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ANÁLISE NAO LINEAR E SIMULAÇOES DAS OSCILAÇÕES DE SUB-VAO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO Agamenon Rodrigues Eufrásio Oliveira TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE, PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA- NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIENCIAS (D.Se.) .. Aprovada por: A ~'1"~ 0-~ ~--tftiam Mittias Mansour Art~Palmeira Kipper Neto RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1982 o Loula

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ANÁLISE NAO LINEAR E SIMULAÇOES DAS OSCILAÇÕES DE

SUB-VAO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO

Agamenon Rodrigues Eufrásio Oliveira

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE,

PÔS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA­

NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO

GRAU DE DOUTOR EM CIENCIAS (D.Se.) ..

Aprovada por:

A ~'1"~ 0-~ ~--tftiam Mittias Mansour

Art~Palmeira Kipper Neto

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RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1982

o Loula

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À

Etelvira

Wagner

Juliana

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lll

AGRADECIMENTOS

Ao Professor William M. Mansour a quem devo além

das idéias fundamentais do trabalho, uma orientação segura e mi­

nuciosa.

Ao CNPq e CAPES pelo apoio a pesquisa e a pos-gr~

duação no Brasil.

Ao CEPEL pelo apoio financeiro no início deste tra

balho.

Aos professores Arthur Palmeira Ripper Neto e Liu

Hsu pelas valiosas sugestões.

A Helena Santos de Oliveira pelo excelente traba­

lho de datilografia.

A Clarissa Beletti pela confecção das figuras.

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lV

SUMÁRIO

A maioria das pesquisas publicadas, usa uma ver­

sao linearizada do modelo matemático. que descreve a dinâmica das

oscilações de sub-vão. O problema é sempre reduzido a um probl~

ma de "flütter" e qualquer definição sobre as amplitudes dos ci­

clos limite e sua estabilidade é impossível, através deste enfo­

que. O presente trabalho, ataca o problema, usando uma análise

não linear.

Os coeficientes de sustentação e de arraste de um

cilindro, dentro da esteira de um outro, são representados por m~

de los ma temáticos, a partir de resultados experimentais obtidos

em tunel de vento. Os coeficientes do modelo sao escolhidos de

forma a fornecerem a melhor representação dos dados, numa região

de interesse.

As partes lineares das expressoes para CL e CD ,

foram usadas para conduzir uma investigação preliminar a fim de

determinar as regiões de estabilidade e as ,velocidades críticas

do vento. O modelo utilizado, é não linear e uma análise não li

near foi adotada, empregando o método das múltiplas escalas de

tempo e a aproximação assintótica de Krylov e Bogoliubov.

As expressões para CL e CD foram posteriorme~

te representadas por polinômios de segunda ordem. Eles foram

usados, para estudar os ciclos limite e determinar sua estabili­

dade. Um balanço harmônico sobre o modelo matemático,também pr~

vou ser adequado a esta investigação.

Algumas simulações, digitais e analógicas foram

tentadas, para verificar as previsões analíticas e uma boa con­

cordância foi encontrada.

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V

ABSTRACT

The majority of the published research used a li­

nearized version of the mathematical model describing the dyna­

mics of sub-span oscillations. The problem was always reduced

to a flütter-problem. A definition for the amplitude of the li­

mit cycle and its stability were not possible using this lineari

zed approach. This investigation attacks the problem using non­

linear analysis.

The lift and drag coefficients of a cylinder in

the wake of another are represented by mathematical models using

experimental data which are available from wind-tunnel tests .. The

coefficients of the model are chosen to give the best represent!

tion of the data in the range of interest.

The linear parts of the expressions for

CD were then used to conduct a preliminary investigation to de­

termine the stability zones as well as the critical wind veloci­

ties. The used model was nonlinear anda nonlinear analysis was

adopted using multiple-time scale and the asymptotic approxima­

tions of Kryloff and Bogoliuboff.

The expressions for c1 and CD were next repr~

sented by second arder polynomials. These were used to study

the Limit cycles and, to determine their stability. A harmonic­

balance proved to be adequate for this investigation.

Digital and analog simulation were tried to veri­

fy the mathematical predictions. The agreement in ,trends was

confirmed.

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I

Vl

INDICE

- INTRODUÇAO ...................................... .

1.1 - O Problema do Movimento do Condutor ....... .

1.2 - Oscilações em Linhas de Transmissão

1. 3 - Situação Atual da Pesquisa sobre as Oscila-

1

1

2

ções de Sub-Vão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1.4 - Revisão de Estudos Analíticos Publicados ... 10

1.5 - Tipos de Experimentação em Tunel de Vento.. 15

1. 6 - Objetivos da Tese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1. 7 - Comentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

II - MODELO NAO LINEAR SIMPLIFICADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

2.1 - Modelo Matemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 23

2.2 - Coeficientes de Sustentação e de Arraste;.. 27

2.3 - Modelo Não Linear Simplificado . ........ .. .. 29.

2.4 - Método das Múltiplas Escalas de Tempo...... 31

2. 5 - Contornos de Estabilidade para o Caso Não Re~ sonante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

2.6 - Oscilações Auto-Sustentáveis para o Caso Não Ressonante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

2.7 - Caso Ressonante (íl 2 = 2 íl 1) ............... 44

2.8 - Estabilidade dos Ciclos-Limite para o Caso Ressonante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

2. 9 - Método Alternativo para a Solução do Modelo Não Linear Simplificado.................... 51

2.10- Comentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

III - CICLOS-LIMITE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

3.1 - Modelo com Não Linearidade Cúbica 60

3.2 - Aproximação Assintótica de Krylov e Bogoliu-bov . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

3.3 - Amplitudes dos Ciclos-Limite ......... ...... 67

3.4 - Estabilidade dos Ciclos Limite ...... .. ..... 70

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Vll

3.5 - Método do Balanço Harmõnico ................ 72

3. 6 - Ciclos-Limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

3.7 - Análise da Estabilidade dos Ciclos-Limite.. 78

3. 8 - Comentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

IV - SIMULAÇAO ANALOGICA E DIGITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

4.1 - Simulação Analógica........................ 84

4.2 - Ciclos-Limite por Integração Numérica...... 100

4. 3 - Comentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

V - CONCLUSOES ...................................... . 107

5.1 - Considerações Sobre o Modelo Matemático .... 107

5.2 - Limitações do Modelo Não Linear Simplificado 108

5.3 - As Amplitudes dos Ciclos-Limite ............ 109

5.4 - Os Métodos Analíticos Empregados ........... 111

5.5 - Métodos Alternativos de Solução ............ 112

5.6 - Sugestões para o Prosseguimento da Pesquisa. 113

REFERENCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

APENDICE A - REVISAO DE ALGUNS RESULTADOS EXPERIMENTAIS. 122

APENDICE B - AJUSTAGEM DAS CURVAS CL E CD........... 127

APENDICE C - MBTODO DIRETO PARA CALCULAR AS VELOCIDADES CRITICAS .. .. . .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 135

APENDICE D - FLUXOG~~MA DOS PROGRAMAS PRINCIPAIS....... 139

SIMBOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143

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I - INTRODUÇAO

1.1 - O PROBLEMA DO MOVIMENTO DO CONDUTOR

Durante os Últimos quarenta anos, as mudanças so­

ciais ocorridas com o desenvolvimento industrial, a diminuição

das fontes de energia nao renoviveis, fatores econõmicos diver­

sos e questões ligadas ao meio ambiente, afetaram significativa­

mente o projeto das linhas de transmissão. O crescimento econõ­

mico, trazendo consigo a concentração populacional em ireas rela

tivamente pequenas, criou a necessidade de geração e transmissão

de grandes "blocos" de energia. A inflação e as condições ambi~

tais, por sua vez, tornaram as linhas mais caras e mais difíceis

de construir do que no passado.

O aumento das distâncias aos centros consumidores

e a possibilidade de interligação de sub-sistemas, fez com que

se construissem linhas mais longas, de grande capacidade e alta

tensão. A elevação da tensão e da capacidade por circuito,levou

os projetistas a usarem feixes de grandes condutores, introduzin

do problemas novos no seu projeto mecânico.

Provavelmente, nenhum outro tipo de grande estrut~

ra, tenha sua massa distribuída de forma tão flexível e continua

mente exposta a forças do vento, como as linhas de transmissão.

Isto as torna suscetíveis de desenvolverem movimentos cíclicos

auto-sustentiveis dos condutores. Esses movimentos, podem apar~

cer na forma de vibrações eólicas ( galope do . condutor e de os­

cilações de sub-vão. Em todos eles, pequenos acréscimos de ener

gia mecânica fornecidos pelo vento, são repetidamente absorvidos

pelo condutor. Quando isto ocorre em um sistema mecânico elisti

co de grande porte, que é suportado e suplementado por milhares

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de sub-sistemas mecânicos elásticos e semi-elásticos (grampos

isoladores, amortecedores, espaçadores, estrutura, etc.), a pos­

sibilidade de avarias é apreciável.

Uma complicação adicional é peculiar às linhas de

transmissão. Devido às tensões envolvidas, a inspeção periódica

que se faz necessária para detectar possíveis danos ao condutor

ou·outras partes energizadas do sistema, somente é possível quan

do a linha está fora de serviço. O grau de dificuldade em se

programar tais inspeções, cresce com a importância da linha. Des

sa maneira, os problemas causados pelo movimento do condutor, d~

vem ser antecipados e prevenidos durante o projeto e os estágios

de construção, ou resolvidos com alto custo após inspeção visual.

1. 2 - OSCILAÇÕES EM LINHAS DE TRANSMISSÃO

Ja foram identificados, três diferentes ,tipos de

movimento cíclico do condutor, tendo como fonte de excitação o

vento. As vibrações eólicas, o galope do condutor e as oscila­

ções de sub-vão. Eles se distinguem entre si, pelos diferentes

mecanismos de transferência de energia, pelas configurações do

movimento, pelas frequências e amplitudes de vibração e pelos di

ferentes efeitos sobre os condutores, grampos e outros equipame~

tos. Resumidamente, podemos caracteriza-los como se segue:

a) Vibrações_EÓlicas

Desde a antiga Grécia, já era conhecido o fato que

o ar ao passar por um fio tracionado podia faze-lo vibrar. Ainda

bem distante dos tempos do rádio e da televisão, os gregos cons­

truiram caixas sonoras, usando este fenõmeno. EÓlio, o deu;s do

vento, emprestou seu nome ao aparelho, conhecido como harpa eÓli

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ca. Quando falamos hoje em vibrações eólicas,algo da antiga tra

dição clássica foi mantido.

Este tipo de vibração nao e muito evidente e pode

passar despercebido, exceto para aqueles que a observam sob

certas condições. O movimento e mais visível durante as prime_!_

ras horas da manhã ou no final da tarde, quando ventos de baixa

velocidade (1 a 7 m/s), estão presentes. Sob essas condições,

as amplitudes de pico a pico raramente excedem um diâmetro do ccn

dutor. Em compensação,as frequências podem ser elevadas,situan­

do-se na faixa de 3 a 150 cps.

A causa básica da vibração eÓlica,é o desprendime~

to alternado dos vórtices induzidos pelo vento.na parte superior

e inferior do condutor. Esta açao, cria um desbalanceamento das

pressoes, forçando o condutor a se mover para cima e para baixo,

em ângulo reto com a direção do vento. A Figura 1.1 mostra dife

rentes regimes de escoamento, para o ar passando através de um

condutor cilíndrico.

Re< 5 ESCOAMENTO SEM SEPARAÇÃO

UM PAR FIXO DE 5 A 15 < Re < 40 VÓRTICES DE FÓPPL

40 ,;; Re < 90 E 90< Ra < 150 0 DOIS REGIMES LAMl:'IJARES

FAIXA DE TRANSl{.ÁO 150 < Re < 300 PARA A TURBULÊNCIA

30~ Re '<: 3 x 10~ ESCOAMENTO COMPLE -TAMENTE TURBULENTO

FIGURA 1.1 - FLUXO DE AR ATRAV~S DE UM CONDUTOR CILINDRICO

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O numero adimensional S (número de Strouhal), r~

!acionando a velocidade do vento (V) o diâmetro do condutor

(d) e a frequência do vortex (f) , caracterizam este tipo de

vibração:

s = fd v

As frequências calculadas através da relação ante­

rior, usando o valor de S em torno de 0,2, são suficientemente

precisas para todos os propósitos do projeto.

b) Galoºe_do_Condutor

Esta vibração, se caracteriza por baixas frequên­

cias (0,08 a 3cps) e grandes amplitudes (5 a 300 diâmetros do

condutor), com um movimento primariamente vertical. Ela é causa

da por ventos laterais de intensidade moderada (7 a 18 m/s),

atuando sobre uma superfície assimétrica do condutor contendo g~

lo. Na Figura 1.2 vemos o surgimento da força de sustentação,

quando existe assimetria da seção causada pelo depósito de gelo.

Se o depósito de gelo, tem uma forma apropriada,

a rotação do condutor em relação ao vento, pode produzir uma va­

riação na sua sustentação e isto pode levá-lo a oscilações na <li

reção vertical. Depois que as oscilações verticais se iniciam,

o vetor soma da velocidade absoluta do vento com a velocidade do

condutor, produz uma velocidade aparente do vento que formará al

ternadamente ângulos acima e abaixo da horizontal. Isto resulta

em variações alternadas da posição do depósito de gelo em rela-

çao ao vento que efetivamente atua sobre o condutor. A Figura

1.3 mostra o movimento do condutor e seu diagrama de velocidades.

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5

GELO

VENTO )1,

VENTO )1,

SUSTENTAÇÃO

SUSTENTA®

VENTO )1,

CONDUTOR

ARRASTE

( b)

ARRASTE

( e l

FIGURA 1.2 - FORÇAS DE SUSTENTAÇÃO E DE ARRASTE EM UM CONDUTOR COM DEPÕSITO DE GELO

V

~y

( a ) ( b )

FIGURA 1.3 - DIAGRAMA DE VELOCIDADES NO GALOPE DO CONDUTOR

Se a velocidade do condutor para cima, coincide

com uma força aerodinâmica de sustentação positiva e uma veloci­

dade para baixo,com uma força de sustentação negativa, ocorrera

um galope acelerado. Caso contrário, o movimento é suprimido.

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Nestas oscilações, a potência transmitida pelo ve~

to ao condutor, é muito maior do que a potência associada com a

vibração eólica. A amplitude do galope, pode se aproximar ou mes

mo exceder a flecha do condutor, submetendo-o a elevadas cargas

dinâmicas, com todos os riscos que daí possam advir.

c) Oscilações_de_Sub-Vão

O mais recente tipo de movimento do condutor reco­

nhecido, é a oscilação de sub-vão. Ela é peculiar a feixes de

condutores expostos a ventos laterais de intensidade moderada ou

forte (4 a 30 m/s) e aparecem quando um condutor penetra na es

teira de um outro condutor adjacente. A Figura 1.4, mostra o mo

vimento de um condutor na esteira de um outro, em um feixe de

dois condutores.

FIGURA 1.4 - OSCILAÇÕES DE SUB-VAO EM UM FEIXE DE DOIS CONDUTO­RES

As forças geradas pela esteira de um condutor, me~

mo com velocidade constante do vento, são de natureza complexa e

variável. Dependendo das magnitudes e relações de fase entre as

forças envolvidas, o movimento do condutor dentro da esteira, p~

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de ser suprimido ou assumir a forma de Órbitas elípticas ou irr~

gulares. A Figura 1.5 mostra o movimento típico do condutor, du

rante o transiente.

y

X

FIGURA 1. 5 - MOVIMENTO TRANSIENTE DE UM CONDUTOR NAS OSCILAÇÕES

DE SUB-VAO

Quando o movimento se inicia, uma parte da energia

mecânica gerada pela esteira é transmitida de volta ao condutor

cuja esteira deu início ao movimento, através dos espaçadores ou

outros elementos que formam o acoplamento mecânico entre os con­

dutores no feixe. Nessas condições, o condutor gerador da este!

ra, pode se mover segundo trajetórias que frequentemente diferem

em fase e amplitude daquelas assumidas pelo condutor que está

dentro da esteira. Isto complica enormemente as forças aerodin~

micas e mecânicas que atuam sobre um determinado condutor, obvi~

mente dificultando urna correta modelação matemática do problema.

