Adventist World (Junho 2009)

32
Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Junho 2009 ARTIGO ESPECIAL Veja página 18 P recisa-se de T rabalhadores para a C olheita s i n g u l a r Profétıco Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Movimento

description

Revista Adventist World Revista mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Transcript of Adventist World (Junho 2009)

Page 1: Adventist World (Junho 2009)

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Junho 2009

A R T I G O E S P E C I A L

Veja página 18Precisa-se de Trabalhadores para a Colheita

s i n g u l a rs i n g u l a rProfétıco

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Movimento

Page 2: Adventist World (Junho 2009)

Junho 2009

I G R E J A E M A Ç Ã O

Editorial ............................. 3

Notícias do Mundo3 Notícias & Imagens

Janela7 Burundi por Dentro

Visão Mundial8 Integridade: Abertura e

Confi ança

S A Ú D E

Exercício — Em Qualquer Idade .............11Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Educação Superior ...........................26Por Angel Manuel Rodríguez

E S T U D O B Í B L I C O

O Incomparável Jesus ..................................27Por Mark A. Finley

I N T E R C Â M B I O M U N D I A L

29 Cartas30 O Lugar de Oração30 Fazendo a Diferença31 Intercâmbio de Ideias

O Lugar das Pessoas .............................32

A R T I G O D E C A P A

Movimento Profético Singular Por James R. Nix ......................................................................... 14Começou pequeno e insignifi cante, mas não permaneceu assim.

D E V O C I O N A L

Metáforas de Amizade Por Ross Chadwick ........................ 12Não precisamos caminhar sozinhos; nem devemos

A R T I G O E S P E C I A LPrecisa-se de Trabalhadores para a Colheita Por Homer Trecartin ................................................................... 18O evangelho está indo a todo o mundo e nós podemos ajudar.

E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Fé, não Sentimento Por Ellen G. White ............................... 21Você conhece a diferença?

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Futebol ou Fé? Por Jeffrey O. Brown ..................................... 22Quando chegou a hora de escolher, ele escolheu.

S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

Legado de Fé Por Hans Olson ................................................ 24Na África, o caminho para o futuro começa no passado.

Tradução: Sonete Magalhães Costa

www.portuguese.adventistworld.org

MI

SS

ÃO

A

DV

EN

TI

ST

A

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 5, nº 6, junho de 2009.

Tradução: Sonete Magalhães Costa

www.portuguese.adventistworld.org

2 Adventist World | Junho 20092 Adventist World | Junho 2009

Page 3: Adventist World (Junho 2009)

Doukmetzian, magistrado experiente, é o novo Advogado Geral para a Igreja Adventista

O Comitê Executivo da Igreja Adventista elegeu, no dia 5 de abril de 2009, Karnik Doukmetzian como vice-presidente do Adventist Risk Manage-ment [ARM] (Gestão de Riscos), com mais de 25 anos de experiência na área de Direito, para dirigir o Departamento Legal da Associação Geral.

“Estou ansioso para trabalhar com cada um dos senhores e com o presi-dente Jan Paulsen, de modo a proteger os interesses da igreja”, disse ele ao Comitê Executivo, durante o Concílio da Primavera de 2009.

Uma Questão de Compaixão“Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas” (Mt 9:36).

Alguém escreveu que o motivo principal de ter essa frase sido registrada no Evangelho de Mateus é que ela

sublinha a singularidade de Jesus – Sua incrível habilidade de superar a hostilidade natural da multidão e imaginar a santa alegria em seus olhos, como indivíduos redimidos.

É assim que reagimos com as multidões ao nosso redor, nas cidades e bairros em que moramos? Você se compadece delas? Ou estamos satisfeitos pelo fato de que essas pessoas permanecem sem rosto, sem nome, às quais evitamos na ebu-lição das ruas e calçadas? Será que sofremos quando vemos a tristeza das crianças que fi cam nas esquinas a mendigar o pão, ou o desespero dos desabrigados e doentes mentais que se apinham nas grandes cidades?

Será que nosso coração sangra quando vemos nossos vizi-nhos serem discriminados por líderes religiosos e políticos ines-crupulosos, que tomam seu dinheiro e destroem seus sonhos? Somos levados às lágrimas quando eles são manipulados por propagandas e levados a comprar novos celulares e “brinquedos” eletrônicos atualizados? Será que nos importamos com o fato de tantos gastarem horas sem fi m atirando em inimigos imagi-

nários através de videogames ou dançando freneticamente com músicas que entorpecem a mente, se divertindo até a morte?

Alguns cristãos talvez pensem que as multidões merecem o que estão recebendo. Talvez não mereçam nossas lágrimas e nosso tempo. Talvez não valham o esforço necessário de nos aproximarmos para ver suas lágrimas e temores secretos. Fizeram a pior escolha quando a “pia da vida” estava transbor-dando; agora deixemos que reconheçam seu erro e que eles mesmos enxuguem seu próprio chão. Talvez aprendam a lição.

As Escrituras, porém, dizem que Jesus teve compaixão deles – que Seu coração e mente foi à procura deles antes que fi zessem qualquer movimento em Sua direção. E nós, temos compaixão? Ou, hoje à noite, necessitamos orar ajoelhados e confessar que talvez o maior obstáculo para o crescimento do reino de Deus em nossa vizinhança pode ser nossa atitude discriminatória?

Estou orando e pedindo a compaixão de Jesus ao observar as multidões que enchem o mundo ao meu redor. Se esperar por minha própria vontade, não conseguirei ser como Ele. Neste mês, una-se a mim e peça pela graça especial de viver acima dos temores e preconceitos para que amemos verdadei-ramente aqueles por quem Cristo Se sacrifi cou.

— Bill Knott

E D I T O R I A L

BEM-VINDO A BORDO: Jan Paulsen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, dá as boas-vindas a Karnik Doukmetzian, novo diretor geral do Departamento Jurídico da sede mundial da igreja. O Comitê Executivo elegeu Doukmetzian no dia 5 de abril.

AN

SE

L

OL

IV

ER

/A

NN

N O T Í C I A S D O M U N D O

A Igreja em Ação

Junho 2009 | Adventist World 3

Page 4: Adventist World (Junho 2009)

Doukmetzian substitui Robert E. Kyte, que ocupou a função nos últimos quatro anos e aceitou um cargo no conselho geral da Healthwise, entidade sem fins lucrativos de educação do consumidor, localizada em Boise, Idaho, Estados Unidos. Kyte, anterior-mente, atuou como consultor externo para a empresa por 15 anos, quando atuava na área privada.

O Departamento Legal Geral, no momento, emprega cinco advogados para oferecer assessoria jurídica para as entidades da sede mundial da igreja, principalmente na área de impostos, pensão, liberdade religiosa, emprego, leis de imigração e litígio.

Doukmetzian, 54, nasceu na Grécia e foi criado no Canadá. Graduou-se em Direito pela Universidade de Windsor, Ontário, Canadá, em 1982. Posteriormente, representou empresas de seguro na iniciativa privada e serviu como advogado geral e diretor de Re-lações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Canadá.

Doukmetzian serviu no Adventist Risk Management por 12 anos, primei-ro como advogado em representações judiciais e, nos últimos oito anos, como vice-presidente, supervisor das companhias de seguro, de serviços de crédito e corretoras da igreja.

Apresentador frequente nas reuniões da ARM, incluindo as conferências anuais da gestão de riscos e simpósios da presidência, Doukmetzian desafiou os líderes da igreja a assumir res-ponsabilidades por suas ações e a concentrar-se na gestão em áreas que possam resultar em eventuais pedidos de indenização contra a igreja.

“Seu impacto nessa tarefa, ao longo dos anos, tem sido importante”, disse o presidente da ARM, Robert Sweezy. “Ele tem agora uma grande oportu-nidade de continuar servindo à igreja e realizar o que mais gosta de fazer,

isto é, protegê-la por todos os meios possíveis.

Robert Lemon, tesoureiro da As-sociação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia e presidente da comissão diretiva da ARM, trabalhou com Doukmetzian no Canadá: “O que mais apreciei ao trabalhar com ele, mesmo na primeira vez em que trabalhamos juntos no Canadá, não é apenas sua habilidade jurídica, mas o conhe-cimento que tem da igreja e de sua missão. Tenho certeza de que ele trará a mesma determinação para o Depar-tamento Legal da Associação Geral.”

“Foi um prazer trabalhar com ele na ARM, e creio que ele trará ao escritório a energia, concentração e praticidade com princípios cristãos”, disse Kyte.

Após a faculdade, Doukmetzian frequentou Escola de Direito nos Estados Unidos e buscou conselho dos mais experientes advogados adventis-tas canadenses. “Vá para o curso de Direito e use seus talentos para servir à igreja”, disseram a ele. Naquele tempo, havia apenas quatro advogados adven-tistas no país.

Doukmetzian tem licença para praticar a advocacia tanto no Canadá

como nos Estados Unidos. Ele assumiu suas novas funções no mês de maio.

É casado com Loida Cortez Douk-metzian, professora na região de Wa-shington, D.C. e são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Sligo, em Takoma Park, Maryland, Estados Unidos. Eles têm um filho chamado Joseph.–Reportagem de Ansel Oliver, Rede Adventista de Notícias, com informações de Paula Webber, Adventist Risk Management.

Rimoldi, Especialista em Liberdade Religiosa, é Novo Contato Adventista na ONU

Tiziano Rimoldi, um adventista do sétimo dia italiano e especialista nas relações igreja-estado, foi nomeado como representante da igreja mundial nas Nações Unidas.

Em sua nova função, o professor e autor Rimoldi trabalhará fora do Departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da igreja mundial.

“É animador saber que vou fazer parte de um departamento em que as pessoas são altamente especializadas e comprometidas”, disse Rimoldi, ao saber de sua nomeação no dia 6 de abril de 2009.

Atualmente, Rimoldi é professor de Religião, Direito e Relações Sociais no Colégio Adventista Italiano Villa Aurora; é mestre pela Universidade

NOVO REPRESENTANTE: Tiziano Rimoldi, especialista nas relações igreja-estado, servirá como contato da Igreja Adventista nas Nações Unidas. Rimoldi deseja expandir a influência da igreja nos assuntos de liberdade religiosa na ONU.

F O T O : C O R T E S I A P A R L

N O T Í C I A S D O M U N D O

A Igreja em Ação

4 Adventist World | Junho 2009

Page 5: Adventist World (Junho 2009)

de Bologna, onde se concentrou na relação igreja-estado, e possui título doutoral em lei canônica/lei eclesiásti-ca pela Universidade de Perugia.

Rimoldi substitui Jonathan Gallagher, que ocupou o cargo por oito anos.

Antes disso, Rimoldi traba-lhou como contador para a União Adventista da Itália e ocupava um car-go na Firma de Advocacia Longobardi, em Roma.

Cidadão italiano, Rimoldi, 42, fala italiano, é fluente em inglês, francês e entende espanhol. Seus artigos foram vastamente publicados em revistas acadêmicas na área de lei e liberdade religiosa. Atualmente, está pesquisando o financiamento estatal da religião na Irlanda e a construção de uma missão adventista nos Camarões.

“Com sua grande experiência em lei internacional e relações igreja-esta-do, Rimoldi explorará oportunidades para a Igreja Adventista na ONU”, disse John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a igreja Adventista mundial. “Sua habili-dade para liderar coligações e analisar resoluções será muito importante para o trabalho da igreja no campo da liber-dade religiosa.

Enquanto isso, Rimoldi assumirá a maior parte das responsabilidades de sua nova função, inclusive participan-do da próxima sessão da ONU, diz Graz.

Além do contato da igreja na ONU, as responsabilidades de Rimoldi incluem participar do Concílio de Di-reitos Humanos em Genebra, reunir-se com delegações governamentais na sede mundial da ONU, em Nova York, trabalhar com outras organizações não-governamentais e colocar, na agenda de coligações, itens concernen-tes à liberdade religiosa.–Reportagem de Elizabeth Lechleitner, Rede Adventista de Notícias.

Adventistas Votam “Sábado da Criação” em Outubro

Nikolaus Satelmajer teve a ideia, após saber que centenas de igrejas e sinagogas celebram “Fim de Semana da Evolução” há três anos.

Satelmajer, editor da revista Ministry (Ministério) pensou: “Por que não ter um dia para enfatizar a criação?”

Em abril, os líderes mundiais da denominação aceitaram a ideia e vo-taram aprovar o “Sábado da Criação”, um dia para enfatizar Deus como Criador. Sábado, 24 de outubro, foi o dia escolhido.

“Não será um debate entre evolução e criação, mas ênfase no fato de que Deus é nosso Criador”, disse Satelmajer aos delegados reunidos na sede mundial da igreja, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

O Fim de Semana da Evolução ocorre todos os anos no fim de semana mais próximo ao aniversário do cientista Charles Darwin, autor do livro A Origem das Espécies. Centenas das congregações que participam apoiam a criação combinada com evolução, segundo Carta Projeto Cléri-

co, organização patrocinadora.A Igreja Adventista do Sétimo

Dia ensina a doutrina bíblica de uma criação literal do mundo em seis dias.

“A maior influência do trabalho de Darwin foi separar Deus do mundo”, disse James Gibson, diretor do Instituto de Geociência da deno-minação, em Loma Linda, Califórnia. “Nossa mensagem da criação serve para unir Deus e o mundo na mente das pessoas.”

Gibson diz que um dos principais fundamentos da teologia adventista são as três mensagens angélicas, no Apocalipse, baseada na crença da criação.

“Parece-me que, quando come-moramos as três mensagens angélicas, realmente estamos comemorando a criação também”, afirmou, referindo-se à primeira mensagem angélica de adorar Cristo o Criador.

“Às vezes, penso que se gasta muito tempo com perguntas e debates, quando, na verdade, deveríamos dizer: ‘Exploremos o significado da palavra Deus como nosso Criador’.”–Reportagem de Ansel Oliver, Rede Adventista de Notícias.

F O T O D E A R Q U I V O , C O R T E S I A D A R E V I S T A M I N I S T R Y

SÁBADO ESPECIAL: Nikolaus Satelmajer, editor da revista Ministry, liderou um

esforço no sentido de apoiar o “Sábado da Criação” para a igreja. Votado pelo Comitê

Executivo da igreja, o dia especial está programado para 24 de outubro.

Junho 2009 | Adventist World 5

Page 6: Adventist World (Junho 2009)

N O T Í C I A S D O M U N D O

A meta evangelística dos adventistas do sétimo dia e seu trabalho

missionário entre os adeptos das religiões do mundo é levar as pessoas à fé salvadora em Jesus Cristo e não sim-plesmente aumentar a atual experiência espiritual, afi rmaram líderes da igreja, no dia 6 de abril de 2009, segundo e último dia do Concílio Anual da Prima-vera dos líderes mundiais da igreja.

