AGO 5, 6 e 7

1
AGO 5, 6 e 7 Secretaria de Cultura e Economia Criativa REALIZAÇÃO 5.8 quinta 20H 6.8 sexta 20H concerto digital 7.8 sábado 16H30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESP GIANCARLO GUERRERO REGENTE JOSEPH ALESSI TROMBONE RICHARD STRAUSS [1864-1949] Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], Op. 60: Suíte Sinfônica [1916] [ARRANJO DE D. W. OCHOA] [2010] 1. PROLOGUE (OVERTURE TO THE PROLOGUE) [ABERTURA PARA O PRÓLOGO] 2. DUET: EIN AUGENBLICK IST WENIG, EIN BLICK IS VIEL [DUETO: UM MOMENTO É POUCO, UM OLHAR É MUITO] 3. WALTZ: EINE STÖRRISCHE ZU TRÖSTEN [VALSA: PARA CONSOLAR UMA TEIMOSA] 4. "THE OPERA OVERTURE" - EIN SCHÖNES WAR [ABERTURA DA ÓPERA: QUE LINDO FOI] 5. ARIA: ES GIBT EIN REICH [ÁRIA: HÁ UM REINO] 6. INTERLUDE [INTERLÚDIO] 7. FINALE: GIBT ES KEIN HINÜBER? [FINAL: NÃO HÁ UM ALÉM?] 38 MIN CHICK COREA [1941-2021] Concerto para Trombone [2020] [ORQUESTRAÇÃO DE JOHN DICKSON] [COENCOMENDA] [ESTREIA MUNDIAL] 1. A STROLL OPENING [PASSEIO DE ABERTURA] 2. A STROLL [UM PASSEIO] 3. WALTSE FOR JOE [VALSA PARA JOE] 4. HYSTERIA [HISTERIA] 5. JOE'S TANGO [TANGO DE JOE] 24 MIN ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETOR MUSICAL E REGENTE TITULAR THIERRY FISCHER VIOLINOS EMMANUELE BALDINI SPALLA DAVI GRATON SPALLA* LEV VEKSLER* EMÉRITO ALEXEY CHASHNIKOV AMANDA MARTINS ANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANN CAMILA YASUDA CAROLINA KLIEMANN CÉSAR A. MIRANDA CRISTIAN SANDU ELENA KLEMENTIEVA FLORIAN CRISTEA GHEORGHE VOICU IRINA KODIN LEANDRO DIAS RODOLFO LOTA SUNG-EUN CHO TATIANA VINOGRADOVA VIOLAS HORÁCIO SCHAEFER EMÉRITO PETER PAS ÉDERSON FERNANDES GALINA RAKHIMOVA OLGA VASSILEVICH SIMEON GRINBERG VLADIMIR KLEMENTIEV VIOLONCELOS RODRIGO ANDRADE ADRIANA HOLTZ DOUGLAS KIER JIN JOO DOH MARIA LUÍSA CAMERON REGINA VASCONCELLOS CONTRABAIXOS ANA VALÉRIA POLES ALMIR AMARANTE JEFFERSON COLLACICO LUCAS AMORIM ESPOSITO NEY VASCONCELOS HARPA LIUBA KLEVTSOVA FLAUTAS CLÁUDIA NASCIMENTO FABÍOLA ALVES PICCOLO SÁVIO ARAÚJO OBOÉS ARCÁDIO MINCZUK NATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊS RICARDO BARBOSA CLARINETES OVANIR BUOSI NIVALDO ORSI clarone GIULIANO ROSAS FUNDAÇÃO OSESP PRESIDENTE DE HONRA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE PEDRO PULLEN PARENTE VICE-PRESIDENTE STEFANO BRIDELLI CONSELHEIROS ANA CARLA ABRÃO CÉLIA PARNES ENEIDA MONACO HELIO MATTAR JAYME GARFINKEL LUIZ LARA MARCELO KAYATH MARIO ENGLER MÔNICA WALDVOGEL PAULO CEZAR ARAGÃO PÉRSIO ARIDA SERGIO SUCHODOLSKI TATYANA VASCONCELOS ARAUJO DE FREITAS DIRETOR EXECUTIVO MARCELO LOPES DIRETOR ARTÍSTICO ARTHUR NESTROVSKI SUPERINTENDENTE FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO GOVERNADOR JOÃO DORIA VICE-GOVERNADOR RODRIGO GARCIA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVA CLÁUDIA PEDROZO TEMPORADA OSESP 2021 CONCERTOS SINFÔNICOS FAGOTES ALEXANDRE SILVÉRIO ROMEU RABELO contrafagote TROMPAS LUIZ GARCIA ANDRÉ GONÇALVES JOSÉ COSTA FILHO EDUARDO MINCZUK TROMPETES FERNANDO DISSENHA MARCOS MOTTA TROMBONES DARCIO GIANELLI ALEX TARTAGLIA TROMBONE BAIXO DARRIN COLEMAN MILLING TUBA FILIPE QUEIRÓS TÍMPANOS ELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO PERCUSSÃO RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO ALFREDO LIMA ARMANDO YAMADA EDUARDO GIANESELLA RUBÉN ZÚÑIGA TECLADOS OLGA KOPYLOVA MÚSICOS CONVIDADOS DO PROGRAMA VIVIAN MEIRA CONTRAFAGOTE CARLOS DOS SANTOS PERCUSSÃO THIAGO LAMATTINA PERCUSSÃO SOLEDAD YAYA HARPA GABRIELA PRATES CELESTA CECÍLIA MOITA HARMÔNIO (*) CARGO INTERINO OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES. ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra, de 2012 a 2019. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China e Hong Kong. