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Mapeamento cicloviário em São Paulo - aprimoramento de dados sobre bicicletas no OpenStreetMap Este guia foi criado pela equipe do Citymapper, que tenta desenvolver um mecanismo de alta qualidade para o planejamento de rotas para bicicletas para São Paulo, e que descobriu que ainda faltam muitas informações sobre a infraestrutura atual. A tradução da versão original em inglês foi feita pela equipe do Código Urbano, frente de criação de tecnologias livres e aberturas de dados. Esperamos que este guia ajude os ciclistas de São Paulo a construir de maneira independente um mapa aberto da infraestrutura cicloviária da cidade. Para criar um bom mapeamento cicloviário é importante que toda informação relacionada a bicicletas no OpenStreetMap seja a mais precisa possível. OpenStreetMap é um mapa mundial gratuito e aberto, que qualquer um pode editar e utilizar – dá para pensar nele como a wikipedia dos mapas. É a base de dados que sustenta a maioria dos softwares de ferramentas de planejamento de rotas independentes (isto é, que não sejam do Google). As três questões chave para ter planejamento de rotas com qualidade são: 1. Ter ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas incluídas no OpenStreetMap Se não estiverem no OpenStreetMap, aplicativos de mapeamento independentes não terão como identificar que certas rotas são melhores que outras. Identificando essas vias, você ajuda a garantir que as melhores rotas sejam sugeridas por um roteador. Existem três tipos principais de infraestrutura cicloviária: ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Tais infraestruturas estão explicadas a seguir e em: http://vadebike.org/2011/05/ciclovia-ciclofaixa-ciclo-rota-e-espaco- compartilhado/ 2. Que as rotas para bicicletas estejam conectadas aos caminhos e vias próximas Para o mapeamento cicloviário é essencial que existam conexões entre cada via. Não é suficiente simplesmente desenhar uma ciclovia – ela tem que estar conectada a outros elementos. Um sistema de Guia criado por Citymapper.com 1

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Mapeamento cicloviário em São Paulo - aprimoramento de dados sobre bicicletas no OpenStreetMap

Este guia foi criado pela equipe do Citymapper, que tenta desenvolver um mecanismo de alta qualidade para o planejamento de rotas para bicicletas para São Paulo, e que descobriu que ainda faltam muitas informações sobre a infraestrutura atual. A tradução da versão original em inglês foi feita pela equipe do Código Urbano, frente de criação de tecnologias livres e aberturas de dados. Esperamos que este guia ajude os ciclistas de São Paulo a construir de maneira independente um mapa aberto da infraestrutura cicloviária da cidade.

Para criar um bom mapeamento cicloviário é importante que toda informação relacionada a bicicletas no OpenStreetMap seja a mais precisa possível. OpenStreetMap é um mapa mundial gratuito e aberto, que qualquer um pode editar e utilizar – dá para pensar nele como a wikipedia dos mapas. É a base de dados que sustenta a maioria dos softwares de ferramentas de planejamento de rotas independentes (isto é, que não sejam do Google). As três questões chave para ter planejamento de rotas com qualidade são:

1. Ter ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas incluídas no OpenStreetMapSe não estiverem no OpenStreetMap, aplicativos de mapeamento independentes não terão como identificar que certas rotas são melhores que outras. Identificando essas vias, você ajuda a garantir que as melhores rotas sejam sugeridas por um roteador.

Existem três tipos principais de infraestrutura cicloviária: ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Tais infraestruturas estão explicadas a seguir e em: http://vadebike.org/2011/05/ciclovia-ciclofaixa-ciclo-rota-e-espaco-compartilhado/

2. Que as rotas para bicicletas estejam conectadas aos caminhos e vias próximas Para o mapeamento cicloviário é essencial que existam conexões entre cada via. Não é suficiente simplesmente desenhar uma ciclovia – ela tem que estar conectada a outros elementos. Um sistema de roteamento não pode “pular” de uma rua para uma ciclovia se não existir nenhuma linha ou conexão entre elas. Aproximar vias não é o suficiente – o roteador não pode pular uma lacuna porque pode haver um muro ou um rio no caminho.

