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Relatório AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 Coleção Relatórios

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  • Relatrio

    AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS

    2011-2012

    Coleo Relatrios

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO

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    FICHA TCNICA

    Ttulo Avaliao Externa das Escolas 2011-2012 Relatrio Autoria

    Inspeo-Geral da Educao e Cincia Coordenao Geral

    Joo Manuel Nunes e Maria Leonor Duarte

    Elaborao

    Ana Paula Gravito, Antnio Monteiro, Carlos Roque, Eduardo Oliveira, Helena Cristina Afonso, Maria

    Leonor Duarte, Maria Margarida Paulo, Pedro Miguel Valadares e Ulisses Quevedo Santos

    Fotografia Acervo da ex-Direo-Geral de Inovao e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), atual Direo-Geral da Educao.

    Homologado pelo Secretrio de Estado do Ensino e da Administrao Escolar, Joo Casanova de Almeida, por despacho de 21 de maro de 2013.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 3

    NDICE GERAL

    NDICE DE QUADROS .............................................................................................................................................. 5

    NDICE DE FIGURAS ............................................................................................................................................ 6

    NOTA DE APRESENTAO ....................................................................................................................................... 7

    I. QUADRO CONCEPTUAL DA AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS .................................................................................. 8

    1.1 Uma avaliao para a qualidade das escolas Fundamentos do quadro de referncia ................ 8

    1.2 Objetivos da avaliao externa das escolas ........................................................................................ 9

    1.3 Quadro de referncia para a avaliao externa das escolas.............................................................. 9

    II. METODOLOGIA ................................................................................................................................................ 12

    2.1 Seleo das escolas avaliadas em 2011-2012 ................................................................................ 12

    2.2 Fontes e processos de recolha de informao .................................................................................. 13

    2.3 Informao sobre as escolas .............................................................................................................. 13

    2.4 Equipas de avaliao ........................................................................................................................... 14

    2.5 Visita escola ...................................................................................................................................... 14

    2.6 Relatrios de escola ............................................................................................................................ 15

    2.7 Escala de classificao ....................................................................................................................... 15

    2.8 Plano de melhoria da escola ............................................................................................................... 16

    2.9 Divulgao ............................................................................................................................................ 16

    III. APRECIAO DAS CLASSIFICAES POR DOMNIO ............................................................................................... 17

    3.1 Classificaes dos domnios ............................................................................................................... 17

    IV. PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA APRESENTADOS NOS RELATRIOS DE ESCOLA ........................................... 19

    4.1 Pontos fortes e reas de melhoria ..................................................................................................... 19

    4.2 Anlise comparativa dos pontos fortes e das reas de melhoria por domnio e campo de anlise .... 21

    4.3 Pontos fortes e reas de melhoria mais relevantes .......................................................................... 25

    V. ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA .......................................................................................................... 32

    5.1 Classificaes das escolas com contrato de autonomia .................................................................. 32

    5.2 Comparao das classificaes das escolas com contrato de autonomia com o total de escolas avaliadas ..................................................................................................................................................... 33

    5.3 Evoluo das classificaes das escolas com contrato de autonomia ........................................... 33

    5.4 Apreciaes apresentadas nos relatrios de avaliao externa das escolas com contrato de autonomia ................................................................................................................................................... 37

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 4

    VI. QUESTIONRIOS DE SATISFAO APLICADOS NAS ESCOLAS .................................................................................. 39

    6.1 Anlise das respostas aos questionrios de satisfao ................................................................... 40

    6.2 Principais reas de concordncia e de discordncia ........................................................................ 41

    VII. AVALIAO DO PROCESSO PELAS ESCOLAS E PELOS AVALIADORES ....................................................................... 46

    7.1 Opinio das escolas avaliadas ............................................................................................................ 46

    7.2 Opinio dos avaliadores ...................................................................................................................... 56

    VIII. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS .......................................................... 66

    8.1 Acompanhamento e aperfeioamento do modelo ............................................................................ 66

    8.2 Avaliao em 2012-2013 ................................................................................................................... 67

    IX. CONSIDERAES GERAIS SOBRE A AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS EM 2011-2012 ................... 68

    9.1 Avaliao dos domnios e anlise das asseres .............................................................................. 68

    9.2 Avaliao externa das escolas com contratos de autonomia........................................................... 70

    9.3 Respostas aos questionrios de satisfao ...................................................................................... 71

    9.4 Avaliao do processo pelas escolas e pelos avaliadores ................................................................ 72

    ANEXOS ........................................................................................................................................................... 75

    ANEXO 1 Escolas e agrupamentos de escolas avaliados em 2011-2012 .......................................... 76

    ANEXO 2 Questionrios de satisfao a alunos, pais e encarregados de educao, e trabalhadores ... 80

    ANEXO 3 Questionrios de avaliao do processo ............................................................................... 92

    ANEXO 4 Avaliadores em 2011-2012 ................................................................................................... 98

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 5

    NDICE DE QUADROS

    Quadro 1 Escolas avaliadas em 2011-2012 ............................................................................................ 12

    Quadro 2 - Pontos fortes exemplos de asseres mais frequentes ........................................................ 29

    Quadro 3 - reas de melhoria exemplos de asseres mais frequentes ................................................ 30

    Quadro 4 Questionrios de satisfao amostra prevista e real ........................................................... 39

    Quadro 5 Pessoal docente: principais reas de concordncia e discordncia ...................................... 42

    Quadro 6 Pessoal no docente: principais reas de concordncia e discordncia ............................... 42

    Quadro 7 Pais e encarregados de educao das crianas da educao pr-escolar: principais reas de concordncia e discordncia ................................................................................................ 43

    Quadro 8 Pais e encarregados de educao dos alunos dos ensinos bsico e secundrio: principais reas de concordncia e discordncia ..................................................................................... 43

    Quadro 9 Alunos do primeiro ciclo do ensino bsico: principais reas de concordncia e discordncia ... 44

    Quadro 10 Alunos dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e ensino secundrio: principais reas de concordncia e discordncia ................................................................................................... 45

    Quadro 11 Escolas em avaliao em 2012-2013.................................................................................... 67

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 6

    NDICE DE FIGURAS Figura 1 Esquema conceptual da avaliao externa das escolas ........................................................... 10 Figura 2 Classificaes por domnio .......................................................................................................... 17 Figura 3 Distribuio das asseres relativas a pontos fortes por domnio e campo de anlise ......... 20 Figura 4 Distribuio das asseres relativas a reas de melhoria por domnio e campo de anlise . 21 Figura 5 Frequncia de pontos fortes e reas de melhoria por domnio e campo de anlise .............. 22 Figura 5a Frequncia de pontos fortes e reas de melhoria no domnio Resultados ........................... 23 Figura 5b Frequncia de pontos fortes e reas de melhoria ................................................................... 24 no domnio Prestao do Servio Educativo ............................................................................ 24 Figura 5c Frequncia de pontos fortes e reas de melhoria ................................................................... 25

    no domnio Liderana e Gesto ................................................................................................ 25 Figura 6 Pontos fortes mais frequentes .................................................................................................... 26 Figura 7 reas de melhoria mais frequentes ............................................................................................ 27 Figura 8 Classificaes das escolas com contrato de autonomia por domnio ...................................... 32 Figura 9 Comparao entre escolas com contrato de autonomia........................................................... 33 e total de escolas avaliadas em 2011-2012 ............................................................................. 33 Figura 10 Escolas com contrato de autonomia: peso dos diferentes nveis de classificao .............. 34 no conjunto dos domnios em 2006 e em 2011-2012 .......................................................... 34 Figura 11 Escolas com contrato de autonomia: avaliao do domnio................................................... 35 Resultados em 2006 e em 2011-2012 .................................................................................. 35 Figura 12 Escolas com contrato de autonomia: avaliao do domnio................................................... 35 Prestao do Servio Educativo em 2006 e em 2011-2012 ................................................ 35 Figura 13 Escolas com contrato de autonomia: diferenas nos nveis de classificao ....................... 36 no domnio Resultados entre 2006 e 2011-2012 ................................................................. 36 Figura 14 Escolas com contrato de autonomia: diferenas nos nveis de classificao ....................... 36 no domnio Prestao do Servio Educativo entre 2006 e 2011-2012 ............................... 36 Figura 15 Grau de satisfao com ensino-aprendizagem, direo e funcionamento, .......................... 41 instalaes e servios, e ambiente, segurana e disciplina .................................................. 41 Figura 16 Documentao solicitada previamente s escolas/agrupamentos ....................................... 46 Figura 17 Adequao dos domnios misso da escola ......................................................................... 47 Figura 18 Relevncia dos campos de anlise includos em cada domnio ............................................ 48 Figura 19 Envolvimento dos rgos, estruturas e outros intervenientes ............................................... 50 na preparao da escola para a avaliao externa ................................................................ 50 Figura 20 Caracterizao dos contactos estabelecidos entre a escola e a IGEC ................................... 51 Figura 21 Aspetos da visita da equipa de avaliao ................................................................................ 52 Figura 22 Aspetos do relatrio de avaliao externa ............................................................................... 53 Figura 23 Contributos da avaliao externa para a autoavaliao da escola ........................................ 54 Figura 24 Alteraes ao modelo de avaliao .......................................................................................... 55 Figura 25 Preparao da avaliao externa ............................................................................................. 57 Figura 26 Documentao solicitada previamente s escolas/agrupamentos ....................................... 58 Figura 27 Visita s escolas ......................................................................................................................... 59 Figura 28 Equipa de avaliao ................................................................................................................... 60 Figura 29 Quadro de referncia da avaliao externa ............................................................................. 61 Figura 30 Relevncia dos campos de anlise includos em cada domnio ............................................ 62 Figura 31 Escala de avaliao ................................................................................................................... 63 Figura 32 Alteraes ao modelo de avaliao externa das escolas ........................................................ 64

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 7

    NOTA DE APRESENTAO O presente relatrio apresenta informao geral sobre a Avaliao Externa das Escolas (AEE) no ano letivo 2011-2012, no qual foram avaliados 231 agrupamentos de escolas e escolas no agrupadas. Esta atividade, com incidncia nos jardins de infncia e nas escolas bsicas e secundrias pblicas, tem sido desenvolvida no mbito da Lei n. 31/2002, de 20 de dezembro, que aprovou o sistema de avaliao dos estabelecimentos de educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio e definiu orientaes gerais para a autoavaliao e para a avaliao externa.

