Agenda Carlos Barbosa 2030

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2030 PROJETO EM DESIGN ESTRATÉGICO AGENDA CARLOS BARBOSA

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O desenvolvimento futuro dos municípios e das cidades depende de um profundo planejamento em bens e serviços, informação e conhecimento, capital e pessoas. Nesse sentido, a Agenda 2030 organiza ideias concretas de interesse da sociedade barbosense, projetando-a para os próximos 20 anos, baseado na busca pela melhora da qualidade de vida.

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2030PROJETO EM DESIGN ESTRATÉGICO

AGENDACARLOS BARBOSA

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PLANEJANDO UM FUTURO SUSTENTÁVEL PARA A CIDADE,

ORIENTADO PELO DESIGN ESTRATÉGICO.

2030C ARLOSBARBOSA

A G E N D A

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Catalogação na Publicação:Bibliotecária Fabiane Pacheco Martino - CRB 10/1256

A265 Agenda Carlos Barbosa 2030: Projeto em Design Estratégico [coordenação: Fabricio Tarouco et al.]Porto Alegre: escola de Design Unisinos, 2011.96 p.: il.color. ;24cm

ISBN 978-85-7431-472-3

1. Planejamento urbano. 2. Carlos Barbosa (RS). 1. Tarouco, Fabricio.

CDU 711.4(816.5)

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A dinâmica da vida contemporânea exige daqueles que se propõem a fazer gestão pública uma atitude firme em relação ao tempo futuro, ação que ainda não é muito comum nas administrações públicas brasileiras.

A Administração 2009-2012, percebendo que o corpo social atual tem sofrido sérios e graves transtornos por causa da falta de um planejamento mínimo no passado, resolveu propor para discussão com a sociedade uma fonte de informação para um planejamento mais real, um estudo técnico científico sobre a nossa comunidade.

Tendo ciência da escassez de profissionais e de conhecimento para a realização dessa obra, buscamos numa das academias mais conceituadas do país o respaldo necessário para a concretização desta obra importantíssima para uma comunidade que é, e precisaria continuar sendo, vanguarda do desenvolvimento das pequenas cidades da nossa Região e Estado. A parceria com a UNISINOS nos dá a certeza de que os dados, conceitos e sugestões apresentados têm, no mínimo, um fundamento científico e técnico possíveis de ser praticado ao longo do tempo.

Com o único propósito de estarmos contribuindo não só para o momento, mas também para um futuro relativamente curto, e com a convicção de que este trabalho será fundamental para o desenvolvimento e, consequentemente, para a qualidade de vida dos barbosenses é que este Governo considera a Agenda 2030 com uma das mais importantes obras deste período administrativo.

Uma boa leitura a todos.

À COMUNIDADE BARBOSENSE

FERNANDO XAVIER DA SILVAPrefeito Municipal

PREFÁCIO

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO 06

O qUE SãO CIdadES CRIatIvaS?Conceitos

2O CONTEXTO 14O POntO dE PaRtIda A Carlos Barbosa 2010

TENDÊNCIAS 26O FUtURO daS CIdadESCidades desenhando seu futuro3DIRETRIZES 32EIxOS EStRUtURantESOs Pilares do Crescimento4PROCESSO 38O dESIGn EStRatÉGICOA Gestão Através da Inovação5RESULTADOS 46vISÕES dE UM FUtURO PLanEJadOAgenda 2030 - Objetivos e Ações

6

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INTRODUÇÃO

UM nOvO MOdELO, UMa nOva aBORdaGEM dE COMO vEnCER OS dESaFIOS dO CRESCIMEntO.

O qUE SãOCIdadES CRIatIvaS?

1

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VISTA CENTRO DA CIDADEFONTE: ACERVO PREFEITURA

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INTRODUÇÃO

É possível perceber, nas últimas décadas, uma passagem de sociedades dispersas em milhares de comunidades rurais a uma trama majoritariamente urbana, em que se dispõe de uma oferta simbólica heterogênea, renovada por uma constante interação do local com redes nacionais e transnacionais de comunicação (CANCLINI, 1997). Assim, pode-se definir o momento atual como dinâmico, globalizado e em constante mutação.

Os lugares, no contexto econômico e cultural das nações, vêm se tornando o foco da concorrência internacional por recursos financeiros, turistas e visibilidade. Muitas cidades vêm investindo com o intuito de promover-se como um destino diferenciado, atrativo e com qualidade de vida. Para isso, resgatam potencialidades locais e desenvolvem projetos que potencializam elementos de impacto urbano, turístico e comercial.

Fabricio Tarouco, Gustavo Borba e Gustavo Fischer.

CRESCER SEM PERDER A

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Dessa forma, é preciso compreender o processo de territorialização desses lugares e não apenas discutir a ocupação dos seus territórios. Entende-se por territorialização o processo que coloca as cidades como facilitadoras das práticas sociais e econômicas ocorridas na região, ou seja, era em busca dessas relações que os indivíduos se agrupavam num mesmo território, procurando principalmente mercado (produto) e meios de transporte (conexão) (REyES, 2007).

O momento atual, caracterizado pelo processo de re-territorialização, reflete o aumento da competitividade empresarial, obrigando as cidades a buscarem estratégias de ação perante o mundo globalizado, prospectando o mercado externo, visto que hoje, promover a cidade se tornou uma das funções básicas dos governos locais e um dos principais campos de concentração público-privado.

VISTA GERAL DA CIDADEFONTE: GUSTAVO DIEHL

IDENTIDADE.

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1.1. O FUTURO DOS LUGARES

O desenvolvimento futuro dos mu-nicípios e das cidades, em qualquer parte do mundo, depende de um pro-fundo planejamento em bens e serviços, informação e conhecimento, capital e pessoas. Nesse sentido, a reorganização do território cria novos desafios para os gestores municipais, mas, ao mesmo tempo, abre possibilidades de desenvol-vimento local.

De acordo com Borja e Castells (1997), a cidade competitiva deve apre-sentar três atributos complementares: conectividade com a rede mundial de cidades, capacidade de inovação para incorporar novos processos e tecnolo-gias produtivas e gerencias, e flexibili-dade institucional, dando agilidade para responder aos desafios e mudanças. Para tanto, deve descobrir suas qualida-des diferenciadas para se apresentar ao mundo e ao Brasil, procurando seu ca-minho próprio no meio das turbulências, incertezas e transformações.

Ao mesmo tempo que se preparam para as mudanças externas, os municí-pios (e os gestores públicos locais) têm que responder às crescentes demandas de bens e serviços públicos e enfrentar as emergências e necessidades imedia-tas da sociedade local. Em outras pa-

lavras, devem administrar as demandas cotidianas olhando para o futuro e im-plementando políticas e estratégias de desenvolvimento (PRICEwATERHOUSE-COOPERS).

Os processos de desenvolvimen-to local implicam esforços articulados de atores estatais, da sociedade civil e do capital, dispostos a levar adiante projetos que surjam da negociação de interesses, inclusive divergentes e em conflito. Portanto, a lógica do desenvol-vimento local necessita do surgimento e fortalecimento de atores inscritos em seus territórios e com capacidade de iniciativa e propostas socioeconômica que capitalizem as potencialidades lo-cais, apostando em uma melhora inte-gral da qualidade de vida da população (MARSIGLIA, 1996).

Dessa forma, o futuro dos lugares passa pelo planejamento estratégico de projetos e ações que impactem positi-vamente na qualidade de vida de seus moradores e na imagem que o território espera alcançar no cenário externo. As-sim, o principal desafio será detectar as potencialidades e oportunidades exis-tentes e, com base nelas, traçar alter-nativas que preparem a cidade para as próximas gerações.

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1.2. SOLUÇÕES CRIATIVAS

O conceito de cidades criativas vem sendo disseminado no mundo acadêmico e institucional, especialmente com as crescentes demandas que os lugares pas-saram a ter, conceito este que resultou da emergência das novas tecnologias e de um novo tipo de economia assente na criatividade e inovação. O principal fator determinante para a busca de soluções criativas é a limitação orçamentária que determinados lugares dispõem para in-vestir em melhorias e para qualificar os serviços públicos.

A relação entre criatividade e pro-moção do desenvolvimento urbano pode ser estruturada pela necessidade de in-troduzir criatividade nos “instrumentos” para o desenvolvimento urbano, ou seja, o desenvolvimento de ferramentas e so-luções criativas associadas aos novos contextos socioeconômicos e culturais; por isso a defesa da necessidade de atrair as competências criativas, ou seja, recur-sos humanos criativos.

Apesar deste renovado interesse e de toda(s) a(s) retórica(s) em torno do papel da criatividade no desenvolvimen-to das cidades e das regiões, a relação entre atividades culturais/criativas e território, numa perspectiva bem mais ampla, tem várias e remotas origens e vem sendo estudada há bastante tempo (Costa et al, 2008). As novas abordagens em torno das cidades criativas vieram evidenciar novas formas de se pensar a cidade, trazendo novas temáticas não só para a análise e o discurso acadêmico, mas também para a prática política, onde ganharam grande visibilidade.

Outros conceitos aplicados a luga-res vêm sendo associado ao conceito de cidades criativas. Dentre eles, cabe destacar: cidades sustentáveis, cidades digitais, cidades turísticas, cidades ge-radoras de energia limpa, cidades rede, cidades inteligentes, cidades empreen-dedoras, cidades da copa, cidades inova-doras e cidades educadoras.

“O processo de transformação de uma cidade em cidade criativa precisa somar valores econômicos, sociais e cultu-rais a lugares, alcançando resultados tangíveis que reflitam as identidades e a história da cidade. “

http://cidadecriativa.org/comofazemos.html

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No intuito de colaborar com o de-senvolvimento regional, a Universidade do Vale do Rio dos Sinos e a Escola de Design Unisinos vêm aprofundando suas pesquisas nesta área de conhecimento e posicionando-se como uma referência em projetos e soluções aplicadas a ter-ritórios. As discussões acontecem tanto em salas de aula, com turmas de gradu-ação, especialização e mestrado, como também pelo seu corpo docente, pes-quisadores e colaboradores, nos espaços acadêmicos e empresariais.

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos é uma instituição jesuíta que hoje está entre as melhores universidades particulares do Brasil. Possui cerca de 30 mil estudantes em cursos de gradua-ção e pós-graduação. Com mais de qua-tro décadas, a UNISINOS preza sua capa-cidade de ser inovadora. Com métodos atuais e emprego de novas tecnologias, está atenta ao mundo contemporâneo e a mudanças sem, no entanto, abrir mão de seus valores originais. É espaço plu-ral, múltiplo e aberto, em que a produ-ção e a difusão do saber enaltecem a vida e a liberdade responsável. Em seu quadro de pessoal, conta com cerca de 900 professores - dos quais 86% são mestres, doutores e pós-doutores, por-centagem superior à média nacional.

1.3. O PAPEL DA ESCOLA DE DESIGN UNISINOS

Neste contexto de permanente bus-ca pela inovação, e em cooperação com o POLI.Design de Milão, a Unisinos criou em 2006 a Escola de Design Unisinos (EDU). A Escola de Design é um centro de ensino, difusão e produção de novos conceitos de design, alinhados ao que há de mais avançado nesta área. São três os eixos da escola: o ensino, que forma novos profissionais em design, a pesquisa, que constrói novos conheci-mentos e o Design Center, que faz a ar-ticulação entre o mercado e a Universi-dade. A construção das competências se dá pela formação universitária em nível de graduação e pós-graduação, capaci-tação empresarial, produção de pesqui-sas, gerando conhecimento, da experi-mentação contínua e inovação para as indústrias e prefeituras, publicações técnico-científicas e divulgação dos casos e resultados e consultorias, inte-grando universidade-empresa-prefeitura e sistema empreendedor produtivo.

REUNIÕES DE PROJETOS FONTE: ACERVO UNISINOS

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1.4. AS PREMISSAS DA PESQUISA

Enquanto a ação dos planos direto-res e o urbanismo tradicional centram o foco na organização interna do terri-tório, o conceito de Design Territorial estudado na Escola de Design Unisinos se ocupa do reconhecimento desses va-lores internos com a possibilidade de comunicá-los externamente e no poten-cial de atratividade que ele possa ter, transformando o território em produto. Essa abordagem passa por uma ação que seja capaz de agregar valor e que per-mita a compreensão e o envolvimento dos mais diversos segmentos sociais a fim de transformar o território em marca coletiva e significativa da cultura local.

Nesse tipo de estratégia, a cidade reforça hábitos sociais que valorizam o território como mercadoria aberta ao consumidor externo, tendo, assim, uma perspectiva de mercado gerada, por exemplo, pelo turismo. Assim, a reno-vação do território cria centralidades como lugares em que ele se serve do consumo e serve ao consumo. Tendo isso em vista, criam-se imagens-síntese que reforçam o caráter do local, afirmando--o e ajudando a sua difusão. A presen-te proposta é um movimento que une a Universidade do Vale do Rio dos Sinos e a Prefeitura de Carlos Barbosa para agir em busca de um futuro melhor para a cidade.

A agenda 2030 organiza ideias con-cretas de interesse da sociedade barbo-sense, projetando-a para os próximos 20 anos, baseado na busca pela melhora da qualidade de vida.

Definiu-se como objetivo principal desta proposta a identificação de cená-rios de oportunidades para o desenvol-vimento do município de Carlos Barbosa através da metodologia do design estra-tégico, que, a partir de um processo ar-ticulado entre pesquisas contextuais e workshops conceituais, fomentam ideias criativas, refletindo esse panorama e subsidiando a criação de um documento.

O resultado das pesquisas e workshops possibilitam a construção do que chamamos de cenários que permi-tem tangibilizar as ideias desenvolvidas de forma a auxiliar à identificação das oportunidades e de possíveis estraté-gias para a realização do projeto. Des-sa forma, o planejamento de cenários na condução da gestão estratégica das cidades afeta a percepção e a amplia, promovendo, assim, a variedade ne-cessária parar ver e perceber o mundo exterior além dos modelos de serviços tradicionais. A função dos cenários aqui foi visualizar o futuro, desvendando um futuro profundamente desejado, de for-ma a antecipar mudanças e manter con-versações estratégicas contínuas.

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O PONTO DE PARTIDA RUMO AO FUTURO.

CaRLOS BaRBOSa2010

O CONTEXTO

2

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RETRATO DO MUNICÍPIO NO INÍCIO

DA DÉCADA. UM RESUMO DA SITUAÇÃO

ATUAL, MOSTRANDO O CONTEXTO DE

PARTIDA RUMO AO FUTURO PLANEJADO.

MOINHO SÃO JOSÉFONTE ACERVO DA PREFEITURA

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O CONTEXTO

COMO É a CaRLOS BaRBOSa dE HOJE?

A história de Carlos Barbosa começa por volta 1855, com a vinda dos primeiros imigrantes alemães. Porém o maior impulso ao desenvolvimento da localidade aconte-ceu com a chegada dos colonos italianos, assentados a partir de 1875, que foi o grupo mais numeroso que nela se estabeleceu, fixando-se em quase todas as localidades do município, procedentes principalmente das regiões do Vêneto e da Lombardia.

Primeira secção da Linha da Estrada Geral, Lote 35 e Santa Luiza foram os primeiros nomes dados à localidade, que passou a ser chamada de Carlos Barbosa, somente a partir de janeiro de 1910, em homenagem que o intendente Garibaldi fez ao Governador do Estado, em cuja gestão, foi construída a Ferrovia Montenegro--Caxias do Sul. Somente em 1959, foi assinado o decreto que a tornou município, por Leonel Brizola. Antes era distrito de Garibaldi.

Atualmente, com uma extensão territorial de 228,7 km2, o município é compos-to por cinco distritos: Arcoverde, Cinco da Boa Vista, Santa Luiza, Santo Antônio de Azevedo Castro e Sede.

Leandra Saldanha e Vanessa Batisti

PARQUE DA ESTAÇÃOFONTE: ARQUIVO DA PREFEITURA DE CARLOS BARBOSA

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Carlos Barbosa situa-se na encosta superior nordeste do Estado, no Planal-to Rio-grandense, conhecida como Ser-ra Geral, de topografia acidentada e ir-regular, com muitos morros e vales. Não possui rios, somente arroios, cuja pecu-liaridade é alimentarem duas bacias hi-drográficas, o rio Caí, ao leste, onde de-ságua o arroio Forromeco e Santa Clara, e o rio Taquari, a oeste, onde deságua o Arroio Boa Vista, divididos pela antiga estrada de ferro, hoje desativada. A po-sição de divisor das bacias hidrográficas põe o município como área estratégica na conservação das águas de cabeceiras de rios, que abastecem diversos municí-pios do Estado. Essa região, de grande beleza, a 700 metros do nível do mar, tem um clima subtropical de altitude, com estações bem marcadas.

O último censo, realizado em 2010, apurou a existência de 9.441 domicílios no município, sendo, nos domicílios particulares ocupados, a média de mo-radores de 2,97 (CENSO/IBGE 2010).

Com pouco mais de 25 mil habi-tantes e uma densidade demográfica de 110,17 habitantes por km2 (CENSO/IBGE, 2010), Carlos Barbosa conta com uma população, predominantemente, adulta, ou seja, com idades entre 15 e 64 anos – como é possível observar na Tabela 1 e Figura 1. Neste grupo, deno-minado de segunda idade, destacam-se os “jovens adultos” na faixa de 20 a 34 anos de idade, os quais respondem por mais de 36% da população de adultos e por mais de 27% da população total barbosense. Entre as crianças, o grupo da primeira idade, destacam-se os ado-lescentes de 10 a 14 anos, que repre-sentam em torno de 38% da população deste grupo e 6,5% da população total. Já a população madura / idosa (terceira e quarta idades), com 65 anos ou mais, somam mais de 8% do total da popu-lação do município e, considerando os indicadores que serão apresentados adiante, certamente, a tendência deste grupo é de crescimento.

Possui um índice de desenvolvimento humano alto, com boa escolarização e qualidade de vida. quase 100% do município é atendido por energia elétrica e abastecimento de água e cerca de 90% das residências da área urbana possuem saneamento básico, com investimentos constantes por parte da Prefeitura.

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Ainda analisando os dados relacionados à faixa etária, tem-se, pela pre-dominância da população adulta observada em Carlos Barbosa, que mais de 74% dos seus habitantes encontram-se na faixa de idade potencialmente ativa (têm entre 15 e 64 anos de idade); enquanto os demais estão na idade potencialmente inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais). Daqui chega-se a razão de dependência demográfica de 34,41% para a população barbosense. Esse indicador mostra que para cada 100 adultos em idade potencialmente ativa, Carlos Barbosa tem, aproximadamente, 35 pessoas dependentes, em idade potencialmente não ativa – expressando o “peso” da população de crianças e idosos sobre a população adulta, bem como a transferência entre as gerações.

IdadE FaIxa EtÁRIa[anos]

GÊnERO tOtaL

MaSCULInO FEMInInO vaLOR PERCEntUaL

1ª IdadE 0-45-9

10-14

688734872

616642765

130413761637

5,18%5,46%6,50%

SUBtOtaL 2294 2023 4317 17,14%

2ª IdadE 15-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-64

946116612061096989

10121016872672490

956108711671098950996

1019842656506

190222532373219419392008203517141328996

7,55%8,94%9,42%8,71%7,70%7,97%8,08%6,80%5,27%3,95%

SUBtOtaL 9465 9277 18742 74,40%

3ª IdadE 65-6970-7475-79

353229173

387324245

740553418

2,94%2,20%1,66%

SUBtOtaL 765 956 1711 6,79%

4ª IdadE 80 OU MaIS 148 274 422 1,68%

SUBtOtaL 148 274 422 1,68%

tOtaL 1266250,26%

1253049,74%

25192100%

100%

FONTE: Elaborado pelos autores com base nos dados do Censo IBGE, 2010.

taBELa 1POPULaÇãO dE CaRLOS BaRBOSa POR FaIxa EtÁRIa E GÊnERO

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Em se tratando de gênero, a po-pulação barbosense é bem equilibrada, chegando próximo da relação um para um, ou seja, 50% masculina e 50% fe-minina. Cabe destacar que na infância (primeira idade) e na vida adulta (se-gunda idade) a população masculina é maior que a feminina, enquanto na maturidade / velhice (terceira e quarta idades) a relação se inverte.

A população feminina é maior na maturidade / velhice, como se observa no Brasil e em muitos países, em fun-ção de uma expectativa de vida das mulheres superior à verificada para os homens. Atribui-se, entre outros, a me-nor expectativa de vida masculina a um elevado índice de mortalidade entre os 20 e 30 anos de idade, por causas vio-lentas (acidentes de trânsito, homicí-dios, etc.).

Outro aspecto relevante relativo à população diz respeito ao crescimento demográfico, a população barbosense apresentou um crescimento natural po-sitivo de 0,67% em 2010, resultante da diferença das taxas brutas de natalida-de e mortalidade – 10,24 nascidos vivos para cada 1.000 habitantes e 3,57 óbi-tos para cada 1.000 habitantes (IBGE, 2010). Já em relação ao grau de urbani-zação, o município tem 19.992 pessoas residindo em área urbana (79,36%) e apenas 5.200 em zona rural (20,64%). Tal grau de urbanização reflete-se na distribuição populacional nos distritos: 85,16% da população localizam-se na sede e os 14,84% restantes nos demais distritos: Santa Luiza (4,17%), Arcover-de (3,82%), Santo Antônio de Azevedo Castro (3,70%) e Cinco da Boa Vista (3,15%).

FIGURa 1POPULaÇãO dE CaRLOS BaRBOSa POR FaIxa EtÁRIa E GÊnERO

FONTE: Adaptada pelos autores da sinopse do Censo IBGE2010.

