agrofloresta apostila[1]
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INTRODUO AOS SISTEMASAGROFLORESTAIS
APOSTILA
DO
EDUCADOR
AGROFLORESTAL
APOSTILA
DO
EDUCADOR
AGROFLORESTAL
INTRODUO AOS SISTEMASAGROFLORESTAISUM G U IA T C N ICOM G U IA T C N ICO
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AGROFLORESTAL
INTRODUO AOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS
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Ficha tcnica:Ficha tcnica:
Autores:
Fotos:
Reviso:
Projeto grfico /Diagramao:
Ford Foundation
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SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFS)SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFS)
AVALIAO DA SUSTENTABILIDADE DE SAFS NO ESTADO DO ACRE"AVALIAO DA SUSTENTABILIDADE DE SAFS NO ESTADO DO ACRE"
SISTEMAS AGROFLORESTAIS SUCESSIONAISSISTEMAS AGROFLORESTAIS SUCESSIONAIS
SOLOSSOLOS
COMPREENDENDO 10
CONTEXTUALIZAO 11CONCEITO DE SAF
CLASSIFICAO DE SAF'
's 12
s 13
SUCESSOS E INSUCESSOS 19
UMA IDIA QUE D CERTO 23
CONCEITO, GENSE, CLASSIFICAO E SUA RELAO COM O MANEJO 28
CONCEITOS FUNDAMENTAISCONCEITOS FUNDAMENTAISCONSERVAO DA GUA E DO SOLO 36
CICLAGEM DE NUTRIENTES 41
BIODIVERSIDADE 43
SUCESSO NATURAL 45
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IMPLANTAO DE UM SISTEMA AGROFLORESTALIMPLANTAO DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
TECNOLOGIAS AGROFLORESTAIS TECNOLOGIAS AGROFLORESTAIS
CONSIDERAES PARA CRIAO DE GADOCONSIDERAES PARA CRIAO DE GADO
ndicendice
ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS
VAMOS ENTENDER MELHORASPECTOS DE MANEJO
AS ESPCIES DE SERVIO
EXPERINCIA COM ESPCIES DE SERVIO NO ACRE
51
52
55
56
58
BARREIRAS VIVAS CONTRA FOGO 66
BUSCANDO HARMONIA COM A NATUREZA 68
BIBLIOGRAFIA CITADABIBLIOGRAFIA CITADA 70GLOSSRIOGLOSSRIO 71
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ApresentaoEsta apostila parte integrante da Mochila do Educador
Agroflorestal desenvolvida pelo Arboreto/Parque Zoobotnico daUniversidade Federal do Acre. Seu objetivo subsidiar o educador agroflorestal,
em termos conceituais, para que este possa ter mais segurana e desenvoltura,como tambm apresentar maior fundamento tcnico, ao aplicar a metodologia deEducaoAgroflorestalapartirdoManualdoEducadorAgroflorestal.
Acreditamos que quando se tem claro os conceitos, os fundamentos, mais fcil agir coerentemente e que o envolvimento do outro se d a partir doprprio envolvimento. Assim, o educador agroflorestal dever dar exemplo da
sua prtica e mostrar-se seguro, com argumentos slidos para propagar oagroflorestalismo.
Esta apostila est longe de ser um material acabado. Sendo assim, estsujeita a ajustes, mudanas, e aberta para a incluso de mais informaes ereflexes. Buscar a literatura e outros meios de informaes devem fazer parte do
perfil de um verdadeiro educador agroflorestal, que constantemente rev seusconhecimentos, reaviva-o e alimenta-o a partir da troca de experincias e tambmdaprticaautodidata.
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Para refletirPara refletirAS AES DO SER HUMANOE SUA RELAO COM A NATUREZA
Se refletirmos com cuidado, perceberemos que a riqueza ou o ganho econmico novem da explorao dos recursos naturais, mas da dedicao em agirmos para aumentar osrecursos do lugar. A explorao da natureza gera riquezas pr certo tempo, mas depois, emalgum momento, vai refletir em pobreza, pois esgotados os recursos, acaba-se a fonte dedinheiro,enquantoque,seagirmosparaaumentaravidadolugar,sempreteremosmaisrecursosdequalidadee poderemos usufruir deles indefinidamente.
A agricultura, pela rea que abrange e pelas prticas que utiliza, tida como uma dasatividades humanas mais impactantes ao ambiente. Desse modo, as reas de fronteira agrcolarapidamente se expandem, substituindo a vegetao natural pela paisagem antrpica, menos
complexaemquantidadeequalidadedevida.Numapaisagemagrcolaasrvoressoconsideradasumobstculoqueimpedeoprogresso.
Nesse sentido, o ser humano, freqentemente, coloca-se parte da natureza para agir sobreo ambiente. O resultado de suas aes, muitas vezes, a destruio e a diminuio dascondies necessrias para a vida, efeito que reflete em reduo da sua qualidade de vida, jque dependemos diretamente dos recursos naturais. Mesmo quando se est preocupado com
a questo ambiental, o homem, com sua viso fragmentria de enxergar o mundo, separa apaisagem em reas de conservao, que devem ser intocadas e mantidas no seu estado naturalpuro (que so os Parques, as Reservas...) e em reas para produo, onde geralmente ocorre
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degradao dos recursos naturais. Quando o ser humano se sentir mais parte da natureza e realmente
integrado ela, suas aes sero mais harmnicas, em direo manuteno e at melhoria dascondiesparaavidanolocal.
No entanto, observa-se grande resistncia em se manter essas reas protegidas, resultante damentalidade imediatista e exploratria vigente. Essa mentalidade justamente a que prevalece e a quese mostra ao depararmo-nos com extensas reas devastadas pelo progresso e ainda algumas poucasmantidassobproteonasUnidadesdeConservao.
Ao buscar a sustentabilidade na agricultura e, mais do que isso, ao buscar a conservao dosrecursos naturais, a paisagem dever ser vista como um todo e integrada, onde os limites no so maisas cercas, mas os naturais, respeitando e compreendendo os condicionantes e ritmos da natureza,buscandoosprincpiosecolgicosparareferendarsuasaes.
As nossas aes a favor da conservao da natureza no devem ser pr imposio da lei ou vistascomoobrigaooudever,massimapartirdeumaconscinciadequenossavidadependedavidadasplantas e dos animais, de gua pura, da terra produtiva e do ar limpo. Mais do que essa compreensodedependncianecessrioaindasentirmosquesomospartedanatureza,comorealmentesomos.
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SISTEMAS AGROFLORESTAISSISTEMAS AGROFLORESTAIS
Para iniciarmos as discusses sobre Sistemas Agroflorestais, precisamos
entenderqueumsistemaecomoelefunciona.
Oqueumsistema?"Um sistema um arranjo de componentes realcionados de tal maneira que
formaumaentidade,umtodo"(Betch,1974,citadoporHart,1980).
COMPREENDENDO
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O sistema engloba limites, componentes, ambiente de entrada e sada e interaes entre os
componentes: o limite define o contorno fsicodo sistema;oscomponentessooselementosfsicos,biolgicosescio-econmicos;ambientedeentradasoaschuvas,energiasolar,ventos,mo-de-obraeinsumos(adubos,
combustvel,etc.); as interaes so relaes dos componentes entre si e com o ambiente de entrada, onde a
energiafluieamatriacicla.
A agricultura itinerante, de corte e queima, prtica comum entre os agricultores na regioamaznica, gera uma presso sobre as reas de floresta primria, pois a rea aberta para aproduo de Lavoura branca (lavoura de subsistncia) permite ser cultivada por dois ou trsanos, quando ento o agricultor abandona a rea, devido perda de fertilidade do solo e infestao de plantas invasoras, deixando-a em pousio ou transformando-a em pastagem, e abreuma nova rea. Os sistemas agroflorestais, se bem manejados, podem ser um alternativa para arecuperao de reas degradadas e paraa reposio florestal das reas j abertas. Podem, ainda,possibilitar a agricultura permanente, permitindo produo de vrias culturas numa mesma rea,pormuitosanos,semousodofogo,comretornoacurto,mdioelongoprazo.
Em princpio, os SAFs devem servir como uma ferramenta para reflorestar reas j abertas erecuperar solos degradados, ao contrrio de, como muitos pensam, substituir reas de florestaprimria.
CONTEXTUALIZAO
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O conceito de Sistemas Agroflorestais no novo. Novo o termo para designar umconjuntodeprticasesistemasdeusodaterrajtradicionaisemregiestropicaisesubtropicais.
Existem vriasdefinies para os Sistemas Agroflorestais:
CONCEITO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFS)
Os SAFs so formas de uso e manejo dos recursos naturais nas quais espcies lenhosas(rvores, arbustos, palmeiras) so utilizadas em associao deliberada com cultivos agrcolas ou
com animais no mesmo terreno, de maneira simultnea ou em seqncia temporal (CATIE eOTS-OrganizacindeEstudiosTropicales,1986);
Os SAFs se definem como uma srie de sistemas e tecnologia de uso da terra onde secombinam rvores com cultivos agrcolas e/ou pastos em funo do tempo e espao paraincrementareotimizaraproduodeformasustentada(FASSBENDER,1987);
Entende-se por agrossilvicultura o conjunto de tcnicas de uso da terra que implique nacombinao de rvores florestais com cultivos, com pecuria ou com ambos. A combinaopode ser simultnea ou seqencial em termos de tempo e espao. Tem por objetivo otimizar aproduo total por unidade de superfcie, respeitando o princpio de rendimento sustentado.(COMBE, 1979: COMBE & BUDOWSKI, 1979; COMBE & GERALD, 1979;AGROFORESTERIA, 1984);
Agrossilvicultura consiste em um sistema sustentado de manejo da terra, combinando aproduo florestal comculturas agrcolas e/ou animais em forma simultneaou seqencialmentena mesma unidade de terreno, onde se aplicam prticas demanejo compatveis com as tcnicasculturais tradicionaisda populao rural. (KING& CHANDLER, 1978).
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Segundo COMBE & BUDOWSKI, 1979; OTS & CATIE, 1986, os SAFs podem serclassificados:
1. deacordocom sua estrutura noespao;
2. deacordocom seu desenho aolongo dotempo;3. de acordo com a importncia relativa e funodos diferentes componentes;4. deacordocom osobjetivos deproduo;5. de acordo com as caractersticas sociaise econmicasqueprevalecem.
CLASSIFICAO DOS SAFS
a) Sistemas agroflorestais seqenciaisEsses modelos compreendem formas de agricultura migratria com interveno ou manejo
deparcelasdecultivoseumaetapadedescanso.A agricultura migratria, tambm chamada de itinerante, ou ainda de corte e queima,
compreende sistemas de subsistncia orientados para satisfazer as necessidades bsicas de
alimentos, combustveis e habitao e s ocasionalmente chegam a constituir uma fonte derecursos atravs da venda de excedentes de alguns produtos. Esse sistema consiste no corte equeima da mata e cultivo da terra por poucos anos. Aps um perodo de cultivo, segue-se uma
a) Sistemas agroflorestais seqenciais
Tipos de Sistemas Agroflorestais e exemplos dos mais comuns utilizados
pelos
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fase de descanso e manuteno o que permite o restabelecimento da vegetao de formaespontnea e a recuperao da fertilidade dos solos por um perodo bem mais longo. Acaractersticaessencialdesteusotransitriodaterraarotaodeparcelas.
