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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Junho 2016 – ANO VIII edição 74 SPED TUDO SOBRE NOVAS REGRAS ENTREVISTA MARÇAL SOARES EMPRESA BONASA MIRA O EXTERIOR PELO 6º ANO SEGUIDO, BRASIL CAI NO RANKING MUNDIAL DE COMPETITIVIDADE. EM 2015, FOI A 57ª ENTRE 61 PAÍSES POR UM LADO POR OUTRO QUEDA MENOR DO PIB TRIMESTRAL, A 5ª SEGUIDA, PODE INICIAR DESCONTINUIDADE DA SEQUÊNCIA DE TOMBOS DA INDÚSTRIA Competitividade Crescimento Adial 74_Layout 1 10/06/2016 11:34 Page 1

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IndustrialPró

www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Junho 2016 – ANO VIII

edição

74

SPEDTUDO SOBRE NOVAS REGRAS

ENTREVISTAMARÇAL SOARES

EMPRESABONASA MIRA O EXTERIOR

PELO 6º ANO SEGUIDO, BRASIL CAI NO RANKING MUNDIAL DE COMPETITIVIDADE.

EM 2015, FOI A 57ª ENTRE 61 PAÍSES

POR UM LADO POR OUTRO

QUEDA MENOR DO PIB TRIMESTRAL, A 5ª SEGUIDA, PODE INICIAR DESCONTINUIDADEDA SEQUÊNCIA DE TOMBOS DA INDÚSTRIA

Competitividade Crescimento

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Expediente Editorial

O sofrível momento da economia brasileira pode ser descrito como o piorcenário de influência negativa da política na economia do País em séculos. Osatos políticos, como corrupção, ingerência e desinteresse em temas econômicos,são malignos, verdadeiros tumores na expansão econômica do Brasil.

As influências maléficas ocorrem há mais de quatro anos na política fiscal,monetária e cambial, de onde não se registra qualquer plano econômico de-cente ou minimamente factível e amplo que desenvolva a economia brasileira.Os “pensadores” econômicos, desde então, ficaram reféns da ingerência doPlanalto – que se mostrou imensamente incompetente na área econômica – edas atenções voltadas para operações políciais e suas consequências contra po-líticos e agentes econômicos que com eles mantêm relação direta.

O País não pode ser pensado e planejado pela ótica da cadeia. Esqueceu-sea política industrial, de crédito ou de comércio exterior e, só se viu, ouviu efalou, nos últimos anos, dos presos, corruptos e juízes. Inegável passar o Brasila limpo, mas vamos todos ficar na arquibancada assistindo o barco econômicoafundar?Nesta edição temos uma matéria ampla sobre a queda – 6ª seguida –do País no ranking de competitividade, da institução suiça IMD, e o resultadodo PIB, que registrou o 5º trimestre seguido de retração. Mesmo neste cenáriorecessivo, os números mostram reação na comparação com os trimestres an-teriores. Talvez, para alguns especialistas, seria um primeiro movimento lento(é difícill detectá-lo) de recuperação, mas ainda longe de dizer que o País estáperto de voltar a crescer – economistas apontam que só ocorrerá em 2018.

Entrevistamos o industrial Marçal Soares, do Sindifargo, que tambémaborda o tema competitividade, e trazemos um artigo do presidente daADIAL, Cesar Helou, sobre a necessidade de repensar o Estado.

Boa leitura a todos, Leandro Resende.

ADIAL - Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar - Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083-060 Fone: (62) 3922-8200

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SUMÁRIO

Longe da retomada

PRÓ-INDUSTRIAL

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Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice-Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al-berto Borges de SouzaVices-Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Mar-ques, Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges deSouza, Maximiliani Liubomir Slivnik, VanderlanVieira Cardoso, Ananias Jus�no Jayme, Ricardo Vi-volo, Heribaldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guima-rães dos Santos, Wilson Luiz da Costa, MarleyAntônio da Rocha, Márcio Botelho Teixeira, Olym-pio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, San-dro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses�niFilho, Carlos Luciano Mar�ns Ribeiro, Rivas Rezendeda Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote deSouza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, RomarMar�ns Pereira, André Luiz Bap�sta Lins Rocha, An-tonio Benedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.Diretor Execu�voEdwal Freitas Por�lho “Chequinho”Produção GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL - ANÚNCIOS (62) 3922-8200 ou (62) 98287-5575

Junho 2016 Nº 74Ano VIII

EMPRESA Bonasa 16

EDITORIAL Longe da Retomada 2. // ECONOMIA Pe-quenos avanços, grandes retrocessos 3-5.// ENTRE-VISTA Marçal Henrique Soares 6-8.// ENERGIAMercado livre 9.// SPED Nova Modalidade 12-13.//INCENTIVOS Governo federal tem nova proposta13.// MARKETING & PRODUTOS Lançamentos da in-dústria 14-15.// LEITURA Livros Empresariais 18.//NOTAS INDÚSTRIAIS Casali e Incen�vos Fiscais19.//OPINIÃO Cesar Helou 20//

EMPRESAS, MARCAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOIMD (2,4), Sindifargo (2, 6, 7, 19), Bonasa Alimentos (2, 16, 17), IBGE (5), Iedi (5), Sindusfarma (7), Abiquifi (7),Brainfarma (7), Hypermarcas (7), GridEnergia (9), CCEE (9), Deloi�e (12, 13), Receita Federal (12, 13), Brasil Kirin (14), Perdigão (14), BRF (14), Nielsen (14), Coca-Cola (14), Femsa Brasil

(14), Creme Mel (15), Seara (15), APAS (15), JBS Foods (15), Piracanjuba (15), Tetra Pak (15), Pande Design Solu�on (15), BrHE (16), Grupo ASA (16),Valor Econômico (16), Só Frango (16, 17), Asa Alimentos (17), Fieg (19), Casali (19), Suvisa (19), SindAlimentos (19), Sebrae (19), IEL (19) e Sefaz (19).

