Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a...

6
Artigo No dia 9/8, bancários caminharam pelas ruas do Centro de Fortaleza para mobilizar a categoria e conscientizar a sociedade (pág. 3) O recente Congresso Nacional da CUT, o qual tivemos a honra de coordenar, apontou um cami- nho claro a seguir na luta contra a estagnação, a financeirização e a desnacionalização da nossa econo- mia, mazelas que têm se agravado à medida em que o País patina no enfrentamento à crise que afunda as economias dos países capitalis- tas centrais. Precisamos mais do que nunca de investimentos públicos para que o Estado retome o seu protagonis- mo e fortaleça a sua qualificação e capacitação, ao mesmo tempo em que cobre da iniciativa privada que faça a sua parte, com contraparti- das sociais aos recursos recebidos, e não apenas remeta seus lucros ao exterior. Nossa compreensão é que se conseguimos enfrentar e superar a crise de 2008, promovida a monstro invencível pela grande mídia, que chegou a ironizar as de- clarações do presidente Lula que a reduziu a uma “marolinha”. Naquela oportunidade, respondendo às pres- sões e propostas apresentadas pela CUT, o governo estimulou a popula- ção para que ampliasse o consumo, alavancando o crédito e apoiando fortemente a produção nacional, se contrapondo às teses neoliberais e privatistas de “ajuste fiscal”, arrocho salarial e redução de direitos. Hoje, novamente, o País se vê na encruzilhada e, mais uma vez, dependerá da capacidade de mobilização e negociação do mo- vimento sindical, articulado com os demais movimentos sociais, para que o governo acelere o passo e não tropece nas armadilhas dos setores que querem a implantação da pauta dos derrotados. Mas então por onde deve- mos prosseguir? Na opinião dos cutistas, expressa num detalhado plano de lutas debatido e aprovado coletivamente, além da defesa da valorização salarial, precisamos focar em alguns pontos no próximo período: o combate à terceirização, que tem se revelado um crime con- tra os trabalhadores, mecanismo de arrocho salarial e precarização de direitos; a luta pelo Fim do Fator Previdenciário, para garantir que os trabalhadores e trabalhadoras con- sigam se aposentar enquanto ain- da estiverem vivos e em condições minimamente dignas; a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- tação do Piso Salarial Nacional do Magistério, o Plano de Carreira e os 10% do PIB para a educação; e a reforma agrária, com atualização dos índices de produtividade e uma política agrícola que fortaleça a agricultura familiar, responsável por mais de 70% dos produtos que vão à mesa dos brasileiros e brasileiras. Como pudemos ver são gran- des os desafios, mas ainda maior é a determinação e o compromisso da nossa militância para a supera- ção dos problemas e a consolida- ção do nosso projeto democrático e popular. Por tudo isso, em agosto, vamos ocupar as ruas com grandes mobilizações. Este é o caminho. Quintino Severo – secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional Agosto de mobilizações Bancários lançam Campanha Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros Pesquisa da Contraf/CUT e Dieese aponta que geração de empregos bancários reduz 80,40% no primeiro semestre de 2012 (pág. 2) Nas primeiras rodadas de negociação, Fenaban rejeita todas as reivindicações da categoria (pág. 4) Isonomia no BNB: Sindicato ajuizou ação junto à Justiça do Trabalho e audiência inicial acontece dia 29/8, na 7ª Vara (pág. 6) Caixa não apresenta propostas e Comando orienta intensificar mobilização dos bancários (pág. 6) Fotos: Drawlio Joca Bradesco vence o 30º Campeonato de Futsal dos Bancários A 30ª edição do Campeonato de Futsal dos Bancários realizou sua grande final no sábado, dia 11/8, e teve como grande campeão o Bradesco. O time derrotou a Apcef, vencendo a disputa por 9 x 1. O fim do Campeonato foi comemorado com entrega de medalhas e troféus e com confraternização entre os atletas e convidados (pág. 5)

Transcript of Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a...

Page 1: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

Artigo

No dia 9/8, bancários caminharam pelas ruas do Centro de Fortaleza para mobilizar a categoria e conscientizar a sociedade (pág. 3)

O recente Congresso Nacional da CUT, o qual tivemos a honra de coordenar, apontou um cami-nho claro a seguir na luta contra a estagnação, a fi nanceirização e a desnacionalização da nossa econo-mia, mazelas que têm se agravado à medida em que o País patina no enfrentamento à crise que afunda as economias dos países capitalis-tas centrais.

Precisamos mais do que nunca de investimentos públicos para que o Estado retome o seu protagonis-mo e fortaleça a sua qualifi cação e capacitação, ao mesmo tempo em que cobre da iniciativa privada que faça a sua parte, com contraparti-das sociais aos recursos recebidos, e não apenas remeta seus lucros ao exterior. Nossa compreensão é que se conseguimos enfrentar e superar a crise de 2008, promovida a monstro invencível pela grande mídia, que chegou a ironizar as de-clarações do presidente Lula que a reduziu a uma “marolinha”. Naquela oportunidade, respondendo às pres-sões e propostas apresentadas pela CUT, o governo estimulou a popula-ção para que ampliasse o consumo, alavancando o crédito e apoiando fortemente a produção nacional, se contrapondo às teses neoliberais e privatistas de “ajuste fi scal”, arrocho salarial e redução de direitos.

Hoje, novamente, o País se vê na encruzilhada e, mais uma vez, dependerá da capacidade de mobilização e negociação do mo-vimento sindical, articulado com os demais movimentos sociais, para que o governo acelere o passo e não tropece nas armadilhas dos setores que querem a implantação da pauta dos derrotados.

Mas então por onde deve-mos prosseguir? Na opinião dos cutistas, expressa num detalhado plano de lutas debatido e aprovado coletivamente, além da defesa da valorização salarial, precisamos focar em alguns pontos no próximo período: o combate à terceirização, que tem se revelado um crime con-tra os trabalhadores, mecanismo de arrocho salarial e precarização de direitos; a luta pelo Fim do Fator Previdenciário, para garantir que os trabalhadores e trabalhadoras con-sigam se aposentar enquanto ain-da estiverem vivos e em condições minimamente dignas; a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen-tação do Piso Salarial Nacional do Magistério, o Plano de Carreira e os 10% do PIB para a educação; e a reforma agrária, com atualização dos índices de produtividade e uma política agrícola que fortaleça a agricultura familiar, responsável por mais de 70% dos produtos que vão à mesa dos brasileiros e brasileiras.