Valelembrarqueaagriculturamigratriapodeserconsideradaadequadaseademandapelaterra no for muito alta, caso contrrio, no haver tempo para a recuperao dossolos,os quaisse degradaro devido eroso e diminuio do estoque de nutrientes e matria orgnica.Estesefeitospodemserminimizadoscomaadoodesistemasagroflorestaissimultneos.
O sistema taungya um outro exemplo de sistema agroflorestal seqencial e refere-se a
associao de culturas agrcolas somente durante os primeiros anos da floresta. Constitui-se emuma tcnica de reflorestamento que combina cultura agrcola anual com rvores florestaisjovens. Havendo tal prtica, os cuidados regulares e a colheita das culturas agrcolas sobenficos para as rvores pois livram-nas das ervas invasorasdesdecedo e no h inputs comtrabalho adicional. Depois de dois ou trs anos, o aumento da sombra e a diminuio dafertilidade do solo pem fim associao. Na sia e frica, essa tcnica muito usada emplantiosdeteca(Tectonasgrandis),pinusecipreste(COMBE,1982).
Consistem na integrao simultnea e contnua de culturas agrcolas anuais e/ou perenes,espcies florestais para produo de madeira, frutferas, espcies de uso mltiplo, ou aindapecuria.
Nesta categoria encontram-se vrios sistemas de explorao comercial: as plantaes de
coqueiros, seringueiras ou palmeiras, em ass
b)Sistemasagroflorestaissimultneos
b.1)rvoresemassociaocomcultivosperenes
ociaes com culturas; as plantaes de espciesflorestais para madeiras, frutferas, produtoras de sombra e/ou espcies que melhoram a
b)Sistemasagroflorestaissimultneos
b.1)rvoresemassociaocomcultivosperenes
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fertilidadedossolos.A seguir apresentam-se as associaes mais comuns, com enfoque nas culturas principais,
encontradasemalgunspasesdocontinentelatino-americano: Brasil: cacau ( ), erva-mate ( ), guaran
( ), cupuau ( ), caf ( .),pimenta-do-reino ( ), banana ( ), castanha-do-Brasil (
), bracatinga ( ), pinus ( ), grevilha (
), ip ( ); Colmbia: caf ( ), cacau ( ), cedro (
), ing ( ); Costa-Rica: cacau ( ), caf ( ), banana ( ),
cana ( ), eucalipto ( ), macadmia (), pupunha (Bactris gasipaes), fruta-po (Artocarpus altilis), frutas ctricas (Citrus
), cedro ( ), coco ( ) e pimenta ( ) comFreij ( );
Equador: caf ( ) e cacau ( ) com Alnus acuminata,ing ( ), goiaba ( ), jambo ( );
Guatemala: caf ( ), cacau ( ), ing ( ),fedegoso ( ), cardamomo ( ) e mamo( ) com grevilha;
Mxico: caf ( ), cacau ( ), banana ( ),leucena ( ), Samama ( ), cana ( )
com caj ( ); Peru: caf ( ), cacau ( ), ctrico ( .), ing
Theobroma cacao IIlex paraguaiensisPaulinea cupana Theobroma grandiflorum Coffea sp
Piper nigrum Musa sp. Bertholletiaexcelsa Mimosa scabrella Pinus sp Grevillea
robusta Tabebuia spCoffea sp Theobroma cacao Cedrela
odorata Inga spTheobroma cacao Coffea sp. Musa sp.
Saccharum sp. Eucalyptus sp. Macadamiaintegrifoliasp Cedrela odorata Cocus nucifera Piper sp.
CordiaalliodoraCoffea sp Theobroma cacaoInga sp Psidium guajava Eugenia macensis
Coffea sp Theobroma cacao Inga sp Cassia espectabilis Elettaria cardamomum
Carica papayaCoffea sp Theobroma cacao Musa sp
Leucena leocochefala Ceiba sp. Saccharum sp.
Spondias mombimCoffea sp Theobroma cacao Citrus sp
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( ), Albizia falcatoria, orelha de macaco ( ), mulung( ), banana ( ) e mamo ( ) com desmdio( ).
Nestas associaes utilizam-se geralmente milho ( ), feijo, arroz ( ),sorgo( ), caupi ( ), mandioca ( ), trigo (T
), cevada ( ), leucena ( ), dend ( ), juta ( ), erva-mate ( ), eucalipto ( ),
aveia ( ) com Cliricidia ( ). As rvores, geralmente leguminosas,so dispostas em linhas (renques), so podadas e seu material depositado para adubao dasculturasanuais,bemcomoparacontroledeinvasoraseproteodosolo.
Estes sistemas so utilizados para prover necessidades bsicas de famlias ou comunidadespequenas, ocasionalmente vendendo alguns excedentes de produo. Caracterizam-se por
sua grande complexidade, apresentando mltiplos extratos com grande variedade de rvores,culturas de ciclo curto, como hortalias e, algumas vezes, animais. As espcies agrcolas eflorestais comumente envolvidas neste tipo de sistema so: amendoim ( ), batata-doce ( ), feijo-guandu ( ), chuchu ( ), jatob( ), abacate ( ), coco ( ) e outras mais.
So associaes de espcies florestais para madeiraou frutferas com animais, com ou sem apresena de culturas anuais. Esses sistemas so praticados em diferentes nveis, desde asgrandes plantaes arbreas comerciais, com incluso de gado, at o pastoreio de animais
Inga sp Schizolobium sp.Erythrina sp Musa sp. Carica papayaDesmodium ovatifolium
b.2)rvoresemassociaescomculturasanuais(plantioemalias)
b.3) Hortoscaseiros mistos (pomares)ouquintais agroflorestais
b.4)Sistemas agrosilvopastoris
Zea mays Oryza sativaSorghum sp. Virgna unguiculata Manihot sp. riticum
aestivum Hordeum vulgare Leucena leocochefala Elaesguinensis Corchorus sp. Illex paraguaiensis
Avena sp. Gliricidia cepium
Arachis sp.Hipomeoa batata Cajanus cajan Sechium edule
Eucalyptus sp.
Hymenaea courbaril Persea americana Cocus nucifera
b.2)rvoresemassociaescomculturasanuais(plantioemalias)
b.3) Hortoscaseiros mistos (pomares)ouquintais agroflorestais
b.4)Sistemas agrosilvopastoris
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se observar o emprego de cercas vivas. A utilizao das rvores mltipla, pois no s limita apropriedade e protege o pasto, culturas ou rvores contra o vento, como tambm usada paraproduo de frutas, alm da madeira servir para a produo de lenha, carvo, postes e, svezes, em serraria. Ao podar as brotaes, consegue-se material de cobertura do solo e paraalimentao do gado. As espcies mais utilizadas neste sistema so: gliricidia (
), leucena ( ), Cupressus lusitanica, freij ( ),caj ( ), Bursera simaruba, Bombacopsis quinatum, mulung ( ),Grevillea robusta, sanso do campo ( ).
A abordagem mais comumenteencontrada a respeito de sistemas agroflorestais simultneosainda parte da viso reducionista da monocultura, isto , os desenhos dos SAFs resultam decombinaes simplificadas e de baixa diversidade. Embora com melhor aproveitamento dosfatores de produo (luz, gua, nutrientes), apenas isso no garantia de sustentabilidade dosistema de produo, sendo comum, a luta contra as plantas invasoras, consideradas daninhas
eanecessidadedeusodefertilizanteseagrotxicos.Outra tica para desenvolver sistemas agroflorestais, ao nosso ver mais sustentvel, abaseada em slidas bases ecolgicas, partindo do conhecimento da estrutura e funcionamentodo ecossistema florestal e trazendo esse conhecimento para a elaborao do sistema deproduo agrcola. Nesse caso, a sucesso natural, mecanismo que rege a dinmica da floresta,deve ser o fundamento no qual devemos nos basear para planejar e manejar os sistemasagroflorestais anlogos s florestas e que alia a produo manuteno dos recursos naturais(solo,gua,biodiversidade).
Gliricidiasepium Leucaena leucocephala Cordia alliodora
Mimosacaesalpineafolia
Spondias mombim Erythrina sp.
* Freij popularmente chamado de Louro na Costa Rica
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Indicadores Ambientais
Indicadores Econmicos
gua: evidncia de assoreamento, presena de mata ciliar;Biodiversidade: nmero de espcies introduzidas inicialmente em relao ao nmeroatual, regenerao natural, presena de fauna;Fogo: reduo de problemas com fogo; observao se o SAF j foi queimado; prticaspara prevenir fogo, prticas para no precisar usar fogo na agricultura;Espcies presentes e nmero de indivduos de cada espcie;Presena de pragas, doenas e sintomas de desnutrio;Origem das sementes/mudas;Opinio do agricultor em relao ao desenvolvimento das espcies.
Importncia econmica do SAF em relao s outras atividades da propriedade;Trabalho investido comparado as outras atividades;No realizao de compra algum produto por causa do SAF;Em que cultura apostam mais;Mudana no hbito alimentar;Escoamento da produo;Comercializao: quanto produz, quem compra, a quanto vende;
Qual cultura d maior lucro;Beneficiamento da produo.
Indicadores Ambientais
Indicadores Econmicos
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produtos oriundos dos SAFs estudados; escolha de produtos perecveis para reas distantes dos possveis mercadosconsumidores;Aos ramais ou vias de acesso para escoamento da produo precrios.
apresentam maior diversidade;esto prximos aos centros consumidores;
foram elaborados pelos prprios agricultores ou modificados conforme suas vontades
Os SAFs mais promissores, geralmente:
e necessidades.
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SISTEMAS AGROFLORESTAIS SUCESSIONAISSISTEMAS AGROFLORESTAIS SUCESSIONAIS
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Como podemos notar nos resultados do estudos feito a respeito dos diversos sistemasagroflorestais (SAFs) no estado do Acre, muitos produtores esto insatisfeitos com os SAFs,por estes demandarem muita mo-de-obra, pelas plantas no se desenvolverem e noproduzirem bem, pelos produtores no terem como escoar e vender sua produo, por nosaberem como manejar adequadamente, etc. Com isso os sistemas agroflorestais vo ficandodesacreditados entre os agricultores, mas, ao nosso ver, no que SAF no funciona, oproblema ter sido feito de maneira errada, com combinao de espcies equivocada para arealidade local, com espaamentos inadequados, etc. Ao se colocar em prtica uma idia, necessrio execut-la bem, sob pena de comprometer todo o andamento da ao. Os sistemasagroflorestais que encontramos bem sucedidos foram aqueles cujos agricultores participaram dealguma maneira da elaborao ou modificao do projeto, puderam processar seus produtos ecomercializar, plantaram culturas com retorno a curto, mdio e longo prazos, dentre outros
fatores.Acreditamos que os sistemas agroflorestais mais parecidos com a floresta natural,
conduzidos de acordo com os princpios da sucesso natural, que a mola propulsora que ddinmicafloresta,tmgrandechancedeapresentarbonsresultados.
