AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIA (MG): … · análises que procurem caracterizar as...

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SILVA, Vitorino Alves da., GUIMARÃES, Eduardo Nunes et al. Aglomeração Urbana de Uberlândia (MG): Formação Sócio-Econômica e Centralidade Regional. In: HOGAN, Joseph, et al (orgs.) Migração e ambiente nas Aglomerações Urbanas. Campinas: Núcleo de Estudos Populacionais/UNICAMP, 2001. AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIA (MG): FORMAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E CENTRALIDADE REGIONAL Vitorino Alves da Silva * Eduardo Nunes Guimarães * Luiz Bertolucci Júnior ** Ester Willian Ferreira ** Carlos José Diniz ** O objetivo deste trabalho é buscar uma apreensão da articulação entre os fenômenos do desenvolvimento econômico e da urbanização de uma das regiões brasileiras que apresentou taxas de crescimento econômico e demográfico acima da média nacional, no interior brasileiro, sem receber os benefícios de abrigar uma capital estadual ou federal ou mesmo de cumprir um papel efêmero de área típica de fronteira. A referida região é o denominado “Triângulo Mineiro”, em particular a área de influência do município de Uberlândia (MG), principal nucleação regional. 1 O conceito de região que adotamos não se restringe a áreas internas aos territórios estaduais e, claramente, não possui um limite territorial previamente definido, aproximando-se mais da noção de região abstrata, desenvolvida por Perroux (1967); porém, devendo cumprir pelo menos dois requisitos: possuir uma nucleação interna definida e ser objeto de um campo de forças que integra, de forma regular, interesses mediados por um volume relativamente representativo de fluxos sócio-econômicos internos 2 . A posição assumida pelo município de Uberlândia como principal pólo da referida área, concentrando os avanços demográficos e econômicos da dinâmica regional dos *. Professores do IE-UFU (Membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Desenvolvimento Regional e Urbano – NEDRU-UFU). ** Economistas do CEPES-UFU e Membros do NEDRU. 1 . A região de influência de Uberlândia compõe-se por uma área que não se confunde, especificamente, nem com a microrregião de mesmo nome (microrregiões homogêneas do IBGE), nem com a denominada mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (IBGE), estendendo-se pelo sul e sudoeste de Góias, nordeste do Mato Grosso do Sul, sudoeste de Mato Grosso e uma franja horizontal da bacia do Rio Grande, no norte do Estado de São Paulo, onde divide área de influência econômica com os núcleos de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. O estudo do REGIC, realizado pelo IBGE em 1993, representa uma certa confirmação empírica dessa área de influência.

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SILVA, Vitorino Alves da., GUIMARÃES, Eduardo Nunes et al. Aglomeração Urbana de Uberlândia (MG): Formação Sócio-Econômica e Centralidade Regional. In: HOGAN, Joseph, et al (orgs.) Migração e ambiente nas Aglomerações Urbanas. Campinas: Núcleo de Estudos Populacionais/UNICAMP, 2001.

AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIA (MG):

FORMAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E CENTRALIDADE REGIONAL

Vitorino Alves da Silva* Eduardo Nunes Guimarães* Luiz Bertolucci Júnior** Ester Willian Ferreira**

Carlos José Diniz**

O objetivo deste trabalho é buscar uma apreensão da articulação entre os fenômenos

do desenvolvimento econômico e da urbanização de uma das regiões brasileiras que

apresentou taxas de crescimento econômico e demográfico acima da média nacional, no

interior brasileiro, sem receber os benefícios de abrigar uma capital estadual ou federal ou

mesmo de cumprir um papel efêmero de área típica de fronteira. A referida região é o

denominado “Triângulo Mineiro”, em particular a área de influência do município de

Uberlândia (MG), principal nucleação regional.1 O conceito de região que adotamos não se

restringe a áreas internas aos territórios estaduais e, claramente, não possui um limite

territorial previamente definido, aproximando-se mais da noção de região abstrata,

desenvolvida por Perroux (1967); porém, devendo cumprir pelo menos dois requisitos:

possuir uma nucleação interna definida e ser objeto de um campo de forças que integra, de

forma regular, interesses mediados por um volume relativamente representativo de fluxos

sócio-econômicos internos2.

A posição assumida pelo município de Uberlândia como principal pólo da referida

área, concentrando os avanços demográficos e econômicos da dinâmica regional dos

*. Professores do IE-UFU (Membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Desenvolvimento Regional e Urbano – NEDRU-UFU). ** Economistas do CEPES-UFU e Membros do NEDRU. 1 . A região de influência de Uberlândia compõe-se por uma área que não se confunde, especificamente, nem com a microrregião de mesmo nome (microrregiões homogêneas do IBGE), nem com a denominada mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (IBGE), estendendo-se pelo sul e sudoeste de Góias, nordeste do Mato Grosso do Sul, sudoeste de Mato Grosso e uma franja horizontal da bacia do Rio Grande, no norte do Estado de São Paulo, onde divide área de influência econômica com os núcleos de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. O estudo do REGIC, realizado pelo IBGE em 1993, representa uma certa confirmação empírica dessa área de influência.

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últimos 40 anos, é fundamental para entender o próprio processo de dinamização e

diferenciação desta fração de espaço do interior brasileiro. Ou seja, é nesse elemento de

centralidade regional e de complementariedade na divisão nacional do trabalho que vamos

buscar as condições e os desdobramentos de um desempenho sócio-econômico singular.

Nossa hipótese é a de que a tipologia de classificação de Uberlândia no cenário

nacional, como centro sub-regional de ordem 1, conforme IPEA/IBGE/NESUR (1999),

não permite uma adequada caracterização do papel e do potencial sócio-econômico

desempenhado por essa nucleação regional, vis-à-vis os demais centros classificados no

mesmo patamar. Nesse sentido, tomando como referência o referido trabalho de

“Caracterização e tendências da rede urbana do Brasil”, procuramos acrescentar novas

características deste recorte regional, com o objetivo de estabelecer uma nova reflexão

sobre sua atual posição socio-econômica e potencial na rede urbana brasileira.

Para tanto introduzimos uma nova abordagem analítica para o recorte regional,

passando a denominar Uberlândia como uma aglomeração urbana, formada, a princípio,

pelo núcleo e mais 29 municípios do seu entorno, que apresentam características de maior

articulação com o núcleo principal.3 Esse procedimento implica numa justificativa dos

elementos conceituais utilizados para definir uma aglomeração. Desde o início sabíamos,

pelas características históricas da formação dessa região, tratar-se de uma especificidade,

qual seja: uma aglomeração relativamente dispersa geograficamente em um sub-sistema

regional contíguo4.

Seguindo os critérios de classificação das aglomerações urbanas do Brasil

(IPEA/IBGE/NESUR, 1999: 33-36), devemos, em primeiro lugar, verificar em que grau a

referida aglomeração atende aos chamados “aspectos fundamentais de natureza

demográfica, de estrutura ocupacional e de integração entre os seus núcleos” (p.34). A

princípio, nota-se que, de fato, considerando o conjunto de requisitos elencados pelo IBGE,

Uberlândia e região não os atendia na totalidade. Embora dotado de núcleo urbano central

com mais de 200 mil habitantes em 1991 e com uma centralidade classificada como “muito

forte” (REGIC, 1993) do principal município (Uberlândia), verificamos que a maioria dos

municípios do Aglomerado não atendiam à densidade de 60 hab./km² por espaço

urbanizado contínuo (Quadro I) e nem todos apresentaram um mínimo de 65% de PEA nos

2 . O conceito de região sabidamente não representa um consenso nas áreas de conhecimento que lidam com o objeto espacial. Ver a respeito: Markusen (1981); Lemos (1988); Guimarães (1997); Pacheco (1998) e Lemos et alli (2000). 3 . Os municípios componentes da aglomeração supra-citada encontram-se listados nas tabelas inseridas no presente texto.

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setores secundário e terciário (urbanos); além da evidente inexistência de conurbação

urbana interna.

