Agosto, mês Vocacional - Santuário Nossa Senhora da...

12
Informativo Salette Santuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Julho/Agosto 2017 | Ano XII | 85 A iniciativa de celebrar o mês vocacional foi instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1981, com o intuito de refletir e rezar por todas as categorias de vocações da vida cristã, como também de alimentar a consciência vocacional e despertar todos os cristãos para suas responsa- bilidades na Igreja. O termo vocação vem do verbo latino “vocare” que significa chamar. Todos nós somos vocacionados, chamados por Deus à santidade. E a resposta a este chamado que Deus faz a cada um é dada através de vocações específicas: Sacerdotal, Religiosa e Leiga. Dizemos que o vocacionado é uma pessoa que discerniu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida. Pe. Zezinho, de forma poética, aquece nosso coração a fim de bem acolhermos este grande mês. O chamado é Misterioso ... O chamado de Deus é sempre misterioso. Feito ao coração e à inteligência. Quem não o sente, não o escuta; quem não percebe, não ouve. Deus não grita palavras de ordem, nem imperativos. Vai chegando às vezes de supetão; quase sempre de mansinho, propõe e persuade, sugere, inquieta, aponta para os fatos e para as coisas, e um dia, um não sei porquê, que nasce não sei onde e vem não sei porquê, age e dói lá dentro do peito, embaralha a cabeça e faz bem ao coração e nos diz que estamos sendo levados na direção do serviço a Deus, ao irmão, à comunidade. É o mistério da vocação. Sabemos que alguém nos chama, não ouvimos nada, mas sentimos que Ele nos quer. E, se alguém nos perguntasse por que tanta certeza, nem saberíamos explicar o que houve. Está nos fatos, está nos outros, está em nós... Agosto, mês Vocacional É misterioso como Deus. É atuante, vital, perceptível,mas invisível aos olhos! Como o ar que respiramos. Vivemos disso, mas não podemos vê-lo.

Transcript of Agosto, mês Vocacional - Santuário Nossa Senhora da...

Informativo SaletteSantuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Julho/Agosto 2017 | Ano XII | N° 85

A iniciativa de celebrar o mês vocacional foi instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1981, com o intuito de refletir e rezar por todas as categorias de vocações da vida cristã, como também de alimentar a consciência vocacional e despertar todos os cristãos para suas responsa-bilidades na Igreja.

O termo vocação vem do verbo latino “vocare” que significa chamar. Todos nós somos vocacionados, chamados por Deus à santidade. E a resposta a este chamado que Deus faz a cada um é dada através de vocações específicas: Sacerdotal, Religiosa e Leiga. Dizemos que o vocacionado é uma pessoa que discerniu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida. Pe. Zezinho, de forma poética, aquece nosso coração a fim de bem acolhermos este grande mês.

O chamado é Misterioso ...O chamado de Deus é sempre misterioso.Feito ao coração e à inteligência.Quem não o sente, não o escuta;quem não percebe, não ouve.

Deus não grita palavras de ordem, nem imperativos.Vai chegando às vezes de supetão; quase sempre de mansinho, propõe e persuade, sugere, inquieta, aponta para os fatos e para as coisas, e um dia, um não sei porquê, que nasce não seionde e vem não sei porquê, age e dói lá dentrodo peito, embaralha a cabeça e faz bem ao coração e nos diz que estamos sendo levados na direção do serviço a Deus, ao irmão, à comunidade.

É o mistério da vocação.Sabemos que alguém nos chama, não ouvimos nada, mas sentimos que Ele nos quer.E, se alguém nos perguntasse por que tanta certeza, nem saberíamos explicar o que houve.Está nos fatos, está nos outros, está em nós...

Agosto, mês Vocacional

É misterioso como Deus. É atuante, vital, perceptível,mas invisível aos olhos!Como o ar que respiramos. Vivemos disso,mas não podemos vê-lo.

Deus não grita palavras de ordem, nem imperativos.

mas não podemos vê-lo.

Queridos(as) Irmãos(ãs),A paz em Cristo! Estamos iniciando o segundo semestre e olhamos para

a história de vida que acabou de ser construída e vemos o quanto foi importante termos contribuído, cada um do seu jeito, na sua maneira de ser protagonista da mais bela missão que Jesus nos confiou como Igreja.

Dá-me a impressão que depois dos 30, os anos pas-sam mais depressa. Não sei bem se tem algo de verdadeiro nisso! Ou a verdade é que depois de certa idade, nos torna-mos menos ansiosos e por isso temos a impressão de que o tempo passa mais rápido? A verdade é que o primeiro semestre já se foi e iniciamos a segunda metade do ano. Para alguns, julho é mês de férias, mês de viajar. Alguns não, muitos... mas em julho quem tem férias mesmo, são os estudantes e os profissionais da educação e, claro, para aproveitar as férias escolares dos filhos, muitos pais pro-curam fazer coincidir suas férias no trabalho com as férias escolares. Uma pausa bem merecida para ficar mais tem-po com os filhos. Então, boas férias... Curta a família e os amigos e bom descanso!

O Mês de agosto, mês das vocações, quer nos fazer lembrar e renovar o compromisso batismal, como fonte de um chamado, onde Deus, por meio de seu Filho Jesus, nos convida a segui-lo mais de perto, para realizar em cada pessoa o seu desejo de plenitude e salvação, desde o ven-tre materno, como nos diz o profeta Jeremias: “Antes mes-mo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta” (Jr 1,5) Deus tem um propósito para conosco.

