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1 Análise Experimental do Comportamento I - Revisão 02 1 Conteúdo Parte Teórica UNIDADE III: CONCEITOS BÁSICOS EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: CONDICIONAMENTO RESPONDENTE 3.1 – Comportamento Reflexo Incondicionado 3.2 – Comportamento Reflexo Condicionado 3.3 – Extinção respondente UNIDADE IV: CONCEITOS BÁSICOS EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: CONDICIONAMENTO OPERANTE 4.1 – Aprendizagem pelas conseqüências: o reforço - tipos e princípios 4.3 – Extinção operante Parte Prática 1) Estudo do comportamento 2) Laboratório Didático de Análise Experimental do Comportamento 3) Experimentos Didáticos 3.1 – Nível operante 3.2 – Modelagem e CRF 3.3 – Extinção Textos indicados: Capítulos do livro: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Capítulo 1 – O reflexo Inato Capítulo 2 – O reflexo Aprendido: condicionamento pavloviano Capítulo 3 – Aprendizagem pelas consequências: o reforço Capítulo 10 – Atividades de Laboratório (páginas 165 a 177) Texto complementar: Capítulo 5 – Primeira revisão do conteúdo (MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007). Texto de apoio: Capítulo 4 – Como estudar o comportamento. (MATOS, M. A. & TOMANARI, G. Y. A análise do comportamento no laboratório didático. São Paulo: Manole. 2002). Este documento apresenta cinco seções: 1. COMPORTAMENTO REFLEXO INCONDICIONADO (páginas 2-3) 2. COMPORTAMENTO REFLEXO CONDICIONADO (páginas 4-7) 3. APRENDIZAGEM POR CONSEQUÊNCIAS - O REFORÇO POSITIVO (páginas 8-9) 4. LABORATÓRIO DIDÁTICO (página 10) 5. Questões de prova dos períodos anteriores Com exceção da seção 5, cada seção apresenta a indicação do texto correspondente ao tema, questões para orientar a sua leitura e exercícios. Ao final desta revisão de conteúdo, você deverá ser capaz de: 1. Especificar a relevância deste conteúdo para Psicologia. 2. Definir o que é um comportamento reflexo. 3. Definir os conceitos de estímulo e resposta. 4. Descrever as propriedades do reflexo. 5. Diferenciar reflexos incondicionados (inatos) de reflexos condicionados (aprendidos), bem como seus componentes. 6. Definir condicionamento respondente. 7. Descrever o experimento clássico de Ivan Pavlov sobre condicionamento respondente. 8. Descrever como novos reflexos podem ser aprendidos. 9. Identificar a relevância do condicionamento clássico para o estudo e compreensão das emoções. 10. Descrever o experimento clássico de John Watson e apontar a relevância deste experimento para a Psicologia. 11. Descrever o que é Generalização Respondente. 12. Descrever o que é e como fazer Extinção Respondente. 13. Descrever o que é Contracondicionamento. 1 Fonte: O conteúdo desta revisão foi adaptado do curso “Princípios Básicos de Análise do Comportamento” do Instituto Walden4-Psicologia.

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Análise Experimental do Comportamento I - Revisão 021

Conteúdo

Parte Teórica

UNIDADE III: CONCEITOS BÁSICOS EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: CONDICIONAMENTO RESPONDENTE 3.1 – Comportamento Reflexo Incondicionado 3.2 – Comportamento Reflexo Condicionado 3.3 – Extinção respondente UNIDADE IV: CONCEITOS BÁSICOS EM ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: CONDICIONAMENTO OPERANTE 4.1 – Aprendizagem pelas conseqüências: o reforço - tipos e princípios 4.3 – Extinção operante

Parte Prática

1) Estudo do comportamento 2) Laboratório Didático de Análise Experimental do Comportamento 3) Experimentos Didáticos 3.1 – Nível operante 3.2 – Modelagem e CRF 3.3 – Extinção

Textos indicados: Capítulos do livro: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Capítulo 1 – O reflexo Inato Capítulo 2 – O reflexo Aprendido: condicionamento pavloviano Capítulo 3 – Aprendizagem pelas consequências: o reforço Capítulo 10 – Atividades de Laboratório (páginas 165 a 177)

Texto complementar: Capítulo 5 – Primeira revisão do conteúdo (MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007).