+ 80 anOS75 - 7970 - 7465 - 6960 - 6455 - 5950 - 5445 - 4940 - 4435 - 3930 - 3425 - 2920 - 2415 - 1910 - 14

5 - 90 - 4

148173229353490672872

10161012909

109612061166946872734688

274246324387506656842

1019996950

109811671087956765642616

1,1%0,6%0,7% 1,0%

1,3%0,9%1,4%

1,9%2,7%

3,5%4,0%4,0%

4,4%4,8%

4,6%3,8%

3,5%2,9%

2,7%

3,9%

1,5%2,0%

2,6%3,3%

4,0%4,0%

3,8%

3,8%3,0%

2,5%2,4%

4,4%

4,3%4,6%

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Apenas 100km a distanciam da capital, 65 km da região das hortên-sias, e os municípios vizinhos da re-gião da uva e do vinho estão muito próximos: Garibaldi, Bento Gonçal-ves, Farroupilha e Caxias do Sul, são acessados por meio de vias estadu-ais, como ERS 453 e 470.

Uma das principais característi-cas do tecido urbano de Carlos Bar-bosa é sua forte centralidade, sen-do o Parque da Estação o ponto de convergência. Subseqüente a esse ponto, evoluem os diversos bairros, respeitando a concentricidade e re-duzindo a densidade, à medida que nos afastamos do centro.

O comércio e os principais ser-viços públicos e privados, além das principais áreas de lazer e convívio, estão presentes em maior número, no Centro Urbano, constituído pe-los três quarteirões centrais, onde existe a maior concentração de ha-bitações verticalizadas.

As áreas verdes estão presentes, pulverizadas em praças de pequeno porte, que variam de 300 a 10.000 m2, e outras 5 de até 15 hectares, em todo território urbano.

04

05

09

10

08

06

01

LEGEnda MaPaÁREA CENTRAL

ÁREA CONSOLIDAÇÃO URBANA

ÁREA DE EXPANSÃO

PRINCIPAIS VIAS

CICLOVIA

RS 446 - SÃO VENDELINO

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BaIRROS

02

11

03

07ACESSO À CIDADE PELA ERS 446 - SÃO VENDELINO

ACESSO À CIDADE PELA ERS 446 - SÃO VENDELINO

01. NAVEGANTES02. TRIÂNGULO03. BELA VISTA04. VILA NOVA05. VITÓRIA06. CENTRO07. AURORA08. PLANALTO09. APARECIDA10. PONTE SECA11. NOSSA SRA. FÁTIMA

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Com uma situação econômica e so-cial favorável, observada por meio de seus indicadores socioeconômicos, Car-los Barbosa quer ser referência em qua-lidade de vida. Dentre os indicadores que demostram que o município está no caminho, destaca-se o índice de desen-volvimento humano municipal (IDH-M) de 0,858 (2000), considerado um alto índice. Calculado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o IDH é um índi-ce que foi criado para medir o nível de desenvolvimento humano dos países. Calculado com base nos indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrí-cula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita), o IDH varia de “0”, nenhum desenvolvimento humano, a “1”, desenvolvimento humano total. Também confirmam o desenvolvi-mento de Carlos Barbosa, índices como a mortalidade infantil e a expectativa de vida.

Atualmente, o coeficiente de mor-talidade infantil é de 13,33 óbitos para cada 1.000 nascimentos – indicador que há uma década (2001) ultrapassava os 22 óbitos para cada 1.000 nascimentos (FEE, 2010).

Quanto à longevidade, a pessoa que nasce no município tem uma expectativa de viver 78,84 anos (PREFEITURA MUNI-CIPAL, 2009), superior à verificada para a Região e para o Estado. Tal longevidade resulta não só da descendência italiana de sua população, como também da preocu-pação com saneamento básico e saúde.

Nesse sentido, Carlos Barbosa conta com um qualificado sistema de saúde, tan-to em relação à infraestrutura dos locais, quanto ao atendimento, fruto de altos in-vestimentos público-privados municipais. Não há filas de espera para consultas e procedimentos cirúrgicos. Para os casos de baixa e média complexidade, há um hospital e um centro de saúde, que atende a maior parte das especialidades médicas e odontológicas, oferecendo à população o atendimento adequado. Ainda possui quatro unidades básicas de saúde com postos móveis, porém sem UTIs, e mais cinco postos, um para cada distrito. Além disso, há políticas de incentivo a práticas saudáveis, visando à prevenção de doen-ças, como a implantação de academias ao ar livre, espalhadas em diferentes pontos da cidade, que contam com instrutores e enfermeira três vezes por semana.

ESTAÇÃO CARLOS BARBOSA - MARIA FUMAÇAFONTE: GUSTAVO DIEHL

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Outro conjunto de indicadores impor-tante é o relacionado ao tema educação. A taxa de analfabetismo é de apenas 2,53% (FEE, 2010). No município, praticamen-te todas as crianças e jovens (mais de 4.000), em idade escolar, estão regular-mente matriculados na rede composta por 27 escolas – 16 municipais, 6 estaduais e 5 particulares (SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, 2011). Tanto a taxa de aban-dono escolar, de 0,7% no ensino funda-mental e 6,5% no ensino médio, quanto a taxa de reprovação, de 9,4% no ensino fundamental e 10,6% no ensino médio, são inferiores às verificadas no Rio Gran-de do Sul e no Brasil; enquanto a taxa de aprovação, de 89,9% no ensino fundamen-tal e 82,9% no ensino médio, é superior (FEE, 2008). Na educação infantil, o turno integral abrange mais de 400 crianças, entre 2 e 6 anos, atendidas em escolas municipais, com avaliação nutricional e orientação para as famílias sobre o de-senvolvimento infantil. A Prefeitura ainda disponibiliza transporte escolar gratuito para que as crianças possam ir à escola.

Com um produto interno bruto (PIB) na ordem de R$ 671,5 milhões e um PIB per capita de R$ 26.453,00 (FEE, 2008), Carlos Barbosa conta com 10.473 pessoas ocupadas (CENSO / IBGE, 2010), represen-tando mais de 41% da sua população total e 59% da população potencialmente ativa (na faixa etária entre 15 e 59 anos de ida-de). Sua economia é calcada na indústria e nos serviços, que respondem, respecti-vamente, por 47% e 45% do valor adicio-nado bruto (VAB) da sua economia.

Embora a agropecuária corresponda apenas por 8% do VAB municipal, é dela que resulta a matéria-prima de um dos

principais símbolos do local: o queijo. Tal símbolo fomenta o principal evento da cidade, o Festiqueijo (festival gastronô-mico) e todo um comércio de produtos ar-tesanais como geleias, compotas, sucos, doces, desenvolvidos pela agroindústria, a qual tem como expoente a cooperativa Santa Clara.

Na indústria, por sua vez, o setor metalmecânico é o de maior relevância, no qual se destaca a Tramontina, princi-pal fabricante de produtos de aço, com mais de 17 mil itens, nos mais diversos segmentos, exportando para mais de 120 países. Instalada no bairro Triângulo, a fábrica de utensílios de cutelaria é fun-damental no crescimento e desenvolvi-mento da cidade, visto que é responsável por 65% do ICMS arrecadado no municí-pio. Fundada em 1911, por um imigrante italiano, iniciou como uma ferraria (pe-quena oficina) e hoje é um grupo com 6 mil funcionários, distribuídos em 10 fá-bricas, centros de distribuições por todo o país e no exterior.

CATEDRALFONTE: GUSTAVO DIEHL

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A empresa ainda conta com um showroom no centro da cidade, que se tornou ponto turístico e de compras, com a venda de produtos da marca, de qualidade reconhecida internacional-mente pelo design e inovação. Cabe ressaltar, que apesar de Carlos Barbosa não ter um zoneamento definido, e as unidades industriais fazerem parte da paisagem urbana, a Prefeitura tem estu-dado estabelecer um distrito industrial em Arco Verde, dentro de um modelo de preocupação ambiental, evitando que o crescimento aconteça de forma aleató-ria e preservando a qualidade de vida dos seus habitantes.

A proximidade com a capital atrai pessoas que, como os habitantes de municípios vizinhos, chegam para visi-tas de final de semana ou para passar o dia. Dentre os atrativos locais estão: o passeio de Maria Fumaça (que acontece entre Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, com degustação de vinhos, champagne e sucos típicos da região); Via do Leite e Queijo (um roteiro por be-las paisagens naturais, construções an-tigas e gastronomia italiana); Morro do Diabo (rampa para voo livre); Morro do Calvário (encenação da Paixão e Morte de Cristo); Moinho São José (constru-ção de 1897, tombada pelo patrimônio histórico municipal); e o Parque da Es-tação (localizado no coração da cidade, abrigando o prédio da antiga Estação Ferroviária, de 1909, também tombado e restaurado, onde hoje funciona a Se-cretaria de Turismo, Indústria, Comér-cio e Serviços, além de um cinema e da Casa do Artesão).

Nos serviços, além do comércio e da administração pública, destacam-se as atividades turísticas. O turismo na região é motivado pelo clima serrano, típico europeu, de atrativos históricos em um cenário natural, composto de morros e vales, com belas paisagens.

Além dos seus atrativos naturais, históricos e gastronômicos, outro tipo de turismo vem ganhando espaço no município: o turismo esportivo. Um dos motivos é a equipe de futsal, Associa-ção Carlos Barbosa de Futsal (ACBF), cuja história começou nos anos 1970, quando os dois principais times da ci-dade, o Real e o River, uniram-se para realizar o sonho de conquistar o título estadual. Décadas depois e inúmeros títulos alcançados, entre eles, o tão sonhado campeonato estadual que ven-ceu oito vezes, já trouxeram para Carlos Barbosa a Taça Brasil, a Liga Nacional, a Copa Intercontinental (disputada na Rússia) e o título de Campeão Mundial de Futsal pela FIFA, disputado em Bar-celona na Espanha – título que até hoje é o único clube brasileiro a ostentar.

A cidade também sedia o Festival Estadual de Voo Livre, evento realizado com apoio da Prefeitura, no Morro do Diabo, e uma das etapas do campeonato brasileiro de Moto Cross.

ACESSO A CARLOS BARBOSAFONTE: GUSTAVO DIEHL

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Recentemente, em 2011, implan-tou-se o transporte coletivo municipal de ônibus. Operando com quatro linhas, que cobrem duas rotas simultâneas – leste-oeste – em vários horários, a população barbosense agora dispõe de outra opção de circulação, a fim de evi-tar congestionamentos na área central da cidade. Além das linhas de ônibus, a população conta com frota de táxis e transporte fornecido pelas empresas aos seus funcionários. Estima-se que 60% dos trabalhadores utilizem veícu-los próprios para seus deslocamentos.

Há especial preocupação com o lixo, pois a produção de resíduos vem crescendo a cada ano. Em 2010, foram recolhidas 2.962.095 toneladas de re-síduos orgânicos e 1.025.318 de resí-duos secos, gerando uma média diária total de 10,92 toneladas, o que equi-vale a 154,16 kg por habitante a cada ano. A Prefeitura tem buscado medi-das que visem atenuar ou, pelo menos, conscientizar a população da seriedade do assunto, por meio de políticas de educação ambiental e da adoção de procedimentos, como o sistema de re-colhimento e separação por containers, dispostos na via pública, em pontos es-pecíficos, para incentivar a separação do lixo seco e orgânico. Também estimula campanhas para o descarte correto de materiais especiais, como óleo de cozi-nha, lâmpadas, baterias, lixo eletrônico e embalagens de agrotóxicos, sendo a coleta realizada de forma terceirizada, por empresa privada, que encaminha os resíduos para um aterro sanitário e uma pequena usina de reciclagem.

No site da Prefeitura, encontram-se todas as informações sobre os dias de coleta seletiva nos bairros e dicas sobre procedimentos ideais, reforçados pela política de educação ambiental nas es-colas. Contudo, os gestores sabem que o lixo é um ponto crucial no crescimen-to das cidades, e já têm estudado no-vas alternativas, como a instalação de outra célula que absorva os detritos, quando o aterro existente se esgotar.

Trânsito educado, com ruas pavi-mentadas e boa sinalização, privile-giando os pedestres. Câmeras distri-buídas pela cidade monitoram a ordem pública. Carlos Barbosa possui um nú-mero quase ideal de policiais militares. Mesmo com apenas uma delegacia, o índice de violência é baixo, com alguns poucos casos graves.

Esse conjunto de características apresentadas contextualiza a Carlos Barbosa de hoje, mas certamente é apenas um recorte inicial. Seria pos-sível buscar ainda mais relatos e com-preensões sobre a riqueza cultural que marca Carlos Barbosa dentro da trajetória da imigração no Rio Grande do Sul, e o próprio processo de “pen-sar o território” pode revelar também muitos aspectos novos. Mas mesmo de uma forma resumida, acredita-se que a essência foi compreendida e que, com essa visão é possível discutir e pensar os próximos anos (ou as próximas dé-cadas) do município, sempre focado no desenvolvimento sustentável e na me-lhoria contínua da qualidade de vida de sua comunidade.

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O FUtURO daS CIdadES

TENDÊNCIAS

CIDADES DESENHANDO SEU FUTURO.

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O QUE ESTÁ MUDANDO NO MUNDO?

COMO AS PESSOAS ESTÃO TRATANDO OS PROBLEMAS ATUAIS?

QUE EXEMPLOS DE SUCESSO PODEMOS SEGUIR?

MASDAR PLAZA LAVA.FONTE: BR.TARINGA.NET

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TENDÊNCIAS

a PESqUISa COMO REFEREnCIaL dE MOdELO dE SUCESSO

Traçar cenários para o futuro é uma das tarefas mais complexas no universo projetual. Sua complexidade deve-se especialmente ao fato de que o olhar para o futuro deve contemplar um número bastante grande de variáveis: econômicas, cul-turais, ambientais, sociais, tecnológicas etc. Uma cidade, quando se projeta para o futuro, tenta reconhecer-se em uma dinâmica entre a sua condição local e os mo-vimentos globais emergentes. Diga-se, aquilo que está estruturando-se como uma tendência, uma metanarrativa que vai afetando em profundidade e criando novas condições de existência a todos os setores da cidade.

Fábio Parode

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É inquestionável que bem-estar é fruto não apenas de riqueza acumulada, mas de posicionamento e escolha diante de fenômenos que conformam as condi-ções existenciais. Ou seja, qualidade de vida é resultado de uma ordem de racio-nalidade que se constrói e é capaz de desvelar as implicações entre os fenô-menos possibilitando-nos a escolha. Ser capaz de fazer boas escolhas é portanto uma das condições fundamentais para a preservação da qualidade dentro de um planejamento. Fazer boas escolhas exi-ge racionalidade, sensibilidade e per-cepção apurada. Desenhar o futuro na tentativa de preservar a qualidade de vida e, no limite, suas condições de per-manência, é o desafio principal de um projeto político que busca construir e implementar os alicerces de uma cultura mais centrada nos princípios de equilí-brio entre o humano e sua relação com o meio ambiente. Tendo em vista que o meio ambiente é o quadro de fundo de nossa existência, e suas cores e tons dependem de nossas escolhas e ações, podendo ser, portanto, mais sombrios ou mais luminosos.

Seria suficiente ficarmos atentos aos meios de comunicação e aos gran-des temas de debate e pesquisa no contexto científico para percebermos o quanto certas problemáticas, tais como tecnologia, sustentabilidade, inovação social, transporte e meio ambiente ocu-param lugares de destaque no contexto dos projetos para o futuro. De fato, evi-dencia-se hoje uma forte preocupação com o futuro. Tal intensidade deve-se a um certo quadro de instabilidade em alguns setores, especialmente no eco-nômico e no ambiental, obrigando-nos, como sociedade, a pensar e desenhar aquilo que desejamos como o contexto dentro do qual quer-se viver e ao mesmo tempo, deixar como legado às gerações futuras. A noção de conforto, de quali-dade, de durabilidade, de sociabilidade e convívio em um espaço preservado tornaram-se fundamentais dentro dessa lógica. O que é o conforto hoje? Quando se olha para os valores que definem o luxo contemporâneo, vislumbra-se com surpresa que, se antes se tratava de um refinamento acessível pela riqueza ma-terial, hoje, está na posse de condições elementares associadas a qualidades mais abrangentes e elementares, tais como ar puro, espaço verde, estabili-dade, mobilidade, saúde e educação. Percebe-se que os valores que são fun-damentais ao luxo, migraram da riqueza material para uma riqueza existencial e intelectual, mais associada à qualidade de vida.

MITMIT’S SMART CITIES MOBILITy PROJECT TEDx BOSTONFONTE: www.outsideinnovation.blogs.com/greenengineering

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A sociedade de consumo contempo-rânea em seus níveis de conforto e abran-gência evidentemente satisfaz muitas das demandas da cultura e das organiza-ções humanas. No entanto, seu impacto sobre o meio ambiente tem-se revelado como uma dinâmica sub-reptícia e cons-tante que, à medida que o tempo passa, gera-nos, para além de todo o conforto dos bens, um cenário ameaçador. O nível de aceleração da produção e do descarte sem uma devida cultura da reciclagem, sem uma racionalidade ambiental desen-volvida, tem gerado níveis de poluição e de acúmulo de resíduos que, muitas ve-zes, vão parar diretamente na natureza. Esse fenômeno está afetando não ape-nas as condições da vida humana, mas as condições da vida de várias espécies da fauna e da flora que não conseguem adaptar-se às condições precárias impos-tas pelo lixo humano.

Sendo assim, pensar desde hoje o preço que a cultura do consumo sem pre-venção ambiental obrigará a sociedade a pagar, leva-nos a um posicionamento projetual como uma ação política, uma escolha racional para as cidades do fu-turo que contemple a noção de equilí-brio ambiental, de políticas que possam regulamentar produção, consumo e ex-pansão nas cidades em função da gera-

ção e impacto dos resíduos implicados e da resiliência do planeta. É, nesse sentido, que muitas cidades têm-se pre-parado para um futuro cujos sinais de transformação das condições elementa-res para a vida já estão evidentes na sua processualidade, tais como escassez de água, de espaço, de alimentos, de ar puro, de verde e de tempo.

A representação que se tem hoje do futuro é tributária de duas grandes tendências: o aumento da inteligência humana associada aos processos comu-nicacionais em rede, diga-se, aumento de tecnologia e a necessidade de trans-formação das matrizes energéticas, levando-nos, consequentemente, à ne-cessidade de transformação dos hábitos de consumo.

Algumas das grandes metrópo-les contemporâneas operam na lógica da preservação da qualidade de vida, abrindo-se aos espaços verdes, aos mó-dulos de convívio ecologicamente sus-tentáveis, à valorização da cultura, do tempo de lazer, da mobilidade com bai-xo impacto ambiental, à implementação de estruturas que garantam condições de saúde e educação. Grandes cidades como Paris, Seul, Milão, Berlim e Kope-nhagem, incluem-se hoje no rol de cida-des investidas pelo futuro.

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Carlos Barbosa com seu potencial urbano e ambiental apresenta-se com as condições de projetar-se como cida-de modelo no Brasil dentro do contexto cidade do futuro, na medida em que ad-quire a maturidade de um crescimento com o devido cuidado de preservação, possibilitando assim que gerações futu-ras possam compartilhar das riquezas e das inovações tecnológicas que preser-vam a qualidade de vida. Verifica-se que o principal eixo de desenvolvimento das cidades do futuro é a sustentabilidade, subentendida como econômica, am-biental e social.

Na perspectiva da sustentabilidade econômica, a participação do Estado no macrodesenho das relações econômicas e dos fluxos de riqueza no território, revela-se fundamental na disposição dos recursos e das escolhas, atuando como agente ativo nos processos de interação do mercado; na perspectiva da sustenta-bilidade ambiental, a lógica da preserva-ção do verde, do reuso dos materiais e da substituição das matrizes energéticas poluentes por matrizes limpas tornam-se basilares da cultura futura; predomina nessa postura o conceito de interação e preservação dos ecossistemas ambien-tais, assim como dos elementos naturais fundamentais às gerações futuras.

Já na perspectiva social, a ampla implementação de espaços e serviços co-letivos de qualidade, revela-se como uma tendência orgânica de construção das identidades locais, ou seja, nas ideias de interação, coletivo e meio ambiente es-truturam-se como bases para as cidades do futuro, nas quais o espaço coletivo e o equilíbrio com o meio ambiente é preser-vado como fundante do próprio espírito da sociedade.

Dentro desse contexto, a noção de espaço comum é ressignificada no sentido de sua qualidade, abrangendo forma, con-teúdo e eficácia. O que se espera de um espaço comum? Espera-se que ele possa satisfazer de forma abrangente, abrindo--se às diferenças sociais e de gêneros, baseado na qualidade da oferta, da ra-cionalidade intrínseca e da estética que é disponibilizada ao público, permitindo-lhe perceber o respeito e o cuidado com que o poder público trata da questão pública.

Nesse sentido, pensar o que ele deve oferecer quanto à serviços, bens, espa-ços, mobiliário urbano, transporte, revela--se como o mote de um cenário que visa, sobretudo, à construção de uma cultura cujo bem maior é o respeito sustentado por valores éticos que preservam a vida na sua multiplicidade e na efetiva garantia de manutenção dos laços sociais.

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DIRETRIZES

NORTEADORES DO CRESCIMENTO.

OS EIxOS EStRUtURa

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VISTA AÉREA DE CARLOS BARBOSAFONTE: GOOGLE MAPS

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Nas seções anteriores, exploramos as peculiaridades do contexto barbosense e as tendências de desenvolvimento das cidades do futuro. Visando a conjugar as indicações procedentes dessas análises, aqui o nosso objetivo é apresentar as diretrizes que nortearam o estabelecimento dos objetivos para o cenário de 2030, da cidade de Carlos Barbosa e o projeto das ações necessárias para alcançá-los. Salientamos que é imprescindível que tais diretrizes sejam coerentes com a tradição da cidade e, ao mesmo tempo, procurem a sua inovação.

