Ágora n.º 21

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Suplemento do JORNAL DE NOTÍCIAS, de 13 de JULHO de 2013, E não pode ser vendido separadamente NÚMERO 21 sábado, 13 julho 2013 JORNAL UNIVERSITÁRIO LABORATÓRIO DO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO INSTITUTO SUPERIOR DA MAIA NO PONTO! COM CHIP DÃO RECEITA PARA A CRISE no bacalhau A MOBILAR O MUNDO ADOÇAM O MUNDO NO ESPAÇO IBERO-AMERICANCANO PORTUGAL É A NOSSA PRIMEIRA ESCOLHA. UM PAÍS, UMA CULTURA, VÁRIAS TRADIÇÕES. NACIONAL É BOM E RECOMENDA-SE

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Suplemento do JORNAL DE NOTÍCIAS, de 13 de JULHO de 2013, E não pode ser vendido separadamente

NÚMERO 21 sábado, 13 julho 2013

JORNAL UNIVERSITÁRIO LABORATÓRIO DO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃOINSTITUTO SUPERIOR DA MAIA

sábado, 13 julho 2013

FRUTANO PONTO! COM CHIP

CHEFESDÃO RECEITA PARA A CRISE

ciência no bacalhau

PAREDESA MOBILAR O MUNDO

PASTÉIS DE NATAADOÇAM O MUNDO

DEBATESNO ESPAÇO IBERO-AMERICANCANO

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PORTUGAL É A NOSSA PRIMEIRA ESCOLHA. UM PAÍS, UMA CULTURA, VÁRIAS TRADIÇÕES.

NACIONAL É BOME RECOMENDA-SE

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JORNAL ÁGORA sábado 13/07/13212 // tradições

ficha técnicaEDITOR: Luís Humberto Marcos (Coordena-dor do curso)COORDENADORES: Catarina Brás, Patrícia Raquel GomesREDAÇÃO: Ana Isabel Santos, Ana Rocha, André Rodrigues, Catarina Brás, Daniela Fer-reira, David Costa, Diogo Leite, Fábio Ribeiro, Filipa Vieira, Hugo Lopes, Inês Correia, Luís Afonso, Patrícia Raquel Gomes, Patrícia Teix-eira Silva, Raquel Santos, Raquel SousaGRAFISMO: Cláudio CarvalhoPAGINAÇÃO: Criativos PortoENDEREÇO:Instituto Superior da Maia Av. Carlos Oliveira Campos Castêlo da Maia 4475-690 Avioso S. PedroTel. (351) 22 982 53 19 / Fax. (351) 22 282 5319ONLINE: www.agoradigital.ismai.ptwww.ismai.pt - [email protected]/jornal.agoraIMPRESSÃO: NaveprinterISBN 978-989-8609-05-2

Rendas de Bilrosentram nas jOias

Estaleiros: Poucos, mas bons

Depois da conquista na alta-costura, as rendas de bilros entram no cam-po das joias. Fomos conhecer este projeto a Vila do Conde.

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Fernando Barroso, joalheiro de Vila de Conde, conta-nos como surgiu a nova ideia na produção das suas joias. O objetivo é inovar no mercado, criando peças diferentes daquelas que se produzem em Portugal e no estrangeiro. Da ideia passou à prática, através da parceria com a Associação de Artesanato dirigida por Saraiva Dias. O presidente, em conversa com o Ágora, no seu gabinete, realça que esta iniciativa permitiu “salvaguardar e relançar as rendas de bilros num período de decadência, quando corria o risco de desaparecer por falta de incentivo às nossas

mulheres que trabalham nesta atividade há séculos”. Em conjunto com Fernando Barroso, joalheiro, esta ideia deu novos passos, através de uma linha própria com peças únicas. No Museu de Rendas de Bilros trabalham rendilheiras. Vemo-las a dedilhar as suas almofadas, peças únicas, executadas através do ouro e da prata - metais de eleição – ou do linho e do algodão em sintonia com as rendas de bilros. Só através do trabalho feito pelas mãos destas rendilheiras de Vila do Conde é possível a criação de peças únicas.Maria da Guia, rendilheira há mais de meio século, considera que “aplicar as rendas nas joias e na roupa foi um avanço na sua carreira porque requer uma maior concentração”. Até

aos dias de hoje, no que concerne ao traba-lho com joias, confessa-nos que trabalhou apenas com fio de algodão e prata, mas que se sente preparada para trabalhar com outros materiais, como é o caso do ouro. Quanto à quantidade de bilros utilizada para este tipo de trabalhos, explica que “o montante de bilros depende sempre do desenho.” É neces-sário testar a redução de bilros para facilitar o trabalho.Atualmente, podemos perceber que as joias estão presentes em algumas lojas pertencen-tes a Fernando Barroso. No entanto, pelo