Texto de apoio: Capítulo 4 – Como estudar o comportamento. (MATOS, M. A. & TOMANARI, G. Y. A análise do comportamento no laboratório didático. São Paulo: Manole. 2002).

Este documento apresenta cinco seções: 1. COMPORTAMENTO REFLEXO INCONDICIONADO (páginas 2-3) 2. COMPORTAMENTO REFLEXO CONDICIONADO (páginas 4-7) 3. APRENDIZAGEM POR CONSEQUÊNCIAS - O REFORÇO POSITIVO (páginas 8-9) 4. LABORATÓRIO DIDÁTICO (página 10) 5. Questões de prova dos períodos anteriores

Com exceção da seção 5, cada seção apresenta a indicação do texto correspondente ao tema, questões para orientar a sua leitura e exercícios. Ao final desta revisão de conteúdo, você deverá ser capaz de:

1. Especificar a relevância deste conteúdo para Psicologia. 2. Definir o que é um comportamento reflexo. 3. Definir os conceitos de estímulo e resposta. 4. Descrever as propriedades do reflexo. 5. Diferenciar reflexos incondicionados (inatos) de reflexos condicionados (aprendidos), bem como seus

componentes. 6. Definir condicionamento respondente. 7. Descrever o experimento clássico de Ivan Pavlov sobre condicionamento respondente. 8. Descrever como novos reflexos podem ser aprendidos. 9. Identificar a relevância do condicionamento clássico para o estudo e compreensão das emoções. 10. Descrever o experimento clássico de John Watson e apontar a relevância deste experimento para a Psicologia. 11. Descrever o que é Generalização Respondente. 12. Descrever o que é e como fazer Extinção Respondente. 13. Descrever o que é Contracondicionamento.

1 Fonte: O conteúdo desta revisão foi adaptado do curso “Princípios Básicos de Análise do Comportamento” do Instituto

Walden4-Psicologia.

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14. Descrever o que é Dessensibilização sistemática. 15. Descrever os fatores que influenciam o condicionamento respondente. 16. Definir comportamento operante. 17. Definir reforço. 18. Diferenciar reforçadores naturais e arbitrários. 19. Definir contingências de reforçamento. 20. Descrever extinção operante e resistência à extinção. 21. Descrever o que é modelagem. 22. Estabelecer hipótese e procedimentos de experimentação; e descrever resultados.

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COMPORTAMENTO REFLEXO INCONDICIONADO

Panorama

Todos os organismos vivos, incluindo seres humanos, já nascem preparados de alguma forma para reagir a certos aspectos do mundo (imagine, por exemplo, como seria difícil ensinar um bebê a fazer um movimento de sucção ao tocar sua boca no seio da mãe). O reflexo inato, ou comportamento reflexo inato, é a forma mais básica de interação entre os organismos e o mundo; e que estão diretamente relacionados a questões de sobrevivência. Compreender o comportamento reflexo é compreender o que as espécies aprenderam durante sua história evolutiva e como essa aprendizagem se relaciona ao que os indivíduos aprendem ao longo de sua vida.

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO PARA A COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

É importante estudar os reflexos inatos por dois motivos: 1) são comportamentos dos organismos e, portanto, objeto de estuda da Psicologia; e 2) os reflexos inatos são importantes para aprendizagem de outros comportamentos que os organismos adquirem ao longo sua vida.

Leitura

Leia o Capítulo 1 de Moreira e Medeiros (2007), "O reflexo intato", páginas 17 a 28.

Questões para orientar a leitura:

1. Por que o psicólogo deve saber sobre este assunto?

2. O que é um estímulo? Exemplifique.

3. O que é uma resposta? Exemplifique.

4. O que é um reflexo? Exemplifique.

5. No diagrama S->R, o que significa o S, o R e a seta? O que este diagrama representa?

6. Em um reflexo, o estímulo produz uma resposta. Existe um termo técnico que usado no lugar do termo “produz”. Que termo é esse?