Você é uma vocação. Você é um chamado. Encontra-mos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos Deus que chama diretamente, pela mediação de fatos, de acontecimentos ou de pessoas; Deus que toma a iniciativa de chamar; que escolhe livremente e permite total liberda-

de de resposta; Deus que chama em vista de uma missão de serviço ao povo, pois toda a vocação é um encontro de duas liberdades, a de Deus que chama e a do homem que responde. É por isso que vivenciando nossa fé batismal, e participando da vida e da dinamicidade da Igreja, que nos descobrimos chamados a uma missão específica. É preci-so, com paciência, deixar Deus conduzir nossos passos na direção do que nos realiza como pessoas. Esse exercício é necessário para dar nossa resposta frente às vocações (leiga, religiosa, sacerdotal, familiar…). Celebremos com alegria o mês de agosto, rezando pelas vocações e agrade-cendo a Deus por nos ter chamado.

Chamo a atenção de vocês sobre as atividades destes dois meses:

• Dia primeiro de julho, é dia de missão no Santuário. Teremos atividades missionárias nos 12 setores. Se você se sentir chamado(a), pode entrar em contato com a secre-taria para obter mais informações e se inserir na atividade de um dos setores.

• Distribuiremos neste mês, a Novena da Salette do ano de 2017. O tema que nos ajudará a bem celebrar a Padroeira este ano é: No sim de Maria a alegria da Salva-ção. Já vai organizando e motivando seu grupo.

• Dia 15 de julho, teremos a primeira noite de sopas e vinhos no Santuário. Seguindo uma tradição, ofereceremos vários tipos de sopas, acompanhadas de um bom vinho. Você é nosso convidado!

• Em agosto, celebraremos, solenemente, cada um dos finais de semana, rezando em cada um deles por uma vocação específica. Vocação dos ministros ordenados, dos pais, dos religiosos(as) e de todos os leigos.

• Dia 19 de agosto teremos então a segunda e ultima noite de sopas e vinhos deste ano. Organize-se e venha passar um momento agradável conosco.

• Estamos trabalhando, para neste mês de agosto, retornarmos com as celebrações no interior do templo. A reforma segue em ritmo acelerado e tudo indica que con-seguiremos. Continue nos ajudando, mensalmente, e isso nos permitirá avançar ainda mais.

Sigamos em frente na nossa caminhada de serviço a Deus e ao próximo. Que não nos falte esperança, perse-verança e alegria. Os momentos em que vivemos não são dos melhores. Bem sabemos! Por isso, em nossas orações, entreguemos ao Pai as nossas necessidades e as neces-sidades de toda a Igreja, bem como a situação do nosso país. Que nossas preces nos levem a dias melhores.

Que as bênçãos de Deus estejam com todos. Abraços...

Fraternalmente,Pe. Renoir Juslei Dalpizol, MS

Reitor do Santuário Salette de Curitiba - PR

Editorial 2

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA SALETTERua Lange de Morretes, 691Jardim Social - Curitiba – PR.

CEP: 82520-530 - Fone: (41) 3256-3625(41) 99684-4578

www. santuariosalette.com.br [email protected]

REITORPe. Renoir Juslei Dalpizol – MS

VIGÁRIO PAROQUIALPe. Anacleto Ortigara – MS

Diácono: Honorival Carlos Magno Ir. Carlos Guimarães

Ir. Tarcísio Camilo Ir. Henrique Aguiar

EXPEDIENTE DA SECRETARIADe segunda a sexta-feira

Das 8:00h às 18:00h e das 19:00h às 22:00hSábados

Das 8:30h às 11:30h e das 13:30h às 16:00hDomingos

Das 8:00h às 12:00hHORÁRIO DE MISSA

Segunda feira: 16:30h Missa da saúdeQuarta feira: 07:00h Missa com novena

Quinta feira: 19:30h Adoração 20:00h Missa com benção do Santíssimo

Sábado: 10:30h Missa da CatequeseSábado: 18:00h

Domingo: 09:00h; 11:00h e 19:00h.

MISSAS COM OUTROS HORÁRIOS1ª sexta feira: 16:30h

dia 19 de cada mês: 16:30hSe sábado: 10:30h e 18:00h

Se domingo: 09:00h, 11:00h e 19:00hCENTRO SOCIAL

Atendimento toda 4ª feira do mês das 13:30h às 16:30h

www.centrosocialsrl.com.brIMPRESSÃO

Topgraf Editora e Gráfi ca Ltda.Fone: 41.3668-2326

Tiragem: 2.000 exemplares***Os artigos assinados são de total

responsabilidade de quem os escreve***

Editorial

PALAVRA DO REITOR

Informativo Salette Informativo Salette

Saletinidade 323ª Assembleia Nacional dos Estudantes Saletinos 2017Os Formandos Saletinos: Irmãos Religiosos do

Estágio e Teologia, Postulantes, Aspirantes na Filo-sofia, no Propedêutico e Etapa da Experiência esti-veram reunidos num Encontro Nacional, de 15 a 18 de junho, em São Paulo – SP. Foi uma oportunidade de celebração, entretenimento, estudo e convivên-cia. Estiveram presentes 21 Formandos, oriundos de três Casas de Formação: São Paulo: Propedêu-

tico; Salvador: Filosofia; Curitiba: Teologado; União da Vitória - PR e Várzea Grande – MT, estágio Pastoral. Contudo, o número de Estudantes no Brasil é de 25 na formação inicial.

