no livretoda 8ª edição do concurso.

O programa Jovem Senador temcomo principal objetivo proporcionar

aos estudantes do Ensino Médioconhecimento acerca da estrutura e

do funcionamento do PoderLegislativo no Brasil, bem como esti-

mular o relacionamento permanentedos jovens cidadãos com o SenadoFederal.

Fernando Felisberto, do CEPIProfessor Alcides Jubé, ficou emsegundo lugar em nível estadual como tema “A juventude quer transforma-ção”. O terceiro colocado foi LigiaMoreira, do Colégio Estadual Silviode Castro Ribeiro, com a redação “Seo povo quer, o povo pode!”.

Márcio participou do evento acom-panhado da professora AndraMartins Ribeiro. O superintendentede Ensino Médio, Wisley Pereira,representou a secretária de Educação,Cultura e Esporte, Raquel Teixeira.Também marcaram presença algunsparlamentares, como EduardoAmorim e Fátima Bezerra.

Estudantes representando cada Estado brasileiro participaram de eventos no DF

Aluno de Campos Belos representa Goiás como jovem senador

Solicitação de vagas podeser feita por novos alunosque, incluindo estudantesde outras redes de ensino,vindos de outros estados

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

6 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Aberto período de solicitaçãode vagas na rede estadual

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Pedido de matrícula deve ser feito por meio do telefone 0800 645 6556 ou pela internet

Luiz Fernando Nunes Hidalgo

Mobiliário adaptado temgarantido melhores condições deaprendizagem para educandoscom necessidades especiais. NaEscola Municipal Deputado JamelCecílio a educanda KettlinLoiceiro de Souza Godoi, 8 anos,recebeu cadeira e carteira compa-tíveis com suas necessidades. Ainiciativa da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) deGoiânia visa garantir o acesso e apermanência de educandos porta-dores de necessidades especiaisnas instituições educacionais.

Depois que teve acesso aoequipamento, a educanda melho-rou em rendimento escolar e estámais motivada.

“Achei muito confortável tantoa carteira quanto a cadeira. Agorame sinto melhor e mais descansa-da. O pessoal veio aqui e reguloudireitinho para mim”, ressaltou.

Lanuz Loiceiro Godoi, mãe daaluna, reconheceu que com essaintervenção o processo de inclu-

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Projeto da Rede Municipalde Educação favorece aqualidade de ensino aogarantir a inclusão

Atividades pedagógicas estimulam desenvolvimento doeducando Isaac Nunes Teixeira Lima

Antoniel Santos tem carteira que facilita na visualizaçãoda leitura e escrita

são ficou mais evidente.“Com a chegada desse equipa-

mento percebi que minha filhaficou mais feliz. Isto tudo ajuda noprocesso de inclusão, porque éimportante para formação dela.Ela se sente mais segura e confian-te para relacionar-se com as pes-soas”, afirmou.

“Hoje se sabe, se formos citarum exemplo, que o ato de apren-der requer do educando posturafísica adequada que favoreça suarespiração. Com o mobiliário

adaptado, esta condição é amplia-da e o educando se sente maisseguro na sala de aula”, afirmaEuder Arrais Barretos, gerente deInclusão, Diversidade e Cidadania.

EspecificidadesOs aspectos mais importantes a

serem observados na identificaçãodos educandos com necessidadesespeciais são dificuldades na res-piração, problemas no momentoda alimentação, desconforto nacadeira e carteira tradicional, altu-

ra e largura do equipamento,assim como posição da cabeça.

“As carteiras e cadeiras tradi-cionais não possibilitam aos edu-candos com necessidades espe-ciais uma aprendizagem significa-tiva. Com esse equipamento édiferente, porque a criança temmelhores condições para desem-penhar o que é proposto pelosprofessores”, ressaltou Denise deSouza, professora do CentroMunicipal de Apoio a Inclusão(Cmai) Maria Thomé Neto.

Inclusão fazbem à educação

Educanda Carla Vitória (à esquerda) participa das ações pedagógicas

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GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 201554

FOTOS: PAULO JOSÉ

Fabiola Rodriguese Manoel Messias

A gestão das escolas estaduais passarápor importantes mudanças a partir do anoque vem com a implantação dasOrganizações Sociais (OSs), que assumi-rão funções de gerenciamento administra-tivo de unidades escolares. Visto com des-confiança por trabalhadores e especial-mente sindicalistas, a mudança, segundo oGoverno estadual, visa garantir qualidadena gestão pública de ensino, já que vai darmais agilidade administrativa às escolas.

