Administrando o Fluxo de Caixa Com Eficiência

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FLUXO DE CAIXA

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA FACULDADE DE CINCIAS ECONMICAS

    CURSO DE PS-GRADUAO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL AREA DE CONCENTRAO PRIVADA

    ADMINISTRANDO O FLUXO DE CAIXA COM EFICINCIA

    LEONI APARECIDA PALHANO RIBEIRO

    CURITIBA 2011

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    LEONI APARECIDA PALHANO RIBEIRO

    ADMINISTRANDO FLUXO DE CAIXA COM EFICINCIA

    Trabalho apresentado para obteno parcial do ttulo de especialista em Desenvolvimento Regional no curso de Ps-Graduao em Desenvolvimento Regional do dep. Desenvolvimento Regional e Local: Estratgias de Desenvolvimento Econmico.

    Orientador: Prof. Rafael Gustavo Tortato

    CURITIBA 2011

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    DEDICATORIA

    Dedico minha filha, Ana Paula, que como os sonhadores alaram grandes voos com medo do desconhecido, e trabalham incansavelmente para obteno de sua prpria luz...

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a toda a natureza viva ou morta, os animais, as rvores, as pedras, os homens enfim a todos... Somente assim conseguiremos interpretar o cenrio chamado vida...

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    EPGRAFE

    Os 7 segredos do sucesso

    1. No h segredos. Somente o trabalho duro dar resultados. 2. To logo surge um segredo, todos conhecem imediatamente 3. Nada mais importante do que um fluxo de caixa positivo. 4. Se voc ensina uma pessoa a trabalhar para outras, voc a alimenta por um ano, mas, se voc a estimula a ser empreendedor (a), voc a alimenta, e a outras, durante toda a vida. 5. No deixe o caixa ficar negativo. 6. O Empreendedorismo, antes de ser tcnico ou financeiro, , fundamentalmente, um processo humano. 7. A felicidade um fluxo de caixa positivo.

    Timmons (1994)

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ..........................................................................................................9 1.2 PROBLEMA .........................................................................................................12 1.3 QUESTES NORTEADORAS.............................................................................12 1.4 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................12 1.5 OBJETIVOS .........................................................................................................13 1.5.1 Objetivo Geral ...................................................................................................13 1.5.2 Objetivos Especficos ........................................................................................13 2 REFERENCIAL TERICO......................................................................................14 2.1 CONCEITO DE FLUXO DE CAIXA......................................................................14 2.2 FLUXO DE CAIXA................................................................................................17 2.3 ANLISE DOS RESULTADOS DE CAIXA...........................................................21 2.4 ADMINISTRAO FINANCEIRA.........................................................................25 2.5 CAPITAL DE GIRO ..............................................................................................27 2.6 FLUXO DE CAIXA REALIZADO E PROJETADO ................................................29 2.7 ANLISE DA DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA....................................30 2.7.1 Formas de Apresentao da Demonstrao de Fluxo de Caixa .......................31 2.7.2 Modelo de Fluxo de Caixa.................................................................................34 2.8 INTERPRETAO DOS RESULTADOS.............................................................36 3 METODOLOGIA .....................................................................................................38 3.1 TIPO DE ESTUDO ...............................................................................................38 3.2 TIPO DE PESQUISA............................................................................................38 4 CONSIDERAES FINAIS ....................................................................................40 REFERNCIAS..........................................................................................................42

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Fluxo do disponvel..................................................................................31 Figura 2: DFC pelo mtodo direto para uma instituio financeira .....................32 Figura 3: DFC pelo mtodo indireto .......................................................................33

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    RESUMO

    Fluxo de caixa um instrumento regenerativo na administrao financeira, que descreve as receitas e despesas distribudas com maior especialidade, bem como um instrumento gerencial que controla e orienta todas as rotinas financeiras como entradas e sadas de valores monetrios preestabelecidos num perodo pode ser dirio, semanal, mensal, etc. Com a demonstrao do fluxo de caixa, o usurio desta ferramenta tem uma viso de planejamento, de tomada de deciso e da capacidade do gerenciador lidar com muitas aes concernentes ao caixa. Neste contexto econmico, o fluxo de caixa, dentro de uma viso sistmica, composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber de vendas, de despesas, de saldos de aplicaes, e todos os demais que representem as movimentaes de recursos financeiros disponveis da organizao. Cada fonte bem instrumentalizada tem como base, neste andar do planejamento, o controle que auxilia na previso, visualizao e controle das movimentaes financeiras, dimensionando, com segurana, o capital de giro. Atravs do Fluxo de Caixa o administrador preocupa-se em analisar o deslocamento dos recursos financeiros da empresa a fim de assegurar um fluxo constante de produo e comercializao, que flutuaro com as vendas, possibilitando ao profissional planejar melhor suas aes futuras ou acompanhar o seu desempenho. Acresce-se que toda linha de anlise operacional antecipada permite uma ao preventiva e corretiva do administrador em eventuais declives operacionais, e tambm permite tomar as providncias necessrias para que haja disponibilidade de caixa nas datas de vencimento de impostos, taxas, prestaes, financiamentos e outros desembolsos com data certa, que incorrem em multas e juros caso atrasem. Por este motivo, torna-se uma ferramenta de suporte estrutural para o crescimento econmico da instituio.

    Palavras-chave: Administrao Financeira, Gerenciamento, Controle de entradas e sadas.

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    ABSTRACT

    Cash flow is a regenerative tool in financial management, which describes the distributed income and expenses with greater expertise as well as a management tool that controls and directs all financial routines as inputs and outputs of monetary values in a predetermined period - can be daily, weekly, monthly, etc... With the cash flow statement, the user of this tool has a vision of planning, decision making and the manager's ability to handle many actions pertaining to the box. In this economic environment, cash flow, within a systemic view, consists of data obtained from controls, accounts payable, accounts receivable, sales, expenses, sales applications, and representing all other drives the financial resources of the organization. Each source is based on well-orchestrated, this floor planning, control, which helps to predict, display and control of financial transactions, measuring, with security, the working capital. Cash Flow Through the administrator is concerned with analyzing the movement of the company's financial resources to ensure a steady flow of production and marketing, which will fluctuate with sales, enabling professionals to better plan their future actions and monitor their performance. In addition to the whole line of analysis allows an operating early preventive and corrective action of the administrator in any operating slopes, and also allows you to take the necessary steps so that there is cash available in due dates of taxes, benefits, financing and other disbursements to date certain, which incur penalties and interest if late. For this reason, it becomes a tool for structural support for the economic growth of the institution.

    Words key: Financial Management, Management, Control inputs and outputs.

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    1 INTRODUO

    O fluxo de caixa um instrumento de utilizao da empresa, importante na gesto da administrao financeira, pois serve para dimensionar, com segurana, as tomadas de decises. Uma vez programada as necessidades financeiras e determinadas as fontes de recursos para o fluxo de caixa, consegue-se fazer uma anlise da liquidez da empresa, identificar fatores e prever futuros problemas de caixa. Sem perda de tempo, pois muitas empresas, mesmo apresentando lucros, chegam falncia por falta de caixa.

    essa a preocupao do administrador financeiro, que tem o objetivo de registrar as informaes decorrentes das movimentaes financeiras da empresa, considerando um determinado perodo de tempo, sendo que os controles projetados no fluxo de caixa simples, porem deve-se ter muito cuidado em analisar e manter os dados atualizados, para que a empresa possa ter agilidade e segurana em suas atividades financeiras.

    Ao se analisar a estrutura econmica e financeira de uma empresa a administrao de recursos em caixa, utiliza-se desses registros informativos de mdio e longo prazo, como ferramenta para alcanar os objetivos traados durante todo o planejamento da projeo financeira dentro da organizao. Analisando tambm a viabilidade de execuo de possveis projetos da empresa. Existe vantagem desta ferramenta e sua utilizao, pois o fluxo de caixa um dos instrumentos para eficincia da gesto do empreendedor, que exatamente a de prever como se comporta a disponibilidade de recursos e tomar algumas providncias que possibilitem a visualizao do passado e, principalmente, do futuro da empresa.

