ADUBAÇÃO VERDE NA CULTURA DO MILHO

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manual tcnico, 28ISSN 1983-5671

28ADUBAO VERDENA CULTURA DO MILHOPriscila Pixoline Eiras Fbio cunha coelhoniteri-RJ Julho de 2010

PROGRAMA RIO RURAL Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria, Pesca e Abastecimento Superintendncia de Desenvolvimento Sustentvel Alameda So Boaventura, 770 - Fonseca - 24120-191 - Niteri - RJ Telefones : (21) 3607-5398 e (21) 3607-6003 E-mail: [email protected]

Governador do Estado do Rio de Janeiro Srgio Cabral

Secretrio de Estado de Agricultura, Pecuria,Pesca e Abastecimento Alberto Mofati Superintendente de Desenvolvimento Sustentvel Nelson Teixeira Alves Filho

Eiras, Priscila Pixoline Adubao verde na cultura do milho / Priscila Pixoline Eiras, Fbio Cunha Coelho. - Niteri: Programa Rio Rural, 2010. 14 p. ; 30 cm. (Programa Rio Rural. Manual Tcnico; 28). Programa de Desenvolvimento Rural Sustentvel em Microbacias Hidrogrficas do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Agricultura, Pecuria, Pesca e Abastecimento. Projeto: Gerenciamento Integrado em Microbacias Hidrogrficas do Norte-Noroeste Fluminense. ISSN 1983-5671 1. Adubao verde. 2. Milho. 3. Leguminosa. I. Coelho, Fbio Cunha. II. Ttulo. III. Srie. CDD 631.874

Sumrio

1. Apresentao................................................................................... 2. Introduo....................................................................................... 3. Leguminosas.................................................................................... 4. Leguminosas herbceas utilizadas como adubo verde............................ 5. Leguminosas arbreas utilizadas como adubo verde.............................. 6. Comparao entre leguminosas arbreas utilizadas como adubo verde..... 7. Referncias bibliogrficas...................................................................

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ADUBAO VERDE NA CULTURA DO MILHO

Priscila Pixoline Eiras Fbio Cunha Coelho

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1. Apresentao O objetivo deste manual apresentar informaes sobre as principais espcies de leguminosas herbceasearbustivasparaadubaoverdedomilho. As espcies apresentadas so crotalria (Crotalria juncea), feijo-de-porco (Canavalia ensiformes), mucuna(Mucunasp.),guandu(Cajanuscajan),leucena(Leucaenaleucocephala),gliricdia(Gliricidiasepium) e canafstula (Peltophorum dubium). Todas resultam em acrscimo de produtividade do milho quando comparadasaomilhosemadubao. Este trabalho tem foco maior em leguminosas arbreas e arbustivas, principalmente no sistema de alia. O manejo desse sistema feito por podas da parte area das leguminosas durante a estao de crescimentodaculturaprincipaleoprodutodaspodasaplicadonosolo,ondesedecompemefornecem nutrientessplantas.Onmerodecortesrealizadosdependedavelocidadederebrotadasleguminosasaps cadacorteedademandapornutrientesapresentadapelomilho.

2. Introduo Ousodaadubaoverdeumaformaviveldeamenizarosimpactosdaagricultura,trazendosustentabilidadeaossolosagrcolas(ALCNTARAetal.,2000).Entreosefeitosdaadubaoverdesobreafertilidade dosolo,estooaumentodoteordematriaorgnica;amaiordisponibilidadedenutrientes;amaiorcapacidadedetrocadectionsefetivadosolo;ofavorecimentodaproduodecidosorgnicos,defundamental importnciaparaasolubilizaodeminerais;adiminuiodosteoresdeAltrocvelpelasuacomplexao;eo incrementodacapacidadedereciclagememobilizaodenutrienteslixiviadosoupoucosolveisqueestejam nascamadasmaisprofundasdoperfil(CALEGARIetal.,1993). EmlevantamentoefetuadoporAlmeidaetal.(1986)noEstadodoRiodeJaneiro,foidemonstrado queautilizaodeleguminosascomoadubaoverdepoucaexpressiva.Esteestudorevelouqueasprincipaiscausasdessabaixautilizaodeleguminosasnaspropriedadesruraiseramafaltadeconscientizaoda importnciadasleguminosas,apoucadisponibilidadedesementeseafaltadedivulgaodosresultadosde pesquisarelacionadosaoassunto. __________________________________________1 Eng. Agrnoma, Mestranda do Curso de Produo Vegetal da UENF/CCTA/LFIT. Av. Alberto Lamego, 2.000, Parque Califrnia, 28015-620. Campos dos Goytacazes-RJ. e-mail: [email protected] 2Eng. Agrnomo, M.Sc. Microbiologia do Solo, D.Sc. Fitotecnia, Professor Associado I da UENF. e-mail: [email protected]