Mesmo estabelecendo objetivos ambiciosos e orientados ao futuro, entende-mos que as ações territoriais projetadas devem estar amplamente enraizadas ao passado e à tradição da cidade. Cada nova ação territorial costura-se às anteriores, conferindo uma profundidade histórica ao tecido urbano. Assim, inserir a dimensão temporal na discussão sobre o desenvolvimento da cidade, implica em avaliar os efeitos futuros das nossas decisões.

DIRETRIZES

nOSSaS BaSES COndUtORaSCarlo Franzato, Ana Carolina Vilela e Bruna Ruschel

EVENTO PARQUE DA ESTAÇÃOFONTE: ACEVO PREFEITURA MUNICIPAL

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Com o relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado em 1987 pela Co-missão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), guiada pela norueguesa Gro Harlem Burtland, foi definido que as políticas territoriais devem focar um desenvolvimento sus-tentável, ou seja, um desenvolvimento que procure “atender às necessidades e aspirações do presente sem compro-meter a possibilidade de atendê-las no futuro” (CMMAD, 1991,p.44).

Essa abordagem comporta uma va-lorização plena do capital territorial da cidade, que visa a um desenvolvimento harmônico entre seus diversos compo-nentes. De acordo com essa premis-sa norteadora, o modelo proposto por John Elkington (1997) evidencia que é necessário considerar especialmente os três componentes que constituem o chamado “tripé da sustentabilidade”: econômico, social e ambiental. Dessa forma, o objetivo torna-se, prioritaria-mente, assegurar o bem-estar dos cida-dãos e das empresas barbosenses, por meio de inovações sociais e tecnológi-cas que preservem o meio ambiente.

Analisando os três componentes citados em relação a um território em particular, no caso a cidade de Carlos Barbosa e a região ao redor, é possí-vel distinguir algumas características peculiares que permitem representar os traços de sua identidade. O conjunto dessas características forma um quarto componente do capital territorial, ou seja, o componente cultural.

Como consequência do fenômeno da globalização, que decorreu espe-cialmente a partir dos anos 1990, esse componente resulta hoje em uma ala-vanca importante para o desenvolvi-mento local. Por exemplo, os aspectos culturais podem-se tornar um atrativo turístico interessante (DOwER, 1998). Mas, sobretudo, devemos considerar a cultura um dos vetores de desenvolvi-mento mais eficazes “porque contribui para a valorização das potencialidades coletivas e individuais, porque favorece a plena realização das personalidades” (KAySER, 1994, s. p.).

CALÇADÃO CENTRALFONTE: GUSTAVO DIEHL

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analisando-se os componentes econômico, social, ambiental e cultural do capital territorial de Carlos Barbosa e articulando as suas características mais significativas, no diálogo com as instituições, definiram-se quatro diretrizes prioritárias: bem-estar, cultura, sustentabilidade, tecnologia e empreendedo-rismo, as quais são descritas a seguir.

BEM-EStaR O bem estar é o objetivo de Carlos

Barbosa 2030. Os índices de qualidade de vida da cidade destacam-se compara-dos aos índices médios do país e ocupa posições de destaque em diversas clas-sificações. É evidente a relação com a prosperidade do seu tecido empresarial e, portanto, é essencial um trabalho si-nérgico de instituições e empresas para prosseguir em uma valorização cada vez mais intensa do parque industrial da ci-dade. Os benefícios para a comunidade completam o círculo virtuoso que a di-retriz prospecta: educação, saúde e mo-bilidade, bem como outros serviços de utilidade pública, devem ser constante-mente aprimorados para alcançar metas previamente estabelecidas. Carlos Bar-bosa 2030 visa à satisfação plena das exigências materiais e espirituais dos seus cidadãos.

CULtURaA cultura é a base de Carlos Barbo-

sa 2030. As origens italianas da cidade foram integradas pela vinda de traba-lhadores com outras raízes e hoje não representam um fator identitário único. A história industrial e trabalhista da cidade, a sua vocação esportiva, bem como a relação dos cidadãos com o meio ambiente, por exemplo, resultam como outros fatores relevantes. Carlos Barbo-sa deve focar os seus esforços em dife-rentes nichos para garantir a expressão cultural dos seus componentes. Dessa forma, a cidade poderia candidatar-se como destino para diversos tipos de turismo. Paralelamente, Carlos Barbo-sa deve apoiar e estimular a educação superior/técnica dos seus cidadãos e a formação contínua dos seus trabalhado-res e profissionais. Carlos Barbosa 2030 visa a ser uma cidade criativa e plural.

CAMINHO DO HOSPITALFONTE: GUSTAVO DIEHL

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EMPREEndEdORISMOO empreendedorismo é o traço distintivo de Carlos Barbosa 2030. A cidade

destaca-se pelas iniciativas empreendedoras que a construíram e que constinu-am construindo o seu futuro. A administração da cidade deve ser fomentadora e acompanhar proativamente o desenvolvimento de seu tecido socioeconômico, colaborando com as empresas situadas na cidade e proporcionando um clima favo-rável para a criação de novas empresas e atração de investimentos externos. Carlos Barbosa 2030 visa a investir no futuro.

SUStEntaBILIdadE A sustentabilidade é a missão de

Carlos Barbosa 2030. A manutenção e o aprimoramento do alto nível de bem--estar que a cidade já possui, são con-sequência direta do atingimento da sua sustentabilidade econômica, social, am-biental e cultural. Sendo Carlos Barbosa um polo industrial pulsante, a questão ambiental deve ganhar atenção especial na agenda da cidade, com o direto en-volvimento dos cidadãos e das empre-sas no desafio da sustentabilidade. Para tanto, pelas suas dimensões, a cidade pode desenvolver ações de pequena es-cala, que abranjam capilarmente o ter-ritório e procurem a colaboração direta dos cidadãos. Carlos Barbosa 2030 visa tornar-se uma cidade modelo no quesi-to sustentável no panorama brasileiro.

tECnOLOGIaA tecnologia é o meio de Carlos

Barbosa 2030. O desenvolvimento e as sustentabilidades econômicas, sociais, ambientais e culturais, passam neces-sariamente pelo investimento em tec-nologias específicas. Nesse sentido, o conceito de rede assume uma importân-cia chave: tendo a cidade característi-cas peculiares no âmbito regional, que a destacam, por exemplo, em alguns setores produtivos e esporte, Carlos Barbosa pode procurar a conexão com realidades extrarregionais e estrangei-ras, tornando-se um polo significativo de redes abrangentes. Também e´ vis-ta como um instrumento determinan-te para alcançar a cidadania plena, permitindo a conexão do cidadão com as instituições e os órgãos fornecedo-res de serviços, logo a criação de um ambiente de diálogo interativo. Carlos Barbosa 2030 busca o acesso tecnoló-gico da população e a implementação de tecnologias experimentais, visando a afirmar-se como cidade digital, total-mente conectada.

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O PROCESSO

PENSAR A CIDADE ATRAVÉS DO OLHAR MULTIDISCIPLINAR DO DESIGN.

O dESIGn EStRatÉGICO

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39| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

MARIA FUMAÇAFONTE: ACERVO PREFEITURA MUNICIPAL.

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O Design Estratégico torna-se ferramenta de inovação e meio condutor de mudanças estratégicas para o futuro, uma vez que opera pela combinação entre design e estratégia. Uma das habilidades desenvolvidas com base nessa visão é a capacidade em unir criatividade e método na projetação de produtos, serviços e de territórios. Nesse sentido, o objetivo é desenvolver soluções inovadoras, mediante a projeção de cenários, que antecipem não só o hoje, mas também o amanhã.

Um projeto dessa natureza deve equilibrar fatores de diferentes ordens com-prometendo-se com a ética e respeito para com a cidade e os indivíduos sociais que nela estão inseridos. Assim, faz-se de fundamental importância a utilização de metodologias projetuais que ancorem o desenvolvimento das estratégias a serem desenvolvidas no estudo.

PROCESSOS

CaRLOS BaRBOSa 2030 atRavÉS dO dESIGn

Ana Carolina Vilela, Bruna Ruschel e Carlo Franzato

MATERIAL DE ESTUDO EM GRUPO FONTE: ACERVO UNISINOS

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No entanto, projetar o território torna-se uma ação complexa devido ao grande número de fatores envolvidos no processo, como, por exemplo, cultura, religião, geografia, bem como modelos mentais locais já estabelecidos. Atu-almente, os lugares são sinônimos de espaços territoriais em potencial, logo passíveis de serem projetados de acor-do com suas potencialidades - sejam elas naturais, artificiais, culturais ou de qualquer outra origem a fim de atrair a atenção de pessoas internas e externas (KOTLER, 2006).

Considerados como espaços atu-antes e organizações orgânicas, os ter-ritórios são influenciados por agentes complexos e passam a ser entendidos por meio de uma perspectiva estratégi-ca (REyES, 2008). Para tanto, o Design Estratégico auxilia a integração, visu-alização e concretização de conceitos e ações, projetando cenários futuros e inovações possíveis. Segundo Meroni (2008), essa abordagem é uma área de pesquisa projetual que se apropria de diversas outras áreas do conhecimento para obter respostas inovadoras a ne-cessidades específicas.

Como destacam Celaschi e Deserti (2007), pode-se dizer que o Design Es-tratégico apresenta uma visão holística para o desenvolvimento de “sistemas produto-serviço”, constituindo impor-tante elemento articulador entre as di-

ferentes interfaces tangíveis e intangí-veis, seja no ambiente de uma empresa, seja em um território.

Pensando na cidade de Carlos Bar-bosa como um sistema produto-serviço, o alinhamento entre elementos mate-riais e imateriais da cidade foram estu-dados por uma equipe multidisciplinar que teve por objetivo considerar com coerência todos os segmentos sociais do espaço urbano barbosense.

Essa equipe foi composta por pro-fissionais capacitados de diferentes áreas de atuação, como Arquitetura e Urbanismo, Gestão, Marketing, Moda, Design, Comunicação, Artes etc., mas todos vinculados ao pensamento do De-sign Estratégico. A fim de primar pela qualidade dos resultados almejados, a equipe do presente projeto teve 42 (quarenta e duas) pessoas envolvidas no processo, entre pesquisadores, pro-fessores, alunos do mestrado, especia-lização e graduação. Com o objetivo de organizar estrategicamente o contexto atual e pretendido para Carlos Barbo-sa, utilizaram-se algumas ferramentas e métodos de design e de outras áreas para projetar as perspectivas de cená-rios.

Essas delimitações de ações visa-ram buscar uma marca urbana que, con-sequentemente, oferece condições para potencializar e articular elementos de destaque do ambiente.

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42| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Neste momento, foi operada a de-finição do briefing do projeto cujo obje-tivo foi socializar o problema projetual com todos os integrantes, definir os objetivos para o projeto e estabelecer os resultados esperados. Assim, fica-ram estabelecidas algumas áreas como pilares do projeto. Com o objetivo de dividir esforços e potencializar resul-tados, cada área foi destinada a um grupo específico de pesquisadores que desenvolveram um planejamento de ações necessárias para o atingimento dos objetivos gerais estabelecidos para o projeto.

Os grupos temáticos definidos fo-ram: Grupo 1, dedicado a pensar no ur-banismo, infra-estrutura e serviços da cidade; Grupo 2, enfocado nas questões relacionadas com o meio ambiente e a sustentabilidade barbosense; e Grupo 3, preocupado em fomentar o turismo, cul-tura, lazer e esporte de Carlos Barbosa.

Esta etapa fundamentou-se na ne-cessidade de realizar pesquisas contex-tuais e de referências da cidade. Para tanto, os grupos temáticos de pesqui-sadores se deslocaram até a cidade de Carlos Barbosa com o intuito de co-nhecer pessoalmente o território, bem como vivenciá-lo. Essa vivência teve por objetivo maior compreender mais pontualmente o contexto de Carlos Barbosa, identificando suas potencia-lidades, fragilidades e oportunidades para o seu desenvolvimento. Assim, foram entrevistados empresários lo-cais, moradores e pessoas de fora da cidade com o objetivo de confrontar as percepções dos cidadãos em relação à cidade.

Já em relação à pesquisa de re-ferências, foram buscados estudos de casos realizados fora do contexto de Carlos Barbosa que notoriamente obti-veram êxito em suas ações e projetos relacionados a cidades criativas. Para tanto, realizou-se uma extensa pesqui-sa de cidades que se destacam ou des-tacaram por promover ações sociais que impulsionaram a região na qual está in-serida. Destaca-se que as duas pesqui-sas – contextual e de referências, fo-ram realizadas pelos grupos temáticos definidos na fase anterior.

FaSE IPROBLEMA

FaSE IIPESQUISAS

Partindo-se para o passo a passo do projeto Carlos Barbosa 2030, pode-se dividir as etapas projetuais em cinco fases principais:

wORKSHOP 01FONTE: GUSTAVO DIEHL

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43| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Após o levantamento das infor-mações anteriores, partiu-se para a execução da fase de workshop que contemplou a realização de grupos de trabalhos temáticos. Os workshops de design são descritos como uma sessão contínua ou intermitente de projeto, que é orientada à geração de concepts sobre a base de um briefing de projeto, em que a lógica principal é a criação de uma competição entre indivíduos ou grupos de projetistas que trabalham de forma independente ou complementar na geração de novas soluções de oferta.

Eles são organizados para ge-rar ambientes construtivos, sendo uma espécie de laboratórios projetu-ais onde a atmosfera, os suportes, as interfaces, os layouts, são todos in-gredientes essenciais para a geração de ideias e conceitos, sendo capaz de concentrar, intensamente sobre o pro-jeto, equipes de pesquisa e um gran-de grupo de profissionais convidados.

No caso do projeto Carlos Barbosa 2030, foram realizados dois workshops, ocorridos com a imersão total duran-te o período de 48 horas cada um.

FaSE IIIwORKSHOPS

IMAGENS À DIREITA: PROPOSTAS DOS GRUPOS DO wORKSHOP 2FONTE: ACERVO ESCOLA DESIGN UNISINOS

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44| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

O primeiro workshop serviu como o iniciador do processo. No segun-do workshop, não se definiu uma área em especial, e sim todas as diretrizes do projeto: bem-estar, sustentabili-dade, tecnologia e cultura. Partiu--se de todas as referências já levan-tadas na fase de pesquisa (de todas as áreas) e trabalhou-se com ativi-dades pré-estabelecidas, direcionan-do quais resultados eram esperados.

Trabalhamos com 5 (cinco) grupos multidisciplinares, em que cada grupo gerou uma visão do futuro da cidade, estabelecendo um conceito norteador, que agregasse valor, além de criar uma imagem para Carlos Barbosa. Dessa ma-neira, definiram-se diversos conceitos que diferenciavam a cidade como lugar, estabelecendo, então, a Carlos Barbosa de 2030. Contemplaram-se todos os as-pectos de seu funcionamento, listando diretrizes / ações para cada um dos seto-res que compõem o planejamento urba-no: infraestrutura, serviços, legislação, meio ambiente, cultura, turismo e lazer.

WORKSHOP 225 E 26 DE ABRIL DE 2011

O conceito deste primeiro workshop foi dividir em áreas importantes, con-forme o enfoque dado às pesquisas, para que se obtivessem resultados específi-cos, porém mais aprofundados em cada tema definido. A dinâmica utilizada foi a divisão da turma dos alunos do ateliê de projeto 4 do curso de gra-duação em design, da UNISINOS, em seis grupos, sendo três com olhar focado em tecno-logia e três com ênfase em sustenta-bilidade. Além dos alunos, participaram especialistas, mestres, professores e pesquisadores.

WORKSHOP 121 E 22 DE MARÇO DE 2011

wORKSHOP 01FONTE: GUSTAVO DIEHL

wORKSHOP 02FONTE: GUSTAVO DIEHL

wORKSHOP 01FONTE: GUSTAVO DIEHL

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45| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Esta etapa foi organizada com o objetivo de desenvolver a análise dos resultados obtidos ao longo do projeto, reunindo pesquisadores e professores, com a intenção de articulação das pro-postas pensadas para Carlos Barbosa. Ela ocorreu após o desenvolvimento dos workshops e teve como objetivo anali-sar os resultados das fases anteriores, avaliando a pertinência das propostas, definindo as diretrizes para o plano de ação de Carlos Barbosa 2030.

Para tanto, foram realizados qua-tro encontros, totalizando 20 horas de discussão. Como resultado dessa fase, defiram-se as diretrizes (bem-estar, cultura, sustentabilidade, tecnologia e empreendedorismo) e as ações necessá-rias para atingir os objetivos propostos para Carlos Barbosa.

FaSE vSÍNTESE E FINALIZAÇÃO

FaSE IvAVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES

Após a conclusão de todas as eta-pas anteriores, foi iniciada a finalização do projeto. Esta fase teve por objeti-vo a apresentação e a publicação dos resultados alcançados, além de dar vi-sibilidade ao percurso desenvolvido na criação dos cenários, evidenciando, assim, a importância de um pensamen-to estratégico no design urbano das cidades, como forma inovadora de in-tegrar o sistema-produto do território. Por fim, este livro espera deixar como contribuição um estudo sobre projeção territorial, a partir de aproximadamen-te uma centena de ações, que deverão servir de guia para vários novos proje-tos. Fica a ressalva que nem tudo foi possível abordar com a devida atenção devido à complexidade dos temas en-volvidos.

wORKSHOP 02FONTE: GUSTAVO DIEHL

wORKSHOP 02FONTE: GUSTAVO DIEHL

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46| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

vISÕES dE UM FUtURO PLanEJadO:aGEnda 2030

6RESULTADOS DO PROJETO

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47| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

CONCEITOS,OBJETIVOS

E AÇÕES

VISTA DA CICLOVIAFONTE: GUSTAVO DIEHL

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48| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Atualmente, muito se tem falado a respeito da transição demográfica pela qual passa o Brasil. Segundo os estudiosos do tema, a transição brasileira ocorre de forma mais acelerada, se comparada às ocorridas nos países desenvolvidos, sem se diferenciar, no entanto, das transições ocorridas nos países asiáticos e latino--americanos. Tal transição nada mais é do que a mudança do perfil etário da popu-lação de um país, o qual deixa de ter a maior parte de sua população composta por jovens e passa a ter uma população predominantemente adulta e, depois, idosa. Ocasionada principalmente pelo declínio acentuado da taxa de fecundidade total, isto é, o número médio de filhos nascidos vivos por mulher, ao final do seu período reprodutivo e pelo aumento da longevidade, esta mudança traz como principais consequências:

(a) a redução do peso da população jovem em relação à população total; (b) o aumento do grau de envelhecimento da população; (c) o crescimento da população em idade potencialmente ativa até 2030.

Em 2030, a razão de dependência total atingirá seus menores valores (em tor-no de 50%) e o peso relativo dos idosos ainda será bem menor que o dos jovens. Tendo em vista tais consequências da transformação demográfica, o Poder Público tem papel fundamental nesse processo de reorganização populacional por meio de políticas sociais.

Particularmente, se considerarmos a região Sul do Brasil, pode-se afirmar que, junto com Rio e Janeiro e São Paulo, nos Estados do Sul a transição demográfica encontra-se em estágio mais avançado. Indicadores como a taxa de fecundidade e a mortalidade infantil, as menores do país, e a expectativa de vida ao nascer, a maior do país, ilustram o porquê deste estágio avançado. Com base neste contexto, a seguir serão apresentadas algumas tendências gerais, pensadas para a realidade de Carlos Barbosa em 2030 e que guiaram as metas e cada ação proposta.

RESULTADOS

tEndÊnCIaS PaRa 2030Vanessa Batisti

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49| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

1. CaRLOS BaRBOSa COntInUaRÁ SEndO UM MUnICíPIO PEqUEnO EM tERMOS POPULaCIOnaIS

Com base na evolução populacional de Carlos Barbosa, considerando o período de 1970 a 2010, a tendência para a população barbosense será em torno de 31 mil habitantes em 2030. Cabe ressaltar que as possíveis variações na estimativa da po-pulação decorrerão da queda da taxa de fecundidade das mulheres; da redução da mortalidade em geral e, em especial, da infantil; e do aumento da esperança de vida ao nascer.

Como é possível observar na gráfico 1, embora a população venha aumentando decênio a decênio, o crescimento percentual diminui a cada período a partir dos anos 2000.

POPU

LaÇã

O [ %

vaRI

aÇãO

]

1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

FOntE dOS dadOS BRUtOS: FEEDADOS (2011) | nOta: População de 2020 e 2030 estimada.

GRÁFICO 1 EvOLUÇãO POPULaCIOnaL dE CaRLOS BaRBOSa

12.374

9,67%

10,19%

18,55%

24,08%

12,27%9,45%

13.66515.577

20.519

25.192

28.050

31.051

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50| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Estudos demográficos para o Brasil apontam que a população mais jovem, com faixa etária entre 0 e 14 anos, atingirá seu número máximo em 2020, a partir de quando tenderá a decrescer. Ao pensar Carlos Barbosa, especifica-mente, a proporção de jovens em 2030 deve ser semelhante a atual – menos de 20% da população total – com tendên-cia de redução do número de crianças (0 a 4 anos e 5 a 9 anos) em compara-ção com os adolescentes (10 a 14 anos). No entanto, mesmo que proporcional-mente, o grupo das crianças diminua, em números absolutos será superior aos de hoje.

Por isso, a manutenção da popula-ção jovem, sem aumentos significativos, representa uma grande oportunidade quanto a políticas públicas, especial-mente na área educacional.

