AGREGADOS RECICLADOS: sua utilização em argamassa ......agregados reciclados da construção...
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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
ERIKA WANESSA GALVÃO DA COSTA MARIANA FERRO MARQUES
AGREGADOS RECICLADOS: sua utilização em argamassa e em concreto não estrutural
MACEIÓ - AL
2017/2
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ERIKA WANESSA GALVÃO DA COSTA MARIANA FERRO MARQUES
AGREGADOS RECICLADOS: sua utilização em argamassa e em concreto não estrutural
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos.
MACEIÓ - AL
2017/2
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ERIKA WANESSA GALVÃO DA COSTA
MARIANA FERRO MARQUES
AGREGADOS RECICLADOS: sua utilização em argamassa e em concreto não estrutural
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos.
APROVADO EM: ___/___/_____
_______________________________________________________ Prof. Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos
Orientador
_______________________________________________________ Prof. Msc. Fernando Silva de Carvalho
Avaliador Interno
_______________________________________________________ Prof. Msc. Marcos André Melo Teixeira
Avaliador Externo
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AGRADECIMENTOS
Eu, Mariana, gostaria primeiramente de citar meus mais sinceros agradecimentos diários a Deus, pela força de vontade de todas as manhãs. Em seguida, a minha família (meus amados pais, Guará e Zuza e meus irmãos, Marília e Lucas) por tanta dedicação, cumplicidade e crença em minha pessoa. Ao meu par, Bira, pela paciência, amizade e compreensão durante esses dias difíceis e de riso raro. Aos profissionais de Engenharia Civil do CESMAC, todos eles, que cruzaram meu caminho sempre deixando um pouco de cada um e que foram de extrema importância na composição do meu caráter profissional. Por fim, aos amigos, mas em especial esta que se tornou companheira de aventura nessa árdua, mas prazerosa, jornada rumo ao sucesso profissional, Wan. Meus sinceros votos de realização pessoal e profissional pra você, na mesma intensidade que almejo pra mim mesma. Que nosso companheirismo possa ir além de uma vida acadêmica. Amém.
Eu, Wanessa, agradeço a Deus que iluminou meu caminho e me deu forças durante esta caminhada. Ao meu pai por todo apoio para chegar até aqui. A minha mãe, minha incansável conselheira, por todo carinho, equilíbrio e dedicação diante das dificuldades enfrentadas. Ao meu irmão Junior, meu maior cuidado, obrigada por existir e completar essa família. A vocês três dedico meu amor incondicional, nem sempre dito, mas muito sentido. Aos meus avós, tios e primos, essa conquista também é de vocês. Aos profissionais da área de Engenharia Civil, obrigada por toda bagagem a mim passada, sem dúvidas cresci muito nos últimos 5 anos. Aos amigos que esta jornada me trouxe, agradeço pelos risos e bons momentos. Mari, em especial a você que em pouco tempo tornou-se uma amiga que pretendo levar para o resto da vida, obrigada pelo companheirismo durante a formação acadêmica e pessoal, desejo tudo de melhor que houver nesse mundo. Conquiste-o!
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AGREGADOS RECICLADOS: sua utilização em argamassa e em concreto não estrutural
RECYCLED AGGREGATES: its use in mortar and non-structural concrete
Erika Wanessa Galvão da Costa Graduanda do curso de Engenharia Civil
[email protected] Mariana Ferro Marques
Graduanda do curso de Engenharia Civil [email protected]
Emerson Acácio Feitosa Santos Mestre em Engenharia Civil
RESUMO A enorme geração de resíduos de construção e demolição atualmente equivale a mais de 50% da massa dos resíduos sólidos urbanos, levando ao desenfreado surgimento de bota-foras clandestinos. A reciclagem desses resíduos foi à solução encontrada por muitos países de primeiro mundo. O Brasil, devido seu alto índice, seguiu com o mesmo propósito. A utilização de agregados reciclados em concreto não estrutural e argamassa de revestimento e assentamento surge como alternativas para atender à enorme demanda de materiais inertes utilizados nestes serviços. Foram realizados ensaios para analisar as principais propriedades físicas e mecânicas dos materiais preparados com agregados reciclados da construção civil, miúdo e graúdo, em diferentes proporções. Os resultados obtidos demonstraram que é possível utilizar o material com agregados reciclados, pois o mesmo possui resistência equivalente a do material tomado como base. A utilização de resíduos reciclados apresenta-se como uma possibilidade possível e viável ao passo que promove uma redução de custos financeiros em obras, além de promover uma acentuada redução nos impactos ambientais possibilitando um destino de reuso dos mesmos, enriquecendo e aprimorando a inserção de resíduos reciclados no mercado consumidor da construção civil. Devido ao vasto crescimento do mercado investidor em materiais reciclados, este trabalho apresenta-se como mais uma alternativa viável para aplicação e utilização dos resíduos dentro do próprio ambiente que os gerou.
PALAVRAS-CHAVE: Reutilização de resíduos. Resíduos reciclados. Agregados reciclados. Resíduos Sólidos. ABSTRACT The huge generation of construction and demolition waste currently accounts for more than 50% of the mass of urban solid waste leading to the rampant emergence of clandestine dumping areas. The recycling of these wastes was the solution found by many first world countries. Due to its high index, Brazil followed with the same purpose. Use of recycled aggregates in covering mortar and bedding mortar and non-structural concrete appears as alternatives to meet the huge demand for inert materials used in these services. Assays were performed to analyze the main physical and mechanical properties of the materials prepared with recycled aggregates of the civil construction, small and large aggregate, were carried out in different proportions. The results showed that it is possible to use the material with recycled aggregates, since it has equivalent resistance to the material taken as base. The use of recycled waste presents as a possible and viable possibility while promoting a reduction of financial costs in works, besides promoting a marked reduction in the environmental impacts allowing a destination of reuse it, enriching and improving the insertion of recycled waste in the consumer market of construction. Due to the vast growth of the investor market in recycled materials, this work presents itself as another viable alternative for the application and use of the residues within the environment that generated them.