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Pequenos avanços egrandes retrocessos

na indústria

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PAÍS REGISTRA CINCO QUEDAS SEGUIDAS NOS PIB TRIMESTRAL E CAIPELA 6ª VEZ NO RANKING INTERNACIONAL DE COMPETITIVIDADE. NOENTANTO, TOMBO MENOR DA INDÚSTRIA SURPREENDEU MERCADO

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ECONOMIA

O Brasil voltou para zona de rebaixamentono campeonato mundial de competitividade.Entre 61 países pesquisados, a economia brasi-leira só conseguiu ficar no desastroso 57º lugar,acumulando a sexta queda no ranking seguida.Em mais dois ou três anos, se continuar assim,não terá para onde cair. É uma constatação fácildo porquê nosso produto industrializado temmenos espaço que alguns países subdesenvol-vidos, economias muitas vezes menores que Es-tados brasileiros. Se nossa balança comercialtem este resultado, é por conta dos grãos, carnese minérios que saem praticamente com zero deindustrialização para ser manufaturados (eagregar valor) em outros Países.

Baixa competitividade significa excesso de:corrupção, burocracia, carga tributária, encargostrabalhistas, gargalos logísticos, ingerência go-vernamental no produto privado, entre outros.A maioria dos itens acima tem um pé (ou osdois) nos governos. Tanto que, quando se avaliaapenas a eficiência do setor público, a competi-tividade brasileira é a pior do mundo. Entre os61 países pesquisados, o gestor público brasi-leiro é o pior – com as piores notas em gestãodas contas públicas, transparência, barreiras aocomércio exterior e regulação do emprego.

O estudo não é feito por entidades ou orga-nizações brasileiras, que poderia dar margempara alegações de que teria parcialidade ou crí-ticas partidarizadas. Essa visão foi captada porminucioso trabalho de pesquisa da IMD, umadas melhores escolas de administração domundo, sediada em Lausanne (Suíça), publi-cada, em maio, no Relatório Mundial sobre aCompetitividade.

Para o responsável pelo estudo, o professorArturo Bris, o Brasil só não caiu mais porqueestá no limite técnico, pois seria muito difícil ser“pior” que do que a dos quatro últimos: Vene-zuela, Mongólia, Ucrânia e Croácia.

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4 Pró-Industrial

"O Brasil temo pior governodo mundo no

relatório"Arturo Bris,

do IMD

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Qualquer número acima dezero já é lucro para a economiabrasileira, que se acostumou aouvir diariamente as palavrasdéficit, retração e desemprego.Outra expressão que invadiu oscadernos de Economia dos jor-nais e revistas é: “este é o piorresultado em mais de uma dé-cada”. Assim, quando o pri-meiro PIB trimestral, divulgado

neste mês pelo IBGE, veio menosruim que a grande maioria dos

analistas esperava, o que acabasendo uma luz no meio da escuri-

dão. O PIB trimestral recuou 0,3%, oque acumula agora cinco ci-

clos seguidos de re-tração.

Só em 2015, a economia encolheu 3,8% - a pior re-tração em 25 anos. Como o mercado previa para o pri-meiro trimestre uma queda de 0,8% a 1,1%, o resultadofoi até bem recebido, pois o acumulado do ano (pertodo tombo de quase 4% em 2015) começa baixo.

Especialistas apontaram ainda uma melhora no des-empenho da indústria, principalmente da transforma-ção. Estes resultados medidos mensalmente pelo IBGEtambém revelam uma paralisação no viés de queda –oscilando entre recuos e estagnações. Mas a maioria doseconomistas não conseguem detectar o motivo dessenúmero “menos ruim”, pois foi registrado no períodode janeiro a março, ainda na gestão Dilma, não tendoefeito do processo de impeachment no humor doconsumidor ou do investidor.

Mas nenhum deles consegue detectar – o que é ex-tremamente difícil – se a economia atingiu o ponto devirada, ou seja, em que a retração atingiu o fundo dopoço e começa a (gradativamente) se recuperar. A preo-cupação maior agora é com o comércio, que registrouresultado muito pior que os dos trimestres anteriores.

Para muitos especialistas e para o Iedi, a recuperaçãoeconômica pode vir a reboque da indústria. Uma reto-mada futura do setor (2017 a 2019), como ocorreu umadécada antes, entre 2007 e parte de 2009, e a indústriaacumulou mais de 30 meses seguidos de expansão. Aprodução industrial, após uma longa sequência de que-das, registrou, de março para abril, um crescimento de0,1%. A previsão era de encolher 1,4%. A reversão fezcom que o setor fosse monitorado a partir de agora epossa se voltar a ser, no longo prazo, uma das âncorasdo crescimento do País.

Mas o Iedi reforça: “A reação da indústria não é ho-mogênea. De março para abril, 11 dos 24 ramos de ati-vidade pesquisados pelo IBGE mostraram aumento deprodução, com destaque para os produtos alimentícios(4,6%); coque, derivados do petróleo e biocombustíveis(4%); celulose, papel e produtos de papel (2,7%); e má-quinas e equipamentos (2%). Na análise por categorias,o setor de bens de capital surpreendeu porque, apesardo tombo do investimento em capital fixo, teve em abril

PIB, uma luz

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Nome: Marçal Henrique SoaresAtuação: Presidente-execu�vo do Sindifargo

ENTREVISTA

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Michal GartenkrautPró-Industrial7

Aprodutividade é oprato do dia da in-dústira. A crisecoloca a inovaçãocomo necessidadeprimária das em-presas que tentam

manter índices de produção com equipesmenores. Para o presidente-executivo doSindicato das Indústrias Farmacêuticasno Estado de Goiás (Sindifargo), MarçalHenrique Soares, aponta que a crise che-gou no setor por agora, mas a previsão éque seja um dos primeiros setores a sairda crise. Confira os principais trechos daentrevista:

Números mais recentes mostramque a indústria de medicamentos jásente o efeito da recessão econô-mica. O setor está apreensivo?