Como será reduzida a pressão na demanda, no que tange ao volume de

2. ManUtEnÇãO da POPULaÇãO dE CRIanÇaS E JOvEnS (0 a 14 anOS)crianças e jovens a serem atendidos, será possível aumentar os níveis de co-bertura, ou seja, universalizar o aten-dimento não só do ensino fundamental como também do ensino médio, além de melhorar a qualidade do sistema de ensino. Em relação à educação funda-mental, a melhoria do sistema poderia abranger a ampliação da idade escolar, ofertada pelo município, com a cons-trução de mais creches, bem como a implantação do turno integral em todas as escolas municipais de ensino funda-mental.

Quanto ao ensino médio, a garantia da universalização do acesso depende-rá da ampliação do número de vagas e a oferta de formação profissional (ensino técnico) aos jovens, em parceria com o setor produtivo local e outras esferas governamentais, certamente, os quali-ficará para uma inclusão no mercado de trabalho mais cedo.

GRÁFICO 2 EvOLUÇãO POPULaCIOnaL dE CaRLOS BaRBOSa

1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

12.37413.665

15.57720.519

25.19228.050 31.052

FOntE dOS dadOS BRUtOS: FEEDADOS (2011) | nOta: População de 2020 e 2030 estimada.

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51| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Embora até 2020, a população jo-vem apresente crescimento positivo, é evidente a redução do seu peso relativo na razão de dependência total. Tal fato atribui-se ao aumento da proporção de idosos, os quais devem chegar, em 2030, a 12% da população total no Brasil. Se levarmos em consideração que, no Rio Grande do Sul a transição demográfica se encontra em estágio avançado, em rela-ção ao restante do Brasil, e que Carlos Barbosa se localiza na região de maior longevidade do país, possivelmente, em 2030, a proporção de idosos no municí-pio será superior à projeção brasileira. Corrobora ainda com este contexto, a proporção atual de idosos: atualmente, 7,4% da população do Brasil têm mais de 65 anos, enquanto em Carlos Barbosa este número chega a 8,5%. Consideran-do a projeção brasileira e a tendência populacional de Carlos Barbosa, em 2030 o município teria mais de 3.700 idosos.

Neste sentido, o incremento em ter-mos absolutos e relativos da população idosa, impõe vários desafios aos formu-ladores e implementadores de políticas, especialmente, no campo da saúde.

Em relação à saúde, por estar em estágio mais adiantado da transição de-mográfica, Carlos Barbosa encontra-se, atualmente, na “era das doenças crôni-cas e degenerativas”, que se caracteriza por um aumento proporcional de doen-ças típicas de pessoas com idade mais avançada, como câncer, doenças cardio-vasculares, diabetes, hipertensão, entre outras.

3. aUMEntO SIGnIFICatIvO da POPULaÇãO dE IdOSOS (65 anOS OU MaIS)

Por isso, as políticas de saúde, pensando em 2030, deveriam concen-trar-se na transição para a próxima era: a da “revolução cardiovascular”, na qual as doenças cardiovasculares perdem importância como causa de morte; em razão de mudanças no comportamento de risco da população (dieta, consumo de tabaco e álcool, exercícios físicos) e do avanço da tecnologia médica e dos gastos de saúde com idosos.

Para tanto, a infraestrutura mu-nicipal terá de ser expandida e, prin-cipalmente, qualificada. Não que seja necessário construir um novo hospi-tal, a ampliação do já existente pode ser suficiente, ou talvez, a implantação de uma estrutura intermediária entre o hospital e os postos de saúde, tal como a unidade de pronto atendimento (UPA) – com funcionamento sete dias por se-mana, 24 horas por dia e com leitos de observação.

O investimento na prevenção, com inclusão de profissionais, focados na atenção ao idoso, nas equipes de saúde da família e o estímulo aos exercícios físicos nas academias ao ar livre tam-bém são algumas possibilidades. Além da saúde física da população mais ve-lha, é essencial pensar na manutenção da saúde mental e autoestima desta po-pulação. Nessa linha, programas ocupa-cionais, possibilitando alguma forma de atuação no mercado de trabalho, bem como locais de moradia para os que não tenham uma condição econômica favo-rável, são exemplos de questões que devem ser pensadas.

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52| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

No ano 2000, a ONU - Organizações das Nações Unidas, após uma análise dos maiores problemas mundiais, estabeleceu oito metas para o milênio, em que os 191 estados-membros se comprometeram a alcançar até 2015.

O PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é uma rede global, presente em 166 países, trabalhando junto aos governos, iniciativa privada e sociedade, que busca conectar e trocar conhecimentos, experiências e recursos hu-manos e financeiros e subsídios necessários para promover projetos que contribuam em três áreas: governança solidária, redução da pobreza, energia e meio ambiente. No Brasil, o PNUD possui, atualmente, cerca de 100 projetos sendo executados.

REFERÊnCIaS ONU http:// www.pnud.org.br/pnud.PRÊMIO BRASIL - INCENTIVO AO CUMPRIMENTO DE METAS: www.odmbrasil.org.br.CONTROLE DOS INDICES - www.portalodm.org.br. ou http://www.orbis.org.br/sistemas-de-indicadores.

OBJEtIvOS dO MILÊnIO

1.2.3.4.5.6.7.8.

Erradicar a extrema pobreza e a fome;

Atingir o ensino básico universal;

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;

Reduzir a mortalidade na infância;

Melhorar a saúde materna;

Combater o HIV (AIDS), malária e outras doenças;

Garantir a sustentabilidade ambiental;

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

OBJEtIvOS GLOBaIS

FOntE dOS dadOS: site objetivos do milênio - http://www.objetivosdomilenio.org.br

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53| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

A agenda 2030 foi pautada de acordo com os objetivos gerais do milênio, adap-tados às necessidades específicas da cidade de Carlos Barbosa, conforme os critérios estabelecidos pelo projeto: “8 jeitos de mudar o mundo”, do governo brasileiro. Após as análises feitas sobre os resultados das pesquisas sobre o contexto atual da cidade, das tendências apontadas e das prioridades estabelecidas, foram definidos seis con-ceitos que abrangem os diferentes segmentos em que a sociedade urbana se apoia, gerando diretrizes e instrumentos adequados para controlar e nortear os diversos projetos que serão gerados com base nas metas gerais aqui estabelecidas.

RESULtadOS OBtIdOS

2.SERvIÇOS

EDUCAÇÃO

SAÚDE

HABITAÇÃO

SEGURANÇA

CAMPEONATOS

CICLOVIAS

5.ESPORtE E LaZER

NEGÓCIOS E EVENTOS

EMPREENDE-DORISMO

3.CULtURa

MUSEUS EMPRESARIAIS

1.InFRa

EStRUtURaMOBILIDADE

SANEAMENTOCIDADE DIGITAL

LEGISLAÇÃO

MOBILIÁRIO URBANO

URBANISMOSUSTENTÁVELTRANSPORTE

ECOLÓGICO

ELIMINAÇÃO DO LIXO

ALIMENTOS ORGÂNICOS

ENERGIASALTERNATIVAS

6.SUStEntaBILIdadE

4.tURISMO

ECOTURISMO

AGENDA CULTURAL

Fabrício Tarouco, Leandra Saldanha, Carlo Franzato, Fábio Parode e Ana Carolina Vilela

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54| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

CONCEITO 1

Cidade limpa e estruturada

InFRaEStRUtURa

Menos poluída e saudável em todos os sentidos. Sem desperdício. Autossustentável. Sem excessos visuais, estruturais e sociais. Evitar o caos urbano que o crescimento desordenado traz, buscar o equilíbrio e a inter-relação das ações nos diversos segmentos. Organizada e planejada em sua infra estrutura, permitindo um crescimento mais natural e equlibrado com o meio onde se insere.

CALÇADÃO CENTRALFONTE: GUSTAVO DIEHL

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55| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

aÇÕES• ELIMINAÇÃO PROGRESSIVA DAS FOSSASImpedir novas fossas sépticas em áreas urba-nas. Definir alternativas a serem adotadas para a substituição das fossas existentes por uma rede de esgotos tratada que atenda a demanda populacional urbana em seu crescimento.

• RESÍDUOSImplantar um sistema mais eficaz de reco-lhimento do esgoto doméstico, promovendo o uso de trituradores de cozinha e filtros na rede de captação, com o objetivo de eliminar o material orgânico. Isso evita a contamina-ção do lençol freático, que prejudica o solo e poços de água. Além disso, permite geração de energia, por meio de estações de absor-ção dos gases, transformando em biomassa.

• TRATAMENTO BIOLÓGICOO ETE, ou sistema de tratamento de esgoto biológico, trata já no local onde é gerado, de-volvendo ao meio ambiente uma água tratada e desinfectada. São módulos que processam o esgoto diário de 10 até 8 mil pessoas, podendo ser adotados por condomínios, escolas, indus-trias, shoppings e hotéis. A água resultante, pode ser utilizada para fins não potáveis, como lavagens, jardins, sistemas de resfriamento, entre outros, economizando água potável e evitando a poluíção do solo ou da água.

OBJEtIvO 1.1SANEAMENTO PARA UMA CIDADE LIMPA E SAUDÁVEL

REFERÊnCIaSCAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA - www.worldchanging.com/archives/010098.html ; www.acquasave.com.brwww.ecoaguabrasil.com.brPOÇOS ARTESIANOS - www. sustentabilidade.org.br ; www.hidrogeo.com.brTRATAMENTO BIOLÓGICO - http://www.ecocasa.com.br/produtos.asp?it=1333

Seguindo o conceito base, para a cidade ser limpa, é necessário repensar como lidar os resíduos das áreas urbanas, principalemente os esgotos, revendo postu-ras que devem estar definidas na legislação, antecipando-se aos problemas de crescimento da densidade demográfica urbana e sua relação com o ambiente.

• CAPTAÇÃO DA ÁGUA CHUVAO aproveitamento das águas plúviais (APP)está mais difundido como um modo susten-tável de obtenção de um recurso cada vez mais escasso, utilizando-as em descargas, lavagens e regas externas (uso não potá-vel), economizando a água potável para o que ela é realmente necessária, evitando desperdícios. O uso de sistemas de capta-ção pluvial (SAPP) tem seu custo reduzido, viabilizando a implantação desse sistema em larga escala, tanto para edificações re-sidenciais como comerciais e industriais. É importante que os gestores incluam este item no plano diretor, para que novas cons-truções já incluam este diferencial em seus projetos.

• SISTEMA DE DRENAGEM URBANACarlos Barbosa tem uma topografia de al-tos e baixos, e à medida em que avança do centro para as margens, há acentuados declíves e aclíves. É importante prever a demanda futura de absorção das águas da chuva em relação à capacidade da rede plu-vial instalada, além de pavimentações dre-nantes e permeáveis, como também lagos artificiais em praças que funcionem como escoadouros naturais, evitando alagamen-tos nas ruas.

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56| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

aÇÕES• PLANEJAMENTO VIÁRIOPrevisão do projeto de crescimento e mobili-dade periférica, de acessibilidade aos distri-tos, com a preocupação do uso de drenagem eficiente, evitando alagamentos e desmoro-namentos futuros, dado a geografia da cida-de possuir muitos altos e baixos geográficos, buscando nas licitações empresas que privi-legiem pavimentações ecológicas, com ma-teriais reciclados, que sejam duráveis e ade-rentes, garantindo segurança e visibilidade (clima da serra com serração) por meio de re-des coletoras pluviais e elementos protetores para os pedestres, como sonorizadores e pinturas refletivas de faixas e indicação de velocidade. Instalação de rótulas em gran-des cruzamentos viários, mantendo a ideia de trânsito fuido e educado, sem a necessi-dade de instalação de semáforos que criam congestionamentos.

• SINALIZAÇÃOConstante preocupação com a informação tanto para o morador como para o visitan-te, por meio de uma sinalização efetiva, que oriente e eduque. Buscar integrar a tecnolo-gia a estes serviços, por meio de painéis ele-trônicos que informem congestionamentos nas vias, indicando vias alternativas, além de temperatura, locais de estacionamento, serviços públicos próximos com a indicação de distância, podendo estes ser financiados pela iniciativa privada, pois teriam espaço para aplicação de comunicação.

OBJEtIvO 1.2DEIXAR A CIDADE FLUIR COM MOBILIDADE

• ACESSIBILIDADEAcesso a todos as pessoas, portadoras de al-guma deficiência, pela exigência de pavi-mentação adequada, com rampas e calçadas adaptadas, faixas e sistemas de sinalização compatíveis. Acessibilidade viária por meio de vias transversais, vias alternativas perimetrais e transversais, favorecendo o conceito de rede interligada, criando rotas alternativas, tornan-do o trânsito fluído, para automóveis, como ciclistas, pedestres e outras formas de loco-moção. Vias articuladas, fluídas e integradas possibilitando múltiplas alternativas de ir e vir.

A cidade precisa ser permeável e interligada em suas diferentes células e setores. Promover a acessibilidade e a integração da teia que faz a cidade movimentar-se.A cidade sem amarras. Deixar a cidade sem postes e fios que se aglomeram nas ruas e tornam o visual poluído, acarretando problemas com a vegetação, prejudicando a ampliação de novas vias e o crescimento da cidade.

• MOBILIÁRIO URBANOUso de equipamentos urbanos que promovam conforto e acessibilidade, além de reforçar o significado visual de cidade organizada e limpa (pontos de parada do transporte pú-blico, iluminação inteligente , descarte do lixo, e serviços acoplados). Reforçando a identidade pretendida para a cidades e seus bairros, deverão ser estudados modelos ade-quados para bancos, papeleiras, floreiras, luminárias, toldos, expositores de fruta e le-gumes, flores, etc.; deverão ser retirados os obstáculos desnecessários que existam sobre as calçadas, como publicidades, etc.

ACESSIBILIDADE NAS CALÇADASFONTE:http://elisaprado.com.br/blog/2009/03/pisotatil/

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57| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

• CONTROLE VISUALRegulamentar e fiscalizar a aplicação da comunicação visual em fachadas, tes-teiras, totens sinalizadores e placas ou afins de cunho promocional ou identifica-tivos de estabelecimentos comerciais, de forma a evitar a poluição visual na área central e comercial da cidade, preservan-do as características de suas edificações.

• TRANSPORTEPromoção do transporte público multimodal: ciclovias, trens elétricos e incentivos por al-ternativas ao transporte privado alternativo, como redução de impostos para carros elétri-cos ou veículos menores, soluções de locação para viagem, transporte compartilhado.

• REDES SUBTERRÂNEASPlanejar todo o sistema de conexão da ci-dade, visando à conexão dos diferentes ser-viços, como telefonia, TV a cabo, energia elétrica, rede digital de dados, por meio de cabos subterrâneos.

• ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEOCom o crescente número de carros novos que invadem as vias públicas a cada ano, não será surpresa se nas próximas décadas faltar espaço para estacionamento nas prin-cipais áreas da cidade. As soluções atuais implementam parquímetros que limitam o estacionamento em até 2 horas, entretanto, a construção de estacionamentos subterrâ-neos pode ser a solução.

REFERÊnCIaSACESSIBILIDADE - http://www.deficienteciente.com.br/2010/12/nao-existe-meio-termo-para.html PISO PARA DEFICIENTES - http://elisaprado.com.br/blog/2009/03/pisotatil/http://www.fastcompany.com/magazine/145/fast-cities-car-sharing-austin.htmlhttp://www.fastcompany.com/1748924/where-to-look-if-you-need-to-charge-your-electric-car-on-the-flyhttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/vlt-veiculo-leve-trilho-semiarido-cariri-poluicao-transportePROJETO DE RUAS PARA AS PESSOAS - http://www.pps.org/projects/sanjoseguerrero.SÃO PAULO: CIDADE LIMPA - http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=14184.PORTO ALEGRE - http://www.queroverportoalegre.com.brESTACIONAMENTOS - www.falabomfim.com.br/2011/08/prefeitura-lanca-edital-para-estacionamentos-subterraneos

• VIAS PERIMETRAISAmpliação da rede viária, com a criação de uma perimetral que tangencia os limites ur-banos, facilitando os deslocamentos entre diferentes bairros e distritos da cidade, de modo a permitir maior mobilidade e ligação aos acessos da cidade, que permitem alcan-çar cidades vizinhas. Esta perimetral é com-plementada por vias radiais que se ligam o centro, que hoje já são vias importantes e que devem ser ampliadas, para permitir maior fluidez, deixando as adjacentes, com o fluxo interno e local. Este modelo propos-to é adotado em várias cidades planejadas (Paris, Moscou, Viena, SP...) e é denomi-nado radiocêntrico (composto de radiais e perimentrais). Nesta avenida expressa perimetral, devem ser previstos elementos complementares, como ciclovia em toda sua extensão, mirantes e áreas verdes.

ESTRUTURA RADIOCÊNTRICA DE MOBILIDADE URBANAFONTE: Proposta baseada em mapas urbanos, levando em consideração a posição dos distritos e vias principais.

ACESSOS VIA RS 446

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58| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

aÇÕES• INCLUSÃO DIGITALInstalação de torres de transmissão digital para oferecer sinal gratuito de internet a toda área urbana. Outra alternativa seria criar uma rede mista, incluindo cabos de fi-bras óticas implementados na geografia da cidade, a rede servirá de infraestrutura vi-sando preparar os municípios para serviços de alta capacidade, qualidade e disponibili-dade, levando modernização à administra-ção pública e acesso de banda larga, com benefícios para toda a população. O poder público municipal poderá optar por oferecer internet gratuita apenas para quem cumpra deveres de cidadão, a serem estabelecidos por lei, como, por exemplo, para usufruir da conexão, os cidadãos devem estar em dia com os tributos municipais, bem como comprometer-se com a coleta seletiva do lixo e manter os filhos menores matricula-dos na escola.

OBJEtIvO 1.3CIDADE DIGITAL

REFERÊnCIaShttp://www.pitangueiras.pr.gov.br/portal1/municipio/documento.asp?iId=38728&iIdMun=100141274GUIA - http://www.guiadascidadesdigitais.com.brhttp://www.initec.org.br/media/cidadedigitalinitec.pdfCANELA, CIDADE DIGITAL - http://lista-wireless.com/blog/?p=517REDE DIGITAL- http://inettel.com.br/?pag=cidade_digital; www.ideiadigital.com.br/noticias.php?chave=115http://nteacnacidadedigital.blogspot.com/2010/08/um-passeio-pela-cidade-digital.html http://www.ipnews.com.br/telefoniaip/index.php?option=com_content&view=article&id=20548:prefeitos-do-rs--querem-fazer-parceria-com-a-telebras&catid=3:legislacao&Itemid=543

As cidades digitais são as cidades da globalização, onde as redes telemáti-cas fazem parte da vida cotidiana e constituem-se como a infraestrutura bási-ca e hegemônica da época. Investimento em tecnologia é “caminho sem volta”.Rapidez e clareza nas informações e velocidade nas respostas aos serviços presta-dos, por meio de diversos canais de comunicação. Integrar os diferentes sistemas, objetivando a construção da CIDADE DIGITAL, com conexão total, mediante de re-des que irão permear os diversos setores, proporcionando informação tanto para os serviços como para o turismo, funcionando como uma ferramenta administrativa de relacionamento entre a prefeitura e a sociedade. wiFI free em todo o centro urbano.

• SERVIÇOS PÚBLICOS ONLINEDisponibilizar de forma online, todos os serviços públicos municipais possíveis, como pagamento de taxas, solicitação de documentos e acompanhamentos de de-mandas. Implementar os subprojetos Edu-caçãoNet, que permite o acompanhamento online de desempenho dos alunos por pais e poder público, e SaúdeNet, que integra os serviços da área com prontuários ele-trônicos, agendamento remoto de consul-tas, acesso digital a exames, controle de almoxarifado e farmácia. Consumidores e empresários também poderão se beneficiar do programa de emissão de nota fiscal ele-trônica, enquanto os funcionários públicos ganharão com a plataforma de gestão de informações. Um programa de geoprocessa-mento poderá fazer cadastros imobiliários e controlar o cálculo e o pagamento do Im-posto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

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59| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

• RELACIONAMENTO COM O CIDADÃOO objetivo é o mesmo dos sistemas de CRM (sigla em inglês para Gerenciamento do Re-lacionamento com o Cidadão), utilizados largamente no meio empresarial: “facilitar o acompanhamento do atendimento de demandas dos munícipes à prefeitura e o retorno da informação ao solicitante”. Programas como esse dão respostas ao encaminhamento das solicitações do cidadão por e-mail em até 72h. Se o encarregado não responder neste período, a demanda chegará automaticamente ao secretario que terá mais 48h para dar um encaminhamento/retorno. Não efetuando, o sistema encaminha o problema diretamente para o Prefeito Municipal. Nesse sistema, em uma semana a solicitação online percorrerá todos os passos para chegar a uma solução eficaz no tempo adequado.

wikicidade - Cidade VirtualEste conceito se refere a uma plataforma digital que permite a discussão da história, a realidade e o futuro de territórios especí-ficos. é um espaço de radicalização da de-mocracia, onde as pessoas tem voz e vez para discutir a cidade, mostrando o que ela tem de bom e o que precisa ser melhora-do. Neste ambiente é possível opinar sobre como a cidade pode melhorar, e chamá-las para ajudarem a transformar uma ideia em realidade. Ele é uma cópia fiel e digital de como a cidade funciona. Elas poderão na-vegar pelo mapa e publicar conteúdos di-retamente em sites de redes sociais como Twitter, Facebook, youTube e Vimeo, falan-do de situações que tocam na cidade. Um exemplo deste tipo de plataforma pode ser acessado em http://www.portoalegre.cc/

Comunicação EletrônicaVisando a um contato direto entre poder público e sua comunidade, deverá ser cria-do um cadastro municipal de todos os en-dereços eletrônicos dos munícipes, a fim de repassar informações importantes para a coletividade, como datas de campanhas de vacinação, datas de pagamentos de ta-xas com descontos, cortes temporários de serviços por manutenção, além de acesso a informações de suas contas e impostos.Outro objetivo da comunicação eletrônica será a realização de consultas (enquetes) online, buscando ouvir a comunidade sobre determinados temas prioritários e feedbacks das ações feitas pela prefeitura.