Ao conhecermos o trabalho do agricultor-pesquisador Ernst Gtsch, que faz agrofloresta naMata Atlntica da Bahia, vimos alguns princpios, observados por ele, que acreditamos seremchaveparaosucessodosSAFs.Essesprincpiosjestosendocolocadosemprticaemreas
experimentais na Universidade Federal do Acre e nas propriedades de alguns agricultores, osquais implantaram pequenas parcelas experimentais em suas reas, num trabalho que chamamosde pesquisa participativa. Todo produtor um pesquisador por natureza e observar, testar,
UMA IDIA QUE D CERTO
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comparar,levacompreensodeimportanteslies.Nos SAFs, como at hoje muitas vezes tem sido implantados, planeja-se a introduo deespcies de vida longa, podendo ser madeireiras e/ou fruteiras, que so plantadas geralmentepor mudas, no espaamento que deveriam estar quando estivessem adultas. At elascrescerem, se no forem plantadas culturas de vida curta (lavoura branca) nas entrelinhas, a lutacontra o mato ser grande.Se esse problema for resolvido, mesmo que as culturas de vida curtasejam plantadas tambm, o problema que surgir no futuro ser a respeito da manuteno dafertilidade do solo e das pragas e doenas, que surgiro por falta de dinmica e esgotamento do
solo.Se ao invs de pensarmos em sistemas agroflorestais como um consrcio de plantas para
ocupar melhor o espao e aproveitar melhor a luz e a terra, passarmos a entend-lo como umsistema deproduo que busca funcionar e parecer com uma floresta, seguindo os princpios dafloresta, nossas aes devero mudar. Para entendermos como funciona o desenvolvimentodeuma floresta, podemos observar o que acontece a partir de uma rea aberta, que, pela sucessonatural, torna-se capoeira at chegar a uma floresta primria, e ento traar um paralelo para
elaborarmose manejarmosnossos sistemas agroflorestais, como podemos ver a comparao noquadroaseguir:
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COMO NA NATUREZA ANALOGIA COM A
AGROFLORESTA
1. A teimosia da vida em predominar numa readesmatada, a tendncia sempre a ocupao commais vida, de diferentes formas (plantas e animais),comgrandevariedadedeespcies.
- Que nossas intervenes sejam no sentido desempre aumentar a vida no local (em quantidade equalidade).
2. Adaptao das espcies ao local as espciesrecrutadas numa determinada rea funo dascondies principalmente de substrato. Se tratar deum solo pobre em matria orgnica e nutrientes, asespcies a se estabelecerem sero mais rsticas,menos exigentes.
- Devemos escolher as espcies de acordo com ascondies do local (solo, clima). Para isso, importante conhecer as espcies da regio eobservarasplantasindicadoras;- O lugar (clima e relevo) e condies de solo (emsolos degradados, com pouca matria orgnica,utilizar plantas menos exigentes; em ambientesonde j houve bastante concentrao, como asbaixadas, por exemplo, as plantas mais exigentes se
desenvolvero bem. Alm disso, importanteobservar se o solo encharca ou no, para que asespcies sejam escolhidas tambm em funo datolernciaaoencharcamento).
3. Sistema completo desde o incio as espcies defuturo (aquelas de vida mais longa) j esto
presentesdesdeoincio,juntocomaquelasquenovo durar tanto quanto elas, mas que soimportantssimas para prepararem as condies paraas de futuro se desenvolverem (melhorando a terra ecriandoumambientedesombrasatisfatrio).
- Devemos semear todas as espcies (de vida curta,mdiaelonga)deumasvez.
Um SAF nunca est pronto,
acabado. Inerentemente ele
d inmico e est sempre em
formao. Est sempre entrando e
saindo espcies em um sistema
Agroflorestal. No planejamento de
um SAF, deve- se l evar em
considerao a disponibilidade de
mo-de-obra ao longo do tempo e
compatibiliz-la com as atividades
demandadaspeloSAF.
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4. Simultaneidade e adensamento dos consrcios podemos observar diferentes combinaes de espciesque dominam o sistema numa determinada fase. Essesconsrcios, cujos componentes apresentam tempo devida semelhante, vo se sucedendo uns aos outros.Cada consrcio, caracterizado pelo tempo de vida ouperodo no qual chega a dominar no sistema, composto por diferentes espcies, que ocupamdiferentes estratos. Cada espcie do consrcio apareceem alta densidade no estado juvenil, mesmo quandoobservamos que nem todos os indivduos chegam a seestabelecer e frutificar quando adultas, pois vo sendoselecionadas e s ficam aquelasmais adaptadasao micro-lugar. Porm, a ocupao do espao por muitosindivduos imprescindvel para que alguns indivduosadultos possam chegar vigorosos a idade madura, e apresena de todos os indivduosde todas as espcies de
todos os consrcios fundamental para odesenvolvimentodosistema.
COMO NA NATUREZA ANALOGIA COM AAGROFLORESTA
- Devemos semear todas as espcies em altadensidade e, depois, ir selecionando aquelas maisvigorosas;- As espcies devero ter ciclos de vidacurto, mdio e longo. As de ciclo curto vo criarcondies para as de ciclo mdio e longo e as deciclomdio,paraassuassucessoras;- O espaodeve seraproveitadoda melhormaneirapossvel. Assim, alm do plantio adensado, comofoi explicado anteriormente, todos os estratos
(alturas diferentes) devem ser ocupados. Dessemodo, para as plantas de vida curta, podemosescolher as de porte alto, mdio e baixo, da mesmaforma para as de vida mdia e longa. Dessa maneirao espao vertical, tanto para aproveitamento da luz,quanto da terra, pelas razes de diferentes tamanhoseformas,bemaproveitado.
5. Dinmica constantemente no ecossistemanatural podemosobservaros agentes quedinamizamo sistema, como o vento, as pragas (formigascortadeiras, lagartas, etc.), que transformam a matriaorgnica e rejuvenescem o sistema, melhorando osolo, criando condies de luz para o crescimentodas outras plantas e revitalizando as plantasnaturalmente podadas. Numa floresta, as pragas edoenas existem, mas de forma equilibrada, semcausar danos severos, pois sua funo importantecomodinamizadoradosistema.
- Devemos fazer o papel do vento e dos insentos,manejando o sistema atravs da capina seletiva e dapoda;- As "pragas e doenas" devero ser vistas comonossos "professores", que nos mostram os pontos
frgeis do sistema. A biodiversidade um fatorimportanteparamanteresseequilbrio,assimcomoainterao entre as espcies (que geram condiesde iluminao, solo, etc.). Se esses pontos foremobservados, notaremos que no temos danosseverosnossistemasagroflorestaissucessionais.
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COMO NA NATUREZA ANALOGIA COM A
AGROFLORESTA
6. Cooperao x competio as plantas dafloresta vivem muito bem, umas bem prximas soutras, mostrando que, desde que a combinaodas plantas esteja adequada, no h problema comcompetio.
- Ao escolhermos as espcies para comporem osconsrcios, importante considerarmos aestratificao e o ciclo de vida e, desde que nopertenam ao mesmo grupo, de mesmascaractersticas, pode-se efetuar o plantio como sefossem monocultivos sobrepostos, obedecendoaos espaamentos convencionais (no caso dasplantas de ciclo curto). No caso das rvoresfrutferas, devem serplantadas por sementes,em altadensidade, para depois serem selecionadas as demaiorvigor.
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Perfil de solo hipottico contendo a maior parte dos horizontes pincipais
01 Detritos Orgnicos no decompostos
02 Detritos orgnicos Decompostos
A1 Horizonte escuro com contedo alto de matria orgnicaA2 Horizonte claro de mxima eluvao
A3 Transio entre A e B (mais prxima de A)
B1 Transio entre A e B (mais prxima de B)
B2
Horizonte de mxima acumulao de argila ou de mxima
expresso de cor e/ou estrutura (de blocos ou prismtica)
B3 Transio para C
C1Material intemperizado pouco afetado pelosprocessos de pedognese
C2Horizonte em descontinuidade litolgica e
apresentando evidncias de gleizaoR Rocha consolidada
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Ao enfocarmos o solo como um organismo vivo, devemos manej-lo em sintonia com o
ecossistema no qual ele est inserido. Como podemos pensar em uma agricultura sustentvelsem levar em considerao as caractersticas climticas dos trpicos, como a alta pluviosidade,alta diversidade, grande radiao solar durante todo o ano e alta temperatura? Como o solo dafloresta se mantm vivo, frtil e produtivo sem precisar de insumos externos (corretivos efertilizantes)? O que podemos aprender com a natureza para manejar o solo e conseguir altasproduesaolongodotempo?
Uma das medidas mais importantes manter a cobertura do solo, pois assim possvel
proteg-lo contra o impacto das gotas de chuva e da incidncia direta dos raios solares.Consequentemente, evita-se a compactao, diminuindo o escorrimento superficial da gua dachuva que causa eroso e lixiviao de nutrientes e o carreamento de partculas de solo para asfontes de gua, alm de evitar um aumento excessivo na temperatura, o que levaria alteraodos ciclos vitais de diversos organismos, reaes bioqumicas e provocaria a desnaturao(destruio)deprotenas.
Aproteodosolocomplantasvivasecomacoberturamortadematriaorgnica,tambmchamada de basculho ou pa, fundamental para manter a fertilidade do solo, que tal qual uma
pele muito delicada, deve estar sempre coberto, protegido. Outra importncia da matriaorgnica sobre o solo que ela o alimento para os bichinhos que o habitam. Podemos dizerqueelevivo.Osbichinhosquevivemnele,aosealimentaremdamatriaorgnica,liberamosnutrientes,quealimentamasplantas.Essesbichinhos,comoasminhocas,aotrabalharemosolo,voabrindopequenos buracos, chamados poros, importantssimospara deixarem-no fofo, combastante ar, para que as razes possam respirar bem (sim, porque as razes respiram dentro dosolo).
Nos solos tropicais, a matria orgnica desempenha papel fundamental na nutrio dasculturas, j que representa at 90% da CTC (Capacidade de Troca de Ctions ou total de
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cargas negativas do solo), onde esto ligados quimicamente alguns dos principais nutrientespara as culturas. A estruturao fsica, principalmente relacionada porosidade e manutenoda umidade dos solos, tambm esto entre os principais benefcios proporcionados pelocorreto manejo da matria orgnica. Desta forma, o fogo, principal responsvel pela eliminaodas fontes de matria orgnica para os solos, deve ser evitado como prtica de manejo naagriculturaamaznica.
Principais benefcios da matria orgnica:Mantm a umidade;
Condiciona o solo;
Fornece nutrientes lentamente e de forma equilibrada (todos os nutrientes, inclusive os
micro);
Proporciona aumento da porosidade;
Contribui para menor oscilao da temperatura;Eleva a CTC;
Favorece a vida do solo, que dinamiza a ciclagem dos nutrientes.