QUADRO I

Aglomerado Urbano de UberlândiaDensidade demográfica (Hab / Km2), por Municípioe Total do Aglomerado - 1980, 1991 e 1996

Municípios 1980 1991 1996Araguari 30,1 32,9 34,4Araxá 41,6 54,5 57,8Campina Verde 5,7 5,4 5,1Campo Florido 3,7 3,4 3,5Canápolis 7,8 17,8 11,5Capinópolis 18,9 21,6 21,5Cascalho Rico 6,6 7,1 6,1Centralina 31,7 39,0 29,1Comend. Gomes 3,0 2,7 2,6Estrela do Sul 7,7 7,5 7,3Frutal 14,3 17,3 19,1Guimarânia 14,2 14,9 14,9Indianópolis 4,4 5,8 6,6Iraí de Minas 9,0 11,8 12,6Ituiutaba 27,6 31,4 32,5Mte Alegre Minas 5,6 6,6 6,8Monte Carmelo 20,3 26,3 30,2Nova Ponte 4,5 8,6 6,9Patos de Minas 25,8 30,9 33,8Patrocínio 15,6 21,4 24,1Pedrinópolis 11,1 13,2 15,6Perdizes 3,8 4,5 4,4Prata 4,1 5,2 4,4Romaria 6,7 8,1 8,2Santa Juliana 8,4 10,8 14,3Tupaciguara 14,8 15,6 15,4Uberaba 44,0 46,8 52,4Uberlândia 59,6 90,9 108,5Veríssimo 2,9 2,5 2,7Total 19,7 24,6 27,0Fonte: IBGE - Censos Demógraficos de 1980 e 1991 IBGE - Contagem da População de 1996 Fundação João Pinheiro - Anuário Estatístico de MG - 1994

Entretanto, conforme reconhecido mais adiante naquele trabalho, a “aplicação destes

critérios constituiu-se em quadro preliminar, pois o grau de integração entre os municípios

selecionados não pode ser mensurado dada a ausência de informação acerca do movimento

4 . Para uma referência da formação sócio-econômica regional, ver: Brandão (1989); Guimarães (1990).

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pendular de população” (IPEA/IBGE/NESUR, 1999:35). Em outras palavras, desde

sempre esteve claro que o refinamento da classificação dependeria do avanço de estudos

regionais específicos.

Esta é pois a justificativa principal do estudo desenvolvido neste trabalho, que visa

retomar alguns pontos específicos dessa formação regional, com o objetivo de fornecer

elementos para uma classificação da Aglomeração regional de Uberlândia na rede urbana

brasileira (MAPA 1). De outro modo, entendemos que a discussão mais elucidativa da

dinâmica espacial da rede urbana brasileira e suas tendências pode ser melhor captada em

análises que procurem caracterizar as aglomerações urbanas tendo por eixo suas áreas de

influências regionais, no respectivo contexto de inserção nacional e internacional vis-à-vis

os critérios estáticos. Ou seja, dois requisitos fundamentais são bastante evidentes na

Aglomeração de Uberlândia: a centralidade do núcleo principal, marcada pela

diversificação da estrutura produtiva, para com sua área de influência e o rápido

crescimento populacional, que hoje posiciona Uberlândia (com meio milhão de habitantes)

dentre os principais municípios brasileiros, segundo os dados preliminares do

Recenseamento de 2000.

MAPA 1

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1. PROCESSOS GERADORES DA DINÂMICA SÓCIO-

ECONÔMICA REGIONAL

A avaliação da dimensão e importância relativas do Aglomerado de Uberlândia deve,

necessariamente, passar por uma investigação dos principais processos geradores da sua

dinâmica sócio-econômica recente, capazes de interferirem na distribuição espacial da

população, dos investimentos e do emprego no território nacional. O ponto de partida são

as principais transformações que ocorreram no cenário internacional e nacional,

particularmente no pós-guerra. No plano externo, o dinamismo experimentado pelo

capitalismo, no auge e esgotamento da segunda revolução industrial, período tipificado

como os “trinta gloriosos”, ou “anos dourados”, marcados por uma intensa transformação

das estruturas produtivas periféricas, acompanhada por intenso crescimento demográfico.

No plano interno, merecem destaque as expressivas taxas de crescimento da economia, a

industrialização da base produtiva, a intensa urbanização e a interiorização da economia.

No caso de Uberlândia, a estrutura sócio-econômica regional foi diretamente afetada

por esses processos de transformação. Quando a economia brasileira experimentou o auge

do seu processo de concentração econômica e industrial em São Paulo5 e na Região

Sudeste, no período 1950/70, a região de influência de Uberlândia consolidava seu

histórico papel de articulação comercial e de complementariedade à economia de São

Paulo. Neste contexto, a decisão de construir Brasília no Centro-Oeste foi fundamental

para justificar um conjunto de investimentos de infra-estrutura (energia, transportes,

comunicações, armazenamento, etc.) que posicionaram Uberlândia e região numa

localização estratégica de integração da industrialização de São Paulo com a expansão dos

mercados interioranos. Processo que foi acompanhado por um intenso êxodo rural que

caracterizou a dinâmica populacional brasileira nas décadas de 50/70.

Quando a economia brasileira experimentou seu movimento de desconcentração

econômica e industrial no período 1975/85 (Diniz, 1993), puxado fundamentalmente pelos

investimentos diretos das empresas estatais e programas públicos de incentivos, a região do

Triângulo Mineiro iniciava uma nova fase de sua economia, representada pela expansão e

modernização da agropecuária, que operou uma verdadeira transformação produtiva nas

5 . Cano, 1977, é o texto clássico para uma discussão desse processo.

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áreas de cerrados.6 Com a desaceleração do crescimento da economia a partir de meados

da década de 70, notamos que Uberlândia e região caminhavam em direção oposta, pois aí

começava a consolidar-se um expoente movimento agro-exportador que viria a caracterizar

o período recente, pós 85, denominado de fragmentação territorial (Pacheco, 1998).

Neste processo, nota-se uma predominância de migrações de curta distância

(IPEA/IBGE/NESUR, 1999), que provocaram uma rápida concentração urbana,

produzindo aglomerações metropolitanas de grande magnitude populacional.. Constatação

que serviu de base para a formulação da hipótese de que estaríamos diante de uma situação

de crescimento fragmentado do mercado nacional, marcado pelo dinamismo de algumas

ilhas de prosperidade. Considerando Uberlândia como uma dessas áreas de prosperidade,

haja vista seu dinamismo populacional e econômico dos últimos 40 anos, não

concordamos, contudo, com a hipótese de tratar-se de uma ilha de prosperidade.

Nosso argumento vai no sentido de contrapor-se à essa hipótese, com base nas

evidências de que foram as nucleações urbanas melhor inseridas no processo de

transformação da base produtiva nacional, beneficiando-se de uma complementariedade a

economia paulista, aquelas que mais se desenvolveram nos últimos 25 anos. Corrobora

nesse sentido a afirmação de que a desconcentração industrial dos anos 75/85 fortaleceu as

cidades médias (IPEA/IBGE/NESUR, 1999:20), além do trabalho de Diniz (1993), que

caracterizou essa desconcentração como de espacialidade poligonal, isto é, assentada sobre

um polígono de eixos principais de articulação com São Paulo. Portanto, longe de explicar

o desenvolvimento diferenciado de algumas cidades pela simples alusão à formação de

complexos exportadores, o ponto central é repensar também essa função à luz dos

processos geradores do dinamismo espacial.

Diante disso, podemos dizer que Uberlândia e região de influência afirma-se a partir

de um conjunto de condições que permitiram o exercício de sua centralidade regional na

divisão nacional do trabalho. Em primeiro lugar, determinada distância física em relação à

área de influência dos principais pólos nacionais, permitindo uma certa proteção de

mercado ao crescimento dos capitais locais/regionais. Segundo, a infra-estrutura pública,

investida na região, que permitiu sua localização estratégica na articulação da economia de

São Paulo com o interior brasileiro, principalmente com o Centro-Oeste, abrindo

perspectivas de expansão e diversificação da base produtiva, incluindo o fomento agro-

exportador.

6 . Guimarães, 1993, discute a modernização da agropecuária dos cerrados e seus impactos na centralidade de Uberlândia.

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Assim sendo, muito mais do que indicadores de densidade demográfica ou PEA

urbana, na construção do Aglomerado Urbano, partimos da noção de região de influência

para agrupar aqueles municípios que mais diretamente participam na consolidação

econômica e demográfica de Uberlândia. Para tanto, adotamos quatro sistemas principais

de integração: transportes, telecomunicações, saúde e educação. Os 29 municípios

selecionados nessa primeira aglomeração, embora difícil de medir objetivamente,

encontram-se situados nos eixos das principais rodovias de integração com Uberlândia, e

da economia regional com São Paulo e Centro-Oeste. São elas as Brs 050, 365, 452, 153,

262, 497 e 364 que cruzam o Triângulo em várias direções e permitem sua integração no

cenário regional e nacional. A título de exemplo, dentre as rotas mais importantes

encontram-se: a BR 050, que no sentido sul integra, desde o início dos anos sessenta, o

Triângulo Mineiro com a porção mais desenvolvida da economia paulista (integração até

então realizada pela Ferrovia Mogiana, desde 1889); a BR 365, no sentido leste, que

permitiu a projeção de Uberlândia pelos cerrados mineiros, desde o início dos anos setenta

(1974), quando ali eram implantados os primeiros projetos de transformação da sua base

agropecuária, numa articulação espacial que permitiu ao comércio atacadista Uberlandense

acessar uma via direta de penetração no nordeste brasileiro; e por fim, o conjunto das

demais rodovias que reforçaram a integração do Triângulo com o Centro-Oeste brasileiro7.