O Governo estadual já divulgou que30% das escolas estaduais passarão paraas mãos das OSs já no começo do anoque vem. O chamamento das OSs estásendo preparado e, até o dia 31 de dezem-bro, à Secretaria de Educação deve divul-gar os nomes das organizações seleciona-das.

Segundo a secretária de Educação,Cultura e Esportes (Seduce), RaquelTeixeira, as mudanças não vão afetar acarreira dos professores e as OSs, aofinal, vêm para beneficiar professores ealunos.

“A OS vai melhorar a gestão pública,eu não tenho dúvida, para os alunos e aeducação como um todo. Em relação aosprofessores, podem ficar tranquilos,

nenhum professor efetivo vai perder odireito adquirido, ele vai continuar rece-bendo pela Secretaria de Educação atéaposentar. Não há o menor risco da perdade direitos”, garante a secretária.

De acordo com Raquel Teixeira, asOSs seguirão as determinações e diretri-zes da Secretaria de Educação. A mudan-ça também não afetará a natureza do ser-viço prestado pelas escolas estaduais, queevidentemente continuarão oferecendoensino público e gratuito, acessível atodos.

“Para trazer mais agilidade adminis-trativa e melhorar a qualidade do ensino,estamos convidando a sociedade civil,representada através das OrganizaçõesSociais, áreas do terceiro setor movidaspor causas, por ações, por sonhos, paracontribuir na melhoria do ensino públicoestadual”, destaca Raquel Teixeira.

As Organizações Sociais, ou simples-mente OSs, são entidades sem fim lucrati-vos e vão receber do governo verba paraadministrar a gestão das escolas. Comonão são parte do Estado, se livrarão doexcesso de burocracia e desperdício detempo e dinheiro próprios do serviçopúblico. Por exemplo, não precisarão defazer todo um processo licitatório, geral-mente demorado para reforma de umaunidade escolar. As OSs também terão

A nova forma de administrar as esco-las em Goiás, através de organizaçõessociais, foi inspirado em um modelo degestão que acontece nos Estados Unidos,onde a terceirização está dando certocom as chamadas Charter Schools, quesurgiram em 1991, no estado deMinessota e hoje estão presentes em mui-tos estados norte-americanos. Na espe-riência norte-americana, o departamentoestadual ou municipal de educação assi-na um contrato de gestão entre o poderpúblico e uma organização civil sem finslucrativos, de base comunitária, quepassa a administrar a escola.

Nesse contrato são estabelecidosmetas e parâmetros básicos de gestão,mas a escola tem total liberdade paracontratar e demitir professores e gestorese também possui total autonomia sobreos recursos recebidos. Nesse sistema,cabe ao governo, em conjunto com umauniversidade parceira, monitorar o funcio-namento da escola e dos alunos.

Na prática, as Charter Schools nãose diferem muito dos colégios particula-res no Brasil, oferecendo atividades emdois turnos e utilizam de metodologiasinovadoras para dar melhor condição deensino.

Educação

Modelo é baseado emexperiência norte-americana

Professor terá como foco a aprendizagem

Estados Unidos adotaram o modelo compartilhado de gestão de escolas públicas

Bia de Lima: terceirização vai afetardrasticamente a carreira de professor

Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação, Cultura e Esportes: mais agilidade administrativa e qualidade de ensino

Concursospúblicosdiminuirãosensivelmente

A secretária Raquel Teixeira acredi-ta que, com as Organização Sociais, adiretoria da escola vai ter tempo paraadministrar a parte pedagógica commaior atenção, liberando os educado-res para que se preocupem com o

acompanhamento do processo deaprendizagem dos alunos. RaquelTeixeira reafirma que, conforme previ-são legal, a orientação pedagógicacontinuará vindo da Secretaria daEducação.

“Esclareço que as práticas pedagó-gicas são nossas. Todas as orientaçõespedagógicas não vão mudar, vai vir daSecretaria de Educação. A responsabi-lidade de melhorar educação é nossa,e vamos acompanhar sempre”, frisa.