Principais benefcios da matria orgnica:
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A utilizao de herbicidas para controlar ervas daninhas causam desequilbrios biolgicos
noagroecosistema,almdecontaminarosolo,olenolfreticoeoprprioserhumano.Comocontrolar estas ervas daninhas sem o uso de venenos?Em primeiro lugar, devemos nos atentarpara o fato de que estas plantas esto presentes porque esto desempenhando um papelecolgico, cicatrizando" a rea exposta e so, na verdade, as pioneiras no processo desucesso natural. As plantas pioneiras geralmente se desenvolvem a pleno sol, so bastantersticas e vigorosas, produzem muitas sementes, possuem uma alta taxa de crescimento e ciclode vida curto. Elas cumprem papel fundamental na cobertura do solo e preparao do terreno
para outras espcies mais adiantadas no processo de sucesso. Alm disso, apresentamsementes com dormncia, isto , que podem esperar muito tempo at germinarem e que sgerminam quando h condies propcias, geralmente quando h incidncia de luz, altastemperaturas ou depois de passarem pelo trato digestivo de animais. Essas sementes formam obancodesementesnochodafloresta.
Compreendendo o papel das plantas que crescem espontaneamente para encher de vidauma rea aberta, com solo exposto, mais fcil lidar com as plantas espontneas, muitas vezeschamadas de invasoras ou daninhas. O que acontece em solos j trabalhados pela agricultura
convencional durante muitos anos que o banco de sementes de rvores praticamenteeliminado e h predominncia quase que exclusiva de gramneas, que produzem elevadonmero de sementes e de fcil disperso, sendo muito agressivas e de difcil erradicao. Asoluo apontada, muitas vezes, o uso de herbicidas e peridicas capinas ou cultivomecnico, que acabam degradando ou contaminando a terra e a gua e esvaziando o bolso doagricultor. Existem alternativas menos impactantes ao meio e mais econmicas para o controledessas plantas? Sim, existem, e a que vem demonstrando melhores resultados junto a muitos
agricultores experimentadores da Amaznia o uso de leguminosas herbceas, tambmconhecidas como adubos verdes. Estas plantas, que sode rpido crescimento, so excelentes
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para a recuperao de reas degradadas, pois, se corretamente manejadas, produzem muitabiomassa, competindo e abafando o mato. Alm disso, contribuem para incremento denitrognio no sistema, ao propiciarem a fixao de nitrognio, realizada por bactrias do gneroRhizobium associadas em seu sistema radicular. Assim, o nitrognio atmosfrico, presente emforma no disponvel para a planta, torna-se disponvel a partir dessa relao entre a leguminosae a bactria, chamada de simbiose mutualstica. Resumindo, as leguminosas herbceas possuemumgrandepotencialparadiminuiramo-de-obracomcapinadevidoaoseurpidocrescimentoe produo de biomassa, que levam a uma rpida cobertura do solo, com o benefcio adicional
de fornecimento de nutrientes, principalmente o nitrognio, para as espcies introduzidas noSistema Agroflorestal.
Logo nos surge a pergunta: Se as leguminosas nos fornecem o nitrognio, como garantir ofornecimento dos demais nutrientes necessrios para o bom desenvolvimento das plantas? necessrio ento utilizar adubos qumicos? Podemos responder esta questo com algunsexemplosprticos.
Sabe-se que algumas espcies absorvem do solo maiores quantidades de determinados
nutrientes e menores de outros. Por exemplo, as folhas novas de embaba, planta pioneiramuito comum na regenerao natural e encarada como invasora, possui alta concentrao defsforo, assim como as folhas da pupunheira (Bactris gasipaes). As cascas de cupuau(Theobroma grandiflorum), descartadas no processode agroindustrializao, somuito ricas empotssio, assim como o pseudocaule e as folhas da bananeira. Mais uma vez conclumos que adiversidade grande aliada no processo de conservao dos recursos naturais, na ciclagem denutrientes e na estabilidade do sistema como um todo. Alm disso, podemos dizer que osadubos qumicos, um dos grandes responsveis pela poluio ambiental, so muito pouco
aproveitados pelas plantas, j que, devido ao pH baixo de nossos solos, ficam indisponveis,sendo fixadosno solo ou perdidos por lixiviao e volatilizao. Isto sem dizer quecustam caro,
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pois no so fabricados em nosso estado, e por eles pago alto valor de frete. Atentemo-nos,pois,lalternativasquelibertemoagricultordadependnciadeprodutoseinsumosexternos.
Grandepartedossolosacreanossoargissolosecambissolos.Osargissolos(cercade60%dos solos do estado) apresentam diferena textural entre os horizontes A e B, ou seja,apresentam um horizonte superficial arenoso ou com menos argila, seguido de um horizontecom maior teor de argila. Essa caracterstica define uma drenagem deficiente, principalmentequando o solo est erodido e compactado. Comumente encontramos argissolos plnticos, ouseja,compresenadeplintita.
J os cambissolos, concentrados na regio do Tarauac/Envira, apresentam boa fertilidadenatural, porm localizam-se em terrenos declivosos. Devido a estas restries, o ZoneamentoEcolgico-Econmico (ZEE) do estado do Acre, classificou tais unidades de solo comoinaptas para a mecanizao e cultivo intensivo de gros. Qual ento a vocao dos solos doAcre?OmesmoZEEindicaque85%dasterrasjabertasnoestadosoaptasparasilviculturaeSistemasAgroflorestais.
Os Sistemas Agroflorestais inspirados na floresta otimizam a ciclagem de nutrientes, j quepossuem uma grandediversidade de espcies que possuem sistemas radiculares com diferentesarquiteturas,exignciasnutricionaisdistintasecapacidadedeexplorardiferentesprofundidades,formando uma verdadeira rede de razes no solo. A combinao de plantas com diferentesarquiteturas de parte area forma um chapu, que, alm de impedir a incidncia direta dosraios solares, faz com que a gua da chuva escorra e infiltre lentamente no solo, evitando suacompactaoeeroso.Dessaforma,garantimosaconservaodosoloedaguanosistema.
Um importante indicador para um correto manejo do solo est no aumento na quantidade ena diversidade de organismos interagindo de forma sinrgica. O solo manejado a favor da vida
permitequeasplantassobreelesedesenvolvammaissadiasevigorosas.Oserhumanopoder
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obter melhores colheitas ao longo do tempo, fixando-se na terra, conservando os recursosnaturais e diminuindo a necessidade de derrubar a floresta para a abertura de novas reasagrcolas.Conservarosoloconservaravida...
INSPIRANDO-SE NA FLORESTA PARA PLANEJAR E MANEJARSISTEMAS DE PRODUO MAIS SUSTENTVEIS:
OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS
INSPIRANDO-SE NA FLORESTA PARA PLANEJAR E MANEJARSISTEMAS DE PRODUO MAIS SUSTENTVEIS:OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS
No por acaso que naturalmente desenvolveu-se no Acre uma floresta tropical de portecomo a Amaznica. A prpria natureza mostra-nos a estratgia de adaptao da vida scondies ambientais de luz, temperatura, umidade, precipitao e solos. Se os sistemas deproduo no forem inspirados nessas estratgias naturalmente desenvolvidas, a chance de
serem sustentveis, ou seja, de se perpetuarem sem degradar os recursos naturais e semnecessitar de insumos externos (corretivos, fertilizantes, agrotxicos, energia), dada a pressopopulacionalsobreaterra,mnima.
A floresta desenvolveu mecanismos para conservar os recursos como gua e solo, assimcomo para ciclar nutrientes no sistema e tambm proporcionar equilbrio entre as populaesdosmilharesdeseresvivospresentesnumamesmaregio.
CONCEITOS FUNDAMENTAISCONCEITOS FUNDAMENTAIS
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Quando se pensa em conservao da gua e do solo, deve-se pensar na paisagemcomo um todo e o conceito de microbacia hidrogrfica muito importante nesse caso. Amicrobacia hidrogrfica a menor unidade geogrfica onde os fenmenos hidrolgicos podemser melhor compreendidos. Ela tem como limite as elevaes ou os divisores de gua eapresentacanaisdedrenagem(igarapserios) porondecorreguaotempotodoouempartedoano. Ospequenoscanaisvoabastecendoosoutros.
Toda a superfcie contribui na drenagem da bacia. Quanto mais poroso e protegidodo impacto direto da chuva estiver o solo,maior ser a alimentao do lenol fretico, ou seja, aquantidadedeguanoscanaisdedrenagemsermaisconstanteecompoucossedimentos.
Numa floresta ocorre perfeita conservao dos recursos naturais, como a gua (meiode escoar excedentes) e o solo. Esses recursos so importantssimos para a humanidade, poiseladependedeles.
CONSERVAO DA GUA E DO SOLO
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Uma microbacia coberta
com vegetao florestal
apresenta comportamento
bem diferente de uma
sem cobertura florestal.
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Morros desmatados aumentam as
secas, causam eroso e deixam
as partes baixas desprotegidas.
Desmatamento em lugar
errado, alm de
desperdcio da matria
orgnica com a queimada
Cultivr morro abaixo
abrir cabimnho para as
enxurradas
guas barrents,
sinal de perigo:perda de soloassoreamento dosrios e enchentescada ve maiores
Solos, matas eguas malconservadosenchentes,pobreza,abandono
Campos
Cultivados semproteo dosquebra-ventosproduzem menose no resistem ssecas
Sem quebraventos epequenos
bosques os solosenxugamdepressa e ogado no temproteo
A monoculturaesgota eintoxica o solo
Foto revista Globo Rural ano 1 - nmero 10 - julho de 1986
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Compreendendo o funcionamento de uma floresta, podemosidentificar alguns mecanismos que devem ser considerados paraidealizarmos sistemas de produo mais sustentveis e produtivos,onde o solo conservado (no perdido por eroso e nem os seusnutrientes levados pela gua da chuva) e a qualidade e quantidade daguanasvertenteseigarapssomantidas.
As chuvas tropicais so geralmente torrenciais, com grandeintensidade, ou seja, grande quantidade de gua precipita em curtoperodo de tempo. Quando a chuva cai sobre uma floresta,primeiramente as copas das rvores, arbustos e outras plantas retmparte dessa gua e reduz a velocidade das gotas, que cairo comoprecipitao interna. Outra parte da gua escorre pelos troncos. Asgotas que chegam ao cho encontram um manto de folhas secas, quetambmcontribuemparaneutralizaroimpactodagotasobreosolo.
O solo protegido e com muitos poros, graas atividade das
minhocas, outros animais e microorganismos, funciona como umaesponja, que propicia a alimentao do lenol fretico. Assim, aoinvsescorrer,comoenxurrada,aguapenetranosolo.
A malha de razes se encarrega de captar os nutrientes solveis,evitandoque osmesmos sejam lixiviados, ou seja, lavadosao longodoperfil do solo. Alm disso, toda essa proteo no deixa o solo serlevado por eroso,o que entupiriaigarapse rios.
Esquema do caminho da gua da chuva em uma floresta:
P = precipitao; C = interceptao da copa;
T = precipitao interna; S = gua da chuva que escorre pelo tronco;
L = interceptao da serapilheira; R = gua que infiltra no solo
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Quando o solo fica exposto, isto , quando limpo pelo fogo,
enxada,oumecanizado(aradoegrade),oqueocorrejustamenteoinverso: a gota chega com toda a sua fora, desagregando as partculasdesolo,carreadopelaenxurrada(eroso).
Outro detalhe importante da cobertura do solo, tanto pelas copasquanto pela serapilheira (camada de restos orgnicos sobre o solo), que os raios nocivos do sol (UV) no atingem diretamente o solo e asvariaes de temperatura nele so muito pequenas, sendo, pois,mantidofrescoemido,condiespropciasaobomdesenvolvimentodasrazeseatividadedafaunadosolo.