Dispositivos MóveisNos próximos anos, haverá um grande crescimento na utilização de dispositivos móveis, como, por exemplo, iPhone, iPad, Android, etc. Portanto, a cidade deve in-centivar o desenvolvimento de aplicativos com serviços públicos e turísticos para es-sas tecnologias. Nesta direção, os sistemas de geolocalização digital permitem novas facilidades.

Presença em Redes SociaisO tempo para que uma notícia seja com-partilhada, curtida ou retwitada é de se-gundos. As críticas se tornaram públicas, obrigando os governantes a contratarem um profissional apenas para tomar conta de sua participação e atuação na Internet. A presença de uma cidade na Internet é uma obrigação, tendo em vista o fato de que qualquer tipo de busca, tanto um telefone como um ponto turístico, hoje é feita na Internet. A presença nas redes sociais ain-da é dúvida entre alguns gestores, mas será uma obrigação nos próximos anos.

TOTEM INTERATIVO/PARADAS ITALIANASFONTE: http://news.cnet.com/8301-17912_3-10245304-72.html

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• LEI DA SUSTENTABILIDADECriação de um projeto de Lei que beneficie as pessoas que comprovarem o desenvolvi-mento de práticas sustentáveis. Sugere-se o abatimento de 20%.

• FÓRUNS DE REFLEXÃOEstimular espaços de discussão na socieda-de, nas entidades, nas associações empre-sariais, no meio acadêmico. Proporcionar eventos e seminários que promovam a troca de informações e divulgação de resultados. Criar concursos incentivadores, promoven-do a integração participativa dos cidadãos e a profusão de novas ideias para solucio-nar problemas comuns e atingir as metas estabelecidas para o bem-estar de todos na cidade. Buscar o envolvimento das pessoas em prol do benefício da coletividade.

• PLANO DIRETOREstabelecer novos regramentos, definindo setores, áreas de preservação e de cres-cimento/ expansão. Regulamentação das novas unidades residenciais, limitando o número de banheiros e de pontos de alto consumo doméstico, influenciando o de-senvolvimento de uma arquitetura susten-tável. Padronização de equipamentos urba-nos e de práticas sustentáveis, como por exemplo, calçadas permeáveis, mobiliário urbano de material reciclado, telhados ver-des, captação da água da chuva e uso de energias alternativas.

OBJEtIvO 1.4A LEGISLAÇÃO COMO PROMOTORA DAS AÇÕES PLANEJADAS

• ALINHAR O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COM AS DIRETRIZES NACIONAIS E GLOBAISEstabelecer parâmetros de controle que coincidam com as estratégias e critérios do governo federal no que se refere ao atin-gimento de metas ambientais, sociais e de desenvolvimento. Tal política permite a obtenção de recursos de fundos internacio-nais que permitem a implantação de novos projetos, alinhando-se para promover um crescimento progressivo não só da cidade, como da região e do pais. Criar um banco de dados com materiais certificados e for-necedores certificados, cadastrados e aptos para realização de obras públicas, cujo uso deve ser incentivado, como forma de esti-mular as práticas ambientais ideais.

Utilizar o plano diretor e demais leis, como ferramentas propulsoras para alavancar projetos urbanos, tanto públicos quanto privados, inserindo novas ementas e crité-rios urbanísticos, que conformem a cidade dentro das metas propostas para 2030. Estabelecer critérios de crescimento e principalemente balizadores que permitam restringir usos indevidos e antecipar-se a problemas estruturais.

aÇÕES • PLANEJAMENTO ESTRATÉGICODefinir mecanismos de aferição e controle para análise do atingimento das metas es-tabelecidas a curto, médio e longo prazo. Tal controle conduz a correção da rota con-forme o avanço do plano e a introdução de novas tecnologias. A divulgação dos resul-tados é uma forma de estar alinhados com os objetivos nacionais e globais, inserindo--se no cenário mundial e buscando recursos financeiros e parceiros que viabilizem os projetos. Obter selos de certificação em di-ferentes áreas e participar de prêmios como ODM Brasil. Definir parceiros fomentadores e investidores como Sebrae.

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• CENTRO DE PROJETOSEstruturação de um núcleo permanente de projetos (P&D - Pesquisa e Desenvolvimen-to). Este núcleo terá três funções: 1ª. Ana-lisar e descobrir editais e oportunidades para captação de recursos nas esferas esta-dual, federal e privada, obtendo verbas. 2ª Desenvolvimento de projetos estratégicos para o desenvolvimento local. 3ª Recebi-mento, análise e adaptação de ideias oriun-das da comunidade que derivem em novos projetos de interesse social.

• AGENTES DE DESENVOLVIMENTO LOCALImplementar o programa de formação de Agentes de Desenvolvimento Local, que é um grupo formado por jovens universitá-rios empreendedores que atuam como mo-bilizadores capazes de promover a trans-formação de localidades, por meio de uma metodologia que vem sendo aplicada em várias cidades do Paraná.

• CONSÓRCIOS PÚBLICOSDeverão ser formados consórcios entre en-tes públicos para gestão de atividades es-pecíficas de interesse comum, sendo uma alternativa válida e importante para melho-rar a eficiência da prestação de serviços pú-blicos. Este instrumento poderá ser utiliza-do para resolver problemas de mobilidade, resíduos sólidos e saneamento, serviços de saúde, segurança, obras de infraestrutura, merenda escolar, serviços de informática e tecnologias, energias alternativas, turismo e desenvolvimento regional.

• CERTIFICAÇÕES ISOObter a certificação ISO-9001 nos serviços públicos. Ter um selo de gestão da qualida-de traz, além da padronização dos serviços e melhoria nos processos, confiabilidade maior da população em relação aos servi-ços públicos. Obter esta certificação irá pa-dronizar os processos dos órgãos públicos, melhorando aspectos negativos como ex-travio de documentos, demora na conclu-são de solicitações e alterar os itens que não contribuem para um bom atendimento. O maior benefício será no longo prazo, já que o sistema de gestão da qualidade pre-ga a melhoria contínua e a manutenção das alterações propostas pelo controle de qualidade. Outro selo importante é o ISO 14001, que certifica o sistema de Gestão Ambiental (SGA).

• LÓGICA REVERSAA logística reversa é o principal instrumen-to da Política Nacional de Resíduos Sólidos para garantir maior eficácia no descarte e na reciclagem do lixo. O processo da lo-gística reversa responsabiliza as empresas e estabelece uma integração de municí-pios na gestão do lixo. Nesse processo, os produtores de um eletroeletrônico, por exemplo, têm que prever toda a reciclagem do produto, como será feito o retorno e a destinação ambiental adequada, especial-mente dos itens que retornem para o ciclo produtivo. A legislação deve promover que esta preocupação faça parte da cultura in-dustrial do município.

REFERÊnCIaSCERTIFICAÇÃO - http://certificacaoiso.com.br/a-iso-9001-em-orgaos-publicos/http://www.fiepr.org.br/redeempresarial/desenvolvimentocidades/LEI SUSTENTABILIDADE - www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/politica-nacional-de-residuos-solidos-e-sancionadaCONSÓRCIOS - http://www.planalto.gov.br/sri/consorcios/consorcios.htmwww.folhadesaoborja.com.br/index.php/contracapa/73-capa/3352SMARTCITyS - http://cidadesinteligentes.blogspot.com/http://www.ourcitiesourselves.org/argentina/index.php/exhibition/CONSTRUÇÕES - http://www.earthship.org/buildings.http://www.cbcs.org.br/noticias/construcaosustentavel/20070924_ecoedificios.php.GLOBAL CITy 2.0 - http://globalcity.blogs.sapo.ptLEGISLAÇÃO AMB BRASIL- http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-08/legislacao-ambiental-brasileira

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CONCEITO 2

vida cíclica e em harmonia

SERvIÇOS

Viver respeitando os ciclos de vida naturais. Os serviços como apoia-dores de uma estrutura organizada que visa a integrar as diferentes ações, públicas ou privadas, favorecendo o acesso à informação e aos recursos básicos necessários para uma vida de qualidade, como saúde, educação, moradia e segurança, ao alcance de todos os cidadãos.

CENTRO DE SAÚDE MUNICIPALFONTE: ACERVO PREFEITURA MUNICIPAL

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aÇÕES• CONTROLE VISUALControle intenso através de câmeras de se-gurança, postos de controle, patrulhas mó-veis, iluminação, pontos de comunicação. Tudo registrado em tempo real. Canais de comunicação e denúncia pública de infra-ções. O cidadão monitorando o patrimônio da cidade. Todos vigiando e garantindo a sua segurança. A tecnologia como ferra-menta para disseminar a informação.

• TREINAMENTOProgramas de treinamento profissional e co-locação da mão-de-obra em programas de trabalho, nos núcleos de desenvolvimento urbano, formando guardas pacificadoras e policiais mais preparados no atendimento à segurança dos cidadãos em suas diversas necessidades.

OBJEtIvO 2.1SEGURANÇA PARA O CIDADÃO E SUA FAMÍLIADesenvolver um clima de solidariedade e colaboração, evitando áreas degradadas e desníveis sociais acentuados, diminuindo ou erradicando a criminalidade, o tráfico de drogas e a miséria, mediante de programas educacionais e de controle efetivo.

• CONVÊNIOS E PARCERIASAmpliação dos convênios já existentes com a Brigada Militar, governo do Estado e em-presas privadas para aumentar o perímetro coberto por câmeras e instalação de cen-trais de vigilância.

• GEOLOCALIZAÇÃOUtilização de dispositivos de geolocalização (GPS) para acompanhar as patrulhas de se-gurança no perímetro urbano e rural, bem como registrar os deslocamentos para fis-calização. Esse serviço pode ser estendido também à frota da administração pública.

• POPULAÇÃO COLABORATIVACriar canais para a população colaborar com a polícia. Essa é a ideia por trás de algumas iniciativas amparadas em ferra-mentas sociais. Por meio do fornecimento de informações transparentes à população, tais projetos pedem a ajuda das pessoas na resolução de casos. Assim, cria-se espaço, mediante um portal, para que a população possa compartilhar informações sobre in-frações cometidas no município. Esse servi-ço será associado ao registro de boletins de ocorrências online. Outra ação é o VIZINHO ALERTA, que, em caso de suspeita, os vizi-nhos poderão enviar mensagem por celular ou internet para a Polícia local, que enviará agentes instantaneamente para o local.

REFERÊnCIaSBOGOTÁ - www.planetasustentavel.abril.com.br/.../cidade/conteudo_251114.shtmlINTELIGÊNCIA NA CIDADE - http://cidadesinteligentes.blogspot.comGEOLOCALIZAÇÃO - http://www.terraforum.com.br/biblioteca/Documents/Polícia_2_0.pdfPOSTOS POLICIAIS DISTRITO FEDERAL - http://www.ssp.df.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=65800

POSTOS COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA - DFFONTE: http://www.ssp.df.gov.br/003/00301009

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OBJEtIvO 2.2EDUCAÇÃO COMO DIFERENCIAL NA FORMAÇÃO DE UMA CULTURA SUSTENTÁVEL

aÇÕES• EXCELÊNCIA NOS INDICADORESPromoção permanente de busca pela exce-lência nos indicadores oficiais de avaliação do desempenho no Ensino Básico e Fun-damental. Exemplo: Nota atual + 1 (Se a avaliação do desempenho da Escola X foi 7.0, no próximo ano a mesma deverá de-senvolver ações para alcançar a nota 8.0). Essa equação de nota atual+1 deverá ser praticada continuamente em toda rede de ensino, visando a chegar ao ano de 2030 com as escolas públicas de Carlos Barbosa tendo os melhores indicadores regionais e, competindo, com os líderes nacionais.

• NOVOS MODELOS PEDAGÓGICOSCriar espaço permanente para discussão e compartilhamento de práticas bem sucedi-das em sala de aula, buscando diversificar as práticas pedagógicas em uso e propondo novos modelos de ensino e aprendizagem com foco no desenvolvimento das capaci-dades humanas e no incentivo ao espírito empreendedor e criativo de estudantes e professores. Profissionais de instituições de ensino superior deverão ser convidados para apresentar suas pesquisas neste fórum.

A tecnologia como suporte da informação e da educação. Desenvolvimento de com-petências que promovam a qualificação tanto profissional como social, mediante a formação de cidadãos conscientes de sua responsabilidade no desenvolvimento pró-prio e da cidade. O conhecimento é a base do desenvolvimento econômico e social.Buscar educação de qualidade em todas as fases, oferecendo educação completa à cidade e à região, por meio de parcerias com a indústria e redes de ensino reconhe-cidas. Estabelecer metas anuais, de forma a monitorar os índices de evasão escolar, de baixa rentabilidade em provas como Enem, Enade, buscando alinhar-se com os objetivos do milênio.

• VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PRO-FISSIONAL NA EDUCAÇÃOImplementação de um programa contínuo para formação e valorização dos profissio-nais da educação, primando pela sua qua-lificação e preparando-os para o desafio de atingir a excelência no ensino local. Para tanto, deverão ser oferecidos cursos de ca-pacitação contínua e obrigatória durante o recesso escolar, ou uma vez por mês em tur-nos alternativos, com temáticas variadas e complementares, cabendo ao poder público estabelecer se esta capacitação terá formas de avaliação dos participantes. Também deverá ser oferecido incentivo para que os profissionais da área deem continuidade na sua formação, objetivando uma meta para 2030: todos educadores de Carlos Barbosa deverão ser pós-graduados.

• INTERCONECTIVIDADEInvestimentos de tecnologia informatizada para as escolas públicas, conectando todos a uma rede de ensino que vá além do local, que se ajuda mutuamente, conforme os as-suntos de interesse da comunidade.

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REFERÊnCIaS UNIVERSITÀ DEGLI STUDI DI SCIENZE GASTRONOMICHE DE POLLENZO (ITÁLIA) - www.unisg.itINSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL DO GRUPO FIAT - www.isvor.com.br FABRICA, CENTRO DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO DO GRUPO BENETTON - http://www.fabrica.it/aboutUNIVERSIDADE CORPORATIVA FLORENSE - http://www.florense.com.br/PARCERIA ENTRE A EMPRESA UBISOFT E O CURSO DE GAMES DA PUCRSPARCERIA ENTRE A HP E A ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO DA FEEVALE.

•SALAS DE AULA DO FUTURODiscutir e projetar o conceito de salas de aula do futuro para implementação nas escolas municipais. Aliando os mais no-vos conceitos pedagógicos aos avanços da informática e ao melhor do design de am-bientes, deve-se pensar em equipamentos que permitem expandir o conteúdo didáti-co para fora do ambiente físico tornando as atividades mais interativas, atrativas e dinâmicas, tendo os professores maior con-trole do desempenho dos alunos.

• EADDesenvolvimento de Redes de Ensino a distancia - EAD, visando qualificar os pro-fissionais da região e manter os jovens na cidade, trazendo instituições reconhecidas para eventos culturais: tais como seminá-rios, workshops e palestras presenciais, que complementariam o ensino à distância e auxiliariam na discussão de temas relacio-nados aos projetos para a cidade, em diver-sas áreas e na construção e fomento de uma cultura de pesquisa tanto para a indústria, como para a sustentabilidade ambiental.

• CIDADÃO DIGITALPromover a capacitação técnica em infor-mática e a orientação profissional para o uso das tecnologias da informação e da comunicação de forma a colaborar para o desenvolvimento social sustentável da co-munidade de Carlos Barbosa.

• PROJETO 3ª IDADE ATIVATrazer para a população madura outras for-mas de atuação social, por meio de pales-tras, voluntariados, cursos de aperfeiçoa-mento e atividades esportivas e culturais. Estes cursos podem formar pessoas aptas a trabalhar eventualmente em eventos turís-ticos e culturais da cidade ou em projetos sociais.

• UNIVERSIDADEDesenvolver parceria com Universidades con-ceituadas, para viabilzar cursos especiais de nível universitário, tais como especialização, graduação tecnológica, mestrado profissio-nalizante em modalidades presenciais ou a distância, criando uma rede ligada às empre-sas locais e instituições de ensino superior, que desenvolvem pesquisa, visando a formar polos de inovação e pesquisa na região.

• EDUCAÇÃO PROFISSIONALProgramas de educação profissionalizante em parcerias com a indústria e instituições empreendedoras e fomentadoras de capaci-tação, como SEBRAE E SENAC, oferecendo cursos técnicos ou de atualizações, para atender a demanda de mão de obra das em-presas da cidade e da região, contribuindo com o crescimento e o desenvolvimento profissional, econômico e social, do muni-cípio e de seus cidadãos.

MUSEU GRONINGER - HOLANDAFONTE:http://www.groningermuseum.nl/

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• NOVAS BIBLIOTECASCriação da Biblioteca Digital de Carlos Bar-bosa, contendo um acervo online dos prin-cipais trabalhos de alunos, de publicações de cidadãos da comunidade, bem como obras em formatos digitais, adquiridas pelo poder público para compartilhamento. Tam-bém se sugere a implementação de bibliote-cas móveis, estruturadas em trailers ou ôni-bus, que circularão por todas as localidades do município, com uma agenda prévia (um dia em cada localidade), retornando a cada ponto após um mês.Além dessas iniciativas, parcerias público--privadas podem evoluir no sentido de se adotar outros serviços e a criação de bi-bliotecas-cafés, ou bibliotecas-parques, es--timulando o hábito de leitura como lazer.

• ESCOLAS AGRÍCOLASCriação de escolas rurais sustentáveis, que fiquem próximas das crianças no campo, promovendo educação ambiental e profis-sionalizante com foco na produção local. Essas escolas seriam formadas por meio de parcerias com as cooperativas locais, for-mando centros multidisciplinares que en-volvam escola e seus espaços para convívio social da comunidade (como feiras de pro-dutores, envolvendo toda a comunidade) além de programas como merenda escolar vinda de fornecedores locais, que incen-tivem desde cedo projetos de valorização local e de hábitos sustentáveis. Além disso, a grade curricular introduziria disciplinas focadas em desenvolver a cultura local para a pecuária e a agricultura.

REFERÊnCIaShttp://www.agendasustentavel.com.br/Case.aspx?id=1264SALAS AULA DO FUTURO - http://vimeo.com/10622462http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11966http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-sera-a-sala-de-aula-do-futuro http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI12447-15254,00-A+SALA+DE+AULA+DO+FUTURO.htmlPROJETO A PÉ PARA A ESCOLA - http://www.fcsh.unl.pt/apeparaaescola/Projecto.htmlBALTIMORE ESCOLA LIVRE - http://freeschool.redemmas.org/content/about-baltimore-free-school UNESCO LANÇA CURSO GRATUITO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL http://www.ecodesenvolvimento.org.br/conexao-onu/unesco-lanca-curso-gratuito-sobre-desenvolvimentoCIDADE DO SABER DE CAMAÇARI: INCLUSÃO SOCIAL PARA AMENIZAR A DESIGUALDADEhttp://www.comciencia.br/comciencia/sectionBIBLIOTECA - http://www.itapemirim.com.br/responsabilidade-social/biblioteca-movel/biblioteca-movel.htmlPORTAL DA AGRICULTURA URBANA E PERIURBANA - http://www.portau.org/sobre-o-portau.htmlREDES DE DESENVOLVIMENTO LOCAL http://www.fiepr.org.br/redeempresarial/desenvolvimentocidades/FreeComponent10727content88838http://www.fiepr.org.br/redeempresarial/desenvolvimentocidades/FreeComponent10727content88842

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REDE ESCOLAR/SPFONTE: http://www.ramuda.org/docus/noticias.

BIBLIOTECA PARQUE DA JUVENTUDE / SPFONTE: http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/

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aÇÕES• PARCERIASParcerias entre a Secretaria de Assistência Social e Habitação com ONGs e universida-des na busca por soluções economicamen-te viáveis de materiais alternativos para a construção de casas, fontes alternativas de energia.

• CONCURSOS PÚBLICOSAbertura de concursos públicos para novos projetos de bairros e habitações-modelo, que contemplem uma relação social-am-biental de melhoria de áreas degradadas e socialmente inadequadas, visando ao custo benefício na implantação de tais projetos. Esses instrumentos (concursos) também podem ser focados em outras edificações públicas, tais como escolas, equipamentos urbanos de apoio (calçadas, postes medido-res das economias) e áreas de uso comum, que prezem qualidade de vida e adequação ambiental, sempre com foco na obtenção de projetos adequados às diferentes situa-ções geográficas da cidade.

OBJEtIvO 2.3MORADIA DIGNA, HABITAÇÃO DE QUALIDADE

Criar a cultura de ambiente sustentável em todos os novos projetos habitacionais, fomentando modelos habitacionais, oferecendo condições adequadas de sanea-mento e infraestrutura, boa acessibilidade, com índices construtivos equilibrados em relação às áreas verdes, mantendo a qualidade de vida, evitando grandes aden-samentos populacionais desproporcionais e cinturões de pobreza nas periferias for-mados à medida que a cidade cresce.

REFERÊnCIaSGOOGLE HEALTH - https://health.google.com/health/ACTIVE DESIGN GUIDELINES - http://www.nyc.gov/html/ddc/html/design/ active_design.shtmlMINICASAS - http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/viver-bem/conheca-tendencia-minicasasHONEyCOMB APARTAMENTS/ SLOVÊNIA - http://www.ofis-a.si/default.cfm?Kat=0309&ProdID=26PROGRAMA HABITACIONAL RJ- http://www0.rio.rj.gov.br/pcrj/destaques/especial/prog_melhorias_habitacionais.htmBOX HOUSE SP - Revista aU - n°194 - www.yurivital.com/CONCURSO HABPOP - http://arqemquestao.blogspot.com/2010/04/mencao-honrosa-concurso-na-venezuela.html

• CASAS EFICIENTESSeguindo a premissa de um futuro sus-tentável, os projetos de moradia popular também devem adotar esta sistemática, buscando resolver não somente o problema habitacional da população, mas proporcio-nar que tudo o que for pensado para a ci-dade esteja baseado na cultura de menor impacto ambiental, redução de desperdício de energia e eliminação de resíduos. Nes-se sentido a prefeitura implantaria medi-das que assegurassem que tais construções apliquem tais práticas.

