AGO 5, 6 e 7
Transcript of AGO 5, 6 e 7
AG
O 5
, 6 e 7
Secretaria deCultura e Economia Criativa
REALIZAÇÃO
5.8 quinta 20H6.8 sexta 20H concerto digital7.8 sábado 16H30
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESPGIANCARLO GUERRERO REGENTEJOSEPH ALESSI TROMBONE
RICHARD STRAUSS [1864-1949] Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], Op. 60:
Suíte Sinfônica [1916] [ARRANJO DE D. W. OCHOA] [2010] 1. PROLOGUE (OVERTURE TO THE PROLOGUE)
[ABERTURA PARA O PRÓLOGO] 2. DUET: EIN AUGENBLICK IST WENIG, EIN BLICK IS VIEL
[DUETO: UM MOMENTO É POUCO, UM OLHAR É MUITO] 3. WALTZ: EINE STÖRRISCHE ZU TRÖSTEN
[VALSA: PARA CONSOLAR UMA TEIMOSA] 4. "THE OPERA OVERTURE" - EIN SCHÖNES WAR
[ABERTURA DA ÓPERA: QUE LINDO FOI] 5. ARIA: ES GIBT EIN REICH [ÁRIA: HÁ UM REINO] 6. INTERLUDE [INTERLÚDIO] 7. FINALE: GIBT ES KEIN HINÜBER? [FINAL: NÃO HÁ UM ALÉM?]38 MIN
CHICK COREA [1941-2021] Concerto para Trombone [2020] [ORQUESTRAÇÃO DE
JOHN DICKSON] [COENCOMENDA] [ESTREIA MUNDIAL] 1. A STROLL OPENING [PASSEIO DE ABERTURA] 2. A STROLL [UM PASSEIO] 3. WALTSE FOR JOE [VALSA PARA JOE] 4. HYSTERIA [HISTERIA] 5. JOE'S TANGO [TANGO DE JOE]24 MIN
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIRETOR MUSICAL E REGENTE TITULARTHIERRY FISCHER VIOLINOSEMMANUELE BALDINI SPALLADAVI GRATON SPALLA*LEV VEKSLER* EMÉRITOALEXEY CHASHNIKOVAMANDA MARTINSANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANNCAMILA YASUDACAROLINA KLIEMANNCÉSAR A. MIRANDACRISTIAN SANDUELENA KLEMENTIEVAFLORIAN CRISTEAGHEORGHE VOICUIRINA KODINLEANDRO DIASRODOLFO LOTASUNG-EUN CHOTATIANA VINOGRADOVA
VIOLASHORÁCIO SCHAEFER EMÉRITOPETER PAS ÉDERSON FERNANDESGALINA RAKHIMOVAOLGA VASSILEVICHSIMEON GRINBERGVLADIMIR KLEMENTIEV
VIOLONCELOSRODRIGO ANDRADEADRIANA HOLTZDOUGLAS KIERJIN JOO DOHMARIA LUÍSA CAMERONREGINA VASCONCELLOS
CONTRABAIXOSANA VALÉRIA POLESALMIR AMARANTEJEFFERSON COLLACICOLUCAS AMORIM ESPOSITONEY VASCONCELOS
HARPALIUBA KLEVTSOVA
FLAUTASCLÁUDIA NASCIMENTOFABÍOLA ALVES PICCOLOSÁVIO ARAÚJO
OBOÉSARCÁDIO MINCZUKNATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊSRICARDO BARBOSA
CLARINETESOVANIR BUOSINIVALDO ORSI claroneGIULIANO ROSAS
FUNDAÇÃO OSESP
PRESIDENTE DE HONRAFERNANDO HENRIQUE
CARDOSO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTEPEDRO PULLEN PARENTE
VICE-PRESIDENTESTEFANO BRIDELLI
CONSELHEIROSANA CARLA ABRÃOCÉLIA PARNESENEIDA MONACOHELIO MATTARJAYME GARFINKELLUIZ LARA MARCELO KAYATHMARIO ENGLERMÔNICA WALDVOGELPAULO CEZAR ARAGÃOPÉRSIO ARIDASERGIO SUCHODOLSKITATYANA VASCONCELOS
ARAUJO DE FREITAS
DIRETOR EXECUTIVOMARCELO LOPES
DIRETOR ARTÍSTICOARTHUR NESTROVSKI
SUPERINTENDENTEFAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
GOVERNADORJOÃO DORIA
VICE-GOVERNADORRODRIGO GARCIA
SECRETARIA DE CULTURAE ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVACLÁUDIA PEDROZO
TEMPORADA OSESP 2021CONCERTOS SINFÔNICOS
FAGOTESALEXANDRE SILVÉRIO ROMEU RABELO contrafagote
TROMPASLUIZ GARCIAANDRÉ GONÇALVESJOSÉ COSTA FILHOEDUARDO MINCZUK
TROMPETESFERNANDO DISSENHA MARCOS MOTTA
TROMBONESDARCIO GIANELLIALEX TARTAGLIA
TROMBONE BAIXODARRIN COLEMAN MILLING
TUBAFILIPE QUEIRÓS
TÍMPANOSELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO
PERCUSSÃORICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃOALFREDO LIMAARMANDO YAMADAEDUARDO GIANESELLARUBÉN ZÚÑIGA
TECLADOSOLGA KOPYLOVA
MÚSICOS CONVIDADOS DO PROGRAMAVIVIAN MEIRA CONTRAFAGOTECARLOS DOS SANTOS PERCUSSÃOTHIAGO LAMATTINA PERCUSSÃOSOLEDAD YAYA HARPAGABRIELA PRATES CELESTACECÍLIA MOITA HARMÔNIO
(*) CARGO INTERINO
OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES.