As oscilações de sub-vão, são movimentos dos condu

tores, que sob certas condições podem ficar restritos a um ou a

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um pequeno numero de sub-vãos adjacentes, dependendo de como a

energia fornecida pelo vento se distribui ao longo da linha. Na

verdade, essa distribuição de energia,se dá na forma de uma com­

plexa propagação de ondas ao longo do vão, onde o amortecimento

aerodinãmico e os vínculos da estrutura, jogam um papel fundame~

tal na forma da partição de energia para cada sub-vão. Em de

terminadas situações, o movimento pode se propagar ao longo de

todo o vão, e nestes casos, dizemos que o feixe oscila. O movi­

mento global do feixe, é uma combinação desses movimentos de on­

da em vários sub-vãos. Apesar desses movimentos serem complexos,

eles podem ser resolvidos em termos de quatro tipos básicos, co-

nhecidos como modos normais de propagação. Qualquer movimento

estacionário do feixe, pode ser entendido como uma combinação dos

modos normais. Os quatro modos são mostrados na Figura 1.6.

PROPAGACÃO \_

~10 modo 1 ~

modo 2

~NTO modo4 ~

FIGURA 1.6 - MODOS NORMAIS DE PROPAGAÇÃO PARA UM FEIXE DE DOIS CONDUTORES

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Para um estudo em profundidade sobre as oscilações em linhas de

transmissão, consultar a referência 1.

1.3 - SITUAÇÃO ATUAL DA PESQUISA SOBRE AS OSCILAÇÕES DE SUB-VÃO

Em relação as vibrações eólicas e ao galope do condutor, as

oscilações de sub-vão constituem o problema mais recente e reco­

nhecido como realmente significante nas linhas de transmissão.Is

to porque os feixes de condutores nunca foram usados até o final

dos anos 50, e não foram utilizados em condições de provocar as

oscilações de sub-vão, até meados dos anos 60.

Os primeiros danos causados a essas linhas pores­

te tipo de oscilação, foram falhas por fadiga e desgaste nos ele

mentas de suspensao ou nos espaçadores. Com a identificação do

problema, vários programas de pesquisa e testes de campo tiveram

início, muitos dos quais continuam em franco progresso. Esses e~

forças, lançaram muitas luzes sobre as causas e

envolvidos neste fenômeno. Alguns trabalhos foram

um volume considerável de experimentação em túnel

acumulado.

os mecanismos

publicados e

de vento foi

A despeito de tudo isto, o estágio tecnológico al­

cançado até o presente, é insuficiente para enfrentar o problema

em vários aspectos importantes, especialmente no que tange ao pr~

jeto. Existem muitas razões para isto, as principais sendo a

grande complexidade do fenômeno e o grande numero de variáveis

envolvidas. O fator complexidade, tornou os estudos analíticos

demorados e mais úteis como instrumentos de pesquisa do que como

um guia para o projetista. O grande número de variáveis em pau­

ta nos ensaios de laboratório, indicou que a possibilidade de g~

neralização era muito limitada. Essas dificuldades na pesquisa,

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seja de natureza teórica ou experimental, está retardando a for­

maçao de um consenso de que variáveis são importantes ou nao e

quais as simplificações que devem ser feitas, no5 tratamentos anali

ticos do problema.

1.4 - REVISÃO DE ESTUDOS ANAL!TICOS PUBLICADOS

O primeiro trabalho sobre as oscilações de sub-vão,

surgiu em 1967 com o relatório de I.P. Smith 2 ao C.E.R.L. (Cen­

tral Eletricity Research Laboratories), na Inglaterra. Após e~

te trabalho pioneiro, muitos artigos foram publicados em revis­

tas especializadas, refletindo uma grande preocupação com o pro­

blema. A maioria dos estudos analíticos foram feitos, com dois

objetivos básicos:

19 - obter uma melhor compreensao sobre as causas fundamentais e

mecanismos das oscilações

29 - o desenvolvimento de métodos para prever o comportamento do

sub-vão.

Essas análises, tratam principalmente com sistemas

simplificados,de sorte que possam ser testados em túnel de vento.

Em geral, há uma boa concordância qualitativa entre esses estudos.

Do ponto de vista quantitativo, ainda existe uma grande distãn­

cia a ser percorrida, para que teoria e experimentação possam con

vergir.

Os principais trabalhos publicados podem ser grup~

dos, dependendo do enfoque adotado, da seguinte forma:

a) A_Análise_de_Sim2son

O trabalho exploratório de Smith, foi posto numa

forma mais concisa e posteriormente desenvolvido por Alan Simpson

da Universidade de Bristol. A análise feita por Simpson 3 , diz

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respeito a um sistema com dois graus de liberdade, onde foram es

tudados certos efeitos sobre a energia do sistema, bem como a fre

quência de sincronização (confluência). Os acoplamentos aero­

elástico e mecãnico foram considerados. A análise é linear e ade

quada ao estudo da estabilidade do sistema. Os dados para os coe

ficientes de sustentação (CL) e de arraste (CD) provêm de me

<lições estáticas em túnel de vento.

Outros estudos similares apareceram. Ikegami 4'

5

et al, extenderam a análise de Simpson para incluir os efeitos

do amortecimento nos suportes.sobre a estabilidade.

Diana e Giordana 6'

7 ignoraram o amortecimento aero

dinãmico e realizaram testes com modelos em túnel de vento, con­

cluindo que este amortecimento não pode ser desprezado. Ko 8•

9

considerou os efeitos de rotação do feixe e discutiu os proble­

mas de um modelo em escala reduzida, quando testado em túnel de

vento. Simpson e Price 10 •11

, estudaram formulações alternativas

para a matriz de amortecimento aerodinãmico e conduziram extensi

vos testes em túnel de vento, concluindo que este amortecimento

pode ser ignorado se as frequências naturais do sistema, não são

muito proximas.

Tsui 12 , estabeleceu explicitamente e demonstrou ex

perimentalmente a relação entre as propriedades de simetria das

forças aerodinãmicas e o sistema de suspensão (molas).

b} A_Análise_do_Modo_de_Cor~o-Rígido

Simpson e Lawson 13, analisaram os movimentos de ga­

lope do feixe. São estudos sobre os modos normais não amorteci­

dos, com um grau de liberdade. A análise é linear, e com esta

restrição, somente é aplicável no caso em que o feixe é rígida-

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12

mente suportado em ambas as torres e oscila com pequenas ampli­

tudes. Os autores, estudaram inicialmente o galope dos conduto­

res, com depósito de gelo.

Brzozowski e Hawks 14, posteriormente publicaram um

trabalho independente para a mesma representação do feixe.

c) Análises_com_MÚlti~los_Graus_de_Liberdade

Dois trabalhos foram publicados nos quais um seg­

mento de feixe é analisado. Ko 15 , considerou o caso de quatro

condutores suspensos por molas lineares dentro de um anel sem

massa (segmento de feixe), este também suportado por molas linea

res, permitindo movimento do feixe em três direções: horizontal,

vertical e rotação em torno do eixo horizontal passando pelo cen

tro do feixe.

Uma análise semelhante foi publicada por Curami et

al 16•17

• Nela, o anel representando o segmento de feixe, foi

substituído por um espaçador. A suspensão do espaçador e tal

que permite movimentos de corpo rígido do feixe e o número de

condutores no feixe foi estendido para seis.

d) Métodos_de_Energia

Os estudos analíticos grupados nos itens an terio­

res, sao todos lineares. A validade desses estudos, obviamente

está limitada a pequenas amplitudes de movimento e somente são

capazes de prever em que condições essas amplitudes podem cres­

cer e sua velocidade de crescimento. As análises lineares nao

permitem a previsão das amplitudes máximas que as oscilações atin

gem. Para superar esta limitação Diana e Gaspareto 18 •19 , aplica­

ram o princípio da conservação de energia ao balanço global de

energia, no sistema estudado por Simpson. Dessa maneira,levaram

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13

parcialmente em conta, a nao uniformidade do campo de forças ae­

rodinâmico. A despeito das simplificações contidas neste estudo,

foi encontrada uma boa correlação entre os resultados previstos

na análise e as medições dos ciclos limite no túnel de vento.

Diana et al, extenderam este tipo de análise para

o movimento de feixes 20• Nesta análise, a escolha dos modos con

siderados,foi restringida aos modos normais nao amortecidos do

feixe ao longo do vão e esses modos foram determinados através da

separação dos modos normais 21 • As amplitudes dos ciclos limite

foram previstas, quando a energia fornecida pelas forças aerodi­

nâmicas era balanceada pela dissipação do sistema,através dos e~

paçadores. Não fica claro na análise como o amortecimento aero­

dinâmico é levado em conta.

e) Análise_Linear_com_Elementos_Finitos

O método dos elementos finitos, permite o uso de

modelos com muitos graus de liberdade e uma boa precisão nos re­

sultados numéricos.

Neste tipo de análise, os condutores do feixe, sao

sub-divididos em um certo número de barras circulares ligadas e~

tre si pelas extremidades. Estes segmentos ou elementos.são go­

vernados por equações diferenciais ordinárias e as equaçoes para

o movimento do feixe, pelo sistema simultâneo de equações dife­

renciais ordinárias. A análise que é feita, consiste no estudo

convencional de auto-valores e auto-vetores.

Teoricamente, o método dos elementos finitos, pode

fornecer resultados muito próximos do exato comportamento do fe!

xe. A aproximação, depende do tipo de elemento usado e do núme­

ro de sub-divisões do condutor, ou seja, do número de elementos

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14

empregado. A escolha do tipo de elemento e da dimensão do mesmo,

é muito importante, pois uma escolha inadequada, conduz a resul­

rados imprecisos.

~

Alguns estudos de estabilidade, empregando este me

todo, surgiram nos Últimos anos. O primeiro, devido a Ko e Ward

law 9•

22 usou um elemento relativamente sofisticado mas em peque­

na quantidade. Um Único elemento foi usado para representar ca­

da condutor em cada sub-vão. Este estudo, foi comparado com en­

saios em túnel de vento, de um modelo em escala reduzida. Uma

boa concordância qualitativa foi encontrada.

Um outro estudo de estabilidade foi publicado por

Curami et al 23• O elemento empregado era urna barra rígida e três

elementos foram usados para representar cada condutor em cada

sub-vão. O procedimento matemático é semelhante ao anterior. Os

resultados deste estudo, foram comparados com as oscilações ob­

servadas na linha de teste de Pradarena Pass, com bons resulta­

dos.

f) Análise_Não-Linear_com_Elementos_Finitos

Os estudos analíticos discutidos no item anterior,

somente sao válidos para pequenas amplitudes de vibração, pois

partem da hipótese que as forças que atuam dentro ou sobre o fei

xe variam linearmente com a amplitude. Como sabemos, as forças

aerodinâmicas não variam linearmente com as amplitudes se essas

amplitudes são grandes. O afastamento da linearidade, é usual­

mente significante, quando a amplitude de vibração é da ordem de

um diâmetro do condutor. Além do mais, as amplitudes dos ciclos

limite, são causadas exatamente pelo efeito das não linearidade&

O Único trabalho que temos conhecimento, usando es

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15

te tipo de análise, é o de Curami et al 23• Nele, foi feita uma

integração passo a passo, das equações não-lineares do movimen­

to, para feixes com dois e três condutores. Os resultados mos­

traram boa concordância com os obtidos na linha de teste da Pra­

darena Pass, mesmo com dados para condutores lisos, enquanto a

linha, usa cabos.

1. 5 - TIPOS DE EXPERIMENTAÇÃO EM TUNEL DE VENTO

Quando um feixe de múltiplos condutores,está orien

tado em relação ao vento, de tal maneira que alguns condutores

geram esteiras e outros se encontram dentro dessas esteiras, um

complicado sistema de forças aerodinâmicas, atua sobre cada um

dos condutores e consequentemente sobre todo o feixe. Essas for

ças, são funções da posição da esteira, do número de Reynolds,

da inclinação do feixe em relação ao vento, da rugosidade das su

perfícies dos condutores e das condições ambientais.

O grau de complexidade dessas forças,pode ser redu

zido sem grande perda de generalidade do fenômeno, se um feixe

simples, formado somente por dois condutores, é considerado.

Neste caso,uma Única esteira é gerada pelo condutor em contato di

reto com o vento incidente e o segundo condutor pode estar imer­

so nessa esteira.

Para um feixe assim descri to, formando um ângulo ze­

ro com o vento incidente, a variação dos coeficientes de susten­

tação (CL) e de arraste (CD) com a posição vertical, para o

condutor dentro da esteira, é mostrada na Figura 1.7 .

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16

y +)

CCEFlCIENTE DE SUSTENTAÇÃO

c Y '

COEFICIENTE DE AR<ASTE

FIGURA 1. 7 - VARIAÇAO DE c1 E CD COM A POSIÇAO VERTICAL

Devido a natureza complexa das forças aerodinâmi­

cas, nenhum método teórico rigoroso existe, para a previsão des­

sas forças. Na realidade, há um certo grau de incerteza, sobre

a origem da força de sustentação 1 º' 24'25

• Esta incerteza, associa

da com a dificuldade teórica de levar em conta alguns efeitos

tais como a rugosidade superficial e o enrolamento do cabo, tem

levado a um aumento do número de experimentos em túnel de vento,

a fim de determinar as características aerodinâmicas dos feixes

de condutores.

Basicamente, sao feitos dois diferentes tipos de

experimentos em túnel de vento. O primeiro,consiste no teste de

modelos reduzidos, representando vãos ou sub-vãos, usando cilin­

dros rígidos, com o propósito de obter uma melhor compreensão dos

mecanismos que causam as oscilaçoes ou com a finalidade de tes

tar teorias que fazem previsão acerca dessas oscilações.

tipo de experimento, é comumente chamado de ensaio dinâmico.

Este

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17

O segundo tipo, consiste em medições estáticas ou

quase-estáticas das forças aerodinâmicas atuantes no feixe, e es

sas medidas se destinam a implementar os estudos analíticos das

oscilações, conforme foi descrito no item anterior. Ele é usual

mente conhecido como ensaio estático. Tentaremos descrever su

cintamente ambos os ensaios.

a) Ensaio_Dinâmico

Neste tipo de ensaio, um modelo bi-dimensional é o

mais empregado 3•

26•27

• O modelo, geralmente é composto por cili~

dros rígidos de pequenos comprimentos e as propriedades elásti­

cas do sub-vão,são simuladas por molas de suspensão nas extremi­

dades dos cilindros. Desta maneira, o modelo é testado no túnel

de vento.

Os estudos conduzidos com esses sistemas elásticos

(modelo}, têm mostrado que se o acoplamento mecânico entre os con

dutores é desprezado, existe somente um pequeno movimento induzi

do nos condutores geradores de esteira e um pequeno efeito de re~

limentação sobre o condutor imerso na esteira. Por esta razão,

somente o condutor dentro da esteira é suspenso por molas. Na Fl gura 1.8, é mostrado esquematicamente um ensaio dinâmico com mo­

delo, conforme foi usado nas referências 26 e 28.

O sistema de suspensão do modelo, emprega molas em

ambas as extremidades, com tensoes aplicadas, de forma a contro­

lar a flecha e as frequências naturais. A dinâmica deste siste­

ma, é muito semelhante a que o condutor real está submetido, pr~

piciando o acoplamento entre os movimentos horizontal e vertical.

Contudo, as frequências e suas razões não podem ser independent~

mente controladas.

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18

1

~AÇO

1

PAREDES DO TUNEL

i~i ~ '._ _ --tWMlv- ··"""'1=ozi:z:1==2:,:jp~ACELERÔMETRO

VISTA SUPERIOR

FIGURA 1.8 - ENSAIO DINÂMICO COM MODELO

Como resultado dos ensaios dinâmicos, as seguintes

observações podem ser feitas:

1 ) Este tipo de experimento, fornece bons resultados para os estudos de estabilidade linear. Contudo, é muito difícil extrapolar diretamente os resultados destes ensaios.para as

condições reais dos condutores na linha. Isto se deve ao

carater bi-dimensional do escoamento e a ausência de uma cor

reta realimentação entre os condutores.

11} A relação entre as frequências é muito importante para a es

tabilidade do feixe. Instabilidades ocorrem, somente para

razões entre as frequências, diferentes de 1 e não ocorrerá, se o valor absoluto da diferença excede um certo valor máxi mo.

iii) As regiões instáveis, ocorrem quando o condutor está próxi­

mo das extremidades da esteira.

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19

O ensaio dinâmico com modelo reduzido, é um bom método para ob­

ter resultados qualitativos acerca das configurações do movimen­

to e outros efeitos tais como, tipos de espaçadores e rotação do

feixe.

b) Ensaio_Estático

O ensaio estático, é normalmente conduzido, no se~

tido de obter dados para tipos específicos de condutores e geom~

trias do feixe e dessa maneira poder utilizá-los nos estudos an~

líticos. Para a obtenção desses dados, empregam-se modelos de se

ções pequenas e condutores rígidos, semelhante ao que foi feito

no ensaio dinâmico. As seções do modelo, em contato direto com

o vento incidente, são rigidamente montadas e as fórças aerodinâ

micas que atuam nos condutores imersos nas esteiras,são assim me

didas.