Esta integração não só esteve na base do dinamismo econômico e social do referido núcleo

urbano, como possibilitou uma representativa acumulação de capitais regionais em

diversos setores de atividade, com destaque para o comércio a varejo, o comércio

atacadista, o setor agroindustrial e os serviços de telefonia e televisão. No plano das

telecomunicações, a operadora de telefonia fixa de Uberlândia (CTBC TELECOM) e as

repetidoras de TV locais, afiliadas dos sistemas Globo e Bandeirantes, exercem

significativa influência direta sobre esse espaço regional. A Cia. Telefônica, sediada em

Uberlândia, única empresa privada a operar no território nacional durante as décadas de 70

e 80, atua em uma área composta por mais de 100 municípios, nos Estados de MG, SP, GO

e MS. A cobertura dos canais de retransmissão de sinal televisivo, sob o domínio do capital

regional, também atingem uma área bem superior ao recorte aqui delimitado para o

Aglomerado urbano de Uberlândia. E da mesma forma, é a estrutura de saúde e da rede de

7 Guimarães, 1990, descreve um conjunto de 3 mil Km de estradas de rodagem privadas que desde a segunda década do século XX integram o Triângulo Mineiro ao Centro-Oeste, canalizando os fluxos econômicos, principalmente, para o município de Uberlândia.

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educação superior (inicialmente pública e, posteriormente complementada pela privada) de

Uberlândia que canaliza regularmente um fluxo de pessoas para esta cidade8.

Ademais, em termos do critério utilizado no estudo IPEA/IBGE/NESUR (1999) para

a hierarquização dos núcleos urbanos, a partir da sede de empresas classificadas no ranking

das 500 maiores, cabe ressaltar que, embora Uberlândia tenha poucas empresas regionais

neste grupo, sua base econômica apresenta uma importante participação do capital

regional. Essa participação é representativa pois apresenta uma certa correlação com o

fomento econômico dessa base espacial, na medida que envolve o ambiente de

reinvestimento e diversificação dos capitais aí acumulados. Da mesma forma, esse

adensamento sócio-econômico é resultado e motivação da atração de novos e

representativos investimentos de importantes segmentos dos capitais nacionais e

estrangeiros, que dificilmente seriam captados numa listagem de sede de empresas. Mas,

além de Uberlândia ser a sede de três dos principais atacadistas do país e de um

conglomerado liderado pela telefonia, sua localização tem sido disputada por grandes

empresas de projeção nacional e internacional. Para citar alguns exemplos de empresas já

instaladas, podemos mencionar a indústria de cigarros Souza Cruz, com a sua maior planta

da América Latina; a fábrica de ácidos cítricos da Cargill, uma das mais modernas do

mundo; a Sadia, a Monsanto, o Carrefour, o Makro, etc..

Enfim, embora a própria pesquisa do REGIC (1993) tenha mostrado que a área de

influência de Uberlândia extrapola o limite territorial estadual, numa primeira

aproximação, podemos dizer que a agregação desses 29 municípios contribui para dar uma

dimensão mais realista da importância da Aglomeração de Uberlândia na rede urbana

brasileira. Feito esse redimensionamento populacional, claramente privilegiado no estudo

da Caracterização da Rede Urbana, o ponto fundamental está em demonstrar o exercício e

a dinâmica da centralidade do núcleo principal, vis-à-vis às articulações da região na

divisão territorial do trabalho e às tendências econômicas e demográficas de reestruturação

espacial.

2. EVOLUÇÃO ECONÔMICA RELATIVA (PIB)

Antes de passarmos à evolução econômica do Aglomerado de Uberlândia, torna-se

necessário reconhecermos a performance econômica mineira recente. A evolução do

8 . Todos esses critérios, embora não coincidentes, apontam para uma área de influência de Uberlândia, para

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desempenho econômico (PIB) do Estado de Minas Gerais, em termos de participação no

total do País, pode ser visualizada na Tabela 1 abaixo. Através desta, podemos verificar a

estabilidade da contribuição mineira para a produção nacional, nos últimos quinze anos

(1980-1995), em praticamente 10% do total nacional. Ao mesmo tempo, nota-se um

aumento na participação relativa do Estado no PIB industrial, embora com redução em

termos do PIB agropecuário e de serviços nacional.

TABELA 1 PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DO PIB MINEIRO NO BRASILEIRO, A PREÇOS CONSTANTES DE 1980, POR ANOS SELECIONADOS – 1980/1995

ESPECIFICAÇÃO 1980 1985 1990 1995

PIB A CUSTO DE FATORES 9,6 9,5 9,5 9,7 AGROPECUÁRIA 11,1 12,3 11,0 9,8 INDÚSTRIA 9,5 9,6 10,2 10,6 SERVIÇOS 9,1 8,8 8,3 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro, 1996, p.2.

Por sua vez, a Tabela 2 traz a participação municipal do Aglomerado e dos seus

municípios no total da produção mineira (PIB). Como pode-se verificar, a evolução

econômica do Aglomerado mostrou-se, no período 1985-1996, cerca de 1,7 vezes superior

ao crescimento para o total do Estado, com destaque para o seu Núcleo (Uberlândia), que

chegou a superar o desempenho do conjunto do Aglomerado, bem como, do Estado, na

ordem de 2,7 vezes. A contrapartida deste quadro apresenta-se na participação crescente do

Aglomerado e do Núcleo no total da produção mineira, ultrapassando, portanto, o próprio

índice de evolução da produção nacional. A participação do Aglomerado evolui de 8,71%,

em 1985, para 10,02%, em 1996, enquanto, no mesmo período, o município de Uberlândia,

incorpora um ponto percentual no total do Estado (ascendendo de 2,67% para 3,64%).

Além do seu Núcleo, destacam-se no Aglomerado, por ordem decrescente, a evolução

econômica dos municípios de Indianópolis, Canápolis, Comendador Gomes, Romaria,

Nova Ponte, Iraí de Minas e Cascalho Rico, por superarem, inclusive, o índice de

crescimento do Núcleo, ao passo que Centralina, Monte Alegre de Minas, Patrocínio,

Ituiutaba, Veríssimo, Capinópolis e Araxá, em ordem decrescente, sequer acompanharam o

desempenho do Estado. Vale destacar que cidades tradicionalmente importantes

economicamente (Araxá, Ituiutaba, Patos de Minas, Araguari), ou mesmo que rivalizaram

historicamente com o Núcleo (o caso de Uberaba), vem perdendo representatividade dentro

além dos 29 municípios agregados.

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do Aglomerado, em favor, fundamentalmente, do Núcleo, atestando a crescente

centralidade e a estruturação de sua área de influência, no período recente.

TABELA 2 PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DO PIB MUNICIPAL NO TOTAL DO ESTADO, A PREÇOS CONSTANTES DE 1996 – 1985 -1996

MUNICÍPIO 1985 %

1986 %

1987 %

1988 %

1989 %

1990 %

1991 %

1992 %

1993 %

1994 %

1995 %

1996 %

1996/85%

Araguari 0,50 0,45 0,52 0,48 0,46 0,48 0,49 0,47 0,48 0,56 0,58 0,58 48,35Araporã 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,05 0,05 39,19Araxá 0,76 0,73 0,67 0,70 0,59 0,60 0,66 0,63 0,60 0,64 0,63 0,62 2,87Campina Verde 0,11 0,12 0,11 0,12 0,12 0,13 0,14 0,14 0,14 0,15 0,14 0,13 52,70Campo Florido 0,05 0,06 0,07 0,09 0,09 0,08 0,07 0,07 0,08 0,06 0,06 0,06 41,79Canápolis 0,07 0,05 0,06 0,06 0,08 0,09 0,09 0,10 0,09 0,11 0,13 0,12 128,68Capinópolis 0,09 0,07 0,09 0,08 0,09 0,07 0,08 0,08 0,08 0,07 0,08 0,08 4,96Cascalho Rico 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 81,72Centralina 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06 0,07 0,06 0,06 0,05 0,05 24,27Comendador Gomes 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,06 0,05 125,23Estrela do Sul 0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 57,67Frutal 0,23 0,25 0,25 0,25 0,27 0,25 0,26 0,29 0,28 0,28 0,33 0,28 54,14Guimarânia 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 51,14Indianópolis 0,03 0,02 0,03 0,03 0,03 0,08 0,06 0,07 0,07 0,06 0,07 0,08 187,55Iraí de Minas 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 0,04 0,04 0,03 0,04 0,04 0,03 0,03 90,04Ituiutaba 0,52 0,50 0,51 0,52 0,50 0,47 0,47 0,45 0,43 0,45 0,47 0,46 10,51Monte Alegre de Minas 0,15 0,20 0,18 0,14 0,16 0,21 0,18 0,19 0,14 0,17 0,17 0,14 18,42