Sobre a real ização de concursopúblico para professor, com a implan-tação das OSs, a tendência é que dimi-nuirão consideravelmente, já que acontratação de professor será pelaCLT, através das OSs. Raquel Teixeiraconsidera prematuro prever o queacontecerá, já que a realização de con-curso perpassa por uma decisão degoverno.

“Com relação aos concursos e pro-fessores concursados, a decisão nãopassa por mim, ela é do governo, mas senada mudar na legislação em algummomento vai precisar de concursopúblico. Até que isso não aconteça acontratação passa pela CLT, com garan-tia do piso profissional. É uma situaçãomuito melhor para os professores tem-porários”, diz.

Com a implantação das OSs, osprofessores com contrato temporárionas escolas com gestão terceirizadaterão significativas melhorias em rela-ção aos professores de contrato tempo-rários das demais escolas que não pas-saram para as OSs, já que os contratosregidos pela (CLT) asseguram aos pro-fessores todos os diretos e condiçõesde trabalho e salarial previstas para otrabalhador da iniciativa privada.

A partir do ano que vem qualquerprofessor de contrato temporário vai serdesligado e terá a oportunidade de pas-sar por um processo de seleção. Sendoaprovado, começará um contrato atra-vés da CLT. Isso acontecerá com profes-sores temporários de escolas da redeestadual de ensino geridas pelas OSs.

Após anos sem significativa evolução na qualidade do ensino,parte das escolas estaduais passam a ser administradas pororganizações sociais a partir do próximo ano letivo

autonomia para contratar professores nãoefetivos, de forma mais ágil e com contra-tos não vinculados ao poder público.Hoje, ainda parte significativa de profes-sores da rede estadual é composta de pro-fessores que trabalham em regime de con-trato especial, não concursados.

Contrária à entrada das OSs na edu-cação, a presidente do Sindicato dosTrabalhadores em Educação do Estadode Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmaque a terceirização vai afetar negativa-mente toda a carreira de professor. A sin-dicalista alega falta de transparência noprocesso de implantação das OSs. Paraela o que vai ocorrer não será terceiriza-ção, mas privatização das escolas.

“Essas OSs vão acabar com nossacarreira. O professor luta por seus diretos,como sempre lutou, mas vejo que paranos beneficiar de verdade nada está sendofeito. Para mim isso não é melhorar a ges-

tão. Entendo que o governo quer repassaruma responsabilidade dele para empre-sas. Eu entendo isso como privatização”,afirma a sindicalista.

Em resposta às críticas, RaquelTeixeira diz estar muito otimista com oprojeto, que, ao final, segundo ela, vaibeneficiar o professor efetivo e melhoraras condições dos professores temporá-rios.

“Não vamos mexer no plano de car-reira dos professores efetivos. Elespodem descansar quanto a isso. Já osprofessores de contrato temporáriosserão contratados pelas OSs, através daConsolidação das Leis do Trabalho(CLT), e terão todos os diretos trabalhis-tas garantidos. E com garantia do pisoproporcional também. Portanto será umasituação trabalhista legal, funcional,muito melhor do que a qual se tem hoje”,explica a secretária.

OSs chegampara sacudira educação

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

Sons do Cerrado estreiaespetáculo itineranteO grupo Sons do Cerrado, do Centro

de Folclore e História Cultural doInstituto do Trópico Subúmido da PUCGoiás, estreiou este mês o espetáculoGerais: músicas e audiovisuais, que contacom apoio da Lei Goyazes de Incentivo àCultura. As apresentações têm cunho iti-nerante e ocorrem em diversas cidadesgoianas, começando por Jataí (25/11),logo depois, Itumbiara (27 ), Inhumas(1º/12), Pirenópolis (2/12) e encerra emGoiânia. Os espetáculos serão encenadossempre às 20 horas, com entrada franca.

Apresentação teatralbeneficienteNo dia 03 de dezembro, o Sesi

Ferreira Pacheco em Goiânia vai recebero espetáculo “Viver é hoje”, promovidopelo projeto social Espaço Cultural daFunerária Pax Domini. A apresentaçãotem cunho beneficente e a entrada é gra-tuita – sugere-se ao público que contri-bua com alimentos não-perecíveis, queserão doados à Associação de Portadoresde Câncer de Mama do Hospital dasClínicas. A apresentação começa às 20h,no teatro Sesi Ferreira Pacheco.

