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PROJETO TÉCNICO: CALÇADAS ACESSÍVEIS LO_CALÇADAS_REV04.indd 1 11/11/14 19:17

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  1. 1. PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS LO_CALADAS_REV04.indd 1 11/11/14 19:17
  2. 2. REALIZAO ABCP Associao Brasileira de Cimento Portland Programa Solues para Cidades COORDENAO GERAL rika Mota EQUIPE Ferno Dias Paes Leme Luiz Gustavo Tavares Guimares PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Lgia Pinheiro REVISO TCNICA Claudio Oliveira Silva Ricardo Moschetti PROJETO E PRODUO GRFICA FIB - Fbrica de Ideias Brasileiras FICHA TCNICA DE SISTEMATIZAO DO PROJETO PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 2 LO_CALADAS_REV04.indd 2 11/11/14 19:17
  3. 3. A adequao da cidade para a promoo do convvio e da circulao das pessoas exige a qualicao dos espaos pblicos, sobretudo a qualicao das caladas, de forma que se tornem acessveis e agradveis. A funo principal das caladas possibilitar s pessoas, de diferentes idades e condies fsicas, circulao segura pelas ruas da cidade. Segundo o Cdigo Brasileiro de Trnsito, a calada parte da via, normalmente segregada e em nvel diferente, no destinada circulao de veculos, reservada ao trnsito de pedestres e, quando possvel, implantao de mobilirio, sinalizao, vegetao e outros ns. As caladas so, naturalmente, espaos democrticos e de convvio entre as pessoas. No entanto, a grande maioria se encontra em situao de precariedade. Para se tornarem acessveis, as caladas devem atender s normas que regulam sua construo e manuteno, de modo a garantir acessibilidade, permeabilidade do solo, implantao de mobilirio urbano e de equipamentos de forma adequada. Alm disso necessrio observar as caractersticas dos pisos e materiais de revestimento, inclinaes, desnveis, dimenses e padronizao de mobilirios e elementos urbanos. Nesta publicao reunimos informaes tcnicas para auxiliar no projeto de caladas acessveis, alm de diretrizes com relao execuo, tais como composio de custo e passo-a-passo para utilizao de alguns materiais apropriados para as caladas. DEFINIO com relao execuo, tais como composio de custo e passo-a-passo para utilizao de alguns materiais apropriados para as caladas. PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 3 LO_CALADAS_REV04.indd 3 11/11/14 19:18
  4. 4. A DIVISO EM FAIXAS DE UMA CALADA ACESSVEL A calada para ser mais acessvel deve ser dividida em faixas de diferentes funes e em dimenses que variam em funo da largura total da calada. As faixas so: faixa livre, faixa de servios e faixa de acesso. FAIXA LIVRE: Localizada entre as faixas de servio e de acesso des- tinada livre circulao de pedestres. Nesta faixa, no so permitidos desnveis, obstculos ou vegetao, devendo ser completamen- te desobstruda de qualquer tipo de interferncia. FAIXA DE SERVIOS: Localizada prxima ao meio- -o, utilizada para a co- locao de equipamentos e mobilirio urbano, tais como: lixeiras, caixas de correio, telefones pblicos, bancos, postes de iluminao, sina- lizao de trnsito, rvores e rampas de acesso para vecu- los ou decientes fsicos. FAIXA DE ACESSO: Tambm chamada de faixa adicional , localiza-se em fren- te ao imvel, podem abrigar vegetao, rampas de acesso, toldos, etc., desde que no comprometam o acesso aos imveis e permitam o trnsito seguro de pedestres. PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 4 LO_CALADAS_REV04.indd 4 11/11/14 19:18
  5. 5. Os projetos de acessibilidade dividem os passeios pblicos em trs faixas: servios, livre e acesso. Cada uma delas possui cor e textu- ra diferentes para facilitar a visualizao por deficientes, idosos e crianas. FAIXA DE ACESSO FAIXA DE SERVIOFAIXA LIVRE 5 LO_CALADAS_REV04.indd 5 11/11/14 19:18