    O administrador se utiliza desta forte ferramenta para levantar dados projetados no fluxo de caixa, como pea - chave no controle do capital de giro, viabilizando a utilizao em investimentos e como mecanismo de controle que permite identificar com antecedncia gastos excessivos e desnecessrios para a organizao.

    A empresa que no utiliza o fluxo de caixa fica vulnervel a eventuais mudanas de mercado e com um planejamento falho. Isso acontece, pois a

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    organizao no sabe antecipadamente quanto e quando eventualmente precisar de um financiamento.

    De acordo com a situao financeira da empresa, com um planejamento e controle financeiro operacional fundamental (pulmo da empresa), que no diz respeito ao lucro, mas a forma de como ser empregado, as entradas e sadas em dinheiro que fluem da empresa (liquidez), em um determinado perodo de tempo (dirio, semanal e mensal), sendo que as empresas que utilizam esta metodologia dificilmente fracassam.

    As empresas que buscam com esta nesta ferramenta facilitar o diagnstico e verificar as metas propostas garantem neste percurso, uma somatria relevante que os preparam para um futuro resultante de estimativas previamente realizadas pelas organizaes em seu plano geral de operaes. Trata-se de um sistema que auxilia no registro e controle de quanto e quando o dinheiro entrou e saiu do caixa em um determinado perodo, realizado e a se realizar, de forma diria e acumulada.

    A programao financeira se realiza atravs de operaes de vendas, compras e investimentos todos os dias, abrindo portas e configurando o fluxo permanente de caixa. O volume monetrio se maior ou menor, depende do perodo em que ocorrem as compras e vendas, tendo como a base o mercado financeiro do momento. Em linhas gerais, sob o ponto de vista gerencial, com a previso de entradas e sadas de dinheiro e de compra, o fluxo de caixa se torna disponvel para saldar os compromissos.

    Dessa forma, o no gerenciamento do fluxo de caixa pode gerar pnico, caso acontea falta de verba, e acarretar a necessidade de emprstimos com maiores taxas de juros. Assim o fluxo de caixa depende de vrios fatores operacionais ligados a cada atividade econmica, o porte da empresa, o processo de produo e/ou comercializao.

    Alguns tipos de fluxo de caixa so: Fluxos Operacionais, com entrada e sada diretamente relacionadas produo e venda dos produtos e servios da empresa, sendo vendas vista e vendas a prazo; pagamentos de promissrias assumidas com terceiros, sendo sada de dinheiro; resultado operacional, que o resultado das operaes da empresa do total das entradas, subtraindo o total de

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    pagamentos; saldo final de caixa, que representa o valor final resultante das movimentaes financeiras do perodo de projeo do fluxo de caixa.

    De acordo com o fluxo de caixa, elaborado o tipo de atividade econmica, dependendo tambm do porte da empresa e de seu processo de comercializao, e a demonstrao pode ser elaborada de duas formas:

    a) De posse do livro caixa, lanando as operaes conforme a sua natureza, extraindo todos os saldos necessrios para dar incio elaborao da demonstrao.

    b) Demonstraes financeiras, uma vez que nem sempre a pequena empresa utiliza o livro caixa, normalmente elaborado por um profissional de contabilidade externa.

    Conforme afirmao de Gitman (1997, p.88), a demonstrao dos fluxos de caixa permite ao administrador financeiro e a outras pessoas interessadas analisar o passado e possivelmente o futuro fluxo de caixa da empresa Identifica-se que o fluxo de caixa registra todas as entradas e sadas, e por ser dinmico, pode ocorrer perodo de sobra e falta de caixa, finalizando o saldo de caixa com dficit ou supervit.

    Se a empresa estiver operando com prejuzo, somente tomar emprstimos junto ao banco no vai resolver o problema, pelo contrrio, vai gerar mais despesas com juros, o que aumentar mais ainda o prejuzo. Se estiver operando com lucros, necessrio avaliar se o custo da contratao de emprstimos compensado com o aumento dos negcios e do lucro.

    Entretanto, se o saldo de caixa oscila entre negativo e positivo e com o tempo ele se compensa, isto sintoma de m utilizao de capital, seja por fatores administrativos ou por fatores externos empresa. Nestas circunstncias, uma boa previso pode detectar antecipadamente o problema, evitando maiores perdas.

    Ao concluir este trabalho, notou-se que a importante ferramenta diria de uma empresa o fluxo de caixa, elencando fatores que nortearo toda a evoluo ou decadncia de uma determinada empresa, pois um fluxo continuo de informaes, considerando todas as fontes de recursos que aparentemente se tornam escassas, propondo estimativas futuras no enlace de cada caracterstica da programao financeira empresarial.

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    1.2 PROBLEMA

    Qual a importncia do fluxo de caixa para eficcia da administrao financeira

    1.3 QUESTES NORTEADORAS

    Quais os elementos que envolvem o fluxo de caixa; Por que o fluxo de caixa deve registrar as movimentaes financeiras de

    caixa da empresa, considerando um perodo de tempo determinado; Como funciona a administrao financeira.

    1.4 JUSTIFICATIVA

    Com a demonstrao financeira do fluxo de caixa considerada uma ferramenta essencial para determinar um planejamento financeiro, pois proporciona informaes para tomada de decises importantes, como possveis investimentos na empresa considerando as necessidades de caixa da empresa e as tendncias do mercado. O fluxo de caixa consiste em um relatrio gerencial financeiro que informa todas as movimentaes de entrada e sada de dinheiro, considerando o ciclo operacional financeiro da empresa, que pode ser uma semana, um ms e tambm um controle dirio do caixa, visando a uma projeo financeira de resultados.

    Na atual conjuntura econmica, exige-se que o administrador financeiro deva estar preparado e com uma equipe qualificada, bem como possa contar com um sistema de informaes eletrnico abrangente, sobretudo inteligente que, partindo deste controle da situao financeira, positiva ou negativa, possa ter um conhecimento dos momentos em que surgem as insuficincias de caixa, que possibilitem empresa agilidade e segurana em suas atividades financeiras para recorrer s fontes de capital para sanar as falhas, ou no caso de observar a existncia de saldos excessivos em caixa, o administrador utilize esses recursos, visando ao investimento na empresa e maximizao de lucros.

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    1.5 OBJETIVOS

    1.5.1 Objetivo Geral

    Realizar um estudo bibliogrfico, com pesquisa documental de forma a obter informaes necessrias para avaliar a importncia do fluxo de caixa para a eficcia da administrao financeira.

    1.5.2 Objetivos Especficos

    Conhecer os processos utilizados na elaborao de fluxo de caixa; Apresentar um panorama geral sobre algumas caractersticas e

    necessidades das grandes empresas; Enfocar a importncia do planejamento atravs do fluxo de caixa para

    esta empresa; Criticar e apontar as deficincias existentes no processo de elaborao

    de fluxo de caixa na empresa; Citar modelos de fluxo de caixa para o controle econmico-financeiro.

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    2 REFERENCIAL TERICO

    2.1 CONCEITO DE FLUXO DE CAIXA

    O fluxo de caixa matemtico no diz respeito ao lucro e sim quantidade de dinheiro que entra e sai de um negcio em um determinado perodo, para que assim seja possvel saldar os compromissos assumidos nos prazos estipulados. Ou seja, nele se vem o quanto se pode investir no momento e fazer previses de quanto poder investir no futuro. Para Zdanowicz (1998, p.33) o fluxo de caixa o instrumento que permite demonstrar as operaes financeiras que sero realizadas pela empresas, facilitando a anlise e a deciso de comprometer os recursos financeiros, de relacionar o uso das linhas de crditos menos onerosas, de determinar o quanto a organizao dispe de capital prprio, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma possvel.

    Quintana (2009, p. 19) afirma que o controle do fluxo de caixa ocorre a partir da comparao entre o valor projetado e o realizado. Desta forma, mais do que atingir exatamente o valor projetado, o principal objetivo da empresa, ao elaborar o fluxo de caixa, identificar os motivos das variaes entre o que foi projetado e efetivamente realizado, para que assim exista uma contribuio efetiva para o processo de gesto financeira.

