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Auxiliar em Administração - questões específicas para cada cargo de nível de classificação C
Documentação e redação oficial; conceituação: ata, atestado, certidão, circular, comunicado, convite, convocação, edital,
memorando, ofício, ordem de serviço, portaria, requerimento; qualidade no atendimento: comunicação telefônica e formas de
atendimento; noções de administração e as funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle; tipo de
organização: estruturas organizacionais; departamentalização; organogramas e fluxogramas; noções de recrutamento,
seleção e capacitação; noções de liderança, motivação e comunicação; noções de protocolo; conceitos básicos de patrimônio
e almoxarifado.
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Conteúdo
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO: ......................................................................................................................... 4
Processo administrativo ................................................................................................................................................ 6
Planejamento ............................................................................................................................................................. 7
Organização ............................................................................................................................................................ 11
Direção .................................................................................................................................................................... 11
Controle ................................................................................................................................................................... 13
Aprofundamento: Controle adm. ................................................................................................................................ 14
Eficiência .................................................................................................................................................................... 16
Eficácia ....................................................................................................................................................................... 16
Efetividade .................................................................................................................................................................. 16
ORGANIZAÇÃO SISTEMAS E MÉTODOS. .............................................................................................................. 17
Organograma ............................................................................................................................................................... 18
Tipos de estrutura organizacional ............................................................................................................................... 21
Relações de autoridade: .............................................................................................................................................. 21
Fluxogramas e Manuais .............................................................................................................................................. 22
Departamentalização ................................................................................................................................................... 22
Princípios de Departamentalização ......................................................................................................................... 23
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ..................................................................................................................... 24
Motivação ................................................................................................................................................................... 24
Principais autores e teorias da motivação ............................................................................................................... 24
Liderança ..................................................................................................................................................................... 27
Teorias sobre Liderança .......................................................................................................................................... 27
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL...................................................................................................................... 29
Conceito ...................................................................................................................................................................... 29
Objetivos ..................................................................................................................................................................... 30
Processo de Comunicação ........................................................................................................................................... 30
Forma .......................................................................................................................................................................... 30
Meios de comunicação ................................................................................................................................................ 32
Barreiras à comunicação ............................................................................................................................................. 32
Relações interpessoais na comunicação organizacional ............................................................................................. 33
RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................................... 34
Recrutamento .............................................................................................................................................................. 36
Seleção: ....................................................................................................................................................................... 38
Capacitação ................................................................................................................................................................. 39
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS ............................................ 40
ATENDIMENTO ........................................................................................................................................................... 42
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Atendimento ao telefone ............................................................................................................................................. 50
NOÇÕES DE PROTOCOLO ......................................................................................................................................... 52
Procedimentos de protocolo ........................................................................................................................................ 52
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INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO:
Segundo Chiavenato (1997, p. 10), administração é a
aplicação de técnicas com o intuito de estabelecer
metas e operacionalizar o seu alcance pelos
colaboradores participantes das organizações a fim de
que se obtenha resultados que satisfaçam as
necessidades de seus clientes assim como às suas
próprias. Silva (1977, p.16) coloca que “não se pode
imaginar a existência de uma empresa (visando lucros)
ou entidade (sem fins lucrativos) sem o concurso da
administração, pois não podemos alcançar um fim sem
usar os meios, e uma das vias que nos conduzem ao
objetivo das empresas ou entidades é a administração”.
Levando-se em consideração que vivemos numa época
de complexidades, mudanças e incertezas, a
administração tornou-se uma das mais importantes
áreas da atividade humana. Maximiano (2002, p.25),
um estudioso de administração, diz que essa palavra “é
usada tão freqüentemente no dia-a-dia, que parece não
haver dúvidas com relação a seu significado”. Mas
para começarmos o entendimento do que é
administração, devemos levar em conta o fato de que
encontraremos muitas definições diferentes em várias
apostilas, livros, sites, textos e revistas, sendo todas, no
geral, variações do mesmo tema. De acordo com
Chiavenato (1997, p. 12): “a palavra administração
vem do latim ad (direção para, tendência) e minister
(subordinação ou obediência) e significa aquele que
realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto
é, aquele que presta serviço a outro”. Uma definição
mais atual nos é dada por Stoner (2000, p.4), onde a
administração é o “processo de planejar, organizar,
dirigir e controlar o trabalho dos membros da
organização, e usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar objetivos estabelecidos”. Já
para Kwasnicka (1981) administração é a atividade
que utiliza métodos da ciência para tomar decisões e
estabelecer cursos de ação. Ou ainda, conforme,
Maximiano (1995, p. 60) onde administrar “é o
processo que tem como finalidade garantir a eficiência
e eficácia de um sistema ou organização”.
Administração é planejar, organizar, dirigir e
controlar os esforços de um grupo de indivíduos
para realizar os objetivos da organização, bem como
de seus membros. Sendo um complexo processo de
tomar decisões a respeito de recursos e de objetivos a
serem com ele alcançados. Para melhor entendermos o
conceito de Administração, destacamos a seguir os
pontos principais em relação às diferentes teorias sobre
o assunto. Existem semelhanças fundamentais que
devem ser observadas: 1)A Administração concentra a
atenção nos alvos a serem atingidos, ou seja, nos
objetivos, nos cursos de ação necessários para
concretizar os resultados organizacionais;
2) É composta de ferramentas, instrumentos,
métodos científicos, os quais possibilitam a gestão
organizacional;
3) Está diretamente relacionada às pessoas, aos
grupos de indivíduos, aos participantes
organizacionais.
Relacionadas às semelhanças fundamentais entre os
diferentes conceitos de administração, podemos ainda
definir a administração segundo suas características,
que segundo o modelo de Scholz (1976) são: a)
objetividade – o requisito primordial da administração
é a definição de objetivos e o sucesso da administração
está implícito em alcançá-los;
a) situação de permeio – a administração é um
importante meio através do qual se exerce um impacto
decisivo sobre a vida humana. Através da
administração pode-se estimular ou frustrar o
desempenho das pessoas de uma organização;
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b) esforço grupal - a administração é intrinsecamente
associada ao esforço grupal, pois não há possibilidade
de se administrar sozinho, haja vista que o esforço
integrado é fundamental para o sucesso das
organizações;
c) ser conseguida através de pessoas - o sucesso da
administração depende da capacidade de formular
objetivos e conseguir canalizar os esforços das pessoas
para atingi-los;
d) impessoalidade – a administração é atividade e não
uma pessoa ou grupo de pessoas;
requerer o uso de conhecimentos - a administração
eficiente requer o uso de conhecimentos, habilidades e
vivência. A teoria e a prática não podem ser
dissociadas;
intangibilidade – a administração é intangível, pois
existe uma invisibilidade na atividade que só é
evidenciada pelos resultados alcançados.
Considerando a complexidade das organizações nos
dias de hoje, a tarefa de administrar requer um aparato
de pessoas estratificadas em diversos níveis
hierárquicos que se ocupam de incumbências
diferentes.
Existem três níveis de atuação do administrador, a
saber:
I – Estratégico (institucional) – de caráter gerencial,
está relacionado a alta administração da empresa.
II – Tático (intermediário) – departamental,
intermediário, gerentes;
III – Operacional – nível de execução.
A fim de obter eficácia no desempenho de suas
funções, nos distintos níveis de atuação, o
administrador necessita de habilidades específicas.
Neste contexto, Robbins (2005, p.34), afirma que
“habilidades gerenciais são aptidões ou
comportamentos fundamentais ao sucesso num cargo
gerencial”, complementando que essa abordagem
começa com a identificação de habilidades gerais e,
em seguida, passa a busca de habilidades específicas
relacionadas à eficácia.
Em relação às habilidades gerais, são elencadas quatro
áreas de habilidades, nas quais os gerentes devem ser
proficientes, são elas: habilidades conceituais que
dizem respeito à capacidade intelectual de
compreender e de lidar com situações complexas;
habilidades interpessoais, que incluem a capacidade de
se trabalhar em equipe, compreender suas
necessidades, motivar, entender as outras pessoas;
habilidades técnicas que envolvem a aplicação do
conhecimento especializado ou a experiência, o
entendimento da organização em geral e a utilização
dos métodos necessários para realização das tarefas e
habilidades políticas para ampliar sua posição,
construir uma base de poder e fazer contatos corretos
(ROBBINS, 2005). Outro autor que não se pode
desconsiderar quando se fala em habilidades é Robert
L. Katz (1986), que escreveu o texto “Skills of na
Effective Administrator” (As habilitações de um
Administrador Eficiente), publicado originalmente
pela Harvard Business Review (Biblioteca de Harvard)
de Administração de Empresas no desempenho de uma
gerência eficaz. Trata-se de um trabalho clássico que
tem fundamentado a política de desenvolvimento
gerencial de numerosas organizações (AMATUCCI,
2002).
Katz (1986, p. 60) afirma que “o principal critério de
habilitação deve ser uma ação eficiente em diversas
circunstâncias.” Deste modo, Katz (1955 apud
MAXIMIANO, 2002, p. 65) corrobora da idéia de que
a administração eficiente se apóia em três habilidades
básicas, são elas: a) habilidade técnica: relaciona-se
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com a atividade específica do gerente caracterizada
pelos conhecimentos, métodos e equipamentos
necessários para a realização das tarefas;
b) habilidade humana: que abrange a compreensão das
pessoas e suas necessidades, interesses e atitudes.
c) habilidade conceitual que envolve a capacidade de
compreender e lidar com a complexidade de toda a
organização e de usar o intelecto para formular
estratégias. Criatividade, planejamento, raciocínio
abstrato e entendimento do contexto são manifestações
da habilidade conceitual.
Diante dessas habilidades, Katz (1986, p. 85,)
menciona os requisitos essenciais para o
administrador, sendo eles: “suficiente aptidão técnica
para entender a mecânica de seu cargo; suficiente
habilidade humana para ser capaz de cooperar no
esforço comum da equipe que dirige; suficiente
habilidade conceitual para conseguir o máximo de
vantagem para a organização em geral”. No entanto, é
importante ressaltar que esta divisão é utilizada por
diversos autores e que estas habilidades estão
intimamente relacionadas, mas ainda assim é
interessante analisá-las separadamente, já que
apresentam uma variação de importância em diferentes
níveis da estrutura hierárquica. Nesse sentido, três são
as habilidades necessárias para que o administrador
possa trabalhar eficazmente. Já Mintzberg (1973, apud
MAXIMIANO 2002, p.67) identifica um maior
número de habilidades, subdividindo-as em oito
categorias: habilidades de relacionamento com
colegas, habilidades de liderança, habilidades de
resolução de conflitos, habilidades de processamento
de informações, habilidades de tomar decisões em
condições de ambigüidade, habilidades de alocação de
recursos, habilidades de empreendedor, habilidades de
introspecção. Para entender o que significa
administração, é preciso ir além da interpretação da
palavra, . É preciso também compreender o que é uma
organização. Segue, então, outro tópico.
As organizações: Uma organização, segundo Lacombe
e Heilborn (2003), é formada por um grupo de pessoas
que se articulam de forma organizada para atingir
objetivos comuns. Já na visão de Robbins (2005, p.31),
“uma organização é um arranjo sistemático de duas ou
mais pessoas que cumprem papéis formais e
compartilham um propósito comum”. Para Maximiano
(1992), uma organização é uma combinação de
esforços individuais que tem por finalidade realizar
propósitos coletivos. Por meio de uma organização
torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que
seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande
empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o
corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são
todos exemplos de organizações. Já para Robbins
(1990), a organização é "uma entidade social
conscientemente coordenada, com uma fronteira
relativamente identificável, que funciona numa base
relativamente contínua para alcançar um objetivo ou
objetivos comuns". Uma organização é formada pela
soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos,
recursos financeiros e outros. A organização então é o
resultado da combinação de todos estes elementos
orientados a um objetivo comum. Logo, podemos
concluir as organizações como uma combinação de
esforços individuais que tem por finalidade realizar
propósitos coletivos. Exemplo: empresas, associações,
órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública
ou privada. Para os fins que se destinam esta apostila,
aos quais compreendem o significado e estudo da
administração, neste momento, discorreremos acerca
da teoria geral da administração.
Processo administrativo
Processo significa uma seqüência de funções que se
sucedem, uma maneira sistemática de fazer as coisas.
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É um meio, método ou maneira de conduzir certas
atividades. Referimo-nos ao processo administrativo
como um meio para enfatizar que todos os recursos
serão utilizados com maior eficácia, independente de
seus níveis ou funções ou atribuições. Deve se engajar
continuamente nas atividades inter-relacionadas de
planejar, organizar, dirigir e controlar, a fim de
alcançar os objetivos desejados. Daí a denominação
processo administrativo dado o conjunto e seqüência
das funções administrativas. Na ilustração a seguir
pode-se observar o ciclo das funções administrativas
que formam o ciclo administrativo.
Figura 1 Processo Administrativo
Na medida em que se repete o processo administrativo,
ocorre uma contínua correção e reajustamento por
meio de retroalimentação, ou feedback. Assim, o
desenvolvimento de um ciclo permite definir quais as
correções que deverão ser introduzidas no ciclo
seguinte, e assim continuamente. Cabe então, discutir
brevemente cada uma dessas funções conforme segue
abaixo.
Planejamento
O planejamento define o que a organização pretende
fazer no futuro e como deverá fazê-lo para chegar ao
desejado. Por essa razão, o planejamento é a primeira
função administrativa, definindo os objetivos para o
futuro desempenho organizacional e decidindo sobre
os recursos e tarefas necessários para alcançá-los
adequadamente. Graças ao planejamento, o
administrador se orienta através dos objetivos visados
e das ações necessárias para alcançá-los baseando-se
em algum método, plano ou lógica. O planejamento
produz planos que se baseiam em objetivos e nos
melhores procedimentos para alcançá-los
adequadamente. Assim, planejar envolve solução de
problemas e tomada de decisões quanto a alternativas
para o futuro. O planejamento, portanto, é o processo
de estabelecer objetivos e o curso de ação adequado
para alcançar esses objetivos.Ele se dá em três níveis:
I – Estratégico (institucional) – longo prazo, objetivo
global, abrangente, diretores;
II – Tático (intermediário) – médio prazo,
departamental, intermediário, gerentes;
III – Operacional – curto prazo, nível de execução.
Sendo a primeira função administrativa, existe certa
dificuldade, quando da conceituação da função do
planejamento nas empresas, de estabelecer a sua real
amplitude e abrangência. Para tanto, Steiner estabelece
as cinco dimensões do planejamento, cujos aspectos
básicos são apresentados a seguir.
A primeira dimensão do planejamento corresponde ao
assunto abordado, que pode ser produção, pesquisa,
novos produtos, finanças, marketing, instalações,
recursos humanos etc. Outra dimensão corresponde
aos elementos do planejamento, entre os quais podem
ser citados propósitos, objetivos, estratégias, políticas,
programas, orçamentos, normas e procedimentos. Uma
terceira dimensão é a de tempo do planejamento, que
pode ser, por exemplo, de longo, médio ou curto prazo.
Outra dimensão corresponde às unidades
organizacionais onde o julgamento é elaborado, e
nesse caso pode-se ter planejamento corporativo, de
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subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de
departamentos, de produtos etc. Uma quinta dimensão
corresponde às características do planejamento, que
podem ser representadas por complexidade ou
simplicidade, qualidade ou quantidade, estratégico ou
tático, confidencial ou público, formal ou informal,
econômico ou caro.
Como conseqüência, o planejamento pode ser
conceituado como um processo, considerando os
aspectos abordados pelas dimensões anteriormente
apresentadas, desenvolvido para o alcance de uma
situação desejada de um modo mais eficiente e efetivo,
com a melhor concentração de esforços e recursos pela
empresa. O planejamento não deve ser confundido
com previsão, projeção, predição, resolução de
problemas ou plano, pois: •previsão corresponde ao
esforço para verificar quais serão os eventos que
poderão ocorrer, com base no registro de uma série de
probabilidades;
•projeção corresponde à situação em que o futuro tende
a ser diferente do passado, mas a empresa não tem
nenhum controle sobre o seu processo e
desenvolvimento;
•resolução de problemas a aspectos imediatos que
procuram tão-somente a correção de certas
descontinuidades e desajustes entre a empresa e as
forças externas que lhe sejam potencialmente
relevantes;
•plano corresponde a um documento formal que se
constitui na consolidação das informações e atividades
desenvolvidas no processo de planejamento; é o limite
da formalização do planejamento; é uma visão estática
do planejamento; é uma decisão em que a relação
custo-benefício deve ser observada.
O planejamento pressupõe a necessidade de um
processo decisório que ocorrerá antes, durante e depois
de sua elaboração e implementação na empresa. Este
processo de tomada de decisões na empresa deve
conter, ao mesmo tempo, os componentes individuais e
organizacionais, bem como a ação nestes dois níveis
pode ser orientada de tal maneira que garanta certa
confluência de interesses dos diversos fatores alocados
no ambiente da empresa.O processo de planejar
envolve, portanto, um "modo de pensar"; e um salutar
modo de pensar envolve indagações; e indagações
envolvem questionamentos sobre o que será feito,
como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e
onde será feito.Toda a atividade de planejamento nas
empresas, por sua natureza, deverá resultar de decisões
presentes, tomadas a partir do exame do impacto das
mesmas no futuro, o que lhe proporciona uma
dimensão temporal de alto significado.O propósito do
planejamento pode ser definido como o
desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes
administrativas, as quais proporcionam uma situação
viável de avaliar as implicações futuras de decisões
presentes em função dos objetivos empresariais que
facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo
mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste
raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático
do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida
no processo decisório e, conseqüentemente, provocar o
aumento da probabilidade do alcance dos objetivos e
desafios estabelecidos para a empresa.Além disso, o
fato de o planejamento ser um processo de
estabelecimento de um estado futuro desejado e um
delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade
justifica que ele anteceda à decisão e à ação. Outro
aspecto a destacar, inerente ao processo decisório, é o
grande número de condicionantes organizacionais que
afetam a operacionalização, com a interveniência de
inúmeras restrições de ordem prática, contribuindo
para reforçar a idéia de complexidade que lhe é
característica.A atividade de planejamento é complexa
em decorrência de sua própria natureza, a de um
processo contínuo de pensamento sobre o futuro,
desenvolvido mediante a determinação de estados
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futuros desejados e a avaliação de cursos de ação
alternativos a serem seguidos para que tais estados
sejam alcançados. E tudo isso implica um processo
decisório permanente, acionado dentro de um contexto
ambiental interdependente e mutável.
Sem a preocupação de estabelecer todas as
características básicas da função planejamento como
um processo contínuo, apresentam-se a seguir alguns
dos principais aspectos:
a)O planejamento não diz respeito a decisões futuras,
mas às indicações futuras de decisões presentes.
Portanto, aparece como um processo sistemático e
constante de tomada de decisões, cujos efeitos e
conseqüências deverão ocorrer em futuros períodos de
tempo.
b)O planejamento não é ato isolado. Portanto, dever
ser visualizado como um processo composto de ações
inter-relacionadas e interdependentes que visam ao
alcance de objetivos previamente estabelecidos. Deve-
se também considerar a necessidade de os objetivos
serem viáveis com base na validade das hipóteses em
que se baseiam.
c)O processo de planejamento é muito mais importante
que seu produto final. O produto final do processo de
planejamento é, normalmente, o plano, sendo que este
deve ser desenvolvido "pela" empresa e não "para" a
empresa. Se não for respeitado este aspecto, têm-se
planos inadequados para a empresa, bem como uma
resistência e descrédito efetivos para a sua
implantação.