  6. 6. 6 LO_CALADAS_REV04.indd 6 11/11/14 19:19
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  9. 9. PARMETROS REFERENCIAIS PARA DIMENSIONAMENTO DAS FAIXAS Para garantir o espao de circulao livre e acessvel nas caladas importante que cada municpio estabelea regras ociais especcas para o dimensionamento e execuo das caladas. Segundo o caderno de Acessibilidade nos Municpios, elaborado pelo CEPAM para auxiliar os governos locais na promoo da acessibilidade fsica das pessoas com decincia, os parmetros para o clculo da faixa livre para circulao so o uxo de pedestres e as caractersticas de uso das construes, ao longo do trajeto das caladas. De acordo com a ABNT NBR 9050/ 2004, a cada metro de largura da faixa livre, o nmero considerado ideal de 25 pedestres por minuto, em ambos os sentidos. Em casos onde houver edicaes de uso comercial, ou vitrines no alinhamento deve-se adicionar 0,45m na largura da faixa livre, e em situaes especcas de edicaes com entrada localizada no alinhamento da calada deve-se adicionar 0,25m. Na tabela abaixo apresentamos parmetros para o dimensionamento das faixas livre, de servio e de acesso. Lembramos, no entanto, que as dimenses so somente referncias, j que cada municpio deve ter sua prpria legislao que especique as dimenses para as caladas, ainda que a NBR 9050 estabelea o mnimo de 1,20 m para a faixa livre. So admitidas, em carter excepcional, que as faixas livre de circulao tenham menor largura que as exigidas nas normas, nos casos de adaptaes de bens culturais imveis e de regularizao de reas de assentamentos subnor- mais, desde que justicadas tecnicamente. Fonte: As dimenses sugeridas na tabela foram extradas do Manual da Calada Sustentvel , Goinia, 2012. PARMETROS REFERENCIAIS PARA DIMENSIONAMENTO DAS FAIXAS CONFORME LARGURA DA CALADA E INCLINAO TRANSVERSAL MXIMA LARGURA DA CALADA (L) EM METROS DIMENSIONAMENTO DAS FAIXAS EM METROS (M) E INCLINAO EM % FAIXA DE SERVIO FAIXA LIVRE FAIXA DE ACESSO < 1,80 MNIMO ENTRE 0,60 A 0,75 RESTANTE DA CALADA INEXISTENTE INCLINAO MXIMA DE 8,33% INCLINAO MXIMA DE 3% - 1,80 < L > 3,0 MNIMO ENTRE 0,60 A 0,75 MNIMO DE 1,20 RESTANTE DA CALADA INCLINAO MXIMA DE 8,33% INCLINAO MXIMA DE 3% INCLINAO MXIMA DE 8,33% 3,0 < L > 4,0 MNIMO DE 1,0 MNIMO DE 1,50 RESTANTE DA CALADA INCLINAO MXIMA DE 8,33% INCLINAO MXIMA DE 3% INCLINAO MXIMA DE 8,33% L > 4,0 MNIMO DE 1,5 MNIMO DE 2,0 RESTANTE DA CALADA INCLINAO MXIMA DE 8,33% INCLINAO MXIMA DE 3% INCLINAO MXIMA DE 8,33% PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 9 LO_CALADAS_REV04.indd 9 11/11/14 19:20
  10. 10. 1. PAVIMENTO INTERTRAVADO Pavimento de peas pr-moldadas de concreto, assentadas sobre camada de areia, travado atravs de conteno lateral e pelo atrito da camada de areia entre as peas. ESPECIFICAO Resistncia compresso fck > igual 35 MPa. Espessura da pea para trfego de pedestres 6 cm. CARACTERSTICAS Tempo para liberao ao trfego imediato. SEO TIPO: - SUBLEITO: Constitudo de solo natural ou proveniente de emprstimo (troca de solo). - BASE: Constituda de material granular, com espessura mnima de 10 cm. A camada deve ser compactada aps a nalizao do subleito. - CAMADA DE ASSENTAMENTO: Camada composta por material granular, com distribuio granulomtrica deni- da, que tem a funo de acomodar as peas de concreto, proporcionando correto nivelamento do pavimento e permi- tindo variaes na espessura das peas de concreto. - CAMADA DE REVESTIMENTO: Camada composta pelas peas de concreto e material de rejuntamento, e que rece- be diretamente a ao de rolamento dos veculos, trfego de pedestres ou suporte