    Na sequncia da proposta de modelo para o novo ciclo de avaliao externa das escolas, apresentada no relatrio final do Grupo de Trabalho1

    Decreto-Regulamentar n. 81-B/2007

    , e aps despacho de concordncia do Secretrio de Estado do Ensino e Administrao Educativa, datado de 13 de outubro de 2011, a ento Inspeo-Geral da Educao (IGE) foi incumbida de dar continuidade avaliao externa das escolas, no mbito das suas competncias, previstas no , de 31 de julho.

    Em novembro de 2011, deu-se incio ao segundo ciclo da avaliao externa das escolas tendo-se previamente publicitado na pgina Web da ex-IGE os instrumentos utilizados, bem como posteriormente os relatrios de escola, os contraditrios e as respostas das equipas de avaliao aos contraditrios.

    Este relatrio est organizado em nove captulos. O primeiro apresenta o quadro conceptual da avaliao externa das escolas; o segundo explicita a metodologia, descrevendo aspetos relativos operacionalizao da avaliao externa, designadamente a seleo das escolas, a constituio das equipas de avaliadores e os procedimentos e instrumentos de recolha de informao adotados; o terceiro captulo analisa as classificaes atribudas nos trs domnios em avaliao; o quarto captulo aborda os pontos fortes e as reas de melhoria expressos nos relatrios de escola; no quinto captulo efetuada uma anlise da avaliao externa realizada em 20 agrupamentos de escolas e escolas no agrupadas que em setembro de 2007 celebraram com o Ministrio da Educao contratos de autonomia; o sexto captulo oferece informao sobre a aplicao dos questionrios de satisfao a alunos, pais e encarregados de educao e a trabalhadores docentes e no docentes; o stimo captulo trata informao sobre a avaliao do processo pelas escolas e pelos avaliadores; o oitavo captulo aborda aspetos relacionados com o desenvolvimento da atividade de avaliao externa das escolas em 2012-2013; finalmente, o nono captulo apresenta as consideraes gerais sobre a avaliao externa das escolas em 2011-2012.

    A avaliao externa das escolas pretende constituir um contributo relevante para o desenvolvimento das escolas. Sendo a avaliao um instrumento para melhorar o ensino e a aprendizagem e os resultados dos alunos, procura-se incentivar prticas de autoavaliao, promover uma tica profissional marcada pela responsabilidade, fomentar a participao social na vida da escola e oferecer um melhor conhecimento pblico do trabalho das escolas.

    1 Despacho Conjunto n. 4150/2011, de 4 de maro.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 8

    I. QUADRO CONCEPTUAL DA AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS Apresenta-se, neste captulo, o quadro conceptual para o segundo ciclo da avaliao externa das escolas, designadamente os fundamentos, os objetivos e os domnios e campos de anlise que estruturam o quadro de referncia.

    1.1 Uma avaliao para a qualidade das escolas Fundamentos do quadro de referncia Concludo o primeiro ciclo da Avaliao Externa das Escolas (2006-2011), e na sequncia da proposta de modelo para um novo ciclo apresentada pelo Grupo de Trabalho criado pelo Despacho n. 4150/2011, de 4 de maro, a ento Inspeo-Geral da Educao (IGE) iniciou, no ano letivo 2011-2012, um novo ciclo desta atividade.

    O quadro de referncia construdo pelo Grupo de Trabalho tem por base a identificao de um conjunto de fatores subjacentes a uma educao de qualidade.

    Entre as diversas fontes que suportam a caracterizao da qualidade das escolas, destacam-se as organizaes internacionais de referncia, como a Unio Europeia (UE), a OCDE e a UNESCO, com os seus estudos e recomendaes sobre as escolas e a sua qualidade. A nvel nacional, importa ter em conta os princpios bsicos do sistema educativo, consignados na Constituio da Repblica, na Lei de

    e na legislao fundamental sobre a avaliao das escolas; os pareceres e as recomendaes do Conselho Nacional de Educao (CNE), rgo com especiais responsabilidades em matria de avaliao da educao; bem como as concluses decorrentes do primeiro ciclo de avaliao externa das escolas (20062011) levado a cabo pela IGE.

    Bases do Sistema Educativo

    Os fundamentos do modelo construdo so apresentados com detalhe no relatrio final do Grupo de Trabalho2

    Nesta referncia sumria ao enquadramento legal e contextual da avaliao das escolas procurouse encontrar elementos para uma resposta fundamentada pergunta: como promover uma avaliao externa que contribua para a qualidade da educao?

    , cuja sntese se transcreve:

    As organizaes internacionais indicam que as variveis de escola com mais impacto nas aprendizagens dos alunos so a qualidade dos professores e as prticas de sala de aula e sinalizam como escolas de qualidade aquelas em que as lideranas se preocupam com os princpios de igualdade e incluso, que promovem a interculturalidade, a cidadania, a valorizao moral e tica; aquelas em que a gesto transparente e justa na execuo das suas decises; aquelas que se articulam com as medidas de poltica educativa a nvel autrquico, buscando a participao qualificada das famlias e de outros agentes externos; aquelas que tm como finalidades principais a melhoria das aprendizagens e a preveno do abandono, para o que definem metas de desenvolvimento e usam a informao estatstica para monitorizar o progresso e adequar a ao.

    Os princpios bsicos da legislao nacional preconizam que a avaliao e o controlo de qualidade devem aplicarse a todo o sistema educativo, incluindo o ensino privado e cooperativo, e visam promover a melhoria, a eficincia e a eficcia, a exigncia e a informao qualificada para a tomada de deciso. A autonomia relacionada com a responsabilizao/ prestao de contas e com os resultados da avaliao externa.

    2 Disponvel na pgina Web da IGEC.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 9

    As recomendaes do CNE consideram que as escolas de qualidade so as que aplicam os princpios da centralidade no aluno, da adequao dos percursos oferecidos, da ligao empenhada comunidade local, da boa gesto dos recursos; que promovem a equidade do acesso e do sucesso, a qualidade das aprendizagens, a diferenciao, a incluso, a participao e o respeito mtuo; que desenvolvem prticas institucionalizadas de reflexo, inovao e autoregulao.

    Por sua vez, as boas prticas identificadas pela IGE apontam para escolas de qualidade com lideranas claras e distribudas, regras que fomentam um ambiente de respeito e disciplina, boa circulao da informao e da comunicao; escolas cuja preocupao central o progresso das aprendizagens dos alunos, os resultados acadmicos e os resultados educativos no sentido mais lato, escolas que desenvolvem prticas de incluso e de apoio aos alunos com mais dificuldades, que valorizam formas de trabalho cooperativo entre os docentes, que fomentam a participao das famlias, que asseguram a autoavaliao para a melhoria do trabalho realizado.

    Estes so, em suma, os princpios bsicos que suportam as propostas do Grupo de Trabalho para o novo ciclo de avaliao externa das escolas.

    1.2 Objetivos da avaliao externa das escolas Os objetivos da avaliao externa das escolas so os seguintes:

    Promover o progresso das aprendizagens e dos resultados dos alunos, identificando pontos fortes e reas prioritrias para a melhoria do trabalho das escolas;

    Incrementar a responsabilizao a todos os nveis, validando as prticas de autoavaliao das escolas;

    Fomentar a participao na escola da comunidade educativa e da sociedade local, oferecendo um melhor conhecimento pblico da qualidade do trabalho das escolas;

    Contribuir para a regulao da educao, dotando os responsveis pelas polticas educativas e pela administrao das escolas de informao pertinente.

    Para a construo dos objetivos, o Grupo de Trabalho teve em considerao as recomendaes do Conselho Nacional de Educao para o aperfeioamento do modelo de avaliao externa das escolas que constam da Recomendao n. 1/2011, de 7 de janeiro, designadamente:

    3 - Dever manter-se a conciliao de finalidades associadas melhoria e prestao de contas, considerando os objetivos de capacitao, regulao e participao dos atores envolvidos, privilegiando-se uma perspetiva formativa, de interpelao das escolas e de reforo da sua autoavaliao.