A Figura 1.9, mostra um ensaio estático típico,co~

forme foi usado nas referências 29, 30, 31, 32 e 33.

FIGURA 1.9 - ENSAIO ESTÁTICO COM MODELO

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20

Todos os estudos referidos neste item, buscaram me

dir principalmente os coeficientes de sustentação e de arraste,

tanto para cabos como para condutores lisos. No Apêndice A, os

dados obtidos por diversos autores, são mostrados e comparados

entre si.

1.6 - OBJETIVOS DA TESE

A partir do item 1.4, podemos concluir que um vo­

lume apreciável de estudos teóricos, experimentais,ou uma combi­

nação entre eles,associados a sofisticados métodos numéricos,foi

acumulado nos Últimos dez anos, buscando um melhor entendimento do

fenômeno das oscilações de sub-vão. No entanto, a grande maio­

ria dessas investigações, continua circunscrita ao campo de est~

do dos sistemas lineares, com todas as limitações que lhe são ine

rentes. Sendo as oscilações de sub-vão, um fenômeno intrinseca­

mente não linear, e de se supor que seu estudo não linear, cond~

za a uma visão mais abrangente acerca de seus mecanismos inter­

nos, principalmente no que diz respeito a previsão das amplitu­

des máximas atingidas pelas oscilações. O conhecimento dessas

amplitudes e das variáveis diretamente relacionadas com elas co~

tinua a ser,do ponto de vista do engenheiro, a questão da maior

importância pelo papel que desempenha no processo de fadiga nos

cabos e no desgaste dos elementos de suspensão.

O presente trabalho, tem por objetivo central, f~

zero estudo analítico não linear das oscilações de sub-vão, Pª!

tindo do mesmo sistema investigado por Simpson 3 e outros pesqui-

sadores que lhe sucederam. Isto será feito, tendo como premissa

básica, o fato que o sistema estudado por Simpson, além de apre­

sentar bons resultados quando linearizado, deverá fornecer ou-

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21

tras informações nao reveladas pela análise linear, quando um en

foque não linear lhe for aplicado.

Para atingir o objetivo principal, alguns obstác~

los têm que ser vencidos. O mais importante, consiste na obten­

çao de uma descrição matemática simples dos coeficientes de sus­

tentação e de arraste, de modo a tornar o estudo analítico tam­

bém mais simples. Devido às dificuldades em se fazer um ensaio

estático com modelo reduzido, optou-se pela utilização de resul­

tados experimentais já publicados para os coeficientes de susten

tação e de arraste, de modo que funções semi-empíricas sejam in­

corporadas ao modelo matemático.

Para complementar o estudo analítico, algumas si­

mulações com os computadores analógico e digital serão feitas.

1.7 - COMENTÁRIOS

De maneira geral, temos o seguinte a comentar:

a) O movimento oscilatório dos condutores, nas linhas de trans­

missão, sob qualquer forma que se apresente constitui um

problema de real importância para o seu projeto mecânico. Vá

rios aspectos deste problema continuam em aberto, principal­

mente os relacionados com os métodos de previsão de sua ocor

rência e os meios de evitá-lo ou mesmo minimizá-lo.

b) Dentre os tipos de movimento do condutor, as oscilações de

sub-vão se destacam como o mais recente, onde as previsões

sobre as amplitudes máximas das oscilações, não só continuam

em aberto, como praticamente inexistem estudos analíticos a esse respeito.

c) O alto investimento necessário para montagem de linhas expe­

rimentais de teste, ao lado das limitações dos estudos analí

ticos até agora realizados, têm levado a um aumento conside-

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22

rável do numero de experimentos com modelos reduzidos em tú­

nel de vento, na tentativa de reproduzir o que se passa com o sistema real.

d) O enfoque nao linear do problema das oscilações de sub-vão,

combinado com novos estudos experimentais, deverá revelar as

pectos novos do fenômeno, com aplicação direta no projeto me cânico.

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23

II- MODELO NAO LINEAR SIMPLIFICADO

2.1 - MODELO MATEMÁTICO

Para o estudo que se segue faremos as seguintes

hipóteses:

a) Os condutores sao idênticos, lisos e rígidos.

b) Um dos condutores é mantido fixo. Isto implica em nao consi­

derar acoplamento mecânico entre eles.

c) Os coeficientes de sustentação e de arraste, sao independen­

tes da velocidade do vento. Eles são obtidos a partir de me­

dições estáticas em túnel de vento, obedecendo a hipótese b).

d) Não existe interação entre as esteiras geradas pelos conduto­

res fixo e móvel, na faixa de 10 a 30 diâmetros do condutor.

e) A velocidade local do vento, no condutor móvel, e sempre hori

zontal.

f) O escoamento e bi-dimensional. Nenhum efeito de ponta e con­

siderado.

g) As molas são lineares.

h) O condutor móvel, possui pequenos deslocamentos em torno da

posição não perturbada.

i) Toda a massa do condutor móvel, e concentrada em uma Única massa discreta.

Consideremos um feixe formado por dois condutores.

Sobre o condutor fixo, fazemos coincidir a origem de um sistema

de coordenadas X , Y . O condutor móvel, na posição nao pertuE

bada, terá coordenadas (X0

, Y0

) e chamaremos de m , d e 9,

sua massa, diâmetro e comprimento, respectivamente. O vetor

velocidade do vento V , está dirigido segundo o eixo dos X. A

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24

velocidade local do vento, no condutor móvel, é dada por nV

onde n e uma constante que leva em conta a esteira do condutor

fixo. KXX e Kyy representam a rigidez horizontal e vertical

dos suportes do condutor móvel.

A Figura 2.1 mostra o sistema de forças e o dia­

grama de velocidade sobre o condutor móvel.

y

V - Xo

( o )

mv Kyy (Y-Yo)

X

' ' v,

( b)

FIGURA 2.1 - FORÇAS E VELOCIDADES RELATIVAS

Fazendo o balanço das forças sobre o condutor mo-

vel, obtemos:

e z. 1 i

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onde:

onde:

por:

onde:

C* e C* L D

25

sao as componentes das forças aerodinâmicas e

sao as coordenadas do condutor móvel

Da Figura (2.1) podemos escrever:

( 2. 2)

sao as forças de sustentação e de arraste sobre

o condutor móvel e y e o ângulo que a veloci-

dade relativa do vento

X •

V , faz com o eixo dos -r

Como n V - X>> Y temos que:

vr = lcn V - X) 2 + Y2 ~ (n V - X) ( 2. 3)

As

FL

FD

forças de sustentação e de arraste, sao dadas

1 p l!, d v2 l!, d v2 C* r

CL p = 2 r L 2 n2 (2.4)

1 * p l!, d v2 = p l!, d v2 CD

r CD 2 r 2 n2

sao os coeficientes de sustentação e de arraste

baseados na velocidade local do vento. Eles es

tão relacionados com CL e CD calculados com base na velocidade V através das relações:

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26

Substituindo (2.4) em (2.2), obtemos:

. Usando (2. 3) e desprezando os termos de segunda ordem (X 2 e XY),

temos:

pídV • FX " 7n {CL y + CD (n V - 2 X)}

e 2. s)

pídV . . Fy " { CL (n V - 2 X) - c Y} ~ D

Combinando (2.1) e (2.5) temos as seguintes equaçoes:

p.Q.dV ' • } m X+ Kxx (X - Xº) = ~ {CL Y + CD (n V - 2 X)

e 2. 6)

·· e )=ptdv{ e 2·i Y} m y + Kyy y - yo ~ CL n V - X - CD

Introduzindo as seguintes variáveis, podemos tornar (2.6) adi­

mensional:

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X =

(1)2;

X

µ =

onde a

X - X o

d y =

(1)2

y

CI =

27

y - y o

d

11 V

d wx

O modelo fica então:

X = o

d

x" + x = µ {CL y' + CD (a - 2 x')}

y" + k 2 y = µ { CL ( a - 2 x') - CD Y' }

T

(2. 7)

e 2. s)

representa diferenciação em relação ao tempo adimen-

si onal , e µ é wn parãmetro pequeno para O < V < 30 m/ s.

2.2 - COEFICIENTES DE SUSTENTAÇÃO E DE ARRASTE

Uma das dificuldades em se estudar o modelo (2.8)

consiste na obtenção de CL e CD , o que só pode ser feito ex­

perimentalmente. No presente trabalho, utilizaremos os resulta­

dos experimentais publicados por Cooper~.

Vários pesquisadores, tentaram representar CL e

CD usando modelos matemáticos diferentes. Os trabalhos mais co

- s· 3+ D" I:i!l nhecidos sao os de 1mpson e 1ana et a O primeiro usou fu~

ções trigonométricas e o segundo, polinomios de alta ordem para

cobrir regiões diferentes na esteira do condutor fixo.

Os modelos matemáticos disponíveis não são fáceis

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28

de implementar o estudo analítico, como pretendemos fazer. Des­

sa maneira, buscou-se um modelo matemático simples, que melhor

representasse aquelas funções, dentro de um certo intervalo de

estudo. O modelo escolhido foi:

CL = -x1 {Al c-2::d) 3

- A2 c-2'.:d)} C0l

A ajustagem das curvas, usando o método dos míni­

mos quadrados, mostrou que os seguintes valores dos coeficientes

fornecem a melhor representação na região

(Apêndice B)

O , O 7 A2 = 1,07

10 < X < 30 e y < 4 o o

B1 = - 0,004 B2

= 0,10 B3 = 0,04 B4 = 0,47

e 2. 9 i

Usando as variáveis de (2. 7) , os coeficientes de

sustentação e de arraste podem ser escritos:

1

(2.10)

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29

2.3 - MODELO NÃO LINEAR SIMPLIFICADO

Como uma primeira aproximação, os coeficientes

CL e CD podem ser escritos na forma:

(2 .11)

onde os coeficientes a0

, a1 , a2 e b0

, b1 , b2 sao obtidos

expandindo as expressoes para CL e CD em série de Taylor em

torno de ex y) Esta expansão fornece: o , o - .

Al y3 - A2 Yo o bo B y' + B y2 + B3 lx + B4 ªo = =

XO 1 o 2 o o

Al y i - A Yo B3 o 2 bl ª1 =-

x2 2 ~ o

3 A1 y2 - A2 o

bz 4 Bl y3 2 Bz ªz = + Yo

XO o

(2.12)

onde x0

> 10

O modelo (2.8) toma a forma:

x" + x µ {y' (a0

+a1 x+a2 y) + (a-2 x') (b0

+ b1 x + b 2 y)}

y" + k 2 y µ { ( a - 2 X' ) ( a0

+ a1 X + a2 y) - y' ( b O + b l X + b z y) }

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30

Para que o modelo fique livre de componentes cons

tantes, fazemos a seguinte transformação linear:

y = Uz + Y• (2.13)

Substituindo (2.13) no modelo e igualando a zero

os termos constantes, obtemos:

a bz - b [a2 - µk~} { o o x. =

D

bo a - ªo [bl - µ lJ} 1 y. = {

D

(2.14)

D = [b1 - µ 1 a] [a - Ê_J - a b 2 µ a 1 2

D f O

O modelo pode finalmente ser posto na forma:

(2.15)

onde:

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31

w2 1 - )J a b 1 w2 = k2 - )J a ªz 1 2

Y1 = )J a bz Yz = )J a ª1 (2.16)

1

A

~ A k2 y* vl Vz = )J a )J a

O modelo matemático que será estudado no presente

capítulo, e, obviamente um sistema de equações diferenciais não

lineares, acoplado.

2.4 - METODO DAS MÜLTIPLAS ESCALAS DE TEMPO

Dentre os métodos empregados na solução de mode­

los nao lineares, o método das múltiplas escalas de tempo, vem

sendo extensivamente usado por vários pesquisadores nos Últimos 35,li anos

onde:

Admitiremos para (2.15) uma solução da forma:

ul = E ull (To, Tl) + Ez ul2 (To, Tl) + ••• l Uz = E Uzl (To , Tl) + €2 Uzz (To , Tl) + •.. j

To = T Tl = E T

A A

vl = E vl Vz = E Vz

(2.17)

(2.18)

u .. (T , T1) sao funções desconhecidas e E e um parâmetro p_e lJ o queno mas finito.

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onde:

Os operadores

D o

32

e sao dados por:

Substituindo (2.17) em (2.15) e igualando os coe­

ficientes de E e c 2 a zero, obtemos:

(2.19)

e

D2 u12 - Y1 u22 + w2 Ul2 = µ {Cal ull + ª2 u21) (Do u21) o 1 - 2 (bl ull + b2 u21) (Do ull)

+ V2 (Do u21) - 2 v1 (Do ull)}

- 2 Do Dl ull (2. 20)

D2 uzz - Y2 u12 o + w2 2 u22 -µ{Z(al ull .. ªz uz1) (Do ull)

+ (bl ull + b2 U21) (Do u21)

+ vl (Do u21) + 2 v 2 (Do ull)}

- 2 D o Dl u21

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33

A solução de (2.19) toma a forma:

J íll T J íl2 T {A* (Tl)

o + A* (T 1) º} ull ; e e + CC 1 2

(2.21) J T j T íll íl2

{1\ AÍ (T 1) o

+ 1\2 Az (T 1) º} U21 ; e e + CC

onde:

(n ; 1 , 2) sao em geral quantidades comple­

xas e cc e o complexo conjugado

da quantidade anterior.

Substituindo (2.21) em (2.19) e simplificando, ob

temos a seguinte equação característica:

(2.22a)

a qual fornece

1 íl r 2 ;

2 {(w2 + Wz) ± /(w2 - w~)z + 4 Y1 y2}

' 1 1

(2.22b) w2 - íl 2 Y2

]\ 1 n n ; 1 ' 2 ; ;

w2 íl 2 n Y1 -2 n

válido para

e y 2 f O (2. 22c)

Substituindo (2.21) em (2.20) obtemos:

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34

D~ ul2 - Y1 u22 + w2 ul2 =

1

<[- Ai] j íll T

2 A*' - µ C2 Í\l) íl1 e o J 1 \Jl - \/2

[- 2 Az] íl 2 e j íl2 T

+ A*' - µ C2 vl - v2 J\2) o

2

+ [ Í\l Í\l) J j 2 íll T

Ca1 + a 2 A1 ) - 2 Cb1 + b2 A *2 íl1 e o µ 1

[ J\2 (bl + b2 A2)] µ Az2 íl2 e J z íl 2 T

+ Ca1 + a 2 A2 ) - 2 o

+ termos que nao contribuem

(2.23)

e

D2 2 = o u22 Y2 ul2 + wz u22

<[- Ai] j íll T

J 2 Í\l A*' - µ (2 \! 2 + \! 1 Í\l) íl1

e o 1

[- Az] j íl2 T

+ 2 J\2 A*' - µ (2 \! 2 + \! 1 J\2) íl 2 e o 2

[- A1)] j 2 íll T

+ 2 (al + Í\l) - Í\l (bl + b2 A*2 íl 1 e o ª2 µ

1 >

[- J\2) J j 2 íl2 T

+ 2 (al + ª2 A2) J\2 (bl + b2 A*2 íl 2 e o - µ 2

+ [íl1 { 2 (al + ª2 A2l + i'il (bl + bz J\2) }

{2 i'il) (b 1 + b 2 i'il) } ] µ Ãi Az e j (íl2-íl1l To )

- íl2 (al + ªz + Az

+ termos que nao contribuem

(2.24)

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35

onde:

a representa diferenciação em relação a T1 e

a o complexo conjugado da quantidade.

2.5 - CONTORNOS DE ESTABILIDADE PARA O CASO NÃO RESSONANTE

No caso de nao ser próximo de 2 n1 nem de

1 2 íl1 , procuramos uma solução particular para (2.23) e ( 2. 2 4) da

forma:

J "'1 To j "'2 T o Ul2 = pll e + P12 e

(2.25) j íl 1 T J "'2 To o

u22 = P21 e + P22 e

o que implica que o sistema possui oscilações auto-sustentáveis,

se a solução existe.