“Deus está constantemente empe-nhado em salvar todos quantos Suas mãos possam alcançar”, observou Jan Pausen, presidente da Associação Geral, ao apresentar o projeto do documento para discussão e aprovação inicial pelos líderes da igreja de todas as regiões e territórios do mundo.

O projeto do documento será edita-do e apresentado ao Comitê Executivo da Associação Geral no Concílio Anual, em outubro de 2009, quando prova-velmente será adotado como parte da Política de Trabalho da Igreja, por mais de 300 delegados na referida reunião.

“O espírito da época incentiva a aceitação de todas as religiões do mun-do como válidas expressões do espírito humano e desencoraja os esforços para persuadir as pessoas de uma religião para outra”, lê-se em um trecho da seção “Análise Racional” do documento. Mas, os adventistas “devem encontrar o roteiro para a missão nas instruções específi cas e atos de Jesus e dos apósto-los, como registrados nas Escrituras.”

Outra seção do documento inti-tulada “A Missão” observa: “Embora outros cristãos também preguem o evangelho, os adventistas compreendem

seu chamado especial para proclamar as boas novas de salvação e obediência aos mandamentos de Deus. Essa proclama-ção acontece durante o juízo de Deus e enquanto esperamos pelo breve retorno de Jesus, que colocará um ponto fi nal no confl ito cósmico”, baseado em Apocalipse 14:6 e 7 e 20:9, 10.

A missão adventista, portanto, inclui um processo de proclamação que desenvolve uma comunidade de crentes “que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Ap 14:12), praticam o serviço aos outros e aguar-dam ansiosamente pela segunda vinda do Senhor”, diz o documento.

O “Roteiro” encoraja os adventistas a dar primazia à Bíblia como o guia de prática e fé cristãs. Os escritos de outras religiões do mundo podem ser usados para construir pontes apoiadas por verdades comuns, mas “a nutrição e o crescimento espiritual dos recém-con-versos devem basear-se na Bíblia e em sua autoridade exclusiva.”

O documento ainda apela para a “Abertura e Identidade” na missão, declarando que “devemos realizar nossa missão abertamente, não ocultando nosso nome e nosso objetivo, a não ser que isso crie grandes obstáculos. Em muitos contextos, identifi car-nos como ‘Adventistas do Sétimo Dia’ é preferível ao termo ‘cristãos’.”

Os autores do documento sugeriram apenas algumas etapas de ação para trazer pessoas a Cristo.

“Em algumas situações, a missão adventista pode incluir a formação de grupos de transição (habitualmente

designados como Grupos Especiais de Afi nidades) que encaminham pessoas de uma religião não-cristã à Igreja Adventista do Sétimo Dia”, observa o do-cumento. Tais grupos, entretanto, devem funcionar com cuidadoso cronograma “para transformar as pessoas em mem-bros”. Além disso, “(todo) ministério ou grupo que é formado com a intenção de representar a Igreja Adventista do Sétimo Dia em qualquer parte do mundo, deverá esforçar-se para promover tanto a unidade teológica quanto a organizacio-nal da Igreja”, diz o documento.

Os líderes da igreja são aconselhados a incluir todas as pessoas em seu pla-nejamento de evangelismo: “A alocação de recursos humanos e fi nanceiros, as necessidades da missão para seguidores de outras religiões devem ser incluídas como parte do planejamento estratégico da missão”, aconselha o documento.

A reação de muitos dos delegados foi positiva.

“Ele preenche uma grande necessida-de da igreja e nós, na Divisão Trans-Eu-ropeia, vamos levá-lo muito a sério”, diz Bertil Wiklander, presidente da divisão.

O documento “evita as ciladas do universalismo e do exclusivismo”, disse Ganoune Diop, diretor dos Centros de Estudo de Missão Global da igreja e especialista em islamismo.

“Gostaria que esse documento tivesse existido anos atrás”, acrescentou Garry Karst, um dos vice-presidentes gerais da igreja mundial, sugerindo que a clareza do documento teria ajudado a resolver tensões enfrentadas pela igreja em várias regiões do mundo.

Documento “Roteiro para a Missão” defi ne objetivo fi nal da Igreja para evangelismo

Foco na Mıssãoé Confirmado por Adventistas

Por Mark A. Kellner, editor de notícias da Adventist World

M A T T H E W H E R Z E L / A D V E N T I S T W O R L D

FOCADOS NA MISSÃO: Angel Rodríguez, diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral, apresenta o documento.

A Igreja em Ação

6 Adventist World | Junho 2009

Page 7: Adventist World (Junho 2009)

J A N E L A

burundianos foram mortos e centenas de milhares torna-ram-se refugiados.

Hoje, o Burundi é uma das nações mais pobres do mun-do. Fomes periódicas devastam o país, pois a maior parte dos burundianos depende da agricultura para sobreviver. Apenas 50% das crianças vão à escola e estima-se que aproximada-mente 15% dos adultos estão infectados com HIV/AIDS.

Adventistas no BurundiEmbora haja muitos desafi os no Burundi, a Igreja

Adventista é forte - uma de cada 81 pessoas no país é adventista. Em 1925, o missionário belga David Delhove tornou-se o primeiro adventista do sétimo dia a estabelecer um trabalho onde hoje é o Burundi. Ele já havia viajado por toda a região como ofi cial de reconhecimento para o Exército belga, durante a I Guerra Mundial. Após o confl ito, retornou para ajudar a construir três sedes de missão e permaneceu como missionário na África até sua morte, em 1949.

O número de membros da igreja cresceu para mais de 100 mil, que adoram em 224 igrejas. Mas a maioria desses membros mora na zona rural. Relativamente poucos adventistas moram em Bujumbura, capital do país. Durante anos, uma pequena clínica tem sido o principal instrumento de evangelismo da igreja, nessa cidade. No início do próximo ano, com parte da oferta do décimo terceiro sábado, os adventistas de todo o mun-do terão a oportunidade de ajudar a construir um novo hospital no centro da cidade. Esse centro de saúde será um facho de luz e um trabalho efetivo para todos os que desejam ver a Igreja Adventista crescer ainda mais no Burundi.

Para saber mais so-bre o trabalho da Igreja Adventista do Sétimo Dia nesse país, acesse: www.AdventistMission.org.

Burundi Por Hans Olson

BURUNDICapital: Bujumbura

Principais idiomas: Kirundi (ofi cial), Francês (ofi cial), Swahili

Religião: Cristã, crenças nativas

População: 8,5 milhões*

Membros adventistas: 104.774*

População adventista per capita: 1:81*

Crescimento da igreja no ano passado: 8%

*Arquivos Estatísticos da Associação Geral, 145° Relatório Estatístico Anual.

por Dentro

Junho 2009 | Adventist World 7

O cenário da paisagem do Burundi foi ofuscado por mais de uma década de guerra civil e genocídio tribal. Pequeno em tamanho, o Burundi é um país

equatoriano, sem litoral, no coração do centro-leste da África, na região dos Grandes Lagos, delimitado pelo Lago Tangani-ca, da República Democrática do Congo, Tanzânia e Ruanda. Terra de colinas onduladas e lagos profundos, o Burundi já foi um excelente destino turístico. No entanto, muitos hoje se preocupam mais com o Burundi de passado trágico do que com seu futuro promissor.

Vários reis tribais governaram o Burundi até 1899, quando o rei Mwezi IV concedeu à Alemanha a soberania da nação, que concordou em mantê-lo como monarca, num es-forço para preservar certo grau de poder. No fi m da I Guerra Mundial, a Alemanha perdeu para a Bélgica o domínio sobre o Burundi. A Bélgica o uniu com Ruanda, que já era uma colônia belga, criando Ruanda-Burundi.

Em 1959, o Burundi separou-se de Ruanda, independen-do-se em 1963, embora só tenha sido possível realizar sua primeira eleição presidencial democrática, em 1993. Apenas cem dias após o início do mandato, o presidente foi morto, junto com o presidente de Ruanda, quando o avião em que viajavam foi atingido por tiros, sobre Kigali, Ruanda. Atribui-se a esse incidente o início da violência étnica generalizada entre as tribos de maioria hutu e minoria tutsi, tanto no Burundi como em Ruanda. Mais de 200 mil

Page 8: Adventist World (Junho 2009)

V I S Ã O M U N D I A L

A integridade tem sido amplamente discutida na mídia atualmente. Parece que, hoje, temos mais exemplos de corporações e indivíduos que sacri-fi cam os princípios para obter lucro. Assim, provavelmente seja natural que os membros da igreja perguntem: “Como a minha igreja tem agido nesse sentido?”Primeiro, o que signifi ca ter integrida-de? Para mim, tem a ver com abertura e confi ança: você é o que aparenta. Quando as pessoas o observam, não têm que concluir o que é ou não real. Os valores que você projeta são aqueles que, fi nalmente, norteiam sua vida.

A integridade abrange um leque de questões quase ilimitado. Vou me concentrar em um apenas. No momento, ouvimos muito sobre o que está acontecendo de errado no mercado fi nanceiro mundial e há um visível sentimento de raiva, de ultraje, para com pessoas que não agiram honestamente nos cargos de confi ança. Trata-se de indivíduos motivados por ganância e egoísmo extremos, pensan-do apenas em “ganhar para si”, e que reivindicam remuneração muito além do que é justo e razoável.

Podem essas práticas nos afetar como igreja? Creio que sim. Não estamos isolados do tipo de controle que isso gera. Nossos membros vivem e trabalham no mercado de trabalho secular e são afetados pelo que acon-tece ali. Nesse clima econômico, fi cam mais atentos à maneira como a igreja usa seu dinheiro, e com razão! Eles devem estar atentos e devem cobrar responsabilidade da liderança da igreja.

Ao falar sobre esse assunto, tenho que me lembrar de que qualquer observação que eu faça, as pessoas têm o direito de perguntar: “E como isso tudo se aplica ao senhor?” Eu não posso falar sobre o assunto, da perspectiva de um espectador; estou

integridade:aberturaconfi ançaconfi ança

Entrevista com Jan Paulsen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia

A Igreja em Ação

e

8 Adventist World | Junho 2009

Page 9: Adventist World (Junho 2009)

mente porque essa é sua comunidade espiritual. E se você aceita um cargo na igreja, seja qual for, deve se lembrar de que é um servo. A responsabilidade colocada sobre você foi-lhe conferida por sua comunidade de fé e pelo seu Deus. Essa deve ser a motivação prin-cipal, uma atitude mental, não salário, bônus e auxílios.

Mas há alguns, dentro da igreja, que recebem funções especiais. Per-mitir que perguntem: “Quanto recebe alguém com função similar à minha no mundo corporativo secular?” e deixar que a resposta defi na suas expectativas de salário, é um modo de pensar fun-damentalmente falho.

É errado porque falha em reconhe-cer que, acima de tudo, eles são parte de uma comunidade espiritual. São servos. Se salário alto for requisito para fazermos o nosso melhor, eu diria que alguma coisa está fundamentalmente errada. Em tudo aquilo em que a igreja estiver envolvida − seja pregando, ensinando, curando, dando assistência

ço que a instituição oferece, ou, às vezes, por fundos governamentais. Desse modo, alguns, por causa de sua função altamente técnica, devem ser remunera-dos diferentemente daqueles que, como eu, exercem função pastoral.

Entretanto, eu ainda diria a essas pessoas que ocupam tais funções: “Você também é um servo do Senhor!” Sem dúvida, deve ser remunerado adequa-damente, mas chega o momento em que podemos ir além do que é razoável. Quanto recebe o presidente dos Estados Unidos? Seu salário é em torno de 400 mil dólares ao ano. É substancial, mas muito menos do que os líderes do mundo corporativo. As pessoas que servem a uma comunidade espiritual devem evitar até mesmo a aparência de excesso!

Em qualquer discussão sobre inte-gridade dentro da administração da igreja, alguns podem ressaltar: “Houve épocas, na história da igreja, em que não foi tomada a melhor decisão fi nan-

são. Nós temos. Mas os problemas sur-gem quando as informações não fl uem de onde deveriam, ou onde membros da comissão de uma organização votam assuntos sobre os quais pouco sabem ou compreendem.

Somos uma comunidade spiritual – oramos antes de cada reunião de comissão ou do comitê executivo. Mas não estamos imunes a falhas humanas. E nem sempre estamos protegidos da deliberada e inaceitável tentativa de al-guns líderes de “fi ltrar” as informações que dão à comissão.

Esses capítulos da história da igreja nos custaram muito, e isso não pode ser medido principalmente pelo dinheiro, mas pela perda da confi ança e da boa fé. Isso pode levar anos, e até décadas, para ser reconstruído e, eu diria, é mais do que justo. As pessoas que mantêm a igreja têm a mais alta expectativa de integridade e a maior diligência dos membros das comissões e dos que tomam as decisões administrativas. Assim, nunca é demais alertar sobre a

realmente falando de como eu, como líder da igreja, também me encaixo nesse cenário.

O senhor mencionou que as pessoas do mundo corporativo, em cargos de confi ança, devem respeitar o dinheiro dos outros. A relação de confi ança é ainda mais crítica numa comunidade espiritual, não é verdade? Sim, isso é verdade. Os membros da igreja têm expectativas elevadas justa-

ou outro trabalho institucional − ela está primordialmente servindo a Deus e a humanidade.

Por que essa situação foi criada?Bem, há certas categorias de funcioná-rios – altamente especializados – que estão em demanda na sociedade secular, mas que a igreja também necessita por causa das suas habilidades. Suas funções podem não ser totalmente mantidas pelos recursos da igreja, mas pelo servi-

ceira − o estoque de integridade estava baixo.” O que o senhor diz sobre isso?Por certo, poderíamos fazer uma lista de equívocos, tanto na América do Norte como em outras partes do mundo. O que é importante perguntar é: “Apren-demos alguma coisa com nossos erros?”

Os maiores equívocos que me vêm à mente não foram causados por falhas sistêmicas, no sentido de que não temos comissões ou pessoas em funções com a capacidade e autoridade para supervi-

integridade:aberturaconfi ança

Entrevista com Jan Paulsen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia

As pessoas que apóiam a igreja fi nanceiramente têm o direito de contar com o mais alto grau de integridade.

e

F O T O S : M A T T H E W H E R Z E L Junho 2009 | Adventist World 9

Page 10: Adventist World (Junho 2009)

V I S Ã O M U N D I A L

Deus, lealdade à Sua igreja, senso de serviço e compromisso com a transpa-rência. Infelizmente, também encontro pessoas que venderiam sua integridade por dinheiro. Isso é profundamente decepcionante.

