Administração e escolas de pensamento
-
Upload
vanilsonsertao01 -
Category
Education
-
view
465 -
download
1
Transcript of Administração e escolas de pensamento
Conceito de AdministraçãoLatin administratione = direção ou gerência ato de dirigir um empreendimento, com objetivo de alcançar uma meta.
Koontz e O´Donnel (1982 p.1) criação e manutenção de um ambiente interno, em uma empresa, onde grupos organizados de indivíduos trabalham com vistas à consecução de metas.
Introdução à Administração
Algumas observações relativo à AdministraçãoMota e Vasconcelos (2006, p.xi) : é comum o uso alternado das palavras administração e organização teoria geral da administração = teoria das organizações organização pode ser sinônimo de empresa, ou firma; organização é uma das funções administrativas de Fayol (1916)
Introdução à Administração
As funções administrativas Segundo Fayol (1916) : Planejamento Organização Coordenação (a fusão da direção e coordenação) Controle
Introdução à Administração
Introdução à Administração
Presidente
Diretoria Projetos & Processos
Preocupações do dia-a-dia
Departamentoss
Funcionários
Planejar Organizar Coordenar Controlar
Planejar Organizar Coordenar Controlar
Projeto Processo Processo
RH/RM
S N
N Ambiente externo
Presidente
Diretoria Projetos & Processos
Preocupações do dia-a-dia
Departamentoss
Funcionários
Planejar Organizar Coordenar Controlar
Planejar Organizar Coordenar Controlar
Projeto Processo Processo
RH/RM
S N
N Ambiente externo
Escolas de Pensamento da Administração
Evolução do conceito de AdministraçãoAo longo do século XX ocorreram evoluções
dialéticas, em movimentos que caracterizaram 7 escolas de pensamento: Clássica Burocrática Relações Humanas Racionalidade Limitada Motivação e Liderança Sistemas Abertos Contigência Estrutural
Mota e Vasconcelos, 2006Teoria Geral da AdministraçãoSP: Thomson
Escolas de Pensamento da AdministraçãoEscolas de pensamento e focos de anEscolas de pensamento e focos de anááliselise
ASPECTO ESTRUTURALASPECTO ESTRUTURAL
Teoria dos Sistemas Abertos e a Escola Sócio-técnica Escola Clássica
.Teoria da Contingência BurocraciaEstrutural .
Racionalidade LimitadaEscola de Relações Humanas
Teorias sobre Motivação e Liderança
ASPECTO RELACIONALASPECTO RELACIONAL
AAMMBBIIEENNTTEEEEXXTT
AAMMBBIIEENNTTEEIINNTT
A Escola Clássica Idéia central = o homo economicus:
Escolas de Pensamento da Administração
um ser humano previsível e controlável, egoísta e utilitarista otimiza ações, após pesar todas alternativas tem racionalidade absoluta seus incentivos são monetários
A Escola Clássica Características:
Escolas de Pensamento da Administração
administração realizada por 5 funções: planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar Busca da melhor maneira de produção, por meio de métodos científicos especialização da operação autoridade hierárquica remuneração com base na produção
A Escola Clássica Características:
Escolas de Pensamento da Administração
busca de estruturas e sistemas perfeitos divisão do trabalho centralização das decisões poucos subordinados por gerente (amplitude de controle) Impessoalidade nas decisões
Hoxie em 1915Scientific management andlaborNY: Kelley, 1966
A Escola Burocrática Idéia central = o homem organizacional:
Escolas de Pensamento da Administração
indivíduo flexível, resistente a frustração otimiza ações, após pesar todas alternativas indivíduo habilitado a mudanças rápidas e contínuas homem político
A Escola Burocrática Mudanças:
Escolas de Pensamento da Administração
Autoridade tradicional Autoridade racional-legal Lógica da “impessoalidade”
o cargo permanece, os ocupantes é que mudam Monarquia (Rei) Democracia (Presidente República)
surgimento e consolidação das indústrias e racionalidade técnica
A Escola Burocrática Características:
Escolas de Pensamento da Administração
existem funções definidas e competências determinadas por lei existem direitos e deveres, dados por regras e regulamentos hierarquia definida por regras recrutamento é feito por regras previamente estabelecidas remuneração segue o principio da isonomia Promoção e avanço na carreira são regulados por normas
A Escola Burocrática Conclusão:
Escolas de Pensamento da Administração
solução organizacional que evita : Arbirariedade Confronto entre indivíduos e grupos Abuso de poder
regras e rotinas fornecem: Segurança minimizam incertezas e riscos Mecanismo de defesa contra ansiedade
Escolas de Pensamento da Administração
o comportamento humano não é simples nem mecanicista o ser humano é condicionado pelo sistema social e pelas demandas biológicas todo homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-realização