Princípios de Planejamento
O planejamento dentro de uma empresa deve respeitar
alguns princípios para que os resultados de sua
operacionalização sejam os esperados. Podem-se
separar esses princípios em gerais e específicos.São
quatro princípios gerais para os quais o administrador
deve estar atento:
a) O princípio da contribuição aos objetivos, e neste
aspecto o planejamento deve sempre visar aos
objetivos máximos da empresa. No processo de
planejamento devem-se hierarquizar os objetivos
estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade,
tendo em vista a interligação entre eles.
b)O princípio da precedência do planejamento,
correspondendo a uma função administrativa que vem
antes das outras (organização, direção e controle). Na
realidade, é difícil separar e seqüenciar as funções
administrativas, mas pode-se considerar que, de
maneira geral, o planejamento "do que e como vai ser
feito" aparece na ponta do processo. Como
conseqüência, o planejamento assume uma situação de
maior importância no processo administrativo.
c)O princípio da maior penetração e abrangência, pois
o planejamento pode provocar uma série de
modificações nas características e atividades da
empresa, por exemplo, modificações em sistemas,
tecnologia e pessoas. As modificações provocadas nas
pessoas podem corresponder à necessidade de
treinamento, substituição, transferências, funções,
avaliação etc.; na tecnologia pode ser apresentada pela
evolução dos conhecimentos, pelas novas maneiras de
fazer os trabalhos etc.; e nos sistemas podem ocorrer
alterações nas responsabilidades estabelecidas, nos
níveis de autoridade, descentralização, comunicações,
procedimentos, instruções etc.
d) O princípio da maior eficiência, eficácia e
efetividade. O planejamento; deve procurar maximizar
os resultados e minimizar as deficiências. Através
desses aspectos, o planejamento procura proporcionar
à empresa uma situação de eficiência, eficácia e
efetividade.
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Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada,
resolver problemas, salvaguardar os recursos
aplicados, cumprir o seu dever e reduzir os custos.
Eficácia é fazer as coisas certas, produzir alternativas
criativas, maximizar a utilização dos recursos, obter
resultados e aumentar o lucro.
Efetividade é manter-se no ambiente e apresentar
resultados globais positivos ao longo do tempo
(permanentemente). A efetividade representa a
capacidade de a empresa coordenar constantemente, no
tempo, esforços e energias, tendo em vista o alcance
dos resultados globais e a manutenção da empresa no
ambiente. Portanto, para que a empresa seja efetiva, é
necessário que ela também seja eficiente e eficaz. É
importante salientar que a eficiência, eficácia e
efetividade são algumas das principais medidas para
avaliar uma boa administração, pois normalmente os
recursos com os quais o administrador trabalha são
escassos e limitados.
Tipos de planejamento: Na consideração dos grandes
níveis hierárquicos, podem-se distinguir três tipos de
tipos de planejamento:
a) planejamento estratégico;
b) planejamento tático;
c) planejamento operacional.
Planejamento Estratégico
O planejamento estratégico pode ser conceituado como
um processo gerencial que possibilita ao executivo
estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com
vistas a obter um nível de otimização na relação da
empresa com seu ambiente.O planejamento estratégico
é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais
altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de
objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem
seguidos para a sua consecução, levando em conta as
condições externas e internas, à empresa e sua
evolução esperada. Refere-se ao planejamento das
metas de longo prazo.
Planejamento tático
O planejamento tático tem por objetivo otimizar
determinada área de resultado e não a empresa como
um todo. Portanto, trabalha com os objetivos e desafios
estabelecidos no planejamento estratégico. O
planejamento tático é desenvolvido em níveis
organizacionais inferiores, tendo como principal
objetivo a utilização eficiente dos recursos disponíveis
para a consecução de objetivos previamente fixados,
segundo uma estratégia predeterminada.O
planejamento tático volta-se aos meios de atingir os
objetivos especificados, isto é, refere-se aos
componentes da organização e à sua eficiência.Na
elaboração do planejamento tático encontram-se
dificuldades de ordem prática, uma vez que é
necessário definir objetivo de mais médio prazo, que
sejam partições de objetivos de longo prazo, a fim de
que a consecução dos primeiros possa levar à
concretização dos últimos
Planejamento operacional:
O planejamento operacional pode ser considerado
como a formalização, principalmente através de
documentos escritos, das metodologias de
desenvolvimento e implantação estabelecidas.
Portanto, nesta situação, tem-se, basicamente, os
planos de ação ou planos operacionais. Os
planejamentos operacionais correspondem a um
conjunto de partes homogêneas do planejamento
tático. Cada um dos planejamentos operacionais deve
conter com detalhes:
•Os recursos necessários para o seu desenvolvimento e
implantação;
•Os procedimentos básicos a serem adotados;
•Os produtos ou resultados finais esperados;
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•Os prazos estabelecidos;
•Os responsáveis pela sua execução e implantação.
Na consideração dos níveis estratégico e tático pode-se
ter alguma dificuldade de diferenciá-los, pois não
existe distinção absoluta entre ambos. Entretanto, o
primeiro nível está voltado à dimensão estratégica da
empresa, referindo-se aos seus objetivos e à sua
eficácia. As decisões estratégicas têm, geralmente,
alcance temporal prolongado e elevado grau de
impacto e irreversibilidade. Por sua vez, o
planejamento tático mais voltado aos meios de atingir
os objetivos especificados, isto é, refere-se aos
componentes da empresa e à sua eficiência.
De acordo com Ackoff, estratégia e tática são dois
aspectos de comportamento. A estratégia relaciona-se
com objetivos de longo prazo e com modos de
persegui-los que afetam o sistema como um todo; a
tática relaciona-se com metas de curto prazo e com
meios de atingi-Ias, que geralmente afetam somente
uma parte da empresa. Embora não possam ser
separadas a princípio, freqüentemente os são na
prática.
Organização
A organização visa estabelecer os meios e recursos
necessários para possibilitar o planejamento e reflete
como a organização tenta cumprir os planos. A
organização é a função administrativa relacionada com
a atribuição de tarefas, agrupamento de tarefas em
equipes ou departamentos e alocação dos recursos
necessários nas equipes e nos departamentos. É,
portanto, o processo de arranjar e alocar, estabelecer a
autoridade e os recursos entre os membros de uma
organização para que eles possam alcançar os
objetivos estabelecidos.Assim sendo, a organização é o
processo de engajar as pessoas em um trabalho
conjunto de uma maneira estruturada para alcançar
objetivos comuns.
Organizar é constituir o duplo organismo, material e
social (a estrutura formal) da empresa. Para haver a
Administração é necessária a Organização.Os
Fundamentos da Organização Formal: é o conjunto de
cargos funcionais e hierárquicos, orientados para o
objetivo da empresa.
Divisão Do Trabalho: é a especialização das pessoas,
através da designação de tarefas específicas a cada
uma das partes da empresa, para aumentar a eficiência.
Quanto maior a divisão do trabalho, maior a eficiência
da empresa.
Direção
A direção representa a colocação em marcha daquilo
que foi planejado e organizado. Dessa forma, a direção
é a função administrativa que envolve o uso de
influência para ativar e motivar as pessoas a alcançar
os objetivos organizacionais. Ela envolve liderança,
comunicação e motivação das pessoas para
desempenhar tarefas essenciais.A direção, portanto, é o
processo de influenciar e orientar as atividades
relacionadas com as tarefas dos diversos membros da
equipe ou da organização como um todo.
Dirigir é o processo de dirigir esforços coletivos para
um propósito comum.
- Dirigir é a terceira função administrativa que compõe
o processo administrativo.
- Dirigir é o processo de guiar as atividades dos
membros da organização nos rumos desejados.
- Dirigir é a maneira pela qual os objetivos devem ser
alcançados através da atividade das pessoas e da
aplicação dos recursos organizacionais.
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- Dirigir significa interpretar os planos para as pessoas
e dar as instruções e orientação sobre como executá-los
e garantir o alcance dos objetivos. A direção é o
processo de guiar as atividades dos membros da
organização nos rumos adequados. Esses rumos,
naturalmente, são aqueles que levam ao alcance dos
objetivos organizacionais e, de preferência, atendam
também aos objetivos pessoais dos membros. A
direção envolve a focalização nos membros
organizacionais como pessoas e a abordagem de
assuntos como moral, arbitragem de conflitos e o
desenvolvimento de boas relações entre os indivíduos.
A direção é a função administrativa que se refere ao
relacionamento interpessoal do administrador com os
seus subordinados. Para que o planejamento e a
organização possam ser eficazes, eles precisam ser
complementados pela orientação e apoio às pessoas,
através de uma adequada comunicação, liderança e
motivação. Para dirigir as pessoas, o administrador
precisa saber comunicar, liderar e motivar. Enquanto
as outras funções administrativas - planejamento,
organização e controle - são impessoais, a direção
constitui um processo interpessoal que determina as
relações entre os indivíduos. A direção está
relacionada diretamente com a atuação sobre as
pessoas da organização. Por essa razão, constitui uma
das mais complexas funções da administração. Alguns
autores preferem substituir a palavra direção por
liderança ou influenciação.A direção é uma função
administrativa que se distribui por todos os níveis
hierárquicos da organização. No nível institucional,
denomina-se direção; no nível intermediário, é
chamada de gerência e, no nível operacional, recebe o
nome de supervisão de primeira linha. Assim, quando
falamos de direção, queremos dizer que, no nível
institucional, o presidente e os diretores dirigem
pessoas; no nível intermediário, os gerentes dirigem
pessoas e, no nível operacional, os supervisores
dirigem pessoas, cada qual dentro de sua área de
competência. Contudo, o processo é exatamente o
mesmo para todos: lidar com as pessoas que lhes são
subordinadas, através da comunicação, liderança e
motivação.
Os estilos de direção:
Um dos mais populares expoentes da teoria
comportamental, Douglas McGregor publicou um
livro clássico, em que procura mostrar com
simplicidade que cada administrador possui uma
concepção própria a respeito da natureza das pessoas
que tende a moldar o seu comportamento em relação
aos subordinados. Ele chegou à conclusão de que há
duas maneiras diferentes e antagônicas de encarar a
natureza humana. Uma delas é antiga e negativa,
baseada na desconfiança nas pessoas. A outra é
moderna e positiva, baseada na confiança nas pessoas.
McGregor denominou-as, respectivamente. Teoria X e
Teoria Y. As pressuposições de cada uma delas estão
abaixo:
Pressuposições da Teoria X
a) Detestam o trabalho e procuram evitá-lo
sempre.
b) São preguiçosas e indolentes.
c) Não têm ambição ou vontade própria.
d) Evitam a responsabilidade.
e) Resistem às mudanças.
f) Preferem sentir-se seguras na rotina.
g) Preferem ser dirigidas a dirigir.
Pressuposições da Teoria Y
a) Gostam de trabalhar e sentem satisfação em
suas atividades.
b) São aplicadas e têm iniciativa. - São capazes
de autocontrole.
c) Aceitam responsabilidade
d) São imaginativas e criativas.
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e) Aceitam desafios
f) São capazes de auto-direção.
Para a Teoria Comportamental, o papel do
administrador é promover a integração e articulação
entre as variáveis organizacionais e as variáveis
humanas, focalizando o ambiente e, mais
especificamente, o cliente. De um lado, existem as
variáveis organizacionais – como missão, objetivos,
estrutura, tecnologia, tarefas etc. - e de outro, as
variáveis humanas - como habilidades, atitudes,
valores, necessidades individuais etc, que devem ser
devidamente articuladas e balanceadas. Planejar,
organizar, controlar e, principalmente, dirigir servem
exatamente para proporcionar essa integração e
articulação.
Controle
O controle representa o acompanhamento, monitoração
e avaliação do desempenho organizacional para
verificar se as coisas estão acontecendo de acordo com
o que foi planejado, organizado e dirigido. Controle é a
função administrativa relacionada com o
monitoramento das atividades a fim de manter a
organização no caminho adequado para o alcance dos
objetivos e permitir as correções necessárias para
atenuar os desvios. O controle, portanto, é o processo
de assegurar que as atividades atuais estejam em
conformidade com as atividades planejadas.
O controle visa garantir que as atividades sejam
desenvolvidas da forma que foram planejadas,
organizadas e dirigidas.
Etapas do processo de controle:
Figura 2 Processo de Controle
É importe discorrer brevemente sobre a segunda etapa
do processo de controle que é medir o desempenho.
Desempenho significa: cumprir, executar, exercer
aquilo que estava planejado. Conjunto de característica
ou de possibilidades de atuação para a execução de
uma determinada tarefa. Existem muitas maneiras para
se medir o desempenho, a saber: Observação (inspetor
que anda nas lojas); Métodos automáticos (velocímetro
no carro; visor na máquina indicando quantas unidades
ela está produzindo); Inspeção (policial de trânsito); O
Controle é uma das funções que compõem o processo
administrativo. A função controlar consiste em
averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com
as atividades que foram planejadas.Oliveira (2005,
p.427) explica que controlar é comparar o resultado
das ações com padrões previamente estabelecidos, com
a finalidade de corrigi-las se necessário. A função
administrativa de controle está relacionada com a
maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados
através da atividade das pessoas que compõem a
organização. O planejamento serve para definir os
objetivos, traçar as estratégias para alcançá-los e
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estabelecer os plano de ação. A organização serve para
estruturar as pessoas e recursos de maneira a se
trabalhar de forma organizada e racional. A direção
mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que
utilizem os recursos da melhor maneira possível. Por
fim, o controle serve para que tudo funcione da
maneira certa e no tempo certo. Nesse sentido, o
controle consiste basicamente de um processo que guia
a atividade exercida para um fim previamente
determinado.
O processo de controle tem quatro etapas ou fases:
1. Estabelecimento de objetivos ou padrões de
desempenho.
2. Avaliação ou mensuração do desempenho
atual.
3. Comparação do desempenho atual com os
objetivos ou padrões estabelecidos.
4. Tomada de ação corretiva para corrigir
possíveis desvios ou anormalidades.
O processo de controle se caracteriza pelo seu aspecto
cíclico e repetitivo. Na verdade, o controle deve ser
visualizado como um processo sistêmico em que cada
etapa influencia e é influenciada pelas demais.
Características do Controle
O administrador deve compreender que um sistema
eficaz de controle precisa reunir os seguintes aspectos:
a) Orientação estratégica para resultados: o
controle deve apoiar planos estratégicos e
focalizar as atividades essenciais que fazem a
real diferença para a organização.
b) Compreensão: o controle deve apoiar o
processo de tomada de decisões apresentando
dados em termos compreensíveis. O controle
deve evitar relatórios complicadas e
estatísticas enganosas.
c) Orientação rápida para as exceções: o controle
deve indicar os desvios rapidamente, através
de uma visão panorâmica sobre o local em que
as variações estão ocorrendo, e o que deve ser
feito para corrigi-los adequadamente.
d) Flexibilidade: o controle deve proporcionar
um julgamento individual e que possa se
modificado para adaptar-se a novas
circunstancias e situações.
e) Autocontrole: o controle deve proporcionar
confiabilidade, boa comunicação e
participação entre as pessoas envolvidas.
f) Natureza positiva: o controle deve enfatizar o
desenvolvimento, mudança e melhoria. Deve
alavancar a iniciativa das pessoas e minimizar
o papel da penalidade e das punições.
g) Clareza e objetividade: o controle deve ser
imparcial e acurado para todos. Deve ser
respeitado como um propósito fundamental: a
melhoria do desempenho.
h) Quanto aos tipos de controle temos:
Preliminar: é exercido antes da execução de
uma função.
i) Concomitante: é aquele que se estabelece ao
mesmo tempo em que as ações vão se
desenvolvendo.
j) Pós-controle: é exercido após a execução de
uma função.
Aprofundamento: Controle adm.
Conforme entendemos ao estudar o Processo
Administrativo notamos que a função controle visa
monitorar a consecução dos objetivos de gestão por
meio da análise das ações. Segundo Djalma de
Oliveira o “Controle é uma função do processo
administrativo que, mediante a comparação com
padrões previamente estabelecidos, procura medir e
avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a
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finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de
forma que possam corrigir ou reforçar esse
desempenho ou interferir em funções do processo
administrativo, para assegurar que os resultados
satisfaçam aos desafios e aos objetivos estabelecidos”.
Ainda seguindo a linha de raciocínio do mesmo autor
chegamos aos principais objetivos da função:
• Identificar problemas, falhas e erros que se
transformam em desvios do planejado, com a
finalidade de corrigi-los e de evitar sua
reincidência;
• Fazer com que os resultados obtidos com a
realização das operações estejam, tanto quanto
possível, próximos dos resultados esperados e
possibilitem o alcance dos objetivos
previamente estabelecidos
• Fazer com que a empresa trabalhe de forma
mais adequada;
• Proporcionar informações gerenciais
periódicas, para que seja rápida a intervenção
no desempenho do processo.
Podemos aprofundar esse conceito com os aspectos do
processo de controle definidos por Idalberto
Chiavenato:
Objetivo, que pode ser um fim, padrão, norma, regra,
critério etc;
• Medição, ou seja, obtenção de informações, por
meio de indicadores;
• Comparação: procedimento que compara o que foi
medido com o padrão;
• Correção: mecanismos que permitem modificar os
rumos da atividade em curso, inclusive reajuste do
planejamento, de forma que possam ser alcançados
resultados satisfatórios.
Segundo Stonner e Freeman o controle está sujeito aos
seguintes princípios:
Princípio da segregação das funções: as unidades
organizacionais responsáveis pelas outras funções, tais
como a execução, não devem ser as mesmas que têm
como atribuição o controle. Assim, garante-se a
independência da unidade que tem o poder de auditar o
ato e verificar se ele ocorreu regularmente.
Princípio da independência técnico-funcional: os
servidores responsáveis pela ação do controle devem
ter independência para ter acesso a documentos, dados
e informações relativas ao processo auditado. O agente
do controle deve estar livre de quaisquer pressões,
podendo atuar com autonomia e rigor técnico.
Princípio do custo-benefício: enuncia que o custo do
controle jamais poderá ser maior que o benefício por
ele gerado. Entre os custos do controle, estão os
salários dos trabalhadores que controlam, manutenção
da estrutura física, suporte de TI etc. Entre os
benefícios, estão as economias e melhorias de
desempenho geradas a partir de oportunidades
identificadas em auditorias,fiscalizações etc.
Princípio da qualificação adequada: os agentes do
controle devem ter as competências necessárias
pertinentes ao objeto auditado. Imagine que um
servidor público vá auditar a construção de uma
plataforma de prospecção de petróleo. Para lidar com
os auditores, a empresa auditada irá designar
especialistas em projetos,construção, indústria
petroleira etc, e o servidor deve possuir as
competências e conhecimentos técnicos para analisar
os documento se colher as informações necessárias.
Princípio da aderência a diretrizes e normas: em
uma auditoria,só pode ser exigido a conformidade com
a letra das leis e normas, ou seja, só se pode analisar a
coerência com o referencial normativo.