CONCURSO HABIT. POPULAR VENEZUELAFONTE:http://arqemquestao.blogspot.com/2010/04

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OBJEtIvO 2.4SAÚDE PREVENTIVA E ASSISTIDA PRÓXIMA

A organização Mundial da Saúde define saúde como o completo bem estar físico, social e mental do cidadão. Esses três grandes indicadores do estado de saúde são fundamentados em ações de saneamento, em propiciar acesso a servi-ços básicos para a população. Desenvolver um sistema de saúde preventivo com o intuito de conduzir a população a habituar-se a cuidar da própria saúde. Dessa forma, aumenta-se a qualidade de vida da população que antecipa os tratamentos com a orientação correta, amenizando ou anulando o aparecimento das doenças. Com o crescimento da expectativa média de vida e avanço da idade da população, um sistema de saúde assistida mais próxima se faz necessário, em função de que a autossuficiência é inversamente proporcional à idade do meio ao final do nosso ciclo de vida natural.

aÇÕES• SISTEMA DE INFORMAÇÕESSistema informatizado de consultas e exa-mes, criando um banco de dados, acessa-do por meio de um cartão eletrônico (com chip) e senha, mantendo a privacidade das informações do paciente. Esse sistema se-ria alimentado constantemente, mantendo o histórico dos serviços prestados ao pa-ciente em qualquer unidade integrada a ele, facilitando diagnósticos, evitando exa-mes desnecessários e sendo base de dados para ações futuras da prefeitura de forma a prevenir problemas futuros.

• ÍNDICES MONITORADOSReduzir a mortalidade infantil, com a me-lhoria da saúde materna no pré-natal, de campanhas de vacinação e redução da gra-videz precoce.

• HOSPITALPrevisão da ampliação do número de leitos do hospital, em UTIs e CTIs, emergências, no mínimo em 10% a cada década, além da criação de nova ala adaptada para a ter-ceira idade, visando a contemplar o cresci-mento populacional previsto.

• POSTOS DE SAÚDE MODELOAmpliação dos serviços oferecidos nos pos-tos em cada bairro. Com vistas a promover a saúde e bem-estar da população, os pos-tos poderão se transformar em espaços que vão além do atendimento clínico, ofertan-do, por exemplo, pequenas academias, com profissionais treinados, que acompanham atividades da comunidade; palestras ou cursos sobre alimentação e hábitos saudá-veis. A meta é descentralizar a assistência à saúde, potencializando uma rede capila-rizada, com ações de fidelização dos pa-cientes no posto próximo ao seu domicílio, como primeira opção, para, após triagem, serem, se houver necessidade, encaminha-dos a um hospital.

• OFICINA PARA GESTANTESPrograma para melhorar o acesso e a qua-lidade do atendimento às gestantes, bem como da atenção aos bebês, nas unidades de saúde e nas maternidades. O programa incluiria rotinas específicas para situações de baixo, médio e alto risco, divididas em quatro etapas: pré-parto, parto, puerpério e atenção ao bebê.

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REFERÊnCIaSPROJETO HEALTH LEADS - http://www.healthleadsusa.org/about/our-volunteers/POSTOS - http://concursocacs.com/proyecto/saude-em-acao/CLÍNICAS - http://www.unimedpoa.com.br/estrutura-servicos-proprios/nucleos-unifacil/492.aspxCEMITÉRIO-http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/427851/cemiterio-vertical-e-a-solucao-para-falta-de-vagahttp://www.cemiteriovertical.com.br/

• NOVAS OPÇÕES DE ATENDIMENTOCriação de novos modelos de atendimento, visando à desospitalização, evitando hos-pitais lotados, filas e despesas desneces-sárias, mediante a criação de centros de triagem (junto aos postos de saúde de cada distrito), serviços de homecare (equipes treinadas para ministrar medicamentos e alimentação controlados, para que pacien-tes crônicos possam ficar em casa, liberan-do leitos), farmácia municipal, serviços de agendamentos online para consultas.

• PREVENÇÃOCampanhas, palestras de educação para a saúde com especialistas em diferentes te-mas, para criar um fórum constante de cul-tura de prevenção e qualidade de vida.Qualificar e expandir a infraestrutura de atendimento à terceira idade, que será a faixa com maior predominância em 2030. Tal atendimento visa a proporcionar maior qualidade de vida a esta população, moni-torando a saúde, incentivando um modo de vida saudável, proporcionando longevidade para a população acima de 65 anos.

•MODERNIZAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURAConsiderando as tendências de futuro rela-tivas a longevidade e incidência de doenças crônicas deverão ser feitos investimentos constantes em equipamentos de última ge-ração e tecnologias no estado da área do conhecimento.

• QUALIFICAÇÃO PROFISSIONALDeverão ser criados e implementados pro-gramas de formação continuada para elevar o nível de excelência técnica e científica nas diversas áreas de saúde e para atualiza-

ção profissional no uso adequado de novas tecnologias e equipamentos.

• CLÍNICAS PARTICULARESCom a constatação de crescimento do pa-drão de vida das famílias locais, deverão ser pensados incentivos à instalação de clí-nicas particulares de atendimento à saúde, bem como serviços laboratoriais e clínicos especializados.

• ILP - INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIAConstruções de instituições de longa per-manência para idosos ou pacientes com doenças crônicas, que necessitem atenção constante e especializada, além do que sua família pode proporcionar.

• CEMITÉRIO VERTICALA lotação nos cemitérios atuais e a falta de espaço nas cidades obriga a construção de novos cemitérios em regiões cada vez mais distantes. Os cemitérios verticais surgiram como uma solução para este problema e são uma tendência em varias cidades dos Es-tados Unidos, Canadá e Europa. Mantendo os costumes tradicionais, o sepultamento é feito em jazigos horizontais estanques de concreto armado. Existem empresas priva-das que exploram essa iniciativa.

• CONTROLE DE PRAGASManter sempre ativo o controle de pragas como dengue e borrachudos, por meio de campanhas e monitoramento efetivo, atra-vés de equipes de vigilância da saúde, com os agentes comunitários, tanto nas escolas como em bairros mais afastados.

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70| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

CONCEITO 3

CULtURa

Assumir o parque industrial de Carlos Barbosa como um patrimônio que deve ser valorizado interna e externamente à cidade, desenvolvendo o território do ponto de vista econômico, social e cultural.

tradição e história valorizando a identidade de Carlos Barbosa

MONUMENTO À CARLOS BARBOSAFONTE: FABRÍCIO TAROUCO

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aÇÕES• MUSEUS INDUSTRIAISCriar museus empresariais, para permitir a experiência da cultura industrial das empresas locais e da própria cidade, por meio de espaços interativos e informativos, como showrooms e áreas multidisciplinares para receber eventos e promover a indústria e seus produtos.

• REDE DE MUSEUSBuscar a aproximação com museus similares gaúchos ou mesmo regionais e nacionais, estabelecendo uma rede coolaborativa, que promova um circuito tanto físico quanto virtual.

• ROTASDesenvolver rotas turísticas interligadas a outros pontos próximos da cidade, de forma a estimular o turismo na região. Dessa forma uma cidade complementa a outra, ampliando o leque de opções turísticas, como infraestrutura hoteleira, restaurantes e eventos.

REFERÊnCIaSMUSEU DO PÃO EM ILÓPOLIS - www.caminhodosmoinhos.com.br.MUSEU EMPRESARIAL HEINEKEN - AMSTERDAN - www.heinekenexperience.com. REDE DE MUSEUS EMPRESARIAIS ITALIANA - www.museimpresa.com.ROTA “CIDADES DO MÁRMORE” PORTUGUESA - http://www.visitportugal.com/NR/exeres/B1776276-EB64-4D6E-B575-C343C9F76481,frameless.htm.MUSEU ITINERANTE ULTRAGAZ - http://www.museuitinerante.com.br/index.asp?id=37.ROTAS - http://www.rotaaventuras.com.br/atividades/index.php?id_atividade=30MUSEU DO FUTEBOL - http://www.museudofutebol.org.brMUSEU DA USP - www.mp.usp.br/BAR MUSEU DO ESPORTE SHOPPING TOTAL POA - http://www.museudoesporte.esp.br/

OBJEtIvO 3.1CIRCUITO DOS MUSEUS EMPRESARIAIS Diversas empresas relevantes, como Tramontina e Santa Clara, têm as suas sedes históricas em Carlos Barbosa. Tais sedes representam um cartão de visita das em-presas e já possuem pontos de venda. Dessa maneira, criar um Circuito dos Museus Empresariais proporcionará ao visitante e ao cidadão uma oportunidade para conhe-cer a história dessas empresas, da cidade e da própria evolução ao longo do tempo.

• TECNOLOGIA COMO ESTÍMULO PARA ATRAÇÕES CULTURAISPara além de um museu tecnológico, com interatividade e conectividade, mesclado a outras experiências complementares, como bares, cafeterias e livrarias tomariam o centro da cidade, estimulando à juventude o convívio citadino e uma cultura mais erudita, confirmada pelos festivais de música, teatro e cinema que fariam de Carlos Barbosa um laboratório cultural.

BIBLIOTECA UNIVERSIDADE DE DELFT/HOLANDAFONTE: http://cyberteca.wordpress.com/2009/06/19/4739/

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aÇÕES• AGENDAProgramar uma agenda cultural de feiras, festas, seminários, cursos, concursos etc., para conceituar a cidade nos seus setores industriais principais.

• DIVERSIDADE DE ATIVIDADES ARTÍSTICASAssegurar a diversidade de atividades ar-tísticas e culturais no espaço público. Pro-mover atividades dirigidas para diferentes públicos e áreas de interesse, contribuindo para o prazer de todos os que nelas partici-pam e demais utentes, garantindo a manu-tenção de funções quotidianas dos espaços e a diversidade de utilizações e utilizadores.

• VIRADA CULTURALA Virada Cultural é um evento anual que começou em São Paulo e hoje é promovi-do por diversas prefeituras brasileiras com o intuito de promover na cidade 24 horas ininterruptas de eventos culturais dos mais variados tipos, como espetáculos musicais, peças de teatro, exposições de arte e histó-ria, entre outros.

Carlos Barbosa possui uma agenda cultural ativa, mas com potencial para am-pliar o número e tipo de atrações. Pontos turísticos, como a Maria Fumaça, de-monstram o orgulho das origens culturais da cidade e da serra gaúcha. A Festi-queijo valoriza ainda mais essas origens. Somado a isso, podem ser desenvolvidas atrações turísticas e eventos que tratam de questões que estão em pauta. Dessa forma, a cidade evidencia que, além de sua história, destaca sua continuidade.

OBJEtIvO 3.2AGENDA CULTURAL QUE VALORIZA A TRADIÇÃO ARTESANAL E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO

REFERÊnCIaSFEIRA CRIATIVA DE AVEIRO - http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/2011/04/VIRADA CULTURAL - http://www.viradacultural.org/programacaohttp://manifestopelacidade.blogs.sapo.pt/AGENDA - http://www.gramado.rs.gov.br/index.php/component/option,com_events/Itemid,48/http://www.imaginarius.pt/content.php?sec=msg-2011

• APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICOLevar as pessoas para a rua, fomentando a utilização regular dos espaços públicos pelos cidadãos e instituições sociais e culturais. Criar as condições para que estes espaços se assumam como espaços de comunicação, convívio e troca de experiências entre pessoas de diversos contextos socioeconômicos, culturais e, também, geracionais. Criar momentos de experimentação, promovendo atividades que propiciem a experimentação de novas formas de utilização e apropriação dos espaços públicos.

• PATRIMÓNIO PRESERVADOO património de uma cidade é sua alma, sua história e tradição preservados, demonstran-do seu valor significativo para a memória de seus cidadãos. A construção da identidade cultural de um território se dá pela preserva-ção de sua história, feita pelo tombamento de bens materiais ou imateriais, sejam estes construções, hábitos ou tradições, passadas de geração a geração, que o identifica e o diferencia.

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aÇÕES• INCUBADORA E PEQUENAS EMPRESASPara virarem realidade e serem sustentá-veis, projetos de negócios devem contar com a ajuda de incubadoras sociais e leis de incentivo à criação de pequenas empresas.

• ATRAÇÃO DE NOVAS EMPRESASAtrair empresas para o município com pla-nejamento das ações e preocupação em constituir um sistema produtivo integrado.

• PÓLO PRODUTIVOExistem dois caminhos que podem ser es-colhidos para incentivo a novos negócios. Focar numa especialidade (Ex.: Tramontina) ou optar pela diversidade industrial, bus-cando diferentes tipos de investimentos, não se caracterizando apenas por uma tec-nologia.

• DIVULGAÇÃOPromover ações de marketing para divulgar a cidade no cenário regional e nacional, utilizando a mídia tradicional e os novos meios digitais. Uma agenda com todas as informações atualizadas.

Cultivar uma cultura de permanente inovação e empreendedorismo, tanto na forma-ção profissional quanto nas empresas e indústrias locais. A cultura empreendedora permeia por serviços diferenciados em que a criatividade dá um toque a mais, para valorizar locais, produtos e marcas.

OBJEtIvO 3.3CULTURA DE EMPREEENDEDORISMO

REFERÊnCIaSNOVAS EMPRESAS - http://www.fpa.org.br/formacao/pt-no-parlamento/atracao-de-empresas-para-o-municipiohttp://www.planotecnologico.pt/document/Doc_8.pdfINCUBADORAS - http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/incubadoras-negocios--sociais-vidasimples-627288.shtmlEVENTO DE EMPREENDEDORISMO - http://empreendersustentavel.wordpress.com/

EVENTOS DE ESTÍMULO AO EMPREENDEDORISMOFONTE: http://empreendersustentavel.wordpress.com/

EVENTOS DE ESTÍMULO AO EMPREENDEDORISMOFONTE: www.unleashingideas.org

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CONCEITO 4

tURISMO

Preservar a área rural de Carlos Barbosa, a cultura com o intuito de promover a sua utilização sustentável para o turismo, aproveitando as belezas naturais e valorizando a produção e o estilo de vida natural, tornando-se mais um atrativo para quem mora na capital e vê na serra gaúcha um espaço de contato com a natureza, bem como fomentar a iniciativa da indústria em atrair visitantes, por meio de showrooms de produtos, eventos e experiências diferenciadas.

turismo como elemento estimulador de eventos em diferentes segmentos

VAREJO TRAMONTINAFONTE: GUSTAVO DIEHL

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OBJEtIvO 4.1DESENVOLVER O ECOTURISMO

aÇÕES• ATIVIDADES AO AR LIVRERealização de grupos de caminhadas e eventos, bem como o estabelecimento de pontos gastronômicos para consumo local e venda de produtos orgânicos por meio do sistema “dinner show”, organização de uma Feira Ecológica anual da cidade de Carlos Barbosa.

• FAZENDA DO QUEIJOLugar de permanente visitação, hospeda-gem, degustação e experimentação de todo o processo de produção do queijo e deriva-dos do leite.

• CAMINHOS TEMÁTICOSImplementação de ruas e caminhos te-máticos, que valorizem e promovam um determinado conceito da cidade. Ex: Rua do Queijo (nesta rua haveria lojas, restau-rantes e quiosques com essa temática) ou Rua Sustentável (uma quadra onde todas as casas primam por este estilo).

REFERÊnCIaSFEIRA CRIATIVA DE AVEIRO - http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/2011/04/ POUSADA DO ENGENHO - http://www.pousadadoengenho.com.br/RIO DO RASTRO ECO RESORT - http://www.riodorastro.com.br/VALE DOS VINHEDOS - http://www.valedosvinhedos.com.brCAMINHOS RURAIS DE PORTO ALEGRE - http://www.caminhosrurais.tur.brHOSPEDAGEM EM CASAS RURAIS: http://pilotandofogao.com/videos/turistas-sao-hospedados-em-casas-na-zona-rural.

Carlos Barbosa apresenta dificuldades no que diz respeito às estruturas locais ur-banas de acomodações. Devido ao baixo número de pousadas e hotéis, e conse-quentemente, de leitos, a cidade não oportuniza ao visitante uma permanência mais longa na cidade. Assim, os turistas, em grande parte, permanecem durante o período do dia na cidade e, à noite, direcionam-se para cidades próximas a fim de buscar acomodações e atividades noturnas. Somado a isso, possui uma extensão ru-ral pouco desenvolvida sob o ponto de vista turístico e que pode tornar-se cenário para o desenvolvimento da atividade turística no local.

• ECOTURISMOO ecoturismo, ou turismo ambiental, turis-mo sustentável, turismo verde, é uma ati-vidade realizada de forma responsável, que cumpre os princípios elementares de de-senvolvimento sustentável. É uma verten-te do turismo voltada para a apreciação de elementos da natureza, realizado de forma consciente e ecologicamente correta.Seu desenvolvimento proporciona um bai-xo impacto ambiental, sua prática é bem menos agressiva ao meio ambiente, além de ter parte dos recursos financeiros serem destinados à preservação ambiental.

• VILAS TURÍSTICASDesenvolver uma região rural intitulada como “Vila do Ecoturismo” com o objetivo de oferecer à comunidade local e regional um espaço composto por diferentes ativi-dades vinculadas ao lazer, gastronomia e esporte, ancorados, acima de tudo, nos pi-lares da consciência ambiental.

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REFERÊnCIaSNINHOS DAS ÁGUIAS - NOVA PETRÓPOLIS - http://www.ninhodasaguias.org.br/MORRO FERRABRAZ - SAPIRANGA - http://www.sapiranga.rs.gov.br/index.php/turismo/ver4CAMINHO DAS HORTÊNSIAS - http://www.flickr.com/photos/hiltonlebarbenchon/5275704109/

• ESPORTES RADICAISAproveitamento dos recursos naturais e da área rural e natural para criação de ou-tras modalidades esportivas que funcionem como atividade de recreação e lazer tanto para moradores, como para turistas. Exem-plo: rústica da maioridade e rústica dos profissionais da indústria, tirolesa, montain bikes, motocross, arvorismo, escalada e tri-lhas de caminhadas esportiva.

ECOTURISMO TIROLESAFONTE:www.bugioaventura.com.br

MORRO DO CALVÁRIOFONTE: ACERVO PREFEITURA MUNICIPAL

aÇÕES• EXPLORAR E REVITALIZAR OS ATRATIVOS LOCAIS: MORRO DO DIABO E DO CALVÁRIO e PARQUE LEANDRO GUERRACom uma paisagem cheia de beleza, os Morros do Diabo e do Calvário são ótimas opções para os cidadãos de Carlos Barbosa terem momentos de descanso ou adrenalina. O Morro do Diabo, é atração turística para pessoas que buscam um lugar propício para a prática de voo duplo, paraglider etc. O Morro do Calvário, além da vista deslumbrante da cidade, proporciona aos visitantes, na época do natal, o espetáculo de fé, da paixão de cristo. Já o Parque Leandro Guerra, preserva a natureza, em pleno períme-tro urbano. Possui trilhas pela mata, viveiro e um anfiteatro ao ar livre. É necessário qualifi-car e manter as estruturas desses locais para atender aos visitantes de maneira hospitalei-ra, proporcionando uma experiência agradável e única. Tornar o acesso fácil, incentivando a visita ao local: explorar os caminhos de ma-neira criativa, sendo este o início da expe-riência do visitante. Identificar que serviços agregar a cada local, buscando a revitalização sem descaracterizar sua autencidade.

SALTO DE PARAGLIDER, MORRO DO DIABOFONTE: ACERVO PREFEITURA MUNICIPAL

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OBJEtIvO 4.2TURISMO DE EVENTOS E NEGÓCIOSIncentivar novos eventos focados em negócios, como feiras que envolvam a produ-ção local e da região, atrativas para moradores locais e turistas, oferecendo ativi-dades diferenciadas, culturais e ou comerciais, como cursos, simpósios, palestras e exposições, de modo a impulsionar o comércio de serviços da cidade.

aÇÕES• DESENVOLVER REDE DE ACOMODAÇÃOCarlos Barbosa apresenta dificuldades no que diz respeito às estruturas locais urba-nas de acomodações. Devido ao baixo nú-mero de pousadas e hotéis, consequente-mente, de leitos, a cidade não oportuniza ao visitante uma permanência mais longa na cidade. Assim, os turistas, em grande parte, permanecem durante o período do dia na cidade e, à noite, direcionam-se para cidades próximas a fim de buscar aco-modações e atividades noturnas. Oferecer incentivo fiscal para desenvolver espaços de hospedagem local, rural ou urbana, em casas típicas da região, aumentando o nú-mero de pousadas, proporcionando ações diferenciadas nesta área como albergues, ou estabelecimentos tipo cama e café.

• RECURSOS HUMANOSCapacitação de recursos humanos, através de cursos pertinentes às áreas turísticas de potencial de desenvolvimento para a ci-dade. Para o sucesso do turismo local será necessária a participação de profissionais altamente qualificados para atuar especifi-camente nessas áreas.

• INCENTIVO À PRODUÇÃO CULTURALCriar um fundo (governo + empresas) que fomente a produção cultural e projetos de lazer e de turismo, bem como novos espa-ços para a promoção de eventos, que ve-nham a estabelecer Carlos Barbosa como uma cidade cultural e turisticamente atra-tiva. Recursos da LIC – Lei de Incentivo à Cultura – deverão ser aproveitados.