7. Qual diferença entre o uso do termo reflexo no vocabulário cotidiano e na Análise do Comportamento?

8. Como representamos esquematicamente um reflexo?

9. Defina intensidade do estímulo. Exemplifique.

10. Defina magnitude da resposta. Exemplifique.

11. Defina limiar do estímulo. Exemplifique.

12. Defina latência da resposta. Exemplifique.

13. O que diz a Lei do Limiar? Exemplifique.

14. O que diz a Lei da Intensidade-Magnitude? Exemplifique.

15. O que diz a Lei da Latência? Exemplifique.

16. Qual a importância dos reflexos inatos para a sobrevivência dos organismos? Exemplifique.

17. Dê dois exemplos de reflexo, especificando os estímulos, as respostas e como poderíamos medir a intensidade dos estímulos e a magnitude das respostas.

18. O que habituação? Exemplifique.

19. O que é potenciação? Exemplifique.

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Exercícios

1. Qual das alternativas abaixo apresenta apenas exemplos de respostas? a) Olhar, Falar, Calor, Luz, Suar b) Salivar, Contração pupilar, Taquicardia, Olhar, Suar c) Luminosidade, Falar, Calor, Barulho, Suar d) Barulho, Comida, Calor, Luz, Perfume

2. Analise as proposições abaixo sobre os reflexos inatos: I. Fazem parte do repertório comportamental de um organismo vivo. II. São relações entre estímulos e respostas. III. São relações entre organismos vivos e seu ambiente. IV. Têm pouca - ou nenhuma - relação com o estudo das emoções humanas. A sequência correta de proposições Verdadeiras e Falsas é: a) V, V, V, F b) F, F, V, V c) V, F, F, V d) F, V, V, V

3. A latência da resposta é o(a) _______________ que decorre entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta. a) força b) intensidade c) intervalo de tempo d) magnitude

4. Nos reflexos incondicionados quanto maior a intensidade do estímulo, _______________ será a latência da resposta. a) diferente b) menor c) igual d) maior

5. Para que um choque elétrico possa _______________ a resposta de contração muscular, a intensidade do estímulo deve estar acima de certo valor. Chamamos este valor de _______________. a) extinguir - limiar b) eliciar - limiar c) eliciar - magnitude d) extinguir – magnitude

Gabarito das questões: 1-b; 2-a; 3-c; 4-b; 5-b

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COMPORTAMENTO REFLEXO CONDICIONADO

Panorama

No capítulo anterior, você aprendeu sobre o comportamento reflexo inato. Você já sabe que os organismos nascem preparados para reagir de determinadas maneiras a seu ambiente. Neste capítulo, você começará a conhecer um dos aspectos mais básicos da aprendizagem: o condicionamento pavloviano. Você verá como os organismos aprendem novos reflexos durante sua vida, bem como aprenderá como fazer para que estes reflexos aprendidos deixem de ocorrer. Você verá o quanto o condicionamento pavloviano pode ajudá-lo a compreender e, principalmente, intervir nos aspectos emocionais de um indivíduo. Em suma, os indivíduos aprendem a sentir ou deixar de sentir certas emoções frente a situações novas ou corriqueiras em suas vidas.

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO PARA A COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

É fundamental conhecer sobre o condicionamento pavloviano para compreender melhor como as pessoas aprendem a ter medo, fobias, ter aversão a determinados estímulos ou sentirem-se excitados com estímulos que antes não produziam tais sensações/emoções. E, ainda, aprender como modificar essa aprendizagem.

Leitura (a)

Leia o Capítulo 2 de Moreira e Medeiros (2007), "O reflexo aprendido: Condicionamento Pavloviano", páginas 29 a 37.