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Eficiência
Podemos definir eficiência como o nível de utilização
do recursos (normalmente o custo ou o esforço) e o
resultado proporcionado por estes.A relação
matemática expressando o (custo) do recurso (ou dos
recursos) empregados para atingir determinado
Objetivo:
���
���������������������������
Eficiência é fazer as coisas de maneira adequada,
resolver problemas, salvaguardar os recursos
aplicados, cumprir o seu dever e reduzir os custos.
Segundo Maximiano: Eficiência é a relação entre os
custos e os resultados. “O princípio geral da eficiência
é o da relação entre esforço e resultado. Quanto menor
o esforço necessário para produzir um resultado, mais
eficiente é o processo. A antítese da eficiência é o
desperdício” Indicadores de eficiência são aqueles que
expressam a relação entre os custos de uma atividade e
os resultados alcançados. Buscar eficiência é buscar
otimização.
Eficácia
Podemos definir eficácia como o grau de consecução
dos objetivos planejados. Isso expressa em qual grau
os objetivos planejados tornam-se resultados. Podemos
expressar matematicamente a relação eficácia da
seguinte forma:
���
�������������������������������������
Eficácia é fazer as coisas certas para Atingir um
objetivo, produzir alternativas criativas, maximizar a
utilização dos recursos, obter resultados e aumentar o
lucro.
Efetividade
Podemos definir a efetividade como algo muito
próximo a “constância”. É a medida do grau de
atingimento dos objetivos que orientaram a
constituição de um determinado programa, expressa
pela sua contribuição à variação alcançada dos
indicadores estabelecidos pelo Plano. Notamos que
diversos autores associam o conceito de efetividade
alinhando eficiência com eficácia, de modo a produzir
um efeito concreto. Efetividade é manter-se no
ambiente e apresentar resultados globais positivos ao
longo do tempo (permanentemente). A efetividade
representa a capacidade de a empresa coordenar
constantemente, no tempo, esforços e energias, tendo
em vista o alcance dos resultados globais e a
manutenção da empresa no ambiente.
Como visto anteriormente, no conjunto, as quatro
funções administrativas – planejamento,
organização, direção e controle – formam o
processo administrativo. E por conseqüência, é a
articulação desse processo que dá suporte ao que
comumente chamamos de modelo de gestão. Mais
especificamente torna-se oportuno apresentar o
desdobramento dessas quatro funções nos três níveis
organizacionais, o que pode ser visualizado na figura
que segue.
Além da distribuição proporcional nos níveis
administrativos, algumas outras características básicas
delineiam o processo administrativo:
1. É cíclico e repetitivo: o processo é permanente e
contínuo e está sempre sendo completado e repetido
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continuamente. Em cada ciclo, o processo tende a
melhorar e aperfeiçoar-se continuamente.
2. É interativo: isto é, cada função administrativa
interage com as demais, influenciando-as e sendo por
elas influenciada.
3. É iterativo: o processo administrativo é uma
seqüência de passos que, embora não sejam
rigidamente seguidos, formam um itinerário sujeito a
ajustamentos e correções, avanços e recuos, ao longo
de sua implementação.
4. É sistêmico: o processo não pode ser analisado por
cada uma de suas partes, tomadas isoladamente, mas
pela sua totalidade e globalidade. Para se entender
cada uma das funções administrativas, é necessário
conhecer todas as demais. Nenhuma delas pode ser
administrada sem uma estreita vinculação com as
outras.
Uma boa dica é que: O processo administrativo
é cíclico, dinâmico e interativo. Quando
consideradas em um todo integrado, as funções
administrativas formam o processo administrativo.
Quando consideradas isoladamente, o planejamento, a
direção, a organização e o controle constituem funções
administrativas.
ORGANIZAÇÃO SISTEMAS E
MÉTODOS.
Organizar é constituir o duplo organismo, material e
social (a estrutura formal) da empresa. Para haver a
Administração é necessária a Organização.Os
Fundamentos da Organização Formal: é o conjunto de
cargos funcionais e hierárquicos, orientados para o
objetivo da empresa.
Divisão De Trabalho: é a especialização das pessoas,
através da designação de tarefas específicas a cada
uma das partes da empresa, para aumentar a eficiência.
Quanto maior a divisão do trabalho, maior a eficiência
da empresa.
Tipologia
1)Vertical: Segundo o nível hierárquico, definindo os
diferentes escalões e seus níveis de autoridade (cargo)
2)Horizontal: A divisão a nível das atividades, num
mesmo nível hierárquico (funções). Ex: Departamentos
ou seções de uma mesma diretoria, com funções
distintas
Especialização: a divisão de trabalho conduz à
especialização.
Responsabilidade: é a cobrança exigida na realização
dos deveres.
Autoridade: é o direito de dar e o poder (moral =
voluntário, ou coercitivo = pela força ou duplo) de se
fazer obedecer, no comando da execução de algo,
conforme a maneira considerada adequada pelo
possuidor da autoridade, para os objetivos da empresa.
A autoridade é o fundamento da responsabilidade.
Alcance de Controle: uma pessoa deve receber ordens
de apenas um superior (unidade de comando),
formando uma linha de autoridade do escalão mais alto
até o mais baixo (cadeia escalar) .
Quanto mais o funcionário sobe na estrutura da
empresa, sua amplitude de controle diminui.
Quanto maior o número de subordinados por chefe,
menor o número de níveis hierárquicos da empresa.
•Número de subordinados maior que a amplitude
administrativa: perda de controle, desmotivação,
ineficiência de comunicações, decisões demoradas e
mal estruturadas, queda no nível de qualidade de
trabalho
•Número de subordinados menor que a amplitude
administrativa: Capacidade ociosa do chefe, custos
administrativos maiores, falta de delegação,
desmotivação, pouco desenvolvimento dos
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subordinados.
Organograma
Conceito: O organograma é um gráfico que
representa os órgãos ou unidades que integram uma
determinada empresa e suas interdependências, ou
seja, as relações hierárquicas de autoridade,
subordinação, coordenação, vinculação e serviços.
Objetivo: Representar a estrutura da empresa e
fornecer, de uma maneira geral, a indicação da
finalidade ou função de cada unidade componente,
através do nome ou título do gráfico.
Importância: Alguns autores esclarecem que o
organograma está para a pessoa que analisa a
organização, como o esqueleto está para o corpo
humano. Não é possível desenvolver um sistema
correto para um setor, sem conhecer os vínculos desse
setor com outros da Empresa.O organograma de uma
empresa é um diagrama (uma ilustração gráfica) da
estrutura de uma organização, mostrando as funções,
os departamentos ou as posições na organização, e
como estes elementos se relacionam.Assim, a maneira
pela qual as diversas partes de uma organização são
formalmente dispostas é chamada de organograma.
Em um organograma delineia-se: os níveis de
administração; as relações de supervisão; as
subunidades principais de uma empresa; a divisão de
trabalho instituída e; os fluxos formais de
comunicação.Existem muitos variedades de
representação gráfica para se desenhar um
organograma; entretanto o mais comum, simples e de
ampla aceitação é o que representa os órgãos ou
unidades por caixas ou retângulos, e as relações de
autoridade por linhas. A seguir veremos os tipos de
organograma.
Tipos gráficos de Organograma.
Quanto a estrutura utilizada pela organização, essa
pode assumir diferentes tipos a seber: linear funcional,
linha e staff, divisional matricial, colegiado e estrutura
em redes.
a) Estrutura Linear: Esta estrutura é indicada para
pequenas empresas e situações estáveis e quando
contrata-se assessoria externa. Suas características
são: autoridade linear ou única, centralização da
decisão, formato piramidal e comunicação formal
linear.
Vantagens: Definição clara de autoridade e
responsabilidade
Estrutura simples e de fácil compreensão
Desvantagens: Centralização excessiva – Chefes
generalistas demais
Pode tornar-se autocrática
Comunicações indiretas e demoradas, sujeitas a
interferências
Tende a atrapalhar o crescimento da organização
Exemplo Organização linear:
b) Estrutura Funcional: Aplica o princípio funcional
ou especialização. Caracteriza-se pela autoridade
diluída, comunicação direta, descentralização e
supervisão técnica;
Vantagens:Especialização das chefias
Comunicações diretas, rápidas e sem
interferências
Descentralização nas decisões
B.1 B.2 B.3
B
C.1 C.2 C.3
C
A
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Desvantagens:Submissão a autoridades
diferentes (às vezes contraditórias)
Chefes tendem a pensar apenas na sua área de atuação,
perdem a visão do todo
Pode gerar conflitos na organização
Exemplo: Organização Funcional
c) Linha e Staff: Mais complexa, combina as duas
anteriores
Autoridade de linha
Hierárquica e absoluta, transmite ordens e espera
obediência
Autoridade de staff
Relativa, transmite aconselhamentos e pareceres
técnicos
Permite descentralização nas decisões que dizem
respeito a aspectos técnicos
Bastante utilizada atualmente
Exemplo Organização Linha Staff:
d) Estrutura Divisional: A abordagem divisional
ou divisionalizada ocorre quando os departamentos
são agrupados juntos em divisões com base nos
resultados organizacionais. Na estrutura divisional,
cada divisão é criada como uma unidade autocontida e
auto-suficiente para produzir um determinado produto
ou serviço. Cada divisão possui todos os
departamentos funcionais necessários para gerar o
produto ou serviço ou parte dele. Enquanto na
abordagem funcional todos os compradores são
agrupados juntos para trabalhar sobre todas as
compras da organização, na estrutura divisional
existem vários departamentos de compras que são
alocados em cada uma das divisões. A abordagem
divisional pode ser feita por: produtos ou serviços; por
clientes; por área geográfica; por processos.
e) Estrutura matricial, matriz ou organização
em grade: é uma estrutura mista, combinando dois
tipos de departamentalização (geralmente funcional +
produto/serviço/processo/área geográfica). Nela, cada
departamento segue a orientação de dois gerentes
simultaneamente. É denominada organização em
grade ou matriz e envolve cadeias de comando
funcionais e divisionais simultaneamente na mesma
parte da organização. A matriz tem duas linhas de
autoridade: cada unidade se reporta a dois superiores e
cada pessoa tem dois chefes. Um para atender à
orientação funcional (seja finanças, vendas, etc) e
outro para atender à orientação divisional (seja o
produto/serviço, cliente, localização geográfica,
processo ou para o projeto específico que está sendo
desenvolvido). É uma estrutura mista utilizada quando
a organização deseja ganhar os benefícios divisionais
e manter a especialidade técnica das unidades
funcionais.
órgãoA
órgãoB
órgãoC
órgãoC1
órgãoC2
órgãoB1
órgãoB2
GerênciaRegional
órgão deSTAFF
Diretoria deO&M
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Exemplo Organização Matricial:
e) Colegiado: Essa estrutura apresenta como
característica principal a “chefia” colegiada, a qual
apresenta uma pluralidade de componentes, que
dividem entre si as responsabilidades.
O órgão colegiado ou comissionado possui elevada
importância na definição das metas de médio e longo
prazo da organização.
Esse tipo de estrutura é muito utilizada nas grandes
organizações (grupos de empresas). Para fazer
cumprir as metas estabelecidas pelo órgão colegiado é
necessário que exista um órgão executivo, que
normalmente é a Presidência da organização.
Vantagens
Prepara executivos com visão global.
Promove a continuidade das políticas da
organização.
Favorece o surgimento de decisões mais
ponderadas.
Restrições
Dilui a responsabilidade.
Pode retardar o processo decisório.
Pode reduzir a iniciativa do executivo.
Exemplo Orgão Comissionado
f) Estrutura em redes: Essa estrutura (network)
desagrega as funções principais da organização,
transferindo-as para empresas separadas que são
interligadas através de uma pequena organização
coordenadora, que passa a ser o núcleo central. Coca-
Cola, Pepsi e Mc Donald’s são empresas organizadas
em rede no mundo todo.
O Organograma é de imensa utilidade em várias
circunstâncias: - Para os dirigentes obterem
uma visão geral da empresa;
-Para o Analista de OSM, nas fases de planejamento,
levantamento de dados e na implantação ;
órgãoA
órgãoB
órgãoC
GerênciaAdministrativa
GerênciaRegional
GerênciaIndustrial
grupoB1
grupoB2
grupoC1
grupoC2
Projeto 1
Projeto 2
órgãoA
órgãoB
órgãoC
órgãoC1
órgãoC2
órgãoB1
órgãoB2
GerênciaAdministrativa
DiretorExecutivo
GerênciaIndustrial
Dep.Pessoal
Dep.Compras
FAB. A FAB. B
COLEGIADOComissãoDiretora
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-Para os funcionários (recém admitidos) se
localizarem dentro do quadro hierárquico;
-Para os Clientes e fornecedores ao manterem contato
com Divisões específicas dentro da empresa.
Tipos de estrutura organizacional
Todas as organizações possuem uma estrutura
formal, composta por um organograma, fluxogramas,
cronogramas, normas, regulamentos, processos,
manuais de organização, entre outros.Quanto a
formalidade da estrutura organizacional, subdividimos
em dois grupos: estrutura formal, estrutura informal.A
formalização se refere ao grau em que as tarefas
dentro da organização são padronizadas. Quando uma
tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca
autonomia para decidir o que, quando e como deve ser
feito.A estrutura formal representa essencialmente as
relações de autoridade, em que cada homem dentro da
empresa deve saber exatamente quais são seus
comandados e a quem ele deve se reportar.A estrutura
organizacional deve estar em constante mutação, de
modo a acompanhar a dinâmica empresarial e portanto
o instrumento pelo qual se formaliza essa estrutura
deve ser constantemente atualizado. Nas organizações
altamente formalizadas existem descrições explícitas
de tarefas, muitas regras organizacionais e
procedimentos claramente definidos sobre os
processos de trabalho.A estrutura informa não define
nenhuma relação oficial de autoridade, prevalecendo
essencialmente as ligações puramente pessoais, de
acordo com conveniências e interesses de cada
indivíduo no contexto empresarial.A estrutura
informal dá ênfase às pessoas, enquanto a formal dá
ênfase às posições em termos de autoridade. A
autoridade informal vem daqueles que são objetos do
seu controle, enquanto que a autoridade formal vem
dos de fora que são os superiores.Quando a
formalização é baixa, os comportamentos são
relativamente não programados e os empregados tem
uma boa dose de liberdade para decidir sobre o
trabalho. Como a autonomia individual é
inversamente proporcional à programação do
comportamento pela organização, quanto maior a
padronização, menor a interferência do funcionário
sobre como seu trabalho deve ser realizado.
Relações de autoridade:
É um conjunto de ordens e instruções transmitidas
pelos chefes e dirigentes a subordinados, bem como a
recíproca, que são as prestações de contas, sugestões
para melhoria do trabalho. Dependendo de sua
atribuição a autoridade pode ser:
a) Linha: Esta estrutura é indicada para empresas
em situações estáveis e quando contrata-se assessoria
externa. Suas características são: autoridade linear ou
única, centralização da decisão, formato piramidal e
comunicação formal linear. Uma organização onde só
exista esse tipo de subordinação é chamada
organização de linha.
b) Assessoria (Staff): Sua principal característica
é a presença de assessores que ajudam no
aconselhamento em relação ao seu superior sobre
tendências de mercado, métodos e modelos de gestão
que devem ser seguidos. Estas pessoas estão no
mesmo nível que o Gerente de Produção. Eles não têm
autoridade oficial nenhuma sobre a linha de produção;
não podem decidir o que será fabricado, nem parar as
máquinas, nem modificar os processos de fabricação.
c) Autoridade Funcional: Quando o assessor
possui autoridade para dar ordens à linha, diz-se que
ele detém autoridade funcional. Essa autoridade é
sempre restrita à área de especialização do assessor e
refere-se a métodos de trabalho, e a procedimentos
técnicos.
d) Organizações híbridas: Na grandes
organizações, nem sempre é possível adotar um único
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tipo de relações de autoridade para todos os seus
níveis hierárquicos. Na realidade, as grandes
organizações têm uma mistura de formas estruturais:
elas são organizações híbridas, pois adotam diferentes
tipos de departamentalização: a funcional, matricial,
etc.Grandes organizações quase sempre apresentam
estruturas híbridas com um ou mais tipos de estrutura
no nível institucional, outros no nível intermediário e
outros ainda no nível operacional. Já no que tange o
grau de centralização e descentralização, pode-se
afirmar que este refere-se ao quanto a autoridade para
tomar decisão está centrada no topo ou dispersa na
base da organização. A centralização significa que a
autoridade para decidir está localizada no topo da
organização. A descentralização significa que a
autoridade para decidir está dispersa nos níveis
operacionais mais baixos.As principais vantagens da
centralização são um melhor método de controle e
redução de custos. As principais vantagens da
descentralização são a agilidade no processo
decisório, a estimulação de independência e
criatividade nas pessoas e as novas tecnologias, que
tem permitido uma maior descentralização da
autoridade, uma vez que a TI (tecnologia de
Informação) permite que a autoridade seja delegada
aos níveis inferiores, enquanto a alta administração
recebe informação em tempo real.
Fluxogramas e Manuais
O fluxograma é uma técnica de representação
gráfica que se utiliza símbolos previamente
convencionados, permitindo a descrição clara e
precisa do fluxo, ou seqüência, de um processo, bem
como sua análise e redesenho.Aspetos principais:
padronizar a representação dos métodos e os
procedimentos administrativos; maior rapidez na
descrição dos métodos administrativos; facilitar a
leitura e o entendimento; facilitar a localização e a
identificação dos aspectos mais importantes; maior
flexibilidade; e melhor grau de análise.Vantagens:
aumenta a competência e influência de quem os
elabora; seu desempenho afeta a maneira como outros
usam determinada saída; desenvolve o espírito da
equipe; cria motivação pelas fontes de informações e
apoio disponíveis; floresce a responsabilidade
individual; facilita o estabelecimento de
objetivos.Desvantagens: apresentam dificuldades no
desenho e alterações; depuração e testes não são
fáceis, em geral; dificuldade na decisão do nível de
detalhes a serem colocados nos fluxogramas; não
apresentam a organização de dados e estruturas de
entrada e saída.
Tipos de Fluxograma: fluxograma vertical;
parcial ou descritivo; global ou de colunas.Oliveira,
(2002), conceitua os manuais como “todo e qualquer
conjunto de normas, procedimentos, funções,
atividades, políticas, objetivos, instruções e
orientações que devem ser obedecidos e cumpridos
pelos executivos e funcionários da empresa, bem
como a forma como estes devem ser executados, quer
seja individualmente, quer seja em conjunto.” Tem
como objetivos: a) Reunir informações de forma
sistematizada, criteriosa e segmentada
b) Ser instrumento de permanente consulta
c) Ser uma ferramenta acessória, sem limitar a
criatividade
Departamentalização
Definição: É a divisão de empresas em unidades
básicas, seguindo o princípio de que a especialização
permite obter maior produtividade e melhor qualidade
no trabalho.O procedimento envolve 02 (duas) etapas:
- A identificação de todas as atividades necessárias à
organização e a combinação das atividades em
Deptos.
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- Reagrupamento das atividades quando se estuda uma
organização existente.
O entendimento dominante é no sentido de que a
Departamentalização corresponde a uma
especialização horizontal, ou seja, agrupamento de
atividades em órgãos que se situam em um mesmo
nível hierárquico.