Louvamos e bendizemos a Deus pela vida que nos oferece e pelas oportunidades que coloca em nossa vida. Tudo é dádiva do seu Coração. É preciso saber agradecer a Ele os bens e, mais ainda, reco-nhecer publicamente as pessoas amigas que aparecem em nossa caminhada formativa. Elas também rezam e se preocupam conosco. Não estão alheias ao que nos acontece, mas colocam em suas orações a nossa vocação e a entrega generosa na Vida Religiosa.

Fizemos uma Assembleia muito bonita, onde a fraternidade e a alegria transbordaram no coração de cada um. Colheremos os frutos desta Assembleia no devido tempo. Acreditamos que é hora de, mais uma vez, ararmos o terreno para plantarmos as sementes que nos serão dadas no “outono de 2019” quando de nossa próxima colheita - a ANES 2019. Ir. Emerson Aguiar, MS.

“Cristo é a razão de nossa Vocação”Nós, Missionários Saletinos, somos, no seio do povo de

Deus, uma Congregação Religiosa e de Vida Apostólica, con-sagrada ao ministério e carisma da Reconciliação. Por amor a Cristo e a nossos irmãos, somos impelidos a viver os votos evangélicos de Pobreza, Obediência e Castidade, segundo as regras de nossa Congregação, e anunciar por meio de nossa consagração religiosa o Reino de Deus.

Diante das diferentes realidades que o mundo tem apresen-tado, somos desafiados a anunciar a vida em Cristo para uma juventude que busca o caminho da felicidade. Enquanto algu-mas estruturas da sociedade empurram nossa juventude para

uma vida centrada em si mesma, a Igreja nos convida a olhar a pessoa de Jesus Cristo como modelo de vida e de vocação.

Neste sentido, o SAV Saletino tem, como objetivo principal, cultivar as sementes plantadas pelo Senhor no coração da juventude que o quer seguir. Nossa responsabilidade é de ajudar a juventude que opta pela Vida Religiosa a discernir os passos que serão dados, à luz da mensagem de Nossa Senhora da Salette, para o ingresso definitivo na Vida Religiosa Consagrada.

“Vamos meus fi lhos, transmitam isto a todo o meu povo” (Salette).Você, jovem, que se sente chamado há viver uma vida de entrega ao Senhor, entre em contato com

a nossa equipe vocacional, e conheça a nossa Congregação Religiosa.Nossos contatos são:

SAV-Saletino: (41) 3262-3132Rua Lange de Morretes, 533 - 82520-530 – Jd. Social – Curitiba/PR

[email protected] / www.portalsalette.com.br

Saletinidade

Estágio e Teologia, Postulantes, Aspirantes na Filo-sofia, no Propedêutico e Etapa da Experiência esti-veram reunidos num Encontro Nacional, de 15 a 18 de junho, em São Paulo – SP. Foi uma oportunidade de celebração, entretenimento, estudo e convivên-cia. Estiveram presentes 21 Formandos, oriundos de três Casas de Formação: São Paulo: Propedêu-

tico; Salvador: Filosofia; Curitiba: Teologado; União da Vitória - PR e Várzea Grande – MT, estágio

2019” quando de nossa próxima colheita - a ANES 2019.

Deus, uma Congregação Religiosa e de Vida Apostólica, con-sagrada ao ministério e carisma da Reconciliação. Por amor Deus, uma Congregação Religiosa e de Vida Apostólica, con-sagrada ao ministério e carisma da Reconciliação. Por amor Deus, uma Congregação Religiosa e de Vida Apostólica, con-

a Cristo e a nossos irmãos, somos impelidos a viver os votos sagrada ao ministério e carisma da Reconciliação. Por amor a Cristo e a nossos irmãos, somos impelidos a viver os votos sagrada ao ministério e carisma da Reconciliação. Por amor

evangélicos de Pobreza, Obediência e Castidade, segundo as regras de nossa Congregação, e anunciar por meio de nossa consagração religiosa o Reino de Deus.

tado, somos desafiados a anunciar a vida em Cristo para uma juventude que busca o caminho da felicidade. Enquanto algu-mas estruturas da sociedade empurram nossa juventude para

uma vida centrada em si mesma, a Igreja nos convida a olhar a pessoa de Jesus Cristo como modelo

Informativo SaletteInformativo Salette

Igreja 4

Impelidos pelo Espírito para a missão... Impelidos pelo Espírito para a missão... foi o tema

da mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado no dia 7 de maio passado. Com esse tema o Papa abordou a dimensão missionária da vocação cristã.

Na mensagem ele destacou: “o compromisso missio-nário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrario, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviado ao mundo como profeta da sua palavra e teste-munha do seu amor.” Tivemos a oportunidade de rezar e refletir esse dia com toda a Igreja, contudo a mensagem nos fortalece e nos anima na missão. Retomemos pois, o que disse o Papa Francisco.

Amados irmãos e irmãs! Nos anos passados, tivemos ocasião de re� etir sobre

dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a “sair de si mesmo” para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privi-legiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.

Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua con-solação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: “a alegria do Evangelho, que enche a vida da co-munidade dos discípulos, é uma alegria missionária” (Evan-gelii gaudium, 21).

Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a re-

lação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.

Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a ca-beça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimen-to de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos tor-na espectadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem puri� car os nossos “lábios impuros”, tornando-nos aptos para a missão. “Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia--me” (Is 6, 7-8).

Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a “andar de lugar em lugar” no meio do povo, como Jesus, “fazendo o bem e curando” a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um “cristóforo” ou seja, “um que leva Cristo” aos irmãos. Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam “eis-me aqui, envia-me”. Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens. A Igreja precisa de sacerdotes assim: con� antes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer ju-bilosamente a todos (cf. Mt 13,44).

Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que signi� ca ser missionário do Evange-lho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evan-gélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a pará-bola da semente (cf. Mc 4, 26-27).

Jesus é ungido pelo Espírito e enviado. Ser discípulo missionário signi� ca participar ativamente na missão de

Informativo Salette Informativo Salette

5

Cristo, que Ele próprio descreve na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor” (Lc 4, 18-19). Esta é também a nossa missão: ser ungidos pelo Espírito e ir ter com os ir-mãos para lhes anunciar a Palavra, tornando-nos um ins-trumento de salvação para eles.

Jesus vem colocar-Se ao nosso lado no caminho. Perante as interrogações que surgem do coração humano e os desa� os que se levantam da realidade, podemos sen-tir-nos perdidos e notar um dé� cit de energia e esperança. Há o risco de que a missão cristã apareça como uma mera utopia irrealizável ou, em todo o caso, uma realidade que supera as nossas forças. Mas, se contemplarmos Jesus Res-suscitado, que caminha ao lado dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), é possível reavivar a nossa con� ança; nes-ta cena evangélica, temos uma autêntica e real “liturgia da estrada”, que precede a da Palavra e da fração do Pão e nos faz saber que, em cada passo nosso, Jesus está junto de nós. Os dois discípulos, feridos pelo escândalo da cruz, estão de regresso a casa percorrendo o caminho da derrota: levam no coração uma esperança despedaçada e um sonho que não se realizou. Neles, a tristeza tomou o lugar da alegria do Evangelho. Que faz Jesus? Não os julga, percorre a própria estrada deles e, em vez de erguer um muro, abre uma nova brecha. Pouco a pouco transforma o seu desânimo, in� ama o seu coração e abre os seus olhos, anunciando a Palavra e partindo o Pão. Da mesma forma, o cristão não carrega sozinho o encargo da missão, mas experimenta – mesmo nas fadigas e incompreensões – que “Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Je-sus vivo com ele, no meio da tarefa missionária” (Evangelii gaudium, 266).

Jesus faz germinar a semente. Por � m, é importante aprender do Evangelho o estilo de anúncio. Na verdade, acontece não raro, mesmo com a melhor das intenções, deixar-se levar por um certo frenesi de poder, pelo proseli-tismo ou o fanatismo intolerante. O Evangelho, pelo con-trário, convida-nos a rejeitar a idolatria do sucesso e do po-der, a preocupação excessiva pelas estruturas e uma certa ânsia que obedece mais a um espírito de conquista que de serviço. A semente do Reino, embora pequena, invisível e às

vezes insigni� cante, cresce silenciosamente graças à ação incessante de Deus: “O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como” (Mc 4, 26-27). A nossa con� ança primeira está aqui: Deus supera as nossas expectativas e surpreen-de-nos com a sua generosidade, fazendo germinar os fru-tos do nosso trabalho para além dos cálculos da e� ciência humana.

Com esta con� ança evangélica abrimo-nos à ação si-lenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cris-tã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, “lugar” privilegiado do encontro com Deus.

É esta amizade íntima com o Senhor que desejo viva-mente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de ora-ção presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim si-nal vivo do amor misericordioso de Deus.

Amados irmãos e irmãs, é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jo-vens, o seguimento de Cristo. Face à generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros “deveres a cumprir”, os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sem-pre atual da � gura de Jesus, de deixar-se interpelar e provo-car pelas suas palavras e gestos e, en� m, sonhar – graças a Ele – com uma vida plenamente humana, feliz de gastar-se no amor.

Maria Santíssima, Mãe do nosso Salvador, teve a cora-gem de abraçar este sonho de Deus, pondo a sua juventude e o seu entusiasmo nas mãos d’Ele. Que a sua intercessão nos obtenha a mesma abertura de coração, a prontidão em dizer o nosso “Eis-me aqui” à chamada do Senhor e a ale-gria de nos pormos a caminho, como Ela (cf. Lc 1, 39), para O anunciar ao mundo inteiro. Franciscus

Informativo SaletteInformativo Salette

Rumo ao Jubileu de

DiamanteUm tempo de Graça

Nasce a Paróquia e as instituições que servirão de apoio para a comunidade...

Em carta datada de 17 de junho de 1959, o Páro-co, Pe. João, se dirigiu ao Superior Provincial, Pe. Alberto Allamann MS, propondo-lhe a troca de terreno da Capela por outro, mais no alto, com 3.544 mts2, em local mais propício para a instalação da Paróquia e construção da futura Igreja Matriz. Nesse momento, a Província já havia efetuado a compra da grande área na qual seria constru-ído o Seminário Maior hoje “Instituto Salette”. O terreno desejado pelo Pároco fazia parte dessa área. O pedido de Pe. João ia calcado no parecer favorável do Arcebispo e no dizer unânime do povo da Vila América. Em 1978 o terreno originalmente pertencente à Mitra foi escriturado em nome da Associação e sobre a qual já fora construída a Igreja Matriz.