país fora, pode encontrar-se as ditas joias em exposições nacionais e internacionais, em países como Espanha, Itália ou nos EUA. “O projeto tem gerado uma grande curiosidade por parte das pessoas e interes-se nos clientes”– diz-nos Fernando Barroso.Para o futuro, a Associação pretende con-tinuar com o caminho traçado: o contacto com o exterior e a promoção das rendas dentro e fora do país. As joias continuarão a ser expostas nacional e internacionalmente, em vários locais, ao longo do ano. Quem tiver curiosidade, pode mesmo deslocar-se até Vila do Conde para conhecer o trabalho das rendilheiras no Museu de Rendas de Bilros.

“Umas vezes elas trabalham o próprio fio de prata e elaboram toda A peça. Outras vezes, executam a renda nos materiais tradicionais, algodão ou seda, e o joalheiro incorpora essa renda nas peças que

produziu”Presidente da Associação DE ARTESANATO

A construção naval em Vila do Conde conti-nua a ser uma arte que valoriza o concelho. Tal como as rendas de bilros. A diferença entre am-bas em termos de produção é, todavia, enorme. Nos estaleiros é evidente a falta de clientes. Dizem-no empresários e trabalhadores. Sérgio Abrunhosa, diretor da empresa Barreto e Filhos, Lda., afirma-nos que “a qualidade do trabalho dos estaleiros mantém-se, tendo mesmo melhorado significativamente, devido à introdução do alumínio no processo produtivo.” O problema está na falta de encomendas. Na sua opinião, “faltam incentivos à renovação da frota pela construção de novas embarcações.” Do lado dos trabalhadores ouvem-se também lamentos. A falta de clientes tem estado na base da redução de pessoal. Fernando Menezo, de 61 anos, carpinteiro naval há 42 anos, diz-nos: “No meu tempo de jovem, trabalhava num estaleiro naval onde éramos cerca de 122 pessoas, hoje em dia nem chega a metade, somos aproxi-madamente 30.” As mudanças são também evidentes nos materiais usados. “Antigamente as embarcações eram feitas de pinho, o trabalho era mais árduo e exigia mais mão de obra.” Fer-nando Menezo acrescenta que “hoje em dia, não existem jovens interessados nesta área, porque é uma arte muito pesada e pouco compensatória”. Vítor Barreto, 36 anos, trabalhador há 22, conta ao Ágora que a introdução das tecnologias no setor “tirou muito trabalho prejudicial à saúde dos trabalhadores.” Apesar das mudanças veri-ficadas, considera que “o trabalho dos estaleiros faz parte do património de Vila do Conde”.Não obstante, a qualidade impera e “exporta-se”. As palavras são de Fernando Menezo: “Produzimos e exportamos estaleiros para as ilhas, nomeadamente para uma empresa nos Açores”. Explicando o percurso, acrescenta: “ os estaleiros fazem-se aqui, dirigem-se por via marítima para Matosinhos e têm como etapa final o arquipélago.”

Há quem diletantemente só goste de produ-tos estrangeiros.E há quem provincianamente teça loas a tudo o que é nacional.Nem uma nem outra atitude nos move, neste número especial do Ágora.Fomos à procura de exemplos que justi-fiquem o lema: nacional é bom e recomen-da-se. Partindo de tradições, na indústria, no artesanato, na gastronomia, na investigação e noutros campos.Os jovens jornalistas foram investigar. Nem sempre com sucesso, mas sempre com uma preocupação: levantar o véu às coisas. E aí está um conjunto de reportagens e entrevis-tas que justifica o objetivo do projeto. São apenas alguns exemplos que, embora menos falados, não deixam de fazer jus à qualidade da marca portuguesa. De novas aplicações das rendas de bilros aos pasteis de Belém cada vez mais exportáveis, passando pelo mobiliário que se espalha pela Europa e pela investigação que descobre apli-cações de espinhas de bacalhau ou de chips para a fruta, há um longo desfiar de áreas em que o nacional é bom.Descubra o leitor outras marcas de Portu-gal onde impere a qualidade e a distinção. Partilhe-as connosco. Envie as suas novi-dades. Através do Ágora Digital trataremos de ampliar a difusão. Assim se cumpre outro objetivo do jornalismo, além de informar: partilhar.