Acreditamos que somente agoraestamos entrando na crise econômicado Brasil, mas não acreditamos queficaremos por muito tempo. Afinalde contas os medicamentos são oproduto de maior prioridade noconsumo do ser humano. Assim queo desemprego parar de crescer e arenda familiar estabilizar a crise eco-nômica será estabilizada com núme-ros muito baixos. A retomada docrescimento em nosso setor somenteserá possível com o crescimento eco-nômico do País. Nestes últimos cincoanos investimos bastante acredi-tando neste crescimento do mercadointerno. Nestes últimos cinco anoscrescemos em torno de 10% na pro-dução de unidades. Nossa capaci-

dade instalada ainda não foi total-mente ocupada e agora todos os pla-nejamentos terão que ser refeitos,mesmo porque tivemos uma altabastante expressiva nos custos, comoa cotação do dólar, energia elétrica,combustível, entre outros. Nossospreços são controlados pelo governoe, neste ano, pela primeira vez emdez anos tivemos um reajuste dospreços dos medicamentos acima dainflação, pois a nossa produtividadenacional foi de -1,8% diferente dosanos anteriores onde a nossa produ-tividade calculada pelo governo foinuma média nacional de 2,5% e tive-mos um ano com mais de 3%. Esteíndice de produtividade é abatido nafórmula de reajuste dos preços dosmedicamentos sob a égide que oganho da produtividade deve ser re-passado para população.

A produtividade é o caminho parareverter ou reduzir o impacto da re-dução nas vendas?

O reajuste de preços dos medica-mentos tem esta componente quesendo positiva, o reajuste é menor e,portanto, os preços ficam menorespara a população. É preciso notartambém que outros fatores têm im-pacto nas vendas, como a competi-tividade que agrega uma série defatores como, a eficiência na gestãode um modo geral, inovação e, prin-cipalmente, a renda familiar.

O BCO Farma (BenchmarkingCompetitividade Operacional) com

processos operacionais do painel doSindusfarma e da Abiquifi é solu-ção para ajudar o setor?

Nosso setor, até por força regula-tória, tem investido muito em inova-ção. O BCO e a indústria 4.0 podemajudar o setor por serem importantesferramentas de acompanhamento egestão da produção, mas não pode-mos pensar somente em uma solu-ção, é preciso avaliar outras opçõesprincipalmente as internas.

Este modelo tem soluções que po-deriam ser adaptadas ou implanta-das em outras indústrias do setor eaté de outros setores?

Quando se trata gestão da produ-ção, cálculo de eficiência, enfim,ganho de produtividade, estas ferra-mentas se aplicam a qualquer tipo deindústria. Claro que algumas adap-tações são necessárias para cadasetor, mas os fundamentos técnicossão os mesmos. É por isto que esta-mos programando um evento comduas palestras para o dia 21 de junho,em Goiânia, para o qual estamos tra-zendo um palestrante de São Paulopara falar sobre a Indústria 4.0 e o Sr.Amaraí Furtado, diretor executivode operações industriais farma daBrainfarma (indústria de medica-mentos em Anápolis do grupo Hy-permarcas) para falar sobre o BCOFarma e compartilhar seu case de su-cesso no ganho de produtividade.

O futuro do País está no ganho deprodutividade industrial?

Indústria busca ampliarprodutividade

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Todos os países do primeiromundo adotam modelos perma-nentes de ganho de produtividade ecompetitividade através da inovaçãoe com isto estão conquistando todosos mercados, mesmo os de paísesnão muito desenvolvidos porque omercado é global e todos têm consu-midores em potencial. Além domais, estes países do primeiromundo estão firmando suas marcasglobalmente. O futuro do Brasil estáseriamente comprometido porqueenquanto o setor privado investe,inova e batalha pela produtividade,o setor público trabalha contra tudoe contra todos. Num País onde a eco-nomia, como em todo mundo, estáficando cada vez mais regulamen-tada pelo governo, é fundamentalque Ele também seja produtivo. Emnosso caso, várias normas são edita-das, mas as mesmas não recebem es-tudos de impacto econômico e, namaioria das vezes, o setor produtivonão é consultado preliminarmente àedição da norma e até de leis. O go-verno, seja ele o municipal, o esta-dual, o federal e as agênciasreguladoras não cumprem os prazosque eles mesmos estabelecem para sie com isto acaba com toda a eficiên-cia do setor privado. Nos países doprimeiro mundo que o Brasil tantoalmeja se equiparar, o setor públicoé o principal vetor de eficiência. En-quanto nossos setores públicos decertificação através de alvarás demo-rarem anos para dar respostas aosetor produtivo privado não adian-tará investir na inovação, produtivi-dade e competitividade, porqueficaremos parados na espera de res-postas do governo. Estamos sujeitosinclusive, a perder todo o investi-mento porque em poucos anos astecnologias se tornam obsoletas e sãosubstituídas. O incompreensível éque esta improdutividade governa-mental não está na mídia.

A nossa produtividade, abaixo denossos concorrentes externos, temefeito na balança comercial do setor,que exporta menos do que pode?

O setor industrial brasileiro ex-

porta cada vez menos os produtosde valor agregado e principalmenteos manufaturados. Está sendo im-possível concorrer com os custos in-ternacionais. O Brasil na questão deprodutos industrializados não écompetitivo e devemos aí citar al-guns fatores preponderantes queprecisam ser resolvidos e que estãofavorecendo a entrada de produtosestrangeiros em ndossa economia,como por exemplo: inércia do go-verno em todas as esferas; custo Bra-sil com fortíssimas burocracias etecnocracias; legislação tributáriacom altos custos impossíveis deserem exportados; alta carga tributá-ria; juros extorsivos; entre outros.

Teríamos condições de reverter essequadro em quanto tempo?Acredito que, se o governo deixar osetor privado trabalhar sem as inefi-cazes e desnecessárias interferênciasque tem efetuado, se for capaz dedar respostas rápidas através de seusórgãos reguladores e principalmenteos certificadores e se conseguirmosmecanismos de financiamento comjuros acessíveis, poderemos ser maiscompetitivos interna e externamentenum prazo de uma ou duas gera-ções, ou seja até os próximos 50 anos.Se nada disso acontecer de formaefetiva e rápida não consigo fazernenhuma previsão.

Falta maior capacitação em algumasáreas do setor?