Com a permissão do Conselho Provincial, dada a 3 de novembro de 1959, Pe. João pôs logo mãos à obra, trans-ferindo a Capela para o novo local. Ao mesmo tempo e ze-losamente, o Pároco desempenhava seu ministério sacer-dotal na nova Paróquia, preocupando-se também com a situação material da Vila América. Com o apoio da comu-

nidade, empenhou-se junto aos poderes públicos para a obten-ção da luz e água para o bair-ro. Na falta de condições mais acessíveis de educação para as crianças da Vila, desencadeou campanha para a construção de uma escola. Efetivamente, a Escola Paroquial Nossa Senho-ra da Salette, criada por inicia-tiva de Pe. João, com o apoio financeiro de Irmão João Creff MS, com a colaboração de pa-roquianos, da Arquiconfraria das Mães Cristãs e da Liga das

Senhoras Católicas de Curitiba, entrou em funcionamento na data de 17 de março de 1960. Posteriormente a Es-cola, construída em ponto da mesma área pertencente à Associação Nossa Senhora da Salette, passou a ser dirigi-da pelo Círculo de Pais e Mestres. Anos depois, em 21 de dezembro de 1976, precisada de reformas estruturais, a Escola foi repassada ao controle e propriedade do Estado, sendo – lhe cedido, por parte da referida Associação, o lote sobre o qual estava construída. Um novo e moderno prédio escolar foi erguido, sob a denominação de “Escola Estadual Nossa Senhora da Salette”.

Com transferência de Pe. João para Marcelino Ramos, onde assumiu a direção do Seminário Salette, foi nomea-do o Pe. Clorálio Caime MS para substituí-lo na Paróquia de Vila América. Pe. Caime tomou posse a 24 de abril de 1960. A par de suas atividades como Pároco, empre-nhou-se de corpo e alma na construção do Instituto Salet-te, ao lado da Igreja Paroquial, inaugurado em dezembro de 1963. Nas pegadas de Pe. João e preocupado com a situação econômico-social de muitas famílias pobres re-sidentes no bairro, trabalhou para a fundação, a 13 de maio de 1962, do Centro Social Santa Rosa de Lima. O Centro, uma entidade paroquial destinada a promover a assistência social e cultural, foi posteriormente declarado de utilidade pública.nidade, empenhou-se junto aos

poderes públicos para a obten-ção da luz e água para o bair-ro. Na falta de condições mais acessíveis de educação para as crianças da Vila, desencadeou campanha para a construção de uma escola. Efetivamente, a Escola Paroquial Nossa Senho-ra da Salette, criada por inicia-tiva de Pe. João, com o apoio financeiro de Irmão João Creff MS, com a colaboração de pa-roquianos, da Arquiconfraria das Mães Cristãs e da Liga das

de utilidade pública.situação material da Vila América. Com o apoio da comu-

nidade, empenhou-se junto aos poderes públicos para a obten-ção da luz e água para o bair-ro. Na falta de condições mais acessíveis de educação para as crianças da Vila, desencadeou campanha para a construção de uma escola. Efetivamente, a Escola Paroquial Nossa Senho-ra da Salette, criada por inicia-tiva de Pe. João, com o apoio financeiro de Irmão João Creff MS, com a colaboração de pa-roquianos, da Arquiconfraria

Construção do Instituto Salette

Pe. Clorálio Caime2º Pároco

Atual Vigário em União da Vitória - PR

Informativo Salette Informativo Salette

Eu sou testemunha...Passando pela Secretaria Paroquial, resolvi entrar e, pela primeira

vez, sentar e conversar com o Sebastião. É que soube que diante de mim estava uma das testemunhas da história de nossa comunidade. E foi com muita acolhida e gentileza que me concedeu parte do seu tempo para partilhar a história de sua vida: “Cheguei em Curitiba no dia 31/07/1960 (há 57 anos, vindo de Lauro Müller-SC, com a família); era bem no começo que a paróquia estava sendo construída e constituída; na época tínhamos uma igreja pequena de madeira lá em baixo, onde hoje é a capela; e estava em construção o Instituto Salette (Seminário); e aqui em cima, onde hoje tem nosso salão de festas, era um terreno baldio; bastante barro e ár-vores; as ruas eram de terra bruta, nem saibro tinha; postes de iluminação muitos esparsos; inclusive a empresa em que eu trabalhava na época é que ajudou a trazer a luz; eu tinha 18 anos, era bem jovem, mas como venho de família tradicionalmente católica, inclusive com primo padre, sempre nos dedicamos à Igreja. O primeiro trabalho pastoral criado aqui foi dos Congre-gados Marianos. O primeiro pároco foi o Pe. João, depois saiu e veio Pe. Caime, que morava na Anita Ribas esquina na Paulo Ildefonso, há uma quadra da minha casa. Eu peguei a construção desde a fundação da Paróquia. O Centro Social, que começou 2 anos depois da paróquia, foi iniciativa do Pe. Caime para dar assistência ao povo; a necessidade maior não era de roupas e alimentos, mas de instrução para formação pro� ssional. A primeira iniciativa do centro foi curso de corte e costura e escola de datilogra� a. Quem tinha principalmente datilogra� a conseguia emprego melhor. As casas � cavam entre 50 e 100 metros umas das outras; eram pobres, tipo meia-água; o bairro era pobre; chamado Vila Florestal e, pejorativamente, ‘Vila dos Sapos’, porque era muita úmida a região. Atuávamos na capela de madeira, onde hoje é a Capela do Bosque. Onde hoje é o páteo da Escola Salette era a escolinha de madeira, que foi construída pelo avô da Elizabeth, leiga saletina. Fui tesoureiro do Centro Social. Nossa arrecadação na época eram garrafas e latas de cera. As casas tinham assoalho de madeira que eram encerados. Fazíamos campanha de latas de cera e vendíamos para a própria fábrica; comprávamos tonel de vinho, engarrafávamos. Os prêmios dos bingos e da quermesse eram aquele vinho engarrafado. Também fui tesoureiro dos Congregados Marianos. O Pe. Caime, que � cou aqui cerca de 3 anos, cuidava das obras (paroquia e seminário), por isso não tinha tempo de visitar e ter mais atividades com o povo... só tinha missas no domingo, e quando vinham 30 pessoas � cávamos felizes. Quando era o Pe. João, ele visitava todas as casas. O que lembro com bastante saudade mesmo é que comecei como sacristão do Pe. João, com missas em latim, e depois do Pe. Caime, e cada padre que chegava eu ajudava. Fui e ainda sou Ministro, sou leigo saletino desde o início, do primeiro grupo de leigos. Depois em 1973 casei e me mudei...”. Confesso que fi quei surpresa! Sebastião chegou até aqui com disposição, saúde e ainda trabalhando: Deus seja louvado! Baseados em seu testemunho de jovem que se engajou na comunidade e na construção da Paróquia, encerramos nossa conversa pedindo a N . Sra da Salette que muitos jovens sigam o seu exemplo e experimentem a alegria de fazer parte da história do Santuário! O testemunho do Sebastião me fez acreditar ainda mais na nossa Campanha: “Com sua ajuda, chegarei aos 60 anos cheio de ardor e revitalizado!”