INFORMAR E PARTILHAR

linha curva

agoradigital.ismai.pt

Os bilros mostram a complexidade da arte

Zona dos Estaleiros de Vila Conde

Reparação de barco nos estaleiros

Inês Correia | Raquel SousaLuís Humberto Marcos Ana Santos | Patrícia T. Silva

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JORNAL ÁGORAsábado 13/07/13 21 gastronomia // 3

Os dois chefes partilham da mesma região onde nasceram, assim como o amor pela arte da cozinha. Estes dois

nomes de referência da culinária em Portugal não negam nunca as suas raízes transmonta-nas e fazem questão de implementar o sabor bem português que nos caracteriza.

Um chefe “hiperactivo”“Irreverente e apaixonado pelo que faz”. É as-sim que o chefe Cordeiro se caracteriza. Foi em Ayr, na Escócia, que se tornou chefe quando foi convidado para orientar a cozinha de um restaurante italiano.Em entrevista ao jornal Ágora, o chefe trans-montano revelou um pouco da sua experiência profissional. Aos “oito ou nove anos” viu-se sozinho na cozinha e colocou “as mãos na massa”, fazendo croquetes, rissóis de camarão e bolinhos de bacalhau, tornando-se oficialmente o “primei-ro prato”.Ainda jovem, partiu à descoberta e iniciou a construção da sua carreira fora de Portugal.

Escócia, Suíça, Inglaterra e França foram alguns dos países que inspiraram o chefe português. “É importante conhecermos todas as realidades que nos rodeiam e também haver uma troca de conhecimentos entre pessoas com diferentes culturas de trabalho”, referiu. Na sua passagem por França, algo de caricato aconteceu: dormir dentro de uma cabine telefónica, facto que mudou a sua vida: “Ensinou-me que a vida nos dá todas as coisas que ambicionamos, se lutarmos e trabalhar-mos para elas”. “Hoje em dia, os jovens já não pensam desta forma, tudo lhes aparece de mão beijada. Um chefe de cozinha hoje tem de sair para fora de Portugal pelo menos quatro anos. Só assim terá uma visão diferente do país onde vive”, rematou.Todos os dias esforça-se para criar uma gas-tronomia genuína e sempre baseada nas suas origens transmontanas.

Raízes transmontanas“Tenho as tradições culinárias transmontanas nas minhas memórias mais enraizadas. É uma região que está em mim, o que acaba por se refletir nas minhas criações. Nos pratos que diariamente confeciona utiliza azeite transmontano pelo “respeito por pro-dutos da região”. Para além de utilizador dos produtos transmontanos, é também defen-sor dos produtos nacionais, porque acredita que ”somos um país completo no que toca à variedade de produtos, temos ótimo peixe e marisco, carnes de origem protegida”, frisou.

Contudo, o chefe preocupa-se com a qualidade dos seus pratos, principalmente tornando-os saudáveis. Utiliza “sempre produtos frescos, com base na dieta mediterrânica” e acredita que “o essencial para uma alimentação saudá-vel é ser variada, com conta, peso e medida”.Atualmente é diretor de restauração do Altis Belém Hotel & Spa, em Lisboa.

“Domingos à mesa”O chefe Cordeiro lançou recentemente um livro intitulado “Domingos à mesa” com sugestões de receitas para “reunir a família e aproveitar o momento” com o principal obje-tivo de mostrar novas técnicas e paladares que se inspiram na cozinha tradicional portuguesa. “O aspeto mais importante em todo o livro é o “MOMENTO”. Tem a ver com o PARAR. Temos de refrear a nossa vida quotidiana e viver um pouco, com a família, com os amigos, etc. Este livro é apenas isso”, conta Cordeiro.Estes são dois chefees transmontanos que nunca esqueceram as suas raízes e que agora são vistos como referências da cozinha em Portugal.

“Hoje em dia, os jovens já não pensam desta forma, tudo lhes

aparece de mão beijada”

DE TRÁS-OS-MONTES PARA O MUNDO

Chefe Justa Nobre e chefe Cordeiro. Dois nomes, dois chefes, a mesma origem.

Sapidez, oceânico, mediterrânico.Estes são os sabores que Justa Nobre define em algumas das suas receitas. “Cozinhar, para mim, era tão natural quanto brincar”. Desde bem pequena que a chefe partilha do gosto pela culi-nária e era em família que Justa ganhara esse gosto especial enquanto cozinhava com a sua mãe e as tias. Na fase inicial da sua carreira, o seu principal interesse era variar a ementa, e, por isso, procura-va produtos que não existissem, abrindo assim novos horizontes à inovação e in-venção de novos pratos. A chefe procura implementar a gastronomia portuguesa nos seus pratos e busca a sua inspiração na família e amigos. “A minha maior ins-piração é o amor que tenho pela cozinha e a alegria de ver os meus clientes e ami-gos felizes com o que comiam”, refere.É em família que a chefe tem agora o seu restaurante. Em tempos de crise, Justa Nobre consi-dera não ser necessário comer sempre robalo, cherne ou bife do lombo. Ainda é possível preparar-se pratos ricos em qualidade e diversidade com carne ou peixe de valores mais acessíveis.