UEG seleciona professorespara atuarem no PronatecA Universidade Estadual de

Goiás (UEG), por meio de suaPró-Reitoria de Extensão, Culturae Assuntos Estudantis (PrE), di-vulgou o processo seletivo paraprofessores do Pronatec (Pro-grama Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego). Asinscrições podem ser feitas atéesta segunda-feira, 30 de novem-bro.Para se inscrever, os candidatos

devem preencher a ficha com osdados e encaminhá-la, junto comos demais documentos especifica-dos, para o [email protected]. Para se candi-datar, os interessados devem teridade mínima de 18 anos.O edital é aberto para a comu-

nidade em geral, ou seja, pra participar da se-leção não é necessário que o candidato sejaservidor da UEG. O edital completo pode seracessado no portal da UEG(http://www.ueg.br/).O edital vai selecionar bolsistas para atua-

rem como professores regentes no ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Em-prego. As cidades contempladas são: Anápo-lis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas,Formosa, Goianésia, Itapuranga, Itumbiara,Jaraguá, Abadiânia, Corumbá de Goiás,Campo Limpo de Goiás, Nerópolis, Petrolinade Goiás, Rubiatava, São Francisco de Goiás,Amaralina, Monte Alegre de Goiás, Teresinade Goiás, Matrinchã, Heitoraí, Itaguari,Guapó, Marzagão, Rio Quente, CachoeiraDourada e Paranaiguara.Os selecionados podem acumular fun-

ções, contando que não haja choque entre oshorários e locais das aulas. As 55 vagas paraprofessores são direcionadas para a disciplinade Empreendedorismo. As aulas são voltadasas mais diversas áreas de atuação do mer-cado, desde programador de sistemas, pas-sando recepcionista e cozinheiro e chegandoàs línguas estrangeiras.O valor pago por hora/aula aos professo-

res regentes com nível superior é R$ 36,00. Jáos candidatos sem nível superior mas comcom conhecimento prático na área receberãoR$ 25,00 pela hora/aula. A classificação doscandidatos será feita com base na análise decurrículo e o resultado final do processo se-letivo será divulgado no dia 07 de dezembrono site institucional da UEG.Para mais informações, telefone (62)3328-

1429.

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Celebração de centenário deescritores vai virar livro e DVD

Uma celebração da literatura goiana e brasileira teve palco no auditório LygiaRassi, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na noite do dia 20 de novembro.Quatro grandes escritores da atualidade deram voz a quatro grandes escritores queprojetaram Goiás para o mundo. Bariani Ortêncio falou de Eli Brasiliense, o maismetafórico e criativo dos escritores, sempre preocupado com as questões sociais.Em seguida, Lêda Selma apresentou ao público Carmo Bernardes, o escritor detantas faces: contista, romancista, cronista e muito mais. Miguel Jorge apresentoua vida e obra de Bernardo Élis, nome singular da literatura brasileira. As apresenta-ções foram encerradas por Gilberto Mendonça Teles, que falou sobre José J. Veiga,que renovou a literatura nacional. Durante a solenidade, a secretária RaquelTeixeira anunciou que os textos apresentados vão ganhar uma edição ampliada,com biografia dos autores, capa dura e DVD da celebração inclusos. Esse materialserá distribuído para todas as escolas públicas de Goiás.

Escola debate escasseze preservação da água Com o tema “Água: a última gota”,

a Escola Municipal Benedita Luíza daSilva de Miranda, localizada no SetorPedro Ludovico, em Goiânia, promoveude quarta-feira, 25, a sexta-feira, 27, o ICongresso Benedita Luíza Sustentável.O evento teve o objetivo de alertar alu-nos, servidores e pais sobre a importân-cia da preservação da água para o meioambiente e a sociedade.

Escolas têm dia Dia D paradiscutir Base Nacional No último dia 24 foi o Dia D para as

escolas ligadas à Secretaria deEducação, Cultura e Esporte (SeduceGoiás) discutirem a Base NacionalComum Curricular (BNCC). Foi umaoportunidade especial para que toda acomunidade escolar opine sobre comodeve ser o currículo das escolas deEducação Básica do país.