Informativo SaletteInformativo Salette

8Liturgia

Querido irmão, querida irmã. Nesta e na próxima edição de nosso Informativo, principalmente nesta página dedicada à formação litúrgica, queremos ofe-recer uma “breve” catequese sobre o espaço litúrgico, por ocasião da reforma interna do nosso Santuário, afim de que possamos melhor compreender a nova disposição do nosso novo espaço sagrado, lembran-do, de antemão, que esta reforma é para atender as exigências litúrgicas do Concílio Vaticano II.

Você sabe quais são os elementos fundamentais do espaço litúrgico para a celebração da Missa? Com o Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Litur-gia – Sacrosanctum Concilium – a Igreja resgata a genuína tradição dos primeiros milênios, sobre a pre-sença real do Senhor na globalidade da celebração eucarística. Cristo está realmente presente na Pala-vra proclamada, na Assembleia reunida, na pessoa do Presbítero que preside e, sobretudo, nas espécies do pão e do vinho (SC 7).

Desse modo, os elementos fundamentais de um espaço litúrgico para a celebração da Missa são: 1) o altar; 2) a mesa da Palavra; 3) o espaço da Assem-bleia (também chamado de nave da Igreja) e 4) a cadeira da presidência. Estes quarto elementos, de-masiadamente significativos, evocam a presença real do Senhor ressuscitado na Missa. Aqui, vale ressaltar que desses elementos, o altar é o mais central deles. Nesta edição, vamos falar somente sobre o altar. Na próxima, falaremos sobre os outros três elementos.

O Altar – sabemos que a centralidade de nossa fé cristã é o sacrifício de Cristo, ou seja, sua entrega total por nós. No dizer dos Santos Padres da Igre-ja (Epifânio e Cirilo de Alexandria), Cristo se tornou

para nós a vítima, o sacerdote e o altar de seu sacri-fício. E é no altar de nossas igrejas que essa entrega de Cristo acontece todas as vezes que celebramos o memorial da Páscoa, na santa Missa! Segundo a Instrução Geral do Missal Romano “O altar, onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sa-cramentais, é também a mesa do Senhor no qual o povo de Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia” (IGMR, 296).

Assim sendo, o altar é o centro de tudo, sobretu-do da Assembleia litúrgica reunida, o ponto de con-vergência e atenção, dentro do espaço deliberativo, pois representa aquilo que é mais sagrado para nós, Cristo! Todavia, a palavra “altar” vem da língua latim, altarium, que significa “parte superior” de uma mesa ou bloco de pedras onde são “oferecidos alimentos”.

No Antigo Testamento, o altar estava relaciona-do diretamente aos sacrifícios. E encontramos uma porção de exemplos de altares erigidos para oferecer culto a Deus. Do hebraico, a palavra altar é – mizbe-ah – “lugar onde se sacrifica”. Podia ser também um monumento que lembrava uma experiência extraor-dinária e sobrenatural com Deus. Depois, no Templo de Jerusalém, o altar era o principal espaço de todo o culto – o altar dos perfumes e dos holocaustos. Os sacerdotes eram chamados de ministros do al-tar. Contudo, embora o altar tivesse uma forma de mesa, o Antigo Testamento não usa essa expressão. É o cristianismo que vai adotar essa nomenclatura de mesa.

No Novo Testamento, o altar está diretamente re-lacionado ao Cristo, que é o verdadeiro altar. Pois,

Os elementos fundamentais do Espaço Litúrgico

Informativo Salette

9nós cristãos também temos um culto, um sacrifício e um altar próprios, centrados em Cristo Jesus.

Algumas orientações sobre o a disposição do al-tar no espaço litúrgico: que seja posicionado de tal maneira que possa ser facilmente circundo, de frente para o povo, que os ministros possam se mover com folga e calma, que para ele se volte toda a atenção, que seja fixo e dedicado (consagrado), de material digno, sólido e esmeradamente trabalhado.