Como pudemos ver são gran-des os desafi os, mas ainda maior é a determinação e o compromisso da nossa militância para a supera-ção dos problemas e a consolida-ção do nosso projeto democrático e popular. Por tudo isso, em agosto, vamos ocupar as ruas com grandes mobilizações. Este é o caminho.

Quintino Severo – secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional

Agosto de mobilizações

Bancários lançam Campanha Nacional 2012 e desvendam truques

dos banqueiros

• Pesquisa da Contraf/CUT e Dieese aponta que geração de empregos bancários reduz 80,40%

no primeiro semestre de 2012 (pág. 2)

• Nas primeiras rodadas de negociação, Fenaban rejeita todas as reivindicações da categoria (pág. 4)

• Isonomia no BNB: Sindicato ajuizou ação junto à Justiça do Trabalho e audiência inicial acontece dia 29/8, na 7ª Vara (pág. 6)

• Caixa não apresenta propostas e Comando orienta intensifi car mobilização dos bancários (pág. 6)

Fotos: Drawlio Joca

Bradesco vence o 30º Campeonato de Futsal dos

BancáriosA 30ª edição do Campeonato de Futsal dos Bancários realizou sua grande fi nal

no sábado, dia 11/8, e teve como grande campeão o Bradesco. O time derrotou a

Apcef, vencendo a disputa por 9 x 1. O fi m do Campeonato foi comemorado com entrega de medalhas e troféus e com confraternização

entre os atletas e convidados (pág. 5)

Page 2: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

Trib

una

Ban

cária

1250 d

e 13 a

18 d

e ag

ost

o d

e 2012 –

pág

. 2 Emprego Bancário

Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Tomaz de Aquino – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

CONVÊNIO

Os bancos geraram 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mes-mo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. A queda do emprego ocorreu em função do saldo negativo em 1.209 postos de trabalho nos bancos múltiplos com carteira comercial, atividade que engloba grandes instituições fi nanceiras como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Já a Caixa Econômica Fe-deral abriu 3.492 empregos, o que evitou que o setor apresentasse desempenho negativo.

Esses dados são da 14ª edição da Pesquisa de Emprego Ban-cário, realizada trimestralmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamen-to Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diee-se), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. A abertura de 2.350 vagas no primeiro semestre repre-senta uma expansão de apenas 0,46% no emprego bancário. Além disso, na comparação com o saldo de 1.047.914 empregos gerados em todos os setores da economia na primeira metade do ano, os bancos contribuíram com apenas 0,22% do total.

“O setor de maior lucratividade da economia brasileira não pode ter uma contribuição tão ínfi ma para a geração de empregos", critica o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. "Não podemos aceitar essa falta de responsabilidade so-cial dos bancos com o crescimento econômico e o desenvolvimento do País”.

Alta rotatividade reduz mas-sa salarial – Pesquisa mostra que entre janeiro e junho os bancos contrataram 23.336 empregados e desligaram 20.986. Já a remune-ração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que representa uma diferença de 35,40%. Na economia brasileira como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados é 7% inferior à média salarial dos demitidos.

Nas campanhas nacionais realizadas entre 2004 e 2011, os bancários conquistaram aumentos reais de 13,9% nos salários e 31,7% nos pisos salariais na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “No entanto, com o efeito da rotatividade, o impacto dos ganhos foi drastica-mente reduzido pelos bancos e o aumento real médio fi cou em torno de 3,6%, prejudicando a melhoria da renda dos bancários e favore-cendo o crescimento dos lucros das instituições fi nanceiras”, destaca o presidente da Contraf-CUT.

A rotatividade no setor bancário tem sido um pouco superior a 7% ao ano. Embora essa taxa seja inferior àquela observada no conjunto dos setores econômicos, o efeito geral sobre a remuneração dos bancá-rios é maior, dado que a diferença de remuneração existente entre o trabalhador desligado e o admitido

Geração de empregos nos bancos cai 80,40% no

primeiro semestre de 2012

é próxima de 38%, enquanto que no conjunto dos setores é de apenas 7%. Através da substituição anual de 7,4% dos bancários, por outros com remuneração 38% inferior, conforme dados da RAIS de 2010, os bancos reduzem os impactos dos ganhos conquistados pelos bancá-rios nas campanhas nacionais.

“A rotatividade é uma política extremamente danosa à categoria porque, além de rebaixar a média salarial, deixa os bancários perma-nentemente em tensão por medo de demissões”, acrescenta. “Isso é uma violência contra os traba-lhadores. O sistema fi nanceiro não enfrenta nenhuma difi culdade no Brasil. Pelo contrário, só os cinco maiores lucraram R$ 50,7 bilhões no ano passado. E três deles (Itaú, Bradesco e Santander), que já di-vulgaram os balanços do primeiro semestre, obtiveram lucros deR$ 16 bilhões”, aponta o dirigente da Contraf-CUT.

Mulheres entram e saem ganhando menos – Os dados do Caged mostram também que os homens foram maioria tanto entre admitidos quanto entre desligados no primeiro semestre, assim como ingressaram e saíram recebendo salários maiores do que as mulhe-res. Eles entraram com uma renda média de R$ 3.087,69 enquanto elas fi caram com R$ 2.311,14. Eles foram desligados ganhando em média R$ 4.848,99 e elas, R$ 3.477,45.

Bancos contratam jovens e desligam experientes – O levantamento revela também que os bancos contratam, sobretudo, jovens. As faixas etárias com saldo positivo de emprego são as que reúnem trabalhadores com até 29 anos, com destaque para a referente a pessoas com idade entre 18 e 24 anos, para a qual o resultado foi positivo em 6.288 postos. Para trabalhadores a partir de 30 anos, o saldo de empregos torna-se negativo para todas as faixas etárias.

Formação profissional não garante emprego – Em relação à escolaridade, a pesquisa aponta que os maiores saldos de empre-go se referem aos trabalhadores com ensino médio completo e com superior incompleto. Para trabalhadores com ensino superior completo foram fechados 3.242 postos de trabalho. O elevado saldo positivo observado para escolaridade ensino médio com-pleto é, provavelmente, reflexo da concentração da geração de empregos na Caixa.