KEY WORDS: Reuse of Waste. Recycled Waste. Recycled Aggregates. Solid Waste.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Caracterização e classificação de resíduos ........................................ 13 Figura 2 – Classificação de resíduos da construção civil ..................................... 16 Figura 3 – Reciclagem de resíduos da construção civil – RCC ........................... 17 Figura 4 – Coleta e separação dos resíduos graúdos e miúdos .......................... 19 Figura 5 – Análise e separação gravimétrica em laboratório ............................. 20 Figura 6 – Esquema do equipamento da mesa de consistência (em mm) ......... 21 Figura 7 – Coleta e separação dos resíduos graúdos e miúdos ........................ 22 Figura 8 – Preparação, moldagem e cura dos corpos de provas ....................... 23 Figura 9 – Ensaio a compressão, em laboratório ............................................... 24 Figura 10 – Ensaio de tração por compressão diametral ..................................... 25 Figura 11 – Local de bota-fora em Cruz das Almas ............................................. 29 Figura 12 – Local de bota-fora no Feitosa ............................................................ 30 Figura 13 – Local de bota-fora no Centro de Maceió.......................................... 30
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Composição gravimétrica média do entulho de Maceió .................... 31 Gráfico 2 – Caracterização granulométrica dos resíduos amostrados ................ 32 Gráfico 3 – Composição gravimétrica média das amostras coletadas................. 33 Gráfico 4 – Índice de consistência das argamassas estudadas .......................... 34 Gráfico 5 – Resultados dos ensaios de resistência à compressão dos corpos de prova cilíndricos ...............................................................................................
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Gráfico 6 – Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral dos corpos de prova cilíndricos .............................................................
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Gráfico 7 – Resistência à compressão (MPa) ...................................................... 37 Gráfico 8 – Resistência à tração por compressão diametral (MPa) ..................... 38
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 08 1.1 Considerações Iniciais ................................................................................. 09 1.2 Objetivos ........................................................................................................ 10 1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 10 1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 10 1.3 Descrição dos Capítulos .............................................................................. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 11 2.1 Impactos e Manejo Sustentável ................................................................... 11 2.2 Classificação dos Resíduos Sólidos ........................................................... 12 2.2.1 Resíduos perigosos – Classe I ..................................................................... 14 2.2.2 Resíduos não perigosos – Classe II ............................................................. 14 2.2.2.1 Resíduos não perigosos não inertes – Classe II A ................................... 14 2.2.2.2 Resíduos não perigosos inertes – Classe II B .......................................... 14 2.3 Resíduos Sólidos da Construção Civil ....................................................... 15 2.4 Reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil ........................... 16 2.5 Ensaios Realizados neste Trabalho ............................................................ 18 2.5.1 Ensaio de peneiramento .............................................................................. 18 2.5.2 Análise gravimétrica ..................................................................................... 19 2.5.3 Ensaio de consistência ................................................................................. 20 2.5.4 Análise granulométrica ................................................................................. 21 2.5.5 Corpos de prova ........................................................................................... 22 2.5.6 Ensaio de resistência mecânica a compressão ........................................... 23 2.5.7 Ensaio a tração por compressão diametral .................................................. 24 3 METODOLOGIA ................................................................................................ 26 3.1 Metodologia Descritiva ................................................................................. 26 3.1.1 Aplicação do resíduo para argamassa de revestimento e assentamento .... 26 3.1.2 Aplicação do resíduo para concreto não estrutural ...................................... 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 29 4.1 Caracterização do Resíduo .......................................................................... 31 4.1.1 Com a finalidade de aplicação e utilização em argamassa de revestimento e assentamento .....................................................................................................
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4.1.2 Com a finalidade de aplicação e utilização em concreto não estrutural ...... 33 4.2 Resultados para a Análise e Aplicação em Argamassa de Revestimento e Assentamento ..........................................................................
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4.3 Resultados para a Análise e Aplicação em Concreto Não Estrutural ...... 37 5 CONCLUSÕES .................................................................................................. 39 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 41
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1 INTRODUÇÃO
A produção de todos os bens de consumo, duráveis e não duráveis, gera
resíduos. Com a revolução industrial e a fervente procura por melhores condições de
vida, muitas pessoas saíram do campo e se aglomeraram nos centros urbanos. Tal
crescimento populacional urbano levou ao aumento do consumo desses bens, e
consequentemente dos resíduos por eles gerados. Eis que surge um dos maiores
problemas da atualidade: a correta disposição dos resíduos (JOHN, 2000;
BRASILEIRO; MATOS, 2015; JOHN, 1999).
Diante da difícil situação, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou conhecida como Rio 92 – 20
anos após a primeira discussão sobre o tema, que aconteceu em Estocolmo, Suécia
– trouxe para o Brasil toda a comunidade política internacional, onde se pretendia
aliar a utilização de recursos naturais com o desenvolvimento sócio econômico.
Ações conjuntas eram necessárias para solucionar o problema, e a reciclagem de
resíduos é uma delas (GÜNTHER, 2000; NOVAES, 1992; JOHN, 2000; LEVY, 1997;
PINTO, 1999).
Todo processo de reciclagem requer a utilização de tecnologias, consumo de
energia, e em alguns casos, nova matéria prima associada. Dependendo da
escolha, o processo se torna oneroso ou causa grande danos ao meio ambiente,
tornando-o inviável. Além do mais, mesmo no processo de reciclagem ainda há a
possibilidade de geração de resíduos, levando novamente a necessidade de
disposição adequada desses novos resíduos, ou viabilizando um novo processo de
reciclagem, conhecido como reciclagem de ciclo fechado (ÂNGULO; ZORDAN;
JOHN, 2001).
A indústria da construção é uma atividade econômica de grande expressão no
Brasil, pois é uma das áreas que mais emprega, direta e indiretamente, contribuindo
para a diminuição dos indicadores de desemprego no país. Porém, trata-se de um
ramo que produz diversos efeitos prejudiciais ao meio ambiente, uma vez que efetua
a extração de recursos naturais, não renováveis, consome grandes quantidades de
energia, polui o ar, o solo e a água através da produção de resíduos.