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. GIANCARLO GUERRERO regente Nascido na Nicarágua, cresceu na Costa Rica e estudou nos Estados Unidos. Por seis vezes vencedor do Grammy, é Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wroclaw (Polônia), além de Principal Maestro Convidado da Orquestra Gulbenkian (Lisboa). Tem regido orquestras como as Sinfônicas de Baltimore, Boston, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, as Filarmônicas de Bruxelas, das Rádios Alemã e Francesa, da Holanda e de Londres, além da Osesp. JOSEPH ALESSI trombone Trombonista principal da Filarmônica de Nova York desde 1985, Joseph Alessi iniciou seus estudos com seu pai, na Califórnia. Ainda adolescente, solou a frente da Orquestra Sinfônica de São Francisco e estudou em um dos mais conceituados conservatórios dos Estados Unidos, o Instituto de Música Curtis, na Filadélfia. Joseph é um músico versátil. Atua como músico de orquestra, solista e camerista. Em 2002, Alessi foi agraciado com o prêmio da Associação Internacional de Trombone por suas contribuições para o universo do instrumento e, em 2014, foi eleito presidente dessa associação. Atualmente, compõe o time de professores da Juilliard School. Alessi preza pela promoção de masterclasses ao redor do mundo. Inclusive, ministrou uma no 51º Festival de Campos do Jordão (edição 2021). Alessi toca exclusivamente em um trombone modelo “Shires-Alessi”. MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA, E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM STRAUSS Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos] A luxuriante ópera de Strauss, O Cavaleiro da Rosa, de 1911, levou diretamente a Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], um ano depois. Em ambos os casos, Strauss colaborou com o libretista Hugo Von Hofmannsthal. Baseada na mitologia romana, Ariadne surgiu com a frivolidade lírica de O Cavaleiro da Rosa e apresentou um balé engraçado à guisa de prólogo, à maneira italiana da commedia dell’arte. O duplo tema foi inicialmente enquadrado como um arremedo de Le Bourgeois Gentilhomme, uma farsa teatral de Molière, de 1670. Strauss e Hofmannsthal posteriormente apresentaram uma segunda versão de Ariadne, em 1916. O enredo pede “uma ópera dentro de uma ópera”, escrita pelo compositor – um papel masculino cantado por uma travesti mezzo-soprano (usando calças), o que Strauss já havia usado para Otaviano, em O Cavaleiro da Rosa. O enredo da comédia/ópera pode ser brevemente resumido: na extravagante mansão de uma diletante vienense é decidido que – para economizar tempo – o balé cômico e a ópera séria seriam apresentados simultaneamente. O compositor fica perturbado com isso, mas é acalmado pela insinuante Zerbinetta, enquanto Ariadne já está chorando por um amor perdido, esperando a morte. Zerbinetta vem da comédia para aconselhá-la, dizendo que o único antídoto é outro amante. Voilà: bem a tempo, o mundano Bacchus entra em cena. Depois de trocarem árias, ele acompanha Ariadne quando ela busca o sol da manhã. Há de se notar que Mozart também usou uma travesti soprano para o papel de Cherubino em As Bodas de Fígaro; e, em Ariadne auf Naxos, Zerbinetta é uma réplica da escolada criada Despina de Così Fan Tutte, ópera composta por Mozart, cuja principal ária pressagiaria as harmonias de Strauss, que soube muito bem como tomá-las por empréstimo. A partitura da atual versão é de D. Wilson Ochoa, orquestrada em 2010, para Giancarlo Guerrero e a Orquestra Sinfônica de Nashville. Com exceção do Interlúdio da versão 1, os movimentos são todos extraídos da versão 2. Sobre a obra, observa o sr. Ochoa: “A instrumentação original de Strauss foi mantida, a exceção foi dobrar o segundo oboé com o corne inglês, instrumento que se mostrou ideal para assumir algumas linhas vocais.” “A Suíte Sinfônica é dividida em sete sessões contínuas: a 'Abertura para o Prólogo' atua como a introdução da sinfonia, citando todos os temas importantes da ópera. O terno e lírico 'Dueto: Um Momento é Pouco, um Olhar é Muito' se dá entre os personagens de Zerbinetta e o Compositor, quando ela flerta com ele por seus próprios objetivos.” “A 'Valsa: Para Consolar uma Teimosa' é cantada por Zerbinetta e três outros admiradores masculinos. A 'Abertura da Ópera: Que Lindo Foi' é uma lenta e bela música que introduz a ‘ópera dentro da ópera’, e posteriormente