    1.3 Quadro de referncia para a avaliao externa das escolas Tendo em conta os objetivos assinalados no ponto anterior, bem como os fundamentos e as caractersticas de uma avaliao para a qualidade da educao, referidos no ponto 1.1, o quadro de referncia do novo ciclo de avaliao estruturase em trs domnios Resultados, Prestao do Servio Educativo e Liderana e Gesto esquematicamente representado na figura seguinte:

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 10

    FIGURA 1 ESQUEMA CONCEPTUAL DA AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS

    Cada um dos trs domnios estruturado em campos de anlise, os quais so explicitados por um conjunto de referentes, que constituem elementos de harmonizao das matrias a analisar pelas equipas de avaliao:

    RESULTADOS Resultados acadmicos

    Evoluo dos resultados internos contextualizados Evoluo dos resultados externos contextualizados Qualidade do sucesso Abandono e desistncia

    Resultados sociais

    Participao na vida da escola e assuno de responsabilidades Cumprimento das regras e disciplina Formas de solidariedade Impacto da escolaridade no percurso dos alunos

    Reconhecimento da comunidade

    Grau de satisfao da comunidade educativa Formas de valorizao dos sucessos dos alunos Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente

    PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO Planeamento e articulao

    Gesto articulada do currculo Contextualizao do currculo e abertura ao meio Utilizao da informao sobre o percurso escolar dos alunos Coerncia entre ensino e avaliao Trabalho cooperativo entre docentes

    AUTOAVALIAO

    RESULTADOS LIDERANA E GESTO

    AUTOAVALIAO

    PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 11

    Prticas de ensino Adequao das atividades educativas e do ensino s capacidades e aos ritmos de

    aprendizagem das crianas e dos alunos Adequao dos apoios s crianas e aos alunos com necessidades educativas especiais Exigncia e incentivo melhoria de desempenhos Metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens Valorizao da dimenso artstica Rendibilizao dos recursos educativos e do tempo dedicado s aprendizagens. Acompanhamento e superviso da prtica letiva

    Monitorizao e avaliao do ensino e das aprendizagens

    Diversificao das formas de avaliao Aferio dos critrios e dos instrumentos de avaliao Monitorizao interna do desenvolvimento do currculo Eficcia das medidas de apoio educativo Preveno da desistncia e do abandono

    LIDERANA E GESTO Liderana

    Viso estratgica e fomento do sentido de pertena e de identificao com a escola Valorizao das lideranas intermdias Desenvolvimento de projetos, parcerias e solues inovadoras Motivao das pessoas e gesto de conflitos Mobilizao dos recursos da comunidade educativa

    Gesto

    Critrios e prticas de organizao e afetao dos recursos Critrios de constituio dos grupos e das turmas, de elaborao de horrios e de

    distribuio de servio Avaliao do desempenho e gesto das competncias dos trabalhadores Promoo do desenvolvimento profissional Eficcia dos circuitos de informao e comunicao interna e externa

    Autoavaliao e melhoria

    Coerncia entre a autoavaliao e a ao para a melhoria Utilizao dos resultados da avaliao externa na elaborao dos planos de melhoria Envolvimento e participao da comunidade educativa na autoavaliao Continuidade e abrangncia da autoavaliao Impactos da autoavaliao no planeamento, na organizao e nas prticas profissionais

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 12

    II. METODOLOGIA Este captulo descreve os principais aspetos relativos operacionalizao da avaliao externa: a seleo das escolas avaliadas, a constituio das equipas de avaliadores, os procedimentos e os instrumentos de recolha de informao adotados.

    2.1 Seleo das escolas avaliadas em 2011-2012 A seleo das 231 escolas avaliadas no ano letivo de 2011-2012 obedeceu aos seguintes critrios:

    a) escolas avaliadas em 2005-2006 pelo Grupo de Trabalho para a Avaliao das Escolas (escolas com contrato de autonomia, na quase totalidade);

    b) escolas avaliadas pela IGE nos anos letivos de 2006-2007 e 2007-2008, com prioridade para as que tiveram classificaes mais baixas;

    c) escolas, de entre as assinaladas nas alneas anteriores, cuja estrutura orgnica no tivesse sido alterada nos ltimos dois anos (constituio de novos agrupamentos);

    d) escolas, de entre as assinaladas nas alneas a) e b), onde no estivessem a decorrer intervenes da Parque Escolar, EPE.

    Dada a forma de seleo das escolas e embora a distribuio regional resulte bastante equilibrada, os resultados obtidos neste ano no podem ser considerados representativos da totalidade das escolas. De facto, a aplicao dos critrios de seleo anteriormente referidos sobrepe-se a qualquer intuito de tornar a qualidade global do desempenho destas 231 escolas representativa do universo das escolas do Continente.

    O programa Avaliao Externa das Escolas abrangeu, em 2011-2012, 153 agrupamentos de escolas e 78 escolas no agrupadas (ANEXO 1), com a distribuio regional apresentada no QUADRO 1. Estes valores corresponderam, no ano em causa, a 19% do total dos agrupamentos (787) e a 28% das escolas no agrupadas (283) que integraram a rede pblica do Continente.

    QUADRO 1 ESCOLAS AVALIADAS EM 2011-2012

    Os valores entre parntesis expressam a relao das escolas avaliadas com o total de escolas existentes em 2011-2012 As 231 unidades educativas avaliadas compreendiam 1015 estabelecimentos de educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio.

    rea territorial de inspeo Tipologia

    Totais Agrupamentos Escolas No Agrupadas

    Norte 55 (20%) 29 (29%) 84 (22%)

    Centro 25 (16%) 17 (33%) 42 (20%)

    Lisboa e Vale do Tejo 50 (21%) 22 (24%) 72 (21%)

    Alentejo e Algarve 23 (20%) 10 (26%) 33 (22%)

    TOTAIS 153 (19%) 78 (28%) 231 (22%)

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 13

    2.2 Fontes e processos de recolha de informao A metodologia de trabalho da avaliao externa combina um conjunto diferenciado de fontes e processos de recolha de informao, entre os quais se destacam:

    Anlise documental (documento de apresentao da escola, documentos estruturantes da escola, e relatrio de autoavaliao);

    Anlise da informao estatstica (perfil de escola/valor esperado);

    Aplicao de questionrios de satisfao e anlise dos resultados obtidos (alunos, pais e trabalhadores docentes e no docentes);

    Observao direta (instalaes e equipamentos; ambientes educativos) e contactos informais;

    Entrevistas de painel (12 grupos de entrevistados, representativos da comunidade educativa).

    Recolhendo diferentes tipos de dados, combinando diferentes procedimentos e cruzando fontes e olhares, pretende-se obter uma compreenso mais profunda das escolas e das dificuldades que enfrentam para prestar um servio educativo de melhor qualidade e de maior equidade.

    2.3 Informao sobre as escolas Perfil de escola Na fase de preparao, a equipa de avaliao trata os dados estatsticos relevantes que constam do Perfil de Escola, previamente recolhidos junto dos Servios Centrais do Ministrio da Educao e Cincia (MEC). Para tal, a IGEC conta com a colaborao da Direo-Geral de Estatsticas da Educao e Cincia (DGEEC), do Gabinete de Avaliao Educacional (GAVE), e do Jri Nacional de Exames (JNE), de forma a fornecer s equipas de avaliao informao pormenorizada, atualizada e fivel, designadamente: sries de resultados dos alunos da escola na avaliao interna, nas provas finais e nos exames nacionais dos ensinos bsico e secundrio; taxas de transio/reteno e de abandono; idade mdia dos alunos por ano de escolaridade; alunos com auxlios econmicos concedidos no mbito da Ao Social Escolar; acesso dos alunos s tecnologias de informao e comunicao; profisses e habilitaes dos pais e das mes.

    Neste segundo ciclo da Avaliao Externa das Escolas, passou a incluir-se o valor esperado na anlise dos resultados das escolas no ensino regular. Os modelos de valor esperado utilizados em 2011-2012 foram construdos pelo Grupo de Trabalho, utilizando a tcnica de regresso mltipla e com base nas variveis fornecidas pelo Gabinete Coordenador do Sistema de Informao do MEC (MISI@), possibilitando a interpretao contextualizada e comparada dos resultados obtidos pelas escolas. Pretende-se que a utilizao desta informao a comparao dos valores observados com os valores esperados das variveis associadas aos resultados escolares sinalize reas para discusso durante a visita s escolas e ajude os avaliadores a formarem um juzo avaliativo.

    Questionrios de satisfao A aplicao prvia de questionrios de satisfao nas escolas em avaliao foi uma das principais alteraes efetuadas relativamente ao primeiro ciclo de avaliao externa. Assim, em 2011-2012, foram aplicados questionrios a diferentes membros da comunidade educativa, pretendendo-se

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 14

    conhecer os nveis de satisfao dos principais intervenientes (alunos, pais e encarregados de educao, e trabalhadores docentes e no docentes) e, sobretudo, com os resultados obtidos, sinalizar reas para uma interpelao e apreciao mais fundamentada durante a visita escola.

    Documento de apresentao da escola Os dados relativos ao contexto social, econmico e cultural das famlias dos alunos da escola, evoluo dos resultados escolares nos ltimos anos, e ao grau de satisfao da comunidade educativa, so complementados pela informao recolhida no texto Apresentao da escola, expressamente elaborado por esta para efeitos da avaliao. Este documento interliga-se com a autoavaliao da escola, sintetizando a viso que ela tem de si mesma e do seu contexto, as prioridades e estratgias adotadas, os constrangimentos e desafios que enfrenta, os resultados obtidos, os seus pontos fortes e as reas onde devem incidir prioritariamente os seus esforos de melhoria.

    O documento de apresentao da escola, entregue previamente equipa de avaliao, segue a estrutura do Quadro de Referncia, pretendendo-se interpelar os entrevistados acerca das reas identificadas pela anlise do referido texto, bem como pela anlise dos documentos estruturantes da escola, da informao estatstica e dos resultados dos questionrios de satisfao.

    2.4 Equipas de avaliao A avaliao externa de cada escola realizada por uma equipa constituda por dois inspetores e um avaliador externo IGEC. Em 2011-2012, a avaliao das 231 escolas envolveu 80 inspetores e 66 peritos externos IGEC, na sua grande maioria docentes e investigadores do ensino superior (ANEXO 4 A E B).

    A participao de avaliadores externos IGEC uma caracterstica essencial deste modelo de avaliao, ao permitir acrescentar recursos e qualificar o trabalho realizado. De facto, o cruzamento de olhares na identificao dos aspetos estratgicos para a melhoria da escola e a diversidade de competncias e experincias qualificam o processo de avaliao e constituem uma fonte de enriquecimento do trabalho da IGEC.

    2.5 Visita escola A equipa realiza o trabalho de avaliao na unidade educativa durante dois ou trs dias, consoante se trate de uma escola no agrupada ou de um agrupamento de escolas. A sesso de apresentao da escola, feita pela direo perante as entidades suas convidadas e a equipa de avaliao externa, marca o incio do trabalho na escola. A visita s instalaes escolares permite equipa observar in loco a qualidade, a diversidade e o estado de conservao das mesmas, os vrios servios e ainda situaes do quotidiano escolar. Nos agrupamentos de escolas so tambm visitados jardins de infncia e escolas bsicas do 1. ciclo, selecionados de acordo com critrios definidos nas agendas das visitas.

