Agricultura de Precisão - nutriexperts.info 01/José Molin.pdf · Prof. J. P. Molin O que é...

57
Agricultura de Precisão www.agriculturadeprecisao.org.br José P. Molin ESALQ/USP [email protected]

Transcript of Agricultura de Precisão - nutriexperts.info 01/José Molin.pdf · Prof. J. P. Molin O que é...

Agricultura de Precisão

www.agriculturadeprecisao.org.br

José P. Molin

ESALQ/USP

[email protected]

Prof. J. P. Molin

O que é Agricultura de Precisão?

AP é gerenciar o sistema de produção considerando a variabilidade espacial (e temporal) das lavouras... ...e tirar proveito dessas desuniformidades... ...sempre que elas forem relevantes.

Prof. J. P. Molin

Milho

Prof. J. P. Molin

•otimizar (reduzir?) o uso de insumos

•aumentar a produtividade

•melhorar a qualidade do produto

•aumentar a lucratividade

AP envolve um conjunto de possíveis

estratégias de gestão:

Prof. J. P. Molin

Gerenciamento (com ajuste fino) da correção e

adubação do solo via aplicação em taxas variáveis,

basicamente de calcário, potássio, fósforo e gesso

Com base em amostragem georreferenciada

(“em grade”)

Como se pratica AP, hoje, no Brasil:

Considerando apenas o solo!

Prof. J. P. Molin

Lei de Liebig (dos Mínimos), ampliada

e georreferenciada, que visa

regularizar os teores no solo ...

mas a própria Lei dos Mínimos tem

sido restrita à química do solo!

Outros fatores de produção devem

ser lembrados:

compactação do solo

pragas

doenças

densidade populacional

Prof. J. P. Molin

Variabilidade dos teores de fósforo no solo de um talhão de

milho de 180 ha

Prof. J. P. Molin

Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

O planejamento da

amostragem – a grade

amostral

Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

Os dados

mapeados

A legenda Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

A legenda

O mapa de dados

interpolados –

isolinhas

Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

A legenda

O mapa de dados

interpolados –

isolinhas “coloridas”

Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

Outros estudos de casos

Linsley & Bauer (1929)

Prof. J. P. Molin

Depois desse fato, o próximo registro do

uso de amostragem georreferenciada

para a geração de mapas interpolados

de teores de atributos químicos do solo

(usando geoestatística) é de 1988, pelo

Prof. David Mulla, Minneapolis.

Prof. J. P. Molin

O que mais pode ser feito:

• Gerar mais e melhores dados para gerenciar o

sistema e não apenas a fertilidade do solo!

• Aceitar o fato e assumir o desafio de que a

variabilidade espacial das lavouras é algo mais

complexo do que mapear e intervir em P, K, Ca

e Mg.

Prof. J. P. Molin

Recursos já disponíveis

• Mapeamento das produtividades

• Relevo

• Uso de sensores:

• Planta

• Imagens (orbitais, aéreas...)

• Sensores ópticos

• Solo

• Condutividade elétrica

Prof. J. P. Molin

Qual o objetivo final?

• Voltando à definição de AP: gerenciar o

sistema de produção consideração a sua

variabilidade espacial e temporal

• A forma mais racional de fazê-lo é

administrando sub talhões (unidades de gestão

diferenciada - UGD)

Prof. J. P. Molin

Unidades de gestão diferenciada

• Unidades de gestão diferenciada são áreas delimitadas

como de mínima variabilidade dos fatores utilizados na sua

demarcação, dentro de um talhão.

• E os fatores?

mapas de produtividade

biomassa (por imagem ou sensor embarcado)

condutividade elétrica do solo

mapa pedológico

relevo

(“zonas de manejo”)

Prof. J. P. Molin

Unidades de Gestão Diferenciada (UGD)

Prof. J. P. Molin

Safrinha 2006

Safrinha 2002 Safrinha 2003

Safra 2005

Produtividades Normalizadas

0 a 40% da média

40 a 85% da média

85 a 105% da média

105 a 150% da média

+ 150% da média

Prof. J. P. Molin

4

Todos

Prof. J. P. Molin

4

Todos Somente safrinhas

X

Prof. J. P. Molin

Todos Somente safrinhas

Prof. J. P. Molin

1

4

2

3

Unidades de gestão diferenciada em função das produtividades médias

normalizadas:

1, 2 e 3 – alta produtividade

4 – baixa produtividade

Prof. J. P. Molin

Lucro (R$/ha)

Milho Safrinha 2006 (kg/ha)

Valores atualizados para 2014:

R$ 20,00/saco

Custo: R$ 750,00/ha

Prof. J. P. Molin

Condutividade Elétrica NDVI

Mapa de Produtividade Clusters

POVH, 2011

Prof. J. P. Molin

Condutividade Elétrica do Solo

ALLRED, B et al., (2008)

Prof. J. P. Molin

Sensor por contato

VerisThecnologie

Prof. J. P. Molin

Prof. J. P. Molin

Prof. J. P. Molin

Condutividade

elétrica do solo por

contato

Trabalho realizado

em 2002 no Paraná

Prof. J. P. Molin

Nem sempre é assim tão simples...