Uma chefe em família

Chefe Justa NobreChefe Cordeiro

Salada de queijo fresco e requeijão com alfaces variadas

Ingredientes250 g tomate200 g queijo fresco200 g requeijão100 ml azeite virgem100 g agriões frescos100 g rúcula20 g rebentos de ervilhas50 g alface escarola100 g alface normal100 g alface romana60 ml vinagre de vinho tinto5 g sal fino5 g “or de sal de Castro Marim

PreparaçãoCortar os queijos aos cubos. O requeijão terá de ser cortado em Cortar os queijos aos cubos. O requeijão terá de ser cortado em cubos maiores, porque se parte mais.cubos maiores, porque se parte mais.Cortar o tomate aos cubos de 1 x 1 cm e reservar para a montagem.Lavar cuidadosamente as alfaces e juntá-las numa saladeira grande,em camadas, com muito cuidado para não quebrar.Fazer um molho vinagreta juntando o azeite, o vinagre e o sal fino.Colocar os cubos de queijo e de tomate e finalizar com os rebentos de ervilhas.Temperar com a vinagreta e a “flor de sal apenas quando levar a salada para a mesa. Serve como entrada ou acompanhamento de outro prato.

Sugestão de receitaSugestão de receita low cost do chefe Cordeiro do chefe Cordeiro low cost do chefe Cordeiro low costem dias de crise para os leitores doem dias de crise para os leitores do Ágora

Filipa Vieira | Daniela Ferreira

As minhas receitas para Cozinheiros Amadores As minhas receitas para Cozinheiros Amadores chefe Cordeiro - Edições do Gosto

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JORNAL ÁGORA sábado 13/07/1321

Situada no Porto, a escola ABC dedica-se ao ensino da arte e da tradição. Surgiu de uma ideia de uma ex-professora primária e de dois economistas que, amantes da arte, decidiram conciliar essa paixão com uma oportunidade de negócio pouco ex-plorada na cidade. Esta instituição conta já com 15 anos de existência e um vasto leque de cursos sobre a arte e a tradição portuguesas. É num ambiente de tradição e de decoração rústica, que os alunos e formadores acabam por criar fortes liga-ções de amizade, num contexto de ensino “quase familiar”.

Maria Manuela Carvalho, diretora da escola, conta-nos que a experiência nem sempre foi fácil, mas que “com amor e dedicação tudo se torna mais simples”. Pela escola passaram já várias centenas de alunos que, segundo a diretora, “ao ter-minarem os cursos sentem-se realizados e muitos deles acabam por abrir os seus próprios negócios”. Alguns dos formandos de culinária, uma das áreas mais procura-das, desenvolveram “serviços de cateringe negócios próprios como pastelarias”, acrescenta. Para além de culinária, existem outros cursos como artes florais, prova e seleção de vinhos, bordados, arraiolos e artes de-corativas, o segundo com maior número de alunos. Esta variedade de ensino tem

evoluído à medida que os gostos e necessi-dades da população se alteram. A abertura do curso sobre Sushi, mais recentemente, segue esta tendência.Victor Carneiro, chefe de culinária, for-mado pela Escola de Hotelaria do Porto, dá aulas na ABC desde a sua abertura. O curso de culinária para iniciados é constituído por oito aulas de três horas semanais onde, a cada aula, se confecio-nam diferentes entradas, pratos de carne, peixe e sobremesas. No dia da reportagem em que o Ágora teve oportunidade de conhecer a escola, a ementa foi: sapateira recheada, rosbife com pastéis de espar-regado, espetadas de tamboril e tarte de maçã. Ligam-se os fogões e mãos à obra. As alunas colocam os aventais e partici-pam na confeção dos pratos, sempre com as instruções e acompanhamento do chefe. No final, aquilo que foi preparado é servi-do aos formandos. Trata-se de um ensino não académico. As pessoas que se inscrevem não pretendem, necessariamente, melhorar o seu currículo profissional, mas sim aperfeiçoar as suas competências pessoais.O principal conceito desta escola é aperfeiçoar as várias técnicas e, simulta-neamente, proporcionar momentos de entretenimento e convívio. Os alunos são de diversas regiões. Tal como refere o chefe Victor Carneiro, “há alunos da Póvoa de Varzim, Caminha e até de Coimbra.Madalena, 22 anos, recém-licenciada em Nutrição, conta que decidiu inscrever-se no curso de culinária para “aprender e aperfeiçoar pratos mais elaborados”. Vê na escola um incentivo para chegar a casa e aplicar o que aprendeu nas aulas.Não há limite de idade para frequentar a escola. O único pré-requisito é a vontade de aprender.