Substituindo (2.25) em (2.23) e (2.24), igualando j "'1 To j "'2 To

os coeficientes de e e e em ambos os lados, te-

mos:

n = 1, 2

onde:

J. R* ln

(2.26)

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36

R* = [- 2 A*' - µ (2 V - V Í\. ) A•] íl l ln n 1 2 n n n

f (2.27)

R* = [- 2 Í\. A*' - µ (2 v2 + v1 An) A;] íl 2n n n n

n = 1, 2

O determinante dos coeficientes de (2.26) é esse~

cialmente idêntico a (2.22a). Consequentemente podemos escrever:

fornecendo

onde:

w2 1 J R* ln

- y J R* 2 2n

R* = -ln A R* n 2n

n = 1, 2

Usando (2.27), obtemos:

T A*' + A* = o n n n

n = 1, 2

(yl) Íl.2 + 1 Y2 n

e y 1) An (2 Vz + vl An) +

- y 2

n = 1, 2

= o (2.28a)

(2.28b)

(2.29)

(2 v1 - v 2 An)

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37

válido para

n = 1, 2

Assim, o condutor móvel tenderá para sua posição

de equilíbrio estável se, quando perturbado 'n > O Ele será

instável se T < 0 • n

Os contornos separando os regimes estáveis dos ins

táveis sao obtidos, igualando o numerador de (2.29) a zero. Is­

to implica em A1 = A2 ou n1 = n2 . A equação (2.22b) fornece

a condição:

(2.30)

que pode ser escrita como:

- r ± /r2 + 4 r* ([ 2 XO = { } (a) 2 r*

onde

r* k2 - 1 r

B3 (b) = = 2 w

w µ CI. e d)

(2.31)

Para cada valor de y0

, a equaçao (2.31c) forne­

ce dois valores para ([ . Para uma dada velocidade do vento, p~

demos calcular r e r* usando (2.31b).

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38

A equaçao (2.31a) fornece quatro valores possí-

veis para X • o Esses valores de fornecem os contor

nos que separam as regiões estáveis das instáveis.

Contornos típicos são mostrados na Figura 2.2.

Ao longo desses contornos, a frequência de oscila

çao o vale 11/2 (w2 1 + w2) , ou seja:

íl2 1 [c1 + k2) 1

(B3 ix + 6 A y2 - 2 A2) w] = 2 - 2 x0

o 1 o

(2.32)

dependendo das coordenadas espaciais e da velocidade de vento.

2.6 - OSCILAÇÕES AUTO-SUSTENTÁVEIS PARA O CASO NAO RESSONANTE

1 ocorrer se Tn

Oscilações auto-sustentáveis, A*= cte n podem

= o O denominador de (2.29) é então igualado a

zero, onde obtemos as seguintes condições:

Caso 1:

Existem quatro casos a serem examinados:

\J f o 1 e

Isto implica em x* f O e

As equações (2.33) podem ser escritas:

(2.33)

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1.0

2.0

3.0

4.0

Yo

10.0 15.0 20.0

/i

L _____

o V = 15 m Is

• V= 21 m /S

+ V= 30 m /s

/// INSTÁVEL

FIGURA 2.2 - CONTORNOS DE ESTABILIDADE

25.0

2 2 2 z )

+ 2

30.0

Xo

1

1

7~

_ ____ ....J

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40

( Y1) A2 + 2 (2 Y1

1) Al -Y2 1 Y2

; o ( Y1) A2 + 2 (2

Y1 - 1) A2 Y2 2 Yz

podendo ser satisfeito por qualquer das três relações:

(yl) Al Az ; 2

Yz Al ; Az (2.34)

2 Y1 ; Yz

A primeira relação em (2.34) pode ser eliminada,

pois implica em y 1 Yz; O , contradizendo a condição (2.22c).

A segunda relação fornece os contornos (2.31) e

frequências (2.32). Isto pode ser interpretado como o lugar de

todos os pontos no plano X - Y associado a oscilações auto-sus

tentáveis, para uma particular velocidade do vento. Em outras

palavras, cada ponto neste caso, é associado a uma velocidade

crítica do vento Vc , a qual provoca oscilações auto-sustentá­

veis. Esta velocidade crítica é dada por:

(2.35)

A Última relação em (2.34) implica em

fornecendo por sua vez

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41

} e 2. 36 J 1~ Az - Al y2

+ - o - 2B 2 + 2 B1 y~

As curvas ( 2. 36) representam o lugar de todos os

pontos com oscilações auto-sustentáveis que não dependem de uma

específica velocidade crítica. Contudo, a frequência de oscila­

ção ao longo destas curvas, é dependente tanto das coordenadas

espaciais como da velocidade do vento obtida por (2.22b).

Deve ser enfatizado, que as oscilações sobre as

curvas (2.36), para todas as velocidades do vento, só serao pos­

síveis se v1 r O e v 2 r O

Curva típica é dada na Figura 2.3, mostrando o

lugar de todos os pontos com oscilações auto-sustentáveis, inde­

pendentes da intensidade da velocidade do vento.

1.0

20

3.0

3.9 4.0

Yo '

1.48

1 1 1

1 1 \ \

\

'

10.0 15.0

' '

20.0 25.0 30.0

Xo 1

1

1

1

1

I_ - -· - - - - - - -- _J \ 1

FIGURA 2.3 - LUGAR DOS PONTOS QUE INDEPENDEM DE UMA DETERMINADA VELOCIDADE CR!TICA DO VENTO

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42

Caso 2:

e

As equaçoes (2.23) fornecem a condição

significando oscilações auto-sustentáveis ao longo das curvas

(2.36). Mas, neste caso, cada ponto sobre a curva e associado a

uma velocidade crítica do vento V c dada por:

V c = kVt a b-0

a b o 2 o 2

obtida da equaçao v1 = O .

Caso 3

e v2 = 0

As equaçoes (2.33) fornecem a condição

(2.37)

significando oscilações auto-sustentáveis para pontos sobre as

curvas de contorno (2.31), onde a velocidade crítica Vc é dada

por:

1

(2.38)

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43

obtida da equaçao v2 O .

Caso 4

e

Combinando as relações (2.37) e (2.38) obtemos

os contornos no plano X - Y dados por:

(2.39)

os quais estão associados a velocidades críticas definidas por

(2.37) e (2.38).

A Figura 2.4 mostra curvas típicas para pontos e~

citados por uma dada velocidade crítica do vento. Os seguintes

dados foram usados para o caso não ressonante:

m = 3, 13 kg = 0,91 m; d= 0,04 m; wx = 6,91 rd/s

wy = 7 ,23 rd/s ; p = 1,225 kg/m 3 •

1.48 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0

LO

I ,,,,.;: ..... .,...-,,,,,,...-1 ,, , ,, I 1 / / 1 1 /1 \ 1 1 1 \ ', ' 1

\ ' .... ..... ' ' ................ 1 ' ...... - ::: -o ' ..... ..... -+ \ ' -- o ' .... o \ ', -1 t ' .... " ............... ' ' ' .... '-f-_'i7-.............. o

Xo

2.0 ---r-----'0 1 --0 1 +---- ---p L' ---1- - - - - -=-==---e=-,_ -º-=- + ===-==-=--t

~ _V_= 1_2 m_is _________ _J

ASSINTOTA

m/s

V= 18 m/s

m/s

3.0

3.0 '

4.0 ' \ Yo 1

FIGURA 2.4 - PONTOS EXCITADOS POR UMA DADA VELOCIDADE CR!TICA

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44

Um enfoque diferente pode ser usado para definir

as velocidades críticas em cada ponto do campo de estudo. Isto

esti detalhado no Apindice C.

2.7 - CASO RESSONANTE (íl 2 = 2 íl 1)

Introduzindo um fator de dessincronia o ,tal que

podemos escrever:

2 íll T = íl2 T - O E T = ílz T - o T1 ~ o o o o (2.40)

Cílz - íl1l To = (íll + E T) T = íll To + o T1 J o

Procuramos uma solução particular para (2.23) e

(2.24) da forma dada por (2.25).

Seguindo o mesmo procedimento apresentado na se-

çao anterior, podemos mostrar que

são, neste caso, dadas por:

A*' + rl A* = s1 1 1

A*' + rz A* = Sz 2 2

onde:

Ã* 1

A* 1

A* 2

A .2 1 e

e

e

-J

j

o

A* 2

o Tl

Tl

das equações (2.21)

(2.41)

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45

S1 = µ (bl + b 2 1\) Sz = µ bl + b2 Az)

J y 1 1 Ír12 + Az c~1) Pzz1 l P11 • Al (Yz) Pz1J rl = rz = .!.< 2 >

2 l y 2 l 1 + Ai (~ ~) J 1 + A2 (_l)

1 Yz

1 y

A1 [cz a2 + Sz A1 ) s1 = { c-1.) r

( Y1) J Yz 2 ll + A2

1 Yz

ílz Az)] - - (2 ª1 + 81 íl1

+ [cz Bz - Az) -ílz

(2Sl-a1Az)]} ªz íll

íl 1 y Sz = { (_l) Az ( 2 ª1 + S 1 Al)

z ,i 2 [1 Y1 J Yz + A2 (--) 2 Yz

(2. 42)

A solução das equaçoes (2.41) pode ser escrita na

forma:

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onde:

onde:

46

1 J 82 A* 2 = 2 P2 e (2.43)

p1 , p2 , e1 e 82 sao funções reais dependentes de T1 .

Pi+ rl P1 =

Pz + rz Pz =

y* = - [} Sz

Substituindo (2.43) em (2.41) e orde­

nando os termos,temos:

1 z 51 p1 p 2 cos y*

1 pf cos (2.44) "Z Sz y* >

Pf + s1 P2]

sen y* + o -Pz

Quando as condições de regime permanente prevale­

cem, podemos escrever:

Pi= O Pz = O e

As relações anteriores ficam:

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47

± (r 2 + z r 1 ) cos (y *) s =

l(f 2 + 2 r ) 2 + a2 1

(pl) s 2 /rz rl

(2.45) = (y .) s cos s1 Sz

(Pz) S z r 1

= s1 cos (y .) s

As equaçoes acima fornecem as amplitudes dos ci­

clos limite, somente para o caso ressonante n2 ~ 2 n1 .

Usando o fato que n2 ~ 2 n1 e as equaçoes (2.22),

obtemos:

onde:

(2.46)

r 3 = 4 - 17 k 2 + 4 k 4

Significando que para cada ponto (x0

, y0

) , na

região em estudo, podemos definir uma triade (r1 , r 2 , r 3) , e

consequentemente um polinômio em W Se W ~reale positivo,

então existe uma velocidade crítica V* do vento neste ponto,

a qual induz um ciclo limite com raios dados por (2.45). Neste

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48

caso, a frequência é obtida de (2.22).

O segundo caso ressonante íl 2 ~} íl 1 e idêntico

ao primeiro (íl 2 ~ 2 íl 1) em todos os aspectos. Para demonstrar

isso, basta usar o fato que e as relações (2.22).

Assim, podemos mostrar que a relação (2.46) é também válida para

este caso.

2.8 - ESTABILIDADE DOS CICLOS-LIMITE PARA O CASO RESSONANTE

Devido a identidade entre os dois tipos possíveis

de ressonancia interna, o estudo da estabilidade dos ciclos limi

te será feito usando-se as equaçoes (2. 44),

As soluções estacionárias das soluções periódicas

em (2.44), correspondem a fazer Pi; Pz; y~; O , cujas expre~

sões são dadas por (2.45).

A estabilidade dessas oscilações pode ser obtida

fazendo-se:

Desenvolvendo-se (2.44) em potências de

6 Pz , 6 y. e tomando somente os termos lineares, temos:

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49

t:, Pi l =

t:, Pz Pz1 Pzz Pz3 t:, Pz (2.47)

onde:

- rl + 1

CPz) s [1 - i (y .) s] P11 = -z 51

1 (pl) S [1 1

(y.)s] P1z = 7 51 l

1 (pl) s CPz)s (y.)s P13 = - 2 51

Pz1 = [ 1 Sz CP1) S 1 - 2 (y .) s]

Pzz - - rz

1 (pl) s (y .) s Pz3 = - 7 52

Sz (pl) s

[1 - i (y.)s] P31 - - (p) (y.)s 2 S

P3z = - [- l s (pl) s + z z e ) 2

Pz S s 1] ~ - } (y.)s] (y .) s

P33 = -[i s, CP1) s • s, (Pzls] [, - 1 ( y .) s l

CPz) s 2

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50

Para a estabilidade dos ciclos limite, basta que

os auto-valores da matriz quadrada em (2.47), estejam do lado es

querdo do plano complexo.

A Figura 2.5 mostra contornos típicos de pontos

que têm cilos limite estáveis, para velocidades críticas especi­

ficadas. A estabilidade foi testada para o seguinte sistema:

m = 3,13 kg ; i = 0,91 m; d= 0,04 m; wx = 6,91 rd/s

w 13,82 rd/s ; p = 1,225 kg/m 3 y

1.0 -

2.0

3.0

4.0

Yo

!O.O 15.0 20.0

15 m/s

fZ'.J INSTÁVEL

25.0

12 m.t

30.0

1 Xo

1

1

1

__ I

FIGURA 2.5 - CONTORNOS T!PICOS DE PONTOS QUE TÊM CICLOS LIMITE ESTÁVEIS PARA VELOCIDADES CR!TICAS ESPECIFICADAS

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51

2.9 - M~TODO ALTERNATIVO PARA A SOLUÇÃO DO MODELO NÃO LINEAR SIM PLIFICADO

Um método alternativo para se estudar o modelo

(2.15), é o de Krylov e Bogoliubov. Para tanto, basta definir

as seguintes funções:

A equaçao (2.15) pode ser escrita como se segue:

u" - Y1 Uz + w2 ul = µ f(u 1 , Uz ' , Uz) 1 1 , ul

(2.49)

u" - Yz ul + w2 Uz 2 2 = - g(ul 'Uz ' 'Uz) µ , ul

Procuramos para o sistema acima, urna solução da

forma:

(2.50)

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52

onde:

n1 , n2 , A1 e A2 sao os mesmos definidos por (2.22) e

Ai , Az , S1 e Sz sao funções desconhecidas de T

Chamando

(2.51)

podemos diferenciar (2.50) em relação a T e obter:

(2.52)

u' 2

com as seguintes equaçoes complementares:

A*' sen ,,. + A~' sen ''' + A* S' cos ''' + A~ S' cos ,,, = O 1 't'l - -L 'l'Z 1 1 'l'l - -L 2 '1'2

(2.53)

Diferenciando (2.52), substitutindo em (2.49) e

usando (2.22), obtemos as seguintes relações:

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53

A*' 1

(2. 54)

onde

(2.55)

As equaçoes (2.53) e (2.54) podem ser escritas na

seguinte forma:

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54

sl Sz c1 Cz A*' 1

o

Al Sl Az sz Al Cl Az cz Az' o =

i1i c1 ílz cz - S\ S1 - ílz sz Ai s' 1 µ f*

Al íll Cl Az ílz Cz - Al íll Sl - Az ílz sz \ Az s' 2 - µ g*

onde adotamos as seguintes abreviações:

O determinante da matriz quadrada da equação ante

rior, vale:

Para ~ f O , ou seja, A1 f A2 , a solução da equaçao nos dá:

A*' = µ Y1

{g* + Az f*} cos 1/J1 1 íl1 (ílf - ílz)

A*' - µ Y1

{g* + Al f*} cos 1/Jz = 2 íl2 (íl~ - íl 2)

2 (2.56) - µ y

A* s' = 1 { g* + Az f*} sen 1/Jl 1 1 íl1 (ílf - ílz)

A* S' = µ y 1

{g* + Al f*} sen 1/Jz 2 2 ílz (ílf - ílz)

Para um comportamento próximo do linear (µ+O),

podemos definir as seguintes funções:

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55

(F1

, G1

) 1 J2TI J2TI (f* , g*) cos w1 aw 1 dw 2 = 2 TI 2

o o

(Fz , Gz). = 1 J2TI J2TI (f* , g*) cos w2 dw 1 dt2 2 TI 2

o o (2.57)

(F3 , G3) = 1 J2TI J2TI (f* , g*) sen w1 dw1

dt2 2 TI 2

o o

(F4 , G 4) 1 f 2 TI J2TI (f* , g*) sen w2 dt 1 dw 2 =

2 TI 2 J o o

Podemos então escrever:

A*' = µ Y1

[G1 + Az F1] 1 íl1 (ílí - ílz)

A*' - µ Y1

[Gz + Al Fz] = 2 íl 2 (íl1 - ílz)

(2.58)

- µ y [G3 + Az F3] A* S' 1 =

1 1 íll (ílí - ílz)

A* S' = µ Y1

[G4 + Al F4] 2 2 íl (íl 2 - íl 2

) 2 1 2

Para íl1 nao próximo de 2 n2 1 ou 2 íl1 , podemos mostrar que:

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onde:

Tl =

Tz =

56

As equaçoes (2.58) tomam a seguinte forma:

T A*' + A* = o 1 1 1

S' = O 1

T A*' + A* = o 2 2 2

S' = O 2

- (,l2 - íl2) 1 2

Az)) l µy 1 F\Ci\- 2 A2) + v2 (2 + Al

(íl2 -1

íl 2) 2

µ Y 1 { 02 CA2 - 2 A1 ) + v2

(2 + A1 A2 )}

(2.59)

Podemos mostrar que as relações acima sao identi­

cas a (2.29), que foram obtidas usando o método das múltiplas es­

calas de tempo.