Inscrições estão abertas até esta segunda-feira,dia 30 de novembro, via internet Secretária Raquel Teixeira deu a boa notícia aos escritores goianos

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Incentivo à permanência na escola

“CADA CRIANÇAÉ UM SERDE DIREITO”

Desde 2010 a SecretariaMunicipal de Educação eEsporte desenvolve projetoque inclui educandos comnecessidades especiais(NEE). A proposta visa dar

acesso e aampliação dapermanência doseducandos nainstituição edu-cacional.

M e d i d a sforam encami-nhadas pela SMEpara colaborar naconsolidação dosdireitos dos edu-candos comn e c e s s i d a d e sespeciais. Cercade 200 peças demobiliário adap-

tado foram adquiridas pelasecretaria com o objetivode atender a demanda darede municipal de educa-ção.

Neste ano, 37 educan-dos receberam carteiras ecadeiras adaptáveis daSME. Com esta ação, asinstituições educacionaistêm melhores condições dereceber os educandos comestas necessidades.

“Vale lembrar que cadacaso de uma criança comnecessidade tem sua espe-cificidade. Dentro dessecontexto, o projeto domobiliário possibilita oreconhecimento, por parteda escola, de que a criançaé um ser de direito”, con-cluiu Euder ArraisBarretos.

O processo de inclusão passapela formação de uma nova men-talidade das novas gerações, exigi-do participação de toda a socieda-de.

“Enquanto mãe e educadora,vejo que o processo de inclusãovem contribuir positivamente paratodos nós. A criança aprende a nãoter preconceito e sua convivênciacom as diferenças dos outros cole-gas só a faz crescer. É aí que a mobí-lia adaptada colabora com esta rea-lidade porque ela facilita o acesso epermanência, na escola, de educan-dos portadores de necessidades",pondera a diretora da EscolaMunicipal Prof. Moacir MonclearBrandão, Patrícia Caetano.

“Hoje com a carteira e cadeiranova é bem melhor porque é maisconfortável. Acho bom vir para a

escola. Faço tarefas, gosto de pintare brincar com as massinhas. Aquina escola também jogo bola e brin-co de boneca com meus colegas,que são muito legais”, ressaltaCarla Vitória Carvalho, 12 anos.

A professora Ana Lúcia Catúliode Jesus considera fundamental oacesso a este material.

“Eu vejo este equipamento, damobília adaptada, como uma con-tribuição importante para os edu-candos portadores de necessidadesespeciais. A Carla começou a fre-quentar mais a escola e a participarde forma mais efetiva das ativida-des. Para mim todo este processode inclusão é um avanço importan-tíssimo para toda sociedade”, afir-ma.

O acesso ao equipamento cola-bora também com a autoestima

dos educandos, a formação peda-gógica e a integração com osdemais colegas. É o caso do edu-cando Luiz Felipe de Sousa Lima.

“Eu gostei muito da carteira eda cadeira porque deu certo. Hojeescrevo e desenho melhor. Gostomuito de desenhar caminhão, por-que decidi que quando crescer vouser motorista de caminhão ou deônibus”, comenta.

“Com o uso da mesa e cadeiraadaptadas houve melhora emocio-nal por parte do Luiz. Isso influen-ciou no crescimento da sua apren-dizagem. Outro fator que colabo-rou muito com o bem-estar dele nasala de aula foi a colaboração doscolegas, que o ajudam quando eleprecisa”, destaca a professora daEscola Municipal Manuel José deOliveira, Flávia Almeida.

Depois dereceber amobília

adaptada, aeducanda

Kettlin Loiceirotem melhoradoseu rendimento

escolar

Com a carteiraadaptável,Rony Batista deOliveira Silva,consegueinteragirmelhor dentroda sala deaula

Luiz Felipe e colegas em atividadede desenho e pintura

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015 3

Começou na quinta-feira passada,26/11, o período de solicitação devagas para novos alunos que preten-dem estudar nas escolas estaduaisligadas à Secretaria de Educação,

Cultura e Esporte (Seduce).Estudantes de outras redes de ensino,vindos de outros estados ou que nãoconseguiram renovar a matrícula notempo devido poderão participar.