Aqui temos que considerar osquase 200 anos que o Brasil demo-rou para regulamentar as relaçõesentre o setor acadêmico e o setor pri-vado. Somente neste ano foi que ti-vemos a promulgação da Lei13.243/2016 em janeiro, a chamadaLei do Marco Legal da Ciência, Tec-nologia e Inovação. Esta Lei é impor-tantíssima porque além deregulamentar vários assuntos funda-mentais para nossa inovação, estaLei permite e incentiva as relaçõescomerciais entre o setor acadêmica eo setor produtivo. O Brasil foi du-rante muito tempo um campeãomundial na produção e publicação

de "papers". Acredito que dentro depoucos anos estaremos entre osmaiores países produtores de pa-tentes oriundas da pesquisa aplicadae não da pesquisa que só leva à pro-dução de papers. Temos que dar umpouco de tempo para que nossasuniversidades, analisem e entendamesta nova Lei e principalmentetemos que dar um tempo para osnossos pesquisadores mudaremseus pensamentos sobre a pesquisa.É lógico que esta lei tem de ser di-nâmica tanto quanto a Inovação, ouseja, esta lei precisa ser revista acada dois anos ou cai no risco detravar a inovação. Para que as pa-tentes aconteçam e para que a ino-vação chegue ao setor produtivo osrecursos humanos que detêm oconhecimento, em todas as áreas,precisam sim de maior capacitação.Esta Lei motivará todos porque elaregulamenta a remuneração à uni-versidade e ao pesquisador. Nomundo desenvolvido isto acontecedesde quando há séculos atrás asuniversidades forma criadas.

Algum outro setor industrial brasi-leiro serve de referência para os de-mais ou se deve observar um poucode cada um dos que apresentamalta performance?

Temos várias empresas de váriossetores que podem ser referência nosucesso da alta performance. Digovárias empresas de vários setores enão um setor como todo porquetemos aqui, uma falha muito grandede algumas entidades da sociedadecivil organizada que não estãoatuando junto ao seu setor como de-veriam e como foram criadas paraatuar. Outro problema é a capaci-dade e vontade de muitos empreen-dedores que resistem à aplicação dainovação e a necessidade de atingi-rem a alta performance. Temos em-preendedores muito satisfeitos emsua zona de conforto e infelizmentenão percebem que seu negócio estámorrendo porque seu concorrente,principalmente o internacional estáganhando seu mercado e conquis-tando seu cliente.

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O boom verificado atualmente com amigração de empresas de médio porte aomercado livre, tem alterado o cenário dosetor elétrico. Desde janeiro de 2015 atéhoje, 250 novos consumidores especiaisjá fizeram sua adesão à CCEE e mais de900 aguardam para sua aprovação.Além do aumento da competitividadecom a redução dos custos de energia empelo menos 20%, a migração para essasempresas tem um outro forte argu-mento: A sustentabilidade.

O primeiro impacto sustentável de-vido a migração de empresas principal-mente em Goiás, é o desligamento dos

geradores a diesel no horário de ponta,pois os preços negociados no ambientede contratação livre são uniformes du-rante o dia, deixando assim os geradoresapenas para uso emergencial.

Outro ponto importante nesse pro-cesso, se deve a atual legislação do setor,que regulamenta que empresas com de-manda contratada entre 500 kW a 3.000kW junto à concessionária, só podemcomprar energia de fontes incentivadaspelo governo, como eólica, solar, bio-massa, pequenas centrais hidrelétricas(PCH´s) e queima de lixo.

Devido ao aumento da procura por

essas alternativas, consideradas limpas erenováveis, está em curso um grande in-centivo à geração de energia no Brasil.Fontes como Pequenas Centrais Hidre-létricas, que sofreram por muitos anoscom a paralisação de projetos, estãosendo retomadas e tendo maior atençãodo governo. Há também uma tendênciapela consolidação das fontes eólicas ecrescimento da geração à biomassa.Ainda neste contexto, com a maior buscade consumidores pelo mercado livre,existe a grande expectativa de alavancardefinitivamente o crescimento da gera-ção solar fotovoltaica no Brasil.

ENERGIA

Mercado livre de energia e o desenvolvimento sustentável

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SPED

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ECF - Nova modalidade de obrigação acessória exige

atenção das empresasA Receita Federal implantou,

em 2007, o Sistema Público de Es-crituração Digital (SPED), com oobjetivo de informatizar os dadosenviados ao Fisco pelos contri-buintes, além de reforçar a fiscali-zação no pagamento de tributos.Inicialmente, foram postos em prá-tica três grandes projetos: a Escri-turação Contábil Digital, aEscrituração Fiscal Digital e a NotaFiscal Eletrônica (NF-e). Desdeentão, o ambiente SPED tem sidoaprimorado e ampliado, passandoa contemplar - aproximadamente- nove projetos em curso.

A criação do SPED originougrandes projetos com o objetivode facilitar o controle, pela Re-ceita Federal do Brasil, das trans-ações realizadas pelas empresas,além de obter transparência dastransações empresariais e os seusrespectivos impactos contábeis efiscais no período. Neste contexto,além da preocupação em apurar, re-colher os tributos no vencimento e de-clará-los de forma a atender o prazode determinada obrigação acessória,será necessário garantir a qualidadedas informações que são enviadas, va-lidando o conteúdo antecipadamentee evitando possíveis transtornos como fisco.

Com a instituição do SPED emtodas essas frentes, a necessidade deuma visão integrada da gestão tribu-tária dentro das empresas aumentou,elevando a pressão para a adoção deprocessos internos melhores e exi-

gindo investimentos em capacitaçãode pessoas e em tecnologia. Alémdisso, o envolvimento de todas asáreas no planejamento tributário tor-nou-se fundamental não apenas parao desenvolvimento do negócio, mastambém para mitigar riscos, aumen-tar a transparência e garantir a quali-dade das informações.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL-FISCALUma das principais obrigações

acessórias instituídas no âmbito do Sis-tema Público de Escrituração Digital(SPED), a Escrituração Contábil-Fiscal

(ECF), foi implementada apartir do ano-calendário 2014,em substituição à Declaraçãode Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica(DIPJ). O projeto, imposto àgrande maioria das pessoasjurídicas estabelecidas no Bra-sil, utiliza dados contábeis, fis-cais e econômicos dasempresas para fins de deter-minação das bases de cálculodo Imposto sobre a Renda dasPessoas Jurídicas (IRPJ) e daContribuição Social sobre oLucro Líquido (CSLL). Taiselementos corporativos são,então, consolidados com ou-tras informações digitais en-tregues à Receita Federal doBrasil (RFB) no âmbito doSPED, gerando um volume dedados com tamanha transpa-rência nunca antes vista.