Monte Carmelo 0,16 0,14 0,20 0,18 0,18 0,24 0,22 0,22 0,24 0,24 0,19 0,20 56,25Nova Ponte 0,05 0,05 0,07 0,08 0,09 0,08 0,15 0,14 0,18 0,14 0,10 0,08 102,67Patos de Minas 0,49 0,50 0,49 0,47 0,49 0,50 0,54 0,56 0,58 0,58 0,58 0,57 47,19Patrocínio 0,34 0,30 0,34 0,29 0,29 0,29 0,28 0,29 0,27 0,28 0,31 0,31 16,21Pedrinópolis 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,03 51,87Perdizes 0,07 0,07 0,10 0,08 0,08 0,08 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 66,07Prata 0,12 0,12 0,13 0,14 0,14 0,23 0,24 0,26 0,15 0,13 0,15 0,14 51,19Romaria 0,02 0,01 0,03 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03 0,05 0,05 0,03 0,04 120,66Santa Juliana 0,04 0,04 0,05 0,05 0,07 0,06 0,08 0,07 0,07 0,06 0,05 0,06 68,48Tupaciguara 0,11 0,11 0,11 0,12 0,11 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11 0,11 0,11 27,00Uberaba 1,84 1,81 1,81 1,83 1,77 1,81 1,79 1,72 1,73 1,78 1,84 1,90 30,80Uberlândia 2,67 2,70 2,67 2,68 2,84 2,88 3,08 3,16 3,17 3,31 3,58 3,64 72,57Veríssimo 0,04 0,04 0,04 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,03 10,13TOTAL AGLOMERADO 8,71 8,59 8,80 8,71 8,76 9,09 9,42 9,47 9,35 9,64 10,00 10,02 45,62

TOTAL DO NÚCLEO 2,67 2,70 2,67 2,68 2,84 2,88 3,08 3,16 3,17 3,31 3,58 3,64 72,57

TOTAL DO ESTADO 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 26,57

Fonte: Fundação João Pinheiro, 1998.

De fato, como pode ser verificado pelo exame da Tabela 3, a seguir, da participação

municipal no conjunto do Aglomerado, aprofunda-se a centralidade do Núcleo, com sua

contribuição para o Aglomerado elevando-se de 30,68%, em meados da década de 80, para

mais de um terço (36,36%), em 1996, num incremento de 5,68 pontos percentuais no

11

decorrer do período. Ao mesmo tempo, decaem as participações dos municípios de Araxá

(de 8,69% para 6,14%), Ituiutaba (6,0% para 4,55%), Uberaba (21,13% para 18,98%) e

Patrocínio (3,89% para 3,10%), com estabilidade, na participação, dos municípios de

Araguari (5,72% para 5,83%) e Patos de Minas (5,59% para 5,65%).

TABELA 3 PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DO PIB MUNICIPAL NO TOTAL DO AGLOMERADO, A PREÇOS CONSTANTES DE 1996 – 1985 -1996 MUNICÍPIO 1985

% 1986

% 1987

% 1988

% 1989

% 1990

% 1991

% 1992

% 1993

% 1994

% 1995

% 1996

% Araguari 5,72 5,23 5,93 5,49 5,27 5,32 5,17 5,01 5,14 5,84 5,82 5,83Araporã 0,56 0,61 0,58 0,60 0,55 0,54 0,52 0,56 0,45 0,41 0,47 0,54Araxá 8,69 8,55 7,66 8,09 6,76 6,61 6,96 6,64 6,47 6,64 6,33 6,14Campina Verde 1,27 1,34 1,28 1,36 1,41 1,44 1,44 1,45 1,54 1,59 1,36 1,33Campo Florido 0,60 0,68 0,79 1,04 0,99 0,85 0,78 0,79 0,87 0,66 0,56 0,58Canápolis 0,75 0,60 0,70 0,71 0,89 0,97 0,94 1,07 0,94 1,14 1,27 1,18Capinópolis 1,08 0,87 1,00 0,95 0,99 0,82 0,82 0,84 0,88 0,77 0,83 0,78Cascalho Rico 0,11 0,11 0,11 0,11 0,15 0,13 0,14 0,13 0,15 0,15 0,14 0,14Centralina 0,61 0,61 0,56 0,55 0,58 0,60 0,66 0,73 0,65 0,66 0,51 0,52Comendador Gomes 0,34 0,34 0,36 0,34 0,31 0,31 0,30 0,32 0,37 0,36 0,59 0,53

Estrela do Sul 0,35 0,32 0,39 0,38 0,43 0,43 0,43 0,40 0,46 0,39 0,37 0,38Frutal 2,68 2,90 2,87 2,90 3,04 2,81 2,73 3,06 3,02 2,85 3,25 2,84Guimarânia 0,22 0,21 0,20 0,18 0,20 0,20 0,23 0,22 0,24 0,23 0,22 0,22Indianópolis 0,40 0,29 0,38 0,36 0,36 0,84 0,63 0,71 0,71 0,66 0,67 0,78Iraí de Minas 0,24 0,22 0,27 0,31 0,28 0,42 0,37 0,34 0,41 0,40 0,29 0,31Ituiutaba 6,00 5,87 5,84 5,99 5,71 5,19 4,95 4,75 4,60 4,65 4,69 4,55Monte Alegre de Minas 1,77 2,30 2,04 1,64 1,88 2,28 1,96 2,00 1,53 1,77 1,67 1,44

Monte Carmelo 1,83 1,61 2,31 2,07 2,06 2,65 2,30 2,30 2,55 2,53 1,91 1,96Nova Ponte 0,60 0,61 0,80 0,90 1,04 0,84 1,55 1,51 1,96 1,42 0,95 0,84Patos de Minas 5,59 5,79 5,58 5,42 5,65 5,52 5,73 5,95 6,24 6,02 5,83 5,65Patrocínio 3,89 3,47 3,90 3,33 3,28 3,18 3,01 3,08 2,88 2,95 3,07 3,10Pedrinópolis 0,25 0,23 0,27 0,25 0,26 0,24 0,30 0,28 0,27 0,25 0,24 0,26Perdizes 0,81 0,85 1,09 0,87 0,88 0,86 0,97 0,92 0,93 0,92 0,89 0,92Prata 1,35 1,45 1,50 1,66 1,60 2,58 2,58 2,72 1,58 1,38 1,48 1,40Romaria 0,27 0,16 0,33 0,24 0,23 0,31 0,34 0,31 0,49 0,53 0,34 0,41Santa Juliana 0,49 0,46 0,58 0,58 0,78 0,65 0,81 0,78 0,72 0,58 0,53 0,56Tupaciguara 1,29 1,30 1,26 1,34 1,29 1,31 1,23 1,28 1,22 1,10 1,13 1,13Uberaba 21,13 21,09 20,62 21,04 20,26 19,96 18,99 18,13 18,50 18,51 18,43 18,98Uberlândia 30,68 31,44 30,32 30,76 32,38 31,72 32,71 33,33 33,87 34,33 35,84 36,36Veríssimo 0,43 0,47 0,50 0,52 0,50 0,44 0,42 0,39 0,35 0,32 0,32 0,33Fonte: Fundação João Pinheiro, 1998.

O estudo acerca das Regiões de Influência das Cidades (REGIC, 1993) proporciona o

reconhecimento da área de influência de Uberlândia, conforme verificado no Mapa 2,

abaixo. Como se vê, Uberlândia nucleia uma rede de municípios, tendo por eixo sua

articulação direta com o principal pólo nacional, São Paulo. È essa articulação, com uma

12

certa equidistância da área de influência direta de São Paulo que explica o dinamismo e a

expansão do aglomerado de Uberlândia.

MAPA 2.

Fonte: Regiões de Influência das Cidades (1993) - IBGE/DGC/Dep. de Geografia

SAMBA/CABRAL

Centros urbanos

Fluxos de bens e serviços

Rede de Lugares Centrais eArea de Atuação de Uberlândia (MG)

GO

MG

SP

3. EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA E DINÂMICA

MIGRATÓRIA

O dinamismo econômico experimentado pelo Núcleo e Aglomerado veio

acompanhado de um expressivo movimento populacional, em termos de maior

participação no total nacional e estadual, bem como, de intensos movimentos migratórios

no interior do Aglomerado para o Núcleo, além da atração exercida por este, em termos

intra-estaduais – mas extra-aglomerado – e de outros estados brasileiros.

O volume de população no Aglomerado cresceu entre 1970 e 2000 a taxas superiores

às experimentadas pelo Estado de Minas Gerais e Brasil. Saltando de quase 770 mil

habitantes, em 1970, para em torno de 1,5 milhão de habitantes, em 2000 (Tabela 4), o

Aglomerado passa a deter maior participação no total da população mineira, de 6,66%, em

1970, para 8,47%, em 2000 (Tabela 5).