    Nas empresas de pequeno porte, devido simplicidade de sua estrutura e sem departamentos e funes bem definidas, o fluxo de caixa tende a ser a principal fonte instrumentalizada que ter forte contribuio ao empreendedor nos efeitos das decises tomadas quanto a todas as operaes financeiras que alterem diretamente o caixa da empresa, como por exemplo: prazo de pagamento; descontos aos clientes. Pode tambm gerar necessidade de captao de recursos para pagamento das obrigaes e, dependendo da disponibilidade da empresa, pode implicar na inocorrncia de despesas financeiras. E isso deve ser considerado custos da operao, ao se calcular, os preos praticados para vendas a prazo. A contribuio do fluxo de caixa, para entendimento destas decises, fundamental, j que, nas pequenas empresas, as decises geralmente so concentradas pelo prprio empreendedor. Outro motivo para o controle dos fluxos de pequena empresa a

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    escassez de caixa, fator que pode levar a empresa a fracassar independente de estar obtendo lucro.

    A sobrevivncia da empresa depende da disponibilidade de dinheiro disposio quando for necessrio. A falta de dinheiro na hora certa pode ser decisiva ao fracasso.

    nesse contexto que Neto & Silva (1997) destacam o fluxo de caixa como um instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa, sendo, em nvel gerencial, indispensvel em todo o processo de tomada de decises financeiras.

    Para se ter um bom fluxo de caixa deve-se ter em mente, no entanto, que de nada vale um bom fluxo de caixa quando no so tomadas as medidas necessrias para compreenso da problemtica ou otimizar as instncias lucrativas. Ao usar esta ferramenta para diagnosticar o fluxo de caixa, no se apresentam isoladas solues, pois nada por si s. Seja para pequenas ou grandes empresas e at mesmo para o oramento familiar, o fluxo de caixa deve ser o primeiro passo que serve para projetar, no tempo, as tomadas de decises acertadas, que podem mudar o rumo da empresa

    Tanto no fluxo de caixa quanto na projeo de fluxo de caixa, o detalhamento de entradas e sadas de capital permite uma viso ampla e clara sobre vrios aspectos do funcionamento da empresa. Uma das vantagens desse demonstrativo facilitar a administrao financeira das empresas. Com ele se pode saber se os problemas financeiros tm origem no Operacional, nos investimentos, nos financiamentos, ou ainda numa combinao dos trs grupos. Filho, (1999. p. 32).

    Ao examinar um fluxo de caixa, possvel prever, adicionar e subtrair gastos com matria-prima, folha de pagamentos e outros gastos. Tambm a partir de um fluxo de caixa corretamente feito que so verificados os reais recebimentos feitos.

    Nestas condies, a forma mais rpida de se apurar o fluxo de caixa proveniente das operaes a partir do demonstrativo de resultados de um perodo somar ao lucro lquido aquelas despesas classificadas como no desembolsveis e subtrair as receitas tidas como no realizadas financeiramente. (NETO, SILVA, 1997).

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    Sendo o fluxo de caixa basicamente a diferena entre crditos e dbitos num perodo estabelecido, o fluxo de caixa permite a leitura instantnea dos lucros ou prejuzos de uma empresa. Permite ainda, verificar possveis reas problemticas que pedem ateno e soluo. Para micro e pequenas empresas, o fluxo de caixa , na maioria das vezes simples e pode ser feito atravs de registros manuais ou em planilhas simples de controle financeiro. Para grandes empresas e empreendimentos de vulto, um fluxo de caixa mais elaborado fundamental.

    Um fluxo de caixa bem elaborado e acompanhado com ateno permite a tomada de decises mais acertadas e auxilia na gesto de diversos departamentos de uma empresa. Como pea fundamental da boa gesto financeira, importante que os gestores da rea estejam sempre atualizados e em dia com os mtodos mais eficazes. O conhecimento acerca de cursos de fluxo de caixa pode ser adquirido em diversas instituies e at mesmo on-line. Programas de fluxo caixa podem ser adquiridos ou baixados e servem como instrumento valioso para a implantao de sistemas e procedimentos de controle financeiro, que so de fcil acesso, e gratuitamente podem ser conseguidos na web, mas importante examinar se sero adequados para o tipo de empresa e se so compatveis com a tecnologia utilizada na organizao.

    Quando utilizadas em conjunto, filtram as informaes das outras demonstraes contbeis, possibilitam aos investidores, credores, acionistas e outros interessados conhece aspectos importantes da forma de conduo do negcio e avaliem: a capacidade da empresa de gerao de caixa futuro, a transparncia nas informaes, para evitar fraudes, e passar maior confiabilidade aos acionistas, investidores e aos interessados.

    De acordo com o ciclo operacional, uma vez programadas as necessidades financeiras o administrador busca determinar as fontes de recursos que podero ser utilizadas para assim distribu-los de forma inteligente e segura, em diversos itens do ativo da empresa. Atravs da construo do fluxo de caixa, o administrador financeiro concilia a manuteno da liquidez e do capital de giro da empresa, para que esta possa honrar as obrigaes assumidas perante terceiros na data de seus respectivos vencimentos, bem com atingir a maximizao de lucros sobre investimentos realizados pela empresa com o ativo.

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    2.2 FLUXO DE CAIXA

    O fluxo de caixa o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa num determinado perodo. (ZDANOWICZ, 1998, p. 19)

    Este instrumento essencial ao planejamento e controle da administrao financeira, pois, atravs dele, planejam-se as necessidades dos recursos financeiros a serem obtidos pela empresa, seguindo de acordo com a situao econmico financeira da empresa, sendo possvel diagnosticar e predizer os objetivos mximos de liquidez e rentabilidade para o perodo em anlise, de forma quantificada em funo das metas propostas.

    As probabilidades que vm com o gerenciamento eficiente do fluxo de caixa, permitem que se possa ter conhecimento do passado, e se faa uma boa projeo do fluxo de caixa futuro (prxima semana, ms, trimestre, etc.). A confrontao entre o fluxo projetado com o realizado indica as variaes que demonstram as falhas nas projees. Estas variaes so excelentes oportunidades de melhoria de novos planejamentos.

    A possvel variao serve como um histrico para poder identificar as divergncias, apontando informaes que auxiliam nas tomadas de decises.

    De acordo com Zdanowicz (1998, p.40), denomina-se fluxo de caixa de uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerrio ao longo de um perodo determinado.

    Ao torna-se possvel a elaborao de um fluxo de caixa eficiente, que atenda toda a demanda financeira de uma empresa, considera-se todas as informaes nele contidas de entradas e sadas sobre cada atividade da empresa, para especificar os tipos de entradas que ingressaram no fluxo de caixa e fazer proviso de clientes que possivelmente so inadimplentes. Ao estabelecer uma linha geral, deve-se buscar de um panorama detalhado de possveis gastos com imprevistos, e na adio destes ajustes financeiros deve-se fazer uma previso e adicionar no fluxo de caixa.

    As despesas decorrentes com diretores, scios, pagamentos de juros e outras despesas, nunca se deixa de incluir na planilha de fluxo de caixa, e constantemente preciso verificar a projeo do fluxo, e caso os administradores da

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    empresa pensem em expandir e investir devem acompanhar os recursos de um fluxo de caixa, caracterizados como Entradas e Sadas.

    Nas entradas contam: vendas vista, cobrana de duplicatas, resgate de aplicaes financeiras, emprstimos, aluguis recebidos, sadas fornecedores, compras vista, tributos, folha de pagamento, despesas gerais, amortizao emprstimos. Para que o fluxo de caixa possa trazer resultados positivos, o mais adequado que fosse programado de semana a semana, ou seja, de segunda a sexta - feira. A projeo pode ser feita de vrias maneiras, com controle dirio, mensal, trimestral, semestral ou anual. Atravs do fluxo de caixa a empresa pode observar como so captados e aplicados os recursos. O fluxo realizado ou histrico e o projetado ou oramento de caixa permitem identificar as variaes e as causas dessas variaes.