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Asleguminosasherbceaspodemsercompradasemlojasespecializadasemprodutosagropecurios.O preopodevariardeR$5,00aR$9,00/kgparacrotalria,R$4,00aR$13,00/kgparamucunaeR$7,00aR$10,00/ kg para feijo-de-porco. J as leguminosas arbreas podem ser adquiridas nas universidades. Pedindo-se com antecedncia,pode-seconseguirsementeseestacas,oufazeracoletadesementesondeseencontraremasrvores naprpriaregiodoagricultor. Aadubaoverdemelhoraafertilidadedosoloporqueoaduboverdemobilizaosnutrientesdascamadas maisprofundas,tornando-osdisponveisparaasculturassubsequentes.Kiehl(1985)afirmaqueosadubosverdes, aoabsorveremosnutrientesdosolo,contribuemparaareduodasperdasporlixiviao.Oautorrecomenda, ainda,noatrasaraimplantaodaculturacomercial,poisosadubosverdes,apsaincorporao,tendemase decomporealiberarrapidamenteosnutrientes. Schrothetal.(1995)prefereadeposiosobreosolodomaterialdoaduboverdepodado(mulch)aoaduboverde incorporadoporrazesdeproteodosoloeeconomiadetrabalho.Oautordestacatambmamenoroscilao natemperaturadosoloeamelhorretenodaumidadenosolocomacobertura,promovendo-secondiesmais favorveisaocrescimentodapopulaodeminhocas. Umdossistemasutilizadosparaadubaoverdeocultivoemalamedasoualeias(alleycropping),que consistenocrescimentodeculturasalimentaresoucomerciaisentreruasformadasporrvoresearbustos,em fileirassuficientementeespaadasentresiparapermitiroplantiodeculturasalimentaresoucomerciaisentreelas (KANGetal.,1990).Omanejodessesistemafeitoporpodasdaparteareadasleguminosasduranteaestao de crescimento da cultura principal e o produto das podas aplicado no solo, onde se decompem e fornecem nutrientessplantas.Onmerodecortesrealizadosporanodependedavelocidadederebrotadasleguminosas, apscadacorte,edaadequaoscaractersticasdasespciessemeadasnasentrelinhas.Essasemeaduranas entrelinhasocorrenoinciodaschuvas,ocasioemquefeitaumapodadrsticadaleguminosapararetardara rebrotaearecomposiodacopaecomissoatenuarseuefeitocompetitivo(BARRETO;CARVALHOFILHO,1992). Comaincorporaoperidicadequantidadesexpressivasdebiomassadasleguminosasnasentrelinhas,obtm-se melhoriasnascaractersticasqumicas,fsicasebiolgicasdossolos,comconsequenteaumentodoseupotencial produtivo. Demaneirageral,aescolhadasespciesdeleguminosasqueapresentamrpidodesenvolvimentoinicial, tolernciaaoAltxico,sistemaradicularprofundoeproduodefitomassasuficienteparaacoberturadosolo, baixa taxa de decomposio e a relao C/N apropriada s culturas subsequentes que favorecer o grau de sucessoobtidocomautilizaodessaprtica(FERNANDESetal.,1999).RelaoC/Ndosresduosdecoberturas verdesprximode23/1mostrouseramaisadequadaparaomilho,proporcionandomineralizaouniformedeN (HEINZMANN,1985).