A Escola de Relações Humanas
Idéia central = o homo socialis:
A Escola de Relações Humanas
Escolas de Pensamento da Administração
Base teórica: aumento da lucratividade pela diminuição de custos oriundos de conflitos internos (na empresa)
Mayo investiga comportamento de funcionários em fábrica de lâmpadasExp. de Hawthorne (1923 iluminação, 1927 conversas e 1931 grupo)Barnard (1938) organizações informais
A Escola de Relações HumanasCaracterísticas:
Escolas de Pensamento da Administração
o trabalho é uma atividade de grupo o mundo social é padronizado em relação à atividade no trabalho a moral e produtividade dependem de reconhecimento, do senso de segurança e de pertencer a algo. atitudes e eficiência são condicionadas por demandas sociais atitudes e hábitos do trabalhador sofrem influência dos grupos informais colaboração do grupo ocorre de forma planejada e desenvolvida
A Escola de Motivação e LiderançaIdéia central = o homo complexus:
Escolas de Pensamento da Administração
o ser humano tem necessidades múltiplas e complexas o ser humano tem desejo de autodesenvolvimento e realização o trabalho fornece sentido à sua existência autonomia de pensamento
A Escola de Motivação e LiderançaDesenvolvimento do papel gerencial: Instrumental e Político
Modelo InstrumentalModelo Instrumental Gerente conservador e burocrático
Escolas de Pensamento da Administração
empresa é um instrumento racional de produção a empresa busca resultados econômicos pagamento depende de produtividade eficiência social gera eficácia econômica autonomia e descentralização são padrões de processos decisórios indivíduos são considerados agentes condicionáveis e previsíveis
A Escola de Motivação e LiderançaDesenvolvimento do papel gerencial: Instrumental e Político
Modelo PolModelo PolííticoticoInstituto Tavistock (Londres) participação e debate
Escolas de Pensamento da Administração
eficiência econômica negociada aceitação de conflitos e necessidade de negociação avaliação de resultados feita pelo grupo organizacional indivíduos são atores políticos que buscam concretizar seus interesses mudança organizacional é desejável e necessária meio ambiente é construído por alianças estratégicas uma organização é vista como uma arena política
A Escola da Racionalidade limitada
Idéia central = não existe uma racionalidade absoluta, sendo relativa ao sujeito que decide:
Escolas de Pensamento da Administração
aceita a existência de conflitos no processo decisório gerentes e tomadores de decisão possuem interesses, preferências e valores diferentes entre si tomadores de decisão formam coalizões e alianças políticas soluções devem ser negociadas continuamente
Escolas de Pensamento da Administração
Base teórica: Racionalidade Limitada, Jogos de poder e Processos decisóriosSimon (1947), Administrative behaviorCohen, March e Olsen (1972), garbage can model(As anarquias organizadas propostas são críticas a escola burocrática)
Lindblom (1978), the science of muddling through
A Escola da racionalidade limitada Características:
Escolas de Pensamento da Administração
decisões são satisfatórias, mas não ótimas existe limitações nos seres humanos para acessar e processar, cognitivamente, todas as opções otimização de decisões é uma ficção impossibilidade material de acessar todas informações necessarias, devido problemas de tempo e de custo pressões afetivas, culturais e jogos de poder influenciam decisões
A teoria dos sistemas abertosIdéia central = uma empresa é um sistema aberto que interage com o meio ambiente:
Escolas de Pensamento da Administração
uma empresa interage com o meio ambiente empresas recebem matéria-prima e mão-de-obra; processa insumos e transforma em produtos interage com o meio colocando seus produtos no ambiente existem limites e barreiras que definem a esfera de ação
Ludwig von BertalanffyThe theory of open systems in physics and biology - Science, nr 111, p.23-28, 1950
General system theory. Yearbook of Society for Advancement of General Sys Theory, 1956
A teoria dos sistemas abertosEmery e Trist (1965) existem quatro tipos de meio ambiente:
Escolas de Pensamento da Administração
ambiente estável e difuso poucas mudanças e pouca competitividade ambiente estável e concentrado poucas mudanças e competição, organizações disputam espaço ambiente instável e reativo muitas mudanças organizacionais e pequena diferenciação entre as organizações ambiente turbulento mudanças radicais, grande competição, mundo complexo, clima similar à de grandes eventos mundiais.
