Agenda do Vila - Fevereiro 2016

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Acesse e conheça a programação completa do Teatro Vila Velha para o mês de fevereiro!

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O Vila está vivo e continua lutando. Com essa frase abrimos o ano de 2016, relembrando o título do espetáculo montado em 1995, com 120 atores negros, incluindo o mestre Mário Gusmão, sob direção de Marcio Meirelles, em homenagem a Zumbi.

Em fevereiro, depois de um interminável carnaval - que, no calendário estabelecido pela prefeitura de Salvador, ganhou uma semana a mais e espalhou-se ainda pelo reveillon e aniversário da cidade - retornamos ao palco com os espetáculos do Amostrão Vila Verão, realizados no âmbito da universidade LIVRE de teatro vila velha. E, passada a folia que agita, mas também neutraliza, convidamos o público a apoiar a nossa atitude de manter as portas do teatro abertas. Tarefa que não tem sido fácil.

Nunca foi fácil, é verdade. A crise financeira acompanhou o Vila em momentos diversos. E sempre nos fez buscar soluções criativas para seguir em frente. Foi assim, inclusive, que surgiu o Amostrão Vila Verão, que em 2016 chega a sua 13ª edição. O Amostrão ajudou o Vila, durante um bom tempo, a aumentar a arrecadação, através de bilheteria, em um período frágil no repasse de recursos para a manutenção do teatro.

Hoje, sentimos os efeitos de uma crise financeira que afeta a quase todos. Há seis meses contamos apenas com o apoio financeiro do Fundo de Cultura do Governo do Estado da Bahia, que cobre cerca da metade dos gastos gerados mensalmente pelo teatro. A outra metade depende de recursos próprios, que buscamos conseguir através de aluguel de pauta e, principalmente, da bilheteria.

Por isso, convidamos o público a vir ao Teatro Vila Velha, a assistir aos espetáculos e apoiar esta casa com a sua presença. Convocamos aqueles que acompanharam o Vila ao longo destes 51 anos a unir esforços para que consigamos, juntos, manter este

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Teatro vivo. O apoio pode vir de diversas formas. Além dos ingressos, temos o programa Amigos do Vila, que permite que empresas possam contribuir com o Teatro através de diferentes mecanismos. Se você tem uma empresa, ou conhece alguém que tenha, entre em contato.

Nós acreditamos numa solução coletiva pois foi de um esforço coletivo que surgiu o Teatro Vila Velha. Em 1964, o ousado projeto de construir um teatro no Passeio Público, feito pelos jovens atores da Cia Teatro dos Novos, foi abraçado por toda a cidade, que contribuiu através de livros de ouro, leilões e doações de materiais que sustentaram o teatro, literalmente.

Mais tarde, em 1994, a revitalização do Teatro, capitaneada por Marcio Meirelles, Chica Carelli, Ângela Andrade e Cristina Castro, contou com o apoio, mais uma vez, da classe artística e da população da cidade. Foi quando artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Daniela Mercury e Carlinhos Brown voltaram ao palco do Teatro Vila Velha para retribuir o que o Vila tinha feito à cidade, ao país e a cada um deles.

Afinal, além de defender a liberdade e os direitos da população, desde que foi inaugurado - em plena ditadura militar, o Teatro Vila Velha é um reconhecido espaço de formação. O Vila fez com que surgissem e/ou se consolidassem inúmeros artistas e grupos, como o Bando de Teatro Olodum, o Núcleo Viladança, a Cia Novos Novos, A Outra Cia de Teatro, o Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas, o Teatro da Queda, a Supernova Teatro, além de Lázaro Ramos, Virgínia Rodrigues, Érico Brás, Gil, Caetano, Bethânia, Gal, Tom Zé e Novos Baianos.

É também para que novos artistas continuem surgindo que o Vila está vivo e continua lutando. Convidamos você a lutar junto conosco, mais uma vez.