3. Leguminosas AsplantasdafamliadasLeguminosas(ouFabaceae)soasmaisutilizadascomoaduboverde.DeacordocomSilvaeMenezes(2007),aprincipalrazoparaessaprefernciaestemsuacapacidadedesimbiosecom bactriasfixadorasdoN2atmosfrico.Oautorcitatambmarusticidade,aelevadaproduodematriasecaeo sistemaradiculargeralmenteprofundoeramificado,capazdeextrairnutrientesdascamadasmaisprofundasdo solo. Almdisso,Fernandesetal.(1999)destacam,tambm,oefeitoalelopticoesupressivosobreasplantas daninhas,comoocorrecomofeijo-de-porco,acrotalriaeamucunapreta.

4. Leguminosas herbceas utilizadas como adubo verde Asmaisutilizadasemregiestropicaissoacrotalria,ofeijo-de-porcoeamucuna.

Crotalria (Crotalaria juncea) Acrotalriacultivadaemtodaregiotropical,vegetamuitobememsolospobres,inclusivenosarenosos devriasfertilidadesebemdrenados.exigenteemcalor,luzeumidade,suportandogeadasleves(CALEGARIet al.,1993).

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EmpesquisarealizadaporPerinetal.(2004),naZonadaMataMineira,aproduodefitomassaeacmulodenutrientesefixaobiolgicadenutrientesdosadubosverdesmilhetoecrotalriaforamdeterminados.Acrotalriaapresentoumaiorproduodefitomassa,quefoi108%maiorqueavegetaoespontneae 31%superiordomilheto.ApresenadecrotalriaresultouemmaioresteoresdeNeCa,enquantoomilheto easplantasespontneasapresentarammaioresteoresdepotssio.OacmulodePeMgfoiinfluenciadopela produodefitomassa,atingindovaloreselevadoscomapresenadacrotalria,aopassoqueoacmulodeN edeCaresultoutantodosmaioresteoresquantodamaiorproduodefitomassanostratamentoscomaleguminosa.Acrotalriacontribuiu,emassociaosimbiticacombactriasfixadorasdenitrognio,viafixao biolgicadonitrognio,com173kgha-1deN. DuarteJunior(2006),avaliandoplantasdecoberturaparasistemadeplantiodireto,emCamposdos Goytacazes,observoumaiortaxadecoberturadosoloproporcionadapelacrotalria,emtornode87%aos 35diasapsaemergncia(DAE),sendo15,40e748%superior,respectivamente,aofeijo-de-porco,mucuna pretaevegetaoespontnea.Acrotalria,aos92DAE,produziu17.852kgha-1dematriaseca,41,78e 407%superiordofeijo-de-porco,damucunapretaedavegetaoespontnea.Essasleguminosasavaliadas acumularammaiorquantidadedeNeCunafitomassaqueavegetaoespontnea.Acrotalriaeofeijo-deporco,emmdia,acumularam66%amaisdePnaparteareaqueamucunapreta.Acrotalriaapresentou maioracmulodeK,Mg,S,ZneFequefeijo-de-porco,mucunaevegetaoespontnea. Reisetal.(2007)estudaramdiferentessistemasdemanejo(rolo-facaetrituradordepalhas)dasespciescrotalriaemucuna-cinza.Asanlisesdosvaloresobtidospermitiramverificarqueomanejonointerfere nadecomposiodamassasecadascoberturasvegetaisequeasduasculturasdecoberturaapresentaram massassemelhantesaos30;70e125diasapsasemeadura,diferindoaos97dias,pocaemqueacrotalria apresentoumaiorquantidadedemassasecadevidoescassezdechuvaseaorpidocrescimentoinicialda crotalria.Aos30;51e71diasapsomanejo,asmassassecasdasculturasforamsemelhantes. Feijo-de-porco (Canavalia ensiformes) Ofeijo-de-porcoleguminosaanualoubianual,decrescimentoiniciallento,resistenteaaltastemperaturas,toleranteaosombreamentoparcial,entretanto,nosuportageada.Soplantasmuitoresistentes seca,rsticasesedesenvolvembememsoloscompactadoseargilosos(CALEGARIetal.,1993). Entreosadubosverdes,ofeijo-de-porcotemapresentadobomdesempenhoemconsrciocomomilho,poisseadaptadacondiodeluzdifusaeexploraprofundidadesevolumesdesolodiferentedasplantas demilho. Heinrichsetal.(2005)avaliaramasespciesmucunaan(Mucunadeeringiana),guanduano(Cajanuscajan),crotalria(Crotalariaspectabilis)efeijo-de-porco(Canavaliaensiformis)emcultivoconsorciado comomilho.Ofeijo-de-porcoapresentoumaiorproduodefitomassaeacmulodenitrognio,fsforo, potssio,clcio,magnsioeenxofre.Almdeofeijo-de-porcoapresentarmelhordesenvolvimentoeadaptaoaosistemapropostoemrelaoaosdemaistratamentos,constatou-sereduonaocorrnciadeplantas daninhas,causando,possivelmente,efeitosupressoralelopticoaestasplantas.Osautoresdestacaramanecessidadedodesenvolvimentodemquinasagrcolasapropriadassemeaduradessacultura,dificultadapelo usodemquinasconvencionais,emvirtudedoacentuadotamanhodesuassementes. Verificaram,tambmque,noprimeiroanodecultivo,orendimentodegrosdemilhonofoiinfluenciadopelocultivoconsorciadocomadubosverdes.Noentanto,nosegundoano,orendimentodemilhofoi beneficiadopelocultivoconsorciadocomfeijo-de-porco.Comparandootratamentocomfeijo-de-porconos doisanosdecultivo,amdiaderendimentodegrosdemilhofoi23%maiornosegundoanoemrelaoao primeirocultivo.Possivelmente,omilhocultivadonosegundoanofoibeneficiadopelamaiordisponibilidade denutrientes,principalmentenitrognio,proporcionadapelamaiorproduodefitomassadoaduboverde noanoanterior.Osautoressalientaramqueaconsorciaodemilhocomfeijo-de-porconoatrapalhoua colheitamecnicadomilho,porserofeijo-de-porcoumaespciedehbitodecrescimentoprostrado.