de cargas. ATENO: Antes da abertura ao trfego, verique se a superfcie do pavimento est nivelada, se atende aos caimentos para drenagem e acessibiliade, se todos os ajustes e acabamentos foram feitos adequadamente e se h algum bloco que deva ser substitudo. A superfcie do pavimento intertravado deve resultar nivelada, no devendo apresentar desnvel maior do que 0,5 cm, medido com uma rgua de 3 m de comprimento apoiada sobre a superfcie. PEAS DE CONCRETO AREIA DE ASSENTAMENTO AREIA DE REJUNTAMENTO BASE SUBLEITO (SOLO COMPACTADO) MAX. 0,5 CM TIPOS DE PAVIMENTOS PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 10 LO_CALADAS_REV04.indd 10 11/11/14 19:20
  11. 11. 1. Nivelamento e compactao do subleito (terreno). 2. Instalao das contenes, nivelamento e compactao da base. 3. Espalhamento e nivelamento (sarrafeamento) da areia de assentamento. 4. Colocao das peas de concreto, alinhamento, cortes e ajustes. 5. Compactao inicial, reviso, ajustes, espalhamento de areia, rejuntamento e compactao nal. 6. Limpeza e liberao ao trfego. PASSO-A-PASSO Execuo passo-a-passo: pavimento intertravado. 3 6 2 5 1 4 PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 11 LO_CALADAS_REV04.indd 11 11/11/14 19:20
  12. 12. 2. PLACAS PR- MOLDADAS DE CONCRETO Placas pr-fabricadas de concreto de alto desempenho, para aplicaes: assentada com argamassa sobre base de concreto ou removvel. ESPECIFICAO Resistncia trao na exo da placa fctm > 3,5 MPa. Espessura mnima da placa para trfego de pedestres - Placas xas > 2,5 cm. Placas removveis > 3,0 cm. CARACTERSTICAS Tempo para liberao ao trfego: Placa xa no mnimo aps trs dias. Placa removvel imediato. SEO TIPO: Placas xas. - SUBLEITO: Constitudo de solo natural ou proveniente de emprstimo (troca de solo). - SUB-BASE: Constituda de material granular com espessura mnima de 5 cm. - BASE CONTRAPISO: Constituda de concreto no estrutural no caso de trfego de pedestres e de concreto estru- tural com armadura nas entradas de veculos. - ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO: Pode ser utilizada argamassa colante ou argamassa convencional elaborada em obra. - REVESTIMENTO: Camada constituda pelas placas planas de concreto. SEO TIPO: Placa removvel. TIPOS DE PAVIMENTOS PLACAS PLANAS DE CONCRETO PLACAS DE CONCRETO ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO CAMADA DE ASSENTAMENTO JUNTA SECA OU REJUNTADA JUNTA SECA OU REJUNTADA CONTRAPISO BASE SUB-BASE SUBLEITO (SOLO COMPACTADO) SUBLEITO (SOLO COMPACTADO) PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 12 LO_CALADAS_REV04.indd 12 11/11/14 19:21
  13. 13. - SUBLEITO: Constitudo de solo natural ou proveniente de emprstimo (troca de solo). Deve ser compactado em camadas de 15 cm, dependendo das condies locais. - BASE: Constituda de material granular com espessura mnima de 10 cm. A camada deve ser compactada aps a nalizao do subleito. - CAMADA DE ASSENTAMENTO:Composta de material granular (areia ou p de brita). Esta camada deve ser apenas espalhada e no compactada. - REVESTIMENTO: Camada constituda pelas placas planas de concreto. 1. Nivelamento e compactao do subleito (terreno). 2. Instalao das contenes, nivelamento e compactao da base. 3. Espalhamento e nivelamento da areia de assentamento. 4. Colocao das peas de concreto, com saca-placas. 5. Execuo de corte, ajustes e alinhamento. 6. Limpeza e liberao ao trfego. PASSO-A-PASSO Execuo passo-a-passo: placa removvel. 3 6 2 5 1 4 PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 13 LO_CALADAS_REV04.indd 13 11/11/14 19:21