É necessário, porém, estaratento às penalidades impostas peloFisco ao preenchimento e transmissãoda ECF. A legislação fiscal prevê a apli-cação de multa de 3% sobre informa-ções prestadas de forma inexata,incorreta ou ainda omitidas. A aplica-ção desta penalidade não tem limite epode representar gastos relevantes enão planejados pelos setores financei-ros das companhias.

Em relação à transmissão da ECF, oprocesso tem periodicidade anual eocorre, geralmente, até o último dia útildo mês de julho do ano seguinte aoano-calendário a que se refira a obriga-

CCarlos VivasSócio Líder do CFO

Program Goiás Deloitte

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ção acessória (salvo alteração no calen-dário da RFB). Dessa forma, a ECF2016, que corresponde às informaçõesdo ano-calendário de 2015, tem prazode entrega até 29 de julho deste ano. Oenvio da ECF fora do prazo estabele-cido pela Receita Federal do Brasiltorna o contribuinte suscetível à aplica-ção de multas de até R$ 5.000.000 paraas empresas sujeitas ao Lucro Real.

É preciso, ainda, ficar alerta às novasexigências da ECF 2016, além das mu-danças do ano passado referentes à ras-treabilidade dos ajustes realizados nasbases de cálculo do IRPJ e da CSLL como Plano de Contas e saldos contábeis daEscrituração Contábil Digital (ECD),este ano, as empresas deverão atentartambém para os impactos advindos daadoção inicial da Lei nº. 12.973/14.

CFO PROGRAM A Deloitte desenvolve, no Brasil e

no mundo, o CFO Program, um pro-grama de relacionamento que visa ofe-recer interação, conteúdos relevantes esoluções multidisciplinares para a atua-ção dos diretores financeiros das em-presas. Através do programa, osgestores financeiros obtêm uma visãointegrada e estratégica, refletindo as úl-timas tendências e regras do mercadofinanceiro. Entre suas atividades, está apreparação e a revisão das obrigaçõesacessórias federais, especificamente a

Escrituração Contábil Digital (ECD) e aEscrituração Contábil Fiscal (ECF).

A Deloitte oferece serviços nas áreasde Auditoria, Consultoria Empresarial,Consultoria em Gestão de Riscos,Consultoria Tributária, Financial Advi-sory e Outsourcing para clientes dosmais diversos setores. Com uma redeglobal de firmas-membro em mais de

150 países, a Deloitte reúne habilidadesexcepcionais e um profundo conheci-mento local para ajudar seus clientes,qualquer que seja o seu segmento ouregião de atuação. No Brasil, onde atuadesde 1911, é uma das líderes de mer-cado, com seus 5.500 profissionais ecom suas operações em todo o territó-rio nacional, a partir de 12 escritórios.

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Pró-Industrial14

MARKETING & PRODUTOS

A marca de refrigerante Viva Schin aposta mais uma vez no segmento de não alcoólicoe lança uma nova marca de guaraná nas regiões de Maranhão e Piaui. O Viva Schin Pop,que será lançado no mês de abril em embalagens de 2 litros, tem um visual moderno e

divertido e chega na região reforçando o conceito “Viva Junto, Viva Schin”. Ideal para sercompartilhado entre amigos, o novo produto – no tradicional tom de rosa, tão conhecido eadmirado pelos consumidores locais – conta com design extrovertido e com a mensagem

“o sabor mais pop do momento”, prometendo ser uma nova opção para agradarmaranhenses e piauienses de diversas faixas etárias. “A escolha do sabor se deu por ser

altamente reconhecido e com uma grande taxa de aceitação pelos consumidores em ambaspraças de atuação. Atualmente, no segmento de refrigerantes, cerca de 12% do volume dasregiões pertence a esse segmento. O lançamento do Viva Schin Pop é uma oportunidade daBrasil Kirin oferecer aos maranhenses e piauienses um produto que atende diretamente seugosto. Temos certeza que o grau de satisfação da população vai atingir nossas expectativas”,

afirma Bruno Piccirello, Gerente de Produtos Não Alcoólicos da Brasil Kirin.

Brasil Kirin

Perdigão

A Coca-Cola Brasil lança uma nova embalagem de vidro de 250mililitros. A ação faz parte da campanha global lançada em janeiro, “Sinta oSabor”, que visa atender a vontade dos consumidores da bebida,oferecendo mais opções de produtos no portfólio da empresa. A novaestratégia também unifica a comunicação de todos os produtos da marca.Com isso, a empresa quer estimular as escolhas do consumidor, de acordocom seu estilo de vida ou ocasião de consumo. A nova garrafa contour foibatizada pela Coca-Cola de “Coca-Cola Perfeita”. “Lançar essa nova garrafade vidro dá tangibilidade para a atual campanha da marca, que está natelevisão e em diversas outras mídias, e é muito focada neste tipo deembalagem, que se transformou em um ícone da marca e em umapreferência do consumidor”, afirma George Leite, gerente de Marketing daCoca-Cola Femsa Brasil. Segundo a multinacional de refrigerantes, oobjetivo da Coca-Cola Perfeita é oferecer o produto, de embalagem nobre,ao público jovem adulto em locais antes improváveis, como lojas deconveniência e nos principais supermercados.

Coca-Cola

Oferecer uma refeição completa e de qualidade para toda a família apreços acessíveis, especialmente em períodos de instabilidade econômica, éum dos principais objetivos do brasileiro. Sempre disposta a inovar, Perdigão,tradicional marca de alimentos da família brasileira, expande a sua linha depratos prontos congelados e lança duas novas opções na versão tamanhofamília: Feijoada e Frango à Parmegiana. Ambas servem quatro porções de200g cada, sendo um excelente custo-benefício: R$ 13,99 a embalagem de800g, menos de R$ 3,50 por porção (valor sugerido para São Paulo e podevariar de acordo com a região). Pesquisas de mercado apontam para umaumento no consumo de pratos prontos no Brasil, categoria em que a BRF élíder com 63,9% de market share (Nielsen, 2015).