Quanto à arrumação e enfeites: o altar não foi feito para ser escondido, mas para ser visto e con-templado. Ponha-se sobre ele uma toalha branca, simples e digna, que seja enfeitado com flores natu-rais, sempre com “moderação”, contudo, não sobre o altar. O que se coloca sobre o altar? O Evangeliário, no momento oportuno, o cálice e a patena, o corporal e o missal. Podem-se colocar também os castiçais. Que haja uma imagem do crucificado sobre, ou perto dele.

Queridos amigos, queridas amigas, aqui tivemos uma breve apresentação do sentido e da simbologia do altar no espaço litúrgico. Contudo, não se esgota aqui todo o seu conteúdo que vai muito além dessas brevíssimas linhas. Na próxima edição continuare-mos abordando o espaço litúrgico, tratando os outros três elementos. Até lá.

Ir. Tarcísio Camilo de Santana, MS

JUNHO

01 - Reza do terço na Praça Nossa Senhora da Salette.01 - Encontro de Pais e Padrinhos para Batismo – das 14:00h às 17:00h01 - Solenidade de São Pedro e São Paulo – Missas às 10:30h e 18:00h02 - Solenidade de São Pedro e São Paulo – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h03 - Missa da saúde com Unção dos Enfermos às 16:30h05 - Reunião do CPP07 - Missa votiva do Sagrado Coração de Jesus às 16:30h08 - XIV Domingo do Tempo Comum – Missas às 18:00h09 - XIV Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h15 - XV Domingo do Tempo Comum – Missa às 18:00h15 - Noite de Sopas e Vinhos16 - XV Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h.19 - Dia da Reconciliação:

• Con� ssões durante o dia todo; Hora Santa às 10:00h• Missa com Novena de Nossa Senhora da Salette às 07:00h e 16:30h

22 - XVI Domingo do Tempo Comum – Missas às 10:30h e 18:00h23 - XVI Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h29 - XVII Domingo do Tempo Comum – Missas às 10:30h e 18:00h30 - XVII Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h

AGOSTO02 - Reunião do CPP04 - Missa do Sagrado Coração de Jesus às 16:30 h05 - Reza do Terço na Praça Nossa Senhora da Salette – 09:00h

05 - Encontro de Pais e Padrinhos para Batismo – das 14:00h às 17:00h05 - XVIII Domingo do Tempo Comum – Missas às 10:30h e 18:00h05 - Aniversário do Pe. Renoir06 - DOMINGO DEDICADO A VOCAÇÃO DOS MINISTROS ORDENADOS06 - XVIII Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h07 - Missa da saúde com Unção dos Enfermos às 16:30 h12 - Café da manhã em homenagem aos Pais dos catequizandos12 - XIX Domingo do Tempo Comum – Missas às 10:30h e 18:00h13 - DOMINGO DEDICADO AOS PAIS 13 - XIX Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h/19:00h19 - XX Domingo do Tempo Comum – Missa às 10:30h e 18:00h19 - Encontro do Noivos, das 16:00h às 18:00h19 - Jantar de Sopas e Vinhos do Coral20 - DOMINGO DEDICADO A VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA20 - XX Domingo do Tempo Comum – Missas às 09:00h/11:00h e 19:00h.20 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h23 - Santa Rosa de Lima – Missa com novena às 07:00h26 - XXI Domingo do Tempo Comum – Missas às 10:30h e 18:00h26 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h27 - DOMINGO DEDICADO A VOCAÇÃO LEIGA27 - XXI Domingo do Tempo Comum – Missas as 09:00h/11:00h/19:00h27 - Encontro de Noivos das 16:00h às 18:00h30 - Reunião do CPP

Agenda

Ir. Tarcísio Camilo de Santana, MS

Informativo SaletteInformativo Salette

Bíblia 10

Vocação?A palavra vocação tem sentido amplo, não é

simples escolha. Tentar descobrir a vocação sem conhecer minhas capacidades, meus dons natu-rais, talentos, aptidões e habilidades... Fazer assim é atirar no escuro.

Nada, nem um átomo do mundo vem por aca-so, nada existe no universo sem um plano divino. Cada um de nós é pensado, criado e cuidado por Deus. Nada no mundo vale mais que uma pessoa.

Nossa vocação começa com Deus e é reforçada pela graça imensa do Batismo para ajudar a Deus na construção e perfeição de sua obra. Deus Pai nos convoca a continuar a construção. Para isso Deus nos dá uma ajuda importantíssima para ser-mos perfeitos, cada um na sua vocação.

Tem gente que pensa que Deus só dá vocação para ser padre ou freira (Irmã). Isso não é verdade. Deus dá muitas vocações, isto é, ele chama cada pessoas para algum serviço a bem do povo, e da vida de todos.

Alguém pode ajudar a Deus sendo casado ou solteiro – é a vocação familiar – sendo sacerdote ou pessoa consagrada (Religioso(a), e junto com uma profissão: ser agricultor, comerciante, político, médico entre outras. Dentro da Igreja, cada cristão tem a obrigação de colaborar para o bem de todos, com carinho e amor realizando a sua vocação.

A Igreja somos nós. Se cada um de nós vive a sua vocação pessoal, a Igreja realiza sua vocação universal; isto é, a viver e anunciar a Jesus em todo o mundo.

Por missão universal da Igreja se entende que Deus quer salvar a todos, que ninguém se perca. Fazendo tudo como Jesus: “O Filho de Deus não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). Vocação, portanto é serviço aos outros.