    O lanamento das entradas e sadas de recursos financeiros para um determinado perodo se antecipa s necessidades de captar recursos ou aplicar excedentes de caixa em investimentos rentveis para a empresa, de forma a manter: um fluxo equilibrado, otimizao da aplicao de recursos prprios e de terceiros nas atividades mais rentveis pela empresa.

    Para Zdanowicz (1998, p.127) importante o planejamento do fluxo de caixa, porque ira indicar antecipadamente as necessidades de numerrio para o atendimento dos compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem saldados. Com isso, o administrador financeiro estar apto a planejar com a devida antecedncia, os problemas de caixa que podero surgir em conseqncia de resolues cclicas das receitas ou de aumentos no volume de pagamentos.

    O departamento de atendimento ao cliente vendas" deve estar em sintonia com a programao financeira sem tomar decises isoladas e levar em conta as implicaes das medidas a serem implantadas. Com efeitos em uma escala das entregas que pode alterar o fluxo de caixa, uma vez que determina os prazos e vencimentos de quitao com fornecedores de matria - prima. A empresa utiliza-se destas ferramentas com total relevncia gesto financeira para o alcance das metas propostas que, por sua vez, devem ter um empenho sem medir esforo no ato de sua aplicao.

    Dentre as muitas vantagens oferecidas no uso do fluxo de caixa destacam-se:

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    Viso integrada do caixa: sabendo-se o saldo verdadeiro do caixa, busca-se a sua otimizao, atravs do aumento de entradas e/ou reduo de sadas;

    Planejar pagamentos em datas certas para no incorrer em custas financeiras e inadimplncia;

    Capacidade de tomar decises rpidas, fundamentais diante do surgimento de dificuldades financeiras;

    Ter fundo de saldo de caixa para eventuais despesas; Quando h sobra de caixa, pode-se programar a melhor aplicao e

    pelo tempo que permite o fluxo analisado; Um planejamento de investimentos quando os dados, ms a ms,

    apresentarem ndices de crescimento acentuado; Ter equilbrio entre as entradas e sadas de caixa da empresa. Em termos prticos o caixa um instrumento aparentemente simples e

    bem definido, mas pode tornar-se difcil demonstr-lo dentro de determinado padro. Por isso, com a utilizao da demonstrao de fluxo de caixa, o usurio dessa demonstrao tem uma viso de planejamento, da tomada de deciso e da capacidade de gerir e lidar com muitas aes concernentes ao caixa.

    Quando a rea de produo muda prazos de fabricao dos produtos e, por consequncia promove alteraes na necessidade de caixa, da mesma forma, os custos de produo tm significativos reflexos sobre o caixa.

    As decises de compras devem estar em sintonia com a existncia de saldos disponveis de caixa, ou seja, deve haver preocupao com a sincronizao dos fluxos de caixa, avaliando-se a relao entre prazos obtidos para pagamento das compras com os definidos para recebimento das vendas, possibilitando melhor liquidez nas aes empregadas.

    As vendas devem manter um controle dirio mais prximo sobre prazos concedidos e sobre os hbitos de pagamento dos clientes, de maneira a no pressionar negativamente o fluxo de caixa, ou seja, as decises envolvendo vendas devem ser tomadas somente aps a prvia avaliao de suas implicaes sobre os resultados de caixa.

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    Em uma previso se faz necessrio, e com antecedncia, analisar as entidades de crditos que oferecem financiamentos com menores juros.

    O fluxo de caixa orienta vrias situaes financeiras da empresa, alavancando situaes de auto - risco pelo administrador, e o situando quando recorrer fonte assertiva de capital de giro nas instituies, preservando uma liquidez no momento de honrar seus compromissos com investidores.

    Para a gesto empreendedora do administrador no sofrer, ou entrar em um colapso financeiro, busca-se diariamente um foco maior na atualizao dos bancos de dados do fluxo de caixa, prevendo os estoques e demonstrar fisicamente os itens do ativo e do capital de giro.

    Para pagamento das obrigaes de curto prazo, necessrio manter um saldo adequado de caixa, procedendo s cobranas de valores a receber, dimensionando os estoques e itens dos ativos. Entretanto, uma reserva de caixa pode ser considerada um desperdcio, pois estes recursos poderiam estar aplicados com maior proveito em outros itens do ativo.

    Dentro das concepes do Zdanowicz (1998), o planejamento do fluxo de caixa constitui-se da gerncia das operaes de formao de recursos financeiros necessrios ao pagamento dos fatores de produo, prestao de servio e sua comercializao, como das obrigaes decorrentes das transaes comerciais e de crdito da empresa.

    Tal como citado pelo Zdanowicz (1998), o fluxo de caixa pode ser conceituado em funo do tempo de sua projeo, em curto prazo, para atender as finalidades da empresa, principalmente, de capital de giro que tem participao relevante no desempenho operacional das empresas, para viabilizar financeiramente seus negcios e contribuir para a formao do retorno econmico e, em longo prazo para fins de investimento em itens do ativo permanente, observando que o fluxo de caixa no afetado por itens do balano patrimonial, considerando todas as variaes decorrentes do caixa desde o incio do perodo at o fim do mesmo.

    Quando a empresa vai busca de atingir resultados significativos, necessrio que todos os membros e departamentos estejam envolvidos com o processo, de maneira a alcanar a sintonia financeira e emergir com melhores tticas e aperfeioamento no desempenho da empresa.

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    No que tange a micro e pequenas empresas, o empreendedor deve manter o conhecimento de todas as atividades que alterem o caixa, para poder administrar o caixa com eficincia e rentabilidade. Proporcionando uma ferramenta em seus custos e preos de venda vista e a prazo.

    De uma forma conceitual Quintana (2009, p. 16) expressa que tanto na abordagem ttica como na estratgica, deve-se ter ateno especial ao fluxo de caixa gerado, pois, em muitos casos, as empresas geram excelentes resultados econmicos (lucros), mas no conseguem manter um nvel saudvel de caixa, pois operaes que geram direitos a receber de longo prazo, mesmo sendo em valores expressivos, podem no ser adequados, se a empresa possuir obrigaes em curto prazo que necessitem de capital de giro a curto prazo.

    Entretanto, h outros objetivos que so considerados, como proporcionar o levantamento de recursos financeiros para realizao das transaes econmicas e financeiras da empresa, planejar e controlar os recursos financeiros, e saldar obrigaes da empresa na data do vencimento. Outras atribuies so equilibrar os ingressos e desembolsos de caixa das operaes financeiras, anlise de crditos, controle de saldos de caixa e dos crditos a receber, permitindo organizao dispor dos recursos que so alocados em ativo circulante, vendas, investimento e dbitos, viabilizando a maximizao dos lucros.

    2.3 ANLISE DOS RESULTADOS DE CAIXA

    Nesta anlise dos resultados conta-se com a maior eficcia operacional, por isso, faz-se necessrio que o administrador acompanhe aspectos importantes, e que seja minucioso na elaborao da demonstrao com o foco em melhorar os resultados da empresa.

    As vantagens da utilizao do fluxo de caixa , exatamente, o de prever como se comporta a disponibilidade financeira de recursos e buscar eficincia nas tomadas de algumas providncias que so pertinentes situao apresentada. Em posse destas informaes, pode-se tomar algumas medidas para reequilibrar o caixa, olhando para o futuro com um controle mais eficiente para planejar neste contexto operacional, saldando todos os compromissos financeiros que ocorram, mesmos os improdutivos.

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    Em outras situaes as previses devem ser uma oportunidade de mudana ou uma evoluo da empresa, com antecipao de um bom negcio. As medidas tomadas, que orientam as empresas bem estruturadas financeiramente, proporcionam maiores possibilidades a estas de negociar prazo junto a seus clientes, por saber quais so seus limites para atuao, podendo assim, cada vez mais, aumentar a sua carteira.