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Trio Junino é o primeiro sorvete inspirado nas festasjuninas que a Creme Mel lança no mercado brasileiro.A edição especial mescla três sabores de pratos típicosda festa que é tradição no país: tapioca, milho verde epaçoca. O sorvete será apresentado em embalagem dedois litros e os consumidores poderão se deliciar com oproduto a partir de 23 de maio (segunda-feira), quandoestará disponível nos mais de 15 mil pontos de vendasativos em todo o Brasil. A edição é limitada. Com olançamento, a marca inova mais uma vez com umproduto saboroso e surpreendente. A intenção daCreme Mel é proporcionar, em forma de sorvete, ogostinho da festividade conhecida pelas comidasgostosas, brincadeiras peculiares, danças singulares epela tradicional fogueira.

Piracanjuba

A Piracanjuba moderniza sua identidade visual e apresentar aomercado mudanças no logotipo e novas embalagens. O resultado é umatipografia simplificada, com traços leves, que transmitem valoresimportantes da empresa, como qualidade e inovação, além de permitirmelhor visualização nas gôndolas. “Fizemos uma pesquisa comconsumidores para avaliar o alcance da marca. Aumentamos o símbolográfico e os raios internos foram melhor encaixados. As letras dologotipo foram substituídas por letras mais contemporâneas eamigáveis, refletindo assim, mais qualidade e inovação, drives principaisda Piracanjuba no momento”, explica a gerente de marketing da

Piracanjuba, Lisiane Guimarães. Aliada ao projeto do novo logotipo,todas as embalagens foram redesenhadas e passam a ter um maiorimpacto visual. A estrutura gráfica foi simplificada, criando um padrão deuma onda reconhecível em todas as categorias em que a Piracanjubaestá inserida. As embalagens da linha Pirakids também foramredesenhadas. O personagem “Pirakids”, elemento principal nasembalagens, tornou-se um menino cientista curioso e criativo – ototalmente “Piradinho”. “A tipologia destaca a logomarca e as novascores dão mais personalidade ao produto. O Piradinho, ainda maisdescolado, vem cheio de histórias para cair no gosto dos consumidores”,diz Lisiane. Os projetos foram desenvolvidos pela Pande Design Solution.As embalagens são fornecidas pela Tetra Pak.

Pró-Industrial

Creme Mel

SearaA JBS Foods apre-

sentou novidades naedição 2016 da APAS –Feira da Associação Pau-lista de Supermercados– consagrada a maiorfeira de supermercadosdo mundo. A grande no-vidade da empresa na feira, será a Seara, que fará o lançamento da sua nova iden-tidade visual e renovação das embalagens da marca. O sol, já presente naidentidade da Seara, ganhou mais destaque no novo logotipo, saindo da caixa detexto em uma alusão ao crescimento e inovação, ou seja, um movimento em as-censão. As embalagens, que passarão a ser encontradas nos pontos de venda apartir desse mês, estão muito mais bonitas, padronizadas e com muito mais luz.As novidades têm o objetivo de aproximar a marca de seus consumidores e facilitara identificação no momento da compra, além de consolidarem o excelente mo-mento da marca, que desde 2013 vem investindo fortemente na qualidade dosprodutos, na ampliação do portfólio, além de inovações exclusivas em produtospara o mercado e a modernização das fábricas.

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ABonasa Alimentos, frigorí-fico de carne de frangocriado na década de 90, al-cançou o primeiro bilhão

de faturamento anual em 2015 e apostano mercado externo para expandirseus negócios. A empresa faz parte doGrupo ASA, fundado por Aroldo SilvaAmorim, que registra mais de 40 anosna avicultura e 20 anos na pecuária. AASA é uma das principais produtorasde ovos para incubação e “de pintos deum dia” do Brasil, com uma produçãosuperior a 20 milhões de ovos férteispor mês. Parte dessa produção é ex-portada para diversos países atravésda trade BrHE, da qual é uma das em-presas participantes.

"Estamos vivendo a tempestadeperfeita. Tem pressão do custo dogrão e, por outro lado, você nãoconsegue repassar esse custo", afir-mou Aroldo Amorim Filho, diretor-presidente da companhia, ao ValorEconômico.

Até 2014, a Bonasa não exportava.A crise no mercado interno, o câmbiofavorável e os custos em alta sempoder repassar para o consumidorconsolidaram a estratégica externa

do grupo, sem contar as vantagenstributárias, como também comprarinsumo com crédito de imposto, e aslinhas de crédito mais baratas.

A empresa revelou ao Valor Eco-nômico que prevê exportar 7,6 miltoneladas de carne de frango em2016, com receita de R$ 50 milhões,que espera dobrar em 2017.A em-presa agora tem quatro plantas in-dustriais habilitadas para exportar.

PIONEIRISMOEm 1964, o empresário Aroldo

Silva Amorim inicia uma pequenacriação de aves em Brasília. Pioneirona nova capital, Amorim sempre teveuma visão empreendedora. Em 1970,a família Amorim funda a empresaSó Frango, voltada para a criação eabate de aves.

De 1982 a 1994, a empresa dá iní-cio ao trabalho de integração de aves,

NEGÓCIOS

COM VÁRIAS PLANTAS INDUSTRIAIS, ENTRE ELAS, GOIÁS, DISTRITO FEDERAL E TOCANTINS, EMPRESA COMEÇA EXPORTAR E JÁ PREVÊ ALCANÇAR R$ 100 MILHÕES EM 2017. NO MERCADO INTERNO, EMPRESA TEM 11 MIL PONTOS DE VENDA NO PAÍS. GRUPO ATUA NO SETOR DESDE 1964

Bonasa mira exteriorapós atingir R$ 1 bi

Pró-Industrial16

Linha de produção da Bonasa: empresa investe para atender também mercado externo

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que significa emplacar a parceria com pequenos criadoresou pequenos integrados na criação do pintinho até o frangopronto para o abate.

Dando continuidade a essa trajetória empresarial vito-riosa, em 1994 as empresas Só Frango e Asa Alimentos sesepararam e a Asa Alimentos alça seu voo solo no mercadode alimentos da capital federal. A Asa Alimentos trabalhavabasicamente com a produção de ovos para incubação e pin-tinhos de um dia.

Todavia, em 1996, aindústria inicia produ-ção própria de ração emsua fábrica recém-construída no Recantodas Emas (bairro do en-torno do Distrito Fede-ral). No ano 2000, a AsaAlimentos inicia a inte-gração de frango decorte, a partir de suasgranjas próprias, alémda comercialização defrangos vivos.