O solo, sobo intenso sol tropical, torna-se ressecadoe com poucavida. na camada superficial, rica em matria orgnica, onde est osolo frtil. Se este arrastado pelas chuvas ou mesmo misturado pelaarao, fica difcil recuperar a fertilidade desse solo sem grandesinvestimentos.
Asrvorestambmdiminuemavelocidadedovento,evitandoque
osolosejacarregadoequepercaumidade.A mecanizao outro fator de degradao dos solos tropicais,
uma vez que os pulveriza, desagregando a sua estrutura, contribuindopara uma mais rpida decomposio da matria orgnica do solo,misturando as camadas mais profundas (com baixa fertilidade) com asuperficial (mais frtil). A mecanizao tambmcausa compactao do
rea de pastagem degradada commuitos sulcos de eroso
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solo, reduzindo seus poros e tornando-o duro, pouco arejado, propiciando o
encharcamento e impedindo o desenvolvimento das razes. Os solosmecanizados ficam desestruturados e desprotegidos, susceptveis eroso,ocasionadaporchuvasintensas.
A eroso pode ser laminar (a mais perigosa, pois no se percebe, masextensas reas da camada superficial da terra, que a mais frtil, vo sendoarrastadas pela chuva); em sulcos e voorocas (buracos profundos, onde a terrafoilevadapelagua).
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Muitas vezes encontramos florestas exuberantes se desenvolvendo sobre solos com baixos teoresde nutrientes. Isso possvel justamente pelos mecanismos de captao e aproveitamento dosnutrientes. Muito do nitrognio, por exemplo fixado por simbiose ou por microorganismos de vidalivre. Ofsforo,apontadocomoumdosprincipaislimitantesemsolostropicais,naverdade,existeemgrande quantidade no solo, porm em forma no disponvel para a planta, e lentamentedisponibilizadoatravsdaaodosexudadosradicularesedasmicorrizas.
Os nutrientes que circulam no sistema podem ter vindo do solo, de fora do sistema (via restos
orgnicos, estercos, cinzas ou adubos qumicos), da prpria biomassa (via cinzas da queima ou daserapilheira, que so as folhas, galhos, frutos, sementes, animais mortos, fezes, depositados sobre osolo), da gua da chuva e da poeira em suspenso, da atmosfera (quando o nitrognio fixado, porexemplo) e das folhas das plantas, quando so lavadas pela chuva (a precipitao interna numa florestacomoumch,ricoemnutrientes,principalmentenitrognioepotssio).
Um fator fundamental na circulao dos nutrientes no sistema a grande quantidade de matriaorgnica depositada sobre o solo da floresta. Podemos reparar que grande parte das razes finas (queso as que absorvem nutrientes) localizam-se na superfcie do solo e muitas delas na prpriaserapilheira,extraindoos nutrientesdosprprios restosorgnicosem decomposio.
Tudo isso s possvel porque um grande nmero de seres vivos, de espcies diferentes,contribuem para todo esseprocesso. A vida do solo necessita da energia e dos nutrientes contidos namatria orgnica e so esses seres vivos os responsveis pela decomposio. Voc pode imaginarquantos metros de restos orgnicos se concentrariam sob as copas das rvores de uma floresta se nohouvessem os decompositores (microrganismos, macrofauna, mesofauna e microfauna)? Alm disso,sem a decomposio, os nutrientes no seriam disponibilizados para as plantas, que ento no
fechariam o ciclo, comopodemosobservar, produzindo mais folhas e galhos, que cairiamsobre o solo,reiniciandoociclo.
CICLAGEM DE NUTRIENTES
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Da mesma maneira como ocorre na floresta, num SAF a vida do solo de extrema
importncia e s manteremos o solo vivo se proporcionarmos condies para essa vida, comoproteo contra os raios solares e altas temperatura, proteo do solo contra o impacto dasgrossas gotas de chuva quecausam o encrostamentoe, tambm, alimentam toda essa fauna commatriaorgnica,fonteprimriadeenergiaparatodaacadeiaalimentardosolo.
A qualidade da matria orgnica produzida pelos vegetais podem apresentar caractersticasdistintas quanto sua composio. Algumas apresentam compostos qumicos que inibem aatividade de microorganismo, dificultando a sua decomposio. Outras apresentamcompostos alelopticos a outras plantas, inibindo a germinao de sementes. Apesar de noseremaregra,devemosestaratentosaessasparticularidades.
Um fator que diz respeito a toda matria orgnica a sua relao carbono/nitrognio.Segundo Malavolta (1976), quando adicionada matria orgnica ao solo, dependendo domaterialedaidadedaplanta,poderoocorrerduassituaes:
matria orgnica com relao C/N alta resulta na perda elevada de C, como CO (falta Nnosolo), napouca formaodehmus e nadeficincia deN para as espciesassociadas;
matria orgnica com relao C/N baixa resulta incremento na produo de hmus e na
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fitfagos (que se alimentam de plantas), a presena dos predadores naturais, como outros
insetos, anfbios, rpteis e pssaros, muito importante para equilibrar sua populao, no sedeixando tornarem-sepragas.
Nos sistemas de produo simplificados, como uma monocultura, onde no h condiespara (se manter os predadores naturais) a probabilidade de ocorrncia de pragas muito maiordoqueempolicultura,commatasnasproximidades,ondehpredadores.
Quando ocorre aplicao de inseticida num sistema de produo, muitos insetos-praga somortos, porm tambm morrem seus inimigos naturais (que so mais sensveis), enquanto
sempre sobram alguns insetos-praga resistentes e a populao acaba crescendo mais do queantes,por falta dos inimigos naturais,fazendo com que o uso de agrotxicos seja uma constante,remediandoenuncasolucionandooverdadeiroproblema,naverdade,criadopeloprprioserhumano, ao idealizar sistemas de produo simplificados para condies naturalmentedependentesdabiodiversidadeparaquehajaequilbrio.
Da mesma forma como ocorre na parte area da floresta, onde a biodiversidade estabil iza aspopulaes, no deixando que uma ou outra prevalea sobre as demais, tornando-se praga oudoena, no solo a diversidade de formas de vida, que propicia complexidade de interaes,
tambm evita o aparecimento de pragas ou doenas. O ataque de nematides em lavouras sintomadedesequilbrionaspopulaesdafaunadosolo.
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O processo de sucesso um fenmeno que ocorre naturalmente. Numa floresta, porexemplo, sabemos que algumas espcies sucedem as outras. Existem espcies que crescembem,rapidamente,aplenosolsoaschamadasespciespioneiras,queaparecememgrandesclareiras. H aquelas que crescem mais devagar mesmo no sol e aquelas quecrescem devagar enecessitam de sombra quando jovens, que so conhecidas como secundrias. Tambm haquelasquevivemnosub-bosque,semprenasombra.
Numa rea aberta, de onde retirada a vegetao, naturalmente vo surgindo plantas quecicatrizam a paisagem, espcies conhecidas como cicatrizantes. As plantas daninhas, ouinvasoras, ou mato, nada mais so que parte da estratgia da natureza para a proteo do solo,pois se este solo permanecesse descoberto seria degradado (pela eroso, lixiviao,encrostamento, morte pelos raios solares nocivos). Assim, achamos mais convenienteconsiderarmos estas plantas, (as quais o agricultor sempre combate) como "espontneas" e
utiliz-lascomoaliadasnomanejodosistemadeproduo.Podemos organizar as plantas em grupos sucessionais. Como j dissemos anteriormente,existem as espcies pioneiras que necessitam de pleno sol para o seu timo desenvolvimento.Na natureza geralmente elas ocorremem grandenmerode indivduos, crescem rapidamente eproduzem grande quantidade de sementes. Suas sementes so geralmente dormentes (queduram muitos anos e necessitam de luz e alta temperatura para iniciarem o processo degerminao),formandoobancodesementesdafloresta. Assim,essassementesficamnochode uma floresta madura e se por acaso for aberta uma grande clareira, onde entra a luz do sol,essas sementes sero induzidas germinao. A embaba ( ) e o algodoeiro( ) so espcies desse tipo.
Cecropia sp.Ochromapiramidales
SUCESSO NATURAL
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Depois, dando seqncia sucesso natural, comeam a surgir aquelas espcies que
crescem mais lentamente, com poucos indivduos por hectare. Podemos citar o cedro( ), o cumaru ( ), o ip ( ). Essas espcies, que vodarorigemsrvoresemergentes(aquelasquesedespontamquandosesobrevoaumafloresta,que ficam acima ou mesmo fazem parte do dossel ou teto da floresta) so responsveis pelamaior diversidade da floresta, pois ocorrem muitas espcies diferentes com pouco nmero deindivduos por espcie. As sementes dessas espcies no apresentam dormncia e sodispersaspelovento.
Existem outras espcies, mais do futuro da sucesso, que precisam de sombra para odesenvolvimento de suas mudas, crescem lentamente e suas sementes so grandes e dispersaspelos animais. Geralmente os frutos so carnosos, justamente funcionando como atrativo paraos animais. Entre elas temos o aa ( ), o cacau ( ), ocupuau ( ), a bacaba ( ), o jatob (
). Essas espcies, bem como aquelas que no apresentam dormncia formam um banco deplntulas (mudas) que, quando uma pequena clareira aberta, ou seja, quando cai uma oualgumas rvores, essas mudas, que esto esperando para crescer, se desenvolvem mais
rapidamente.Acompanhando a sucesso vegetal, h tambm a sucesso dos animais, que interagem
diretamente com as plantas e tambm dependem das condies de solo. Por exemplo, numambiente no incio da sucesso (como numa rea onde predomina sap (Imperata brasiliensis)ou num pasto abandonado) ocorrem mais espcies predadoras (como aranhas e centopias).Numa rea mais avanada na sucesso (uma floresta madura) ocorre maior quantidade deespciessaprofticas(aquelasquesealimentamdematriaorgnicaoumicroorganismos),como
as minhocas e os diplpodas (embo). Mesmo entre as minhocas, existem aquelas espciesque ocorrem no incio da fase sucessional e aquelas que ocorrem numa fase mais avanada da
Cedrela odorata Dipteryx sp. Tabebuia sp.
Euterpe precatoria Theobroma cacaoTheobroma grandiflorum Oenocarpus bacaba Hymenaea
sp.
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sucesso.
Durante o processo de sucesso, cada estgio vai preparando condies para oprximo. Assim, em um solo degradado, vo ocorrer espcies adaptadas quelascondies de solo, com baixa quantidade de matria orgnica e nutrientes, baixaumidade, etc. Vo primeiro ocorrer as espcies pioneiras e logo em seguida apareceroas secundrias. Conforme o tempo passa, as condies do solo vo se tornando maispropcias ocorrncia de espcies mais exigentes, as quais vo tomando o lugar dasoutras.
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GrupoSucessional Durao
De 3 a 5 meses
Exemplo de espciesque estaro produzindo
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Existem plantas pioneiras de terra mais frtil ou degradada. Em uma rea onde h sap,
sabemosqueosoloestdegradado. Seosoloapresentassemaiorfertilidade,certamenteoutraespciepioneiraprevaleceria.