O senhor disse, em várias ocasiões, que a Igreja Adventista deveria estar mais envolvida em campanhas pú-blicas sobre integridade, pois temos muito com que contribuir. Por que a igreja precisa se fazer mais claramente ouvida nesse assunto? Uma razão muito importante é que essa questão é de imenso valor para os jovens – até 35 anos de idade. Eles têm que confiar em você antes mesmo que você pense em abrir a boca. Precisam sentir que há, pelo menos, o mínimo de integridade e que não precisam se preocupar se há motivos escusos, ou se algo não foi dito de propósito. Eles descobrem, no ato, quando o “discurso” não se alinha com as ações!

Considere, também, o crescimento de nossa igreja. Hoje, talvez, sejamos uma comunidade de cerca de 25 milhões de pessoas, jovens e velhos. Em dez anos, se as coisas continuarem como estão e Cristo não tiver voltado, estaremos próximos a 50 milhões de membros em todo o mundo. Tenho visitado vários líderes de governo e já ouvi alguns dizerem: “Vocês adventistas são bons para nós. Vocês são bons para nossa comunidade e bons para nossa nação.” Mas, em outros lugares, percebi perguntas silenciosas: “Quem realmente são vocês? O que vocês têm para con-tribuir?” Quero que saibam que os ad-ventistas contribuirão com honestidade, integridade e com o compromisso de servir à humanidade de diversas manei-ras; e quero que saibam que sua cidade e seu país serão melhores por causa da nossa presença.

importância da abertura e transparên-cia na administração – permitindo que a comissão tome conhecimento de to-das as informações relevantes e de todo o montante de recursos com o qual se está lidando.

Grande parte do mundo sofre com a pobreza. Ela interfere na integridade?A pobreza pode jogar com a mente. As pessoas podem começar a raciocinar e a justificar certas coisas, ou receber certos recursos que não foram destinados a elas. Se for uma fraude deliberada, a au-ditoria descobre. Temos um bom sistema de auditoria. Mas a integridade é muitas vezes comprometida, não porque al-guém fica rico no processo, mas porque permite ser arrastado para um tipo de administração menos sincera e aberta.

Uma solução, talvez, seria mais envol-vimento e supervisão por parte dos lei-gos em certas funções administrativas?Na realidade, melhoramos ao adotar essa prática. Já fomos várias vezes cobrados, no passado, por deixar que pastores tomem decisões em áreas nas quais não têm formação. E a crítica é justa. Estamos mais determinados agora a certificar-nos de que as entidades que tomam as principais decisões financeiras, e o conselho administrativo dessas entidades, tenham liderança profissionalmente habilitada para tanto, e isso tem envolvido os membros leigos. Mas nos cumpre dizer que competência em gestão financeira não é privilégio exclusivo de “leigos” ou “pastores”. A aptidão envolve formação, experiência e bom senso, tanto de leigos como de pastores.

Tenho me concentrado principalmente nas situações negativas que podem comprometer a integridade. No entan-to, o senhor deve ver, com regularida-

de, exemplos do lado oposto do espec-tro, situações em que a integridade se destaca. Sim, com certeza. Lembre-se de que estamos falando de situações muito específicas. Quando abrimos o jornal ou ligamos a televisão, somos saturados com informações sobre a ganância cor-porativa e a má gestão. Por isso, é bom que façamos uma autoanálise e per-guntemos: “Estamos fazendo o melhor possível para garantir que a igreja não seja invadida por essas práticas?”

Deixe-me dizer claramente: a maior parte de nossas operações, como igreja e instituições, funciona com transpa-rência, abertura, honestidade e boa administração. Ao mesmo tempo, a menos que sejamos muito cuidadosos e ponderados, abrimos as portas para os problemas. Acabo de mencionar a ga-nância. Você sabe, é muito, muito difícil resistir à ganância, mesmo em pequenas porções. Mas ela irá nos prejudicar. É tão importante reconhecer que satisfa-ção, realização e senso de recompensa justa por nossos esforços devem ser avaliados, não apenas por dinheiro.

Sendo assim, a integridade pública é construída sobre a integridade pessoal, com a certeza de que as prioridades e os valores de nosso pessoal estão em ordem?Sim. O que você é em seu comporta-mento e relacionamento pessoal é, basi-camente, como será e se comportará em público. Se você decide não ser aberto e honesto em seus negócios particulares e se torna frio e calculista, seus motivos e intenções vão ficando cada vez menos transparentes, tornando-se parte de sua personalidade e influindo no modo como você age na sociedade e na igreja.

Encontro-me com tantas pessoas com as quais trabalho todos os dias, cuja vida é dirigida pela devoção a

A Igreja em Ação

10 Adventist World | Junho 2009

Page 11: Adventist World (Junho 2009)

Os senhores têm enfatizado a importân-cia do exercício físico, mas tenho medo de me exercitar, pois ouvi de atletas que morreram durante ou imediatamente após um evento esportivo. Afi nal, é seguro praticar exercício físico?

É verdade que ocasionalmente algum atleta é acometido pelo que se cha-

ma de “morte súbita”. Felizmente, o fato é muito raro, mas sempre vira notícia, pois é inesperado nos indivíduos em grande forma física. As causas para tais ocorrências são:■ Espessamento anormal do músculo cardíaco (cardiomiopatia hipertrófi ca).■ Anomalias no sistema de condução elétrica do coração, que causam distúr-bios no ritmo cardíaco.■ Anormalidade na anatomia das arté-rias coronárias, que abastecem com oxi-gênio o músculo cardíaco (geralmente esse é um problema congênito).■ Doença arterial coronariana, com estreitamento das artérias coronárias provocado por placas de colesterol.

Queremos enfatizar, entretanto, a importância do exercício físico regular, pois são evidentes os vários resultados benéfi cos à saúde que incentivam o bem-estar. Esses benefícios são:■ Condicionamento físico e bem-estar.■ Controle de peso: as dietas, geralmente, têm efi cácia limitada. O exercício regular e consistente é o método mais adequado para alcançar e manter o peso ideal.■ Menor incidência de diabetes tipo 2, à medida que o peso vai diminuindo e o ín-dice ideal de massa corporal é alcançado.■ Diminui o risco de hipertensão (pressão alta).■ Melhora a função mental em todas as idades.

Mas é muito importante que haja au-torização do seu médico antes de começar um programa de exercícios, caso saiba ou suspeite de algum problema de saúde.

benéfi cos para todos. Temos salientado, no entanto, que é importante consultar seu médico para verifi car se há algum problema de saúde, antes de iniciar um programa de exercícios.

Um estudo recente divulgado pelo Jornal Médico Britânico, em março de 2009, mostra que o aumento da ativida-de física na meia-idade, em última ins-tância, é seguido por uma redução na mortalidade (taxa de mortalidade em idades específi cas) para o mesmo nível daqueles que mantinham constante ati-vidade. Esses benefícios se assemelham aos efeitos positivos de parar de fumar num grupo similar de indivíduos.

As evidências estão aí, mas o con-selho da serva de Deus, Ellen White, está conosco há muitos anos. Portanto, vamos simplesmente praticar exercício e receber as bênçãos de muitas maneiras!

Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor geral do Departamento de Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo da ICPA e diretor associado do Departamento de Saúde.

IdadeExercício—

Em QualquerPor Allan R. Handysides e Peter N. Landless

F O T O S P O R K I M B E R L Y L U S T E M A R A N

S A Ú D E N O M U N D O

Junho 2009 | Adventist World 11

A prática do exercício deve ser iniciada aos poucos e progredir gradati-vamente. Os benefícios do exercício são enormes, e os riscos, quando adminis-trados corretamente, são mínimos.

Qual é o melhor tipo de exercício?

Dan Buettner, autor do livro da Na-tional Geographic, The Blue Zone (A

Zona Azul) e quem mais tenha estudado, entre outras coisas, a longevidade dos adventistas do sétimo dia, recomenda um “movimento natural ... estar ativo sem ter que pensar nisso” (p. 231). A atividade precisa ser moderada e constante. A recomendação atual é de pelo menos 30 minutos todos os dias da semana.

Aqui vão algumas estratégias para incentivar um exercício mais natural:■ Se você está dirigindo, estacione a certa distância do seu escritório ou ou-tro destino qualquer. Os passos extras serão benéfi cos.■ Divirta-se enquanto se mexe. Caminhe com um amigo nos intervalos de trabalho ou vá às compras a pé.■ Trabalhe no jardim. Ellen White en-coraja até os pastores muito ocupados a se engajarem nesse exercício saudável. ■ Responsabilidade. Exercite-se com seu cônjuge ou um membro da família. Saber que alguém conta com você con-tribui para manter a motivação.■ Divida seu período de exercício de talvez 40 minutos em dois de 20 minutos no mesmo dia. Você colherá os benefícios.

Em resumo, desenvolva uma atividade física que lhe dê prazer, seja perseverante e, simplesmente, mexa-se!

O exercício físico benefi cia todos os grupos etários?

Uma vez que sejam compatíveis com a idade, condição física e

condições climáticas, os exercícios são

Page 12: Adventist World (Junho 2009)

D E V O C I O N A L

permanecerem ao nosso lado em meio a provas e tribulações, são verdadeiros presentes de Deus.

Eu nunca havia percebido a impor-tância desse fato enquanto tudo corria bem. Foi quando a paisagem da minha vida se transformou em um solo rachado pela seca que experimentei a bênção (e o milagre) da amizade da comunidade cristã. Foi então que pude lançar mão de um recurso providenciado por Deus muito antes de sentir a necessidade dele.

Mudando mais uma vez a metáfora, eu diria que não há sol sem uma sombra. Quando a noite escura cai sobre a alma e nos sentimos como que enterrados

AmızadeRefl exões aleatórias sobre o apoio de companheiros peregrinos na

jornada cristã

converso faça de cinco a sete amigos na igreja, provavelmente sua fé não sobre-viva mais do que um ou dois anos.

Necessitamos de AmigosIgrejas não-amigáveis são como pai-

sagens de inverno. Por outro lado, ami-gos verdadeiros são como estrelas no meio da noite, quebrando a escuridão. Ou, para mudar de fi gura, são como as palmeiras verdes em meio ao terreno endurecido pela seca. Como pequenos pontos na imensa paisagem desolada, tais palmeiras são como amigos que se mantêm fi éis através das fornalhas que ressecam nossa vida. Esses amigos, ao

Por Ross Chadwickde

AL

IN

E

PA

SS

EL

/M

OF

IF

I CA

DA

DI G

I TA

LM

E

NT

E

12 Adventist World | Junho 2009

Existe um rio que transborda com os recursos divinos. Dele extraímos os atributos básicos e o “suprimento” de que

precisamos para a jornada cristã: amor, coragem, sabedoria e conhecimento. Entretanto, por mais que recebamos essas graças pelo companheirismo com Deus, Ele mesmo tomou providências para que elas fossem transmitidas pela companhia de amigos peregrinos.

Com efeito, esses elementos (amor, coragem, sabedoria, conhecimento e outros do mesmo tipo) defi nem a comunidade de fé, uma comunidade na qual a nossa fé pessoal é enriquecida. A igreja (por meio de seus membros) deve ser os braços de Deus nos ombros dos que estão cansados de carregar pesados fardos, levando conforto, oferecendo companheirismo e amizade. Estudos mostram que, a menos que um recém-

Metáforas

Page 13: Adventist World (Junho 2009)

Ross Chadwick é pastor ordenado. Quando escreveu este artigo, cursava pós-graduação

em educação no Avondale College, em Cooranbong, New South Wales, Austrália.

sob uma montanha de problemas, podemos decidir cavar uma caverna ou um túnel. Se optarmos pela caverna, descobriremos que estamos perdidos, tateando no escuro, sem amigos. Se cavarmos um túnel, há sempre a espe-rança de terminar no lado mais bonito e brilhante da vida.

Cada afl ição traz consigo uma janela de oportunidade. E foi em um desses períodos escuros que a Providência agiu por meio da amizade humana para me ajudar a cavar minha saída para o lado mais bonito e iluminado.

Força que LevantaOutra metáfora me veio à mente: Os

verdadeiros amigos são como anjos que nos levantam de nossos pés quando nos esquecemos de como se voa. Os verdadeiros amigos são como o nascer da Lua quando a maré está na mais baixa vazante e os caranguejos já brincam na lama. É a Lua que faz as águas brotarem para preen-cher a costa mais uma vez. A Lua brilha e desvanece, recordando-nos de que o co-ração, como toda a natureza, tem as suas estações. O fato de a Lua brilhar com a luz emprestada pelo Sol nos lembra que o brilho da alegria da amizade é mais intenso se estiver diante do Sol da Justiça.

Com Deus em seu âmago, a igreja fl ui como um rio – como um rio de graça. No entanto, tudo isso só faz sentido, realmente, quando a graça é manifesta por meio da amizade calorosa e solidária; quando, pelos membros carinhosos da igreja, podem pôr seus braços nos ombros do atribulado e pesaroso; quando, como a palmeira, podem refrescar a paisagem ressequida da vida de alguém; ou, como a força da Lua, podem levantar os fardos de uma alma solitária e triste.

AmızadeRefl exões aleatórias sobre o apoio de companheiros peregrinos na

jornada cristã

Na Igreja:■ “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gl 6:2).

■ “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos. …” (Rm 15:1).

■ “Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. … Meus fi lhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1Jo 3:16-18).

Na Igreja e na Sociedade:■ “Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo13:35).

■ "Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses, compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma.” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189).■ “É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho” (Ellen G. White, A Ciência do Bom viver, p 496).

No Lar:■ “Vós, pais, não irriteis a vossos fi lhos, para que não percam o ânimo.” (Cl 3:18-21).■ “Os pais criam em alto grau a atmosfera do círculo doméstico, e quando há desinteligência entre os pais, os fi lhos participam do mesmo espírito… Tornai fragrante a atmosfera do lar mediante terna solicitude.” (E. G. White, O Lar Adventista, p 16).■ “Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher fi cam conhecendo mutuamente o ca-ráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior… Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fi m do amor, será como que seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu.” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p 360)

AL

IN

E

PA

SS

EL

/M

OF

IF

I CA

DA

DI G

I TA

LM

E

NT

E

Palavras inspiradas sobre a solidariedade e encorajamento cristãos

Uns aos OutrosApoiando

Junho 2009 | Adventist World 13

Page 14: Adventist World (Junho 2009)

A R T I G O D E C A PA

Se os adventistas fossem solicitados a defi nir a singularidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a resposta seria bem variada. Alguns diriam que sua singularidade é a maneira como seus membros

adoram no sábado em vez de no domingo. Outros mencio-nariam a compreensão do ministério de Cristo no santuário celestial ou o ministério profético de Ellen White. Outros, ainda, apontariam as questões do estilo de vida, tal como abster-se de certos tipos de alimentos, recreações ou estilos de vestimenta e adornos. Em certo sentido, todas essas respostas estariam, pelo menos, parcialmente corretas.