• ARTE NA CIDADECriação de Lei para incentivo à Arte Pública visando a promover e incentivar programas públicos e privados para o desenvolvimento e a sensibilização do público às belas-artes e bens culturais, aumentando as oportuni-dades de emprego nas artes, a incentivar a integração da arte à arquitetura de Car-los Barbosa. As metas do Programa de Arte Pública partem da infusão de artistas de bairro e na concepção da infraestrutura fi-nanciada por fundos públicos, além de pro-mover a revitalização econômica, agregan-do valor aos serviços municipais, criando oportunidades contínuas para os artistas e artesãos para melhorar a experiência do visitante.

REFERÊnCIaSHOSPEDAGEM PARA A COPA DE 2014 - http://www.agecopa2014.com.br/?p=noticia&id_noticia=7148CAMA E CAFÉ - http://www.camaecafe.com.br/clipping09.phpRUA24HS - http://www.curitiba-parana.net/rua24horas.htmRUA DAS FLORES - http://www.curitiba-parana.net/rua-flores.htmARTE - http://www.elpasotexas.gov/mcad/_documents/CallToArtists-RFQI10Apprentice.pdfhttp://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/viver-bem/confira-projeto-gente-transforma-arquiteto--marcelo-rosenbaum-612928.shtml

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CONCEITO 5

ESPORtE E LaZER

Valorizar a tradição esportiva da cidade e incentivar o desenvolvimento do seu potencial para a prática de esportes radicais e outras atividades ao ar livre. Assim, de um lado é possível contribuir para o bem-estar do cidadão, incentivando-o a ter uma vida saudável mediante a prática regular de esportes, e de outro para a conceituação da cidade em um âmbito local, regional e nacional, como território de esporte e bem-estar.

O esporte como fonte de lazer e qualidade de vida, por meio de competições e experiências comunitárias

EVENTO CORRIDA SÃO SILVESTREFONTE: ACERVO PREFIETURA MUNICIPAL

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OBJEtIvO 5.1AMPLIAR A PRÁTICA ESPORTIVA DA POPULAÇÃOIncentivar o esporte localmente é uma maneira de envolver a sociedade no esporte em que a cidade é referência local, regional e nacional. O esporte, além de saudá-vel, é uma atividade que atrai os jovens, promovendo seu desenvolvimento.

aÇÕES• CAMPEONATOS ESCOLARESOrganizar um campeonato entre as escolas do município, promovendo a integração da população e incentivando a prática do esporte. Promover torneios intermunici-pais, em que as escolas de cidades da re-gião também participem a fim de ampliar o círculo de visitantes da cidade de Carlos Barbosa.

• ESPAÇOS PÚBLICOS URBANOSMais áreas para a prática esportiva na área urbana. Em cada distrito ou bairro, devem ser destinadas áreas para espaços de con-vívio social, pela implantação de praças ou parques com quadras poliesportivas cercadas, pistas de patinação ou skate, áreas para caminhadas, áreas de descanso sombreadas e equipamentos de ginástica, promovendo o uso dos espaços abertos pela comunidade, estimulando hábitos saudáveis entre os jovens. A Secretaria de Esportes pode promover competições entre diferentes bairros da cidade

•FUTSALIncentivo ao esporte símbolo da cidade, com mais escolinhas e ginásios de futsal, para formar a base de uma nova geração da seleção do futuro.

REFERÊnCIaSPROJETO BOM DE BOLA - http://www.bomdebola.org.br/CORRIDA DA MAIORIDADE - http://corridadamaioridade.com.br/SESI CORRIDA DE RUA - http://www.sesimt.com.br/mostra_evento_institucional.php?evento=5SKATEPARKS - http://www.skateparksdobrasil.com/ESPORTES ALTERNATIVOS - http://montanhalivre.blogspot.com/2011/05/aula-de-esportes-alternativos.html

• OUTRAS PRÁTICAS ESPORTIVASIncentivo e promoção a empreendimentos que visem a atividades de lazer em áreas não urbanizadas, como tirolesa, escalada, rapel, arvorismo, trilhas, bicicross, moto-cross, skate de grama. Estes empreendi-mentos devem ter infraestrutura mínima de serviços, como sanitários, áreas para piqueniques ou refeições, estacionamento e vias de acesso. A legislacão deve prever o correto uso da área ambiental, de preferên-cia com uma abordagem ecológica, no que se refere à reposição de árvores e o destino correto do lixo.

GINÁSIO ACBFFONTE: GUSTAVO DIEHL

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OBJEtIvO 5.2INTERLIGAÇÃO DE PONTOS TURÍSTICOS POR CICLOVIAS

aÇÕES• AMPLIAÇÃO DA MALHAAmpliar a ciclovia existente ao longo da ci-dade, estimulando outras modalidades de mobilidade urbana e, consequentemente, a redução de poluição oriunda do trânsito e o aumento de exercícios físicos praticados pe-los moradores, além de uma nova alternativa de lazer para a cidade, que pode ser utiliza-da para outras atividades, como caminhadas, corrida, skates, patins e patinetes. Com isso, torna-se interessante a expansão da ciclovia para bairros residenciais e destinos turísticos do entorno, promovendo a mobilidade, devi-do a opções de estacionamentos, para a troca de veículo, em áreas íngremes ou locação de bicicletas e patinetes por turistas e bagagei-ros em trens e ônibus coletivos. A ampliação deve ter metas anuais, sendo a 1ª etapa, levar a ciclovia até a Estação Central.

As ciclovias são alternativas de transporte barato e ecossustentável, promo-vendo uma relação mais qualitativa da mobilidade individual entre tempo e espaço. O ciclismo estimula não apenas o condicionamento físico, mas também ajuda a construir valores sociais, tais como a preservação dos espaços públicos e de con-vívio. Nesse sentido, o movimento pró-bicicleta é reativo não apenas ao sedenta-rismo da vida moderna, como também de um ponto de vista mais psico-sociológico, ao individualismo e tensionamento das relações, fatores relevantes para o acúmulo de estresse e violência, gerando para a cidades efeito concretos e simbólicos de leveza e futurismo.

• CAMPANHASO poder público deve promover campanhas publicitárias e eventos de convívio social, a fim de intervir na estimulação da cultura necessária à adoção dos princípios de uso de sistemas de baixo impacto ambiental, como usar mais a bicicleta ou caminhadas em vez do automóvel.

• LEGISLAÇÃOElaborar leis de trânsito cicloviário, estabe-lecendo limites entre pedestres, ciclistas e motoristas, visando à segurança e do conví-vio em harmonia nos espaços públicos.

ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS COM INFLADOR DE PNEUSFONTE: www.tomsguide.com/us/ultimate-bike-parking-lot

RIO TERÁ 300KM DE CICLOVIAS ATÉ 2012FONTE: http://www.soalagoasinfo/2011/09/

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REFERÊnCIaSAMSTERDÃ - http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/pralaepraca/84596_post.shtmlCICLOVIA CIUDADANA - http://redeci.ning.com/video/ciclovia-ciudadanaPORTUGAL 196 CICLOVIAS ou 1439km- http://www.ciclovia.com.pt/CAMPINAS CICLOFAIXAS - http://www.cidadedemocratica.org.br/topico/1331MOBILIDADE SUSTENTÁVEL - http://bicicletanarua.wordpress.com/tag/ciclofaixa/DUAS RODAS - http://ateondedeuprairdebicicleta.wordpress.com/tag/ciclovias/

• SERVIÇOS DE LOCAÇÃO Disponibilizar aluguel de bicicletas junto à estação do trem, rodoviária e pontos turís-ticos, oferecendo bicicletários públicos que contam com pontos de auxílio ao ciclista, como material para consertos.

• MAPEAMENTO DE ROTASDelimitação de espaços cartografados e de-finidos para veículos, pedestres e ciclistas, estabelecendo regulamentações públicas para o convívio pacifico entre as diferentes modalidades, como, por exemplo, segmen-tar uma parte da calçada para ciclovias.

INOVAÇÃO EM TRANSPORTE PÚBLICO: MONORAILFONTE: http://www.schweeb.com

LOCAÇÃO DE BICICLETASFONTE: http://www.bikeportland.org

CICLOVIA DE SOROCABAFONTE: http://veja.abril.com.br/saladeaula/290807/p_02.html

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82| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

Tem no seu centro a preservação, valorização e construção de qualidade de vida. Insere a cidade nos padrões de desenvolvimento social, econômico e am-biental de forma a garantir um futuro seguro e sustentável, cujos valores estão pautados no equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental. Nes-se sentido, algumas ações são previstas para que se atinja, ao longo dos pró-ximos vinte anos, padrão de desempenho econômico e de qualidade de vida, similar aos de países desenvolvidos, tais como França, Alemanha e Dinamarca.

CONCEITO 6

SUStEntaBILIdadE E MEIO aMBIEntE

Carlos Barbosa, uma cidade sustentável

ÁREA RURAL E GADO LEITEIROFONTE: JANDIR PEDRONI - EMATER/ASCAR

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83| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

REFERÊnCIaSCONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO - http://www.ctsbrasil.org/node/316 ETHANOL SUMMIT 2011 - http://www.ethanolsummit.com.br/noticias-conteudo.php?id=113&idioma=1 MOBILIDADE INTEGRADA - http://www.tripoa.com.br/ CARONA SOLIDÁRIA - http://verde.infolink.com.br/tag/carona-solidaria, http://montesclaros.com/caronas/http://www.caroneiros.com/web/

aÇÕES

A diminuição do impacto ambiental de diversos setores tem sido uma das necessi-dades mais evidentes dos projetos de design contemporâneos. Carlos Barbosa, por ser uma cidade com pouca infraestrutura desenvolvida para transporte coletivo, apresenta-se como uma cidade potencialmente aberta às inovações do setor. Seu terreno acidentado favorece a implantação de transportes coletivos elétricos com baixo impacto ambiental, tais como ônibus ou trainway (trens leves de superfície).

OBJEtIvO 6.1SISTEMA DE TRANSPORTE ECO EFICIENTE

• INFRAESTRUTURA VIÁRIASerão necessárias ações coerentes com a evolução e o crescimento da cidade. Para que a infraestrutura viária atenda às ne-cessidades da cidade em uma perspectiva de sustentabilidade, deverá ser pensada a adequação da malha viária com vistas a uma ampla acessibilidade, fluidez no trânsito e segurança dos pedestres. Assim, será pre-ciso restringir os estacionamentos em algu-mas vias, inclusão de novos semáforos com sincronismo entre eles e adequar as calça-das existentes.

• CARONA SOLIDÁRIAOutra tendência que ganha força em países de primeiro mundo é o sistema de caronas, que consiste em pessoas que moram próximas combinarem de levar os amigos e vizinhos, re-vezando os condutores quando possível. Esse sistema é oferecido por meio de uma página web onde todos os interessados poderão ca-dastrar-se para participar, muitas cidades já disponibilizam online uma Central de Caronas, na qual também é possível informar viagens para outras cidades e acessar o banco de inte-ressados em ir para aquele lugar.

• MOBILIDADE INTEGRADAAs tendências do futuro indicam que haverá um aumento crescente de veículos particu-lares. As principais soluções existentes hoje para esse problema (que não dependem de altos investimentos como os metrôs) estão centradas na promoção ao sistema multi-modal (integração de meios de transpor-te), no aumento do número de linhas, com corredores prioritários e na qualidade de informações do serviço disponibilizado. A integração entre diferentes modelos asso-ciados à oferta de bilhetagem eletrônica, são medidas importantes na relação custo/benefício para este problema. É importante o incentivo à compra de veículos menores, elétricos, ou que não necessitem de com-bustíveis fósseis.

TREM ELÉTRICO DE SUPERFÍCIE DUBLIN/IRLANDA 2004FONTE: http://www.eukn.org/Dossiers

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aÇÕES• PLATAFORMA ENERGÉTICAOs investimentos em energias limpas apre-sentam-se como uma das etapas fundamen-tais para a construção de uma plataforma energética que possa dar conta das neces-sidades de desenvolvimento das cidades e da preservação ambiental. Entre as fontes de energias limpas mais apropriadas para Car-los Barbosa, pelas características da região e viabilidade tecnológica, destacam-se a biomassa, a energia solar e a energia eólica.

• TECNOLOGIA LEDUtilização da tecnologia LED na ilumina-ção pública. Quando se pensa no futuro da iluminação pública, os Leds surgem como a revolução que impactará o modo como pensamos e experimentamos o uso da luz nos mais variados espaços e momentos do dia a dia. As pesquisas atuais nos levam a conceitos e protótipos surpreendentes. So-luções sustentáveis com Leds chegarão em um futuro próximo e transformarão de in-dustrial para ecológica a personalidade de qualquer comunidade, harmonizando forças da natureza e trabalhando em parceria, e não contra o planeta.

OBJEtIvO 6.2BUSCAR FONTES DE ABASTECIMENTO A PARTIR DE ENERGIAS RENOVÁVEIS OU ALTERNATIVAS

Crescimento com consciência. A cidade do futuro necessita ser autosustentá-vel, ou seja, gerar sua própria energia e utilizar de forma racional seus recursos, eliminando o desperdício e promovendo a reutilização de seus dejetos. A meta é eficiência energética. Energias renováveis são todas aquelas formas de energia cuja taxa de utilização é inferior à sua taxa de renovação. As fontes podem ter origem terrestre (energia geotérmica), gravitacional (energia das marés), solar (radiação solar) e hidráulica, térmica, oceânica, além de biomassa e cinética (do vento e on-das). Também são consideradas fontes de energia renovável os resíduos agrícolas, urbanos e industriais.

• LEGISLAÇÃOLeis de incentivo e promoção do uso de energias limpas e renováveis, que visam atingir níveis de eficiência energética, devem fazer parte do plano diretor, sen-do aplicadas tanto no mobiliário urbano quanto nas edificações e estabelecimentos comerciais e industriais, sendo efetivadas tanto pelo governo quanto pela iniciativa privada.

• CENTRAIS ELÉTRICASEstudar a viabilidade da construção de centrais de produção de eletricidade a par-tir dos lixos, como por exemplo, produzir eletricidade com o biogás de aterro, ou de compostagem, ou incineracão dos resíduos. Carlos Barbosa poderia tornar-se referência brasileira neste tipo de solução.

• ZONEAMENTOIdentificar zonas para produção de energias renováveis, como a solar e a eólica, preven-do a viabilidade de implantação de parque eólico, ou de uma usina de biomassa no mu-nicípio, possibilitando a oferta de energia mais barata e alternativa para a população.

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85| AGENDA CARLOS BARBOSA 2030

REFERÊnCIaShttp://www.energiasrenovaveis.com/DetalheNoticias.asp?ID_conteudo=417&ID_area=2&ID_sub_area=1 http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheNoticias.asp?ID_conteudo=457&ID_area=3&ID_sub_area=5http://www.aquaflot.com.br/artigos/LEGISLACAO_SOBRE_USO_RACIONAL_DA_AGUA.pdfhttp://www.superled.com.br/zbxe/?document_srl=7396http://www.h2brasil.com

• ENERGIA SOLAR TÉRMICAÉ a melhor forma de energia alternativa e deve ter prioridade na aplicação, pois é abundante e não necessita grandes insumos energéticos na obtenção, mas para melhor aproveitamento é necessário maximizar o processo de coleta, através da adoção de espelhos e lentes de reflexão,como também desenvolver formas de armazenamento para dias em que não haja sol. Além disso esta fonte pode gerar vapor que em turbinas produzirá energia elétrica. Este processo de tecnologia solar térmica acrescenta ou-tra dimensão à energia fotovoltaica, que converte a energia solar diretamente em eletricidade. Sistemas solares térmicos de produção de energia são mais baratos que a produção de células fotovoltaicas. É fun-damental o incentivo a adoção de coleto-res solares, através de estímulos fiscais à empresas e indústrias de tecnologias eco--energéticas para instalar-se na região.

• ENERGIA EÓLICARealização de um estudo da potencialidade local para a instalação de um conjunto de geradores de energia eólica nos pontos de ventilação mais estável da cidade, possibi-litando o acesso de energia alternativa a população local. No final de 2007, a capacidade mundial de ge-radores eólicos (movidos a vento) foi de quase 94,1Gw. Embora o vento produza atualmente pouco mais de 1% da eletricidade mundial, a energia eólica é responsável por aproximada-mente 19% da produção de eletricidade na Dinamarca, 9% no caso da Espanha e Portugal e 6% na Alemanha e na República da Irlanda (dados de 2007). Globalmente, a geração de energia eólica aumentou mais de cinco vezes entre 2000 e 2007. Atualmente estima-se que a capacidade instalada de geradores eólicos esteja em torno de 160 mil Mw. (DESENVOL-VIMENTO SUSTENTÁVEL - http://www.h2brasil.com/eólica/a-turbina-eólica).

EMPREENDIMENTO COM TURBINAS EÓLICAS E COLETORES SOLARES EM FLORIANÓPOLIS/SC.

FONTE: www.nextgeneration.com.br

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aÇÕES•CONSCIÊNCIA SUSTENTÁVEL: POR QUE TRATAR O LIXO? O tratamento de lixo é uma etapa intermediá ria do sistema de limpeza urbana. Entretan-to, inexiste em grande parte dos municípios brasileiros, que tem os seus resíduos, trans-portados diretamente às áreas de destino fi-nal, em sua maioria lixões ou aterros.A necessidade de tratamento do lixo surge mais intensamente nas grandes metrópoles como uma possível resposta ao que fazer com o lixo no futuro, já que as administrações municipais têm se defrontado com escassez de áreas para a destinação final do lixo, dis-puta pelo uso das áreas remanescentes com as populações da periferia, necessidade de ampliar a vida útil dos aterros em operação e disposição inadequada de resíduos sépticos. Além dessas questões mais imediatas e pon-tuais, a discussão mundial sobre a saúde do planeta tem apontado a valorização dos componentes do lixo como uma das formas de promover a conservação de recursos.

• TRIBUTAÇÃOPlanificar o uso dos recursos de tarificação dos serviços, projetando-os no aumento dos investimentos em pesquisa, equipamentos e capacitação de pessoal, que visem a apri-morar o sistema de reciclagem e ou aprovei-tamento dos resíduos gerados no município.

Cuidar do lixo é cuidar do meio ambiente, é proteger os elementos e as con-dições essenciais à vida. Dessa forma busca-se desenvolver uma cidade que possa constituir-se como referência no tratamento do seu lixo, pelo avanço tecnológico, social e ambiental. Esse tratamento deve ser observado tanto do ponto de vista residencial como industrial, com adoções de medidas regulamentares para o trata-mento dos efluentes e resíduos das industrias, evitando que elas coloquem em risco as condições de abastecimento de água potável e da qualidade do ar.

OBJEtIvO 6.3COLETA E TRATAMENTO DE LIXO

• CULTURA AMBIENTALA coleta seletiva e a reciclagem do lixo

são fundamentais para o aumento das con-dições de qualidade de vida e preservação ambiental. Para tal é necessário o aporte da cultura e da educação ambiental com a conscientização do papel de cada um nesse processo. Carlos Barbosa possui coleta se-letiva de lixo e reciclagem. Investimentos nesse setor apresentam-se coerentes com as tendências internacionais de cultura am-biental. É preciso educar e construir o valor da ação ecológica em prol do coletivo e do meio ambiente. Dessa forma considera-se fundamental a educação ambiental, que deve ser implementada já nos ciclos básicos da educação pública e privada

• BONS EXEMPLOSA definição de um modelo de gestão am-biental torna-se fundamental para o de-senvolvimento sustentável de uma cidade. A empresa Tramontina, situada em Carlos Barbosa apresenta um modelo de gestão que se projeta para os próximos 120 anos considerando a relação custo-beneficio com a necessidade de preservação ambiental. No cerne desse processo, está o desejo de du-rabilidade da organização. O poder público, pode inspirar-se no modelo bem sucedido da empresa Tramontina, adotando medidas para dar continuidade às suas políticas.

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REFERÊnCIaSTRITURADOR DOMÉSTICO DE LIXO - http://acidadeeolixo.blogspot.com/2009/10/triturador-de-lixo-domestico.htmlRECICLAGEM - http://www.agendasustentavel.com.br/Case.aspx?id=2487; http://www.reciclagemlixo.comCAMBIO VERDE - www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/cambio-verde-smab-secretaria-municipal-do-abastecimeno/246SACOLAS VERDES - http://www.sacolaretornavel.com/INSTITUTO LIXO ZERO BRASIL - http://ilzb.org/index.php/site/eventos/2 ; www.coletivoverde.com.br/lixo-zero ; www.rumosustentavel.com.br; www.ecycle.com.br ; http://lixoeletronico.org/blog/LIXO HOSPITALAR - http://lixohospitalar.vilabol.uol.com.br/Decreto_de_lei.htmlÓLEOS E GORDURAS RESIDUAIS - http://www.ecologicacoleta.com.br/index.phpPOLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS BRASÍLIA - www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/

• POSTOS DE RECICLAGEM E DESCARTEInstaurar entrepostos de coleta seletiva e reciclagem em cada um dos bairros do mu-nicípio, criando um sistema interligado que trabalhe em parceria com indústrias que utli-zem o resultado das recicladoras como ma-téria-prima para produção de seus produtos. Esses postos devem ser pontos de recepção do material descartado da comunidade.

• META LIXO ZEROExtinguir os aterros sanitários em 10 anos.Para isso é necessário implantar um modelo de gestão de resíduos sólidos, cujo objetivo é reduzir a produção do lixo encaminhado ao aterro sanitário, criando campanhas de concientização políticas de coleta, distri-buição e destinação do lixo, que visem a diminuir os impactos ambientais negativos e trazer benefícios sociais à população. Vá-rias cidades estão em busca deste título, e adotando medidas que visam a aumentar o aproveitamento dos resíduos e terminar com os aterros sanitários.O Instituto Lixo Zero Brasil promove treina-mentos e capacitação para a implementa-ção do Plano Municipal de Gestão Integra-da de Resíduos Sólidos Urbanos.