ERRATA: há um erro na Figura 2.5 (p. 34). Abaixo de “Após o condicionamento” está escrito “Estímulo incondicionado (rato)” e “Resposta incondicionada (medo)”. O correto é “Estímulo condicionado (rato)” e “Resposta condicionada (medo)”.

Questões para orientar a leitura:

1. Qual o assunto estudado neste capítulo? Por que o psicólogo deve saber sobre este assunto?

2. O que é um estímulo incondicionado? Exemplifique.

3. O que é uma resposta incondicionada? Exemplifique.

4. O que é um reflexo incondicionado? Exemplifique.

5. O que é um estímulo neutro? Exemplifique.

6. O que é um estímulo condicionado? Exemplifique.

7. O que é uma resposta condicionada? Exemplifique.

8. O que é um reflexo condicionado? Exemplifique.

9. O que significa emparelhar? Exemplifique.

10. Descreva como é feito o Condicionamento Pavloviano, ou seja, descreva o procedimento que o gera.

11. Que outro nome pode ser dado aos comportamentos reflexos?

12. Que outros nomes podem ser dados ao Condicionamento Pavloviano?

13. Analise a situação a seguir, identificando os estímulos (neutro, incondicionado e condicionado) e as respostas (incondicionada e condicionada): Certa vez Maria foi abrir a geladeira de sua casa e tomou um choque ao tocar na geladeira. O choque lhe provocou contração muscular no braço e taquicardia. Depois disto, sempre que Maria vê a geladeira ela tem taquicardia.

14. Analise a situação a seguir, identificando os estímulos (neutro, incondicionado e condicionado) e as respostas (incondicionada e condicionada): Durante vários dias João comeu lasanha – comida cujo gosto lhe fazia salivar bastante - ouvindo a 9a sinfonia de Beethoven. Após algumas semanas João

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percebeu que sua salivação aumentava sempre que ele ouvia a 9a sinfonia de Beethoven, mesmo sem estar comendo lasanha.

15. No experimento de Pavlov com o cão, o que era o estímulo neutro, o estimulo incondicionado, o estímulo condicionado, a resposta incondicionada e a resposta condicionada?

Leitura (b)

Leia o Capítulo 2 (O reflexo aprendido: Condicionamento Pavloviano) páginas 32 (a partir de “Condicionamento pavloviano e o estudo das emoções”) a 46.

Questões para orientar a leitura:

1. Qual foi o objetivo do experimento realizado por Watson (1920)? A que conclusão ele chegou?

2. Descreva como Watson ensinou um bebê a ter medo de ratos.

3. Qual a importância dos reflexos aprendidos para a sobrevivência dos organismos?

4. Por que é importante para um psicólogo conhecer o experimento de Watson?

5. Como respostas fisiológicas estão relacionadas às emoções? Exemplifique.

6. Como os reflexos e se relacionam às emoções? Exemplifique.

7. Como Watson ensinou o pequeno Albert a ter medo de ratos?

8. Dê cinco exemplos de características físicas de estímulos?

9. Estímulos semelhantes ao estímulo condicionado podem passar a eliciar uma mesma resposta condicionada sem novos emparelhamentos? Que tipo de semelhança é necessário para que isso ocorra? Qual o nome deste fenômeno?

10. No experimento de Watson, alguns estímulos, diferentes do rato, passaram a eliciar a resposta condicionada de medo. Que estímulos eram esses? Que características físicas estes estímulos compartilhavam o estímulo condicionado (rato)?

11. Por que algumas pessoas têm medo de aves e outras não?

12. Descreva o procedimento utilizado para que um reflexo condicionado perca sua força (para que ele deixe de ocorrer). Qual o nome deste procedimento?

13. Como Watson poderia ter tratado a fobia do pequeno Albert?

14. Algumas vezes, após a extinção ter ocorrido, ou seja, após um determinado estímulo condicionado não eliciar mais uma determinada resposta condicionada, a força de reflexo pode voltar espontaneamente. Qual o nome deste fenômeno?

15. O que é contracondicionamento?

16. Como é feito o contracondicionamento? Exemplifique.

17. Como novas respostas emocionais a novos estímulos (situações) podem ser aprendidas? Faça uma descrição geral.

18. É possível extinguir um reflexo incondicionado?