    Procura-se administrar financeiramente, atravs do fluxo de caixa, as seguintes contas: caixa, bancos e aplicaes financeiras de resgate imediato da empresa; em sntese, consiste no fluxo do disponvel. (ZDANOWICZ, 1998, p. 26)

    Conforme o mesmo autor, a conta caixa nas empresas representa uma reserva ou um fundo para pagar pequenas despesas, sendo o montante de dinheiro em papel moeda disponvel existente na empresa. As aplicaes financeiras realizadas pelas empresas so atravs de moeda escritural, o cheque, pela sua aceitao facilitando a converso em dinheiro e a segurana que representa no mercado.

    O autor afirma que para a elaborao do fluxo de caixa, deve-se considerar os principais recursos que fluem atravs do caixa da empresa, sendo ingressos em caixa como vendas vista, recebimentos de vendas a prazo, aumentos de capital social, vendas de itens do ativo imobilizado como imveis, salas comerciais ou carros, receitas de aluguis, aquisio de emprstimos e resgate de aplicaes no mercado financeiro como aes, entretanto, observam-se os desembolsos de caixa para financiar o ciclo operacional da empresa, amortizar os emprstimos ou financiamentos captados pela empresa e investimentos em itens do ativo permanente ou aplicao no mercado financeiro em aes.

    A projeo do fluxo de caixa depende de fatores como o tipo de atividade econmica, o porte da empresa, os processos de produo e comercializao.

    Atravs da elaborao do fluxo de caixa, o administrador financeiro procura conciliar a manuteno da liquidez e do capital de giro da empresa, para que esta possa honrar com as obrigaes assumidas perante terceiros na data do vencimento, como a maximizao dos lucros sobre investimentos realizados pelos proprietrios. (ZDANOWICZ, 1998, p. 29)

    Neste contexto, a administrao financeira decisiva para o sucesso de qualquer empreendimento. Portanto, o administrador financeiro precisa,

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    constantemente, analisar o mercado e criar estratgias para que suas vendas sejam suficientes para pagar seus custos e despesas, e obter lucros. Sendo responsvel pela anlise dos registros financeiros da empresa relativos h anos anteriores, trimestres ou meses, para elaborar e prever as prximas movimentaes, servindo de base para o seu planejamento para e suprir possveis necessidades presentes e futuras.

    A definio da administrao financeira como ferramenta ou tcnica utilizada para controlar de forma eficaz:

    Concesso de crdito para clientes; Planejamento estratgico; Anlise de investimentos; Meios viveis para a obteno de recursos para financiar as atividades

    da empresa; Visando sempre ao desenvolvimento, evitando gastos desnecessrios,

    desperdcios. O que garante o papel do Administrador Financeiro a efetivao do

    dinheiro, sua entrada e sada, para logicamente, preservar o retorno e as instancias. Cumpre-se destacar que deve-se buscar uma nova viso sistmica, um pleno entendimento da administrao de caixa da empresa e o custo ao qual este fluxo esteja submetido.

    O caixa est intimamente ligado ao ciclo operacional da empresa e existe um custo para financiar este colaborador financeiro que deste financeiro desempenha uma funo operacional como um dos membros da administrao, incumbido de planejamento, organizao, execuo e controle das atividades financeiras, bem como no estabelecimento de polticas que influenciam o volume de ingressos no caixa e na acumulao de valores a receber.

    A funo da administrao financeira serve para buscar liquidez e rentabilidade com o objetivo otimizar o mximo que puder o valor agregado aos produtos e servios da empresa, avaliando os resultados de forma que possa efetuar correes que se faam necessrias ou empregar medidas corretivas sobre os pontos falhos da empresa quanto s atividades financeiras.

    Segundo Flink & Grunewald, o conjunto de responsabilidades do administrador financeiro rene cinco funes principais:

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    a) Anlise financeira em profundidade dos registros e demonstrativos contbeis.

    b) Estimativa do movimento (entrada e sada) de caixa, para o trimestre ou anos seguintes, com o objetivo de determinar o provvel grau de liquidez da empresa.

    c) Escolha do investimento mais interessante, de retorno rpido, para os excedentes de caixa ou quase moeda da empresa.

    d) Fornecimento alta administrao de informaes relativas s condies financeiras atuais e futuras da firma, como base para a tomada de decises sobre operaes de compra, comercializao e fixao de preos.

    e) Por ltimo e como funo mais importante, a elaborao de planos financeiros detalhados para obteno (fontes) e utilizao (aplicaes) de fundos pela firma, tanto a longo quanto em curto prazo.

    Segundo Flink & Grunewald (1970), o administrador financeiro dispe de instrumentos essenciais para auxiliar na anlise financeira da empresa:

    O balano o relatrio mais usual de demonstrao de contas do passivo e ativo; o denominado Balano Patrimonial, que acompanhado de demonstraes de resultados, demonstraes das origens e aplicaes dos recursos e das demonstraes das mutaes do patrimnio, sendo um instrumento de orientao da situao financeira em determinado perodo, composto dos recursos da empresa, sendo estes:

    Demonstrativo de lucros e perdas que mede o desempenho de suas estratgias se esto correspondendo s expectativas de lucratividade e sustentabilidade da empresa com o objetivo traado.

    Demonstrativos de fontes e aplicaes de fundos que servem de indicador s movimentaes dos fundos decorrentes variao do ativo e passivo da empresa.

    Sendo o ativo dividido em duas categorias: Circulante, papel moeda disponvel em caixa, duplicatas a receber,

    estoques o que possibilita a rpida converso em papel moeda para empresa. Tais como: caixa, valores a receber e estoques.

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    Imobilizado que so recursos da empresa que levam mais de um ano para ser convertido em dinheiro. Tais como: maquinas, equipamentos, mveis e utenslios.

    O passivo o conjunto de obrigaes para com terceiros que compreende a trs grupos:

    Corrente, que consiste em obrigaes da empresa a serem cumpridas dentro do prazo mximo de um ano.

    Passivo em longo prazo, vencimento superior a um ano. Patrimnio lquido da empresa (capital social, reservas, lucros ou

    despesas), que representa o que a empresa deve a seus scios.

    2.4 ADMINISTRAO FINANCEIRA

    A administrao financeira tem importncia para o gestor, pois com isso ele previne as principais funes e providncias que a empresa deve tomar em relao s finanas. Nesta gesto, compreende todo o conjunto de aes e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a anlise e o controle das atividades financeiras da empresa. O principal objetivo da gesto financeira a busca incansvel na melhora dos resultados apresentados pela empresa e aumentar a lucratividade lquida proveniente das atividades operacionais. de suma importncia a compreenso deste fator para que sejam alavancadas as finanas e a possibilidade, no tempo e no espao, de uma aplicao lucrativa das entradas e sadas das finanas.

    Para Zdanowicz (1998), hoje, as empresas so obrigadas a projetar o fluxo de caixa com alto grau de acerto, visando reduzir a necessidade de capital de giro, diminuir seus custos financeiros e dispor da liquidez almejada.

    O administrador financeiro visualiza a situao da empresa, analisa, registra e permite um novo olhar ao planejamento estratgico para otimizar seus resultados. Na falta de uma administrao financeira adequada, podem ocorrer srios problemas instituio, como no ter as informaes corretas sobre saldo de caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor das contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras. Isso ocorre porque no feito o registro adequado das transaes realizadas.

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    Estes fatores acontecem quando no se buscam informaes de que a empresa est tendo lucro ou prejuzo em suas atividades operacionais, por falta da elaborao do demonstrativo de resultados com clculo correto do preo de venda, para ento reconhecer seus custos e despesas. Quando se desconhece o volume e a origem dos recebimentos, bem como o volume e o destino dos pagamentos, porque no elaborado um fluxo de caixa, um controle do movimento dirio do caixa. Por isso perde-se por no se saber o valor patrimonial da empresa, porque no elaborado o balano patrimonial. Torna-se displicente quanto ao que os scios retiram de pr-labore, porque no estabelecido um valor fixo para a remunerao dos scios. Torna insegura a administrao correta do capital de giro da empresa, porque o ciclo financeiro de suas operaes no conhecido. Prev-se erroneamente uma anlise e o planejamento financeiro da empresa, porque no existe um sistema de informaes gerenciais.