Recuperação lenta do em-

prego bancário – Desde 2001 o setor bancário apresenta contínuo crescimento de empregos, pas-sando de 392 mil para 509 mil em junho de 2012. Durante a década de 1990, esse estoque teve queda de 46%, especialmente, devido ao processo de reestruturação produtiva que atingiu diversos setores da economia brasileira no período. É possível, portanto, caracterizar a última década como um período de recuperação de postos de trabalho.

“Apesar da redução do PIB e das turbulências internacionais no primeiro semestre, nada justifica o freio do sistema financeiro brasilei-ro na geração de empregos, uma vez que os bancos permanecem lucrando muito”, salienta o presi-dente da Contraf-CUT.

Conforme mostram os Relató-rios de Administração dos bancos que já publicaram balanços do pri-meiro semestre, o setor continua apresentando trajetória positiva em todos os seus indicadores, excetuando-se os de emprego. Além disso, mesmo ao se ob-servar a redução da geração de empregos em todos os setores da economia – incluindo setores mais sensíveis à baixa expansão do PIB como serviços e construção civil –, nota-se que a redução do crescimento foi menos acentuada do que no sistema financeiro.

Rotatividade e Diferença de Remuneração Brasil – 2010

Taxa de RotatividadeDiferença de

Remuneração Admitidos e Desligados

Todos os setores 36,0% -7%

Setor Bancário 7,4% -38%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).Elaboração: DIEESE – Rede Bancários.

Admitidos, desligados e remuneração média por sexo janeiro a junho de 2012

Gênero

Admitidos Desligados

Saldo

Diferen-ça da Rem. Média

(%)

Nº de trabalha-

dores

Part. (%)

Rem. Média

(em R$)

Nº de trabalha-

dores

Part. (%)

Rem. Média

(em R$)

Masculino 11.947 51,2% 3.087,69 10.952 52,2% 4.848,99 995 -36,32%

Feminino 11.389 48,8% 2.311,14 10.034 47,8% 3.477,45 1.355 -33,54%

Total 23.336 100,0% 2.708,70 20.986 100,0% 4.193,22 2.350 -35,40%

Fonte: MTE. CagedElaboração: DIEESE – Rede Bancário

Até o dia 26 de agosto, o SESC rece-be a exposi-ção nacional “Carlos Ver-gara Viajante - Experiências de São Miguel das Missões”, no SESC SE-NAC Iracema. A visitação é gratuita, das 10h às 21h. A mostra faz parte do proje-to ArteSESC, desenvolvido pelo Departa-mento Nacional do SESC, que propõe a circulação de exposições de artes visuais contemporâneas por todo o País.

A exposição é resultado de impressões de Carlos Vergara durante viagem a São Miguel das Missões, cidade do sul do País, que no século XVIII foi palco das missões jesuítas de civilização aos índios guaranis. Os contrastes de mundos e modos daqueles povos estão exprimidos nas monotipias em tecido, montagem de fotografi as em acrílico, nas pinturas e vídeos do

Experiências e impressões expostas

artista. As obras chamam a atenção pelas cores, formas e técnicas que convidam a interpretações.A expo-sição fi ca aberta para visitações até o dia 26 de agosto, quando segue para o estado da Paraíba.

Serviço:Exposição “Carlos Vergara

Viajante – Experiências de São Miguel das Missões”

Até dia 26/8Local: SESC SENAC Iracema

(Rua Boris, 90 – Praia de Iracema) Visitação: das 10h às 21h

O Sindicato dos Bancários do Ceará mantém convênio com o Colégio Batista. Os bancários sindi-calizados podem se benefi ciar com descontos na matrícula e nas men-salidades. Os descontos na matrícula variam de 15% a 35% dependendo do mês. Já nas mensalidades, os descontos variam de acordo com o número de alunos matriculados pelo bancário.

O Colégio Batista oferece turmas do infantil ao pré-vestibular, além de turmas avançadas. Atividades como idiomas, língua de sinais (Libra), informática educativa e olimpíadas escolares também fazem parte da grade curricular.

O colégio possui unidades na Aldeota, Edson Queiroz, Varjota e na Rua Pereira da Costa (Unidade Sul). Para mais informações sobre o Colé-gio Batista, o bancários pode visitar o site da instituição (www.batista.g12.br) ou entrar em contato com uma das unidades: Aldeota (4008.2300), Edson Queiroz (3273.1282), Varjota (3267.2929) e Sul (3276.3969).

Sindicato mantém parceria com Colégio Batista

Descontos na matrículaAgosto – 40%

Setembro – 35%Outubro – 25%

Novembro – 20%Dezembro – 15%

Descontos nas mensalidades1 aluno – 20%

2 alunos – 20% e 25%3 alunos – 20% - 25% - 30%

4 alunos – 20% - 25% - 30% - 35%

Na promoção Indique Amigos

Descontos para aluno veteranoMatrícula até 31/8/2012 – 80%

Até 28/9/2012 – 70%Até 31/10/2012 – 50%Até 30/11/2012 – 40%Até 21/12/2012 – 30%

Descontos para aluno novatoMatrícula até 31/8/2012 – 60%

Até 28/9/2012 – 50%Até 31/10/2012 – 40%Até 30/11/2012 –30%Até 21/12/2012 – 20%

Page 3: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

Trib

una

Ban

cária

1250 d

e 13 a

18 d

e ag

ost

o d

e 2012 –

pág

. 3

Fotos: Drawlio Joca

De forma bem humorada, o Sindicato dos Bancários do Ceará fez o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2012, no Centro de Fortaleza na manhã de quinta-feira, dia 9/8, desenvol-vendo o tema “Chega de Truques, banqueiro!”. A manifestação

começou com um ato público em frente ao Banco do Nordeste, na Praça Murilo Borges e seguiu em passeata pelas ruas centrais da Capital.

Uma trupe circense composta por mágicos, palhaços, pernas-de-pau, banda de música, faixas e cartazes fez a animação da caminhada pelas agências. Em plena passeata, os mágicos deram show com vários truques mirabolantes, mostrando como os banqueiros os usam para ludibriar bancários e clientes.