19. Quais as implicações da recuperação espontânea no trabalho clínico com, por exemplo, fobias e outros transtornos de ansiedade.

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Exercícios

1. Quando se apresenta uma carne suculenta (estímulo) ocorre o que chamamos de salivação (resposta), mas nem tudo que é apresentado irá fazer um indivíduo salivar. Pavlov em seu experimento com o cachorro percebeu que outros estímulos do ambiente, após um tempo de experimentação, também eliciavam respostas de salivação. O que estaria ocorrendo na experimentação que levaria outros objetos a eliciar a salivação? I. Emparelhamento do estímulo incondicionado a outros estímulos do ambiente II. Emparelhamento do estímulo condicionado a outros estímulos do ambiente III. Emparelhar estímulos condicionados com estímulos condicionados IV. Emparelhar estímulo incondicionado ao estímulo incondicionado São corretas apenas as alternativas: a) I b) I e II c) I e III d) II e III 2. Fábio conheceu Marina em uma festa. Foi amor à primeira vista. Naquela ocasião Marina estava usando um perfume, que ele achou delicioso. Nos dias anteriores, qualquer pessoa que passasse perto de Fábio com o mesmo perfume, ele imediatamente pensava na Marina. Como podemos explicar a ocorrência desse pensamento? a) O perfume serviu como estímulo reforçador para o comportamento de pensar. b) O perfume foi emparelhado à imagem de Marina e funcionou como estímulo condicionado para o comportamento de pensar em Marina. c) Pensar em Marina funcionou como reforço para o comportamento de lembrar-se do perfume que ela usava. d) A imagem de Marina e o perfume são estímulos incondicionados para o comportamento de lembrar-se do dia em que eles se conheceram. 3. Márcia fez uma viagem à Europa e durante o vôo houve grande turbulência e ela sentiu muito medo. Desde esse episódio Márcia observou que sente medo diante de outros estímulos que antes não produziam tal resposta. Esse é um caso de generalização respondente. Indique o item abaixo que poderia conter o conjunto de estímulos que adquiriram função respondente: a. Cachorro, filhote de cachorro, desenho de cachorro, sineta. b. Aeromoça, fotografia de avião, carteira de sala de aula, sino de escola. c. Cobra, gavião, paraquedas, bilhete de passagem de avião. d. Fotografia de avião, piloto de avião, bilhete de passagem de avião, barulho de turbina. 4. Quanto maior a intensidade de um estímulo, menor o(a) _______________ da resposta. a) magnitude b) intensidade c) latência d) quantidade 5. A latência da resposta é o(a) _______________ que decorre entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta. a) força

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b) intensidade c) intervalo de tempo d) magnitude 6. Geralmente, intensidade se refere à força do estímulo e a magnitude se refere à força da resposta. Por isso dizemos que se a intensidade do estímulo aumenta, a magnitude da resposta _______________. a) aumenta b) diminui c) permanece igual d) se altera em qualquer direção 7. Após alguns emparelhamentos Watson, em seu experimento, verificou que o rato passou o(a) _______________ uma resposta condicionada de medo no bebê. O rato, portanto, passou a ser um estímulo _______________. a) eliciar - condicionado b) induzir - incondicionado c) eliciar - incondicionado d) induzir - condicionado 8. A técnica de _______________ envolve o emparelhamento de um estímulo a outro estímulo que elicie uma resposta contrária àquela eliciada pelo primeiro estímulo. a) contracontrole b) modelagem c) dessensibilização sistemática d) contracondicionamento 9. Muitas vezes, se faz necessário que o processo de extinção ocorra de forma gradual. Para que isto ocorra utilizamos uma técnica chamada _______________, que consiste em dividir em pequenos passos o processo de extinção respondente. a) dessensibilização sistemática b) contracondicionamento c) contracontrole d) modelagem 10. Um psicólogo de orientação analítico-comportamental recebe em seu consultório João, um cliente de aproximadamente 40 anos de idade cuja profissão é engenharia civil. O cliente, que sempre trabalhou na construção de casas, foi designado recentemente para tocar a obra de um prédio de 20 andares, que já está em sua fase final de construção. João relatou que ao descer do elevador da obra no décimo andar, sentiu-se extremamente nervoso; suas mãos começaram a suar; teve taquicardia e não conseguiu ficar por mais que alguns segundos na laje do décimo andar, retornando ao elevador para voltar ao andar térreo. Após uma avaliação funcional do caso de João, o psicólogo chegou ao diagnóstico de fobia específica (medo de altura). Baseando-se nesse diagnóstico, o psicólogo optou por iniciar imediatamente o tratamento de João utilizando uma técnica bastante comum em casos como esse, que produz, gradativamente, a extinção dos aspectos respondente do comportamento alvo. Esta técnica é chamada de: a) Associação livre b) Zona de desenvolvimento proximal c) Dessensibilização sistemática d) Reforço diferencial de aproximações sucessivas