• ANALISAR OS TIPOS DE TRATAMENTOO tratamento visa a reduzir a quantidade de lixo a ser enviado para disposição final, tor-nar inerte os resíduos sépticos e recuperar os “recursos“ existentes no material descartado.Há dois processos básicos para o tratamento do lixo urbano, que atendem as condições aci-ma: a incineração e segregação dos diversos componentes do lixo (recilagem).

• LIXO ORGÂNICOVárias medidas devem ser incentivadas, tais como implantação de trituradores domésti-cos nas pias de cozinha; incentivo ao uso de papel higiênico biodegradável descartado no vaso sanitário e estímulo à composta-gem doméstica.

• LIXO TÓXICOA lei n.º 9.921, de 27 de julho de 1993, que trata da gestão dos resíduos sólidos no es-tado do Rio Grande do Sul, e seu regulamen-to, aprovado pelo decreto n.º 38.356, de 01 de abril de 1998, são marcos significativos na política ambiental gaúcha que, inova e abre caminho para a solução de um dos pio-res problemas de poluição: o lixo industrial. A incineração do lixo hospitalar não é obri-gatória como meio de tratamento, porém é considerada a melhor alternativa de trata-mento, pelos seguintes fatores: reduz dras-ticamente o volume de resíduo, sobrando uma pequena quantidade de cinzas; é um processo simples, apesar de crítico quanto ao cumprimento dos procedimentos opera-cionais; como desvantagem, existe a emis-são de compostos tóxicos como as dioxinas e furanos, caso a usina não seja projetada e operada adequadamente. Uma usina poderia atender a toda a região, gerando recursos fi-nanceiros e energéticos para o município.

• SACOLAS RETORNÁVEISEsta ação prevê o fim das sacolas de plásti-co com o incentivo à utilização de sacolas retornáveis ou biodegradáveis, embalágens retornáveis, entregas de compras à domicí-lio, entre outras alternativas.

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REFERÊnCIaSPOSTE SUSTENTÁVEL - http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0EMI204335-17180,00http://www.designatento.com/design-sustentavel/responsabilidade/um-projeto-humanitario-solar-pebble.htmlRECARREGADOR - http://www.techtudo.com.br/lancamentos/noticia/2011/05/PARADAS DE PLÁSTICO - http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/nossomundo/19,997,3305781ENERGIA - http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/impacto-smart-grids-cidades-623489.shtmlhttp://www.falarglobal.com/final/videos.htm?id=106&cat=ecologia&tipologia=reportagemhttp://www.energiapura.com e http://joviceng.com.brhttp://biofriendly.com/blog/energy/wind-energy-8-ways-to-collect-it/

aÇÕES• POSTES DE LUZ COM ENERGIA SOLAR (USO DE CÉLULAS FOTOVOITACAS) Substituição de postes de energia elétrica por novos modelos alimentados por energia solar ou eólica, garantindo baixo custo de consumo e manutenção. Ex. Turbinas de luz, para rodovias, acessas pela energia do vento.

http://inhabitat.com/turbine-light-powers-highway--lights-with-wind.

MOBILIÁRIO URBANO ECOLÓGICO OBJEtIvO 6.4

A energia solar é uma das alternativas para a produção de energia limpa e sua adoção, além de reduzir os custos financeiros com a implementação da iluminação das vias e praças, significa para a cidade um avanço quanto a valores ambientais, gerando patrimônio cultural, associado à preservação do meio ambiente. Tem como objetivo proporcionar iluminação pública com baixo impacto ambiental.

• PARADAS ECOlÓGICASSubstituição de pontos de parada conven-cionais por modelos feitos de material reci-clado. Ex. Paradas inauguradas na cidade de Estância Velha-RS, em parceria da prefeitura com duas empresas: a Suzuki recicladora e a Brasken. Os resíduos plásticos do município serão reciclados e transformados em tábua plástica, na confecção de mobiliário urbano.

• SENSORES FOTOELÉTRICOSMedidas que evitem desperdício dos gastos públicos e dos recursos energéticos devem ser implantados no sistema de iluminação pública da cidade. Fotocélulas permitem que a iluminação acenda somente quando não há mais luz natural.

• FLOREIRAS COMPOSTEIRAS Uso de lixeiras dispostas em áreas públicas, equipadas para receber e processar resídu-os de alimentos e junto ter plantas que se alimentam desta compostagem, ajudando a tornar a área urbana mais verde e dar um fim ao descarte orgânico.

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aÇÕES• CONSTRUIR PATRIMÔNIO ECOLÓGICOInvestir na produção e na comercialização de alimentos orgânicos é necessário para a construção e o cultivo do patrimônio ecológico local. A inserção de hortas nos parques, passiveis de serem cuidadas pela população, pode estimular a cidadania e funcionar como um dispositivo de compartilhamento de valores éticos e saudáveis, favorecendo o cultivo local de alimentos.

• MERCADOS ECOLÓGICOSInstalação de um mercado público de alimentos orgânicos locais. Esse mercado modelo seria o incentivo para que os produtores optassem pelo cultivo natural e ecológico, pois teriam como vender sua produção diretamente à população.

REFERÊnCIaSCULTIVAR EM ESPAÇOS PÚBLICOS - http://plantabanda.blogspot.com/CONTROLE DE PRAGAS: http://www.homeorganica.com.brALIMENTOS ORGÂNICOS - http://www.institutoaqualung.com.br/info_ali44.htmlAGROECOLOGIA: VER AGRICULTURA NATURAL, BIOLÓGICA, BIODINÂMICA, ORGÂNICA E PERMACULTURA, EM: http://www.planetaorganico.com.br

O desenvolvimento industrial acelerado tem afastado o homem de sua relação com a terra. O cultivo de alimentação orgânica traz benefícios não apenas do ponto de vista biológico, mas também terapêutico- emocional. Cuidar da terra e perceber os ciclos da natureza e a composição necessária para a geração de um alimento saudável, tende a gerar no homem a percepção de seu próprio valor como ser da e na natureza. A produção de alimentos orgânicos visa a gerar qualidade na produção local e ri-queza que possa ser compartilhada pela sociedade, riqueza percebida não somente do ponto de vista monetário, mas também pelo engendramento de valores éticos e morais associados à lógica do cultivo, do cuidado e da preservação.

OBJEtIvO 6.5PRODUÇÃO ORGÂNICA DE ALIMENTOS

• CURSOSRealização de evento promocional do alimento orgânico e da vida saudável, como forma de promover e informar sobre os benefícios desta prática tanto na produção, quanto no consumo. Treinamentos em produção de cultivos orgânicos, para a obtenção de selos orgânicos, qualificando a produção local.

• CONTROLE ECOLÓGICOUso de técnicas não químicas, denominadas homeopáticas, para tratamento de pragas, na produção e cultivo de alimentos.Elaboração de projetos e implantação de sistemas orgânicos de produção, disseminando uma cultura de menos agressão ao ambiente, junto aos produtores, por meio das cooperativas.

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aÇÕES• BAIRROS ECOSSUSTENTÁVEISEstudo cartográfico de Carlos Barbosa para definição do local ideal para a instalação de um bairro totalmente sustentável, cujo princípio é ter o menor impacto ambien-tal possível, funcionando como laboratório e modelo para outras áreas do município. Essa iniciativa pode ter a parceria da inicia-tiva privada com incentivos fiscais da pre-feitura. A ideia é trabalhar como elemento propulsor e estímulante de boas ideias na preservação do ambiente e no desenvolvi-mento humano, testando, na prática, pro-dutos e processos que poderão ser imple-mentados em larga escala futuramente.

• ECOVILASSão comunidades urbanas ou rurais de pes-soas, que buscam integrar-se em um am-biente de apoio social com uma forma de vida de baixo impacto. Para alcançar este objetivo, integram-se diversos aspectos do design ecológico, permacultura, cons-trução ecológica, produção verde, energia alternativa, e muito mais. Existem mais de 400 ecovilarejos no mundo, de acordo com o banco de dados da Global Ecovillage Ne-twork. Vale destacar alguns exemplos:- DANCING RABBIT, MISSOURI/EUA- LAEV- LOS ANGELES ECOVILLAGE/EUA- EARTHSONG, NOVA ZELÂNDIA

REFERÊnCIaSECOBAIRROS- http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/iniciativas-sustentaveis-bairro-qualidade-vida-623271.shtmlhttp://blogs.discoverybrasil.com/descubra-o-verde/2010/10/uma-rua-onde-carro-n%C3%A3o-entra-o-projeto-de-jackson-heights-em-ny-.htmlDÉCADA PELA SUSTENTABILIDADE - http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/maio/parana-podera-ser-o-primeiro-estado-sustentavelECOCIDADES - http://www.biocidade.curitiba.pr.gov.br/biocity/49.htmlhttp://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/148http://blogs.discoverybrasil.com/descubra-o-verde/2009/09/as-surpreendentes-cidades-ecologicas-do-futuro-parte-1.html

OBJEtIvO 6.6URBANISMO SUSTENTÁVELA importância da implantação de espaços destinados ao lazer e da manutenção da qualidade ambiental nas cidades é cada vez maior, pois, em áreas urbanizadas, os problemas ambientais ganham maior amplitude. Dentro deste contexto, faz-se ne-cessária a adoção de medidas que tenham como objetivo a diminuição dos efeitos negativos produzidos pela urbanização acelerada e desordenada. As áreas verdes des-tinadas ao lazer e contemplação, espaços preservados dentro do perímetro urbano, contribuem para o equilíbrio entre as relações da população com seu meio ambiente. Não há como pensar em um ambiente urbano saudável e de qualidade, sem inicia-tivas que estimulem o desenvolvimento e a conservação das áreas verdes. É preciso pôr em prática políticas públicas que valorizem os recursos naturais, visando ao tão almejado desenvolvimento sustentável. A relação entre crescimento urbano e pre-servação ambiental gera espaços agradáveis não só do ponto de vista estético, como também da qualidade ambiental e da saúde física e psicológica dos seus habitantes.

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REFERÊnCIaSCALÇADAS - http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/calcadas-amigaveis-532177.shtmlhttp://www.eucurtoeucuido.com.br/site/acoes_calcadas.php#oquehttp://curiosidadesnanet.wordpress.com/2008/04/23/calcadas-portuguesas/#more-979ECOPAVIMENTO - http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/maio/ecod-lista-4-alternativas-susten-taveis e www.vastpavers.com PROJETO PLANTAR - http://www.jornalipanema.com.br/novo/Sorocaba/MUDAS+DO+MEGA+PLANTIO+DE+SOROCABA+FORAM+PRODUZIDAS+EM+PENITENCIARIA.html http://www.saobentodosul.sc.gov.br/novo/noticia/10074BANCO DE IDÉIAS - http://concursocacs.com/proyecto/banco-de-ideias/

• PRAÇASAumentar a área verde da cidade com par-ques, cuja infraestrutura seja autossusten-tável, proporcionando mais espaço de lazer à população local e aos visitantes, incenti-vando a cultura ecológica e aumentando o bem-estar e a atratividade de Carlos Bar-bosa, sem impactar em custos de energia para sua utlização.

• ARBORIZAÇÃODestinação de uma área para plantio de mudas (viveiro municipal) que serão pos-teriormente distribuídas pelo município. O objetivo aqui é tornar Carlos Barbosa uma das cidades mais verdes do mundo. As mudas serão distribuídas durante o dia da árvore nas escolas, praças e bairros. Para isso é necessário um mapeamento das es-pécies nativas e outras que proporcionem sombra ou frutas, avaliando raízes, porte, altura, de modo a não causarem problemas futuros, para serem plantadas em parques, vias públicas e áreas verdes residuais como canteiros ou jardins, evidenciando uma co-bertura verde para o futuro, proporcionan-do à cidade, em seu crescimento, a com-pensação necessária, evitando a perda da qualidade de vida de hoje.

• ORGÃOS CONSCIENTIZADORESO Banco de Ideias busca a participação ci-dadã sobre o espaço em que coexiste, sendo este movimento, essencial para a constru-ção de uma cidade mais justa, democrática e com qualidade de vida, atendendo aos anseios de seus moradores.

• PRÁTICAS SUSTENTÁVEISIncentivo fiscal para a construção das mo-radias e instalação das tecnologias ecos-sustentáveis. A cada item ecológico inseri-do no projeto/obra privada (residencial ou comercial) o proprietário ganha um ponto. Quanto mais investir em soluções que eco-nomizem energia ou reduzam resíduos e im-pacto de consumo, ele receberá um selo da prefeitura e descontos em impostos (como IPTU em relação ao lixo). Essa medida va-loriza os imóveis em sua comercialização e contribui para que a cultura na especulação imobiliária mude para uma visão que valori-ze as práticas sustentáveis.

• VALORIZAÇÃO DE ÁREAS VERDES Aumentar a área verde da cidade com par-ques de infraestrutura autossustentável, que proporcionem mais espaço de lazer à população local e aos visitantes, incenti-vando a cultura ecológica e aumentando a atratividade turística de Carlos Barbosa.

• CALÇADAS AMIGÁVEIS Revitalizar as calçadas da cidade e cons-cientizar os cidadãos sobre as suas respon-sabilidades no processo de conservação dos passeios públicos. Sugere-se que seja pen-sado um desenho único para todas as calça-das, padronizando-as e criando uma iden-tidade para a cidade ou com diferenciais que definam áreas ou bairros. Os materiais adotados devem permitir a permeabilida-de do solo, favorecendo o escoamento das águas pluviais e evitando inundamentos e deslizamentos.

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GLOSSÁRIO

BRIEFINGÉ um conjunto de informações, uma cole-ta de dados compilados para o desenvolvi-mento de um trabalho, é o mapeamento do problema, onde as pistas dadas remetem a ideias para criar soluções.

CENÁRIOS São projeções conceituais que permitem vi-sualizar o futuro, reconhecendo a incerteza e a complexidade na situação em análise, ampliando a visão com novos conhecimen-tos e provendo estrutura para novas visões ambientais.

CONCEPTSSíntese cognitiva de ideais, por vezes, defi-nida como uma “unidade de conhecimento”, construída com outras unidades que atuam como características de um conceito.

DESIGNEstá associado ao projeto, ou ao ato de es-boçar com sucesso a simulação de algo sobre o qual se possui um conjunto de intenções.

DESIGN ESTRATÉGICOÁrea de pesquisa projetual que se apropria de diversas outras áreas do conhecimento para obter respostas inovadoras a necessi-dades específicas, com a integração entre design e estratégia.

HOMECAREO termo homecare é de origem inglesa. A palavra “Home” significa “lar”, e a palavra “Care” traduz-se por “cuidados”. O homecare deve ser compreendido como uma modali-dade contínua de serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos pacientes/clientes e a seus familiares em um ambiente extra-hospitalar. Seu propósito é promover, manter e/ou restaurar a saúde, maximizando o nível de independência do cliente/pacien-te, enquanto minimiza os efeitos debilitantes das várias patologias e condições que ge-rencia, por meio de serviços de atendimento domiciliar personalizados, na área da saúde, prestados por profissionais capacitados, enfa-tizando conforto e autonomia dos pacientes.

LAyOUTTermo que faz referência à disposição física, gráfica ou virtual entre vários elementos de um ambiente.

SISTEMA-PRODUTOExpressão que representa a integração de produtos, serviços, experiências e estraté-gias de comunicação orientadas ao desen-volvimento de soluções.

wORKSHOPSSão sessões contínuas de projeto, orientadas para a geração de ideias sobre a base de um problema de projeto, em que a lógica prin-cipal é uma dinâmica entre grupos de pro-jetistas que trabalham na geração de novas soluções de oferta.

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REFERÊNCIAS

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CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da moderni-dade. Culturas híbridas, poderes oblíquos. São Paulo: EDUSP, 1997.

CELASCHI, Flaviano.; DESERTI, Alessandro. design e innovazione. Strumenti e pratiche per la ricerca applicata. Roma: Carocci, 2007.

COSTA, P. Creative Milieus, Gatekeepers and Cultural Production: Evidence from a Survey to Portuguese artists, Review of Cultural Economics, Vol. 11, Nº 1, June 2008, Korea Association for Cultural Economics, p. 3-31, 2008.

CMMAD - COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. nosso Futuro Comum. 2ª ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.

DOwER, Michael. Um trunfo para o desenvolvimento local: o recurso-património. LEA-DER magazine, n. 17, 1998. Disponível em http://ec.europa.eu/agriculture/rur/leader2/rural-pt/biblio/herit/art01.htm. Acesso em: 25 junho 2011.

ELKINGTON, John. Cannibals with Forks: the triple Bottom Line of 21st Century Busi-ness. Oxford: Capstone Publishing, 1997.

KAySER, Bernard. a cultura: Uma alavanca para o desenvolvimento local. LEADER ma-gazine, n. 11, 1994. Disponível em http://ec.europa.eu/agriculture/rur/leader2/rural-pt/biblio/culture/art03.htm. Acesso em: 25 junho 2011.

KOTLER, Philip... [et al]. Marketing de lugares: como conquistar crescimento de longo prazo na américa Latina e no Caribe. São Paulo: Pearson Prentice hall, 2006.

MARSIGLIA, Javier & PINTOS, Graciela. La construcción del desarrollo local y regional. actores, estrategias y nuevas modalidades de intervención. Cuadernos del CLAEH, no. 78-79, Montevideo, 2a. série, año 22, 1997/1-2. p.93-110.

MERONI, Anna. Strategic design: where are we now? Reflection around the founda-tions of a recent discipline. Design Research Journal, 2008.

PRICEwATERHOUSECOOPERS – Cities of the future. Global competition, local leader-ship. PRICEwATERHOUSECOOPERS [s.d.]

REyES, Paulo. a Espacialidade na Cidade Contemporânea: os processos de [des] e [re] territorialização. In: Simpósio Latino-americano: cidade e cultura. Dimensões contempo-râneas. São Carlos, 2007.

REyES, Paulo. a espacialidade na Cidade Contemporânea: os processos de [des] e [re] territorialização. Unisinos, São Leopoldo, 2006.

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FICHA TÉCNICA

UnIvERSIdadE dO vaLE dO RIO dOS SInOS - UnISInOSPE. MARCELO FERNANDES DE AQUINOReitor

aRtICULaÇãO UnIvERSIdadE-PREFEItURaPROF. GUSTAVO SEVERO DE BORBADoutor em Engenharia de Produção - UFRGSDiretor da Unidade de Graduação

PROF. GUSTAVO DAUDT FISCHERDoutor em Comunicação - UnisinosGerente dos Cursos de Bacharelado

PROF. FABRICIO TAROUCODoutorando em Comunicação - UnisinosCoordenador Geral do Projeto Agenda Carlos Barbosa 2030

PREFEItURa dE CaRLOS BaRBOSaSR. FERNANDO XAVIER DA SILVAPrefeito de Carlos Barbosa

RODRIGO STRADIOTTIDepto. de Relações Institucionais da Prefeitura de Carlos Barbosa

PROJETO AGENDA 2030CARLOS BARBOSA

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COORdEnaÇãO tÉCnICa dOS GRUPOS dE PESqUISaPROF. CARLO FRANZATODoutor em Design - Politécnico de Milão - IT

PROF. FÁBIO PEZZI PARODEDoutor em Estética - Paris 1/ Sourbone - FR

PROFª. LEANDRA SALDANHAMestranda em Design - Unisinos

EqUIPE dE PESqUISaPROF. ANA CAROLINA FAJARDO VILELAMestre em Design - Unisinos

PROF. BRUNA RUSCHEL MOREIRAMestre em Design - Unisinos

PROF. DANIEL PRUJÁMestrando em Design - Unisinos

PROF. DOUGLAS ONZI PASTORIMestre em Design - Unisinos

GABRIEL BERGMANN BORGES VIEIRAMestre em Design - Unisinos

GABRIEL KAUFFMANN SCHüLERMestrando em Design - Unisinos

FRANCINE VELHO DANIEL Bacharel em Design - Unisinos

GABRIEL RAMOSBacharel em Design - Unisinos

MARCELO DIEHLBacharel em Design - Unisinos

NATALIA LUZMestranda em Design - Unisinos

SÍLVIA ARROQUEBacharel em Design - Unisinos

VANESSA DE SOUZA BATISTIMestre em Economia - Unisinos

WORKSHOPS E PROJEtOS dE atELIERPROF. PAULO REyESDoutor em Comunicação - Unisinos

aCadÊMICOS PaRtICIPantESAimée werkmeister SchneiderCarolina Hermes EichenbergClaudia Magnus ChavesDouglas do Nascimento DaitxFábio Augusto willersFrances DanckwardtIsabel Raffi CabralIzabel Christina Silva ProlaJuliana Oginski CoraciniLetícia P. Baechtold RodriguesLuísa Cauzzi BroccoLuiza Mara Mattiello RossettoManuela KananMaria Celina Guarita CanarioNatasha Ulbrich KulczynskiNathalia Rückert MartinsPaula LoherPedro Lucchese PiantáRafael Jungbluth FreitasRafael KörbesRenan CanziRenato Siqueira LopesRodrigo HartmannVanessa Neto BischoffVanessa Johnson

PROJEtO GRÁFICOLEANDRA SALDANHAMestranda em Design - Unisinos

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www. [email protected]

[email protected]

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“O desenvolvimento futuro dos

municípios e das cidades depende

de um profundo planejamento

em bens e serviços, informação e

conhecimento, capital e pessoas.

Nesse sentido, a Agenda 2030

organiza ideias concretas de

interesse da sociedade barbosense,

projetando-a para os próximos

20 anos, baseado na busca pela

melhora da qualidade de vida.”

ESTAÇÃO CENTRAL DE CARLOS BARBOSAFONTE: ACERVO PREFEITURA MUNICIPAL