forma a 'Ária'.” “A linda 'Ária: Há um Reino' de Ariadne expressa sua crença de que a morte a libertaria de suas tristezas. O 'Interlúdio' é um episódio absolutamente encantador que leva ao suntuoso 'Final: Não há um Além?', onde o mesmo tema prolonga-se, revelando a transformação de Ariadne por um novo amor.” Edward Yadzinski, clarinetista e saxofonista da Buffalo Philharmonic Orchestra. Tradução feita por Pinchas Geiger. COREA Concerto para Trombone O motivo que levou Chick Corea a compor um concerto para trombone remonta a uma ocasião em que o brilhante pianista japonês Makoto Ozone esteve solando junto à Filarmônica de Nova York, vários anos atrás. Após o concerto, Makoto convidou o maestro Alan Gilbert e a mim para o clube de jazz Birdland, onde ele se apresentaria com o grande Gary Burton. Na segunda parte, eles tocaram uma bela melodia composta por Chick Corea, chamada Brasilia. Quando ouvi essa maravilhosa peça, fiquei tão inspirado que fui até Makoto e lhe perguntei se ele achava que Chick pudesse considerar escrever um concerto para trombone para mim. Makoto falou com Chick e, alguns dias depois, ele respondeu interessado na proposta. Enviei a ele minhas informações, e passamos cerca de seis meses nos escrevendo sobre um possível concerto. Embora no início Chick estivesse hesitante em trabalhar com uma orquestra sinfônica, eu lhe assegurei que a Filarmônica de Nova York era bem versada em tocar qualquer estilo de música e que o profissionalismo da orquestra era incomparável no que concerne a ensaiar e executar novas obras. Chick acabou concordando em compor o Concerto para Trombone – foi um dia muito feliz para mim! Fui convidado para visita-lo em sua casa em Clearwater, Flórida, onde tocamos juntos e discutimos ideias para a peça. Vários meses depois, ele enviou-me os três primeiros movimentos. A composição começa com uma introdução substancial intitulada “Passeio de Abertura”, que inclui um solo de trombone em improvisação livre, seguido de um diálogo com harpa, percussão e piano. Depois do diálogo, há um segundo movimento chamado “Um Passeio”, que foi inspirado no tempo em que ele morou na cidade de Nova York, caminhando pela cidade de cima a baixo e absorvendo as vistas e os sons da Big Apple. O terceiro movimento é intitulado de “Valsa para Joe”. Chick era perspicaz em explorar o lirismo do trombone, e esta parte foi composta exatamente para isso. Eu descreveria essa valsa como sendo reminiscente da música de Eric Satie. “Histeria”, o quarto movimento, foi composto no início da pandemia de Covid 19 e, segundo Chick, ele escolheu esse título para exemplificar o caos que estava sendo vivido no mundo naquele momento. O quinto e último movimento se chama “Tango de Joe”, sendo que a versão final atual não é a mesma composta originalmente por Chick. A primeira versão terminava serenamente, como nos movimentos anteriores, mas eu estava esperando um final mais dramático e efusivo. Tive de reunir muita coragem para contatá-lo e perguntar se poderia considerar reescrever o final. Quando Chick perguntou-me o motivo, eu lhe expliquei que sua música me remetia a ideia de dois estranhos dançando um tango, sendo que um deles estava relutante em se envolver; até que, finalmente, se renderem, triunfantes, em um amor recíproco. Em novembro de 2020, Chick me disse, brevemente, que não estava se sentindo bem e que estaria incomunicável durante seu tratamento. Foi devastador saber, em fevereiro de 2021, que ele tinha morrido. Eu esperava que ele estivesse conosco no Brasil para ouvir e curtir esta música, bem como tocar a parte do piano deste concerto no palco. Ele faz muita falta, e eu gostaria de ter podido me despedir e lhe dizer como foi maravilhoso colaborar com ele. Dedico esta apresentação à vida e à memória de Chick Corea, um músico verdadeiramente genial e uma das pessoas mais gentis e sinceras que eu já conheci. [2021] Joseph Alessi Tradução feita por Pinchas Geiger. osesp.art.br salasaopaulo.art.br fundacao-osesp.art.br /osesp /osesp_ /osesp /videososesp