Gabarito das questões: 1-a; 2-b; 3-d; 4-c; 5-c; 6-a; 7-a; 8-d; 9-a; 10-c.

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APRENDIZAGEM POR CONSEQUÊNCIAS - O REFORÇO POSITIVO

Não aprendemos quando fazemos apenas. Aprendemos quando aquilo que fazemos produz consequências reforçadoras (SKINNER, 1992).

Panorama

Você aprendeu, até agora, sobre o comportamento respondente (reflexo), cujo paradigma diz que um estímulo elicia uma resposta. A partir de agora você conhecerá outro paradigma comportamental: o paradigma operante, no qual um comportamento produz uma conseqüência e afetado por ela. Você verá que os comportamentos dos organismos produzem consequências (que são mudanças em seus ambientes), e que estas consequências são extremamente importantes para a aprendizagem de novos comportamentos.

Paradigma Respondente Paradigma Operante

S -> R R -> C

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO PARA A COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

O assunto tratado neste capítulo é o reforço. Os princípios do reforço e da extinção estão na base da aprendizagem. É importante conhecê-los para compreender porque os indivíduos fazem o que fazem e como aprendem a fazê-lo. Todo comportamento operante é mantido por uma conseqüência reforçadora. Saber identificar estas consequências é saber por que os indivíduos se comportam.

Leitura

Leia o Capítulo 03 de Moreira e Medeiros (2007) - "Aprendizagem pelas consequências: o reforço", páginas 47 a 54.

Questões para orientar a leitura:

1. Qual o assunto tratado neste capítulo? Por que o psicólogo deve saber sobre este assunto?

2. Qual a definição de comportamento operante? Exemplifique.

3. Diferencie comportamento operante (R -> C) de comportamento respondente (S -> R). Use um exemplo de cada para ilustrar sua resposta.

4. Condicionamento respondente e condicionamento operante são duas formas de aprendizagem. Caracterize cada uma delas (em função de que elas ocorrem?).

5. O que significa dizer que os comportamentos são afetados (ou controlados) por suas consequências?

6. As conseqüências do comportamento afetam somente os comportamentos adequados? Exemplifique sua resposta.

7. Defina o Reforço.

8. Defina Contingência de Reforçamento.

9. Dê três exemplos de comportamentos que produzem consequências reforçadoras (ou seja, conseqüências que tornem provável que a resposta continue a ser emitida – especifique o antecedente, a resposta e o consequente).

10. Diferencie reforços arbitrários de reforços naturais exemplificando cada um deles.

11. O que temos que verificar para saber se uma determinada consequência do comportamento é um reforço para aquele comportamento?

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12. Além de aumentar a frequência do comportamento reforçado, quais são os dois outros efeitos produzidos pelo reforço? Descreva cada um deles.