Em 2001, a empresafunda a Asa Norte Alimentos, no Estado do Tocantins.Neste mesmo ano, a marca adquiriu 50% da marca FrangoNorte, que já operava no abate de aves na cidade de Pa-raíso de Tocantins, e em 2002, começa a operar também

em Nova Veneza, no Estado de Goiás.Atenta às oportunidades de mercado, em 2005 lança a

marca Bonasa, com uma ampla linha de produtos deriva-dos de aves, além de industrializados diversificados, comolinguiças, mortadelas, pratos prontos, pizzas e lasanhas.Com a marca Bonasa compondo seu portfólio, a Asa Ali-mentos tem mais de 160 itens distribuídos em aproximada-mente 11 mil pontos de venda.

4Frigoríficos da

Bonasa já estão autorizados a exportar. Meta

é chegar a R$ 100 milhões

Planta industrial da Bonasa no Tocantins: expansão

Marca Bonasa se fortaleceu no mercado interno, com faturamento de R$ 1 bilhão em 2015

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A VEZ DOS ESTRATEGISTASNo complexo mundo das organizações, são necessários vários conceitos para esclarecer e iluminar os

aspectos peculiares dessa complexidade. Mintzberg, Lampel, Quinn e Ghoshal acreditam que é a par�rde um conhecimento profundo e sistemá�co dessa variedade que se alcança o entendimento do pro-

cesso da estratégia. Este livro reúne textos de diversos autores com o obje�vo de reforçar esta variedade.

OS EXTRAORDINÁRIOSImagine ter a chance de conversar com um John Mackey (da Whole Foods) ou um Fred Smith (daFedEx) sobre as lições mais importantes que eles aprenderam. Ou ter o privilégio de ouvir as reflexõesde Howard Schultz, da Starbucks, que voltou à empresa que originalmente fundou para reinventar aempresa e a si mesmo? Com este livro, o leitor terá a oportunidade de conhecer, em primeira mão, ashistórias inspiradoras, conselhos valiosos e insights sobre como verdadeiros revolucionários tiveramsuas ideias desestabilizadoras e as transformaram em realidade, como superaram uma variedade deobstáculos e criaram empreendimentos sustentáveis.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIALSabe-se que, no mundo das competências, desenvolver uma comunicação eficaz não se restringe ape-

nas ao mundo acadêmico, englobando também o mundo do trabalho e dos relacionamentos interpessoaiscom amigos, familiares, clientes, parceiros e fornecedores, entre outros atores do processo comunicacional.

Este livro serve para gestores e docentes, como obra de apoio para minimizar os efeitos do analfabe�smocomunicacional, fruto das relações intermediadas pela comunicação virtual e pelo uso da tecnologia da in-formação, cuja rapidez faz aumentar a possibilidade de perda da qualidade na comunicação oral e escrita.

BALANCED SCORECARD Tão importante quando definir uma estratégia é perceber se todos os setores da organização estãoseguindo tudo o que foi planejado como estratégia. Com muita frequência, as diferentes unidades deuma organização precisam de coordenação, pois atuam com propósitos desconexos e buscam obje�vosconflitantes. Nesse novo livro, Kaplan e Norton explicam como corrigir essa falta de alinhamentoorganizacional e mostram como usar o revolucionário sistema de gestão do Balanced Scorecard paradefinir, coordenar e supervisionar a implementação da estratégia.

DEPOIS DA CRISEUma das mais graves crises da história gerou um grande pessimismo sobre nosso fu-

turo. Natural, mas a economia, como o clima, é cíclica. Quando Dilma tomou posse, em2010, as esperanças eram grandes; as frustrações também foram. Como chegamos à maisprofunda recessão em um século? Que erros nos levaram à crise? Como sairemos dela?Por que a recuperação econômica surpreenderá pela força? Como sustentar essa recu-peração inicial? Quais as lições e o legado da crise brasileira? Leia, chegue a suas própriasconclusões e ajude a construir o Brasil que vem por aí.

LEITURA EMPRESARIAL

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NOTAS INDUSTRIAS

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CONFIRA OS PROJETOS

PROJETOA História e as Histórias de Bariani Ortêncio

OBJETIVOÉ um projeto que conta a vida do Bariani Ortêncio e suas histórias,literatura, composições, cozinha goiana, cultura popular, folclore,entre outros.

SITUAÇÃOÉ um projeto aprovado pela lei Rouanet com dedução de 100% dovalor aplicado no imposto de renda. O patrocinador podepatrocinar até 4% do seu imposto de renda a pagar.

CONTATOReinaldo Clemente: [email protected] ou (62) 98178-3050

Setor de AlimentosInstituída por meio da

Portaria nº 572/2015, daSecretaria de Estado daSaúde, a Câmara Setorial deAlimentos (Casali) relizou asua primeira reunião detrabalho, no último dia 30,no Edifício Pedro Alves daFederação das Indústrias doEstado de Goiás (Fieg), em Goiânia. Ostrabalhos foram coordenados por MariaCecília Martins Brito, da Superintendênciade Vigilância em Saúde (Suvisa), órgão aoqual foi dada a competência de presidir ocolegiado. A Câmara Setorial é compostade 17 representações, cada qual com ummembro titular e um suplente. A ADIALestá representada através do seu diretor-executivo Edwal FreitasPortilho”Chequinho”, como titular, e oadvogado e assessor da ADIAL, João PauloNogueira Oliveira, como suplente. Asreuniões ocorrerão mediante convocaçãoda presidência, com antecedência de doismeses. Preferencialmente, elas serealizarão na sede da Suvisa. Nesteprimeiro encontro, segundo Wilson deOliveira, representante da Fieg, presidentedo Sindicato das Indústrias de Alimentaçãode Anápolis (SindAlimentos) e da FiegRegional Anápolis, foi apresentado o planode trabalho da Casali e definida a

montagem de comissões que vão atuar naexecução das diretrizes formuladas.Também, na oportunidade, foi entregueaos membros uma cópia do estatuto daCâmara Setorial. Durante a reunião,Wilson de Oliveira fez um relato sobre oPrograma de Qualificação voltado para osegmento de panificação, que oSindAlimentos desenvolve em parceriacom o IEL e o Sebrae, tendo como umadas vertentes as Boas Práticas deFabricação e a inovação. Conformeobservou, ações como esta podemtambém ser trabalhadas em nível daCâmara Setorial, cujo objetivo é contribuircom o fortalecimento do setor, com focono bem estar e na saúde das pessoas. Opresidente executivo do Sindicato dasIndústrias Farmacêuticas no Estado deGoiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soarese o articulador do Sistema Fieg, DarlanSiqueira, também participaram da reuniãode abertura da Casali.