A solicitação deve ser feita pelaCentral de Atendimento da Seduce,por meio do telefone 0800 645 6556 ouacessando o site www.matricula.go.gov.br. O prazo vai até o dia 28 dedezembro. Não participam do proces-so as escolas conveniadas e os colégiosmilitares.

Antes de acessar o site da matrículaou ligar para o 0800, o interessadodeve definir três opções de escolas desua preferência e ter em mãos os docu-mentos. Para a solicitação da vaga,será necessário fornecer o nome com-pleto e data de nascimento do aluno, onome completo e o CPF da mãe (ouresponsável), curso, ano e turno dese-jados, além do telefone e e-mail paracontato.

O sistema não leva em conta a dataem que foi feita a solicitação, mas a

sequência de escolas informada no atodo pedido e a disponibilidade devagas em cada unidade. Embora nãoseja garantida ao aluno a vaga na pri-meira opção, o histórico da matrículana rede pública estadual de ensinomostra que de 94% a 97% dos alunossão alocados na primeira opção apre-sentada, conforme, ainda, outros fato-res, como a proximidade da residênciaou a presença de irmãos na escola, quetambém priorizam a disponibilidadeda vaga.

O aluno Márcio Costa Siqueira, doColégio Estadual Felismina CardosoBatista, de Campos Belos, cidade daregião Nordeste do Estado, participouentre os dias 16 e 20 de novembro dasolenidade de posse do ProgramaJovem Senador, em Brasília. O estu-dante ficou em primeiro lugar emGoiás no concurso de redação doSenado Federal.

Para participar do concurso, osestudantes interessados elaboraramredações com o tema “Participaçãopolítica: no parlamento, nas ruas e nasredes sociais”. Intitulada “LiçãoGrega”, a redação de Márcio ganhoudestaque e será publicada no livretoda 8ª edição do concurso.

O programa Jovem Senador temcomo principal objetivo proporcionar

aos estudantes do Ensino Médioconhecimento acerca da estrutura e

do funcionamento do PoderLegislativo no Brasil, bem como esti-

mular o relacionamento permanentedos jovens cidadãos com o SenadoFederal.

Fernando Felisberto, do CEPIProfessor Alcides Jubé, ficou emsegundo lugar em nível estadual como tema “A juventude quer transforma-ção”. O terceiro colocado foi LigiaMoreira, do Colégio Estadual Silviode Castro Ribeiro, com a redação “Seo povo quer, o povo pode!”.

Márcio participou do evento acom-panhado da professora AndraMartins Ribeiro. O superintendentede Ensino Médio, Wisley Pereira,representou a secretária de Educação,Cultura e Esporte, Raquel Teixeira.Também marcaram presença algunsparlamentares, como EduardoAmorim e Fátima Bezerra.

Estudantes representando cada Estado brasileiro participaram de eventos no DF

Aluno de Campos Belos representa Goiás como jovem senador

Solicitação de vagas podeser feita por novos alunosque, incluindo estudantesde outras redes de ensino,vindos de outros estados

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

6 GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Aberto período de solicitaçãode vagas na rede estadual

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Pedido de matrícula deve ser feito por meio do telefone 0800 645 6556 ou pela internet

Luiz Fernando Nunes Hidalgo

Mobiliário adaptado temgarantido melhores condições deaprendizagem para educandoscom necessidades especiais. NaEscola Municipal Deputado JamelCecílio a educanda KettlinLoiceiro de Souza Godoi, 8 anos,recebeu cadeira e carteira compa-tíveis com suas necessidades. Ainiciativa da Secretaria Municipalde Educação e Esporte (SME) deGoiânia visa garantir o acesso e apermanência de educandos porta-dores de necessidades especiaisnas instituições educacionais.

Depois que teve acesso aoequipamento, a educanda melho-rou em rendimento escolar e estámais motivada.

“Achei muito confortável tantoa carteira quanto a cadeira. Agorame sinto melhor e mais descansa-da. O pessoal veio aqui e reguloudireitinho para mim”, ressaltou.