  14. 14. 3. CONCRETO ESTAMPADO MOLDADO IN LOCO O concreto estampado um pavimento de concreto monoltico, executado in loco, que recebe um tratamento na superfcie, no mesmo instante em que feita a sua concretagem. Consiste no uso de frmas para estamparia e produtos de acabamentos especiais, podendo-se reproduzir cores e texturas variadas. ESPECIFICAO Resistncia compresso de concreto fck > igual 20 MPa. recomendvel que a espessura mnima do concreto simples para caladas esteja entre 6 cm e 10 cm. Em locais de entrada e sada de veculos recomenda-se espessura mnima entre 12 cm a 15 cm. J para a camada de base, em todas as categorias de caladas, recomeda-se, no mnimo, 10cm. As espessuras das camadas devem ser denidas no projeto executivo. CARACTERSTICAS Tempo para liberao ao trfego: a liberao para trfego depende da resistncia do concreto especicada no pro- jeto executivo. Poder variar enter 24h para trfego leve de pedestres e 48h para trfego de veculos leves. SEO TIPO: - SUBLEITO: constitudo de solo natural ou proveniente de emprstimo (troca de solo). Deve ser compactado em camadas de 15 cm, dependendo das condies locais. - BASE: constituda de material granular com espessura total de no mnimo 10 cm. A camada deve ser compactada aps a nalizao do subleito. - REVESTIMENTO: camada constituda por concreto. recomendvel que as espessuras mnimas do concreto sim- ples das caladas estejam entre 6 cm e 10 cm e, de 12 cm a 15 cm nos locais de entrada e sada de veculos. TIPOS DE PAVIMENTOS ESTAMPAGEM DO CONCRETO JUNTA DE CONSTRUO JUNTA INDUZIDA CONCRETO BASE SUBLEITO (SOLO COMPACTADO) PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 14 LO_CALADAS_REV04.indd 14 11/11/14 19:21
  15. 15. 1. Nivelamento e compactao do subleito, colocao de brita. 2. Instalao de frmas e telas de ao (conforme o caso). 3. Lanamento, espalhamento e nivelamento (sarrafeamento) do concreto. 4. Desempeno do concreto (para acabamento convencional: desempenar, executar juntas e curar. 5. Aplicao do pigmento enrijecedor e queima. 6. Estampagem no formato desejado. 7. Execuo de juntas de controle, lavagem, aplicao de resinas e liberao ao trfego aps cura. PASSO-A-PASSO Execuo passo-a-passo: concreto moldado in loco. 3 6 2 5 1 4 7 PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 15 LO_CALADAS_REV04.indd 15 11/11/14 19:21
  16. 16. 4. LADRILHO HIDRULICO Placa de concreto de alta resistncia a zonas de trfego intenso, aliando caractersticas antiderrapantes e de alta resistncia abraso, o que o torna indicado para caladas, passeios pblicos, praas, garagens, estacionamentos, rampas para automveis, ambientes internos, bordas de piscinas etc., oferecendo segurana para as pessoas mes- mo quando molhados. Os principais materiais usados na execuo so so: argamassa, brita, ladrilho hidrulico, areia e concreto. ESPECIFICAO Resistncia trao na exo valor individual > 4,6 MPa e mdia > 5,0 MPa. Espessura da placa para trfego de pedestres > 20mm (vericar formato da pea e tipo de assentamento). CARACTERSTICAS Tempo para liberao ao trfego no mnimo aps cinco dias, sendo trs para a cura da base e dois para a cura da argamassa de assentamento. SEO TIPO: - SUBLEITO: Constitudo de solo natural ou proveniente de emprstimo (troca de solo). Deve ser compactado em camadas de 15 cm, dependendo das condies locais. - SUB-BASE: Constituda de material granular com espessura mnima de 5 cm. A camada deve ser compactada aps a nalizao do subleito. - BASE CONTRAPISO: Constituda de concreto no estrutural no caso de trfego de pedestres e de concreto estru- tural com armadura nas entradas de veculos. A espessura mnima deve ser de 10 cm. - ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO: Pode ser utilizada argamassa colante ou argamassa convencional elaborada em obra. - REVESTIMENTO: Camada constituda pelo ladrilho hidrulico. TIPOS DE PAVIMENTOS LADRILHO HIDRULICO ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO JUNTA SECA OU REJUNTADA BASE SUB-BASE SUBLEITO (SOLO COMPACTADO) PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 16 LO_CALADAS_REV04.indd 16 11/11/14 19:22