O setor da construção civil é um dos maiores produtores de resíduos sólidos,
principalmente de construção e de demolição (C&D). Estes resíduos são
provenientes da ampliação da infraestrutura urbana proporcionada pelo Poder
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Público e, principalmente, pelas iniciativas privadas de construções, comércios,
indústrias e outras, bem como de demolições, ampliações e reformas, no intuito de
proporcionarem novos usos (BRASILEIRO; MATOS, 2015).
Os resíduos de C&D são frequentemente destinados a aterros especiais sem apresentação de técnicas e investimentos que viabilizem a reciclagem dos mesmos. Sem monitoramento, tais resíduos podem ser depositados em locais clandestinos, gerando problemas de saúde à população além da poluição ambiental (ZORDAN, 2003).
Disponibilidade de recursos naturais, avanços tecnológicos e situação
econômica, são algumas das razões que levam a variação da taxa de reciclagem
desses resíduos de construção e demolição em muitos países. Buscando reduzir os
impactos ambientais e os custos do incorreto descarte de entulhos, a reciclagem
para aplicação em argamassas e concretos já foi analisada e tem se mostrado viável
no ponto de vista econômico e tecnológico (LEVY, 1997; ZORDAN, 2003).
1.1 Considerações Iniciais
A capital Maceió possui em torno de 1 milhão de habitantes – Estimativa
IBGE (2017), e a expansão imobiliária é crescente na capital, apresentando como
consequência um elevado índice de geração de resíduos da construção civil e de
demolição, necessitando assim de medidas urgentes de controle, tanto de
gerenciamento, quanto de soluções adequadas em caráter permanente do resíduo
já mencionado.
De acordo com John (2000), um dos benefícios da reciclagem dos resíduos
da construção civil seria a diminuição de áreas dominantes para aterro, pois a
realização da reciclagem minimizaria o volume de resíduos de construção e
demolição, que equivalem a mais de 50% da massa dos resíduos sólidos urbanos.
Outro beneficio seria a redução da poluição gerada pelos mesmos.
Pinto (1999) destaca a necessidade da redução do consumo de energia
durante o processo de produção.
John (1999) aborda a urgência de reduzir o consumo de recursos naturais
não renováveis, mediante a substituição por resíduos reciclados.
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1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Analisar a viabilidade da aplicação de resíduos sólidos reciclados
provenientes da construção e demolição de obras de Maceió – AL, em argamassa
de revestimentos e assentamento e em concreto não estrutural.
1.2.2 Objetivos específicos
Desenvolver uma revisão de literatura sobre a utilização de reciclados
na construção civil.
Analisar as propriedades dos resíduos reciclados.
Verificar a viabilidade da utilização dos resíduos reciclados em
argamassa de revestimento e de assentamento e em concreto não
estrutural.
1.3 Descrição dos Capítulos
Este trabalho foi iniciado com a introdução e consequente apresentação da
utilização de resíduos sólidos provenientes da construção civil. Neste capítulo inicial
foram apresentados as considerações e objetivos do mesmo.
Em seguida, constará uma revisão de literatura, onde estão explicitados
impactos, manejos, surgimento, conceito, classificação e tratamento dos resíduos
em questão.
Depois foi dada continuidade na metodologia do trabalho, onde foram
adequados análises e resultados das aplicações dos estudados resíduos, os quais
foram aplicados em argamassa e concreto. Após exposta toda situação, apresentar-
se-ão os estudos feitos em laboratório, juntamente com as análises bibliográficas,
chegando assim aos resultados e consequentes discussões.
Por fim, após apresentar gráficos e tabelas classificatórias a respeito do
resultado obtido.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Dentre as várias definições para resíduos sólidos existentes no meio
acadêmico, a da NBR 10004/2004 foi a que consideramos mais adequada para o
contexto deste trabalho.
Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (NBR 10004/2004)
Neste capítulo, foi apresentada uma introdução, classificação e definição para
todo e qualquer resíduo sólido. Foi dada ênfase nos cuidados com o manejo, os
impactos causados pelos mesmos, sua apresentação na construção civil, a
reciclagem dos resíduos e suas variadas finalidades.
2.1 Impactos e Manejo Sustentável
Russo (2003) afirma que resíduos sólidos são todos os materiais que se
tornam dispensáveis para seu possessor. Engloba todo e qualquer resíduo
proveniente da atividade do homem que apresenta determinada capacidade de
valorização. No âmbito dos resíduos sólidos gerados pela sociedade nos nossos
dias, cabe aos resíduos sólidos urbanos, a maior e mais volumosa fatia desses
desperdícios.
A preocupação com esses resíduos vem sendo discutida há algumas décadas
nas esferas nacional e internacional, devido o aumento da consciência coletiva com
relação ao meio ambiente. Se manejados adequadamente, os resíduos sólidos
adquirem valor comercial e podem ser utilizados em forma de novas matérias-primas
ou novos insumos. Assim, a complexidade das atuais demandas ambientais, sociais
e econômicas leva a um novo posicionamento dos três níveis de governo, da
sociedade civil e da iniciativa privada.
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O Ministério do Meio Ambiente (MMA) traz que, segundo a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída pela Lei 12.305/2010, é necessário que haja
redução na geração de resíduos no Brasil. Uma das metas para 2015 era atingir o
índice de 20% em reciclagem de resíduos, proposta pelo Plano Nacional sobre
Mudança do Clima. Alguns métodos previstos nessa lei para alcançar esse objetivo
são o consumo sustentável, a reciclagem e reaproveitamento, e ainda a correta
destinação dos materiais não recicláveis. A indústria e o comércio tem a obrigação
de, sempre que possível, reincorporar esses resíduos sólidos na cadeia produtiva e
inovar nos produtos que tragam benefícios socioambientais, além do executar o
correto gerenciamento ambientalmente dos mesmos. Porém, não apenas o setor
privado. Todos os cidadãos que descartam de maneira pouco ecológica seus itens,
colocando a vida de outros em risco e degradando o meio ambiente, devem
reavaliar seu papel como consumidor. Este problema é muito mais comum do que
se pode imaginar.