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O projeto “Teatro de Cabo a Rabo” surgiu em 2002 com a proposta de integrar a produção cultural do interior da Bahia com a capital através de atividades de formação. Numa primeira etapa, o Teatro Vila Velha levava oficinas de diferentes áreas das artes, como teatro, dança e iluminação, para cidades do interior. Depois de três dias de trabalho intenso eram escolhidos, a partir das oficinas, grupos representantes para vivenciar uma semana de trabalho no próprio Vila, em Salvador. Durante três anos, o projeto fomentou a produção artística de diversos grupos, entre eles o Bando de Artistas Cênicos de Alagoinhas, que trouxe ao Vila o espetáculo “Nas Entranhas do Amor”; o Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas, que apresentou aqui “Perfil” e, um ano depois, a peça “A Eleição”; além do grupo Teatro Popular de Ilhéus. O projeto aproximou diversos artistas baianos do Teatro Vila Velha. Foi o caso do ator e produtor Luiz Antônio, que passou a coordenar A Outra Companhia de Teatro, criada em 2004 no Vila, hoje com sede própria; o NATA, dirigido por Fernanda Júlia, que passou a ser grupo residente do Vila em 2011; além do Teatro Popular de Ilhéus, dirigido por Romualdo Lisboa. Na página seguinte, os três artistas falam um pouco dessas experiências.

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Projeto Teatro de Cabo a Rabo na cidade Rio de Contas - BAfoto: Nós, por Exemplo - centro de documentação e memória

‘’Tenho uma lembrança muito carinhosa do projeto. Uma caravana do Teatro Vila Velha chegando... Alagoinhas foi muito importante porque foi o maior município com inscritos naquele ano. O NATA estava pra acabar e o projeto deu novos ares para o grupo. Ser artista no interior do estado é uma coisa que fica muito na adolescência, depois os pais falam ‘vai trabalhar!’. Pela primeira vez tivemos um trabalho nosso em processo de apreciação, por pessoas experientes. Depois do projeto a gente não parou mais de vir para Salvador”

Fernanda Júlia, diretora do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas

‘’Existia um expectativa enorme do grupo e dos artistas por ser o Teatro Vila Velha, um teatro com nome na capital, sentíamos uma porta que estava se abrindo. Quando a gente voltou pra Alagoinhas tinha um prestígio, um reconhecimento da cidade. Foi uma injeção de ânimo para o grupo criar uma forma mais sistematizada de trabalho. Existia um pensamento do teatro de final de semana, não existia uma perspectiva profissional, e a crise no grupo era como sair desse pensamento de final de semana. Um ano depois mais ou menos o Centro de Cultura Alagoinhas abriu um programa de residências, mais ou menos com o formato do De Cabo a Rabo”

Luiz Antônio, ator, diretor e produtor, integrante d’A Outra Cia de Teatro

‘’A gente estava em cartaz em Ilhéus com o espetáculo ‘Sganarello - O Corno Imaginário’, de Molière, e o Teatro Vila Velha estava em Itabuna com o projeto Teatro de Cabo a Rabo. Marcio [Meirelles] foi à noite ver o nosso espetáculo e perguntou se a gente queria ir para o Vila. O Teatro Popular de Ilhéus foi fundado em 1995 e em 2002 foi a primeira vez que viemos a Salvador através do Teatro de Cabo a Rabo. O encontro do TPI com o TVV foi um reencontro de estéticas, o TPI foi fundado por Echio Reis, um dos fundadores também do Vila, nós éramos como filhos do Vila. Essa vinda nossa estreitou ainda mais isso. Eu me sinto um pedaço do Vila Velha, eu e todos do Teatro Popular de Ilhéus. A nossa tenda é totalmente influenciada pela modelo de gestão do Vila’’

Romualdo Lisboa, diretor do Teatro Popular de Ilhéus

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Sete contra Tebas, tragédia de Ésquilo encenada em 467 a.C., chega aos palcos baianos pelas mãos do encenador Marcio Meirelles, e marca a conclusão da primeira turma da universidade LIVRE de Teatro Vila Velha, após três anos de trabalho. A obra aborda a história de Etéocles e Polinices, filhos de Édipo, desgraçado rei de Tebas. Depois da morte do pai, ambos os filhos concordam em se alternar no trono da cidade, porém Etéocles se recusa a ceder o lugar para o irmão, que declara guerra para conquistar a coroa. Polinices, acompanhado de seis guerreiros e seus exércitos, tenta invadir a cidade pelos seus setes portais. Na peça, Etéocles, interpretado por Vinicius Bustani, contracena com um coro de virgens suplicantes, que cantam a voz da cidade de Tebas. Assinada por Pedro Filho, a trilha sonora parte dos ritmos tradicionais afro-brasileiros e cria analogias entre os deuses gregos e os orixás. A coreografia é de Cristina Castro e Jônatas Raine. A tradução do texto é assinada por Marcus Mota.