Podemos pensar um Sistema Agroflorestal a partir dessa mesma lgica. Na agricultura,algumas plantas podem ser consideradas pioneiras, como o milho ( ), o feijo(Phaseolus sp.), o arroz ( ), que precisam de sol para o seu desenvolvimento.Essas so pioneiras exigentes, por isso se desenvolvem bem em terra nova, recm queimada,com cinzas, e no se desenvolvem bem em reas j cansadas, com a terra fraca. J outras
espcies, como a macaxeira ( ) e o abacaxi ( ), so menos exigentes epodemserintroduzidasemsolocommenornveldefertilidade.Entre as plantas arbreas, a lgica a mesma, afinal de contas, essas plantas apareceram na
natureza, como as espcies em uma floresta, e foram sendo domesticadas, ou seja, selecio-nadas principalmente para maior produo ou para ter frutos maiores ou mais saborosos. Ocaf ( ), por exemplo, uma planta de sub-bosque das florestas da Etipia, nafrica.
Zea maysOriza sativa
Manihot sp. Ananas sp.
Coffea sp.
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Assim, devemos combinar as plantas de acordo com a sua exigncia em clima (temperatura
e precipitao), em luz e em condies de solo, e tambm respeitando a estratificao e o fatodequeelaocorreemconjuntocomoutrasespcies,ouseja,emcondiesdebiodiversidade.
Outro aspecto interessante que podemos observar na floresta que muitas vezes umaplanta cresce ao p da outra, muito prximas, sem que sejam prejudicadas. Isso pode serporque cada uma exerce uma funo diferente, isto , ocupa estratos diferentes, com razes deformatos diferentes, necessitam diferentemente da luz. Assim, no sistema de produo, seformos plantar por exemplo abacaxi e cupuau (Theobromagrandiflorum), no
necessrio plantar as linhas de abacaxi consorciadas com as linhas de cupuau. Na verdade, ocupuau pode ser plantado no p do abacaxi (respeitando o seu espaamento) sem queocorra nenhum dano para o abacaxi ou para o cupuau. Outro exemplo seria a banana (
) e o cacau ( ). Cada um exerce uma funo diferente e podem serplantadosbemprximosumdooutro.
(Ananas sp.)
Um Sistema Agroflorestal, para se aproximar mais da sustentabilidade, tal qual uma floresta,deve apresentar alta biodiversidade, as plantas crescendo em alta densidade, o solo semprecobertoeaciclagemdosnutrientessedandopeladinmicadamatriaorgnica, aceleradapelo
manejo.Alm disso, como ser aprofundado mais adiante, se soubermos manejar as espcies
espontneas que vo aparecendo naturalmente (com a vantagem de no ter custo deimplantao), podemos aumentar a biodiversidade no SAF e tambm utiliz-las como rvoresdeservio,contribuindocombiomassaparaenriquecerosistema.
Musasp. Theobroma cacao
IMPLANTAO DE UM SISTEMA AGROFLORESTALIMPLANTAO DE UM SISTEMA AGROFLORESTAL
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ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS
Alguns conceitos importantes, ao se implantar um SAF so:1) escolher as espcies adequadamente para a regio;2) combinar corretamente essas espcies;3) trabalhar com densidade (espaamento) adequada;4) implantar todas as espcies juntas para que uma crie a outra, ou seja,
que haja o degrau sucessional para que no fique um vazio se por acaso uma
populao for excluda do sistema.
Por exemplo, quando se planta milho ( ), importante plantarjunto (ou um pouco depois, quando o milho ainda est na terra) umaespcie que vir ocupar o lugar do milho quando ele for colhido. Pode serum feijo-guandu ( ), mucuma ( ), mamona(Ricinus communis), mamo ( ), entre outras, e quando o mamo( ) estiver saindo do sistema, outras espcies j devem estaraguardando para ocupar o espao, como goiaba ( ) ,pupunha ( ), ing ( ), caf ( )...
Nosedevetermedodeplantar. Napiordashipteses,corta-seaplantaque ficou fora de lugar. O problema ficarem espaos vazios, com a terraexposta. Obviamenteanaturezaseincumbirdeocuparessenicho(comgua,luz, nutrientes) e aparecer o mato, que nada mais do que um cicatrizador,uma planta que se aproveita dos fatores de produo disponveis. Ento, inicia-
se o ciclo de combate, que seria desnecessrio se o sistema de produo fossebemplanejadoe instaladoadequadamente.
Zea mays
Cajanus cajan Stizolobium spCarica sp.
Carica sp.Psidium gajava
Inga sp. Coffea sp.Bactris gasipaes
Plantio adensado, com combinao adequada
das espcies, respeitando as funes sucessionais(no espao e no tempo)
Plantio adensado, com combinao adequadadas espcies, respeitando as funes sucessionais(no espao e no tempo)
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O ser humano usa a terra at ela no produzir mais nada. Fica furioso porque o sapcomea a dominar . Ento, se ele a abandona, a terra cansada coberta pelo mato,considerado planta daninha. Essa terra, depois de algum tempo, recupera naturalmente suafertilidade. Omatotoodiado melhoraaterra. Quemoverdadeirovilo?
Na regio amaznica, onde as chuvas so torrenciais e abundantes, a insolao extremamente intensa e os solos so muitas vezes, considerados de baixa fertilidade. Uma das
principais reclamaes do colono, agricultor familiar, que ele no vence ao tentar controlar omato, as tambm chamadas plantas daninhas ou invasoras. Mas antes de odiar estas plantas eentrar numa verdadeira guerra contra elas, vale a pena nos perguntarmos qual a funo delas,porqueelasaparecemeopapelqueelasdesempenham.
Se formos observar, a vida aparece para ocupar qualquer lugar onde existem condies,mnimas que sejam, para que ela se estabelea. Se h condies como solo exposto, guadisponvel e luz para cicatrizar aquele lugar, as plantas to odiadas aparecem,protegendoaterra dos fortes raios solares, das fortes chuvas que muitas vezes arrastam a terra ocasionandoeroso. So essas mesmas plantas, que os agricultores acham que s existem para atrapalhar,que, quando uma terra esta cansada, j com baixa fertilidade, se deixadas em descanso oupousio,restabelecemafertilidadedosoloapsalgunsanos.
Um dos principais problemas identificados plos colonos no Acre a terra fraca: amaioria j temalcanado, ou mesmo ultrapassado, o limite de desmatamentopermitidopor lei.Portanto no contam mais com terranova, que so reas de mata bruta que, quando derrubadae queimada, torna - se propcia para a lavoura de arroz e milho. A essas culturas, pela tradio
na regio,segue o feijo e a macaxeira( ),que podem ser um ou dois plantios, paraento ser introduzido pasto ou, seno, a terra abandonada. Assim, a agricultura de
Manihot sp.
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subsistncia vai deixando um rastro da terra improdutiva, at chegar ao limite do lote. Ento,
como tem acontecido em muitos casos, as famlias acabam vendendo seus lotes parafazendeiros. Estes, por sua vez, vo concentrando mais terras em seu poder, enquanto osagricultores vo para a cidade, ou, como comum nos assentamentos, vo em busca de novoslotes, em novos projetos de colonizao (ainda sem infra-estrutura: sem ramais, sem energiaeltrica, sem gua, mais distantes dos mercados consumidores), reiniciando o ciclo dedestruio e sofrimento dessas famlias. Muitos assentados acabam sendo os que ampliam afronteira agrcola, e os fazendeiros acabam usufruindo das melhorias de infra-estrutura quechegam, pois, para a famlia rural, a terra j est degradada para agricultura e a criao extensivade gadono resolve as suas necessidades, uma vez que a pecuria extensiva s compensatriaemgrandesextensesderea,ouseja,vivelparaofazendeiroenoparaoscolonos.
Na realidade do Acre, muitas das famlias assentadas, descapitalizadas, fizeramfinanciamento para lavoura de pupunha para palmito e de caf. Nesses casos, o maiorproblema enfrentado, alm do desenvolvimento insatisfatrio das plantas, tem sido o controledo mato. A braquiria, a grama, o sap e outras plantas rapidamente ocupavam as entrelinhasdos plantios em monocultivo e os produtores, com enxada, terado, roadeira ou mesmo
herbicida,tentavam,emvo,combat-las.A entra a idia de se trabalhar com agrofloresta, a partir dos ensinamentos da floresta, de
modoqueoprodutordoportunidadeparaqueanaturezatrabalheaseufavorenosejavistacomosuainimiga.
Para que a terra se mantenha sempre coberta, devemos aproveitar as plantas que a naturezaplanta para gente, ou seja, as que aparecem pela chamada regenerao natural. Plantas comoassa-peixe ( ), o fumo bravo ( ), a faveira (
.), o ing ( ), o algodoeiro (
Casearia sp. Solanum erianthum Schizolobium
sp Inga sp. Ochroma piramidales Cecropia sp.Trema micrantha ), a embaba ( ), aperiquiteira ( ), etc, nos sistemas Agroflorestais, ao invs de serem
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consideradas plantas indesejadas, devem ser consideradas importantes, pois elas podero
contribuir para o desenvolvimento daquelas consideradas de interesse econmico, alm deproteger a planta, a terra, e ajudar tambma manter a fertilidadedosolo.
Se a rea apresentar pouca regenerao natural, como o caso dos solos mecanizados, ousubmetidos a queimadas consecutivas, ou mesmo onde a regenerao foi interrompida vriasvezes, como em reas de roado com 3 anos, as plantas que se estabelecem so geralmentecapins, difceis de serem manejadas. Nesse caso, pode-se introduzir espcies que protegematerra e substituem o capim, por crescerem rpido, o que facilita o manejo e produz materialorgnico de qualidade, que ajuda a adubar a cultura plantada. Um exemplo o uso deleguminosas como feijo-de-porco ( ), feijo-guandu ( ),crotalria ( ), que mantero o solo coberto e produziro bastante matriaorgnica. Enquanto as rvores do SAF vo crescendo, essas leguminosas, que crescem maisrpido,estaroprotegendoeadubandoaterra. Porm,semearessasleguminosasdevidacurta,as quais so nossas ajudantes, no suficiente, pois, quando elas completarem seu tempo devida, a terra vai ficar novamente descoberta e sujeita a ser ocupada por capim. Ento, aomesmo tempo em que se plantam as leguminosas, j se devem colocar muitas sementes de
rvores, das j acima referidas espcies de servio, pois, embora no apresentem retornoeconmico direto, ajuda-nos a dar condies favorveis para as plantas de interesseeconmico, almdeproteger e adubar a terra.
Daemdianteomanejoapodaeomaterialpodadodeversemprecobrirosoloporigual.
Canavallia ensiformes Cajanus cajanCrotalaria sp.
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Um sistema agroflorestal, tal qual uma floresta, deve ser sempredinmico. A entrada e sadade espcies no tempo uma caracterstica fundamental para viabilidade econmica do sistemabemcomoparaamanutenodoseuequilbrioecolgico.
Um sistema agroflorestal deve ser planejado de forma a prever os arranjos entre as espciesno espao e no tempo. A escolha do consrcio adequado, numa densidade adequada imprescindvel,assimcomoaprevisodasintervenesdemanejo,comopoda,porexemplo.