    Os dados recolhidos por anlise documental e por observao so complementados pelos obtidos atravs de entrevistas de painel, realizadas a vrios intervenientes do processo educativo.

    As agendas de trabalho, que obedecem a uma prvia estruturao dos trabalhos, so diferenciadas de acordo com as tipologias das escolas.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 15

    Os painis, cuja constituio deve respeitar alguns procedimentos previamente estabelecidos pela IGEC, integram um leque alargado de responsveis e representantes a entrevistar pela equipa de avaliao: membros do Conselho Geral; representantes da autarquia; direo; representantes dos pais e encarregados de educao nos grupos e nas turmas e representantes da Associao de Pais e Encarregados de Educao; alunos, delegados de turma e representantes da Associao de Estudantes; coordenadores de departamento e responsveis de outras estruturas de coordenao e superviso pedaggica; diretores de turma e respetivos coordenadores; servios tcnico-pedaggicos; equipa de autoavaliao; docentes sem cargos atribudos; e assistentes tcnicos e operacionais.

    A audio de diversos membros da comunidade educativa e dos parceiros da escola, constituindo uma forma efetiva de recolha de informao pertinente para a avaliao, segundo mltiplas perspetivas, visa tambm reconhecer a importncia da participao dos atores locais na vida da escola: pais, autarcas, empresas, associaes culturais e outros estabelecimentos de educao e ensino.

    2.6 Relatrios de escola O relatrio de cada escola ou agrupamento de escolas, que expressa o resultado da avaliao, contm quatro captulos Introduo, Caracterizao da Escola/Agrupamento, Avaliao por Domnio, e Pontos Fortes e reas de Melhoria. Estes so elaborados com base na anlise dos documentos fundamentais da escola, em especial da sua autoavaliao, dos indicadores de sucesso acadmico dos alunos, dos resultados dos questionrios de satisfao e das entrevistas.

    Na introduo de cada relatrio, formula-se um voto e um convite: Espera-se que o processo de avaliao externa fomente e consolide a autoavaliao e resulte numa oportunidade de melhoria para o(a) agrupamento/escola, constituindo este documento um instrumento de reflexo e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e reas de melhoria, este relatrio oferece elementos para a construo ou o aperfeioamento de planos de ao para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulao com a administrao educativa e com a comunidade em que se insere.

    Os relatrios foram enviados s escolas avaliadas, que dispuseram de um prazo para apresentar contraditrio. Os relatrios, os contraditrios e as respostas das equipas foram publicados na pgina da IGEC na Internet. No total, no ano letivo 2011-2012, foram apresentados 67 contraditrios e 2 recursos.

    2.7 Escala de classificao Os relatrios de escola incluem a atribuio de classificaes em cada um dos trs domnios que constituem o quadro de referncia da avaliao externa das escolas. Estas classificaes resultam da aplicao de uma escala de cinco nveis, que a seguir se apresentam:

    Excelente A ao da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em anlise, em resultado de prticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas prticas exemplares em campos relevantes.

    Muito Bom A ao da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 16

    percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em anlise, em resultado de prticas organizacionais generalizadas e eficazes.

    Bom A ao da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em anlise, em resultado de prticas organizacionais eficazes.

    Suficiente A ao da escola tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes de aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas da escola.

    Insuficiente A ao da escola tem produzido um impacto muito aqum dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em anlise. A escola no revela uma prtica coerente, positiva e coesa.

    2.8 Plano de melhoria da escola Pretendendo-se que a avaliao externa seja consequente e se traduza numa melhoria efetiva de cada escola, e na linha da Recomendao n. 1/2011 do Conselho Nacional de Educao, ficou definida, neste segundo ciclo, a obrigatoriedade de as escolas apresentarem um plano de melhoria na sequncia da avaliao externa.

    Visando promover a apropriao dos resultados por parte da escola e a sua capacidade de iniciativa, o plano de melhoria deve conter a ao que a escola se compromete realizar nas reas identificadas na avaliao externa como merecedoras de prioridade no esforo de melhoria. Tendo em vista o envolvimento alargado da comunidade escolar, esse plano deve ser publicado na pgina Web da escola ou do agrupamento de escolas.

    2.9 Divulgao No cumprimento de um dos objetivos da avaliao externa fomentar a participao na escola da comunidade educativa e da sociedade local, oferecendo um melhor conhecimento pblico da qualidade do trabalho das escolas a IGEC tem divulgado a lista das escolas em avaliao e a documentao fundamental desta atividade. Assim, so disponibilizados um conjunto de documentos de enquadramento da AEE na pgina da IGEC, para alm da publicao do texto integral dos relatrios, dos contraditrios apresentados pelas escolas e das respostas das equipas de avaliao aos contraditrios.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 17

    III. APRECIAO DAS CLASSIFICAES POR DOMNIO Nos relatrios de escola so atribudas classificaes aos trs domnios que estruturam a avaliao externa. Estas classificaes resultam da aplicao de uma escala composta por cinco nveis apresentada no captulo anterior.

    3.1 Classificaes dos domnios As escolas avaliadas no ano letivo 2011-2012 registaram uma preponderncia do nvel Muito Bom no domnio Liderana e Gesto e do nvel Bom nos domnios Resultados e Prestao do Servio Educativo (FIGURA 2).

    FIGURA 2 CLASSIFICAES POR DOMNIO

    Na sequncia das avaliaes realizadas a 231 escolas destaca-se o domnio Liderana e Gesto que evidencia os pesos mais significativos de nveis de classificao mais elevados. Corresponde, simultaneamente, ao nico domnio em que foram atribudas classificaes de Excelente (0,9%) e em que metade das escolas avaliadas foram classificadas com Muito Bom (51,1%). tambm significativo o peso de escolas classificadas com o nvel Bom 40,2%. A classificao de Suficiente registou-se num total de 7,8% de escolas, sendo o segundo valor mais expressivo desta classificao

    0

    23,4

    67,1

    9,1

    0,4 0

    34,7

    59,7

    5,6

    0 0,9

    51,1

    40,2

    7,8

    0 0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Exce

    lent

    e

    Mui

    to b

    om

    Bom

    Sufic

    ient

    e

    Insu

    ficie

    nte

    Exce

    lent

    e

    Mui

    to b

    om

    Bom

    Sufic

    ient

    e

    Insu

    ficie

    nte

    Exce

    lent

    e

    Mui

    to b

    om

    Bom

    Sufic

    ient

    e

    Insu

    ficie

    nte

    RESULTADOS PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO

    LIDERANA E GESTO

    (%)

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 18

    comparativamente com os outros dois domnios. No se registou qualquer escola com a classificao de Insuficiente neste domnio.

    No domnio Prestao do Servio Educativo a classificao de Muito Bom foi atribuda a um tero das escolas avaliadas (34,7%) e quase 60% obtiveram a classificao de Bom. A classificao de Suficiente foi atribuda a 5,6% das escolas, o que corresponde percentagem mais baixa desta classificao nos trs domnios em anlise. A classificao de Insuficiente no foi atribuda a nenhuma das escolas avaliadas.

    O domnio Resultados registou o valor percentual menos significativo de escolas avaliadas com Muito Bom (23,4%). A classificao de Bom obtm neste domnio a sua expresso mxima ao ser atribuda a 67,1% das escolas avaliadas. tambm neste domnio que a classificao de Suficiente regista o seu valor mais elevado (9,1%), sendo ainda o nico que regista a classificao de Insuficiente em 0,4% das escolas avaliadas.

    A anlise por nvel de classificao, em cada um dos domnios, permite concluir que:

    a avaliao de Excelente foi atribuda apenas no domnio Liderana e Gesto e somente a dois agrupamentos de escolas (0,9%);

    a avaliao de Muito Bom constitui a principal classificao atribuda no domnio Liderana e Gesto ao ser atribuda a 51,1% das escolas avaliadas. No domnio Prestao do Servio Educativo este nvel foi atribudo a um tero das escolas avaliadas (34,7%). A classificao de Muito Bom evidenciou o seu valor menos significativo no domnio Resultados, tendo sido atribuda a aproximadamente um quarto das escolas avaliadas (23,4%);

    em dois dos trs domnios, a avaliao de Bom constituiu a classificao mais atribuda, correspondendo a dois teros das escolas no domnio Resultados (67,1%) e a mais de metade das escolas no domnio Prestao do Servio Educativo (59,7%). No domnio Liderana e Gesto esta classificao surge em segundo lugar, tendo sido atribuda a 40,2% das escolas intervencionadas;

    a avaliao de Suficiente tem para todos os domnios uma representao inferior a 10% das escolas avaliadas, mas a sua maior expresso ocorreu no domnio Resultados (9,1%). No domnio Liderana e Gesto este nvel foi atribudo a 7,8% das escolas, decrescendo para 5,6% no domnio Prestao do Servio Educativo;

    a avaliao de Insuficiente apenas foi atribuda no domnio Resultados e num nico agrupamentos de escolas (0,4%).

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 19

    IV. PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA APRESENTADOS NOS RELATRIOS DE ESCOLA O ltimo captulo dos relatrios de escola apresenta uma sntese dos pontos fortes e das reas onde a escola deve incidir prioritariamente os seus esforos para a melhoria.

    Os pontos fortes e as reas de melhoria so referidos sob a forma de asseres que expressam, numa perspetiva estratgica, o que as equipas de avaliadores pretendem realar. Nos 231 relatrios de escola, foram assinalados 1413 pontos fortes e 1161 reas de melhoria.

    Estas asseres foram alvo de anlise de contedo, utilizando-se como categorias e subcategorias de anlise os domnios, campos de anlise e referentes do Quadro de Referncia para a Avaliao Externa das Escolas.