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Mucuna Entreasvriasespciesdemucuna,asprincipaissomucunaan(Mucunadeeringiana),mucunacinza (Styzolobiumcinereum)emucunapreta(Styzolobiumaterrimum).Amucunapretaumaplantaanualquevegeta bem nas regies tropicais e subtropicais, necessita de climas quentes, de invernos suaves, sem ocorrncia de geadas,sendobastanteresistenteseca. Desenvolve tanto nos solos arenosos como nos argilosos e intermedirios, podendo ainda tolerar solos cidos,sombreamento,temperaturaselevadaseencharcamentoporperodoscurtos(CALEGARIetal.,1993).A mucuna an possui hbito herbceo determinado, com altura de 0,6 a 1,0 m. Cresce bem em solos tropicais e subtropicais,apresentandoresistnciasecaepoucoexigentequantofertilidade.umaplantaderazovel rusticidade,quepodeserutilizadacomoadubaoverde.SegundoCostaetal.(1993),podeciclarat76kgha-1de Neproduzcercade2a4Mgha-1dematriaseca.

Caractersticas Altura (m) Ciclo at o florescimento (dias) Profundidade (cm) Espaamento (m) Sementes/metro linear Densidade (kg ha-1) Massa verde (Mg ha-1) Massa seca (Mg ha-1) poca de semeadura ideal poca de semeadura possvelFonte:PiraSementes(2008)

Crotalria 2,0 a 3,0 90 a 120 2a3 0,50 22 a 27 25 40 a 60 10 a 15 out. a nov. set. a mar.

Leguminosa herbcea Feijo-de-porco 0,8 a 1,0 90 a 100 2a5 0,50 4a5 100 20 a 40 3a6 out. a nov. set. a mar.

Mucuna preta 0,5 a 1,0 150 a 180 2a3 0,50 4a5 70 40 a 50 7a8 out. a nov. set. a mar.

Spagnolloetal(2001),emanliseeconmicasobreautilizaodeleguminosasnaculturadomilho,concluramqueocultivodeleguminosasparaacoberturadosolodemonstrou-sealternativavivelparaaumentarsignificativamenteareceitalquidadaculturadomilho.Almdisso,constataramqueasespciescapazesdesedestacar emrelaoaoseuefeitonestareceitaforamamucunacinzaeofeijo-de-porco.