O manejo realizado num Sistema Agroflorestal pode ser descrito como sendo basicamenteacapinaseletiva,apodaeaintroduodenovasplantas.
A capina seletiva o corte ou arranquio das espcies herbceas (mato), deixando-seaquelas mais avanadas na sucesso. O material cortado ou arrancado dever permanecersobreosolo,protegendo-o. Oplantioadensadodeespciesestratgicas,queproduzemmaisbiomassa e que inclusive, venham a fixar nitrognio, e ao mesmo tempo que substituam o mato,umartifcioaserutilizadoemsistemasagroflorestais.
J a poda uma outra prtica importante e pode ter diferentes objetivos. Se ela for deformao,oobjetivoformaracopadaplantadeinteresseeconmico,paraqueelatenhaumaarquitetura harmnica, sejabem distribuda, seja arejada, sem ramos ladres. Se for uma podasanitria, o objetivo retirar os ramos secos e doentes. Se a poda for para disponibilizarbiomassa (principalmente nas rvores de servio, implantadas ou aquelas que surgiram pelaregenerao natural) ela deve estar sincronizada com o clima, com a poca de maior produode biomassa e/ou com exigncias das plantas cultivadas (por exemplo, o caf ( ) ouabacaxi ( ) podem ter sua florao induzida pela poda, quando possibilita a entrada
deluzsolar). Outroaspectoimportantedapodaofatodelaseruminstrumentoparaadequar
Coffea sp.Ananas sp.
ASPECTOS DE MANEJO
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osestratosentreasrvores.Ao lado est representado um consrcio com banana ( ), ing ( ), aa
( ), graviola ( ) e copaba ( ). J se colheuabacaxi, mamo e banana. Observe a ocupao diferenciadado solopelos diferentes tipos derazes. A poda do ing e da banana produziu biomassa para criar as espcies do futuro. Oconsrcio foi pensado para que as espcies se estabeleam no tempo (de acordo com suavelocidade de crescimento ciclo de vida) e no espao (respeitando os estratos altura dascopas). H algumas plantas que se do bem com outras (so as plantas companheiras) eaquelas no sedo bem. Issodeve ser consideradonoconsrcio.
A questo de manejo em SAFs dever ser detalhada, inclusive com parte prtica, numcurso posterior. Por orabasta atentarmos para o importante papel do manejoem SAFs. essanoodotodoquenodeveserperdidoquandotratamosdesistemasagroflorestais.
Musa sp. Inga sp.Annona sp. Copaifera sp.Euterpe precatoria
AS ESPCIES DE SERVIO
As espcies de servio so aquelas introduzidas ou que surgem espontaneamente nosistema de produo, que diretamente no apresentam retorno econmico mas que cumprempapel importante de ajudar no desenvolvimento das outras espcies de interesse econmicodireto.
Essesbenefciosso:
fornecer sombra muda; fornecer um microclima (luminosidade, temperatura, umidadee ventilao) mais favorvel a
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muitoscomponentesdoSAF;
proteger o solodos raiossolares diretos; proteger o solodo impacto dagotadachuva; reter barrancos; controlar o mato; manteroumelhorar a fertilidadedosolo; descompactar o solo; dinamizar a vidado solo (comofertadematriaorgnica).
Essas espcies podem serherbceas ou arbustivas/arbreas. As espcies herbceaspodem serconhecidas tambm como adubos-verdes, os quais so geralmente espcies da famlia dasleguminosas. Estamos, por ora, observandooutras espcies, que fixam nitrognio (por meio desimbiose com bactrias em suas razes), com rpido crescimento e que produzem bastantebiomassa. Algumas espcies conhecidas so: feijo-de-porco, mucum ( ),puerria ( ), crotalria ( ), feijo-guandu (
), entre outras. Entre as espcies de leguminosas arbreas so encontradas os ings
( ), a Senna siamea, o mulung ( ), a faveira ( ), agliricidia ( ), a palheteira ( ), etc. Estamos pesquisandoe trabalhando tambm comespcies da regenerao queocorrem em capoeiras, reas alteradase ou degradadas,
Stizolobium sp.Pueraria phaseoloides Crotalaria sp. Cajanus
cajan
Inga sp. Erythrina sp. Schizolobium sp.Gliricidia sepium Clitoria racemosa
por exemplo: assa-peixe, algodoeiro ( ), embaba( ), entre outras (ver dados tabela 1). Essas espcies tambm podem serintroduzidas no SAF em alta densidade, ou ainda aproveitadas quando aparecemespontaneamente, para contribuir com o desenvolvimento das espcies de interesseeconmico.
As espcie de servio podem ser introduzidas nos SAFs por sementes, mudas ou estacas.
Ochroma piramidalesCecropia sp.
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O manejo dessas espcies basicamente a poda. O melhor momento para efetu-la emespcies herbceas quando elas esto comeando a florir, pois nessa fase a produo de
biomassa atinge seu mximo e os nutrientes ainda no foram translocados para as sementes, ouseja esto na biomassa. Porm, outros fatores podem condicionar o momento da poda, comoo controle da luz, a disponibilidade de gua, etc.
As espcies arbreas so podadas de acordo com a condio em que o sistema seencontra, o que estamos testando so as podas de sincronia, de estratificao ou derejuvenescimento das espcies. Em conseqncia desta prtica, haver uma melhoria dascondies para as espcies associadas, seja com relao ao fornecimento de matria orgnica,entradade luz, seja com informaes de velhice ou senescncia que as espcies podem passar
umasparasoutras. Apodadeveracontecernumperodoquepodevariardofinaldoveroa todo perodo de inverno (chuvas), no sendo recomendvel realizar podas em pocas deestiagensprolongadas.
EXPERINCIAS COM ESPCIES DE SERVIO NO ACRE
Combasenos experimentosacerca dasespcies deservio realizados noAcre, foiconcludoque elas podem
contribuir substancialmenteparaa sustentabilidade do sistemadeproduo.
A presena, no sistema, de razes de diferentes tamanhos, ocupando o solo em diferentes profundidades
(plantas com diferentes exigncias) e contribuindo com matria orgnica rica em nutrientes, com composies e
tempo de decomposio distintos, muito importante. Portanto, quanto maior a biodiversidade, melhor ser a
fertilidade do solo, pois haver contribuio de matria orgnica com diferentes teores de nutrientes, que sero
disponibilizadosemperodosdiferentes,dependendodotempodedecomposiodecadaespcie.
Conhecendo-sea quantidade de biomassaproduzidae a concentrao de nutrientes presentes nela, torna-se
possvel saber a quantidade de nutrientes que estar sendo disponibilizado a partir da decomposio da matriaorgnica.
A tabela 1, apresentada na pgina a seguir, apresenta alguns dados referentes quantidade de nutrientes
presentes em galhos e folhas de algumas espcies utilizadas nos sistemas agroflorestais, quer sejam plantadas ou
mesmopoupadasquandointroduzidaspelaregeneraonatural.
Dados referentes anlise de biomassa de espcies de servioDados referentes anlise de biomassa de espcies de servioTabela 1
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*Arboreto/Parque Zoobotnico/UFACTabela 1Tabela 1Espcies estudadas Nutrientes em g/kg
26,74
9,80
30,80
8,54
28,00
7,14
37,80
9,80
30,80
5,32
27,72
6,58
36,82
13,7226,46
14,28
2,69
2,07
2,86
1,63
2,48
0,99
1,71
0,63
1,83
0,61
1,58
0,62
3,00
1,002,35
1,39
25,25
45,14
15,30
24,48
27,54
12,24
7,65
3,83
7,65
3,06
5,36
3,06
19,13
4,599,95
7,65
13,20
9,95
9,00
6,70
9,25
3,60
7,25
3,85
15,00
2,80
5,20
3,85
3,10
8,0014,60
8,95
3,93
3,17
1,88
3,17
3,83
1,84
1,63
0,43
3,41
0,62
1,42
0,49
1,93
1,511,67
1,02
Folhas de algodeiro
Galhos de algodoeiro
Folhas de assa-peixe
Galhos de assa-peixe
Folhas de burdo
Galhos de burdo
Folhas de ing de metro
Galhos de ing de metro
Folhas de ing mirim
Galhos de ing mirim
Folhas de mulungu
Galhos de mulunguFolhas de palheteira
Galhos de palheteira
Folhas de embaba (Cecropia sp.)
Galhos de embaba (Cecropia sp.)
(Ochroma piramidales)
(Ochroma piramidales)
(Vernonia sp.)
(Vernonia sp.)
(Samanea tubulosa)
(Samanea tubulosa)
(Inga edulis)
(Inga edulis)
(Inga fagifolia)
(Inga fagifolia)
(Erythrina poeppigiana)
(Erythrina poeppigiana)
(Clitoria racemosa)
(Clitoria racemosa)
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Esses sistemas evitam que novas reas de floresta primrias sejam derrubadas, buscando
recuperar reas j abertas e muitas vezes j degradadas. Alm disso, evitam o uso do fogo epossibilitam a produo orgnica, sem uso de agrotxicos e fertilizantes qumicos, que, alm decontaminaremoambienteeosalimentos,custamcaroaoprodutor.
AtualmenteosagricultoresjtmsementesdeleguminosasparaasuaprpriademandaparaofertaraoutrosagricultoresdoEstado,demodoquepossamtambmsebeneficiar.
Em Sistemas Agroflorestais simultneos com cultivos em alias, procurase suprir asexigncias nutricionais dos cultivos anuais a partir da biomassa podada das rvores de servio.Nesse caso, uma pergunta freqente que se faz : a quantidade de nutrientes presente nomaterialpodadodasrvoresdeserviosuficienteparagarantirumaboaproduo?
Muitos experimentos foram realizados na tentativa de se responder a esta pergunta.Observou-se, ento que a fixao do nitrognio atmosfrico promovida por algumas espcies
de servio da famlia das leguminosas (nem todas leguminosas fixam N) atende em grande parte
Balanonutricional
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demandadasculturas(Palm,1995).
Sabe-se que a biomassa arbrea podada pode chegar, em sistemasde cultivo em alias, a mais de 20t/ha de matria seca (MS), na qual estocontidos 358kg de N, 28kg de P, 232kg de K, 144kg de Ca e 60kg de Mg(Young,1989;Szottetal.,1991),oquemaisquesuficienteparaatenderatodasas exigncias nutricionais dos cultivos associados. Entretanto, existe uma amplavariabilidade de resultados reportados na literatura, evidenciando que aquantidade de nutrientes na biomassa podada no atinge, muitas vezes, estesnveis. Alguns dos fatores mais importantes envolvidos nesta variabilidade so: a)
capacidade vegetativa da espcie utilizada, incluindo boa resposta poda(capacidade de revegetar), e resistncia pragas e doenas; b) condies desolo e clima; c) concentrao de nutrientes na biomassa destas espcies; d)densidadedeplantioemanejodasrvoresdeservio.
A conjugao destes diferentes fatores se faz importante na escolha daespcie de servio a ser utilizada. Um exemplo a pesquisa realizada porBudelman (1989). Ele observou que apesar da concentrao de N ser maior em
que em , a segunda proporcionoumaior quantidade de N total para o sistema devido uma maior produo debiomassa.