15 anos a ensinar arte e tradição

Aula do curso de culinária

Ana Rocha | Luís Afonso

4 // ENSINO E investigação

Épossível que o seu protetor solar seja feito de espinhas. E até a sua pasta dentífrica pode ter a mesma origem. Três investigadoras descobriram as propriedades deste peixe. A nível biomédico, as descobriram as propriedades deste peixe. A nível biomédico, as

espinhas de bacalhau podem ainda servir para próteses.espinhas de bacalhau podem ainda servir para próteses.

Clara Piccirillo, investigadora, retira as espinhas do bacalhau e leva-as ao forno a tem-peraturas altíssimas. A amostra fluida é, depois, submetida a um aparelho centrifugador para promover a separação dos componentes de diferentes densidades. Surge então o pó branco, cientificamente chamado de hidroxiopatite. Foi assim que começou o projeto, onde a valo-rização de algumas componentes surgem como o sub produto de bacalhau, nomeadamente as espinhas.Estamos na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto. Foi aqui que o Ágora encontrou um grupo de investiga-dores que submeteram as espinhas de bacalhau a temperaturas superiores a 600 graus Celsius. A nível biomédico, esta descoberta pode servir para produzir próteses ósseas e dentárias, entre outras aplicações, como pastas dentífricas e protetores solares. Manuela Pintado, investigadora, diz-nos que neste momento existem várias soluções das aplicações biomédicas com hidroxiopatite

sintética. “O que se pretende é fazer uma ava-liação, para demonstrar a biocompatibilidade destes materiais”, afirma.Paula Castro, também investigadora da mesma instituição, salienta que o processamento do bacalhau gera até 40% de subprodutos com potencial superior ao destino que agora lhes é dado.O momento em que as investigadoras verifica-ram que o projeto tinha pernas para andar foi quando se extraiu a hidroxiopatite da espinha de bacalhau. Ao ser tratada com diferentes soluções, verificou-se a obtenção de compos-tos com propriedades e aplicações diferentes. Não se esgotam as aplicações no domínio da biomédica – implantes dentários e aplicações ambientais é o que se espera que tenha poten-cial para estar no mercado internacional muito brevemente.No que toca ao futuro, este centro de investiga-ção pretende continuar a explorar a possibi-lidade de extração de compostos com valor acrescentado de subprodutos de várias origens.

afinal para que servem as espinhas de bacalhau?

André Rodrigues | David Costa | Fábio Ribeiro

Investigadoras Paula Castro, Manuela Pintado, Clara Piccirillo

Processamento das lascas

Os cursos variam entre 1 e 8 aulas

e rondam os 35 € e os 210 €

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JORNAL ÁGORA sábado 13/07/13 21

fora da Europa. A ASF Home está dividida em três departamen-tos: clássico, contemporâneo e de autor. Os dois primeiros visam ser os produtos mais vendidos, o outro terá peças exclusivas assinadas por auto-res, um deles será a designer Eva Almohacid.

Posteriormente será criada uma linha mais limi-tada e personalizada de luxo extremo, como é o caso de uma destas peças, que será futuramente apresentada no Dubai.A outra grande aposta é na Furniture Hotel, uma marca reconhecida internacionalmente na produção de mobiliário para cadeias hoteleiras de renome. O negócio mais recente é o Hotel Riu Plaza Berlin.A marca foi adquirida pelo grupo ASF no final do ano passado, ao contrário da ASF Home, onde o que predomina é a criação, aqui é exclu-sivamente a produção.Atualmente a ASF encontra-se na terceira geração com uma elevada faturação anual, com uma constante aposta no futuro, na inovação e a ganhar terreno de dia para dia no mercado internacional.

exportador // 5

ambiciosos. Um deles é uma marca criada recentemente, ASF Home, que será uma mais-valia do produto. Esta criação deve-se à veri-ficação que sem qualquer marca de renome, com peso no mercado, unicamente concorre-riam com países como Itália, pela qualidade e baixo preço. O principal objetivo da empresa é sair da sua zona de conforto, alargando o seu negócio para