Critérios de Departamentalização: O agrupamento das
tarefas administrativas faz-se de acordo com os
seguintes critérios: Departamentalização por função:
As funções constituem o principal critério em torno do
qual são construídas as estruturas organizacional. É
natural agrupar atividades comuns ou homogêneas
para conseguir unidades funcionais, É lógico por
exemplo, para evitar duplicações de serviços e obter o
benefício da especialização:
Agrupamento: Reunir pesquisadores em um Depto
de Desenvolvimento de produtos; Ex. Reunir
inspetores em Depto de Controle de Qualidade
Reagrupamento: Unificação do Depto Mecânico em
Elétrico em um Depto de manutenção, dando
preferência a funcionários que conheçam essas duas
funções.
Departamentalização por Produto: Se a produção é
bastante grande para utilizar, de maneira completa,
instalações especializadas, a departamentalização por
produtos é economicamente vantajosa. Exemplo:
Fábrica de automóveis utilitários e de passageiros.
Departamentalização por Território: Por este
critério, a administração da atividade se faz segundo o
local. A Divisão do Depto de Vendas por territórios
conveniente para uma empresa que distribua seus
produtos por todo o país. Exemplo: Estrada de ferro.
(Engº por extensão quilométrica) Empresa de
transporte aéreo. (base de manutenção autônoma para
aviões a Hélice, e para aviões a jato.)
Departamentalização por Cliente: É muito usada
para dividir atividades de vendas e propaganda e, de
modo geral, quando são importantes os contatos em
base pessoal. Exemplo: Uma de uma montadora de
caminhões cria um Almoxarifado especial –
completamente separado do almoxarifado de produção
– destinado a suprir o mercado de reposição de
caminhões usados, constituído por revendedores e
oficinas de conserto.
Departamentalização por Processo: É
extremamente usada para dividir as seções fabris. A
própria seqüência do processo de fabricação e a
disposição racional do equipamento convidam a
adotar esse tipo de divisão. Exemplo: Fundição,
Pintura, Montagem, embalagem, Expedição
Princípios de Departamentalização
Os critérios de Departamentalização não permitem,
por si só, construir o edifício hierárquico, pois não
indicam como relacionar entre si os diversos
departamentos, nem dizem a que administrador eles
devem ser subordinados. A Departamentalização não
é um fim, mas um meio de organizar a empresa para a
consecução de seus objetivos. Entretanto, a separação,
qualquer que seja o tipo adotado, cria problemas de
coordenação de difícil solução. Existem certos
princípios de departamentalização que permitem ao
dirigente solver esse problema. Porém, esses
princípios não são absolutos e às vezes, conflitam
entre si. Quatro são os princípios utilizados que
tendem a minorar esse problema: Princípio de maior
uso: O Depto que maior uso fizer de uma atividade,
deve tê-la sob sua jurisdição;
Princípio de maior interesse: O Depto que mais
interesse tenha por uma atividade deve supervisioná-
la, porque se torna proficiente nela;
Princípio da Separação do Controle: As atividade
de controle devem ser autônomas, independentes e
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separadas das atividades que estão sendo controladas.
Deve-se eliminar a concorrência entre departamentos,
agrupando atividades diversas em um só
departamento, para evitar a rivalidade
interdepartamental. Embora em certos casos, a
rivalidade interdepartamental seja saudável quando
cria uma competição natural e leal. Vale ressaltar que,
na prática, a utilização de um ou outro tipo isolado de
Departamentalização é rara. O comum é encontrarmos
a “Departamentalização combinada”.
RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
Motivação
É a atividade administrativa que presume a reunião,
coordenação e a colocação de direção para todos os
recursos necessários, a fim de que a organização possa
estruturar e coordenar o movimento do negócio.
Assim, o que ficou delineado na função organização é
posto em prática com a direção.
Conseqüentemente, é por essa função que os gestores
dirigem a organização, tendo em vista os objetivos,
normas e diretrizes pré-estabelecidas. Para tanto, é
necessário que o administrador ao exercê-la emita
ordens e instruções, acompanhe o desenvolvimento e o
desempenho das tarefas e motive todos os
colaboradores do processo para a ação ótima.
Diante do exposto, é apropriado ressaltar, que qualquer
organização, para alcançar seus fins, deve ter a
afluência da direção, para que a equipe seja conduzida
e coordenada na execução das tarefas, indicando-lhes
como, e de que forma deve ser feito. O sucesso ou
fracasso da empresa está diretamente relacionado com
as pessoas que a conduzem.
De todas as funções administrativas, expõe Onate
(1982), a direção é de maior teor de complexidade,
devido a grande variabilidade de indivíduos e dos
elementos constituintes que tem uma organização.
Desta forma, cada dirigente adotará um método de
ação diretiva. Mesmo assim, o autor apresenta cinco
etapas fundamentais desta função, as quais são:
1. planificar a ação diretiva a partir da
determinação do nível motivacional, da indicação dos
meios de comunicação, da especificação dos contatos
hierárquicos necessários, da identificação das relações
informais e dos fatores físicos, técnicos e financeiros a
serem empregados no processo;
2. transmitir ordens e informações;
3. coordenar as relações humanas;
4. motivar subordinados;
5. controlar o trabalho direto, o que consiste na
análise dos desempenhos particulares.
Dessa forma, durante a operacionalização do processo
de direção, o gestor deve utilizar as seguintes técnicas:
orientação, emissão de ordens, delegação de
autoridade, unidade de comando (FARIA, 2002;
MONTANA e CHARNOV, 2003).
Principais autores e teorias da motivação
1) Maslow
A teoria da motivação de Maslow (1975), apresentou o
ser humano como um tipo de organismo psicológico
que luta para satisfazer suas necessidades, numa busca
de completo crescimento e desenvolvimento. Essa
teoria sugeriu que os seres humanos são motivados por
uma hierarquia de necessidades de diferentes tipos, a
saber, fisiológicas, sociais e psicológicas.
As necessidades fisiológicas se referem às
necessidades biológicas dos indivíduos, como a fome,
a sede, o sono. São as mais prementes, dominando a
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direção do comportamento do ser humano quando este
se encontra insatisfeito (MASLOW, 1975).
As necessidades de segurança surgem na medida em
que as necessidades mais básicas estão
satisfeitas. Segundo o autor acima citado, são essas
necessidades que levam as pessoas a protegerem
dos perigos, sejam eles reais ou imaginários, físicos ou
abstratos. O organismo pode ser fortemente dominado
por tal necessidade e, assim como as necessidades
fisiológicas, estas também podem dominar as funções
perceptivas e cognitivas do ser humano, levando
pensar e a ter como prioridade a satisfação dessas
necessidades.
Tendo satisfeito razoavelmente as necessidades acima,
surgem as necessidades de amor, afeição e
participação, ou seja, sociais. São necessidades sociais
presentes em todo ser humano. Maslow (1975), afirma
que estas se referem à necessidade de afeto das pessoas
que consideramos (namorado, filhos, amigos).
As necessidades de estima se referem às necessidades
ou desejos das pessoas de uma auto-avaliação estável,
bem como, de uma auto-estima firme. A satisfação
destas necessidades gera sentimentos de autoconfiança,
valor, capacidade, sentimentos de utilidade. Sua
frustração leva a sentimentos de inferioridade,
fraqueza e desamparo (Maslow, 1975).
As necessidades de auto-realização são necessidades
de crescimento e revelam uma tendência de todo ser
humano em realizar plenamente o seu potencial. “Essa
tendência pode ser expressa como o desejo de a pessoa
tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o
que pode ser” (Maslow, 1975, p.352). O aparecimento
destas necessidades supõe que as anteriores estejam
satisfeitas: fisiológicas, de segurança, de amor (sociais)
e de estima.
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direção do comportamento do ser humano quando este
se encontra insatisfeito (MASLOW, 1975).
As necessidades de segurança surgem na medida em
razoavelmente
satisfeitas. Segundo o autor acima citado, são essas
necessidades que levam as pessoas a protegerem-se
dos perigos, sejam eles reais ou imaginários, físicos ou
abstratos. O organismo pode ser fortemente dominado
como as necessidades
fisiológicas, estas também podem dominar as funções
perceptivas e cognitivas do ser humano, levando-o a
pensar e a ter como prioridade a satisfação dessas
Tendo satisfeito razoavelmente as necessidades acima,
ecessidades de amor, afeição e
participação, ou seja, sociais. São necessidades sociais
presentes em todo ser humano. Maslow (1975), afirma
que estas se referem à necessidade de afeto das pessoas
que consideramos (namorado, filhos, amigos).
de estima se referem às necessidades
avaliação estável,
estima firme. A satisfação
destas necessidades gera sentimentos de autoconfiança,
valor, capacidade, sentimentos de utilidade. Sua
leva a sentimentos de inferioridade,
realização são necessidades
de crescimento e revelam uma tendência de todo ser
humano em realizar plenamente o seu potencial. “Essa
a como o desejo de a pessoa
se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o
que pode ser” (Maslow, 1975, p.352). O aparecimento
destas necessidades supõe que as anteriores estejam
satisfeitas: fisiológicas, de segurança, de amor (sociais)
Além da auto-realização, posteriormente, o autor
acrescentou à sua teoria, as necessidades denominadas
cognitivas e inclui os desejos de saber e de
compreender, sistematizar, organizar, analisar e
procurar relações e sentidos. Para ele tais necessidades
viriam antes da auto-realização.
Maslow (1975, p.160) ressalta ainda que existem
certas precondições para que as necessidades
fundamentais possam ser satisfeitas: a liberdade de
falar e agir como se deseja, desde que não se fira o
direito alheio, a liberdade de auto expressar
investigar e procurar informações, de se defender e
buscar justiça, equidade e ordem dentro do grupo são
exemplos de condições prévias para que sejam
satisfeitas as necessidades fundamentais. Para o autor,
sem essas precondições seria impossível a satisfação
das necessidades.
Para Maslow, tais necessidades apresentam
hierarquia de importância e premência, conforme
ilustração, a seguir.
Figura 3 Pirâmide de Maslow
2) Herzberg
Segundo Menegasso (1998), no final da década de 50,
foi apresentada a teoria dos dois fatores pelo psicólogo
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realização, posteriormente, o autor
acrescentou à sua teoria, as necessidades denominadas
cognitivas e inclui os desejos de saber e de
compreender, sistematizar, organizar, analisar e
procurar relações e sentidos. Para ele tais necessidades
realização.
Maslow (1975, p.160) ressalta ainda que existem
certas precondições para que as necessidades
fundamentais possam ser satisfeitas: a liberdade de
falar e agir como se deseja, desde que não se fira o
dade de auto expressar-se, de
investigar e procurar informações, de se defender e
buscar justiça, equidade e ordem dentro do grupo são
exemplos de condições prévias para que sejam
satisfeitas as necessidades fundamentais. Para o autor,
es seria impossível a satisfação
Para Maslow, tais necessidades apresentam-se numa
hierarquia de importância e premência, conforme
Segundo Menegasso (1998), no final da década de 50,
foi apresentada a teoria dos dois fatores pelo psicólogo
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e consultor americano Herzberg. De suas descobertas,
ele relacionou diferentes fatores.
Os primeiros, fatores higiênicos ou fatores extrínsecos,
dizem respeito ao ambiente de trabalho. Esses fatores
mantêm a satisfação no trabalho ou podem ser
causadores de insatisfação. As condições de
manutenção são administradas e decididas pela
empresa. Os principais fatores higiênicos são: salários
e benefícios, condições de trabalho, estilo de
supervisão/gerenciamento, benefícios sociais, políticas
e diretrizes organizacionais etc (CHIAVENATO,
1999; GUIDA, 1980; MENEGASSO, 1998).
Anteriormente a Herzberg, ressalta Chiavenato (1999)
considerava-se o trabalho como algo desagradável,
demandando estímulos materiais (positivos) para a sua
realização ou, por outro lado, punições (negativos)
pela não-realização. Contudo, quando os fatores
higiênicos são ótimos, apenas evitam a insatisfação,
não elevando a satisfação ou, se a elevam, não a
mantém continuadamente. Por outro lado, quando são
péssimos, provocam a insatisfação. Devido a isso, são
caracterizados como fatores insatisfacientes.
Além dos fatores higiênicos, os autores acima citados
ressaltam que Herzberg denominou de fatores
motivacionais ou fatores intrínsecos aqueles que geram
a satisfação intrínseca. Esses fatores estão relacionados
com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas
que o indivíduo desempenha. Eles proporcionam
efeitos prolongados de motivação acrescida de
satisfação, com o alcance de produtividade em níveis
excelentes. Estes fatores (profundos e estáveis),
quando ótimos, levam à satisfação, mas quando
precários, bloqueiam a satisfação, o que os caracteriza
como fatores satisfacientes.
3) McGregor
Segundo McGregor (1980), seu estudo preocupou-se
em comparar dois estilos antagônicos de
administração: de um lado, um estilo baseado na teoria
tradicional, excessivamente mecanicista e pragmática
(a que deu o nome de teoria X) e, de outro, um estilo
baseado na concepção mais integral do ser humano (a
que denominou Teoria Y).
McGregor (1980) sugeriu que os teóricos e gerentes
que sustentavam as premissas da Teoria X (relacionada
à concepção clássica de administração) descreveriam a
prática da administração da seguinte forma:
1. os gerentes são responsáveis pela organização
dos elementos do empreendimento produtivo, dinheiro,
matéria-prima, equipamento, pessoal, unicamente no
interesse da eficiência econômica.
2. a função do gerente é motivar os trabalhadores,
direcionar seus esforços, controlar suas ações e
modificar seu comportamento para atender às
exigências da empresa.
3. sem tal intervenção ativa dos gerentes, as
pessoas ficariam passivas ou mesmo resistentes às
necessidades organizacionais; os trabalhadores devem
ser persuadidos, recompensados e castigados para o
bem da empresa.
As premissas da Teoria X segundo McGregor (1980)
são três:
(1) a média dos seres humanos tem uma aversão
inerente ao trabalho e o evitará, se isso for possível;
(2) por detestar o trabalho, a maioria das pessoas deve
ser coagida, controlada, dirigida ou ameaçada de
punição para que se empenhe rumo à consecução dos
objetivos organizacionais; (3) a média dos seres
humanos prefere ser mandada, deseja evitar a
responsabilidade, possui relativamente pouca ambição
e, sobretudo, quer segurança.
Já a Teoria Y, ressalta McGregor (1980), é uma versão
amena da Teoria X, e está relacionada aos estudos de
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Hawthorne, pois os pesquisadores de Hawthorne
pareciam encarar a satisfação e as relações sociais,
principalmente como recompensas para funcionários
que acatavam ordens. Sendo também esta teoria uma
versão contrária a teoria X, McGregor atribuía a
teóricos, investigadores e gerentes adeptos à
abordagem das relações humanas, e estes veriam a
tarefa gerencial da seguinte forma:
1. os gerentes são responsáveis pela organização
dos elementos do empreendimento produtivo, dinheiro,
matéria-prima, equipamento, pessoal, no interesse dos
fins econômicos.
2. devido ao fato de as pessoas serem motivadas
pelo desempenho, possuírem potencial para o
desenvolvimento, poderem assumir responsabilidades
e estarem dispostas a trabalhar para alcançar metas
organizacionais, os gerentes são responsáveis por
capacitá-las a reconhecer e a desenvolver essas
capacidades básicas.
3. a tarefa essencial da administração é organizar
as condições organizacionais e métodos de operação
de forma que trabalhar para realizar objetivos
organizacionais também seja a melhor maneira de as
pessoas alcançarem suas próprias metas pessoais.
No que tange às premissas da Teoria Y, tem-se cinco, a
saber: (1) despender esforço físico e mental no
trabalho é tão natural quanto o lazer e o repouso. A
média dos seres humanos não é inerentemente avessa
ao trabalho; (2) o controle externo e a ameaça de
punição não são os únicos meios de dirigir o esforço
para objetivos organizacionais. As pessoas praticarão o
autocomando e o autocontrole a serviço de objetivos
com os quais se sentirem envolvidas; (3) a dedicação a
objetivos é uma função das recompensas associadas à
sua consecução. As recompensas mais significativas, a
satisfação do ego e das necessidades de auto-
realização, podem ser resultados diretos do esforço
voltado a objetivos organizacionais; (4) a fuga à
responsabilidade, a falta de ambição e a ênfase na
segurança não são características humanas inerentes.
Em condições adequadas, a maioria dos seres humanos
aprende não só a aceitar, mas também a buscar a
responsabilidade; (5) imaginação, invencibilidade,
criatividade e capacidade para usar essas qualidades na
solução de problemas organizacionais são amplamente
distribuídas entre as pessoas.
Ao contrário dos gerentes da teoria X, que tentam
controlar os trabalhadores, os da teoria Y tentam
ajudar os funcionários a aprender como administrar a
si mesmos.
Liderança
A liderança é entendida como a “Capacidade Natural
ou atribuída de exercer influência” ou seja, um tipo de
influenciação entre pessoas: uma pessoa influencia a
outra em função dos relacionamentos existentes entre
elas. A Influência está ligada ao conceito de poder e
autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais
se introduzem as mudanças no comportamento de
pessoas ou de grupos de pessoas.
Líder é aquele que sabe servir, que sabe fazer
funcionar a harmonia das relações entre os operadores
de um contexto (empresarial ou outro), para que exista
o máximo de produção específica ou resultado integral.
A melhor forma de definir o líder é como um hierarca
de funções: as constrói, as controla, as desenvolve, as
dirige, sempre com referência a um escopo definido
Teorias sobre Liderança
Das teorias sobre liderança destacam-se três: a dos
traços de personalidade, a dos estilos de liderança e
liderança contingencial (ou situacional). Convido-o a
revisitá-las com espírito crítico. Crítica não é falar mal;
é analisar, é identificar forças e fraquezas. Para tanto é
necessário que você vá fazendo pontes com histórias
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que você já leu e ouviu bem como com a prática que
você vivencia.
1)Teoria dos traços de personalidade
Segundo essa teoria, exerceria influência sobre
indivíduos e grupos que nascessem com determinados
traços de personalidades, físicos, intelectuais, sociais e
relacionados com a tarefa.
Traços físicos
Aparência (tem de ser um gato ou uma gata, vestir-se
bem e estar cheiroso? Onde ficam Gramsci e Rosa
Luxemburg, que tinha um defeito físico?);
Estatura (tem de ser assim tipo de Charles de Gaulle,
altíssimo? ué! E Hitler, que era tão baixinho? e
Napoleão? onde ficam?);
Energia (tem de ser cheio de gás);
Força física (ué! Ghandi, tão frágil fisicamente, onde
fica? e Madri Teresa de Calcutá, um fiapo?).
Traços intelectuais:
Adaptabilidade;
Entusiasmo;
Autoconfiança;
Elevado QI, coeficiente de inteligência (você pensou
que era Quem Indica, não é?).
Traços sociais:
Cooperação;
Habilidades interpessoais;
Habilidades administrativas.
Traços relacionados com a tarefa:
Impulso de realização;
Persistência;
Iniciativa.
Segundo a teoria dos traços de personalidades, quem
nascesse com esses traços seria líder. Sempre. Quem
não nascesse, certamente, seria liderado. Infere-se
dessa teoria que líder nasce feito, ou seja, liderança é
nata. Como uma manchinha na perna, ou olhos azuis,
verdes, castanhos, a pessoa carrega os traços de
liderança pela vida afora.