    Uma gesto financeira com xito interfere nos resultados, porm poucas pessoas tm experincia em administrao financeira. As atividades so iniciadas com pequena dimenso e, conforme os negcios se desenvolvem, a administrao financeira requer manuteno preventiva e corretiva para acompanhar o crescimento da empresa, porque os gestores devem ter conhecimentos necessrios nesta rea de gesto, pois se envolvem excessivamente com a produo.

    As principais funes da administrao financeira so: anlise e planejamento financeiro, anlise dos resultados financeiros e planejamento de aes necessrias para obter melhorias. Com uma boa aplicao de recursos financeiros, o financiamento deve analisar e negociar a captao dos recursos financeiros necessrios, bem como a aplicao dos recursos financeiros disponveis. Fazer uma breve anlise do crdito e cobrana; analisar a concesso de crdito aos clientes e administrar o recebimento dos crditos concedidos. Efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa. Contas a receber e a pagar, controlar as contas a receber, relativas s vendas a prazo e contas a pagar relativas s compras a prazo, impostos e despesas operacionais. As primeiras providncias que a empresa deve tomar em relao s finanas so: organizar os registros e conferir se todos os documentos esto sendo devidamente controlados, acompanhar as contas a pagar e a receber, montando um fluxo de pagamentos e recebimentos e controlar o movimento de caixa e os controles bancrios, visando a

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    uma programao dos custos e despesas em fixos e variveis, retirada dos scios, fazer a previso de vendas e de fluxo de caixa, acompanhar a evoluo do patrimnio da empresa, conhecer a lucratividade e a rentabilidade.

    2.5 CAPITAL DE GIRO

    Na busca de identificar o capital de giro e sua real importncia ao administrador financeiro, o SEBRAE/SC explica que um conjunto de valores registrados nos controles financeiros da empresa. O capital de giro (CG) a disponibilidade da empresa para que se possa gerir as atividades no curto prazo num perodo inferior a 360 dias, sendo que se pode, atravs desta anlise, avaliar a distribuio dos recursos e possibilitar tomadas de deciso imediatas em carter estratgico e/ou ttico, visando incrementar ou reverter uma situao financeira.

    Segundo Neto & Silva (1997) o capital de giro representa os recursos utilizados pela empresa para financiar as necessidades operacionais observadas desde a aquisio da matria - prima ou mercadorias at apurao das vendas do produto como parte essencial para o desempenho da empresa, Considerando as condies de mercado e utilizando estratgias de atuao sobre o montante de capital de giro, deve-se observar, a viabilidade financeira de seus negcios, para a formao de retorno econmico nos investimentos que poderiam vir a ser realizados de forma mais eficaz para o desenvolvimento econmico dos negcios da empresa.

    O gerenciamento das contas a receber e administrao de dficits de caixa, hoje, no capital de giro, precisa de acompanhamento permanente, pois est continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanas enfrentadas pela empresa. J o capital fixo no exige ateno constante, uma vez que os fatos capazes de afet-lo acontecem com uma freqncia bem menor. Neto & Silva (1997) expem que, para se realizar a anlise da situao financeira de uma empresa cujo, objetivo verificar o equilbrio financeiro, de fundamental importncia o estudo do capital de giro voltado para a realidade brasileira.

    Boa parte dos esforos do administrador financeiro, na luta para sobreviver na empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gesto do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. Os administradores financeiros conhecem bem este fenmeno tpico que deve ser canalizado para a

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    resoluo de problemas de capital de giro constitudos por formao e financiamento de estoques. Gerencia boa parte de seu tempo em apagar incndios, onde o foco mais perigoso reside no capital de giro.

    Para Neto & Silva (1997, p. 15), o capital de giro, tambm tratado como capital circulante, representado pelo ativo circulante, isto , pelas aplicaes correntes, identificadas geralmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques.

    As necessidades operacionais so consideradas capital de giro de uma forma mais ampla, pois todos os recursos demandados por uma empresa podem sofrer percia tcnica, quando recorre aos financiamentos. Dependendo da atividade de uma empresa, em momento de expanso, necessitar de capital de giro, e, em funo do nvel de seu aumento tanto pode ocorrer em perodos de rpido crescimento como tambm em escassez da demanda na entrega do produto.

    O capital de giro tem um aspecto regenerador na empresa, quando se d o incio de perodos de fortes vendas, e esta no conseguiu que seu autofinanciamento cresa nas mesmas propores. Porm quando bem provisionada, pode-se levar uma empresa ao sucesso empresarial e financeiro. Mas, quando no bem acompanhado pode causar srios problemas.

    Contudo, hoje, as empresas brasileiras, para evolurem economicamente, se previnem quanto previso do capital de giro, tornando-se cada vez mais eficientes quanto aos perodos de srias incidncias de melhorias financeiras. Neste contexto, toda a empresa precisa buscar um nvel satisfatrio de capital de giro, garantindo, de forma sustentvel a situao e a viabilidade operacional.

    O escrito elaborado por Flink & Grunewald (1970) diz que o Capital de giro circulante representado pelo ativo circulante que so os recursos disponveis em dinheiro ou de fcil converso, disponibilizados para financiar necessidades operacionais. J o passivo circulante representa a demanda dos recursos destinados quitao de dvidas assumidas em curto prazo perante terceiros, para investimentos realizados nas operaes de produo e aquisio de bens para a empresa.

    A administrao do capital de giro diz respeito administrao das contas dos elementos de giro, ou seja, dos ativos e passivos correntes (circulantes), e s inter-relaes existentes entre eles. Neste conceito, so

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    estudados fundamentalmente o nvel adequado de estoques que a empresa deve manter, seus investimentos em crditos a clientes, critrios de gerenciamento de caixa e a estrutura dos passivos correntes, de forma consistente com os objetivos enunciados pela empresa e tendo por base a manuteno de determinado nvel de rentabilidade e liquidez. (NETO; SILVA, 1997, p. 15)

    nesse contexto que Neto & Silva (1997) comentam que da eficcia de sua administrao de capital de giro depende da maximizao dos lucros e minimizao de seus custos. O que envolve o Ciclo operacional a parte correspondente produo onde a utilizao do capital de giro compreende a aquisio ou investimento de matria - prima, estoque, o que incorpora seqencialmente as fases operacionais tais como produo, venda e at a apurao das vendas.

    Na atual conjuntura, as empresas, de um modo geral, necessitam de uma reserva de capital de giro, fomento indispensvel para o seu sucesso.

    2.6 FLUXO DE CAIXA REALIZADO E PROJETADO

    O Fluxo de caixa realizado tem como principal objetivo informar como ser o fluxo de entradas e sadas de recursos financeiros de um determinado perodo, podendo ser projetado a curto ou longo prazo. Uma boa anlise do fluxo de caixa realizado fundamental para construir um fluxo de caixa projetado, pois o realizado mostra as tendncias e serve como base para a projeo futura.

    Outro ponto importante confrontar o fluxo de caixa realizado com o projetado, e com isso identificar as variaes, se houver, e se as variaes ocorreram por falha da projeo ou na gesto.

    Em curto prazo, pode-se identificar as sobras ou faltas de recursos da empresa, podendo assim, traar a melhor estratgia para a empresa. Em longo prazo, o fluxo de caixa projetado, alm de identificar as sobras ou a falta de recursos, pode tambm verificar a capacidade da empresa de gerar recursos para se auto financiar; identificar o capital de giro necessrio para o perodo; mostrar o quanto a empresa e dependente de capital de terceiro.

    Fazendo um fluxo de caixa projetado em longo prazo, a empresa trabalha com informaes que ainda no aconteceram, diferente do curto prazo, que so

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    informaes que a empresa j tem disponvel. Sendo assim, com o fluxo de caixa de longo prazo, a empresa fica exposta a possveis acontecimentos, que podem comprometer a sua projeo.