Os bancários em passeata percorreram as principais agências do Cen-tro, tais como Banco do Nordeste, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e HSBC, fazendo a mobilização da categoria e mostrando à sociedade as manobras dos banqueiros.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra ressaltou a necessidade do fortalecimento da mobilização da categoria e a conscientização dos clientes, da sociedade como um todo para a campanha salarial dos bancários deste ano.

“Como fazemos todos os anos, estamos sensibilizando a sociedade, demonstrando os truques dos banqueiros e as principais reivindicações dos bancários. Estamos preparados para a campanha deste ano, que promete ser mais difícil do que as anteriores, mas apostamos na mobilização da ca-tegoria, na capacidade de luta de cada um bancário, para avançarmos nas conquistas”, acrescentou.

“A expectativa é de os banqueiros usarão como desculpa a crise in-ternacional para não atender as reivindicações da categoria. Mas os lucros continuam crescendo no Brasil e os ganhos acumulados não têm prece-dentes na economia. Mas, nós estamos preparados para o embate e temos certeza que os bancários do Ceará participarão ativamente da Campanha deste ano e fortalecerão a nossa unidade”, afirmou o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco.

Clécio Morse, também diretor do Sindicato, explica que fazer greve não é o objetivo, mas é um instrumento de pressão eficaz quando necessário. “Os sindicatos não buscam a greve. Eles são levados à greve. Nós queremos resolver os problemas na mesa de negociação, mas se os bancos se negarem nós usaremos nosso direito constitucional de greve”, afirma.

Com bom humor, bancários lançam Campanha Nacional 2012

no Centro de Fortaleza

• Reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real mais a infl ação projetada de 5%);

• PLR maior – três salários mais uma parcela fi xa de R$ 4.961,25;

• Piso maior – R$ 2.416,38 (salário mínimo defi nido pelo Dieese);

• Vales alimentação, refeição e auxílio-creche - R$ 622,00 cada;

• 13º vale-refeição e 14º salário;• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS)

para todos os bancários;• Auxílio-educação: pagamento para graduação

e pós-graduação;• Emprego – ampliação das contratações,

aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada);

• Respeito à jornada de seis horas;

• Fim das metas abusivas e do assédio moral que levam a categoria ao adoecimento em níveis epidêmicos;

• Segurança nas agências e postos bancários• Previdência complementar para todos os tra-

balhadores;• Regulamentação da remuneração total (fi xa e

variável) para interferir na lógica de gestão dos bancos que cobram metas individuais;

• Igualdade de oportunidades;• Efetivação de todos os caixas;• Adiantamento de um salário no retorno das

férias, com desconto feito em até 10 vezes sem juros, conforme já praticado por alguns bancos;

• Direito de optar pelo valor em dinheiro, para uso com combustível ou fretado, no lugar de vale-transporte;

• Redução dos juros e das tarifas.

Principais reivindicações

Page 4: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

“Não existem metas abusivas nos bancos. Elas são apenas desafi a-doras. O assédio moral, quando existe, é resultado do desvio de caráter de alguns gestores. As reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos fi lhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos”.

Foi isso o que os bancos alegaram na quarta-feira, dia 8/8, ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante o segundo dia da primeira rodada de negociação da Campanha 2012, bloqueando as discussões sobre saúde e condições de trabalho e as reivindicações dos trabalhadores pelo fi m das metas abusivas e do assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos nas unidades.

Os dirigentes sindicais expuseram essa visão aos representantes dos bancos e reafi rmaram a reivindicação de que é preciso que os bancários participem da discussão das metas. “O problema hoje é de violência orga-nizacional. Por que não fazemos uma pesquisa para ouvir os bancários, de modo a efetuarmos uma radiografi a conjunta do problema?”, propôs Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Os bancos recusaram tanto a realização da pesquisa como a inclu-são dos bancários na discussão sobre o estabelecimento de metas. Eles alegam que isso signifi caria submeter a gestão dos bancos ao escrutínio dos bancários.

Combate ao assédio moral – O Comando Nacional cobrou dos bancos uma reavaliação do instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos.

Programa de Reabilitação profi ssional – O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao Programa de Reabilitação Profi ssional, que está desde 2009 na Con-venção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

A Fenaban tentou fugir do questionamento, sugerindo remeter a questão à mesa temática de saúde e condições de trabalho, mas os diri-gentes sindicais cobraram uma solução na mesa de negociação. Por fi m, a Fenaban se comprometeu a fazer reuniões com os bancos e procurar resolver o assunto ainda na atual Campanha Nacional.

Nova rodada de negociação – Os debates sobre saúde e condições de trabalho continuarão na segunda rodada de negociação, que ocorre na próxima quarta 15 e quinta-feira 16, em São Paulo. Também serão discutidas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

Trib

una

Ban

cária

1250 d

e 13 a

18 d

e ag

ost

o d

e 2012 –

pág

. 4 Campanha Nacional 2012

SERVIÇOS

A Secretaria Nacional do Con-sumidor, do Ministério da Justiça, notifi cou dez instituições fi nanceiras por cobrança abusiva de taxas para fi nanciamento de veículos. Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Votorantim, Volkswagem, Gmac, HSBC, Safra, Honda e Santander terão dez dias para prestar esclarecimentos. A medida foi motivada após denúncias dos próprios clientes nos Procons (Institutos de Defesa do Consumidor) estaduais e municipais.

De acordo com o diretor do De-partamento de Proteção de Defesa do Consumidor, Amaury Oliva, tornou-se usual a cobrança de taxas, que va-riam de R$ 30 a R$ 2.500, antes da liberação dos fi nanciamentos. "Existe uma resolução do Banco Central que diz que a tarifa pode ser cobrada de clientes novos, mas as instituições também estão cobrando de quem já tem relacionamento com o banco, de correntistas. Então queremos entender o motivo da cobrança e da discrepância entre os valores", disse.