Transcript of AGO 5, 6 e 7

Page 1: AGO 5, 6 e 7

AG

O 5

, 6 e 7

Secretaria deCultura e Economia Criativa

REALIZAÇÃO

5.8 quinta 20H6.8 sexta 20H concerto digital7.8 sábado 16H30

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESPGIANCARLO GUERRERO REGENTEJOSEPH ALESSI TROMBONE

RICHARD STRAUSS [1864-1949] Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], Op. 60:

Suíte Sinfônica [1916] [ARRANJO DE D. W. OCHOA] [2010] 1. PROLOGUE (OVERTURE TO THE PROLOGUE)

[ABERTURA PARA O PRÓLOGO] 2. DUET: EIN AUGENBLICK IST WENIG, EIN BLICK IS VIEL

[DUETO: UM MOMENTO É POUCO, UM OLHAR É MUITO] 3. WALTZ: EINE STÖRRISCHE ZU TRÖSTEN

[VALSA: PARA CONSOLAR UMA TEIMOSA] 4. "THE OPERA OVERTURE" - EIN SCHÖNES WAR

[ABERTURA DA ÓPERA: QUE LINDO FOI] 5. ARIA: ES GIBT EIN REICH [ÁRIA: HÁ UM REINO] 6. INTERLUDE [INTERLÚDIO] 7. FINALE: GIBT ES KEIN HINÜBER? [FINAL: NÃO HÁ UM ALÉM?]38 MIN

CHICK COREA [1941-2021] Concerto para Trombone [2020] [ORQUESTRAÇÃO DE

JOHN DICKSON] [COENCOMENDA] [ESTREIA MUNDIAL] 1. A STROLL OPENING [PASSEIO DE ABERTURA] 2. A STROLL [UM PASSEIO] 3. WALTSE FOR JOE [VALSA PARA JOE] 4. HYSTERIA [HISTERIA] 5. JOE'S TANGO [TANGO DE JOE]24 MIN

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETOR MUSICAL E REGENTE TITULARTHIERRY FISCHER VIOLINOSEMMANUELE BALDINI SPALLADAVI GRATON SPALLA*LEV VEKSLER* EMÉRITOALEXEY CHASHNIKOVAMANDA MARTINSANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANNCAMILA YASUDACAROLINA KLIEMANNCÉSAR A. MIRANDACRISTIAN SANDUELENA KLEMENTIEVAFLORIAN CRISTEAGHEORGHE VOICUIRINA KODINLEANDRO DIASRODOLFO LOTASUNG-EUN CHOTATIANA VINOGRADOVA