Pelos próprios exemplos que a História nos dá, é fácil
concluir que essa teoria não se sustentou por muito
tempo. Liderança não é nata. Se a reportagem da
revista Ora, se essa pessoa não nasce líder, então é
possível aprender a ser. Nesse caso, o que se vai
ensinar? Qual o melhor estilo de liderança? Surge,
então, outra teoria.
2) Teoria dos estilos de liderança
Segundo essa teoria, existem três estilos de liderança:
o autocrático, o democrático e o laissez-faire.
Autocrático é aquele que ilustra o célebre ditado:
“manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Democrático é aquele que busca a participação. Às
vezes, até nos faz crer que só temos direitos (onde
estão os deveres?)
Laissez-faire é aquele conhecido na intimidade por
deixar acontecer.
3) Teoria contingencial
A teoria contingencial desfoca a atenção da figura do
líder para o fenômeno da liderança. Alerta que ela é
uma relação, ou seja, não se pode falar em liderados,
não se pode falar em poder sem falar sobre quem ele é
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exercido. Nessa relação, vê três pilares fundamentais:
líder, seguidores e situação.
No que concerne ao líder, destaca a questão da
autoridade formal e a da personalidade. O fato de
alguém ter a autoridade formal (aquela posição na
hierarquia) não garante a liderança, mas pode facilitá-
la. Por outro lado, característica de personalidade tanto
podem facilitar, como podem também criar obstáculos.
Imagine uma pessoa altamente autoritária, que tente
exercer influência sobre um grupo que valoriza a
participação, o trabalho em equipe. Fica difícil, não
fica? ela pode até conseguir o que deseja, pois coação
existe, entretanto, existe também coração, aquilo que
dá toque diferencial num trabalho de qualidade, e as
pessoas não entregarão a quem não a respeita.
No que diz respeito aos seguidores, a teoria a destaca a
questão da expectativa, dos interesses e das
motivações, para afirmar que existirá liderança aquele
que a satisfazer.
Bem, a teoria contingencial destaca também a situação,
assim entendida, não só a organização (empresa ou
outro tipo de organização: organizações não
governamentais, setores da administração pública,
clubes, igrejas, universidades e por aí afora), cenário
onde as coisas acontecem, como também a tarefa é
executada. Qual é a cultura dessa organização? Como
está o clima psicológico no momento? Qual a
relevância da tarefa a ser executada? Qual sua
emergência? Quais os riscos de sua não-execução?
Questões desse tipo precisam, portanto, ser
consideradas.
COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
Não se sabe ao certo quando o ser humano aprendeu a
falar, talvez tenha evoluído dos primeiros sons
emitidos entre os indivíduos. A linguagem só começou
a existir a partir do momento em que o homem foi
capaz de associar o som a alguma coisa em particular.
Comunicação significa basicamente troca de
informação, e pode ocorrer de diversas formas:
Mímica (por gestos e sinais); Simbólica (através de
símbolos, taquigrafia, sistema braile); Falada (rádio,
oratória, imprensa falada); Escrita (imprensa escrita,
propaganda escrita, correspondência, etc.); Projetada
(cinema, TV, videocassete, computador, etc.) Como
podemos ver, o processo de comunicação vem se
desenvolvendo há milhares de anos, mas mesmo assim
apesar de todos os recursos ainda existe dificuldade de
comunicação, e isto se transfere também para o
ambiente de trabalho (escola, organização etc.).
Conceito
O que é Comunicação Organizacional: É a
comunicação praticada nas empresas para conduzir
ações e alcançar os resultados desejados. É parte
integrante da natureza e da realização da maioria das
atividades empresariais. Segundo Oliveira (2005), a
comunicação é o processo interativo e de
entendimento, assimilação e operacionalização de uma
mensagem – dado, informação, ordem – entre o
emissor e o receptor por um canal, em determinado
momento e visando a um objetivo específico da
empresa.“É a comunicação que ocorre dentro [da
organização] e a comunicação entre ela e seu meio
ambiente que [a] definem e determinam as condições
da sua existência e a direção do seu movimento.”
(THAYER, 1976, p.120).No ambiente interno é
utilizada entre funcionários de departamentos, filiais,
escritórios e permeia todas as funções e tarefas.
Caracteriza-se pela natureza administrativa e
operacional e destina-se a produzir ações e provocar
resultados. No ambiente externo é praticada na
comunicação com clientes, fornecedores, concorrentes
e outras entidades que formam o ambiente onde as
empresas atuam. Caracteriza-se pela natureza
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administrativa e negocial. Realiza-se de duas formas:
verbal e escrita. Utiliza linguagem apropriada à
atividade empresarial e profissional realizada no
ambiente estratégico das empresas. É uma linguagem
característica do meio ambiente administrativo e de
negócios que emprega o idioma, mas confere às
palavras, aos termos e ao modo como são usados,
conotação e simbologia próprias ao exercício da vida
empresarial. A comunicação organizacional praticada
no ambiente interno das empresas é responsável por
manter a união e a coesão dos recursos humanos em
torno das atividades produtivas e na direção desejada.
Objetivos
Ao abranger todos os níveis e todos os profissionais de
uma empresa, é responsável por:
• Apoiar o processo decisório;
• Apoiar o processo produtivo;
• Apoiar o processo negocial interno e externo;
• Documentar e controlar ações e resultados;
• Manter informações e idéias circulando, novas ou de
rotina;
• Motivar, orientar e conduzir o corpo funcional na
direção das metas;
• Disseminar conhecimento técnico e comportamental.
Processo de Comunicação
Processo de Comunicação: Segundo Robbins (2007), o
processo de comunicação é composto de sete partes:
1. O EMISSOR ou FONTE: inicia o processo de
comunicação.
2. CODIFICAÇÃO: conversão de um pensamento ou
mensagem em um forma simbólica.
3. MENSAGEM: é o produto físico concreto da
codificação da fonte – aquilo que é comunicado.
4. CANAL: meio pelo qual uma mensagem de
comunicação é transmitida.
5. RECEPTOR ou destinatário: a quem a mensagem é
dirigida.
6. DECODIFICADOR: retradução da mensagem
enviada por um emissor.
7. FEEDBACK: verificação do sucesso obtido na
transferência da mensagem, tal como originalmente
pretendida.
HALL (1984, p.133), conceitua que “as relações
sociais que ocorrem no processo de comunicação
envolvem o emissor, o receptor e seus efeitos
recíprocos um no outro à medida que se comunicam.
Quando um emissor é intimidado por seu receptor
durante o processo de envio de uma mensagem, a
própria mensagem e a interpretação dela serão
afetadas”.
O padrão de eficácia de uma empresa é fortemente
impactado pelo modo como o processo de
comunicação organizacional é administrado, pois ele é
fundamental para que se alcancem as metas
relacionadas à produtividade e a perpetuidade.
Forma
Quanto à forma a comunicação se divide em dois
grupos:
1)Comunicação Formal: Conjunto de canais e meios
de comunicação estabelecidos de forma consciente e
deliberada.
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2)Comunicação Informal: Baseia-se nas relações
sociais intra-organizativas e é uma forma mais rápida
de atender a demandas mais urgentes e instáveis.
Na comunicação empresarial, no que tange os fluxos
comunicativos, vale-se de quatro mecanismos: a
comunicação de cima para baixo ou descendente; a
comunicação de baixo para cima ou ascendente; a
comunicação horizontal e a transversal circular. As
comunicações de cima para baixo são as mais
utilizadas pelas empresas. Orientam os profissionais
quanto ao tipo de trabalho que lhes cabe, quando e
como devem fazê-lo. Informam sobre normas,
procedimentos, políticas, métodos e processos para
todos, em qualquer nível hierárquico. Comunicações
de cima para baixo utilizam-se de quadros de avisos,
circulares, memorandos internos (em papel ou via
intranet), ou ainda reuniões com chefias com o
propósito de informar, avaliar ou estimular na direção
dos resultados desejados.Liga-se ao processo de
informações da cúpula diretiva da organização para os
subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo,
traduzindo a filosofia, as normas e as diretrizes desse
mesma organização. Caracteriza-se como comunicação
administrativa oficial. Comunicações de baixo para
cima ou ascendente: este mecanismo é pouco utilizado,
pouco incentivado e, em casos extremos
desestimulado. Objetiva permitir às chefias ou
superiores hierárquicos em qualquer nível, conhecer
problemas, informações, situações ou sugestões
necessárias para a tomada das decisões estratégicas e
operacionais. Permite conhecer como o trabalho dos
departamentos ou áreas que dirigem está se
desenvolvendo, e se o resultado indica sucesso ou
insucesso. Comunicações de baixo para cima utilizam-
se basicamente de reuniões e dificilmente se produzem
documentos escritos. A razão é simples: supervisores,
chefes e gerentes são os receptores primários das
mensagens “para cima” e não incentivam e até mesmo
bloqueiam, ou até proíbem comunicações escritas que
entendem serem desfavoráveis à sua posição ou nível
de responsabilidade. Canais de comunicação diretas
com a alta administração por telefone ou e-mail, vem
sendo introduzidos nas grandes empresas como forma
de garantir o recebimento de informações para
cima.São as pessoas situadas na posição inferior da
estrutura organizacional que enviam à cúpula suas
informações, por meio de instrumentos planejados. A
intensidade do fluxo ascendente de informações
dependerá fundamentalmente da filosofia e da política
de cada organização. Já na comunicação horizontal a
comunicação ocorre no mesmo nível. É a comunicação
entre os pares e as pessoas situadas em posições
hierárquicas semelhantes.
Para Gortari e Gutiérrez (1990) “o fluxo horizontal
fomenta a coordenação e atividades de uma
organização, a definição de objetivos, políticas e
procedimentos, etc. A comunicação transversal é a
tendência das organizações orgânicas e flexíveis é
permitir que a comunicação ultrapasse as fronteiras
tradicionais do tráfego de suas informações. Por
incentivarem a gestão participativa e integrada, as
empresas criam condições para que as pessoas passem
a intervir em diferentes áreas e com elas interagir. Se
dá em todas as direções, perpassando todas as
instâncias e as mais diversas unidades setoriais. O uso
equilibrado destes mecanismos é o fator que possibilita
a interação responsável entre os diversos setores de
uma empresa, para acompanharem e contribuírem com
o crescimento, as mudanças e a perpetuidade.
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Meios de comunicação
• Orais: Diretos: conversa, diálogo, entrevista,
reunião, palestra, encontros com o presidente face
a face, etc.
• Indiretos: telefone, intercomunicadores
automáticos, alto-falantes, rádio, etc.
• Escritos: Todo material informativo impresso,
Cartas, Circulares, Quadro de avisos, Newsletter,
Panfleto etc.
• Pictográficos: Mapas, Diagramas, Pinturas,
Fotografias
• Desenhos, etc.
• Escrito-Pictográfico: Se valem da palavra escrita e
da ilustração: cartazes, gráficos, diplomas etc.
• Simbólicos: Insígnias, bandeiras, luzes, flâmulas,
sirenes, sinos, outros sinais visuais e / ou
audiovisuais
• Audiovisuais: constituídos principalmente por
vídeos institucionais, de treinamento, telejornais,
televisão corporativa, clipes eletrônicos,
documentários, filmes, etc.
Barreiras à comunicação
São resultantes das diferentes percepções, valores,
experiências, padrões e preconceitos existentes entre o
emissor e o receptor de qualquer mensagem, criando
dificuldades para a comunicação empresarial. As
barreiras à comunicação dividem-se em:
• Mecânicas: bloqueada por fatores físicos, ex.,
aparelhos de transmissão, barulho etc.
• Fisiológicas: problemas genéticos como a
gagueira, fonética, audição etc.
• Semânticas: decorrem do uso inadequado de uma
linguagem não comum ao receptor ou a grupos
visados.
• Psicológicas: preconceitos, estereótipos, atitudes,
crenças, valores etc..
As principais barreiras a comunicação são:
a)As pessoais (personalidade, estado de espírito,
contexto, comportamento)
b)As administrativas/burocráticas (distância física;
especialização das funções-tarefa; relações de poder,
autoridade e status; posse das informações)
c)O excesso e a sobrecarga de informações
d)As informações incompletas e parciais
e)As pessoas podem facilitar ou dificultar as
comunicações
f)Tudo dependerá da personalidade de cada um, do
estado de espírito, das emoções, dos valores e da forma
como cada indivíduo se comporta no âmbito de
determinados contextos
g)Audição seletiva e juízo de valores h)Credibilidade
da fonte
i)Problemas da semântica
j)Filtragem e pressões de tempo
k)Diferença de status
l)Falha de transmissão ou erro de destinatário ou leitor.
É a mais comum, nem sempre o conteúdo de uma
comunicação é uma ação bilateral (ida e volta),
aproximadamente 50% das pessoas a quem a
comunicação deve ser transmitida, ou não recebe, ou
recebe uma visão distorcida da mensagem através da
rede informal. Distorções ou impedimentos às
comunicações para cima. Boa parte das comunicações
“para cima” é formatada apenas para informar “boas
notícias”, suprimindo o que possa ser considerada ruim
ou de efeito negativo pela hierarquia superior, por duas
razões:
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- impedir que fatos negativos relatados por
subordinados possam ser tomados como resultado do
seu próprio desempenho, que corre risco de ser
analisado como inadequado ou ineficiente.
- estabelecer juízo de valor sobre o fato a ser
comunicado, concluindo que ele não é tão importante a
ponto de merecer “incomodar” o nível hierárquico
superior.
Nesses dois casos, o incentivo para informar via e-mail
- correio eletrônico (desde que os canais com a
hierarquia superior estejam abertos) poderá quebrar
esta barreira, mais encontrada na hierarquia média.
Sobrecarga de informações: O nível hierárquico
superior recebe informações em excesso, isso se
agrava com o uso das redes informatizadas. A
quantidade de e-mail recebida supera em muito a
capacidade de absorção e conseqüentemente de agir
sobre a informação recebida. Deixar uma informação
sem resposta transmite um sentimento de desprezo a
quem comunicou. A solução está em cada executivo
decidir de quais informações necessita, de onde, com
que freqüência, etc. Esta decisão deve originar a
formalização de um procedimento para a recepção
exclusiva das informações necessárias à sua atividade.
Relações interpessoais na comunicação
organizacional
O processo de comunicação organizacional está
diretamente relacionado com a qualidade das relações
interpessoais na empresa e com a eficácia com que
cada profissional conduz o seu trabalho e alcança seu
grau de desempenho. Os principais fatores que
interferem na relação entre o processo de comunicação
e as relações interpessoais são:
Percepções – As percepções que temos sobre as outras
pessoas costumam resultar das nossas suposições sobre
as verdadeiras intenções com que as pessoas agem. É
preciso ter consciência de que as nossas percepções
sobre os outros estão longe da objetividade. São na
verdade altamente subjetivas. É necessário, portanto,
reconhecer e considerar o fator “percepção”, para que
se consiga efetivamente obter sucesso ao transmitir
uma mensagem.
Necessidade Pessoal – Todos tem necessidades e o
nosso comportamento sempre reflete estas
necessidades – reais ou imaginárias – que julgamos ter,
e orienta-se para satisfazê-las. Em comunicação
organizacional é fundamental comunicar com a
preocupação de ir ao encontro das necessidades dos
leitores.
Confiança – Em comunicação organizacional é
necessário que haja um mínimo de confiança mútua,
construída pela convivência funcional no ambiente de
trabalho para que a comunicação possa funcionar
eficazmente. Sem confiança mútua não se pode ter
comunicação de resultados. O máximo que se
consegue é ruídos.
Empatia – É uma propriedade do ser humano, ao
mesmo tempo intelectual e emocional. Pelo aspecto
intelectual somos capazes de compreender o outro.
Pelo emocional podemos ser capazes de sentir o que
ele sente.
A empatia é um fator crítico para as relações
interpessoais e, assim, afeta a comunicação
organizacional, cuja produtividade dependerá do
![Page 34: ADMINISTRACAO APOSTILA.pdf](https://reader037.fdocumentos.com/reader037/viewer/2022102619/55cf970b550346d0338f7686/html5/thumbnails/34.jpg)
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quanto os profissionais se tornarem capazes de
desenvolver a empatia nas suas relações interpessoais.
Sentimentos – As boas relações interpessoais motivam
a expressão e a troca de sentimentos. Na comunicação
organizacional, no entanto, é fundamental não deixar
os sentimentos afetarem a qualidade e o conteúdo da
comunicação, que jamais deverá estar envolvida com o
emocional, mas exclusivamente com o racional.
RECURSOS HUMANOS
1. CONCEITUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE
PESSOAL
Durante muito tempo Administração de Pessoal foi
conhecida como a área da Administração que cuidava
exclusivamente das admissões, do pagamento e das
demissões da mão de obra das empresas de acordo
com a legislação trabalhista vigente. Modernamente, o
conceito de Administração de Pessoal sofreu uma
enorme ampliação. Hoje, a Administração de Pessoal
é a área da Administração que cuida do suprimento,
da manutenção e do desenvolvimento de todos os
recursos humanos da empresa. Administrar pessoal
significa atrair, manter e desenvolver pessoas na
empresa.
Conceito segundo Chiavenato, Idalberto
A Administração de Recursos Humanos é o ramo
especializado da Ciência da Administração que
envolve todas as ações que tem como objetivo a
integração do trabalhador no contexto da
organização e o aumento de sua produtividade. É,
pois, a área que trata de recrutamento, seleção,
treinamento, desenvolvimento, manutenção, controle
e avaliação de pessoal.
Conceito segundo Gil, Antonio Carlos
Passa-se então a relacionar suprimento, manutenção e
desenvolvimento do conceito do Chiavenato com
recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento,
manutenção, controle e avaliação do conceito do Gil.
1) Suprimento nada mais é que o recrutamento e a
seleção do pessoal. Para se ter sucesso no
recrutamento e seleção é necessário saber técnicas,
fontes e etc...
2) Manutenção está relacionada com as áreas
responsáveis por manter o empregado na empresa,
ou seja, cargos e salários, planos de benefícios,
higiene e segurança no trabalho, cumprimento das
leis trabalhistas. Sem dúvida o Plano de cargos e
salários é um dos responsáveis pela manutenção do
empregado na organização, visto que se há perspectiva
de crescimento na organização o empregado não vai
embora. Outro fator fundamental é o clima da
organização, muitos empregados, mesmo ganhando
pouco, permanecem por ter um ambiente agradável.
Sentir-se seguro quanto ao cumprimento das leis
trabalhistas também favorece a permanência.
3) Desenvolvimento é a parte responsável pelo
treinamento e avaliação dos resultados do
treinamento. Sempre que se treina empregados
devemos acompanhá-lo no desempenho para avaliar a
eficácia do treinamento.
Para o sucesso das organizações é necessária a
participação conjunta de diversos parceiros, tais como:
![Page 35: ADMINISTRACAO APOSTILA.pdf](https://reader037.fdocumentos.com/reader037/viewer/2022102619/55cf970b550346d0338f7686/html5/thumbnails/35.jpg)
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a) Fornecedores: Contribuem com matérias-primas,
insumos básicos, serviços e tecnologias.
b) Os acionistas:
Contribuem com capital e investimentos que permitem
o aporte financeiro para a aquisição dos recursos.
c) Os clientes:
Contribuem adquirindo seus bens ou serviços
colocados no mercado.
d) Os empregados:
Contribuem com seus conhecimentos, capacidades e
habilidades, proporcionando decisões e ações que
dinamizam a organização.