Para Oliva, ainda não está claro o motivo que leva o banco a decidir o valor que irá cobrar de cada cliente. "Pedimos que nos expliquem exa-tamente o porquê da cobrança, os critérios. Queremos saber também quanto cobram e como os consumi-dores estão sendo informados dessa

Dez bancos são notifi cados por cobrança abusiva de tarifas de clientes

tarifa. Ainda estamos mapeando tudo isso", afi rmou. A taxa, chamada de 'Tarifa de Cadastro para abertura de crédito' chamou a atenção da Secretaria durante reunião de rotina com representantes dos Procons do país, no fi m de maio.

Segundo Oliva, os institutos regionais perceberam grande au-mento no número de queixas e de dúvidas sobre o tema. A notificação das empresas será acompanhada de uma apuração mais detalhada sobre a quantidade de clientes que se sentiram prejudicados. "Não temos o número total de pessoas que reclamaram desse assunto, nem sabemos se há variações entre os Estados. O pedido de explicações dessas instituições é o primeiro procedimento desta investigação", explicou.

Outro Lado – Procurados, Bra-desco, HSBC e os bancos Volkswa-gen, Votorantim e Honda informaram, por meio de suas assessorias, que receberam a notifi cação e que os esclarecimentos solicitados serão dados diretamente ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor dentro do prazo estipulado. Também procurados, Banco do Brasil, Itaú, Safra, Santander e GMAC não res-ponderam.

Na primeira rodada de negocia-ção da Campanha 2012, realizada na terça-feira 7/8, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, discu-tiu com a Fenaban as reivindicações da categoria sobre emprego, como a contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fi m da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspon-dentes bancários. Os representantes dos bancos rejeitaram todas as reivindicações.

Admitiram que setores do sis-tema "estão fazendo ajustes", mas disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego e que a redução da média salarial via rotatividade é uma coisa normal.

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, abriu as negocia-ções apresentando os dados da 14ª Pesquisa do Emprego Bancário divulgada pela Confederação e pelo Dieese, segundo a qual os bancos geraram apenas 2.350 novos empre-gos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo perí-odo do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. A pesquisa reafi rma também que os bancos usam a rotatividade para reduzir a massa salarial e que discriminam as mulheres, que entram e saem das empresas ganhando menos que os homens.

“A rotatividade é como a jabuti-caba, é um fenômeno que só existe no Brasil. E é mais grave no sistema fi nanceiro. Enquanto na economia como um todo a diferença da média salarial de quem entra e quem sai é de 7%, nos bancos a diferença é de 35,40%. Isso explica por que o salário médio dos bancários cresceu apenas 3,4% entre 2004 e 2011, quando o aumento real foi de 13,92% e o piso subiu 31,67%”, afi rmou Carlos Cordeiro. “Por isso, queremos ga-rantia de emprego e a ratifi cação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas”.

Os representantes da Fenaban admitiram que alguns bancos “estão fazendo ajustes”, mas negaram que haja rotatividade e fechamento de postos de trabalho. E disseram que o tema do emprego não faz parte

Na primeira rodada banqueiros rejeitam

reivindicações da categoria

do universo de preocupação dos bancários.

Eles chegaram a refutar o dado do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, elaborado a partir de informações passadas pelas próprias empresas, de que os empre-gos gerados pelo sistema fi nanceiro no primeiro semestre representam apenas 0,22% dos 1.047.914 de em-pregos gerados em todos os setores da economia. Segundo os negocia-dores da Fenaban, a maioria dessas novas vagas é apenas a formalização de empregos sem carteira.

Terceirização e correspon-dentes bancários – Os bancos estão trocando bancários por cor-respondentes. Há bancos que se recusam a prestar atendimento, empurrando clientes para os cor-respondentes. Outros colocam o correspondente dentro das agências, acusam os dirigentes sindicais. A Fenaban defendeu a terceirização e disse que os correspondentes bancários estão atuando dentro do que permite a legislação.

O Comando Nacional também propôs na mesa de negociação a isenção de tarifas e juros menores para os bancários, que arcam muitas vezes com as taxas maiores de crédito consignado que os clientes. Muitos funcionários estão pagando até 13% ao mês no cartão de crédito. A Fena-ban respondeu que isso faz parte da política interna de cada banco, que não há um padrão e, portanto, não deve fazer parte da negociação coletiva.

Os dirigentes sindicais reivindica-ram ainda o abono-assiduidade, que é o direito a cinco folgas abonadas

por ano como forma de compensar os dias trabalhados sem remuneração (o ano tem 365 dias, mas os traba-lhadores só recebem por 360 dias). Embora vários bancos já concedam esse abono, a Fenaban se recusou a discutir a questão.

Cumprimento da jornada de 6 horas – O Comando Nacio-nal defendeu a reivindicação dos bancários aprovada na 14ª Confe-rência Nacional de que os bancos devem respeitar a jornada de seis horas, instituída na década de 1930, quando havia muito adoecimento de bancários. A Fenaban se recusou a discutir o cumprimento da jornada de seis horas para todos os bancários.

Melhoria do atendimento – O Comando Nacional defendeu ainda o controle do tempo de espera nas fi las e a ampliação do horário de atendimento, das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, o que é importante para atender melhor os clientes e gerar empregos.

A Fenaban se recusou a incluir o horário de atendimento na convenção coletiva, assim como o controle das fi las, por considerar que esse não é assunto trabalhista. Os represen-tantes dos bancos disseram que o tempo de espera de 15 minutos pode aumentar a pressão sobre o bancário e que, portanto, o tempo de 30 minutos seria melhor. Pode?

“A pressão que tem levado fun-cionários a tomar remédios de uso controlado, assim como o tempo de espera de 15 minutos, devem ser re-solvidos com mais contratações para melhorar as condições de trabalho”, disse Cordeiro.

Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários

Foto: Jailton Garcia

Na segunda-feira, 6/8, a Caixa Econômica Federal empossou 41 novos empregados aprovados no último concurso, sendo 11 lotados no Ceará, 22 no Piauí e oito no Maranhão. O Sindicato dos Bancários do Ceará esteve presente ao curso de Integração representado pelos diretores Bosco Mota, Áureo Júnior – este último também presidente da Associação do Pessoal da Caixa (APCEF/CE), Ricardo Dantas, Carlos Rogério Montenegro e Elvira Madeira. Cada dirigente sindical falou da atuação das entidades, como funciona a estrutura organizacional e a luta que cada uma faz em defesa da categoria.