Há, porém, outro modo de defi nir o Adventismo: um movimento profético. Quando alguém pensa assim, o Adven-tismo é visto como um movimento singular por causa de três características distintas. Nenhuma outra igreja alega ter tais características, mesmo antes de a Igreja Adventista ter sido fundada ofi cialmente, em 1863.

Essas características específi cas defi nem os adventistas como o único povo em quem podem ser encontradas:

1. Raízes proféticas, ou históricas, preditas em Apocalipse 10. 2. Identidade profética defi nida em Apocalipse 12.

3. Mensagem profética e missão indicadas em Apocalipse 14.Os adventistas não alegam ter tais características devido

a uma atitude de exclusividade religiosa ou jactância. O fato não é que os Adventistas do Sétimo Dia são “melhores do que”; ao contrário, são “diferentes de” outras igrejas.

Raízes Proféticas de Apocalipse 10

O apóstolo João, em Apocalipse 10:1-10, descreve eventos que interessam aos adventistas quando pesquisam suas raízes proféticas, ou a história do Adventismo. Os adventistas creem que o “livrinho” mencionado nos versos 2, 8, 9 e 10 se refere ao livro de Daniel. Embora a profecia de Daniel seja prima-riamente uma mensagem de tempo, quando ele perguntou o signifi cado do tempo que lhe havia sido revelado, foi-lhe dito: “encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fi m” (Dn 12:4). A mensagem não era para que Daniel compreendesse,

Por James R. Nix

s i n g u l a r

Movimento

14 Adventist World | Junho 2009

mas o que havia fi cado selado por séculos, seria compreendi-do no fi m dos tempos.

O período de tempo que Daniel queria entender era o dos 2.300 dias, ao fi m do qual o santuário seria purifi cado. Essa era a única mensagem selada no livro de Daniel. Muitos séculos mais tarde, na Ilha de Patmos, foi mostrado a João, em visão, um tempo, no futuro, em que um anjo poderoso desceria à Terra, tendo na mão um livro – aberto; não fecha-do, não selado, mas aberto.

Olhando a História, podemos ver que foi perto do fi m dos 2.300 dias proféticos, em 1844, que o anjo, com o livro aberto de Daniel, fez exatamente o que foi mostrado a João. Precisamente no tempo previsto, a mensagem profética do anjo envolveu toda a Terra. Como predito na visão de João, o tempo profético atingiu seu clímax.

No fi m do século XVIII e início do século XIX, as pessoas começaram a estudar as profecias de Daniel e Apocalipse. Assim, muitos chegaram à conclusão de que os 2.300 dias de Daniel 8:14 terminariam no fi m dos anos 1840. Pensando que a purifi cação do santuá-rio descrita por Daniel se

referia à purifi cação da Terra pelo fogo da segunda vinda de Cristo, concluíram que esse seria o tempo do retorno de Jesus. Essa fantástica notícia logo foi proclamada em todo o mundo.

Para os adventistas do sétimo dia, em particular, o ano de 1844 e os que o precederam, evocam o nome de Guilherme Miller. Entretanto, ele era apenas um dos muitos que prega-vam, naquele tempo, sobre o breve retorno de Jesus. Pessoas como Manuel Lacunza, José Wolff, Henry Drummond, Edward Irving, Hugh M’Neile e os pregadores-mirins da Suécia também proclamavam o fato de que as profecias do fi m dos tempos estavam quase se cumprindo e, como haviam entendido, Jesus voltaria.

Não foi apenas na América ou na Europa que as pessoas faziam tal proclamação. A mensagem circulava o globo. Wolff pregou no Oriente Médio e no Norte da África (do Egito ao

Page 15: Adventist World (Junho 2009)

James R. Nix é diretor do Patrimônio Literário Ellen G. White, em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

“No fi m do encontro, as colinas de granito de New Hampshire ecoavam o grande clamor: ‘Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!’ Enquanto as carroças carregadas e os vagões nas estradas de ferro voltavam para os diferentes estados, ci-dades e vilas da Nova Inglaterra, o clamor ainda ressoava: ‘Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!’ O tempo é curto! Preparem-se! Preparem-se!”3

“Semelhante à vaga da maré”, Ellen White disse que “o movimento se alastrou pelo país. Foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, e para lugares distantes, no interior, até que o expectante povo de Deus fi cou completamente desperto”.4

Finalmente, o grande dia chegou. Guilherme Miller disse o seguinte: “Mesmo os piores escarnecedores se calaram”5 naquele dia. Mas continuou dizendo: “O dia passou. Na manhã seguinte, era com se todos os demônios do mais pro-fundo abismo viessem sobre nós. Os mesmos … que gritavam por misericórdia … antes, estavam agora … escarnecendo, zombando e ameaçando da maneira mais blasfema.”6

A experiência que havia sido tão doce em sua boca, como predito pelo apóstolo João, agora se tornara amarga no estômago. Assim como não podemos compreender comple-

tamente a experiência pela qual passaram, há tanto tempo, ao aguardar a volta de Jesus naquela terça-feira, também não entendemos plenamente a intensidade da dor que sentiram nos dias e semanas após o desapontamento de 22 de outubro.

Hiram Edson resumiu sua experiência assim: “Esperamos pela vinda de nosso Senhor até que o relógio desse as doze badaladas, indicando a meia-noite. O dia havia passado e nosso despontamento transformou-se em realidade. Nossa tão acariciada esperança estava destruída e caiu sobre nós

Da esquerda para direita: Joseph Wolff e Guilherme Miller. CONCÍLIO ANUAL: Robert Pierson, presidente mundial da Igreja Adventista, falando aos participantes do Concílio Anual na Igreja de Takoma Park, Maryland, provavelmente no fi nal dos anos 1970.

F O T O S : C O R T E S I A D O C E N T R O A D V E N T I S T A D E P E S Q U I S A S , M I S S Ã O A D V E N T I S T A E A R Q U I V O S D A A G .

Junho 2009 | Adventist World 15

Afeganistão, e da Inglaterra à Índia). Em 1837, ele visitou os Estados Unidos, onde também pregou. Na Índia, Daniel Wil-son, bispo da Igreja Episcopal de Calcutá, pregou e escreveu panfl etos especifi camente sobre as profecias de Daniel.1 Em Adelaide, Austrália, a mensagem sobre o breve retorno do Salvador foi pregada por Thomas Playford.2 As multidões ali se tornaram tão grandes que seus seguidores tiveram que construir uma igreja maior para abrigar as pessoas.

No fi m do tempo profético, precisamente como havia sido mostrado ao apóstolo João e no tempo exato predito por Daniel mais de 2.300 anos antes, a mensagem foi proclamada com ‘grande voz’ ao redor do mundo. Não é de admirar que os pioneiros adventistas fi cassem tão eufóricos quando chega-ram à conclusão de que era o cumprimento da profecia!

Lemos em Apocalipse 10:10: “Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quan-

do, porém, o comi, o meu estômago fi cou amargo.”

Não poderia haver melhor re-sumo do que aconteceu a seguir, na história da Igreja Adventista, do que

aquelas palavras proféticas. Todos os fundadores da igreja haviam sido mileritas, ou seja, seguidores de Guilherme Miller, um fazendeiro batista que se tornara pregador e proclamava que Cristo retornaria por volta de 1843 ou 1844, no fi m da profecia dos 2.300 dias, como ele havia entendido. Para os adventistas que vivem hoje, 165 anos após aquele evento, é difícil imaginar quão preciosa foi a experiência daqueles mileritas ao se aproximarem do dia 22 de outubro de 1844, data que, segundo os estudos feitos por eles, seria o fi m da profecia de Daniel. Sua experiência foi fascinante durante as semanas que precederam o dia 22 de outubro. Ao ler alguns de seus relatos, vislumbramos um imenso sentimento de alegria.

José Bates, descrevendo a reunião campal em Exeter, New Hampshire, em agosto de 1844, quando a data de outubro foi pregada pela primeira vez, relembrou mais tarde:

Page 16: Adventist World (Junho 2009)

A R T I G O D E C A PA

tamanho espírito de tristeza e lágrimas como eu nunca havia experimentado antes … Choramos e choramos, até o alvorecer.”7

Mas Apocalipse 10 tem mais um verso: “Então, me disse-ram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap 10:11).

É certo que, em seu desapontamento, os pioneiros ad-ventistas não compreenderam completamente esse versículo, especialmente a parte sobre profetizar ainda “a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis”. A obra mundial a eles designada nasceria gradualmente em sua mente, assim como a mensagem ampliada que deveriam pregar, incluindo o sába-do, o santuário, o estado dos mortos, a mensagem de saúde, e assim por diante.

Esse breve panorama nos lembra a razão pela qual os ad-ventistas veem a sua história profética predita em Apocalipse

10. Esta, porém, é apenas a primeira das três características profeticamente identifi cadas.

Idendidade Profética em Apocalipse 12Apocalipse 12 cobre um tempo histórico maior do que

qualquer outro capítulo isolado da Bíblia: desde a queda de Lúcifer até 1798 d.C. No verso 17, vemos a igreja de Deus emergindo de sua experiência no “deserto”; e aparece o povo “remanescente” identifi cado por duas características:

1. Guardam os mandamentos de Deus – todos os dez, incluindo o quarto mandamento, ou o sábado.

2. Têm o “testemunho de Jesus”, o qual, em Apocalipse 19:10, na versão Ferreira de Almeida, é defi nido como o “espírito de profecia” – o dom de profecia.

Enquanto um pequeno número de outras igrejas guarda o sábado do sétimo dia e outras afi rmam ter o dom profético

em seu meio, nenhuma delas possui as duas características aqui descritas. Conseguentemente, nós, adventistas do sétimo dia, vemos nossa identidade profética nas duas características mencionadas em Apocalipse 12:17.

Foi num dia desconhecido do mês de dezembro de 1844 que Ellen Harmon, de 17 anos de idade, enquanto orava com outras quatro mulheres, sentiu o Espírito Santo descer sobre ela, como nunca havia experimentado antes. Deus agira outra vez – outro mensageiro profético havia sido comissionado! Assim como houvera feito em tantas ocasiões importantes na história da salvação, tal como com Noé, antes do dilúvio, e como João Batista, antes do ministério de

Cristo, Deus, agora, envia outro mensageiro profético. Outra luz decisiva havia chegado à história profética: as grandes profecias do tempo de Daniel e Apocalipse estavam chegan-do ao fi m, e como preditas, o dom de profecia foi restaurado ao povo remanescente de Deus.

Em 1846, Ellen Harmon casou-se com Tiago White. Seu ministério: 1) estendeu-se por um período de 70 anos – de 1844 até sua morte, em 1915; 2) abrangeu cerca de duas mil vi-sões; 3) incluiu a autoria de mais de cinco mil artigos e 24 livros (mais dois manuscritos não publicados) antes de sua morte.

Ao observarmos hoje, após mais de 150 anos, o fruto de seu trabalho, concluímos que os conselhos que Deus deu à igreja, por intermédio dela, resistiram à prova do tempo.

F O T O S : C O R T E S I A D A M I S S Ã O A D V E N T I S T A

16 Adventist World | Junho 2009

Page 17: Adventist World (Junho 2009)

do evangelho “eterno” ou “final”, no cenário da mensagem do tempo do julgamento e o convite para sair da Babilônia – foram pela primeira vez anunciadas pelos mileritas. Foi necessário algum tempo para que aqueles mileritas desapon-tados, que mais tarde fundaram nossa igreja, descobrissem o significado da mensagem do terceiro anjo. Mas, depois de descobrirem o privilégio e dever de guardar o sétimo dia – o sábado – também descobriram seu significado teológico e profético em relação à terceira mensagem angélica.

Ellen White escreveu: “Cada aspecto das três mensagens angélicas deve ser proclamado a todas as partes do mundo. Esta é uma obra muito maior do que muitos percebem” (Olhando Para o Alto, p. 277).

ConclusãoNo fim dos tempos, haverá um grupo de fiéis guardadores

dos mandamentos, o qual se distinguirá dos outros grupos religiosos por três características singulares.

Somente os adventistas do sétimo dia se encaixam precisamente nessa descrição. Não devemos vangloriar-nos pelo fato de os adventistas terem sido chamados para falar sobre algo exclusivo pouco antes da segunda vinda de Cristo. Afinal, a mensagem não é da igreja, mas de Deus. Contudo, os membros da Igreja Adventista precisam viver diferentemente, agir diferentemente e pregar diferentemen-te. Muitas outras igrejas estão fazendo um bom trabalho; nenhuma, porém, está pregando o evangelho “eterno” ou “final” no cenário do tempo do julgamento final. Tal certeza deveria conferir aos adventistas um senso de urgência em sua pregação.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem uma obra especial a realizar no tempo do fim. Queira Deus que os adventistas nunca percam o senso de sua missão profética; ao contrário, que mais uma vez experimentem a emoção e o compromisso dos pioneiros da igreja quando concluíram que Deus queria trabalhar, por seu intermédio, para terminar Sua obra na Terra. Que esse mesmo senso de admiração e dedicação seja a experiência de cada membro da Igreja Adventista, hoje!

Para ler o artigo completo, preparado originalmente como sermão, visite www.whiteestate.org/resources/nix/unique_ movement.html.Nossa especial gratidão a Roger Coon pelos conceitos utiliza-dos no presente artigo.

1 L. E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, v. 3, p. 617-622.2 M. E. Olsen, Origin and Progress of Seventh-day Adventists, p. 103.3 José Bates, Second Advent Way Marks and High Heaps, 1847, p. 30, 31.4 Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 400.5 Guilherme Miller carta manuscrita a J. O. Orr, M.D., 13 de dezembro de 1844, citado em F. D. Nichol, The Midnight Cry, p. 266).6 Ibid.7 Hiram Edson, fragmento de manuscrito autobiográfico não datado, localizado na biblioteca da Universidade Andrews, p. 8a, 9.8 Ronald A. Knox, A Bíblia Sagrada, 1944, 1948, 1950.9 Ronald A. Knox, A Bíblia Sagrada (Sheed & Ward, Inc.: Nova Iorque, 1956), p. 270; nota de rodapé sobre Apocalipse 14:6.