Para oscilações auto-sustentáveis fazemos:

1 = 1 = o

para obter:

= o (2.60)

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57

Para solução nao trivial, o determinante da ma­

triz quadrada deve ser nulo, fornecendo as seguintes relações:

Al = A2 l 2 + Al A2 = Y1 (2 Y1 - Y2) J

(2.61)

Estes resultados sao identicos aos obtidos em

(2.34).. Para o caso

guinte equação:

v = o 1

como foi previsto em (2.37).

e v2 f O , obtemos de (2.60) a se

Para o caso v1 f O e v2

= O , as relações em

(2.60) implicam em

como foi previsto em (2.38)

Concluimos então, que o método de Krylov e Bogo­

liubov preve idênticos resultados para o caso não ressonante,tal

qual o método das múltiplas escalas de tempo.

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58

2.10 - COMENTÃRIOS

Em resumo, podemos fazer as seguintes observaçoes

a) O modelo nao linear simplificado, foi tratado por dois méto­

dos diferentes, "o das múltiplas escalas de tempo" e "o de

Krylov e Bogoliubov". Os resultados são idênticos.

b) No modelo simplificado, foram retidos somente os termos linea

res das expansoes em série de Taylor para c1 e CD. Ades

peito desta simplificação, o modelo continua sendo nao linear.

Isto foi intencionalmente feito, para simplificar a análise

não linear neste Capítulo.

c) Os estudos conduzidos com o modelo nao linear simplificado,r~

velaram os seguintes resultados, na esteira do condutor fixo:

il Para uma dada velocidade do vento, existe uma região de

instabilidade, onde as amplitudes somente serao limitadas,

pelas restriçoes mecânicas do sistema real. Estas restri­

çoes não foram levadas em conta no modelo.

ii) Para cada ponto da região de estudo, existe uma velocidade

crítica do vento, a qual, pode induzir oscilaçoes auto-sus

tentáveis.

d) Em todos os casos, onde oscilaçoes auto-sustentáveis sao pos­

síveis, podemos calcular a frequência associada.

e} S possível prever as amplitudes dos ciclos limite em casos e~

peciais (o caso ressonante).

associados com velocidades do

Entretanto, estes casos estão

impossíveis de

próximo de 1).

vento excepcionalmente elevadas, w

ocorrer em situação reais (quando k = .::::Z é wx

f) Os dois métodos empregados, nao conseguem prever as ampli tu­

des dos ciclos limite, no caso geral. Isto é atribuido ao fa

to do modelo não linear estudado, ter sido por demais simpli­

ficado. Deveremos incluir os termos de segunda ordem, das ex

pansoes em série de Taylor para c1 e CD, a fim de tornar

possível a obtenção daquelas amplitudes.

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59

g) As observaç6es feitas em (f) implicam, que no caso geral, o

sistema se comporta como um sistema não amortecido linear com

oscilaç6es cujas amplitudes dependem das condiç6es iniciais.

h) O modelo simplificado, fornece uma primeira visão aproximada,

do que seja o comportamento não linear do sistema. Os estu­

dos de estabilidade que foram conduzidos neste Capítulo, ti­

nham o objetivo de avaliar a estabilidade da dinâmica do sis-tema. Isto é inteiramente diferente, dos estudos convencia-

nais de estabilidade, normalmente feitos em problemas de

"flütter", usando o critério de Routh-Hurwitz.

i) As equaçoes que governam o movimento do condutor, usadas nes­

te capítulo, são as mais simples possíveis, com a caracterís­

tica de reter parte do carater não linear do sistema. Apesar

disto, foi possível prever a presença de oscilaç6es auto-sus­

tentáveis, e definir as condiç6es para que elas ocorressem.

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60

III - CICLOS-LIMITE

3.1 - MODELO COM NÃO LINEARIDADE CÜBICA

O modelo não linear simplificado, estudado no ca­

pítulo anterior, retendo somente os termos lineares das expan­

sões em série de Taylor para CL e CD , não permite o cálculo

das amplitudes dos ciclos limite, por ser excessivamente simpli­

ficado.

Expandindo agora CL e CD em torno de

y0

) e tomando até os termos de segunda ordem das expansões, po­

demos escrever:

onde os coeficientes

3 l:

j=l

3 l:

j=l

a .. lJ

4-j l:

i=l

4-j l:

i=l

i-1 J0

1 a .. X y -lJ

i-1 j-1 b .. X y lJ

e b .. lJ sao dados por:

X o

= - bzz = o

( 3. 1)

(3.2)

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61

Para cada ponto ex y) os coeficientes de . o , o ,

(3.1) podem ser calculados usando-se (3.2). O modelo (2.8), po­

de então ser escrito na seguinte forma:

3 4-j i-1 j-1 x" + X = )J {y' e l: l: a .. X y ) j =l i=l lJ

3 4-j i-1 yj -1) } + (ex - 2 X') e l: l: b-. X j=l i=l lJ

e 3. 3 J

3 y" + k 2 y = µ {(a - 2 x') e i:

j=l

- y' 3

e i: j=l

4-j l: b .. xi-j yj-1)}

i=l lJ

Ao substituirmos (3.1) em (2.8), obtendo as equa­

çoes (3.3), podemos verificar que elas contem termos independeu-

tes de x ou y Para eliminar do modelo os termos constantes,

adotamos a mesma transformação (2.13), onde x. e y. sao cons

tantes a serem determinadas.

Substituindo (2 .13) em (3. 3) e igualando os ter­

mos constantes a zero, obtemos:

3 4-j i-1 j-1 x. = )J a l: l: b .. x. y. j=l i=l lJ

(3.4) 3 4-j i-1 j -1 µ a y. =

~ l: l: a .. x. y.

j=l i=l lJ

As equaçoes (3.4) devem ser resolvidas iterativa­

mente, usando como valores de partida as expressões (2.14).

O modelo matemático (3.3), toma então a seguinte

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62

forma:

u" - Y1 U2 + w2 ul = ')J 1 1

u" - Y2 ul + w2 U2 = -2 2

onde:

Yz = µ a ª21

X* \) 1 =

µ a

gl Cu1 , u2 ' ') , Ul , U2.

µ g2 (ul , u2 . ') , Ul , U2

w2 = 1 - 1J a b* 1 21

w2 2 =

\) 2 =

k2 -1.1 a ªÍ2

k2y* ')J a

3 ( I: i=l

3 I:

i=l

3-i b4 .. ul -1,1

3-i b4 .. ul

-].,].

e 3. s)

i-1) U2

i-lJ U2

3 ( I: i=l

3-i i-1 ª4 · · ul u2 ) -1,1

(3.6)

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63

3.2 - APROXIMAÇÃO ASSINTClTICA DE KRYLOV E BOGOLIUBOV

O comportamento linear do sistema nao amortecido,

pode ser estudado, eliminando-se as não-linearidades, os termos

que produzem amortecimento e admitindo-se uma solução da forma:

2 ul = l: Rn sen (íln T + í3n)

n=l ( 3. 7)

2 Uz = i:: /1.n Rn sen (Q T + Sn)

n=l n

Podemos mostrar que os valores de Q e A sao

dados pelas equações (2. 22b) e que as quantidades (Rn , /1.n , Qn e

Sn) sao tratadas como constantes desconhecidas.

Para o modelo não linear (3.5), procuramos uma so

lução da seguinte forma:

2

l ul = l: R (,) sen {Qn T + f3n (,)} n=l n

( 3. 8) 2

( T) } j Uz = i:: /1.n R (,) sen {Q , + S n=l n n n

sao os mesmos definidos em (2.22b) e R e S ·n n

sao agora considerados funções desconhecidas de , .

Para simplificar a notação, introduziremos as se­

guintes variáveis:

n = 1, 2

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64

Diferenciando e 3. s) em relação a T , obtemos:

2

l u' = I Rn íl e 1 n=l n n

(3.9)

2

1 u' I l\n R íl e 2 n=l n n n

onde as seguintes relações devem ser satisfeitas:

2

l I e l\'.i s + R s' e ) = o n=l n n n n

(3.10) 2

j I l\n (R' s + R S' e ) = o n=l n n n n n

Diferenciando (3. 9) em relação a T e substituin

do em (3. 5) , obtemos as seguintes relações:

2 l I (R' e R s' s } íl = µ gi n=l n n n -n n n

> (3.11) 2

J I l\n (R' e R 13~ sn) íl = - µ gz

n=l n n n n

onde:

2 2

gk gk ( I R s I Í\ R s n=l n n n=l n n n

2 2 I R íl e I l\n R íln Cn) (3.12)

n=l n n n n=l n

k = 1 ' 2

As equaçoes (3.10) e (3.11) podem ser escritas na

na seguinte forma matricial:

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65

s1 Sz c1 Cz R'

1 1

Al s1 Az Sz Al c1 Az Cz R' 2 > ;

íll c1 ílz Cz - íl s1 - ílz S2 Rl B'

1 1 1

íll Al c1 ílz Az Cz - íll Al s1 - íl Az Sz Rz B' 2 2

r

o

o

1 - I (3.13)

µ gi µ gz

O determinante rs da matriz quadrada,é dado por:

Para rs f O , ou seja, A1 f A2 , o sistema de

equaçoes (3.13) fornece:

(3.14)

- µ Y1 R B' ; {gz: + 'Ji gi} sn n n

íln e n 2 tF l n -n n

n = 1 ' 2

onde o é usado para identificar a contra parte de uma quantl

dade que tenha um par, isto é:

Ji. 1 = Az , ... , etc

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66

Para um comportamento próximo do linear (µ+O),

podemos definir as seguintes funções:

2'1T 2'1T p 1

f f gk e d1/'1 diµ 2 = k,n 2'1T2 n

o o

2'1T 2'1T

Qk n 1

J J gk sn dl/!1 dl/!z ' 2'1T2

o o

k = 1 ' 2

n 1 ' 2

As integrais duplas podem ser calculadas, forne-

cendo:

(3.15)

( - 1 ' G- ) R2} + Pn + 2 "n n "'n

= o n = 1, 2

onde:

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67

3 i-1 3 i-1 Pn = l: ª4 .. A ºn = l: b4 .. An

i=l -1,1 n i=l -1 '1.

(3.16)

3 Ãi-1

3 Ãi-1 - l: - l: b4 .. Pn = ª4 .. q =

i=l -1 '1. n n i=l -1,1 n

As equaçoes (3.14) se simplificam, tomando a se-

guinte forma:

R' = µ Y1

{Pz1 + Az pll} 1 íll ( íl 2 - ílz) 1

(3.17)

R' = µ Y1

{Pzz + Al P12} 2 ílz ( íl 2 íl 2) -2 1

as quais fornecem a base para a análise que se segue.

3.3 - AMPLITUDES DOS CICLOS-LIMITE

Se um ciclo limite existe, então e de-

vem se anular simultaneamente, fornecendo as seguintes condições:

Usando (3.15), (3.16) e explicitando R1 e R2 ,

obtemos:

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68

onde:

ó = Al (2 \)1 - \)2 o A2) - ( v 1 A2 + 2 \) 2)

1 1 CT 1) Az e 1:. Al

1 ª1 = C-z pl + 4 Al + p - 2 CT 1) 4 1

CP 2 1

Al CT2) + Az e 1:. Al - CT 2) (3.18) ª2 = + 2 Pz 2

º1 (pl 1

Az CT 1) + Al e 1:. Az CT 1) = + 7 P1 -2

ôz 1 1

Az cr z) + Al e 1:. Az 1 = Cz Pz + 4 Pz - 2 CT2) 4

Curvas típicas para as amplitudes dos ciclos liml

te, com diferentes valores para a velocidade do vento, são most~

das nas Figuras 3,la e 3.lb, atribuindo os seguintes valores pa­

ra os parâmetros do sistema:

m = 3 kg

wx = 10 rd/s

R- = 1 m

w = 12 rd/s y

d= 0,04 m

p 1,225 kg/m 3

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10.0

5.0

-IOO

-200

5.0

-5.

IO.O

V=IO.O m/s Yo=2.0

1.0

o V=IO.O m/s

69

./L,R,

(a)

-100 • V= 20.0 m/s -A f1, Xo= 15.0

( b)

R,

o

Yo 4.0

FIGURA 3.1 - AJv!PLITUDES DOS CICLOS-LIMITE PARA O CONDUTOR MÕVEL

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70

3.4 - ESTABILIDADE DOS CICLOS-LIMITE

Usando (3.15) e os coeficientes definidos em

(3.18), as equações (3.17) podem ser escritas na forma:

(3.19)

onde:

A = ( íl2 - íl2) · 1 2

O estudo da estabilidade dos ciclos limite, pode

ser feito, através das equações variacionais do sistema,as quais

se escrevem a partir de (3.19), como se segue:

onde:

ó R' 1

ó R' 2

(3.20)

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71

- a o

e os valores de R1 e R2 sao os mesmos definidos em (3.18}.

Para a estabilidade do sistema, é necessário que

as raízes do polinomio

tenham a parte real negativa.

Contornos típicos sao mostrados na Figura 3.2, p~

ra o mesmo sistema estudado no item anterior.

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72

10.0 15.0 20.0 250 300 1 Xo

LO

2.0 \t-:10.0 m/s V=20 m/s

3.0

4.0

Yo ESTEIRA

d/ ct

~ins1Óvel

FIGURA 3.2 - CONTORNOS DE ESTABILIDADE PARA OS CICLOS-LIMITE

Para um estudo detalhado do método de Krylov e Bo

goliubov, consultar as refer~ncias 37, 38, 3~ e 40.

3.5 - MIÕTODO DO BALANÇO HARMÕNICO

A solução numérica das amplitudes dos ciclos limi

te, usando o método de Krylov e Bogoliubov, mostrou que alguns

pontos dentro da esteira do condutor fixo, apresentavam desvios

elevados para um dos harmônicos que compoem a resposta do siste­

ma. Isto faz com que esta componente de valor elevado,tenha que

ser abandonada por ser fisicamente irreal, reduzindo a resposta

do sistema a uma linha reta com coeficiente angular

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73

A = = 'Y 2

onde ~

e dado por (2.22}.

Na tentativa de encontrar uma solução mais geral

para o modelo (3, 5) e fazer um estudo comparativo com o método

de Krylov e Bogoliubov, foi empregado o método do balanço harmô­

nico.

Adotando para (3. 5) uma solução da forma:

2

l ul = ,: (P sen íl T + Qn cos íl T)

n=l n n n

(3.21) 2

J Uz ,: (Rn sen íl T + sn cos íl T) n=l n n

onde:

pn 'Qn' Rn e sn sao constantes desconhecidas.

Substituindo (3.21) e suas derivadas em (3,5) e

igualando os coeficientes dos termos em seno e coseno em ambos

os membros das equações, obtemos o seguinte conjunto de relações

não lineares:

tln tzn t3n t4n l r p2

l n

t2n i\n t4n t3n Q~ l <

vln vzn v3n v4n R2 n

vln 52 1 n 1 \ )

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o +

o

o

+

onde:

o

o

o

- w ln

- z ln

74

o

o

o

o

o

o

- w 3n

- z 3n

n = 1, 2

o

o

= >

o

o

(3.22)

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75

w1n = 4 (íl 2 - w2 )/µ íl n 1 n

(3.23)

o til sobre uma determinada variável, signifl

ca que seu valor é obtido trocando (Q por P) e (S por R)

nas expressões dadas por (3. 23). Por exemplo t 1n e obtido de

t 1n da forma seguinte:

e

As relações (3.22) representam dois conjuntos se­

parados de equações, cada um deles consistindo de quatro relações

algébricas não lineares com quatro incógnitas: Pn , Qn , Rn e

Sn. t óbvio que (P = Q = R = S = O) é uma solução que sa n n n n

tisfaz (3.22). Esta solução corresponde a posição não perturba­

da do condutor móvel. Qualquer quádrupla diferente de zero, que

satisfaça (3.22) representa um ciclo limite.