É importante destacar que a Resolução CONAMA nº 307/2002 tem como finalidade a não geração de resíduos, e como objetivos secundários, a redução, reutilização, reciclagem e disposição final. Essa visão tem feito às empresas estabelecerem em seus processos de gestão, a preocupação com a não geração; ponto fundamental quando tratamos de questões voltadas à melhoria dos projetos, à inovação dos processos produtivos e à escolha dos materiais a serem empregados (SINDUSCON - SP 2015).
A partir da citação acima, surgiram políticas que beneficiam construtoras que
se adaptam à gestão de resíduos, e devido a esses benefícios o aumento de
empresas que passaram a ter essa preocupação como foco foi gritante, reduzindo
assim à geração de resíduos sólidos provenientes da construção e demolição.
2.2 Classificação dos Resíduos Sólidos
A figura 1 demonstra como classificar um resíduo sólido quanto ao risco ao
meio ambiente e saúde pública. Estes são tidos como perigosos e não perigosos,
sendo os não perigosos ainda subdivididos em não inerte e inerte. A NBR
10004/2004 estabelece os critérios de classificação e os códigos para a identificação
dos resíduos de acordo com suas características.
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Figura 1 – Caracterização e classificação de resíduos. Fonte: ABNT NBR 10004, 2004.
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2.2.1 Resíduos perigosos – Classe I
Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio
ambiente, pois em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas podem causar a contaminação do solo no local do despejo e
ainda riscos a saúde publica. Esse tipo de resíduo perigoso requer um sistema de
coleta (classificado conforme NBR 10004/2004), de tratamento e descarte adequado
e rigoroso. Apresentam características como inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade.
2.2.2 Resíduos não perigosos – Classe II
Estes resíduos não perigosos não apresentam características como
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade, e nem
possuem tendência a sofrer uma reação química brusca. Estes se subclassificam
em:
2.2.2.1 Resíduos não perigosos não inertes – Classe II A
Estes tipos de resíduos geralmente apresentam características como
solubilidade em água, biodegradabilidade ou ainda combustibilidade.
2.2.2.2 Resíduos não perigosos inertes – Classe II B
Conforme ABNT NBR 10004/2004, são os resíduos que não possuem
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões
de potabilidade de água, excluindo-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor,
quando amostrados de uma forma representativa e submetidos a um contato
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente.
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2.3 Resíduos Sólidos da Construção Civil
Em 05 de julho de 2002, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
do Brasil publicou a Resolução de nº 307/2002, que estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil no Brasil,
disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais e
define Resíduos Sólidos da Construção Civil da seguinte forma:
Resolução CONAMA nº 307/2002 Art. 2° Inciso I: Resíduos Sólidos da
Construção Civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica e etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
Outra definição importante é a de Agregado Reciclado conforme a mesa
resolução:
Resolução CONAMA nº 307/2002 Art. 2° Inciso IV – Agregado reciclado: é o
material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que
apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de
infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;
Um fato interessante é que a Resolução CONAMA nº 307/2002, alterada pela
Resolução CONAMA nº 348/2004, determinou que o gerador dos resíduos devesse
ser o responsável pelo gerenciamento. Com isso ficou estipulada a segregação dos
resíduos em diferentes classes, andamento para reciclagem e disposição final
adequada. As áreas destinadas para esses serviços deverão passar pelo processo
de licenciamento ambiental e serão fiscalizadas pelos órgãos ambientais
competentes.
A Lei 12.305/2010 define os Resíduos da Construção Civil da seguinte
maneira:
Lei 12.305/2010 Art. 13° Inciso h – Resíduos da construção civil: os gerados
nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
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Em se tratando de definições oficiais, o decreto 307 do CONAMA e a Lei
12.305/2010 são as principais referências. Estes resíduos provenientes da
construção civil podem ser classificados de acordo com a figura 2, abaixo:
Figura 2 – Classificação de resíduos da construção civil. Fonte: Vinhal, 2015.
2.4 Reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil
A reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCC) requer a analise da
captação, do transporte e da estocagem desses resíduos, ate chegar à viabilização
de um processo de beneficiamento. Devem ser feitos estudos criteriosos dos pontos
de coleta, a forma como o material será transportado até o local de estocagem e, por
fim, definir uma região apropriada para a implantação da usina de reciclagem.
A Resolução Brasileira do CONAMA classifica os seguintes resíduos:
De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
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De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento
etc.), argamassa e concreto;
De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de
obras;
O processo de reciclagem é apresentado na figura 3 abaixo:
Figura 3 – Reciclagem de resíduos da construção civil - RCC. Fonte: Portal Resíduos Sólidos, 2014.
O primeiro passo é a coleta seletiva e logo após vem o processo de trituração,
nesta fase as porções dos resíduos sólidos encontram-se misturadas, sendo
necessário que os mesmos passem por um processo de granulagem, onde será
feito a fragmentação das partes, e de acordo com a graduação desses resíduos,
serão classificados e comercializados como areia, brita, pedrisco, bica corrida e
outros. Esta matéria prima ainda poderá fazer parte da fabricação dos produtos de
base para a construção civil como britas, tijolos, blocos de cimento, etc.
Mesmo representando sérios riscos ambientais, os problemas ocasionados pelo resíduo da construção civil e da demolição não são privilégio do Brasil e de suas grandes cidades, principalmente aquelas que estão em processo acelerado de urbanização. O mundo inteiro ressente das consequências dessa séria problemática, que provoca, até certo ponto, impactos
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ambientais, sociais e econômicos, geralmente, resultantes da grande quantidade de resíduo de C&D lançada irregularmente na Natureza (FONSECA; MENEZES, 2010).
Com as fiscalizações do governo cada vez mais fortes e crescentes sobre a
gestão de resíduos sólidos, as empresas tem se preocupado em destina-los
corretamente. Por outro lado, existe a incessante necessidade de reduzir os custos,
e a maneira encontrada pelas construtoras foi o reaproveitamento desses resíduos
como agregado.