    4.1 Pontos fortes e reas de melhoria As asseres relativas a pontos fortes 1413 superam, em quantidade, as que se referem a reas de melhoria 1161. importante assinalar que no existe uma relao linear entre o nmero de asseres aqui categorizadas e a valorao da prestao das escolas nos diferentes domnios e campos de anlise. Contudo, a distribuio da sua frequncia denota a necessidade sentida pelas equipas de avaliao em destacar positiva ou negativamente alguns aspetos do que foi observado.

    Pontos fortes Da anlise da FIGURA 3, relativa distribuio de pontos fortes, salienta-se que a maioria das asseres foram categorizadas no domnio Liderana e Gesto (41%), surgindo, em segundo lugar, o domnio Prestao do Servio Educativo (36%) e finalmente, o domnio Resultados (23%).

    no campo de anlise Liderana (31%) que se regista o valor mais elevado de atributos positivos das escolas, seguindo-se o campo de anlise Prticas de ensino (18%). Embora com menor expresso, regista-se um nmero significativo de asseres nos campos de anlise Planeamento e articulao (10%), Resultados acadmicos (9%), Reconhecimento da comunidade (8%) e Monitorizao e avaliao do ensino e das aprendizagens (8%). O campo de anlise em que foi identificado um menor nmero de pontos fortes foi o da Autoavaliao e melhoria (4,5%).

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 20

    FIGURA 3 DISTRIBUIO DAS ASSERES RELATIVAS A PONTOS FORTES POR DOMNIO E CAMPO DE ANLISE

    reas de melhoria Nas asseres registadas como reas de melhoria (FIGURA 4), predomina o domnio Prestao do Servio Educativo (44%), seguido dos domnios Liderana e Gesto (33%) e Resultados (23%), este ltimo com a mesma percentagem verificada quando considerado em pontos fortes.

    No que diz respeito aos diferentes campos de anlise, observa-se uma distribuio mais repartida das asseres relativas s reas de melhoria do que s dos pontos fortes. A expresso mais elevada corresponde dimenso Prticas de Ensino (21%), seguida de Resultados acadmicos, Autoavaliao e melhoria, e Planeamento e articulao, com valores entre os 14% e os 15%. Apenas 1% das asseres foram identificadas na categoria Reconhecimento da comunidade.

    Resultados Acadmicos

    9%

    Planeamento e articulao

    10%

    Prticas de ensino 18%

    Monitorizao e avaliao do ensino e

    aprendizagens 8%

    Liderana 31%

    Gesto 6%

    Autoavaliao e melhoria: 4%

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 21

    FIGURA 4 DISTRIBUIO DAS ASSERES RELATIVAS A REAS DE MELHORIA POR DOMNIO E CAMPO DE ANLISE

    4.2 Anlise comparativa dos pontos fortes e das reas de melhoria por domnio e campo de anlise Realiza-se, em seguida, uma anlise comparativa dos pontos fortes e das reas de melhoria identificados em cada domnio de avaliao e em cada campo de anlise, com base na distribuio global representada na FIGURA 5. Esta distribuio permite observar diferentes tendncias nos diversos domnios e campos de anlise.

    Resultados Acadmicos

    15%

    Reconhecimento da comunidade: 1%

    Planeamento e articulao

    14%

    Monitorizao e avaliao do ensino e

    aprendizagens: 9%

    Liderana 12%

    Autoavaliao e melhoria

    15%

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 22

    FIGURA 5 FREQUNCIA DE PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA POR DOMNIO E CAMPO DE ANLISE

    Domnio Resultados

    No domnio Resultados, o nmero mais elevado de asseres verificadas quer em pontos fortes quer em reas de melhoria incide sobre os Resultados acadmicos, embora de forma mais marcada na distribuio em reas de melhoria do que em pontos fortes.

    A distribuio de pontos fortes e reas de melhoria difere nos trs campos de anlise que integram este domnio. No campo de anlise Resultados acadmicos, as reas de melhoria superam os pontos fortes, observando-se, em ambos os casos, uma maioria de asseres relacionadas com a evoluo das taxas de transio/concluso e dos resultados em provas de aferio e exames nacionais. So tambm frequentes, no caso dos pontos fortes, as referncias diminuio das taxas de abandono e desistncia e, no caso de reas de melhoria, as asseres que identificam debilidades ao nvel da qualidade do sucesso e da identificao dos fatores explicativos dos resultados acadmicos menos positivos.

    125

    88

    119

    139

    254

    108

    431

    86

    63

    175

    82

    13

    169

    239

    105

    141

    66

    171

    Resultados acadmicos

    Resultados sociais

    Reconhecimento da comunidade

    Planeamento e articulao

    Prticas de ensino

    Monitorizao e avaliao do ensino e aprendizagens

    Liderana

    Gesto

    Autoavaliao e melhoria

    Resu

    ltado

    s Pr

    esta

    o

    do S

    ervi

    o

    Educ

    ativ

    o Li

    dera

    na

    e G

    est

    o

    Pontos fortes reas de melhoria

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 23

    FIGURA 5A FREQUNCIA DE PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA NO DOMNIO RESULTADOS

    O nmero de pontos fortes e reas de melhoria sinalizados na rea dos Resultados sociais relativamente equilibrado, observando-se, nos primeiros, asseres relacionadas com a participao dos alunos na vida da escola; com a diversidade de iniciativas que cultivam o sentido de responsabilidade e o desenvolvimento cvico; e com as estratgias desenvolvidas no sentido da melhoria do comportamento dos alunos e da disciplina. As reas de melhoria referem-se sobretudo falta de envolvimento dos alunos na elaborao dos documentos orientadores da Escola; insuficiente corresponsabilizao destes nas tomadas de deciso e na organizao das atividades; aos comportamentos perturbadores em sala de aula, com efeitos negativos nas aprendizagens; e ao impacto limitado das medidas destinadas a combater a indisciplina.

    As asseres que incidem sobre o campo de anlise Reconhecimento da comunidade tm uma expresso muito reduzida nas reas a melhorar identificadas (trata-se do campo de anlise com menor expresso em termos de reas de melhoria), mas adquirem maior peso no nmero de pontos fortes, e esto relacionadas sobretudo com os nveis elevados de satisfao da comunidade educativa, com as formas de valorizao dos sucessos dos alunos e com o reconhecimento do servio educativo prestado pela escola.

    Domnio Prestao do Servio Educativo

    Neste domnio, o nmero de pontos fortes no muito diferente do nmero de reas de melhoria e, nos dois casos, predomina o campo de anlise Prticas de ensino, com um nmero significativo de asseres relacionadas quer com pontos fortes, quer com reas de melhoria. Observam-se, contudo, diferenas claras entre os aspetos assinalados como pontos fortes e como reas de melhoria. As apreciaes positivas abarcam diversos aspetos, designadamente a adequao dos apoios aos alunos com necessidades educativas especiais; a utilizao de metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens; a adequao das respostas educativas s capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos, designadamente atravs de prticas de diferenciao pedaggica; e a valorizao da dimenso artstica do currculo com impacto nas aprendizagens dos alunos. J no que diz respeito a reas de melhoria, h um predomnio claro da dimenso acompanhamento e superviso da prtica letiva: 62% das asseres neste campo de anlise identificam debilidades ao nvel dos mecanismos de acompanhamento da prtica letiva em sala de aula e das prticas de superviso pedaggica.

    125

    88

    119

    175

    82

    13

    Resultados acadmicos

    Resultados sociais

    Reconhecimento da comunidade

    Pontos fortes reas de melhoria

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 24

    FIGURA 5B FREQUNCIA DE PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA NO DOMNIO PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO

    No campo de anlise Planeamento e articulao (o segundo mais frequente neste domnio) predominam as reas de melhoria, destacando-se as referncias falta de consolidao das prticas de gesto articulada do currculo, com reflexos na sequencialidade das aprendizagens. Embora com menor expresso, so referidas debilidades ao nvel do trabalho cooperativo entre docentes e da utilizao da informao sobre o percurso escolar dos alunos. Contudo, a gesto articulada do currculo e o trabalho cooperativo entre docentes so tambm os dois aspetos mais frequentemente referidos como pontos fortes neste campo de anlise.

    A distribuio de pontos fortes e reas de melhoria no campo da Monitorizao e avaliao do ensino e das aprendizagens regista um relativo equilbrio. Mais de metade das asseres relacionadas com pontos fortes refere a eficcia das medidas de preveno da desistncia e do abandono dos alunos desenvolvidas pela escola. J nas reas de melhoria, as asseres distribuem-se de modo semelhante por vrios aspetos, designadamente: a monitorizao interna do desenvolvimento do currculo; a aferio dos critrios e dos instrumentos de avaliao; ou a monitorizao e avaliao da eficcia das diferentes modalidades de apoio educativo.

    Domnio Liderana e Gesto

    A distribuio de pontos fortes e reas de melhoria identificados no domnio Liderana e Gesto difere consideravelmente nos trs campos de anlise que o integram.

    No campo de anlise Liderana, o nmero de pontos fortes supera claramente o nmero de reas de melhoria identificadas, sendo de assinalar, no primeiro caso, as referncias liderana de topo com viso estratgica e capacidade de fomentar o sentido de pertena e de identificao com a escola; coerncia e articulao entre os documentos estruturantes; e diversificao da oferta formativa, de forma a atender s necessidades dos alunos e da comunidade. So tambm frequentes as asseres relacionadas com a diversidade das parcerias estabelecidas e com a capacidade de desenvolvimento de projetos, que concorrem para a melhoria do sucesso dos alunos; com a capacidade manifestada pela direo de reconhecer e valorizar as chefias intermdias, e de mobilizar e motivar o pessoal docente e no docente. A maioria das reas de melhoria registadas neste campo de anlise incide tambm sobre a viso estratgica da escola, em especial sobre a falta de medidas estratgica e

    139

    254

    108

    169

    239

    105

    Planeamento e articulao

    Prticas de ensino

    Monitorizao e avaliao do ensino e das aprendizagens

    Pontos fortes reas de melhoria

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 25

    intencionalmente propostas, a ausncia de objetivos e metas claros, quantificados e avaliveis, bem como de planos de ao formalizados para a resoluo dos problemas; e a fraca capacidade de mobilizao da comunidade educativa.