Qualquer observação sincera da história da denomina-ção revela que a igreja prosperou quando seguiu a liderança de Deus por meio do Espírito de Profecia, e vacilou quando não o fez.

Assim, chegamos à terceira característica:

Mensagem Profética de Apocalipse 14Os adventistas do sétimo dia creem que têm a mensagem

para o mundo encontrada em Apocalipse 14:6-12. Tanto quanto eu saiba, nenhuma outra igreja, hoje, proclama as “três mensagens angélicas”.

É interessante notar que, ao traduzir a Bíblia para o inglês contemporâneo destinada aos católicos romanos, o monsenhor Ronald Knox incluiu uma interessante nota para Apocalipse 14:6.8

1. Em Apocalipse 14:6, a tradução de Ferreira de Almeida identifica as três mensagens angélicas como o “evangelho eterno”.

2. Em sua tradução, Knox traduz como “o evangelho final”. Adiciona, então, a seguinte nota de rodapé: “‘Final’; literalmente ‘eterno’. Não é claro”, diz Knox, “a razão pela qual

o ‘evangelho’ pregado pelos anjos é assim descrito; o contexto, porém, sugere que esse é o último chamado ao arrependi-mento oferecido aos homens neste lado da eternidade.”9

Sobre esse mesmo ponto, muitos anos antes, Ellen White escreveu: “De certo modo muito especial, os adventistas do sétimo dia foram postos no mundo como vigilantes e portadores de luz. A eles foi confiada a última advertência para um mundo que perece. Sobre eles está brilhando a maravilhosa luz vinda da Palavra de Deus. Foi-lhes dada uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Não há outra obra de tão grande importância. Não devem permitir que nada mais lhes absorva a atenção” (Testemunhos Para a Igreja, v.9, p. 19).

Por mais de 160 anos, os adventistas têm proclamado as três mensagens angélicas. As duas primeiras – a pregação

Queira Deus que os adventistas

nunca percam o foco de seu

senso profético e de sua missão.

Junho 2009 | Adventist World 17

Page 18: Adventist World (Junho 2009)

Frequentemente, fi camos impressionados com histórias dos campos missionários, ao ouvirmos sobre o que Deus

tem feito por meio de Seu povo ao redor do mundo. Outras vezes, essas histórias nos deixam totalmente sensibilizados ao percebermos quanto ainda há por fazer. Geralmente nos inspiram a cair de joelhos e nos desafi am a fazer o que estiver ao nosso alcance para cumprir a comissão do evangelho.

Ao viajar por várias regiões do mundo, por exigência do meu trabalho, vejo a atuação do Espírito de Deus na vida e no coração de pessoas com as quais entro em contato. Essas experiências me motivam e encorajam e, mais que isso, me transformam.

Oração de MuhammadAconteceu numa quinta-feira à tarde em um país do Orien-

te Médio. Sunita*, enfermeira da Índia, estava terminando o plantão e preparando-se para um fi m de semana prolongado. Ela havia planejado essa folga havia meses, especialmente sua participação na cerimônia de Santa Ceia, sexta-feira à noite.

O pastor de Sunita morava noutro país. Só ele e outro pastor supervisionavam igrejas em sete diferentes países do

Oriente Médio. Todas as vezes que vinha visitar a igreja de Sunita, precisava solicitar visto e, por mais de um ano, o governo não atendeu às suas solicitações.

Quando Sunita soube que minha esposa (Bárbara) e eu íamos visitar seu país, pediu-me que celebrasse a Santa Ceia com eles. Assim, ela e os outros começaram o planejamento e a preparação. Essa seria a primeira Santa Ceia, em mais de um ano, em sua igreja.

Sunita tomou providências para não trabalhar naquele fi m de semana, fazendo plantões extras para cumprir os acer-tos. Tudo estava indo bem até quinta-feira à tarde, quando seu chefe entrou no posto de enfermagem.

— Sunita – disse ele – sinto muito lhe comunicar, mas vários funcionários estão doentes e preciso que você trabalhe amanhã à noite.

Durante todo o tempo em que trabalhou sexta-feira à

noite, Sunita sentiu-se incomodada. — Não é justo! – pensava ela − Por que Deus permitiu

que isso acontecesse? De repente, a porta se abriu de uma vez e, com um grito

exasperado, Muhammad, de 10 anos de idade, entrou correndo. Sunita conhecia Muhammad desde bebê. Ele nasceu com

um problema de saúde e precisava de um tipo de tratamento contínuo e doloroso. Muitas vezes, ela havia sido a enfermeira responsável por essas difíceis seções. Muitas vezes, ela o havia abraçado e acariciado sua cabecinha. Em seu coração, orava pelo garotinho e por sua família.

Mas Sunita não via Muhammad havia dois anos. Quando ele completou 8 anos, sua abastada família havia deixado o país. Viajaram pelo mundo em busca de cura para Muham-mad − ou, pelo menos, de algum tratamento menos doloroso – mas haviam retornado havia pouco tempo, sem sucesso. Agora, Muhammad estava tendo outra crise e precisava de tratamento imediatamente.

Com o olhar cheio de medo e dor, o menino a abraçou novamente e disse:

— Ah, Sunita, estou tão feliz que você está aqui! Eu orei para que estivesse.

As lágrimas rolaram na face de Sunita. Agora ela sabia por que estava no hospital e não na igreja. Ela era a resposta à oração de um garotinho.

Por muitos anos, Sunita teve dúvidas se seu trabalho fazia alguma diferença naquele país. Ela não estava estudando a Bí-blia com ninguém, pois era ilegal. Ninguém havia sido batizado ou frequentava a igreja por sua infl uência. Às vezes, sentia que havia falhado como missionária. Agora, porém, percebeu que Deus abrira seus olhos. Talvez estivesse fazendo diferença, afi nal.

Adventistas na TVNesse mesmo país, outra enfermeira adventista também

se preocupava com o que estava fazendo para Deus. Janet trabalhava na região havia 17 anos. Às vezes, tinha a

F O T O S : H O M E R T R E C A R T I N

A R T I G O E S P E C I A L

para a

p r e c i s a-s e d e p r e c i s a-s e d e p r e c i s a-s e d e p r e c i s a-s e d e

Colheita

18 Adventist World | Junho 2009

Trabalhadores

Page 19: Adventist World (Junho 2009)

Homer Trecartin é secretário-associado da Associação Geral, diretor do Serviço de Voluntariado Adventista e diretor de planejamento de Missão Global.

sensação de que desperdiçara todos esses anos. − Como vamos terminar a obra de levar o evangelho a

todo o mundo, se não descubro um modo de fazer isso no Oriente Médio, onde moro e trabalho? – ela se questionava.

Um dia, Janet nos convidou para visitarmos alguns dos seus amigos, com ela. Fomos recebidos calorosamente e era óbvio que a consideravam como parte da família.

Em certo momento, quando a família estava fora da sala, Janet disse baixinho:

− Pastor, olhe isso! – e ligou a grande TV, por satélite, que estava na parede.

Tomei grande susto quando vi um rosto familiar aparecer na tela. Era um pastor adventista, muito conhecido, pregando em um dos canais, via satélite.

− Janet − perguntei impressionado –, como essa família está assistindo à televisão adventista?

Por Homer Trecartin

Ela sorriu e disse:− Eles gostam de cozinhar. Então, quando assisti a um pro-

grama de culinária, contei a eles e me ofereci para sintonizar o receptor o colocá-lo entre os favoritos; assim, poderiam assis-tir, quando quisessem. Agora, assistem a muitos pregadores e a outros programas adventistas.

− Você já fez isso com mais alguém? – perguntei.− Sim, com a maioria dos meus amigos e colegas de traba-

lho. Descubro um programa que possa interessá-los, sintonizo seu receptor e gravo entre os seus canais favoritos.

Gentilmente repreendi Janet.− Não me diga que você não está fazendo a diferença aqui

– eu disse. – Você não está vendo as pessoas se batizando ou indo à igreja, mas em toda cidade há famílias assistindo à televisão adventista porque aprenderam a amar e a confiar em você. Alguns deles andarão ao seu lado pelas ruas do Céu, quando Jesus voltar!

Às vezes, podemos pensar que ninguém ao nosso redor está interessado em ouvir sobre nossa fé. Podemos até estar em algum lugar onde não temos liberdade para testemunhar. Mas não desanime! Assim como fez com Sunita e Janet, o Senhor

pode agir por seu intermédio para alcançar pessoas de um modo que você nem imagina.

Uma Igreja que Cresce

A Igreja Adventista começou bem pequena, há quase 150 anos, com um grupo de fala inglesa, nos Estados Unidos. Levou muito tempo para que os membros se dessem conta de que a igreja tinha a responsabilidade de levar o evangelho a todo o mundo. Entretanto, uma vez conscientes disso, colocaram o

ÁVIDO PELA PALAVRA: Adventistas egípcios participantes da reunião campal na Escola da União do Nilo, no Cairo, ávidos para examinar os livros, em árabe, vendidos pela publicadora adventista.

Colheita

Junho 2009 | Adventist World 19

Page 20: Adventist World (Junho 2009)

coração na missão e, desde aquele tempo, a igreja tem cresci-do rapidamente.

Em 1863, havia um adventista do sétimo dia para cada 373.143 pessoas no mundo. Assim, levar a mensagem do evan-gelho a todo o mundo parecia um desafio esmagador. Mas, em menos de 50 anos (por volta de 1900), tínhamos um membro para cada 21.487 pessoas! Outros 50 anos, em 1950, havia um adventista para cada 3.300 pessoas. No ano 2000, havia um membro para cada 519 pessoas e, no fim de 2007, um para cada 429 pessoas na Terra. Que progresso maravilhoso!

A igreja, hoje, afirma ter quase 16 milhões de membros, ou seja, 25 a 30 milhões, se contarmos as crianças, como a maioria das igrejas faz. Não somos apenas uma igreja de fala inglesa, na América do Norte. O espanhol é a língua número um da igreja. Um terço de seus membros vive nas Américas do Sul e Central. Um terço vive na África e o terço final está dividido entre a América do Norte, Austrália, Europa, Oriente Médio, Ásia, ex-União Soviética e o resto do mundo.

A Divisão Sul da África-Oceano Índico tem agora um adventista para cada 68 pessoas. A América Central tem um para cada 90. A América do Sul tem um membro para cada 119 pes-soas. A Divisão Norte-Americana tem um para cada 319 pessoas.

Em 18 países, os adventistas perfazem mais de 5% da população, e em vários outros já somos 10% da população ou mais!

Sentados na PirâmideQue progresso fantástico! Temos muito a agradecer. Antes,

porém, de nos darmos tapinhas nas costas, olhemos algumas outras estatísticas:■ 53 países têm mais de 10 mil habitantes por adventista.■ 20 países têm mais de 100 mil pessoas para cada adventista.■ 10 países relatam ter mais de um milhão de pessoas para um adventista.

Ilustremos de outra maneira.Suponhamos que seja possível subir o edifício mais alto da

América do Sul e que todas as pessoas que vivem na Divisão Sul-Americana sejam colocadas em fila única, para fazer a escalada em 24 horas. De quanto em quanto tempo veremos um adventista do sétimo dia passar? A cada 1,9 minutos.

Entretanto, se escalarmos o Monte das Oliveiras, em Israel (ou as montanhas da Ásia Central), teremos que esperar 148 minutos (2,5 horas) entre cada adventista. Se você for comigo ao Egito e nos assentarmos sobre uma pirâmide e colocarmos os egípcios em fila, para passar um por segundo durante 24 horas, esperaremos mais de um dia entre cada membro (25,1 horas). Na Arábia Saudita, levaria 284 dias (9,5 meses) entre cada adventista!

Em Mateus 9:37, 38, Jesus diz que não precisamos nos concentrar na colheita, porque os campos já estão maduros. Ele diz que devemos orar por trabalhadores.

Jesus Não Morreu por MimQuando Bárbara e eu trabalhávamos na União do Oriente

Médio, morávamos em Chipre. Um dia, entramos numa lojinha administrada por um grego ortodoxo.

Ele era uma pessoa falante e estava feliz com a chance de praticar seu inglês. Logo nos perguntou de onde éramos e por que estávamos em Chipre. Quando lhe disse que trabalhávamos para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, ele apertou seus olhos.

− Igreja!− disse cuspindo as palavras. – Você é cristão?− Sim, nós somos cristãos − respondi hesitante.− Então, em que você crê? – disse, com ar de superioridade.Fiz uma oração e respondi:− Creio que Jesus morreu por mim. Ele pagou o preço

pelos meus pecados, ressuscitou e virá outra vez para levar para o Céu todos que O aceitarem.

Um olhar tristonho invadiu seus olhos quando disse:− Gostaria de ter certeza de que Jesus morreu por mim.Conversamos um pouco mais e, quando saí da loja, estava

confuso. Como podia um cristão não estar certo de que Jesus morreu por ele?

Milhares de pessoas, entretanto, não conhecem a boa no-tícia. Não apenas os budistas, hinduístas, judeus e muçulma-nos. Há, também, muitos “cristãos” que não sabem que Jesus morreu por eles. Os campos certamente estão maduros.

Precisa-se de TrabalhadoresPrecisamos de trabalhadores. Precisamos dos adventistas

de todos os países, cidades, bairros e vilas da Terra. Precisa-mos de voluntários por todo o mundo, dedicando um ano ou dois para aprender a conhecer as pessoas em lugares em que há poucos adventistas. Precisamos de membros que mostrem o que significa ser um fiel seguidor de Jesus e ajudem as pes-soas a ter certeza de que Jesus morreu por elas.

Ser um trabalhador nem sempre é fácil. Isso envolve sacrifício e riscos. Mas os campos estão maduros. Jesus está ansioso por voltar. Tudo o que Ele precisa agora é de trabalhadores.

Para obter informações sobre como ser um voluntário, acesse www.AdventistVolunteers.org.

*Com exceção do autor e sua esposa, todos os outros nomes são pseudônimos.

“Gostaria de ter certeza de que Jesus

morreu por mim.”

A R T I G O E S P E C I A L

20 Adventist World | Junho 2009

Page 21: Adventist World (Junho 2009)

E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Fé na PromessaExercite sua fé em Deus. Quantos há

que passam pela vida sob uma nuvem de condenação! Não creem na Palavra de Deus. Não têm fé de que Ele fará o que disse que faria. Muitos que anseiam ver outros descansando no amor perdoador de Cristo, não conseguem desfrutar desse descanso. Como, porém, levarão outros a desenvolver uma fé simples, semelhante à de uma criança, no Pai celestial, se medem seu amor por seus sentimentos?