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5. Leguminosas arbreas utilizadas como adubo verdeGuandu (Cajanus cajan) Oguanduocupamundialmenteo6olugaremimportnciaalimentardentreasleguminosas,sendo usadoextensivamentenasiaparaalimentaoanimalehumana.Paraoprodutorrural,oguanduproporciona baixos custos de produo, que refletem diretamente no lucro da atividade pecuria e em melhorias na fertilidade do solo, decorrentes da habilidade que essa forrageira apresenta para a fixao simbitica do nitrognio(RAOetal.,2002). Alvarengaetal.(1995),avaliandodiferentesespciesdeadubosverdes,observaramqueoguandu destacou-secomoaespciedemaiorpotencialpararecuperaodosolo,commaiorproduodebiomassa seca. Alcntara et al. (2000) verificaram alta capacidade do guandu na produo de fitomassa seca. Esses autoresobtiveram,respectivamente,13.800kgha-1noSudoestedoParane13.200kgha-1emLambari-MG defitomassasecacomoguandu,comprovandoaaltacapacidadedeproduodemassaseca. Oguandutemsemostradoexcelenteleguminosaparainclusoemsistemadecultivoemaleia,que podeproduzirat11.000kgha-1defitomassaseca,podendoincorporaraosistemaat283kgha-1deNe23 kgha-1deP(ALVESetal.,2004). Salmietal.(2006),avaliandoaproduodefitomassaarea,seusteoresdeN,PeKeadinmica deliberaodessesnutrientes,emseisgentiposdeguandu,emsistemadecultivoemaleias,observaram aprodutividademdiadebiomassade5,9Mgha-1;oacmulodeNvarioude188,3a261,3kgha-1,ode Pde7,2a9,4kgha-1eodeKde29,3a45,5kgha-1;nohouvediferenaestatsticaentreosgentipos avaliados. As curvas de liberao mostraram que, aos 56 dias, aproximadamente, 60% do N e 65% do P e do K contidos na biomassa remanescente tinham sido liberados para o solo. Todavia, considerando-se a elevadataxadeliberaodoN,PeKdasleguminosas,logodepoisdoseumanejo,importanteabuscade estratgiasparamaximizaroaproveitamentodenutrientespelasculturascomerciais.Osresultadosindicam queosseisgentiposavaliadosforamigualmenteeficientesemproduzirbiomassaeemliberarnutrientes de modo satisfatrio, no primeiro ano de estudos. Os autores tambm destacaram que aproximadamente 75%dafitomassaaindarestavasobreosoloaos30diasapsadeposio.Issoacarretouaosistemaumaboa coberturadosolo.Essaproteoaosolo,nosprimeiros30diasdepoisdocorte,coincidecomoperodomais crtico, caso uma lavoura comercial seja implantada entre as faixas, diminuindo, assim, a competio com plantasdaninhasefavorecendoaconservaodaumidadedosolo. Queiroz(2006),avaliando,nosanosde2003a2005,aprodutividadedefitomassadaparteareade seteespciesdeleguminosas(Albizialebbeck,Peltophorumdubium,Leucaenaleucocephala,Cajanuscajan, Sesbaniavirgata,MimosacaesalpiniaefoliaeGliricidiasepium)eoacmulodeN,PeKnessasleguminosas arbreasemsistemasagroflorestaisdealeias,bemcomooefeitodaadiodefsforosobreasleguminosas, verificou,tantoemexperimentocomadiodeP,quantosemaplicaodeP,queamaiorprodutividadede fitomassasecadaparteareafoiobtidapeloguandu,respectivamente5.371kgha-1e6.017kgha-1.Oautor afirma que o guandu menos exigente em P que as demais leguminosas avaliadas, e que, possivelmente, possuaassociaobastanteeficientecommicorrizas,umavezqueconseguiumanterelevadaprodutividade defitomassasecaembaixocontedodePnosolo,emcomparaocomasdemaisespcies.Entretanto,Eiras (2007) cultivou feijo nessa mesma rea, em sistemas de alias, observando que o guandu no resistiu s podasapsosdoisprimeirosanosdeseuplantio. SuzukieAlves(2006)verificaramvaloresdeproduodemassaverdeparaoguandude32.708kgha1.Noentanto,Pirai(2004)mencionaqueaproduodemassaverdedefeijoguanduano,cultivarIAPAR43 Arat,de20.000a30.000kgha-1.