13. Defina extinção operante? Quais são seus efeitos iniciais e finais sobre o comportamento?

14. Defina resistência à extinção e dê um exemplo.

15. Qual a relação entre resistência à extinção e termos como perseverança, cabeça-dura e teimoso?

16. Os efeitos do reforço são temporários ou permanentes? Justifique sua resposta.

17. Que fatores determinam a resistência à extinção de um comportamento? Descreva cada um deles.

18. Além de diminuir a probabilidade de ocorrência de um comportamento, que outros efeitos a extinção produz sobre o comportamento? Descreva cada um deles.

19. Defina modelagem.

20. Qual utilidade da técnica comportamental chamada modelagem?

21. Dê um exemplo de manipulação de consequências para diminuir a frequência com que uma criança “diz obscenidades”. Especifique adequadamente os comportamentos e consequências envolvidas em seu exemplo.

Exercícios

1. Nem todas as consequências são reforçadoras. Uma consequência só é denominada de reforçadora se produzir um(a) ________________ na frequência do comportamento. a) diminuição b) mudança c) aumento d) equilíbrio 2. O sorriso da criança após a mãe fazer caretas, pode funcionar como um(a) _______________, pois aumenta as chances da mãe voltar a fazer caretas. a) Todas as alternativas estão corretas b) estímulo aversivo c) estímulo reforçador d) estímulo punitivo 3. Eu chamo o garçom e ele vem em minha direção. Neste exemplo, chamar o garçom é o(a) _______________ e ele vir em minha direção é o(a) _______________. a) resposta - reforço b) reforço - comportamento c) reforçador - resposta d) estímulo reforçador - comportamento 4. Para que o reforço seja efetivo, ele deve ocorrer imediatamente após o(a) _______________. a) reflexo b) contingência c) latência d) resposta

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5. Quando o bebê balbucia -dá-dá- sua mãe sorri e faz gracinha para ele. Foi observado que a frequência de balbucios do bebê aumentou. Neste exemplo, o balbucio do bebê é um(a) _______________ e o sorriso da mãe é um(a) _______________. a) estímulo condicionado - resposta incondicionada b) reforço - resposta c) resposta - reforço d) estímulo condicionado - resposta incondicionada

Gabarito das questões: 1-c; 2-c; 3-a; 4-d; 5c

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LABORATÓRIO DIDÁTICO

Panorama

Você está realizando atividades de laboratório didático sobre comportamento operante que visam demonstrar os princípios do reforço e da extinção, bem como a utilização da técnica de modelagem do comportamento. Estudar esses princípios comportamentais em animais mais simples que o ser humano, como ratos, por exemplo, facilita o entendimento dos princípios e sua futura aplicação ao comportamento humano.

Questões para estudo

1. O que é o laboratório de condicionamento operante e qual a sua importância? (Nesta disciplina, utilizamos o

Laboratório de Condicionamento Operante virtual, simulado pelo Programa Sniffy versão Pro 2.0).

2. O que significa controlar o comportamento?

3. Moreira e Medeiros (2007) expressam que “Em um experimento de psicologia, queremos saber que tipos de eventos alteram o comportamento dos organismos e, principalmente, como os afetam” (p. 168). Assim, descreva o experimento que você está realizando no laboratório de condicionamento operante virtual nas aulas práticas da disciplina. (Qual é a hipótese? Qual a VI e a VD? Qual delineamento utilizado? Quais as etapas do experimento?).

Observação: Para ajudar a responder a esta questão, considere o Capítulo 4 – Como estudar o comportamento – do livro “A análise do comportamento no laboratório didático” de Matos e Tomanari (2002). Este texto já foi estudado e, por meio dele, você poderá retomar os conceitos de VI, VD e delineamento experimental.

4. Quanto ao objetivo, descreva: Nível operante; Treino ao Comedouro; Modelagem; CRF; Extinção; Recondicionamento.

5. Quanto à medição do comportamento e sua representação: a. Cite duas medidas utilizadas no estudo do comportamento e como podem ser obtidas. b. Qual a vantagem de se utilizar tabelas para apresentação dos dados? c. O que é curva de frequência acumulada? d. Cite uma vantagem de se utilizar a curva de frequência acumulada. e. Quais aspectos devem ser considerados na descrição de uma curva de frequência acumulada? 6. Para finalizar, responda e justifique: “existe relação entre o que o sujeito faz e as consequências que sua ação produz no ambiente?”.