POSSE

Caixa empossa 41 novos empregados para o Ceará, Piauí e Maranhão Foto: Sec. de Imprensa – SEEB/CE

Page 5: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

Trib

una

Ban

cária

1250 d

e 13 a

18 d

e ag

ost

o d

e 2012 –

pág

. 5Esporte DIREITOS

EVITAR DEMISSÕES

Fotos: Drawlio Joca

Dirigentes sindicais de vários países da América Latina onde o HSBC está presente participaram em julho, da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Interna-cionais (HSBC, Santander, Banco do Brasil, Itaú, BBVA e Scotiabank), em Montevidéu. O encontro promovido pela UNI Américas Finanças aconte-ce uma vez por ano e objetiva unifi car ações conjuntas no continente em de-fesa dos direitos dos trabalhadores.

“As empresas se globaliza-ram. Temos de reunir os dirigentes sindicais de todos os países para unifi carmos a luta para ampliar as nossas conquistas, trabalhando juntos na construção de um Acordo Marco Global, debatendo problemas e questões locais e cobrando dos bancos soluções para os problemas existentes, para então avançarmos na relação capital e trabalho”, afi rma Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da Comissão de Organiza-ção de Empregados (COE) do HSBC.

Na Argentina, o HSBC conta com 135 agências e aproximada-mente 4.500 funcionários e os ban-cários temem por seus empregos, visto que a prática de demissões tem sido a política do banco. A alta direção anunciou, inclusive, que já reduziu 27 mil postos de trabalho em todo mundo. Não há investimentos nas pessoas. Na área de Tecnologia da Informação, por exemplo, o banco não desenvolve novas tecnologias e há suspeitas da pretensão em terceirizar serviços das áreas de comunicação, voz e dados. Os funcionários também denunciam extensão arbitrária da jornada de trabalho.

A situação no Paraguai também é preocupante. O banco já negociou a venda com o grupo colombiano GNB, que formou uma comissão para negociar com os funcionários. Os trabalhadores que estão perto da estabilidade (10 anos) temem por seus empregos, a carreira está

Rede Sindical do HSBC nas Américas cobra mais empregos e respeito

estagnada, não há perspectivas de crescimento profi ssional. No Uruguai, o banco está em transição para o GNB. Houve avanços na renovação do acordo coletivo de trabalho com validade até junho de 2013, mas os trabalhadores ainda desconhecem como será a política do grupo.

No Brasil, mais insatisfação – Por aqui, o banco conta com 867 agências e aproximadamente 23,5 mil funcionários. Num cenário de denúncias por envolvimento do banco em operações de lavagem de dinhei-ro e perseguição a trabalhadores, existe um quadro generalizado de insatisfação. Faltam funcionários e há desvio de função nas agências. Áreas departamentais estão em es-tado de alerta em função da ameaça de terceirizações. Com as recentes notícias de que o banco está provisio-nando valores para pagar as multas de processos na justiça, os bancários temem que o pagamento da remune-ração variável seja rebaixado, o que já aconteceu quando houve uma crise na Argentina.

Mobilização – Por fi m, a Rede Sindical do HSBC estabeleceu prioridades, como a realização de um Dia Internacional de Lutas, que exigirá da direção do HSBC respeito aos trabalhadores, às leis dos países onde atua, ao direito internacional e ao trabalho do bancário, reivin-dicando o fi m das terceirizações. A Rede Sindical do HSBC vai buscar solidariedade internacional, já que a situação dos trabalhadores indica um estado de alerta, com necessidade de mobilização de todos os sindicatos fi liados à UNI.

Os dirigentes sindicais querem que a UNI Américas Finanças inter-ceda junto à direção do banco para proteger os direitos e o emprego dos bancários, atuando fortemente nos países onde está havendo aquisição do HSBC por outros grupos.

A CUT e demais centrais sindi-cais querem usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para criar um fundo de so-corro ao setor privado para manter empregos durante períodos de crise. A proposta foi apresentada no dia 6/8, ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e, de acordo com as centrais, têm a “simpatia” do governo, trabalhadores e do empresariado.

O fundo faria parte do Programa Nacional de Estabilização e Manuten-ção do Emprego e Renda, com ações para evitar demissões em massa em períodos de crise fi nanceira, como a de 2008/2009 e a atual. Os recursos do FGTS são usados para habitação popular, infraestrutura urbana e sa-neamento básico.

A ideia é compor o fundo com parte dos recursos depositados no FGTS em casos de demissão sem justa causa. Por lei, a multa nesses casos é 40% sobre o saldo do traba-lhador, mas desde 2001, passou a ser de 50%, para aumentar a liquidez do FGTS. O adicional tem data de validade até o fi m de 2012, e a partir 2013 a multa voltaria a ser 40%.

O que as centrais propõem é que o adicional de 10% seja man-tido e esse dinheiro vá para o novo fundo de socorro às empresas. Pelas contas das centrais, a arrecadação

CUT e demais centrais sindicais querem criar fundo anticrise com

dinheiro do FGTS pode chegar a R$ 3 bilhões por ano. Pela proposta, o empresário se com-prometeria a não demitir e poderia usar o dinheiro do fundo em casos de redução da jornada de trabalho, de parada total da produção e de liberação dos empregados por tempo determinado.

O objetivo, segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, é evitar situa-ções como a da crise de 2008/2009, em que mais de 220 mil trabalhadores foram demitidos e a ameaça atual de demissões no setor metalúrgico em São José dos Campos. “Nessas crises, geralmente o que acontece é a diminuição dos postos de trabalho, o que acarreta uma paralisia na eco-nomia brasileira, que acarreta crises sociais. E aqui no Brasil não temos um instrumento que consiga fazer com que a gente passe por essas crises de maneira mais tranquila”, disse Freitas. Segundo ele, a inspiração para a proposta são experiências alemãs de manutenção do emprego em momento de crises.

Segundo as centrais, o governo vai avaliar a proposta e o assunto vol-tará a ser discutido em nova reunião ainda este mês. Além da CUT e CTB, representantes da Força Sindical, da Nova Central e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participaram do encontro.