Lanuz Loiceiro Godoi, mãe daaluna, reconheceu que com essaintervenção o processo de inclu-

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Projeto da Rede Municipalde Educação favorece aqualidade de ensino aogarantir a inclusão

Atividades pedagógicas estimulam desenvolvimento doeducando Isaac Nunes Teixeira Lima

Antoniel Santos tem carteira que facilita na visualizaçãoda leitura e escrita

são ficou mais evidente.“Com a chegada desse equipa-

mento percebi que minha filhaficou mais feliz. Isto tudo ajuda noprocesso de inclusão, porque éimportante para formação dela.Ela se sente mais segura e confian-te para relacionar-se com as pes-soas”, afirmou.

“Hoje se sabe, se formos citarum exemplo, que o ato de apren-der requer do educando posturafísica adequada que favoreça suarespiração. Com o mobiliário

adaptado, esta condição é amplia-da e o educando se sente maisseguro na sala de aula”, afirmaEuder Arrais Barretos, gerente deInclusão, Diversidade e Cidadania.

EspecificidadesOs aspectos mais importantes a

serem observados na identificaçãodos educandos com necessidadesespeciais são dificuldades na res-piração, problemas no momentoda alimentação, desconforto nacadeira e carteira tradicional, altu-

ra e largura do equipamento,assim como posição da cabeça.

“As carteiras e cadeiras tradi-cionais não possibilitam aos edu-candos com necessidades espe-ciais uma aprendizagem significa-tiva. Com esse equipamento édiferente, porque a criança temmelhores condições para desem-penhar o que é proposto pelosprofessores”, ressaltou Denise deSouza, professora do CentroMunicipal de Apoio a Inclusão(Cmai) Maria Thomé Neto.

Inclusão fazbem à educação

Educanda Carla Vitória (à esquerda) participa das ações pedagógicas

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tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

ANO 10 - NÚ ME RO 743 – GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 2015

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

Vista com desconfiança por

trabalhadores e especialmente

sindicalistas, a chegada das

Organizações Sociais (OSs)

na educação estadual terá a

missão de garantir qualidade

na gestão pública de ensino, já

que deve trazer mais agilidade

administrativa às escolas.

Diretrizes e orientação

pedagógica continuarão sob

comando da Secretaria de

Educação. Págs. 4 e 5

OSs vêm dar choque de gestão em escolas

Professores

Inscrições para seleção de professores do

Pronatec estão abertas até esta segunda-feira,

dia 30 de novembro. Pág. 2

GO I Â NIA, 29 DE NOVEMBRO A 5 DE DEZEMBRO DE 20158

Rede estadualPais podemsolicitar vagas

Começou na quinta-feirapassada e se estende até 28de dezembro o período desolicitação de vagas paranovos alunos que pretendemestudar nas escolasestaduais. Pág. 3

Inclusão escolarMóveisadaptados

Prefeitura de Goiânia investe naaquisição de mobiliárioadaptado para garantir melhorescondições de aprendizagem aoseducandos com necessidadesespeciais. Págs. 6 e 7

TEATRO PARA ADULTOS

Nos dias 10, 11 e 12 de dezembro oGrupo Sutil Ato, de Brasília/DF, apre-senta em Goiânia (Centro CulturalUFG) o espetáculo Autópsia, Atos I(19h) e II (21h), com direção deJonathan Andrade. A obra foi conside-rada o melhor espetáculo teatralBrasiliense de 2014, pela imprensa e crí-tica especializada, e tem classificaçãoindicativa para maiores de 18 anos.As apresentações em Goiânia con-

tam com o patrocínio da Secretaria deCultura do DF, por meio do Fundo deApoio à Cultura, e com o apoio daUniversidade Federal de Goiás – Escolade Músicas e Artes Cênicas, por meiodo FUGA – Festival Universitário deArtes Cênicas de Goiás.Oito corpos em cena. Oito persona-

gens nus. Despidos de pudor ou morali-dade. Um espetáculo sobre violência,opressão e liberdade. Autópsia é umaadaptação de cinco clássicos do drama-turgo brasileiro Plínio Marcos, um dosmais importantes nomes da escrita tea-tral brasileira. O título revela o desejode abrir e esmiuçar os aspectos maisviscerais e brutais do comportamentohumano, assim como era a obra dePlínio.Dividido em 2 atos, que são apre-

sentados em horários diferentes em ummesmo dia, Autópsia recria o universomarginal esmiuçado pelo autor maldito,e coloca em cena a carne e o sangue dosatores, que se entregam vorazmente aos