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
—
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry
Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido
por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra, de 2012 a 2019. Em 2016, a
Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela
China e Hong Kong. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie
Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em
2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky,
recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
GIANCARLO GUERRERO regente
—
Nascido na Nicarágua, cresceu na Costa Rica e estudou nos Estados Unidos.
Por seis vezes vencedor do Grammy, é Diretor Musical da Orquestra Sinfônica
de Nashville e da Filarmônica de Wroclaw (Polônia), além de Principal Maestro
Convidado da Orquestra Gulbenkian (Lisboa). Tem regido orquestras como
as Sinfônicas de Baltimore, Boston, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, as
Filarmônicas de Bruxelas, das Rádios Alemã e Francesa, da Holanda
e de Londres, além da Osesp.
JOSEPH ALESSI trombone
—
Trombonista principal da Filarmônica de Nova York desde 1985, Joseph Alessi
iniciou seus estudos com seu pai, na Califórnia. Ainda adolescente, solou a frente
da Orquestra Sinfônica de São Francisco e estudou em um dos mais conceituados
conservatórios dos Estados Unidos, o Instituto de Música Curtis, na Filadélfia.
Joseph é um músico versátil. Atua como músico de orquestra, solista e camerista.
Em 2002, Alessi foi agraciado com o prêmio da Associação Internacional de
Trombone por suas contribuições para o universo do instrumento e, em 2014, foi
eleito presidente dessa associação. Atualmente, compõe o time de professores da
Juilliard School. Alessi preza pela promoção de masterclasses ao redor do mundo.
Inclusive, ministrou uma no 51º Festival de Campos do Jordão (edição 2021).
Alessi toca exclusivamente em um trombone modelo “Shires-Alessi”.
MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA,E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM
STRAUSSAriadne auf Naxos [Ariadne em Naxos]
A luxuriante ópera de Strauss, O Cavaleiro da Rosa, de 1911, levou diretamente a Ariadne auf Naxos [Ariadne em Naxos], um ano depois. Em ambos os casos, Strauss colaborou com o libretista Hugo Von Hofmannsthal. Baseada na mitologia romana, Ariadne surgiu com a frivolidade lírica de O Cavaleiro da Rosa e apresentou um balé engraçado à guisa de prólogo, à maneira italiana da commedia dell’arte. O duplo tema foi inicialmente enquadrado como um arremedo de Le Bourgeois Gentilhomme, uma farsa teatral de Molière, de 1670. Strauss e Hofmannsthal posteriormente apresentaram uma segunda versão de Ariadne, em 1916. O enredo pede “uma ópera dentro de uma ópera”, escrita pelo compositor – um papel masculino cantado por uma travesti mezzo-soprano (usando calças), o que Strauss já havia usado para Otaviano, em O Cavaleiro da Rosa.
O enredo da comédia/ópera pode ser brevemente resumido: na extravagante mansão de uma diletante vienense é decidido que – para economizar tempo – o balé cômico e a ópera séria seriam apresentados simultaneamente. O compositor fica perturbado com isso, mas é acalmado pela insinuante Zerbinetta, enquanto Ariadne já está chorando por um amor perdido, esperando a morte. Zerbinetta vem da comédia para aconselhá-la, dizendo que o único antídoto é outro amante. Voilà: bem a tempo, o mundano Bacchus entra em cena. Depois de trocarem árias, ele acompanha Ariadne quando ela busca o sol da manhã.
Há de se notar que Mozart também usou uma travesti soprano para o papel de Cherubino em As Bodas de Fígaro; e, em Ariadne auf Naxos, Zerbinetta é uma réplica da escolada criada Despina de Così Fan Tutte, ópera composta por Mozart, cuja principal ária pressagiaria as harmonias de Strauss, que soube muito bem como tomá-las por empréstimo.
A partitura da atual versão é de D. Wilson Ochoa, orquestrada em 2010, para Giancarlo Guerrero e a Orquestra Sinfônica de Nashville. Com exceção do Interlúdio da versão 1, os movimentos são todos extraídos da versão 2. Sobre a obra, observa o sr. Ochoa:
“A instrumentação original de Strauss foi mantida, a exceção foi dobrar o segundo oboé com o corne inglês, instrumento que se mostrou ideal para assumir algumas linhas vocais.”