A 30ª edição do Campeonato de Futsal dos Bancários já tem seu campeão: é o Bradesco, que derro-tou a equipe da Apcef pelo placar de 9 x 1, no último sábado, dia 11/8, no ginásio do Clube da Caixa, em Messejana. O jogo foi digno de uma grande fi nal, pois estavam em quadra as duas melhores equipes da competição. Nesse jogo fi cou o título merecidamente nas mãos dos atletas que compõem a equipe do Bradesco, que mostrou garra e disposição. O vice-campeonato fi cou com a equipe da Apcef.

A terceira colocada da compe-tição foi a equipe Santander, que venceu a AABB pelo placar de 6x2. A equipe mais disciplinada foi o San-tander. O melhor goleiro foi o atleta Marcelo da equipe Bradesco e o artilheiro do campeonato foi o atleta Jorge Cláudio, também do Bradesco, que assinalou 11 gols na competição.

Para comemorar o encerramento do Campeonato, com entrega das medalhas e troféus foi realizada uma confraternização entre os atletas e convidados logo em seguida aos jo-gos, no Clube da Caixa. E na ocasião, o secretário de Esporte e Lazer do Sindicato dos Bancários do Ceará, Ribamar Pacheco, agradeceu, em nome da diretoria do Sindicato, a participação de todas as equipes que disputaram a modalidade esportiva e enalteceu o senso desportivo dos atletas participantes.

Bradesco é o grande campeão do Futsal dos

Bancários

A bola vai rolar no XXVI

Futsoçaite A modalidade será disputada por

11 equipes – AABB, Bradesco, Apcef, Bradesco Polo, BNB, Santander, Apcef Metropolitano, BNB Calou-ros 6, Bradesco Empresas, Uniclass e BB Metropolitano

A primeira rodada do XXVI Campeonato de Futebol Soçaite dos Bancários será realizada no próximo sábado, 18/8, no Clube da Caixa, onde na ocasião serão realizados três jogos, que são os seguintes:

8horas – Bradesco Empresas x Uniclass

9h30 – Santander x BB Metro-politano

10h30 – BNB x Bradesco Polo

Marcelo da equipe Bradesco, melhor goleiro da

competição

Artilheiro do campeonato foi o atleta Jorge

Cláudio, também do Bradesco

O Santander fi cou em terceiro lugar e

ganhou o troféu de

equipe mais disciplinada

APCEF fi cou em 2º lugar no campeonato

Page 6: Agosto de Nacional 2012 e desvendam truques dos banqueiros · semanais sem redução de salário; a defesa da educação pública de qualidade, garantindo a implemen- ... Nacional

Trib

una

Ban

cária

1250 d

e 13 a

18 d

e ag

ost

o d

e 2012 –

pág

. 6

• • •

• • •

Sin

dica

to d

os E

mpr

egad

os e

m E

stab

elec

imen

tos

Ban

cário

s no

Est

ado

do C

eará

Rua

24

de M

aio,

128

9 –

Cen

tro –

CE

P 60

.020

-001

Caixa Econômica Federal

MUDOU-SEENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O Nº INDICADOFALECIDODESCONHECIDORECUSADOAUSENTENÃO PROCURADOOUTROS:

INFORMAÇÃO PRESTADA PELOPORTEIRO OU SÍNDICOREINTEGRAÇÃO AO SERVIÇOPOSTAL EM / /

DATA:RUBRICA:

CORREIOS

9912180326-DR/CESIND. DOS BANCÁRIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Mala DiretaPostal

CORREIOS

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL

O Sindicato dos Bancários do Ceará ajuizou junto à Justiça do Trabalho, ação de Isonomia contra o Banco do Nordeste do Brasil, cuja audiência inicial está marcada para o próximo dia 29/8, às 8h20, na 7ª Vara. A ação, com pedido liminar, envolve a reivindicação de vários direitos e benefícios para funcionários daquele Banco federal, principalmente os que ingressaram a partir de 08/01/1997, posterior às resoluções do DEST que retiraram direitos dos trabalhadores.

Nessa ação contra o BNB reclamam-se benefícios como licença-prêmio, anuênios, folgas e promoções. A ação foi protocolada no dia 13/6, pelo Sindicato e o pro-cesso de nº 972/12, tramita na 7ª Vara da Justiça do Trabalho.

A ação de isonomia ajuiza-da pelo Sindicato enfatiza que “após décadas de prestação de vantagens garantidas em sua

Ação de Isonomia ajuizada pelo Sindicato contra o BNB terá primeira

audiência dia 29/8regulamentação interna, o Banco simplesmente extirpou-as unila-teralmente, criando uma situação abismal de desigualdade entre os antigos e novos bancários, que em nada são diferenciados nos serviços desempenhados”.

Segundo o advogado do Sin-dicato, Anatole Nogueira Sousa, a ação está composta em dois momentos. No primeiro, foi feito o pedido de inconstitucionalidade da resolução nº 9 do Conselho de Coordenação das Empresas Es-tatais que originou o ato que tirou essas vantagens dos empregados novos do BNB.

O segundo momento é o pe-dido da extensão dos benefícios que foram suprimidos em 1997 aos novos empregados do Banco, ou seja, àqueles que entraram na Instituição a partir da alte-ração que teve no regulamento empresarial.

BANCO DO BRASIL

A Justiça do Trabalho deter-minou a reintegração ao Banco do Brasil de um funcionário demitido em junho de 2011, em Porto Alegre, durante o estágio probatório. Lota-do na agência Farrapos, o bancário ingressou com uma ação judicial e obteve sentença favorável. Ele retomou suas atividades dia 6/8.

Embora tenha sido o segundo maior vendedor de seguros pessoa física na agência em maio de 2009, o reclamante soube que obteve avaliação "regular" de seu superior.

A juíza do Trabalho, Valdete Souto Severo, afirmou em sua sentença que a “reclamada alega desempenho insatisfatório, mas não faz prova de suas alegações. Em total desrespeito ao Poder Judiciário trabalhista e ao trabalhador que se submeteu a concurso público e para ela dedicou sua força de trabalho”.