RaoeMathuva(2000)conseguiram,comocultivointercalardemilho-guandu,24%amaisna produtividadedaculturademilhodoquenocultivocontnuodemilhosolteiro.Entretanto,nomilho emrotaocomguanduaproduofoiequivalenteaomilhosolteiroemcultivocontnuo. Juo et al. (1995) observaram, em estudo de longa durao, que a produo de milho foi sustentvelquandocultivadoemaleiasdeleucenaouguandu.OguandutevealtovalordeN(2,6%) nosresduosqueforamaplicadosaosolo.

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Leucena (Leucaena leucocephala) Aleucenaleguminosaperene,arbustiva,originriadoPeru.poucoexigenteemnutrientesetolerasolos cidos.Seuusocomoplantadeelevadopotencialforrageiropararegiestropicaisesemiridastemsidorelatado. Destaca-se a sua capacidade de manter a folhagem verde, de alto valor nutritivo, graas ao sistema radicular capazdeexplorarasreservasdeguasnascamadasmaisprofundasdosolo,oquelheconfereresistnciaseca. Apresentafolhascomaltoteordenitrognioehabilidadepararesistirasucessivaspodas(SEIFFERT;THIAGO,1983). Segundo Barreto e Carvalho (1992), o uso de leucena em consrcio com milho e feijo, alm de proporcionar expressivaproduodeforragem,podeseralternativavivelparaaproduodelenhaempequenaspropriedades doNordestebrasileiro.Osautoresobtiveram3.400kgha-1delenhosecodeleucenaplantadanoespaamentode 2,5mentrefileiraseumaplantapormetro,consorciadacommilhooufeijo. DeacordocomVanlauweetal.(1996),umaaplicaodasfolhasdeleucena(6,25Mgdematriafresca porhectare)fornece78kgha-1deN.Kangetal.(1990)reportaramaumentodaproduodegrosdemilhode 13%comaplicaodefolhaspodadasdaleucena,quandocomparadacomadomilhosolteirosemaplicaode fertilizantes.Osautoresnorelatamseesseaumentonaproduolevouemconsideraoaperdaderea. Ngambeki (1985) demonstrou que, no sul da Nigria, sistemas em aleias com leucena aumentaram e sustentaramaprodutividadedemilhoem60%acimadaqueladomilhocomoculturanica,almdereduzirouso defertilizantesnitrogenados. Gliricdia (Gliricidia sepium) Agliricdialeguminosaarbrea,originriadaAmricaCentral,amplamentedifundidanostrpicoseque apresentausomltiplo,podendoserutilizadacomoquebra-vento,cerca-viva,forrageira,paraproduodemadeira e adubo verde e tem grande potencial para contribuir com a fertilidade de reas degradadas, pois tolera solos cidosepobres,resisteapodasanuais,produzgrandequantidadedebiomassaeconcentrarelativamentemais nutrientesqueoutrasleguminosas. Oplantiofeitoporestacas,porrazesbviasamaneiramaisgeneralizadanoestabelecimentodagliricdia, quetantopodemserdiretamenteplantadasnolocaldefinitivo,comotambmenviveiradas(estacasmaisfinas) paraproduodemudasemsacosplsticos.Tem-seobservadondicesdepegaaoredorde50%emplantiosdiretos eacimade70%emcondiesdeviveiro. EstaleguminosatemsidoutilizadaemsistemasemaleiasnosemiridodaregioNordestedoBrasilpor apresentarbomdesenvolvimentoemcondiesdeestressehdrico.Aadubaoverdedegliricdia,utilizadacomo cerca-vivaemsistemasagroflorestais,forneceu5.500Mgha-1ano-1dematriaseca,aumentandoadisponibilidade denutrientes,principalmentedenitrognio,potssio,fsforoemagnsio(COSTA;ARRUDA,2006). Osaumentosnafertilidadedosoloenaproduodemilhosopossveisquandoagliricdiacultivadaem aleias.Estudosnafricatmmostradoqueagliricdiapodeproduziracimade5.400kgha-1debiomassasecapor ano,noespaamentode4,5mentrefileirase0,9mentreplantas(MAGHEMBE;PRINS,1994). Marinetal.(2006),naParaba,avaliaramainflunciadadistnciadeplantasdegliricdiasobrecaractersticas da cultura do milho e do solo e microclima. A massa seca de folhas cadas embaixo da fileira de rvores foi de 1.390kgha-1ediminuiu,gradativamente,para270kgha-1a3mdedistnciadasrvores.Asconcentraesde P,Kematriaorgnicaleve(MOL)embaixodasrvoresforammaioresdoquea1e3mdedistnciadasfileiras. As mdias mensais das temperaturas mnimas do ar e do solo, embaixo e a 3 m das rvores, foram similares. Entretanto,asmdiasmensaisdastemperaturasmximasdosoloedoarforamde6e2Cmaisaltasa3mdas rvores,respectivamente,aolongodoperododeestudo.Essainflunciafoiobservadaprincipalmenteduranteos mesesdeplenaestaochuvosa(maioajunho),ouseja,duranteoperododecrescimentodascopasdasrvores apsapoda.Jnaplenasecaenofinaldaseca(outubroajaneiro),noforamobservadasdiferenasentreas temperaturas mximas do ar em ambas as posies de amostragem. Provavelmente, isso aconteceu por causa dapodadasrvoresnofinaldaschuvas(julho)edacaractersticacaducifliadaG.sepium,quepermanecesem folhasduranteosperodosdemaiorestressehdrico.Apodarealizadaaofinaldaschuvasfezcomqueascopasdas rvorespermanecessembastantereduzidasduranteeestaoseca,commenorcapacidadedesombreamento.J naestaochuvosa,asrvoresapsapodativeramrpidareposiodassuasfolhase,consequentemente,maior capacidadedesombreamento.