“A Suíte Sinfônica é dividida em sete sessões contínuas: a 'Abertura para o Prólogo' atua como a introdução da sinfonia, citando todos os temas importantes da ópera. O terno e lírico 'Dueto: Um Momento é Pouco, um Olhar é Muito' se dá entre os personagens de Zerbinetta e o Compositor, quando ela flerta com ele por seus próprios objetivos.”
“A 'Valsa: Para Consolar uma Teimosa' é cantada por Zerbinetta e três outros admiradores masculinos. A 'Abertura da Ópera: Que Lindo Foi' é uma lenta e bela música que introduz a ‘ópera dentro da ópera’, e posteriormente forma a 'Ária'.”
“A linda 'Ária: Há um Reino' de Ariadne expressa sua crença de que a morte a libertaria de suas tristezas. O 'Interlúdio' é um episódio absolutamente encantador que leva ao suntuoso 'Final: Não há um Além?', onde o mesmo tema prolonga-se, revelando a transformação de Ariadne por um novo amor.”
Edward Yadzinski, clarinetista e saxofonista da Buffalo Philharmonic Orchestra. Tradução feita por Pinchas Geiger.
COREAConcerto para Trombone
O motivo que levou Chick Corea a compor um concerto para trombone remonta a uma ocasião em que o brilhante pianista japonês Makoto Ozone esteve solando junto à Filarmônica de Nova York, vários anos atrás. Após o concerto, Makoto convidou o maestro Alan Gilbert e a mim para o clube de jazz Birdland, onde ele se apresentaria com o grande Gary Burton. Na segunda parte, eles tocaram uma bela melodia composta por Chick Corea, chamada Brasilia. Quando ouvi essa maravilhosa peça, fiquei tão inspirado que fui até Makoto e lhe perguntei se ele achava que Chick pudesse considerar escrever um concerto para trombone para mim.
Makoto falou com Chick e, alguns dias depois, ele respondeu interessado na proposta. Enviei a ele minhas informações, e passamos cerca de seis meses nos escrevendo sobre um possível concerto. Embora no início Chick estivesse hesitante em trabalhar com uma orquestra sinfônica, eu lhe assegurei que a Filarmônica de Nova York era bem versada em tocar qualquer estilo de música e que o profissionalismo da orquestra era incomparável no que concerne a ensaiar e executar novas obras. Chick acabou concordando em compor o Concerto para Trombone – foi um dia muito feliz para mim! Fui convidado para visita-lo em sua casa em Clearwater, Flórida, onde tocamos juntos e discutimos ideias para a peça. Vários meses depois, ele enviou-me os três primeiros movimentos.
A composição começa com uma introdução substancial intitulada “Passeio de Abertura”, que inclui um solo de trombone em improvisação livre, seguido de um diálogo com harpa, percussão e piano. Depois do diálogo, há um segundo movimento chamado “Um Passeio”, que foi inspirado no tempo em que ele morou na cidade de Nova York, caminhando pela cidade de cima a baixo e absorvendo as vistas e os sons da Big Apple. O terceiro movimento é intitulado de “Valsa para Joe”. Chick era perspicaz em explorar o lirismo do trombone, e esta parte foi composta exatamente para isso. Eu descreveria essa valsa como sendo reminiscente da música de Eric Satie. “Histeria”, o quarto movimento, foi composto no início da pandemia de Covid 19 e, segundo Chick, ele escolheu esse título para exemplificar o caos que estava sendo vivido no mundo naquele momento. O quinto e último movimento se chama “Tango de Joe”, sendo que a versão final atual não é a mesma composta originalmente por Chick. A primeira versão terminava serenamente, como nos movimentos anteriores, mas eu estava esperando um final mais dramático e efusivo. Tive de reunir muita coragem para contatá-lo e perguntar se poderia considerar reescrever o final. Quando Chick perguntou-me o motivo, eu lhe expliquei que sua música me remetia a ideia de dois estranhos dançando um tango, sendo que um deles estava relutante em se envolver; até que, finalmente, se renderem, triunfantes, em um amor recíproco.
Em novembro de 2020, Chick me disse, brevemente, que não estava se sentindo bem e que estaria incomunicável durante seu tratamento. Foi devastador saber, em fevereiro de 2021, que ele tinha morrido. Eu esperava que ele estivesse conosco no Brasil para ouvir e curtir esta música, bem como tocar a parte do piano deste concerto no palco. Ele faz muita falta, e eu gostaria de ter podido me despedir e lhe dizer como foi maravilhoso colaborar com ele.
Dedico esta apresentação à vida e à memória de Chick Corea, um músico verdadeiramente genial e uma das pessoas mais gentis e sinceras que eu já conheci.
[2021]
Joseph AlessiTradução feita por Pinchas Geiger.
osesp.art.brsalasaopaulo.art.brfundacao-osesp.art.br
/osesp
/osesp_/osesp
/videososesp