VIOLASHORÁCIO SCHAEFER EMÉRITOPETER PAS ÉDERSON FERNANDESGALINA RAKHIMOVAOLGA VASSILEVICHSIMEON GRINBERGVLADIMIR KLEMENTIEV

VIOLONCELOSRODRIGO ANDRADEADRIANA HOLTZDOUGLAS KIERJIN JOO DOHMARIA LUÍSA CAMERONREGINA VASCONCELLOS

CONTRABAIXOSANA VALÉRIA POLESALMIR AMARANTEJEFFERSON COLLACICOLUCAS AMORIM ESPOSITONEY VASCONCELOS

HARPALIUBA KLEVTSOVA

FLAUTASCLÁUDIA NASCIMENTOFABÍOLA ALVES PICCOLOSÁVIO ARAÚJO

OBOÉSARCÁDIO MINCZUKNATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊSRICARDO BARBOSA

CLARINETESOVANIR BUOSINIVALDO ORSI claroneGIULIANO ROSAS

FUNDAÇÃO OSESP

PRESIDENTE DE HONRAFERNANDO HENRIQUE

CARDOSO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTEPEDRO PULLEN PARENTE

VICE-PRESIDENTESTEFANO BRIDELLI

CONSELHEIROSANA CARLA ABRÃOCÉLIA PARNESENEIDA MONACOHELIO MATTARJAYME GARFINKELLUIZ LARA MARCELO KAYATHMARIO ENGLERMÔNICA WALDVOGELPAULO CEZAR ARAGÃOPÉRSIO ARIDASERGIO SUCHODOLSKITATYANA VASCONCELOS

ARAUJO DE FREITAS

DIRETOR EXECUTIVOMARCELO LOPES

DIRETOR ARTÍSTICOARTHUR NESTROVSKI

SUPERINTENDENTEFAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

GOVERNADORJOÃO DORIA

VICE-GOVERNADORRODRIGO GARCIA

SECRETARIA DE CULTURAE ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVACLÁUDIA PEDROZO

TEMPORADA OSESP 2021CONCERTOS SINFÔNICOS

FAGOTESALEXANDRE SILVÉRIO ROMEU RABELO contrafagote

TROMPASLUIZ GARCIAANDRÉ GONÇALVESJOSÉ COSTA FILHOEDUARDO MINCZUK

TROMPETESFERNANDO DISSENHA MARCOS MOTTA

TROMBONESDARCIO GIANELLIALEX TARTAGLIA

TROMBONE BAIXODARRIN COLEMAN MILLING

TUBAFILIPE QUEIRÓS

TÍMPANOSELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO

PERCUSSÃORICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃOALFREDO LIMAARMANDO YAMADAEDUARDO GIANESELLARUBÉN ZÚÑIGA

TECLADOSOLGA KOPYLOVA

MÚSICOS CONVIDADOS DO PROGRAMAVIVIAN MEIRA CONTRAFAGOTECARLOS DOS SANTOS PERCUSSÃOTHIAGO LAMATTINA PERCUSSÃOSOLEDAD YAYA HARPAGABRIELA PRATES CELESTACECÍLIA MOITA HARMÔNIO

(*) CARGO INTERINO

OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES.

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry

Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido

por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra, de 2012 a 2019. Em 2016, a

Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela

China e Hong Kong. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie

Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em

2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky,

recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

GIANCARLO GUERRERO regente

Nascido na Nicarágua, cresceu na Costa Rica e estudou nos Estados Unidos.

Por seis vezes vencedor do Grammy, é Diretor Musical da Orquestra Sinfônica

de Nashville e da Filarmônica de Wroclaw (Polônia), além de Principal Maestro

Convidado da Orquestra Gulbenkian (Lisboa). Tem regido orquestras como

as Sinfônicas de Baltimore, Boston, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, as

Filarmônicas de Bruxelas, das Rádios Alemã e Francesa, da Holanda

e de Londres, além da Osesp.