Uma segunda e não menos eficiente alternativa que vamos julgar qualificada, será a transformação destes resíduos em agregados, assim surge como uma solução viável para a redução dos resíduos e, também, para a diminuição do custo da construção. A utilização de agregados reciclados em argamassas de revestimento e assentamento surge como alternativa, uma vez que esse material apresenta desempenho adequado, conforme vários trabalhos publicados sobre o tema (Pinto, 1998). Além disso, o seu uso também promove a diminuição de custos, ajuda a solucionar parte do problema de destinação final deste material e contribui para a melhoria das condições ambientais do país (SANTANA, M. J. A.; CARNEIRO, A. P.; SAMPAIO, T. S., 2001).
Diante deste cenário, este trabalho foi baseado em duas pesquisas de
iniciação científica, realizadas em Agosto de 2012 a Julho de 2013 e Agosto de 2013
a Julho de 2014, em que se propuseram a analisar a utilização de agregados
reciclados, intituladas por: “Utilização de agregados reciclados, provenientes de
resíduos de construção e demolição (C&D) de Maceió, em argamassas de
revestimento e assentamento”, avaliando as propriedades destas argamassas, no
estado fresco e no estado endurecido e “Utilização de agregados reciclados,
provenientes de resíduos de construção civil (RCC) de Maceió, em concreto não
estrutural”, avaliando as propriedades físicas e mecânicas dos concretos preparados
com agregados reciclados da construção civil, miúdo e graúdo, em diferentes
proporções.
2.5 Ensaios Realizados neste Trabalho
2.5.1 Ensaio de peneiramento
Este ensaio é considerado de caracterização, pois faz parte da análise
granulométrica dos solos. É utilizado principalmente para determinar as porções
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mais grossas da amostra, como o pedregulho e as areias, segundo a ABNT NBR
7211/2005, para definição de agregado miúdo e graúdo.
A figura 4 mostra o ensaio realizado em laboratório para caracterização
dessas partes, separando assim as frações mais grossas da amostra de solo.
Figura 4 – Coleta e separação dos resíduos graúdos e miúdos. Fonte: Marques, 2014.
É possível verificar no primeiro recipiente as amostras que ficaram retidas na
peneira mais fina, enquanto no segundo recipiente está à amostra que passou pela
peneira.
2.5.2 Análise gravimétrica
Para realizar esse procedimento é necessário fazer a separação do material
até sua forma mais consistente, após isso, segregar e realizar a pesagem. Este
método é feito em diversas etapas para garantir a exata quantificação do material
desejado. Importante atender à NBR NM 26/2009 que se referem às amostragens
de agregados, desde a sua extração e redução até o armazenamento e transporte
das amostras representativas de agregados para concreto, destinadas a
ensaios de laboratório.
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A figura 5 demonstra a quantidade de material utilizado, registrado em
laboratório.
Figuras 5 – Análise e separação gravimétrica em laboratório.
Fonte: Marques, 2014.
Os registros apresentam os materiais já separados sendo pesados,
garantindo assim um melhor monitoramento dos erros e um quantitativo mais preciso
e exato.
2.5.3 Ensaio de consistência
Atendendo à NBR NM 67/1998, que especifica o método para determinar a
consistência do concreto fresco através da medida de seu assentamento, foi
necessário o ensaio de consistência. Este é um dos principais fatores que influencia
na trabalhabilidade do concreto e que é de grande importância para que estes
agregados possam ser utilizados em concreto não estrutural.
No estado fresco foi avaliado o índice de consistência das argamassas, por
intermédio do ensaio da mesa de consistência – flow table – NBR 13276/2016, pois
esta é uma das principais propriedades utilizada na avaliação da trabalhabilidade
das argamassas.
21
O equipamento da mesa de consistência está representado na figura 6, onde
o molde deverá ser preenchido em três camadas sucessivas e com os seguintes
golpes nas camadas, 15, 10 e 5 golpes respectivamente. Executam-se ensaios com
30 quedas da mesa em 30 segundos seguidos e depois se mede com o paquímetro,
no mínimo dois diâmetros ortogonais, da argamassa espalhada na mesa.
Figura 6 – Esquema do equipamento da mesa de consistência (medidas em mm).
Fonte: ABNT NBR 7215, 1996.
2.5.4 Análise granulométrica
As partículas de solo apresentam uma grandiosa variabilidade de tamanho.
Esta variação diz muito sobre a origem dessas partículas e seu método de
transporte.
A análise granulométrica, determinada segundo a ABNT NBR NM 248/2003,
consiste na determinação das dimensões das partículas de grãos que constituem as
22
amostras de solo e da frequência com que estas ocorrem. Análise feita de acordo
com o que é solicitado na norma, como sua distribuição granulométrica, a forma dos
grãos e seus desgastes.
Esta análise determinará as dimensões das partículas de agregado utilizadas
neste, como recolhido e registradas em bota-foras clandestinos, como no exemplo
da figura 7.
Figuras 7 – Coleta e separação dos resíduos graúdos e miúdos. Fonte: Marques, 2014.
2.5.5 Corpos de prova
Corpos de prova moldados de acordo com a NBR 5738/2016, onde para
moldagem dos corpos de prova deve-se primeiramente atender ao adensamento
manual e adensamento vibratório, para que depois ocorra a desforma, transporte,
cura final e, por fim, a preparação dos corpos de prova.
Testes realizados em corpos de prova representativos do concreto, cuja
moldagem e acondicionamento são tão importantes quanto à execução dos ensaios
em si. A figura 8 mostra que foram realizados ensaios e registrados os processos em
corpos de prova.
23
Figuras 8 – Preparação, moldagem e cura dos corpos de provas. Fonte: Marques, 2014.
2.5.6 Ensaio de resistência mecânica a compressão
Atendendo a NBR 7215/1996, onde especifica o método de determinação da
resistência à compressão, foi realizado o ensaio e análise de resistência mecânica,
pois esta é uma das mais importantes, visto que julga a capacidade do material de
resistir às ações de alguns tipos de esforços.
A compressão aplicada em um material resultará na diminuição do seu
volume ou na redução de uma de suas dimensões (axial com a atuação da força) e
um aumento da seção transversal (quando é permitida a deformação da peça
naquela direção). De acordo com a figura 9, podemos ver registros de resistência
mecânica à compressão sendo realizada em laboratório.