Atualmente, considerando que todos os parceiros
são indispensáveis para o sucesso da empresa, os
administradores estão dando uma visão sistêmica e
integrada a todos os parceiros. Ocorre que o
empregado é o parceiro mais íntimo, pois ele está
dentro da empresa e lhe dá vida e dinamismo.
De um lado os empregados podem ser tratados
como recursos produtivos, ou seja, recursos humanos,
visto que precisam ser administrados através do
planejamento, organização, direção e controle de suas
atividades para obter deles o máximo rendimento
possível.
Por outro lado, as pessoas podem ser visualizadas
como parceiras da organização. Como tais, elas
fornecem, como já vimos, conhecimentos, habilidades
e capacidades, e ainda, o mais importante, a
inteligência, que proporciona decisões racionais e
imprime o significado e rumo aos objetivos globais.
São então, o capital intelectual da organização.
As empresas bem-sucedidas se deram conta disso e
tratam seus funcionários como parceiros do negócio e
não mais como simples empregados contratados.
Aspectos fundamentais da moderna Gestão de Pessoas
1) As pessoas como seres humanos.
Ver as pessoas como indivíduos, com personalidade
própria, diferentes entre si, com história particular e
diferenciada, possuidores de conhecimentos,
habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à
adequada gestão dos recursos organizacionais.
2) As pessoas como ativadores inteligentes de
recursos organizacionais.
Seriam as pessoas como fonte de impulso próprio que
dinamiza a organização e não como agentes passivos,
inertes e estáticos
3) As pessoas como parceiros da organização
As pessoas investem na organização – esforço,
dedicação, responsabilidade, comprometimento,
riscos,etc. – na expectativa de obter retorno destes
investimentos – como salários, incentivos financeiros,
crescimento profissional, carreira, etc.
Na medida em que o retorno é bom, a tendência é o
aumento do investimento.
Objetivos da gestão de pessoas:
1) Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e
realizar sua missão;
2) Proporcionar competitividade à organização;
3) Proporcionar à organização empregados bem
treinados e bem motivados;
![Page 36: ADMINISTRACAO APOSTILA.pdf](https://reader037.fdocumentos.com/reader037/viewer/2022102619/55cf970b550346d0338f7686/html5/thumbnails/36.jpg)
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4) Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos
empregados no trabalho
5) Desenvolver e manter qualidade de vida no
trabalho;
6) Administrar a mudança;
7) Manter políticas éticas e comportamento
socialmente responsável
O que é Gestão de pessoas?
Em seu trabalho, cada administrador – seja ele um diretor,
gerente, chefe ou supervisor – desempenha as quatro
funções administrativas que constituem o processo
administrativo:
Planejar,
Organizar,
Dirigir e
Controlar.
Geralmente as organizações procuravam privilegiar os
parceiros mais importantes. Até pouco tempo os
acionistas eram os mais privilegiados na distribuição
de resultados.
Essas políticas e práticas podem ser resumidas em seis
processos, segundo Chiavenato.
1) Processos de agregar pessoas
2) Processos de aplicar pessoas
3) Processos de recompensar pessoas
4) Processos de desenvolver pessoas
5) Processos de manter pessoas
6) Processos de monitorar pessoas
1) Processos de agregar Pessoas:
São processos utilizados para incluir novas pessoas na
empresa, Também chamados de provisão ou
suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e
seleção de pessoas.
2) Processos de aplicar pessoas:
Consiste em definir o que as pessoas irão realizar na
empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem
análise e descrição de cargos, orientação das pessoas e
avaliação do desempenho.
3) Processos de recompensar pessoas:
Consiste em incentivar as pessoas e satisfazer suas
necessidades individuais mais elevadas. Incluem
recompensas, remuneração e benefícios e serviços
sociais.
4) Processos de desenvolver pessoas:
Consiste em capacitar e incrementar o
desenvolvimento pessoal e profissional. Incluem
treinamento e desenvolvimento, programas de
mudanças e desenvolvimento de carreiras.
5) Processos de manter pessoas:
Consiste em criar condições ambientais e psicológicas
satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem a
administração da disciplina, higiene, segurança e
qualidade de vida e manutenção de relações sindicais.
6) Processos de monitorar pessoas:
Consiste em acompanhar e controlar as atividades das
pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e
sistema de informações gerenciais.
Todos estes processos estão relacionados entre si e se
influenciam reciprocamente.
Recrutamento
Mercado de trabalho: É o conjunto de oportunidades de emprego
que existe em uma determinada comunidade ou região. Este
mercado pode se apresentar em situação de oferta ou de procura.
Quando o mercado de trabalho se encontra em situação de oferta,
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excesso de oferta de emprego e escassez de procura, torna-se difícil
o preenchimento das vagas. Neste caso as empresas concorrem
entre si e aumentam as ofertas de salários para conquistar
empregados de outras empresas. Quando o mercado de trabalho se
encontra em situação de procura (excesso de procura de emprego,
isto é, excesso de candidatos e escassez de vagas), o preenchimento
da vaga fica mais fácil. Neste caso os candidatos concorrem entre
si e diminuem as suas pretensões salariais para conquistar o
emprego.
As situações de oferta e procura
MERCADO DE TRABALHO
Tendências no mercado de trabalho no mundo: 1) Redução do
nível de emprego industrial Produção maior com menos pessoas
através de novas tecnologias e processos. Oferta de emprego em
expansão no setor de serviços.
2) Gradativa sofisticação do emprego.
Trabalho industrial cada vez mais mental e menos braçal.
3) Conhecimento como recurso mais importante.
Capital financeiro é importante, mas ainda mais importante é o
conhecimento de como aplicá-lo e rentabilizá-lo. Conhecimento é
novidade, é inovação, é criatividade, é a mola mestra da mudança.
4) Tendência à globalização: O mercado de trabalho cada vez mais
mundial e menos local.
Mercado de Recursos Humanos
É o conjunto de candidatos reais (à procura de emprego) ou
potenciais (pessoas que estão trabalhando e podem se interessar por
outro emprego), que existe em uma determinada região. Este
mercado também pode se apresentar em situação de oferta ou de
procura. Quando o mercado de Recursos Humanos se encontra em
situação de oferta, excesso de candidatos e escassez de vagas,
aumenta a disputa pelas poucas vagas existentes. Neste caso os
candidatos concorrem entre si e o recrutamento torna-se mais fácil,
exigindo poucas técnicas de recrutamento sobre o mercado.
Quando o mercado de Recursos Humanos se encontra em situação
de procura (há mais procura de candidatos do que oferta), o
preenchimento da vaga fica mais difícil. Neste caso as empresas
concorrem entre si na disputa aos poucos candidatos existentes no
mercado de Recursos Humanos, e o recrutamento torna-se mais
difícil, exigindo a aplicação de muitas técnicas de recrutamento.
Situação de oferta Situação de procura
Demasiada oferta de trabalho Demasiada procura de
trabalho
Excesso de ofertas de emprego Escassez de vagas
Escassez de candidatos Excesso de candidatos
Muitas oportunidades de emprego Poucas oportunidades de
emprego
Competição entre empresas Competição entre candidatos
Conceito de Recrutamento
“Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que
visa atrair um conjunto de candidatos potencialmente qualificados
e capazes de ocupar cargos dentro da organização”. Chiavenato
Para atingir seu objetivo a área responsável pelo recrutamento deve
saber quais são as vagas em aberto na empresa, onde estão os
possíveis candidatos, como informá-los da oportunidade de
trabalho e como fazer com que compareçam à empresa para a
entrevista inicial.
1ª fase - Análise das requisições de empregado: A requisição de
empregado é preenchida e encaminhada à área de Recursos
Humanos sempre que algum órgão da empresa precisa preencher
determinada vaga. Na requisição de empregado deve constar todas
as informações a respeito da vaga a ser preenchida e quais as
características que deverá possuir o seu futuro ocupante.
2ª fase – Análise das fontes de recrutamento: As fontes de
recrutamento variam amplamente conforme o cargo a preencher.
Se o cargo é de um engenheiro recém formado, a fonte seria
constituída pelas escolas de engenharia, se o cargo for de
ferramenteiro, o ideal é procurá-lo nos bairros onde existem
empresas que possuem ferramentaria. As fontes podem ser
divididas em duas espécies, as fontes internas (dentro da própria
organização) e externas (no mercado de trabalho).
3ª fase – Escolha das técnicas de recrutamento: Existe uma
variada gama de técnicas de recrumento, como: anúncios em
jornais e revistas especializadas, agências de recrutamento,
contatos com escolas, universidades e agremiações, cartazes ou
anúncios em locais visíveis, indicação de funcionários, consulta a
arquivos de candidatos, banco de dados de candidatos e internet.
4ª fase – Escolha do conteúdo do recrutamento: Trata-se do que
será comunicado aos candidatos a respeito da vaga e dos aspectos
relacionados com a mesma, como as exigências do cargo (em
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termos de escolaridade, experiência, conhecimentos e habilidades),
local de trabalho, remuneração, benefícios, etc.
5ª fase – Recepção dos candidatos: É quando o candidato entrega
seu curriculum e/ou preenche a proposta de emprego.
6ª fase – Triagem inicial e encaminhamento à seleção: É a fase
final do recrutamento, em que se analisa cada candidato para
verificar se ele deve ou não ser encaminhado ao processo seletivo.
Seleção:
A exemplo do recrutamento, a seleção faz parte do processo de
“agregar pessoas” na organização. Enquanto o recrutamento é uma
atividade convidativa e atrativa, a seleção é uma atividade de
escolha, ou seja, de aceitação ou de rejeição de um candidato. Na
realidade o recrutamento abastece a seleção de sua matéria prima, o
candidato.
Conceito de seleção: Seleção é o processo pelo qual uma
organização escolhe, de uma lista de candidatos, a pessoa que
melhor alcança os critérios de seleção para a posição disponível,
considerando as atuais condições de mercado, de acordo com
Chiavenato. Ou simplesmente, Seleção é o processo de escolher o
melhor candidato para o cargo. Portanto, a finalidade da seleção de
pessoal é escolher os candidatos mais adequados aos cargos da
empresa. Nem sempre é aquele que possui as melhores
qualificações. Para ser adequado a um determinado cargo o
candidato deve possuir as qualificações exatas, nem mais, nem
menos A importância da Seleção pode ser vista sob dois aspectos:
a) Para a empresa, à medida que supre as vagas com pessoas de
qualificações mais adequadas, exigindo menor treinamento, menor
tempo de adaptação, maior produtividade e maior eficiência. b)
Para as pessoas, à medida que lhes fornece o cargo mais adequado
com suas características pessoais, proporcionando pessoas mais
satisfeitas, mais entrosadas, mais motivadas e com provável maior
permanência na empresa.
Identificação das características pessoais do candidato.
Requer da área de Recursos Humanos conhecimento da natureza
humana, das repercussões que a tarefa impõe ao ocupante do cargo
e muita sensibilidade. Quase sempre estão relacionadas com três
aspectos principais:
1) Execução da tarefa em si
2) Interdependência com outras tarefas
3) Interdependência com outras pessoas
As bases para a seleção de pessoas
O ponto de partida da seleção é a obtenção de informações
significativas sobre o cargo a ser preenchido, que podem ser
colhidas através de cinco maneiras distintas:
1) Descrição e análise de cargos
2) Técnicas dos incidentes críticos 3) Requisição de pessoal
4) Análise do cargo no mercado 5) Hipótese de trabalho
Descrição e análise de cargos: Além do conteúdo do cargo, ou
seja, as tarefas a serem exercidas, fornece também informações a
respeito dos requisitos e das características que o ocupante do
cargo deve ter.
Técnicas dos incidentes críticos
É a identificação, por parte dos gerentes ou de sua equipe, das
características desejáveis e indesejáveis do futuro ocupante, com
base em fatos e comportamentos de ocupantes que melhoram ou
pioram o desempenho.
Requisição de pessoal: Quando a empresa não possui um sistema
estruturado de análise e descrição de cargos, a requisição de
pessoal, com os requisitos e características desejáveis do futuro
ocupante do cargo, servirá de base para todo o processo de seleção.
Análise do cargo no mercado: Quando a empresa não dispõe das
informações sobre os requisitos e características do cargo, por ser
novo ou tenha seu conteúdo atrelado ao desenvolvimento
tecnológico, ela lança mão da pesquisa de mercado.
Hipótese de trabalho: Caso nenhuma das alternativas anteriores
possam ser utilizadas resta estabelecer hipóteses ou idéias
antecipadas a respeito do cargo a ser preenchido.
Obtidas as informações é preenchida uma ficha de especificação do
cargo ou ficha profissiográfica, que deve conter os atributos
psicológicos e físicos necessários ao desempenho co cargo. Com a
ficha de especificação pode-se definir quais as técnicas de seleção
são mais adequadas para pesquisar tais atributos.
Técnicas de Seleção
As técnicas de seleção são meios pelos quais se busca informação a
respeito do candidato e de suas características pessoais.
Dependendo da complexidade do cargo a ser preenchido, se utiliza
uma gama maior ou menor de técnicas. Em cargos simples
aplicam-se geralmente entrevistas de triagem, provas de
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conhecimento e provas de capacidade. Em cargos mais complexos,
como gerentes e diretores, aplica-se uma enorme bateria de testes
de seleção. As técnicas são basicamente as seguintes: 1) Entrevista
de seleção: É a técnica mais rápida e barata, porém, é a mais
imprecisa e subjetiva.
Deve ser aplicada em local adequado, tranqüilo e discreto, e ser
previamente planejada. O entrevistador deve ser treinado e
conhecer as características do cargo vago.
Como conduzir uma entrevista de seleção: a) Identifique os
objetivos principais da entrevista. Obtenha todos os dados
possíveis a respeito da situação. Descrição e perfil do cargo,
requisição de empregado e a solicitação de emprego.
b) Crie um bom clima para a entrevista. Ambiente adequado,
tratamento amigável e tempo suficiente.
c) Conduza a entrevista orientada para objetivos. Conheça
claramente o que deve ser colhido e avaliado.
d) Anote suas impressões imediatamente após a entrevista. Não
confie na memória. Faça anotações necessárias durante o processo.
2) Provas de conhecimento ou de capacidade: Provas de
conhecimento procuram medir o grau de conhecimentos gerais e
específicos do candidato, como, noções de informática,
contabilidade, redação, inglês, etc. Provas de capacidade procuram
medir o grau de capacidade ou habilidade para certas tarefas,
perícia em lidar com computadores, perícia do motorista, do
operador de máquinas, do digitado, etc. Estas provas podem ser
escritas ou de realização gerais ou específicas, descritivas ou
objetivas.
3) Testes Psicométricos: São testes que visam avaliar as aptidões
das pessoas, ou seja, uma predisposição, uma potencialidade, uma
facilidade para aprender alguma habilidade ou capacidade
específica. São, geralmente, aplicados e aferidos por psicólogos
que fornecem laudos a respeito dos resultados. Quando aplicados
adequadamente possuem validade e precisão.
4) Testes de personalidade: São testes psicológicos que revelam
aspectos relacionados com o caráter e temperamento, como:
equilíbrio emocional, frustrações, interesses, motivação, etc. Tanto
a aplicação como a interpretação exige a presença de um psicólogo.
5) Técnicas de simulação: São técnicas de dinâmica de grupo. São
mais utilizadas para cargos que exijam relacionamento
interpessoal, como direção, gerência, supervisão, vendas, compras,
contatos, etc. Devem ser conduzidas por psicólogos ou
especialistas no assunto
Capacitação
Capacitação no seu contexto geral significa conjunto de atividades
que visam a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e
formas de comportamento exigidos para o exercício das funções
próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer
ramo de atividade econômica. É portanto uma metodologia que
difere da "Educação" no sentido em que se especializa na
experiência profissional e é voltada para a aquisição de
competências profissionais.
Conceito: Quase sempre o treinamento tem sido entendido como
o processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de
maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar
(Chiavenato). Modernamente, o treinamento é considerado um
meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se
tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir
melhor para os objetivos organizacionais, e cada vez mais valiosas.
Embora o treinamento e o desenvolvimento constituam processos
de aprendizagem, podemos dizer que há diferença entre eles. O
treinamento é orientado para o presente, focalizando o cargo atual e
buscando melhorar aquelas habilidades e capacidades relacionadas
com o desempenho imediato dos cargos. O desenvolvimento de
pessoas focaliza geralmente os cargos a serem ocupados
futuramente na organização e as novas habilidades e capacidades
que serão requeridas. Os quatro tipos de mudanças de
comportamento através do treinamento:
1. Transmissão de informações ou de conhecimentos –
Aumentar o conhecimento das pessoas: Informações sobre a
organização, seus produtos/serviços, políticas e diretrizes, regras e
regulamentos e seus clientes. Conhecimentos de redação, arquivo,
cálculo de preços, preenchimento de formulários, programa de
integração de novos empregados, etc. Pode ser ministrado em sala
de aula.
2. Desenvolvimento de habilidades – Melhorar as habilidades e
destrezas: Habilitar para a execução e operação de tarefas, manejo
de equipamentos, máquinas e ferramentas. Geralmente recebem o
treinamento no cargo.
3. Desenvolvimento de atitudes – Desenvolver/modificar
comportamentos: Mudança de atitudes negativas para atitudes
favoráveis, de conscientização e sensibilidade com as pessoas, com
os clientes internos e externos. Mudança de hábitos no atendimento
ao telefone, atitudes frente aos clientes ou usuários, frente ao
colega, como conduzir vendas, reuniões ou problemas.
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4. Desenvolvimento de conceitos – Elevar o nível de abstração:
Desenvolver idéias e conceitos para ajudar as pessoas a pensar em
termos globais e amplos. Indicado para gerentes e dirigentes. É
mais intelectual e sofisticado, pois ensina a pensar, ter uma visão
pessoal das coisas e aprender a aprender.
ETAPAS OU FASES DO PROCESSO DE TREINAMENTO:
O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de
quatro etapas ou fases:
1. Diagnóstico: é o levantamento das necessidades de treinamento
a serem satisfeitas. Podem ser passadas, presentes ou futuras.
2. Desenho: é a elaboração do programa de treinamento para
atender às necessidades diagnosticadas.
3. Implementação: é a aplicação e condução do programa de
treinamento.
4. Avaliação: é a verificação dos resultados do treinamento.
O treinamento não deve ser confundido com uma simples questão
de realizar cursos e proporcionar informação, significa atingir o
nível de desempenho desejado pela organização através
do desenvolvimento contínuo das pessoas que nela trabalham. Para
tanto, é desejável uma cultura interna favorável ao aprendizado e
comprometida com as mudanças.
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Conceitos Básicos:
Recurso é tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar
riqueza, no sentido econômico do termo. Assim, um item de
estoque é um recurso, pois, agregado a um produto em processo,
irá constituir-se em um produto acabado, que deverá ser vendido
por um preço superior ao somatório de todos os custos incorridos
em sua fabricação. De modo análogo, um edifício que abriga as
instalações de uma empresa é um recurso, já que é essencial a seu
funcionamento.