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Aumidadedosolofoisignificativamentemenorembaixodasrvoresdoquea1e3mdedistncia. TaisresultadosrevelamqueapresenadaG.sepiumlevamaiorabsorodeguanasposiesprximas s fileiras de rvores, ou seja, as razes laterais das rvores nesse sistema aparentemente so capazes de capturarsignificativamentemaisguaadistnciaspelomenoscercade1m,masmenoresque3mdasfileiras. Osautoresconsideramquetambmpossvelqueamenorumidadedosoloembaixodasrvoresseja,em parte,resultantedainterceptaopelacopadeumafraodaguaprecipitada.Essaguainterceptadapode ficarparcialmenteretidanasfolhaseescorrerpelosgalhosdasrvoreseseinfiltrarnosoloimediatamente adjacenteaocauledasrvores.Foiobservado,entretanto,queomilhoproduziumaisgrosepalhaeacumulou maisnutrientesnasposiesmaisprximasdasfileirasdeG.sepium. Canafstula(Peltophorumdubium)

AcanafstulaespcienativadoBrasil,helifita,comboaresistnciaaofrioecresceadequadamente em solos pobres em N disponvel, fato similar ao que ocorre com leguminosas arbreas nodulferas. consideradapromissoraporapresentarvaloreconmicocomprovado,emfunodaqualidadedamadeira. O seu crescimento rpido, sendo utilizada como espcie com aptido regenerao artificial. tambm considerada espciepromissoraparaaproduodemadeira no Centro-Sul doBrasil(CARVALHO,1994).A semeaduradiretadecanafstulaalternativaparaaimplantaodaespcie,possibilitandotransformarreas decapoeirasemsistemasagroflorestaisnofuturo(MATTEI;ROSENTHAL,2002). Para Dias et al. (2007), a canafstula uma espcie no-nodulfera considerada no fixadora de nitrognio(FBN),masissonogarantequenosejabeneficiadaoumesmoquerecebacontribuiodafixao biolgicadenitrognio,oqueexplicariaseubomcrescimentoeacmulodeNmesmoemsoloscombaixos teoresdeN.