    FIGURA 5C - FREQUNCIA DE PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA

    NO DOMNIO LIDERANA E GESTO

    A distribuio das asseres no campo de anlise Gesto mais equilibrada, embora com um nmero de pontos fortes ligeiramente superior s reas de melhoria. Se os primeiros salientam sobretudo uma equilibrada e criteriosa gesto e afetao de recursos humanos e materiais, as reas de melhoria identificam algumas fragilidades ao nvel da comunicao interna e externa, da capacidade de elaborao de um plano interno de formao, adequado s necessidades dos trabalhadores e que promova o seu desenvolvimento profissional. Nalgumas escolas so tambm identificados problemas na qualidade de alguns servios prestados pela escola, designadamente ao nvel dos refeitrios escolares.

    As asseres relativas a reas de melhoria predominam claramente no campo de anlise Autoavaliao e melhoria, com incidncia na fragilidade dos processos falta de continuidade e abrangncia da autoavaliao , na coerncia entre a autoavaliao e a elaborao e implementao de planos de melhoria, e na insuficiente participao da comunidade educativa. Contudo, alguns relatrios de escola destacam, como pontos fortes, prticas consolidadas de autoavaliao, com impacto na organizao escolar e nas prticas profissionais, bem como na definio de planos de ao para a melhoria.

    4.3 Pontos fortes e reas de melhoria mais relevantes Procede-se, neste ponto, anlise global da distribuio das asseres assinaladas como pontos fortes e reas de melhoria, destacando as reas que mereceram maior ateno por parte das equipas de avaliao.

    As FIGURAS 6 E 7 apresentam sinteticamente os pontos fortes e as reas de melhoria mais referidas nos relatrios de escola, registando, por ordem decrescente de frequncia, o nmero de asseres classificadas em cada um dos referentes que integram os diversos campos de anlise do quadro de referncia. Para o efeito, foram considerados os referentes que reuniram mais de 30 asseres. No

    431

    86

    63

    141

    66

    171

    Liderana

    Gesto

    Autoavaliao e melhoria

    Pontos fortes reas de melhoria

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 26

    seu conjunto, as asseres representadas nas figuras seguintes representam cerca de 78% do total de pontos fortes e 72% do total de reas de melhoria identificados pelos avaliadores.

    FIGURA 6 PONTOS FORTES MAIS FREQUENTES

    Os dois referentes em que foram categorizadas mais asseres como pontos fortes, nos relatrios de escola, inserem-se no domnio Liderana e Gesto e, mais especificamente, no campo de anlise Liderana: Viso estratgica e fomento do sentido de pertena e de identificao com a escola (190 asseres) e Desenvolvimento de projetos, parcerias e solues inovadoras (123 asseres). Os aspetos mais realados como pontos fortes do desempenho das escolas so assim: a capacidade de a direo de topo definir uma viso e uma estratgia para a escola; a coerncia e articulao entre os documentos estruturantes; a diversificao da oferta formativa, de forma a atender s necessidades dos alunos e da comunidade; e a capacidade de desenvolvimento de parcerias e de projetos, que concorrem para a melhoria do sucesso dos alunos. A valorizao das lideranas intermdias e a capacidade de motivao das pessoas e de gesto dos conflitos so outras dimenses que remetem para a liderana da escola e que se incluem nos aspetos mais frequentes entre os pontos fortes identificados.

    33

    34

    39

    41

    42

    43

    43

    46

    50

    52

    54

    55

    60

    64

    64

    68

    123

    190

    Formas de valorizao dos sucessos dos alunos

    Contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente

    Valorizao da dimenso artstica

    Adequao do ensino s capacidades e ritmos de aprendizagem dos alunos

    Critrios e prticas de organizao e afetao dos recursos

    Evoluo dos resultados externos contextualizados

    Participao na vida da escola e assuno de responsabilidades

    Evoluo dos resultados internos contextualizados

    Gesto articulada do currculo

    Grau de satisfao da comunidade educativa

    Motivao das pessoas e gesto de conflitos

    Valorizao das lideranas intermdias

    Metodologias ativas e experimentais no ensino/aprendizagens

    Adequao dos apoios aos alunos com NEE

    Trabalho cooperativo entre docentes

    Preveno da desistncia e do abandono

    Desenvolvimento de projetos, parcerias e solues inovadoras

    Viso estratgica e fomento do sentido de pertena/identificao com a escola

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 27

    Entre as dimenses mais referidas encontramos depois diversas asseres que se integram no domnio Prestao do Servio Educativo. de destacar, em primeiro lugar, pela sua relevncia, a preveno da desistncia e do abandono (68 asseres), alcanado em muitas escolas pela via da identificao dos fatores que influenciam o abandono e a desistncia, e pelo trabalho de acompanhamento de situaes de risco, em articulao com as famlias e a comunidade, bem como pela monitorizao da eficcia/adequao das medidas preventivas e da oferta formativa adotadas. Importantes so tambm o trabalho cooperativo entre docentes (64 asseres) e a gesto articulada do currculo (50 asseres), que remetem para o campo de anlise Planeamento e articulao. Por ltimo, so de referir diversos aspetos ligados ao campo de anlise Prticas de ensino, designadamente: a adequao dos apoios aos alunos com necessidades educativas especiais (64 asseres), a adoo de metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens (60), a adequao do ensino s capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos (41 asseres) e a valorizao da dimenso artstica (39 asseres).

    A leitura da FIGURA 6 permite observar igualmente um nmero considervel de pontos fortes assinalados em vrias dimenses do domnio Resultados, embora com um peso menor do que se verifica noutros referentes atrs mencionados. Assim, 46 e 43 asseres referem a evoluo positiva dos resultados acadmicos internos e externos, respetivamente; e 43 assinalam como ponto forte a participao na vida da escola e assuno de responsabilidades.

    Ainda neste domnio, verifica-se que os referentes Grau de satisfao da comunidade educativa e Formas de valorizao dos sucessos dos alunos recolheram um nmero significativo de asseres relativas a pontos fortes (52 e 33, respetivamente).

    FIGURA 7 REAS DE MELHORIA MAIS FREQUENTES

    31

    34

    35

    36

    38

    43

    54

    57

    74

    76

    93

    113

    148

    Envolvimento e participao da comunidade educativa na autoavaliao

    Cumprimento das regras e disciplina

    Monitorizao interna do desenvolvimento do currculo

    Qualidade do sucesso

    Adequao do ensino s capacidades e ritmos de aprendizagem dos alunos

    Participao na vida da escola e assuno de responsabilidades

    Evoluo dos resultados internos contextualizados

    Coerncia entre a autoavaliao e ao para a melhoria

    Continuidade e abrangncia da autoavaliao

    Evoluo dos resultados externos contextualizados

    Viso estratgica e fomento do sentido de pertena/identificao com escola

    Gesto articulada do currculo

    Acompanhamento e superviso da prtica letiva

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 28

    Relativamente s principais reas de melhoria identificadas nos relatrios de escola (FIGURA 7), os referentes com mais asseres so o acompanhamento e superviso da prtica letiva (148 asseres); a gesto articulada do currculo (113); e a viso estratgica e fomento do sentido de pertena e identificao com a escola (93). Mais concretamente, as equipas de avaliao entendem que as escolas devem fazer incidir, prioritariamente, os seus esforos na melhoria nas prticas de acompanhamento, monitorizao e observao direta da prtica letiva em sala de aula, e na rea da articulao curricular entre os ciclos de escolaridade e entre as prticas pedaggicas. Destacam ainda a falta de medidas estrategicamente propostas, a ausncia de objetivos e de metas claras, quantificadas e avaliveis, bem como de planos de ao formalizados para a resoluo dos problemas e a fraca capacidade de mobilizao da comunidade educativa.

    Por outro lado, surgem entre as reas de melhoria mais frequentes, vrios referentes que explicitam o campo de anlise Autoavaliao e melhoria, destacando-se as asseres que identificam fragilidades ao nvel da continuidade e abrangncia da autoavaliao, da coerncia entre a autoavaliao e a ao para a melhoria, e do envolvimento e participao da comunidade educativa na vida da escola.

    Igualmente relevantes so as asseres que se situam no campo de anlise Resultados acadmicos, sobretudo as referncias evoluo dos resultados externos e internos e qualidade do sucesso.

    Com o objetivo de ilustrar as tendncias referidas, apresentam-se em seguida alguns exemplos de asseres includas nos relatrios de escola pontos fortes e reas de melhoria.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 29

    QUADRO 2 - PONTOS FORTES EXEMPLOS DE ASSERES MAIS FREQUENTES

    Referentes Asseres

    N. Alguns exemplos

    Viso estratgica e fomento do sentido de

    pertena e de identificao com a

    escola

    190

    A liderana e gesto exercidas pelo diretor, traduzida numa viso estratgica orientada para os resultados, mobilizadora da comunidade educativa e indutora de uma cultura organizacional de exigncia e bem-estar

    Coerncia e articulao dos documentos estruturantes, com uma viso estratgica, metas e prioridades que do clareza ao da Escola

    Uma oferta formativa estrategicamente definida, em funo do mercado de trabalho local, com forte impacto na reduo das taxas de desistncia e de abandono escolares

    Desenvolvimento de projetos, parcerias e solues inovadoras

    123

    A adeso a projetos e o estabelecimento de parcerias com vrias entidades e instituies, com repercusses na melhoria dos resultados e no enriquecimento da ao educativa

    Abertura do Agrupamento ao meio, patente na diversidade de projetos, protocolos e parcerias, em colaborao com a autarquia e outras entidades locais e regionais

    A capacidade de desenvolver projetos inovadores, de divulgar boas prticas e de estabelecer parcerias, com efeitos no bom desempenho organizacional

    Preveno da desistncia e do

    abandono 68

    Implementao de mecanismos eficazes para a preveno e combate ao abandono escolar

    Trabalho desenvolvido pelos diretores de turma em articulao com as diferentes estruturas e modalidades de apoio da comunidade educativa, facilitando a integrao dos alunos e a preveno do abandono

    Trabalho cooperativo entre docentes

    64

    O trabalho cooperativo, nas estruturas de coordenao educativa e de superviso pedaggica, ao nvel do planeamento, da elaborao de materiais pedaggicos e da avaliao, com impacto nas condies de aprendizagem dos alunos

    Trabalho cooperativo das estruturas de coordenao educativa e superviso pedaggica, com reflexo positivo na articulao curricular e na promoo da sequencialidade das aprendizagens

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 30

    PONTOS FORTES EXEMPLOS DE ASSERES MAIS FREQUENTES (CONT.)