13

TABELA 4. AGLOMERADO URBANO DE UBERLÂNDIA AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIAPopulação residente e taxa de crescimento geométrico anual (%) dos Municípios - 1970/2000

MUNICÍPIO População População População População T.C. % T.C. % T.C. %1970 1980 1991 2000 70 / 80 81 / 91 91 / 2000

Araguari 64.190 83.519 91.283 101.519 2,67 0,81 1,20Araxá 36.493 53.414 69.911 78.848 3,88 2,48 1,36Campina Verde 22.191 21.152 20.080 18.985 -0,48 -0,47 -0,63Campo Florido 5.132 4.962 4.519 5.325 -0,34 -0,85 1,86Canápolis 9.858 7.084 16.278 10.638 -3,25 7,86 -4,66Capinópolis 14.324 13.160 15.060 14.371 -0,84 1,23 -0,52Cascalho Rico 3.413 2.447 2.629 2.623 -3,27 0,65 -0,03Centralina 8.354 11.229 13.820 10.212 3,00 1,91 -3,34Comendador Gomes 3.779 3.224 2.964 2.843 -1,58 -0,76 -0,47Estrela do Sul 8.612 7.350 7.233 6.881 -1,57 -0,15 -0,56Frutal 31.128 34.271 41.424 46.577 0,97 1,74 1,32Guimarânia 5.550 5.447 5.739 6.385 -0,19 0,48 1,20Indianópolis 3.919 3.678 4.861 5.387 -0,63 2,57 1,16Iraí de Minas 3.655 3.427 4.476 5.883 -0,64 2,46 3,11Ituiutaba 66.774 74.240 84.577 88.823 1,07 1,19 0,55Monte Alegre de Minas 14.859 15.110 17.919 17.987 0,17 1,56 0,04Monte Carmelo 20.710 26.870 34.705 43.894 2,64 2,35 2,67Nova Ponte 6.500 5.325 10.147 9.216 -1,97 6,04 -1,07Patos de Minas 77.290 86.121 102.946 123.708 1,09 1,64 2,08Patrocínio 36.283 44.376 60.753 73.060 2,03 2,90 2,09Pedrinópolis 2.561 3.670 4.391 3.352 3,66 1,64 -2,98Perdizes 10.154 9.238 10.735 12.345 -0,94 1,37 1,58Prata 18.700 19.559 24.638 23.424 0,45 2,12 -0,57Romaria 2.141 2.832 3.392 3.722 2,84 1,65 1,05Santa Juliana 5.591 6.031 7.780 8.074 0,76 2,34 0,42Tupaciguara* 25.887 25.241 26.527 28.430 -0,25 0,45 0,78Uberaba** 126.600 199.208 211.823 256.143 4,64 0,56 2,15Uberlândia 126.112 240.967 367.062 500.095 6,69 3,90 3,53Veríssimo 4.225 3.414 2.942 2.575 -2,11 -1,34 -1,48

TOTAL AGLOMERADO 764.985 1.016.566 1.270.613 1.511.325 2,88 2,05 1,96Minas Gerais 11.487.415 13.378.553 15.743.152 17.835.488 1,54 1,49 1,41

Goiás 2.938.677 3.859.602 4.018.903 4.994.897 2,76 0,37 2,47BRASIL 93.139.037 119.002.706 146.825.475 169.544.443 2,48 1,93 1,63

Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000* A População do Município de Tupaciguara inclue a população do Município de Araporã, criado a partir de 1992** A População do Município de Uberaba inclue a população do Município de Delta, criado a partir de 1992

A dinâmica demográfica de cada município que compõe o Aglomerado é bastante

diferenciada. Considerando o aumento no volume da população, destaca-se o crescimento

do seu Núcleo, com taxas superiores à da maioria dos demais municípios, enquanto outros

apresentaram, inclusive, taxas negativas de crescimento, expressas na Tabela 4. Sendo

assim, o Núcleo passa a deter, em 2000, cerca de 33% da população total do Aglomerado,

contra os 16% que detinha em 1970, bem acima do Município de Uberaba, em segundo

lugar na classificação por volume de população, que detinha, em 2000, 17% do total da

população do Aglomerado. Por sua vez, Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas, os três

Municípios mais populosos, somam mais de 50% da população total do Aglomerado,

desde 1980 (Tabela 5).

14

TABELA 5. PARTICIPAÇÃO NO TOAL DO AGLOMERADO AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIAParticipação relativa da população dos Municípios no total do Aglomerado e Aglomerado em relação aos Estados e Brasil - 1970 / 2000

MUNICÍPIO População População População População1970 1980 1991 2000

Araguari 8,39 8,22 7,18 6,72 Araxá 4,77 5,25 5,50 5,22 Campina Verde 2,90 2,08 1,58 1,26 Campo Florido 0,67 0,49 0,36 0,35 Canápolis 1,29 0,70 1,28 0,70 Capinópolis 1,87 1,29 1,19 0,95 Cascalho Rico 0,45 0,24 0,21 0,17 Centralina 1,09 1,10 1,09 0,68 Comendador Gomes 0,49 0,32 0,23 0,19 Estrela do Sul 1,13 0,72 0,57 0,46 Frutal 4,07 3,37 3,26 3,08 Guimarânia 0,73 0,54 0,45 0,42 Indianópolis 0,51 0,36 0,38 0,36 Iraí de Minas 0,48 0,34 0,35 0,39 Ituiutaba 8,73 7,30 6,66 5,88 Monte Alegre de Minas 1,94 1,49 1,41 1,19 Monte Carmelo 2,71 2,64 2,73 2,90 Nova Ponte 0,85 0,52 0,80 0,61 Patos de Minas 10,10 8,47 8,10 8,19 Patrocínio 4,74 4,37 4,78 4,83 Pedrinópolis 0,33 0,36 0,35 0,22 Perdizes 1,33 0,91 0,84 0,82 Prata 2,44 1,92 1,94 1,55 Romaria 0,28 0,28 0,27 0,25 Santa Juliana 0,73 0,59 0,61 0,53 Tupaciguara* 3,38 2,48 2,09 1,88 Uberaba** 16,55 19,60 16,67 16,95 Uberlândia 16,49 23,70 28,89 33,09 Veríssimo 0,55 0,34 0,23 0,17

TOTAL AGLOMERADO 100 100 100 100 Aglom.Urb.Uberlândia / MG 6,66 7,60 8,07 8,47

Aglom.Urb.Uberlândia 0,82 0,85 0,87 0,89 Minas Gerais 12,33 11,24 10,72 10,52

BRASIL 100 100 100 100 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000* A População do Município de Tupaciguara inclue a população do Município de Araporã, criado a partir de 1992

** A População do Município de Uberaba inclue a população do Município de Delta, criado a partir de 1992

Quanto à distribuição da população no meio urbano ou rural, destaca-se a progressiva

urbanização do Aglomerado, que ascende de 88%, em 1991, para em torno de 92%, em

2000, situando-se acima das respectivas proporções de Minas Gerais (82%) e do País

(81%). Ao mesmo tempo, este índice alcança 98% no município de Uberlândia (Tabela 6).

15

TABELA 6. PARTICIPAÇÃO NO TOAL DO AGLOMERADO AGLOMERAÇÃO URBANA DE UBERLÂNDIAProporção de população Urbana (%)segundo os Municípios, 1991 / 2000

MUNICÍPIO 1991 2000Araguari 89,94 91,01Araxá 97,23 98,41Campina Verde 67,22 70,17Campo Florido 60,79 58,93Canápolis 62,81 84,73Capinópolis 87,46 91,23Cascalho Rico 37,35 45,06Centralina 79,73 91,27Comendador Gomes 28,91 41,33Estrela do Sul 52,36 73,22Frutal 80,22 83,78Guimarânia 68,88 78,53Indianópolis 54,56 59,48Iraí de Minas 54,94 78,07Ituiutaba 92,47 94,11Monte Alegre de Minas 65,96 70,37Monte Carmelo 85,09 87,09Nova Ponte 42,77 78,90Patos de Minas 84,90 89,86Patrocínio 77,74 86,19Pedrinópolis 68,19 85,11Perdizes 42,46 57,84Prata 53,27 72,44Romaria 70,67 71,12Santa Juliana 76,55 82,10Tupaciguara 75,51 89,48Uberaba 94,75 96,91Uberlândia 97,58 97,56Veríssimo 46,71 57,17

AGLOM.URB. UBERLÂNDIA 87,87 92,10Minas Gerais 74,87 82,00

BRASIL 75,59 81,22Fonte: IBGE - Censo Demográfico de 1991 e 2000

* A População do Município de Tupaciguara inclue a população do Município de Araporã, criado a partir de 1992

** A População do Município de Uberaba inclue a população do Município de Delta, criado a partir de 1992

Em termos da distribuição por idade, verifica-se que o grupo etário 15 a 64 anos,

considerado o grupo de idade ativa para o trabalho, cresce relativamente mais que os

grupos infantil e idoso, saindo de 61% do total, em 1980, para a participação de quase

67%, em 2000, sendo seguido pelo grupo dos idosos (65 anos e mais), com participação de

quase 4% para 5%, no mesmo período, enquanto o grupo de idades infantis perde

participação no total da população: de 35%, em 1980, para quase 28%, em 2000 (Gráfico

1). O crescimento relativo dos grupos etários em idade ativa num ritmo maior que os

grupos infantis justifica-se tanto pela queda da fecundidade (número menor de filhos por

mulher em idade reprodutiva), quanto pela migração seletiva por sexo e idade, direcionada

16

para os municípios mais dinâmicos. Ao mesmo tempo, a Dependência Total (Jovens mais

Idosos em relação às pessoas em idade ativa) cai de 64%, em 1980, para 50%, em 1996,

resultante da menor dependência de jovens (42%) e do crescimento da dependência dos

idosos que, com o envelhecimento populacional, salta de 6%, em 1980, para 8%, nas

projeções indicativas para o ano 2000.