Bem é tudo aquilo capaz de gerar um produto, tangível, intangível
e/ou serviço.
Tangível – Palpável, identificável ( 5 sentidos) e estocável.
Intangível – Vivenciar, utilização Ex. Consulta médica.
OBS. Nos bens tangíveis o consumidor não participa do processo
de produção, nos intangíveis ele participa, ou seja,é parte do
processo.
Patrimônio – Conjunto de Bens Direitos e Obrigações que uma
organização ou pessoa física possui.
Tipos de Recursos:
• Materiais – Relacionados diretamente com Produção
• Patrimoniais – Posse da empresa Patrimônio
• Capital – Recursos mais Líquidos
• Humano – Pessoas, colaboradores, gestores...
• Tecnológico – Bens ligados a NTICS
• Recursos Materiais = São os itens ou componentes que uma
empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração do
seu produto final ou na execução do seu objeto social.
-Produtivos
-Não-produtivos
-Itens de revenda
• Recursos Patrimoniais = São instalações utilizadas nas
operações do dia-a-dia da empresa, mas são adquiridos
esporadicamente, como prédios, equipamentos, maquinário,
veículos, etc.
• Administração de Materiais É o conjunto de atividades
econômicas que se articulam progressivamente desde o início da
elaboração de um produto. Isso inclui desde as matérias-primas,
insumos básicos, máquinas e equipamentos, componentes, produtos
intermediários até o produto acabado, a distribuição, a
comercialização e a colocação do produto final junto ao consumidor,
constituindo elos de uma corrente.
• Administração de Materiais - Buscar métodos aprimoramento,
facilitar o gerenciamento e controle dos materiais. Uma boa gestão
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de estoques, adequação de suas funções, utilização de forma eficaz,
redução de custos e parcerias para garantir abastecimento contínuo
ao processo produtivo da empresa, pode definir a continuidade ou
não dos negócios da organização.
Objetivos
Planejamento e controle do fluxo de materiais
Minimizar investimento em estoque
Prever e Suprir a necessidade e disponibilidade de materiais
Análise do Mercado
Contato com Fornecedores e Clientes.
Logística - Processo de planejamento, implementação e controle
eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em
processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto
de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as
exigências dos clientes.
Logística - POC3 do fluxo e armazenagem de matéria prima,
produtos em processo, produto acabado, informações e dinheiro, do
ponto de origem ao ponto de destino, de forma econômica eficiente e
efetiva, satisfazendo as necessidades e preferências do cliente.
Exigências Necessidades e Preferência dos clientes – Quantidade
Tempo Qualidade e Preço
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista,
pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa
como um organismo viável a todos que dela participam.
Compras: Suprir as necessidades da empresa mediante a
aquisição de materiais e/ou serviços, por meio das solicitações dos
usuários, objetivando as melhores condições comerciais e técnicas.
Cadastramento: cadastrar os materiais necessários à manutenção
e ao desenvolvimento da empresa, o que implica o reconhecimento
perfeito de sua classificação, estabelecendo (codificação e
determinação da especificação), objetivando a emissão de catálago
para utilização dos envolvidos nos procedimentos de adm. de
materiais.
Almoxarifado: Garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela
empresa, objetivando sua preservação e integridade até o consumo
final.
Inventário Físico: É o estabelecimento de auditoria permanente
de estoques em poder do almoxarifado, objetivando garantir a
plena confiabilidade e exatidão de registros contábeis e físicos,
essencial para que o sistema funcione com a eficiência requerida.
Recebimento: Garantir o rápido desembaraço dos materiais
adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a
quantidade estabelecida, na época certa, ao preço contratado e na
qualidade especificada nas encomendas.
Gestão de Estoques - Programação e planejamento das
necessidades de materiais em estoque, controle das quantidades
adquiridas, com a intenção de medir a sua localização,
movimentação, utilização e armazenagem desses estoques de modo
a responder com regularidade aos clientes em relação a preços,
quantidades, e prazos .
Visa garantir o nível de materiais de modo a garantir as operações
da empresa.
Eliminar estoque de materiais defeituosos, inoperacionais, ou em
excesso
Manter à disposição dos utilizadores os artigos de material quando
ocorrer a procura
Garantir o abastecimento constante de materiais necessários à
empresa, pelo conhecimento dos dados necessários para as
previsões de procura (consumo);
Providenciar a reposição a um custo mínimo de aquisição e posse e
controlar e conhecer os níveis de estoque existentes;
Manter o estoque no nível mais econômico possível, considerando
as capacidades de armazenamento e as possibilidades financeiras.
Armazenagem e Transporte - Armazenagem é a atividade que
compreende o planejamento, a coordenação, o controle e o
desenvolvimento das operações destinadas a abrigar, manter
adequadamente estocado e em condições de uso, bem como
expedir no momento oportuno, os materiais necessários. Os
objetivos da armazenagem são:
Maximização do espaço e aprimoramento do layout;
Facilidade na busca e acesso de materiais;
Livre movimentação e acesso de pessoas, materiais e
equipamentos.
Disposição adequada dos materiais visando segurança e proteção
pessoal e material.
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ATENDIMENTO
Fuga dos Clientes
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas fogem delas por problemas relacionados à postura de atendimento.Numa escala decrescente de importância, podemos observar os seguintes percentuais:
- 68% dos clientes fogem das empresas por
problemas de postura no atendimento;
- 14% fogem por não terem suas reclamações
atendidas;
- 9% fogem pelo preço;
- 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte.
Fonte: National Retail Merchants Association.
A origem dos problemas está nos sistemas implantados nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não definem uma política clara de serviços, não definem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita dificuldade em satisfazer plenamente o cliente.
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não contratam profissionais com características básicas para atender o público, não treinam estes profissionais na postura adequada , não criam um padrão de atendimento e este passa a ser realizado de acordo com as características individuais e o bom senso de cada um. A falta de noção clara da causa primária da perda de clientes, faz com que as empresas demitam os funcionários “porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais complexa e recheada de nuances que perpassam pela condição individual e por condições sistêmicas.
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
1. falta de uma política clara de serviços;
2. indefinição do conceito de serviços;
3. falta de um perfil adequado para o profissional
de atendimento;
4. falta de um padrão de atendimento;
5. inexistência do followup;
6. falta de treinamento e qualificação de pessoal.
Nas condições individuais, podemos encontrar a contratação de pessoas com características opostas ao necessário para atender ao público, como: timidez, avareza, rebeldia...
Serviço e Postura de atendimento
Observando estas duas condições principais que causam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços em dois itens: os serviços e a postura de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organizações e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio negócio. Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também são tratados os aspectos gerais da organização que dão peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pintura), os jardins. Este item, portanto, depende mais diretamente da empresa e está mais relacionado com as condições sistêmicas.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com os clientes. Portanto, está ligado às condições individuais. É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas políticas das empresas, o treinamento, a definição de um padrão de atendimento e de um perfil básico para o profissional de atendimento, como forma de avançar no próprio negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam complementares e inter-relacionados, com dependência recíproca para terem peso.
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Profissional do atendimento
Para conhecermos melhor a postura de atendimento, faz-se necessário falar do verdadeiro profissional do atendimento.
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de compreender e atender as necessidades dos clientes, fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este profissional é voltado completamente para a interação com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas neste, para perceber constantemente as suas necessidades. Para este profissional, não basta apenas conhecer o produto ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las.
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as necessidades dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário que este profissional tenha uma formação voltada para as pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar a felicidade do outro.
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimentos positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado de espírito antes da chegada do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de realizar serviços para o cliente.
Os requisitos para contratação deste profissional.
Para trabalhar com atendimento ao público, alguns requisitos são essenciais ao atendente.
São eles:
1 - Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz
2 - Gostar de lidar com gente.
3 - Ser extrovertido
4 - Ter humildade
5 - Cultivar um estado de espírito positivo
6 - Satisfazer as necessidades do cliente
7 - Cuidar da aparência.
Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendimento.
Postura
A POSTURA pode ser entendida como a junção de todos os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal na sua totalidade e nossa condição emocional. Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos de POSTURA.
São eles:
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracteriza por um posicionamento de humildade, mostrando-se sempre disponível para atender e interagir prontamente com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atendente suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como por exemplo:
a) postura do atendente de manter os ombros abertos e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de receptividade e acolhimento;
b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente inclinado, transmite ao cliente a humildade do atendente;
c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme, traduzem respeito e segurança;
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afetividade e calorosidade.
![Page 44: ADMINISTRACAO APOSTILA.pdf](https://reader037.fdocumentos.com/reader037/viewer/2022102619/55cf970b550346d0338f7686/html5/thumbnails/44.jpg)
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02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO CORPORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo. Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma, nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos.
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais que elas traduzem e a identificação destes estados pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condições ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador e quem a expressa. Podemos concluir, entendendo que, qualquer comportamento inclui posturas e é sempre fruto da interação complexa entre o organismo e o seu meio ambiente.
O Olhar
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos sentimentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de espírito. Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos prender somente a ele, mas a fisionomia como um todo para entendermos o real sentido dos olhos. Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de acolhimento, de interesse no atendimento das suas necessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. Mas, você deve estar se perguntando:
O que causa este brilho nos nossos olhos ?
A resposta é simples: Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, gostar de ajudar o próximo.
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação agradável para o cliente. Gostar de atender o público significa gostar de atender as necessidades dos clientes, querer ver o cliente feliz e satisfeito.
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode transmitir:
01.Interesse quando: brilha; tem atenção; vem acompanhado de aceno de cabeça.
02. Desinteresse quando: é apático; é imóvel, rígido; não tem expressão.
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como dissimular com o olhar.
A aproximação - raio de ação.
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao conceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o público, independente deste ser cliente ou não. Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 metros de distância do público e de um tempo imediato, ou seja, prontamente. Além do mais, deve ocorrer independentemente do funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes requisitos para a interação, a tornam mais eficaz. Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por um aceno de mão. O objetivo com isso é fazer o cliente sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
Alguns exemplos são:
1. no hotel, a arrumadeira está no corredor com o carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia !“
2. o caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no momento do pagamento;
3. o frentista do posto de gasolina que se aproxima ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
A invasão
Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver com INVASÃO DE TERRITÓRIO. Vamos entender melhor isso. Todo ser humano sente necessidade de definir um TERRITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos. Este território não se configura apenas em um espaço físico demarcado, mas principalmente num espaço pessoal e social, o que podemos traduzir como a necessidade de privacidade, de respeito, de manter uma distância ideal entre si e os outros de acordo com cada situação. Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes na privacidade, o que normalmente traz conseqüências negativas. Podemos exemplificar estas invasões com
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algumas situações corriqueiras: uma piada muito picante contada na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um tapinha nas costas... Nas situações de atendimento, são bastante comuns as Invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maioria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis.
Alguns são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns:
01. insistência para o cliente levar um item ou adquirir um bem;
02. seguir o cliente por toda a loja;
03. o motorista de taxi que não pára de falar com o cliente passageiro;
04. o garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo pratos sem ser solicitado;
05. o funcionário que cumprimenta o cliente com dois beijinhos e tapinhas nas costas;
06. o funcionário que transfere a ligação ou desliga o telefone sem avisar.
Estas situações não cabem na postura do verdadeiro profissional do atendimento.
O Sorriso
O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem universal. Imagine que você tem um exame de saúde muito importante para receber e está apreensivo com o resultado. Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista que apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se sentirá mais seguro e mais confiante, diminuindo um pouco a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado como um ato de apaziguamento. O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de espírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as não sorridentes. O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções e geralmente informa mais do que a linguagem falada e a escrita. Dessa forma,
podemos passar vários tipos de sentimentos e acarretar as mais diversas emoções no outro.
Ir ao encontro do cliente
IR AO ENCONTRO DO CLIENTE é um forte sinal de compromisso no atendimento, por parte do atendente.
Este item traduz a importância dada ao cliente no momento de atendimento, na qual o atendente faz tudo o que é possível para atender as suas necessidades, pois ele compreende que satisfazê-las é fundamental.Indo ao encontro do cliente, o atendente demonstra seu interesse para com ele.
A primeira impressão
Você já deve ter ouvido milhares de vezes este jargão: A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. Você concorda com ele?
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o cliente irá voltar. É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não teve os seus desejos satisfeitos. Estes clientes perdem a confiança na empresa e normalmente os custos para resgatá-la, são altos.Alguns mecanismos que as empresas adotam são os contatos via telemarketing, mala-direta, visitas, mas nem sempre são eficazes. A maioria das empresas não têm noção da quantidade de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as armas que teriam para reforçar os seus processos internos e o seu sistema de trabalho. Quando as organizações atentam para essa importância, elas passam a aplicar instrumentos de medição. Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, subjetivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não colher as informações reais. A saída seria criar medidores que traduzissem com fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o serviço e o produto adquiridos da empresa.
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Apresentação pessoal
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos despenteados, as roupas mal cuidadas?
O atendente está na linha de frente e é responsável pelo contato, além de representar a empresa neste momento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons serviços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa apresentação pessoal.
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item mais completo.São eles:
01. tomar um BANHO antes do trabalho diário: além da função higiênica, também é revigorante e espanta a preguiça;
02. cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas limpas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito agradável, axilas asseadas, barba feita;
03. roupas limpas e conservadas;
04. sapatos limpos;
05. usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local visível pelo cliente.
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o cliente se questiona: “ puxa, se ele não cuida nem dele, da sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar um bom serviço ? “ A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto importante para criar uma relação de proximidade e confiança entre o cliente e o atendente.
Cumprimento caloroso
O que você sente quando alguém aperta a sua mão sem firmeza ?
Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se conhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do seu aperto de mão. O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passividade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de compromisso com o contato. Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem positiva, causa um mal- estar,
traduzindo hiperatividade, agressividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumprimento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra interesse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e compromisso com o contato.
É importante lembrar que o cumprimento deve estar associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e expressão corporal.
NÃO SE ESQUEÇA: APESAR DE HAVER UMA FORMA ADEQUADA DE CUMPRIMENTAR, ESTA JAMAIS DEVERÁ SER MECÂNICA E AUTOMÁTICA.
Tom de voz
A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como dizemos as palavras, são mais importantes do que as próprias palavras. Podemos dizer ao cliente: “ a sua televisão deveria sair hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará pronta na próxima semana “. De acordo com a maneira que dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos, vamos perceber reações diferentes do cliente.
Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos desculpando pela falha e assumindo uma postura de humildade, falando com calma e num tom amistoso e agradável, percebemos que a reação do cliente será de compreensão. Por outro lado, se a mesma frase é dita de
forma mecânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando o gerente, gritando... As palavras são símbolos com significados próprios. A forma como elas são utilizadas também traz o seu significado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial.
Saber escutar
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCUTAR ?
Se você respondeu que não, você errou. Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verdadeiro sentido, compreendendo e interpretando a essência, o conteúdo da comunicação. O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com a nossa capacidade de perceber o outro. E, para percebermos o outro, o
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cliente que está diante de nós, precisamos nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem o processo de comunicação.
São elas:
1 - os nossos PRECONCEITOS;
2 - as DISTRAÇÕES;
3 - os JULGAMENTOS PRÉVIOS;
4 - as ANTIPATIAS.
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, precisamos compreender o TODO, captando os estímulos que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situação. Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de receptividade e simpatia, afinal, nós temos DOIS OUVIDOS E UMA BOCA, O QUE NOS SUGERE QUE É PRECISO ESCUTAR MAIS DO QUE FALAR.
Quando não sabemos escutar o cliente - interrompendo-o, falando mais que ele, dividindo a atenção com outras situações - tiramos dele, a oportunidade de expressar os seus verdadeiros anseios e necessidades e corremos o risco de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir atendê- las. A mais poderosa forma de escutar é a empatia (que vamos conhecer mais na frente). Ela, nos permite escutar de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito, mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintonizado emocionalmente com o cliente.
Agilidade
Atender com agilidade significa ter rapidez sem perder a qualidade do serviço prestado. A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessidade do cliente em relação utilização adequada do seu tempo.
Quando há agilidade, podemos destacar:
01.o atendimento personalizado;
02.a atenção ao assunto;
03. o saber escutar o cliente;
04. cuidar das solicitações e acompanhar o cliente durante todo o seu percurso na empresa.
O Calor no atendimento
O atendimento caloroso evita dissabores e situações constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os pontos estudados sobre postura. O atendente escolhe a condição de atender o cliente e para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se sentir importante e respeitado. Na situação de atendimento, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo calorosidade nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades do cliente de estima e consideração. Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito, além de retornar ao atendente como um bumerangue. O EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou não, do cliente em relação ao atendente. Com este efeito, as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. Se este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil.
O cliente não está na esteira da linha de produção, merecendo ser tratado com diferenciação e apreço. Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraídas, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO.
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.
As gafes no atendimento
Depois de conhecermos a postura correta de atendimento, também é importante sabermos quais são as formas erradas, para jamais praticá-las. Quem as pratica, com certeza não é um verdadeiro profissional de atendimento. Podemos dividi-las em duas partes, que são:
Postura inadequada
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A postura inadequada é abrangente, indo desde a postura física ao mais sutil comentário negativo sobre a empresa na presença do cliente. Em relação à postura física, podemos destacar como inadequado, o atendente:
* se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude impede que ele interaja no raio de ação);
* mascar chicletes ou fumar no momento do atendimento;
* comer na frente do cliente (comum nas empresas que oferecem lanches ou têm cantina);
* gritar para pedir alguma coisa;
* se coçar na frente do cliente;
* bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO A ESTE ATENDENTE ?
Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
* se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir carona, por exemplo;
* receber presentes do cliente em troca de um bom serviço;
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou serviços na frente do cliente;
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem para o cliente;
* falar mau das pessoas na sua ausência e na presença do cliente;
* usar o cliente como desabafo dos problemas pessoais;
* reclamar na frente do cliente;
* lamentar;
* colocar problemas salariais;
* “lavar a roupa suja” na frente do cliente.
LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR
AOS OUTROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS.
Usar Chavões
O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao cliente. Citamos aqui, os mais comuns:
* o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER ...
* o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA FAZ PELO SENHOR...
* o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER
MAIS...
* AÍ VEM ELE DE NOVO...
Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente. Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um círculo vicioso na postura inadequada, pois, o atendente usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao cliente e a situação de atendimento), o cliente se aborrece e descarrega no atendente, ou simplesmente não volta mais.
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança radical no pensamento e postura do atendente.
Relacionamento interpessoal
Relacionamento interpessoal quer dizer relacionamento entre as pessoas. Quando falamos em relacionamento interpessoal, falamos em relacionamento entre as pessoas que de alguma forma, inter-relacionam-se, seja no trabalho, seja na família, etc. Neste caso, enfatizaremos as relações no trabalho. Ninguém é uma ilha isolada no oceano: somos todos componentes de um todo inseparável e a convivência humana é o fundamento para nossa própria existência. Nada somos sem os demais: Estamos todos condenados a conviver e a nos relacionarmos com as demais pessoas, queiramos ou não, gostemos ou não, concordemos ou não: é o que basta para que compreendamos a importância máxima do relacionamento interpessoal. De fato - e
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principalmente no trabalho - não temos como evitar o relacionamento interpessoal, seja com nossa clientela, destinatários de nosso serviço ou de nossa produção, seja mesmo com os que colaboram com nossa atividade, senão os que dirigem nossos esforços. Se, sob a ótica da Administração - o ser humano é visto apenas por um meio para os fins organizacionais - meros agentes cumpridores de tarefas - nem por isso se pode ignorar que as pessoas se exibem como personalidades integrais e próprias, que são repassadas para suas tarefas profissionais. Faz-se importante, pois, que no relacionamento interpessoal não só a pessoa conheça a si mesma, como conheça também aqueles, com quem se relacionará.