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76

3.6 - CICLOS-LIMITE

As relações (3.22) podem ser escritas na forma:

i=l,2,3,4

n = l, 2

As amplitudes dos ciclos limite, sao as coordena­

das dos pontos de mínimo local da superfície dada por:

4 ij, = L

i=l f2

l (3.24)

Existe um grande número de programas de computa­

dor empregando métodos diferentes, capazes de minimizar a função

ij, • A maioria dos que foram utilizados, apresentaram resultados

oscilatórios em torno dos pontos de mínimo. Dessa maneira umpr~

grama foi desenvolvido especialmente para este caso. O fluxogr~

ma mostrando a estratégia usada, encontra-se no Apêndice D.

Em linhas gerais, a estratégia consiste em adotar

valores iniciais para a quádrupla de pontos e pertuba-la. Para

cada nova quádrupla, a função ij, é calculada e comparada com o

valor anterior ij,* • O valor anterior do elemento é substituído

pelo valor perturbado, somente se ij, é menor do que ij,* •

A perturbação é efetuada em ambas as direções (p~

sitiva e negativa}, usando incrementos ók (k = 1, 2, 3, 4). Os

valores de 6 escolhidos, eram iguais a 5% do valor absoluto do

respectivo elemento.

Um vetor {L} , 4 x 1 é zerado no início de cada

ciclo da iteração e testado no final de cada ciclo. O valor de

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77

entrada de {L} e substituído por 1, se uma minimização e encon

trada, ou seja, se ~ < ~* • A iteração termina se {L} = {O}

no final de qualquer ciclo.

A grande dificuldade deste tipo de estratégia e

de outras semelhantes, consiste na escolha adequada para os valo

res iniciais. Após várias tentativas, os valores:

Q =-20y n ' o

= O, 9 X o

se mostraram os mais apropriados para a maioria dos casos tenta­

dos.

Para testar o método, um caso típico foi analisa­

do, para diferentes valores da velocidade do vento, varrendo uma

malha gerada pelo programa, onde um grande número de pontos den­

tro da esteira do condutor fixo foi considerado. A convergência

do método é mais lenta do que a dos métodos habituais mas as os­

cilações numéricas desaparecem. Resulta dos típicos são mostra­

dos nas Figuras 3.3(a) e 3.3(b) para o mesmo sistema estudado p~

lo método de Krylov e Bogoliubov nos itens 3,3 e 3.4.

100

5.0

2.5

(a)

-5.0

-10.0

010.0 m/s •200 m/s

Xa=l5.0

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(b)

10.0

5.0

25

-5.0

-10.0

78

p

20.0

IQOQL

:) R

otO.Om/s e20.0m/s

Yo= 2.0

30D

::: Xo

FIGURA 3.3 - AMPLITUDES DOS CICLOS-LIMITE

3.7 - ANÁLISE DA ESTABILIDADE DOS CICLOS-LIMITE

Para estudar a estabilidade dos ciclos limite ob­

tidos pelo método do balanço harmónico, é necessário impor per­

turbações ã solução que satisfaz as equações (3.5).

Chamaremos (ó 1 , o2 , o3 , o4) as perturbações

impostas a (P, Q, R, S) respectivamente. Os ºm; m; 1,2,3,4

são considerados funções de , • Para simplificar as notações

na análise que se segue, substituiremos (sen íln ,)

(cos íln ,) por c.

por s e

Podemos mostrar que as variáveis (u1) , (u2) e

suas derivadas, sofrerão os seguintes acréscimos, apos aplicar

as perturbações:

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79

u" -+ u" + k k (3.25)

k = 1, 2

n = 1, 2

Substituindo (3,251 nas equaçoes (3.5), despreza~

do os termos de ordem superior em õ e igualando os termos em

seno e coseno a zero, obtemos as seguintes relações:

ó" gll gl2 + r gl3 gl4 ó' 1 1

o " - - - - ó' 2 gl2 gll gl4 gl3 2 +

ó" -2 -2 1 1 + r ó 1 3 gl3 gl4 2 gll 2 gl2 3

ó" -2 -2 - 1 r 1 - ó' gl4 gl3 l gl2 - 2 gll 4 4

hll + Àl hl2 h13 + À2 hl4 ól -

- hl2 - hll + Àl - hl4 - h + Àz óz + 13

h31 + À3 h32 h33 + À4 h34 63 - - - -

- h32 - h31 + À3 - h34 - h + 33 À4 Ó4

r o l o = < (3.26)

l o J o

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80

onde:

gl3 = (- µ/ 4) {3 ª31 p~ + ª31 Q~ + 3 ª13 R~ + ª13 S~ +

+ 3 ª22 Pn Rn + ª22 Qn 5n + 4 v2}

hll = (µ íln/ 2) {- 2 b31 Pn Qn - ª31 Qn Rn + ( 2 bl3 + ª22l Rn 5n

+ 3 ª31 5n p n}

h 12 = ( µ íln / 4) { - 2 b 31 P ~ - 6 b 31 Q~ - ( 6 b 13 + a 2 2) R~

- C2 bl3 - ª2zl s~ - 2 ª31 (Pn Rn - Qn 5nl - 8 vl}

h13 = (µ íln/ 2) {- ª31 Pn Qn - ( 6 bl3 + ªzzl Qn Rn + ª13 Rn 5n

+ (Z bl3 + ª22l 5n Pn}

hl4 = (µ íln/ 4) {3 ª31 p~ + ª31 Q~ + ª13 R~ + 3 ª13 S~

+ 2 ( 2 b 13 + a 2 z ) P n Rn - 2 ( 2 b 13 - a 2 2 } Qn S n + 4 v z }

h 31 = ( µ íln / 2 ) { - z a 31 p n Qn + (_b 31 - 2 a 2 2 ) Qn Rn + z a 13 Rn S n

+ CZ ª22 - 3 b31l sn Pn}

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81

( ,-, / 2) { P 2 3 Q 2 - 3 R2

µ "n - ª31 n - ª31 n ª13 n

n ; 1, 2

íl 2 n

(3.27)

o til acima de uma dada quantidade indica que

ela pode ser obtida a partir da expressão original dada por (3.27),

fazendo uma troca das variáveis da seguinte forma:

e

Para um ciclo limite estável, o sistema de equa­

çoes lineares dado por (3.26), deve ser estável. A equação ca­

racterística pode ser obtida e as raízes examinadas,inclusive p~

lo critério de Routh-Hurwitz.

3. 8 - COMENTÁRIOS

Do estudo conduzido no presente capítulo, podemos

fazer as seguintes observações:

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82

a) Os coeficientes CL

lar até os termos de

e CD foram expandidos em série de Tay­

segunda ordem (quadráticos) ,introduzidos

no modelo matemático, resultando em um novo modelo não linear

simplificado, agora com não linearidade cúbica. Para esta

aproximação, é possível prever as amplitudes dos ciclos limi­

te para o caso geral (o caso não ressonante).

b) O novo modelo simplificado,foi inicialmente resolvido pelo me

todo de Krylov e Bogoliulov, fornecendo espressoes fechadas

para as amplitudes dos ciclos limite. Embora este método se­

ja inteiramente geral para a solução do problema das oscila­

çoes de sub-vão e o estudo da estabilidade dos ciclos limite

seja bastante simples, ele apresentou alguns desvios numéri­cos para as amplitudes.

c) Na tentativa de contornar os problemas causados pelos desvios

numéricos apresentados pelo método de Krylov e Bogoliubov, um

segundo método foi tentado. O modelo foi novamente resolvido

através de um balanço do primeiro harmónico.

Como resultado, as amplitudes dos ciclos limite devem satis­

fazer a um sistema de equaçoes algébricas não lineares

As amplitudes dos ciclos limite,

tos de mínimo local da função

4 1/i = ,;

i=l

i=l,2,3,4)

-sao as coordenadas dos pon-

f: l

Para minimizar a função 1/J , foi desenvolvido um programa de computador, cuja estratégia, está descrita no item 3.6. A su

perfície representada por 1/J , apresenta em alto grau de com-

plexidade e sugere a possibilidade da existência simultânea de

um certo número de ciclos limite. Evidentemente, nem todos serão estáveis ou mesmo fisicamente possíveis.

d) A solução do modelo, usando os dois métodos anteriormente re-

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83

feridos, mostrou que as amplitudes dos ciclos limite nao exis

tem em toda região estudada (10 < x0

< 30 ; y0

< 4) Numa

faixa próxima ao eixo dos x0

(eixo que coincide com a dire­

ção do vetor velocidade de vento y) e em uma outra próxima a

extremidade da esteira, o método de Krylov e Bogoliubov não

apresenta solução e o balanço harmônico fornece somente solu­

ção trivial.

e) Os resultados numéricos para as amplitudes dos ciclos limite,

obtidos por ambos os métodos, mostraram uma boa concordância

qualitativa e quantitativa entre si (excetuando-se os casos em

que haja desvio) e com resultados experimentais de Cooper~.

No entanto.o método de Krylov e Bogoliubov evidenciou uma te~

dência em deslocar o mapa das amplitudes para mais próximo da

extremidade da esteira. Obviamente, esta tendência so pode ser tomada em sentido relativo, ou seja, em confronto com o

método do balanço harmônico.

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84

IV - SIMULAÇÃO ANALÕGICA E DIGITAL

4.1 - SIMULAÇÃO ANALÕGICA

A simulação analógica de sistemas nao lineares,

apresenta muitas vantagens em relação a outros métodos de solu

ção, principalmente pela versatilidade dos estudos paramétricos

e pela rapidez na obtenção dos resultados.

Para esta simulação, optou-se pelo modelo com nao

linearidade cúbica ao invés do modelo completo, não só pela maior

facilidade na programação.mas também porque a partir deste mode­

lo simplificado, é possível determinar as amplitudes dos ciclos

limite.

Para evitar o problema de sobrecarga no computa­

dor, quando as amplitudes assumem valores elevados, é necessário

fazer a seguinte mudança de escala nas variáveis do modelo (3.3):

-X Ü, 1 X

(4.1)

onde x e -y representam as coordenadas lidas no computador.

Substituindo (4.1) em (3.3), obtemos:

-x" + x = 10µ {CL y' + CD clgO - 2 x')}

e 4. z l y" + k2 y - -

10µ {CL (100 - 2 x') - CD y'}

onde:

µ a sao os mesmos definidos em (2.7)

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85

- ª11 -2 -2 CL = 10 + ª21 X + ª12 y + 10 ª31 X + 10 ª22 xy + 10 ª13 y

CD bll

+ b21 10 X + bl2 y + 10 b31 5c2 + 10 h22 xy + 10 bl3 5r2

e os a. . , b .. lJ lJ

sao dados por (3.1).

Os valores de entrada para a simulação do modelo (4.2),

foram obtidos através de uma programação digital que calcula pa-

ra cada ex y V), o valor correspondente de todos os parã-o , o ,

metros do sistema.

A Figura 4.1, mostra a programaçao do modelo, com

os seguintes valores nos potenciômetros:

POO P06 10 ª13 10 µ bll

P45 P36 10 P30 k2 Pl6 h21

P02 0,2 P07 bl2

P03 a. P26 10 b31 Tõo P41 ª11 POS 10 bl3 10 P35 ª21 P21 condição inicial -em X

P42 ª12 P22 condição inicial em x' P25 10 P32 condição inicial -

ª31 em y

P20 10 ª22 P37 condição inicial em -, y

O sistema foi simulado com os seguintes dados:

p = 1,225 kg/m 3

k = 1,1

9, = 1 m m = 3 kg d 0,04 m 10 rd/s

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P22 x" ~ X

Q '- , ..... x2

-

;i----J 1

[_ 42 jx "'- 10 1.:.... x:

P3e -o-

~

1 ~I 21

1 ~4r* ~ .J•º 1-'

o X P41+

e: ~ -"" 1 1 __ / 1 <A23 . 1-' 1 1 ~ - 1 1 1 ' 1 ' 00

cr,

j l ~ 1

1 tr7

~ 1

:1 All03k lleY

1 "-- "" u2 Q

~ ~15

1 1 1

P415 rt-,._ ~ " .. li y

-Y' P37 J_p32

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87

a) 1ª_Simulação

Para a primeira simulação, foi escolhido o ponto

x = 10 · y = 3 , dentro da esteira do condutor fixo e estudada o ' o

a resposta do sistema com três valores diferentes da velocidade

do vento. As seguintes condições iniciais foram impostas ao s1s

tema:

1

= - 5

t,x' = 1 o

t,y' = 5 o

A Figura 4.2, mostra as trajetórias do condutor

móvel, nos ciclos iniciais do movimento.

As Figuras 4, 3 e 4. 4, mostram as traj etárias nos

planos x - x' e y - y' para V= 6 m/s . Para este valor da

velocidade do vento, o sistema tende para a posição não perturb~

da.

Com o aumento da velocidade do vento para 12 m/s,

o sistema tem um comportamento semelhante ao anterior mas já e

possível perceber um decréscimo do amortecimento em x. to que

mostram as Figuras 4.5 e 4.6.

Continuando a aumentar a velocidade do vento o

sistema atinge um regime estacionário para V= 21 m/s. As Fig~

ras 4.7 e 4.8, mostram os resultados obtidos. Na Figura 4.9 ve­

mos as trajetórias do condutor móvel, alguns ciclos antes de en­

trar no regime estacionário, onde a contínua inclinação das Õrbi

tas, ainda se faz presente.

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88

-'·º /.O

-s.o V; 6 m/s

FIGURA 4. 2 - TRAJETÕRIAS 00 CONDUTOR M::lVEL NOS PRIMEIROS CICLOS 00 M)VIMENTO

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-1.0

1 - .t,

89

'·º

-l.O

V ; 6 m/s

FIGURA 4.3 - TRAJETÕRIAS NO PLANO x - x'

/_O

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90

5.0

. s.o 5.0

- 5'. e)

V 6 m/s

FIGURA 4.4 - TRAJETÕRIAS NO PLANO y - y'

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91

/.O

-1.0 ,.o

-1.0

V= 12 m/s

FIGURA 4.5 - TRAJETÕRIAS NO PLANO x - x'

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92

5.0

- 5".0 s.o

-5.0

V = 12 m/s

FIGURA 4,6 - TRAJ~TÕRIAS NO PLANO y - y'

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93

-i

1.0

_ /.D 1.0 ·-'--+-l--f-lf---11-+-l-----'l----~--+H 1---+---+--1-----

-1.0

V=Zlm/s

FIGURA 4.7 - CICLO-LIMITE

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94

5.0

~-º

V=Zlm/s

FJGURA 4.8 - CICLO-LIMITE

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95

5.0

-1.0 ,.o

-5.0

FIGURA 4.9 - TRAJETÕRIAS DO CONDUTOR MÕVEL PRÕXIMO DE UM CICLO LIMITE

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96

b) zª_sirnula~ão

denadas

Na segunda simulação, o ponto escolhido tem coor-

30 ; y0

; 3 , com as seguintes condições iniciais:

6x 1,5 o 6x'; 1,5

o

6y' ; 2,0 o

Para urna velocidade do vento de 6 m/s, o sistema

atinge rapidamente um ciclo limite, conforme pode ser visto nas

Figuras 4.10 e 4.11.

A Figura 4.12, mostra as trajetórias típicas do

condutor móvel no regime estacionário. A contínua inclinação nas

Órbitas ainda persiste, mas o movimento fica restrito a um retân

gulo cujos lados são as amplitudes em x e y.

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I - ,l,

I.S

97

1.~·

V= 6 m/s

FIGURA -LlO - CICLO-LIMITE

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98

.í!.O

2.0

V=6m/s

FIGURA 4.11 - CICLO LIMITE

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99

.e.o

1.5

V = 6 m/s

FIGURA 4.12 - TRAJETÕRIAS DO CONDUTOR MCiVEL NO CICLO LIMITE

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100

4.2 - CICLOS-LIMITE POR INTEGRAÇÃO NU~RICA

O estudo dos ciclos limite a través da integração

numérica do modelo, apresenta uma série de obstáculos, devido ao

demorado processo de tentativas associado a pouca versatilidade

dos estudos paramétricos. Essas dificuldades são maiores, no c~

so específico das oscilaç6es de sub-vão, pois as frequ&ncias sao

relativamente baixas,· tornando o processo ainda mais lento. Com

o apoio de algum estudo analítico ou experimental, é possível s~

perar parcialmente algumas dessas dificuldades, persistindo aqu~

las que são inerentes ao próprio computador.

Para o estudo que se segue, foram utilizados os

valores previstos pelo método de Krylov e Bogoliubov, como condl:_

ção inicial para a integração numérica do modelo completo (2.8).