  17. 17. 1; 2; 3. Nivelamento e compactao do subleito e execuo da base de concreto magro; 4. Aplicao e adensamento da argamassa de assentamento tradicional (ou argamassa colante). 5. Sarrafeamento da argamassa (etapa no necessria para argamassa colante). 6. Aplicao do cimento pulverizado e gua (etapa no necessria para argamassa colante). 7. Assentamento das placas. 8. Conferncia de nvel, aplicao de argamassa de rejuntamento, limpeza e abertura ao trfego. PASSO-A-PASSO Execuo passo-a-passo: ladrilho hidrulico. 3 6 2 5 8 1 4 7 PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 17 LO_CALADAS_REV04.indd 17 11/11/14 19:22
  18. 18. PARMETROS DE PROJETO INCLINAO (LONGITUDINAL E TRANSVERSAL) De acordo com o estabelecido pela lei (Norma de Acessibilidade NBR / 2004), a declividade longitudinal da calada dever acompanhar o greide da rua, enquanto que no sentido transversal, a calada deve ter declividade mxima de 3%. REBAIXAMENTOS - TRAVESSIA DE PEDESTRES: os rebaixamentos das caladas devem estar localizados na direo do uxo de pedestres. Podem estar situados nas esquinas ou em outro local da quadra. De acordo com a largura e as carac- tersticas das caladas, os rebaixamentos podem ter diferentes formas. A inclinao mxima permitida para os rebaixamentos para acesso de pedestres de 8,33%. A sinalizao deve ser feita com uma faixa de alerta ttil do tipo ranhurado e o revestimento da rampa, com piso antiderrapante e no trepidante. - ACESSO GARAGEM: As rampas devem localizar-se fora da faixa livre de circulao mnima, entende-se que a faixa livre mnima considere o uxo de pedestres. As rampas podem ocupar a faixa de servio, garantindo a continuidade da faixa de circulao de pedestres em frente aos diferentes lotes ou terrenos. As faixas de acesso e as faixas de servio podero ter inclinaes diferenciadas, respeitando o limite de 8,33% e, podem ocupar no mximo 60 cm de largura da faixa de servio , na seo transversal. DEGRAUS S permitido uso de degraus em ruas muito inclinadas. Nestes casos a altura do degrau no deve ser supe- rior a 17,7cm. aconselhado que a prefeitura seja consultada em casos em que seja necessrio a utilizao de degraus. PAVIMENTO Para especicao do tipo de pavimento da calada preciso vericar a carga qual o piso ser exposto para a denio do tipo de piso conforme sua resistncia especca. Ainda, importante o material escolhido apre- sente durabilidade, conforto de rolamento, seja antiderrapante e de fcil manuteno. No geral, recomenda-se o uso de quatro tipos de piso: intertravado, piso de placas pr-moldadas de concreto, concreto moldado in loco e o ladrilho hidrulico. NORMAS O projeto deve atender todas as disposies decorrentes de leis e de normas regulamentares aplicveis na execuo dos servios de uma calada. VEGETAO O plantio de vegetao nas caladas deve ser feito de forma que mantenha a acessibilidade no passeio. Assim, a calada deve apresentar uma largura mnima que permita alm da faixa onde ocorrer o plantio, uma rea destinada a implantao da faixa livre de 1,20m. Recomenda-se que a implantao de canteiros e plantio de rvores ocorra na faixa de servio, desde que as espcies no atrapalhem a ao area. A escolha das espcies de vegetao deve seguir a orientao do rgo municipal competente. DRENAGEM Na execuo das caladas pode ser previsto o uso de medidas que auxiliem a drenagem e o manejo de guas pluviais, colaborando assim no combate s enchentes. As principais medidas utilizadas nas caladas so o uso do pavimento permevel e de jardins de chuva. Para saber mais veja no site www.solucoesparacidades.org.br PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 18 LO_CALADAS_REV04.indd 18 11/11/14 19:22