A teoria de sistema abertosCaracterísticas:
Escolas de Pensamento da Administração
enfoque interdisciplinar dinamismo das organizações organização como sistema aberto interação com o meio ambiente funcionamento auto-controlado hierarquização de sistemas
A Escola da Contigência estruturalIdéia central = o meio ambiente é dinâmico:
Escolas de Pensamento da Administração
meio ambiente é heterogêneo, diverso, segmentado e sujeito a mutações toda organização precisa desenvolver seu diferencial competitivo toda organização deve se preocupar em manter integração, bem como manter equilíbrio entre o diferencial proposto e a integração necessária deve tolerar ambigüidades que sustentam o equilíbrio
A Escola da contigência estruturalEsta escola prescreveu dois modelos (Burns e Stalker, 1961): Modelo Mecânico e Modelo Orgânico
Modelo Mecânico (ambientes estModelo Mecânico (ambientes estááveis)veis)
Escolas de Pensamento da Administração
especialização do trabalho – cada indivíduo tem sua tarefa papéis determinados para um conjunto de tarefas especificas hierarquia reforçada autoridade centralizada padronização de tarefas controles burocráticos reforçados (tightly coupled system)
A Escola da contigência estruturalEsta escola prescreveu dois modelos (Burns e Stalker, 1961): Modelo Mecânico e Modelo Orgânico
Modelo Orgânico (ambientes turbulentos)Modelo Orgânico (ambientes turbulentos)
Escolas de Pensamento da Administração
coordenação e equipes multifuncionais mecanismos de integração complexos papéis complexos, redefinidos continuamente, e não correspondendo só a uma tarefa descentralização e autonomia organização baseada em competência técnica pouco controles burocráticos (loosely coupled system)
Barnard, C. The functions of the executive. Cambridge: Harvard Press, 1938. Blau, P. The dunamics of bureaucracy. Chicago: University of Chicago Press, 1955. Burns, T.; Stalker, G.M.The management of innovations. 3.ed. London:Tavistock Pub, 1961. Cohen, M et al. A garbage can model of organization choice. Administrative Science Qarterly, v. 17, p. 1-25, 1972. Crozier, M. Le phénomène bureaucratique. Paris :Seuil, 1964. Cyert, R.; March, J. A behavioral theory of the firm. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1963. Emery, F; Trist, E. The causal texture of organizational environments. Human Relations, n. XVIII, p. 21-33, 1965. Fayol, H. Administration industrielle et générale. Paris : Dunod, 1916.
Festinger, L. A theory of cognitive dissonance. NY: Harper, 1957Follett, M.P. The collected papers of Mary Parker Follett. In Dynamics administrations. NY: Harper, 1940; Gouldner, A. Patterns of industrial bureaucracy. Glencoe: Free Press, 1954.Herzberg, F. Managerial choice: To be efficient and to be human. NY: Down=Jones Irwin, 1959.Homans (1950), G.C. El grupo humano. Buenos Aires: Eudeba, 1950,Kahn et al (1964, Organizational stress : studies in rale conflict and ambiguity. NY: John & sons, 1964Katz, D.; Kahn, R.L. Psicologia social das organizações. SP:Atlas, 1970. Koontz, H.; O´Donnel, C. Princípios de Administração – Uma análise das funções administrativas. Vol.1, 13ª Ed. SP: Pioneira, 1982Lawrence, P.; Lorsch, J. Organization and environment: Managing differentiation and interaction. Boston: Harvard Univ Press, 1967.
Likert, R. New patterns of management. Toquio: Int. Student Ed, Kagakusha, 1961Lindblom, C. The science of muddling through. Public Administration Review, n. XIX, p. 79-88, 1978.Maslow, A. A theory of human motivation. Psychological Review, v. 50, p. 370-396, 1943. Mayo, E. The human problems of an industrial civilization. NY: Viking, 1968); McGregor, D. The human side of enterprise. In Bennis, W.; Schein, E. eds. Leadership and motivations: Essays of Douglas McGregor. Cambridge: MIT Press, 1966.McClelland, D. C. Human motivation. NY: Cambridge University Press, 1985.Merton, R. The role-set: problems in sociological theory. British Journal of Sociology, v. 8, p. 106-120, 1950.
Motta, F.C.P.; Vasconcelos, I.F.G. Teoria Geral da Administração. 3ª Ed. SP: Thomson, 2006.Roethlisberger, F.J.; Dickson, W. Management and the worker. Cambridge: Harvard Press, 1939Selznick, P. TVA and tge grass roots. Berkeley: University of California Press, 1955Simon, H. Administrative behavior: A study of decision making processes in administrative organization. NY: Free Press, 1947.Taylor, F. The principles of scientific management NY:Norton, 1911Wahrlich, B. Evolução das ciências administrativas na América Latina. Revista da Administração Pública, v. 13, n. 1, p. 31-68, 1979Weber, M. The theory of social and economics organization NY: Oxford, 1947.Woodward, J. Industrial Organizations: theory and practice. Oxford: Oxford Univ Press, 1968