Incentivos fiscaisADIAL alerta para o fato de que as empresas

com pendências e/ou inadimplência junto aosProgramas PRODUZIR e FOMENTAR estão sendonotificadas pela Secretaria da Fazenda de Goiás,por meio dos respectivos DTRs – DomicílioTributário Eletrônico, sendo que, caso as empresasnão acusem o recebimento haverá notificaçãotácita após transcorridos 07 dias da postageminicial. A notificação informa sobre a(s)pendência(s) e/ou inadimplência e estabelece queas mesmas devem ser sanadas em prazo máximode 30 (trinta) dias, contados da notificação, mesmoque tácita.

Não sendo sanadas as pendências e/ouinadimplência no prazo estabelecido pela SEFAZ, oTermo de Acordo de Regime Especial – TARE, queconcede os incentivos do FOMENTAR/PRODUZIR,será automaticamente suspenso, perdendo aempresa o direito aos incentivos de formadefinitiva enquanto perdurar a situação, sob riscode suspensão do contrato de financiamento nostermos da legislação que rege os dois Programas.

Outrossim, fomos informados de que asempresas que utilizam apenas dos serviços decontadores externos, fora de seu quadro defuncionários, não têm como acessar o DTR, e, deconsequência, a notificação, ficando mesmo assimsujeitas aos prazos pois serão consideradasnotificadas tacitamente. Isso implicará no nãocumprimento do prazo para regularização dassituações apontadas pela SEFAZ, o que levará àsuspensão do TARE e perda dos incentivos.

Acompanhe nesta nova coluna da PRÓ-INDUSTRIAL opções de projetos culturais e espor�vos que buscam inves�dor

PROJETOForça Atlética (Handebol)

OBJETIVOViabilizar participação da Força Atlética na Liga Nacional, que é aprincipal competição do esporte no País.

SITUAÇÃOO projeto já foi aprovado e publicado no Diário Oficial da União epodemos captar até R$ 779.000,00. A empresa pode patrocinarcom qualquer quantia até 1% do imposto devido. O benefíciofiscal é de 100% do valor investido.

CONTATOLilian Queiroz (62 98138-5582) ou Jorge Castilho (62 9161-1771)

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OPINIÃO

Repensar o Estado

O modelo econô-mico de Goiás, ba-seado em umapolítica de atraçãode empresas por

meio de incentivos fiscais adotadanas últimas três décadas, é uma re-ferência na recente história tributá-ria do País. Estados como Goiás,afastados do eixo econômico e sempoder de decisão nos rumos dosinvestimentos privados, jamaisestariam entre os dez maiores PIBsestaduais do País. Um poucoantes, aliás, éramos a 17ª econo-mia, com atrasos gigantescos eminfraestrutura, baixa profissionali-zação dos negócios e importadoresde quase todos produtos indus-trializados consumidos no Estado.

Com a atração de indústriaspor meio da desoneração tributá-ria, diversificamos a economia enossa arrecadação cresce conti-nuamente há quase trinta anos,mesmo o País tendo enfrentadodezenas de crises durante o pe-ríodo. Mesmo na forte crise atual,nossas receitas tributárias se ex-pandiram. A industrializaçãopromoveu a agregação de valorno produto goiano, que gera,além de impostos, emprego erenda; proporcionou uma ba-lança comercial superavitáriatanto no mercado interno quantoexterno; e, melhorou todos nos-

sos indicadores sociais, comosaúde, educação e segurança.

Não é por outro motivo queGoiás é apontado sempre comouma das principais opções dedestino toda vez que um grandenegócio desembarca no País ouuma empresa nacional estuda ex-pansão. Os argumentos de esgo-tamento deste modelo param nomuro de desigualdades e poderioeconômico entre os Estados. Comuma mudança drástica, como ofim da política de incentivos fis-cais, Goiás literalmente quebrasua indústria. Não suportariacinco anos.

Goiás não cresceu por osmoseou decreto, mas por décadas detrabalho da sua iniciativa pri-vada – empresários e trabalha-dores – e pelas condições decompetitividade oferecidaspelos governos estaduais. Re-pensar a política de incentivosfiscais é saudável, importante edesejável. Mas seria interessantediscutirmos uma proposta inte-ligente que conduza o Estado norumo do crescimento e não aodesemprego, fechamento de em-presas e retração da economia.

Em todo mundo, a lógica dosmercados exige competitividade.Se tiver, para Goiás, sugestões ouprojetos de desenvolvimentomelhores, que possam melhorar

nosso ambiente de negócios e ga-rantir avanço ao quadro atual, ga-ranto que toda sociedade apoiará.Precisamos ter ao lado de discur-sos de gabinete, ideias inteli-gentes e projetos reais.

Precisamos sinceramente unirforças e repensar o Estado, os gas-tos e as receitas, o presente e o fu-turo. Precisamos entender que osprogramas de incentivos fiscaisgoianos são favoráveis à economiagoiana e não aos empresários. Essatese ficou no passado, quando tra-balhadores e demais classes profis-sionais se uniram às entidadespara defender os incentivos – poissem a força deles, perderemos, empouco tempo, empresas, empre-gos e serviços. E, se avaliarmosatentamente o movimento dos ne-gócios em Goiás nos últimos anos,perceberemos que hoje já conta-mos baixas expressivas de grandesgrupos. Estas empresas que deixa-ram Goiás já fizeram um grandeestrago no emprego e na arrecada-ção futura. Discutir o fim dos in-centivos fiscais é multiplicar esseprejuízo por dez ou cinquenta –depende do tamanho da proposta.

Cesar Heloué empresário e presidente da ADIAL

Ar�go publicado no jornal O POPULAR do dia 25 de maio de 2016

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