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Questões de prova (Períodos anteriores)

01) Para o analista do comportamento, o que significa controle do comportamento e como o comportamento humano é explicado?

02) Você estudou sobre o comportamento respondente, cujo paradigma diz que um estímulo elicia uma resposta. Você, também, conheceu outro paradigma comportamental: o paradigma operante, no qual um comportamento produz uma consequência e afetado por ela. Destaque a relevância destes assuntos para o estudo do comportamento humano?

03) Diferencie as expressões “eliciar uma resposta” e “emitir uma resposta”.

04) Condicionamento respondente e condicionamento operante são duas formas de aprendizagem. (a) Caracterize cada uma delas (em função de que elas ocorrem?). (b) O que pode influenciar a magnitude de uma resposta?

05) (a) Descreva o experimento de Watson “ o caso do pequeno Albert e o rato” (Qual o objetivo? Qual a hipótese? Qual o procedimento? Qual o resultado) e (b) por que é importante para um psicólogo conhecer o experimento de Watson?

06) Fábio conheceu Marina em uma festa. Foi amor à primeira vista. Naquela ocasião Marina estava usando um perfume, que ele achou delicioso. Nos dias anteriores, qualquer pessoa que passasse perto de Fábio com o mesmo perfume, ele imediatamente pensava na Marina. Como podemos explicar a ocorrência desse pensamento?

07) O que temos que verificar para saber se uma determinada consequência do comportamento é um reforço para aquele comportamento?

08) Dê um exemplo de comportamento que produz consequência reforçadora (ou seja, consequência que torna provável que a resposta continue a ser emitida – especifique o antecedente, a resposta e o consequente).

09) Moreira e Medeiros (2007) expressam que “Em um experimento de psicologia, queremos saber que tipos de eventos alteram o comportamento dos organismos e, principalmente, como os afetam” (p. 168). Assim:

a) descreva o experimento que você está realizando no laboratório de condicionamento operante virtual nas aulas práticas da disciplina. (Qual o objetivo? Qual é a hipótese? Qual a VI e a VD? Qual delineamento utilizado? Quais as etapas do experimento?).

b) cite duas medidas que você está utilizando no estudo do comportamento do Sniffy e como são obtidas.

c) cite o que você considera na descrição da curva de frequência acumulada?

10) Classifique em Verdadeira(V) ou Falsa (F) cada afirmativa.

Afirmativa V F Os reflexos inatos fazem parte do repertório comportamental de um organismo vivo e tem pouca, ou nenhuma, relação com o estudo das emoções humanas.

Latência da resposta é o intervalo de tempo que decorre entre a apresentação do estímulo e a ocorrência da resposta.

Nos reflexos incondicionados quanto maior a intensidade do estímulo, maior será a latência da resposta. Para que um choque elétrico possa eliciar a resposta de contração muscular, a intensidade do estímulo deve estar acima de certo valor. Chamamos este valor de magnitude.

Quanto maior a intensidade de um estímulo, menor a magnitude da resposta. Quanto maior a intensidade de um estímulo, menor a latência da resposta. A técnica de contracondicionamento envolve o emparelhamento de um estímulo a outro estímulo que elicie uma resposta contrária àquela eliciada pelo primeiro estímulo

O sorriso da criança após a mãe fazer caretas, pode funcionar como um estímulo reforçador, pois aumenta as chances da mãe voltar a fazer caretas.

Quando o bebê balbucia -dá-dá- sua mãe sorri e faz gracinha para ele. Foi observado que a frequência de balbucios do bebê aumentou. Neste exemplo, o balbucio do bebê é uma resposta e o sorriso da mãe é um reforço.

Após alguns emparelhamentos Watson, em seu experimento, verificou que o rato passou a eliciar uma resposta condicionada de medo no bebê. O rato, portanto, passou a ser um estímulo incondicionado.