24
Figuras 9 – Ensaio a compressão, em laboratório. Fonte: Marques, 2014.
2.5.7 Ensaio a tração por compressão diametral
Para a sua realização, um corpo de prova cilíndrico de 15x30 cm é colocado
com o eixo horizontal entre os pratos da prensa, sendo aplicada uma força até a sua
ruptura por tração indireta (ruptura por fendilhamento). O valor da resistência à
tração por compressão diametral, fct.sp, encontrado neste ensaio, é um pouco maior
que o obtido no ensaio de tração direta. O ensaio de compressão diametral é
simples de ser executado e fornece resultados mais uniformes do que os da tração
direta. O esquema é apresentado na figura 10.
25
Figura 10 – Ensaio de tração por compressão diametral. Fonte: Pinheiro, Muzardo, Santos, 2014.
Segundo Thomaz (s.d.), a atual norma NBR 6118/2014 indica a relação entre
a resistência à tração medida em diferentes ensaios, onde fct.sp = resistência à
tração indireta, medida no ensaio de compressão diametral, definido pela NBR
7222/2011.
26
3 METODOLOGIA
O presente trabalho apresenta como base duas pesquisas científicas
realizadas pela Fundação Jayme de Altavila – FEJAL – no Centro Universitário
CESMAC, de acordo com o Programa Semente de Iniciação Científica – PSIC –
onde uma foi fomentada pelo PIBIC/CNPq (no período de agosto de 2012 a julho de
2013) e a outra pelo PSIC/Santander (no período de agosto de 2013 a julho de
2014).
3.1 Metodologia Descritiva
A metodologia inicial dos projetos foi uma pesquisa científica descritiva,
analisando e interpretando os dados obtidos em livros, periódicos, revistas técnicas,
dissertações etc., de forma a compor o referencial teórico de ambas as pesquisas.
Na segunda etapa do projeto foram abordados os ensaios com o material
reciclado, na qual foi regida pelas seguintes metodologias:
Para caracterizar os resíduos de construção civil (RCC) e demolição (C&D),
utilizados nas pesquisas, quanto a sua composição foi utilizada a metodologia da
determinação gravimétrica do resíduo, se valendo do processo de quarteamento
instituído pela NBR 9941/2001. Foram obtidas amostras de diversos locais da
cidade, sendo procedida a caracterização e registro do local de retirada da amostra,
tais amostras foram retiradas com base na NBR 10007/2004.
Para a caracterização granulométrica do resíduo foi utilizada a metodologia
trazida na NBR 7217/1987 – “Agregados – Determinação da Composição
Granulométrica”, que prescreve o método para determinação da composição
granulométrica de agregados miúdos e graúdos.
Conforme tópicos a seguir, verificar-se-á a continuidade da metodologia.
3.1.1 Aplicação do resíduo para argamassa de revestimento e assentamento
Para a avaliação das propriedades das argamassas de assentamento e
revestimento produzidas com resíduos reciclados, nos estados frescos e
27
endurecidos, em diversos traços, foram comparados os resultados destas, com
argamassas de referências, confeccionadas com cimento, areia e saibro (argamassa
base) e argamassa de cimento, cal, e areia (argamassa de referência).
A argamassa produzida com saibro foi utilizada como base para a adição do
agregado reciclado, sendo, portanto, definida como argamassa base. A sua
dosagem apresenta relação entre cimento e materiais secos não cimentícios – areia
e saibro – de 1:6 (argamassa de assentamento) e 1:8 (argamassa de revestimento)
em massa, sendo que a proporção de saibro, em relação à massa dos materiais
secos não cimentícios, é de 25% (argamassa de assentamento) e de 35%
(argamassa de revestimento).
A adição de agregados reciclados ocorre na proporção de 100% (tanto para
argamassa de assentamento quanto para argamassa de revestimento) em relação
aos materiais secos não cimentícios.
As argamassas de assentamento e revestimento (AAR 100 e ARR 100) com
adição de 100% do agregado reciclado têm como materiais constituintes apenas
cimento, agregado reciclado e água, ou seja, todo o agregado miúdo (areia e saibro)
foi substituído por agregado reciclado.
Já a argamassa de referência foi uma argamassa mista de cimento e cal,
como aglomerantes, e a areia, como agregado, na proporção de 1:0,5:6 (cimento,
cal e areia) em massa, para a argamassa de assentamento e traço de 1:0,5:8
(cimento, cal e areia) em massa para a argamassa de revestimento.
Para os traços das argamassas, incluindo os traços das argamassas de base
e de referência, foram realizados todos os ensaios propostos na pesquisa, tanto no
estado fresco, quanto no endurecido, para posterior avaliação dos resultados.
3.1.2 Aplicação do resíduo para concreto não estrutural
Já para a avaliação das propriedades dos concretos produzidos com resíduos
reciclados, nos estados frescos e endurecidos, em diversos traços, foram
comparados os resultados destas, com traços de concretos de referências,
confeccionadas com cimento, areia e brita 01, apenas.
A adição de agregados reciclados ocorre na proporção de 50% e 100% de
agregado reciclado graúdo, e 100% de agregado reciclado graúdo e miúdo.
28
Por fim, será redigido e publicado o texto final da pesquisa de iniciação
científica, com o objetivo de atingir o maior número de integrantes da comunidade
acadêmica e da população de Maceió.
29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o desenvolvimento deste trabalho, foram realizadas várias atividades
e ações agrupadas. Com os resultados obtidos, foram observadas a metodologia
empregada e a revisão de literatura. Foram feitas visitas de campo, no aspecto
prático, para análise de todo material coletado e analisado em laboratório.
De forma simultânea, foram identificados e fotografados os locais de despejos
de resíduos, além da retirada de algumas amostras do material encontrado, para
posterior caracterização dos rejeitos.
Algumas imagens são relatas abaixo, referentes aos locais de disposição de
resíduos, como apresentados nas figuras 11, 12 e 13:
Figura 11 – Local de bota-fora em Cruz das Almas. Fonte: Marques, 2014.