GRÁFICO 1. PARTICIPAÇÃO NO TOAL DO AGLOMERADO Aglomerado Urbano de UberlandiaParticipação relativa por grandes grupos - 1980-2000

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional de 1996 Para o ano 2000 utilizou-se de Projeções do IBGE conforme Datasus/Ministério da Saúde

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Anos censitários

65 anos e mais 3,70 4,71 5,34 5,3115-64 anos 60,99 64,36 66,55 66,590-14 anos 35,31 30,93 28,12 28,10

1980 1991 1996 2000

PopulaçãoTotal

Quanto à origem por nascimento9 da população residente no Aglomerado, em 1991,

tem-se que quase 63% são de Naturais (pessoas nascidas nos municípios em que foram

recenseadas); 25% são de nascidos em outros municípios mineiros (diferente daquele em

que a pessoa foi recenseada, mas que pode ser um município do Aglomerado); 12,5% são

de pessoas nascidas em outros Estados e apenas 0,2% são de estrangeiros (Tabela 7).

Cresce, portanto, a participação da população natural dos municípios, de 1980 para 1991,

assim como o percentual de nascidos em outros Estados brasileiros (de 11% em 1980 para

12,5% em 1991), para o Aglomerado como um todo. Em contrapartida, a população de

mineiros nascidos em município diferente daquele em que foi recenseado apresenta uma

queda relativa de três pontos percentuais, saindo de 27,8%, em 1980, para 24,8%, em

1991, no total do Aglomerado. Internamente ao Aglomerado, os municípios mais

populosos, Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas apresentaram crescimento da

9 - A Migração acumulada, neste caso considerando o local de nascimento como sendo o Município de origem do Migrante, não leva em conta o momento em que se deu o movimento migratório e nem estamos considerando as possíveis etapas migratórias que antecederam a chegada ao Município, onde o migrante foi recenseado.

17

participação da população de naturais, além de maior participação relativa de nascidos em

outros estados. A título de aproximação, as informações de imigração acumulada indicam

que o Núcleo e os municípios mais dinâmicos do Aglomerado mantiveram a capacidade de

retenção da população natural, no período 81-91, o que, considerando a inércia

populacional (taxas de fecundidade altas, ainda que decrescentes), favoreceram o

crescimento populacional a taxas superiores das experimentadas pelos municípios

mineiros.

TABELA 7. ORIGEM DA POPULAÇÃO Aglomerado Urbano de UberlândiaParticipação Relativa da População Residente dos Naturais, dos Mineiros não-naturais,dos nascidos nos demais Estados brasileiros e dos estrangeiros, por Município - 1980 e 1991 (%)

Municípios1980 1991 1980 1991 1980 1991 1980 1991 1980 1991

Araguari 58,5 67,1 22,9 16,0 18,4 16,7 0,2 0,1 100 100 Araxá 64,3 64,9 31,1 30,2 4,5 4,8 0,2 0,1 100 100 Campina Verde 70,0 73,5 21,1 18,5 8,9 7,9 0,0 0,0 100 100 Campo Florido 76,9 66,2 13,6 22,1 9,5 11,7 - - 100 100 Canápolis 65,0 84,2 20,3 8,7 14,6 7,0 0,0 0,1 100 100 Capinópolis 55,0 55,0 24,9 23,4 19,9 21,6 0,1 - 100 100 Cascalho Rico 89,1 71,8 8,9 22,5 1,8 5,7 0,2 - 100 100 Centralina 53,1 76,3 29,2 13,3 17,6 10,4 0,1 - 100 100 Comend. Gomes 61,0 59,3 31,8 30,2 7,2 10,5 - - 100 100 Estrela do Sul 84,3 76,1 12,1 17,9 3,6 5,8 - 0,1 100 100 Frutal 70,0 67,7 18,8 17,1 11,1 15,0 0,2 0,2 100 100 Guimarânia 87,1 76,7 12,8 19,2 0,1 4,0 - 0,1 100 100 Indianópolis 68,0 58,0 27,1 25,9 4,3 16,1 0,6 - 100 100 Iraí de Minas 86,9 72,3 10,3 16,1 2,8 11,4 - 0,2 100 100 Ituiutaba 60,6 66,3 26,1 22,0 13,1 11,7 0,2 0,1 100 100 Mte Alegre Minas 66,3 65,8 20,0 21,0 13,7 13,2 - - 100 100 Monte Carmelo 66,5 62,9 27,6 27,8 5,8 9,3 0,1 0,1 100 100 Nova Ponte 74,3 44,1 23,9 30,0 1,7 25,7 0,1 0,2 100 100 Patos de Minas 72,8 74,1 25,0 22,5 2,1 3,3 0,1 0,1 100 100 Patrocínio 77,9 74,9 18,5 17,9 3,5 7,2 0,1 0,0 100 100 Pedrinópolis 81,8 77,7 17,3 18,7 0,9 3,6 - - 100 100 Perdizes 84,6 77,7 14,4 18,2 1,0 4,0 - 0,1 100 100 Prata 88,8 83,6 8,7 11,1 2,5 5,4 0,0 - 100 100 Romaria 53,7 51,0 35,2 32,0 11,1 16,8 - 0,1 100 100 Santa Juliana 88,3 80,7 10,2 12,9 1,4 6,4 0,1 - 100 100 Tupaciguara 63,9 72,2 20,3 14,6 15,6 13,2 0,2 - 100 100 Uberaba 59,1 61,6 30,8 27,1 9,7 11,0 0,4 0,3 100 100 Uberlândia 45,9 49,5 37,2 31,7 16,5 18,6 0,4 0,2 100 100 Veríssimo 67,1 91,3 26,2 7,0 6,7 1,7 - - 100 100 Total 61,0 62,6 27,8 24,8 11,0 12,5 0,2 0,2 100 100 Fonte: IBGE - Censos Demógraficos de Minas Gerais - 1980 e 1991Observação: A categoria Mineiros não-naturais refere-se aos nascidos em Minas Gerais, recenceados em Municípiodiferente daquele de seu nascimento.

TOTALNaturais Mineiros N-N Demais Estados Estrangeiros

Ademais, o Aglomerado tem ocupado, nas últimas décadas, importância crescente na

dinâmica migratória de Minas Gerais, quando analisadas as informações de última etapa10

10 Nos dados de última etapa, o migrante é aquela pessoa que, por ocasião do Censo, contava com menos de dez anos de residência no município atual (onde foi recenseado). Portanto, este migrante saiu (como emigrante) do município ou UF de residência anterior e entrou (como imigrante) no município em questão, ao longo da década em estudo.

18

dos dois Censos. A Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (MTMAP)

representou, durante o decênio 1981/91, a terceira região que mais recebeu migrantes de

outros estados (absorveu 18% dos imigrantes interestaduais), perdendo somente para a

Região Metropolitana de Belo Horizonte (23,5%) e para o Sudoeste e Sul de Minas

(18,9%) (Carvalho et. al., 1998). Em outro estudo (Ferreira, 1998) sobre os fluxos

migratórios para essa região, foi possível verificar que os municípios que mais receberam

população, na década de 70 e no decênio 1981/91, foram, em sua maioria, aqueles que

compõem o Aglomerado, especificamente os maiores municípios em volume de

população. Ao mesmo tempo, verificou-se que o município de Uberlândia foi o principal

destino dos imigrantes interestaduais. Cerca de 39% e 40% desses migrantes dirigiram-se

para esse município nos anos 70 e no decênio 1981/91, respectivamente (Tabela 8).

Tabela 8. AGLOMERADO URBANO DE UBERLÂNDIA Distribuição dos imigrantes interestaduais nos municípios-sede das microrregiões – 1980 e 1991

1980 1991Municípios Número Número

absoluto % absoluto %Araguari 15.471 15,33 10.964 9,11Frutal 2.935 2,91 4.160 3,46Ituiutaba 6.172 6,11 6.124 5,09Patos de Minas 3.275 3,24 5.110 4,25Patrocínio 1.712 1,70 4.377 3,64Uberaba 16.112 15,96 18.166 15,09Uberlândia 39.487 39,12 48.532 40,32Demais munic.do Aglomerado 15.785 15,64 22.924 19,05

Total 100.949 100,00 120.359 100,00Fonte: FIBGE. Censos Demográficos de 1980 e 1991. Tabulações especiais. Microdados.

Além disso, mesmo os municípios-sede das microrregiões localizadas no

Aglomerado não absorveram volume tão expressivo de população. Por exemplo, Uberaba,

segundo maior município, recebeu em torno de 16% e 15% dos migrantes nestes anos.

Cabe destacar que, embora o volume de migração interestadual para o Aglomerado tenha

se elevado de 1980 para 1991, alguns municípios (Araguari e Ituiutaba, por exemplo)

perderam poder de atração de migrantes interestaduais.