BB é condenado a reintegrar funcionário demitido no estágio

probatórioTambém determina que o ban-

co faça a "reintegração do autor no emprego, garantidas condições idênticas de função, remuneração, horário e local de trabalho, àquelas praticadas quando da extinção indevida do vínculo. Além disso, condeno a reclamada a pagar ao re-clamante: remuneração do período desde a data do afastamento até a da efetiva reintegração, aí consi-derados, além das remunerações mensais, férias, com acréscimo de 1/3, gratificação natalina e FGTS do período; indenização por dano de natureza extrapatrimonial de R$ 30.000,00 a ser atualizado na pro-porção dos créditos trabalhistas, a contar da data da despedida. A reclamada pagará, ainda, honorá-rios de advogado fixados em 15% sobre o valor bruto da condenação apurado a final”.

Bolso punidoAgressores deixarão de responder apenas

criminalmente em casos de violência doméstica e passarão a ser punidos também no bolso. Desde o dia, 7/8, a Advocacia-Geral da União, em nome de órgãos federais como o INSS, põe em prática uma iniciativa pioneira: ações regressivas para

cobrar o ressarcimento de gastos com os sistemas de Saúde e Previdência. Na prática, o agressor

vai pagar por gastos hospitalares e pensões das vítimas. Já começaram os processos contra causadores de acidentes de trânsito. Agora, uma força-tarefa federal cuidará também de ações de

violência doméstica.

CPF pela InternetOs maiores de 16 anos e que tenham título de eleitor já podem fazer a inscrição gratuita no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) pela internet.

Pelo sistema anterior, o CPF deveria ser solicitado em bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ou nas agências de Correios, ao custo R$ 5,70. Esses locais, porém, continuarão oferecendo o

serviço com o mesmo custo. Para fazer a inscrição, basta acessar www.receita.fazenda.gov.br, clique em “CPF” e, em seguida, em

“Inscrição CPF Internet”.

Licença paternidadeTramita na Câmara Federal, o Projeto de Lei 3231/12, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que estende ao empregado, quando do nascimento de um fi lho, o direito ao mesmo período de licença-maternidade concedida à empregada, nas hipóteses de incapacidade psíquica ou física permanente da mãe; abandono da mãe; ou falecimento da mãe. A proposta acrescenta artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43).

Envelhecer é normalParecer do Conselho Federal de Medicina indica que não há evidências científi cas que justifi quem

a prática da medicina antienvelhecimento, que tem como base o uso de hormônios como a

testosterona, a progesterona e o corticóide. De acordo com o Conselho, o documento vai servir

de base para a publicação de uma resolução que proíba a indicação hormonal para pessoas

saudáveis. Desta forma, profi ssionais de saúde que insistirem na prática vão responder por conduta

antiética e estarão sujeitos a sindicâncias e sanções.

“O governo foi simpático a proposta do fundo anticrise

para manter empregos

nas empresas

com dificuldades econômicas, mas terá que aprofundar o impacto

disso”Vagner Freitas, presidente

nacional da CUT,

O Comando Nacional dos Bancá-rios, coordenado pela Contraf-CUT, saiu frustrado na sexta-feira, dia 10/8, da primeira rodada de negociação específi ca da Campanha 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. O banco assumiu posição de intransigência e rejeitou a maioria das reivindicações dos empregados, como isonomia de direitos entre no-vos e antigos, pagamento do ticket alimentação aos aposentados, fi m do voto minerva na Funcef e defi nição de critérios para descomissionamento.

Funcef – O Comando cobrou solução para o contencioso jurídico, problema que vem se agravando a cada dia, por conta do elevado número de ações judiciais contra a Fundação, mas que na verdade são de responsabilidade da patrocina-dora, porque foram originados pela política de recursos humanos da Caixa, como a cobrança do Comple-mento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA).

Os representantes dos traba-lhadores sugeriram a criação de uma comissão paritária para debater soluções para o contencioso jurídico, proposta que não foi aceita pela empresa. A Caixa também rejeitou a reivindicação para acabar com o voto minerva, que confere à patrocinadora o poder de decidir sobre um assunto em caso de empate na votação entre os integrantes do colegiado. Segundo os representantes da empresa, o voto minerva está previsto em lei e no estatuto da Funcef. No quesito Funcef, a Caixa concordou apenas com a manutenção da campanha permanente de fi liação, que vem sendo realizada conjuntamente com a Fundação e entidades sindicais e associativas.

Isonomia – Os representantes dos empregados cobraram equipara-ção de direitos de todos empregados em relação à licença-prêmio e ao Adi-cional por Tempo de Serviço (ATS). A empresa não aceitou a proposta.

Empregados no Conselho de Administração – O Comando Na-

Caixa intransigente na primeira negociação

específi ca da Campanha 2012

cional cobrou mudança no estatuto da Caixa, que prevê que somente os gestores podem ser candidatos a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa. Segundo os trabalhadores, esse critério é restritivo, excluindo quase 90% dos empregados do processo eleitoral. Os negociadores da empresa alegaram que essa alte-ração não foi aprovada pelo Conselho de Administração e que irá levar a reivindicação dos trabalhadores para a direção da Caixa.

Carreira PSI – Os trabalha-dores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno. Eles reconhecem a importância desse instrumento para o encarreiramen-to, mas reivindicam transparência nos critérios e universalização das participações.

Descomissionamento – A Caixa não deixa claro para os traba-lhadores quais os critérios utilizados para descomissionar e essa medida vem sendo feita de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada de função.

Carreira de Tecnologia – O Comando Nacional cobrou atenção especial para a área de tecnologia,

com a criação de cargos e funções específi cas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, implantação da proposta de carreira de TI que man-tenha a possibilidade de 6 horas nas funções técnica e técnico-gerencial e migração para as novas funções sem PSI. A empresa informou que está desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira, mas não estabeleceu um prazo para conclusão desse trabalho.

Mais contratações – A Caixa reassumiu o compromisso, fi rmado no acordo coletivo de 2011, de au-mentar seu quadro de pessoal para 92 mil empregados até 31 de dezembro deste ano. Para o Comando Nacio-nal, o nível de contratações não tem acompanhado o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, gerando sobrecarga de trabalho.

Mobilização – Diante da intran-sigência da Caixa a melhor resposta dos trabalhadores é a mobilização. Os avanços na negociação só virão com a participação dos empregados nas reuniões e o envolvimento com a Campanha Nacional. A próxima negociação específi ca com a Caixa será dia 17/8, sobre Saúde Caixa e saúde do trabalhador.