99% DE Exportação

Madeiras de qualidade superior, cerejeira americana e francesa, carvalho e outras diversas. São algumas das matérias-primas utilizadas na produção. Elsa Teixeira, chefe do departamento do produto, recorda que “começaram com um espaço muito pequenino, que tinha a largura e o comprimento de um carro muito peque-no”. Atualmente, a área de produção conta com 15 000 m2.Logo à entrada percebe-se a diversidade de mercados da empresa. Aqui ouve-se francês,

mais adiante, um agente comercial fala com um cliente espanhol, e noutra sala deduz-se que o cliente será alemão. Os mercados criaram exigências. Elsa Teixeira assinala 2013 como o ano de “viragem radical no grupo” perspetivada para 2014. A ideia passa por migrar o produto para novos mer-cados, com o olhar centrado nos emergentes BRIC (Brasil, Rússia, India, China, África do Sul). Para isso, a ASF encontra-se a investir em dois projetos em paralelo bastante

Elsa Teixeira “o principal cliente é o mercado francês”

“2013 viragem radical no grupo”

P aredes resiste ao cenário de crise. Empresa familiar de mobiliário exporta quase toda a produção para a Europa. Estamos a falar da ASFgroup, situada em Vilela, Paredes, criada há 67 anos. No começo, a produção limitava-se a mesas extensíveis. Hoje a fábrica faz todo o tipo de mobiliário.

Em períodos de recessão, verifica-se uma quebra acen-tuada no consumo de bens e serviços, onde se enquadra o mobiliário.“Trata-se de um setor que, até há pouco tempo, estava bas-tante dependente do mercado interno e, por força da conjun-tura adversa, viu-se obrigado a orientar os seus recursos para a internacionalização”, diz o diretor executivo da Associação Portuguesa das In-dústrias de Mobiliário e Afins.Portugal é o 21.º produtor a nível mundial. A intensifica-ção dos esforços de interna-cionalização que apareceram a partir de 2010, devido às circunstâncias adversas encon-tradas no seu mercado inter-no, enfrenta um processo mo-roso e extremamente custoso de afirmação além-fronteiras. Este cenário generalizado foi agravado pela descapitaliza-ção por parte das empresas e pela imagem de um país frágil iniciado aquando da interven-ção da Troika.De acordo com os dados mais recentes, as exportações de mobiliário e colchoaria cresceram 6% entre janeiro e novembro de 2012, em termos homólogos com o ano anterior, para 1 007 milhões de euros e 138 países.Estes dados apontam para “um ano recorde”.Actualmente, o comportamen-to do comércio mundial deste sector está fortemente depen-dente do impacto da crise da dívida soberana dos países da zona euro.

Fonte: APIMA - Análise de Conjuntura

o setor mobiliárioem portugal

100% NacionalCatarina Brás

Instalações da empresa ASF Group em Vilela - Paredes

15 000m2

de área produção

100funcionários

20Carregam por mês

+/- 20 camiões

10Linhas de produção

1loja outlet (excedentes

de produção e protótipos)

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JORNAL ÁGORA sábado 13/07/13216 // inovação

Fruta com chipQue tal saber se a fruta está madura pelo telemóvel?

Ultima-se, em Óbidos, uma aplicação tecnológica que vai permitir aos fruticultores saberem se a fruta está madura para a colheita. O Ultracarpo é desenvolvido pela empresa Impactwave.

Esta aplicação, direcionada para os smartphones, requer a instalação de dis-positivos de ultrassons para permitir ao agricultor perceber o estado de matura-ção das frutas.Para Ricardo Cardoso, um dos mentores da Ultracarpo, a sua empresa sempre primou pela criação de novas tecnologias que simplificassem a atividade profissio-nal dos seus clientes. “A Impactwave tem vindo a desenvolver várias tecnologias,

algumas utilizadas por organismos pú-blicos para gestão documental, mais re-centemente sistemas de digital signage, e aplicações para a área da medicina, sendo que os objetivos principais foram sempre a simplicidade, eficiência e melhoria de procedimentos”, afirma ao Ágora.

Ricardo Cardoso explica que em Portugal ainda não existem condições para que estes produtos tenham muita saída e, por isso, “a ultracarpo foi concebida a pensar a nível mundial.” No entanto, este engenhei-ro afirma que “Portugal tem imenso po-tencial como local para desenvolvimento de protótipos”. Na sua opinião, o mercado não lhe garante o retorno no investimen-to que é feito. “Terão, no entanto de ser pensados para uma comercialização a nível mundial, porque o mercado nacional acaba por ser pequeno e só por si não traz retorno suficiente”, garantiu.Em condições normais, atendendo a um mercado com grande procura e tempo de produção muito limitado para poder satisfazer as necessidades da população, os técnicos agrícolas são forçados a aumentar o “brix” dos seus produtos. Consiste nos níveis de açúcares que são manualmente adulterados para que a colheita seja feita o mais breve possível. Com a aplicação do Ultracarpo este recurso prejudicial será cada vez mais deixado para trás.Agora, existe a possibilidade de o produ-tor ver o seu trabalho facilitado. A nível técnico, esta aplicação permitirá o registo de informação do estado do alimento. Ao nível dos distribuidores, serão benefici-ários da possibilidade de elaborar testes sem perdas e, depois de ser vendido, o produto será acompanhado de uma ficha técnica que relatará todos os processos