No Gráfico 2, a seguir, pode-se observar que grande parte dos imigrantes

interestaduais que se dirigiram para o município de Uberlândia tinham como UF de

residência anterior o Estado de Goiás, tanto na década de 70 (em torno de 48%), quanto no

19

decênio 1981/91 (30%), embora registrando queda no último período. Ao mesmo tempo,

elevou-se a participação dos imigrantes provenientes de São Paulo, de quase 14% para

16%, respectivamente, bem como daqueles que vieram do Resto do Centro-Oeste (Resto

CO) e de demais UFs. Por sua vez, Uberlândia também absorveu volume considerável de

migrantes intermesorregionais vindos do restante de Minas Gerais (MG* 11), em torno de

18% nos dois períodos.

GRÁFICO 2. UBERLÂNDIA Distribuição relativa dos imigrantes interestaduais e de MG* segundo local de última residência – 1980 e 1991

Fonte: FIBGE. Censos Demográficos de 1980 e 1991. Tabulações especiais. Microdados.

-

10

20

30

40

50

%

18,95 13,63 47,60 5,45 14,37 18,32 16,16 29,79 9,54 26,20

MG* SP GO Resto CO Demais UFs

19801991

Por outro lado, verifica-se que diminuiu o volume de migração do restante de Minas

para o Aglomerado (Tabela 9). Entretanto, em valores relativos, observa-se que alguns dos

municípios-sede absorveram mais migrantes. Este é o caso, por exemplo, de Frutal,

Patrocínio e, como mencionado, de Uberlândia, enquanto outros tiveram suas participações

reduzidas (Araguari, Ituiutaba, Patos de Minas e Uberaba). Relativamente aos demais

municípios, Uberlândia concentrou a parcela mais expressiva desses migrantes, tanto na

década de 70 (em torno de 25%), quanto no decênio 1981/91 (31%).

11 MG*: municípios de Minas Gerais exceto os municípios da MTMAP e, consequentemente, os municípios do Aglomerado.

20

Tabela 9. AGLOMERADO URBANO DE UBERLÂNDIA Distribuição dos imigrantes provenientes de MG* para os municípios-sede das microrregiões – 1980 e 1991

1980 1991Municípios Número Número

Absoluto % Absoluto %Araguari 1.854 5,07 899 2,59Frutal 505 1,38 780 2,25Ituiutaba 884 2,42 574 1,66Patos de Minas 7.590 20,77 6.976 20,13Patrocínio 1.543 4,22 2.428 7,00Uberaba 8.369 22,91 5.353 15,44Uberlândia 9.231 25,27 10.884 31,40Demais munic.do Aglomerado 6.560 17,95 6.768 19,53Total 36.536 100,00 34.662 100,00Fonte: FIBGE. Censos Demográficos de 1980 e 1991. Tabulações especiais. Microdados.*Exclui os municípios que compõem a MTMAP

Quanto à distribuição relativa dos movimentos populacionais no interior da

MTMAP, com destaque para os municípios que compõem o Aglomerado, pode-se afirmar,

segundo estudo de Ferreira (1998), que a maioria dos migrantes intramesorregionais, que

saíram dos municípios-sede, deslocaram-se para o município de Uberlândia. É o caso,

por exemplo, dos municípios de Ituiutaba, Patos de Minas e Frutal. Alguns municípios-

sede, no entanto, perderam população para o município de Uberaba, em 1980; embora este

tenha experimentado também o efeito da atração do Núcleo de Uberlândia, em 1991. Por

outro lado, a população que saiu do Núcleo deslocou-se para Araguari, Uberaba, Ituiutaba,

Araxá e Patos de Minas, podendo indicar migração de retorno12.

Ademais, é importante destacar que a população que migrou dos demais municípios

das microrregiões, nos dois períodos, deslocou-se, em sua maioria, para seus municípios-

sede, numa etapa anterior do movimento migratório para o município de Uberlândia,

excetuando-se os emigrantes das microrregiões de Patrocínio, Patos de Minas e Frutal que,

desde a década de 70, já foram principalmente para Uberlândia.

Em suma, pode-se afirmar que, para o total da população que migrou dentro dos

municípios da MTMAP, o município de Uberlândia foi o destino principal, com

aproximadamente 30% e 25% dos migrantes dirigindo-se para o mesmo, nos anos 70 e no

12 - Para a análise que se segue, consultar FERREIRA, E. W. Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba: características dos fluxos imigratórios (1980-91). Uberlândia: IE/UFU, 1998 (Dissertação de Mestrado).

21

decênio 1981/91, respectivamente; enquanto Uberaba foi o segundo local de maior

recepção de população, embora com percentuais mais modestos (quase 14% em 1980 e

9%, em 1991). Na sequência, encontram-se os municípios de Ituiutaba, Araxá e Patos de

Minas (Ferreira, 1998).

Não menos importante é a análise conjunta da imigração e emigração na

Mesorregião e, por conseguinte, no Aglomerado, considerando a informação de última

etapa (QUADRO II). A partir da diferença entre o total de migrantes que entraram e o

total de migrantes que saíram do município onde foram recenseados, confirmamos, mais

uma vez, o maior poder de atração do município de Uberlândia em relação aos demais. Em

números absolutos, percebe-se que a maior parcela dos imigrantes dirigiu-se para esse

município, tanto na década de 70 (42.106), quanto no decênio 1981/91 (26.799). Em

contrapartida, o número de pessoas que daí saíram em direção a outros municípios não se

mostrou elevado, o que indica que Uberlândia não só atrai, mas também retém a maior

parte da população migrante.

Quadro II. Diferença entre imigrantes e emigrantes dos municípios da MTMAP, com destaque para os municípios-sede das microrregiões do Aglomerado – 1980 e 1991

Municípios Imigrantes Emigrantes Diferença(1) (2) (1-2)

ARAXÁ1980 7.090 3.471 3.6191991 5.507 3.414 2.093FRUTAL1980 2.998 6.914 -3.9161991 2.267 2.060 207ITUIUTABA1980 9.840 13.097 -3.2571991 6.735 9.259 -2.524PATOS DE MINAS1980 4.469 3.716 7531991 4.264 5.668 -1.404PATROCÍNIO1980 3.653 3.741 -881991 3.554 3.086 468UBERABA1980 19.263 4.159 15.1041991 9.406 8.095 1.311UBERLÂNDIA1980 42.106 6.407 35.6991991 26.799 10.706 16.093DEMAIS MUNIC. DA MTMAP1980 53.039 100.953 -47.9141991 49.182 65.426 -16.244Fonte: FIBGE. Censos Demográficos de 1980 e 1991. Microdados

22

Além das informações sobre migração de última etapa, o Censo Demográfico de

1991, que contou com o maior número de informações sobre migração já pesquisadas no

País (Carvalho & Machado, 1991 e Carvalho & Rigotti, 1998), propiciou obter o número

de migrantes de data fixa13, para o quinquênio 1986/91, o que possibilita ampliar a análise

sobre os movimentos migratórios no interior do Aglomerado Urbano de Uberlândia.

Na Tabela 10 apresenta-se o impacto dos movimentos migratórios de data fixa sobre

as populações dos municípios de origem e destino dos migrantes, destacando-se a maior

participação do Núcleo no número de emigrantes (14,5%) sobre o total dos que se

movimentaram entre os municípios do Aglomerado. Entretanto, como o município de

Uberlândia conta com a maior base populacional, este volume maior de emigração regional

é reduzido em termos do total de sua população (1,4%) , comparativamente aos demais e,

por exemplo, ao município de Araguari (3,6%). Ao mesmo tempo, os municípios com

menor população foram os que apresentaram maiores proporções de perdas populacionais

pela via da emigração (principalmente para o núcleo): Veríssimo, 20%; Cascalho Rico,

10%; Romaria, 9%, entre outros.

Quanto ao número de imigrantes de data fixa, o Núcleo foi o que mais recebeu

pessoas vindas dos demais municípios do Aglomerado, cerca de 38,4%, enquanto os

demais 61,6% de migrantes se distribuíram entre os 28 municípios restantes.

13 O migrante de data fixa é aquela pessoa, com cinco ou mais anos de idade, que foi recenseada, em 1991, em município diferente daquele em que residia em 01/09/1986. Portanto, o município de residência anterior, no caso da data fixa, se refere ao local de residência em que o migrante morava, no início do quinquênio (em 1986), independente de outras etapas migratórias que tenha realizado até se estabelecer, noutro município e ser recenseado, em 1991.