    2.7 ANLISE DA DEMONSTRAO DO FLUXO DE CAIXA

    De acordo com Quintana (2009, p.13), "a demonstrao de fluxo de caixa, alm de ser um importante documento contbil, pode contribuir de forma expressiva para a gesto financeira, pois grande parte dos fatos que ocorrem nas empresas envolve a movimentao de recursos financeiros. Por isso, a gesto financeira acaba tornando-se um elemento indispensvel no processo de gesto das empresas.

    Na anlise dos resultados, e para ter eficcia, necessrio que o administrador acompanhe aspectos importantes, e que seja minucioso na elaborao da demonstrao como base na melhora dos resultados da empresa.

    Como vantagem de utilizao do fluxo de caixa est exatamente, o de prever como se comportar a disponibilidade de recursos e tomar algumas providncias que so pertinentes situao apresentada. Com essas informaes, pode-se tomar algumas decises para equilibrar o caixa, com taxas de captao menores minimizando a falta de recursos, ou aplicando as sobras de caixa, se for necessrio para a empresa. As previses devem ser uma oportunidade de mudana ou uma evoluo da empresa, com antecipao de um bom negcio.

    Para a montagem da projeo do fluxo de caixa, deve-se considerar os seguintes dados:

    Entradas a) contas a receber; b) emprstimos; c) dinheiro dos scios.

    Sadas a) contas a pagar;

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    b) despesas gerais de administrao (custos fixos); c) pagamento de emprstimos; d) compras vista.

    Na grande maioria das Micro e Pequenas Empresas tudo pode ser resolvido com a utilizao de simples planilhas.

    Segundo Neves & Viceconti (1998), existem dois Mtodos para a Demonstrao de Fluxo de Caixa, o Direto e o Indireto.

    Neves & Viceconti (1998) abordam que o Mtodo Direto corresponde a uma descrio do Fluxo de entradas e sadas no Disponvel durante o exerccio.

    O Fluxo do Disponvel pode ser esquematizado da seguinte forma:

    Figura 1: Fluxo do disponvel Fonte: Neves & Viceconti, (1998, p.241)

    2.7.1 Formas de Apresentao da Demonstrao de Fluxo de Caixa

    A DFC, o fluxo de caixa das atividades operacionais pode ser elaborado por meio de duas formas mtodo direto e o mtodo indireto Quintana (2009, p.24).

    O mtodo direto, conforme descrito por Campos Filho (2009, p. 29.30), consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa, utilizando as partidas dobradas. A vantagem desse mtodo que permite gerar as

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    informaes com base em critrios tcnicos, eliminando, assim, qualquer interferncia da legislao fiscal".

    O mtodo direto explicita as entradas e sadas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais, como recebimentos pelas vendas de produtos e servios e os pagamentos a fornecedores e empregados, resultando ao final o volume lquido de caixa provido ou consumido pelas operaes da empresa.

    A elaborao da DFC pelo mtodo direto encontra-se representada a seguir:

    FLUXO DE CAIXA - MTODO DIRETO Entradas e sadas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais: Venda de mercadorias e servios (+) Pagamento de fornecedores (-) Salrios e encargos sociais dos empregados (-) Dividendos recebidos (+) Impostos e outras despesas legais (-) Recebimento de seguros (+) Caixa lquido das atividades operacionais (+/-) Fluxo de caixa das atividades de investimento: Venda de imobilizado (+) Aquisio de imobilizado (-) Aquisio de outras empresas (-) Caixa lquido das atividades de investimento (+/-) Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Emprstimos lquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emisso de aes (+) Caixa lquido das atividades de financiamento (+/-) Aumento/diminuio lquido de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa - incio do ano Caixa a equivalentes de caixa - final do ano

    Figura 2: DFC pelo mtodo direto para uma instituio financeira Fonte: Quintana (2009, p.37).

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    Para Campos Filho (1999), existem vantagens e desvantagens da utilizao do mtodo direto. Como vantagens, ele cita: condies favorveis para que a classificao dos recebimentos e pagamentos seja feita por critrios tcnicos e no fiscais; introduz com mais rapidez a cultura de administrar pelo caixa; e facilita a disponibilidade das informaes sobre o caixa diariamente. Como desvantagem surge o custo adicional e a dificuldade para classificar recebimentos e pagamentos.

    A figura descrita a seguir apresenta a demonstrao da estrutura da DFC, quando elaborada pelo mtodo indireto.

    FLUXO DE CAIXA - MTODO INDIRETO Entradas e sadas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais: Lucro lquido Depreciao e amortizao (+) Proviso para devedores duvidosos (+) Aumento/diminuio em fornecedores (+/-). Aumento/diminuio em contas a pagar (+/-) Aumento/diminuio em contas a receber (+/-) Aumento/diminuio em estoques (+/-) Caixa lquido das atividades operacionais (+/-) Fluxo de caixa das atividades de investimento: Venda de imobilizado (+) Aquisio de imobilizado (-) Aquisio de outras empresas (-) Caixa lquido das atividades de investimento (+/-) Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Emprstimos lquidos tomados (+) Pagamento de leasing (-) Emisso de aes (+) Caixa lquido das atividades de financiamento (+/-) Aumento / diminuio lquido de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa - incio do ano Caixa a equivalentes de caixa - final do ano

    Figura 3: DFC pelo mtodo indireto Fonte: Quintana (2009, p.45).

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    Nesse contexto o mtodo indireto faz a conciliao entre o lucro lquido e o caixa gerado pelas operaes, permitindo que o usurio avalie quanto do lucro est sendo transformado em caixa a cada perodo.

    2.7.2 Modelo de Fluxo de Caixa

    Para a viabilizao fsica do fluxo de caixa torna-se necessrio tomar alguns cuidados, tais como:

    a) Planejar e controlar as entradas e sadas de caixa num perodo determinado de tempo, normalmente um ms ou vrios meses.

    b) Auxiliar o administrador financeiro a tomar decises antecipadas sobre o fluxo financeiro da empresa;

    c) Demonstrar a situao do caixa da empresa de forma antecipada permitindo eventuais ajustes quando necessrio;

    d) Verificar se a empresa est trabalhando com aperto ou folga financeira.

    A planilha, que segue abaixo, um modelo, com valores completamente fictcios de um fluxo de caixa com periodicidade diria, e itens bastante simplificados.

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    Descrio Dia 01 Dia 02 Dia 15

    Dia 30

    Total

    1-SALDO INICIAL 10.000,00 8.2000,00 2- ENTRADAS DE CAIXA 15.000,00 2.1 Vendas a Vista 25.000,00 2.2 Valores s receber 16.000,00 2.3 Outros recebimentos 18.000,00 TOTAL DE ENTRADAS DE CAIXA

    84.000,00

    3. SADAS DE CAIXA 32.000,00 3.1 Fornecedores 63.500,00 3.2 Folha de pagamento = Encargos sociais

    7.800,00

    3.3 Despesas Operacionais 1.000,00 3.4 Outros Pagamentos 3.500,00 TOTAL DAS SADAS DE CAIXA 75.8000,00 4. SALDO DE CAIXA (1+2 3) 8.2000,00

    O fluxo de caixa faz o controle financeiro que tem por finalidade auxiliar o gestor financeiro a progredir nos negcios e coordenar a empresa financeiramente,

    O ciclo operacional correspondente aos intervalos entre a compra de matria - prima e para o recebimento das vendas programado.

    No entanto o ciclo financeiro corresponde ao intervalo entre o pagamento de compras e o recebimento de venda. J na disponibilidade financeira, trata-se do valor correspondente ao saldo de caixa mais recursos financeiros depositados no banco.

    Entretanto, o saldo inicial corresponde ao incio de caixa por perodo da data de elaborao do fluxo de caixa.

    Entrada de caixa corresponde s vendas realizadas vista, como tambm os valores correspondentes aos recebimentos de duplicatas, cheques pr- datados e faturas de carto de crdito etc.

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    Sadas de caixa so aos pagamentos de fornecedores e as despesas operacionais da empresa tas como, folha de pagamento e encargos sociais, impostos, gua e luz, telefone aluguel etc.