  19. 19. PARA SABER MAIS ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Guia prtico para a construo de caladas. So Paulo. ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Sistemas Integrados de Caladas. ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Manual de Pavimento Intertravado: Passeio Pblico. So Paulo, 2010 ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Manual de Placas de Concreto: Passeio Pblico. So Paulo, 2010 ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Manual de Concreto Estampado e Concreto Conven- cional Moldados in loco: Passeio Pblico. So Paulo, 2010 CEPAM, Centro de Estudos e Pesquisa de Administrao Municipal. Acessibilidade nos Municpios. Como aplicar o Decreto 5.296/04. So Paulo, 2012. EMPRESA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES (GEIPOT). Manual de planejamento ciclovirio. Braslia, 2001. REVISTA INFRAESTRUTURA URBANA. Editora Pini. Edio no3, 2011. MOBILIZE. Mobilidade urbana sustentvel: http://www.mobilize.org.br/ CREA GO. Manual da Calada Sustentvel. Goinia, 2012. SOBRE LEIS FEDERAIS PARA CONSTRUO E MANUTENO DE CALADAS Lei 7.853/1989: Dispe sobre o apoio s pessoas portadoras de decincia, sua integrao social, sobre a Coorde- nadoria Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Decincia - Corde, institui a tutela jurisdicional de inte- resses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuao do Ministrio Pblico, dene crimes, e d outras providncias. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7853.htm) Lei 8.160/1991: Dispe sobre a caracterizao de smbolo que permita a identicao de pessoas portadoras de decincia auditiva. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8160.htm) Lei 10.098/2000: Estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de decincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. (http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/L10098.htm) Lei 10.048/2000: D prioridade de atendimento s pessoas que especica, e d outras providncias. (http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10048.htm) Lei 9.503/1997: Institui o Cdigo de Trnsito Brasileiro. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9503.htm) Decreto Lei 5296/2004: Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de aten- dimento s pessoas que especica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de decincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm) PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 19 LO_CALADAS_REV04.indd 19 11/11/14 19:22
  20. 20. SOBRE NORMAS TCNICAS NBR 9050/2004: Acessibilidade a edicaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos (http://www.mpd- ft.gov.br/sicorde/NBR9050-31052004.pdf). SOBRE NORMAS TCNICAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS CONCRETO MOLDADO IN LOCO OU CONCRETO ESTAMPADO NBR 7212 - Execuo de concreto dosado em central. NBR12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento Procedimento. LADRILHO HIDRULICO NBR 9457 - Ladrilho hidrulico Especicao. NBR 9458 - Assentamento de ladrilho hidrulico Procedimento. PEAS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAO NBR 9781/87- Peas de concreto para pavimentao. NBR 9780/87- Peas de concreto para pavimentao. PEAS DE CONCRETO PARA EXECUO de INTERTRAVADO ABNT NBR 15953:2011 PROJETO TCNICO: CALADAS ACESSVEIS 20 LO_CALADAS_REV04.indd 20 11/11/14 19:22
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