A integração foi feita, usando o algoritmo de Runge-Kutta. Ape­

sar de não ter sido feito um estudo extensivo com o modelo,os va

lores das amplitudes dos ciclos limite obtidos por integração nu

mérica, são bem próximos daqueles que são previstos pelo método

de Krylov e Bogoliubov 41 ,

42, 43 •

O sistema foi integrado usando-se os seguintes da

dos:

p = 1,225 kg/m 3 1 = 0,91 m; m = 3,13 kg

d= 0,04 m ; wx = 6,91 rd/s ; wy 7,23 rd/s

As Figuras 4.13 e 4.14, mostram um ciclo limite

típico, para o ponto x0

= 30 · y = 3 16 ' o '

e V= 3 m/s . As con

diç6es iniciais impostas ao sistema foram:

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t,x0

= 8,6

t,y = - 5 o

101

t,x~ = 0,2

t,y' = O ,04 o

Nas Figuras 4.15 e 4.16, vemos um ciclo limite p~

ra o ponto x0

= 10 ; y0

= 3,3 e V= 3 m/s, com as condições

iniciais:

l!.X0

= 10

= - 6

t,x' = 10 o

t,y' = 6 o

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102

-~

• . n,.o

)(

•H.O

V= 3 m/s

FIGURA 4.13 - CICLO-LIMITE

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103

3' -------- 5.0 •

-5.D

3 •

• -s.o

V = 3 m/s

FIGURA 4.14 - CICLO-LIMITE

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104

/0. ()

-/O.O /O.o

-/O.O

V=.310/s

FIGURA 4.15 - CICLO-LIMITE

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105

6.0

-G.O 6.0

- <ó. o V 3 m/s

FIGURA 4.16 - CICLO-LIMITE

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106

4.3 - COMENTÁRIOS

Para as simulações com o modelo, temos os seguin­

tes comentários a fazer:

a) Para complementar os estudos analíticos conduzidos nos Capít~

los II e III, foram feitas algumas simulações com o modelo ma

temático, usando-se os computadores analógico e digital.

b) Dentre os dois tipos de simulação, a analógica é a que maior

· facilidade apresenta no estudo dos ciclos limite e a Única

que conduz a uma visão global do comportamento do sistema,ap~

sardas imprecisões numéricas.

c) Um estudo extensivo dos ciclos limite através da integração

numérica do modelo, e impraticável pelo enorme dispêndio de

tempo de computação. No entanto, é possível calcular as am­

plitudes dos ciclos limite em alguns pontos de interesse,pri~

cipalmente se existe um conhecimento prévio da ordem de gran­

deza das amplitudes, na região estudada.

d) A simulação analógica, comprovou alguns aspectos básicos do

fenômeno, já revelados pelos estudos an·alíticos, entre os

quais destacamos:

1 ) Para um determinado ponto (x0

, y0

) da região estudada,

existe uma velocidade crítica do vento, a partir da qual

o sistema possui oscilações auto-sustentáveis.

ii) As amplitudes dos ciclos limite, diminuem a medida que o

condutor móvel se aproxima das extremidades da esteira.

iii) Para pontos mais afastados lateral e longitudinalmente do

condutor fixo, as amplitudes dos ciclos limite surgem p~

ra pequenos valores da velocidade do vento.

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107

V - CONCLUSÕES

5.1 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O MODELO MATEMÁTICO

O modelo matemático estudado, tenta representar

de forma simplificada a dinâmica de um feixe de dois condutores

e é perfeitamente adequado a comparações com os resultados expe­

rimentais obtidos através de ensaios dinâmicos com modelos redu­

zidos. As comparações com o sistema real (.linha de transmissão),

podem ser feitas, mas certas discrepâncias devem ser esperadas,

pois algumas das hipóteses admitidas nos modelos (físico e mate­

mático) têm validade restrita para o sistema real. O carater bi

dimensional do escoamento, o efeito das paredes do túnel de ven­

to e o processo de realimentação entre os condutores,são algumas

das diferenças entre os modelos e o feixe de condutores. Ades­

peito dessas simplificações tanto os modelos matemáticos como os

modelos reduzidos, constituem formas alternativas para o estudo

do comportamento dinâmico das linhas de transmissão, quando é im

possível estudar o próprio sistema.

A modelação matemática, somente levou em conta o

amortecimento aerodinâmico do sistema. O amortecimento estrutu­

ral, que tem como principais fontes de dissipação de energia, o

atrito interno nos condutores, o atrito nas junções dos conduto­

res com os elementos de suspensao e com os espaçadores, foi in­

tencionalmente ignorado por duas razões básicas:

1ê-) As frequências das oscilações são relativamente baixas.

2ê) Existe .um grande interesse em conhecer o efeito isolado do

amortecimento aerodinâmico sobre a estabilidade do sistema e de que maneira :~1~-estã relacionado com as amplitudes dos ci

elos iim'i te.

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108

Outra simplificação no modelo, consistiu na res­

trição do movimento do condutor a pequenos deslocamentos em tor­

no da posição não perturbada. Vale ressaltar, que pequenos des­

locamentos, neste caso, significam amplitudes de movimento da or

dem do próprio diâmetro do condutor que normalmente se situa na

faixa de 3 a 5 cm, aproximadamente. Esta hipótese,elimina o ac~

plamento cruzado (x - y) entre as forças nos elementos de sus­

pensão do condutor móvel, resultando na simetria das regiões de

instabilidade em relação ao eixo dos x0

Este fa:to, concorda

com os resultados teóricos e experimentais obtidos por Tsuiu.

5.2 - LIMITAÇÕES DO MODELO NÃO LINEAR SIMPLIFICADO

O modelo matemático, pode ser resolvido ~

com va-

rios graus de aproximação, dependendo da ordem dos termos das ex

pansoes em série de Taylor para (CL) e (CD) Assim, inúmeros

modelos simplificados podem ser obtidos, desde o modelo lineari­

zado, até os não 1 ineares de alta ordem. No entanto, a solução

analítica do modelo com não linearidade cúbica, mostrou que os

modelos de ordem superior a terceira, apresentam enormes dificul

dades algébricas.

O modelo nao linear mais simples, que corresponde

a tomar somente a parte linear das expansoes em série para (CL).

e (CD) , apresenta como limitação fundamental, o fato de não pr~

ver as amplitudes dos ciclos limite para o caso geral Co não res

sonante)_. Apesar disso, é possível extrair deste modelo, muitas

informações sobre o cara ter não linear do sistema, entre as quais

destacamos:

a) Para um determinado ponto (x0

, y0

) , dentro da esteira do

condutor fixo, existe uma velocidade crítica do vento, acima

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109

da qual o sistema possui oscilações auto-sustentiveis.

b) As oscilações auto-sustentiveis, podem ocorrer em ambas as re

giões, acima e abaixo do eixo dos x0

, porque o acoplamento

cruzado foi desprezado.

c) As regiões de instabilidade, tendem a aparecer próximo das ex

tremidades da esteira e aumentam um pouco de tamanho e irea

com o aumento da velocidade do vento.

d) Fora das regiões de instabilidade, o amortecimento aerodinãml

coe bastante forte a ponto de garantir a estabilidade das os

cilações.

e) S possível encontrar expressoes fechadas para as velocidades

críticas, para qualquer ponto (x0

, y0

) dentro .da. esteira do condutor fixo.

f) As curvas para uma mesma velocidade crítica, estão limitadas

por uma assíntota dada pela equação (2.36). Todas essas cur­

vas, tendem a se mover em direção a assíntota, quando a velo­cidade do vento decresce.

g) Somente em casos especiais (o ressonante), é possível prever as amplitudes dos ciclos limite.

5.3 - AS AMPLITUDES DOS CICLOS-LIMITE

As oscilações de sub-vão, se caracterizam por bai

xas frequências (_0,15 a 5 cps) e amplitudes miximas que 'podem

atingir até 20 diâmetro do condutor. O exato conhecimento dessas

amplitudes, pelas implicações que apresentam no projeto das li­

nhas de transmissão, constituiu um dos objetivos principais des­

te trabalh.o.

Os estudos conduzidos no Capítulo III, mostraram

que é possível preve-las para o caso geral (não ressonante}, des

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110

de que o modelo com nao linearidade cfibica, seja analisado. As

principais conclusões, sobre o comportamento das arnpl i tudes dos

ciclos limite, podem ser resumidas corno se segue:

a) Os ciclos limite nao existem sobre toda a regiao estudada den

tro da esteira do condutor fixo. Próximo das extremidades da

esteira, para

Este fato, foi Yo > 3,5 comprovado

aproximadamente, eles desaparecem.

por ambos os métodos de solução. I~

to também concorda com os resultados experimentais de Cooper26•

b) A reta y = 3,5 coincide com o valor da assíntota envolven­o do as curvas para urna mesma velocidade crítica.

c) As amplitudes dos ciclos limite, apresentam urna variação mais

acentuada com y0

, isto e, quando o condutor móvel se deslo­

ca em direção a extremidade da esteira do que com a variações

no sentido longitudinal x0

d) A velocidade do vento, afeta o valor das amplitudes, para um

mesmo ponto ex y ) , conforme mostram as curvas 3 .1 e 3. 3. o ' o

e) Os ciclos limite estáveis, estão localizados aproximadamente

sobre a região de instabilidade encontrada pelo modelo sirnpll ficado.

f) Na regiao de existência dos ciclos limite, é possível determl

nar os contornos separando os ciclos limite estáveis dos ins­

táveis. Os estudos de estabilidade mostraram que alguns de­

les podem se tornar instáveis, se a velocidade do vento aumen ta.

g) O estudo da estabilidade dos ciclos limite, mostrou que os va

leres elevados para as amplitudes, em alguns pontos dentro da

esteira, correspondem a ciclos limite instáveis, dentro da re

giao de estabilidade fornecida pelo modelo simplificado.

h} O método de Krylov e Bogoliubov, mostrou que o amortecimento aerodinâmico é um fator decisivo nas amplitudes dos cilos li-

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111

mite. Caso ele seja ignorado, as amplitudes sao suprimidas.

5.4 - OS MIÕTODOS ANAL!TICOS EMPREGADOS

Os métodos utilizados na solução dos modelos sim­

plificados, são todos, métodos convencionais para o estudo dos

sistemas fracamente não lineares. Embora eles conduzam a um mes

mo resultado, existem algumas particularidades em cada ·método,

que merecem destaque, especificamente no caso do estudo dos ci­

clos limite.

O estudo das amplitudes dos ciclos limite, usando

o método de Krylov e Bogoliubov e através de um balanço harmóni­

co, revelou aspectos complementares entre os métodos, compondo

uma visão mais realista do fenómeno daquela que pode ser inferi­

da a partir de um Único método. A ·aproximaçao ·as·sintõtica de

Krylov e Bogoliubov, fornece expressóes fechadas para as amplitu

des R1 e R2 dos harmónicos de frequ6ncia íl1 e íl 2 , que com

poema resposta dinàmica do sistema, além da solução trivial que

corresponde a posiçao nao perturbada do condutor móvel. Como es

te método é aplicado a um determinado modelo simplificado,ele so

mente é capaz de prever as amplitudes dos ciclos limite que o mo

delo pode reter.

A solução pelo método do balanço harmónico, com a

desvantagem de depender das condições iniciais e consequentemen­

te de um estudo preliminar para escolha das condições iniciais

mais favoráveis, mostrou que na realidade, podem existir inúme-

ros ciclos limite para uma dada tríade (x0

, y O

, V) Eviden-

temente, nem todos eles podem vir a ser uma solução, por serem

fisicamente impossíveis. Além disso, e necessário separar aque­

les que são estáveis dos instáveis, o que pode ser feito pela ana

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112

lise da estabilidade, contida no Capítulo III. Neste aspecto 1m

portante do problema, os dois métodos são complementares.

Finalmente, as múltiplas soluções encontradas pe­

lo método do balanço harmônico podem ser o ponto de partida para

explicar o forte carater de auto-excitação das oscilações, faze~

do com que o condutor móvel, mude constantemente a inclinação das

Órbitas.

5.5 - MfTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO

Além do estudo analítico com modelos simplifica­

dos, o modelo completo pode ser integrado, numéricamente ou simu

lado em um computador analógico. Algumas dificuldades, são ine­

rentes a ambos os processos.

A integração numérica, usando qualquer algoritmo

conhecido, apresenta grande facilidade computacional mas baixís­

sima produtividade na busca dos ciclos limite, a menos que exis­

ta algum conhecimento prévio, obtido anali tica ou experimental­

mente, da ordem de grandeza das amplitudes. Se este conhecimen­

to inexiste, o método é mui to pouco prã tico, embora os resulta­

dos, quando obtidos, sejam bastante precisos.

A simulação analógica, pela facilidade apresenta­

da nos estudos paramétricos, demonstrou ser uma ferramenta extr~

mamente Útil, no sentido de se ter uma visão global do fenomeno,

com ilimitadas possibilidades na variação de quaisquer parametros

do sistema. Além disso, o modelo pode ser facilmente modificado,

com a introdução de novos termos, sem que a programação básica,

seja significativamente afetada. A principal desvantagem deste

método consiste nas imprecisões numéricas, caracterís.tica deste

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113

tipo de computador.

S sempre de grande utilidade, preceder os estudos

analíticos por uma simulação analógica, devido as inúmeras info!

maçoes que ela fornece sobre o comportamento do sistema.oferece~

do tipos de solução adequadas para as equações de movimento.

5. 6 - SUGESTÕES PARA O PROSSEGUI.MENTO DA PESQUISA

O estudo que ora se encerra, pode ter desdobramen

tos em duas linhas principais:

1!) Investigações que visem a um conhecimento mais aprofundado

do fenômeno

2~) Utilizando os conhecimentos adquiridos com o estudo nao li­

near, buscar soluções para o problema das grandes amplitu­de oscilação.

Dentro da primeira linha e ainda considerando um

feixe de dois condutores, vários estudos podem ser conduzidos com

o relaxamento de algumas das hipóteses simplificadoras do modelo

matemático. Se isto for feito, poderemos ter modelos matemáti­

cos que levem em conta outros efeitos tais como o acoplamento cru

zado entre as forças de suspensão do condutor móvel, o amorteci­

mento estrutural e o movimento do segundo condutor. Evidentemen

te, a introdução de novos termos no modelo matemático, deve ser

feita de maneira gradual, dependendo do nível de informações de­

sejado e do grau de complexidade apresentado pelas 'soluções dos

modelos.

O que parece mais promissor, de imediato, é a in­

trodução do termo que modela o amortecimento estrutural. Com a

adição deste termo, o efeito global de dissipação pode ser estu-

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114

dado, bem como a importância relativa que cada um dos dois tipos

distintos de amortecimento o mecânico e o aerodinâmico, tem so­

bre as amplitudes dos ciclos limite.

Um outro passo importante pode ser dado, no senti:_

do de uma visão mais realista do movimento dos condutores no fei

xe, se o segundo condutor for liberado. Ao se considerar o aco­

plamento mecânico entre os condutores, o número de graus de li­

berdade do sistema aumenta e com is to, é esperado um maior grau

de dificuldade na solução do modelo. Apesar disto, os métodos

de soluçâo podem ser os mesmos apresentados ao longo deste traba

lho.

Uma segunda linha de pesquisa, pode estar inteir~

mente voltada para minimizar os efeitos que as. grandes amplitu­

des de oscilação têm sobre o sistema. Uma das soluções aponta-

das.inclusive por Cooper• consiste em uma .rotaçao apropriada

do feixe, de modo a mudar a posição do condutor dentro da estei­

ra e consequentemente o valor das forças aerodinâmicas que atuam

sobre ele. Outras soluções podem ser tentadas. O .estudo de

absorvedores de vibração ou amortecedores que utilizem diferen­

tes princípios de dissipação de energia. O exemplo mais ilustr~

tivo, é o caso do amortecedor de Stockbridge~'~usado para o caso

das vibrações eólicas. Este amortecedor, do tipo pendular, dis­

sipa energia através do amortecimento histerético num segmento

de cabo que compoe o pêndulo.

Todas essas sugestôes, se referem ao caso mais sim

ples, o feixe de dois condutores, embora estudos posteriores po~

sam vir a demonstrar a validade de muitas generalizações para o

caso de feixes múltiplos.

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115

Finalmente, é Útil salientar, que os estudos ana­

líticos sendo excelentes guias para os estudos experimentais e

vice-versa devem passar pelo teste da verificação experimental

Na fusão entre essas duas formas de estudar o sistema real, está

a chave para o progresso do conhecimento.