JOSEPH ALESSI trombone

Trombonista principal da Filarmônica de Nova York desde 1985, Joseph Alessi

iniciou seus estudos com seu pai, na Califórnia. Ainda adolescente, solou a frente

da Orquestra Sinfônica de São Francisco e estudou em um dos mais conceituados

conservatórios dos Estados Unidos, o Instituto de Música Curtis, na Filadélfia.

Joseph é um músico versátil. Atua como músico de orquestra, solista e camerista.

Em 2002, Alessi foi agraciado com o prêmio da Associação Internacional de

Trombone por suas contribuições para o universo do instrumento e, em 2014, foi

eleito presidente dessa associação. Atualmente, compõe o time de professores da

Juilliard School. Alessi preza pela promoção de masterclasses ao redor do mundo.

Inclusive, ministrou uma no 51º Festival de Campos do Jordão (edição 2021).

Alessi toca exclusivamente em um trombone modelo “Shires-Alessi”.

MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA,E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM

STRAUSSAriadne auf Naxos [Ariadne em Naxos]

A luxuriante ópera de Strauss, O Cavaleiro da Rosa, de 1911, levou diretamente a Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], um ano depois. Em ambos os casos, Strauss colaborou com o libretista Hugo Von Hofmannsthal. Baseada na mitologia romana, Ariadne surgiu com a frivolidade lírica de O Cavaleiro da Rosa e apresentou um balé engraçado à guisa de prólogo, à maneira italiana da commedia dell’arte. O duplo tema foi inicialmente enquadrado como um arremedo de Le Bourgeois Gentilhomme, uma farsa teatral de Molière, de 1670. Strauss e Hofmannsthal posteriormente apresentaram uma segunda versão de Ariadne, em 1916. O enredo pede “uma ópera dentro de uma ópera”, escrita pelo compositor – um papel masculino cantado por uma travesti mezzo-soprano (usando calças), o que Strauss já havia usado para Otaviano, em O Cavaleiro da Rosa.

O enredo da comédia/ópera pode ser brevemente resumido: na extravagante mansão de uma diletante vienense é decidido que – para economizar tempo – o balé cômico e a ópera séria seriam apresentados simultaneamente. O compositor fica perturbado com isso, mas é acalmado pela insinuante Zerbinetta, enquanto Ariadne já está chorando por um amor perdido, esperando a morte. Zerbinetta vem da comédia para aconselhá-la, dizendo que o único antídoto é outro amante. Voilà: bem a tempo, o mundano Bacchus entra em cena. Depois de trocarem árias, ele acompanha Ariadne quando ela busca o sol da manhã.

Há de se notar que Mozart também usou uma travesti soprano para o papel de Cherubino em As Bodas de Fígaro; e, em Ariadne auf Naxos, Zerbinetta é uma réplica da escolada criada Despina de Così Fan Tutte, ópera composta por Mozart, cuja principal ária pressagiaria as harmonias de Strauss, que soube muito bem como tomá-las por empréstimo.

A partitura da atual versão é de D. Wilson Ochoa, orquestrada em 2010, para Giancarlo Guerrero e a Orquestra Sinfônica de Nashville. Com exceção do Interlúdio da versão 1, os movimentos são todos extraídos da versão 2. Sobre a obra, observa o sr. Ochoa:

“A instrumentação original de Strauss foi mantida, a exceção foi dobrar o segundo oboé com o corne inglês, instrumento que se mostrou ideal para assumir algumas linhas vocais.”

“A Suíte Sinfônica é dividida em sete sessões contínuas: a 'Abertura para o Prólogo' atua como a introdução da sinfonia, citando todos os temas importantes da ópera. O terno e lírico 'Dueto: Um Momento é Pouco, um Olhar é Muito' se dá entre os personagens de Zerbinetta e o Compositor, quando ela flerta com ele por seus próprios objetivos.”

“A 'Valsa: Para Consolar uma Teimosa' é cantada por Zerbinetta e três outros admiradores masculinos. A 'Abertura da Ópera: Que Lindo Foi' é uma lenta e bela música que introduz a ‘ópera dentro da ópera’, e posteriormente forma a 'Ária'.”