Creiamos na Palavra de Deus incondicionalmente, lembrando-nos de que somos Seus filhos e filhas. Exercitemos nossa confiança em Sua Palavra. Ferimos o coração de Cristo quando duvidamos, mesmo tendo Ele nos dado tantas evidências de Seu amor. Ele entregou Sua vida para nos salvar. Ele nos diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.”

Você crê que Ele fará o que disse? Então, após cumprir as condições, aban-done o fardo de seus pecados. Coloque-os sobre o Salvador. Confie nEle.

Este artigo foi extraído de um dos primeiros que foram publicados na Advent Review and Sabbath Herald, hoje Adventist Review (www.adventistreview.org), de 21 de maio de 1908. Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

fé,

“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé.” Ao ler esse texto, algumas pessoas conscienciosas começam imediatamente a criticar cada sentimento e emoção. Esse, porém, não é o autoexame correto. Os bons sentimentos e emoções não devem ser testados. A vida e o caráter devem ser comparados pelo único padrão de caráter: a santa lei de Deus. Os frutos revelam a natureza da árvore. Nossas obras, não os nossos sentimentos, testi-ficam ao nosso respeito.

Os sentimentos, sejam eles enco-rajadores ou não, não devem ser o parâmetro da nossa condição espiritual. Devemos determinar nossa verdadeira posição diante de Deus por meio de Sua Palavra. Muitos estão confusos sobre essa questão. Quando estão felizes e alegres, pensam que são aceitos por Deus. Quando, porém, alguma mu-dança ocorre e se sentem deprimidos, concluem que Deus os abandonou.

Recebendo a Misericórdia de Deus

Deus não vê favoravelmente os auto-suficientes que ruidosamente exclamam: “Estou santificado, sou santo e sem pecado.” Esses são fariseus que não têm qualquer fundamento para sua afirmação. Aqueles que, por causa de seu sentimento de total indignidade, dificilmente ousam levantar os olhos ao Céu, estão mais perto de Deus do que os que afirmam tanta devoção. Eles são representados pelo publicano que batia no peito e orava: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador”, e, ao contrário do fariseu auto-suficiente, foi para casa justificado.

Não é desejo de Deus que passemos pela vida sem confiança nEle. Devemos ao nosso Pai celestial uma visão mais generosa de Sua bondade do que Lhe é conferido pela manifestação de nossa descrença em Seu amor. Temos a evidência de Seu amor, evidência que intriga os anjos e está muito além da compreensão dos mais sábios seres humanos.

“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” Deus doou Seu Filho para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores. Podemos duvidar de Sua bondade?

Jesus Faz a DiferençaContemple a Cristo. Permaneça em

Seu amor e misericórdia. Sua alma, assim, se aborrecerá com tudo que é pecaminoso e será inspirada por um intenso anelo de obter a justiça de Cristo. Quanto mais claramente ob-servarmos o Salvador, mais claramente discerniremos nossos defeitos de caráter. Confesse seus pecados a Cristo e, com verdadeira contrição de alma, coopere com Ele, abandonando tais pecados. Creia que já foram perdoados. A promessa é positiva: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” Esteja certo de que a Palavra de Deus não falhará. Aquele que prometeu é fiel. Da mesma forma que é seu dever confessar os seus pe-cados, é também o acreditar que Deus cumprirá fielmente Sua Palavra e o perdoará.

sentimentonãoPor Ellen G. White

Sentimentos não são bom parâmetro para sua vida espiritual, e sim, a Palavra de Deus

Junho 2009 | Adventist World 21

Page 22: Adventist World (Junho 2009)

Eu tinha 17 anos. Era o fim do campeonato. Eu era o capitão do time. O jogo seria no sábado. O que fazer?

Cresci frequentando a Igreja Batista e a Brigada de Meninos. Tornei-me sargento da Brigada e capitão do time de futebol de nossa companhia, do time de futebol do bairro e do time de futebol da cidade. Minha avó, adventista do sétimo dia, regularmente nos levava à sua igreja. Eu ia às festas de Natal da igreja Batista no sábado e na festa de Natal adventista no domingo. Era uma doce vida.

Um dia vovó me disse:−Jeff, você precisa se decidir. O sucesso nos campos de futebol caminhava paralelo à

minha convicção sobre o sábado. Eu sabia que precisa ter “uma conversa” com o Skip, líder da nossa Brigada de Meni-nos, mas estava com medo.

Foi aí que o inacreditável aconteceu. Após ouvir tudo sobre minha luta, Skip aliviou minha tensão.

− Jeff− disse ele, na classe bíblica, domingo de manhã – sempre siga suas convicções.

Não joguei naquele sábado. Ao contrário, fui à igreja. Não me pergunte o nome do pregador ou o assunto do sermão. Só consegui pensar em como o meu time estaria jogando.

No dia seguinte, eu soube do resultado: estavam todos de rosto comprido. Os olhares eram acusadores. O silêncio, ensurdecedor. Meu time havia perdido a copa no último jogo.

Evolução InesperadaSkip me procurou após a derrota. – Jeff, como você pode abandonar seu time desse jeito?

– perguntou incrédulo.Essa era a mesma pessoa que uma semana antes havia

dito: “Sempre siga suas convicções.” Agora, estava cantando uma canção diferente:

− Jeff, o jogo da semana que vem será a decisão do campe-onato. O que você vai fazer? Seu time precisa que você jogue na próxima semana.

A semana seguinte significava sábado. Com o olhar supli-cante de Skip e o time todo me implorando, o que eu podia fazer? O que decidi fazer?

Joguei. E ganhamos? Não, não ganhamos. Perdemos o jogo e perdi minha paz de espírito, aquela que sentimos quando fazemos o que Deus diz ser correto. Ouvi as palavras de Jesus: “E em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt 15:9). Eu sabia o que devia fazer. Embora amasse minha família da Igreja Batista, batizei-me e tornei-me membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Mais e mais cristãos ao redor do mundo estão chegando à conclusão de que o sábado é um lindo benefício, não um fardo nocivo. Max Lucado, autor de best sellers cristãos, disse:

“Das dez declarações esculpidas nas tábuas da lei, qual delas ocupa mais espaço? Assassinato? Adultério? Roubo? Você pode pensar que sim. Certamente, todas elas merecem ampla cober-tura. Mas, curiosamente, esses mandamentos são tributos à bre-vidade. Deus precisou de apenas duas palavras para condenar o adultério, o roubo e o homicídio. Entretanto, quando chegou ao assunto do descanso, uma sentença não foi suficiente.”1

Lucado está certo. O mandamento diz: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal,

Jeffrey O. Brown é presidente da Associa-ção Adventista do Sétimo Dia das Bermudas, em Hamilton, Bermudas.

Eu não podia mais adiar. Tinha que decidir entre

o domingo e o sábado.

FutebolFé?

ouN Ú M E R O 2 0

Por Jeffrey O. Brown

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

22 Adventist World | Junho 2009

Page 23: Adventist World (Junho 2009)

T R A N S L A T I O N N E E D E D

nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santifi cou” (Êx 20:8-11).

Lucado continua: “Deus diz que em um dia da semana você dirá não para o trabalho e sim para a adoração. Você vai parar, se assentar, se deitar e descansar. Ainda objetamos. ‘Mas. . . mas. . . mas. . . quem vai cuidar da loja?’ ‘E as minhas notas?’ ‘Eu tenho minha cota de vendas.’ Damos um motivo atrás do outro, mas Deus silencia todos com o pungente lembrete: ‘Em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no sétimo dia.’ A mensagem de Deus é simples: ‘Se a criação não veio abaixo quando Eu descansei, também não irá se você descansar’.”2

Nem sempre se precisa de muita teologia para convencer as pessoas. Emprestando as palavras da Bíblia: “e um peque-nino os guiará” (Is 11:6).

História de um Menino que Fez Isso“Aloni Muhindwa, de Uganda, estudou na Grã-Bretanha

e tornou-se um sacerdote da Igreja da Inglaterra. Desde bem jovem, tinha dúvidas sobre o sábado. Pastores, professores do seminário e bispos recusaram-se a discutir o assunto. Foi tar-de em sua vida que fi cou sabendo da história por um menino, enquanto bebericava um refrigerante, numa lanchonete, no caminho de volta para sua plantação de café.

“O garoto disse: ‘Era uma vez um grande rei que tinha dez fi lhos. Antes de sair para uma grande viagem, ele chamou o primeiro ministro e seus dez fi lhos para despedir-se. Encarre-gou o primeiro ministro de cuidar bem de seus fi lhos. Assim que ele partiu, o primeiro ministro reuniu os dez fi lhos outra vez, retirou o quarto fi lho e o substituiu pelo seu próprio fi lho, julgando ser ele um fi no espécime da realeza.

“Um belo dia o rei retornou e chamou seus fi lhos. Cum-primentou um por um até que chegou o quarto fi lho. ‘Quem é esse impostor? Esse não é o meu fi lho. O que aconteceu ao meu fi lho, Sr. Primeiro Ministro?’ O primeiro ministro explicou: ‘Para mim, seu quarto fi lho não se parecia com um fi lho de rei, então coloquei meu fi lho em seu lugar.’ No fi m da história, o rei expulsou o primeiro ministro do seu reino e resgatou o seu fi lho. Aloni, então, perguntou ao garoto qual era o signifi cado daquela história. Ele disse: ‘O rei é Deus; os dez fi lhos são os dez mandamentos. O primeiro ministro é a igreja, pois mudou o quarto mandamento de Deus e colocou no lugar um mandamento criado por ela. O Rei, porém, voltará um dia e perguntará o que aconteceu com Seu mandamento.’

“‘Onde você aprendeu isso, fi lho?’ ‘Lá na Missão Kereka, no topo da colina, senhor’. Assim, o velho sacerdote foi levado pelo garoto até a missão que guardava o sábado, onde perma-neceu vários dias em intenso estudo da Bíblia. No domingo seguinte, levantou-se diante de sua congregação e disse: ‘Esse é meu último domingo como seu sacerdote. De hoje em dian-te, sou um guardador do sábado’.”3

Perguntou-se ao jornalista secular, A. J. Jacobs, que por um ano, cumpriu mais de 700 regras que havia descoberto na Bíblia: “Quais as regras, se houver alguma, você ainda está seguindo?” Ele respondeu: “Eu amo o sábado. Se há algo de que realmente gosto é de um dia de descanso ‘forçado’.”4

Um dia feito por Jesus para Ele Se encontrar com Sua fa-mília, contemplar Sua criação e descansar em Sua redenção.5 Isso é algo de que eu também gosto bastante. 1 Max Lucado, Traveling Light: Releasing the burdens you were never intended to bear (Nashville: W. Publishing Group, 2001), p. 41, 42.2 Ibid.3 Jeffrey and Pattiejean Brown, A Guide to Parenting: On the winning team with your children (Grantham: Stanborough Press, 2003), p. 169-171.4 Jennie Yabroff, “Biblical Living: Following Every Rule for One Year,” Newsweek, 21 de setembro de 2007.5 Veja Marcos 2:27, 28; Hebreus 10:25; 4:8-11.

O bondoso Criador, após os seis dias da criação, descansou no sétimo dia e instituiu o sábado para todas as pessoas como memorial da criação. O quarto mandamento da imutável lei de Deus requer a observância deste sábado do sétimo dia como dia de descanso, adoração e ministério, em harmonia com o

ensino e prática de Jesus, o Senhor do sábado. O sábado é um dia de deleitosa comunhão com Deus e uns com os outros. É um símbolo de nossa redenção em Cristo, um sinal de nossa santifi cação, uma prova de nossa lealdade e um antegozo de nosso futuro eterno no reino de Deus. O sábado é o sinal per-pétuo do eterno concerto de Deus com Seu povo. A prazerosa observância deste tempo sagrado duma tarde a outra tarde, do pôr-do-sol ao pôr-do-sol, é uma celebração dos atos criadores e redentores de Deus. (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; Lc 4:16; Is 56:5, 6; 58:13, 14; Mt 12:1-12; Êx 31:13-17; Ez 20:12, 20; Dt 5:12-15; Hb 4:1-11; Lv 23:32; Mc1:32.)

SábadoO

Junho 2009 | Adventist World 23

Page 24: Adventist World (Junho 2009)

S E R V I Ç O

“Se você tiver homens dispostos a vir apenas se as estradas forem boas, eu não quero. Quero homens que venham, mesmo que não haja nenhuma estrada.” – David Livingstone, missionário cristão e explorador.

Situada no terço sul da África, está a Divisão Sul-Africana Oceano Índico da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Seu território estende-se de Zâmbia à África do Sul, de Angola a Moçambique, incluindo nações peninsulares como Madagáscar e Maurício. Hoje, cerca de 150 milhões de pessoas vivem nessa divi-são. Mais de 2,2 milhões são adventistas do sétimo dia, ou seja, um adventista para cada 68 pessoas.

O missionário escocês David Livingstone chegou à parte sul da África em 1841. Enviado pela Sociedade Mis-sionária de Londres, levou a mensagem cristã ao interior do continente. Aos 27 anos de idade, Livingstone não tinha ideia do impacto que faria na região. Mais de 30 anos depois, ele morreria na África e foi encontrado de joelhos, em oração, sobre sua cama.

Os missionários adventistas chega-ram ao sul da África cerca de 20 anos após a morte de Livingstone. Em 1895, W. H. Anderson, sua esposa Nora e dois outros missionários americanos viajaram por seis semanas, em carros de bois, da África do Sul ao Zimbábue. Ali, estabeleceram a primeira sede per-manente de missão adventista no conti-nente africano. O local daquela sede de missão é onde está hoje a Universidade Solusi. Os Andersons serviram por cerca de 50 anos no Sul da África, estabele-cendo, posteriormente, sedes de missão em Zâmbia e Angola.

O legado de fé e coragem deixado por missionários cristãos como Livingstone e os Andersons está vivo na Divisão Sul da África e Oceano Índico.

Por anos, muitos dos países foram devastados por guerras, confrontos civis e pobreza generalizada. No entanto,

FéFédeConstruindo sobre o alicerce do sacrifício e do serviço

Direita: EXERCÍCIO DE FÉ: Foram necessárias seis semanas de viagem em carro de boi, para que William H. Anderson (esquerda) e sua esposa Nora (não fotografada), saindo da África do Sul, chegassem à Rodésia, hoje Zimbábue. Eles ajudaram a fundar o que é atualmente a Universidade Solusi.