Caractersticas Altura (m) Ciclovegetativo Profundidade(cm) Espaamento (m) Sementes/metro linear Massa Seca (Mg ha-1) poca de semeadura idealFonte:PiraSementes(2008)

Leguminosa Arbrea Leucena 5e10 Perene 3a5 0,50 5a8 6a8 Estaochuvosa Canifstula At40 Perene 0,5 3 3a8 1a3 Estaochuvosa

6. Comparao entre leguminosas arbreas utilizadas como adubo verde Quandoaspodasdegliricdiaforamadicionadasnasentrelinhasdomilho,Ikerraetal.(1999)observaram aumento significativo de nitrognio inorgnico (N) na superfcie do solo. Devido alta contribuio doNdafolhagem,agliricdiaconsideradaespciepromissoraparasuprironitrognioparaasculturasem consrciocomestaleguminosa.BarretoeFernandes(2001),emLagarto-SE,encontraram27,3e26,9gkg-1de Nnamatriasecadagliricdiaedaleucena,respectivamente.LawsoneKang(1990)notaramqueosombreamentocausadopelaaleiamaioremespciesderpidocrescimento,comoLeucaenaeGliricidia,emaioro sombreamentoquantomaispertoestavaaculturadomilhoemrelaofileiradasrvoresleguminosas.Notaramtambmqueomaterialobtidodaspodasdessasleguminosascontribuienormementeparaaumentara retenodeguanosolo.

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Decomposioderesduosdeplantaseliberaodenutrientessoconhecidasporafetaracomposio qumicaeosorganismosdosolo.ResduosdeplantascomaltoteordeNmostramaltataxadedecomposioe liberaodenutrientes,enquantooaltoteordeligninanosresduospoderiaaumentaraimobilizao,especialmente de nitrognio (TIAN et al., 1992). Segundo esses autores, dentre as espcies por eles avaliadas (Acioa barteri, Gliricidiasepium,Leucaenaleucocephalaepalhadadearroz),aleucenaeagliricdiaapresentaramasmenores relaesC/Neasmenorespercentagensdeligninaedepolifenis,mostrando,portanto,quepodasdegliricdia seguidaspelaleucenaforamasqueapresentarammaiorestaxasdedecomposio.Concluramaindaquetodosos resduosdasplantasanalisadasliberaramrapidamenteopotssio,masnaspodasdeleucenahouveimobilizao defsforo. Heinemanetal.(1997),avaliandooitoespciesdervoresleguminosas(Leucaenaleucocephala,L.collinsii, Gliricidiasepium,Calliandracalothyrsus,Sesbaniasesban,S.grandiflora,SennasiameaeS.spectabilis),noQunia, obtiverammaiorprodutividadedemilhonaassociaodestaculturacomleucenaegliricdiadoquecomsesbnia. Orendimentodomilhofoipositivamentecorrelacionadoquantidadedefolhasaplicadasnosolo.Concluramainda quefolhasdedecomposiorpida(leucena,gliricdiaesesbnia)forammaisefetivasparaelevaraprodutividade queaquelasdedecomposiomaiscomplexa. Barreto e Fernandes (2001), testando o cultivo de gliricdia e leucena em alamedas, notaram que a gliricdiaexerceumenorcompetiocomamandiocanaentrelinha,ecomincorporaodessasleguminosasao soloelevaram-seopHeosteoresdeclcio+magnsio,nosendoalteradas,porm,amatriaorgnicaeaCTC. Nessetrabalho,tambmfoiobservadareduodadensidadedosoloeelevaodamacroporosidadeemresposta adiodasleguminosas,sendoessesefeitosmaispronunciadosemmenoresprofundidades,emdoisanosde ensaio. SegundoQueiroz(2006),oguandueagliricdia,devidoaltaprodutividadedefitomassaseca,socapazes debeneficiarorendimentodegros,semocustocomaaquisiodefertilizantesqumicos,namaioriadasvezes onerosoparaaagriculturafamiliar.Omilhonaaleiacomgliricdiaapresentoubonsresultadoseaindapodeser utilizadacomoforragempararuminantes.Oautoracredita,porm,que,pelofatodeoguanduserumacultura amplamentedivulgadaentreospequenosagricultoresdaregioepelosresultadosapresentadosdeprodutividade defitomassasecaefornecimentodenutrientescomooN,oquebeneficiouaprodutividadedacultura,podeter melhoraceitaopelosagricultores.

7. Referncias bibliogrficas

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