“A linda 'Ária: Há um Reino' de Ariadne expressa sua crença de que a morte a libertaria de suas tristezas. O 'Interlúdio' é um episódio absolutamente encantador que leva ao suntuoso 'Final: Não há um Além?', onde o mesmo tema prolonga-se, revelando a transformação de Ariadne por um novo amor.”

Edward Yadzinski, clarinetista e saxofonista da Buffalo Philharmonic Orchestra. Tradução feita por Pinchas Geiger.

COREAConcerto para Trombone

O motivo que levou Chick Corea a compor um concerto para trombone remonta a uma ocasião em que o brilhante pianista japonês Makoto Ozone esteve solando junto à Filarmônica de Nova York, vários anos atrás. Após o concerto, Makoto convidou o maestro Alan Gilbert e a mim para o clube de jazz Birdland, onde ele se apresentaria com o grande Gary Burton. Na segunda parte, eles tocaram uma bela melodia composta por Chick Corea, chamada Brasilia. Quando ouvi essa maravilhosa peça, fiquei tão inspirado que fui até Makoto e lhe perguntei se ele achava que Chick pudesse considerar escrever um concerto para trombone para mim.

Makoto falou com Chick e, alguns dias depois, ele respondeu interessado na proposta. Enviei a ele minhas informações, e passamos cerca de seis meses nos escrevendo sobre um possível concerto. Embora no início Chick estivesse hesitante em trabalhar com uma orquestra sinfônica, eu lhe assegurei que a Filarmônica de Nova York era bem versada em tocar qualquer estilo de música e que o profissionalismo da orquestra era incomparável no que concerne a ensaiar e executar novas obras. Chick acabou concordando em compor o Concerto para Trombone – foi um dia muito feliz para mim! Fui convidado para visita-lo em sua casa em Clearwater, Flórida, onde tocamos juntos e discutimos ideias para a peça. Vários meses depois, ele enviou-me os três primeiros movimentos.

A composição começa com uma introdução substancial intitulada “Passeio de Abertura”, que inclui um solo de trombone em improvisação livre, seguido de um diálogo com harpa, percussão e piano. Depois do diálogo, há um segundo movimento chamado “Um Passeio”, que foi inspirado no tempo em que ele morou na cidade de Nova York, caminhando pela cidade de cima a baixo e absorvendo as vistas e os sons da Big Apple. O terceiro movimento é intitulado de “Valsa para Joe”. Chick era perspicaz em explorar o lirismo do trombone, e esta parte foi composta exatamente para isso. Eu descreveria essa valsa como sendo reminiscente da música de Eric Satie. “Histeria”, o quarto movimento, foi composto no início da pandemia de Covid 19 e, segundo Chick, ele escolheu esse título para exemplificar o caos que estava sendo vivido no mundo naquele momento. O quinto e último movimento se chama “Tango de Joe”, sendo que a versão final atual não é a mesma composta originalmente por Chick. A primeira versão terminava serenamente, como nos movimentos anteriores, mas eu estava esperando um final mais dramático e efusivo. Tive de reunir muita coragem para contatá-lo e perguntar se poderia considerar reescrever o final. Quando Chick perguntou-me o motivo, eu lhe expliquei que sua música me remetia a ideia de dois estranhos dançando um tango, sendo que um deles estava relutante em se envolver; até que, finalmente, se renderem, triunfantes, em um amor recíproco.

Em novembro de 2020, Chick me disse, brevemente, que não estava se sentindo bem e que estaria incomunicável durante seu tratamento. Foi devastador saber, em fevereiro de 2021, que ele tinha morrido. Eu esperava que ele estivesse conosco no Brasil para ouvir e curtir esta música, bem como tocar a parte do piano deste concerto no palco. Ele faz muita falta, e eu gostaria de ter podido me despedir e lhe dizer como foi maravilhoso colaborar com ele.

Dedico esta apresentação à vida e à memória de Chick Corea, um músico verdadeiramente genial e uma das pessoas mais gentis e sinceras que eu já conheci.

[2021]

Joseph AlessiTradução feita por Pinchas Geiger.

osesp.art.brsalasaopaulo.art.brfundacao-osesp.art.br

/osesp

/osesp_/osesp

/videososesp