Direita: EXERCÍCIO DE FÉ: Foram necessárias seis semanas de viagem em carro de boi, para que William H. Anderson (esquerda) e sua esposa Nora (não fotografada), saindo da África do Sul, chegassem à Rodésia, hoje Zimbábue. Eles ajudaram a fundar o que é atualmente a Universidade Solusi.

Direita: EXERCÍCIO DE FÉ: Foram necessárias seis semanas de viagem em carro de boi, para que William H. Anderson (esquerda) e sua esposa Nora (não fotografada), saindo da África do Sul, chegassem à Rodésia, hoje Zimbábue. Eles ajudaram a fundar o que é atualmente a Universidade Solusi.

24 Adventist World | Junho 2009

l e g a d oPor Hans Olson

Page 25: Adventist World (Junho 2009)

apesar das difi culdades físicas, Deus tem abençoado Seu trabalho ali. As igrejas adventistas crescem em número de membros. Todavia, há grandes desafi os. Há poucas escolas adventistas, e muitas das que existem foram destruídas pela guerra, tornando difícil a educação adventista. A falta de professores adven-tistas formados torna o problema ainda mais sério, forçando a contratação de professores não adventistas em algumas de nossas escolas.

AngolaLocalizada logo abaixo da linha do

equador, margeando a costa africana do Atlântico na região sudoeste, Angola es-tende-se entre a Namíbia e a República Democrática do Congo. Essa nação, de fala portuguesa, está sendo reconstruída após sofrer confl itos por mais de um quarto de século.

Em 1975, Angola independeu-se de Portugal, após 400 anos de colonização. Em seguida, estourou a guerra, enquanto diferentes facções políticas lutavam pelo controle. Mais de 500 mil pessoas foram mortas e 4 milhões de refugiados sofre-ram durante 27 anos de guerra civil.

Após a assinatura de um acordo de paz em 2002, a economia de Angola está sendo transformada, saindo do caos dos tempos da guerra civil para se tornar a segunda economia que mais cresce na África.

A Igreja Adventista em Angola também sofreu durante a guerra civil. Mesmo tendo crescido para aproxima-damente 300 mil membros, muito da infraestrutura da igreja foi danifi cada. Em apenas uma região do país, 145 prédios de igreja foram destruídos.

Durante a guerra, a sede da Missão Bongo, onde William e Nora Anderson iniciaram o trabalho adventista em An-gola, em 1924, teve que ser desocupada. Em 1986, os funcionários da sede da missão foram forçados a fugir à medida que os confrontos se aproximavam da área. Mas alguns prédios da missão ain-

da estão em pé, necessitando de reparo.Parte da oferta do décimo terceiro

sábado deste trimestre irá ajudar a reconstruir a Missão Bongo, incluindo o Seminário Adventista Bongo. Antes de fechar suas portas, o seminário abri-gava, em média, 300 alunos e oferecia o ensino fundamental, o ensino médio e três anos para instrutores bíblicos.

MoçambiqueMoçambique localiza-se na costa

sudeste da África, logo acima da África do Sul. As longas praias arenosas e as águas tépidas do Oceano Índico fi zeram desse país um local de férias. Entretanto, os anos de guerra civil e confl itos trans-formaram em desolação, onde, outrora, havia abundância e hotéis luxuosos.

Em 1975, após cinco séculos de colonialismo português, Maçambique recebeu sua independência. Nas duas décadas seguintes, o país sofreu com a guerra civil, tendo seus efeitos agrava-dos com anos de estiagem, resultando em depressão econômica em espiral.

Apesar da contínua falta de recursos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia em Moçambique cresceu rapidamente nos últimos 15 anos. O número de mem-bros saltou de 70 mil para 200 mil.

Juntamente com o número de novos membros, vieram muitos novos desa-fi os. Como resultado da instabilidade da guerra, a maioria das pessoas nunca aprendeu a ler e escrever; a maior parte dos adventistas em Moçambique tem pouca ou nenhuma instrução. Com o apoio da oferta do décimo terceiro sábado do último trimestre para essa divisão, a igreja está trabalhando para construir uma escola em Moçambique visando à formação de pastores e professores que conduzam os recém-conversos ao crescimento espiritual.

ZâmbiaZâmbia é um país interior (sem

acesso ao mar), do sul da África, locali-zado entre a República Democrática do

Congo, ao norte, e Moçambique, ao sul. É considerado, por alguns, como um dos 50 países mais pobres do mundo.

Ex-colônia inglesa, Zâmbia é o lar de cerca de 12 milhões de pessoas e aproximadamente 600 mil adventistas, ou seja, um adventista para cada 20 pessoas. Em todo o país, entretanto, a Igreja Adventista possui apenas uma escola de ensino médio e umas poucas de ensino fundamental.

Em 2003, a Igreja Adventista estabeleceu a Universidade Adventista de Zâmbia, no sul do país, a cerca de 160 quilômetros fora da capital, Lusaka. Mais de 800 alunos estudam ali. A biblioteca da escola possui 42 mil livros, mas não há espaço para abrigá-los. Parte da oferta do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará na construção de uma biblioteca para a universidade.

No próximo décimo terceiro sábado, você terá a oportunidade de apoiar a Igreja Adventista do sul da África. Poderá ajudar a contar ao mundo sobre Jesus ao reconstruir escolas adventistas em Ângola e Zâmbia, para que jovens possam obter a formação necessária para se tornar membros ativos que contribuam com sua igreja e sociedade. Com seu apoio, eles poderão aprender a compartilhar a mensagem de Jesus com as pessoas da sua comunidade.

Muito obrigado por fazer sua parte na proclamação do amor de Deus ao mundo. Obrigado, também, pelo seu apoio semanal com as ofertas para as missões.

Para saber mais sobre o trabalho missionário da Igreja Adventista mundial, acesse: www.AdventistMission.org.

Hans Olson é responsável pelos Projetos de Comunicação na Sede da Missão Adventista.

Junho 2009 | Adventist World 25

l e g a d o

Page 26: Adventist World (Junho 2009)

Muitos especialistas creem que as escolas começaram a aparecer em Israel, depois do exílio de Judá. Outros

argumentam que havia escolas antes do exílio. A razão dessa discrepância é que os dados bíblicos sobre o assunto não são claros. Somos forçados a lidar com inferências e provas circunstanciais. Vamos começar com uma descrição geral das escolas do antigo Oriente Próximo e, em seguida, faremos um breve exame das evidências bíblicas.

1. Escolas no Antigo Oriente Próximo: Iniciemos com o que é aceito como fato histórico: havia escolas na Mesopo-tâmia e Egito muito antes de Israel. Alguém pode facilmente argumentar que Moisés frequentou escolas. Sugere-se que, no Egito, havia templo, cor-te e escolas militares para a formação técnica e profissio-nal dos que iriam trabalhar nessas áreas. Grande ênfase era dada ao aprendizado da escrita, tarefa de muitos anos, devido à complexidade dos hieróglifos egípcios. Os que frequentavam escolas eram principalmente crianças do sexo masculino, da classe alta egípcia. As filhas do Faraó fre-quentavam algumas escolas.

O sistema escolar da Me-sopotâmia surgiu por volta de 2500 a.C. para alunos de famílias ricas. Enquanto algu-mas evidências indicam que, no Egito, as aulas eram mi-nistradas dentro dos prédios, na Mesopotâmia o quintal era o principal lugar. Os alunos sentavam-se em pedaços de tecidos espalhados pelo chão, com pequenos montes de areia em frente de cada um, para a prática da escrita. Eram necessários vários anos para apren-der as centenas de sinais da escrita sumeriana e acadiana. As escolas formavam os que trabalhavam no templo, jovens para trabalhar na corte real e líderes militares. Eles apren-diam línguas, música, adivinhação, matemática, álgebra, astrologia e outros assuntos relacionados com o bem-estar do país.

2. Escolas em Israel: A educação das crianças em Israel repousava essencialmente sobre os pais. Eles eram os respon-sáveis pela instrução religiosa básica (e.g., Dt 6:4-9, 20-25). A educação profissional era de responsabilidade do pai, que ensinava ao filho a sua profissão. Uma vez que o alfabeto hebraico consistia em 22 consoantes, era relativamente fácil ensinar e aprender a ler e a escrever. Isso sugere que o analfabetismo era pouco menor em Israel do que no Egito

e na Mesopotâmia (cf. Js 18:9; Dt 24:1). Os acrósticos eram usados para facilitar a memorização do alfabeto. O poema da mulher virtuosa (Pv 31:10-21)é um acróstico e contém as habilidades básicas esperadas de uma mulher israelita, que incluíam o projeto, decoração e administração da casa, hor-ticultura, tecelagem e a criação dos filhos. A menina poderia ser instruída tanto em casa como na escola.

Alguns argumentos apoiam a existência de escolas em Israel. Primeiro: o fato de as escolas serem comuns em outras nações no antigo Oriente Próximo. Segundo: havia a necessidade de instruir os levitas e sacerdotes nos assuntos relacionados ao Templo, tais como os tipos de sacrifícios

(Lv 1–5), diferenças entre o que era limpo e imundo (Lv 15), rituais (e.g., Lv 16), festivais (Lev. 23), etc. Ter-ceiro: os jovens necessitavam de formação para trabalhar em funções administrativas e como conselheiros para os reis. Essas funções requeriam não apenas alfabetização, mas também o aprendizado de línguas estrangeiras, criação de estratégias mili-tares, fabricação de armas, treinamento para usá-las, etc. Quarto: Havia uma necessi-dade constante de escribas para servir o povo em geral e, também, para trabalhar para o rei na confecção de docu-mentos oficiais, relatórios,

crônicas do reino e preservação dos livros que encontramos na Bíblia. Essas escolas deviam testificar a religião e as neces-sidades administrativas do povo e do palácio. As chamadas “escolas de profetas” muito provavelmente existiam para tal propósito (cf. 2 Reis 2:3; 6:1).

3. Deus como Professor: Havia uma forte convicção, no país, de que o verdadeiro professor de Israel era o Senhor (Is 2:3). Nesse caso, cada professor era um instrumento de Deus na formação do caráter dos alunos e no desenvolvimento do conhecimento e das habilidades que necessitavam para servir ao Senhor, ao povo e ao reino.

Será que não devemos esperar que o Senhor ensine nossos jovens por meio de professores dedicados e consagrados? Claro que sim!

Angel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.

Superioreducação

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

P E R G U N TA :

Havia escolas

em Israel?

PorAngel Manuel Rodríguez

26 Adventist World | Junho 2009

Page 27: Adventist World (Junho 2009)

Neste mês, daremos início a uma série de lições sobre os grandes temas do Apocalipse. Quando pensamos nesse livro, imediatamente nos vêm à mente vários símbolos assustadores: bestas, pragas, conflitos e tribulação. Nesta série, observaremos o panorama geral. Descobriremos que, do grande conflito entre o Bem e o Mal, Cristo sairá vitorioso e Satanás, derrotado.

1. O livro do Apocalipse é a revelação de quê? Escreva sua resposta no espaço abaixo.“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo” (Ap 1:1).

O livro do Apocalipse é a revelação de .

O primeiro verso de Apocalipse revela sua origem divina. Ele vem diretamente de Deus, que o deu a Jesus. Jesus o enviou por meio de um anjo a João, enquanto estava exilado na ilha de Patmos, e este o escreveu.

2. Quais são as três bênçãos prometidas aos que estudam o livro do Apocalipse? Circule, no texto abaixo, as três palavras que indicam quem receberá essa bênção especial de Deus.“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1:3).

Ao lermos o Apocalipse e ouvirmos o Espírito Santo falar ao nosso coração, nossa vida será transformada. O Espírito Santo nos revelará novas verdades e nos levará a guardar “as coisas que nela estão escritas”.

3. Como Jesus é descrito em Apocalipse 1:4?“Graça e paz seja convosco da parte dAquele que é, e que era, e que há de vir.”

Descreva, com suas palavras, o que o Apocalipse quer dizer quando afirma que Jesus “é, e que era, e que há de vir”.

4. Leia Apocalipse 1:5, 8, 11. No espaço abaixo, escreva os títulos de Jesus.“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra” (verso 5).“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (verso 8).“Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro” (verso 11).

Jesus é:

a. a fiel

b. o dentre os mortos

c. o dos da

d. o e o

Por Mark A. Finley

OIncomparável

Jesus

E S T U D O B Í B L I C O

Junho 2009 | Adventist World 27

Page 28: Adventist World (Junho 2009)

e. o e o

f. Aquele que , e que , e que de .

g. o

h. o e o

5. Que título especial, em Apocalipse 1:13, descreve Jesus?“E, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.”

Jesus é chamado de do .

De todos os títulos dados a Jesus no Novo Testamento, o mais usado por Ele para Se referir a Si próprio foi “Filho do homem”. Em Lucas 19:10, Ele declara: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Ele ainda mantém esse título no Céu. Jesus não é apenas o Todo-Poderoso, eterno Filho de Deus, sem princípio e sem fim; Ele também é o Filho do homem. Ele viveu como homem, enfrentou as mais cruéis tentações de Satanás, conhece nossas fraquezas e compreende nosso sofrimento. O Cristo ressurreto está assentado em Seu trono à direita do Pai. Nosso amigo, no Céu, é o Filho do homem.

6. Quais são os três títulos dados a Jesus no último capítulo do livro de Apocalipse?“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap 22:13).

Jesus é:

a.

b.

c.

O Apocalipse termina do modo como começou. Jesus é o Alfa e o Ômega, sem início e sem fim, o imortal Primeiro e Último.

7. Quais são os dois últimos títulos de Jesus no livro do Apocalipse?“Eu, Jesus, enviei o Meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (Ap 22:16).

Jesus é:

a. a e a de Davi,

b. a da Manhã.

Durante séculos, o povo de Deus procurou por um poderoso rei-pastor que o libertaria da opressão de seus inimigos. Jesus é o poderoso libertador. Os poderes do inferno não podem resistir-Lhe. Finalmente, Ele conduzirá Seu povo ao glorioso triunfo. Ele é o Rei dos reis que nos levará à vitória sobre as forças do mal (Ap 11:15; 19:16).

Em um mundo de escuridão e tristeza, Ele é a “brilhante Estrela da manhã” que nos assegura um futuro glorioso. Ele nos oferece esperança hoje, amanhã e para

sempre. Ele é o incomparável Jesus.

Continuando a série “Grandes Temas do Apocalipse”, no próximo mês, estudaremos sobre “O Cordeiro Imolado do Apocalipse”.