30
Figura 12 – Local de bota-fora no Feitosa. Fonte: Marques, 2014.
Figuras 13 – Local de bota-fora no Centro de Maceió, Rua Buarque de Macedo.
Fonte: Marques, 2014.
31
4.1 Caracterização do Resíduo
Os procedimentos para caracterizar o resíduo consistem: na homogeneização
do entulho, antes da coleta da amostra, recolhimento do entulho em
aproximadamente 20 quilos, quartear o material recolhido, através de triagem
separar os materiais por classes (madeira, matéria orgânica, metais, plástico,
pedras, materiais cerâmicos, solo, entre outros), pesar cada classe obtida e calcular
as porcentagens de cada uma.
4.1.1 Com a finalidade de aplicação e utilização em argamassa de revestimento e
assentamento
Após a realização da caracterização desses resíduos, obteve-se a
composição média para o entulho. A distribuição geral dos materiais encontrados em
campo é apresentada no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Composição gravimétrica média do entulho de Maceió. Fonte: Autor, 2014.
Este gráfico demonstra que os 3 principais materiais encontrados nesse
entulho são materiais cerâmicos, solos e areias, e concreto e argamassa, materiais
que apresentam alto potencial de reciclagem.
32
Dada à continuidade, as etapas seguintes incluíram as ações de laboratório.
A primeira ação foi à análise granulométrica dos resíduos recolhidos, visto que na
elaboração das argamassas foi utilizada sobre os resíduos enquadrados como
agregados miúdos. Em seguida, foi realizado o ensaio de peneiramento de forma a
separar os agregados miúdos, material passante na peneira de 4,8 mm, dos
agregados graúdos, material passante na peneira de 19 mm e retidos na peneira de
4,8 mm.
O Gráfico 2 mostra o agrupamento dos materiais encontrados na fase de
caracterização, segundo as categorias de entulho.
Gráfico 2 – Caracterização granulométrica dos resíduos amostrados.
Fonte: Autor, 2014.
O processo de caracterização do entulho demonstrou que 68% da amostra
passaram pela peneira de 4,8 mm acima citada, o que os classifica como agregado
miúdo. Esse material passante subdivide-se, de modo que a maior parte, ou seja,
61% dos resíduos são tidos como areia e uma menor porção de 7% como silte e
argila. O material passante na peneira de 19 mm e retido na de 4,8 mm representou
32% da amostra e é tido como pedregulho, classificado como agregado graúdo,
segundo a ABNT NBR 7211:2005, para definição de agregado miúdo e graúdo.
33
4.1.2 Com a finalidade de aplicação e utilização em concreto não estrutural
A composição gravimétrica média de todas as amostras de resíduos obtidas
está descrita no Gráfico 3 abaixo:
Gráfico 3 – Composição gravimétrica média das amostras de resíduos coletadas. Fonte: Autor, 2014.
Observa-se que 97% tem grande potencial de reaproveitamento na cadeia
produtiva da construção civil.
O concreto produzido com brita 01 foi utilizado como referência para a adição
do agregado reciclado, sendo, portanto, definido como concreto de referência. A sua
dosagem apresenta relação entre cimento e materiais secos não cimentícios – areia
e brita – de 1:3:5 (cimento, areia e brita 01) em massa. A adição de agregados
reciclados graúdos ocorreu nas seguintes proporções de 50% e 100% (em
substituição a brita 01), mantendo como agregado miúdo a areia.
Em outra situação foi refeita a proporção de agregados graúdos reciclados em
100% (em substituição a brita 01) além da substituição da areia, por agregado miúdo
reciclado nas proporções de 100% em relação aos materiais secos não cimentícios.
34
4.2 Resultados para a Análise e Aplicação em Argamassa de Revestimento e
Assentamento
Após a análise granulométrica dos resíduos deu-se início as etapas de
laboratórios onde foram avaliadas as propriedades das argamassas de
assentamento e revestimento, com diversos traços, nos estados frescos e
endurecidos. Os traços avaliados foram os seguintes: Argamassa Base, constituída
de cimento, areia e saibro foram ensaiados os traços 1:6 (assentamento) e 1:8
(revestimento) e Argamassa Reciclada (100%), constituída de cimento e material
reciclado, nos traços 1:6 (assentamento) e 1:8 (revestimento).
No estado fresco foi avaliado o índice de consistência das argamassas, por
intermédio do ensaio da mesa de consistência – flow table (NBR 13276/2016), pois
esta é uma das principais propriedades utilizadas para a avaliação da
trabalhabilidade das argamassas. A boa trabalhabilidade da argamassa é
fundamental para que o revestimento obtenha uma boa aderência ao substrato, bem
como para o correto assentamento dos elementos da alvenaria, além de
proporcionar um melhor acabamento superficial da argamassa na superfície à qual
foi aplicada. Abaixo, no Gráfico 4, apresentam-se as avaliações de resistência das
argamassas com material reciclado.
Gráfico 4 – Índice de consistência das argamassas estudadas. Fonte: Autor, 2014.
35
No estado endurecido foram avaliadas as resistências mecânicas a
compressão e a tração por compressão diametral, das seguintes argamassas:
Argamassa Base, constituída de cimento, areia e saibro foram ensaiados os traços
1:6 (assentamento) e 1:8 (revestimento) e Argamassa Reciclada (100%), constituída
de cimento e material reciclado, nos traços 1:6 (assentamento) e 1:8 (revestimento).
A resistência à aderência à tração não foi possível avaliar em decorrência de
problemas técnicos no laboratório da instituição, tendo sido avaliada somente a
resistência à compressão das argamassas de revestimento. Os resultados são
apresentados nas tabelas 1 e 2 e gráficos 5 e 6 seguintes:
Tabela 1 – Resultados resistência à compressão corpos de prova cilíndrico.
Resistência média à compressão dos corpos de prova cilíndricos (MPa)
Rompimento BASE 1:6 (A)
Rec 100% (A)
BASE 1:8 (R)
Rec 100% (R)
3 dias 2,9 2,7 2,4 2,3
28 dias 4,7 4,5 4,2 3,9
Fonte: Autor, 2014.