Em alguns casos, uma nova rota pode ter sido desenhada no mapa e parecer correta quando vista pelo site do OpenStreetMap, mas, ao aproximar a imagem e observar as linhas de perto, é possível ver que elas não estão conectadas entre si.

3. Que detalhes suficientes sejam incluídos de modo a favorecer o planejamento de rotas Quanto mais informação for incluída sobre uma rua, uma ciclovia ou uma ciclorrota, melhor será a qualidade do roteamento. Por exemplo, se existirem duas ciclovias em ruas paralelas, e se uma for lisa e a outra esburacada, a primeira deve ser preferida em detrimento da segunda.

Portanto, adicionar informação como tipo de piso e largura da via ajuda. Adicionar dados sobre limites de velocidade e números de faixas em uma estrada também pode ser útil no futuro.

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1. Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas incluídas no OpenStreetMapPrimeiro, é preciso identificar qual dos quatro tipos de infraestrutura está presente:

A) Ciclovia– completamente separada da via (em inglês, ‘cycle track’)

B) Ciclovia– parcialmente separada da via (em inglês, ‘hybrid cycle track’)

C) Ciclofaixa – pintada (em inglês, ‘cycle lane’) D) Ciclorrota – sinalização parcial ou total

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A) Ciclovia– completamente separada da via (em inglês, ‘cycle track’)

http://www.openstreetmap.org/edit

Desenhe uma nova linha e a identifique como uma ciclovia

Abaixo, em “todas etiquetas”, inclua:

highway = cycleway (indicando que se trata de uma ciclovia separada da via)cycleway = track (indicando que é um caminho específico para bicicletas)est_width = 3 (largura estimada)oneway = yes / no (se a ciclovia é uma pista de única direção ou não)

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B) Ciclovia– parcialmente separada da via (em inglês, ‘hybrid cycle track’)

http://www.openstreetmap.org/edit

Clique na via existente por exemplo: highway = tertiary (via terciária)

Abaixo, em “todas etiquetas”, inclua:

cycleway = track (indicando que é um caminho específico para bicicletas)cycleway:est_width = 3 (largura estimada)oneway:bicycle = yes / no (se a ciclovia é uma pista de única direção ou não)

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C) Ciclofaixa – pintada na rua, sem separação física (em inglês, ‘cycle lane’)

http://www.openstreetmap.org/edit

Clique na via existente por exemplo: highway = primary (via primária)

Abaixo, em “todas etiquetas”, inclua: cycleway = lane (indicando que se trata de uma ciclofaixa)cycleway:est_width = 1.25 (largura estimada)

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D) Ciclorrota – sinalização parcial ou total, com ou sem infraestrutura:

http://www.openstreetmap.org/edit

Clique na via existente por exemplo: highway = path (caminho)

Abaixo, em “todas etiquetas”, inclua: a indicação de ‘LCN local cycle network’ (Rota Ciclística), da seguinte maneira:

lcn = yes (indicando que a via é parte de uma Rota Ciclística, ou LCN, em inglês)

(também é possível incluir bicycle = designated, indicando que se trata de um caminho para bicicletas, mas isto não é o mais correto, já que o termo faz referência à existência de uma infraestrutura física específica para bicicletas)

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2. Rotas para bicicletas conectadas aos caminhos e vias próximas Para o mapeamento cicloviário é essencial que existam conexões entre cada via e cada rota para bicicletas. Não basta desenhar uma linha – ela deve estar conectada a outras rotas.

Não conectada – PROBLEMA:

Problema 1.

O problema aqui é que a rua perpendicular (linha branca, abaixo) não está conectada à ciclovia (linha branca e azul) localizada no meio da rua principal.

Se é possível pedalar por este caminho, a rua perpendicular tem que estar conectada à ciclovia de maneira adequada.

Problema 2.

O problema aqui é que a ciclovia (linha branca e azul) e a rua transversal (linha branca) não estão conectadas de maneira adequada.

É preciso um ponto cinza conectando a ciclovia e a rua transversal.

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Conectado - BOM:

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Problema 1.

Clique na rua perpendicular, então clique no ponto final, então selecione o botão (+) para continuar a linha. Arraste até conectar a ciclovia.

A rua perpendicular (branca) agora segue até a ciclovia (branca e azul), conectada de maneira adequada (veja no diagrama abaixo).