23

Tabela 10. Aglomeração Urbana de UberlândiaMatriz abreviada das trocas migratórias, migrantes de data fixa,por município de origem e destino, quinquênio 1986/91

Município de Destino 1991 (IMIGRANTES)

1.637 1.627 3.264 9,0 3,6380 1.056 1.436 4,0 2,1181 869 1.049 2,9 5,2- 379 379 1,1 8,4168 428 597 1,7 3,7666 599 1.265 3,5 8,4

37 216 252 0,7 9,6790 230 1.019 2,8 7,4- 169 169 0,5 5,7149 300 450 1,2 6,2360 420 781 2,2 1,9

40 161 200 0,6 3,5372 39 411 1,1 8,5

50 150 200 0,6 4,53.254 1.548 4.802 13,3 5,7

656 157 812 2,2 4,5360 840 1.200 3,3 3,5219 528 747 2,1 7,4

1.253 976 2.229 6,2 2,2524 1.043 1.566 4,3 2,6

18 163 181 0,5 4,128 692 720 2,0 6,7

220 561 781 2,2 3,2118 187 305 0,8 9,0103 450 553 1,5 7,1

1.146 452 1.598 4,4 6,01.137 2.184 3.320 9,2 1,6

- 5.237 5.237 14,5 1,4- 586 586 1,6 19,9

13.866 22.244 36.109 100,038,4 61,6 100,0

3,8 2,5Fonte: IBGE - Censo Demográfico de 1991 (microdados)

Proporção Emigrantes / População

Município em 1991 (%)

Proporção Imigrantes / População Município em 1991

Uberlândia %

TOTAL%

Demais municípios

AraguariAraxá

Campina VerdeCampo Florido

CanápolisCapinópolis

TOTAL

Estrela do Sul

Iraí de Minas

Cascalho RicoCentralina

Comendador Gomes

FrutalGuimarâniaIndianópolis

PedrinópolisPerdizes

ItuiutabaMonte Alegre de Minas

Monte CarmeloNova Ponte

UberabaUberlândiaVeríssimo

Município de origem 1986 (EMIGRANTES)

PrataRomaria

Santa JulianaTupaciguara

Patos de MinasPatrocínio

Os dados de data fixa possibilitam ainda obter o saldo migratório14 entre os

municípios componentes do Aglomerado, conforme detalhado na Tabela 11. De maneira

geral, nota-se que o Núcleo apresentou saldo migratório favorável com quase todos os

municípios do Aglomerado, totalizando um ganho líquido de aproximadamente nove mil

migrantes em relação aos demais municípios. Quanto aos fornecedores de migrantes, o

município de Ituiutaba, por exemplo, foi o que maior perda populacional líquida

apresentou em relação ao Núcleo, cerca de 2,6 mil migrantes.

14 O Saldo migratório se refere ao resultado líquido: Imigrantes menos Emigrantes, de data fixa, representando a contribuição dos movimentos migratórios no crescimento populacional.

24

Tabela 11 Aglomeração Urbana de Uberlândia Saldo Migratório, migrantes de data fixa, entre município e Núcleoe município de origem com demais municípios da Aglomeração,segundo município de origem ou destino, quinquênio 1986/91

(964) (555) (1.519) (157) (151) (307) (43) (189) (233) - (90) (90) (19) (296) (315)

(522) (10) (532) 84 29 113

(751) (152) (902) - 68 68 (81) (19) (99)

(156) 197 41 (33) 68 35 (53) 189 136

2 151 153 (2.630) (141) (2.771)

(490) 217 (273) (76) 230 154 (37) 577 540

(975) (355) (1.330) (270) 202 (68)

12 99 112 31 (185) (154) 14 26 40

(69) 100 31 (99) (47) (147)

(824) (187) (1.010) (523) 781 258 - 8.629 8.629 - (558) (558)

(8.629) 8.629 -FONTE: IBGE - Censo Demográfico de 1991 (microdados)

TOTALVeríssimo

Santa JulianaTupaciguara

UberabaUberlândia

PedrinópolisPerdizes

PrataRomaria

Monte CarmeloNova Ponte

Patos de MinasPatrocínio

IndianópolisIraí de Minas

ItuiutabaMonte Alegre de Minas

Comendador GomesEstrela do Sul

FrutalGuimarânia

CanápolisCapinópolis

Cascalho RicoCentralina

AraguariAraxá

Campina VerdeCampo Florido

Municípios do AglomeradoSaldo Migratório com

NúcleoSaldo migratório com

demais municípios Saldo Migratório Total

4. EMPREGO FORMAL O aumento – relativo e absoluto - da população em idade ativa (PIA) do Aglomerado

Urbano de Uberlândia, impulsionado principalmente pelos movimentos migratórios, sugere

uma expansão da população economicamente ativa (PEA), no que pode ser reforçado pela

análise da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego

(RAIS). Nela verificamos a criação de 82.187 empregos formais entre 1986 e 1998, ou

seja, um crescimento superior a 50% no período (GRÁFICO 3).

Como pode ser visto no Gráfico abaixo, percentualmente a criação de postos de

trabalho formais no Aglomerado Urbano de Uberlândia é bem superior ao verificado no

Brasil e nos Estados de Minas e São Paulo. Contudo, apesar do dinamismo apresentado, o

emprego formal da região encontra-se concentrado em poucas cidades. Dos 245.027 postos

25

de trabalho observados em dezembro de 1998, 73,14% estão assim distribuidos:

Uberlândia (35,95%), Uberaba (19,12%), Patos de Minas (7,91%), Araxá (5,19%) e

Araguari (4,98%). Ao mesmo tempo, estas cinco cidades abrigam 69% dos empregadores.

Classificando o estoque de emprego encontrado na RAIS/98 por Grandes Setores do

IBGE, verificamos a predominância das atividades urbanas ligadas ao Setor Terciário

como grandes empregadoras. Estas representavam 172.443 postos de trabalho, ou seja,

70,38% do total. Contudo, ao compararmos esta participação àquelas encontradas em

dez/86, percebemos que, apesar de seu crescimento absoluto (51.137 postos), este setor

teve sua participação relativa reduzida em 4,11%. Por outro lado, o Setor Primário, que

respondia por apenas 3,84% (6.247 postos), detém o maior crescimento do período,

passando a representar 11,93% (29.228 postos) no estoque de 1998. Provavelmente, os

recentes incentivos (SIMPLES) e maior fiscalização oficiais tenham estimulado a

formalização dos empreendimentos deste setor e, por sua vez, impactado o total do

emprego formal nele verificado, pois passou de 224, em 1986, para 9.034, em 1998.

GRÁFICO 3. EVOLUÇÃO DO ESTOQUE DE EMPREGO FORMAL

Comparativo da Evolução Percentual do Estoque de Emprego Formal1986 a 1998 (1986 = 100%)

80,0%

90,0%

100,0%

110,0%

120,0%

130,0%

140,0%

150,0%

160,0%

AGLOMERADO 100,0% 101,4% 110,4% 114,1% 110,3% 113,8% 110,5% 123,6% 132,2% 141,7% 139,3% 144,7% 150,5%

M. GERAIS 100,0% 100,1% 107,0% 111,0% 104,7% 103,5% 99,1% 103,8% 108,4% 116,2% 117,8% 121,2% 125,9%

S. PAULO 100,0% 101,2% 106,5% 111,0% 102,9% 102,8% 100,6% 102,7% 105,7% 103,9% 103,3% 103,0% 101,4%

BRASIL 100,0% 102,0% 106,8% 110,5% 104,7% 103,8% 100,5% 104,5% 106,8% 107,2% 107,5% 108,8% 110,5%

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS), 1986 a 1998.

Finalizando, a comparação dos dados agregados das 30 cidades pertencentes ao

Aglomerado Urbano de Uberlândia, pode sugerir, erroneamente, que o dinamismo

econômico é algo disseminado na região, pois, com as exceções de Tupaciguara e

Ituiutaba, todas as demais cidades cresceram, percentualmente, o número de postos de

trabalho a uma taxa superior à observada em Minas Gerais. Porém, quando

individualizamos a participação das cidades do Aglomerado no total do estoque, seja ele de

26

empregados ou empregadores, evidenciamos a centralidade de Uberlândia, com seus

88.076 postos de trabalho e 9.715 estabelecimentos empregadores.

CONCLUSÃO

Conforme desenvolvido ao longo do trabalho, notou-se que o núcleo de Uberlândia

vem reforçando nos últimos anos sua posição de centralidade numa região que apresenta

grande dinamismo econômico e demográfico em relação às médias estadual e nacional.

Este comportamento diferenciado em relação a grande parte do país reforça o imperativo

de reclassificar essa aglomeração no mesmo nível de hierarquia da rede urbana daqueles

aglomerados mais dinâmicos do país, muito mais próximo dos aglomerados de Londrina

(PR) e Ribeirão Preto (SP), do que daqueles classificados como centros sub-regionais de

ordem 1.

Para tanto, ao realizar um aprofundamento das interações espaciais, procuramos

mostrar que o fundamental é interpretar os indicadores de emprego, demografia, infra-

estrutura e aparelhamento urbano e produção, etc., à luz do processo mais geral de inserção

do espaço regional na dinâmica nacional e internacional.

Enfim, não era nosso objetivo reclassificar esse núcleo, mas apontar indicações de

que se trata um uma região que vem apresentando indicadores discriminantes de

dinamismo urbano.

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