    Referentes Asseres

    N. Alguns exemplos

    Adequao dos apoios aos alunos com

    necessidades educativas especiais

    64

    O trabalho articulado entre os docentes de educao especial, os tcnicos, os docentes do ensino regular e os pais e os encarregados de educao, contribuindo para a qualidade da resposta educativa s crianas e aos alunos com necessidades educativas especiais e, em consequncia, para a sua maior incluso

    A eficcia do acompanhamento e integrao dos alunos com necessidades educativas especiais, perspetivando o seu sucesso acadmico e incluso social

    Metodologias ativas e experimentais

    60

    A utilizao regular de metodologias ativas e experimentais no processo ensino-aprendizagem, promotora da valorizao dos saberes prticos

    O forte incremento da prtica experimental desde a educao pr-escolar, contribuindo para o desenvolvimento da curiosidade cientfica das crianas e jovens

    Valorizao das lideranas intermdias

    55

    Liderana disponvel e aberta do diretor, que tem promovido um clima de escola de maior cooperao e fomentado o debate e a participao das lideranas intermdias na tomada de decises atinentes organizao e prestao de servio educativo

    O reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos coordenadores de departamento e de disciplina e diretores de turma, para melhorar as aprendizagens dos alunos

    Motivao das pessoas e gesto de conflitos

    54 Motivao e o empenho dos trabalhadores, cujos contributos so valorizados pela direo, com repercusses positivas no bom clima de escola

    Grau de satisfao da comunidade educativa

    52

    O reconhecimento da comunidade educativa, evidenciada nos nveis de satisfao sobre a ao educativa do Agrupamento

    A boa imagem que o estabelecimento de ensino detm na comunidade, facto que se reflete na sua capacidade de atrao

    Gesto articulada do currculo

    50

    Trabalho de articulao entre ciclos e entre as atividades de enriquecimento curricular do 1. ciclo e as disciplinas do 2. ciclo, para o que tem concorrido a definio de perfis de sada do aluno e perfis de nvel por rea/disciplina

    Efetiva articulao horizontal do currculo, consubstanciada num trabalho de estreita colaborao e cooperao didtica e metodolgica, na tomada de deciso das competncias a desenvolver e na definio de situaes de aprendizagem

    QUADRO 3 - REAS DE MELHORIA EXEMPLOS DE ASSERES MAIS FREQUENTES

    Referentes Asseres

    N. Alguns exemplos

    Acompanhamento e superviso da prtica

    letiva

    148

    Os processos de superviso da atividade letiva em sala de aula com a finalidade de promover o desenvolvimento profissional dos docentes e, consequentemente, a melhoria das aprendizagens e dos resultados

    Alargamento dos mecanismos de superviso da prtica letiva, como forma de identificar problemas e apoiar na sua resoluo, promovendo a partilha de prticas cientfico-pedaggicas e o desenvolvimento profissional dos docentes

    Gesto articulada do currculo

    113

    A articulao curricular entre nveis e ciclos de ensino, tendo em vista o reforo da continuidade educativa

    A ampliao de prticas de articulao curricular entre os 2. e 3. ciclos, visando consolidar a gesto vertical do currculo e a sequencialidade das aprendizagens

    A reduzida articulao vertical e horizontal a nvel de contedos programticos

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 31

    REAS DE MELHORIA EXEMPLOS DE ASSERES MAIS FREQUENTES (CONT.)

    Referentes Asseres

    N. Alguns exemplos

    Viso estratgica e fomento do sentido de

    pertena e de identificao com a

    escola

    93

    As metas mensurveis e/ou avaliveis que facilitem a monitorizao regular dos objetivos do projeto educativo

    Os principais documentos estratgicos que apresentam ausncia de coerncia substantiva entre si e no contm uma viso prospetiva do desenvolvimento organizacional a mdio prazo

    A mobilizao da comunidade educativa, em torno do projeto educativo e de uma identidade de Agrupamento

    Evoluo dos resultados externos

    contextualizados

    76

    A prestao do Agrupamento ao nvel das provas de aferio e exames nacionais, globalmente aqum dos valores esperados e marcada pela irregularidade dos resultados

    A implementao de aes capazes de favorecer os desempenhos dos alunos, tanto do 3. ciclo como do ensino secundrio, nos exames nacionais

    Continuidade e abrangncia da autoavaliao

    74

    A consistncia e sistematizao do processo de autoavaliao, como instrumento de autorregulao, de modo a sustentar a melhoria da organizao escolar

    A consolidao do processo de autoavaliao, dando sistematicidade aos procedimentos e continuidade ao trabalho desenvolvido pelas diferentes equipas de autoavaliao

    Coerncia entre a autoavaliao e a ao

    para a melhoria

    57

    O progresso sustentado da autoavaliao com a divulgao das concluses e a elaborao e monitorizao de planos de melhoria consequentes ao nvel dos pontos fracos identificados

    Organizao de planos de melhoria nas reas consideradas deficitrias na autoavaliao, visando a melhoria do servio prestado pela Escola

    Evoluo dos resultados internos

    contextualizados

    54

    Os resultados dos alunos na disciplina de matemtica, ao longo do ensino bsico

    Aes delineadas para contrariar a persistncia de elevados nveis de insucesso interno nalgumas disciplinas do 3. ciclo do ensino bsico

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 32

    V. ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA Em setembro de 2007, foram celebrados 22 contratos de autonomia com escolas que tinham estado envolvidas, em 2006, no projeto-piloto de avaliao externa das escolas.

    A celebrao de cada contrato resultou de um processo iniciado com o convite a todas as escolas do pas, que j tivessem desenvolvido um processo formal de autoavaliao, para apresentar uma candidatura fase-piloto de avaliao externa.

    Tendo em conta as concluses da avaliao externa efetuada, cada escola foi, posteriormente, convidada a elaborar um plano de desenvolvimento da autonomia para potenciar os seus pontos fortes e ultrapassar as principais debilidades identificadas. Da negociao que se seguiu, resultou a celebrao de um acordo que estabelece objetivos gerais e operacionais, bem como os compromissos das partes contratantes, tendo em vista a melhoria das condies de prestao do servio pblico de educao.

    No ano letivo de 2011-2012 foram avaliados 20 agrupamentos de escolas e escolas no agrupadas que celebraram contratos de autonomia, apresentando-se de seguida os principais resultados dessa avaliao, bem como uma comparao com a avaliao externa realizada em 2006.

    5.1 Classificaes das escolas com contrato de autonomia Considerando as classificaes por domnio obtidas pelas 20 escolas com contrato de autonomia avaliadas em 2011-2012 (FIGURA 8), verifica-se que o nvel Muito Bom predomina nos domnios Prestao do Servio Educativo e Liderana e Gesto; e o nvel Bom predomina no domnio Resultados. Liderana e Gesto o domnio que concentra um maior peso de classificaes de Muito Bom.

    FIGURA 8 CLASSIFICAES DAS ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA POR DOMNIO

    0 0 0

    8

    13

    15

    11

    6

    4

    1 1 1 0 0 0

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    Resultados Prestao do Servio Educativo Liderana e Gesto

    (N.)

    Excelente Muito Bom Bom Suficiente Insuficiente

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 33

    Por outro lado, no se registam classificaes de Excelente em nenhum dos trs domnios que estruturam o quadro de referncia.

    No que respeita aos nveis inferiores da escala de avaliao, de referir que em nenhum domnio foi atribuda a classificao de Insuficiente, e que, nos trs domnios, o nvel Suficiente s se regista numa escola.

    5.2 Comparao das classificaes das escolas com contrato de autonomia com o total de escolas avaliadas O peso das classificaes de Muito Bom sistematicamente superior nas escolas com contrato de autonomia quando comparado com o total de escolas avaliadas em 2011-2012 a nvel nacional (FIGURA 9).

    FIGURA 9 COMPARAO ENTRE ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA E TOTAL DE ESCOLAS AVALIADAS EM 2011-2012

    5.3 Evoluo das classificaes das escolas com contrato de autonomia Uma vez que, como referido anteriormente, todas as escolas com contrato de autonomia tinham sido objeto de avaliao externa em 2006, considerou-se que seria importante efetuar uma apreciao geral sobre a evoluo das classificaes atribudas nos dois ciclos de avaliao. Importa, contudo, ter em ateno as alteraes verificadas, quer no quadro de referncia (de cinco para trs domnios), quer

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    Total de escolas Escolas com CA Total de escolas Escolas com CA Total de escolas Escolas com CA

    RESULTADOS PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO

    LIDERANA E GESTO

    Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom Excelente

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 34

    na escala de avaliao (com a introduo do nvel Excelente), pelo que se optou por ensaiar algumas comparaes de carcter geral sobre a evoluo dos resultados destas escolas.

    Em ambos os momentos, as escolas obtiveram classificaes que variaram entre os nveis Suficiente e Muito Bom.