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11 PRICE, S.J. - "Wake-Induced Flütter of Power Transmission

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12 TSUI, Y.T. - "Two-Dimensional Stability Analysis of a Circ!:1_

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13 SIMPSON, A and LAWSON, T.V. - "Oscillations of "Twin" Power

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14 BRZOZOWSKI, V. J. and HAWKS, R. J. - "Wake-Induced Full - Span

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15 KO, R.G. - "Theoretical Investigation for Hydro-Quebec into

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16 CURAM!, A. and RIVA, R. - "Simulazione del Fenomeno di Subs

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118

parative Analysis of Various Bundle Configurations"

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18 DIANA, G. and GASPARETTO, M. - "Energy Method for Computing

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19 GIORDANA, F. - "Verifiche Sperimentali Sulla Stabilitá di

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20 DIANA, G.; GASPARETTO, M.; DiGIACOMO, G. and NiéOLINI,P. -'Ana

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21 CLAREN, R.; DIANA, G.; GIORDANA, F. and MASSA, E. - "The Vl

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22 KO, R.G. and WARDLAW, R.L. - "Three-Dimensional Analysis on

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23 CURAM!, A .. ;. DIANA, G.; RIVA, R. DiGIACOMO, G. and NICOLINI,

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26 COOPER, K.R. - "Wind Tunnel and Theoretical Investigations

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12 O

34 SIMPSON, A. - "On the Flütter of a Smooth Circular Cylinder

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38 MANSOUR, W.M. - "Introduction to Nonlinear Systems,Part II:

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41 OLIVEIRA, A.R.E. e MANSOUR, W.M. - "Vibrações de Sub-Vão

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42 OLIVEIRA, A.R.E. e MANSOUR, W.M. - "Cálculo das Amplitu­

des dos Ciclos-Limite nas Oscilações de Sub-vão em Li­

nhas de Transmissão" - Paper No. C-1, Anais do VI Con­

gresso Brasileiro de Engenharia Mecânica, Rio,dezembro

de 1981, pp. 1-9.

43 OLIVEIRA, A.R.E. and MANSOUR, W.M. - "Nonlinear Analysis and

Simulations of Twin Bundle Conductors of Transmission Lines" - Anais do 10 9 IMACS (International Association

for Mathematics and Computers in Simulation) ,Montreal, agosto de 1982.

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121

44 WAGNER, H.; RAMAMURTI, V.; SASTRY, R.V.R. and HARTMAN, K.

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and Vibration, Vol. 30(2), 1973, pp. 207-220.

45 MANSOUR, W.M. and TEIXEIRA FILHO, D.R. "Impact Dampers

wi th Coulomb Friction" - Journal of Sound and Vibration,

Vo 1. 3 3 ( 3) , 19 7 4 , pp. 2 4 7 - 2 6 5 .

46 MOHAJERY, M. - "Wake-Induced Oscillation of Bundled Conduc­

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122

APtNDICE A

REVISÃO DE ALGUNS RESULTADOS EXPERIMENTAIS

Conforme foi mencionado no item 1. 5 (Capítulo I)

as forças aerodinâmicas sao funções do número de Reynolds, da PQ

sição dos condutores dentro da esteira,da inclinação do feixe em

relação a velocidade do vento, da rugosidade superficial dos con

dutores e das condições ambientais.

Especificados os condutores e controladas as con­

dições ambientais (umidade do ar, temperatura, etc.) as outras

características que completam a experimentação, são de natureza

geométrica ou cinemática. A velocidade do vento e o tipo de es­

coamento podem ser especificados através do número de Reynolds.

A posição relativa entre os condutores no feixe, fica definida

por meio de um sistema de coordenadas previamente escolhido. Pa

ra o caso de um feixe de dois condutores, onde um deles é manti­

do fixo (Capítulo II}, a origem do sistema de coordenadas, coin­

cide com o condutor fixo.

A posição do condutor móvel, será dada pelo par

(X, Y) , ou como fazem alguns pesquisadores, pela distância (d)

entre os condutores e o ângulo de ataque (a) . O par (d , a)

tem o mesmo significado do sistema polar associado a X - Y

Na referência 46 , foi estudado o efeito das condi­

çoes ambientais sobre os coeficientes CL e CD. A Figura lA,

mostra os resultados obtidos.

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123

VELOCIDADE DO VENTO - 30mph ÂNGULO DO FEIXE - 0° SEPARAJ;:ÁO HORIZONTAL- 18 11

DIÂMETRO DO CONDUTOR- 1.602 11

-20 -10

CD i.o

09

o.e

015

04

e o.3 L

0.2

0.1

' ' -0.1

--SECO ---- ÚMIDO

., ---"20

o<[o]

FIGURA lA - INFLUENCIA DA UMIDADE NAS FORÇAS AERODINÂMICAS

bre CL e CD

tado.

A Figura ZA, mostra os efeitos de interferências~

quando o número de condutores no feixe é aumen-

__ 4 condutores ___ . 6 c:a,ciJtores -·-· __ a concutores

FIGURA ZA - EFEITOS DE INTERFERENCIA EM CABOS PARA FEIXES MÜLTI­PLOS

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124

A Figura 3A, mostra os resultados obtidos por Sim

pson 34, para os coeficientes CL e CD.

1.4

1.2

CD 1.0

o o 10 15

DISTÂNCIA ENTRE CONDUTORES

( DIÂIIIETROS)

1

20 30 O('.[o]

FIGURA 3A - COEFICIENTES DE SUSTENTAÇÃO E DE ARRASTE

A Figura 4A, mostra contornos de estabilidade pa­

ra condutores lisos, obtidos pela referencia 25.

Yo

õ v

~;..::=:...::"°::__r_..c:,___o-º f------'-IN:.:.ST.=Ae,:Be,,IU=DA°"D~E=----'-'POS=SC'-(V-"-'E~L::_ __________ ~

-6

5 10 15

o----Vsl8.3 m/s

V=l2.2 mAI 1

20 25 30

FIGURA 4A - CONTORNOS DE ESTABILIDADE PARA CONDUTORES LISOS

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125

A Figura 5A, mostra contornos de estabilidade pa­

ra cabos, obtidos pela referência 25.

SISTEMA DE COORDENADAS

10 20 30 Xo

~- ~I ?;;±f&VEL ~ ~ INS\/EL &: )(

-5 x V=9.8 m /s

f,= 1.15 Hz • V=l6.4m /S

" f•=I.IOHz o V='S.7 m /s

FIGURA 5A - CONTORNOS DE ESTABILIDADE PARA CABOS

Os coeficientes CL e CD , sao funções da posi­

çao do condutor dentro da esteira. CL e sempre antissimétrica,

enquanto CD é simétrico em relação a a Pequenas variações

podem ser observadas, dependendo do tipo de condutor ensaiado e

das condições em que os ensaios foram realizados.

Os resultados apresentados neste apêndice, podem

ainda ser comparados com os resultados obtidos por Cooper (Apên­

dice B), os quais serviram de ponto de partida para o presente

trabalho.

Em relação aos contornos de estabilidade, podemos

notar as diferenças existentes, se os condutores são lisos ou po~

suem enrolamentos (cabo·s). O enrolamento do cabo modifica o ca­

ra ter do escoamento, mudando o aspecto das funções CL e CD

Outros resultados experimentais, para diversos ti

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pos de condutores e variadas configurações de feixe podem ser

vistos na referência 1.

Na Figura 6A, vemos os resultados experimentais ob

tidos por Cooper•, para as amplitudes miximas do condutor m6veL

Ao compararmos esses resultados com aqueles que foram obtidos ana

líticamente ao longo do Capítulo III, vemos que eles apresentam

uma boa correlação entre si.

15

10 o

5 ·----·~ o --.

o

5 10 15 20

X0

: 11.3

15

~º~ 10 o

5 ____.--/

2 3 yo

FIGURA 6A

o vertical V: 40 fy

horizontal s •

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127

APENDICE B

AJUSTAGEM DAS CURVAS C1 E CD

A Figura lB, mostra os resultados experimentais

obtidos por Cooper 26 para as distribuições de c1 e CD ,dentro

da esteira do condutor fixo. A região estudada compreende todo

o intervalo

O < X < 50

ª y < 8

ª Os valores de c1 e CD, resultaram de medições

estáticas em tunel de vento, onde um dos condutores foi mantido

fixo, de conformidade com as hipóteses b) e c) mencionadas no

Capítulo II. Os dois condutores ensaiados e os suportes do con­

dutor móvel tinham as seguintes características:

m ; 3, 13 kg J!, 0,91 m d; 0,04 m

6,90 nl/s w y 7,22 rd/s

A partir da distribuição dos pontos obtidos expe­

rimentalmente, e possível ajustar funções

e

desde que um modelo matemático adequado a tendência seguida pe­

los pontos, seja encontrado. Feito isto, as equações de movime~

to do condutor móvel podem ser estabelecidas e os estudos analí­

ticos implementados.

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Para o caso específico de condutores usados nas

linhas de transmissão, as distâncias relativas entre eles, estão

sempre compreendidas entre 10 a 30 diãmetros do condutor. Isto

permite limitar a região onde o movimento ocorre, ao intervalo

supra citado, tornando mais simples o modelo matemático para c1 e CD e consequentemente o estudo analítico a partir das equa­

ções de movimento.

O procedimento descrito, foi adotado ao presente

trabalho e a região em estudo ficou restrita ao intervalo:

10 <X< 30 d y < 4

ª Usando o método dos mínimos quadrados o modelo ma

temático representado pelas equações (2.10), demonstrou ser o

que melhor descrevia a tendência seguida pelos pontos medidos.

As Figuras 2B à 6B mostram as curvas ajustadas às

distribuições dos pontos obtidos experimentalmente.

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1.40

ui 1.20 ... ~ 1.00 a: a: <I .80

"' o .60

"' .40 ... z "' .20 õ ÍL

8 o __ 20

__ 40

_.60

_ .80

r . o- .70 •<I

:- .60 1 ~- .50 1 a, :::l a, - .40

~- .30

"' ... _.20 z "' õ- .10 ÍL

"' o o

129

o

ssTEIRA

DISTRIBUIÇÃO DA FORÇA DE ARRASTE

l-,,D 8.o

DISTRIBUICÁO DA FORÇA DE SUSTENTAÇÃO

rrcur0\ lB

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X0= 10,00 - pontos medidos ( • )

pontos da curva ajustada ( + ) - 0,50

- 0,40

- 0,30

- 0,20

- O,lQ

o 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 A.O

FIGURA 2Tl

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X0= 20,00 - pontos medidos ( •)

pontos do curva ajustada ( + ) - 0,50

- 0,40

- 0,30

- 0,20

- 0,10 • e:::::::::"! • + + •

_.--::::::::::. t :>- +,=.. _ ~ + •

o 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 Yo

f'IGURA 38

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- 0,50

- 0.40

- 0,30

- 0,20

- 0,10

-• • -== o 0,5 l,O 1,5 2,0

l'IGURA

X0= 26,32 - pontos medidos ( •) pontos da curva ajustada ( +)

+

2,5 3,0 3,5 4,0 Yo

4B

e-' (.,l

N

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0,5 X= 13 o ,16 - pontos . medidos ( • )

- pontos d a cur~a ajustada t+)

'

o 0•5 l,O l,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

FIGURA SB

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1,0

0,5 X0= 26,32 - pontos medidos ( •)

- pontos da curva ajustada ( 1-)

o 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

FIGURA 6B

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APENDICE C

MlÕTODO DIRETO PARA CALCULAR AS VELOCIDADES CR!TICAS

rr. ·· W2

+ r W - 2-r ~ íl" + 2 3 o n r + r1 W

L O

para

íl2 + n

r0

+ r 1 W f O

A equaçao (2. 22a) pode ser escrita na forma:

onde

r 7 = 1 + k 2 r - a b a b 8 - 2 1 - 1 2 (C .1)

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Eliminando íl entre os polinômios, obtemos os se

guintes polinômios em W.

6 6 wn l l: = o

n=O nl

(€. 2) 7

J l: B wn = o

n=O n2

onde as seguintes quantidades sao introduzidas para ,definir os

coeficientes S

> (C.3)

juntamente com

f41 = 02 f31 = 2 º1 ºz f21 = 02 + 2 º1 º3 1 2

fll = 2 ºz º3 f = 02 ol 3

fsz = º1 º4 f42 = º1 ºs + ºz º4

f32 = º1 º6 + ºz ºs + º3 º4 f22 = º1 º7 + ºz ':16 + º3 ºs (C. 4)

f12 = ºz º7 + º3 º6 foz = (J3 (J 7 '

f63 = 02 f53 = 2 º4 ºs f43 = 02 + 2 º4 (J 6 4 ' ' s

f33 = 2 ºs º6 + 2 º4 (J 7 f23 02 + 2 ºs (J 7 ' 6

fl3 = 2 º6 º7 f = 02 o3 7 J

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Os coeficientes S em (C.2) sao definidos por:

)

(C.5)

e

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138

(C. 6)

As raizes dos polinõmios (C.2) podem ser calcula­

das, para a faixa de interesse da velocidade do vento, usando as

sequências de Sturm e o método das bissecções.

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139

APtNDICE D

FLUXOGRAMA DOS PROGRAMAS PRINCIPAIS

a) M~TODO DE KRYLOV E BOGOLIUBOV

INICIO

i LEIA: p , 9, , m , d , w

X , wy

Al , A2 , Bl , B2 , B3 , B4

X , o Yo , V

l CALCULE: ª11 , ª21 , ª12 , ª31 , ª22 , ª13

bll , b21 , bl2 , b31 , b22 ' bl3

l CALCULE: x. , y * iterativamente com valores

de partida dados por (2.14)

CALCULE: ªi2 , ª21 , bi2

w2 2 Y1 , Y2 , 1 , W2

CALCULE: P1 Pz

ªo ó , o

CALCULE: Rl e R2

ESCREVA: Rl e R2

(J 1

ªk ,

SIM

, bz1

' \)1' Vz , µ · ll , A , n1 , n2 (J '

2

ª2 , º1 , º2 , /',. o

NÃO FAÇA: R1 ; O

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140

?

SIM

CALCULE: r 11 , r 12 , r 21 , r 2z

CALCULE: raízes do polinômio

. NAD= ~-----~ .·FAÇA: R2 = O

À 2 - A(R11 + rzz) À + A2 Cr11 rzz - r12 rzl) = o

ESCREVA: Àl e Àz

• FIM

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141

b) MJÕTODO DO BALANÇO HARMÕNICO

** = 1/J

L(k) 1

INfCIO

t LEIA x

0 , y

0 , V

CALCULE: a 31 , a 22

LEIA os valores iniciais para o quadruplo

pl 'Ql 'Rl ' 61

FAÇA L = {O}

CALCULE: 1/J e incremente ti os '.Valores cor­

rentes da quadrupla

S 1 /11 ,--~~~~-<lª ITERAÇÃO

INCREMENTE

CALCULE

SI ,<,f

?

NÃO

+ o k ésimo elemento da quadrupla

de 6

o novo valor de 1/J

fi/1 ?

NÃO

©B

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142

@B .

! DECREMENTE: o k ésimo elemento da quadrupla

de 2 11 CALCULE o novo valor de t

SIM ?

INCREMENTE: O k ésimo elemento da quadrupla

de ti

k; 1, 4

NÃO SÃO TODOS

OS ELEMENTOS DE { L}; O

?

SIM

FIM

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A-l

. ,

A* 1

a-l

a .. lJ

CL

C* L

CL

Do

d

FL

Fx

K XX

m

,

,

,

B. l

A* 2

b. l

b .. lJ

CD

C* D

CD

Dl

FD

F y

K YY

143

SIMBOLOGIA

- coeficientes das curvas ajustadas para CL e CD

- amplitudes de movimento (primeira aproximação)

- coeficientes das expansões em série para CL e

CD (aprox. linear)

- coeficientes das expansões em série para CL e

CD (aprox. quadrática)

- coeficientes de sustentação e de arraste basea­

dos em V

- coeficientes de sustentação e de arraste basea­

dos em n V

- coeficientes de sustentação e de arraste e na

simulação analógica

- operadores diferenciais

- diãmetro doçcondutor móvel (m)

- forças de sustentação e de arraste (N)

- componentes das forças de sustentação e de arras

te (N)

- funções não-lineares do modelo nao linear cúbi­

co

- rigidez horizontal e vertical do sistema de sus

pensao (N/m)

razão entre as frequências naturais

- comprimento do condutor móvel (m)

- massa do condutor móvel (kg)

P1 , P2 - amplitudes de movimento (segunda aproximação)

(p1) , (p 2) s - amplitudes dos ciclos limite para o caso resso­s nante

- amplitudes dos ciclos limite para o caso· nao

ressonante