    O saldo Final de Caixa obtido atravs da soma do saldo inicial mais as entradas de caixa, deduzindo as sadas de caixa.

    O giro de caixa representa quantas vezes o caixa se movimenta por ano na empresa em funo do seu ciclo financeiro.

    Em uma empresa, o ideal que o perodo de acompanhamento seja dirio, mas autnomos e que use o sistema exclusivamente como instrumento gerencial, podendo abranger perodos maiores semanais ou at mensal dependendo da sua liquidez. Perodos menores permitem maior eficincia nos investimentos e aplicao financeira dos saldos positivos, mas, em compensao geram maior esforo ou custo de acompanhamento, no fenmeno conhecido como overhead. importante que voc encontre o seu ponto de equilbrio.

    O administrador financeiro brasileiro busca fomentar com maior preciso o diagnstico de um fluxo de caixa, mesmo porque tem toda a capacidade de controle das finanas diante dos possveis avanos econmicos, para tanto, conta com um fluxo de caixa projetado e dinmico. O ciclo financeiro operacional demonstra a capacidade de compras de equipamentos, considerando os perodos de sazonalidade quando for o caso.

    Neste perodo, acontecem s quedas de vendas de produtos dificultando, a entrega, ou a situao se repete no momento de lanamento de um produto novo, at que o mercado tenha conhecimento e passe a utiliz-lo comumente .

    2.8 INTERPRETAO DOS RESULTADOS

    O fluxo de caixa registra todas as entradas e sadas e, por ser dinmico, dentro do perodo, pode oscilar entre escassez e sobras de caixa, finalizando o saldo com dficit ou supervit.

    O funcionamento do fluxo de caixa constitui que todo ms buscam-se as novas projees de entradas e sadas, levando-se em considerao o fluxo de caixa realizado para a elaborao do prximo fluxo de caixa.

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    Se a empresa estiver operando com prejuzos, contratar emprstimos no vai resolver o problema, e pode piorar a situao com o aumento das despesas de juros, por isso, antes de tomar as decises, tem-se que transformar os negcios da empresa em lucrativos.

    Se estiver operando com lucros, necessrio avaliar as vantagens de se contratar um emprstimo para aumentar os lucros.

    No caso do caixa oscilar entre negativo e positivo, significa m utilizao de capital, seja por fatores administrativos ou por fatores externos.

    Nestas circunstncias, um bom trabalho de previso, onde os problemas possam ser detectados antecipadamente, muito tem a fazer, para eliminar definitivamente a falta de recursos.

    Promover vendas vista para aumentar o fluxo de entradas, tentar diminuir ao mximo as vendas de longo prazo, so medidas que podem fazer o caixa no ficar mais negativo, evitando-se os juros.

    Quando se tratar de eventualidades, alternativas como o desconto, de duplicatas pode ser uma soluo, desde que j tenham se esgotadas todas as possibilidades para sanar o problema, porm o ps-desconto de duplicatas envolve juros e, conseqentemente, mais despesas.

    Outra maneira de solucionar o problema de falta de caixa prolongar as sadas. Diminuir implica em reduzir despesas ou eliminar compras para eliminar sobras de estoques, mas a melhor soluo alongar, ao mximo, os pagamentos.

    O desempenho do setor de compras tem um papel fundamental para um fluxo de caixa positivo, pois preos bons e prazos longos devem ser o lema de qualquer setor de compras.

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    3 METODOLOGIA

    3.1 TIPO DE ESTUDO

    Este estudo foi baseado em uma pesquisa bibliogrfica, incluindo referncias eletrnicas, desenvolvendo as informaes coletadas fundamentais sobre o assunto, tendo como foco principal do estudo um melhor entendimento do possvel usurio do demonstrativo de fluxo de caixa.

    A pesquisa bibliogrfica segundo Gil (2002, p.45) A principal vantagem da pesquisa bibliogrfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenmenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espao. Por exemplo, seria impossvel a um pesquisador percorrer todo o territrio brasileiro em busca de dados sobre populao ou renda per capita; todavia, se tem a sua disposio uma bibliografia adequada, no ter maiores obstculos para contar com as informaes requeridas.

    3.2 TIPO DE PESQUISA

    A pesquisa bibliogrfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuies cientficas disponveis sobre determinado tema. Ela d suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definio do problema, na determinao dos objetivos, na construo de questes norteadoras ou hipteses, na fundamentao da justificativa da escolha do tema e na elaborao do relatrio final. A pesquisa bibliogrfica pode, portanto, ser entendida como um processo que envolveu as seguintes etapas:

    a) Escolha do tema: o tema do presente projeto foi definido na disciplina Gesto de Projetos

    b) Levantamento bibliogrfico preliminar: levantamento em livros referente ao assunto, disponveis na biblioteca universitria Modesto Zaniolo, da UnC Canoinhas e biblioteca virtual da PECCA, Internet.

    c) Formulao do problema: foi formulado, de forma interrogativa e delimitando com indicaes que constituem o tema.

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    d) Elaborao do plano provisrio de assuntos: foi definido o projeto inicial no ms de Maio e foi sendo ajustado no perodo subseqente ao decorrer das aulas de elaborao de projetos.

    e) Busca das fontes: A localizao das fontes foi realizada em biblioteca convencional e sistemas de busca (internet).

    f) Leitura de material: ser realizada no decorrer da construo do projeto. g) Fechamentos: as snteses dos materiais selecionados na etapa anterior

    sero salvos em arquivo de computador. h) Organizao lgica do assunto: as organizaes das idias faro parte

    do relatrio final das pesquisas. i) Redao do texto: elaborao do relatrio.

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    4 CONSIDERAES FINAIS

    Hoje, para que uma empresa sobreviva e ganhe dinheiro, preciso ter recebimentos operacionais que superem os pagamentos emergentes. O Administrador se depara com o dilema do Risco e Rentabilidade, se por um lado precisa manter uma liquidez imediata, essencial manuteno das atividades, por outro lado, pode incorrer em riscos de custos de oportunidade, ento o grande desafio para os administradores buscar um volume adequado de caixa para empresa, de forma a incorrer o mnimo possvel em riscos. A Demonstrao de Fluxo de Caixa uma importante ferramenta que auxilia na tomada de decises e pode facilitar o trabalho dos administradores atravs das anlises de fluxos passados e previso de fluxos futuros.

    Os impactos, neste sentido denotam que Demonstrao de Fluxo de Caixa ideal por ser de fcil entendimento pelos diversos tipos de usurios. Desde que seja elaborada adequadamente a DFC um importante instrumento de anlise financeira das empresas, pois permite desempenhar mais eficientemente o seu papel de principal guia na tomada de decises econmicas.

    Na busca das informaes sobre fluxo de caixa, vale ressaltar a importncia do que til para a empresa porque, alm da facilidade de entendimento e ferramenta auxiliar na tomada de decises e projees financeiras - econmicas, que proporcionam aos receptores das informaes confiveis no que tange a investidores e credores, serve de base para avaliar a capacidade da empresa gerar caixa e valores equivalentes para suprir as necessidades da empresa, para torn-la eficiente no mercado.

    A rea financeira, tendo como projeo futura o aumento do capital de giro para possveis avanos tecnolgicos e ampliao de espao fsico da empresa, requer um acompanhamento do fluxo de caixa, no apenas no valor dos financiamentos que a empresa necessitar para projetar e desenvolver as suas atividades, mas tambm quando ele ser utilizado. Pode-se afirmar que uma boa interpretao e um planejamento correto do fluxo de caixa, com certeza, encurtam as distncias dos acertos e das decises conscientes e seguras.

    Afirma-se que o fluxo de caixa pode, e deve, ser empregado em todas as empresas, independentemente do tipo de atividade que realize, pois possibilita

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    programar seus recursos financeiros atravs dos ingressos e egressos de caixa. Dessa forma, a empresa saber antecipadamente se haver excedente ou escassez de caixa. O uso do fluxo de caixa como ferramenta gerencial dar ao gestor uma margem de erro muito reduzida e uma probabilidade de acertos muito grande na sua gesto financeira.

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    REFERNCIAS

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