Relações interpessoais, social e profissional.
"Relações Humanas". Juntas, estas duas palavras traduzem o significado do convívio social humano.Os relacionamentos podem existir por vários motivos. Nós podemos nos relacionar com as pessoas profissionalmente ou simplesmente porque tivemos empatia por ela(s), ou ainda por vários outros motivos. O que devemos avaliar no momento do relacionamento é o seu propósito, principalmente para que não se tenha ambivalência nas interpretações. No momento, falamos do ponto de vista profissional. Se as pessoas aprendessem a se relacionar profissionalmente de forma correta, poderíamos evitar muitos problemas nos locais de trabalho.No ambiente de trabalho o que predomina e o que devemos avaliar são as condições para uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice versa. Identificando real motivo e o propósito de um relacionamento, estaremos caminhando dentro de um processo evolutivo para alcançarmos com êxito um bom relacionamento com os nossos colegas de trabalho.A base concreta para um bom relacionamento ter percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos limites e regras que fazem a relação social ser harmônica.
A Primeira Impressão
O contato inicial entre pessoas gera a chamada "primeira impressão", o impacto que cada um causa ao outro. Essa primeira impressão está condicionada a um conjunto de fatores psicológicos da experiência anterior de cada pessoa, suas expectativas e motivação no momento e a própria situação do encontro.Quando
a primeira impressão é positiva de ambos os lados, haverá uma tendência a estabelecer relações de simpatia e aproximação que facilitarão o relacionamento interpessoal e as atividades em comum. No caso de assimetria de percepções iniciais, isto é, impacto positivo de um lado, mas sem reciprocidade, o relacionamento tende a ser difícil, tenso, exigindo um esforço de ambas as partes para um conhecimento maior que possa modificar aquela primeira impressão.Quantas vezes geramos e recebemos primeiras impressões errôneas que nos trazem dificuldades e aborrecimentos desnecessários, porque não nos dispomos a rever e, portanto, confirmar ou modificar aquela impressão.É muito como jogar a culpa no outro pela situação equívoca, mas a realidade mostra a nossa parcela de responsabilidade nos eventos interpessoais. Não há processos unilaterais na interação humana: tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes: eu e outro(s).As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação.Em situações de trabalho, compartilhadas por duas ou mais pessoas, há atividades predeterminadas a serem executadas, bem como interações e sentimentos recomendados, tais como: comunicação, cooperação, respeito, amizade. À medida que as atividades e interações prosseguem, os sentimentos despertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente e então - inevitavelmente - os sentimentos influenciarão as interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão aumento de interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando maior produtividade.
Os dez mandamentos das relações humanas
1) FALE com as pessoas. Não há nada tão agradável e animado como uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de sorrisos amáveis.
2) SORRIA para as pessoas. Lembre-se, que acionamos 72 músculos para franzir a testa, e 14 somente para sorrir.
3) CHAME pelo nome. A música mais suave para muitos, ainda continua sendo o próprio nome.
4) SEJA amigo e prestativo. Se você quer ter um amigo seja um amigo.
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5) SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que fizer faça-o com todo prazer
6) INTERESSE-SE sinceramente pêlos outros. Mostre que as coisas da qual gostam e com as quais se preocupam também têm valor para você, de forma espontânea, sem precisar se envolver diretamente.
7) SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros.
8) SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados em qualquer controvérsia: o seu, o do outro e o que está certo.
9) PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar.
10) PROCURE apresentar um excelente trabalho. O que realmente vale na nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.
Atendimento ao telefone O Telefone é sem dúvida o maior elo de comunicação não presencial à disposição de organizações. O profissional que profere o atendimento, diariamente enfrenta muitas situações em que necessita de nossa atenção imediata. Uma delas é o atendimento telefônico. O processo de atendimento telefônico é um dos pontos de referência para se avaliar a qualidade do atendimento prestado. A nova filosofia do serviço público trata o cidadão, o usuário, o contribuinte como “cliente”, denominação aplicada pelas empresas aos consumidores de seus produtos ou serviços. A gestão administrativa focaliza-se assim, na satisfação plena do cliente, pois o serviço é prestado única e exclusivamente a favor deste. Sempre quando tratamos do atendimento ao público, seja ele presencial ou não, devemos proferi-lo de maneira uniforme e padronizada para manter o padrão de efetividade no atendimento. Por isso é de suma importância que o atendente ofereça um atendimento telefônico de qualidade, com o suporte necessário para que o cliente sinta-se satisfeito e tenha suas necessidades e/ou desejos satisfeitos. Um bom atendimento telefônico é essencial para melhorar a qualidade dos serviços aos clientes internos e externos. O atendimento é proferido de maneira impessoal, por isso não devem ser passadas formas de vinculação pessoal. O profissional que está proferindo o atendimento está passando a imagem do órgão que está a serviço e não uma imagem pessoal.
Lembre-se a impessoalidade determina que o atendente deve ter sua conduta orientada para o interesse do cliente (geral de satisfação) e não o interesse particular, próprio ou de terceiros, sob pena do ato ser caracterizado como desvio de finalidade e portanto, nulo. Assim aqueles que estiverem em situações idênticas devem receber o mesmo tratamento (isonomia)
Padrão de atendimento de excelência:
• O atendimento telefônico deve ser profissional, demonstrando organização e eficiência;
• Não deixe o telefone tocar mais de três vezes, mesmo que não esteja tocando no seu ramal, procure atender e dirigir ao responsável final;
• Seja natural e sorria ao telefone. Você pode não perceber mas fará muita diferença a expressão facial no atendimento final;
• Ao atender o telefone diga expressões receptivas: Nome do Órgão pelo qual o serviço é prestado, seu nome e uma saudação (Bom dia, boa tarde ou boa noite);
• Anote em um papel o nome do cliente para evitar que esqueça durante o atendimento;
• Quando o cliente estiver reclamando, procure ouvi-lo, peça para descrever o ocorrido para que a queixa possa ser registrada para analise;
• Procure manter o mesmo tom de voz, isso demonstra segurança e clareza em suas afirmações;
• Quando o cliente ligar e o assunto não for de sua competência e responsabilidade, encaminhe a ligação ao departamento e/ou responsável correto;
• Casso tenha um acesso de tosse, espirros, etc., tornando dificultoso o atendimento, coloque a ligação em “espera” e/ou retorne assim que possível, Se persistir, diga que retornará assim que estiver melhor ( buscando os dados para retorno) ou transfira o atendimento para outro profissional.
EVITE:
• Perguntar “Quem fala” , “Quem é”, “Quem gostaria”. Seja gentil e pergunte de maneira cortês: “Por gentileza, quem deseja falar?” ou “Por gentileza, quem quer falar”
• Fazer barulhos, comer ou beber ao mesmo tempo em que fala;
• Distrair-se com outras pessoas; • Fazer promessas que não possa cumprir; • Mal - entendidos: Filtre o assunto que o cliente deseja
saber. Não seja mal educado e mantenha sua postura. Jamais grite, interrompa a ligação ou fale de forma agressiva;
• Palavras “Chulas”, frases no diminutivo, gírias e termos técnicos desconhecidos pelo cliente.
Artigo sobre atendimento ao telefone:
Fonte: Mirian Nasser Gomes
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Atender ao telefone não é uma tarefa difícil fisicamente, mas utilizá-lo de forma profissional, já não é tão linear. É sempre muito fácil assumir que são outras pessoas que causam problemas. Não será possível que a reação obtida se deve à forma como estão a ser tratados? Ser eficiente, assim como manter-se calmo e controlado, são tarefas árduas. Talvez você queira avaliar a sua capacidade respondendo às seguintes questões: com que freqüência planeia as suas chamadas telefônicas e qual é a eficácia do seu planejamento? Quanto tempo despende ao telefone? Você dá apoio aos seus interlocutores do estrangeiro? A maior parte de nós parece necessitar de ajuda no que se refere a utilização do telefone então vamos lá:
As empresas fazem de tudo para se modernizar e usam todas as tecnologias disponíveis para oferecer um bom atendimento ao cliente. Isso, sem dúvida nenhuma, é de grande valia. O problema é que colocam tudo a perder quando o atendimento telefônico é falho, ineficiente e ruim. Quantas vezes você pesquisou uma empresa na internet, viu o site, ficou maravilhado com tudo o que a empresa oferece ao cliente e, quando precisou de um contato telefônico, veio a decepção: atendimento péssimo e sem receber o retorno de seu questionamento que tanto aguardava. O telefone ainda é um instrumento de vendas e de networking muito importante, por isso é necessário levar em conta alguns fatores quando precisar falar com um cliente ou mesmo para encantá-lo. Não se esqueça também da qualidade do atendimento que dá às ligações internas, que também compromete a comunicação e a agilidade no andamento dos negócios de sua empresa. Lembre-se: trate sempre bem o cliente. Não se esqueça de que você também é cliente e deseja ter um bom atendimento e ser tratada com respeito. Então, faça o mesmo!
Dicas:
• Nunca fale o habitual “alô”. Use a prática utilizada pela empresa: nome da empresa, seu nome e sua saudação para ligações externas e apenas seu nome ou, se preferir, também uma saudação para as internas;
• Evite o terrível “quem fala?”, “quem é?” “quem gostaria?”. Seja cortês ao telefone e pergunte de uma outra forma como “por gentileza, quem deseja falar ou quem quer falar?”;
• Se o cliente precisar aguardar na linha, não o deixe esperando por muito tempo, pois correrá o risco dele desligar o telefone ou atender outra linha interna dele;
• Nunca digite enquanto fala ao telefone e evite fazer barulho ao redor que possa prejudicar a conversa com o cliente;
• Caso esteja em uma ligação particular e seu telefone tocar (linha interna ou externa), desligue ou coloque sua chamada em “espera ou hold”. Dê prioridade às ligações da empresa;
• Se tiver uma crise de riso, soluço ou tosse, peça licença ao cliente e coloque o telefone em “espera”;
• Se tocar uma outra linha, peça licença por 1 minuto, atenda a 2a. linha e diga que está em outra ligação e que retornará em seguida;
• Evite comer, beber, mascar chiclete ou chupar bala enquanto fala ao telefone;
• Caso seu chefe não esteja disponível para atender o cliente, jamais peça para o cliente ligar mais tarde ou de novo. Quem deve retornar a ligação é você;
• Se combinar dia e horário para retornar a ligação, faça-o conforme o combinado, ou, caso haja algum imprevisto, avise ao cliente;
• Se a ligação for feita para um celular, sempre inicie a conversa, perguntando se a pessoa pode atender naquele momento;
• Nunca diga “Ele não se encontra”, afinal ele não está perdido. Diga apenas “Ele não está”;
• Quando for transferir uma ligação externa a alguém internamente da sua empresa, tenha a delicadeza de adiantar o assunto ao colega de trabalho e só assim transferir a ligação. Não cometa a grosseria de transferir diretamente a ligação sem mesmo saber se seu colega está em seu local de trabalho ou mesmo se ele poderá atender o cliente pois o cliente voltará a ligar para você, e, provavelmente estará irritado;
• Use um tom de voz firme, claro e gentil ao telefone. Evite gírias, diminutivos, gritos, intimidades (amor, bem, querida);
• Se estiver ao telefone com o cliente, evite conversar com a colega de trabalho quando ele sair da linha por alguns instantes. Ele poderá ouvir algum assunto pessoal ou da empresa;
• Se estiver resfriado, evite tossir, espirrar ao telefone enquanto fala. Peça um minuto e coloque o telefone em “espera”. Caso a situação esteja crítica, peça desculpas e ligue em seguida, quando estiver se sentindo melhor;
• Sorria ao telefone. Você pode não perceber, mas fará toda a diferença. Você não se sente mais à vontade quando alguém fala com você sorrindo? Pois é...
• Se não quiser ofender o cliente, evite falar “ Ele saiu”, Está em reunião”, “Não pode atender”. Procure ser sincera na medida do possível e evite esses clichês;
• Seja natural ao telefone. Você não percebe quando alguém está mentindo ao telefone? Tenha certeza de que os outros também!
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• Tente se conter com clientes mal-educados. Mantenha sua classe e postura e tente acalmá-lo. Jamais o interrompa, grite ou seja agressivo com ele.
• Na necessidade de anotar um recado para o chefe ou colega de departamento, tenha sempre à mão papel e caneta, escreva com letra legível e fale e anote corretamente.
Atenção: não faça o cliente repetir várias vezes o recado. Ninguém suporta isso!
• E, não se esqueça de anotar dia, hora e assinar o recado ou, se preferir, envie um e- mail. Não faça o que geralmente a maioria faz; que é o de transmitir o recado quando se encontrar com o colega. E se você não vê-lo? Ele ficará sem receber o recado?
• Quando precisar deixar um recado no celular ou no escritório do cliente, fale de forma clara e pausada, repita apenas o telefone de contato e agradeça.
• Por fim, quando ligar para alguém, diga já na primeira frase seu nome, empresa e porque está ligando. Assim evitará aqueles intermináveis e cansativos diálogos.
NOÇÕES DE PROTOCOLO
Procedimentos de protocolo
Conhecimentos básicos
Nas repartições, que vêm se organizando de acordo
com os princípios de organização racional do trabalho,
há sempre integrado, ao grupo que atende às atividades
de administração geral ou de atividades meio um
núcleo onde se centraliza o movimento da
correspondência e da documentação. Este núcleo pode
ser chamado de serviço, seção ou turma de
comunicações, variando o nome em função do
movimento dos papéis. Seja ele mesmo serviço, seção
ou turma a finalidade dessa dependência é controlar
toda a correspondência recebida ou expedida da
organização de que faz parte. O protocolo é a unidade
responsável pelo controle do recebimento e expedição
de correspondência de uma empresa. A recepção e a
expedição de documentos representam a primeira
atividade documental na empresa. Toda continuidade,
certa ou errada, depende dessa primeira atividade.
Antigamente, o protocolo ainda era responsável pela
tramitação da correspondência interna
(memorando/cartas/ofícios/etc.). Atualmente, esse
controle é feito pelas próprias unidades, por meio de
arquivos correntes e/ou secretários. Cabe ao protocolo
a administração das correspondências externas, no que
se refere à sua recepção e expedição. As suas
atribuições são: receber, classificar, registrar e
distribuir a correspondência recebida, adicionando a
ela, quando necessário, os antecedentes ou
procedentes; conferir, numerar e expedir a
correspondência elaborada no órgão e arquivar as
cópias da correspondência e dos outros documentos.
Também faz parte desses serviços informar e orientar o
público quanto ao andamento dos processos.Dividem-
se os órgãos de protocolo em quatro setores distintos:
• Entrada - Expedição
• Informação - Arquivo
Funções típicas
- Receber - Verificar se o documento está dirigido à
autoridade competente, se está redigido em termos
próprios, se selado devidamente quando necessário e
ainda conferir os anexos, quando houver.
- Registro e Autuação é o procedimento no qual o
protocolo cadastra o documento em um sistema de
controle (informatizado ou manual) atribuindo ao
mesmo um número codificado de acompanhamento. A
autuação, utilizada geralmente para processos, é
também conhecida como protocolização. O protocolo
também é responsável pela autuação de documentos
advindos dos próprios setores da organização dando
início a processos administrativos internos.
- Classificar - é o processo de analisar a
correspondência e outros documentos de modo a
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arrumá-los logicamente em grupos (por assunto) ou
séries para um arquivamento sistemático.
- Distribuir / Expedição- Remeter às seções
competentes para o devido estudo. É a atividade que
consiste em enviar o documento ao destinatário.
Chama-se distribuição quando é interna e expedição
quando é externa (direcionada a outra instituição
- Controle da Tramitação e Movimentação – O
protocolo deverá fazer o controle da tramitação dos
documentos mediante sistema manual ou
informatizado, no sentido de identificar os
departamentos pelos quais passam os documentos. Tal
controle sobre a movimentação dos documentos é
importante para saber em que local se encontra
determinado documento em um dado momento, bem
como para se consultar os últimos andamentos
realizados na sua tramitação.
Atividade de Informação e Orientação ao Público
Este setor recebe as quatro vias do registro elaborado
pelo primeiro setor (setor de entrada e execução de
tarefas), organiza-as e procede à atualização dos
fichários. A Primeira Via do registro, isto é, a ficha no
1, é guardada em ordem numérica cronológica e é a
que constitui propriamente o registro, pois toda a
movimentação do processo é aí anotada. A Segunda
Via guarda-se em ordem alfabética (pelo nome). A
Terceira Via, de acordo com a procedência; a Quarta
Via, por assunto, conforme o método de arquivamento.
Além de zelar pelos fichários, este setor atende as
pessoas nos "guichês", informando-as e orientando-as
em tudo que for necessário quanto aos processos em
estudo na repartição. Tarefas (competências) do setor
de conferência, numeração e expedição (de
correspondência ou documentos) Este setor revê tudo
que tem de ser expedido, conferindo os anexos, quando
houver, e fazendo a verificação do que deve ficar
arquivado na repartição (principalmente no tocante a
antecedentes e procedentes). Numerar, de acordo com
as séries, os ofícios, as exposições, circulares e toda
forma de correspondência. Também irá sobrescritar os
envelopes e atualizar o fichário referente aos recibos
de correspondência. Nos serviços de comunicações
modernos, não se usam mais livros-protocolo e sim
recibos, que são depois arquivados por destinatários.
Outras atividades do setor de Protocolo
• Rever a classificação - certificar-se de o
documento a ser arquivado conserva as
mesmas características da entrada. Proceder,
quando necessário, à elaboração das folhas de
referência. Se houver necessidade, deve-se
conferir com o documento original.
• Arquivar as cópias e documentos - o mesmo
deve ser feito nas respectivas pastas. Assim
como controlar as publicações e despachos do
Diário Oficial e Boletim de Pessoal.
• Fornecer antecedentes e precedentes -
elementos que identifiquem a classificação do
documento, o seu Registro e distribuição.
• Fornecer dados à turma de informações - ou
seja, a todos que os solicitarem, independente
do veículo.
• Fornecer certidões de pareceres e informações
quando solicitados por escrito. Compete ainda
a este setor controlar os prazos de empréstimo
de documentos. O órgão de comunicação tem
ligação direta com os de documentação, pois
fornece todos os meios necessários para que
este possa analisar os seus fichários de
referência e divulgar o que for necessário ao
conhecimento do público.
Correspondência oficial - é constituída pelos
documentos concernentes ao serviço público. Toda
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correspondência oficial é propriedade do Estado.
Nenhuma peça dessa correspondência deve ser
destruída ou desviada sem a prévia e expressa
autorização, que depende de um estudo minucioso, a
fim de se julgar se de fato o documento nenhum valor
apresenta, quer administrativa ou historicamente. A
correspondência de uma determinada organização
pode ser externa ou interna, conforme seja trocada
entre suas próprias dependências ou com autoridades
estranhas à organização ou a particular.