que o alimento passou. Por último, o consumidor: serão garantidos produtos com maior qualidade, grau de maturação mais definido e um sabor diferente.No que toca à experimentação da aplicação, Ricardo Cardoso revelou não existir uma versão disponível para co-mercialização, somente o protótipo. Os testes efetuados até à data foram feitos no âmbito do desenvolvimento de um protótipo que irá ser disponibilizado aos produtores.Este projeto reconhecido a nível nacio-nal foi galardoado com dois prémios no Concurso de Empreendorismo Arrisca C, atribuídos pela SONAE e pela IDD (Incubadora D. Dinis). O potencial da aplicação suscitou o interesse de várias entidades agrícolas, permitindo o desen-volvimento de parcerias adequadas à afinação do produto para o mercado.

O lançamento comercial da ultracarpo estava previsto para

este ano, mas foi adiado para 2014. As razões são dadas pelo

responsável da empresa, Ricardo Cardoso: Panorama económico e necessidade de reforço dos

testes de eficácia junto de fruticultores.

A Impactwave tem sede no Parque Tecnológico

de Óbidos, e direciona a sua atividade para as

Tecnologias da INFORMAÇÃO. Desenvolve

multiplataformas para desktop, internet ou dispositivos móveis,

com aplicações interativas. produz websites, jogos multi-

-plataformas interligadas com sensores ou interfaces táteis.

Diogo Leite | Hugo Lopes

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2013/2014

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JORNAL ÁGORAsábado 13/07/13 21 negócios // 7

Ora tome, desembrulhedesembrulhee coma uma nata

Do lado de fora da loja do Porto, em plena rua de Santa Catarina, um toldo azul escuro chama a atenção: “the world needs nata”. A imagem e ambiente acolhedor apelam à entrada. Seja simples, ou polvilhado com açúcar e canela, ninguém resiste ao pastel que só Portugal tem, mas que na realidade todo o mundo já conhece. O dia está frio. A chuva parece querer inundar a cidade. Vamos comprovar a fama do pastel e estar à conversa com Joana Seixo, proprietária da terceira loja que abriu recentemente. Joana conta que viu a apresentação da marca na televisão e por achar a ideia interessante, resolveu aderir e aventurar-se no negócio juntamente com o marido. “Nós vimos a apresentação da Nata Lisboa no canal SIC Notícias e gostámos imenso da marca, por isso resolvemos aderir.”Quanto à receita, nada falha. “Foi uma receita que foi criada em conjunto com pasteleiros especializados e que depois é exatamente a mesma para todas as lojas.” Para garantir o mesmo sabor, Joana Seixo revela: “Para o sabor ser exatamente igual, os pastéis são distribuídos todos desde o mesmo ponto e depois são cozidos. Só assim é possível garantir o mesmo sabor do pastel.”O espaço, não muito grande, conta com uma ambiência acolhedora e algo familiar que, por qualquer razão, faz a pessoa ter vontade de sentar-se numa das mesas e provar o clássico pastel e um café bem

Actualmente, a aposta em modelos de franshising está a crescer e à semelhança de outros negócios do género, a nata lisboa é uma marca

pronta a ser franchisada e replicada em qualquer parte do mundo. O primeiro espaço abriu em 2012, no Príncipe Real e o segundo na Bica em Lisboa. Desde

então, tem despertado a atenção das pessoas.

quentinhos. No final, a vontade de repetir e trazer a caixa de seis é mais que muita e, por norma, é o que costuma acontecer com quem por lá passa. A recetividade do público tem excedido as expectativas iniciais. “Como gestores da marca aqui no Porto, a receção tem sido ótima” e Joana confirma que “as pessoas vêm cá e já pedem para levar a caixa de seis pastéis. Não sei se é pelo espaço ou pela aparência, mas é o que acontece. Tam-bém pelo conceito da marca, as pessoas ao virem cá já sabem que somos especializados nisto e aderem muito”. Embora aberta há pouco mais de três meses, Joana acredita que abrir a Nata Lisboa no Porto foi uma boa aposta, mesmo dentro da conjuntura económica que atualmente se vive no país. “Diariamente são bastantes as pessoas que se deslocam até à loja e por dia, saem do forno uma média de 500 a 600 pastéis.”Quanto ao futuro, revela que a marca pode vir a ser o primeiro franchising português de franchising português de franchisingprojeção económica mundial. “O objetivo da marca é sem dúvida a internacionalização e a abertura de muitas mais lojas.” Ainda no segredo dos deuses, como diz a proprietária, estão por revelar os próximos locais a abrir brevemente. O que se sabe para já é que serão abertas mais seis lojas: quatro em três cidades portuguesas e duas em duas cidades europeias. Enquanto isso, se é de Lisboa ou do Porto sempre pode vir provar os pastéis que prometem adoçar o mundo.