Gráfico 5 – Resultados dos ensaios de resistência à compressão dos corpos de prova cilíndricos. Fonte: Autor, 2014.
36
Tabela 2 – Resultados de resistência à tração por compressão diametral corpos de prova cilíndricos.
Resistência média à tração por compressão diametral dos corpos de prova cilíndricos (MPa)
Rompimento BASE 1:6 (A)
Rec 100% (A)
BASE 1:8 (R)
Rec 100% (R)
3 dias 0,3 0,2 0,2 0,2
28 dias 0,8 0,6 0,6 0,5
Fonte: Autor, 2014.
Gráfico 6 – Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral dos corpos de prova cilíndricos.
Fonte: Autor, 2014.
As argamassas avaliadas apresentaram resultados de resistência à
compressão e a tração por compressão diametral entre 3,9 e 4,7 MPa e 0,5 e 0,8
MPa, respectivamente, sendo os resultados das argamassas com agregados
reciclados bem próximos das argamassas bases, ou seja, a substituição da
argamassa com material reciclado, não iria interferir no bom funcionamento e
rendimento da mesma, se comparado à argamassa base em questão.
37
4.3 Resultados para a Análise e Aplicação em Concreto Não Estrutural
Os resultados para as propriedades, no estado endurecido, de compressão
estão apresentados nos gráfico 7 .
Gráfico 7 – Resistência à compressão (MPa). Fonte: Autor, 2014.
O gráfico demonstra a resistência do concreto tido como referencial, que não
utiliza nenhum tipo de material reciclado. Após isso, traz a resistência do concreto
que utiliza 50% de agregado graúdo reciclado, seguido do concreto com 100% de
agregado graúdo reciclado. Por fim, a resistência do concreto com 100% dos
agregados reciclado (graúdos e miúdos). É possível observar que a resistência
diminui gradativamente, à medida que a porcentagem de material reciclado aumenta
e esta diminuição pode ser decorrente da existência de impurezas em nosso
material reciclado, o que ainda assim não inviabiliza nem compromete sua
aplicação.
Os resultados para as propriedades, no estado endurecido, de tração por
compressão diametral estão apresentados no gráfico 8 abaixo:
38
Gráfico 8 – Resistência à tração por compressão diametral (MPa).
Fonte: Autor, 2014.
A produção de concretos não estruturais com agregado reciclado é simples e
resulta num produto final de qualidade, possibilitando o seu uso em moradias
populares, passeios públicos, praças etc.
O volume de Resíduos da Construção Civil gerado na cidade de Maceió
possui um significativo potencial para reciclagem. Os resultados encontrados na
composição gravimétrica deste trabalho tornam possível tal afirmação, onde a
composição dos resíduos de construção civil apresentam aproximadamente 97,02%
de resíduos de classe A (como apresentado na seção 2.3), ou seja, que pode ser
reciclado e aplicado na utilização de concretos para fins não estruturais visto que de
acordo com a NBR 6118/2014, é preciso uma força maior que a encontrada para
que se possa aplicar o determinado concreto para fins estruturais.
39
5 CONCLUSÃO
Diante da problemática referente ao aumento de resíduos sólidos
ocasionados pelo vasto leque da construção civil, foram apresentadas neste
trabalho, duas possíveis aplicações para sua destinação com a finalidade de
diminuir o alto índice de poluição causado pelos mesmos, inseri-los no mesmo
ambiente que os criaram e buscar uma possível redução nos gastos realizados na
construção.
Na presença dos rápidos avanços tecnológicos, surgem assim várias
metodologias que direcionam as diversas aplicações dos resíduos reciclados, visto
que, faz-se necessária melhoria em sua deposição e hoje pode ser claramente
visualizado os benefícios que vão além de praticidade e economia dentro da própria
obra. Uma dessa destinação foi o estudo do material reciclado compondo
argamassa de revestimento e assentamento e, também, sendo composição em
concreto não estrutural.
Com a finalidade de aplicação em argamassa de assentamento e
revestimento, fica claro que a inclusão do material reciclado não interfere no bom
funcionamento e rendimento da argamassa se comparada com a argamassa base
utilizada por este trabalho, bem como garantindo que sua aderência e acabamento
não sejam danificados. Assim como também, foi possível exemplificar que a
aplicação do material reciclado no concreto, mesmo causando diminuição na sua
resistência, não torna sua aplicação inviável, visto que resultou num produto final de
boa qualidade e plausível de uso para fins não estruturais.
Em função desses satisfatórios resultados, aliando-os à eficiência significativa
em sua aplicação, a utilização dos Resíduos de Construção e Demolição permitirá
iniciar um ciclo de estudos e um mercado de trabalho voltado para materiais
utilizados na construção civil. Além de determinada economia alcançada, comprova-
se também a diminuição dos danos ambientais. Em decorrência desse estudo,
recomenda-se o aprofundamento do mesmo, pois o reconhecimento da demanda
por agregados e da geração de resíduos para melhoria do avanço da reciclagem no
Brasil, requer ainda muitos cuidados e avanços.
Sendo a geração dos resíduos de construção e demolição inevitável na nossa
realidade atual, além da necessidade de renovação, evolução das bases
tecnológicas, econômicas e políticas sólidas, deseja-se melhoria nas condições para
40
que os avanços necessários sejam conquistados visando superar os cenários de
degradação ambiental e de utilização descontrolada de recursos naturais que
deveriam ser preservados para as próximas gerações.
Para melhor análise e maior aprofundamento na utilização de materiais
reciclados e sua aplicação na construção civil, sugerimos estudos e trabalhos nas
seguintes linhas de pesquisas:
Análise da utilização de agregados reciclados em concreto estrutural.
Estudo voltado para a problemática sobre a utilização de agregados
reciclados em argamassa e a possível ocorrência de patologias
causadas pelos mesmos.
As modificações da trabalhabilidade das argamassas pelo uso do
resíduo sólido reciclado.
Causas possíveis sobre a diminuição da força de resistência à
compressão e à tração, pela inserção de agregado reciclado ao
concreto.
41
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