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Sete contra Tebas, tragédia de Ésquilo encenada em 467 a.C., chega aos palcos baianos pelas mãos do encenador Marcio Meirelles, e marca a conclusão da primeira turma da universidade LIVRE de Teatro Vila Velha, após três anos de trabalho. A obra aborda a história de Etéocles e Polinices, filhos de Édipo, desgraçado rei de Tebas. Depois da morte do pai, ambos os filhos concordam em se alternar no trono da cidade, porém Etéocles se recusa a ceder o lugar para o irmão, que declara guerra para conquistar a coroa. Polinices, acompanhado de seis guerreiros e seus exércitos, tenta invadir a cidade pelos seus setes portais. Na peça, Etéocles, interpretado por Vinicius Bustani, contracena com um coro de virgens suplicantes, que cantam a voz da cidade de Tebas. Assinada por Pedro Filho, a trilha sonora parte dos ritmos tradicionais afro-brasileiros e cria analogias entre os deuses gregos e os orixás. A coreografia é de Cristina Castro e Jônatas Raine. A tradução do texto é assinada por Marcus Mota.

UNIVERSIDADE LIVRE DE TEATRO VILA VELHA12, 13, 19, 20, 26 e 27/02 // sextas e sábados // 20h // R$ 30 e 15

espetáculo acessível para cegos através de audiodescrição

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NA BATUCADA DA VIDAary barroso em voz, piano e percussão por juliana ribeiro e fernando marinhosala principal20h

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NA BATUCADA DA VIDAary barroso em voz, piano e percussão por juliana ribeiro e fernando marinhosala principal20h

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ATRAVÉS DO ESPELHO E O QUE ALICE POR LÁ ECONTROU

O clássico de Lewis Carroll, escrito na sequência de Aventuras de Alice no País das Maravilhas, ganha versão teatral nos palcos baianos sob direção do encenador Marcio Meirelles. O elenco jovem, formado por integrantes da universidade LIVRE de teatro vila velha que encerram o primeiro ano de formação, dá vida às aventuras e descobertas da personagem Alice, que, movida pela curiosidade, decide atravessar o espelho da sala de sua casa. Do outro lado, Alice encontra um mundo com seres e acontecimentos inesperados. A encenação destaca as descobertas que surgem quando a protagonista confronta-se com o seu crescimento e a sua sexualidade. A montagem assume estética rock’n’roll presente na trilha sonora assinada por Pedro Filho e também nos figurinos e maquiagem. A coreografia é assinada por Jônatas Raine.

UNIVERSIDADE LIVRE DE TEATRO VILA VELHA17, 18 , 24 e 28/02 // quartas e quintas // 20h // R$ 30 e 15

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UNIVERSIDADE LIVRE DE TEATRO VILA VELHA17, 18 , 24 e 28/02 // quartas e quintas // 20h // R$ 30 e 15

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NA BATUCADA DA VIDAO elogiado show ”Na Batucada da Vida”, dos artistas Juliana Ribeiro e Fernando Marinho, chega ao Teatro Vila Velha para suas apresentações especiais. O espetáculo traz uma releitura contemporânea do cancioneiro de Ary Barroso em voz, piano e percussão, com arranjos que trazem do samba urbano à salsa, passando pela sofrência em uma versão de arrocha. No repertório, canções como “Rancho Fundo” (1931), o bolero “Risque” (1952), o teatro de revista “Boneca de Pixe” (1938), marchinhas de carnaval, além das antológicas “Aquarela do Brasil” (1939) e “Sandália de Prata” (1941), que criaram o subgênero samba-exaltação. É a primeira vez que Juliana Ribeiro assume uma interpretação no formato voz, piano e percussão, esta última executada por ela mesma. “Montar um espetáculo piano e voz traz à tona a relação de Ary Barroso com este instrumento desde a sua tenra infância. Por mais que tocasse flauta, violão e percussão, suas composições nasceram da sua relação com o piano”, relembra Juliana. A direção artística de Fernando Marinho ainda brinda o público com esquetes teatrais bem humoradas recheadas de histórias curiosas, como a chegada de Ary Barroso a Salvador em 2 e dezembro de 1940. O fato foi tão impactante para a comunidade local que acabou virando Projeto de Lei e inspirando a criação do Dia Nacional do Samba, comemorado hoje em todo o Brasil.

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ARY BARROSO EM VOZ, PIANO E PERCUSSÃO POR JULIANA RIBEIRO E FERNANDO MARINHO21 e 28/02 // domingos // 20h

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