    Considerando, em primeiro lugar, as classificaes obtidas pelas 20 escolas nos diferentes domnios de avaliao, verifica-se globalmente uma evoluo favorvel: o peso das classificaes de Suficiente e de Bom desce significativamente, ao mesmo tempo que a percentagem de classificaes de Muito Bom sobe quase para o dobro (FIGURA 10)3

    .

    FIGURA 10 ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA: PESO DOS DIFERENTES NVEIS DE CLASSIFICAO NO CONJUNTO DOS DOMNIOS EM 2006 E EM 2011-2012

    Com o objetivo de analisar mais detalhadamente esta evoluo, comparmos a distribuio das classificaes em 2006 e em 2011-2012, nos domnios Resultados e Prestao do Servio Educativo, sendo possvel observar em ambos uma evoluo positiva das classificaes obtidas pelas escolas.

    Assim, no domnio Resultados (FIGURA 11), o nmero de escolas com classificao igual ou superior a Bom passou de 15 para 19 e o peso das classificaes de Muito Bom quase triplicou, passando de 3 para 8. No domnio Prestao do Servio Educativo (FIGURA 12), embora a avaliao das escolas em 2006 tivesse sido j bastante positiva (18 das 20 escolas registaram classificaes iguais ou superiores a Bom), observa-se igualmente a subida das classificaes de Muito Bom, passando em 2011-2012 a ser este o nvel de avaliao predominante.

    3 Face s alteraes no quadro de referncia (de cinco para trs domnios) e na escala de avaliao (com a introduo do nvel Excelente), efetua-se num primeiro momento uma comparao do peso de cada nvel de classificao atribudo no conjunto das escolas e dos domnios.

    11%

    57%

    32%

    5%

    35%

    60%

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    Suficiente Bom Muito Bom

    2006 2011-2012

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 35

    FIGURA 11 ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA: AVALIAO DO DOMNIO RESULTADOS EM 2006 E EM 2011-2012

    FIGURA 12 ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA: AVALIAO DO DOMNIO PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO EM 2006 E EM 2011-2012

    2006 2011-2012

    Resultados

    Excelente 0 0

    Muito Bom 3 8

    Bom 12 11

    Suficiente 5 1

    Insuficiente 0 0

    S

    S

    B

    B

    MB

    MB

    0

    5

    10

    15

    20

    (N.)

    2006 2011-2012

    Prestao do Servio Educativo

    Excelente 0 0

    Muito Bom 5 13

    Bom 13 6

    Suficiente 2 1

    Insuficiente 0 0

    S S

    B

    B

    MB

    MB

    0

    5

    10

    15

    20 (N.)

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 36

    A evoluo das classificaes obtidas por cada escola, nos domnios Resultados e Prestao do Servio Educativo, est sintetizada nas FIGURAS 13 E 14, destacando-se os seguintes aspetos:

    nenhuma escola obteve em 2011-2012 uma classificao inferior de 2006;

    11 e 12 escolas, respetivamente, mantiveram a classificao anteriormente obtida nos domnios Resultados e Prestao do Servio Educativo;

    um nmero significativo de escolas 9 no domnio Resultados e 8 no domnio Prestao do Servio Educativo obteve em 2011-2012 uma classificao superior registada em 2006.

    FIGURA 13 ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA: DIFERENAS NOS NVEIS DE CLASSIFICAO NO DOMNIO RESULTADOS ENTRE 2006 E 2011-2012

    FIGURA 14 ESCOLAS COM CONTRATO DE AUTONOMIA: DIFERENAS NOS NVEIS DE CLASSIFICAO NO DOMNIO PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO ENTRE 2006 E 2011-2012

    A evoluo dos resultados atrs apresentada torna-se especialmente significativa, se tivermos em conta a especificidade das escolas em anlise: trata-se de escolas que se voluntariaram para o projeto-piloto de avaliao externa, que cumpriam o requisito prvio de terem desenvolvido um processo de autoavaliao formalizado, e que obtiveram globalmente avaliaes bastante positivas em 2006.

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Escolas com classificao

    melhorada em 2 nveis

    Escolas com classificao

    melhorada em 1 nvel

    Escolas com idntica

    classificao

    Escolas com classificao inferior em 1

    nvel

    Escolas com classificao inferior em 2

    nveis

    0

    9 11

    0 0

    (N.)

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Escolas com classificao melhorada em 2 nveis

    Escolas com classificao melhorada em 1 nvel

    Escolas com idntica

    classificao

    Escolas com classificao inferior em 1

    nvel

    Escolas com classificao inferior em 2

    nveis

    1

    7

    12

    0 0

    (N.)

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 37

    5.4 Apreciaes apresentadas nos relatrios de avaliao externa das escolas com contrato de autonomia Apresenta-se, neste ponto, uma sntese das apreciaes produzidas nos relatrios de avaliao externa das escolas com contratos de autonomia, no que respeita evoluo da prestao do servio pblico de educao, especificamente no que se refere ao cumprimento dos objetivos operacionais e das metas estabelecidos. Para o efeito, complementou-se a anlise das classificaes com a anlise de contedo dos relatrios de avaliao das 20 escolas, em particular dos pontos fortes e reas de melhoria identificados em 2006 e em 2011-2012, bem como das apreciaes relativas aos efeitos da celebrao do contrato de autonomia.

    Os objetivos operacionais definidos nos contratos de autonomia remetiam, predominantemente, para a melhoria dos resultados escolares, incluindo metas concretas associadas ao aumento das classificaes internas e externas; das taxas de transio; e diminuio/erradicao do abandono escolar.

    Quer a comparao dos nveis de classificaes, quer a anlise das apreciaes contidas nos relatrios de avaliao permitem concluir que se verificou uma evoluo positiva dos resultados escolares. Essa evoluo explicitamente referida na maioria dos relatrios em 2011-2012, sendo de destacar que em 16 das 20 escolas, os pontos fortes assinalados pelos avaliadores incluem asseres relacionadas com os resultados acadmicos (enquanto, em 2006, s em quatro escolas foram identificados pontos fortes relacionados com este domnio). Entre os aspetos mais frequentemente referidos esto:

    a reduo/inexistncia do abandono escolar em resultado das medidas de monitorizao e preveno adotadas;

    a evoluo positiva das taxas de transio/concluso em determinadas disciplinas, anos de escolaridade ou ciclos;

    a melhoria na mdia dos resultados externos. Contudo, importa referir que a melhoria dos resultados escolares no se verifica em todos os anos de escolaridade e/ou reas disciplinares, e que 13 relatrios identificam reas de melhoria relacionadas com os resultados acadmicos ou com a identificao dos fatores explicativos do sucesso e do insucesso. Por outro lado, cerca de metade dos relatrios assinala o facto de no terem sido alcanadas algumas das metas contratualizadas.

    A evoluo positiva dos resultados aparece explicitamente associada a uma ao continuada das escolas, que envolve o desenvolvimento de procedimentos sistemticos de monitorizao e de anlise de resultados, e implementao de estratgias de melhoria.

    Entre as estratgias de melhoria mais frequentemente referidas nos relatrios de avaliao, encontram-se diferentes prticas de apoio e diferenciao pedaggica (grupos de desenvolvimento diferenciado, tutorias, assessoria pedaggica, turmas de nvel, planos de recuperao e acompanhamento); a adoo de metodologias ativas e experimentais; e a reorganizao das prticas de coordenao pedaggica e articulao curricular, com reflexos no trabalho cooperativo entre docentes.

    O nmero mais elevado de asseres relativas a pontos fortes constantes dos relatrios concentra-se no campo de anlise Liderana (34%), e sobretudo no referente Viso estratgica e fomento do sentido de pertena e de identificao com a escola. De facto, quase todos os relatrios de avaliao

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 38

    destacam a existncia de uma viso estratgica, patente nos diferentes documentos estruturantes e articulada com os objetivos e metas a alcanar. Por outro lado, vrios relatrios referem explicitamente o papel do contrato de autonomia na mobilizao da comunidade educativa, bem como na reorganizao e responsabilizao das estruturas intermdias de coordenao educativa e superviso pedaggica, em torno nos objetivos e metas inscritos no contrato de autonomia.

    Tambm associada necessidade de monitorizao do contrato de autonomia, surge em quase todos os relatrios a referncia existncia de uma cultura de autoavaliao e de acompanhamento dos resultados e das aes de melhoria implementadas; e em cerca de metade das escolas, estas prticas so consideradas consistentes, consolidadas, sistemticas e abrangentes. Contudo, uma percentagem significativa de asseres (cerca de 16%) relativas a reas de melhoria incide sobre este campo de anlise, apontando sobretudo a necessidade de alargar e consolidar os procedimentos de autoavaliao existentes.

  • AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS 2011-2012 RELATRIO 39

    VI. QUESTIONRIOS DE SATISFAO APLICADOS NAS ESCOLAS Com o objetivo de conhecer os nveis de satisfao da comunidade educativa, foram aplicados nas escolas questionrios de satisfao a alunos, a pais e encarregados de educao, e a trabalhadores docentes e no docentes. Pretende-se, sobretudo, que os resultados destes questionrios permitam sinalizar reas para uma interpelao e apreciao aprofundada durante a visita escola.

    Os questionrios (ANEXO 2) so constitudos por uma mdia de 20 afirmaes, relacionadas com diferentes aspetos da escola, sobre as quais os respondentes indicam o seu grau de concordncia, utilizando uma escala de cinco valores, que vai do Concordo totalmente (5) ao Discordo totalmente (1). O inquirido pode igualmente assinalar a opo No Sei (NS) e acrescentar sugestes e comentrios.

    A seleo dos alunos, pais e trabalhadores para a aplicao dos questionrios, em cada escola ou agrupamento de escolas, realizou-se da seguinte forma: foi feito o levantamento dos dados das escolas, relativos ao nmero total de alunos e de turmas, pessoal docente e pessoal no docente, atravs do MISI@, relativos ao incio do ano letivo. Com b