Problema 2.

Aproxime e clique duas vezes sobre a linha para fazer um novo ponto. Arraste então o ponto até a junção até ele ficar cinza.

A rua transversal (branca) agora está conectada de maneira adequada à ciclovia (branca e azul).

3.Detalhes suficientes incluídos para ajudar no planejamento de rotas Mais detalhes permitem que o planejador de rotas avalie a diferença entre as vias e rotas para bicicletas de maneira mais eficiente.

Se puder adicionar detalhes, isso melhorará o planejamento de rotas.

Clique em “todas etiquetas” para adicionar detalhes. Abaixo mantivemos os termos em inglês e em português para facilitar o mapeamento.

Quão largo é a via/caminho (em inglês, road/path)?(width=3.5, o que significa uma largura de 3.5 metros)

O caminho é asfaltado, de terra ou cascalho (em inglês, asphalt, mud, or gravel)?(por exemplo, para cascalho – gravel -, é possível usar ainda surface=compacted, indicando que trata-se de cascalho compactado)

Quantas faixas de tráfico existem na via?(por exemplo, lanes=2, indicando duas faixas)

Qual o limite de velocidade da via?(maxspeed=30km/h, para velocidade máxima de 30 km/h)

Quantos degraus existem em uma escadaria no caminho?(highway=steps, step_count=30, para indicar uma escada de 30 degraus)

O caminho é iluminado?(lit=no, para caminhos não iluminados)

Quando as vias são fechadas e exclusivas para pedestres?(highway=pedestrian, hour_on=10:00:00, hour_off=16:00:00, indicando que das 10h às 16h o acesso à carros é restrito; especialmente útil para identificar ruas de lazer)

Há barreiras físicas (como postes pequenos que bloqueiam a pista)? Qual a largura mínima para uma bicicleta passar?(barrier=bollard, maxwidth=2.5, indicando que existem barreiras, mas que estão distantes cerca de 2,5 metros umas das outras)

Mais referências e informações sobre como mapear detalhes aqui (em inglês):http://www.cyclestreets.net/getmapping/guide/

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4. Usando Mapillary

Mapillary é um aplicativo gratuito para celulares Android, Apple ou Windows Phone que pode aprimorar o mapeamento de informações na sua cidade. Ele permite que pessoas de outros locais editem um mapa à distância.

Ele funciona tirando fotos do seu celular conforme você pedala ou caminha por uma via. Uma foto é tirada a cada 2 segundos. Mais tarde, ao se conectar em uma rede wifi, as imagens são enviadas para o site do Mapillary.

As fotos enviadas são então exibidas como uma linha em um mapa. Alguém que estiver tentando adicionar ou editar as rotas para bicicletas no OpenStreetMap pode clicar em qualquer ponto e ver a foto que foi tirada daquela localização.

Agora que as fotos estão no Mapillary qualquer um pode transferir a informação exibida nas imagens para o OpenStreetMap – mesmo que estas pessoas estejam do outro lado do planeta.

É preciso resistir à tentação de checar o Google Streetview ou qualquer outro mapa ou provedor de fotos comercial, já que você estará utilizando a propriedade intelectual de terceiros, e isso pode representar violação de direitos autorais.

Por favor, cadastre-se no Mapillary, baixe o aplicativo e ajude a mapear sua vizinhança:

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www.mapillary.com

4. Sobre o CitymapperCitymapper é um aplicativo para smartphones desenvolvido para ajudar pessoas a se deslocar por cidades complexas por meio de transporte público e por bicicletas. É um aplicativo gratuito e está disponível em 23 cidades, um número que cresce a cada mês. Foi lançado em São Paulo em abril de 2015.

Apple: https://itunes.apple.com/br/app/id469463298

Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.citymapper.app.release&hl=pt_br

5. Sobre o Código UrbanoCódigo Urbano é uma frente de abertura de dados e produção de tecnologias livres para as cidades. Trata-se de uma iniciativa que faz parte de um conjunto de ações voltadas para construção de conhecimento e de ferramentas que facilitem a participação direta da sociedade no acompanhamento de questões políticas, econômicas, sociais e ambientais. Acreditamos em transparência, em licenças abertas e projetos colaborativos.

Mais em:http://codigourbano.org

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