Ninguém pode escolher ou impor uma profissão, vocação ou caminho. Se alguém quer ser músico, padre, freira, artista, médico... é seu direito. Não dá certo você ser o que você não quer, só para agra-dar ao pai ou à mãe, ou porque essa profissão ou essa vocação me dá dinheiro ou status. Mas tam-bém não dá certo ser, o que quer, sem ter aptidão para isso. Jesus quer que a sua Igreja brilhe como a grande servidora da humanidade. Para acertarmos bem na escolha de nossa vocação devemos pedir luzes do Espírito Santo.

Pe. Anacleto Ortigara - MS

CHAMADOS A RECONCILIAR

para ser padre ou freira (Irmã). Isso não é verdade. Deus dá muitas vocações, isto é, ele chama cada pessoas para algum serviço a bem do povo, e da

Alguém pode ajudar a Deus sendo casado ou solteiro – é a vocação familiar – sendo sacerdote ou pessoa consagrada (Religioso(a), e junto com uma profissão: ser agricultor, comerciante, político, médico entre outras. Dentro da Igreja, cada cristão tem a obrigação de colaborar para o bem de todos,

A Igreja somos nós. Se cada um de nós vive a sua vocação pessoal, a Igreja realiza sua vocação universal; isto é, a viver e anunciar a Jesus em todo

Pe. Anacleto Ortigara - MS

Informativo Salette

Espiritualidade 11

Há 37 anos, Curitiba foi agraciada com a visita apostólica S. João Paulo II. Façamos memória dos fragmentos de sua homilia en-tre nós no dia 06/07/1980, momento em que enfatizou nossa capacidade de acolhi-mento: “Como agradecer à Providência Divina que me dá a graça deste encontro [...]. Este Esta-do do Paraná, esta Cidade de Curitiba onde me encontro, retrata bem a Jerusalém da manhã de Pentecostes pela imensa variedade de raças daqueles que ouvem anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.[...] Aqui caldeados pela terra que os acolheu mas presentes e reconhecíveis de algum modo nos rostos de seus � lhos, netos e

bisnetos - portugueses, italianos, ucraínos, alemães, japoneses, romenos, espanhóis, sírios, libaneses - para não falar daqueles, numerosos, que trazem nas veias um sangue igual ao meu, sangue polonês! [...] Quando difíceis conjunturas históricas � zeram descer sobre vários países da Europa o espectro da fome, imensas glebas do sul do Brasil são oferecidas aos braços dispostos ao seu cultivo, mas sobretudo um novo lar é dado a quem acorria. Quando numa nação o excesso populacional veio a criar problemas graves de espaço vital, o Brasil soube abrir seus espaços quase ilimitados com prodigalidade e inteligência. Há uma arte na acolhida, há um jeito de receber, coisas estas que é impossível codi� car nas leis e normas da imigração, mas que o Brasil, graças às qualidades de seu povo, conhece e aplica perfeitamente.[...] Não creio ter visto em outro lugar os imigrados e seus � lhos e netos sentirem-se tão apaixonados da terra que acolheu a eles ou os antepassados, tão “bairristas” do Brasil, ao mes-mo tempo que não renegam os países de origem. Quero, pois, como � lho de uma Pátria de onde vieram tantos � lhos para aqui, render uma sentida homenagem à ampla e inconfundível hospitalidade deste País. Acolhido sem reticências nem preconceitos, o imigrante retribuiu imediatamente a hospitalidade recebida. [...]. Soube-ram sobretudo amar sua nova pátria e trabalhar por ela. Dar-lhe � lhos e netos de primeiríssima qualidade no sacerdócio, nas artes, na política, na literatura. [...] Tive ocasião de dizê-lo mas repito-o de bom grado por causa da admiração - e da emoção - que o fato suscita em mim: de todas as belezas de vosso País não sei se levarei no coração imagem de beleza mais tocante e signi� cativa do que a da concórdia, da alegria descontraída, do senso de autêntica fraternidade com que convivem aqui as mais variadas raças. [...] Que haja ainda entre vós abertura para acolher muitos outros grupos humanos necessitados de uma nova pátria porque privados das suas.” Diante do pedido ainda tão atual de nosso amado S. João Paulo II, sejamos sensíveis e solidários com os migrantes e refugiados, e recebamos dele e da Mãe Aparecida uma vez mais as bênçãos: “A vós eu peço, com afeto de pai e con� ança de irmão, que conserveis sempre este aspecto de vosso ser. E este meu pedido alarga-se em votos por que neste nosso mundo onde há ainda tanta discriminação os homens se compreendam sempre melhor, se aceitem uns aos outros por aquilo que têm em comum, a � m de crescer a solidariedade, o amor e a fraternidade entre os povos e se consolidarem as bases da paz. Receba a Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida, a oração do Papa neste sentido.” Colaboração: Marluce Bely

Um Santo que pisou nosso chão e nos falou ao Coração!

visita apostólica S. João Paulo II. Façamos memória dos fragmentos de sua homilia en-tre nós no dia 06/07/1980, momento em que enfatizou nossa capacidade de acolhi-mento: que me dá a graça deste encontro [...]. Este Esta-do do Paraná, esta Cidade de Curitiba onde me encontro, retrata bem a Jerusalém da manhã de Pentecostes pela imensa variedade de raças daqueles que ouvem anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.[...] Aqui caldeados pela terra que os acolheu mas presentes e reconhecíveis de algum modo nos rostos de seus � lhos, netos e

bisnetos - portugueses, italianos, ucraínos, alemães, japoneses, romenos, espanhóis, sírios, libaneses - para não

e nos falou ao Coração!

Aconteceu...