A concentrao de nutrientes na biomassa podada varia conforme espcie edentro da mesma espcie. O teor de N nas folhas de leguminosas, por exemplo,varia de 1,5 a 3,4 %. Uma mesma espcie pode apresentar diferenas em taisteores, dependendo do material podado, do solo e do clima onde se encontra.Folhas novas apresentam concentrao mais alta da maior parte dos nutrientes,
como N, P, K e Mg (nutrientes mveis na planta), enquanto o Ca (imvel naplanta) concentra-se mais, normalmente, nas folhas velhas. Existe tambm uma
Gliricidia sepium Leucaena leucocephala
Sr.Laudino Jos dos Santos e o
agrnomo Flavio Quental Rodrigues.rea em pousio com mucuna (PAD-Humait /Porto Acre/ AC).
Sr.Laudino Jos dos Santos e oagrnomo Flavio Quental Rodrigues.rea em pousio com mucuna (PAD-Humait /Porto Acre/ AC).
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grande diferena entre folhas e galhos. Estes ltimos apresentam alta concentrao de celulose
e hemicelulose e concentrao nutricional bastante inferior das folhas. Isso se reflete em umaelevadarelaoC/N,ocasionandoaumataxadedecomposiomaislentaquenasfolhas.Apresentaremos, a seguir, uma tabela extrada de Palm (1995), onde se compara a quantidadede nutrientes ofertada poruma produo de 4 toneladas de matria seca (MS) por hectare dealgumas rvores de servio, com aquela demandada para uma produo de 2 toneladas porhectaredemilho.
Nutrientes em kg/haMilho
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a
N
50
30
80
K
30
36
66
Ca
6
9
15
Mg
4
6
10
P
12
6
18
Fontes:- AdaptadodeSanchez (1976); -Budelman(1989); Russoe Budowsky(1986);- Salazarietal (1993); - Palm e Sanchez (1990); - Tian etal(1992) - C.A Palm
132 7 46 61 -Erythrina poeppigianac
N P K Ca MgLeucaena leucocephalab 154 8 84 52 13
Inga edulis (solos frteis)c 142 11 40 45 6
Inga edulis (solos infrteis)e 127 9 50 30 7
Senna siameaf 105 6 44 110 7
Dactiladenya barterif 60 4 31 40 8
Grevillea robustag 52 2 24 60 7
Palhada de milhog 40 8 48 13 8
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Podemosinferir,apartirdosdadosapresentados,que:
com exceo das espcies no leguminosas (D. barteri e G. robusta), todas as rvores deservioutilizadassocapazesdesuprirasnecessidadesdeN(nitrognio)daculturadomilho;nenhuma das espcies de AS capaz de suprir, atravs da biomassa area podada, as
necessidadesdeP(fsforo)daculturadomilho;as demandas de Ca (clcio) do milho podem ser atendidas pelas AS, enquanto as
demandas de K (potssio) e Mg (magnsio) so, de forma geral, apenas parcialmenteatendidas.
Existem, entretanto, outras consideraes que merecem ser discutidas, quando se analisa o
potencial das rvores de servio em atuar no fornecimento de nutrientes para os cultivosassociados:
os benefcios da matria orgnica (M.O.) para as propriedades fsicas e biolgicas do solo,comojcitadoanteriormente;
quando podamos uma rvore de servio, grande parte de suas razes morrem devido aoestresse fisiolgico provocado na planta. A grande maioria dos experimentos com rvores deservio desconsidera o montante de nutrientes presentes na frao de razes somadas aos
microorganismos associadosmortos devido poda (e portanto se decompe tornando-se maistarde disponveis para as plantas). Dados experimentais de Bowen (1984) indicam que, emecossistemasnaturais,adecomposioderazesfinassomadosasmicorrizaspodecontribuirem2a4vezesmaisNede6a10vezesmaisPqueadecomposiodaserapilheira.Pode-seinferirque as razes das rvores contribuem, assim, de forma considervel para a nutrio dos cultivosassociadosemsistemasagroflorestais.
a)
b)
c)
d)
e)
BARREIRAS VIVAS CONTRA FOGO
TECNOLOGIAS AGROFLORESTAISTECNOLOGIAS AGROFLORESTAIS
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BARREIRAS VIVAS CONTRA FOGO
Como proteger sua rea do fogoO fogo na agricultura causa grandes prejuzos. O ideal mesmo era no precisar us-lo.
Mesmo quando o produtor no faz uso desta tcnica, ele est arriscado a perder sua rea deSistema Agroflorestal ou mesmo sua mata ciliar e rea de reserva legal por incndios acidentais.Na poca das queimadas, no final da poca seca, o que mais ouvimos so queixas sobre fogo
dovizinhoqueinvadiuareaondenemsepensavaemqueimar.Depois de se investir em tempo, trabalho e dinheiro para instalar os Sistemas Agroflorestais,tudo pode se perder em poucos minutos se o fogo atingir determinada rea. Ao buscartecnologias que pudessem contornar esse problema, inspiramo-nos em uma observao feitapor um agricultor do projeto RECA Nova Califrnia/RO, de que o desmdio( ), uma leguminosa rasteira muito parecida com o carrapicho, quepermanece verde o ano todo, no propaga fogo. Com essa pista, resolvemos testar odesmdio, o amendoim forrageiro ( ) e o abacaxi como aceiros vivos, queteoricamente deveriam barrar o fogo rasteiro. As trs espcies utilizadas como barreiras vivas
Desmodium ovalifolium
Arachis pintoy
Desmdio (Desmodium
ovalifolium), uma leguminosa
que no propaga fogo.
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funcionaram muito bem, no possibilitando a perpetuao do fogo e, portanto, protegendo a
rea rodeada pelo aceiro. O abacaxi, apesar de no ser inflamvel, por durar menos tempo epor requerer limpas peridicas (para que o capim no venha interferir no aceiro), no torecomendado quanto as outras duas espcies de leguminosas testadas. Por outro lado umacultura que pode dar um retorno econmico e no to exigente, o que pode compensar omaiortrabalhorequeridonomanejo.
Alm do fogo rasteiro h tambm o perigo das fagulhas ou chispas, que poderiam espalharo fogo ao serem carregadas pelo vento, ultrapassando as barreiras-vivas rasteiras. Nesse caso,acreditamos que a barreira-viva rasteira possa ser combinada com uma faixa plantada com uma
espcie alta, que seja difcil de pegar fogo (que fique verde o ano todo, tenha as folhascarnudas...) fazendo as vezes de um quebra-vento. Nesse caso o quebra-vento pode serpodado no perodo chuvoso para, inclusive, servir de matriaorgnica para proteger e adubara terra. Essa idia simples e de fcil aplicao. Basta o agricultor colocar a criatividade emaoetestardiferentesplantascomcaractersticasadequadasaessepropsito.
BUSCANDO HARMONIA COM A NATUREZA
CONSIDERAES PARA CRIAO DE GADOCONSIDERAES PARA CRIAO DE GADO
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O gado no sabe manejar florestas tropicais, pois seu hbitat original so as savanas oucampos naturais. Para que sua criao no cause tantos danos ao meio ambiente, precisorealizarummanejo.
O gado gosta de ficar na sombra e de se alimentar com frutas como jaca ( ), manga ( ), mutamba ( ), baginha (
) e tantasoutras conhecidas pelos produtoresda regio, alm de gramneas tenraspor terem brotos novos ou por se desenvolverem em baixo de alguma sombra. O que
normalmente encontramos so verdadeiros presdios para o gado, separando-o do que elegosta de comer, e gastando-se com isso dinheiro e trabalho na construo de cercas de arame.O que sugere-se aqui baseia-se na mesma estratgia utilizada por Ernst Gtsch na implantaodesistemasagroflorestais.
Para que o capim fique sempre nutritivo, ele no pode estar velho, fibroso e, para isso nopodem ser feitos pequenos piquetes onde grande quantidade de animais pasta em poucotempo (o ideal seria 1 dia). Depois que todo o capimestivesse rebaixado,os animais passariam
para outro piquete e assimsucessivamente, at voltar para o primeiro,quando o capim j tivessenovamente crescido e com boa qualidade para a alimentao do gado. Para implementar essesistema, as divisrias dos piquetes podem ser feitas a partir de plantas lenhosas, de rpidocrescimento e que o gado gosta, como as rvores, mencionadas anteriormente: mutamba( .), jaqueira ( ), pupunha ( ), amora( ) para bicho de seda, hibisco (Malva visco), baginha (Penisetum purpureum),burdo-de-velho ( ), samama ( ), caj (
), jenipapo ( ), babau ( ), coco
( ), etc.,num espaamentobemjusto (a cada2 cm uma semente). Aamora( ) e ohibisco ( ) soplantados, por estaca, a cada 1 metro e tambm
Artocarpusaltilis Mangifera indica Guazuma sp. Penisetumpurpureum
Guazuma sp Artocarpus altilis Bactris gasipaesRubus sp.
Samanea sp. Ceiba pentandra Spondiasmombim Genipa americana Orbignya speciosaCocus nuciferaRubus sp. Malva visco
BUSCANDO HARMONIA COM A NATUREZA
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para a reparao de algumas falhas, e, nos primeiros dois anos, devero ser podadas para que
fechem a cerca-viva na altura de 1,2 m, de modo que no ser necessrio arame - os troncos egalhos impediro a sada do gado do piquete. A jaqueira ( ) umelemento-chave no sistema, pois a jaca um excelente alimento para o gado leiteiro, alm dissomelhora o solo com sua matria orgnica e sua madeira muito boa. A jaqueira, presente nacerca-viva,produzirmaisseestiverprximaaocaje/oupupunha,porexemplo.
No piquete, introduz-se as gramneas que toleram certa sombra, como o capim colonio( ), o sempre-verde ou Tanznia ( ). Enquanto as rvoresdas divisrias do piquete crescem (por dois anos, perodo no qual o gado ainda no dever
estarnarea),p lanta-sedentrodopiquetea rroz( ),m ilho( ), f eijoemais uma vez milho (Zea mays), j com as gramneas e tambm leguminosas que o gado come(puerria ( .), feijo guandu ( ), por exemplo. Essa umaidia para se colocar em prtica e percebermos que no precisamos de grandes reas depastagempara criaro gadoe aomesmo tempo conservar os recursosnaturais. Esse sistema, almde evitar que o gado tenha carrapatos, porque quebra o seu ciclo reprodutivo. Tambm
Artocarpus altilis
Panicum maximum Panicum sp
Zea mays
Stizolobium sp Cajanus cajan
no necessrioutilizarfogopararenovaodopasto,pois,commuitosanimaiscomendodeumavez
em um piquete evita o aparecimento das plantas que surgem naturalmente e que o gado nocome. importantelembrarquecadapiquetedeverterumpontodeguaparaogado,poisogado no deve ir beber nos audes ounos igaraps, comonormalmente feito, porque destrioscursosdeguaetemproblemascomverminose.
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GLOSSRIOGLOSSRIO
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Agricultura itinerante
Agroindustrializao
Agrosilvicultura
Argissolo plntico - solos com presena de plintita, formao constituda de mistura de argila, pobre emcarbono orgnico e rico em ferro e/ou alumnio. Ocorre sobre a forma de mosquiados vermelho,vermelho amarelo ou vermelho escuro e quando submetido a ciclos repetitivos de humidecimento esecagem sofre consolida