Grupo teatral do DistritoFederal apresenta emGoiânia obrareconhecida pela críticaespecializada comomelhor espetáculobrasiliense de 2014

Pela primeira vez em Goiânia, o Grupo Sutil Ato (DF) traz o espetáculoAutópsia Ato I e Ato II, obra com textos de Plínio Marcos, que ressalta asmazelas do mundo e do homem contemporâneo

Raquel Teixeira,secretária estadual deEducação: “As OSs, aofinal, vêm parabeneficiar professores ealunos”

Autor é considerado “maldito”

Plínio Marcos fazautópsia em cena

seus papeis, criando uma catarse estra-nhamente afetuosa com o espectador,que pode enxergar humanidade, mesmoao revelar temas brutais, como prosti-tuição, morte e violência.Em 2014, Autópsia realizou tempo-

rada por 4 cidades do Distrito Federal,tendo sido assistido por aproximada-mente 2.500 pessoas. No mesmo ano foiselecionado para se apresentar noFestival Internacional de Brasília CenaContemporânea, um dos mais impor-tantes festivais do país, sendo conside-rado pelo público e crítica do jornalCorreio Braziliense como o melhorespetáculo brasiliense, com uma dasmelhores direções da mostra.Autópsia busca na força da obra de

Plínio Marcos a complexa e densa reali-dade ética, política e econômica dealgumas paisagens humanas desolado-ras, onde seres humanos persistem einsistem em sua sobrevivência. Solidão,amor, esperança, poder, sonhos, memó-rias, opressão, violência, desejos e liber-dade. Os textos usados na montagemforam: Navalha na Carne, Abajur Lilás,Dois Perdidos Numa Noite Suja, Querô– Uma reportagem maldita e Quando asMáquinas Param.

SUTIL ATOO Grupo Sutil Ato surgiu em 2002,

no Departamento de Artes Cênicas daUniversidade de Brasília. Sua propostainicial passava pelo trabalho de pesqui-sa visando a criação de espetáculosautorais a partir da investigação dematerialidades poéticas da cena. A dire-ção dos espetáculos passava tanto pelofrescor do trabalho de JonathanAndrade e Catarina Melo, quanto pelaexperiência de diretores como HugoRodas.A partir de 2006 o Sutil Ato se con-

solida como trabalho de grupo, passan-do pela experiência da profissionaliza-ção e da atuação de forma independen-te. Desde então somam-se 5 espetáculosmontados, e a contemplação em prê-mios e editais nacionais, com circulaçãode trabalhos em diversos eventos brasi-leiros.Nesses 9 anos de pesquisa continua-

da, o Sutil Ato busca formas de intera-ção com outros núcleos como modo deconstrução de uma obra dialógica eretroalimentada pelos estudos correntes.Com este propósito, a temporada em

Goiânia é feita em parceria com alunose professores da Escola de Música eArtes Cênicas da Universidade Federalde Goiás, que se tornaram os anfitriõesde Autópsia na capital goiana, por meiodo Festival Universitário de ArtesCênicas – Fuga.

Plínio Marcos (Santos SP 1935 -São Paulo SP 1999) renovou ospadrões da dramaturgia brasileira,levando para os palcos, em plenaditadura militar, um realismo duro ecruel, feito de diálogos e situaçõesvividas pela população pobre e fave-lada, de um Brasil cheio de contras-tes econômicos, éticos e sociais.Visceral, mórbido e contundente,

Plínio não se rendeu às negociataspropostas aos artistas da época. Elenão reescreveu suas frases para quefossem liberadas, tampouco alteroucontextos, formas e personagens.Com isto, seu teatro despudorado efurioso levou à proibição de toda sua

obra. Plínio passa então a se autoproclamar "O autor maldito". De1960 a 1975 seu trabalho recebetodas as chancelas de proibiçãocabíveis.Artistas como Tônia Carrero e

Sérgio Mamberti foram amigos eintérpretes de seus textos. Segundoeles, a obra de Plínio arrancava dosatores os sentimentos mais visceraise os expunha inteiramente humanosem suas cenas. Em depoimentos elesdenotam toda admiração pelo cria-dor, que eles consideram, junto aNelson Rodrigues, o autor que ver-dadeiramente criou um teatro brasi-leiro.

UEG faz seleçãopara o Pronatec