Milho

2009 Milho

2010

Prof. J. P. Molin

Vertical - até 0,30m

Horizontal - até 1,20m

Sensor por indução

Prof. J. P. Molin EM38-MK2 Geonics

Prof. J. P. Molin

Biomassa - níveis de aquisição de dados

Orbital

Aéreo (avião)

Aéreo (“VANT”)

Terrestres

www.google.com.br

Prof. J. P. Molin

Região do Visível Região do Infravermelho Próximo

Exemplo de reflectäncia de uma cultura

Prof. J. P. Molin

Fonte: Adaptado de Yara N response trial 1994.

A utilidade da refletância na agricultura

IR

450 500 550 600 650 700 750 800 850

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Comprimento de onda, nm

60 kg/ha

120 kg/ha

200 kg/ha

Aumenta pelo

aumento de biomassa

Diminui com o amento

do conteúdo de clorofila

Suprimento de N

IR

Prof. J. P. Molin

WERNER, A. (2008)

Sensores multiespectrais passivos

Sensores dedicados

Prof. J. P. Molin

Yara N-Sensor

Prof. J. P. Molin

N-Sensor ALS

Yara

Prof. J. P. Molin

Prof. J. P. Molin

Biomassa predita versus real para 2009/10 e 2010/11

y = 1.0594x R² = 0.84

0

2000

4000

6000

8000

10000

0 2000 4000 6000 8000

Real

Bio

massa (

kg

ha

-1)

Biomassa predita (Kg ha-1)

20 cm

30 cm

40 cm

50 cm

60 cm

Linear (20 - 60)

Linear ("1/1")

PORTZ, 2014

Prof. J. P. Molin

Nitrogênio predito versus real para 2009/10 e 2010/11

y = 1.0351x R² = 0.85

0

20

40

60

80

100

120

0 20 40 60 80 100 120

Real extr

ação

de n

itro

gên

io (

kg

ha

-1)

Extração predita de nitrogênio (Kg ha-1)

20 cm

30 cm

40 cm

50 cm

60 cm

Linear (20 - 60)

Linear ("1/1")

PORTZ, 2014

Prof. J. P. Molin

Aplicação de N governada por sensores ópticos

SCHEPERS, J. (2007)

Prof. J. P. Molin

Prof. J. P. Molin

Castro, PR, 2009

Prof. J. P. Molin

Desafios

• variabilidade de MO no solo

• variabilidade da capacidade de retenção de água no solo

• incidência de pragas e doenças

• resposta dos diferentes híbridos

Prof. J. P. Molin

Aumenta a largura das

semeadoras e desaparecem

as adubadoras...

Novas tendências

Prof. J. P. Molin

A adubação em superfície toma conta

a partir de adubadoras a lanço...

Prof. J. P. Molin

ABpro < 95% da média,

Área de transição, valores de 95% a 105% da média

APro > 105% da média

E a população variável...

Em princípio

acredita-se que

deve ser regida

pelo potencial de

resposta das

diferentes regiões

de um mesmo

talhão

O desafio é a delimitação dessas regiões – as UGDs

Prof. J. P. Molin

UGD

Alta produtividade

UGD

Baixa produtividade

Prof. J. P. Molin

R² = 0,9981

R² = 0,9917

R² = 0,9929

5000

6000

7000

8000

9000

10000

30000 39000 49000 58000 68000

Pro

du

tivi

dad

e (

kg h

a-1

)

População de plantas (pl ha-1)

UGD APro

Região de transição

UGD BPro

Efeito da população de plantas na produtividade de milho em diferentes UGD.

Média de quatro híbridos (Exp. 02, MS).

Prof. J. P. Molin

5000

6000

7000

8000

9000

10000

30000 39000 49000 58000 68000

Pro

du

tivi

dad

e (k

g h

a-1)

População de plantas (pl ha-1)

H 1 R2 =0,95 H 2 R2 = 0,9999 H 3 R2 = 0,9999 H 4 R2 = 0,94

UGD de APro UGD de BPro

30000 39000 49000 58000 68000

População de plantas (pl ha-1)

H 1 R2 =0,9999 H 2 R2 = 0,996 H 3 R2 = 0,9999 H 4 R2 = 0,9999

Efeito da população de plantas na produtividade de milho em diferentes UGD.

Média de quatro híbridos (Exp. 02, MS).

Prof. J. P. Molin

Estratégia AgChem

Prof. J. P. Molin

Estratégia AgChem

Prof. J. P. Molin

Calibração do sensor

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

10 12 14 16 18 20 22 24 26 28

sensor value

Dose de N (kg N/ha)

máxima dose de N

mínima dose de N

parcela de referência

po

nto

de

co

rte

de

bio

ma

ss

a

Fonte: Yara

Máxima dose de N

Mínima dose de N

Agricultura de Precisão

www.agriculturadeprecisao.org.br

José P. Molin

ESALQ/USP

[email protected]

OBRIGADO!