28 Adventist World | Junho 2009

Page 29: Adventist World (Junho 2009)

C A R T A S

Diagrama ProféticoQue maravilha ver o histórico diagra-ma profético mi-lerita de 1843 na capa da Adventist World de abril de 2009, no artigo “Interpretando os

Tempos”, por Roy Adams, na página 16! Esse é o diagrama do qual Ellen White fala nos Primeiros Escritos, na página 74: “No dia 23 de setembro, o Senhor mostrou-me que Ele havia estendido a Sua mão pela segunda vez para reaver o remanescente do Seu povo… Tenho visto que o diagrama de 1843 foi diri-gido pela mão do Senhor, e que ele não deve ser alterado.”

Para os adventistas, esse diagrama é a verdade presente para esse tempo na História, e precisamos estar fami-liarizados com ele. Ainda encontramos adventistas que o desconhecem completamente. Por exemplo, quantos sabem a que profecia está relacionada ao número “2520” localizado no canto superior direito do diagrama?

Por favor, seria possível publicar, nessa revista, uma série esclarecendo os diferentes elementos do diagrama de 1843?

Marj CookeSandpoint, Idaho, Estados Unidos

Doutor China O artigo “Vagaroso Navio para a China” (por Raymond S. Moore, março de 2009) sobre o doutor China, Harry W. Miller, refl ete a vida de um homem inteiramente dedicado a Deus! Sua vida sempre me inspirou! Enquanto promovia as missões como secretário da Associação Geral (AG), frequentemente citava experiências de sua vida para inspirar futuros missionários.

Descobri uma carta datada de 29 de março de 1905, nos arquivos da AG, escrita por Miller a Arthur Daniells, então presidente da AG. Aqui está um fragmento dessa carta, escrita logo após a morte de sua esposa: “Sua carta data-da de 20 de dezembro chegou aqui cerca de duas semanas antes da morte da Sra. Miller... Passei pela prova mais difícil de minha vida e não sei dizer se realmente já está superada, pois posso senti-la cada hora do dia, e se trata da morte da Sra. Miller... Sua fé e coragem até o fi nal foram uma inspiração que sempre guardarei comigo… As crianças sentem muito a sua falta. Uma garotinha sente-se tão sozinha que permanece ao redor da escrivaninha do meu escritório boa parte do tempo.”

Mais adiante, Miller escreveu: “Um homem e sua esposa realmente apren-dem a ser um no campo missionário. Dependemos um do outro, pois não há ninguém mais de quem depender, exceto de Deus… Não há tempo, po-rém, para baixar as armas; tomá-la com renovado vigor e pressionar a batalha para a linha de frente, será minha deter-minação, com a ajuda do Senhor.”

E ele fez isso por 58 anos! Que legado para os missionários e obreiros desta igreja!

Leo RanzolinEstero, Flórida, Estados Unidos

Trabalho no QuêniaSaudações a todos da Adventist World! Escrevo esta carta após ler essa revista educativa. Em particular, havia um arti-go muito interessante sobre o trabalho missionário aqui no Quênia (“O Espíri-to de Deus em Ação na África”, por Jean Thomas, julho de 2008). Foi comovente e estou muito feliz pelo trabalho que a igreja realiza em todo o mundo.

Sou adventista e, em nossa vila, so-mos muito poucos. Creio que é tempo

de aprendermos mais sobre evange-lismo e como participar do ministério pessoal, assim como ganhar almas para o Senhor Jesus Cristo. Necessitamos de fontes: livros, revistas e Bíblias para compartilhar nossa fé e dar mais estu-dos bíblicos.

Sempre oro por todos vocês da Associação Geral e creio piamente que nós, na África Oriental, temos muito que aprender com os nossos irmãos e irmãs adventistas de todo o mundo.

Robert NgobiloNyahururu, Quênia

Os Distantes e Isolados são ConfortadosFiquei grato ao ouvir a pergunta de um de nossos membros de um grupo de crentes, aqui nas Ilhas Maurício, onde sou pastor. Enquanto passava os olhos pelas páginas da Adventist World com fotos da Mongólia (edição de julho de 2006), alguém perguntou com surpresa: “Mongólia? Há adventistas na Mongólia também? Após responder a sua pergun-ta, virei a página da revista para outras páginas e mostrei-lhe outras fotos de lugares onde também há adventistas. Ele fi cou grato de ver a fotografi a do presidente da igreja, pastor Jan Paulsen.

É maravilhoso saber que, por meio desta revista, membros de tão longe e de ilhas isoladas são fortalecidos e con-fortados ao saber que pertencem a uma grande família de Deus. Com alegria, o homem pediu para levar esse exemplar da revista para casa.

Selvin E. IntongDelay, Majuro, Ilhas Maurício

Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.

Intercâmbio Mundial

Junho 2009 | Adventist World 29

Page 30: Adventist World (Junho 2009)

O L U G A R D E O R A Ç Ã O

Meu irmão mais novo sofre com câncer no estômago. Ele tem apenas 19 anos de idade e sonha em ser pastor. Por favor, orem por ele.

Song, Coreia do Sul

Por favor, orem para que Deus me guie e me dê forças para enfrentar os desa-fios em meus estudos.

Herilala, Quebeq, Canadá

Por favor, orem por meu tio e minha mãe.Rebecca, Costa do Marfim

Tenho esperança de concluir a faculda-de. Por favor, orem para que eu consiga o dinheiro de que preciso.

Akim, Malavi

O inimigo tem feito da minha família um saco de pancadas desde que nos tornamos adventistas. Sofremos com morte, doença e pobreza. Os problemas estão se tornando ainda piores. Precisa-mos de oração para que tenhamos fé e livramento miraculoso.

Edmore, Zimbábue

Os leitores da Adventist World responderam de modo extra-

ordinário a um apelo para angariar fundos para a compra de Bíblias para que mulheres da Índia aprendam a ler. O alvo de vinte mil dólares não só foi alcançado, mas quase duplicado, num total de 39.106 dólares até agora!

A Adventist World e a Adventist Review (Revista Adventista em inglês) uniram-se ao Departamento dos Ministérios da Mulher da Divisão Sul-Asiática (DAS) e Esperança para Humanidade, criando cursos de alfabe-tização para mulheres na Índia, entre 15 e 85 anos de idade. A iniciativa de angariar recursos destina-se a cobrir os custos para a doação de uma Bíblia, com estojo, para cada mulher que terminar o curso de alfabetização ofe-recido pela igreja em 2009. Hepzigah Kore, diretora do Departamento dos Ministérios da Mulher da DAS, estima

que, neste ano, quatro mil mulheres concluirão o curso em 200 centros de alfabetização organizados por aquela divisão. O custo de uma Bíblia com estojo é de 5 dólares. Desse modo, 20 mil dólares suprirão toda a necessidade de Bíblias para este ano. Mais de 700 leitores da Adventist World e Adventist Review contribuíram de tal modo que não faltaram recursos para prover Bíblias por dois anos.

“Não tenho palavras para expressar minha gratidão por tanta generosidade”, diz Kore. “Há poucos anos, quando vi o projeto em seu estágio inicial, as alunas disseram: ‘Matriculamo-nos no curso para aprender a ler a Bíblia. Por favor,

doe-nos uma, pois não podemos com-prar.’ Em todos os lugares que visitei, o clamor era: ‘Por favor, dê-nos uma Bíblia.’ Isso tocou meu coração. Pedi ao meu Pai celestial que me mostrasse um meio de prover Sua Palavra para Suas filhas. Ele respondeu meu pedido por meio da campanha de doação feita para o programa de alfabetização.”

A equipe da AW e AR também deseja expressar sua gratidão por sua generosidade. O espírito de sacrifício e comprometimento com a missão ainda está bem vivo no coração dos adventis-tas em todo o mundo.–Por Sandra Blackmer, editora assistente da Adventist World.

Por favor, orem para que meu marido não desista de lutar pelo nosso casamen-to; orem também para que o Espírito Santo amoleça o coração dele de modo que sinta necessidade de Deus outra vez.

Jane, Estados Unidos

Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.

Leitores da Adventist World respondem generosamente a apelo

oSuperando

AlvoFORMANDOS AGRADECIDOS: Formandas do curso de alfabetização em Karnataka, Índia, mostram as Bíblias com estojo, adquiridas com ofertas dos leitores da Adventist World e Adventist Review.

GO

RD

ON

B

UH

LE

R

F A Z E N D O A D I F E R E N Ç A

Intercâmbio Mundial

30 Adventist World | Junho 2009

Page 31: Adventist World (Junho 2009)

I N T E R C Â M B I O D E I D E I A S

A vida devocional é um suporte necessário a todo crente na jornada em direção ao Céu. O ato de separar um tempo especial para a devoção tem sido

praticado ao longo a história. Entre as personalidades que tinham essa prática, estão John Wesley, Dwight Moody e Ellen White.

Mesmo tendo aceitado a Jesus como nosso Salvador, às vezes nos sentimos desanimados, tristes e inseguros. A razão pode ser atribuída a uma falta de comunhão diária com Deus. Precisamos de forte ligação com a Suprema Fonte de vida para desfrutar da verdadeira paz e felicidade que podem ser obtidas pela prática da “hora tranquila”. É muito simples de pôr em prática; no entanto, propicia resultados maravilhosos.

1. Separe, diariamente, entre 20 e 30 minutos para estar a sós com Deus, meditando e orando. Esse período pode ser pela manhã, antes de iniciar suas atividades diárias, como Jesus fazia (Mc 1:35), ou à tarde, ao pôr-do-sol, ou em algum outro horário que lhe seja mais favorável.

2. Escolha um lugar tranquilo, que pode ser em contato com a natureza, em seu quarto ou em outro local mais apropriado.

3. Inicie sua devoção pedindo a presença de Deus com uma breve oração. Leia, então, um texto da Bíblia (você pode começar com os Evangelhos ou com os Salmos) e, calmamente, medite em silêncio sobre o que você leu.

4. Leia uma ou duas páginas adicionais do livro Caminho a Cristo ou O Desejado de Todas as Nações, ou de outro livro do Espírito de Profecia.

5. Gaste um tempo em oração, abrindo a alma a Deus como a um amigo e conte-Lhe seus anseios, preocupações, planos, alegrias e tristezas. Faça do Pai celestial seu confi dente. Agradeça-Lhe pelas bênçãos recebidas.

6. Sempre que o local for apropriado, cante um de seus hinos preferidos. Jesus fez dessa prática um hábito e deveríamos seguir Seu exemplo. Tente

incluí-la em sua rotina. Se algum dia, por algum motivo, não for possível separar uma hora tranquila, lembre-se de retornar à rotina no dia seguinte. Persevere. Você descobrirá que algo maravilhoso acontecerá em sua vida. Por que não começar hoje?

–Tercio Sarli, São Paulo, Brasil

Leitor mostra seu plano de devoção diária

M A T T H E W H E R Z E L / A D V E N T I S T W O R L D

Hora

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífi co Norte.

Editor AdministrativoBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialJan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Robert E. Kyte, assessor jurídico

Comissão Coordenadora da Adventist WorldLee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson;Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk

Editor-ChefeBill Knott

Editores em Silver Spring, MarylandRoy Adams, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, CoréiaChun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan

Editor OnlineCarlos Medley

Coordenadora TécnicaMerle Poirier

Assistente Executiva de RedaçãoRachel J. Child

Assistentes AdministrativosMarvene Thorpe-BaptisteAlfredo Garcia-Marenko

Atendimento ao LeitorMerle Poirier

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson

ConsultoresJan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts, Bertil A. Wiklander

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

E-mail: [email protected]: www.adventistworld.org

A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

Adventist World é uma revista mensal editada simultanea-mente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos.

Vol. 5, No. 6

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Tranquila

Junho 2009 | Adventist World 31

Page 32: Adventist World (Junho 2009)

RESPOSTA: Na Tailândia, Pastor Winsleigh Chu (atrás à esquerda) posa com membros recém-conversos da igreja, batizados no começo de 2009. Chu é casado com Ruth, fi lha do famoso Silver do “Silver e a Serpente”, uma história de Eric B. Hare.

Q U E L U G A R É E S S E ?

R U T H E W I N S L E I G H C H U

V I D A A D V E N T I S T AMinha viagem estava programada

para terça-feira, à noite. Assim que chegou em casa, após comprar minha passagem, meu marido disse que o trem partiria às 10 da noite. Fiz pla-nos para sair de casa às 9 e meia, uma vez que, em cinco minutos chegamos à estação. Conferi outras informa-ções na minha passagem, menos o horário, pois estava certa de que meu marido não cometeria um engano.

No dia da viagem, fomos ao culto

F R A S E D O M Ê S

“Se formos verdadeiras

testemunhas, não

testemunharemos da

pessoa boa que somos.

Testemunharemos do

Deus bom que temos.” —Teresa Littell, durante a Escola Sabatina na Dayton Community Chapel da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Dayton, Tennessee, Estados Unidos.

de oração, que terminou às 20h10. A mensagem, aquela noite, foi sobre “sentar-se aos pés de Jesus.” Ao vol-tar para casa, assentamo-nos para o culto familiar. De repente, perguntei: “Você tem certeza de que o trem sai às 10 horas?”

Meu esposo respondeu: “Sim, sai às 20h05.”

Eu gritei: “Ah! Então é às 8h05 e não às 10h05!”

Corremos para a estação.

Ouvimos o anúncio de que, em alguns minutos, meu trem estaria chegando à plataforma 2. Corremos em direção à plataforma e fi camos ali, aos pés de Jesus, em oração, agradecendo-Lhe por permitir que nos assentássemos silenciosamente aos Seus pés, no culto de oração, durante o qual deveríamos estar na plataforma, esperando pela chegada de um trem, atrasado. Que Deus! —Ramani Kurian, Hosur, Índia

J OS É A . W A R L E T T A

O Lugar Das

PESS AS

D I V I D A C O N O S C O !O Lugar das Pessoas é a cornucópia de itens de leitores de todo o mundo;

são pequenas fatias da vida que farão os leitores pensar, sorrir e apreciar ainda mais sua família adventista. Pequenos textos, nessa categoria, são bem-vindos.Frases (profundas e espontâneas)Que Lugar é Esse? (fotos em alta qualidade de membros da igreja mundial)Conheça Seu Vizinho (fotos em alta qualidade, com biografi a concisa, de membros recém-batizados, adventistas que estejam ativamente envolvi-dos no serviço comunitário, pequenos grupos ou responsáveis por novas

iniciativas na obra de compartilhar o evangelho; máximo de 75 palavras)

Envie um e-mail para @gc.adventist.org; ou envie fax para 301-680-6638 (nos Estados Unidos) ou envie para World Exchange,Adventist World, 12501 Old Columbia Pike,Silver Spring, Maryland 20904-6600, EUA