“Omundo precisa de nata” é a frase adoptada pela “Nata mundo precisa de nata” é a frase adoptada pela “Nata Lisboa” – o novo negócio de franchising português português franchising português franchisingque tem como objectivo levar os pastéis de nata aos que tem como objectivo levar os pastéis de nata aos quatro cantos do mundo. Neste caso concreto, a ideia quatro cantos do mundo. Neste caso concreto, a ideia

de Álvaro Santos Pereira (ministro da Economia) em internaciode Álvaro Santos Pereira (ministro da Economia) em internacio-nalizar os pastéis tipicamente portugueses não caiu no ridículo e foi mesmo levada à risca pela empresa beBusiness, responsável e foi mesmo levada à risca pela empresa beBusiness, responsável pela criação deste negócio.

Patrícia Raquel Gomes | Raquel Santos

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JORNAL ÁGORA sábado 13/07/13218 // ibercom & confibercom

DEBATES no espaço ibero-americanono espaço Várias atividades realizadas nos últimos dois meses mostraram a integração do ISMAI, instituto universitá-rio, no espaço ibero-americano. As fotos documentam. ISMAI, Santiago de Compostela e Funchal são os locais de acolhimento das diversas iniciativas internacionais integradas nas Ciências da Comunicação. Algumas de acolhimento das diversas iniciativas internacionais integradas nas Ciências da Comunicação. Algumas delas serviram para lançar o Ágora Digital.de acolhimento das diversas iniciativas internacionais integradas nas Ciências da Comunicação. Algumas delas serviram para lançar o Ágora Digital.de acolhimento das diversas iniciativas internacionais integradas nas Ciências da Comunicação. Algumas

Mesa 2º Fórum CONFIBERCOMMesa 2º Fórum CONFIBERCOM

ÁGORA DIGITAL - agoradigital.ismai.ptSimone Duarte, editora online do públicoSimone Duarte, editora online do público

Margarita Anton-Crespo , Directora do curso de Ciências da Comunicação

da Universidade Valladalid, com Bruno Reis (ISMAI)

Intervenção de Vicente Jimenez, director-adjunto do El País, transmitida em livestream

Helder Bastos (UP), Miguel Coutinho (JN) e Vicente Jimenez (El País)

Enrique Bustamante, Universidade Completense de Madrid, entrevistado

para o Ágora Digital

Rosa Fraquet, investigadora da Universidade de Barcelona,

Rosa Fraquet, investigadora da Universidade de Barcelona,

entrevistada para o ágora digital

entrevistada para o ágora digital

entrevistada para o ágora digital

Ingrid Steinbach, directora da Faculdade de Humanidades e Comunicação da UPSA - Bolívia na assinatura do protocolo com o ISMAI

Alunos e professores do ISMAII participaram no XIII Congresso IBERCOM,

realizado no final de maio, na Universidade de Santiago de Compostela.

Ao todo mais de vinte. Com comunicações e cobertura jornalística.

A este nível, a delegação do ISMAI singularizou-se como a única rep-

resentação universitária do espaço ibero-americano que apostou em

cobrir o evento com equipas de reportagem. A imprensa (uma página

no JN) e o Ágora Digital foram os espaços de experimentação dos alunos

de jornalismo.Experiências idênticas já haviam sido concretizadas no XI IBERCOM

(2009), realizado na Universidade da Madeira, e no IX IBERCOM que

decorrera na Universidade de Sevilha (2006).

ÁGORA DIGITAL - agoradigital.ismai.pt

Margarita Anton-Crespo , Directora do curso de Ciências da Comunicação

da Universidade Valladalid, com Bruno Reis (ISMAI)

Rosa Fraquet, investigadora da Universidade de Barcelona,

Miquel Moragas, Presidente da Assossiação Espanhola de Investigadores

de Comunicação no 2º Fórum CONFIBERCOM

Livro de atas do XI IBERCOM (edição ISMAI), lançado na Reitoria da

Universidade da Madeira